29
EMERJ CP V Direito Administrativo V Tema I Servi dore s públic os I. Princ ípios consti tucionais aplicá veis aos serv idor es públic os: concurso públic o, estabilidade, estágio probatório, disponibilidade, proibição de acumular. Eo neração. !emissão.  Notas de Aula 1 1. Servidores públicos A de nomin ão  servidor  ou agente  público veio em substituição ao termo  "uncionário público, por conta do descarte da noção de ue o !uncion"rio público era uem trabal#ava para o Estado, ou se$a, s% era !uncion"rio público auele ue trabal#ava na &nião, nos Estados, Munic'pios ou Distrito (ederal) *o$e, + servidor público estatut"rio auele ue traba l# a nos ent es de direi to púb li co in te rno da adm inis tração direta, mencionados, ou nas autaruias e !undaçes de direito público, !undaçes aut"ruicas) - a.ente público, por seu turno, + a pessoa !'sica ue, de !orma permanente ou transit%ria, e/erce uma atividade materialmente pública – conceito bem mais abran.ente, portanto) Ass im, v01se ue o concei to de !unc ion"ri o era sub $et ivam ente de!i nid o2 era !uncion"rio auele ue trabal#ava na administração pública direta) *o$e, o conceito de servidor + traçado por conta do elemento material de sua !unção – a !unção pública – e não  pelo lu.ar ue ocupa, apenas) A CR(3 impe a reali4ação de concurso público a todos os car.os da administração  pública) - ato administrativo de aprovação no concurso + o mesmo ato de aprovação em ualuer est".io da educação !ormal, ou se$a, ualuer diploma de um col+.io, do ensino !undamental, m+dio ou superior, + ato administrativo id0ntico ao da aprovação em um concurso – as !unçes educacionais são pública, mesmo ue se$am desempen#adas por  pessoas privadas, autori4at"rias do serviço de educação) - ato administrativo de aprovação + um ato de controle2 + a anu0ncia dauele .estor ue, diante da casu'stica, auele administrado cumpriu as e/i.0ncias do edital e pode  preenc#er a ocupação pú blica alme$ada) A aprovação .era apenas uma e/pectativa de direito 5 posse no car.o público) - direito a ocupar o car.o não vem desde este ato de controle) A acessibilidade pública, por ve4es, se v0 burlada pela desvirtuação de outro insti tuto atinente ao serviço público, ue conta at+ mesmo com .uarida consti tucion al, no arti.o 67, 89, da CR(32 o a.ente público tempor"rio) A leitura deste dispositivo, bem como o inciso 88 do mesmo arti.o, combinados com o arti.o :; do ADC<, determinam a din=mica ue se uer demonstrar aui2 >Art) 67) A administração pública direta e indireta de ualuer dos Poderes da &nião, dos Estados, do Distrito (ederal e dos Munic'pios obedecer" aos princ'pios de le.alidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e e!ici0ncia e, tamb+m, ao se.uinte2 ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B 88 1 a investidura em car.o ou empre.o público depende de aprovação pr+via em concurso público de provas ou de provas e t'tulos, de acordo com a nature4a e a comple/idade do car.o ou empre.o, na !orma prevista em lei, ressalvadas as nomeaç es par a car .o em comissão dec lar ado em lei de livre nomeação e e/oneração ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B :  Aula ministrada pelo pro!essor +r.io Ale/andre Cun#a Camar.o, em 7FGH:H) Mic#ell Iunes Midle$ Maron 1

Direito Administrativo v - Até Tema III

  • Upload
    zcicero

  • View
    223

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 1/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

Tema I

Servidores públicos I. Princípios constitucionais aplicáveis aos servidores públicos: concurso público,estabilidade, estágio probatório, disponibilidade, proibição de acumular. Eoneração. !emissão. 

Notas de Aula1

1. Servidores públicos

A denominação  servidor   ou agente  público veio em substituição ao termo "uncionário público, por conta do descarte da noção de ue o !uncion"rio público era uemtrabal#ava para o Estado, ou se$a, s% era !uncion"rio público auele ue trabal#ava na&nião, nos Estados, Munic'pios ou Distrito (ederal) *o$e, + servidor público estatut"rioauele ue trabal#a nos entes de direito público interno da administração direta,mencionados, ou nas autaruias e !undaçes de direito público, !undaçes aut"ruicas) -a.ente público, por seu turno, + a pessoa !'sica ue, de !orma permanente ou transit%ria,e/erce uma atividade materialmente pública – conceito bem mais abran.ente, portanto)

Assim, v01se ue o conceito de !uncion"rio era sub$etivamente de!inido2 era!uncion"rio auele ue trabal#ava na administração pública direta) *o$e, o conceito deservidor + traçado por conta do elemento material de sua !unção – a !unção pública – e não pelo lu.ar ue ocupa, apenas)

A CR(3 impe a reali4ação de concurso público a todos os car.os da administração pública) - ato administrativo de aprovação no concurso + o mesmo ato de aprovação emualuer est".io da educação !ormal, ou se$a, ualuer diploma de um col+.io, do ensino!undamental, m+dio ou superior, + ato administrativo id0ntico ao da aprovação em umconcurso – as !unçes educacionais são pública, mesmo ue se$am desempen#adas por  pessoas privadas, autori4at"rias do serviço de educação)

- ato administrativo de aprovação + um ato de controle2 + a anu0ncia dauele .estor 

ue, diante da casu'stica, auele administrado cumpriu as e/i.0ncias do edital e pode preenc#er a ocupação pública alme$ada)

A aprovação .era apenas uma e/pectativa de direito 5 posse no car.o público) -direito a ocupar o car.o não vem desde este ato de controle)

A acessibilidade pública, por ve4es, se v0 burlada pela desvirtuação de outroinstituto atinente ao serviço público, ue conta at+ mesmo com .uarida constitucional, noarti.o 67, 89, da CR(32 o a.ente público tempor"rio) A leitura deste dispositivo, bem comoo inciso 88 do mesmo arti.o, combinados com o arti.o :; do ADC<, determinam adin=mica ue se uer demonstrar aui2

>Art) 67) A administração pública direta e indireta de ualuer dos Poderes da

&nião, dos Estados, do Distrito (ederal e dos Munic'pios obedecer" aos princ'piosde le.alidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e e!ici0ncia e, tamb+m, aose.uinte2 ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B88 1 a investidura em car.o ou empre.o público depende de aprovação pr+via emconcurso público de provas ou de provas e t'tulos, de acordo com a nature4a e acomple/idade do car.o ou empre.o, na !orma prevista em lei, ressalvadas asnomeaçes para car.o em comissão declarado em lei de livre nomeação ee/oneração ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B

: Aula ministrada pelo pro!essor +r.io Ale/andre Cun#a Camar.o, em 7FGH:H)

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 1

Page 2: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 2/29

Page 3: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 3/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

ue aduire estabilidade + porue se adaptou 5s !unçes  da$uele cargo, e não 5s !unçes doserviço público em .eral) Por isso, se um a.ente muda de carreira, passando a outro car.o por outra aprovação em concurso, neste novo car.o não ser" est"vel2 ser" precisodemonstrar, em novo est".io probat%rio, ue se adapta a esta nova !unção)

A estabili4ação constitucional, re.ra do arti.o :; do ADC< !oi uma re.ra de

conveni0ncia, pol'tica, e não t+cnica, como a estabilidade do arti.o N:, porue uando aCR(3 veio ao mundo, enorme maioria dos car.os públicos era ocupada por pessoas semconcurso, e se e/onerados !ossem, a administração simplesmente pararia)

Com a aprovação, sur.e a classi!icação dos aprovados a ordem desta + imperativa,e o !enmeno da preterição ocorre uando esta ordem + inobservada) Ve$a a súmula :F do<(2

>úmula :F, <(2 Dentro do pra4o de validade do concurso, o candidato aprovadotem o direito 5 nomeação, uando o car.o !or preenc#ido sem observ=ncia daclassi!icação)

A partir da #omolo.ação do concurso, donde consta a classi!icação !inal, o

candidato tem direito a ter sua posição respeitada) Ia vi.0ncia do primeiro concurso, ainda no seu pra4o, nada impede ue um novocertame se$a iniciado e at+ mesmo !inali4ado) Contudo, nunca poder" #aver convocação deaprovados neste se.undo concurso antes ue a lista.em de candidatos do primeiro see/aura, c#amando1se todos, ou antes ue a validade do primeiro concurso termine) Esta + aleitura ue prevalece do arti.o :G, K G@, da Oei )::G;H, e não a literal2

>Art) :G) - concurso público ter" validade de at+ G ?doisB anos G, podendo ser  prorro.ado uma única ve4, por i.ual per'odo6)K :@ - pra4o de validade do concurso e as condiçes de sua reali4ação serão!i/ados em edital, ue ser" publicado no Di"rio -!icial da &nião e em $ornal di"riode .rande circulação)

K G@ Ião se abrir" novo concurso enuanto #ouver candidato aprovado emconcurso anterior com pra4o de validade não e/pirado)

A preterição, portanto, pode ocorrer por burla 5 ordem de classi!icação em um s%concurso, ou por burla desta por conta da nomeação de candidatos aprovados em outroconcurso, superveniente, sem a observ=ncia da classi!icação mais anti.a)

A $urisprud0ncia tem recon#ecido, no entanto, mais uma modalidade de preterição,ue se d" da se.uinte !orma2 reali4ado um concurso, ap%s este estar vi.ente a mesmaadministração reali4a contratação de servidores tempor"rios para o mesmo car.o, por tempo ue supera a validade do certame – ou se$a, não convocar" nen#um dosclassi!icados, porue o serviço est" sendo indevidamente desempen#ado por servidores

tempor"rios, em car.o ue deve ser ocupado por servidor e!etivo, pois + de necessidade permanente ?ou então seuer se teria reali4ado concursoB) Estes candidatos estão preteridos por uma arbitr"ria contratação tempor"ria, e t0m direito 5 posse)

G *" t'mida $urisprud0ncia entendendo ue a validade dos concursos deve ser sempre de dois anos, em prol daeconomicidade, mas + ainda muito minorit"ria)6 - ato administrativo de prorro.ação deve ser reali4ado no curso do pra4o, e não ap%s sua e/piração, poiscorrido o pra4o ori.inal, sem este ato, se !inda a validade do concurso, e a edição da prorro.ação posterior atal !ato + ato ine/istente)

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 3

Page 4: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 4/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

Assim, uma re.ra, adotada pelo <J, se e/trai2 candidato aprovado dentro donúmero de va.as previsto no edital tem direito 5 posse) Ião #avendo va.as previstas – #avendo apenas o c#amado cadastro de reserva –, não #", em tese, este direito 5 posse)

A preterição serve como causa de pedir ao pedido de posse em $u'4o) Este pedidodeve ser dedu4ido, em mandado de se.urança, se.undo a maior parte da $urisprud0ncia,

assim ue se perceber um !ato ue evidencie a preterição – como a nomeação indevida declassi!icado mais abai/o da lista ou de outro concurso posterior, ou a presença do contratode tempor"rios, como visto –, ou uando não %ouver a posse do classi"icado em pra#ora#oável , desde a #omolo.ação do certame) Em re.ra, este pedido deve ser !eito no cursodo pra4o de validade do concurso, mas o <J tem entendido ue este &rit  pode ser a$ui4adoem at+ cento e vinte dias depois do último dia de validade do concurso, pois + ali o últimomomento em ue se veri!icou a ile.alidade da conduta do administrador, ense$ando o cursodo pra4o decadencial desde então)

*avendo convocação de um dos colocados e recusa deste em assumir, o pr%/imo dalista .an#a este direito 5 posse, como se estivesse desde sempre nauela posição do uerenunciou 5 posse – mesmo ue o renunciante se$a o último classi!icado nas va.as

enunciadas no edital):):) Disponibilidade

A entrada em disponibilidade pode se dar por diversas ra4es) upon#a1se ue #a$aa remoção de um servidor para outra lotação, sendo ue este servidor ainda est" em est".io probat%rio) -corre ue esta lotação para onde !oi removido s% esteve vacante, abrindo1l#eespaço, porue seu ocupante ori.inal !oi demitido ap%s processo disciplinar) e porventuraeste ocupante ori.inal conse.uir sua reinte.ração em $u'4o, auele removido ue seencontrava em sua lotação ser" dela a!astado, porue o reinte.rado tem direito a retornar aocar.o de ori.em)

&ma ve4 a!astado da lotação para a ual !oi removido, este servidor poder" retornar ao car.o de ori.em) e, no entanto, esta lotação de ori.em estiver ocupada ou e/tinta, comonão + est"vel, ser" simplesmente e/onerado) (osse ele est"vel, uando e/tinta a lotaçãoori.inal, seria posto em disponibilidade, com remuneração pa.a proporcionalmente aotempo de serviço ?e não de contribuiçãoB, a !im de ue sua recondução se$a poss'vel, assimue a lotação !or aberta) e estiver apenas ocupada, a din=mica da recondução o colocar"nauele local, e o ocupante de seu car.o ser", a.ora, posto em disponibilidade oue/onerado, a depender se + est"vel ou não)

e a remoção !or !eita de o!'cio, e não a pedido, a din=mica não + a mesma2 est"velou não, nunca ser" e/onerado, pois sua movimentação !oi no interesse da administração,não podendo ser por isso penali4ado)

*avendo servidores em disponibilidade, nada impede a reali4ação de concurso paraauele mesmo car.o) Contudo, aplica1se aui a mesma l%.ica da preterição, mas impondo oaproveitamento daueles ue estão em disponibilidade2 os novos concursados s% poderãoser c#amados ap%s o aproveitamento daueles ue estavam em disponibilidade, ue t0m odireito1dever de retornar ao e/erc'cio da !unção) Como + tamb+m dever, se os dispon'veisnão retornarem ao serviço em trinta dias desde a convocação, serão e/onerados, comobserv=ncia da ampla de!esa, a !im de demonstrar ue o não retorno !oi $usti!icado)

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 4

Page 5: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 5/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

:)G) Acumulação de car.os

A re.ra est" no arti.o 67, 9V8, da CR(32

>Art) 67) A administração pública direta e indireta de ualuer dos Poderes da&nião, dos Estados, do Distrito (ederal e dos Munic'pios obedecer" aos princ'pios

de le.alidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e e!ici0ncia e, tamb+m, aose.uinte2 ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B?)))B9V8 1 + vedada a acumulação remunerada de car.os públicos, e/ceto, uando#ouver compatibilidade de #or"rios, observado em ualuer caso o disposto noinciso 98) ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;BaB a de dois car.os de pro!essor ?8nclu'da pela Emenda Constitucional n@ :;, de:;;B

 bB a de um car.o de pro!essor com outro t+cnico ou cient'!ico ?8nclu'da pelaEmenda Constitucional n@ :;, de :;;BcB a de dois car.os ou empre.os privativos de pro!issionais de saúde, com

 pro!isses re.ulamentadas  ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ 6N, deGHH:B

?)))B

A cumulação + e/cepcional) Ião se pode permitir a cumulação de car.osremunerados, !ora das e/ceçes ali permitidas, mesmo ue a remuneração este$atemporariamente a!astada ?licença não remuneradaB, ou mesmo ue a remuneração ven#ade uma aposentadoria pública pret+rita)

A cumulação de car.os de pro!essores + na administração pública, não importandose em entes !ederativos diversos) Iada impede a cumulação de uantos car.os ueira de pro!essor na iniciativa privada, mas em con$unto com no m"/imo dois car.os públicos de pro!essor)

Para o <J, car.o t+cnico, dos itens >b e >c, são apenas aueles de n'vel superior)

 Ia "rea de saúde, apenas as pro!isses de n'vel superior são considerados cumul"veis)*" um limitador concreto, por+m, a estas cumulaçes2 pode o ente e/i.ir car.a#or"ria tal ue torne imposs'vel, !aticamente, a cumulação permitida pela CR(3, ou mesmoe/i.ir a doc0ncia, por e/emplo, com dedicação e/clusiva) e assim ocorrer, parece ue #"uma contrariedade 5 CR(3, impedindo cumulação uando seria permitida – pelo ue #", de!ato, AD8s sobre estas leis estaduais ue assim operaram)

Em ualuer das #ip%teses, + necess"ria a compatibilidade #or"ria, por certo) -servidor ue ocupa car.o pol'tico pode cumul"1lo, mas + necess"ria esta compatibilidade, oue di!iculta sua e!etivação – o ue acaba !a4endo com ue apenas o vereador e o pre!eito possam !a401lo, na pr"tica ?o vereador cumulando remuneraçes, e o pre!eito optando por uma ou outraB)

upon#a1se ue uma advo.ada da &nião, com um ano de carreira, assuma comosenador, e passe trinta e dois anos neste car.o ?uatro mandatosB) Ao !inal, retorna aouadro da A&, somando a.ora trinta e tr0s anos de serviço) Esta servidora não poder" seaposentar como A&, desde lo.o, mesmo tendo o tempo necess"rio de contribuição2 temainda ue cumprir o tempo m'nimo de serviço nauela !unção em ue vai se aposentar, ue+ de cinco anos, ou se$a, ainda dever" trabal#ar mais uatro anos na A&, antes de poder seaposentar) E repare ue neste e/emplo nem + ainda est"vel2 como dito, a estabilidade + no

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 5

Page 6: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 6/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

car.o,e para tanto deve cumprir ainda dois anos na !unção para se estabili4ar, eis ue s%trabal#ou, como A&, um ano)

:)6) Demissão e e/oneração

<rata1se de ato punitivo vinculado, do poder #ier"ruico e disciplinar) - servidor não aprovado no est".io probat%rio não + demitido2 sua inadeuação ao serviço do car.onão + causa de punição, e sim de e/oneração)

A e/oneração por inaptidão, revelada no est".io probat%rio, demanda ampla de!esa,não suprindo esta a avaliação peri%dica) Mesmo #avendo estas avaliaçes a cada seismeses, a ampla de!esa, 5 +poca da e/oneração, deve ser observada)

Mas ve$a ue e/iste caso peculiar em ue + poss'vel a e/oneração de servidor est"vel, de o!'cio e sem observ=ncia da ampla de!esa2 trata1se da #ip%tese de contin.0nciaorçament"ria, do arti.o :Q;, KK 6@ e N@, da CR(32

>Art) :Q;) A despesa com pessoal ativo e inativo da &nião, dos Estados, do Distrito(ederal e dos Munic'pios não poder" e/ceder os limites estabelecidos em lei

complementar)K :@ A concessão de ualuer vanta.em ou aumento de remuneração, a criação decar.os, empre.os e !unçes ou alteração de estrutura de carreiras, bem como aadmissão ou contratação de pessoal, a ualuer t'tulo, pelos %r.ãos e entidades daadministração direta ou indireta, inclusive !undaçes institu'das e mantidas pelo

 poder público, s% poderão ser !eitas2 ?Renumerado do par".ra!o único, pelaEmenda Constitucional n@ :;, de :;;B8 1 se #ouver pr+via dotação orçament"ria su!iciente para atender 5s pro$eçes dedespesa de pessoal e aos acr+scimos dela decorrentes ?8nclu'do pela EmendaConstitucional n@ :;, de :;;B88 1 se #ouver autori4ação espec'!ica na lei de diretri4es orçament"rias, ressalvadasas empresas públicas e as sociedades de economia mista) ?8nclu'do pela EmendaConstitucional n@ :;, de :;;B

K G@ Decorrido o pra4o estabelecido na lei complementar re!erida neste arti.o paraa adaptação aos par=metros ali previstos, serão imediatamente suspensos todos osrepasses de verbas !ederais ou estaduais aos Estados, ao Distrito (ederal e aosMunic'pios ue não observarem os re!eridos limites) ?8nclu'do pela EmendaConstitucional n@ :;, de :;;BK 6@ Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste arti.o, durante o

 pra4o !i/ado na lei complementar re!erida no caput, a &nião, os Estados, o Distrito(ederal e os Munic'pios adotarão as se.uintes provid0ncias2 ?8nclu'do pelaEmenda Constitucional n@ :;, de :;;B8 1 redução em pelo menos vinte por cento das despesas com car.os em comissão e!unçes de con!iança ?8nclu'do pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B88 1 e/oneração dos servidores não est"veis) ?8nclu'do pela Emenda Constitucionaln@ :;, de :;;BK N@ e as medidas adotadas com base no par".ra!o anterior não !orem su!icientes

 para asse.urar o cumprimento da determinação da lei complementar re!erida nestearti.o, o servidor est"vel poder" perder o car.o, desde ue ato normativo motivadode cada um dos Poderes especi!iue a atividade !uncional, o %r.ão ou unidadeadministrativa ob$eto da redução de pessoal) ?8nclu'do pela Emenda Constitucionaln@ :;, de :;;BK F@ - servidor ue perder o car.o na !orma do par".ra!o anterior !ar" $us aindeni4ação correspondente a um m0s de remuneração por ano de serviço)?8nclu'do pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 6

Page 7: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 7/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

K Q@ - car.o ob$eto da redução prevista nos par".ra!os anteriores ser" consideradoe/tinto, vedada a criação de car.o, empre.o ou !unção com atribuiçes i.uais ouassemel#adas pelo pra4o de uatro anos) ?8nclu'do pela Emenda Constitucional n@:;, de :;;BK 7@ Oei !ederal dispor" sobre as normas .erais a serem obedecidas na e!etivaçãodo disposto no K N@) ?8nclu'do pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B)

Como responde 5 responsabilidade !iscal, o .estor dever" redu4ir despesas de pessoal ao limite ue a lei impe ?o ual açambarca ativos e inativos, di.a1seB para tanto, eem último caso, poder" proceder a esta e/oneração de est"veis) A ampla de!esa + incab'vel, pelo s% !ato de ine/istir imputação da ual se de!ender – a e/oneração + por uestãoorçament"ria)

Casos Concretos

 

Mic#ell Iunes Midle$ Maron

Page 8: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 8/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

uestão :

 'anoel (nt)nio e Pedro 'atias, candidatos aprovados e classi"icados no concurso público reali#ado em *++ para preenc%imento de vagas no $uadro de saúde da Polícia 'ilitar do Estado do Paraná, impetraram 'andado de Segurança postulando a nomeação

no respectivo cargo. (du#em $ue "oram classi"icados dentro do número de vagas eistentesno edital, ra#ão pela $ual t-m direito lí$uido e certo nomeação no cargo público para o$ual concorreram. / 'inist0rio Público, por sua ve#, mani"estou1se pelo improvimento doapelo, sob o argumento de $ue a aprovação em concurso público gera mera epectativa dedireito nomeação, ato este a ser praticado dentro do 2uí#o de conveni-ncia eoportunidade da (dministração Pública. Pergunta1se: ( ordem deve ser concedida3 In"orme o posicionamento do S45 a respeito da mat0ria.

Resposta 5 uestão :

- <J entende ue os aprovados dentro do número de va.as t0m direito sub$etivo 5

nomeação aueles !ora das va.as, ou aprovados em cadastro de reserva, t0m merae/pectativa de direito)Ve$a o RM :F)NGH, desta Corte2

>RM :FNGH PR) REC&R- -RD8ISR8- EM MAIDAD- DEE&RAITA) Relator Ministro PA&O- AOO-<<8) Ur.ão Jul.ador 1 E9<A<&RMA) Data do Jul.amento2 :7HNGHH) Data da Publicação(onte2 DJe:;HFGHH)Ementa2 ADM8I8<RA<8V-) C-IC&R- P3O8C-) CAID8DA<-APR-VAD- DEI<R- D- IMER- DE VAA -R88IAR8AMEI<EPREV8<A) D8RE8<- &3JE<8V- W I-MEATX-):) Esta Corte !irmou compreensão de ue, se aprovado dentro do número de va.as

 previstas no edital, o candidato dei/a de ter mera e/pectativa de direito para

aduirir direito sub$etivo 5 nomeação para o car.o a ue concorreu e !oi #abilitado)G) Recurso provido)

uestão G

 (gente policial militar impetrou mandado de segurança contra ato $ue o licencioue o""icio das "ileiras da 6orporação 'ilitar. Pediu a anulação do ato de demissão e a suaconse$uente reintegração. (legou, como "undamento de sua pretensão, o seguinte: a7 8ão "oi de"endido por advogado durante o procedimento administrativo1disciplinar. ( esseargumento o Estado ob2etou $ue "oi dada oportunidade ao impetrante para constituir ouindicar advogado9 b7 / impetrante "oi absolvido no processo criminal $ue contra ele "ora

instaurado9 c7 ( comissão disciplinar apresentou relatório, concluindo pela aplicação de pena menos grave do $ue a aplicada pela autoridade impetrada9 d7 (inda $ue oimpetrante "osse culpado pela in"ração a ele imputada, a sanção $ue l%e "oi aplicada "oidesproporcional em relação in"ração, ra#ão pela $ual caberia a aplicação de sançãomenos severa. !iscorra sobre cada um dos argumentos dedu#idos pelo impetrante.

Resposta 5 uestão G

Mic#ell Iunes Midle$ Maron !

Page 9: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 9/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

Acerca do primeiro ar.umento, o processo administrativo disciplinar não e/i.e presença obri.at%ria de de!esa t+cnica) Y um direito do servidor nomear um advo.ado, masse não o uiser, não #" nulidade ou inconstitucionalidade) 8ndevido + ne.ar1l#e este direito5 nomeação, e não a aus0ncia de advo.ado por opção do servidor)

A respeito, ve$a a súmula vinculante F, ue derro.a a súmula 6N6 do <J2

>úmula Vinculante F2 A !alta de de!esa t+cnica por advo.ado no processoadministrativo disciplinar não o!ende a Constituição)

>úmula 6N6, <J2 Y obri.at%ria a presença de advo.ado em todas as !ases do processo administrativo disciplinar)

obre o se.undo ar.umento, o e!eito secund"rio da condenação, previsto no arti.o;G, 8, + assim estabelecido2

>Art) ;G 1 ão tamb+m e!eitos da condenação2?Redação dada pela Oei n@ 7)GH;, de::)7):;NB8 1 a perda de car.o, !unção pública ou mandato eletivo2 ?Redação dada pela Oei n@

;)GQ, de :@)N):;;QBaB uando aplicada pena privativa de liberdade por tempo i.ual ou superior a umano, nos crimes praticados com abuso de poder ou violação de dever para com aAdministração Pública ?8nclu'do pela Oei n@ ;)GQ, de :@)N):;;QB

 bB uando !or aplicada pena privativa de liberdade por tempo superior a N ?uatroBanos nos demais casos) ?8nclu'do pela Oei n@ ;)GQ, de :@)N):;;QB?)))B

Absolvido por ine/ist0ncia do !ato ou ne.ativa de autoria, não #" repercussãocriminal, não podendo a administração puni1lo absolvido por !alta de provas, pode restar ores'duo administrativo, pun'vel nesta seara mesmo ante a absolvição criminal)

obre o terceiro ar.umento, o relat%rio + ato t+cnico, mas não vincula a autoridade a

seus termos) A contrariedade ao relat%rio + poss'vel, desde ue motivada, e com base nosdados da instrução do processo)

obre o último ar.umento, de inadeuação da sanção, a .radação da penaadministrativa + m+rito administrativo, insindic"vel, pois não se trata da le.alidade damedida, nem de sua ra4oabilidade)

Tema II

Mic#ell Iunes Midle$ Maron "

Page 10: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 10/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

Servidores públicos II. Promoção e Progressão "uncional. 4eto remuneratório, irredutibilidade e isonomia devencimentos. /utros princípios. !ireito de greve e de sindicali#ação.

Notas de Aula4

1. #romo$%o e teto remunerat&rio

<rata1se de provimento derivado vertical) Ieste ato, o servidor est" .al.ando umcar.o acima no uadro da carreira, e com isso dei/a seu car.o ori.inal vacante)

A promoção se d" por anti.uidade ou por m+rito, sendo este um crit+rio !uncional)A CR(3 tratou da remuneração no arti.o 67, dos incisos 9 a 9V) <rata1se, a

remuneração, de um elemento comple/o, composto pelo vencimento b"sico e pelas parcelas !lutuantes ?.rati!icaçes, adicionais, etcB) A doutrina entendia ue a .rati!icaçãonão era remuneração, eis ue vanta.em pessoal, enuanto os adicionais o eram, eis ueaderidos 5 !unção) Esta ideia !oi abandonada, entendendo1se #o$e ue todas estas parcelasassimilam 5 remuneração, de!initivamente, se a lei assim impuser)

>Art) 67) A administração pública direta e indireta de ualuer dos Poderes da&nião, dos Estados, do Distrito (ederal e dos Munic'pios obedecer" aos princ'piosde le.alidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e e!ici0ncia e, tamb+m, aose.uinte2 ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B?)))B9 1 a remuneração dos servidores públicos e o subs'dio de ue trata o K N@ do art)6; somente poderão ser !i/ados ou alterados por lei espec'!ica, observada ainiciativa privativa em cada caso, asse.urada revisão .eral anual, sempre namesma data e sem distinção de 'ndices ?Redação dada pela EmendaConstitucional n@ :;, de :;;B ?Re.ulamentoB98 1 a remuneração e o subs'dio dos ocupantes de car.os, !unçes e empre.os

 públicos da administração direta, aut"ruica e !undacional, dos membros deualuer dos Poderes da &nião, dos Estados, do Distrito (ederal e dos Munic'pios,

dos detentores de mandato eletivo e dos demais a.entes pol'ticos e os proventos, penses ou outra esp+cie remunerat%ria, percebidos cumulativamente ou não,inclu'das as vanta.ens pessoais ou de ualuer outra nature4a, não poderãoe/ceder o subs'dio mensal, em esp+cie, dos Ministros do upremo <ribunal(ederal, aplicando1se como li1mite, nos Munic'pios, o subs'dio do Pre!eito, e nosEstados e no Distrito (ederal, o subs'dio mensal do overnador no =mbito doPoder E/ecutivo, o subs'dio dos Deputados Estaduais e Distritais no =mbito doPoder Oe.islativo e o sub1s'dio dos Desembar.adores do <ribunal de Justiça,limitado a noventa inteiros e vinte e cinco cent+simos por cento do subs'diomensal, em esp+cie, dos Ministros do upremo <ri1bunal (ederal, no =mbito doPoder Judici"rio, aplic"vel este limite aos membros do Minist+rio Público, aosProcuradores e aos De!ensores Públicos ?Redação dada pela EmendaConstitucional n@ N:, :;):G)GHH6B988 1 os vencimentos dos car.os do Poder Oe.islativo e do Poder Judici"rio não

 poderão ser superiores aos pa.os pelo Poder E/ecutivo9888 1 + vedada a vinculação ou euiparação de uaisuer esp+cies remunerat%rias

 para o e!eito de remuneração de pessoal do serviço público ?Redação dada pelaEmenda Constitucional n@ :;, de :;;B98V 1 os acr+scimos pecuni"rios percebidos por servidor público não serãocomputados nem acumulados para !ins de concessão de acr+scimos ulteriores?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B

N Aula ministrada pelo pro!essor +r.io Ale/andre Cun#a Camar.o, em 7FGH:H)

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 1'

Page 11: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 11/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

9V 1 o subs'dio e os vencimentos dos ocupantes de car.os e empre.os públicossão irredut'veis, ressalvado o disposto nos incisos 98 e 98V deste arti.o e nos arts)6;, K N@, :FH, 88, :F6, 888, e :F6, K G@, 8 ?Redação dada pela Emenda Constitucionaln@ :;, de :;;B?)))B

A e/tinção de adicionais + mat+ria espin#osa, porue incide na discussão sobredireitos aduiridos) &ma assertiva do.m"tica tem aplicação2 não %á direito ad$uirido aregime 2urídico) E/pliue1se2 uando uma norma e/tin.ue um adicional – por e/emplo, umanu0nio –, esta norma não in!rin.e direito aduirido) e o a.ente aduiriu tantos anu0niosantes da lei e/tin.uir1l#e, estes serão mantidos at+ então, mas não se aduirirão novosanu0nios, dali em diante, porue o re.ime se alterou, e este servidor não pode pretender ueo re.ime anterior se estenda para ele,  ad aeternum) <em direito aduirido ao uee!etivamente aduiriu, e isto ser" respeitado, mas não tem direito aduirido ao re.ime deauisição de anu0nios, dali por diante)

- arti.o supra, no inciso 98, cria o teto remunerat%rio) Muito se debateu sobre esteteto e o direito aduirido, pois, a ri.or, tudo ue $" se incorporara aos vencimentos do

servidor deveria ser mantido, não se tratando de direito ao re.ime anti.o, mas sim 5s prestaçes e!etivamente a.re.adas, tal como os anu0nios $" completados) Oevada ao <( auestão, de !ato !oi recon#ecido direito aduirido a tais parcelas, superando o teto) -subs'dio, ue seria uma parcela única, #o$e computa as vanta.ens aduiridas antes dainstituição do teto)

Assim, os servidores públicos, todos eles, estão sob o teto remunerat%rio, masrespeitam1se os direitos aduiridos antes deste re.ime) *" apenas uma e/ceção, em uea.entes públicos não estão submetidos ao teto remunerat%rio2 a.entes das empresas estataisue desempen#am atividade econmica, e ue se$am independentes do er"rio público, nãose submetem ao teto constitucional – como e/emplo maior, a Petrobras)

:):) 8sonomia vs) paridade

 Isonomia não se con!unde com  paridade) - <( + pac'!ico em di4er uesimplesmente não e/iste paridade no sistema $ur'dico brasileiro) Entenda2 não pode umservidor de um determinado Estado reclamar, a t'tulo de isonomia, a percepção do mesmosubs'dio ue recebe servidor em car.o id0ntico, de outro Estado) 8sto não + isonomia, + paridade) Mesmo ue a !unção se$a id0ntica, as pessoas $ur'dicas são autnomas, e por issonão se pode tomar como paradi.ma a !unção desempen#ada em pessoa $ur'dica diversa2 s%se reclama isonomia uando se tratar de uma mesma pessoa $ur'dica)

Destarte, assim se e/plica2 a isonomia + impon'vel, de !ato, mas s% e/iste em setratando de car.os componentes da estrutura de um s% ente empre.ador) uando se ele.e

como paradi.ma um car.o em ente ou entidade di!erente, se est" pretendendo paridade, enão isonomia, e isto + inadmiss'vel)

2. (ireito de )reve do servidor público

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 11

Page 12: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 12/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

A .reve do servidor + uma inovação criada pela EC :;; no arti.o 67 da CR(3,ue ali inseriu a se.uinte redação no inciso V882

>Art) 67) A administração pública direta e indireta de ualuer dos Poderes da&nião, dos Estados, do Distrito (ederal e dos Munic'pios obedecer" aos princ'piosde le.alidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e e!ici0ncia e, tamb+m, ao

se.uinte2 ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B?)))BV88 1 o direito de .reve ser" e/ercido nos termos e nos limites de!inidos em leiespec'!ica ?Redação dada pela Emenda Constitucional n@ :;, de :;;B?)))B

- <( entendeu se tratar de uma norma de e!ic"cia limitada, mesmo ue a doutrinareputasse como norma de e!ic"cia contida) De ualuer !orma, não #ouve re.ulamentaçãodesta norma pelo le.islador, criando uma problem"tica severa)

At+ abril de GHH7, o <( entendeu ue a .reve do serviço público erainconstitucional) 8sto porue a norma dependia de re.ulamentação, sendo imposs'velcol#er1se das normas e/istentes na CO< o re.ramento necess"rio a implementar este direito

de .reve – o serviço privado não se con!unde com o público)<odavia, #" um a.ente privado ue presta serviço público, e conta com lei

re.ulamentando seu direito de .reve2 os a.entes de concession"rias do serviço público)Assim, suscitou1se se a lei de .reve dos concession"rios do serviço público, Oei 7)76;,norma de car"ter #'brido, seria aplic"vel, mas lo.o sur.iram os embaraços, a começar peladi!'cil con!i.uração, sem lei ue e/pressamente o di.a, da !i.ura do empre.ador, no serviço público) Por isso, Di Pietro de!endeu ser inaplic"vel esta lei, porue ela não responderia 5suestes b"sicas necess"rias ao implemento do direito de .reve do servidor público – especialmente uando a .reve !or por ma$oração remunerat%ria, eis ue + o c#e!e doE/ecutivo uem tem a iniciativa de lei para aumentar a despesa) Por tudo isso, a aplicaçãoanal%.ica da lei de .reve dos concession"rios !oi re!utada pelo <()

Em GHH7, dois mandados de in$unção !oram propostos no <( com o intuito deabordar a !alta de re.ulamentação do direito de .reve dos servidores públicos) - <(entendeu ue a CR(3 não poderia ser i.norada em seus preceitos, simplesmente ne.ando1se, o le.islador, a dar implemento 5 norma constitucional) Com isso, o <( deu e!ic"ciaconcreta 5 decisão do mandado de in$unção, para, ao inv+s de apenas noti!icar o Con.ressode sua mora le.islativa, aplicar desde lo.o a norma e/istente, no ue couber, ual se$a,e/atamente a Oei 7)76;) Destarte, enuanto não #ouver lei espec'!ica da .reve dosservidores, se aplica a mencionada lei privada) Ve$a as ementas2

>M8 Q7H E 1 EPZR8<- AI<-) MAIDAD- DE 8IJ&ITX-) Relator Min)MA&RZC8- C-RR[A) Relator p Ac%rdão Min) 8OMAR MEIDE)Jul.amento2 GF:HGHH7) Ur.ão Jul.ador2 <ribunal Pleno) Publicação 6:1:H1GHH)EMEI<A2 MAIDAD- DE 8IJ&ITX-) ARAI<8A (&IDAMEI<AO ?C(,AR<) F@, 8IC8- O998B) D8RE8<- DE REVE D- ERV8D-RE P3O8C-C8V8 ?C(, AR<) 67, 8IC8- V88B) EV-O&TX- D- <EMA IAJ&R8PR&D[IC8A D- &PREM- <R83&IAO (EDERAO ?<(B)DE(8I8TX- D- PAR\ME<R- DE C-MPE<[IC8A C-I<8<&C8-IAOPARA APREC8ATX- I- \M38<- DA J&<8TA (EDERAO E DA J&<8TAE<AD&AO A<Y A ED8TX- DA OE8OATX- EPECZ(8CA PER<8IEI<E,

 I- <ERM- D- AR<) 67, V88, DA C() EM -3ERV\IC8A A- D8<AMEDA E&RAITA J&RZD8CA E W EV-O&TX- J&R8PR&DEIC8AO IA

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 12

Page 13: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 13/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

8I<ERPRE<ATX- DA -M8X- OE8OA<8VA -3RE - D8RE8<- DEREVE D- ERV8D-RE P3O8C- C8V8, (89ATX- D- PRA]- DE QH?EEI<AB D8A PARA &E - C-IRE- IAC8-IAO OE8OE-3RE A MA<YR8A) MAIDAD- DE 8IJ&ITX- DE(ER8D- PARADE<ERM8IAR A APO8CATX- DA OE8 Ios 7)7H::; E 7)76:;;) :)8IA8 DE EV-O&TX- DA ARAI<8A (&IDAMEI<AO D- MAIDAD-DE 8IJ&ITX- IA J&R8PR&D[IC8A D- &PREM- <R83&IAO(EDERAO ?<(B) :):) Io $ul.amento do M8 no :H7D(, Rel) Min) Moreira Alves,DJ G:);):;;H, o Plen"rio do <( consolidou entendimento ue con!eriu aomandado de in$unção os se.uintes elementos operacionais2 iB os direitosconstitucionalmente .arantidos por meio de mandado de in$unção apresentam1secomo direitos 5 e/pedição de um ato normativo, os uais, via de re.ra, não

 poderiam ser diretamente satis!eitos por meio de provimento $urisdicional do <(iiB a decisão $udicial ue declara a e/ist0ncia de uma omissão inconstitucionalconstata, i.ualmente, a mora do %r.ão ou poder le.i!erante, insta1o a editar anorma reuerida iiiB a omissão inconstitucional tanto pode re!erir1se a umaomissão total do le.islador uanto a uma omissão parcial ivB a decisão pro!eridaem sede do controle abstrato de normas acerca da e/ist0ncia, ou não, de omissão +dotada de e!ic"cia er.a omnes, e não apresenta di!erença si.ni!icativa em relação aatos decis%rios pro!eridos no conte/to de mandado de in$unção ivB o <( possui

compet0ncia constitucional para, na ação de mandado de in$unção, determinar asuspensão de processos administrativos ou $udiciais, com o intuito de asse.urar aointeressado a possibilidade de ser contemplado por norma mais ben+!ica, ou uel#e asse.ure o direito constitucional invocado vB por !im, esse ple/o de poderesinstitucionais le.itima ue o <( determine a edição de outras medidas ue.arantam a posição do impetrante at+ a oportuna e/pedição de normas pelole.islador) :)G) Apesar dos avanços proporcionados por essa construção

 $urisprudencial inicial, o <( !le/ibili4ou a interpretação constitucional primeiramente !i/ada para con!erir uma compreensão mais abran.ente 5 .arantia!undamental do mandado de in$unção) A partir de uma s+rie de precedentes, o<ribunal passou a admitir soluçes LnormativasL para a decisão $udicial comoalternativa le.'tima de tornar a proteção $udicial e!etiva ?C(, art) Fo, 999VB)Precedentes2 M8 no G6, Rel) Min) epúlveda Pertence, DJ :N)::):;;: M8 no

G6GRJ, Rel) Min) Moreira Alves, DJ G7)6):;;G M8 n@ GN, Rel) Min) MarcoAur+lio, Red) para o ac%rdão Min) Celso de Mello, DJ GQ)Q):;;G M8 no FN6D(,Rel) Min) -ctavio allotti, DJ GN)F)GHHG M8 no Q7;D(, Rel) Min) Celso deMello, DJ :7):G)GHHG e M8 no FQGD(, Rel) Min) Ellen racie, DJ GH)Q)GHH6) G) -MAIDAD- DE 8IJ&ITX- E - D8RE8<- DE REVE D- ERV8D-REP3O8C- C8V8 IA J&R8PR&D[IC8A D- <() G):) - tema da e/ist0ncia,ou não, de omissão le.islativa uanto 5 de!inição das possibilidades, condiçes elimites para o e/erc'cio do direito de .reve por servidores públicos civis $" !oi, por diversas ve4es, apreciado pelo <() Em todas as oportunidades, esta Corte !irmouo entendimento de ue o ob$eto do mandado de in$unção cin.ir1se1ia 5 declaraçãoda e/ist0ncia, ou não, de mora le.islativa para a edição de norma re.ulamentadoraespec'!ica) Precedentes2 M8 no GHD(, Rel) Min) Celso de Mello, DJ GG)::):;;QM8 no FF<-, Rel) Min) 8lmar alvão, DJ G))GHHG e M8 no NFM<, Rel) Min)

Maur'cio Corr0a, DJ G6))GHHG) G)G) Em al.uns precedentes?em especial, no votodo Min) Carlos Velloso, pro!erido no $ul.amento do M8 no Q6:M, Rel) Min)8lmar alvão, DJ G))GHHGB, aventou1se a possibilidade de aplicação aos servidores

 públicos civis da lei ue disciplina os movimentos .revistas no =mbito do setor  privado ?Oei no 7)76:;;B) 6) D8RE8<- DE REVE D- ERV8D-REP3O8C- C8V8) *8PU<EE DE -M8X- OE8OA<8VA8IC-I<8<&C8-IAO) M-RA J&D8C8AO, P-R D8VERA VE]E,DECOARADA PEO- POEISR8- D- <() R8C- DE C-I-O8DATX- DE<ZP8CA -M8X- J&D8C8AO &AI<- W MA<YR8A) A E9PER8[IC8A D-D8RE8<- C-MPARAD-) OE8<8M8DADE DE AD-TX- DE AO<ERIA<8VA

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 13

Page 14: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 14/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

 I-RMA<8VA E 8I<8<&C8-IA8 DE &PERATX- DA 8<&ATX- DE-M8X-) 6):) A perman0ncia da situação de não1re.ulamentação do direito de.reve dos servidores públicos civis contribui para a ampliação da re.ularidade dasinstituiçes de um Estado democr"tico de Direito ?C(, art) :oB) Al+m de o temaenvolver uma s+rie de uestes estrat+.icas e orçament"rias diretamenterelacionadas aos serviços públicos, a aus0ncia de par=metros $ur'dicos de controledos abusos cometidos na de!la.ração desse tipo espec'!ico de movimento .revistatem !avorecido ue o le.'timo e/erc'cio de direitos constitucionais se$a a!astado

 por uma verdadeira Llei da selvaL) 6)G) Apesar das modi!icaçes implementadas pela Emenda Constitucional no :;:;; uanto 5 modi!icação da reserva le.al delei complementar para a de lei ordin"ria espec'!ica ?C(, art) 67, V88B, observa1seue o direito de .reve dos servidores públicos civis continua sem receber tratamento le.islativo minimamente satis!at%rio para .arantir o e/erc'cio dessa

 prerro.ativa em conson=ncia com imperativos constitucionais) 6)6) <endo em vistaas imperiosas bali4as $ur'dico1pol'ticas ue demandam a concreti4ação do direitode .reve a todos os trabal#adores, o <( não pode se abster de recon#ecer ue,assim como o controle $udicial deve incidir sobre a atividade do le.islador, +

 poss'vel ue a Corte Constitucional atue tamb+m nos casos de inatividade ouomissão do Oe.islativo) 6)N) A mora le.islativa em uestão $" !oi, por diversasve4es, declarada na ordem constitucional brasileira) Por esse motivo, a

 perman0ncia dessa situação de aus0ncia de re.ulamentação do direito de .reve dosservidores públicos civis passa a invocar, para si, os riscos de consolidação de umat'pica omissão $udicial) 6)F) Ia e/peri0ncia do direito comparado ?em especial, naAleman#a e na 8t"liaB, admite1se ue o Poder Judici"rio adote medidas normativascomo alternativa le.'tima de superação de omisses inconstitucionais, sem ue a

 proteção $udicial e!etiva a direitos !undamentais se con!i.ure como o!ensa aomodelo de separação de poderes ?C(, art) GoB) N) D8RE8<- DE REVE D-ERV8D-RE P3O8C- C8V8) RE&OAMEI<ATX- DA OE8 DE REVED- <RA3AO*AD-RE EM ERAO ?OE8 Io 7)76:;;B) (89ATX- DEPAR\ME<R- DE C-I<R-OE J&D8C8AO D- E9ERCZC8- D- D8RE8<- DEREVE PEO- OE8OAD-R 8I(RAC-I<8<&C8-IAO) N):) A disciplina dodireito de .reve para os trabal#adores em .eral, uanto 5s Latividades essenciaisL, +especi!icamente delineada nos arts) ;o a :: da Oei no 7)76:;;) Ia #ip%tese de

aplicação dessa le.islação .eral ao caso espec'!ico do direito de .reve dosservidores públicos, antes de tudo, a!i.ura1se ine."vel o con!lito e/istente entre asnecessidades m'nimas de le.islação para o e/erc'cio do direito de .reve dosservidores públicos civis ?C(, art) ;o, caput, cc art) 67, V88B, de um lado, e odireito a serviços públicos adeuados e prestados de !orma cont'nua a todos oscidadãos ?C(, art) ;o, K:oB, de outro) Evidentemente, não se outor.aria aole.islador ualuer poder discricion"rio uanto 5 edição, ou não, da leidisciplinadora do direito de .reve) - le.islador poderia adotar um modelo mais oumenos r'.ido, mais ou menos restritivo do direito de .reve no =mbito do serviço

 público, mas não poderia dei/ar de recon#ecer direito previamente de!inido pelote/to da Constituição) Considerada a evolução $urisprudencial do tema perante o<(, em sede do mandado de in$unção, não se pode atribuir amplamente aole.islador a última palavra acerca da concessão, ou não, do direito de .reve dos

servidores públicos civis, sob pena de se esva4iar direito !undamental positivado)<al premissa, contudo, não impede ue, !uturamente, o le.islador in!raconstitucional con!ira novos contornos acerca da adeuada con!i.uração dadisciplina desse direito constitucional) N)G Considerada a omissão le.islativaale.ada na esp+cie, seria o caso de se acol#er a pretensão, tão1somente no sentidode ue se apliue a Oei no 7)76:;; enuanto a omissão não !or devidamentere.ulamentada por lei espec'!ica para os servidores públicos civis ?C(, art) 67,V88B) N)6 Em ra4ão dos imperativos da continuidade dos serviços públicos,contudo, não se pode a!astar ue, de acordo com as peculiaridades de cada casoconcreto e mediante solicitação de entidade ou %r.ão le.'timo, se$a !acultado ao

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 14

Page 15: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 15/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

tribunal competente impor a observ=ncia a re.ime de .reve mais severo em ra4ãode tratar1se de Lserviços ou atividades essenciaisL, nos termos do re.ime !i/ado

 pelos arts) ;o a :: da Oei no 7)76:;;) 8sso ocorre porue não se pode dei/ar deco.itar dos riscos decorrentes das possibilidades de ue a re.ulação dos serviços

 públicos ue ten#am caracter'sticas a!ins a esses Lserviços ou atividadesessenciaisL se$a menos severa ue a disciplina dispensada aos serviços privadosditos LessenciaisL) N)N) - sistema de $udiciali4ação do direito de .reve dosservidores públicos civis est" aberto para ue outras atividades se$am submetidas aid0ntico re.ime) Pela comple/idade e variedade dos serviços públicos e atividadesestrat+.icas t'picas do Estado, #" outros serviços públicos, cu$a essencialidade nãoest" contemplada pelo rol dos arts) ;o a :: da Oei no 7)76:;;) Para os !ins destadecisão, a enunciação do re.ime !i/ado pelos arts) ;o a :: da Oei no 7)76:;; +apenas e/empli!icativa ?numerus apertusB) F) - PR-CEAMEI<- E -J&OAMEI<- DE EVEI<&A8 D8ZD8- DE REVE &E EIV-OVAMERV8D-RE P3O8C- C8V8 DEVEM -3EDECER A- M-DEO- DEC-MPE<[IC8A E A<R83&8T^E APO8CSVEO A- <RA3AO*AD-REEM ERAO ?CEOE<8<AB, I- <ERM- DA RE&OAMEI<ATX- DAOE8 Io 7)76:;;) A APO8CATX- C-MPOEMEI<AR DA OE8 Io 7)7H::;V8A W J&D8C8AO8]ATX- D- C-I(O8<- &E EIV-OVAM -ERV8D-RE P3O8C- C8V8 I- C-I<E9<- D- A<EID8MEI<- DE

A<8V8DADE REOAC8-IADA A IECE8DADE 8IAD8SVE8 DAC-M&I8DADE &E, E IX- A<EID8DA, C-O-&EM LEM PER8-8M8IEI<E A -3REV8V[IC8A, A ADE -& A E&RAITA DAP-P&OATX-L ?OE8 Io 7)76:;;, PARSRA(- I8C-, AR<) ::B) F):)Pend0ncia do $ul.amento de m+rito da AD8 no 6)6;FD(, Rel) Min) Ce4ar Peluso,na ual se discute a compet0ncia constitucional para a apreciação das Laçesoriundas da relação de trabal#o, abran.idos os entes de direito público e/terno e daadministração pública direta e indireta da &nião, dos Estados, do Distrito (ederal edos Munic'piosL ?C(, art) ::N, 8, na redação con!erida pela EC no NFGHHNB) F)G)Diante da sin.ularidade do debate constitucional do direito de .reve dos servidores

 públicos civis, sob pena de in$usti!icada e inadmiss'vel ne.ativa de prestação $urisdicional nos =mbitos !ederal, estadual e municipal, devem1se !i/ar tamb+m os par=metros institucionais e constitucionais de de!inição de compet0ncia, provis%ria

e ampliativa, para a apreciação de diss'dios de .reve instaurados entre o Poder Público e os servidores públicos civis) F)6) Io plano procedimental, a!i.ura1serecomend"vel aplicar ao caso concreto a disciplina da Oei no 7)7H::; ?ueversa sobre especiali4ação das turmas dos <ribunais do <rabal#o em processoscoletivosB, no ue tan.e 5 compet0ncia para apreciar e $ul.ar eventuais con!litos

 $udiciais re!erentes 5 .reve de servidores públicos ue se$am suscitados at+ omomento de colmatação le.islativa espec'!ica da lacuna ora declarada, nos termosdo inciso V88 do art) 67 da C() F)N) A adeuação e a necessidade da de!iniçãodessas uestes de or.ani4ação e procedimento di4em respeito a elementos de!i/ação de compet0ncia constitucional de modo a asse.urar, a um s% tempo, a

 possibilidade e, sobretudo, os limites ao e/erc'cio do direito constitucional de.reve dos servidores públicos, e a continuidade na prestação dos serviços públicos)Ao adotar essa medida, este <ribunal passa a asse.urar o direito de .reve

constitucionalmente .arantido no art) 67, V88, da Constituição (ederal, semdesconsiderar a .arantia da continuidade de prestação de serviços públicos 1 umelemento !undamental para a preservação do interesse público em "reas ue sãoe/tremamente demandadas pela sociedade) Q) DE(8I8TX- D- PAR\ME<R-DE C-MPE<[IC8A C-I<8<&C8-IAO PARA APREC8ATX- D- <EMA I-\M38<- DA J&<8TA (EDERAO E DA J&<8TA E<AD&AO A<Y AED8TX- DA OE8OATX- EPECZ(8CA PER<8IEI<E, I- <ERM- D-AR<) 67, V88, DA C() (89ATX- D- PRA]- DE QH ?EEI<AB D8A PARA&E - C-IRE- IAC8-IAO OE8OE -3RE A MA<YR8A)MAIDAD- DE 8IJ&ITX- DE(ER8D- PARA DE<ERM8IAR A

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 15

Page 16: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 16/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

APO8CATX- DA OE8 Ios 7)7H::; E 7)76:;;) Q):) Aplicabilidade aosservidores públicos civis da Oei no 7)76:;;, sem pre$u'4o de ue, diante docaso concreto e mediante solicitação de entidade ou %r.ão le.'timo, se$a !acultadoao $u'4o competente a !i/ação de re.ime de .reve mais severo, em ra4ão detratarem de Lserviços ou atividades essenciaisL ?Oei no 7)76:;;, arts) ;o a ::B)Q)G) Iessa e/tensão do de!erimento do mandado de in$unção, aplicação da Oei no7)7H::;, no ue tan.e 5 compet0ncia para apreciar e $ul.ar eventuais con!litos

 $udiciais re!erentes 5 .reve de servidores públicos ue se$am suscitados at+ omomento de colmatação le.islativa espec'!ica da lacuna ora declarada, nos termosdo inciso V88 do art) 67 da C() Q)6) At+ a devida disciplina le.islativa, devem1sede!inir as situaçes provis%rias de compet0ncia constitucional para a apreciaçãodesses diss'dios no conte/to nacional, re.ional, estadual e municipal) Assim, nascondiçes acima especi!icadas, se a paralisação !or de =mbito nacional, ouabran.er mais de uma re.ião da $ustiça !ederal, ou ainda, compreender mais deuma unidade da !ederação, a compet0ncia para o diss'dio de .reve ser" do uperior <ribunal de Justiça ?por aplicação anal%.ica do art) Go, 8, LaL, da Oei no7)7H::;B) Ainda no =mbito !ederal, se a controv+rsia estiver adstrita a umaúnica re.ião da $ustiça !ederal, a compet0ncia ser" dos <ribunais Re.ionais(ederais ?aplicação anal%.ica do art) Qo da Oei no 7)7H::;B) Para o caso da

 $urisdição no conte/to estadual ou municipal, se a controv+rsia estiver adstrita a

uma unidade da !ederação, a compet0ncia ser" do respectivo <ribunal de Justiça?tamb+m por aplicação anal%.ica do art) Qo da Oei no 7)7H::;B) As .reves de=mbito local ou municipal serão dirimidas pelo <ribunal de Justiça ou <ribunalRe.ional (ederal com $urisdição sobre o local da paralisação, con!orme se trate de.reve de servidores municipais, estaduais ou !ederais) Q)N) Considerados os

 par=metros acima delineados, a par da compet0ncia para o diss'dio de .reve em si,no ual se discuta a abusividade, ou não, da .reve, os re!eridos tribunais, nos=mbitos de sua $urisdição, serão competentes para decidir acerca do m+rito do

 pa.amento, ou não, dos dias de paralisação em conson=ncia com ae/cepcionalidade de ue esse $u'4o se reveste) Iesse conte/to, nos termos do art)7o da Oei no 7)76:;;, a de!la.ração da .reve, em princ'pio, corresponde 5suspensão do contrato de trabal#o) Como re.ra .eral, portanto, os sal"rios dos diasde paralisação não deverão ser pa.os, salvo no caso em ue a .reve ten#a sido

 provocada $ustamente por atraso no pa.amento aos servidores públicos civis, ou por outras situaçes e/cepcionais ue $usti!iuem o a!astamento da premissa dasuspensão do contrato de trabal#o ?art) 7o da Oei no 7)76:;;, in !ineB) Q)F) -stribunais mencionados tamb+m serão competentes para apreciar e $ul.ar medidascautelares eventualmente incidentes relacionadas ao e/erc'cio do direito de .revedos servidores públicos civis, tais como2 iB auelas nas uais se postule a

 preservação do ob$eto da uerela $udicial, ual se$a, o percentual m'nimo deservidores públicos ue deve continuar trabal#ando durante o movimento

 paredista, ou mesmo a proibição de ualuer tipo de paralisação iiB os interditos possess%rios para a desocupação de depend0ncias dos %r.ãos públicoseventualmente tomados por .revistas e iiiB as demais medidas cautelares ueapresentem cone/ão direta com o diss'dio coletivo de .reve) Q)Q) Em ra4ão daevolução $urisprudencial sobre o tema da interpretação da omissão le.islativa do

direito de .reve dos servidores públicos civis e em respeito aos ditames dese.urança $ur'dica, !i/a1se o pra4o de QH ?sessentaB dias para ue o Con.resso Iacional le.isle sobre a mat+ria) Q)7) Mandado de in$unção con#ecido e, nom+rito, de!erido para, nos termos acima especi!icados, determinar a aplicação dasOeis nos 7)7H::; e 7)76:;; aos con!litos e 5s açes $udiciais ue envolvama interpretação do direito de .reve dos servidores públicos civis)

>M8 7:G PA – PARS) MAIDAD- DE 8IJ&ITX-) Relator Min) ER-RA&) Jul.amento2 GF:HGHH7) Ur.ão Jul.ador2 <ribunal Pleno) Publicação2 6:1:H1GHH)

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 16

Page 17: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 17/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

EMEI<A2 MAIDAD- DE 8IJ&ITX-) AR<) F@, O998 DA C-I<8<&8TX-D- 3RA8O) C-ICEX- DE E(E<8V8DADE W I-RMA VE8C&OADAPEO- AR<8- 67, 8IC8- V88, DA C-I<8<&8TX- D- 3RA8O)OE8<8M8DADE A<8VA DE EI<8DADE 8ID8CAO) REVE D-<RA3AO*AD-RE EM ERAO _AR<) ;@ DA C-I<8<&8TX- D- 3RA8O`)APO8CATX- DA OE8 (EDERAO I) 7)76; W REVE I- ERV8T-P3O8C- A<Y &E -3REVEI*A OE8 RE&OAMEI<AD-RA)PAR\ME<R- C-ICERIEI<E A- E9ERCZC8- D- D8RE8<- DE REVEPEO- ERV8D-RE P3O8C- DE(8I8D- P-R E<A C-R<E)C-I<8I&8DADE D- ERV8T- P3O8C-) REVE I- ERV8T- P3O8C-)AO<ERATX- DE EI<EID8MEI<- AI<ER8-R &AI<- W &3<\IC8AD- MAIDAD- DE 8IJ&ITX-) PREVAO[IC8A D- 8I<EREE -C8AO)8I&38<[IC8A D- AR&MEI<- E&ID- - &AO DAR1E18A-(EIA W 8IDEPEID[IC8A E *ARM-I8A EI<RE - P-DERE _AR<)G- DA C-I<8<&8TX- D- 3RA8O` E W EPARATX- D- P-DERE _art)QH, K No, 888, DA C-I<8<&8TX- D- 3RA8O`) 8IC&M3E A- P-DER J&D8C8SR8- PR-D&]8R A I-RMA &(8C8EI<E PARA <-RIAR V8SVEO- E9ERCZC8- D- D8RE8<- DE REVE D- ERV8D-RE P3O8C-,C-IARAD- I- AR<8- 67, V88, DA C-I<8<&8TX- D- 3RA8O) :) -acesso de entidades de classe 5 via do mandado de in$unção coletivo +

 processualmente admiss'vel, desde ue le.almente constitu'das e em!uncionamento #" pelo menos um ano) G) A Constituição do 3rasil recon#ecee/pressamente possam os servidores públicos civis e/ercer o direito de .reve 111arti.o 67, inciso V88) A Oei n) 7)76; dispe sobre o e/erc'cio do direito de .revedos trabal#adores em .eral, a!irmado pelo arti.o ;@ da Constituição do 3rasil) Atonormativo de in'cio inaplic"vel aos servidores públicos civis) 6) - preceitoveiculado pelo arti.o 67, inciso V88, da C3 e/i.e a edição de ato normativo ueinte.re sua e!ic"cia) Reclama1se, para !ins de plena incid0ncia do preceito, atuaçãole.islativa ue d0 concreção ao comando positivado no te/to da Constituição) N)Recon#ecimento, por esta Corte, em diversas oportunidades, de omissão doCon.resso Iacional no ue respeita ao dever, ue l#e incumbe, de dar concreçãoao preceito constitucional) Precedentes) F) Diante de mora le.islativa, cumpre aoupremo <ribunal (ederal decidir no sentido de suprir omissão dessa ordem) Esta

Corte não se presta, uando se trate da apreciação de mandados de in$unção, aemitir decises desnutridas de e!ic"cia) Q) A .reve, poder de !ato, + a arma maise!ica4 de ue dispem os trabal#adores visando 5 conuista de mel#ores condiçesde vida) ua auto1aplicabilidade + inuestion"vel trata1se de direito !undamentalde car"ter instrumental) 7) A Constituição, ao dispor sobre os trabal#adores em.eral, não prev0 limitação do direito de .reve2 a eles compete decidir sobre aoportunidade de e/erc01lo e sobre os interesses ue devam por meio dela de!ender)Por isso a lei não pode restrin.i1lo, senão prote.01lo, sendo constitucionalmenteadmiss'veis todos os tipos de .reve) ) Ia relação estatut"ria do empre.o públiconão se mani!esta tensão entre trabal#o e capital, tal como se reali4a no campo dae/ploração da atividade econmica pelos particulares) Ieste, o e/erc'cio do poder de !ato, a .reve, coloca em risco os interesses e.o'sticos do su$eito detentor decapital 111 indiv'duo ou empresa 111 ue, em !ace dela, suporta, em tese, potencial

ou e!etivamente redução de sua capacidade de acumulação de capital) Veri!ica1se,então, oposição direta entre os interesses dos trabal#adores e os interesses doscapitalistas) Como a .reve pode condu4ir 5 diminuição de .an#os do titular decapital, os trabal#adores podem em tese vir a obter, e!etiva ou potencialmente,al.umas vanta.ens merc0 do seu e/erc'cio) - mesmo não se d" na relaçãoestatut"ria, no =mbito da ual, em tese, aos interesses dos trabal#adores nãocorrespondem, anta.onicamente, interesses individuais, senão o interesse social) A.reve no serviço público não compromete, diretamente, interesses e.o'sticos dodetentor de capital, mas sim os interesses dos cidadãos ue necessitam da

 prestação do serviço público) ;) A norma veiculada pelo arti.o 67, V88, da

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 1

Page 18: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 18/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

Constituição do 3rasil reclama re.ulamentação, a !im de ue se$a adeuadamenteasse.urada a coesão social) :H) A re.ulamentação do e/erc'cio do direito de .reve

 pelos servidores públicos #" de ser peculiar, mesmo porue Lserviços ou atividadesessenciaisL e Lnecessidades inadi"veis da coletividadeL não se superpem aLserviços públicosL e vice1versa) ::) Da' porue não deve ser aplicado aoe/erc'cio do direito de .reve no =mbito da Administração tão1somente o dispostona Oei n) 7)76;) A esta Corte impe1se traçar os par=metros atinentes a essee/erc'cio) :G) - ue deve ser re.ulado, na #ip%tese dos autos, + a coer0ncia entre oe/erc'cio do direito de .reve pelo servidor público e as condiçes necess"rias 5coesão e interdepend0ncia social, ue a prestação continuada dos serviços públicosasse.ura) :6) - ar.umento de ue a Corte estaria então a le.islar 111 o ue sea!i.uraria inconceb'vel, por !erir a independ0ncia e #armonia entre os poderes _art)Go da Constituição do 3rasil` e a separação dos poderes _art) QH, K No, 888` 111 +insubsistente) :N) - Poder Judici"rio est" vinculado pelo dever1poder de, nomandado de in$unção, !ormular supletivamente a norma re.ulamentadora de uecarece o ordenamento $ur'dico) :F) Io mandado de in$unção o Poder Judici"rio nãode!ine norma de decisão, mas enuncia o te/to normativo ue !altava para, no caso,tornar vi"vel o e/erc'cio do direito de .reve dos servidores públicos) :Q) Mandadode in$unção $ul.ado procedente, para remover o obst"culo decorrente da omissãole.islativa e, supletivamente, tornar vi"vel o e/erc'cio do direito consa.rado no

arti.o 67, V88, da Constituição do 3rasil)

Ricardo Oeandosi + dissidente sobre esta tese, mas adu4 consi.naçãoimportante2 ualuer norma ue se preste a evitar a !lu0ncia do direito de .reve do servidor + inconstitucional ?ou ile.al, se in!raconstitucionalB) E #" no ordenamento uma norma destetipo2 o Decreto :)NH;F, ue no seu arti.o :@ di42

 >Art) :@ At+ ue se$a editada a lei complementar a ue alude o art) 67, inciso V88,da Constituição, as !altas decorrentes de participação de servidor público !ederal,re.ido pela Oei n@ )::G, de :: de de4embro de :;;H, em movimento de

 paralisação de serviços públicos não poderão, em nen#uma #ip%tese, ser ob$eto de28 1 abono

88 1 compensação ou888 1 cmputo, para !ins e conta.em de tempo de serviço ou de ualuer vanta.emue o ten#a por base)K :@ Para os !ins de aplicação do disposto neste arti.o, a c#e!ia imediata doservidor transmitir" ao %r.ão de pessoal respectivo a relação dos servidores cu$as!altas se enuadrem na #ip%tese nele prevista, discriminando, dentre osrelacionados, os ocupantes de car.os em comissão e os ue percebam !unção.rati!icada)K G@ A inobserv=ncia do disposto no par".ra!o precedente implicar" na e/oneraçãoou dispensa do titular da c#e!ia imediata, sem pre$u'4o do ressarcimento ao<esouro Iacional dos valores por este despendidos em ra4ão do ato comissivo ouomissivo, apurado em processo administrativo re.ular)

Este arti.o est" suprimindo ualuer direito 5 .reve, e por isso, se.undo o MinistroOeandosi, seria ile.al) A inassiduidade imprópria, ue + a !alta a prete/to de .reve,não poder" .erar demissão, ao contr"rio do ue este dispositivo tenta impor) Ainda ue nãose$am abonadas as !altas, não #" demissão, pois o ue #" + e/erc'cio do direito de .reve)

Casos Concretos

 uestão :

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 1!

Page 19: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 19/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

 úcio ;randão, servidor público eonerado durante estágio probatório por "altar ao serviço em virtude de adesão a movimento grevista, impetrou mandado de segurança no$ual pleiteava a sua reintegração ao cargo público ocupado. (du#iu $ue a participação em greve 1 direito constitucionalmente assegurado 1 não seria su"iciente para ense2ar a

 penalidade cominada. ( autoridade coatora, em in"ormaç<es, sustentou $ue o art. =>, inc.?II da 6@ seria norma de e"icácia contida e, desse modo, o direito de greve dos servidores públicos dependeria de lei para ser eercido. Pergunta1se: ( ordem deve ser concedida3 In"orme o posicionamento do S4@ a respeito da mat0ria.

Resposta 5 uestão :

 Ião pode #aver a e/oneração do servidor em est".io probat%rio, porue se trata deinassiduidade impr%pria2 o a.ente não est" !altando por opção desidiosa, e sim por estar e/ercendo seu direito constitucional de .reve)

Ve$a, a respeito, a not'cia do $ul.ado abai/o2

>8I(-RMA<8V- I@ FG) ervidor Público em Est".io Probat%rio2 reve eE/oneração) RE 1 GGQ;QQ)A <urma, em votação ma$orit"ria, manteve ac%rdão do <ribunal de Justiça doEstado do Rio rande do ul, ue concedera a se.urança parareinte.rar servidor público e/onerado, durante est".io probat%rio,por !altar aoserviço em virtude de sua adesão a movimento .revista) Entendera auela Corteue a participação em .reve direito constitucionalmente asse.urado, muitoembora não re.ulamentado por norma in!raconstitucional não seria su!iciente

 para ense$ar a penalidade cominada) - ente !ederativo, ora recorrente, sustentavaue o art) 67, V88, da C( seria norma de e!ic"cia contida e, desse modo, o direitode .reve dos servidores públicos dependeria de lei para ser e/ercido) Al+m disso,tendo em conta ue o servidor não .o4aria de estabilidade ?C(, art) N:B, adu4iu uea .reve !ora declarada ile.al e ue ele não comparecera ao serviço por mais de 6Hdias) Considerou1se ue a inassiduidade em decorr0ncia de.reve não poderiaimplicar a e/oneração de servidor em est".io probat%rio, uma ve4 ue essaaus0ncia não teria como motivação a vontade consciente de não comparecer aotrabal#o simplesmente por não comparecer ou por não .ostar de trabal#ar)Revelaria, isso sim, inassiduidade impr%pria, resultante de um movimento de

 paralisação da cate.oria em busca de mel#ores condiçes de trabal#o) Assim, o!ato de o recorrido estar em est".io probat%rio, por si s%, não seria !undamento

 para essa e/oneração) Vencidos os Ministros Mene4es Direito, relator, e RicardoOeandosi ue proviam o recurso para assentar a subsist0ncia do ato dee/oneração por reputar ue servidor em est".io probat%rio, ue aderira5.reve antes da re.ulamentação do direito constitucionalmente recon#ecido, nãoteria direito 5 anistia de suas !altas indevidas ao serviço) RE GGQ;QQR, rel) ori.)Min) Mene4es Direito, rel) p o ac%rdão Min) C"rmen Oúcia, ::)::)GHH) ?RE1

GGQ;QQB)

uestão G

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 1"

Page 20: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 20/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

 Precioso de /liveira e 6osmelA 'oreira de (ndrade, servidores públicosintegrantes dos $uadros da Polícia 6ivil do Bio de 5aneiro, prop<em, em "ace do Estado do Bio de 5aneiro, ação ordinária, alegando, em resumo, terem sido bene"iciados pela ei nC *.DD+D, com o reen$uadramento no cargo de (gente de Polícia Estadual 1 FG classe, o$ue l%es con"eria direito ao pagamento de grati"icação, bem assim promoção anual para

as classes superiores. (rgumentam $ue a citada ei H*.DD+D7 "oi posteriormenterevogada pela ei nC =.J*++F, $ue etinguiu a grati"icação em $uestão e procedeu a umnovo reen$uadramento "uncional, violando direito 2á ad$uirido. (ssim, em ra#ão da o"ensaaos princípios da irretroatividade e irredutibilidade de vencimentos, pretendem orecon%ecimento do seu direito s promoç<es decorrentes da aplicação da ei nC *.DD+D,assim como o pagamento da grati"icação por ela instituída e sua incorporação aovencimento1base, observada sua progressão vertical. Begularmente citado, o Estadoapresentou a contestação, alegando, em síntese, $ue a ei *DD+D "oi totalmente revogada pela ei =.J*++F e $ue a grati"icação pretendida não c%egou a ser implementada, ra#ão pela $ual ineiste direito ad$uirido. (du# $ue a lei estabelecia o pra#o de = Htr-s7 anos para a incorporação da grati"icação, sendo $ue a sua revogação se deu antes $ue se

completassem = Htr-s7 anos de sua vig-ncia, ra#ão pela $ual não %á $ue se "alar emincorporação de grati"icação ou em promoção. Por "im, pede a improced-ncia dos pedidos "ormulados pelos autores, a"irmando, ainda, $ue as alteraç<es promovidas pela ei=.J*++F não signi"icaram redução nos vencimentos. !ecida o caso concreto.

Resposta 5 uestão G

A partir do momento em ue o servidor preenc#e os reuisitos para percepção da.rati!icação, e #" previsão na lei de ue esta inte.ra sua remuneração, o direito + aduirido)- ar.umento de permanecer no re.ime anterior, para novas .rati!icaçes, por+m, não podeser acatado, pois seria a !ami.erada manutenção do re.ime ap%s sua revo.ação)

A respeito, ve$a o se.uinte $ul.ado do <JRJ2

>Processo2 HHH:H1:)GHHF)):;)HHH: ?GHH)HH:)GGQ;GB) : Ementa – APEOACA-) DE) &8ME8 ME8RA CAVAO8ER8 1 Jul.amento2 :FH7GHH 1E9<A CAMARA C8VEO)ERV8D-R P3O8C-) 8I-C-RR[IC8A DE V8-OATX- A ARAI<8AC-I<8<&C8-IAO DE 8RRED&<838O8DADE DE VEIC8MEI<-)8IE98<[IC8A DE D8RE8<- AD&8R8D- A- RE8ME J&R8D8C-AI<ER8-R) A ordem constitucional con!ere 5 Administração Pública poder discricion"rio para promover a reestruturação or.=nica de seus uadros !uncionais,com a modi!icação dos n'veis de re!er0ncia das carreiras para mel#or atender aointeresse público) - servidor poder" aduirir direito 5 perman0ncia no serviço

 público, mas não aduirir" nunca direito ao e/erc'cio da mesma !unção, no mesmolu.ar e nas mesmas condiçes, salvo os vital'cios, ue constituem uma e/ceçãoconstitucional 5 re.ra estatut"ria) A Oei n@ 6FQGHH:, conuanto ten#a alterado anomenclatura, as classes e as re!er0ncias dos servidores da Pol'cia Civil, nãoacarretou ualuer decr+scimo remunerat%rio para os servidores em atividade)8ne/ist0ncia de direito aduirido 5 pro.ressão !uncional seuer implantada sob a+.ide da lei revo.ada) 8ncid0ncia do arti.o FF7, caput do CPC) Ie.a1sese.uimento ao recurso)

>G Ementa – APEOACA-) DE) &8ME8 ME8RA CAVAO8ER8 1 Jul.amento2:HH;GHH 1 E9<A CAMARA C8VEO)

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 2'

Page 21: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 21/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

ARAV- 8I<ERI- EM APEOATX-) ERV8D-R P3O8C-)8I-C-RR[IC8A DE V8-OATX- A ARAI<8A C-I<8<&C8-IAO DE8RRED&<838O8DADE DE VEIC8MEI<-) 8IE98<[IC8A DE D8RE8<-AD&8R8D- A- RE8ME J&R8D8C- AI<ER8-R) A mel#or doutrina

 processualista recon#ece o controle do $u'4o de admissibilidade, mesmo do m+ritorecursal pelo relator, com vistas a .arantir a celeridade da prestação da tutela

 $urisdicional e evitar sua desnecess"ria poster.ação) Decisão monocr"tica ue, com!ulcro no art) FF7, caput, do CPC, ne.ou se.uimento ao recurso interposto pelaimpetrante) 8ncon!ormismo) Ale.açes recursais ue se limitam a reeditar os!undamentos $" e/aminados no decis%rio ver.astado) A ordem constitucionalcon!ere 5 Administração Pública poder discricion"rio para promover areestruturação or.=nica de seus uadros !uncionais, com a modi!icação dos n'veisde re!er0ncia das carreiras para mel#or atender ao interesse público) - servidor 

 poder" aduirir direito 5 perman0ncia no serviço público, mas não aduirir" nuncadireito ao e/erc'cio da mesma !unção, no mesmo lu.ar e nas mesmas condiçes,salvo os vital'cios, ue constituem uma e/ceção constitucional 5 re.ra estatut"ria)A Oei n@ 6FQGHH:, conuanto ten#a alterado a nomenclatura, as classes e asre!er0ncias dos servidores da Pol'cia Civil, não acarretou ualuer decr+scimoremunerat%rio para os servidores em atividade) 8ne/ist0ncia de direito aduirido 5

 pro.ressão !uncional seuer implantada sob a +.ide da lei revo.ada) 8ncid0ncia do

arti.o FF7, caput do CPC) Ie.a1se se.uimento ao recurso)

Tema III

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 21

Page 22: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 22/29

Page 23: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 23/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

2. ,e)imes -ur+dicos

- re.ime $ur'dico único, !i/ado ori.inariamente pela CR(3, !oi e/posto na Oei)::G;H) Este diploma personi!icou o re.ime $ur'dico único, ue era de observ=ncia

obri.at%ria pelos demais entes !ederativos, os uais podiam no m"/imo complement"1lo,mas nunca subvert01lo)A EC :;;, no entanto, alterou o arti.o 6; da CR(3, e/tin.uindo o re.ime $ur'dico

único, o ue teve por e!eitos a trans!ormação da Oei )::G;H, ue era lei nacional, em meralei !ederal dos servidores públicos civis, apenas aplic"vel 5 &nião) Desde então, os Estadose Munic'pios se encontrariam livres para re.ulamentar seus re.imes)

-corre ue a AD8 G):6F !oi proposta contra esta EC :;, com pleito derecon#ecimento de inconstitucionalidade !ormal) A medida cautelar !oi concedida nestaAD8, mas o verdadeiro ar.umento ue tende a dar proced0ncia a esta postulação deinconstitucionalidade + ue a e/tinção do re.ime $ur'dico único tem por real escopo ae/tinção .radual do re.ime estatut"rio, e não ao conviv0ncia deste com os demais re.imes,

como o celetista) Entenda1se2 ao permitir mais de um re.ime no serviço público, a opção pelo re.ime celetista seria .radualmente incrementada, at+ o !im do estatut"rio, na pr"tica – o ue en!raueceria o serviço público como um todo, se acontecesse) E, al+m disso, minariaa previd0ncia, especialmente diante da desobri.ação do implemento de re.imes previdenci"rios complementares em estatais)

Ve$a a ementa2

>AD8 G:6F MC D( 1 D8<R8<- (EDERAO) MED8DA CA&<EOAR IA ATX-D8RE<A DE 8IC-I<8<&C8-IAO8DADE) Relator Min) IYR8 DA 8OVE8RA)Relatora p Ac%rdão Min) EOOEI RAC8E ?AR<)6,8V,b, do R8<(B)Jul.amento2 HGHGHH7) Ur.ão Jul.ador2 <ribunal Pleno) Publicação2 H71H61GHH)Ementa2 MED8DA CA&<EOAR EM ATX- D8RE<A DE8IC-I<8<&C8-IAO8DADE) P-DER C-I<8<&8I<E RE(-RMAD-R)PR-CE- OE8OA<8V-) EMEIDA C-I<8<&C8-IAO :;, DEHN)HQ):;;) AR<) 6;, CAP&<, DA C-I<8<&8TX- (EDERAO) ERV8D-REP3O8C-) RE8ME J&RZD8C- I8C-) PR-P-<A DE8MPOEMEI<ATX-, D&RAI<E A A<8V8DADE C-I<8<&8I<E DER8VADA,DA (8&RA D- C-I<RA<- DE EMPRE- P3O8C-) 8I-VATX- &E

 IX- -3<EVE A APR-VATX- DA MA8-R8A DE <R[ &8I<- D-MEM3R- DA C\MARA D- DEP&<AD- &AID- DA APREC8ATX-,EM PR8ME8R- <&RI-, D- DE<A&E PARA V-<ATX- EM EPARAD-?DVB I@ ;) &3<8<&8TX-, IA EOA3-RATX- DA PR-P-<A OEVADA AE&ID- <&RI-, DA REDATX- -R88IAO D- CAP&< D- AR<) 6;PEO- <E9<- 8I8C8AOMEI<E PREV8<- PARA - PARSRA(- G@ D-MEM- D8P-8<8V-, I- <ERM- D- &3<8<&<8V- APR-VAD-)

&PREX-, D- <E9<- C-I<8<&C8-IAO, DA E9PREA MEITX- A-8<EMA DE RE8ME J&RZD8C- I8C- D- ERV8D-RE DAADM8I8<RATX- P3O8CA) REC-I*EC8MEI<-, PEOA MA8-R8A D-POEISR8- D- &PREM- <R83&IAO (EDERAO, DA POA&838O8DADEDA AOEATX- DE VZC8- (-RMAO P-R -(EIA A- AR<) QH, K G@, DAC-I<8<&8TX- (EDERAO) REOEV\IC8A J&RZD8CA DA DEMA8AOEAT^E DE 8IC-I<8<&C8-IAO8DADE (-RMAO E MA<ER8AOREJE8<ADA P-R &IAI8M8DADE) :) A mat+ria votada em destaue na C=marados Deputados no DV n@ ; não !oi aprovada em primeiro turno, pois obteve

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 23

Page 24: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 24/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

apenas G; votos e não os 6H necess"rios) Manteve1se, assim, o então vi.entecaput do art) 6;, ue tratava do re.ime $ur'dico único, incompat'vel com a !i.urado empre.o público) G) - deslocamento do te/to do K G@ do art) 6;, nos termos dosubstitutivo aprovado, para o caput desse mesmo dispositivo representou, assim,uma tentativa de superar a não aprovação do DV n@ ; e evitar a perman0ncia dore.ime $ur'dico único previsto na redação ori.inal suprimida, circunst=ncia ue

 permitiu a implementação do contrato de empre.o público ainda ue 5 revelia dare.ra constitucional ue e/i.e o uorum de tr0s uintos para aprovação deualuer mudança constitucional) 6) Pedido de medida cautelar de!erido, dessa!orma, uanto ao caput do art) 6; da Constituição (ederal, ressalvando1se, emdecorr0ncia dos e!eitos e/ nunc da decisão, a subsist0ncia, at+ o $ul.amentode!initivo da ação, da validade dos atos anteriormente praticados com base emle.islaçes eventualmente editadas durante a vi.0ncia do dispositivo ora suspenso)N) Ação direta $ul.ada pre$udicada uanto ao art) GQ da EC :;;, pelo e/aurimentodo pra4o estipulado para sua vi.0ncia) F) V'cios !ormais e materiais dos demaisdispositivos constitucionais impu.nados, todos oriundos da EC :;;,aparentemente ine/istentes ante a constatação de ue as mudanças de redação

 promovidas no curso do processo le.islativo não alteraram substancialmente osentido das proposiçes ao !inal aprovadas e de ue não #" direito aduirido 5manutenção de re.ime $ur'dico anterior) Q) Pedido de medida cautelar parcialmente

de!erido)

A tend0ncia + ue o re.ime $ur'dico único retome campo, uando do $ul.amento!inal desta AD8) Ião + conceb'vel ue #a$a a presença de mais de um re.ime no serviço público, especialmente diante do risco de se acabar com o re.ime estatut"rio) *o$e, portanto, vi.e o re.ime $ur'dico único na administração direta)

3. ,esponsabilidade do servidor público

- servidor responde civil, penal e administrativamente por seus atos il'citos)Contudo, perante os danos causados aos administrados, não responde diretamente 2uem

responde + a administração pública, pessoa $ur'dica, de !orma ob$etiva, cabendo apenas aação re.ressiva desta em !ace do servidor causador do dano)

 Iesta responsabilidade em re.resso, a administração deve comprovar culpa doservidor – + responsabilidade sub$etiva, portanto) - Poder Público tem ue re.redir em !acedo servidor, não sendo um mero direito acion"rio, discricion"rio, mas sim um direito1dever vinculado – a administração tem ue buscar ressarcir o er"rio público)

A responsabili4ação penal e civil não a!asta a administrativa, especialmente aresponsabilidade por improbidade administrativa) ão es!eras autnomas) 8nclusive, a Oei)NG;;G impe a sanção pela improbidade at+ mesmo aos part'cipes ou coautores ueseuer se$am servidores públicos) E a responsabilidade pro improbidade se abate sobre osa.entes públicos, ualuer ue se$a seu re.ime)

- servidor tem direito 5 observ=ncia do devido processo le.al e ampla de!esa, emualuer das searas de responsabili4ação) Y impreter'vel o curso escorreito de um processoadministrativo disciplinar, inclusive com a .arantia de de!esa t+cnica ?ue pode por ele ser dispensada, como dito, mas não l#e pode ser ne.adaB)

Casos Concretos

 uestão :

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 24

Page 25: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 25/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

 (gente público $ue pratica ato negligente, $ue atenta contra os princípios da (dministração Pública, pode ser responsabili#ado por improbidade administrativa, na "orma do $ue disp<e a ei nC .K*DD*3 BESP/S4( /;5E4I?('E84E 5LS4I@I6(!(.

Resposta 5 uestão :-s arti.os ;@, :H e :: da Oei )NG;;Gl, cu$a transcrição não se impe aui, tratam,

respectivamente, >Dos Atos de 8mprobidade Administrativa ue 8mportam Enriuecimento8l'cito, >Dos Atos de 8mprobidade Administrativa ue Causam Pre$u'4o ao Er"rio, e >DosAtos de 8mprobidade Administrativa ue Atentam Contra os Princ'pios da AdministraçãoPública)

- arti.o :: + o ue est" em vo.a no enunciado, pois + o ue tipi!ica a improbidade principiol%.ica) Respondendo 5 uestão, + poss'vel a conduta 'mproba sem ser dolosa, por mera culpa, na modalidade ne.li.0ncia, mesmo ue #a$a uem entenda ue s% pelo dolodireto de !erir o princ'pio + imperativo para con!i.urar a improbidade)

- <J entende ue a improbidade culposa + poss'vel, mas o <( tende a e/i.ir dolo para con!i.urar este il'cito) Ve$a o $ul.ado abai/o, do <J2

>REsp FF6QH) Relator Ministro *ERMAI 3EIJAM8I) Data da Publicação:7:GGHH)Decisão2 <rata1se de Recurso Especial interposto, com !undamento no art) :HF, 888,LaL e LcL, da Constituição da República, contra ac%rdão assim ementado ?!l) 7QB2Comprovada a ne.li.0ncia e imprud0ncia dos membros da comissão municipal delicitação e con!i.urada a improbidade administrativa, nos termos dos incisos V eV888 do art) :H da Oei n@ )NG;;G, devem ser aplicadas as sançes previstas noinciso 88 do art) :G) A circunst=ncia de ter #avido o ressarcimento do dano nãodes!i.ura a improbidade administrativa ?art) G:, 8 e 88, da Oei n@ )NG;;GB,

 podendo, uando muito, servir para a adeuação das penas) A sanção de proibição

de contratar e receber bene!'cios ou incentivos !iscais não .uarda ualuer relaçãocom a atividade do a.ente público na pr"tica de improbidade, sendo diri.idasomente ao particular ue se bene!iciou do ato de improbidade) (oi interpostoRecurso E/traordin"rio ?!ls) ;HH1;6GB) Ias ra4es do Recurso Especial ?!ls) ;6F1;;6B, os recorrentes ale.am contrariedade aos arts) :H, :: e :G da Oei )NG;:;;G,al+m de diver.0ncia $urisprudencial) ustentam, em s'ntese, ue2 aB não #ouvedolo, obtenção de vanta.em econmica ou dano ao er"rio e bB as sançes !oramaplicadas sem observ=ncia aos princ'pios da ra4oabilidade e da proporcionalidade)Contra1ra4es 5s !ls) :)H7Q1:)H:) Parecer do Minist+rio Público (ederal pelo não1con#ecimento do apelo ?!ls) :)H;61:)H;B)Y o relat%rio) Decido)

 Ioticiam os autos ue o Minist+rio Público a$ui4ou Ação Civil Pública contramembros de comissão municipal de licitação, imputando1l#es atos de improbidadeem procedimento licitat%rio voltado ao !ornecimento de ess0ncia l'uidaconcentrada) - Ju'4o de :@ .rau $ul.ou procedente o pedido, tendo sido

 parcialmente providos os recursos de Apelação dos r+us apenas para e/cluir asanção de proibição de contratar com o Poder Público, mantendo1se as demaissançes por pr"tica de atos de improbidade censurados pelo art) :H da Oei)NG;:;;G)- <ribunal de ori.em considerou diversos aspectos !"ticos comprovadores daimprobidade, entre os uais, não terem os recorrentes encamin#ado convite paraoutros !abricantes ue $" #aviam participado de licitação com o mesmo ob$eto e

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 25

Page 26: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 26/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

aceitado a o!erta do licitante único ?Pani!icadora Mini1Pão1uenteB, mesmovencedor do procedimento anterior, por preço 6H ?trintaB ve4es superior)De in'cio, saliento não estar con!i.urado diss'dio $urisprudencial, #a$a vista asra4es recursais não evidenciarem a necess"ria similitude !"tica e $ur'dica entre osac%rdãos paradi.mas e o recorrido) De ualuer modo, as uestes tratadas nassupostas diver.0ncias estão compreendidas nas violaçes le.ais suscitadas, ueserão a se.uir analisadas)- art) :H da Oei )NG;:;;G + tido como violado pelos recorrentes, os uais ne.ama improbidade ao ar.umento de ue não #ouve dolo, dano ao er"rio, nem obtençãode vanta.em econmica) Com relação ao primeiro aspecto, re.istro ue o dolo não+ elementar 5 con!i.uração dos atos de improbidade administrativa ue causamlesão ao er"rio, poruanto o re!erido dispositivo le.al prev0 a modalidade culposa)Esse + o entendimento do uperior <ribunal de Justiça2PR-CE- C8V8O E ADM8I8<RA<8V- – A<- DE 8MPR-38DADE – AR<):H, 8IC8- 988 DA OE8 )NG;;G – PR8ICZP8- DA C-IR&[IC8A – EOEMEI<- &3JE<8V- – DEM-I<RATX- DE PREJ&Z]- A- ERSR8-):) Ião in!rin.e o princ'pio da con.ru0ncia a decisão $udicial ue enuadra o ato deimprobidade em dispositivo diverso do indicado na inicial, eis ue deve a de!esaater1se aos !atos e não 5 capitulação le.al)G) -s tipos da Oei de 8mprobidade estão divididos em tr0s cate.orias2 aB art) ;@

?atos ue importam em enriuecimento il'citoB bB art):H ?atos ue causam pre$u'4oao er"rioB e cB art) :: ?atos ue atentam contra os princ'pios da administraçãoB)6) -s atos de improbidade s% são punidos 5 t'tulo de dolo, inda.ando1se da boa oum" !+ do a.ente, nas #ip%teses dos arti.os ;@ e :: da Oei )NG;;G)N) Embora mereçam acirradas cr'ticas da doutrina, os atos de improbidade do art):H, como est" no pr%prio caput, são tamb+m punidos 5 t'tulo de culpa, mas deveestar presente na con!i.uração do tipo a prova ineu'voca do pre$u'4o ao er"rio)F) Recurso especial provido)?REsp NG)NGE, Rel) Ministra EO8AIA CAOM-I, E&IDA <&RMA,

 $ul.ado em GNHNGHH7, DJ G:HFGHH7 p) FQHBADM8I8<RA<8V-) 8MPR-38DADE) OE8 )NG;;G) O8C8<ATX-)

 IECE8DADE DE C-I(8&RATX- D- D-O- D- AEI<E P3O8C-)REE9AME DE MA<YR8A (S<8CA) M&OA H7<J)

?)))BG) As condutas t'picas ue con!i.uram improbidade administrativa estão descritasnos arts) ;@, :H e :: da Oei )NG;;G, sendo ue apenas para as do art) :H a lei prev0a !orma culposa) Considerando ue, em atenção ao princ'pio da culpabilidade e aoda responsabilidade sub$etiva, não se tolera responsabili4ação ob$etiva e nem,salvo uando #ouver lei e/pressa, a penali4ação por condutas meramente culposas,conclui1se ue o sil0ncio da Oei tem o sentido elofente de desuali!icar ascondutas culposas nos tipos previstos nos arts) ;)@ e ::)6) Y vedado o ree/ame de mat+ria !"tico1probat%ria em sede de recurso especial, ateor do ue prescreve a úmula H7 desta Corte)N) Recurso especial parcialmente con#ecido e, nessa parte, improvido)?REsp ;NH)QG;D(, Rel) Ministro <E-R8 AO38I- ]AVACg8, PR8ME8RA<&RMA, $ul.ado em :QHGHH, DJe HNH;GHHB

Comentando o citado dispositivo le.al, hallace Paiva Martins Júnior esclarece ueLE/i.e1se comportamento doloso ou culposo do a.ente público, compreendidosesse conceitos, no =mbito civil, como a vontade de causar pre$u'4o a.indo contra alei e o in!lu/o da ne.li.0ncia, da imprud0ncia e da imper'cia no trato dos ne.%cios

 públicosL ?Probidade Administrativa, 6 edição, ão Paulo2 araiva, p) GNQB) Ia #ip%tese, o <ribunal de ori.em considerou comprovada a culpa dos recorrentes,con!orme se in!ere dos se.uintes trec#os do voto1condutor do ac%rdão2?)))B(icou, pois, cabalmente provado ue os apelantes, pelo menos, a.iram de !ormane.li.ente e imprudente con!orme descrito na petição inicial)

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 26

Page 27: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 27/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

Ali"s a supervaloração do produto não !oi contestada em momento al.um) Acabousendo con!essada at+ mesmo pelo vencedor da licitação, ue providenciou adevolução da di!erença em 6:)HF);F, isto +, mais de um ano depois ?!ls) :67B,diante das provid0ncias pol'tico1administrativas e policiais)?)))B

 Io presente caso, o comportamento dos apelantes encontra tipi!icação na descriçãodos incisos V e V888 do art) :H da Oei n@ )NG;;G) - elemento sub$etivo seidenti!ica com a simples culpa e dano ao er"rio público bene!iciando terceiro uecontratou com a administração pública e se enriueceu indevidamente)-s demais ar.umentos lançados pelos recorrentes contrariam as premissas !"ticasa!irmadas no ac%rdão recorrido, uais se$am, a de ue #ouve super!aturamento edano ao er"rio, bem como enriuecimento il'cito, con!orme, ali"s, evidencia a

 parte do voto acima transcrita) A alteração desse entendimento dependeria doree/ame !"tico1probat%rio dos autos, o ue + invi"vel na inst=ncia especial, a par do ue preceitua a úmula 7<J) Iesse conte/to, #" %bice ao con#ecimento doRecurso Especial uanto 5 suscitada contrariedade ao art) :H da Oei de8mprobidade, bem como ao seu art) :G, poruanto tamb+m a suposta !alta deobserv=ncia aos princ'pios da ra4oabilidade e da publicidade est" dissociada dasuestes !"ticas consi.nadas no ac%rdão recorrido – e/ist0ncia de dano ao er"rio eenriuecimento il'cito, insista1se) Ademais, o <ribunal de ori.em, acenando com a

 proporcionalidade na dosimetria das sançes e com base nos elementos probat%riosdos autos, $usti!icou as sançes mantidas, bem como a e/clusão de uma delas, nosse.uintes termos2A sentença imps a perda da !unção pública, a suspensão dos direitos pol'ticos pelo

 pra4o de cinco anos e pa.amento da multa de duas ve4es o valor do dano, estimadoeste na di!erença entre o valor do mercado e o pa.o, al+m da proibição decontratar) Con!orme demonstrado, a sanção de proibição de contratar não + diri.idaao servidor pública mas ao particular ue se bene!iciou do ato de improbidade) -ressarcimento do dano !oi considerado para e/cluir esse sancionamento em

 bene!'cio dos apelantes) A perda da !unção pública não comportava ualuer adeuação) A suspensão dos direitos pol'ticos !oi imposta no m'nimo le.al) Amulta civil !oi estimada de !orma euilibrada tendo em vista serem m%dicos osvalores apontados)

 Ião #" como veri!icar a proporcionalidade das sançes impostas pelo <ribunal deori.em, ante o %bice da úmula 7<J) Iesse sentido2 PR-CE&AO C8V8O – EM3AR- DE DECOARATX- EM ARAV- DE 8I<R&MEI<- – ATX-C8V8O P3O8CA – 8MPR-38DADE ADM8I8<RA<8VA – REV8X- DAAITX- APO8CADA PEO- <R83&IAO DE -R8EM – 8MP-838O8DADE

 – M&OA 7<J – 8MP-838O8DADE DE E<A C-R<E E PR-I&IC8AR -3RE V8-OATX- DE D8P-8<8V- C-I<8<&C8-IA8 – D8ZD8-J&R8PR&DEIC8AO – A&[IC8A DE C-I<RAD8TX- – PRE&E<8-IAMEI<- – 3&CA DE E(E8<- 8I(R8IEI<E – DECA38MEI<-):) Diante do %bice da úmula 7<J, a veri!icação da proporcionalidade e dara4oabilidade da sanção aplicada pelo <ribunal de ori.em não pode ser !eita emrecurso especial) ?)))B

?EDcl no A.R. no A. ;6N)Q7P, Rel) Ministra EO8AIA CAOM-I,E&IDA <&RMA, $ul.ado em :6HFGHH, DJe GQHFGHHBATX- C8V8O P3O8CA) 8MPR-38DADE ADM8I8<RA<8VA)C-I<RA<ATX- 8RRE&OAR DE ERV8D-RE) EM3AR-8I(R8IEI<E) IECE8DADE DE C-MPR-VATX- DE MS1(Y)8IC8D[IC8A DA M&OA GG<() DAI- A- ERSR8-)CARAC<ER8]ATX-) D8EI-) M&OA 6<J) PEIAO8DADE) AR<8-:G, DA OE8 I@ )NG;;G) PR-P-RC8-IAO8DADE) REE9AME D-C-IJ&I<- (S<8C-1PR-3A<UR8-) M&OA 7<J)?)))B

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 2

Page 28: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 28/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

8V 1 8nvi"vel, em sede de recurso especial, pretender discutir a proporcionalidadeda penalidade aplicada pela inst=ncia ordin"ria, sob pena de inserir1se na seara!"tico1probat%ria dos autos) 8ncid0ncia da úmula 7<J)V 1 Recurso não con#ecido)?REsp ;7:)767PR, Rel) Ministro (RAIC8C- (AOCX-, PR8ME8RA <&RMA,

 $ul.ado em HN:GGHH7, DJe :HH6GHHBuanto ao art) :: da Oei )NG;:;;G, ue trata dos atos de improbidade por atentado aos princ'pios administrativos, os recorrentes não demonstraram de ue!orma o ac%rdão recorrido teria contrariado) - aludido dispositivo não + #"bil ain!irmar o ac%rdão recorrido, #a$a vista ue as condutas dos recorrentes !oramcaracteri4adas como atos de improbidade por lesão ao er"rio ?art) :H da re!eridaOeiB) Aplicação, por analo.ia, da úmula GN<(, ante a de!ici0ncia da!undamentação nesse ponto) Diante do e/posto, nos termos do art) FF7, caput, doCPC, ne.o se.uimento ao Recurso Especial)Publiue1se) 8ntimem1se) 3ras'lia ?D(B, GF de novembro de GHH) M8I8<R-*ERMAI 3EIJAM8I Relator)

uestão G

 ( ei @ederal nC D.DJ*+++, estabeleceu, em seu art. FM, $ue as relaç<es detrabal%o no Nmbito das (g-ncias Beguladoras seria de emprego público, segundo os preceitos da 6onsolidação das eis do 4rabal%o 1 64. O vista dessa norma, o Partido dos4rabal%adores prop)s, em *+++, ação direta de inconstitucionalidade, sob o "undamento de$ue o regime celetista, por não possuir a estabilidade, 0 incompatível com o eercício da "unção regulatória e o"enderia o princípio concursivo do art. =>, II, 6@. Pela de"esa daconstitucionalidade do dispositivo impugnado, o (dvogado1eral da Lnião a"irmou $ue oart. =D, 6@ permite a escol%a, por parte do (dministrador, do Begime 5urídico aplicável. 8o desempen%o da "unção de 'inistro Belator do S4@, descompatibili#e as controv0rsias edecida a $uestão.

Resposta 5 uestão G

- arti.o :@ desta Oei ;);QHH !oi declarado inconstitucional, porue viola o re.ime $ur'dico único, na !orma da AD8 G)6:H) A AD8 G):6F, $" mencionada, $" #avia superado estadiscussão, vedando a possibilidade de re.ime celetista nestas entidades, mas a Oei:H)7:HN ainda derro.ou parcialmente esta previsão, impedindo a presença de celetistasnestas entidades)

uestão 6

 Inoc-ncio 5ustino impetrou mandado de segurança contra ato supostamente ilegal do 'inistro de Estado de 4ransportes $ue, consubstanciado na portaria nC F+ de

*++J*++, o demitiu do cargo de 6%e"e do Setor de 4ransportes da cidade de agartia. (du# $ue a aus-ncia de designação de advogado ou de"ensor dativo para prestar1l%eassist-ncia no decorrer da instrução probatória maculou o processo administrativoinstaurado para apuração da prática de in"ração disciplinar prevista no artigo FF>, inciso QII da ei .FF*D+, ra#ão pela $ual pretende obter a declaração de nulidade do processoadministrativo $ue culminou com sua demissão do serviço público, bem como areintegração ao respectivo cargo com "undamento na suposta violação ao devido processolegal e ampla de"esa. ( autoridade coatora prestou as in"ormaç<es de estilo,

Mic#ell Iunes Midle$ Maron 2!

Page 29: Direito Administrativo v - Até Tema III

7/25/2019 Direito Administrativo v - Até Tema III

http://slidepdf.com/reader/full/direito-administrativo-v-ate-tema-iii 29/29

EMERJ – CP V Direito Administrativo V

 sustentando, preliminarmente, a impossibilidade de impetração de mandado de segurançacontra ato disciplinar. 8o m0rito, asseverou $ue a "alta de de"esa t0cnica por advogado noNmbito de processo administrativo disciplinar não o"ende a 6onstituição @ederal. !ecidaa $uestão lu# da 2urisprud-ncia dos tribunais superiores.

Resposta 5 uestão 6 Ião !ere a ampla de!esa e o devido processo le.al a aus0ncia de de!esa t+cnica) -

ue !eriria + a recusa a esta de!esa, e não sua aus0ncia)Ve$a, a respeito2

>úmula Vinculante F2 A !alta de de!esa t+cnica por advo.ado no processoadministrativo disciplinar não o!ende a Constituição)

>MAIDAD- DE E&RAITA I@ :6)7Q6 1 D( ?GHHH:G;7N1HB) REOA<-R M8I8<R- IAP-OEX- I&IE MA8A (8O*-)EMEI<A2 MAIDAD- DE E&RAITA) ERV8D-R P3O8C-)DEM8X-) AC&ATX- DE RECE38MEI<- DE PR-P8IA)C-I(8&RATX- C-M- 8MPR-38DADE ADM8I8<RA<8VA) PEIA DEDEM8X-) E98[IC8A DE EI<EITA J&D8C8AO <RAI8<ADA EMJ&OAD- ?AR<) GH DA OE8 )NG;;GB) P-I<- DE V8<A 8-OAD- D-REOA<-R) I&O8DADE DA P-R<AR8A 8IA&&RAO) A&[IC8A DE8ID8CATX- M8I&C8-A D- (A<- 8IVE<8AD- E CAP8<&OATX-)DEIECE8DADE) PRECEDEI<E) AR<) :Q: DA OE8 )::G;H) A&[IC8ADE DE(EA <YCI8CA E9ERC8DA P-R ADV-AD- -& DE(EI-R DA<8V-) M&OA V8IC&OAI<E F<() REAOVA D- EI<EID8MEI<-D- REOA<-R) -RDEM DEIEADA):)Em !ace dos princ'pios da proporcionalidade, di.nidade da pessoa #umana eculpabilidade, aplic"veis ao re.ime $ur'dico disciplinar, não #" $u'4o dediscricionariedade no ato administrativo ue impe ualuer sanção a ervidor Público, ra4ão pela ual o controle $urisdicional + amplo, de modo a con!erir 

.arantia aos servidores públicos contra eventual e/cesso administrativo, não selimitando, portanto, somente aos aspectos !ormais do procedimento sancionat%rio)Precedentes)G)omente ap%s o in'cio da instrução probat%ria, a Comissão Processante poder"!a4er o relato circunstanciado das condutas supostamente praticadas pelo ervidor indiciado, capitulando as in!raçes porventura cometidas precisamente por isso,não se e/i.e ue a Portaria instauradora do Processo Disciplinar conten#a aminuciosa descrição dos !atos ue serão apurados, e/i.'vel apenas uando doindiciamento do ervidor) Precedentes desta Corte)6)Asseverava a úmula 6N6 deste <ribunal uperior ue, em respeito 5s .arantiasdo contradit%rio e da ampla de!esa, devia ser asse.urada ao ervidor indiciado emProcesso Administrativo Disciplinar a c#amada de!esa t+cnica, a ser e/ercida por meio de Advo.ado le.almente constitu'do, ou, na sua !alta, por De!ensor Dativo,

desi.nado pela pr%pria Administração por+m, o enunciado da úmula VinculanteF, do colendo <(, estabeleceu diretri4 oposta 5uele entendimento, de sorte ue omesmo não tem mais aplicabilidade aos casos em ue se ale.a violação ao devido

 processo le.al, em decorr0ncia da aus0ncia de de!esa t+cnica, por Advo.ado, emProcesso Administrativo Disciplinar)N)-rdem dene.ada, com ressalva das vias ordin"rias)