10
DIREITO CIVIL – CRISTIANO CHAVES – AULA 09 – 04/04/2013 Conclusão de TEORIA GERAL DOS CONTRATOS: 5.4. 6. Intervenção de terceiros nos contratos. 6.1. PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO 6.2. ESTIPULAÇÕES EM FAVOR DE TERCEIRO 6.3. CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR 7. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS 8. VICIOS REDIBITÓRIOS 9. EVICÇÃO 10. EXTINÇÃO DOS CONTRATOS 6. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NOS CONTRATOS No cc de 16 vigorava a relatividade dos efeitos dos contratos. Siginificava de que o contrato somente produz efeitos entre as partes; portanto, não se admitia qualquer tipo de intervenção de terceiros numa relação contratual. A função social do contrato reconhece que de um jeito ou de outro o contrato produz efeito em relação a terceiros, só não pode prejudica-los, mas produz. Com a função social do contrato, a relatividade dos efeitos já havia sido mitigada. O cc consolidou três possibilidades de intervenção de terceiros nos contratos: a) Promessa de fato de terceiro b) Estipulações em favor de terceiros c) Contrato com pessoa a declarar 6.1. Promessa de fato de terceiro Art. 439, CC. É obrigação de fazer consistente em cumprir algo que foi prometido por outra pessoa; uma pessoa assume uma obrigação que será cumprida por

Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

DIREITO CIVIL – CRISTIANO CHAVES – AULA 09 – 04/04/2013

Conclusão de TEORIA GERAL DOS CONTRATOS:

5.4.

6. Intervenção de terceiros nos contratos.

6.1. PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO

6.2. ESTIPULAÇÕES EM FAVOR DE TERCEIRO

6.3. CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR

7. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

8. VICIOS REDIBITÓRIOS

9. EVICÇÃO

10. EXTINÇÃO DOS CONTRATOS

6. INTERVENÇÃO DE TERCEIROS NOS CONTRATOS

No cc de 16 vigorava a relatividade dos efeitos dos contratos. Siginificava de que o contrato somente produz efeitos entre as partes; portanto, não se admitia qualquer tipo de intervenção de terceiros numa relação contratual.

A função social do contrato reconhece que de um jeito ou de outro o contrato produz efeito em relação a terceiros, só não pode prejudica-los, mas produz.

Com a função social do contrato, a relatividade dos efeitos já havia sido mitigada. O cc consolidou três possibilidades de intervenção de terceiros nos contratos:

a) Promessa de fato de terceirob) Estipulações em favor de terceirosc) Contrato com pessoa a declarar

6.1. Promessa de fato de terceiro

Art. 439, CC.

É obrigação de fazer consistente em cumprir algo que foi prometido por outra pessoa; uma pessoa assume uma obrigação que será cumprida por outra. Neste caso, se a obrigação prometida não for cumprida a responsabilidade recairá sobre o promitente, e não sobre o prometido. STJ Resp. 249.008/RJ.

Haverá responsabilidade do prometido se -1- quem prometeu era o seu representante; -2- quando o prometido expressamente anuiu à promessa.

Exclusão da responsabilidade do promitente: par. Ún. do art. 439 estabelece UMA hipótese = O PROMITENTE NÃO RESPONDERÁ SE O ATO PROMETIDO DEPENDER DO CONSENTIMENTO DO SEU CÔNJUGE

Page 2: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

E A INDENIZAÇÃO RECAIR SOBRE O CÔNJUGE. O intuito do código é evitar fraude, evitar que um cônjuge prometa e se escuse na recusa do outro.

6.2. Estipulações em favor de terceiros

Art. 436 a 438:

Haverá uma relação contratual regularmente celebrada entre duas partes, com previsão de desdobramento dos efeitos benéficos de um contrato em favor de terceiro.

O terceiro não é parte.

E, sendo assim, o terceiro beneficiário pode ser incapaz, pode ser insolvente, na medida em que ele não assume obrigações. Esse terceiro não pode ser executado por eventual inadimplemento contratual.

O terceiro pode incorrer em responsabilidade por violação da boa fé objetiva, mas não pode incorrer em responsabilidade contratual. É obrigado a respeitar a boa fé objetiva.

Ex.: 1 – seguro de vida: partes = segurado e segurador; o terceiro é o beneficiário.

2 – nos divórcios consensuais, nas dissoluções de uniões estáveis consensuais, é muito comum haver cláusula de doação em favor de filhos (é exemplo de estipulação em favor de terceiro).

No direito administrativo também é comum encontrar hipóteses de estipulações em favor de terceiro.

STJ, Resp. 976.679-SP

O terceiro não é parte, mas pode executar.

O contratante-estipulante (além dele tem o terceiro-estipulado e o contratado) pode a qualquer tempo substituir o estipulado, independente da anuência do contratado, salvo disposição contrária. Esta prerrogativa insere-se no direito potestativo do estipulante, salvo abuso do direito (violação de confiança).

Se o estipulado já executou o contrato, não pode mais ser substituído.

A responsabilidade do promitente é subjetiva, então pode ser responsável por caso fortuito ou força maior.

6.3. Contrato com Pessoa a Declarar

Art. 467 a 471

Também com a expressão: Contrato com Terceiro a Declarar.

Contrato com pessoa a declarar – se caracteriza pela celebração de um contrato entre duas partes com uma cláusula, expressa, indicando a possibilidade de um, ou ambos, dos contratantes apontar, dentro do prazo estipulado, a pessoa, física ou jurídica, que passará a figurar na sua posição contratual, assumindo direitos e deveres desde a data a celebração do contrato.

O terceiro indicado assume a condição de parte, retroativamente. Com isso, esse terceiro precisa ser capaz, solvente, e precisa aceitar a condição que lhe está sendo atribuída. Isso porque efetivamente ninguém pode ser obrigado a fazer algo contra a sua vontade. Ao aceitar essa condição ele vai assumir as obrigações contratuais.

Se o terceiro não aceitar, for incapaz ou insolvente, o contrato permanece entre as partes originais, de forma válida e eficaz. Nesse caso, a aceitação precisa estar revestida da mesma forma do contrato (se o

Page 3: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

contrato é por instrumento público, a aceitação também deve ser – regra de que o acessório segue o principal - .

A clausula de previsão do contrato estipulado com pessoa a declarar tem por objetivo circulação de riquezas: um único contrato atingindo mais de duas pessoas.

Ex.: compra e venda de imóvel = suponha que eu quero comprar um imóvel para investimento (compro e logo quero revender); então, faço o contrato com pessoa a declarar, encontro um comprador, acerto o preço e passo o bem para o terceiro, que assume as obrigações retroativamente. Esse terceiro vai me restituir o imposto de transmissão que paguei, mas não haverá nova incidência e na escritura figurará como primeiro adquirente o terceiro.

7. FORMAÇÃO DOS CONTRATOS

7.1. Contrato preliminar

Também com o nome de Pré-contrato ou Promessa de Contrato.

Art. 462 a 466, CC.

É obrigação de fazer consistente em celebrar um outro contrato. Ou seja, é uma relação contratual válida e eficaz pela qual as partes assumem a obrigação de celebrar outro contrato.

Os contratos são autônomos a independentes entre si; tanto o contrato promitente quanto o contrato prometido; não se submetendo a uma subordinação jurídica. Não há acessoriedade: não há um contrato principal e um contrato acessório.

Ex.: Promessa de compra e venda.

Ex.: Promessa de comodato.

SUMULA 239 – STJ

O CC disponibilizou para o interessado dois meios de execução do contrato preliminar:

1) Perdas e danos -2) Tutela específica -

A escolha do meio executivo é do interessado.

Todo contrato preliminar parte da premissa de que um outro contrato tem de ser celebrado.

7.2. Negociações preliminares

Também chamadas de Tratativas ou Puntuações.

São estudos prévios acerca do interesse em celebrar o contrato. Muitas vezes, quando são escritas essas negociações preliminares ganham o nome de Minuta. Nessa fase, não há que se falar em responsabilidade contratual pela inexistência do contrato; mas é possível falar em responsabilidade pré-contratual por violação à boa fé objetiva e seus anexos.

Page 4: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

Aqui serve como exemplo o famoso caso da CICA: responsabilidade pre-contratual por violação à boa-fé objetiva. A responsabilidade pre contratual tem natureza extra-contratual.

O que há, aqui, é quebra de confiança (AFFIDAMENTO), quebra de boa-fé.

7.3. Proposta

Também com o nome de Oferta ou Policitação.

É a declaração da intenção de celebrar um contrato.

Nas negociações preliminares não há proposta, o que há são estudos. Aqui existe proposta, uma declaração de vontade.

Aqui, uma das partes já declarou vontade, e se já declarou vontade a responsabilidade é contratual. Agora, a parte que declarou a vontade assume a responsabilidade de cumprir aquilo que declarou.

Essa responsabilidade pode ser por perdas e danos ou tutela específica, a depender do interessado.

Tutela específica ou perdas e danos é o mecanismo de tutela jurídica na fase da proposta.

A responsabilidade é do proponente (policitante) e dos seus sucessores.

A oferta feita ao público vincula o proponente igualmente à proposta individual; salvo disposição contrária (ou seja, o proponente pode fazer ressalva).

7.4. Aceitação

Art. 427, CC.

Também chamada de Oblação.

É a aderência à proposta. É o momento em que a pessoa a quem a proposta foi dirigida, adere aos seus termos.

No Brasil a aceitação deve ser plena e integral.

Art. 431, CC.

Momento de formação do contrato:

Se o contrato é entre presentes (o contrato pelo telefone é reputado como entre presentes, diz o CC), a aceitação é o momento de formação do contrato.

Se o contrato é entre ausentes (ex.: contrato eletrônico – pela internet -), (o CC adotou a TEORIA DA AGNIÇÃO POR EXPEDIÇÃO) = se forma no momento em que o aceitante expede a aceitação para o proponente. A crítica é acerca da incerteza, a insegurança do recebimento da aceitação.

Para o professor Caio Mário, a melhor teoria para explicar a formação do contrato entre ausentes seria a TEORIA DA COGNIÇÃO: o contrato se forma no momento em que chegar ao conhecimento do proponente a aceitação.

Page 5: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

OBS.: Em que lugar o contrato presume-se celebrado: art. 435, CC. Lugar do contrato é o lugar me que foi proposto. Por outro lado, o art. 9, par. segundo, da LINDB, diz que o lugar do contrato é a residência do proponente. ENFIM: QUAL É O LUGAR DO CONTRATO? Os dois artigos estão em plena vigência. Se o contrato é internacional, aplica-se a LINDB; se o contrato é interno, aplica-se o Código Civil (art. 435).

8. VICIOS REDIBITÓRIOS

São defeitos ocultos sobre o objeto do contrato, depreciando o seu valor ou alterando a sua substância.

8.1. Requisitos

Para que se tenha caracterizado os vícios redibitórios:

1) contrato oneroso – contrato gratuito não admite a incidência dos vícios redibitórios (cavalo dado não se olha os dentes). Exceções: a) doação remuneratória; b) doação contemplativa de casamento.

2) defeito oculto existente ao tempo da tradição;

3) descoberta do defeito posteriormente à tradição;

4) diminuição do valor econômico ou perda da substância da coisa em razão do vício redibitório;

5) inexistência de cláusula excludente da garantia – esta cláusula será nula nos contratos de consumo ou de adesão.

Presentes os requisitos para caracterização de vício redibitório, o contratante prejudicado deverá ajuizar uma Ação Edilícia (que são as ações para reclamar vícios redibitórios; são três as ações edilícias: AÇÃO REDIBITÓRIA; AÇÃO ESTIMATÓRIA – também chamada de “QUANTI MINORIS”; AÇÃO “EX EMPTO”).

AÇÃO REDIBITÓRIA – para rejeição da coisa; a parte não quer mais a coisa.

AÇÃO ESTIMATÓRIA – para obter abatimento do preço; a parte quer ficar com a coisa, mas a existência do vício depreciou o seu valor.

AÇÃO “EX EMPTO” – para complementação de área; é exclusiva dos negócios imobiliários. É exclusiva para compra e venda ad mensuram (por medida, por extensão). Essa ação é para complementação de área se for possível complementá-la, porque existem casos em que não é possível complementar. Pressupõe a possibilidade concreta de complementar a área.

Art. 500, par. primeiro = restrição ao vício redibitório por falta de medida. Não têm cabimento as ações edilícias, mas vai caber perdas e danos.

Quando se tratar da relação de consumo, há uma quarta possibilidade de AÇÃO, que é uma AÇÃO DE SUBSTITUIÇÃO DE PRODUTO/SERVIÇO. Só tem cabimento em relação consumerista.

Prazos para a propositura das ações edilícias (decadenciais): Art. 445:

1) vício redibitório de fácil constatação: 30 dias, se móvel; 1 (um) ano, se imóvel; contados da tradição.

2) vício redibitório de difícil constatação: 180 dias, se móvel; 1 (um) ano, se imóvel; contados da descoberta do vício.

Page 6: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

(homenagem do código civil à teoria da ACTIO NATA, que diz que os prazos devem começar a fluir da data do conhecimento).

3) vício redibitório sobre animais: prazo previsto em lei; não havendo, usos e costumes do lugar; não havendo, prazo dos vícios redibitórios de difícil constatação (180 dias, contados da descoberta).

Não fluem os prazos se houver previsão de decadência convencional (=sinônimo de prazo de garantia). No âmbito do CDC, os prazos são de 30 ou 90 dias (art. 26 e 27, do CDC), se durável ou não durável, contados da descoberta do vício.

No segundo grupo, acima, o prazo do código civil é melhor do que o prazo do CDC. Aqui está o melhor exemplo do chamado DIÁLOGO DAS FONTES (DIÁLOGO DE COMPLEMENTARIDADE ou DE CONEXÃO): sempre que o código civil for melhor (mais benéfico ao consumidor) do que o CDC, aplica-se o código civil, invertendo-se com isso o princípio da especialidade.

9. EVICÇÃO

É a perda, total ou parcial, da posse ou propriedade de um bem onerosamente adquirido, por força de uma decisão judicial ou administrativa, que a conferiu a um terceiro.

Os três sujeitos da evicção são:

Quem vendeu – chamado de alienante;

Quem comprou – chamado evicto, ou, evincido;

Terceiro – quem ganhou a coisa, por força da decisão; chamado de evincente, ou, evictor.

O alienante pode ou não ter ciência de que a coisa não lhe pertence, ou seja, o alienante pode estar de boa-fé ou não.

9.1. Requisitos da Evicção:

1) contrato oneroso – contrato gratuito não admite evicção, mas tem exceção: doação remuneratória, e doação contemplativa de casamento (excepcionalmente contemplam a incidência da evicção).

2) decisão judicial ou administrativa conferindo posse ou propriedade a um terceiro;

3) inexistência de cláusula excludente da garantia da evicção – essa clausula será nula nos contratos de consumo e de adesão. Não sendo isso, a cláusula é válida. Art. 448 e 449: regras acerca da excludente da garantia da evicção = art. 449: se a parte foi expressamente advertida do risco da evicção e assumiu o risco, a cláusula excludente da garantia da evicção é válida = é um excelente exemplo do dever de informação, desdobramento da boa-fé objetiva.

4) denunciação da lide (art. 456, CC): para quem entende que a denunciação é obrigatória, nesse caso, seria o único caso de denunciação da lide obrigatória; há quem entenda que essa denunciação não é obrigatória, e o STJ tem precedente afirmando que essa denunciação da lide não é obrigatória: Ag 917.314-PR (não é obrigatória porque o evicto tem o direito de exercer ação de regresso autônoma). De qualquer forma, o código permite a denunciação da lide “per saltum” (que é a possibilidade de denunciar a lide a qualquer das pessoas que figuram na cadeia sucessória do bem); a justificativa para isso é a função social do contrato, já que o contrato entre duas partes não pode prejudicar terceiros. Alguns processualistas como ALEXANDRE FREITAS CAMARA criticam essa possibilidade (per saltum) dizendo que não há relação jurídica entre o denunciante e o denunciado, e por isso a denunciação per saltum é um equívoco do CC.

Page 7: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

Art. 42, CPC – não há evicção quando se tratar de aquisição de coisa litigiosa.

Incide a garantia da evicção mesmo quando se tratar de coisa adquirida em hasta pública.

Extensão da garantia da evicção:

1. restituição do valor do negócio

2. restituição do valor das despesas com o negócio

3. indenização por benfeitorias

4. juros e correção

5. honorários advocatícios e custas

6. perdas e danos

Para quem entender que a denunciação da lide é obrigatória, ela é obrigatória somente para se exigir perdas e danos, não alcançando as demais parcelas implícitas na evicção; as demais parcelas (1 a 5) serão restituídas ao evicto sob pena de enriquecimento sem causa.

Só haverá responsabilidade do alienante por perdas e danos se provada a sua culpa; a responsabilidade é subjetiva. Ele, o alienante, só responderá pelas outras parcelas.

10. EXTINÇÃO DOS CONTRATOS

O contrato pode se extinguir por PERDA DE VALIDADE, ou por PERDA DE EFICÁCIA.

a) PERDA DE VALIDADE (INVALIDADE):

diz respeito a uma causa contemporânea à formação do contrato. A validade é do tempo da celebração; é do momento da celebração, da formação do contrato, que se analisa a validade.

Existem duas causas de invalidade: a NULIDADE e a ANULABILIDADE.

NULIDADE: 166/167

ANULABILIDADE: 171

Se o contrato se formou validamente, não pode mais se extinguir por invalidade. Aí o contrato pode se extinguir por perda de eficácia.

b) PERDA DA EFICÁCIA (INEFICÁCIA):

A eficácia pode ser perdida por:

- REGULAR EXECUÇÃO: foi adimplido. É a extinção por regular cumprimento.

- INEXECUÇÃO: quando não foi cumprido. Pode não ser cumprido por:

i. caso fortuito ou força maior = resolução sem culpa. Nesse caso, a ação não virá cumulada com perdas e danos.

Page 8: Direito Civil Cristiano Chaves Aula 09

ii. vontade das partes = resilição. As partes não quiseram cumprir. A resilição chama-se DISTRATO: quando nenhuma das duas partes querem cumprir; a resilição chama-se DENÚNCIA: quando apenas uma das partes não quer cumprir. A DENÚNCIA só é admitida por cláusula expressa ou a depender da natureza do contrato (ex.: contrato de mandato: pode ser destituído a qualquer tempo = a possibilidade de denúncia decorre da natureza do contrato de mandato.).

iii. culpa = quando a inexecução decorreu de culpa, se chama RESOLUÇÃO CULPOSA. Esta vem cumulada com perdas e danos.

OBS.: não confundir lugar de contrato com foro de eleição contratual (lugar em que se fixa o domicílio para eventual litígio).

Nos contratos de adesão o foro de eleição prejudicial ao aderente é nulo de pleno direito.

Par. ún., art. 112, CPC = essa regra mitiga a SÚMULA 33, do STJ.