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DIREITOCIVIL II
CONTRATOS
• Por este princípio, o contrato é relativo às partes celebrantes, ou seja, não interessa a terceiros/não é absoluto, não se projetam erga omnis. Assim ele só vincula aqueles que dele participam. Diziam os romanos: res inter alios acta, aliis neque nocet neque protest (a coisa contratada entre uns, nem prejudica e nem beneficia terceiros).
Relatividade subjetiva dos efeitos do contrato
• Não podemos perder de vista que este princípio tem exceções, de modo que terceiros não celebrantes podem participar dos contratos desde que esta exceção esteja prevista em lei. Podemos citar: O contrato com pessoa a declarar e estipulação em favor de terceiros (ex: seguro de vida onde o beneficiário não é segurado e sim outrem, alheio a relação jurídica obrigacional original)
• Tanto o contratante como o beneficiário poderão exigir a prestação se a outra parte atrasar (436). Na estipulação, a qualquer momento o beneficiário pode ser substituído, bastando comunicar ao outro contratante (438).
Na estipulação em favor de terceiros ...
Contrato com pessoa a declarar...
• Art. 467 do CC (ex: compro um apartamento para pagar em quinze anos e celebro um contrato preliminar com a construtora - 462, pois o contrato definitivo só virá ao término do pagamento integral; então, após os quinze anos, posso pedir à construtora-vendedora que coloque o imóvel logo no nome dos meus filhos).
• Herdeiro ou Sucessor não deve ser considerado terceiro para efeito a caracterizar o beneficiário da prestação por um motivo bem simples : essa condição apenas caracteriza a continuação ou prolongamento da parte sucedida em direitos e obrigações
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
• Neste momento é importante ressaltar in loco que a função social do contrato traduz conceito sobremaneira amplo, aberto e indeterminado, impossível de se delimitar logo no primeiro momento. O elemento socialidade denota que no confronto entre o individual e o geral quem deve prevalecer é o interesse comum.
Segundo o Prof. Eugênio Kruchewsky ...
• A função social do contrato, pois, é criada para fornecer coerência ao sistema jurídico, de modo que as operações econômicas sejam inspiradas no alcance do bem estar social. Seria inútil prever a função social da propriedade sem transbordá-la para o contrato que a transfere.
Lendo o professor Pablo Stolze podemos perceber que...
• Ele pontua claramente o motivo pelo qual a função social passou a ser observada concretamente asseverando que a partir do momento em que o Estado passou a adotar uma postura mais intervencionista e abandona o papel de mero expectador das relações econômicas a função social passou a ter contornos mais específicos
• “Ainda que o vocábulo social sempre apresente esta tendência de nos levar a crer tratar-se de figura de concepção filosófica-socialista, deve ser esclarecido tal equívoco. Não se trata, sem sombra de dúvida, de se estar caminhado no sentido de transformar a propriedade em patrimônio coletivo da humanidade, mas tão apenas de subordinar a propriedade privada aos interesses sociais, através desta idéia-princípio, a um só tempo antiga e atual, denominada ‘doutrina da função social’”
Giselda Maria Fernandes Novaes Hironaka. Direito Civil _ Estudos. Editora Del Rey – BH, 2000.
Citação do nosso Pablo Stolze...
• HUMBERTO THEODORO JR., citando o competente professor curitibano PAULO NALIN, na busca por delimitar as suas bases de intelecção, lembra-nos, com acerto, que a função social manifestar-se-ia em dois níveis1:
• a) intrínseco – o contrato visto como relação jurídica entre as partes negociais, impondo-se o respeito à lealdade negocial e à boa fé objetiva, buscando-se uma equivalência material entre os contratantes;
• b) extrínseco – o contrato em face da coletividade, ou seja, visto sob o aspecto de seu impacto eficacial na sociedade em que fora celebrado.
• O Código Civil de 1916 ignorou a função social do contrato até mesmo porque quando da elaboração do projeto em 1899 vivia-se em uma sociedade de economia rudimentar, pós-escravocata e engatinhando na República. Por isso percebíamos a nítida posição materialista do CC1916 que pouco de se preocupava com os valores essenciais da pessoa humana. A visão era individualista, patriarcal e conservadora da sociedade da época.
BOA FÉ OBJETIVA
• Ao lado da função social dos contratos, a boa-fé objetiva procura valorizar a conduta de lealdade dos contratantes em todas as fases contratuais (art. 422 do novo Código Civil - função de integração da boa-fé).
• Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé.
• Na dúvida, os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé (art. 113 do novo Código Civil – função de interpretação da boa-fé). Em reforço, lembramos a interpretação a favor do consumidor (art. 47 do CDC) e do aderente (art. 423 do novo Código Civil).
• Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
• Art. 423. Quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente.
• Por fim, a boa-fé objetiva está relacionada com deveres anexos, inerentes a qualquer negócio. A quebra desses deveres caracteriza o abuso de direito (art. 187 do novo Código Civil – função de controle da boa-fé).
Art. 47 - As cláusulas contratuais serão interpretadas de maneira mais favorável ao consumidor.
• Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa fé ou pelos bons costumes.
• Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Além das finalidades interpretativa, integradora e delimitadora de direitos subjetivos, o princípioda boa-fé objetiva ainda tem a função constitutiva (normativa) de deveres anexos ou de proteção,implícitos em qualquer contrato.
• RELAÇÃO OBRIGACIONAL:• (FONTE PRIMORDIAL DE
OBRIGAÇÕES)• a) dever jurídico principal:
prestação de DAR, FAZER ou NÃO FAZER;
• b) deveres jurídicos anexos ou satelitários (decorrentes da BOA-FÉ OBJETIVA): lealdade e confiança, assistência, informação, confidencialidade ou sigilo etc.
Contrato válido
PRINCÍPIOS CONTRATUAIS
Liberais(Igualdade Formal)
Sociais(Igualdade Material)
complementaridade
Autonomia privada
Relatividade Objetiva
Função Social
Obrigatoriedade(pacta sunt servanda)
EquivalênciaMaterial
Boa Fé ObjetivaBoa Fé Subjetiva
• Organograma do Prof. Marcus Ehrhatdt Jr. Revisão Contratual (A Busca pelo Equilíbrio Negocial Diante da Mudança de Circunstâncias). Editora jusPODIVM. 2008.
ATIVIDADE
• VALOR 1,0 PTS• GRUPO DE NO MÍNIMO 03 PESSOAS E
NO MÁXIMO 06 COMPONENTES.• ELABORAR UMA ANÁLISE CRÍTICA DO
TEXTO O INTERESSE SOCIAL NO DIREITO PRIVADO CONTRAPONDO COM A DOUTRINA E JURISPRUDÊNCIA PÁTRIA SOBREO ASSUNTO.
• CAPA COMPLETA / CONCLUSÃO / BIBLIOGRAFIA UTILIZADA
• Ninguém é melhor que
ninguém diante das
possibilidades
• Até a próxima e tenham uma boa
prova!• Abs