56
DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISASAula 10 - Revisão

Page 2: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Conteúdo Programático desta aula

Rever o conteúdo programático de Direito Civil IV

Page 3: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Direito das Coisas

Conceito

“O Direito das Coisas regula o poder dos homens sobre os bens e os modos de sua utilização econômica”.

(GOMES, Orlando. Direitos reais. 14ª ed., atualizada por Humberto Theodoro Júnior. p. 1. Rio de Janeiro: Forense, 1999).

Page 4: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

SujeitosSujeito ativo: titular do direito subjetivo absoluto

sobre o bem. Pode exercer o direito de seqüela e será sempre possuidor (ainda que, dependendo do desdobramento da relação possessória, seja possuidor indireto).

Sujeito passivo: sobre quem recai o dever de respeito ao exercício do direito pelo sujeito ativo. Conforme já visto anteriormente, diz-se que na relação de direito real há sujeição passiva universal.

Page 5: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Principais Teorias Sobre a Posse

Teoria Subjetiva (FREDERICH KARL VON SAVIGNY - 1803)

Segundo o autor, a posse resultaria da conjunção de dois elementos: o corpus e o animus.

Page 6: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Principais Teorias Sobre a Posse

Teoria Objetiva da Posse (RUDOLF VON IHERING 1818-1892) A posse é a exteriorização da propriedade e, por isso, para caracterizar a posse basta o exercício em nome próprio do poder de fato sobre a coisa

Page 7: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

O Código Civil de 2002

Art. 1.196. Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno ou não, de algum dos poderes inerentes à propriedade.

Page 8: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Distinção Entre Posse e Detenção

Posse: exercício do poder de fato em nome próprio, exteriorizando a propriedade e fazendo uso econômico da coisa.

Detenção: exercício do poder de fato sobre a coisa em nome alheio. Art. 1.198. Considera-se detentor aquele que, achando-se em relação de dependência para com outro, conserva a posse em nome deste e em cumprimento de ordens ou instruções suas.Parágrafo único. Aquele que começou a comportar-se do modo como prescreve este artigo, em relação ao bem e à outra pessoa, presume-se detentor, até que prove o contrário.

Page 9: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Classificação da Posse e Suas Características

A) Quanto ao Desdobramento da Relação Possessória

Posse direta (imediata): exercício direto e imediato do poder sobre a coisa (corpus), decorrente de contrato. O possuidor direto pode defender sua posse contra o possuidor indireto.

Posse indireta (mediata): apenas o animus (entendido esse como a vontade de utilizar a coisa como faria o proprietário). O possuidor indireto pode defender sua posse perante terceiros

Page 10: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Desdobramento da Posse

Art. 1.197. A posse direta, de pessoa que tem a coisa em seu poder, temporariamente, em virtude de direito pessoal, ou real, não anula a indireta, de quem aquela foi havida, podendo o possuidor direto defender a sua posse contra o indireto.

Page 11: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

B) Quanto aos Vícios

Posse Justa: posse desprovida dos vícios específicos do art. 1.200, CC. A posse justa é mansa, pacífica, pública e adquirida sem violência.

Posse Injusta: posse maculada por pelo menos um dos vícios da posse (violência, clandestinidade ou precariedade).

Page 12: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Art. 1.200. É justa a posse que não for violenta, clandestina ou precária.

Posse violenta: adquirida através do emprego de violência contra a pessoa.

Posse clandestina: adquirida às escondidas. Posse precária: decorrente da violação de uma

obrigação de restituir (abuso de confiança).OBS:A posse injusta não deve ser considerada

posse jurídica, não produzindo efeitos contra o legítimo possuidor, muito embora o possuidor injusto possa fazer manejo dos interditos possessórios contra atos de terceiros.

Page 13: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

C) Quanto à Subjetividade

Posse de boa-fé: é aquela cujo possuidor está convicto de que o exercício de sua posse encontra fundamento na ordem jurídica.

Posse de má-fé: o possuidor tem conhecimento do vício que macula a posse. Assim como na posse injusta, a posse de má-fé não pode ser considerada posse jurídica e não goza de proteção contra o legítimo possuidor, para quem o possuidor de má-fé não passa de fâmulo da posse.

Page 14: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Art. 1.201. É de boa-fé a posse, se o possuidor ignora o vício, ou o obstáculo que impede a aquisição da coisa.

Parágrafo único. O possuidor com justo título tem por si a presunção de boa-fé, salvo prova em contrário, ou quando a lei expressamente não admite esta presunção.

Page 15: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

D) Quanto ao Vinculo Entre os PossuidoresA Posse Originária: quando não há vínculo entre o sucessor e o antecessor da posse, de modo que a causa da posse não é negocial.A Posse Derivada: quando há um ato de transferência entre o antecessor e o sucessor. Na posse derivada haverá sempre tradição

Page 16: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

E) Posse ad interdicta e ad usucapionemAd interdicta: posse que pode ser protegida através dos interditos possessórios.Ad usucapionem: posse que pode ser pressuposto de usucapião.

Page 17: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

F) Quanto ao Tempo de Posse

Posse Nova: aquela que data de menos de 1 ano e 1 dia

Posse Velha: aquela que tem mais de 1 ano e 1 dia

Art. 924 CPC - Regem o procedimento de manutenção e de reintegração de posse as normas da seção seguinte, quando intentado dentro de ano e dia da turbação ou do esbulho; passado esse prazo, será ordinário, não perdendo, contudo, o caráter possessório.

Page 18: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Dentre os efeitos da posse, destacam-se:a) percepção de frutos;b) indenização e retenção por benfeitorias;c) indenização por prejuízos sofridos;d) defesa da posse (interditos possessórios);e) usucapião.

Page 19: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Interditos Possessórios

Art. 1.210. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado.

Page 20: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Art. 12012(...)

§ 1o O possuidor turbado, ou esbulhado, poderá manter-se ou restituir-se por sua própria força, contanto que o faça logo; os atos de defesa, ou de desforço, não podem ir além do indispensável à manutenção, ou restituição da posse.

§ 2o Não obsta à manutenção ou reintegração na posse a alegação de propriedade, ou de outro direito sobre a coisa.

Page 21: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Ação de Manutenção da Posse

Art. 926. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação(...)

Page 22: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Ação de Reintegração de Posse

Art. 926. O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação e reintegrado no de esbulho.

Page 23: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Interdito Proibitório

Art. 932. O possuidor direto ou indireto, que tenha justo receio de ser molestado na posse, poderá impetrar ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório, em que se comine ao réu determinada pena pecuniária, caso transgrida o preceito.

Page 24: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Características da Ações Possessórias:1- Liminar (art. 924 c/c art. 928, CPC):

possibilidade de concessão de liminar em caso de posse nova.

Obs: antecipação de tutela (art. 273, CPC) → 1ª corrente (majoritária): a antecipação de tutela de mérito não pode ser concedida em caso de posse velha, pois ela seria uma forma de burlar a impossibilidade de concessão de liminar.

2ª corrente: pode haver a concessão de antecipação de tutela em caso de posse velha, pois esta é baseada em verossimilhança, que é uma prova mais cabal da existência do direito. Esta corrente, apesar de minoritária, está crescendo.

Page 25: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

2) Duplicidade (art. 922, CPC): possibilidade de se fazer pedido contraposto, sem necessidade de reconvenção. Na própria contestação, o réu pode fazer o pedido.

3) Fungibilidade (art. 920, CPC): Existe uma celeridade na dinâmica, portanto poderá ser julgado mesmo que a ação não seja a adequada.

4) Cumulatividade (art. 921, CPC): você pode cumular oitros pedidos: ação indenizatória; multas diárias previstas no caso de novo esbulho ou turbação; devolução no mesmo estado anterior.

Page 26: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Obs:

Ação de Imissão na Posse → Ação Ordinária, de rito comum (serão utilizadas regras gerais do CPC).

Quando se tem prova da propriedade, mas não chegou a ser possuidor.

O objetivo desta ação é que o proprietário seja imitido na posse. Além de proprietário, ter a posse. Não é ação possessória.

Page 27: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Aquisição da Posse

Momento de início da PosseArt. 1.204. Adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício, em nome próprio, de qualquer dos poderes inerentes à propriedade.

Page 28: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Meios de Tradição da Posse

A) Tradição Real envolve a entrega efetiva e material da coisa.B) Tradição Simbólica é traduzida por atitudesC) Tradição Ficta quando decorrer exclusivamente de um ato de vontade

Page 29: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

OBS: CONSTITUTO POSSESSÓRIO Há constituto, quando o vendedor,

transferindo a outrem o domínio da coisa, conserva-a em seu poder, mas agora na condição ou qualidade de locatário. A “cláusula constituti” não se presume. Deve constar inequivocamente do ato ou resultar da estipulação que a pressuponha.

Page 30: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

OBS: “Traditio Brevi Manu”

Já a traditio brevi manu é exatamente o inverso do constituto possessório, pois se configura quando o possuidor de uma coisa alheia passa a possuí-la como própria. Seria o exemplo do locatário que adquire o bem.

Page 31: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Acessão de Posses

Sucessor a título universal: há obrigatoriamente a soma das posses.Sucessor a título singular: pode escolher se inicia uma posse nova ou se soma a sua posse com a de seu antecessor.

Page 32: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Art. 1.206. A posse transmite-se aos herdeiros ou legatários do possuidor com os mesmos caracteres.

Art. 1.207. O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais.

Exceção ao Art. 1.203. Salvo prova em contrário,

entende-se manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida.

Page 33: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Princípio da Saisine

Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança transmite-se, desde logo, aos herdeiros legítimos e testamentários.

Page 34: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Extinção da Posse

a) perda da coisab) perecimento da coisa; c) abandono; d) transmissão da posse;e) tomada da posse por outrem;f) classificação da coisa como bem fora do comércio

Page 35: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Propriedade em Geral

Art. 1.228. O proprietário tem a faculdade de usar, gozar e dispor da coisa, e o direito de reavê-la do poder de quem quer que injustamente a possua ou detenha.

Page 36: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

A Função Social da PropriedadeCRFB /88

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:XXII - é garantido o direito de propriedade;XXIII - a propriedade atenderá a sua função social;

Page 37: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

art. 1.228:§ 1o O direito de propriedade deve ser

exercido em consonância com as suas finalidades econômicas e sociais e de modo que sejam preservados, de conformidade com o estabelecido em lei especial, a flora, a fauna, as belezas naturais, o equilíbrio ecológico e o patrimônio histórico e artístico, bem como evitada a poluição do ar e das águas.

§ 2o São defesos os atos que não trazem ao proprietário qualquer comodidade, ou utilidade, e sejam animados pela intenção de prejudicar outrem.

Page 38: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

§ 3o O proprietário pode ser privado da coisa, nos casos de desapropriação, por necessidade ou utilidade pública ou interesse social, bem como no de requisição, em caso de perigo público iminente.

§ 4o O proprietário também pode ser privado da coisa se o imóvel reivindicado consistir em extensa área, na posse ininterrupta e de boa-fé, por mais de cinco anos, de considerável número de pessoas, e estas nela houverem realizado, em conjunto ou separadamente, obras e serviços considerados pelo juiz de interesse social e econômico relevante.

Page 39: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

§ 5o No caso do parágrafo antecedente, o juiz fixará a justa indenização devida ao proprietário; pago o preço, valerá a sentença como título para o registro do imóvel em nome dos possuidores.

Page 40: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

PRINCÍPIOS:1) Direito Absoluto→ titular definido→ sujeito ativo: proprietário→ sujeito passivo: “erga omnes” (qualquer pessoa que quiser se opor, ele poderá intervir).→ se a propriedade for um bem imóvel, para se ter oponibilidade “erga omes”, você tem que ter a mesma registrada no RGI.

Page 41: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

2) Extensividade:(arts. 1.229 e 1.230, CC) a sua propriedade imóvel

abrange não só o solo, mas também o subsolo, e o espaço aéreo

Obs: riquezas minerais (art. 20, IX, CF).

Page 42: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

3) Perpetuidade:

a propriedade permanece com este direito enquanto desejar, podendo, inclusive, transmiti-lo aos seus herdeiros.

Page 43: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

EXCEÇÕES:A) Propriedade Fiduciária (art. 1.361, CC). B) Propriedade Resolúvel (art. 1.359, CC).

OBS:Propriedade Revogável (art. 1.360, CC): não é

exceção ao princípio da perpetuidade! A causa para extinção da propriedade é superveniente, mas a propriedade é plena.

Page 44: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Modos de Aquisição da Propriedade Imobiliária

Registro de título

Art. 1.245. Transfere-se entre vivos a propriedade mediante registro do título translativo no Registro de Imóveis.

Page 45: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Acessões Imobiliárias

Forma de aquisição da propriedade imóvelArt. 1.248. A acessão pode dar-se:I - por formação de ilhas;II - por aluvião;III - por avulsão;IV - por abandono de álveo;V - por plantações ou construções.

Page 46: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

Modos de Aquisição da Propriedade Imobiliária

Usucapiãoa aquisição de direito real através do exercício da posse mansa, pacífica, continuada e duradoura.

Page 47: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

PRESSUPOSTOS:

1) Posse contínua de alguma coisa: exercer poderes inerentes à propriedade, ininterruptamente.

Page 48: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

2) Posse mansa e pacífica: não pode haver resistência do proprietário. Essa resistência não pode ser física nem jurídica (ação possessória em face do possuidor). Se tiver algum interdito possessório, o tempo anterior é descartado.

Page 49: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

3) Lapso temporal: varia de 2 a 15 anos, dependendo da espécie de usucapião que será utilizada para aquisição da propriedade imóvel. Varia de 3 a 5 anos se tratar de bem móvel.

Page 50: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

4)“Ânimus domini”: intenção de propriedade em relação àquela coisa.

Page 51: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS

1) Usucapião Extraordinária (art. 1.238, CC): não precisa ter justo título nem boa-fé. Poderá adquirir por usucapião mesmo de má-fé Prazo: 15 anos.Art. 1.238, parágrafo único, CC se adquirida a posse, mesmo que de má-fé, houver função social, o prazo será menor: 10 anos.

Page 52: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS

2)Usucapião Ordinária (art. 1.242, CC): possuidor de boa-fé Prazo: 10 anos.Art. 1.242, parágrafo único, CC quando houver o cancelamento no RGI. 3 requisitos: tem que ter sido adquirido onerosamente; quem transferiu a propriedade era quem tinha o registro no RGI; tem que ter a função social. Prazo cai para 5 anos.

Page 53: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS

3) Usucapião Rural (art. 1.239, CC): morar e plantar em área rural, terreno de até 50 hectares. Não ter outra propriedade. Prazo: 5 anos. Se possuidor for proprietário de outro imóvel, poderá adquirir por outra usucapião, mas não a rural, e o prazo mudará, não será mais o de 5 anos.

Page 54: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS

4) Usucapião Urbana (art. 1.240, CC): quando alguém, que não é proprietário de outro imóvel, e ocupa propriedade urbana de até 250m. Tem que morar. Prazo: 5 anos.

Page 55: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão

ESPÉCIES DE USUCAPIÃO DE BENS IMÓVEIS

5)Usucapião Matrimonial:Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.

Page 56: DIREITO CIVIL IV - DIREITO DAS COISAS Aula 10 - Revisão