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CURSO ON-LINE - DIREITO CONSTITUCIONAL - SENADO PROFESSOR: VÍTOR CRUZ 1 Prof. Vítor Cruz  www.pontodosconcursos.com.br  Aula 6: Olá Pessoal, tudo certo? Hoje veremos um tema bem legal que fará, em breve, parte do dia a dia de vocês: as disposições constitucionais sobre o Processo Legislativo. Por favor, não reclamem pelo fato de que algumas questões estarem muito difíceis ou terem sido retiradas de provas de procuradorias ou magistratura... Nesse tema aqui vocês tem que saber mais que qualquer um!!! Vamos nessa? Processo Legislativo: O que é o processo legislativo? Todo processo pressupõe uma sequência ordenada de atos (procedimentos) com a finalidade se alcançar uma finalidade. No caso em questão, a finalidade é a produção legislativa. Neste estudo sobre o processo legislativo (também chamado de  “processo legiferante”) veremos o rito de elaboração, limitações e procedimentos em geral para se elaborarem os atos normativos primários, ou seja, aqueles que retiram o seu fundamento de validade diretamente do texto constitucional. Assim, temos, segundo o art. 59 da Constituição, que o processo legislativo compreende a elaboração de: I - emendas à Constituição; II - leis complementares; III - leis ordinárias; IV - leis delegadas; V - medidas provisórias; VI - decretos legislativos; VII - resoluções. Todas as normas acima são atos primários, não vemos ali os decretos, portarias e etc. que seriam os "atos secundários", já que decorrem dos atos primários. Todos os atos ali presentes são também infraconstitucionais, com exceção das emendas, que após serem promulgadas se incorporam ao texto constitucional com mesmo status deste. Assim, podemos esquematizar na "pirâmide de Kelsen":  

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Aula 6:

Olá Pessoal, tudo certo?

Hoje veremos um tema bem legal que fará, em breve, parte do dia adia de vocês: as disposições constitucionais sobre o Processo

Legislativo.Por favor, não reclamem pelo fato de que algumas questões estaremmuito difíceis ou terem sido retiradas de provas de procuradorias oumagistratura... Nesse tema aqui vocês tem que saber mais quequalquer um!!!

Vamos nessa?

Processo Legislativo:

O que é o processo legislativo?

Todo processo pressupõe uma sequência ordenada de atos(procedimentos) com a finalidade se alcançar uma finalidade. No casoem questão, a finalidade é a produção legislativa.

Neste estudo sobre o processo legislativo (também chamado de “processo legiferante”) veremos o rito de elaboração, limitações eprocedimentos em geral para se elaborarem os atos normativosprimários, ou seja, aqueles que retiram o seu fundamento devalidade diretamente do texto constitucional.

Assim, temos, segundo o art. 59 da Constituição, que o processo

legislativo compreende a elaboração de:I - emendas à Constituição;

II - leis complementares;

III - leis ordinárias;

IV - leis delegadas;

V - medidas provisórias;

VI - decretos legislativos;

VII - resoluções.Todas as normas acima são atos primários, não vemos ali osdecretos, portarias e etc. que seriam os "atos secundários", já quedecorrem dos atos primários. Todos os atos ali presentes são tambéminfraconstitucionais, com exceção das emendas, que após serempromulgadas se incorporam ao texto constitucional com mesmostatus deste. Assim, podemos esquematizar na "pirâmide de Kelsen": 

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Observação 1 – Os atos primários não são somente estes 7 aliprevistos. Embora não elencados como parte do “processo legislativo” 

pela Constituição, o Supremo Tribunal Federal e a doutrinareconhecem com atos primários outras normas como o DecretoAutônomo e o Regimento Interno dos Tribunais, pois são atosnormativos que retiram seu fundamento de validade diretamente dotexto da Constituição, sem que sejam simples atos regulamentaresde outras normas. Alexandre de Moraes ainda cita os atos normativosexpedidos pelo Conselho Nacional de Justiça (CF, art. 103-B, §4º, I)como pertencente a tal grupo.

Observaç ão 2 – Embora as emendas à Constituição tenham statusidêntico às demais normas constitucionais, a doutrina costuma dizer,que a emenda constitucional enquanto proposta (PEC) teria, ainda,um status de ato infraconstitucional, pois a PEC deve respeitar oslimites impostos pelo texto da Constituição, sendo assim,hierarquicamente subalterna. Após a promulgação, quando a emendaefetivamente passar a integrar o texto da constituição, será elevadaao status constitucional se impondo sobre todo o resto doordenamento e não possuindo distinções hierárquicas com as normasoriginárias.

1.  (ESAF/AFT/2010) A emenda à Constituição Federal,enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional.

Comentários:

Segundo a doutrina a emenda constitucional enquanto proposta(PEC) teria seria considerado um ato infraconstitucional, já querespeitar os limites impostos pelo texto da Constituição. Após apromulgação, no entanto, seria elevada ao status constitucional semdiferenciação hierárquica perante as normas originárias.

Gabarito: Correto.

Emendas Constitucionais

Lei Complementar

Lei OrdináriaLei DelegadaMedida ProvisóriaDecreto LegislativoResolução

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Hierarquia entre as normas:

Não existe qualquer hierarquia entre normas de um mesmo patamar.Ou seja, não há hierarquia entre normas constitucionais originárias enormas constitucionais derivadas (oriundas de emendas); também

não há qualquer hierarquia das normas infraconstitucionais entre si, adiferença delas se situa no âmbito da matéria tratada e não nocampo hierárquico.

Não há também o que se falar em hierarquia entre os ordenamentosde entes distintos. Ou seja, não existe superioridade hierárquica deuma norma federal sobre uma estadual, ou de uma norma estadualsobre a Municipal. A exceção a isso é apenas a Constituição Federal,que na verdade não é uma norma “federal” e sim “nacional” (aplicável a toda a federação), sendo o diploma máximo, superior naorganização interna de todo o país.

É de se destacar ainda que, embora não haja hierarquia entre normasde ordenamentos distintos da federação, existem interferênciasconstitucionalmente estabelecidas, como a necessidade de leiestadual respeitar certas normas gerais federais, e ainda apossibilidade presente no art. 24 da Constituição (matéria legislativaconcorrente) de que norma federal superveniente suspenda a eficáciada norma estadual que legislou plenamente na omissão legislativa daUnião. 

Veja que, por não haver hierarquia, não se fala em “revogação” da

norma estadual, mas de uma “suspensão”.

2.  (ESAF/AFTE-RN/2005) Em razão da estrutura federativa doEstado brasileiro, as normas federais são hierarquicamentesuperiores às normas estaduais, porque as Constituições estaduaisestão limitadas pelas regras e princípios constantes na ConstituiçãoFederal.

Comentários:

Não há o que se falar em hierarquia entre os ordenamentos federais,

estaduais e municipais, pois as entidades políticas no Brasil sãodotadas de autonomia, e esta pressupõe uma independência entre osentes. Mas, não é errado dizer que as Constituições Estaduais estãolimitadas pela Federal, pois na verdade, a Constituição não é apenasfederal e sim de toda a República Federativa do Brasil, sendo assimuma norma "nacional" e não meramente "federal".

Gabarito: Errado.

3.  (ESAF/AFT/2004) Por não existir hierarquia entre leis

federais e estaduais, não há previsão, no texto constitucional, da

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possibilidade de uma norma federal, quando promulgada, suspendera eficácia de uma norma estadual.

Comentários:

Realmente não há hierarquia entre normas federais e estaduais,

porém, temos, na Constituição Federal, certas matérias no art. 24chamadas “matérias de legislação concorrente”. Ao se regulamentarestas matérias, a União fará normas gerais e, observando estasnormas gerais, o Estados farão normas específicas. Se a norma geralda União inexistir, os Estados não precisam observar “nada”, poderãolegislar de forma plena. Porém, se futuramente sobrevier uma normageral editada pela União, esta irá suspender toda a parte a qual oEstado legislou livremente que for contrária aos preceitosestabelecidos nesta norma geral. Não suspende tudo, mas apenas oque for contrário.

Gabarito: Errado.

Formalidades do processo legislativo:

 Art. 59, parágrafo único. Lei complementar   disporá sobre aelaboração, redação, alteração e consolidação das leis.

Essa lei complementar existe, é a LC 95/98.

4. 

(FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) Consoante ostermos do art. 59 da Constituição brasileira, as seguintes normasestão compreendidas no regular processo legislativo:

a) resoluções e decretos.

b) medidas provisórias e estatutos.

c) leis programáticas e leis delegadas.

d) decretos legislativos e resoluções.

e) leis complementares e leis suplementares.

Comentários:O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição,compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas sãoinfraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma dehierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. Sãoelas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leisordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretoslegislativos; VII - resoluções. 

Gabarito: Letra D.

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5.  (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) De acordocom o texto da Constituição Federal, o processo legislativo NÃOcompreende a elaboração de

a) emendas à Constituição.

b) medidas provisórias.c) leis delegadas.

d) decretos.

e) resoluções.

Comentários: 

O processo legislativo, segundo o art. 59 da Constituição,compreende a elaboração de 7 normas, sendo que 6 delas sãoinfraconstitucionais de mesma hierarquia e 1 delas (EC) é norma de

hierarquia equivalente às normas constitucionais originárias. Sãoelas: I - emendas à Constituição;II - leis complementares; III - leisordinárias; IV - leis delegadas;V - medidas provisórias; VI - decretoslegislativos; VII - resoluções. 

Gabarito: Letra D. 

6.  (FEPESE/PGE-SC/2009) Lei ordinária disporá sobre aelaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 

Comentários:

Isso é papel da lei complementar.

Gabarito: Errado.

Noções sobre o trâmite do Processo Legislativo:

O processo legislativo básico é aquele onde se faz as “leis ordinárias”,o nome é “ordinária”, pois é a lei comum, que segue a ordem natural.Este será o processo legislativo mais completo e para o qual aConstituição deu maior atenção. O processo da lei complementar é omesmo da lei ordinária, a única diferença é o quórum exigido paravotação – na lei complementar necessita-se da maioria absoluta dosvotos (mais da metade do efetivo da Casa), enquanto na lei ordináriabasta a maioria simples (mais da metade dos presentes).

Além das leis complementares e ordinárias, no entanto, sabemos queexistem outras 5 espécies de normas sujeitas a processo legislativo,essas normas (emendas constitucionais, decretos legislativos, leisdelegadas, resoluções e medidas provisórias) possuem trâmitesparticulares, muitas vezes com ausência de algumas das fases do

processo comum das leis ordinárias, conforme veremos.As fases básicas de um processo legislativo são as seguintes:

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1ª - Fase introdutória:

É a fase onde alguém toma a iniciativa de um projeto de lei, levandoo tem à discussão.

Existem casos na Constituição onde teremos iniciativa exclusiva para

certos temas (ex. só o Presidente pode iniciar as matérias do art. 61§1º, só o STF pode iniciar a discussão sobre o estatuto daMagistratura previsto na CF, art. 93) e outros casos onde a iniciativaserá concorrente, podendo ser tomada por diversas autoridadesdistintas.

A iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dos Deputados, sendoexceção a isto quando ela for tomada por Senadores ou Comissão doSenado, quando irá se instaurar a discussão diretamente no SenadoFederal.

2ª - Fase Constitutiva:

Após ser tomada a iniciativa, deverá se deliberar a respeito doprojeto e proceder a votação para fins de aprovação/rejeição domesmo. A fase constitutiva se divide em duas etapas:

Deliberação parlamentar – Consiste na discussão do projeto e suaaprovação/rejeição. 

Deliberação executiva – Consiste da sanção ou veto do chefe doPoder Executivo ao projeto que tenha sido aprovado na deliberação

parlamentar Sanção é o ato do chefe do Executivo através do qual ele“concorda” com a deliberação parlamentar e assim faz nascera lei1. Caso não concorde com o projeto ele deverá vetá-lo (total ouparcialmente).

A sanção é o procedimento que faz a lei se tornar um ato perfeito eacabado, terminando a sua fase de “construção”. Assim, a sançãotransforma o “projeto” em “lei”.

3ª - Fase Complementar:

Caso o projeto tenha sido sancionado pelo chefe do Executivo, elechega na sua fase complementar, que consiste na promulgação da lei

1 Esta é a posição de José Afonso da Silva que diz que a sanção terminaria oprocesso legislativo propriamente dito, posição que é seguida por Alexandre deMoraes, que ainda endossa como defendida por Michel Temer, Manoel GonçalvesFerreira Filho e Pontes de Miranda, entre outros. Há, no entanto, posiçõescontrárias a esta, que diz ser a promulgação o procedimento que transforma oprojeto em lei. Seguiremos a primeira posição.

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e na sua publicação. Para José Afonso da Silva, a fase complementarestaria fora do processo legislativo, pois a lei já foi criada com asanção, sendo esta fase complementar uma condição de validadepara lei.

Promulgar é “declarar a existência da lei”. Com a sanção na faseconstitutiva termina-se a “construção” da lei, desta forma, apromulgação incide sobre um ato perfeito e acabado apenasatestando que a lei existe e cumpriu o todo o seu rito constitutivo.

Publicar a lei é comunicar aos destinatários que a ordem jurídicafoi inovada.

Ainda que com a publicação da lei, em regra, ela não começa a vigerinstantaneamente, ela deverá respeitar um período para que aspessoas tomem conhecimento da inovação, na ausência de disposiçãoexpressa, este período de “latência”, chamado de “vacatio legis” éde 45 dias, no entanto, a LC 95/98 permite que para leis demenores repercussões possa ser adotada a cláusula de “entrada emvigor na data de sua publicação”.

7.  (CESPE/TJDFT/2008) A promulgação de uma lei torna o atoperfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica éinovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dáconhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se devecumprir.

Comentários:

O CESPE seguiu a linha doutrinária segundo a qual a “sanção” torna oato perfeito e acabado, inovando a ordem jurídica. A promulgaçãoapenas “declara que a ordem jurídica foi inovada”, ou seja, apromulgação declara que um projeto de lei foi sancionado. Assim, apromulgação já incide sobre um ato perfeito e acabado, sendo erradodizer que ela “torna” o ato perfeito e acabado. O resto do enunciadoestá correto, realmente a publicação é o modo pelo qual se dáconhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se deve

cumprir.Gabarito: Errado. 

Emendas Constitucionais:

Vamos falar agora sobre o processo legislativo para a reforma daConstituição.

Iniciativa (fase introdutória):

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 Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I - de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dosDeputados ou do Senado Federal;

II - do Presidente da República;III - de mais da metade das Assembléias Legislativas dasunidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

A iniciativa legislativa para a proposição de emenda constitucional éconcorrente, ou seja, a Constituição não fez reservas de matérias quesó poderiam ter iniciativa da emenda tomada por um ou outrolegitimado (diferente do que veremos no art. 61 §1º). Assim,independente do tema tratado, qualquer dos legitimados acima

poderá iniciar a “proposta de emenda constitucional (PEC)”.

8.  (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A CF pode ser emendadapor proposta de assembleia legislativa de uma ou mais unidades daFederação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa deseus membros.

Comentários:

Precisa-se da reunião de mais da metade das assembléiaslegislativas, uma só não basta (CF, art. 60, III).

Gabarito: Errado.

9.  (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) A CFadmite emenda constitucional por meio de iniciativa popular. 

Comentários: 

Isso não é possível. A iniciativa popular é capaz de propor apenasprojetos de leis ordinárias e complementares.

A iniciativa para emendas é somente aquela que vimos no art. 60.

Gabarito: Errado.

10.  (CESPE/Auditor-TCU/2009) Um deputado federal, diante dapressão dos seus eleitores, pretende modificar a sistemática dorecesso e da convocação extraordinária no âmbito do CongressoNacional. Assim, no caso narrado, para que modificação pretendidaseja votada pelo Congresso Nacional, a proposta de emendaconstitucional deverá ser apresentada por, no mínimo, um terço dos

membros da Câmara dos Deputados.Comentários: 

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Exatamente. É uma das formas de iniciativa para a EmendaConstitucional, prevista pelo art. 60 da Constituição.

Gabarito: Correto.

Limitação circunstancial

§ 1º - A Constituição não poderá ser emendada na vigênciade intervenção federal, de estado de defesa ou de estado desítio.

Veja que, nos termos da Constituição, não há impedimentos para quehaja a deliberação sobre a proposta na vigência de intervençãofederal, de estado de defesa ou de estado de sítio, o que não podeocorrer é a efetivação da emenda, ou seja, a sua promulgação. Édiferente do que está no §4º onde, “em tese”, sequer poderá haver a

deliberação sobre o assunto.

11.  (ESAF/MRE/2004) O texto constitucional brasileiro nãopoderá ser emendado durante a vigência de intervenção federal,salvo se a emenda à Constituição tiver sido proposta antes dadecretação da intervenção.

Comentários: 

Durante a intervenção, não poderá ocorrer a emenda ao texto em

nenhum caso (CF, art. 60 §1º). É uma "limitação circunstancial" aopoder de reforma. A vigência da intervenção impede que hajapromulgação de emendas, independente da data da propositura.

Gabarito: Errado. 

Limitação Procedimental (fase constitutiva e fasecomplementar)

§ 2º - A proposta será discutida e votada em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, considerando-se

aprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dosrespectivos membros.

§ 3º - A emenda à Constituição será promulgada pelasMesas da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, como respectivo número de ordem.

Primeiramente, perceba que emenda constitucional não passa porsanção/veto do Presidente da República, vamos mais além: veja queo Poder Executivo não tem qualquer participação nas fasesconstitutiva e complementar das emendas.

Diferentemente do que ocorre no procedimento de elaboração dasleis, onde o Executivo é responsável por sancionar, promulgar e

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publicar a norma, no procedimento de reforma constitucional, a únicaparticipação do Executivo é na faculdade que tem o Presidente daRepública para iniciar a proposta.

Observação – Quem promulga a emenda são as Mesas de ambas as

Casas Legislativas e não a Mesa do Congresso.

12.  (FGV/Advogado-Senado/2008) Podem apresentar propostade emenda à Constituição Federal: o Presidente da República; umterço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou doSenado Federal; e mais da metade das Assembleias Legislativas dasunidades de federação, manifestando-se, cada uma delas, pelamaioria relativa de seus membros. A proposta de emenda àConstituição será submetida à discussão e votação em cada casalegislativa, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver trêsquintos de votos favoráveis dos membros de cada casa.Comentários:

Está correta a assertiva, já que expôs o conteúdo do art. 60 daConstituição:

 Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:

I – de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dosDeputados ou do Senado Federal;

II – do Presidente da República;III – de mais da metade das Assembleias Legislativas dasunidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.

Depois, também expôs de forma correta o mandamento do art. 60,em seu §2.º:

§ 2.º – A proposta será discutida e votada em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, considerando-seaprovada se obtiver, em ambos, três quintos dos votos dosrespectivos membros.

Gabarito: Correto.

13.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A emenda à Constituição Federal sóingressa no ordenamento jurídico após a sua promulgação peloPresidente da República, e apresenta a mesma hierarquia das normasconstitucionais originárias.

Comentários: 

É correto dizer que a emenda apresenta a mesma hierarquia dasnormas constitucionais originárias, já que pelo princípio da unidade

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da Constituição, não podemos fazer diferenciação hierárquica entrenormas constitucionais. Porém, nos termos do art. 60 §3º, apromulgação de emendas à Constituição Federal compete àsMesas da Câmara e do Senado, não se sujeitando à sanção ouveto presidencial nem a promulgação por parte do Executivo.

Gabarito: Errado.

14.  (CESPE/AGU/2009) Não há veto ou sanção presidencial naemenda à Constituição. 

Comentários:

A Constituição não previu a fase de sanção ou veto do Presidente àspropostas de emendas constitucionais. Estas são iniciadas noLegislativo e por ali terminam, sendo promulgadas pelas Mesas das

Casas Legislativas.Gabarito: Correto.

Limitação Material – Cláusulas Pétreas

§ 4º - Não será objeto de deliberação a proposta de emendatendente a abolir:

I - a forma federativa de Estado;

II - o voto direto, secreto, universal e periódico;

III - a separação dos Poderes;

IV - os direitos e garantias individuais.

Perceba que, em princípio, a Consituição protegeu as cláusulaspétreas de tal forma que não se poderá sequer haver deliberaçãosobre a matéria. Obviamente isso é “em tese”, já que muitas vezes aofensa está implícita e somente durante as discussões é que taisofensas são percebidas e impugnadas.

Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte dereforma, que o art. 60, §4º da Lei Fundamental enumera, nãosignificam a intangibilidade literal da respectiva disciplina naConstituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencialdos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege2.

Isso quer dizer que é possível haver modificação (literal) nasmatérias protegidas como cláusulas pétreas, elas não são imutáveis,o que não pode é reduzir o alcance destas matérias, ferindo o núcleoessencial. Poderá ainda haver alterações no caso de fortalecimento doalcance delas. Embora este seja o entendimento majoritário, algumas

2ADI 2.024, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 3-5-07,DJ de 22-6-07.

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bancas já consideraram estas cláusulas como insuscetíveis dealteração.

Considerações:

•  A forma republicana não é cláusula pétrea, é apenas um

princípio sensível (CF, art. 34, VII).•  Voto obrigatório não é cláusula pétrea, apenas o fato de ser

direto, secreto, universal e periódico.

•  Lembre-se que são gravados de forma pétrea apenas osdireitos e garantias individuais, mas estes não se resumemao art. 5º da CF, estando espalhados ao longo dela.

•  Os quatro incisos vistos acima são as cláusulas pétreasexpressas ou explícitas da CF, temos também outras que sãoconsideradas implícitas, a saber:

  o povo como titular do poder constituinte;

  o poder igualitário do voto.

  o próprio art. 60 (que estabelece os procedimentos dereforma);

Essa vedação à alteração do art. 60 é o que chamamos de proibição à"dupla revisão", ou seja, é vedado que o legislador primeiramentemodifique o art. 60, desprotegendo as matérias gravadas comopétreas, e depois edite outra emenda extinguindo as cláusulas.

Alguns entendem que essa vedação de modificação do art. 60 seriaabsoluta, não podendo o legislador alterar este rito, nem facilitando,nem dificultando o processo, assim, não poderia, por exemplo, seraumentado o rol de cláusulas pétreas ou tornar mais rígido oscritérios de aprovação das emendas. Este tema não é pacífico.

15.  (FGV/Fiscal-SEFAZ-MS/2006) Não constitui cláusula pétrea:

a) a forma federativa do Estado.

b) a separação de poderes.

c) os direitos e garantias individuais.

d) o voto secreto.

e) o sistema político.

Comentários:

Analisando a questão, vemos que, dentre as assertivas, somente osistema político não foi protegido. Todas as demais constituemcláusulas pétreas expressas no art. 60, § 4.º, da Constituição. Cabeainda ressaltar que, sobre o voto, não se pode modificar suasqualidades de “direto, secreto, universal e periódico”, mas nada

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impede a modificação da sua qualidade de “obrigatório”, pois estanão foi protegida.

Gabarito: Letra E.

16.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) Senador daRepública apresenta projeto de emenda constitucional, aduzindo sernecessário restringir a utilização do habeas corpus tendo em vista anecessidade de combater o crime organizado, notadamente aquele docolarinho branco, bem como os grupos armados que, pelo tráfico dedrogas, aguçam a violência urbana. À luz das regras constitucionaisem vigor, pode-se afirmar que: 

a) o sistema constitucional proíbe a apresentação da emenda por ferirdireitos individuais.

b) situações de calamidade pública, aí incluída a social, permitemlimitar quaisquer direitos, sendo completamente livre o constituintederivado.

c) desde que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, noexercício de suas atribuições regimentais, aprove o projeto, estarásanado qualquer eventual vício de inconstitucionalidade.

d) a emenda colide com a perspectiva republicana.

e) somente o plenário do Senado poderá aferir a constitucionalidadee oportunidade da medida, que será submetida, necessariamente, a

referendo popular.Comentários:

O Senador pretende restringir a utilização do habeas corpus.Independentemente do motivo para tal restrição, a Constituição vedaexpressamente que emenda constitucional reduza o alcance dosdireitos e garantias individuais, logo, a proposta de emendaconstitucional não poderá ter seu prosseguimento.

Gabarito: Letra A.

17.  (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Será objeto de deliberação aproposta de emenda à Constituição Federal referente

a) à forma federativa de Estado.

b) à instalação da justiça itinerante.

c) ao voto direto, secreto, universal e periódico.

d) à separação dos Poderes.

e) aos direitos e garantias individuais.

Comentários:

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Questão simples, trata-se das cláusulas pétreas ou "limitaçãomaterial" ao poder de reforma da Constituição. Segundo aConstituição, em seu art. 60, §4º, a única assertiva que não traz umacláusula pétrea é a letra B.

Gabarito: Letra B.

18.  (FCC/Defensor-DP-SP/2009 - Adaptada) É possível queuma reforma constitucional crie novas cláusulas pétreas segundoentendimento pacífico da doutrina constitucional.

Comentários:

O erro básico é dizer "entendimento pacífico", isso não é pacífico, hádivergências sobre o tema. Adotamos porém a posição de que assimcomo não se pode enfraquecer o art. 60, também não se pode

dificultar os procedimentos ali estabelecidos, já que o Constituinteestabeleceu de forma taxativa o procedimento para se reformar aConstituição.

Gabarito: Errado.

19.  (CESPE/BB CERT/2010) Proposta de alteração da formafederativa do Estado brasileiro deve- se dar, necessariamente, pormeio de emenda constitucional.

Comentários:A forma federativa de Estado é uma cláusula pétrea logo não podeser alterada, nem mesmo por emenda constitucional.

Gabarito: Errado.

20.  (CESPE/DPE-PI/2009) A jurisprudência do STF consideraque os limites materiais ao poder constituinte de reforma nãosignificam a intangibilidade literal da disciplina dada ao tema pelaConstituição originária, mas sim a proteção do núcleo essencial dos

princípios e institutos protegidos pelas cláusulas pétreas.Comentários:

Segundo o STF, as limitações materiais ao poder constituinte dereforma, que o art. 60, § 4º, da Lei Fundamental enumera, nãosignificam a intangibilidade literal da respectiva disciplina naConstituição originária, mas apenas a proteção do núcleo essencialdos princípios e institutos cuja preservação nelas se protege.

Gabarito: Correto. 

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21.  (ESAF/AFT/2010) As limitações expressas circunstanciaisformam um núcleo intangível da Constituição Federal, denominadotradicionalmente por "cláusulas pétreas".

Comentários:

As cláusulas pétreas são as limitações materiais. As limitaçõescircunstanciais são as que impedem a emenda da Constituiçãodurante certas circunstâncias (estado de sítio, estado de defesa eintervenção federal) – CF, art. 60 §1º.

Gabarito: Errado.

22.  (ESAF/TCU/2006) Segundo a doutrina majoritária, no casobrasileiro, não há vedação à alteração do processo legislativo dasemendas constitucionais, pelo poder constituinte derivado, uma vez

que a matéria não se enquadra entre as hipóteses que constituem ascláusulas pétreas estabelecidas pelo constituinte originário.

Comentários:

O enunciado descreveu o que se chama de “dupla revisão”. Segundoo Supremo, não se pode alterar o rito disposto no art. 60 daConstituição, com o objetivo de se fazer uma nova emenda, agorapelo novo procedimento. Trata-se de uma cláusula pétrea (limitaçãomaterial) implícita na Constituição Federal.

Gabarito: Errado.

23.  (ESAF/Advogado-IRB/2004) Pacificou-se, entre nós, oentendimento de que as cláusulas pétreas da Constituição podem sermodificadas pelo mecanismo denominado de "dupla revisão".

Comentários:

É vedada a dupla revisão, ou seja, o procedimento de se modificar orito estabelecido no art. 60 para que, após essa modificação, sefaçam mudanças que antes não eram possíveis. Trata-se de uma

cláusula pétrea (limitação material) implícita na Constituição Federal.Gabarito: Errado.

Limitação Temporal

A limitação temporal ocorre quando somente depois de decorridocerto lapso temporal a Constituição poderá ser reformada. A CF/88não estabeleceu nenhuma limitação temporal  , mas, tal limitaçãopode ser encontrada em Constituições de outros países.

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Princípio da irrepetibilidade (Limitação Formal)

§ 5º - A matéria constante de proposta de emenda rejeitadaou havida por prejudicada não pode ser objeto de novaproposta na mesma sessão legislativa.

 Atenção: as bancas examinadoras frequentemente tentamconfundir os candidatos trocando "sessão legislativa" pelo

termo "legislatura", tornando a questão incorreta. Embora seja uma"pegadinha clássica", ainda confunde muitos candidatos no momentoda prova.

Essa limitação formal conhecida como "princípio da irrepetibilidade",ocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares),propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. Adiferença entre eles é que, em se tratando de emendasconstitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja:

•  Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matériaconstante de proposta de emenda  rejeitada ou havida porprejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesmasessão legislativa. 

•  Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) -  É vedada areedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória quetenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur-so de prazo. 

•  Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matériaconstante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituirobjeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, medianteproposta da maioria absoluta dos membros de qualquer dasCasas do Congresso Nacional 

Assim, somente para as "leis" (ordinárias e complementares) é quetemos a relatividade de poder apresentar novamente o projeto, desdeque mediante a proposta da maioria absoluta dos membros da CasaLegislativa.

24.  (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Umaproposta de emenda constitucional que tenha sido rejeitada ouprejudicada somente pode ser reapresentada na mesma sessãolegislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membrosde cada casa do Congresso Nacional.

Comentários:

só para as leis é que a CF abre a possibilidade do projeto serreapresentado na mesma sessão legislativa mediante a propositurada maioria absoluta dos membros. 

Gabarito: Errado.

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25.  (ESAF/TCU/2006) A matéria constante de proposta deemenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma novaproposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de três

quintos dos membros de qualquer das Casas.Comentários:

A questão comete 2 erros. Trata-se do princípio da irrepetibilidade,que é absoluto em se tratando de Emendas Constitucionais. Ou seja,ainda que haja manifestação do Congresso, proposta de emenda àConstituição rejeitada não poderá ser objeto de uma nova proposta,na mesma sessão legislativa. Perceba que ainda foi trocado otermo sessão legislativa por legislatura (CF, art. 60 §5º).

Gabarito: Errado.

Emendas de Revisão:

CF, ADCT, art. 3º → A revisão constitucional será realizadaapós 5 anos, contados da data de promulgação da CF, pelovoto da maioria absoluta dos membros do CongressoNacional em sessão unicameral.

Essas emendas têm o mesmo poder das vistas acima, mas, percebe-se que foi um  procedimento mais simples (bastava maioria absolutaem sessão unicameral, enquanto as outras será 3/5, em 2 turnos,

nas duas Casas), porém, após o uso deste poder de revisão, ele seextinguiu não podendo mais ser utilizado e nem se pode por EC criaroutro similar.

26.  (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A revisão constitucional prevista poruma Assembleia Nacional Constituinte, possibilita ao poderconstituinte derivado a alteração do texto constitucional, com menorrigor formal e sem as limitações expressas e implícitas originalmentedefinidas no texto constitucional.

Comentários:A revisão também deve observar limitações constitucionais emborarealmente possua um menor rigor formal.

Gabarito: Errado.

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Quadro-resumo da reforma constitucional:

 Iniciativa da EmendaConstitucional de Reforma 

(CF, art. 60)

1.  De pelo menos 1/3 dosDeputados ou Senadores;

2.  Do Presidente daRepública; 

3.  De mais da metade dasAssembléias Legislativas dasunidades da Federação,manifestando-se, cada umadelas, pela maioria relativa deseus membros.

Limitação circunstancial 

(CF, art. 60 §1º)

A Constituição não poderá seremendada na vigência deintervenção federal, de estadode defesa ou de estado de sítio.

Limitação Procedimental 

(CF, art. 60 §2º)

A proposta será discutida e votadaem cada Casa do CongressoNacional, em dois turnos,considerando-se aprovada seobtiver, em ambos, 3/5 do votos 

dos respectivos membros.Promulgação

(CF, art. 60 §3º)

A emenda à Constituição serápromulgada pelas Mesas da Câmarados Deputados e do Senado Federal,com o respectivo número de ordem.

Limitação Material Expressa(Cláusulas Pétreas Expressas)

(CF, art. 60 §4º)

1.  a forma federativa deEstado;

2.  o voto direto, secreto,universal e periódico;

3.  a separação dos Poderes;

4.  os direitos e garantiasindividuais. 

Limitação Material Implícita(Cláusulas Pétreas Implícitas)

(Reconhecidas pela doutrina e jurisprudência)

1.  o povo como titular dopoder constituinte;

2.  o poder igualitário do voto.

3.  o próprio art. 60 (queestabelece os procedimentos de

reforma);

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Princípio da irrepetibilidade(Limitação Formal)

(CF, art. 60 §5º)

A matéria constante de proposta deemenda rejeitada ou havida porprejudicada não pode ser objeto denova proposta na mesma sessãolegislativa.

Limitação Temporal  A limitação temporal ocorre quandosomente depois de decorrido certolapso temporal a Constituição pode-rá ser reformada.  A CF/88 nãoestabeleceu nenhuma limitaçãotemporal, mas, tal limitação podeser encontrada em Constituições deoutros países.

Questões "gerais" sobre emendas constitucionais:

27.  (FGV/Auditor-SEAD-AP/2011) Com relação ao tema "PoderConstituinte e emenda à Constituição", analise as afirmativas aseguir.

I. Podem propor emenda à Constituição: (i) o Presidente daRepública; (ii) um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos

Deputados ou do Senado Federal; (iii) o Presidente do SupremoTribunal Federal; e (iv) mais da metade das Assembléias Legislativasdas unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pelamaioria relativa de seus membros.

II. A Constituição não poderá ser emendada na vigência deintervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

III. Determinados temas previstos na própria Constituição não podemser objeto de proposta de emenda constitucional que os pretendaabolir.

Assinale:a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.

d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

Comentários:

I- Errado. A iniciativa de emendas constitucionais, segundo o art. 60da Constituição ocorre somente em 3 casos:

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1. Pelo menos 1/3 dos Deputados ou Senadores;

2. Presidente da República;

3. Mais da metade das Assembléias Legislativas das unidadesda Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela

maioria relativa de seus membros.II – Correto. É uma limitação circunstancial prevista no art. 60§1º da Constituição.

III – Correto. São as chamadas cláusulas pétreas, que estãoprevistas no art. 60 §4º da Constituição.

Gabarito: Letra D.

28.  (FGV/Analista – TRE-PA/2011) As constituições imutáveis

são aquelas que não comportam modificação de nenhuma espécie,enquanto as rígidas exigem um processo de alteração mais rigorosodo que aquele previsto para a legislação infraconstitucional. AConstituição de 1988 é considerada super-rígida, isto é, ela possuiuma parte imutável e uma parte rígida. Para que se altere a CRFB de1988 na sua parte rígida, é necessário que

a) haja proposta de emenda por, no mínimo, metade dos membrosda Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

b) a proposta de emenda seja discutida e votada em cada Casa do

Congresso Nacional, em dois turnos.c) a proposta de emenda seja aprovada se obtiver, em pelo menosuma das casas, três quintos dos votos.

d) a emenda seja promulgada pelo Senado Federal, que detémcompetência privativa para tanto.

e) a proposta de emenda tenha iniciativa do Presidente da Repúblicaou dos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal.

Comentários:

A questão basicamente pede o seguinte: como pode ocorrer umaproposta de emenda constitucional?

Letra A – Errado. O exigido é no mínimo 1/3 e não metade. São 3 asformas de se iniciar o processo:

1. Pelo menos 1/3 dos Deputados ou Senadores;

2. Presidente da República;

3. Mais da metade das Assembléias Legislativas das unidadesda Federação, manifestando-se, cada uma delas, pelamaioria relativa de seus membros.

Letra B – Correto. É o que dispõe o art. 60 §2º da Constituição.

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Letra C – Errado. Tem que ser nas duas casas e em dois turnos cada.

Letra D – Errado. Quem promulga a emenda é a Mesa da Câmara e aMesa do Senado.

Letra E – Errado. Governador não pode propor emenda.

Gabarito: Letra B.

29.  (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) No que tange à EmendaConstitucional, é correto afirmar:

a) A Constituição Federal, em situação excepcional, poderá seremendada na vigência de intervenção federal.

b) Pode ser objeto de deliberação a proposta de emenda tendente aabolir a forma federativa de Estado.

c) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de umquarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou doSenado Federal.

d) A matéria constante de proposta de emenda havida porprejudicada poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessãolegislativa.

e) A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada seobtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

Comentários:

Letra A – Errado. Trata-se de uma limitação circunstancial que nãoadmite exceções (CF, art. 60 §1º).

Letra B – Errado. Trata-se de uma cláusula pétrea expressa naConstituição Federal, constituindo-se uma limitação material (CF, art.60 §4º).

Letra C – Errado. O mínimo exigido para a proposta é 1/3 dosDeputados ou Senadores, e não 1/4 (CF, art. 60).

Letra D – Errado. Trata-se de uma limitação formal, chamada de “princípio da irrepetibilidade” (CF, art. 60 §5º).

Letra E – Correto. Este é o rito exigido para a aprovação daspropostas de emendas constitucionais (CF, art. 60 §2º).

Gabarito: Letra E.

30.  (FCC/TCE-SP/2011) Proposta de emenda à Constituição daRepública tendo por objeto a introdução do direito ao afeto familiardentre os direitos individuais é apresentada por Deputado Federal,sendo aprovada por dois terços dos membros da Câmara dos

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Deputados e três quintos do Senado Federal, em dois turnos devotação, em cada uma das Casas legislativas. A proposta assimaprovada é promulgada pelas Mesas das Casas do CongressoNacional. Referida proposta é incompatível com a Constituição, pois

a) padece de vício de iniciativa.b) não se atingiu o quórum necessário para aprovação na Câmarados Deputados.

c) não se atingiu o quórum necessário para aprovação no SenadoFederal.d) versa sobre matéria de direitos fundamentais, vedada à ação dereforma constitucional.

e) a promulgação é ato de competência exclusiva do Presidente daRepública.

Comentários:Precisamos desmembrar o enunciado:

Iniciativa – Proposta por Deputado Federal... Isso pode? Não! Oparlamentar não pode isoladamente propor uma emendaconstitucional. Ele precisa reunir pelo menos 1/3 da Casa Legislativa.

Objeto - Introdução do direito ao afeto familiar dentre os direitosindividuais. Isso pode? Sim! Pois está ampliando direitos individuais enão os enfraquecendo, aí pode!

Aprovação - Dois terços dos membros da Câmara dos Deputados etrês quintos do Senado Federal, em dois turnos de votação, em cadauma das Casas legislativas. Ai tá certo?

Sim, pois a Constituição exige 3/5 em dois turnos.

3/5 = 60% dos votos.

A Câmara dos Deputados aprovou com 2/3, o que é 66% dos votos, émais do que 3/5.

Promulgação - Pelas Mesas das Casas do Congresso Nacional. Tácertinho!

Dessa forma, o único vício foi na iniciativa.

Gabarito: Letra A.

31.  (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Decorre da caracterização edos limites impostos pela Constituição Federal ao Poder de ReformaConstitucional:

a) A reforma constitucional manifesta-se por meio do PoderConstituinte Derivado Decorrente, o qual é caracterizado como

derivado, limitado e condicionado.

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b) Não poderão ser promulgadas emendas constitucionais na vigênciade intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio,salvo em caso de guerra declarada.

c) O procedimento estabelecido para o exercício regular do Poder de

Reforma não se aplicou às seis emendas constitucionais de revisão,promulgadas em 1994, as quais foram aprovadas pelo voto damaioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessãounicameral.d) A matéria constante de proposta de emenda constitucionalrejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de novaproposta na mesma sessão legislativa, mediante pedido da maioriaabsoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional.

e) São limites materiais do Poder de Reforma, expressos naConstituição Federal a forma federativa de Estado, o voto direto,

secreto, universal e periódico, o respeito às Forças Armadas, aseparação dos Poderes e os direitos e garantias fundamentais.

Comentários:

Letra A - Errado. O correto seria poder constituinte derivadoreformador. O poder decorrente é o poder de elaborar asconstituições estaduais.

Letra B - Errado. No caso de guerra também não poderá. É umalimitação circunstancial.

Letra C - Perfeito. Aplicou-se um procedimento mais simples. Em vezde precisar de 3/5 dos votos, em 2 turnos, bastava o voto da maioriaabsoluta, em sessão unicameral.

Letra D - Errado. Trata-se do "princípio da irrepetibilidade", queocorre para projetos de leis (ordinárias e complementares),propostas de emendas constitucionais, e medidas provisórias. Adiferença entre eles é que, em se tratando de emendasconstitucionais e medidas provisórias, este princípio é absoluto, veja:

•  Emendas Constitucionais (CF, art. 60 § 5º) – A matériaconstante de proposta de emenda  rejeitada ou havida por

prejudicada não pode ser objeto de nova proposta na mesmasessão legislativa. 

•  Medidas provisórias (CF, art. 62 § 10 ) -  É vedada areedição, na mesma sessão legislativa, de medida provisória quetenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decur-so de prazo. 

•  Leis ordinárias e complementares (CF, art. 67) - A matériaconstante de projeto de lei rejeitado somente poderá constituirobjeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, mediante

proposta da maioria absoluta dos membros de qualquer dasCasas do Congresso Nacional 

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Letra E - Errado. "O respeito às Forças Armadas" ??? - Viajou, não émesmo?!

Gabarito: Letra C.

Leis Complementares e Ordinárias: 

As leis complementares e as leis ordinárias possuem um processolegislativo similar. Diferenciam-se apenas em 2 pontos:

1- Na “matéria tratada”: A Constituição expressamente já elencouno seu texto todos os casos onde há exigência da lei complementar,dizendo frases como “lei complementar disporá sobre...”. Geralmentesão temas de alta relevância como normas gerais e estatutosorganizacionais (Magistratura, Ministério Público, Vice-Presidente,Organização e funcionamento da AGU...).

2-  No “quórum de aprovação”: É necessária a maioria absolutapara aprovar a lei complementar e basta maioria simples para aordinária.

Embora a lei ordinária não possa (e qualquer outra lei, obviamente,também não possa) tratar daquele assunto para o qual a Constituiçãoordenou expressamente a necessidade da lei complementar, há apossibilidade do caminho inverso: lei complementar tratar da matériacomum (ordinária, residual...). Isso é possível devido àquela máximado “quem pode mais, pode o menos”. Assim, quando a lei

complementar tratar da matéria comum, ela será considerada comouma “lei ordinária votada por maioria absoluta”, em melhores termos,será: uma lei formalmente complementar, mas materialmente ordinária. Desta forma, tal lei poderá livremente ser alteradafuturamente por uma lei ordinária, ainda que votada por maioriasimples, pois a Constituição não fez reserva daquela matéria à leicomplementar, deixando livre o caminho para ser tratadoordinariamente.

32.  (FGV/OAB/2010.2) Sabe-se a polêmica ainda existente nadoutrina constitucionalista pátria no que se refere à eventualhierarquia da Lei Complementar sobre a Lei Ordinária. Todavia, hádiferenças entre essas duas espécies normativas que podem atégerar vícios de inconstitucionalidade caso não respeitadas durante oprocesso legislativo.

A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.

(A) A Lei Complementar exige aprovação por maioria absoluta,enquanto a lei ordinária é aprovada por maioria simples dos membrospresentes à sessão, desde que presente a maioria absoluta dos

membros de cada Casa ou de suas Comissões.

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(B) As matérias que devem ser regradas por Lei Complementarencontram-se taxativamente indicadas no texto constitucional e,desde que não seja assunto específico de normatização por decretolegislativo ou resolução, o regramento de todo o resíduo competirá àlei ordinária.

(C) As matérias reservadas à Lei Complementar não serão objeto dedelegação do Congresso ao Presidente da República.

(D) A discussão e votação dos projetos de lei ordinária devem,obrigatoriamente, ter início na Câmara dos Deputados.

Comentários:

Questão bem interessante que traz discussões doutrinárias e jurisprudenciais acerca das espécies normativas.

Letra A - Correto. É a primeira diferença entre as leis: o quórum!

Letra B - Correto. É a outra diferença: a matéria tratada. AConstituição expressamente já elencou no seu texto todos os casosonde há exigência da lei complementar, dizendo frases como “leicomplementar disporá sobre...”. Geralmente são temas de altarelevância como normas gerais e estatutos organizacionais(Magistratura, Ministério Público, Vice-Presidente, Organização efuncionamento da AGU...). A lei ordinária é a lei residual.

Letra C – Correto. Aqui a questão já entrou no mérito da "leidelegada". A lei delegada (CF, art. 68) foi introduzida como forma de

dar celeridade a elaboração de leis em momentos em que oparlamento esteja “sobrecarregado”. Assim, o Presidente daRepública através de uma iniciativa solicitadora, pede que oCongresso Nacional edite uma resolução que lhe delegue os poderespara tal feitura, e nesta resolução estarão os limites para que seexerça a regulamentação da matéria, matéria esta que nuncapoderá ser de exclusividade do Congresso, privativa dequaisquer das Casas, ou reservada à lei complementar.

Letra D – Errado. Aqui a questão viajou... não tem nada disso.

A lei ordinária é uma lei comum, ela tem, em regra, início na Câmarados Deputados, mas pode normalmente ser iniciada a deliberação noSenado, desde que a iniciativa do projeto tenha sido de algumSenador ou Comissão do Senado.

Gabarito: Letra D.

33.  (ESAF/AFC – CGU/2004) Segundo a jurisprudência do STF,se uma lei complementar disciplinar uma matéria não reservada aesse tipo de instrumento normativo, pelo princípio da hierarquia das

leis, não poderá uma lei ordinária disciplinar tal matéria.Comentários:

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Segundo o STF, uma lei ordinária não pode versar sobre matériareservada a lei complementar, porém, nada impede que uma leicomplementar verse sobre uma matéria residual, ou seja, que aConstituição exige apenas uma lei genérica, é como se usasse ocritério “quem pode mais pode menos”. Se acontecer este último

caso, ou seja, de uma lei complementar versar sobre matéria nãocomplementar, ela será chamada de lei "apenas formalmentecomplementar" já que seu conteúdo é ordinário, esta lei, então,poderá ser alterada ou revogada por uma futura lei ordinária, poisapenas a Constituição é que pode definir o que precisa de leicomplementar e o que não precisa.

Gabarito: Errado.

34.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) É possível a revogação, por leiordinária, de norma formalmente inserida em lei complementar, masque não esteja materialmente reservada a essa espécie normativapela Constituição.

Comentários: 

O que importa é o conteúdo da norma, sua matéria. Embora uma leiordinária não possa regulamentar matéria reservada à leicomplementar, uma lei complementar pode regular matéria quepoderia ser regulada por uma simples lei ordinária, e neste caso, estalei complementar existirá como "apenas formalmente complementar"

e poderá ser revogada por uma lei ordinária.Gabarito: Correto.

35.  (ESAF/AFC-STN/2005) Em razão da superioridadehierárquica da lei complementar sobre a lei ordinária, a disciplina deuma matéria, por lei complementar, ainda que ela não estejareservada a essa espécie de instrumento normativo, impede que elavenha a ser disciplinada de forma distinta em lei ordinária.

Comentários:

É correto dizer que aquilo que foi atribuído à lei complementar nãopoderá ser regulamentado por lei ordinária, porém a questão estáincorreta por dizer que há hierarquia entre as duas espéciesnormativas, já que segundo o STF, a distinção entre a leicomplementar e a lei ordinária não se situa no plano da hierarquia,mas no da reserva de matéria.

Gabarito: Errado.

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Iniciativa:

 Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordináriascabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dosDeputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional,

ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal,aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da Repúblicae aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nestaConstituição.

Organizando: 

 A propositura de leis complementares e ordinárias caberá:

  a qualquer parlamentar ou comissão de parlamentares;

  ao Presidente da República;

 

ao STF;  aos Tribunais Superiores;

  ao PGR;

  aos Cidadãos (através da iniciativa popular apresentada àCâmara, que será vista no §2º).

Lembrando que a iniciativa é, em regra, apresentada à Câmara dosDeputados, sendo exceção a isto quando ela for tomada proSenadores ou Comissão do Senado, quando irá se instaurar adiscussão diretamente no Senado Federal.

36.  (CESPE/AJAJ - STM/2011) A iniciativa para elaboração deleis complementares e ordinárias constitui exemplo da denominadainiciativa concorrente.

Comentários:

Em regra, a elaboração das leis ordinárias e complementares é tidacomo de iniciativa concorrente, ou seja, caberá àqueles legitimadosdo art. 61 tomar a iniciativa da elaboração. Lembramos, no entanto,que estamos falando da regra geral, já que existem exceções ondeteremos a iniciativa de forma privativa como àquelas atribuídas aoPresidente da República (CF, art. 61, §1º), STF (CF, art. 93), entreoutros casos.

Gabarito: Correto.

37.  (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A iniciativa das leiscomplementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissãoda Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso

Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal,

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aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aoscidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição Federal.

Comentários:

É a literalidade do art. 61 da Constituição Federal. Estes são os

legitimados para dar início ao processo de elaboração de leis.Gabarito: Correto. 

Iniciativa privativa do Presidente da República:

§ 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da Repúblicaas leis que:

I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas;

II - disponham sobre:

a) criação de cargos, funções ou empregos públicos naadministração direta e autárquica ou aumento de suaremuneração;

b) organização administrativa e judiciária, matéria tributáriae orçamentária, serviços públicos e pessoal daadministração dos Territórios;

Esta alínea é motivo de confusão para muitos candidatos e por isso,muito explorada pelas bancas. Veja que o Presidente da Repúblicanão detém iniciativa privativa para apresentar projetos referentes àmatéria tributária, pois esta não está arrolada em nenhuma parte darelação do art. 61 §1º da Constituição. Nesta alínea, porém, temosuma única exceção que é em se tratando de "territórios federais"onde a iniciativa para matéria tributária será privativa do Presidenteda República. Assim, temos:

Regra - Matéria tributária não é de iniciativa privativa do Presidente;

Exceção - Matéria tributária será de iniciativa privativa do Presidentequando se tratar de Territórios Federais.

c) servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, provimento de cargos, estabilidade eaposentadoria;

d) organização do Ministério Público e da Defensoria Públicada União, bem como normas gerais para a organização doMinistério Público e da Defensoria Pública dos Estados, doDistrito Federal e dos Territórios;

e) criação e extinção de Ministérios e órgãos daadministração pública, observado o disposto no art. 84, VI;

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f) militares das Forças Armadas, seu regime jurídico, provimento de cargos, promoções, estabilidade,remuneração, reforma e transferência para a reserva.

Perceba que, em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a

competência privativa do presidente da República (CF, art. 61 §1º).Desta forma, só o Presidente é que poderá tomar a iniciativa de taisleis, sejam elas complementares ou ordinárias.

A iniciativa do Presidente deve ser tomada de acordo com a suaconveniência e oportunidade, não poderá ser compelido por outrospoderes a tomar a iniciativa da lei.

38.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) No sistemabicameral atuam ambas as Casas Legislativas no processo de

formação da lei, cabendo a iniciativa a parlamentares, órgãoslegislativos, cidadãos, órgãos do executivo, do Judiciário e doMinistério Público. Assim, sendo a lei de conteúdo estruturador daorganização judiciária dos Territórios, tal iniciativa é conferida aoPresidente:

a) do Supremo Tribunal Federal.

b) da República.

c) do Senado Federal.

d) da Câmara dos Deputados.

e) do Congresso Nacional.

Comentários:

Nós vimos que, segundo o art. 61 da Constituição, a iniciativa das leiscomplementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissãoda Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do CongressoNacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal,aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aoscidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.

Existe, porém, no art. 61, §1.º, algumas matérias que estãoreservadas a uma iniciativa privativa do Presidente da República.Assim dispõe a Constituição, e no art. 61, §1º, II, b, encontramos

 justamente a “organização administrativa e judiciária, matériatributária e orçamentária, serviços públicos e pessoal daadministração dos Territórios”, como sendo de inciativa privativa doPresidente da República. 

Gabarito: Letra B.

39.  (CETRO/Advogado - Pref. Rio Claro/2006) São de iniciativaprivativa do Presidente da República as leis que:

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(A) disponham sobre normas gerais para a organização da DefensoriaPública dos Estados.

(B) venham a sustar os atos normativos do Poder Executivo queexorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação

legislativa.(C) tenham por objeto apreciar os atos de concessão e renovação deconcessão de emissoras de rádio e televisão.

(D) autorizem a realização de referendo e a convocação de plebiscito.

(E) autorizem, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamentode recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais.

Comentários:

A questão cobrou do candidato o conhecimento sobre o art. 61 §1º

da ConstituiçãoLetra A - Correto. Art. 61 §1º, III, d.

Letra B, C, D e E - Errado. Tratam-se de atribuições do CongressoNacional, feitas por decreto legislativo, nos termos da Constituição,em seu art. 49, respectivamente nos incisos V, XII, XV e XVI.

Desta forma, a questão poderia ter sido resolvida inclusive poreliminação.

Gabarito: Letra A.

40.  (ESAF/AFRF/2003) Somente por projeto de iniciativa doPresidente da República é possível ao Congresso Nacional deliberarsobre assunto relacionado a direito tributário.

Comentários: 

Direito tributário é materia de iniciativa livre (concorrente), pois nãoestá previsto no art. 61, I da Constituição, o qual reservou para ainiciativa privativa do Presidente da República apenas a matériatributária no âmbito dos territórios federais.

Gabarito: Errado.

41.  (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) NÃO viola a ConstituiçãoFederal a propositura, por deputado federal, de projeto de lei queverse sobre:

a) direitos e obrigações de servidores públicos.

b) redução da jornada de trabalho semanal de servidores públicos.

c) hipóteses de isenção de pagamento de contribuição previdenciária

devida por servidores públicos.d) provimento de cargos públicos.

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e) criação de cargos públicos.

Comentários:

A questão pode ser "traduzida" da seguinte forma: qual das hipótesesabaixo não se trata de lei cuja iniciativa é reservada ao Presidente da

República?Em regra, tudo que fala "de servidores públicos" atrai a competênciaprivativa do presidente da República. Vejamos:

Letra A, B, D e E- Hipótese do art. 61 §1º, II, c.

A letra C, embora trate de servidor público, na verdade está falandode matéria tributária. O que está se querendo instituir é uma "isençãotributária" da contribuição previdenciária. Sabemos que matériatributária só é privativa do Presidente quando estamos falando de"territórios federais". Logo, é a única alternativa que traz uma

matéria de iniciativa concorrente.Gabarito: Letra C.

42.  (FUNIVERSA/Advogado - ADASA/2009) A iniciativaprivativa do presidente da República para dispor sobre matériatributária está circunscrita aos tributos dos territórios federais.

Comentários:

Versa o art. 61 §1º, II, b que se trata de matéria de inciativa

privativa do Presidente da República a organização administrativa e judiciária, matéria tributária e orçamentária, serviços públicos epessoal da administração dos Territórios. Assim, temos:

Regra - Matéria tributária não é de iniciativa privativa do Presidente;

Exceção - Matéria tributária será de iniciativa privativa do Presidentequando se tratar de Territórios Federais.

Gabarito: Correto.

Aumento de despesa nos projetos de iniciativa exclusiva doPresidente:

Segundo o art. 63, não será admitido aumento da despesa previstanos projetos de iniciativa exclusiva do Presidente da República,ressalvado os projetos orçamentários. Bem como não pode haveraumento de despesa nos projetos que tratam da organização dosserviços administrativos dos demais Poderes e do Ministério Público(pois são matérias de iniciativa exclusiva destes). Veja:

 Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:

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I - nos projetos de iniciativa exclusiva do Presidenteda República, ressalvado o disposto no art. 166, § 3º e §4º;

II - nos projetos sobre organização dos serviços

administrativos da Câmara dos Deputados, do SenadoFederal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

No entanto, segundo o STF3, não havendo aumento de despesa, oPoder Legislativo poderá emendar o projeto de iniciativa privativa doPresidente, mas esse poder não é ilimitado, já que não se estende aemendas que não guardem estreita pertinência com o objeto doprojeto encaminhado ao Legislativo pelo Executivo e que digamrespeito à matéria que também é da iniciativa privativa daquelaautoridade. 

43.  (ESAF/AFRF/2003) Projetos de lei da iniciativa do Presidenteda República não podem ser objeto de emenda parlamentar.

Comentários:

Podem ser objetos de emendas, desde que a iniciativa não sejaexclusiva ou, se for excluisva, essas emendas não aumentem adespesa inicialmente prevista, a não ser que seja a Lei orçamentáriaou a LDO, conforme o art. 63 da Constituição.

Gabarito: Errado.

Iniciativa privativa e a simetria federativa:

É importante ressaltar uma limitação que ocorre para asConstituições Estaduais. No entendimento do STF afronta o princípiofundamental da separação a independência dos Poderes o trato emconstituições estaduais de matéria, sem caráter essencialmenteconstitucional – assim, por exemplo, a relativa à fixação devencimentos ou a concessão de vantagens específicas a servidorespúblicos –, que caracterize fraude à iniciativa reservada ao Poder

Executivo de leis ordinárias.4

 Explicando: Sabemos que uma das limitações às ConstituiçõesEstaduais é a observância dos princípios federais extensíveis porocasião de sua elaboração. Ou seja, existem regras básicas dispostasem âmbito federal que devem ser obrigatoriamente observadas no

3ADI 546.

4ADI 104, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 4-6-07, Plenário,DJ de 24-8-07.

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âmbito estadual. As regras do processo legislativo são um dessesprincípios federais extensíveis.

Desta forma, no art. 61 §1º da Constituição temos algumas matériascujas leis regulamentares devem ser obrigatoriamente propostas pelo

Presidente da República, não pode outra pessoa que não oPresidente, tomar a iniciativa de tais leis.

Quando levamos essas matérias para o âmbito estadual, a iniciativadelas passa a ser privativa do Governador do Estado, já que temosque aplicar a "simetria federativa". Se a Constituição Estadualregulamentar essa matéria diretamente na Constituição, em vez dedeixá-la para ser regulamentada por lei de iniciativa do Governador,teremos uma inconstitucionalidade, pois o Legislativo (elaborador daConstituição Estadual) estaria usurpando a competência doGovernador e, assim, ferindo um princípio extensível.

44.  (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Comodecorrência do princípio da simetria e do princípio da separação dospoderes, as hipóteses de iniciativa reservada ao presidente daRepública, previstas na Constituição Federal, não podem serestendidas aos governadores.

Comentários:

Justamente o contrário. Devido à simetria, elas devem serestendidas. Assim, o Supremo já declarou diversasinconstitucionalidades decorrentes da violação a essa iniciativareservada ao chefe do Executivo em constituições estaduais.

Gabarito: Errado.

45.  (ESAF/PFN/2006) Consolidou-se o entendimento de quematéria que, no âmbito federal, está sujeita à legislação ordinária sobreserva de iniciativa do Presidente da República não pode serregulada em Constituição Estadual.

Comentários: Trata-se de entendimento do STF, no qual afrontaria o princípiofundamental da separação a independência dos Poderes, aregulamentação no corpo das Constituições Estaduais de matéria semcaráter essencialmente constitucional. Assim, por exemplo, a fixaçãode vencimentos ou a concessão de vantagens específicas a servidorespúblicos, caracterizaria uma usurpação pelo Legislativo da iniciativareservada ao Poder Executivo de leis ordinárias a respeito.

Gabarito: Correto.

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Vício de iniciativa e posterior sanção:

No entendimento do STF, se alguém que não for o Presidente daRepública violar o art. 61 §1º, propondo um projeto de lei cujo temasó poderia ser discutido através da iniciativa do chefe do Executivo.

Ainda que este sancione o projeto de lei, ele continua inconstitucionalpor “vício de iniciativa”. Assim, a posterior sanção presidencial nãoconvalida a violação ocorrida por ocasião da apresentação do projeto.

46.  (FGV/OAB/2010.3) Projeto de lei estadual de iniciativaparlamentar concede aumento de remuneração a servidores públicosestaduais da área da saúde e vem a ser convertido em lei após asanção do Governador do Estado. A referida lei é:

(A) compatível com a Constituição da República, desde que a

Constituição do Estado-membro não reserve à Chefia do PoderExecutivo a iniciativa de leis que disponham sobre aumento deremuneração de servidores públicos estaduais.

(B) constitucional, em que pese o vício de iniciativa, pois a sanção doGovernador do Estado ao projeto de lei teve o condão de sanar odefeito de iniciativa.

(C) inconstitucional, uma vez que os projetos de lei de iniciativa dosDeputados Estaduais não se submetem à sanção do Governador doEstado, sob pena de ofensa à separação de poderes.

(D) inconstitucional, uma vez que são de iniciativa privativa doGovernador do Estado as leis que disponham sobre aumento deremuneração de servidores públicos da administração direta eautárquica estadual.

Comentários:

As matérias que estão no art. 61 §1º da Constituição Federal comode iniciativa privativa do Presidente da República devem serestendidas, por simetria federativa, aos Governadores e Prefeitos, noâmbito dos respectivos territórios. Dessa forma, não poderia oparlamentar tratar da referida matéria, sob pena de vício de iniciativaque, segundo o STF, não se convalida com a posterior sanção doGovernador.

Gabarito: Letra D

Iniciativa popular no âmbito federal:

§ 2º - A iniciativa popular pode ser exercida pelaapresentação à Câmara dos Deputados de projeto de lei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado

nacional, distribuído pelo menos por cinco Estados, com não

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menos de três décimos por cento dos eleitores de cada umdeles.

Lembrando que a iniciativa popular só é possível para projetos de leisordinárias ou complementares, não sendo possível usá-la para propor

emendas constitucionais.Esquematizando a iniciativa popular:

♦  FEDERAL será proposta na Câmara dos Deputados esubscrito por, no mínimo:

  1% do eleitorado nacional;

  De pelo menos 5 estados; e

  Ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles;

♦  ESTADUAL deverá ser regulada por uma Lei Ordinária;

(art. 27 §4º)♦  MUNICIPAL será subscrita por no mínimo 5% doeleitorado. (art. 29 XIII)

47.  (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) O processolegislativo confere aos cidadãos poder de iniciar o processolegislativo. Trata-se da lei de iniciativa popular. Consoante o textoconstitucional, tal projeto deve preencher os seguintes requisitos: 

a) subscrição de um por cento do eleitorado nacional, distribuído porpelo menos cinco estados e com pelo menos três décimos por centodos eleitores em cada um deles.

b) subscrição de, no mínimo, de um milhão de eleitores, divididos pordez estados da federação, proporcionalmente.

c) subscrição de dez por cento do número total de eleitores do país,divididos por, no mínimo, vinte estados da federação, emproporcionalidade.

d) subscrição de cinco por cento do eleitorado nacional, distribuídopor, pelo menos, quinze estados, e cinco décimos de eleitores porestado.e) subscrição de vinte por cento do eleitorado nacional, distribuídopor dez estados sem limite por cada estado.

Comentários:

A iniciativa popular existe tanto no âmbito federal quanto no Estaduale Municipal, disposta na Constituição Federal da seguinte maneira:

No âmbito federal: será proposta na Câmara dos Deputados esubscrito por, no mínimo:

  1% do eleitorado nacional;

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  de pelo menos 5 Estados; e

  ao menos 0,3% dos eleitores de cada um deles.

No âmbito estadual: deverá ser regulada por uma Lei Ordinária;(art. 27, § 4.º).

No âmbito municipal: será subscrita por no mínimo 5% doeleitorado (art. 29, XIII).

Desta forma, a assertiva que corretamente trata da iniciativa popularé a Letra A.

Gabarito: Letra A.

48.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) A iniciativapopular em matéria de lei federal está condicionada à manifestação

de pelo menos um por cento do eleitorado nacional, que deverá estardistribuído em no mínimo cinco Estados, exigida em cada um deles amanifestação de três décimos por cento de seus eleitores(Constituição, art. 61, § 2.º).

Comentários:

É o que dispõe literalmente o art. 61, § 2.º, da Constituição.

Gabarito: Correto.

49.  (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A iniciativa popular deve serexercida pela apresentação ao Presidente da República de projeto delei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de trêsdécimos por cento dos eleitores de cada um deles.

Comentários: 

A iniciativa deve ser apresentada à Câmara dos Deputados e não aoPresidente da República (CF, art. 61 §2º).

Gabarito: Errado. 

Trâmite do projeto de lei (fase constitutiva):

1ª fase – Deliberação no Congresso Nacional: 

 Art. 65. O projeto de lei aprovado por uma Casa será revisto pela outra, em um só turno de discussão e votação, eenviado à sanção ou promulgação, se a Casa revisora oaprovar, ou arquivado, se o rejeitar.

Este artigo expõe que para um projeto de lei efetivamente serpromulgado como lei, deverá este projeto ser aprovado pelas duas

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Casas Legislativas, já que estamos em um sistema bicameral. Casouma das Casas delibere pela rejeição do projeto, já é suficiente paraque ele seja arquivado sem necessidade de apreciação por nenhumoutro órgão.

Porém, não necessariamente o projeto será rejeitado, pode ser queocorra apenas alguma modificação (emenda), e neste caso, segue-seo parágrafo único abaixo:

Parágrafo único. Sendo o projeto emendado, voltará à Casainiciadora.

 Art. 66. A Casa na qual tenha sido concluída a votaçãoenviará o projeto de lei ao Presidente da República, que,aquiescendo, o sancionará.

Esquema:

50.  (CESPE/TRE-MA/2009) O sistema legislativo vigente é ounicameral, opção adotada a partir da Constituição Federal de 1934,exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de seraprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessãoconjunta, para que possam ser levados à sanção do presidente daRepública.

Comentários:

1 - Iniciativa na Casa iniciadora: Câmara, ou Senado (se for projeto de

Senador ou comissão de Senadores);Opções:Se rejeitado É arquivado;Se aprovado Vai para Casa revisora.

Revisão em 1 só turno doprojeto aprovado na iniciadora

O projeto emendado volta à iniciadora que deve deliberar sobre a

emenda. Após isso seguirá para a sanção/veto do Presidente.

2 - Casa revisora:Emendou o projeto Volta à iniciadora;

Rejeitou o projeto Arquiva;Aprovou s/ emendas Sanção/Veto.

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Nosso sistema legislativo é bicameral, e não unicameral, justamentepor possuirmos duas casas legislativas: a Câmara dos Deputados e oSenado Federal.

Gabarito: Errado.

2ª fase – Sanção/Veto: 

§ 1º - Se o Presidente da República considerar o projeto, notodo ou em parte, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á total ou parcialmente, no prazo de quinzedias úteis, contados da data do recebimento, e comunicará,dentro de quarenta e oito horas, ao Presidente do SenadoFederal os motivos do veto.

Veto Jurídico → Se o Presidente da República considerar o projeto,

no todo ou em parte, inconstitucional ;Veto Político → Se o Presidente da República considerar o projeto,no todo ou em parte, contrário ao interesse público.

§ 2º - O veto parcial somente abrangerá texto integral deartigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

Menos de uma alínea não pode ser vetado. Por exemplo, o Presidentenão poderá optar por vetar apenas uma palavra.

§ 3º - Decorrido o prazo de quinze dias , o silêncio doPresidente da República importará sanção.

Lembrando que são quinze dias "úteis". 

§ 4º - O veto será apreciado em sessão conjunta , dentrode trinta dias a contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados eSenadores, em escrutínio secreto.

§ 5º - Se o veto não for mantido, será o projeto enviado, para promulgação, ao Presidente da República.

§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no §4º, o veto será colocado na ordem do dia da sessãoimediata, sobrestadas as demais proposições, até suavotação final. 

Novamente vemos o trancamento da pauta do Congresso. Assimcomo vimos no caso do "Regime de Urgência" e das "Medidas

Provisórias" (vide CF, art. 64 §2º e art. 62 §6º).

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§ 7º - Se a lei não for promulgada dentro de quarenta eoito horas pelo Presidente da República, nos casos dos § 3ºe § 5º, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este nãoo fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senadofazê-lo.

Veja então que a promulgação não é ato exclusivo do Chefe doExecutivo, pois nos casos de sanção tácita e de rejeição do veto se a lei não for promulgada dentro de 48 horas pelo Presidente daRepública, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não ofizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo. 

Considerações doutrinárias e Jurisprudenciais:

•  O veto é um ato político exercível pelo Presidente da República,cabendo a este usá-lo quando entender que o projeto de lei écontrário ao interesse público (veto político) ou inconstitucional

(veto jurídico). Assim, não cabe ao Poder Judiciário apreciar asrazões do veto. Este só poderá deixar de valer em caso deposterior apreciação pelo Legislativo que decida derrubá-lo.

•  Para o Supremo, o veto não se enquadra no conceito de "ato dopoder público" da lei 9882/99 para que possa ser impugnado noJudiciário através de ADPF5 

•  O Supremo não admite retratação do veto, nem a retratação desua derrubada/manutenção pelo Legislativo6.

5  ADPF 1 QO / RJ - RIO DE JANEIRO - 03/02/2000

6  ADI 1254 / RJ - RIO DE JANEIRO - 09/12/1999 

Recebimento doprojeto pelo

Presidente da Rep.

15 DiasÚTEIS

Prazo para comunicarao Presidente doSenado os motivos doveto, caso ocorra.

48 horas

Prazo paravetar/sancionar, se oPresidente não semanifestar, importará em

sanção tácita. 

30 Dias

Neste prazo, o CN apreciará o veto emsessão conjunta a contar de seurecebimento, só podendo ser rejeitadopelo voto da maioria absoluta dosDeputados e Senadores, em escrutíniosecreto. Se nesse prazo não acontecer adeliberação, o veto será colocado naordem do dia da sessão imediata,sobrestadas as demais proposições, atésua votação final.

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•  É admissível o controle jurisdicional sobre o veto dado de formaintempestiva (veto dado após os 15 dias úteis), pois em talsituação já ocorreu sanção tácita e está precluso o direito deexercer o veto7.

51.  (FGV/Advogado-Senado/2008) O projeto de lei que tenhasido aprovado nas duas casas legislativas será encaminhado aoPresidente da República para sanção. Se o chefe do Poder Executivoconsiderar o projeto inconstitucional ou contrário ao interessepúblico, vetá-lo-á, no prazo de quinze dias úteis, contados da data dorecebimento. A Constituição proíbe o veto parcial do projeto, emrazão do risco de desvirtuamento decorrente da supressão de apenasalguns artigos da lei aprovada. O veto poderá ser derrubado emsessão conjunta das casas legislativas, pelo voto secreto da maioriaabsoluta dos Deputados e Senadores.

Comentários:

A questão até se iniciou de forma correta ao dizer: “O projeto de leique tenha sido aprovado nas duas casas legislativas seráencaminhado ao Presidente da República para sanção. Se o chefe doPoder Executivo considerar o projeto inconstitucional ou contrário aointeresse público, vetá-lo-á, no prazo de quinze dias úteis, contadosda data do recebimento”, já que isso é o que dispõe o art. 66, § 1º.

Porém, a questão erra ao concluir que a “a Constituição proíbe o vetoparcial do projeto”, já que o próprio art. 66, § 1º, bem como o § 2º,preveem tal possibilidade:

§ 1.º – Se o Presidente da República considerar o projeto,no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário aointeresse público, vetá-lo-á total ou parcialmente , no prazo de quinze dias úteis, contados da data dorecebimento, e comunicará, dentro de quarenta e oitohoras, ao Presidente do Senado Federal os motivos do veto.

§ 2.º – O veto parcial somente abrangerá texto integral deartigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

Gabarito: Errado.

52.  (CESGRANRIO/Advogado-SEMSA-Manaus/2005) O vetopresidencial de artigo de projeto de lei poderá ser rejeitado pelo votode(a):

(A) 3/5 (três quintos) dos membros do Senado Federal.

7Idem.

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(B) 3/5 (três quintos) dos Deputados e Senadores, em votaçãoconjunta.

(C) maioria absoluta dos membros do Senado Federal.

(D) maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em votação

conjunta.(E) maioria simples dos Deputados e Senadores, em votaçõessucessivas na Câmara e no Senado.

Comentários:

Cabe ao Presidente promover o "desfecho" da deliberação sobre oprojeto de lei através de sua sanção ou veto. O veto do Presidentepode ser de 2 tipos:

Veto Político - O Presidente veta o projeto por entender que ele é

contrário ao interesse público.Veto Jurídico - O Presidente veta o projeto por entender que ele éinconstitucional.

O veto do Presidente não é absoluto, pois poderá ser derrubado peloCongresso. Segundo o art. 66 § 4º, o veto será apreciado em sessãoconjunta, dentro de 30 dias a contar de seu recebimento, só podendoser rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos Deputados eSenadores, em escrutínio secreto.

Gabarito: Letra D.

53.  (CESGRANRIO/SEAD-AM/2005) O processo legislativoconsiste em um conjunto de atos pré-ordenados visando à criação denormas de Direito, sendo INCORRETO afirmar que:

(A) o veto parcial do Presidente da República somente abrangerátexto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

(B) a Constituição poderá ser emendada se obtiver, em cada Casa doCongresso Nacional e em dois turnos, votação correspondente a trêsquintos dos votos de seus respectivos membros.

(C) a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de umquinto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou doSenado Federal.

(D) não se admite proposta de emenda à Constituição que objetiveabolir a separação dos Poderes.

(E) não se admite proposta de emenda à Constituição que objetiveabolir a forma federativa de Estado.

Comentários:

Letra A - Correto. O Presidente, quando for vetar um projeto de lei,não poderá vetar o uso de uma palavra ou expressão. Se quiser vetar

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tem que vetar pelo menos uma alínea inteira, já que segundo o art.66 § 2º, o veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo,de parágrafo, de inciso ou de alínea.

Letra B - Correto. É uma limitação procedimental à "reforma

constitucional", que podemos encontrar no art. 60 § 2º: A propostaserá discutida e votada em cada Casa do CN, em 2 turnos,considerando-se aprovada se obtiver, em ambos, 3/5 dos votos dosrespectivos membros.

Letra C - ERRADO. Vimos que segundo o art. 60 da CF, a Constituiçãosó poderá ser emendada mediante proposta:

I.  De 1/3, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputadosou do Senado;

II.  Do Presidente da República;

III.  De mais da metade das Assembléias Legislativas, commaioria relativa em cada uma delas.

Letra D e Letra E - Corretas. Tratam-se de cláusulas pétreasexpressas no art. 60 §4º da CF, sendo limitações materiais ao poderde reforma da Constituição.

Gabarito: Letra C.

54.  (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) A

possibilidade de veto do Presidente da República a projeto de leiaprovado pelo Congresso Nacional deve ser exercida no prazomáximo de quinze dias, contados da data do recebimento daproposição pelo Poder Executivo, sob pena de se considerar o projetode lei sancionado tacitamente.

Comentários: 

Será em 15 dias úteis (CF, art. 66 §1º).

Gabarito: Errado.

55.  (ESAF/PFN/2006) O Presidente da República pode, desdeque se atenha ao prazo de veto de que dispõe constitucionalmente,voltar atrás na sanção e vetar um projeto lei.

Comentários: 

Uma vez sancionado o projeto de lei, não poderá vetá-lo.

Gabarito: Errado.

56.  (FCC/Analista - MPE-SE/2010) Em matéria de processolegislativo, é certo que:

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a) Não cabe o veto por inconstitucionalidade em razão da análiseprévia da Comissão legislativa competente e por ser passível derejeição.

b) A sanção é competência privativa do Chefe do Executivo, salvo nos

casos de lei delegada, cuja sanção é legislativa.c)A ausência de sanção expressa no prazo de 15 ( quinze ) diasimplica na caducidade ou prescrição do projeto de lei.

d) O veto constitui ato político do Chefe do Executivo, sendoinsuscetível de controle judicial, restrição aplicável tanto no vetopolítico como no jurídico.

e) A promulgação da lei é ato exclusivo do Chefe do Executivo,inclusive nos casos de sanção tácita e de rejeição do veto.

Comentários: 

Letra A - Errado. Existe sim o veto por inconstitucionalidade, é ochamado "veto jurídico" do presidente.

Letra B - Errado. Não há sanção sobre leis delegadas, pois ela éelaborada pelo Presidente da República, que a promulga e envia parapublicação.

Letra C - Errado. A ausência de sanção ou veto nos 15 dias úteisimplica em sanção tácita, restando precluso o poder de exercício doveto em momento posterior.

Letra D - Correto. A questão obviamente trouxe a "regra". O veto emsi, como ato político, não se submete ao controle jurisdicional, poisestá no âmbito da discricionariedade do Presidente da República. Aexceção seria no caso do veto intempestivo (feito fora do prazoconstitucional), quando, por ser nulo, poderia ser submetido aocontrole jurisdicional.

Letra E - Errado. A promulgação não é ato exclusivo do Chefe doExecutivo, pois Constituição estabelece no seu art. 67, § 7º que se alei não for promulgada dentro de quarenta e oito horas peloPresidente da República, nos casos de sanção tácita e de rejeição do

veto, o Presidente do Senado a promulgará, e, se este não o fizer emigual prazo, caberá ao Vice-Presidente do Senado fazê-lo.

Gabarito: Letra D.

Regime de Urgência (Processo Legislativo Sumário)

§ 1º - O Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de sua iniciativa.

§ 2º Se, no caso do § 1º, a Câmara dos Deputados e o

Senado Federal não se manifestarem sobre a proposição,cada qual sucessivamente, em até quarenta e cinco dias,

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sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativas darespectiva Casa, com exceção das que tenham prazoconstitucional determinado, até que se ultime a votação.

Veja que o pedido de urgência não precisa ser para projetos de

iniciativa privativa, basta que o Presidente tenha tomado a iniciativado projeto, independentemente da matéria tratada. 

Percebemos na Constituição 3 possibilidades para o trancamento dapauta (sobrestamento das deliberações legislativas):

1- Medida provisória não deliberada em 45 dias (CF, art. 62 §6º);

2- Projetos com de iniciativa Presidente da República com pedidos deurgência, não deliberadas em 45 dias.

3- Não deliberação do Congresso, em 30 dias, sobre a manutençãoou derrubada do veto presidencial ao projeto de lei (CF, art. 66 §6º).

§ 3º - A apreciação das emendas do Senado Federal pelaCâmara dos Deputados far-se-á no prazo de dez dias ,observado quanto ao mais o disposto no parágrafo anterior.

§ 4º - Os prazos do § 2º não correm nos períodos derecesso do Congresso Nacional, nem se aplicam aos projetos de código.

Importante dispositivo: não se pode pedir esta urgência para seapreciar projetos de código, exemplo: Código Civil, Penal etc.

57.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) A disciplinasobre a discussão e instrução do projeto de lei é confiada,fundamentalmente, aos Regimentos das Casas Legislativas. O projetode lei aprovado por uma casa será revisto pela outra em um só turnode discussão e votação. Não há tempo prefixado para deliberação dasCâmaras, salvo quando o projeto for de iniciativa do Presidente e esteformular pedido de apreciação sob regime de urgência (Constituição,art. 64, § 1.º ).

Comentários:

Proposta a lei no Congresso, ela será apreciada conforme o regimentointerno da Casa. A Casa que receber a proposta deverá iniciar adeliberação, sem que se estabeleça um prazo para terminá-la.Porém, o Presidente da República, usando a atribuição do art. 64, §1.º, poderá solicitar que um projeto do qual ele tenha tomada ainiciativa seja deliberado em “regime de urgência”. Assim, adeliberação deverá ocorrer em 45 dias, sob pena de ficaremsobrestadas todas as demais deliberações legislativas da respectivaCasa, com exceção das que tenham prazo constitucional

determinado, até que a votação termine (CF, art. 64, § 2.º).Gabarito: Correto.

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58.  (FGV/Advogado-Senado/2008) Os projetos de lei deiniciativa do Presidente da República com pedido de urgência natramitação devem ser apreciados, inicialmente pela Câmara dos

Deputados, e depois pelo Senado Federal, no prazo sucessivo dequarenta e cinco dias. Ultrapassado tal prazo, ficam sobrestadas asdemais deliberações legislativas da respectiva casa, com exceção dasque tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime avotação. Os prazos de quarenta e cinco dias não correm nos períodosde recesso do Congresso nacional.

Comentários:

A questão trouxe com exatidão o Processo Legislativo Sumário,que é feito em “regime de urgência”. Isso é fundamentado pelo art.64, §§ 1º, 2º e 4º, da Constituição. 

Gabarito: Correto.

59.  (FCC/Juiz Substituto - TJ - RR/2008) Projeto de leiordinária de iniciativa do Presidente da República, visando à criaçãode cargos e empregos públicos na administração direta e autárquicafederal, tramita em regime de urgência, em atendimento à solicitaçãodo próprio Chefe do Poder Executivo federal. Nessa hipótese,

a) o projeto de lei não deveria submeter-se a procedimento de

urgência, pois a Constituição impede que o Presidente da República asolicite em proposições de sua iniciativa.

b) terão as Casas do Congresso Nacional o prazo de quarenta e cincodias, cada qual, para se manifestar sobre a proposição, sob pena desobrestamento das demais deliberações legislativas da Casarespectiva, exceto as que tenham prazo constitucional determinado,até o fim da votação.

c) padece o projeto de lei de vício de iniciativa, uma vez que nãodispõe o Presidente da República de legitimidade para a apresentaçãode proposições que visem à criação de cargos e empregos públicos naadministração autárquica federal.

d) a matéria sobre a qual versa a proposição legislativa é reservada àlei complementar, sendo por essa razão o projeto de lei incompatívelcom a Constituição da República.

e) a discussão e votação do projeto de lei terão início no SenadoFederal, por se tratar de proposição legislativa de iniciativa privativado Presidente da República.

Comentários:

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A questão trata basicamente do regime de urgência ou processolegislativo sumário, encontrado na Constituição Federal no art. 64§§ 1º e 2º.

Letra A - Errado. Segundo a Constituição em seu art. 64 §1º: o

Presidente da República poderá solicitar urgência para apreciação deprojetos de sua iniciativa. Esse pedido de urgência não precisa serpara projetos de iniciativa privativa, basta que o Presidente tenhatomado a iniciativa do projeto, independentemente da matériatratada.

Letra B - Correto. Segundo a Constituição em seu art. 64 § 2º: se aCâmara dos Deputados e o Senado Federal não se manifestaremsobre a proposição, cada qual sucessivamente, em até quarenta ecinco dias, sobrestar-se-ão todas as demais deliberações legislativasda respectiva Casa, com exceção das que tenham prazo

constitucional determinado, até que se ultime a votação.Letra C - Errado. Essa matéria não só pode ser tratada por lei deiniciativa do Presidente da República, como é uma matéria deiniciativa PRIVATIVA dele, já que está relacionada no art. 61 §1º.

Letra D - Errado. Essa matéria não é reservada à lei complementar,pois quando isso ocorre, a própria constituição já cita que ela serátratada por lei complementar, o que não é o caso (vide art. 61 §1º,II, a.

Letra E - Errado. Segundo a Constituição em seu art. 64: a discussão

e votação dos projetos de lei de iniciativa do Presidente da República,do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Superiores terão iníciona Câmara dos Deputados. Assim, em regra, a casa iniciadora é aCâmara dos Deputados, sendo exceção somente, quando a iniciativada lei for tomada por Senador ou comissão do Senado, quando então,o Senado Federal será a iniciadora.

Gabarito: Letra B.

60.  (CESPE/Procurador-TCE-BA/2010) O presidente da

República só pode solicitar urgência para apreciação de projetos desua iniciativa, seja privativa, seja concorrente.

Comentários:

Isso mesmo, a faculdade do Presidente para solicitar urgência surgepara projetos nos quais ele tenha tomado iniciativa, independente damatéria tratada pelo projeto ser ou não de sua iniciativa privativa.

Gabarito: Correto.

61.  (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) OPresidente da República poderá solicitar urgência para apreciação de

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projeto de lei de sua iniciativa, mesmo que a matéria constante daproposição não seja reservada a leis de sua iniciativa privativa.

Comentários:

Segundo o art. 64 §1º, basta que os projetos sejam de sua iniciativa,

independentemente da matéria estar arrolada ou não no art. 61§1º,como sendo de sua competência privativa.

Gabarito: Correto.

62.  (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) No caso deser solicitada, pelo Presidente da República, urgência para apreciaçãodo projeto do Código de Direito Administrativo dos TerritóriosFederais, que é de sua iniciativa, a Casa em que estiver tramitando aproposição deverá sobre ela deliberar, em até quarenta e cinco dias,

sob pena de se sobrestarem as demais deliberações legislativas darespectiva Casa.

Comentários: 

Tal prazo da urgência não se aplica a projetos de códigos, conformedispõe o art. 64 §4º, in fine.

Gabarito: Errado. 

Princípio da irrepetibilidade para leis

 Art. 67. A matéria constante de projeto de lei rejeitadosomente poderá constituir objeto de novo projeto, namesma sessão legislativa, mediante proposta da maioriaabsoluta dos membros de qualquer das Casas do CongressoNacional.

Aqui, nos deparamos novamente com o princípio da irrepetibilidade,mas, de forma relativa, diferente do que ocorre para as EmendasConstitucionais e para as Medidas Provisórias. 

Lembrando mais uma vez que: as bancas organizadoras costumam

trocar a expressão "sessão legislativa" por "legislatura", tornandoincorreta a questão. 

63.  (CESPE/Procurador-TCE-BA/2010) Se um projeto de lei forrejeitado em uma das casas do Congresso Nacional, a matéria deleconstante somente poderá ser objeto de novo projeto, no mesmo anolegislativo, mediante proposta de dois terços dos membros dequalquer das casas legislativas. 

Comentários:

O correto seria "maioria absoluta".

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Gabarito: Errado.

Medidas Provisórias:

 Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente daRepública poderá adotar medidas provisórias, com força delei, devendo submetê-las de imediato ao CongressoNacional.

As MPs são uma inovação da Constituição de 1988, são atos comforça de lei que vão viger apenas por um tempo determinado. Elasentram em vigor assim que são editadas devido à sua urgência,porém de imediato são remetidas ao Congresso Nacional para que sefaça o chamado “Projeto de Conversão” o qual, se deliberado eaprovado pelo Congresso Nacional transformar-se-á em uma lei

ordinária, aí sim com caráter permanente. Destaca-se oposicionamento do Supremo, no qual o Presidente sequer podedecidir sobre a “retirada” da medida que já esta em vigor, pois, comforça de lei, só poderia deixar de vigorar através de uma revogaçãopor um ato de mesma ou superior hierarquia.8 

Em princípio, não caberia ao Poder Judiciário verificar se os requisitosde relevância e urgência foram respeitados, conforme verificamos naspalavras do Supremo9: “... os conceitos jurídicos indeterminados de'relevância' e 'urgência' (...) apenas em caráter excepcional sesubmetem ao crivo do Poder Judiciário, por força da regra da

separação de poderes (art. 2º da CF). Porém, o STF lembra que “acrescente apropriação institucional do poder de legislar, por parte dossucessivos Presidentes da República, tem despertado gravespreocupações de ordem jurídica, em razão do fato de a utilização ex-cessiva das medidas provisórias causarem profundas distorções (...)entre os Poderes Executivo e Legislativo” 10.

Um ponto que se faz importante salientar é o fato de que embora alei de conversão seja uma lei ordinária, aparentemente distinta da MPque a precedeu, o STF tem se manifestado no sentido de que a lei deconversão não convalida os vícios porventura existentes na medida

provisória11. Assim, se a medida provisória era inconstitucional, nulatambém será a lei de conversão.

Outro conhecimento cobrado em concursos é o fato de, por ser a me-dida de vigência apenas provisória, ela não revoga outras leis, masapenas suspende temporariamente uma lei anterior a ela quedisponha sobre a mesma matéria. Quem poderá vir a promover

8ADI 2.984-MC

9ADC 11-MC, julgada em 28-3-07 

10ADI 2.213-MC

11STF – ADI–MC 4048 / DF /2008

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revogações será apenas a posterior lei de conversão que citamosanteriormente, pois esta, sim, é permanente.

Limitações

§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobrematéria:

I - relativa a:

a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral;

b) direito penal, processual penal e processual civil;

c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, acarreira e a garantia de seus membros;

d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento ecréditos adicionais e suplementares, ressalvado o previstono art. 167, § 3º;

O citado art. 167, § 3º, trata dos chamados créditos extraordinários,que são abertos em caso de despesas imprevisíveis e urgentes, aressalva é feita, pois estes créditos são abertos justamente pormedidas provisórias, não se admitindo o uso destas para nenhumaoutra matéria orçamentária.

II - que vise a detenção ou seqüestro de bens, de poupança

 popular ou qualquer outro ativo financeiro;III - reservada a lei complementar;

IV - já disciplinada em projeto de lei aprovado peloCongresso Nacional e pendente de sanção ou veto doPresidente da República.

Observe que matéria que está em discussão no Legislativo, pode serobjeto de MP. Só não poderão aquelas matérias já aprovadas noLegislativo, mas pendentes de sanção ou veto.

Observação: Constantemente os concursos cobram se a medidaprovisória pode ou não tratar de sobre matéria tributária. Veja queisso é perfeitamente possível, já que "matéria tributária" não seencontra entre as vedações do art. 62 §1º. Porém, é importanteressaltar um detalhe: o art. 146 da Constituição diz que cabe à "leicomplementar" dispor sobre as "normas gerais de matéria tributária".

Sabemos que MP não pode tratar de assunto reservado à leicomplementar, logo temos o seguinte:

• 

Matéria Tributária, inclusive instituição de tributos - Podeser tratada por MP;

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•  Normas gerais sobre matéria tributária - Não pode sertratada por MP, pois é reservada à lei complementar.

Assim, é necessário, que os candidatos se atentem aquestionamentos indiretos, sobre o tema. Por exemplo, outra

pergunta que poderia ser feita em concurso é a seguinte: Pode serinstituída medida provisória para regulamentar a proteção deemprego disposta no art. 7, I da Constituição? Não, pois se trata dematéria de lei complementar (aliás é o único direito dos trabalhadoresque deve ser regulamentado por lei complementar).

Outra vedação:

(Art. 246) → É vedado adotar Medida Provisória pararegulamentar artigo da CF cuja redação tenha sido alterada

 por meio de emenda promulgada entre 1º de janeiro de1995 (EC 05/95) até a promulgação da EmendaConstitucional 32/01, inclusive.

Instituição de tributos por Medida Provisória

É plenamente válido, pois, a MP é instrumento que, como já foi dito,cumpre o princípio da Legalidade, porém temos uma restrição.

§ 2º Medida provisória que implique instituição oumajoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I,

II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercíciofinanceiro seguinte se houver sido convertida em lei até oúltimo dia daquele em que foi editada.

Esses artigos citados tratam dos impostos regulatórios - II, IE,IPI e IOF - do imposto imprevisível - IEG.

Muitos concursos cobram esta passagem, porém, troca-se a palavra“impostos” por “tributos”, deixando-a incorreta, já que “impostos” é apenas uma das espécies de tributos.

Vigência, votação e efeitos

É necessário ler com atenção estes parágrafos, mas façam oseguinte, dêem uma passada de olhos rápida para ver de que setrata, depois veja a linha do tempo que coloquei logo abaixo e apósanalisar calmamente a linha do tempo, faça novamente uma leitura,agora mais atenta, dos dispositivos:

§ 3º As medidas provisórias, ressalvado o disposto nos §§11 e 12  perderão eficácia, desde a edição , se não foremconvertidas em lei no prazo de 60 dias, prorrogável, nostermos do § 7º, uma vez por igual período , devendo o

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Congresso Nacional disciplinar, por decreto legislativo, asrelações jurídicas delas decorrentes.

§ 4º O prazo a que se refere o § 3º contar-se-á da publicação da medida provisória, suspendendo-se durante

os períodos de recesso do Congresso Nacional .§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do CongressoNacional sobre o mérito das medidas provisórias dependeráde  juízo prévio sobre o atendimento de seus pressupostosconstitucionais (relevância e urgência).

§ 6º Se a medida provisória não for apreciada em atéquarenta e cinco dias contados de sua publicação, entraráem regime de urgência, subseqüentemente, em cada umadas Casas do Congresso Nacional, ficando sobrestadas, atéque se ultime a votação, todas as demais deliberaçõeslegislativas da Casa em que estiver tramitando.("trancamento da pauta")

§ 7º Prorrogar-se-á uma única vez por igual período avigência de medida provisória que, no prazo de sessentadias, contado de sua publicação, não tiver a sua votaçãoencerrada nas duas Casas do Congresso Nacional.

§ 8º As medidas provisórias terão sua votação iniciada naCâmara dos Deputados. 

§ 9º Caberá à comissão mista de Deputados e Senadoresexaminar as medidas provisórias e sobre elas emitir  parecer, antes de serem apreciadas, em sessão separada , pelo plenário de cada uma das Casas do CongressoNacional.

§ 10. É vedada a reedição, na mesma  sessão legislativa ,de medida provisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficácia por decurso de prazo.

Aqui está novamente o princípio da irrepetibilidade, de formaabsoluta, da mesma forma que ocorre para as Emendas

Constitucionais. Lembrando que no caso de "leis" este princípio érelativizado se houver iniciativa da maioria absoluta dos membros daCasa, porém, no caso das medidas provisórias ou emendasconstitucionais, não há esta possibilidade.

Lembrando ainda que: as bancas organizadoras costumam trocar aexpressão "sessão legislativa" por "legislatura", tornando incorreta aquestão.

§ 11. Não editado o decreto legislativo a que se refere o §3º até sessenta dias após a rejeição ou perda de eficácia de

medida provisória, as relações jurídicas constituídas e

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decorrentes de atos praticados durante sua vigênciaconservar-se-ão por ela regidas.

§ 12. Aprovado projeto de lei de conversão alterando otexto original da medida provisória , esta manter-se-á

integralmente em vigor até que seja sancionado ou vetado o projeto.

Como vimos, a medida provisória, embora tenha força de lei, possuivigência temporária. Assim, após a apreciação de seu mérito pelasCasas do Congresso Nacional, elabora-se um projeto de "lei deconversão" para converter a medida provisória em lei (ordinária) eassim, a norma, antes provisória, se tornará definitiva. Caso esteprojeto de conversão mantenha o teor da medida inalterado, ou façaapenas alterações formais, sem alterar a substância da medida, nãohá necessidade de voltar ao Presidente para sanção ou veto, já que

foi o próprio Presidente que a editou e a sua intenção não foimodificada pelo Congresso. Mas, caso seja alterado a substância damedida, a lei de conversão só começará a surtir efeitos quando oPresidente fizer o seu juízo de sanção ou veto, para ratificar ou nãoas alterações que o Congresso promoveu.

Linha do tempo das medidas provisórias:

OBS – Lembrando que esses prazos serão suspensos noperíodo de recesso parlamentar (CF, art. 62 §4º).

Publicação

Prorrogaçãoautomática caso avotação não tenhasido encerrada.

45 Dias

60 Dias

Se a MP não for votada

até aqui, via de regra,perde a eficácia dede asua edição

60 Dias

Se até aqui a MP não for votada,ela entra em regime deurgência, subseqüentemente,

em cada Casa do CN, trancandoa pauta, assim ficarãosobrestadas, até que se ultime avotação, todas as demaisdeliberações legislativas da Casaem que estiver tramitando.

60 Dias

Neste prazo, deve-se editar umDecreto Legislativo para regularas relações da MP que foi

rejeitada ou perdeu a eficácia pordecurso de prazo. Não editado,as relações jurídicas constituídase decorrentes de atos praticadosdurante sua vigência conservar-se-ão por ela regidas.

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64.  (FGV/Advogado-CODEBA/2010) De acordo com o princípioda legalidade, apenas a lei decorrente da atuação exclusiva do PoderLegislativo pode originar comandos normativos prevendocomportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto,da participação normativa do Poder Executivo.

Comentários:

O art. 62 da Constituição prevê a possibilidade da edição de medidasprovisórias, espécie normativa com a mesma força das leis e que é deuso exclusivo do Presidente da República.

Gabarito: Errado.

65.  (FGV/OAB/2010.3) Assinale a alternativa que contemplematéria para cuja disciplina é vedada a edição de medida provisória.

(A) Instituição ou majoração de impostos.

(B) Abertura de crédito extraordinário, ainda que para atendimento adespesas imprevisíveis e urgentes.

(C) Normas gerais de licitações e contratos administrativos.

(D) Partidos políticos e direito eleitoral.

Comentários:

As vedações à edição de medida provisória encontram-se no art. 62§1º da Constituição.

Letra A – Errado. É plenamente possível a instituição ou majoraçãode impostos por medida provisória (salvo os que dependem de leicomplementar), devemos, no entanto, lembrar de uma restrição.

§ 2º Medida provisória que implique instituição oumajoração de impostos , exceto os previstos nos arts.153, I, II, IV, V, e 154, II (são os impostos regulatórios -imposto de importação, imposto de exportação, impostosobre produtos industrializados e imposto extraordinário deguerra),  só produzirá efeitos no exercício financeiro

 seguinte se houver sido convertida em lei até o últimodia daquele em que foi editada. 

Letra B – Errado. A abertura de créditos extraordinários noorçamento é justamente feito por medidas provisórias.

Letra C – Errado. Não existe tal vedação no art. 62 §1º.

Letra D – Correto. É vedada medida provisória sobre partidospolíticos e direito eleitoral, por expressa previsão do art. 62, §1º daConstituição.

Gabarito: Letra D

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66.  (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2011) Suponha que, em setembro de2010, o Presidente da República tenha editado medida provisóriamajorando a alíquota de determinado imposto. Nesse caso, é corretoafirmar que a medida provisória é

a) constitucional, mas só produzirá efeito em 2011 se tiver sidoconvertida em lei em 2010.

b) inconstitucional, pois medida provisória não pode dispor sobrematéria reservada a lei complementar.

c) constitucional e produz efeito imediatamente após a sua edição.

d) inconstitucional, pois medida provisória não pode dispor sobredireito tributário.

e) inconstitucional, pois medida provisória pode instituir tributo, masnão pode alterar alíquota.

Comentários:

Como sabemos, é perfeitamente possível tratar sobre matériatributária usando medidas provisórias, inclusive para instituir oumajorar tributos, salvo aqueles que dependem de lei complementar.

Dentre os tributos, existe uma restrição em se tratando dos “impostos”:

§ 2º Medida provisória que implique instituição oumajoração de impostos , exceto os previstos nos arts.

153, I, II, IV, V, e 154, II (são os impostos regulatórios -imposto de importação, imposto de exportação, impostosobre produtos industrializados e imposto extraordinário deguerra),  só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o últimodia daquele em que foi editada. 

Gabarito: Letra A.

67.  (FGV/OAB/2010.2) Sobre o instrumento jurídico denominado

Medida Provisória que não é lei, mas tem força de lei, assinale aafirmativa correta.

(A) A sua eficácia dura sessenta dias contados da publicação,podendo a medida ser prorrogada apenas duas vezes, ambas porigual período.

(B) Se a Medida Provisória perder eficácia por decurso de prazo ou,em caráter expresso, for rejeitada pelo Congresso Nacional, vedadaserá sua reedição na mesma sessão legislativa.

(C) A não apreciação pela Câmara dos Deputados e, após, pelo

Senado Federal, no prazo de 45 dias contados da publicação, tem

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como conseqüência apenas o sobrestamento da deliberação dosprojetos de emenda à Constituição.

(D) A edição de Medida Provisória torna prejudicado o projeto de leique disciplina o mesmo assunto e que, a par de já aprovado pelo

Congresso Nacional, está pendente de sanção ou veto do Presidenteda República.

Comentários:

Letra A – Errado. A prorrogação de medida provisória só pode ocorreruma única vez.

Letra B – Correto. É o princípio da irrepetibilidade, previsto no art. 62§10º da Constituição.

Letra C – Errado. Segundo o art. 62 §6º da Constituição, serãosobrestadas todas as demais deliberações legislativas da Casa em

que estiver tramitando.Letra D – Errado. A medida provisória é uma norma temporária, nãoprejudica projeto de lei. Ademais, é vedada a edição de medidaprovisória já disciplinada em projeto de lei aprovado pelo CongressoNacional e pendente de sanção ou veto do Presidente da República(CF, art. 62 §1º, IV).

Gabarito: Letra B.

68. 

(FGV/Advogado-Senado/2008) Em caso de relevância eurgência, o Presidente da República poderá adotar medidasprovisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato aoCongresso Nacional. As medidas provisórias perderão eficácia, desdea edição, se não forem convertidas em lei no prazo de trinta dias. OPresidente da República poderá reeditar medida provisória que nãotenha sido apreciada pelo Congresso Nacional, desde que aindaestejam presentes os requisitos da relevância e urgência, Após aquinta reedição, a medida provisória não apreciada será havida comorejeitada, cabendo ao Presidente da República, por decreto, regularas relações jurídicas dela decorrentes.

Comentários:

É verdade que, em caso de relevância e urgência, o Presidente daRepública poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional, pois assimdispõe o art. 62 da Constituição. No entanto, o restante do texto doitem contraria completamente os parágrafos de tal artigo.

Versa o §3º que as medidas provisórias perderão eficácia, desde aedição, se não forem convertidas em lei no prazo de sessenta dias,

prorrogável uma vez por igual período, o que já mostra o primeiroerro do item (ele fala em 30 dias).

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A questão erra ainda mais ao falar em reiteradas reedições (até aquinta), o que é completamente fora da realidade, já que aprorrogação da medida só se faz uma única vez, caso não sejavotada dentro dos 60 dias pelo Congresso, e essa prorrogação éautomática (CF, art. 62, §7º).

Gabarito: Errado.

69.  (FCC/AJEM-TRF1ª/2011) Em caso de relevância e urgência,o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, comforça de lei, devendo submetê-las de imediato ao CongressoNacional, sendo que:

a) se a medida provisória não for apreciada em até trinta e cinco diascontados de sua publicação, entrará em regime de urgência,

subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional,ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demaisdeliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

b) a deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobreo mérito das medidas provisórias não dependerá de juízo préviosobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.

c) é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medidaprovisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficáciapor decurso de prazo.

d) prorrogar-se-á por duas vezes por iguais períodos a vigência demedida provisória que, no prazo de sessenta dias, contados de suapublicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas doCongresso Nacional.

e) caberá à comissão exclusiva de Deputados examinar as medidasprovisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas,em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas doCongresso Nacional.

Comentários:

Letra A – Errado. Não existe prazo constitucional de 35 dias...! Ocorreto seria 45 dias.

Letra B – Errado. As Casas Legislativas, antes de iniciarem o julgamento do mérito da medida provisória, devem deliberar se oPresidente realmente atendeu aos requisitos constitucionais para aedição da medida.

Letra C – Correto. Diferentemente das leis, o princípio dairrepetibilidade para medidas provisórias ocorre de forma absoluta,da mesma forma que temos para as Emendas Constitucionais. Eu

digo que é diferente das leis (complementares e ordinárias), pois,

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para elas este princípio é relativizado se houver iniciativa da maioriaabsoluta dos membros da Casa.

Letra D – Errado. A prorrogação é uma única vez (60 + 60 dias).

Letra E – Errado. Será uma comissão mista, nos termos do art. 62

§9º da Constituição Federal.Gabarito: Letra C. 

70.  (FCC/PGE-RO/2011) Com relação ao processo legislativo, écorreto afirmar:

a) O Presidente da República pode pedir a retirada da medidaprovisória remetida ao Congresso Nacional a qualquer momento,mesmo após a sua publicação no Diário Oficial.

b) Tanto a medida provisória, quanto a lei delegada, atos normativosde competência primária do Presidente da República, têm validadetemporária e limitada à sessenta dias, prorrogáveis por igual prazo, acontar de sua edição.

c) Os Estados e os Municípios não podem editar medida provisória,ato excepcional previsto pela Constituição Federal com validade noâmbito da União.

d) O Estado pode editar medida provisória em caso de relevância eurgência, desde que a Constituição Estadual preveja expressamente a

possibilidade.e) A conversão de medida provisória em lei faz com que sejamsanadas automaticamente eventuais questões sobre vícios deinconstitucionalidade dos fundamentos de relevância e urgênciaalegados judicialmente.

Comentários: 

Letra A – Errado. Segundo o STF, o presidente da República nãopoderá “voltar atrás”, retirando a MP editada.

Letra B – Errado. Somente a MP, por ser “provisória”, tem prazo de

vigência fixado. A lei delegada é uma lei permanente como qualquerlei ordinária, só deixando de viger caso venha a ser revogada.

Letra C – Errado. Segundo o STF, é perfeitamente legítima a adoçãode MP pelos Estados e Municípios (através de ato do Governador ePrefeito, respectivamente), desde que para tanto haja previsão naConstituição do Estado ou na lei orgânica do Município.

Letra D – Correto. Este é o pensamento do STF.

Letra E – Errado. A lei de conversão não supre os vícios deinconstitucionalidade cometidos pela Medida Provisória que a

originou.

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Gabarito: Letra D.

71.  (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O presidente da Repúblicapode editar medida provisória dispondo acerca da fidelidade

partidária.Comentários: 

A Constituição impede a edição de medidas provisórias sobre direitoeleitoral (CF, art. 62, §1º, I, a).

Gabarito: Errado.

72.  (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Oorçamento público rege-se pelo princípio da reserva de lei. Assim, os

orçamentos e os créditos adicionais e extraordinários somente podemser aprovados ou autorizados por meio de lei, não sendo admitida aedição de medida provisória.

Comentários: 

Os créditos extraordinários são justamente abertos por medidaprovisória, nos termos do art. 62, §1º, I, d.

Gabarito: Errado.

73.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Não é possível a adoção de medidaprovisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redaçãotenha sido alterada por meio de emenda constitucional.

Comentários: 

Tal vedação só ocorre por força do art. 246 da Constituição para osartigos alterados por emenda Constitucional entre 1º de janeiro de1995 até a EC 32/01.

Gabarito: Errado.

74.  (ESAF/Advogado-IRB/2006) Uma medida provisóriaaprovada sem alteração do seu texto original não é encaminhada àsanção e promulgação pelo Presidente da República, sendo convertidaem lei e promulgada pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional.Comentários: 

Por “economia” no processo de deliberação, seria paradoxal enviar aMP ao Presidente para que este sancione/vete o projeto de leisubstitutivo, já que não houve alteração do teor que o próprioPresidente colocou no mundo normativo. Assim, caberá ao Presidente

do Senado (= Presidente da Mesa do CN) promulgar a lei, devendo

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enviá-la ao Presidente da República apenas para que se proceda apublicação da lei de conversão.

Gabarito: Correto.

75.  (ESAF/AFRF/2003) O regime de medidas provisórias, por seruma exceção ao princípio da divisão de poderes, não pode seradotado nos Estados-membros, por falta de explícita previsãoconstitucional para tanto.

Comentários:

Segundo o STF, tantos os Estados quanto os Municípios podemprever a adoção de medidas provisórias em suas Constituições e LeisOrgânicas.

Gabarito: Errado.

76.  (CESGRANRIO/Petrobrás/2008) Considere as afirmativas aseguir, a respeito do regime constitucional das medidas provisórias.

I - A Constituição veda expressamente a edição de medida provisóriasobre direito penal e direito tributário, em razão do princípio dalegalidade em sentido estrito que se deve observar em relação aestas matérias.

II - A edição de uma medida provisória tem como conseqüência a

revogação das normas jurídicas vigentes com ela incompatíveis.III - É vedada a edição de medida provisória em matéria reservada alei complementar.

IV - Se a regulação das relações advindas de medida provisória nãoconvertida em lei não se consumar em até 60 dias a contar darejeição ( expressa ) ou da caducidade ( rejeição tácita ), estasrelações hão de se conservar regidas pela medida provisória, aindaque esta não se encontre mais em vigor.

Estão corretas APENAS as afirmativas

a) I e II

b) I e III

c) II e IV

d) III e IV

e) I, III e IV

Comentários:

Item I - Errado. Não existe vedação para que a medida provisória

trate de matéria tributária segundo o art. 62 §1º.

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Item II - Errado. Por ser a medida de vigência apenas provisória, elanão revoga outras leis, mas apenas suspende temporariamente umalei anterior a ela que disponha sobre a mesma matéria. Quem poderávir a promover revogações será apenas a posterior lei de conversão,pois esta, sim, é permanente.

Item III - Correto. MP não pode tratar de matéria reservada a leicomplementar, vide o art. 62 §1º.

Item IV - Correto. Quando a banca fala: "se a regulação não seconsumar", é a mesma coisa que ela dissesse: "se o decretolegislativo não for expedido". Ou seja, esse decreto tem que serexpedido em 60 dias para regular as relações da MP que expirou oufoi rejeitada, senão as relações que ela regeu em seu período devigência, continuarão sendo mantidas.

Gabarito: Letra D.

77.  (CESGRANRIO/Advogado-Casa da Moeda/2005) AConstituição Federal permite a edição de medidas provisórias sobrematéria relativa a:

(A) nacionalidade.

(B) direitos políticos.

(C) direito eleitoral.

(D) direito tributário.(E) organização do Poder Judiciário.

Comentários:

Questão "manjada" e muito cobrada em provas. Não há vedação queimpeça o uso de medida provisória na regulamentação de matériatributária, pois não encontramos tal matéria no art. 62 §1º.

Gabarito: Letra D.

As Medidas Provisórias editadas antes da Emenda Constitu-cional no 32/2001

Antes da Emenda Constitucional 32, as medidas provisórias erammuito menos regulamentadas, o que permitia um uso indiscriminadode tais medidas, que, caso não fossem apreciadas pelo Congresso,poderiam ser reeditadas dentro do seu prazo de eficácia (na época,30 dias), mantendo integralmente seus efeitos.

O art. 62 contava com apenas seu caput  e um parágrafo único. AEmenda Constitucional 32/01 detalhou na própria Constituição

Federal as regras que vimos acima sobre as MPs, incluindo 12parágrafos.

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Por que é importante saber tudo isso? Pois esta EmendaConstitucional 32/01 trouxe em seu art. 2º uma regra de transiçãopara as MPs editadas antes da sua vigência. Então, vamos ver comohouve tal transição:

Antigo caput  do art. 62 e seu parágrafo único→

Em caso derelevância e urgência, o Presidente da República poderá adotarmedidas provisórias com força de lei (…). Parágrafo único. As MedidasProvisórias perderão sua eficácia, desde a edição, se não foremconvertidas em lei no prazo de 30 dias a partir de sua publicação,devendo o Congresso Nacional disciplinar as relações jurídicas deladecorrentes.

Art. 2° da EC 32/2001 → As medidas provisórias editadas em dataanterior à da publicação desta emenda continuam em vigor até que aMedida Provisória posterior as revogue explicitamente ou atédeliberação definitiva do Congresso Nacional.

Vejamos o exemplo da Medida Provisória 2.215, publicada em 31 deagosto de 2001, que dispõe sobre a remuneração dos militares:

78.  (FGV/Juiz Substituto-TJ PA/2009) A respeito doregramento constitucional das medidas provisórias, assinale aafirmativa incorreta.

Publicação

30 Dias

Se a MP não fosse

votada até aqui,

perderia a eficáciadede a sua edição

Prazo indefinido para o CN disciplinar

Publicação em 31 de

Agosto de 2001

30 Dias

Deveria perder sua eficácia, mas não perdeu

e, assim, continuará em vigor com força de lei

por prazo indefinido até que seja revogada ou

que o CN discipline sobre sua vigência

Entrada em vigor da EC 32 em 11 de

Setembro de 2001

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a) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria jádisciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional ependente de sanção ou veto do Presidente da República.

b) A edição de medida provisória para instituição de tributos só será

admitida para atender despesas imprevisíveis e urgentes, como asdecorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

c) Apenas excepcionalmente o Poder Judiciário poderá, no controle deconstitucionalidade da medida provisória, examinar a adequação dosrequisitos de relevância e urgência, por força da regra de separaçãode poderes.

d) A medida provisória não apreciada pelo Congresso Nacional podia,até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seuprazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde aprimeira edição.

e) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medidaprovisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficáciapor decurso de prazo.

Comentários:Letra A – Correto. Segundo a Constituição, art. 62 §1º, IV, é vedadaa edição de medida provisória já disciplinada em projeto de leiaprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou veto doPresidente da República.

Letra B – Errado. A medida provisória tem capacidade plena paratratar de matéria tributária, devendo respeitar apenas os temas quesão exclusivos de lei complementar e a restrição do art. 62 §2.

Letra C – Correto. É possível a análise judicial da medida provisória,caso esta esteja ferindo algum dispositivo constitucional. Qualqueranálise judicial, no entanto, é excepcional, pois o Judiciário só irá semanifestar se provocado. Ele não atua, em regra, no processo damedida provisória.

Letra D – Correto. Antes da Emenda Constitucional 32, as medidasprovisórias eram muito menos regulamentadas, o que permitia um

uso indiscriminado de tais medidas, que, caso não fossem apreciadaspelo Congresso, poderiam ser reeditadas dentro do seu prazo deeficácia (30 dias), mantendo integralmente seus efeitos.

Letra E – Correto. É o princípio da irrepetibilidade, previsto no art. 62§10º da Constituição.

Gabarito: Letra B.

79.  (ESAF/PROCURADOR-BACEN/2002) Suponha que uma

medida provisória, cuidando de matéria de Direito Processual Civil,haja sido editada 15 dias antes da promulgação da Emenda

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Constitucional nº32/2001, que reformulou o regime constitucionaldesses instrumentos normativos. Quanto a tal medida provisória, quenão foi até hoje apreciada pelo Congresso Nacional nem foi objeto derevogação por outra norma de semelhante status normativo-hierárquico, é correto afumar que ela deve ser considerada como

estando em vigor, mesmo não tendo sido reeditada depois doadvento da Emenda Constitucional nº 32/2001.

Comentários: 

O respaldo está no art. 2° da EC 32/2001 → As medidas provisóriaseditadas em data anterior à da publicação desta emenda continuamem vigor até que a Medida Provisória posterior as revogueexplicitamente ou até deliberação definitiva do Congresso Nacional.

Gabarito: Correto.

Decretos–Lei

Não existem mais, após a Constituição Federal/88. Está disciplinadono ADCT sobre eles:

 ADCT, art. 25 → Ficam revogados, a partir de 180 dias da promulgação da CF, sujeito este prazo à prorrogação por lei,todos os dispositivos legais que atribuam ou deleguem aórgão do Poder Executivo competência assinalada pelaConstituição ao Congresso Nacional, especialmente no que

tange a:I – ação normativa;

II  – alocação ou transferência de recursos de qualquer espécie.

Assim, neste dispositivo acima, a Constituição Federal proíbe (em 180dias) que haja “leis” sem deliberação pelo Poder Legislativo.

§ 1º → Os decretos-lei em tramitação no CongressoNacional e por este não apreciados até a promulgação daConstituição Federal terão seus efeitos regulados daseguinte forma:I  – se editados até 2 de setembro de 1988, serãoapreciados pelo Congresso Nacional no prazo de até 180dias a contar da promulgação da Constituição Federal, nãocomputado o recesso parlamentar;

II  – decorrido o prazo definido no inciso anterior, e nãohavendo apreciação, os decretos-lei ali mencionados serãoconsiderados rejeitados;

III – nas hipóteses definidas nos incisos I e II, terão plenavalidade os atos praticados na vigência dos respectivos

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decretos-lei, podendo o Congresso Nacional, se necessário,legislar sobre os efeitos deles remanescentes.

§ 2º → Os decretos-lei editados entre 3 de setembro de1988 e a promulgação da Constituição serão convertidos,

nesta data, em medidas provisórias, aplicando-se-lhes asregras estabelecidas no art. 62, parágrafo único.

Leis delegadas 

Esta lei foi introduzida como forma de dar celeridade a elaboração deleis em momentos em que o parlamento esteja “sobrecarregado”.Assim, o Presidente da República através de uma iniciativasolicitadora, pede que o Congresso Nacional edite uma resolução quelhe delegue os poderes para tal feitura, e nesta resolução estarão os

limites para que se exerça a regulamentação da matéria, matériaesta que nunca poderá ser de exclusividade do Congresso, privativade quaisquer das Casas, ou reservada à lei complementar, como serávisto abaixo.

 Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidenteda República, que deverá solicitar a delegação ao CongressoNacional.

§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos decompetência exclusiva do Congresso Nacional, os decompetência privativa da Câmara dos Deputados ou doSenado Federal, a matéria reservada à lei complementar,nem a legislação sobre:

I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, acarreira e a garantia de seus membros;

II - nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos eeleitorais;

III - planos plurianuais, diretrizes orçamentárias eorçamentos.

§ 2º - A delegação ao Presidente da República terá a formade resolução do Congresso Nacional, que especificará seuconteúdo e os termos de seu exercício.

§ 3º - Se a resolução determinar a apreciação do projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única,vedada qualquer emenda.

Essa é o que chamamos de “Delegação Atípica”. Em regra, o projetode lei delegada não precisa voltar ao Congresso Nacional paraapreciação (delegação típica), mas poderá ocorrer o caso acima.

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80.  (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A iniciativa das leisdelegadas cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dosDeputados ou do Senado Federal, na forma e nos casos previstos naCF.

Comentários: Lei delegada é uma lei privativa do Presidente da República, que pededelegação do Congresso para tratar de certo tema, com o intuito deaumentar a celeridade do processo legislativo, respeitando-se oslimites da delegação.

Gabarito: Errado.

81.  (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) Uma vezconcedida, pelo Congresso Nacional, ao Presidente da República, a

delegação legislativa por este solicitada, não há previsãoconstitucional de que o Congresso Nacional possa rejeitar o projetode lei delegada elaborado pelo Poder Executivo.Comentários:

Pois em se tratando da chamada “delegação atípica” estabelecida noart. 64 §3º da Constituição, o Congresso poderá deliberar sobre oprojeto, desde que em votação única, vedada qualquer emenda,podendo apenas aprovar ou rejeitar o projeto de lei delegada.

Gabarito: Errado.

82.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A lei delegada será elaborada peloPresidente da República, em razão de delegação do CongressoNacional. Editada a norma, com extrapolação de seus limites, restaao Poder Legislativo suscitar a inconstitucionalidade perante oSupremo Tribunal Federal, haja vista não mais possuir competênciapara sustar o ato normativo.

Comentários:

O Congresso Nacional pode sustar diretamente por força do art. 49, Vda Constituição Federal.Gabarito: Errado.

83.  (ESAF/AFRF/2003) Na apreciação de projeto de lei delegadapelo Congresso Nacional, não se admitem emendas parlamentares.

Comentários:

A lei delegada em regra não deve ser apreciada pelo Congresso, anão ser que este solicite apreciação, porém, ao fazer isto, não poderá

emendar o projeto, conforme dispõe o art. 68 §3º da CF.

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Gabarito: Correto.

Quadro comparativo:

Vedações materiais às medidasprovisórias

Vedações materiais às leisdelegadas

Nacionalidade, cidadania, direitospolíticos, partidos políticos edireito eleitoral;

Nacionalidade, cidadania, direitosindividuais, políticos e eleitorais;

PPA, LDO, orçamento, ressalvadoo previsto no art. 167, § 3º; 

PPA, LDO e orçamentos;

Matéria de lei complementar; Matéria de lei complementar;

Organização do Poder Judiciário e

do Ministério Público, a carreira ea garantia de seus membros;

Organização do Poder Judiciário e

do Ministério Público, a carreira ea garantia de seus membros;

Direito penal, processual penal eprocessual civil;

Vise à detenção ou seqüestro debens, de poupança popular ouqualquer outro ativo financeiro;

Já disciplinada em projeto de leiaprovado pelo CongressoNacional e pendente de sanção ouveto do Presidente da República.

Regulamentar artigo da CF cujaredação tenha sido alterada pormeio de emenda promulgadaentre a EC 05/95 e a EC 32/01.

Os atos de competência exclusivado Congresso Nacional;

Os atos de competência privativada Câmara dos Deputados ou doSenado Federal

Decreto-Legislativo e resoluções:

O Decreto-Legislativo é a lei privativa do Congresso Nacional reunidoem Casa única. Ele não pode ser usado em separado pela Câmara oupelo Senado, somente quando estiverem reunidos para tratar

daquelas matérias do art. 49 da Constituição. As casas em separadoirão tratar de suas competências através das "resoluções".

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O Congresso também poderá, conjuntamente, editar resoluções. Adoutrina costuma diferenciar dizendo que:

•••  Decreto-Legislativo - será usado pelo CN quando tratar deassuntos que tiverem consequências externas à Casa Legislativa

(CF, art. 49).•••  Resolução - será usada para os assuntos internos.

O processo legislativo de tais atos normativos não foram esmiuçadospela Constituição, cabendo ao regimento interno das Casas fazê-lo.No entanto, uma coisa é clara: não há qualquer participação doExecutivo em tais atos, eles se iniciam e terminam dentro doLegislativo não se submetendo a qualquer procedimento desanção/veto/promulgação por parte do Executivo.

84.  (CESPE/AJAA-TRT 21/2010) As matérias de competênciaexclusiva do Congresso Nacional são reguladas por decretoslegislativos.

Comentários:

Tais matérias são aquelas do art. 49 da Constituição. São matériasque o Congresso Nacional, reunido em Casa Única, irá ser oresponsável pela deliberação usando a sua lei privativa para veicularos efeitos da decisão: o decreto legislativo.

Gabarito: Correto.

85.  (ESAF/AFRF/2003) O decreto legislativo somente temvigência e eficácia depois de sancionado pelo Presidente daRepública.Comentários: 

O decreto legislativo é uma lei exclusiva do Congresso Nacional quenão se sujeita a nenhuma apreciação pelo Poder Executivo.

Gabarito: Errado.

Ufffa... Muito maneiro esse tema não é mesmo?!

Espero que tenham gostado.

Grande abraço e excelentes estudos.

Vítor Cruz 

LISTA DAS QUESTÕES DA AULA:

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1.  (ESAF/AFT/2010) A emenda à Constituição Federal,enquanto proposta, é considerada um ato infraconstitucional.

2.  (ESAF/AFTE-RN/2005) Em razão da estrutura federativa do

Estado brasileiro, as normas federais são hierarquicamentesuperiores às normas estaduais, porque as Constituições estaduaisestão limitadas pelas regras e princípios constantes na ConstituiçãoFederal.

3.  (ESAF/AFT/2004) Por não existir hierarquia entre leisfederais e estaduais, não há previsão, no texto constitucional, dapossibilidade de uma norma federal, quando promulgada, suspendera eficácia de uma norma estadual.

4.  (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) Consoante os

termos do art. 59 da Constituição brasileira, as seguintes normasestão compreendidas no regular processo legislativo:

a) resoluções e decretos.

b) medidas provisórias e estatutos.

c) leis programáticas e leis delegadas.

d) decretos legislativos e resoluções.

e) leis complementares e leis suplementares.

5.  (CESGRANRIO/Advogado Jr. - Petrobrás/2010) De acordo

com o texto da Constituição Federal, o processo legislativo NÃOcompreende a elaboração de

a) emendas à Constituição.

b) medidas provisórias.

c) leis delegadas.

d) decretos.

e) resoluções.

6.  (FEPESE/PGE-SC/2009) Lei ordinária disporá sobre aelaboração, redação, alteração e consolidação das leis. 7.  (CESPE/TJDFT/2008) A promulgação de uma lei torna o atoperfeito e acabado, sendo o meio pelo qual a ordem jurídica éinovada. A publicação, por sua vez, é o modo pelo qual se dáconhecimento a todos sobre o novo ato normativo que se devecumprir.

8.  (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A CF pode ser emendadapor proposta de assembleia legislativa de uma ou mais unidades daFederação, manifestando-se cada uma delas pela maioria relativa de

seus membros.

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9.  (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) A CFadmite emenda constitucional por meio de iniciativa popular. 

10.  (CESPE/Auditor-TCU/2009) Um deputado federal, diante dapressão dos seus eleitores, pretende modificar a sistemática do

recesso e da convocação extraordinária no âmbito do CongressoNacional. Assim, no caso narrado, para que modificação pretendidaseja votada pelo Congresso Nacional, a proposta de emendaconstitucional deverá ser apresentada por, no mínimo, um terço dosmembros da Câmara dos Deputados.

11.  (ESAF/MRE/2004) O texto constitucional brasileiro nãopoderá ser emendado durante a vigência de intervenção federal,salvo se a emenda à Constituição tiver sido proposta antes dadecretação da intervenção.

12.  (FGV/Advogado-Senado/2008) Podem apresentar propostade emenda à Constituição Federal: o Presidente da República; umterço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou doSenado Federal; e mais da metade das Assembleias Legislativas dasunidades de federação, manifestando-se, cada uma delas, pelamaioria relativa de seus membros. A proposta de emenda àConstituição será submetida à discussão e votação em cada casalegislativa, em dois turnos, considerando-se aprovada se obtiver trêsquintos de votos favoráveis dos membros de cada casa.

13.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A emenda à Constituição Federal só

ingressa no ordenamento jurídico após a sua promulgação peloPresidente da República, e apresenta a mesma hierarquia das normasconstitucionais originárias.

14.  (CESPE/AGU/2009) Não há veto ou sanção presidencial naemenda à Constituição. 

15.  (FGV/Fiscal-SEFAZ-MS/2006) Não constitui cláusula pétrea:

a) a forma federativa do Estado.

b) a separação de poderes.

c) os direitos e garantias individuais.

d) o voto secreto.

e) o sistema político.

16.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) Senador daRepública apresenta projeto de emenda constitucional, aduzindo sernecessário restringir a utilização do habeas corpus tendo em vista anecessidade de combater o crime organizado, notadamente aquele docolarinho branco, bem como os grupos armados que, pelo tráfico dedrogas, aguçam a violência urbana. À luz das regras constitucionais

em vigor, pode-se afirmar que: 

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a) o sistema constitucional proíbe a apresentação da emenda por ferirdireitos individuais.

b) situações de calamidade pública, aí incluída a social, permitemlimitar quaisquer direitos, sendo completamente livre o constituinte

derivado.c) desde que a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania, noexercício de suas atribuições regimentais, aprove o projeto, estarásanado qualquer eventual vício de inconstitucionalidade.

d) a emenda colide com a perspectiva republicana.

e) somente o plenário do Senado poderá aferir a constitucionalidadee oportunidade da medida, que será submetida, necessariamente, areferendo popular.

17.  (FCC/TJAA-TJ-PI/2009) Será objeto de deliberação a

proposta de emenda à Constituição Federal referentea) à forma federativa de Estado.

b) à instalação da justiça itinerante.

c) ao voto direto, secreto, universal e periódico.

d) à separação dos Poderes.

e) aos direitos e garantias individuais.

18.  (FCC/Defensor-DP-SP/2009 - Adaptada) É possível queuma reforma constitucional crie novas cláusulas pétreas segundoentendimento pacífico da doutrina constitucional.

19.  (CESPE/BB CERT/2010) Proposta de alteração da formafederativa do Estado brasileiro deve- se dar, necessariamente, pormeio de emenda constitucional.

20.  (CESPE/DPE-PI/2009) A jurisprudência do STF consideraque os limites materiais ao poder constituinte de reforma nãosignificam a intangibilidade literal da disciplina dada ao tema pelaConstituição originária, mas sim a proteção do núcleo essencial dosprincípios e institutos protegidos pelas cláusulas pétreas.

21.  (ESAF/AFT/2010) As limitações expressas circunstanciaisformam um núcleo intangível da Constituição Federal, denominadotradicionalmente por "cláusulas pétreas".

22.  (ESAF/TCU/2006) Segundo a doutrina majoritária, no casobrasileiro, não há vedação à alteração do processo legislativo dasemendas constitucionais, pelo poder constituinte derivado, uma vezque a matéria não se enquadra entre as hipóteses que constituem ascláusulas pétreas estabelecidas pelo constituinte originário.

23.  (ESAF/Advogado-IRB/2004) Pacificou-se, entre nós, o

entendimento de que as cláusulas pétreas da Constituição podem sermodificadas pelo mecanismo denominado de "dupla revisão".

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24.  (CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Umaproposta de emenda constitucional que tenha sido rejeitada ouprejudicada somente pode ser reapresentada na mesma sessãolegislativa mediante a propositura da maioria absoluta dos membrosde cada casa do Congresso Nacional.

25.  (ESAF/TCU/2006) A matéria constante de proposta deemenda à Constituição rejeitada só poderá ser objeto de uma novaproposta, na mesma legislatura, se tiver o apoiamento de trêsquintos dos membros de qualquer das Casas.

26.  (ESAF/SEFAZ–CE/2007) A revisão constitucional prevista poruma Assembleia Nacional Constituinte, possibilita ao poderconstituinte derivado a alteração do texto constitucional, com menorrigor formal e sem as limitações expressas e implícitas originalmentedefinidas no texto constitucional.

27.  (FGV/Auditor-SEAD-AP/2011) Com relação ao tema "PoderConstituinte e emenda à Constituição", analise as afirmativas aseguir.

I. Podem propor emenda à Constituição: (i) o Presidente daRepública; (ii) um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dosDeputados ou do Senado Federal; (iii) o Presidente do SupremoTribunal Federal; e (iv) mais da metade das Assembléias Legislativasdas unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pelamaioria relativa de seus membros.

II. A Constituição não poderá ser emendada na vigência deintervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio.

III. Determinados temas previstos na própria Constituição não podemser objeto de proposta de emenda constitucional que os pretendaabolir.

Assinale:

a) se somente a afirmativa I estiver correta.

b) se somente a afirmativa II estiver correta.

c) se somente a afirmativa III estiver correta.d) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas.

e) se todas as afirmativas estiverem corretas.

28.  (FGV/Analista – TRE-PA/2011) As constituições imutáveissão aquelas que não comportam modificação de nenhuma espécie,enquanto as rígidas exigem um processo de alteração mais rigorosodo que aquele previsto para a legislação infraconstitucional. AConstituição de 1988 é considerada super-rígida, isto é, ela possuiuma parte imutável e uma parte rígida. Para que se altere a CRFB de

1988 na sua parte rígida, é necessário que

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a) haja proposta de emenda por, no mínimo, metade dos membrosda Câmara dos Deputados ou do Senado Federal.

b) a proposta de emenda seja discutida e votada em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos.

c) a proposta de emenda seja aprovada se obtiver, em pelo menosuma das casas, três quintos dos votos.

d) a emenda seja promulgada pelo Senado Federal, que detémcompetência privativa para tanto.

e) a proposta de emenda tenha iniciativa do Presidente da Repúblicaou dos Governadores dos Estados ou do Distrito Federal.

29.  (FCC/AJAA - TRF 1ª/2011) No que tange à EmendaConstitucional, é correto afirmar:

a) A Constituição Federal, em situação excepcional, poderá seremendada na vigência de intervenção federal.

b) Pode ser objeto de deliberação a proposta de emenda tendente aabolir a forma federativa de Estado.

c) A Constituição poderá ser emendada mediante proposta de umquarto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou doSenado Federal.

d) A matéria constante de proposta de emenda havida porprejudicada poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão

legislativa.e) A proposta de emenda será discutida e votada em cada Casa doCongresso Nacional, em dois turnos, considerando-se aprovada seobtiver, em ambos, três quintos dos votos dos respectivos membros.

30.  (FCC/TCE-SP/2011) Proposta de emenda à Constituição daRepública tendo por objeto a introdução do direito ao afeto familiardentre os direitos individuais é apresentada por Deputado Federal,sendo aprovada por dois terços dos membros da Câmara dosDeputados e três quintos do Senado Federal, em dois turnos devotação, em cada uma das Casas legislativas. A proposta assimaprovada é promulgada pelas Mesas das Casas do CongressoNacional. Referida proposta é incompatível com a Constituição, pois

a) padece de vício de iniciativa.

b) não se atingiu o quórum necessário para aprovação na Câmarados Deputados.

c) não se atingiu o quórum necessário para aprovação no SenadoFederal.d) versa sobre matéria de direitos fundamentais, vedada à ação dereforma constitucional.

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e) a promulgação é ato de competência exclusiva do Presidente daRepública.

31.  (FCC/Assessor - TCE-PI/2009) Decorre da caracterização edos limites impostos pela Constituição Federal ao Poder de Reforma

Constitucional:a) A reforma constitucional manifesta-se por meio do PoderConstituinte Derivado Decorrente, o qual é caracterizado comoderivado, limitado e condicionado.

b) Não poderão ser promulgadas emendas constitucionais na vigênciade intervenção federal, de estado de defesa ou de estado de sítio,salvo em caso de guerra declarada.

c) O procedimento estabelecido para o exercício regular do Poder deReforma não se aplicou às seis emendas constitucionais de revisão,

promulgadas em 1994, as quais foram aprovadas pelo voto damaioria absoluta dos membros do Congresso Nacional em sessãounicameral.d) A matéria constante de proposta de emenda constitucionalrejeitada ou havida por prejudicada poderá ser objeto de novaproposta na mesma sessão legislativa, mediante pedido da maioriaabsoluta dos membros de uma das Casas do Congresso Nacional.

e) São limites materiais do Poder de Reforma, expressos naConstituição Federal a forma federativa de Estado, o voto direto,secreto, universal e periódico, o respeito às Forças Armadas, a

separação dos Poderes e os direitos e garantias fundamentais.32.  (FGV/OAB/2010.2) Sabe-se a polêmica ainda existente nadoutrina constitucionalista pátria no que se refere à eventualhierarquia da Lei Complementar sobre a Lei Ordinária. Todavia, hádiferenças entre essas duas espécies normativas que podem atégerar vícios de inconstitucionalidade caso não respeitadas durante oprocesso legislativo.

A partir do fragmento acima, assinale a afirmativa incorreta.

(A) A Lei Complementar exige aprovação por maioria absoluta,

enquanto a lei ordinária é aprovada por maioria simples dos membrospresentes à sessão, desde que presente a maioria absoluta dosmembros de cada Casa ou de suas Comissões.

(B) As matérias que devem ser regradas por Lei Complementarencontram-se taxativamente indicadas no texto constitucional e,desde que não seja assunto específico de normatização por decretolegislativo ou resolução, o regramento de todo o resíduo competirá àlei ordinária.

(C) As matérias reservadas à Lei Complementar não serão objeto de

delegação do Congresso ao Presidente da República.

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(D) A discussão e votação dos projetos de lei ordinária devem,obrigatoriamente, ter início na Câmara dos Deputados.

33.  (ESAF/AFC – CGU/2004) Segundo a jurisprudência do STF,se uma lei complementar disciplinar uma matéria não reservada a

esse tipo de instrumento normativo, pelo princípio da hierarquia dasleis, não poderá uma lei ordinária disciplinar tal matéria.

34.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) É possível a revogação, por leiordinária, de norma formalmente inserida em lei complementar, masque não esteja materialmente reservada a essa espécie normativapela Constituição.

35.  (ESAF/AFC-STN/2005) Em razão da superioridadehierárquica da lei complementar sobre a lei ordinária, a disciplina deuma matéria, por lei complementar, ainda que ela não estejareservada a essa espécie de instrumento normativo, impede que elavenha a ser disciplinada de forma distinta em lei ordinária.36.  (CESPE/AJAJ - STM/2011) A iniciativa para elaboração deleis complementares e ordinárias constitui exemplo da denominadainiciativa concorrente.

37.  (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A iniciativa das leiscomplementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissãoda Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do CongressoNacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal,aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos

cidadãos, na forma e nos casos previstos na Constituição Federal.38.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) No sistemabicameral atuam ambas as Casas Legislativas no processo deformação da lei, cabendo a iniciativa a parlamentares, órgãoslegislativos, cidadãos, órgãos do executivo, do Judiciário e doMinistério Público. Assim, sendo a lei de conteúdo estruturador daorganização judiciária dos Territórios, tal iniciativa é conferida aoPresidente:

a) do Supremo Tribunal Federal.

b) da República.c) do Senado Federal.

d) da Câmara dos Deputados.

e) do Congresso Nacional.

39.  (CETRO/Advogado - Pref. Rio Claro/2006) São de iniciativaprivativa do Presidente da República as leis que:

(A) disponham sobre normas gerais para a organização da DefensoriaPública dos Estados.

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(B) venham a sustar os atos normativos do Poder Executivo queexorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegaçãolegislativa.

(C) tenham por objeto apreciar os atos de concessão e renovação de

concessão de emissoras de rádio e televisão.(D) autorizem a realização de referendo e a convocação de plebiscito.

(E) autorizem, em terras indígenas, a exploração e o aproveitamentode recursos hídricos e a pesquisa e lavra de riquezas minerais.

40.  (ESAF/AFRF/2003) Somente por projeto de iniciativa doPresidente da República é possível ao Congresso Nacional deliberarsobre assunto relacionado a direito tributário.

41.  (FCC/Procurador - PGE-AM/2010) NÃO viola a ConstituiçãoFederal a propositura, por deputado federal, de projeto de lei que

verse sobre:a) direitos e obrigações de servidores públicos.

b) redução da jornada de trabalho semanal de servidores públicos.

c) hipóteses de isenção de pagamento de contribuição previdenciáriadevida por servidores públicos.

d) provimento de cargos públicos.

e) criação de cargos públicos.

42.  (FUNIVERSA/Advogado - ADASA/2009) A iniciativaprivativa do presidente da República para dispor sobre matériatributária está circunscrita aos tributos dos territórios federais.

43.  (ESAF/AFRF/2003) Projetos de lei da iniciativa do Presidenteda República não podem ser objeto de emenda parlamentar.

44.  (CESPE/Analista Processual - MPU/2010) Comodecorrência do princípio da simetria e do princípio da separação dospoderes, as hipóteses de iniciativa reservada ao presidente daRepública, previstas na Constituição Federal, não podem serestendidas aos governadores.

45.  (ESAF/PFN/2006) Consolidou-se o entendimento de quematéria que, no âmbito federal, está sujeita à legislação ordinária sobreserva de iniciativa do Presidente da República não pode serregulada em Constituição Estadual.

46.  (FGV/OAB/2010.3) Projeto de lei estadual de iniciativaparlamentar concede aumento de remuneração a servidores públicosestaduais da área da saúde e vem a ser convertido em lei após asanção do Governador do Estado. A referida lei é:

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(A) compatível com a Constituição da República, desde que aConstituição do Estado-membro não reserve à Chefia do PoderExecutivo a iniciativa de leis que disponham sobre aumento deremuneração de servidores públicos estaduais.

(B) constitucional, em que pese o vício de iniciativa, pois a sanção doGovernador do Estado ao projeto de lei teve o condão de sanar odefeito de iniciativa.

(C) inconstitucional, uma vez que os projetos de lei de iniciativa dosDeputados Estaduais não se submetem à sanção do Governador doEstado, sob pena de ofensa à separação de poderes.

(D) inconstitucional, uma vez que são de iniciativa privativa doGovernador do Estado as leis que disponham sobre aumento deremuneração de servidores públicos da administração direta eautárquica estadual.

47.  (FGV/Técnico Legislativo – Senado/2008) O processolegislativo confere aos cidadãos poder de iniciar o processolegislativo. Trata-se da lei de iniciativa popular. Consoante o textoconstitucional, tal projeto deve preencher os seguintes requisitos: 

a) subscrição de um por cento do eleitorado nacional, distribuído porpelo menos cinco estados e com pelo menos três décimos por centodos eleitores em cada um deles.

b) subscrição de, no mínimo, de um milhão de eleitores, divididos pordez estados da federação, proporcionalmente.

c) subscrição de dez por cento do número total de eleitores do país,divididos por, no mínimo, vinte estados da federação, emproporcionalidade.

d) subscrição de cinco por cento do eleitorado nacional, distribuídopor, pelo menos, quinze estados, e cinco décimos de eleitores porestado.e) subscrição de vinte por cento do eleitorado nacional, distribuídopor dez estados sem limite por cada estado.

48.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) A iniciativapopular em matéria de lei federal está condicionada à manifestaçãode pelo menos um por cento do eleitorado nacional, que deverá estardistribuído em no mínimo cinco Estados, exigida em cada um deles amanifestação de três décimos por cento de seus eleitores(Constituição, art. 61, § 2.º).

49.  (ESAF/EPPGG-MPOG/2009) A iniciativa popular deve serexercida pela apresentação ao Presidente da República de projeto delei subscrito por, no mínimo, um por cento do eleitorado nacional,distribuído pelo menos por cinco Estados, com não menos de três

décimos por cento dos eleitores de cada um deles.

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50.  (CESPE/TRE-MA/2009) O sistema legislativo vigente é ounicameral, opção adotada a partir da Constituição Federal de 1934,exatamente porque os projetos de lei, obrigatoriamente, têm de seraprovados pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em sessãoconjunta, para que possam ser levados à sanção do presidente da

República.51.  (FGV/Advogado-Senado/2008) O projeto de lei que tenhasido aprovado nas duas casas legislativas será encaminhado aoPresidente da República para sanção. Se o chefe do Poder Executivoconsiderar o projeto inconstitucional ou contrário ao interessepúblico, vetá-lo-á, no prazo de quinze dias úteis, contados da data dorecebimento. A Constituição proíbe o veto parcial do projeto, emrazão do risco de desvirtuamento decorrente da supressão de apenasalguns artigos da lei aprovada. O veto poderá ser derrubado emsessão conjunta das casas legislativas, pelo voto secreto da maioriaabsoluta dos Deputados e Senadores.

52.  (CESGRANRIO/Advogado-SEMSA-Manaus/2005) O vetopresidencial de artigo de projeto de lei poderá ser rejeitado pelo votode(a):

(A) 3/5 (três quintos) dos membros do Senado Federal.

(B) 3/5 (três quintos) dos Deputados e Senadores, em votaçãoconjunta.

(C) maioria absoluta dos membros do Senado Federal.

(D) maioria absoluta dos Deputados e Senadores, em votaçãoconjunta.

(E) maioria simples dos Deputados e Senadores, em votaçõessucessivas na Câmara e no Senado.

53.  (CESGRANRIO/SEAD-AM/2005) O processo legislativoconsiste em um conjunto de atos pré-ordenados visando à criação denormas de Direito, sendo INCORRETO afirmar que:

(A) o veto parcial do Presidente da República somente abrangerátexto integral de artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea.

(B) a Constituição poderá ser emendada se obtiver, em cada Casa doCongresso Nacional e em dois turnos, votação correspondente a trêsquintos dos votos de seus respectivos membros.

(C) a Constituição poderá ser emendada mediante proposta de umquinto, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou doSenado Federal.

(D) não se admite proposta de emenda à Constituição que objetiveabolir a separação dos Poderes.

(E) não se admite proposta de emenda à Constituição que objetiveabolir a forma federativa de Estado.

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54.  (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) Apossibilidade de veto do Presidente da República a projeto de leiaprovado pelo Congresso Nacional deve ser exercida no prazomáximo de quinze dias, contados da data do recebimento daproposição pelo Poder Executivo, sob pena de se considerar o projeto

de lei sancionado tacitamente.55.  (ESAF/PFN/2006) O Presidente da República pode, desdeque se atenha ao prazo de veto de que dispõe constitucionalmente,voltar atrás na sanção e vetar um projeto lei.

56.  (FCC/Analista - MPE-SE/2010) Em matéria de processolegislativo, é certo que:

a) Não cabe o veto por inconstitucionalidade em razão da análiseprévia da Comissão legislativa competente e por ser passível derejeição.

b) A sanção é competência privativa do Chefe do Executivo, salvo noscasos de lei delegada, cuja sanção é legislativa.

c)A ausência de sanção expressa no prazo de 15 ( quinze ) diasimplica na caducidade ou prescrição do projeto de lei.

d) O veto constitui ato político do Chefe do Executivo, sendoinsuscetível de controle judicial, restrição aplicável tanto no vetopolítico como no jurídico.

e) A promulgação da lei é ato exclusivo do Chefe do Executivo,

inclusive nos casos de sanção tácita e de rejeição do veto.57.  (FGV/Analista Legislativo – Senado/2008) A disciplinasobre a discussão e instrução do projeto de lei é confiada,fundamentalmente, aos Regimentos das Casas Legislativas. O projetode lei aprovado por uma casa será revisto pela outra em um só turnode discussão e votação. Não há tempo prefixado para deliberação dasCâmaras, salvo quando o projeto for de iniciativa do Presidente e esteformular pedido de apreciação sob regime de urgência (Constituição,art. 64, § 1.º ).

58.  (FGV/Advogado-Senado/2008) Os projetos de lei deiniciativa do Presidente da República com pedido de urgência natramitação devem ser apreciados, inicialmente pela Câmara dosDeputados, e depois pelo Senado Federal, no prazo sucessivo dequarenta e cinco dias. Ultrapassado tal prazo, ficam sobrestadas asdemais deliberações legislativas da respectiva casa, com exceção dasque tenham prazo constitucional determinado, até que se ultime avotação. Os prazos de quarenta e cinco dias não correm nos períodosde recesso do Congresso nacional.

59.  (FCC/Juiz Substituto - TJ - RR/2008) Projeto de lei

ordinária de iniciativa do Presidente da República, visando à criaçãode cargos e empregos públicos na administração direta e autárquica

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federal, tramita em regime de urgência, em atendimento à solicitaçãodo próprio Chefe do Poder Executivo federal. Nessa hipótese,

a) o projeto de lei não deveria submeter-se a procedimento deurgência, pois a Constituição impede que o Presidente da República a

solicite em proposições de sua iniciativa.b) terão as Casas do Congresso Nacional o prazo de quarenta e cincodias, cada qual, para se manifestar sobre a proposição, sob pena desobrestamento das demais deliberações legislativas da Casarespectiva, exceto as que tenham prazo constitucional determinado,até o fim da votação.

c) padece o projeto de lei de vício de iniciativa, uma vez que nãodispõe o Presidente da República de legitimidade para a apresentaçãode proposições que visem à criação de cargos e empregos públicos naadministração autárquica federal.

d) a matéria sobre a qual versa a proposição legislativa é reservada àlei complementar, sendo por essa razão o projeto de lei incompatívelcom a Constituição da República.

e) a discussão e votação do projeto de lei terão início no SenadoFederal, por se tratar de proposição legislativa de iniciativa privativado Presidente da República.

60.  (CESPE/Procurador-TCE-BA/2010) O presidente daRepública só pode solicitar urgência para apreciação de projetos desua iniciativa, seja privativa, seja concorrente.

61.  (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) OPresidente da República poderá solicitar urgência para apreciação deprojeto de lei de sua iniciativa, mesmo que a matéria constante daproposição não seja reservada a leis de sua iniciativa privativa.

62.  (ESAF/Analista Administrativo – ANEEL/2006) No caso deser solicitada, pelo Presidente da República, urgência para apreciaçãodo projeto do Código de Direito Administrativo dos TerritóriosFederais, que é de sua iniciativa, a Casa em que estiver tramitando aproposição deverá sobre ela deliberar, em até quarenta e cinco dias,

sob pena de se sobrestarem as demais deliberações legislativas darespectiva Casa.

63.  (CESPE/Procurador-TCE-BA/2010) Se um projeto de lei forrejeitado em uma das casas do Congresso Nacional, a matéria deleconstante somente poderá ser objeto de novo projeto, no mesmo anolegislativo, mediante proposta de dois terços dos membros dequalquer das casas legislativas. 

64.  (FGV/Advogado-CODEBA/2010) De acordo com o princípioda legalidade, apenas a lei decorrente da atuação exclusiva do Poder

Legislativo pode originar comandos normativos prevendo

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comportamentos forçados, não havendo a possibilidade, para tanto,da participação normativa do Poder Executivo.

65.  (FGV/OAB/2010.3) Assinale a alternativa que contemplematéria para cuja disciplina é vedada a edição de medida provisória.

(A) Instituição ou majoração de impostos.(B) Abertura de crédito extraordinário, ainda que para atendimento adespesas imprevisíveis e urgentes.

(C) Normas gerais de licitações e contratos administrativos.

(D) Partidos políticos e direito eleitoral.

66.  (FGV/Fiscal-SEFAZ-RJ/2011) Suponha que, em setembro de2010, o Presidente da República tenha editado medida provisóriamajorando a alíquota de determinado imposto. Nesse caso, é correto

afirmar que a medida provisória éa) constitucional, mas só produzirá efeito em 2011 se tiver sidoconvertida em lei em 2010.

b) inconstitucional, pois medida provisória não pode dispor sobrematéria reservada a lei complementar.

c) constitucional e produz efeito imediatamente após a sua edição.

d) inconstitucional, pois medida provisória não pode dispor sobredireito tributário.

e) inconstitucional, pois medida provisória pode instituir tributo, masnão pode alterar alíquota.

67.  (FGV/OAB/2010.2) Sobre o instrumento jurídico denominadoMedida Provisória que não é lei, mas tem força de lei, assinale aafirmativa correta.

(A) A sua eficácia dura sessenta dias contados da publicação,podendo a medida ser prorrogada apenas duas vezes, ambas porigual período.

(B) Se a Medida Provisória perder eficácia por decurso de prazo ou,em caráter expresso, for rejeitada pelo Congresso Nacional, vedadaserá sua reedição na mesma sessão legislativa.

(C) A não apreciação pela Câmara dos Deputados e, após, peloSenado Federal, no prazo de 45 dias contados da publicação, temcomo conseqüência apenas o sobrestamento da deliberação dosprojetos de emenda à Constituição.

(D) A edição de Medida Provisória torna prejudicado o projeto de leique disciplina o mesmo assunto e que, a par de já aprovado peloCongresso Nacional, está pendente de sanção ou veto do Presidenteda República.

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68.  (FGV/Advogado-Senado/2008) Em caso de relevância eurgência, o Presidente da República poderá adotar medidasprovisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato aoCongresso Nacional. As medidas provisórias perderão eficácia, desdea edição, se não forem convertidas em lei no prazo de trinta dias. O

Presidente da República poderá reeditar medida provisória que nãotenha sido apreciada pelo Congresso Nacional, desde que aindaestejam presentes os requisitos da relevância e urgência, Após aquinta reedição, a medida provisória não apreciada será havida comorejeitada, cabendo ao Presidente da República, por decreto, regularas relações jurídicas dela decorrentes.

69.  (FCC/AJEM-TRF1ª/2011) Em caso de relevância e urgência,o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, comforça de lei, devendo submetê-las de imediato ao CongressoNacional, sendo que:

a) se a medida provisória não for apreciada em até trinta e cinco diascontados de sua publicação, entrará em regime de urgência,subsequentemente, em cada uma das Casas do Congresso Nacional,ficando sobrestadas, até que se ultime a votação, todas as demaisdeliberações legislativas da Casa em que estiver tramitando.

b) a deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobreo mérito das medidas provisórias não dependerá de juízo préviosobre o atendimento de seus pressupostos constitucionais.

c) é vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medidaprovisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficáciapor decurso de prazo.

d) prorrogar-se-á por duas vezes por iguais períodos a vigência demedida provisória que, no prazo de sessenta dias, contados de suapublicação, não tiver a sua votação encerrada nas duas Casas doCongresso Nacional.

e) caberá à comissão exclusiva de Deputados examinar as medidasprovisórias e sobre elas emitir parecer, antes de serem apreciadas,em sessão separada, pelo plenário de cada uma das Casas do

Congresso Nacional.70.  (FCC/PGE-RO/2011) Com relação ao processo legislativo, écorreto afirmar:

a) O Presidente da República pode pedir a retirada da medidaprovisória remetida ao Congresso Nacional a qualquer momento,mesmo após a sua publicação no Diário Oficial.

b) Tanto a medida provisória, quanto a lei delegada, atos normativosde competência primária do Presidente da República, têm validadetemporária e limitada à sessenta dias, prorrogáveis por igual prazo, acontar de sua edição.

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c) Os Estados e os Municípios não podem editar medida provisória,ato excepcional previsto pela Constituição Federal com validade noâmbito da União.

d) O Estado pode editar medida provisória em caso de relevância e

urgência, desde que a Constituição Estadual preveja expressamente apossibilidade.

e) A conversão de medida provisória em lei faz com que sejamsanadas automaticamente eventuais questões sobre vícios deinconstitucionalidade dos fundamentos de relevância e urgênciaalegados judicialmente.

71.  (CESPE/Analista - TCE-TO/2008) O presidente da Repúblicapode editar medida provisória dispondo acerca da fidelidadepartidária.

72. 

(CESPE/Juiz Federal Substituto – TRF 5ª/2009) Oorçamento público rege-se pelo princípio da reserva de lei. Assim, osorçamentos e os créditos adicionais e extraordinários somente podemser aprovados ou autorizados por meio de lei, não sendo admitida aedição de medida provisória.

73.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) Não é possível a adoção de medidaprovisória na regulamentação de artigo da Constituição cuja redaçãotenha sido alterada por meio de emenda constitucional.

74.  (ESAF/Advogado-IRB/2006) Uma medida provisóriaaprovada sem alteração do seu texto original não é encaminhada àsanção e promulgação pelo Presidente da República, sendo convertidaem lei e promulgada pelo Presidente da Mesa do Congresso Nacional.

75.  (ESAF/AFRF/2003) O regime de medidas provisórias, por seruma exceção ao princípio da divisão de poderes, não pode seradotado nos Estados-membros, por falta de explícita previsãoconstitucional para tanto.

76.  (CESGRANRIO/Petrobrás/2008) Considere as afirmativas aseguir, a respeito do regime constitucional das medidas provisórias.

I - A Constituição veda expressamente a edição de medida provisóriasobre direito penal e direito tributário, em razão do princípio dalegalidade em sentido estrito que se deve observar em relação aestas matérias.

II - A edição de uma medida provisória tem como conseqüência arevogação das normas jurídicas vigentes com ela incompatíveis.

III - É vedada a edição de medida provisória em matéria reservada alei complementar.

IV - Se a regulação das relações advindas de medida provisória não

convertida em lei não se consumar em até 60 dias a contar darejeição ( expressa ) ou da caducidade ( rejeição tácita ), estas

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relações hão de se conservar regidas pela medida provisória, aindaque esta não se encontre mais em vigor.

Estão corretas APENAS as afirmativas

a) I e II

b) I e III

c) II e IV

d) III e IV

e) I, III e IV

77.  (CESGRANRIO/Advogado-Casa da Moeda/2005) AConstituição Federal permite a edição de medidas provisórias sobrematéria relativa a:

(A) nacionalidade.

(B) direitos políticos.

(C) direito eleitoral.

(D) direito tributário.

(E) organização do Poder Judiciário.

78.  (FGV/Juiz Substituto-TJ PA/2009) A respeito doregramento constitucional das medidas provisórias, assinale aafirmativa incorreta.

a) É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria jádisciplinada em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional ependente de sanção ou veto do Presidente da República.

b) A edição de medida provisória para instituição de tributos só seráadmitida para atender despesas imprevisíveis e urgentes, como asdecorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública.

c) Apenas excepcionalmente o Poder Judiciário poderá, no controle deconstitucionalidade da medida provisória, examinar a adequação dosrequisitos de relevância e urgência, por força da regra de separaçãode poderes.

d) A medida provisória não apreciada pelo Congresso Nacional podia,até a Emenda Constitucional 32/2001, ser reeditada dentro do seuprazo de eficácia de trinta dias, mantidos os efeitos de lei desde aprimeira edição.

e) É vedada a reedição, na mesma sessão legislativa, de medidaprovisória que tenha sido rejeitada ou que tenha perdido sua eficáciapor decurso de prazo.

79.  (ESAF/PROCURADOR-BACEN/2002) Suponha que umamedida provisória, cuidando de matéria de Direito Processual Civil,haja sido editada 15 dias antes da promulgação da Emenda

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Constitucional nº32/2001, que reformulou o regime constitucionaldesses instrumentos normativos. Quanto a tal medida provisória, quenão foi até hoje apreciada pelo Congresso Nacional nem foi objeto derevogação por outra norma de semelhante status normativo-hierárquico, é correto afumar que ela deve ser considerada como

estando em vigor, mesmo não tendo sido reeditada depois doadvento da Emenda Constitucional nº 32/2001.

80.  (CESPE/Promotor-MPE-RN/2009) A iniciativa das leisdelegadas cabe a qualquer membro ou comissão da Câmara dosDeputados ou do Senado Federal, na forma e nos casos previstos naCF.

81.  (ESAF/analista administrativo – ANEEL/2006) Uma vezconcedida, pelo Congresso Nacional, ao Presidente da República, adelegação legislativa por este solicitada, não há previsão

constitucional de que o Congresso Nacional possa rejeitar o projetode lei delegada elaborado pelo Poder Executivo.

82.  (ESAF/SEFAZ-CE/2007) A lei delegada será elaborada peloPresidente da República, em razão de delegação do CongressoNacional. Editada a norma, com extrapolação de seus limites, restaao Poder Legislativo suscitar a inconstitucionalidade perante oSupremo Tribunal Federal, haja vista não mais possuir competênciapara sustar o ato normativo.

83.  (ESAF/AFRF/2003) Na apreciação de projeto de lei delegada

pelo Congresso Nacional, não se admitem emendas parlamentares.84.  (CESPE/AJAA-TRT 21/2010) As matérias de competênciaexclusiva do Congresso Nacional são reguladas por decretoslegislativos.

85.  (ESAF/AFRF/2003) O decreto legislativo somente temvigência e eficácia depois de sancionado pelo Presidente daRepública.

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GABARITO:

1 Correto 23 Errado 45 Correto 67 B2 Errado 24 Errado 46 D 68 Errado3 Errado 25 Errado 47 A 69 C4 D 26 Errado 48 Correto 70 D5 D 27 D 49 Errado 71 Errado6 Errado 28 B 50 Errado 72 Errado7 Errado 29 E 51 Errado 73 Errado8 Errado 30 A 52 D 74 Correto9 Errado 31 C 53 C 75 Errado

10 Correto 32 D 54 Errado 76 D11 Errado 33 Errado 55 Errado 77 D12 Correto 34 Correto 56 D 78 B13 Errado 35 Errado 57 Correto 79 Correto14 Correto 36 Correto 58 Correto 80 Errado15 E 37 Correto 59 B 81 Errado16 A 38 B 60 Correto 82 Errado17 B 39 A 61 Correto 83 Correto18 Errado 40 Errado 62 Errado 84 Correto19 Errado 41 C 63 Errado 85 Errado20 Correto 42 Correto 64 Errado21 Errado 43 Errado 65 D22 Errado 44 Errado 66 A