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Vendedor – atividade com habitualidade ADCT Art 120 para elaborar código de defesa Direito do consumidor é interesse metaindividual, terceira dimensão art 81 HISTÓRICO Mesopotâmia – Código de Hamurabi (prestação de serviços, qualidade e quantidade de produtos) Grécia – não se podia falar em consumo. Aristóteles dizia que era atividade pobre Roma – ações edílicas (redibitória e quanti minoris: vícios ocultos) Idade Média – microscópio e adulterações Capitalismo – revolução industrial, busca por tutela ao consumidor Pós –Guerra – entrou no ordenamento jurídico Consumerismo (zulzke) Cidadãos questionando confiabilidades dos produtos e da mídia 1) XIX até 1920 - Conceitos básicos de administração, liberalismo puro, orientação do mercado apenas pela concorrência, produção científica, favelas, trabalho insalubre e infantil, conflitos entre indústria e comercio 2) 1920-1940 - testes comparativos para aferir e divulgar qualidade 3) 1945-1960 – produção em massa e efeito da publicidade (talidomida) 4) 1970-1980 – defesa do consumidor e do meio ambiente, crise energética, educação para consumo Fim de 70 – direitos básicos do consumidor 1980 – união europeia promulga algumas diretivas 1985 – ONU (resolução 39.248) estabeleceu diretrizes internacionais de proteção ao consumidor NO BRASIL

direito consumidor

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Vendedor – atividade com habitualidadeADCT Art 120 para elaborar código de defesa

Direito do consumidor é interesse metaindividual, terceira dimensão art 81

HISTÓRICO Mesopotâmia – Código de Hamurabi (prestação de serviços, qualidade e quantidade de produtos) Grécia – não se podia falar em consumo. Aristóteles dizia que era atividade pobre Roma – ações edílicas (redibitória e quanti minoris: vícios ocultos) Idade Média – microscópio e adulterações Capitalismo – revolução industrial, busca por tutela ao consumidor

Pós –Guerra – entrou no ordenamento jurídico Consumerismo (zulzke)

Cidadãos questionando confiabilidades dos produtos e da mídia1) XIX até 1920 - Conceitos básicos de administração, liberalismo puro, orientação do

mercado apenas pela concorrência, produção científica, favelas, trabalho insalubre e infantil, conflitos entre indústria e comercio

2) 1920-1940 - testes comparativos para aferir e divulgar qualidade3) 1945-1960 – produção em massa e efeito da publicidade (talidomida)4) 1970-1980 – defesa do consumidor e do meio ambiente, crise energética, educação para

consumo

Fim de 70 – direitos básicos do consumidor 1980 – união europeia promulga algumas diretivas 1985 – ONU (resolução 39.248) estabeleceu diretrizes internacionais de proteção ao consumidor

NO BRASILNão havia tradição de sociativismo, pouca participação civil no controle e defesa do consumidorMarcha da Fome 1931Marcha da Panela Vazia 1953Protesto contra alto custo de vida 1963Diga Não à Inflação Governo Federal 1972Boicote à Carne 1979Fiscais do Sarney

No Brasil, existiam diversos diplomas legais que disciplinavam, de modo pulverizado, o controle da produção e comercialização de bens e serviços. O próprio Código Penal Brasileiro já tipificava determinadas práticas comerciais como criminosas, utilizando na redação dos seus dispositivos a terminologia consumidor. Porém, todo o tratamento dispensado enfocava o consumidor individual e a proteção se realizava nos moldes tradicionais do direito privado. Com a edição da Lei nº 7.244/84 – que instituía os Juizados Especiais de Pequenas Causas, substituída posteriormente pela Lei nº 9099/95 – os acordos celebrados na presença dos Promotores de Justiça nos PROCONS passaram a ter valia de título executivo extrajudicial, facilitando a sua efetivação no Judiciário

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A promulgação da Lei de Ação Civil Pública, Lei nº 7.347/1985, foi um marco na proteção dos direitos difusos, na compreensão da existência de direitos para além dos meros interesses individuais

Em 1990, foi promulgado o Código de Proteção e Defesa do Consumidor - Lei nº 8.078, o qual é considerado um instrumento hábil na defesa da cidadania, detalhando os direitos básicos do consumidor, a responsabilidade civil dos fornecedores pelo fato do produto ou do serviço, além de inverter o ônus da prova, beneficiando o consumidor nas demandas contra os grandes fornecedores. A lei, ainda, dispõe sobre a publicidade e estabelece condições gerais sobre os contratos, em especial os contratos de adesão

Decreto nº 2.181/97 dispôs da organização do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor - SNDC, estabelecendo normas gerais de aplicação das sanções administrativas

CONSTITUIÇÃO CF Art 5º. XXXII Art 170, V Principios Econômicos

Princípios da Ordem Econômica I - soberania nacional;II - propriedade privada;III - função social da propriedade;IV - livre concorrência;V - defesa do consumidor;VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e de seus processos de elaboração e prestação; VII - redução das desigualdades regionais e sociais;VIII - busca do pleno emprego;IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração no País.

Tutela especial – vulnerabilidade do consumidor

Art. 150 - Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos;III - cobrar tributos:a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;

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c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b; IV - utilizar tributo com efeito de confisco;V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;VI - instituir impostos sobre:a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;b) templos de qualquer culto;c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a laser. § 1º - A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I. § 2º - A vedação do inciso VI, (a), é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.§ 3º - As vedações do inciso VI, (a), e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas (b) e (c), compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercadorias e serviços.§ 6º - Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no Art. 155, § 2.º, XII, g. § 7º - A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não se realize o fato gerador presumido.

Art 48 ADCT 120 dias para criar código do consumidor

ConsumidorConceito subjetivo – não profissional que adquire produtos para necessidade pessoal de sujeito profissional

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Conceito objetivo (CDC) – consumidor é quem consome

Corrente finalista – só para quem tem vulnerabilidade, não aceita PJCorrente maximalista – Não liga para vulnerabilidade, qualquer um pode ser, inclusive PJ

Consumidor strictu sensu – comprou, participou da relação e foi prejudicado Consumidor latu sensu ou bystander (art 17) terceiro envolvido – não é consumidor, é vitima de

acidente de trem: não comprou, mas foi prejudicado pelo defeito. Convidados que comeram buffet estragado

Vulnerabilidade pode ser técnica, jurídica ou fática (socieconomica). Presume para o PF, PJ precisa provar.

FornecedorNão há consumo sem fornecedor.Precisa ser profissional e fim lucrativo. Não precisa ser regularizado.Estado pode ser fornecedor? PJ Direito público ou privado que ofereça serviço por preço público ou tarifa (serviço próprio e uti singuli ou particular autorizado) é fornecedor

ProdutoQualquer bem

ServiçoQualquer atividade fornecida por remuneração, exceto relação trabalhistaQualquer uma que tenha serviço remunerado, fornecedor e consumidor.Aplica CDC a bancos (menos credito educativo) e financeiras.PJ Direito público ou privado que ofereça serviço por preço público ou tarifa (serviço próprio e uti singuli ou particular autorizado) é fornecedor, aplica CDC por falta de regulamentação específica. 5º. 32, 175II e 170 V. Se for relação tributária, não é consumo. Taxa é tributo, não é preço publico.

São próprios os serviços que atendem a necessidade pública e tem o Estado como executor direto, via seus agentes ou indiretamente, via concessionários ou permissionários. Pode ter serviço próprio mesmo feito por entidade privada (por remuneração). Impróprios são os serviços que são também de necessidade coletiva, mas os executores são os autorizados pelo Estado.

Serviço publico próprio e essencial não é relação de consumo, é atividade pública. Lei 7783Aplica se serviço próprio uti singuli (tarifa), particulares autorizados ou quando o estado é empresa´rio. Preço público, taxa ou tarifa.Não aplica em serviço próprio uti universi prestado genericamente (educalão saúde)não é relação de consumo: Atividade notarial, locação de imóvel, condomínio, Crédito educativo na caixa.

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Política Nacional das Relações de Consumo Objetivo Atender necessidades dos consumidoresdignidade, saúde e segurançaInteresses econômicos melhoria da sua qualidade de vida

PrincípiosVulnerabilidadeProteção estatalEducação e informaçãoControle de qualidade e segurançaMecanismos alternativos de solução de conflitosRegulaçãoServiços Publicos EficienciaEstudo e modificação constante

Instrumentos para a execução da politica nacional das relações de consumo Assistencia gratuita para o carente Promotoria + delegacia + juizado e vara especial + associações

Direitos básicos:Vida (saúde é pressuposto da vida)Liberdade de escolhaEducação e informaçãoProteção contra clausula abusivaFlexibilização do pacta sunt servanda (muda o que for abusivo)Prevenção e reparação de danosAcesso à justiça e orgaos administrativosFacilitação da defesa dos direitos (inversão do ônus da prova)Adequada e eficaz prestação de serviçosNão são taxativos, pode ter mais

Se der conflito das normas, dá um jeito de privilegiar o maximo delas, privilegiando formas narrativas, constituição e direitos fundamentais

RESPONSABILIDADE CIVIL

No Brasil, objetiva só em alguns casos (risco da atividade ou quando lei determinar). A culpa integra o conceito de ato ilícitoAbuso de direito é ato ilícito (187 cc), mas isso vai contra a moderna teoria do direito civilEm abuso do CDC, não se olha a culpa do fornecedor, olha se houve o dano.Não apenas quem é o culpado, também quem não evitou o risco

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Código napoleônico dividiu culpa delitual (aquiliana) e culpa contratualAquiliana – ato ilícito mas fora do contrato ou exercício de atividade perigosa ou estado de necessidade (permitido pela lei mas fora do risco social). Descumpre dever legal (186 187 cc)Contratual – 389, 927, 943, 944 e 954a) Primária – obrigação de fazer a prestaçãob) Secundária – exigível indiretamente no cumprimento do dever principalc) Lateral - clausulas gerais: boa fé e função social do contrato

Responsabilidade clássica dano, culpa e nexo causalResponsabilidade subjetiva dano, ato ilícito, imputabilidade e nexo causal 927 caputResponsa objetiva sem culpa. Principio da equidade. Só sai a culpa se provar que há o dano mas não tem qualquer relação entre o dano e a atividade 932, 933. 936 CC – culpa presumida, inversão do ônus da prova

Responsabilidade objetiva modernaa) Teoria do risco – basta exercer atividade perigosa 927 únicob) Teoria do dano objetivo

Responsabilidade do fornecedor Vem da teoria da qualidade, é um dever anexo ao produto. Admite se eximir por força maior e caso fortuito externoIndepende da existência de contrato

FATO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO (ART. 12 A 17):

É o mesmo que acidente de consumo causado por um defeito do produto ou serviço. Sem esse dano externo, não tem que indenizar.

Exemplos de fato do produto: aqueles famosos casos dos telefones celulares cujas baterias explodiam, causando queimaduras no consumidor; o automóvel cujos freios não funcionam, ocasionando um acidente e ferindo o consumidor; um ventilador cuja hélice se solta, ferindo o consumidor; um refrigerante contaminado por larvas ou um alimento estragado que venha a causar intoxicação etc.

Exemplos de fato do serviço: uma dedetização cuja aplicação de veneno seja feita em dosagem acima do recomendado, causando intoxicação no consumidor; um serviço de pintura realizado com tinta tóxica, igualmente causando intoxicação; uma instalação de kit-gás em automóvel, que venha a provocar um incêndio no veículo etc.

Prazo para arguir responsabilidade por fato do produto ou do serviço: É prescricional, pois diz respeito a uma pretensão a ser deduzida em juízo. No caso, o prazo é de 5 (cinco) anos, iniciando-se sua contagem a partir do conhecimento do dano e de sua autoria.

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Pode haver dano moral (inadimplemento de contrato), em vez do físico. No caso entra o prazo do código civil, 3 anos, porque não é só moral, não é um acidente de consumo. Ex: perdi o vôo por causa da companhia, a negativa de cobertura por parte dos seguros de assistência à saúde (planos de saúde) e a interrupção de serviços essenciais como o fornecimento de água, energia elétrica e telefonia, com inegável potencial ofensivo aos direitos da personalidade. “Art. 186. O descumprimento de contrato pode gerar dano moral quando envolver valor fundamental protegido pela Constituição Federalde 1988.”

O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:I - sua apresentação;II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam;III - a época em que foi colocado em circulação.

O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:I - o modo de seu fornecimento;II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;III - a época em que foi fornecido.

A lei admite o defeito oriundo da informação insuficiente, inexistente ou imprecisa se, em virtude dessa falha, ocorrer o dano. Quando o dano existe, mas não existe o defeito, não há que se falar em responsabilidade do fornecedor, pois ele não responderá pelo dano derivado do mau uso da coisa ou causado por qualquer outra razão que não o defeito.

Comida de bebê fora da validade é fato do produto, supermercado responde solidárioMesmo sem culpa, comerciante responde por defeito no serviço. Cair no supermercado dá indenizaçãoAluno que se acidente em excursão do colégio. Dever de segurança. Objetiva, sem excludente.Cliente assaltado em banco é previsível. Não é fortuito ou força maior, mesmo sem falha na segurança.

O vício difere do defeito na linguagem do CDC. Enquanto o produto defeituoso ofende a segurança, o primeiro está mais relacionado à ideia de inadequação do produto ou serviço. O defeito importa no dano, enquanto o vício na impropriedade ou inadequação do produto ou serviço. É certo que um produto com vício pode causar um dano, e, nessa perspectiva, passaria a ser compreendido como defeito.

Defeito = dano = produto inseguroVicio = impróprio ou inadequado ao consumo

VÍCIO DO PRODUTO OU DO SERVIÇO:

Haverá vício quando o “defeito” atingir meramente a incolumidade econômica do consumidor, causando só um prejuízo patrimonial. Não há danos à saúde física ou psicológica do consumidor. O prejuízo é meramente patrimonial, atingindo somente o próprio produto ou serviço.

Prazo decadencial para reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação:30d dias em se tratando de produto ou serviço não durável90d, no caso de produto ou serviço durável.

A reclamação esperando resposta do fornecedor ou o inquérito judicial impedem a decadência

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Vigora na responsabilidade pelo vício, o princípio da responsabilidade solidária, segundo o qual todos os presentes na cadeia de fornecimento respondem civilmente, INCLUSIVE O COMERCIANTE.

Pelo defeito (fato), só quem responde é o fabricante. O comerciante pode ser responsabilizado em dano se

a) Não puder identificar o fabricante ou importadorb) Não identificou claramente o fabricantec) Não conservou o produto

Profissional liberal é responsa subjetiva. Médico em estética é responsa objetiva

Prazo Sana vício em 30 dias (pode combinar entre 7d e 180d) ou

SubstituiDevolve granaabatimento

Em contrato de adesão, o prazo precisa vir em separado

 § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a incorporação.

Exclui responsaI -que não colocou o produto no mercado;II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste;III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro

I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste;II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro.

Vicio de comida in natura, quem responde é o mercadinho, salvo se identificou o produtorAlterar bula depois da venda não tira a responsa, mesmo que o consumidor compre sem receitaCair no estacionamento é dano, precisa indenizarO dano precisa estar relacionado ao defeito do produto ou serviço

Caso fortuito só exclui a compensação se for externo, caso fortuito interno deve ser pago. Ex assalto em banco.

Qualidade – impróprio ou inadequado (vencido, falsificado, adulterado, quebrado, nocivo, não atende). Atende em 30 dias (ou entre 5d e 180d) ou substitui, restitui ou dá desconto, abatimento, complementação, substituição ou restituição corrigida. Se for serviço, é reexecução, restituição atualizada (pode ter perdas e danos) ou abatimento proprocional

Informação – se faltar, é vicio

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Oculto – é de fabricação, mas só aparece com o tempo (prazo conta de quando apareceu defeitoAparente – vê na hora. (prazo conta da compra)30d – não duráveis90d – duráveis.Prazo decadencial, a partir da entrega do produto ou serviço (aparente)Prazo decadencial, a partir do aparecimento do vício (oculto)

DESCONSIDERAÇÃOAbuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato/ato ilícito, violação de estatutos e contrato social, falência, insolvência, encerramento ou inatividade da PJ por má administração

Sociedade é subsidiária, menos as coligadas, que só respodnem por culpa

Teoria maior –Art. 50. CC Em caso de abuso da personalidade jurídica, caracterizado pelo desvio de finalidade, ou pela confusão patrimonial, pode o juiz decidir, a requerimento da parte, ou do Ministério Público quando lhe couber intervir no processo, que os efeitos de certas e determinadas relações de obrigações sejam estendidos aos bens particulares dos administradores ou sócios da pessoa jurídica.

Teoria menor –Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica provocados por má administração.

Reposição sempre com produto original e novoA garantia legal é de ordem pública (legal), não pode derrogar por vontade das partes. Diferente da garantia contratual. (Dá se quiser, mas só conta depois que acabar a legal, e precisa dizer claramente o tempo)

FASE DO PRODUTOAdequação – vida útil, não se espera que há falhas do processo produtivo (vício de adequação)Conservação – acabou a vida útil, mas ainda funcionaObsoletismo – deteriora

2ª. NP

PrincipiosIdentificação da publicidadeNão abusividadeVeracidadeTransparencia e fundamentaçãoInversão do ônus da provaObrigatorio cumprir a oferta

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Publicidades proibidas, restritas ou mitigadas fumo, bebida, remédio (só canais especializados) e defensivos

Enganosa Abusivaleva a erro, nem precisa ver se tem má fé ou lesão

ofende valores sociais ou induz comportamento prejudicial não importa se houve lesão

Civil Obrigada fornecedor a cumprir

Fornecedor e agencia respondem solidaria, independente haver dano material ou moral

penal O veículo também é responsabilizado

administrativo

Contrapropaganda Contrapropaganda

ABUSIVASVenda casada Recusar vender o que tem no estoqueVenda ostensiva mandar pro cliente produto que não pediuPrevelecer-se da vulnerabilidade do consumidor pra venderExigir do consumidor vantagem exageradaNão pode começar serviço sem orçamento prévioRepassar informações do consumidorProduto desatendendo normas técnicasRecusar a vender ou prestar serviço a quem oferecer pronto pagamentoElevar preço sem justa causaAplicar formula de reajuste diferente do combinadoNão fixar prazo Não pode constranger na cobrança

Independente da prescrição da execução, só pode ficar com nome sujo no serasa por 5 anosO devedor deve ser notificado 5 dias úteis antes da inscrição no banco de dados.

Princpios do banco de dadosGarantir privacidadeInduzir transparênciaImpor padrões temporais e de veracidadeDever de reparar danos

CONTRATOSe houver vício de consentimento é nulo

Dirigismo contratual em setores que interessam à coletividadeTeoria da imprevisão, amenizando o pacta sunt servandaForça obrigatória dos contratos – não é mais por moral, é pelo bem comum. Diminui

separação entre publico e privadoO que caiu foi o contrato pessoa-pessoa, mas o instituto contrato é vivo

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Serve para ter equilíbrio mínimo entre as partes, cumpre função social limitando vontade e liberdade pessoal em prol da paz social. O juiz pode elastecer o sentido de função social, convalidando contrato anulável

Princípios do contrato função social, consensualismo, autonomia da vontade, igualdade, obrigatoriedade, intangibilidade, inalterabilidade + revisão dos contratos e onerosidade excessiva, relatividade dos efeitos do contrato (só inter partes, mas protege interesse social) e boa fé

Proteção contra abusividade precisa conhecer o contrato antes de aceitar, interpreta favorável ao consumidor (tratar desigual os desiguais), o que tá no contrato vincula o fornecedor, pode desistir em 7 dias e receber atualizado, se o negócio foi feito fora do estabelecimento), proibido substituir a garantia legal pela contratural

Boa fé subjetiva e objetivaClausula da Lesão enorme – desequilíbrio no preço, pagou demais. Pode anular ou

modificicar o contratoEquidade – juiz pode interpretar o que é manifestadamente injusto no caso concreto

SANÇÕES ADMINISTRATIVAS (inclusive cautelar)Orgaõ administrativo pode impor, com recurso para judiciárioPecuniárias, objetivas (sobre serviço ou bem) ou subjetivas (sobre fornecedor)Multa, apreensão, inutilização, cassação do registro, proibir fabricação, suspende

fornecimento, suspensão temporária de atividade, revogação da concessão ou permissão, cassar licença de estabelecimento ou atividade, interdição, intervenção administrativa, contrapropaganda.

AÇÕES COLETIVAS

Coletivo – indivisível, ligados por relação jurídicaDifuso – indeterminados e indetermináveis. Não atinge ninguém em particular (ambiental)Individual homogêneo – Determinados, coletivo de pessoas. O direito é individual mas é

coletivo só na forma de tutela. O particular pode fazer ação individual, mas não afasta a ação coletiva

Legitimação concorrente, disjuntiva (não precisa de autorização dos outros legitimados) MP, Entes, órgãos direta e indireta E associações (1 ano, pertinente)

Difuso e coletivo é autônoma, não é substituição processual. Em direito individual homogêneo a letitimidade é extraordinária, tem substituição

processual.

Tutela adequada – atende necessidades reais do consumidorTutela efetiva – produz resultadosAção especial de tutela específica obrigação de fazer ou não fazer. Se não der pra fazer, juiz

busca solução que tenha o mesmo efeito real do adimplemento. Busca e apreensão, remoção de coisas e pessoas, desfazimento de obra, impedimento de atividade nociva, requisição de força policial, prisão em flagrante de quem desrespeitar a ordem judicial, multa diária (astreinte) entre outros. A multa independe de pedido do autor

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Mesmo apenas o receio de que a demora diminua a eficácia do proviemtno da tutela especpifica final já abre espaço para liminar.

A justiça é grátis mas se tiver má fé paga advogado, décuplo de custas e despesas processuais.

A liquidação só prescreve quando acabar o prazo prescricional da execução. Qualquer legitimado (vitima ou sucessor) pode promover sexecução coletiva da sentença.Fornecedor pode ter regresso contra fabricante no mesmo processo do consumidor, sob

análise do juiz. Vedada denunciação à lide. O réu pode, no entando, chamar sua seguradora ao processesso.

MP deve entrar em ação coletiva por interesse indivisual homogêneo. Já em direitos disponíveis, só se tiver mínimo de relevância social (fiscal da lei)

Consmidor pode entra com ação coletiva (competência estadual) em seu domicílio ou no lugar em que houve o dano. Com ação individual pode ser no domicilio dele, do réu ou no local do dano.

Litisconsórcio – edital em órgão oficial dá prazo para entrada de litisconsortesCondenação genérica – Se proceder o pedido, condena genérico e fixa a responsabilidade do

reuLiquidação - vitima ou sucessores promovemExecução coletiva – liquidação das sentenças de condenação Concurso de crédito – indenizações pessoas têm preferencia de pagamento a condenaçõesPrazo de habilitação de interessados – Um ano passou, legitimados podem executar. A grana

vai para um fundo

EFEITOSA) DIREITOS COLETIVOSUltra partes. Afeta quem propôs a ação, mas todo o grupo de clientes prejudicado. Se for improcedente, também vale ultra partes: não pode nova coletiva, mas pode individualSe for improcedente por falta de provas, pode entrar de novo, inclusive coletivo, a mesma

associação de novo.Se a coisa julgada da ação coletiva é positiva pro consumidor, estende. Se prejudica, não

estende para o individual (Vitima e sucessores)

B) DIREITO DIFUSOErga omnes se positivo ou negativo. A sentença definitiva aproveita a todos, inclusive para

pleitos individuais. Se improcedente, não posso fazer outra ação coletiva, mas posso fazer individual. Improcedente por falta de prova. Não pode entrar de novo com coletiva, tem que entrar individual, mas precisa da declaração do juiz que falta prova (cabe embargo de declaração)

AÇÃO CIVIL PÚBLICAErga omnes para todos só se procedente. Improvedente, não produz efeito, posso entrar

individual.

C) INDIVIDUAIS HOMOGENEOSSe procedente, erga omnes. Se improcedente, nenhum efeito para a vítima e herdeiros.

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Se improcedente por falta de provas, não pode entrar com outro coletivo, precisa individual.No entanto, para se livrar do erga omnes, basta não ter entrado como litisconsorte na coletiva.Pode entrar com indenizatória individual se não tiver participado da coletiva cmo litisconsorte

Todos legitimados (vitima e herdeiro) podem promover execução coletiva da sentenção, incluindo os que já tenham indenização fixada, sem prejuízo de propor outras execuções coletivas. Só pode propor se tiver sido liquidado o danos individual das vitimas

Execução coletiva – só é competente o juízo da ação condenatóriaExecução individual – competentes o juízo da liquidação ou da condenatóriaPagamento de credito: preferencia para ação coletiva (direito difuso ou coletivo) e credito de

reparação civil de danos do mesmo evento.Se o patrimônio do devedor não for suficiente para pagar as dividas de forma integral,

suspende a destinação de credito em ação coletiva enquanto pender em 2º. Grau ações individuais

Se passar um ano e não se habilitar interessados em numero compatível, os legitimaos podem fazer liquidação e execução da indenização devida. (fluid recovery – reparação fluida)

Ação pode ser proposta no domicílio do autor. É abusiva clausula que elege foro que não o domicilio do autor.

Reu pode chamar o segurado para o processo (não é chamamento à lide), vedada a integração do contraditório pelo instituto de resseguros do brasil. Se reú falir, aciona direto a seguradora, vedada denunciação ao instituto de resseguros e dispensado seu litisconsórcio obrigatório.

Litispendencia é quando são iguais a parte, o pedido e a causa de pedir. Não há litispendenca da coletiva para a individual. Só há influencia se for em benefício, e se os autores das individuais requererem suspensão do andamento do feito por 30 dias. Se não pedir, o processo corre por sua conta, e perde o benfício da ação coletiva. No entanto, só perde se tive sido comunicado por intimação pessoal, não basta edital e divulgação na imprensa.

No processo civil, "dá-se a continência entre duas ou mais ações sempre que há identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o objeto de uma, por ser mais amplo, abrange o das outras", segundo preceitua o Código de Processo Civil, em seu artigo 104. Assim, ocorrerá a continência quando as ações têm as mesmas partes e a mesma causa de pedir, mas o pedido, embora diferentes, de uma delas engloba o da outra.

SNDCDepartamento (coordena política e ações) órgão da Secrretaria de Direito economicoProcon estaduais e municipaisNão há hierarquia, competência concorrente

Decon é programa estadual (serviço especial de defesa comunitária)Jurdecon é junta recursal para julgar recursos administrativosProcon da Assembleia Ceará (administração pública direta, do legislativo)

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Procon Fortaleza (proteção e defesa do consumidor, fiscalização e educação)