Direito Da Propriedade Intelectual

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  • 8/4/2019 Direito Da Propriedade Intelectual

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    PROPRIEDADE INTELECTUAL

    Direitos Autorais

    Prof. Gilberto [email protected]

    UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

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    Gilberto Mariot

    Graduado em Desenho Industrial pela UFPR, Comrcio Exterior

    pela Aduaneiras de So Paulo e Direito pela UAM. Ps graduao

    em Design Grfico pela Umanitria Di Milano Italia, com cursosde ps Graduao em Propriedade Industrial pela OMPI, Gesto

    de Direitos Autorais pela Faculdade So Luis de So Paulo, e

    Direito das Novas Tecnologias pelo IICS. Mestre em Direito da

    Sociedade da Informao pela FMU.

    Advogado, scio da Mariot, Berti e Kanner AdvogadosAssociados e Professor de Direito Internacional, Direitos Humanos

    e Direito da Propriedade Intelectual.

    UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI

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    Desde os tempos mais remotos, alguns

    empresrios investiam em pesquisas para oaprimoramento de seus servios e, em

    contrapartida exigiam do governo certa

    exclusividade, formando grandes monoplios.

    Direito da Propriedade Intelectual

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    A Inglaterra, antes da primeira RevoluoIndustrial, foi pioneira na proteo do Direito

    Industrial.

    No Brasil, o Direito Industrial teve incio no Sc.

    XIX, quando a Corte portuguesa reconheceu o

    direito de exclusividade ao inventor. Aps a

    Independncia, foram editadas as primeiraslegislaes sobre invenes e sobre marcas

    (1875)

    Direito da Propriedade Intelectual

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    Atualmente o Direito Industrial encontra-se

    previsto na Lei da Propriedade Industrial

    (LPI, Lei 9.279/96), queassegura aos empresrios os direitos e

    obrigaes relativos propriedade industrial

    (art. 1), assim como na Constituio Federal,

    que dispe no artigo 5, inciso XXIX:

    Direito da Propriedade Intelectual

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    A lei assegurar aos autores de inventos

    industriais privilgio temporrio para sua

    utilizao, bem como proteo as criaes

    industriais, propriedade das marcas, aos

    nomes de empresas e outros signos distintivos,

    tendo em vista o interesse social e o

    desenvolvimento tecnolgico e econmico dopas.

    Direito da Propriedade Intelectual

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    Direito da Propriedade Intelectual

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    PropriedadeIntelectual

    Propriedade

    Industrial

    Direitos

    Autorais

    Software

    Cultivares

    Invenes

    M.U

    D.I

    Marcas

    Designaes

    T.C.I

    Direito CivilDireito Comercial

    Obras literrias,

    cientficas e

    artsticas em

    geral

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    Estrutura dos Direitos Imateriais

    PROPRIEDADE INTELECTUAL NO MUNDO

    1883 Conveno de Paris para proteo daPropriedade Industrial - CUP

    1887 Conveno da Unio de Berna paraProteo de Direitos de Autor - CUB

    1967 Criao da Organizao Mundial daPropriedade Intelectual - OMPI

    1994 Incluso do TRIPs na OMC (singleundertaking). (Trade Related Intellectual Property Rights Agreement)

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    PROPRIEDADE INTELECTUAL NO BRASIL

    INPI

    O Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI),

    autarquia federal sediada no Estado do Rio de Janeiro, o

    rgo encarregado de aplicar a legislao atinente

    propriedade industrial no Brasil, processando e

    examinando os pedidos e as concesses de patentes e

    registros

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    Estrutura dos Direitos Imateriais

    PROPRIEDADE INTELECTUAL NO BRASIL

    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Lei do Direito Autoral 9610/98

    Lei de Software 9609/98

    Lei de Cultivares 9456/97

    Lei dos Semicondutores 11484/07

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    Estrutura dos Direitos Imateriais

    PROPRIEDADE INTELECTUAL NO BRASIL

    Decreto 75.699, de 06 de maio de 1975 Promulga a Conveno de Berna para aProteo das Obras literrias e Artsticas, de 09 de setembro de 1886, revista em

    paris, a 24 de julho de 1971

    Decreto 1.263, de 10 de Outubro de 1994 ratifica a declarao de adeso aos arts 1

    a 12 e ao art.28, alnea 1, do texto de reviso de Estocolmo, da Conveno de Paris

    para a proteo da Propriedade Industrial

    Decreto n 1.355, de 30 de dezembro de 1994 Promulga a Ata Final que incorpora

    os resultados da Rodada Uruguai de Negociaes Comerciais Multilaterais do GATT.

    Decreto n 2.366, de 05 de novembro de 1997 regulamenta a Lei 9.456, de 25 de

    abril de 1997, que institui a proteo de Cultivares, dispe sobre o Servio Nacional

    de Proteo de Cultivares SNPC, e d outras providncias.

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    PROPRIEDADE INTELECTUAL

    Lei da Propriedade Industrial 9279/96Ttulo I Das Patentes;

    Ttulo II Dos desenhos Industriais;

    Ttulo III Das Marcas;

    Ttulo IV Das Indicaes Geogrficas;

    Ttulo V Dos Crimes contra a propriedade industrial; (Concorrncia Desleal)

    Ttulo VI Da transferncia de Tecnologia e da Franquia;

    Ttulo VII Das Disposies Gerais

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    INPI

    Patentes de inveno e demodelos de utilidade (Art. 6)

    Registro de desenho industrial ede marcas

    Registro de software

    Registro das topografias decircuitos integrados

    Proteo s designaes de

    origem e represso concorrncia desleal

    A PRIORIDADE FUNDAMENTA-SE NA ANTERIORIDADE DODEPSITO

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    O que uma patente?

    Vamos iniciar por explorar o que uma patente. Concedida,

    mediante solicitao, por uma repartio governamental (geralmente

    um Escritrio de Patentes), uma patente um documento que

    descreve uma inveno e cria uma situao legal na qual a inveno

    pode somente ser explorada com a autorizao do titular da patente.

    Em outras palavras, uma patente protege uma inveno, e garante

    ao titular os direitos exclusivos para usar sua inveno por um

    perodo limitado de tempo.

    E uma inveno pode ser definida como uma nova soluo para um

    problema tcnico. Exemplo de invenes: curativo band-aid, ferro

    eltrico, alfinete de segurana, caneta esferogrfica, telefone, etc.

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    Qual a finalidade de uma patente?

    A finalidade da patente conceder uma forma de proteo

    aos progressos tecnolgicos. Na teoria, a proteo da

    patente recompensa no somente a criao da inveno,

    mas tambm o desenvolvimento dessa inveno para

    torn-la realizvel do ponto de vista tecnolgico ecomercial; esse tipo de incentivo suscetvel de promover

    a criatividade e encorajar as empresas a continuar o

    desenvolvimento de novas tecnologias, para torn-las

    comercializveis, teis para o pblico e favorveis ao

    interesse pblico.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 3- Aplica-se tambm o disposto nesta lei:

    I - ao pedido de patente ou de registro proveniente do exterior e depositado no

    Pas por quem tenha proteo assegurada por tratado ou conveno em vigor no

    Brasil; e

    II - aos nacionais ou pessoas domiciliadas em pas que assegure aos brasileiros

    ou pessoas domiciliadas no Brasil a reciprocidade de direitos iguais ou

    equivalentes.

    Art. 4o.- As disposies dos tratados em vigor no Brasil so aplicveis, em

    igualdade de condies, s pessoas fsicas e jurdicas nacionais oudomiciliadas no Pas.

    Art. 5o.- Consideram-se bens mveis, para os efeitos legais, os direitos de

    propriedade industrial.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 10 - No se considera inveno nem modelo de utilidade:

    I - descobertas, teorias cientficas e mtodos matemticos;

    II - concepes puramente abstratas;

    III - esquemas, planos, princpios ou mtodos comerciais, contbeis, financeiros,

    educativos, publicitrios, de sorteio e de fiscalizao;IV - as obras literrias, arquitetnicas, artsticas e cientficas ou qualquer criao

    esttica;

    V - programas de computador em si;

    VI - apresentao de informaes;

    VII - regras de jogo;

    VIII - tcnicas e mtodos operatrios, bem como mtodos teraputicos ou de

    diagnstico, para aplicao no corpo humano ou animal; e

    IX - o todo ou parte de seres vivos naturais e materiais biolgicos encontrados na

    natureza, ou ainda que dela isolados, inclusive o genoma ou germoplasma de

    qualquer ser vivo natural e os processos biolgicos naturais

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 11 - A inveno e o modelo de utilidade so considerados novosquando no compreendidos no estado da tcnica.

    Pargrafo 1o.- O estado da tcnica constitudo por tudo aquilo

    tornado acessvel ao pblico antes da data de depsito do pedido depatente, por descrio escrita ou oral, por uso ou qualquer outro meio,no Brasil ou no exterior, ressalvado o disposto nos arts. 12,16 e 17.Pargrafo 2o.- Para fins de aferio da novidade, o contedo completode pedido depositado no Brasil, e ainda no publicado, ser considerado

    estado da tcnica a partir da data de depsito, ou da prioridadereivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo quesubseqentemente.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 18 - No so patenteveis:

    I - o que for contrrio moral, aos bons costumes e segurana, ordem e sade pblicas;

    II - as substncias, matrias, misturas, elementos ou produtos dequalquer espcie, bem como a modificao de suas propriedades fsico-qumicas e os respectivos processos de obteno ou modificao,quando resultantes de transformao do ncleo atmico; eIII - o todo ou parte dos seres vivos, exceto os microorganismostransgnicos que atendam aos trs requisitos de patenteabilidade -

    novidade, atividade inventiva e aplicao industrial - previstos no art.8o.e que no sejam mera descoberta.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 19 - O pedido de patente, nas condies estabelecidas pelo INPI,conter:

    I - requerimento;

    II - relatrio descritivo;III - reivindicaes;IV - desenhos, se for o caso;V - resumo; eVI - comprovante do pagamento da retribuio relativa ao depsito.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 42 - A patente confere ao seu titular o direito de impedir terceiro,sem o seu consentimento, de produzir, usar, colocar venda, vender ouimportar com estes propsitos:

    I - produto objeto de patente;

    II - processo ou produto obtido diretamente por processopatenteado.

    Pargrafo 1o.- Ao titular da patente assegurado ainda o direito deimpedir que terceiros contribuam para que outros pratiquem os atosreferidos neste artigo.

    Pargrafo 2o.- Ocorrer violao de direito da patente de processo,a que se refere o inciso II, quando o possuidor ou proprietrio nocomprovar, mediante determinao judicial especfica, que o seuproduto foi obtido por processo de fabricao diverso daquele protegidopela patente.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 78 - A patente extingue-se:

    I - pela expirao do prazo de vigncia;II - pela renncia de seu titular, ressalvado o direito de terceiros;III - pela caducidade;

    IV - pela falta de pagamento da retribuio anual, nos prazos previstosno Pargrafo 2o.do art. 84 e no art. 87; e (pagamento das anuidades)V - pela inobservncia do disposto no art. 217. (do procurador)

    Pargrafo nico - Extinta a patente, o seu objeto cai em domniopblico.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 88 - A inveno e o modelo de utilidade pertencem exclusivamenteao empregador quando decorrerem de contrato de trabalho cujaexecuo ocorra no Brasil e que tenha por objeto a pesquisa ou aatividade inventiva, ou resulte esta da natureza dos servios para osquais foi o empregado contratado.

    Pargrafo 1o.- Salvo expressa disposio contratual em contrrio, aretribuio pelo trabalho a que se refere este artigo limita-se ao salrioajustado.

    Pargrafo 2o.- Salvo prova em contrrio, consideram-se desenvolvidos

    na vigncia do contrato a inveno ou o modelo de utilidade, cujapatente seja requerida pelo empregado ate 1 (um) ano aps a extinodo vnculo empregatcio.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Inveno PATENTE (20 anos da data do depsito)

    novidade + atividade inventiva+ aplicao industrial

    Novidade o que no esta compreendido no estado da tcnica

    Atividade inventiva sob a tica de um tcnico no decorra do estado datcnica ou dotado de um ato inventivo .

    Industriabilidade - quando podem ser utilizados ou produzidos em qualquer tipode indstria.

    Modelo de utilidade PATENTE (15 anos da data do depsito)

    Objeto de uso prtico ou parte deste, suscetvel de aplicao industrial queapresente nova forma ou disposio, envolvendo ato inventivo, que resulte emmelhoria funcional no seu uso ou em sua fabricao.

    no compreendido no estado da tcnica

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    Desenho Industrial

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 95 - Considera-se desenho industrial a forma plstica ornamental de umobjeto ou o conjunto ornamental de linhas e cores que possa ser aplicado a umproduto, proporcionando resultado visual novo e original na sua configuraoexterna e que possa servir de tipo de fabricao industrial.

    Art. 96 - O desenho industrial considerado novo quando no compreendidono estado da tcnica.

    Pargrafo 1o.- O estado da tcnica constitudo por tudo aquilo tornado

    acessvel ao pblico antes da data de depsito do pedido, no Brasil ou no exterior, poruso ou qualquer outro meio, ressalvado o disposto no Pargrafo 3o. deste artigo e noart. 99.

    Pargrafo 2o.- Para aferio unicamente da novidade, o contedo completo depedido de patente ou de registro depositado no Brasil, e ainda no publicado, serconsiderado como includo no estado da tcnica a partir da data de depsito, ou da

    prioridade reivindicada, desde que venha a ser publicado, mesmo que

    subseqentemente.

    Pargrafo 3o.- No ser considerado como includo no estado da tcnica odesenho industrial cuja divulgao tenha ocorrido durante os 180 (cento e oitenta) diasque precederem a data do depsito ou a da prioridade reivindicada, se promovida nas

    situaes previstas nos incisos I a III do art. 12.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art. 97 - O desenho industrial considerado original quando deleresulte uma configurao visual distintiva, em relao a outrosobjetos anteriores.

    Pargrafo nico - O resultado visual original poder serdecorrente da combinao de elementos conhecidos.

    Art. 98 - No se considera desenho industrial qualquer obra de

    carter puramente artstico.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    ULha: A futilidade no amplia a utilidade do objeto

    O Desenho Industrial se distingue da marca principalmente

    porque se refere aparncia do produto, que no deve sernecessariamente distintiva o que uma condio essencial damarca.

    Portanto, as funes e as justificativas da proteo dodesenho industrial e da marca so muito diferentes.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Como pode ser protegido o DI?

    Na maioria dos pases, o DI deve ser registrado paraque se obtenha a proteo da legislao especfica e,como regra geral, o DI deve ser NOVO ou ORIGINAL

    para que possa ser registrado. Porm a concepo denovidade ou originalidade e o processo de regsitropode variar, de pas para pas.

    Particularmente, as diferenas podem ser quanto existncia ou no de um exame quanto forma esubstncia do pedido de registro do desenho,especialmente quanto determinao da novidade e daoriginalidade

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Como pode ser protegido o DI?

    Um DI deve ser capaz de ser reproduzido por meiosindustriais (aplicao industrial).

    O registro no INPI no o nico meio de proteo doDI. possvel proteger o DI sob a lei do direito de autore a lei da concorrncia desleal.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Dos prazos de validade do registro:

    Conveno de Paris Proteo mnima de 05 anos, coma possibilidade de renovao de 15 a 25 anos, no

    mximo. O prazo mnimo exigido pelo acordo TRIPS de 10 anos.

    No Brasil (art. 108), o registro vigorar pelo prazo de10 anos, prorrogvel por 3 perodos sucessivos de 05(cinco) anos cada.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    O DI pode ser protegido em mbito mundial?

    Em regra, e de acordo com a Conveno de Paris, aproteo do desenho industrial se limita ao pas onde a

    proteo requerida e concedida.Se for desejada a proteo em diversos pases, vriospedidos (depsitos) nacionais separados devem serrealizados e os procedimentos so, via de regra,diferentes em cada pas.

    O Acordo de Haia para Deposito Internacional de DesenhosIndustriais dever mudar isso.

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    MARCA

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    MARCA

    Definio da OMPI:

    A marca basicamente um sinal usado para fazer adistino entre os produtos ou servios de uma empresae aqueles oferecidos por outra empresa.

    Caractersticas:

    Existem duas caractersticas principais pra uma marca:deve ter um carter distintivo e no deve ser enganosa.

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    MARCA

    Exemplos:Palavras: Apple para computadores; Deutsche Bank, parabanco.

    Designaes arbitrrias ou fantasiosas: Coca-cola, Nikon,

    Sony, NIKE, Easy Jet.Nomes: Ford, Peugeot, Hilton(hotel)

    Expresses de propaganda: Fly me , para uma comanhiaarea.

    Logotipo: a estrela da Mercedes Benz, a moa voando daRolls Royce.

    Nmero: o perfume 4711 .

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    MARCACarter distintivo: para ser distintiva, a marca, por sua prprianatureza, deve ser capaz de distinguir produtos ou servios. Um bomexemplo a palavra apple ou seja ma. A palavra Apple constituiuma marca que apresenta um carter distintivo para computadores,porque no tem absolutamente nada a ver com computadores, mas noteria carter distintivo para mas verdadeiras.

    Em outras palavras, a pessoa que cultiva e vende mas no poderiaregistrar a palavra apple como marca e proteg-la, porque seusconcorrentes devem poder utilizar a palavra em questo para descreverseus prprios produtos.

    Em termos gerais, se a marca descritiva, ela no distintiva. A marca

    descritiva se descreve a natureza ou a identidade dos produtos ouservios para os quais utilizada. A marca pode ainda ser enganosa,principalmente quando reivindica uma qualidade para os produtos queestes no possuem.

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    MARCA

    Marca enganosa:

    Na maioria das vezes, a marca enganosa aquela que supecertas qualidades para os produtos que estes no possuem.Imaginemos, por exemplo, a marca Puro Couro, utilizada paraprodutos que no so feitos de puro couro.

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    MARCA

    Marca REGISTRO- Novidade relativa + originalidade +desimpedimento ou no colidncia com marca notria

    Marca notria proteo especial que independe de registro

    No h definio precisa para uma marca notria. O que precisa serdefinido, entretanto, so os fatores que devem ser considerados paraque se determine se a marca ou no notria. Entre esses fatores se

    inclui o grau de conhecimento ou reconhecimento da marca no setorde pblico relevante e a durao, extenso e rea geogrfica dequalquer uso da marca.

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    Art.122 Sinal distintivo, suscetvel de percepo visual, que identifica,direta ou indiretamente produtos ou servios.

    Somente sinais visualmente perceptveis podem ser registrados.

    Marcas podem ser:

    Nominativas exclusivamente palavrasFigurativas desenhos ou logotiposMistas palavras que formam logos

    Princpio da Especificidade A proteo da marca registrada limitada aos produtos e servios da mesma classe, salvo quando o INPI adeclara: marca de alto renome . Nesta hiptese, a proteo ampliada para todas as classes.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Art.123MARCA de produto ou servio: aquela usada para distinguirproduto ou servio de outro idntico, semelhante ou afim, de origemdiversa.

    Marca de certificao aquela usada para atestar a conformidadede um produto ou servio com determinadas normas ouespecificaes tcnicas, notadamente quanto qualidade,natureza,material utilizado e metodologia empregada.

    Marca coletiva aquela usada para identificar produtos ou serviosprovindos de membros de uma determinada entidade.

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    Lei da Propriedade Industrial 9279/96

    Pode-se obter a proteo mundial para uma marca com umnico registro, ou voc deve registra-la em cada pas,separadamente?

    De fato, deve-se registr-la em cada pas separadamente, pois, como

    todos os direitos da propriedade intelectual, as marcas so direitos

    territoriais, o que basicamente significa que a proteo de uma marca

    obtida pelo registro nacional. Existem certos sistemas regionais de

    registro que facilitam o registro das marcas. Existem tambm os

    tratados internacionais, mas todos esses sistemas implicam, no final,

    no registro em cada pas e em cada territrio, separadamente. No

    podemos esquecer que, se as marcas podem ser registradas em

    pases, podem tambm ser registradas em territrios aduaneiros.

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    No so registrveis como MARCA:Indicaes geogrficas, sinal que induza a falsa indicao quanto

    origem, procedncia, natureza, qualidade ou utilidade do produto ou

    servio a que a marca se destina. Nome, prmio ou smbolo de evento

    esportivo, artstico, cultural, social, poltico, econmico ou tcnico, oficial

    ou oficialmente reconhecido, bem como a imitao suscetvel de criar

    confuso, salvo quando autorizados pela autoridade competente ou

    entidade promotora do evento. Reproduo ou imitao de ttulo, aplice,

    moeda e cdula da Unio, dos Estados, do D.F, dos Municpios, ou de

    pas; Pseudnimo ou apelido notoriamente conhecidos, nome artstico

    singular ou coletivo, salvo com consentimento do titular, herdeiros ou

    sucessores; Nome civil, assinatura, patronmico e imagem de terceiros,

    salvo com consentimento. Obra literria, artstica ou cientfica e outros

    ttulos protegidos pelo Direito Autoral.

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    INDICAES GEOGRFICAS

    O uso de indicaes geogrficas um importante mtodo de indicao

    da procedncia dos produtos e servios.

    So principalmente utilizadas para fomentar o comrcio, informando ao

    consumidor essa procedncia .

    Seu emprego freqentemente sinnimo de uma certa qualidade, que

    corresponde procurada pelo consumidor.

    Podem ser utilizadas para produtos industriais e agrcolas. Se bem que a

    proteo seja conferida em mbito nacional, existem diversos tratados

    internacionais que do assistncia na obteno da proteo, em diversospases.

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    INDICAES GEOGRFICAS

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    INDICAES GEOGRFICAS

    A Conveno de Paris no utiliza em sua terminologia o termo

    indicao geogrfica; utiliza, sim, os termos:

    indicaes de procedncia e

    denominao de origem.

    indicao de procedncia significa qualquer expresso ou sinalutilizado para indicar que um produto ou servio originrio de um

    pas, uma regio, um lugar especfico onde o produto se originou.

    Exemplo: Fabricado no Japo (made in Japan).

    denominao de origem significa o nome geogrfico de um

    pas,ou um lugar especfico que serve para designar um produtooriginrio daquele lugar, as qualidades que lhe so caractersticas

    devido exclusivamente ou essencialmente ao ambiente geogrfico

    de onde provm, incluindo os fatores naturais ou humanos ou

    ambos. Exemplo: Champagne, na Frana; Vale dos Vinhedos; no

    Brasil.

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    INDICAES GEOGRFICAS

    Exemplos de indicao geogrfica:

    Para resumir, Champagne, Cognac, Roquefort,

    Chianti, Porto, Havana e Tequila so alguns

    exemplos bem conhecidos para nomes que soassociados, em todo o mundo, com produtos que contm

    uma certa natureza e qualidade.

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    INDICAES GEOGRFICAS

    Qual a diferena entre indicao geogrfica e marca?

    A marca um sinal utilizado por uma pessoa fsica ou jurdica, para

    distinguir seus prprios produtos ou servios dos produtos e

    servios de seus concorrentes. A indicao geogrfica utilizada

    para indicar que certos produtos so provenientes de uma certaregio. Todos os produtores dessa regio podem utilizar essa

    indicao.

    Por exemplo, Bordeaux e Champagne podem ser utilizadas por

    todos os vinicultores na rea de Bordeaux e Champagne, mas

    somente a Mot & Chandon pode designar seu Champagne " Mot& Chandon " como marca de seu champanhe.

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    INDICAES GEOGRFICAS

    Como so protegidas as indicaes geogrficas?

    Ao contrrio das marcas e das patentes, as indicaes

    geogrficas so passveis de uma grande variedade de

    protees. Podem ser protegidas por legislao suigeneris ou decretos; esse o sistema adotado pela

    Frana e por Portugal, por exemplo. Podem tambm ser

    inscritas em um registro de indicaes geogrficas.

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    INDICAES GEOGRFICAS

    Como so protegidas as indicaes geogrficas?

    Outra possibilidade consiste em apoiar-se na lei contra a

    concorrncia desleal, ou na noo do ilcito do "passingoff," ou seja fazer produtos passarem por outros, que

    basicamente prevem prticas comerciais desleais que

    no devem ser usadas.

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    INDICAES GEOGRFICAS

    Como so protegidas as indicaes geogrficas?

    As indicaes geogrficas podem ainda ser protegidas

    pelo registro de marcas coletivas ou marcas decertificao. As marcas coletivas, ao contrrio das

    marcas, pertencem a um grupo de comerciantes ou

    produtores. A marca de certificao, por outro lado, no

    passvel de apropriao: registrada na suposio que

    qualquer pessoa que preencha as condies prescritas

    pode utiliz-la.