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DIREITO DO TRABALHO FASE DECISÓRIA RAZÕES FINAIS SENTENÇA COISA JULGADA Aula AVULSA

DIREITO DO TRABALHO · • O primeiro passo da fase decisória é a ... Assim que instaurada a audiência, antes ... salvo no rito sumaríssimo onde o

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DIREITO DO TRABALHO

FASE DECISÓRIA

RAZÕES FINAIS

SENTENÇA

COISA JULGADA

Aula AVULSA

Fase Decisória. Razões Finais

• Concluída a produção das provas, o Juízo encerra

a fase probatória e inicia a fase decisória.

• O primeiro passo da fase decisória é a

apresentação de razões finais. Podem ser escritas

(memoriais) ou verbais (debates orais). A CLT

determina que sejam feitas oralmente, no prazo de

10 minutos a cada parte, primeiro o reclamante e

depois a reclamada. O juiz pode, verificando a

complexidade do processo, suspender a sessão

para permitir a apresentação de memoriais.

• Nas razões finais a parte deve proceder a

adequação entre a fase postulatória e a fase

probatória.

Fase Decisória. Razões Finais

• A importância das razões finais, além de seu

objetivo primeiro (adequação) já visto, é que

este é o primeiro momento legalmente

concedido às partes para manifestação nos

autos.

• Estabelece o art. 795 da CLT:• Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão

mediante provocação das partes, as quais deverão

argüi-las à primeira vez em que tiverem de falar em

audiência ou nos autos.

• Aqui está, portanto, o momento a que se

refere a Lei quando a nulidade ocorrer em

audiência.

Fase Decisória. Última tentativa de conciliação.

• O Juiz pode tentar a conciliação em qualquermomento do processo. Entretanto, em duasoportunidades a tentativa de conciliação éobrigatória:

• Primeira: Assim que instaurada a audiência, antesda apresentação da defesa:

• Última: Após a realização das razões finais emantes do julgamento. Se diz última e não segundaporque o Juiz pode, facultativamente, realizaroutras tentativas no curso da audiência.

• A ausência destas tentativas gera nulidade doprocesso. A jurisprudência tem sido branda,deixando de declarar a nulidade se não for feita aprimeira, mas, for feita a última. Se não for feita aúltima, entretanto, declara-se a nulidade.

Fase Decisória. Última tentativa de conciliação. Continuação.

• Se frutífera a conciliação será lavrado orespectivo termo. A homologação do Juizvalerá como decisão irrecorrível (art. 831,parágrafo único, CLT), salvo para aPrevidência Social.

• O processo resolve-se com mérito (art. 487,III, b, CPC/2015).

• Sendo irrecorrível a decisão, há transito emjulgado imediato.

• Somente atacável por Ação Rescisória sepresente (s) alguma (s) hipótese (s) do art.966 do CPC/2015.

Fase Decisória. Sentença. Introdução. Modalidades de Decisões

• Antes de abordar a sentença propriamentedita, é preciso conhecer e identificar asformas pelas quais o juiz se manifesta noprocesso. São três (art. 203 do CPC/2015):

• Despacho de mero expediente: Sãomanifestações judiciais que se destinam amovimentar o processo, sem conteúdodecisório.

• Decisões interlocutórias: São manifestaçõesjudiciais que se destinam a solucionarincidentes que surgem no curso doprocesso e, portanto, tem conteúdodecisório mas, não põe fim ao litígio.

Fase Decisória. Sentença. Introdução. Modalidades de Decisões (Cont).

• Sentença: São manifestações judiciais quese destinam a extinguir o processo, com ousem resolução do mérito. Diferencia-se dasdecisões interlocutórias porque temconteúdo decisório e põe fim ao processo.Trata-se aqui do termo “sentença” nosentido amplo, porque no sentido estritosentença é a decisão proferida pelo primeirograu. A decisão do segundo grau échamada de Acórdão e do terceiro e quartograus é denominada de Aresto, embora apraxe já venha designando as decisões deterceiro e quarto graus também comoAcórdão.

Fase Decisória. Sentença. Conceito legal.

• Eis a redação do art. 203, § 1º do

CPC/2015:

– Art. 203: ...

– § 1º Ressalvadas as disposições expressas dos

procedimentos especiais, sentença é o

pronunciamento por meio do qual o juiz, com

fundamento nos arts. 485 e 487, põe fim à fase

cognitiva do procedimento comum, bem como

extingue a execução.

Fase Decisória. Modalidades de sentença

• A sentença pode extinguir o processo semresolução do mérito (terminativa) ou comresolução do mérito (definitiva).

• Quando há extinção sem resolução do mérito,o juiz está negando ao autor o pedidoimediato, ou seja, o pedido de tutelajurisdicional. Por alguma razão, estádecretando que o exercício do direito de ação(postular uma tutela jurisdicional do Estado) foiexercido de forma irregular.

• As hipóteses para extinção sem resolução domérito estão expressas no art. 485 do Códigode Processo Civil de 2015.

Fase Decisória. Modalidades de sentença

• Art. 485. O juiz não resolverá o mérito quando:

• I - indeferir a petição inicial (após o Juízo inicial de adm.);;

• II - o processo ficar parado durante mais de 1 (um) ano por negligência daspartes;

• III - por não promover os atos e as diligências que lhe incumbir, o autorabandonar a causa por mais de 30 (trinta) dias(II e III, intimar pessoalmente oautor para que o faça em 5 dias);

• IV - verificar a ausência de pressupostos de constituição e de desenvolvimentoválido e regular do processo;

• V - reconhecer a existência de perempção, de litispendência ou de coisajulgada (não pode renovar a ação se a extinção se deu por este inciso);

• VI - verificar ausência de legitimidade ou de interesse processual (observarque foi retirada a “possibilidade jurídica” bem como a referência às condiçõesda ação;

• VII - acolher a alegação de existência de convenção de arbitragem ou quandoo juízo arbitral reconhecer sua competência;

• VIII - homologar a desistência da ação;

• IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível pordisposição legal; e

• X - nos demais casos prescritos neste Código. (o rol não é taxativo. Ex: Art 129do CPC – lide simulada; art. 47, § único, CPC – litisconsórcio necessário).

Fase Decisória. Modalidades de sentença (Cont).

• Quando há extinção com resolução do mérito,

significa que o juiz irá atender ao pedido

imediato, ou seja, entregará a tutela

jurisdicional e irá analisar o pedido mediato, ou

seja, o próprio mérito da causa, que é o conflito

surgido na relação jurídica de base.

• Também ocorre extinção com resolução do

mérito, por definição legal (art. 487, CPC),

quando o juiz acolhe decadência e prescrição,

homologa acordo entre as partes e ocorre a

renúncia do autor sobre o direito que fundava a

ação.

Fase Decisória. Modalidades de sentença (Cont).

• Observar aparente contradição entre oart. 487, parágrafo único com o art. 132,parágrafo primeiro, ambos do CPC/2015.

• Um trata do contraditório realdeterminando ao Juiz que ouça as partessobre eventual pronunciamento, de ofício,da decadência ou prescrição.

• Outro estabelece a possibilidade dejulgamento liminar de improcedência pelaocorrência de decadência ou prescrição.

Fase Decisória. Modalidades de sentença (Cont).

• Já se viu, em outra ocasião, que ajurisprudência trabalhista (TST) nãoaceita o pronunciamento de ofício daprescrição.

• Entretanto, pode o Juiz, através do quedispõe o parágrafo único do art. 487provocar as partes para que semanifestem sobre este tema?

• A CLT é omissa. Entretanto, se não podepronunciar a prescrição de ofício, nãopoderia provocar a parte a manifestar-sesobre este tema.

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença.

• A sentença é composta de relatório,

fundamentação e dispositivo (também chamado

de decisum), salvo no rito sumaríssimo onde o

relatório é dispensado.

• No relatório o juiz faz uma breve narrativa dos

fatos ocorridos no processo até aquele momento,

indicando resumidamente o objeto da petição

inicial, as razões de defesa, as provas produzidas

e o que de mais entender conveniente relatar.

– Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

– I - o relatório, que conterá os nomes das partes, a

identificação do caso, com a suma do pedido e da

contestação, e o registro das principais ocorrências

havidas no andamento do processo;

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Na fundamentação o juiz indicará as razões de decidir. Éaqui que o juiz deve aplicar o Princípio da PersuasãoRacional. O Juiz é livre para apreciar as provas de decidir,estando adstrito somente à lei e à sua consciência.Entretanto, como quer que decida, deve convencerracionalmente o leitor de suas razões.

• Quando se diz “convencer”, evidentemente não se querdizer que o leitor irá concordar com o que foi decidido (epara isto existem os recursos) mas deve compreender oprocesso lógico de raciocínio do juiz para chegar àqueladecisão.

– Art. 489. São elementos essenciais da sentença:

– ...

– II - os fundamentos, em que o juiz analisará asquestões de fato e de direito;

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• A aplicação deste princípio deve ser

feita em três passos:

• 1º Passo: Fixar o fato que reputa

verdadeiro;

• 2º Passo: Indicar a prova que o

convenceu do fato, ou de quem era o

ônus da prova que não foi produzida;

• 3º Passo: Aplicar o direito sobre o fato

reconhecido.

Fundamentação das decisões

Art. 489 do CPC 2015

O CPC diz quando não se considera fundamentada a SENTENÇA:

§ 1º Não se considera fundamentada qualquer decisão judicial, seja ela

interlocutória, sentença ou acórdão, que:

I - se limitar à indicação, à reprodução ou à paráfrase de ato normativo, sem explicar

sua relação com a causa ou a questão decidida;

II - empregar conceitos jurídicos indeterminados, sem explicar o motivo concreto de

sua incidência no caso;

III - invocar motivos que se prestariam a justificar qualquer outra decisão;

IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese,

infirmar a conclusão adotada pelo julgador;

V - se limitar a invocar precedente ou enunciado de súmula, sem identificar seus

fundamentos determinantes nem demonstrar que o caso sob julgamento se ajusta

àqueles fundamentos;

VI - deixar de seguir enunciado de súmula, jurisprudência ou precedente invocado

pela parte, sem demonstrar a existência de distinção no caso em julgamento ou a

superação do entendimento.

INSTRUÇÃO NORMATIVA 39

DO TST

Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II

Art. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais

(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho,

para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”

apenas:

a) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do

Trabalho em julgamento de recursos repetitivos (CLT, art. 896-B; CPC, art. 1046, §

4º);

b) entendimento firmado em incidente de resolução de demandas repetitivas ou de

assunção de competência;

c) decisão do Supremo Tribunal Federal em controle concentrado de

constitucionalidade;

d) tese jurídica prevalecente em Tribunal Regional do Trabalho e não conflitante com

súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho (CLT, art. 896,

§ 6º);

Fundamentação das decisões

Art. 15 da INSTRUÇÃO NORMATIVA 39 DO TST – INCISOS I e II

. 15. O atendimento à exigência legal de fundamentação das decisões judiciais

(CPC, art. 489, § 1º) no Processo do Trabalho observará o seguinte:

I – por força dos arts. 332 e 927 do CPC, adaptados ao Processo do Trabalho,

para efeito dos incisos V e VI do § 1º do art. 489 considera-se “precedente”

apenas:

(...)

e) decisão do plenário, do órgão especial ou de seção especializada competente

para uniformizar a jurisprudência do tribunal a que o juiz estiver vinculado ou do

Tribunal Superior do Trabalho.

II – para os fins do art. 489, § 1º, incisos V e VI do CPC, considerar-se-ão

unicamente os precedentes referidos no item anterior, súmulas do Supremo

Tribunal Federal, orientação jurisprudencial e súmula do Tribunal Superior do

Trabalho, súmula de Tribunal Regional do Trabalho não conflitante com

súmula ou orientação jurisprudencial do TST, que contenham explícita

referência aos fundamentos determinantes da decisão (ratio decidendi).

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:• § 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória,sentença ou acórdão, que:

• I - se limitar à indicação, à reprodução ou àparáfrase de ato normativo, sem explicar suarelação com a causa ou a questão decidida;

• Evidente e sem controvérsia. Comovimos acima, o 3º passo é aplicar odireito sobre o fato, não podendo,evidentemente, lançar o direito semdizer qual sua relação com o fato.

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:– § 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença

ou acórdão, que:

– II - empregar conceitos jurídicos indeterminados,

sem explicar o motivo concreto de sua incidência

no caso;

• Evidente e sem controvérsia. Assim como o

texto legal, textos de doutrina podem

fundamentar o convencimento do julgador,

desde que, evidentemente, estejam

relacionados ao caso concreto.

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:– § 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória, sentençaou acórdão, que:

– III - invocar motivos que se prestariam a justificarqualquer outra decisão;

• Ainda pior. Aplicabilidade evidente: Textopronto é inadmissível. A decisão deve serparticularizada, ainda que, evidentemente,possa ser idêntica à decisões proferidas emidênticas causas, o que, obviamente, deveser mencionado, nomeadamente nas causasque discutem matéria de direitoexclusivamente.

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:– § 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória, sentençaou acórdão, que:

– IV - não enfrentar todos os argumentos deduzidosno processo capazes de, em tese, infirmar aconclusão adotada pelo julgador;

• Histórico: Reação legislativa à posiçãojurisprudencial até então consolidade nosentido de que o Juiz não está obrigado arebater “ponto a ponto” todos os argumentosdas partes.

• Controvérsia: Maior parte da magistratura écontra este dispositivo. Maior parte daadvocacia é a favor.

Continua ...

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• O art. 3º da IN 39 do TST afirma que o artigoé aplicável ao Processo do Trabalho.

• Também penso assim. A má-fé não pode serpresumida, nem de advogados (comosustenta a magistratura), nem de Juízes(como sustenta a advocacia).

• Assim, eventual abuso por parte do advogadoao invocar teses despropositadas eprocrastinatórias devem ser punidas comlitigância de má-fé.

• Eventual negligência do Magistrado na suaconduta deve ser punida disciplinarmente,além de nulidade da decisão nãofundamentada.

Continua ...

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• De qualquer sorte o dispositivo legal estabelece anecessidade de pronunciamento judicial sobre “...argumentos deduzidos no processo capazes de, em tese, infirmar a

conclusão adotada pelo julgador”.

• A questão é saber se o julgador (1) poderá utilizaruma expressão genérica afirmando que “... Os demaisargumentos deduzidos no processo não são capazes de infirmar a

conclusão adotada pelo julgador” ou (2) se terá que explicarporque tais argumentos não tem esta aptidão.

• Se a solução for a primeira, então nada muda, pois oJuiz se pronunciará apenas sobre aqueles que acharrelevantes.

• Se a solução for a segunda, então o dispositivo ficasem efeito, já que o juiz terá que manifestar-se sobretodos os argumentos do mesmo modo. Questão quesó será solucionada na jurisprudência futura.

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:– § 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória, sentença

ou acórdão, que:

– V - se limitar a invocar precedente ou enunciado

de súmula, sem identificar seus fundamentos

determinantes nem demonstrar que o caso sob

julgamento se ajusta àqueles fundamentos;

• Evidente e sem controvérsia. Como já se

disse nos comentários anteriores. Não pode

aplicar norma, conceito doutrinário e, agora,

jurisprudência, sem relacionar com a hipótese

fática em exame.

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Sentença NÃO fundamentada:– § 1o Não se considera fundamentada qualquer

decisão judicial, seja ela interlocutória, sentençaou acórdão, que:

– VI - deixar de seguir enunciado de súmula,jurisprudência ou precedente invocado pela parte,sem demonstrar a existência de distinção no casoem julgamento ou a superação do entendimento.

• Aqui altíssima controvérsia que seráprofundamente analisada no módulo derecursos. Alteração de paradigma no Direitoprocessual brasileiro ao tornar obrigatória aaplicação de Súmulas, jurisprudências eprecedentes.

continua ...

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• Evidentemente que não se vai adiantar o temanesta aula. Apenas para reflexão, verificar o art.927 do Código de Processo Civil de 2015.– Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

– I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em controleconcentrado de constitucionalidade;

– II - os enunciados de súmula vinculante;

– III - os acórdãos em incidente de assunção de competênciaou de resolução de demandas repetitivas e em julgamentode recursos extraordinário e especial repetitivos;

– IV - os enunciados das súmulas do Supremo TribunalFederal em matéria constitucional e do Superior Tribunal deJustiça em matéria infraconstitucional;

– V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos quaisestiverem vinculados.

• Na mesma linha segue a Lei 13.015/2014 sobreos recursos trabalhistas.

Fase Decisória. Elementos que compõem a sentença. (Cont).

• No dispositivo o Juiz indicará o

resultado do julgamento e suas

conseqüências jurídicas.

– Art. 489. São elementos essenciais da

sentença:

...

– III - o dispositivo, em que o juiz resolverá

as questões principais que as partes lhe

submeterem.

Recorribilidade e retratablidade.

• Despachos de mero expediente não sãorecorríveis porque não tem conteúdo decisório.

• Decisões interlocutórias, via de regra, não sãorecorríveis de imediato (art. 893, § 1º, CLT).Exceções:– Despacho que nega seguimento a recurso (Agravo ou

Embargos declaratórios quando se nega seguimento aorecurso por equívoco no exame dos pressupostosextrínsecos de admissibilidade);

– Decisões com erro “in procedendo”;

– Decisões monocráticas nos Tribunais;

– Fixa o valor da causa (Procedimento Sumário);

– Acolhem exceção de incompetência e remetem osautos a outro ramo do Poder Judiciário ou, até mesmo,a outro Regional.

• As decisões interlocutórias são retratáveis.

Recorribilidade e retratablidade. Continuação.

• As sentenças são recorríveis, sejam

terminativas ou definitivas.

• As sentenças não são retratáveis.

• Efeito modificativos dos embargos

declaratórios:

– Não consiste na possibilidade de reanálise de

fatos ou provas, ou mesmo de aplicação do

direito.

– Consiste na possibilidade de modificar o

resultado do julgamento se tal for necessário ao

sanar uma omissão, contradição ou

obscuridade.

DIREITO DO TRABALHO

SISTEMA DE PRECEDENTES

Aula AVULSA

FAMILIAS JURÍDICAS

Existem duas FAMÍLIAS JURÍDICAS como forma de manifestação

do DIREITO que são mais usuais: família romano-germânica (CIVIL

LAW) e família anglo-saxônica (COMMON LAW);

A CIVIL LAW concede papel de destaque às normas escritas e

legisladas, defendendo que o direito deva ser codificado. Coloca em

segundo plano as demais FONTES de DIREITO, como costumes e

jurisprudência; foi criado nas universidades europeias

A COMMON LAW foi criado pelos próprios juízes na resolução de

determinados processos, principalmente nos Tribunais Reais de

Justiça; então, a própria formação dos juristas na COMMON LAW se

baseou na atividade prática;

Hoje há uma tendência de aproximação dos dois sistemas jurídicos,

com adoção de normas codificadas em países de common law e com a

valorização de precedentes nos países de civil law

PRECEDENTE : CONCEITO

PRECEDENTE é a decisão judicial tomada à luz de um

caso concreto, cujo elemento normativo pode servir como

diretriz para o julgamento posterior de casos análogos

É na verdade a RAZÃO DE

DECIDIR, sendo denominado

como ratio decidendi

Há um olhar para TRÁS =

visão retrospectiva – não é a

decisão original que define o

PRECEDENTE, mas julgados

posteriores, que o reconhecer

como tal

E há um aspecto

PROSPECTIVO = os

Tribunais ao decidirem devem

ter a dimensão que seus

julgados serão observados no

futuro

PERSUASIVOS

VINCULANTES

observância não

obrigatória

PRECEDENTE :CLASSIFICAÇÃO

Classificam-se os PRECEDENTES em persuasivos e

vinculantes segundo o grau de EFICÁCIA que possuem

dentro de um ordenamento.

Não são de observância

obrigatória.

Exemplos: decisão de Turma do

TST

PERSUASIVOS VINCULANTES

São obrigatoriamente observados

pelo julgador ao proferir decisões

semelhantes, sob pena de incorrer

em erro quanto à aplicação do

DIREITO

Possuem FUNDAMENTOS FÁTICOS e FUNDAMENTOS JURÍDICOS

É uma diferença essencial da lei, já que esta como norma geral e abstrata, desliga-se dos

fundamentos que a originaram, passando as discussões levantadas antes de sua criação a

serem um dado histórico (...). O precedente está umbilicalmente vinculado ao caso concreto que

lhe deu fundamento, não se admitindo a análise tão somente da tese jurídica criada, mas

essencialmente do (s) casos (s) que lhe deu (deram) origem (Élisson Miessa)

PRECEDENTE :CLASSIFICAÇÃO

Classificam-se os PRECEDENTES em persuasivos e

vinculantes segundo o grau de EFICÁCIA que possuem

dentro de um ordenamento.

Não são de observância

obrigatória.

Exemplos: decisão de Turma do

TST

PERSUASIVOS

VINCULANTES

São obrigatoriamente observados

pelo julgador ao proferir decisões

semelhantes, sob pena de incorrer

em erro quanto à aplicação do

DIREITO

PRECEDENTE, JURISPRUDÊNCIA E

SÚMULA

PRECEDENTE

É decisão judicial

da qual se retira

a

ratio decidendi

PRECEDENTE reiteradamente

aplicado vira

JURISPRUDÊNCIA

SÚMULA é o resumo da

jurisprudência dominante do

tribunal a respeito de

determinada matéria

PRECEDENTE JURISPRUDÊNCIA SÚMULA

E

V

O

L

U

Ç

Ã

O

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

I - as decisões do Supremo Tribunal Federal em

controle concentrado de constitucionalidade;

II - os enunciados de súmula vinculante;

Rol de precedentes : art.

927 CPC

Incisos I e II do art. 927 não é

novidade: ADC e ADin e

(art. 103 da CF)

Súmulas vinculantes estão da

CF (art. 103-A da CF)

Não se deve confundir EFEITO

OBRIGATÓRIO DO PRECEDENTE

e EFEITO VINCULANTE da decisão

em controle concentrado de

constitucionalidade

(Fred Didier). “No julgamento de uma ADI, O STF entende que uma lei estadual (n. 1000/2007),

p. ex.) é inconstitucional por invadir matéria de competência da lei federal. A coisa julgada

vincula todos à seguinte decisão: a lei estadual n. 1000/2007 é inconstitucional; a eficácia do

precedente recai sobre a seguinte ratio decidendi: ‘a lei estadual não pode versar sobre

determinada matéria, que é da competência da lei federal’. Se for editada outra lei estadual,

noutro Estado, haverá necessidade de propor nova ADI, sobre a nova lei, cuja decisão

certamente será baseada no precedente anterior; arguida a sua inconstitucionalidade em

sede de controle difuso, deverá ser observado esse precedente prévio e obrigatório do STF

sobre amatéria”

Art. 927. Os juízes e os tribunais observarão:

(...) III – os acordãos em incidente de resolução de demandas repetitivas e

incidente de assunção de competência e em julgamento

de recurso extraordinário e especial repetitivos

IV - os enunciados das súmulas do Supremo Tribunal

Federal em matéria constitucional e do Superior

Tribunal de Justiça em matéria infraconstitucional;

V - a orientação do plenário ou do órgão especial aos

quais estiverem vinculados.

Rol de precedentes : art.

927 CPC

JULGAMENTOS DE RECURSOS

EXTRAORDINÁRIOS COM

REPERCUSSÃO GERAL;

SÚMULAS DE TRIBUNAIS

SUPERIORES;

ORIENTAÇÃO DO PLENÁRIO ou

DO ÓRGÃO ESPECIAL

Deixemos o incidente de

resolução de demandas

repetitivas e o incidente

de assunção de

competência por último...

Fontes : Súmula vinculante

Art. 103- A da CF

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou

por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus

membros, após reiteradas decisões sobre matéria

constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação

na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos

demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública

direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem

como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma

estabelecida em lei. (Artigo acrescentado pela Emenda

Constitucional nº 45, de 08/12/2004)

Além das SÚMULAS VINCULANTES, as Súmulas

do STF em matéria constitucional são

obrigatórias;

e

As Súmulas do TST em matéria infraconstitucional

Súmulas do STF

Súmulas do TST

Súmulas do TRT

Art. 927, IV do CPC

Acórdãos do STF com

repercussão geral;

Precedentes de

orientação do Plenário

ou Órgão Especial dos

Tribunais Regionais(art. 927, IV do CPC)Súmula pode conter um PRECEDENTE,

mas nem todo o PRECEDENTE pode ser

Súmula;

Porque a SÚMULA pressupõe uma prévia

reiteração de julgados (processos); Deve

haver decisões reiteradas

HORIZONTAL : orgãos fracionários (Turmas, SDI e

SDC) do próprio Tribunal devem observar os

precedentes de seu Tribunal

Precedentes dos Regionais

Súmula 244 do TST

244. Gestante. Estabilidade provisória.

III. A empregada gestante tem direito

à estabilidade provisória prevista no

art. 10, inciso II, alínea “b”, do Ato das

Disposições Constitucionais

Transitórias, mesmo na hipótese de

admissão mediante contrato por

tempo determinado.

A obrigatoriedade das

Súmulas (do TST e TRTs)

e dos julgamentos do

Plenário

VERTICAL:

Todas as Varas – órgãos de instância inferior devem observar as súmulas de

decisões do Plenário

TJP 5 do TRT 02 - Empregada

gestante. Contrato a termo.

Garantia provisória de emprego.

(Res. TP nº 05/2015 - DOEletrônico

13/07/2015)

A empregada gestante não tem

direito à garantia provisória de

emprego prevista no art. 10, inciso II,

alínea "b", do ADCT, na hipótese de

admissão por contrato a termo.

Precedentes

Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul

Súmula 61

Súmula nº 61 - HONORÁRIOS ASSISTENCIAIS

Atendidos os requisitos da Lei 1.060/50, são devidos os honorários de

assistência judiciária gratuita, ainda que o advogado da parte não esteja

credenciado pelo sindicato representante da categoria profissional.

III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente

sindical figure como substituto processual e nas lides que não derivem da

relação de emprego.

Precedentes dos Regionais

Súmula 219, III do TST

III – São devidos os honorários advocatícios nas causas em que o ente sindical

figure como substituto processual e nas lides que não derivem da relação de

emprego.

Tribunal Regional do Trabalho do Rio Grande do Sul

Súmula 3 -LEI 8.177/91, ART. 39, § 2º. INCONSTITUCIONALIDADE.

É inconstitucional o parágrafo 2º do artigo 39 da Lei nº 8.177, de 1º de março

de 1991.

Resolução Administrativa nº 19/1992 Publicada no DJE de 09 de novembro

de 1992.

Precedentes dos Regionais

O Supremo Tribunal Federal, ao examinar as ADI’s 4357

e 4425, que têm como objeto a inconstitucionalidade das alterações

promovidas pela EC nº 62/2009, declarou a inconstitucionalidade, por

arrastamento, do art. 1ºF, da Lei nº 9.494/1997, com redação dada pela

Lei nº 11.960/2009, ao considerar que o "índice oficial de remuneração

básica da caderneta de poupança" é incapaz de refletir a real flutuação de

preços apurada no período em referência (Informativo nº 698 do STF). Demais disto, o E.

STF determinou que os Tribunais de

Justiça de todos os Estados e do DF continuassem os pagamentos de precatórios na forma

anterior à decisão proferida nas ADI’s 4357/DF e

4425/DF até que fossem modulados os efeitos da decisão, entendendo o C.

TST não existir motivo para não aplicar o mesmo aos precatórios nesta

Especialidade.