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I N F O R M A T I V O D A V I G É S I M A S U B S E Ç Ã O D A O A B / R J C A B O F R I O COMISSÕES à serviço dos mais variados seg- mentos (Pág 04) DISTRIBUIÇÃO DIRIGIDA N O 06 21 DE MAIO 2015 OAB CABO FRIO OFERECE CURSO DE PETICIONAMENTO ELE- TRÔNICO PJ, JE E TRT (Pág 09) 20ª SUBSEÇÃO DA OAB RJ Apresenta a nova sede (Pág 12) MOVIMENTO ECOAR Tem nova diretoria Professor Roberto Noro- nha assume presidência para o triênio 2015- 2018 (Pág 07) ARTIGOS (Págs 09 e 11) FLASH A 20 a Subseção em fotos (Pág 10) CONSELHO SUBSECCIONAL DA OAB CABO FRIO (Pág 06) Eisenhower Dias Ma- riano pede mais agili- dade nas obras do Fó- rum de Arraial do Cabo. (Pág 05) CABO FRIO ARRAIAL DO CABO Forte representatividade e sessões regulares para discutir os temas que afetam o exercício da advoca- cia em Cabo Frio e Arraial do Cabo. (Pág 06) FELIPE SANTA CRUZ EM ENTREVISTA exclusiva o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz fala dos projetos realizados em sua gestão e dos planos para o interior do Estado (Pág. 03) Fortalecendo o Interior

Direito e Cidadania

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Jornal da OAB Cabo Frio

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Page 1: Direito e Cidadania

I N F O R M A T I V O D A V I G É S I M A S U B S E Ç Ã O D A O A B / R J C A B O F R I O

Comissões à serviço dos mais variados seg-mentos (Pág 04)

Distribuição DirigiDa

No 0621 De maio 2015

OAB CABO FriO OFereCe CursO de PetiCiOnAmentO ele-trôniCO PJ, Je e trt (Pág 09)

20ª suBseçãO dA OAB rJ Apresenta a nova sede (Pág 12)

movimeNto eCoarTem nova diretoriaProfessor Roberto Noro-nha assume presidência para o triênio 2015-2018 (Pág 07)

ArtigOs(Págs 09 e 11)

FlAsh A 20a Subseção em fotos (Pág 10)

COnselhO suBseCCiOnAl dA OAB CABO FriO (Pág 06)

Eisenhower Dias Ma-riano pede mais agili-dade nas obras do Fó-rum de Arraial do Cabo. (Pág 05)

Cabo Frio

arraial Do Cabo

Forte representatividade e sessões regulares para discutir os temas que afetam o exercício da advoca-cia em Cabo Frio e Arraial do Cabo. (Pág 06)

FeliPe sAntA Cruz

em entrevistA exclusiva o presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz fala dos projetos realizados em sua gestão e dos planos para o interior do Estado (Pág. 03)

Fortalecendo o Interior

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A PAlAvrA do Presidente 2 21 de MAio 2015 - no 06

Eisenhower Dias Mariano Presidente da 20a. Subseção da OAB/RJ

O AdvOgAdO e O estendedOr de tAPetes

ESA No momento em que o Congresso discute mu-danças nas regras da aposentadoria, a Escola Superior da Advocacia (ESA), ofereceu palestra com o perito contábil André Luiz Martins Ma-chado com o tema “Fator Previdenciário” no auditório da OAB Cabo Frio, no dia 11 de maio.O perito explicou que a finalidade do curso é mostrar a formação do benefício e sua incidên-cia. “O curso trata dos efeitos positivos e nega-tivos desse instituto, para que se possa fazer um planejamento previdenciário, e também abre uma janela para os advogados que queiram trabalhar com revisões de aposentadorias, por exemplo”, diz o professor.A ESA tem como objetivo a atualização e o aper-feiçoamento dos advogados, com vistas à eleva-ção técnico-profissional. Os cursos e palestras não têm custo para os advogados.

Oferece palestra sobre Fator Previdenciário

Papi

Pres

s

OAB hOmenAgeiA As mulhe-res OFereCendO COnsultOriA de BelezA nO mês de mAiO Os eventos foram uma iniciativa da Comissão de Direito de Família e Sucessões da OAB Cabo Frio para homenagear a mulher no mês das mães e da família. A consultoria de beleza é um serviço oferecido pela em-presa Mary Kay, e consiste numa aula de automaquiagem e cuidado com a pele ministrada por profissionais. Marcella Mourão, consultora de beleza da Mary Kay, e res-ponsável pelo curso, diz que a aparência passou a ser um elemento de grande importância para o trabalho. “A apa-rência, estar bem arrumado, faz parte também do trabalho, especialmente das advogadas”, afirma.

MULHER

O presidente da 20ª Subseção, Eisenhower Dias Mariano, realizou reunião no dia 14 de maio úl-timo com a coordenadora do Curso de Direito da Universidade Estácio de Sá, campus Cabo Frio, Maria Clarice Bezerra de Nóbrega, com o objeti-vo de ampliar o leque de cursos e especializações oferecidos aos advogados.A primeira ideia, que segundo o presidente da Subseção “é fundamental e da maior importância para o mercado”, é a criação de uma Comissão de Direito Imobiliário, composta por professores e advogados para tratar do tema junto com os estagiários da Universidade, dando a esses estu-dantes a oportunidade de vivenciarem o assunto e se especializarem numa matéria de grande im-portância para a região.Outra novidade, que deverá ser implantada em breve, é um Curso de Mediação de Conflitos Ju-diciais e Extrajudiciais. Segundo o presidente, a especialização servirá para ampliar as alternati-vas de trabalho para os advogados.

OAB Cabo Frio busca parceria para am-pliar oferta de cursos para advogados.

mAis CAPACitAçãOPArA Os AdvOgAdOs

A pergunta é do advogado Eisenhower Dias Mariano, sobre o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e a Prefeitura de Cabo Frio que estabelece a obrigatoriedade de Concurso Público para contratação de funcionários em todas as áreas na Prefeitu-ra. “A contratação sem concurso público deixa vulnerável o funcioná-rio. No que diga respeito às procuradorias onde advogados trabalham manietados para servir ao governante e não ao município, isso é muito ruim”, destaca.

Cadê o TAC do Concurso

Público?

indispensabilidade é o pálio que ins-creveu, com exclusividade, a profis-são do advogado no texto constitucio-nal brasi leiro.

Além disso, desde tempos imemoriais que a profissão do advogado restou consagrada, no melhor sentido, entre as mais importantes exis-tentes no planeta, isso por dedicar-se, entre ou-tros, à defesa das liberdades, da cidadania, dos direitos humanos e da justiça.

Exatamente em razão disso que os profis-sionais do direito devem ser livres, destemi-dos, arrojados, de bons costumes, dedicados às causas mais elevadas da cidadania, tanto quanto possível, autônomos, liberais, distantes dos comandos e vínculos que os impeçam de manifestarem a própria vontade.

Recorrentemente nos deparamos com os defensores de uma relação intimista com as autoridades, assim denominada de boas rela-ções com os poderes constituídos.

Essa pretensão entreguista deságua qua-se sempre na satisfação individualista de in-teresses particulares de algumas pessoas, o que não raramente conduz os profissionais e a profissão, assim como a própria OAB a uma desprezível condição de subserviência, o que enfraquece a advocacia e desvaloriza o ci-dadão, as instituições jurídicas e os poderes constituídos.

O que os profissionais e a OAB precisam, ao nosso ver, é de se afirmarem como institui-ções, impondo o respeito e o prestígio que me-recem, exigindo o respeito de que necessitam para se firmarem a altura das suas qualifica-ções imprescindíveis.

E são exatamente estes requisitos que afas-tam, do nosso meio, essas ridículas posturas subservientes, lisonjeiras, impróprias, que ape-quenam e nulificam o profissional do direito.

Um é o advogado. Outro deve ser o que es-tende tapetes.

A

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entrevistAdireito & CidAdAniA 3

Fortalecendo o interior

Felipe Santa Cruz

Quando em campanha o senhor prometeu realizar al-guns sonhos dos advogados da região, como a criação da Subseção de Armação dos Búzios, a construção da sede da 20ª Subseção em Cabo Frio e a implantação dos Con-selhos Subseccionais, demandas de muitos anos, todas realizadas e em pleno funcionamento. Como foi possível fazer isso em apenas 2 anos?

O resultado foi obtido com muito planejamento, que sempre envolve grande esforço financeiro (nossa meta é fa-zer o máximo com o mínimo visando otimizar a anuidade dos advogados), além da dedicação das equipes do nosso DAS (Departamento de Apoio às Subseções) e do apoio das lideranças da advocacia local.

Os projetos das novas instalações para a OAB/Cabo Frio e a criação de uma Subseção em Armação dos Búzios, rei-vindicações antiga da categoria, vêm sendo estudados há mais de dois anos: desde a minha passagem como diretor da DAS durante a presidência da Ordem do inestimável Wadih Damous. Ali, criamos o projeto ‘OAB no Século XXI’, que expandiu, aparelhou, padronizou e modernizou a rede de atendimento da Seccional, que hoje conta com 200 postos (entre salas nos Fóruns, Subseções e Casas do Advogado), incluindo as duas unidades citadas. E sempre buscando re-duzir custos sem perder qualidade.

Com estes investimentos, que são constantes, buscamos oferecer serviços de qualidade à altura da exigência dos ad-vogados da Região dos Lagos.

A construção do Fórum de Arraial do Cabo vem se ar-rastando por anos, sem nenhuma solução. A OAB/RJ po-deria fazer algum tipo de intervenção no sentido de acele-rar o processo?

A Região dos Lagos sofre com dois exemplos absurdos desta lamentável situação: o Fórum de Arraial do Cabo e de Iguaba Grande, obras milionárias prometidas para ficarem prontas há mais de quatro anos e, que até agora, não foram entregues aos advogados e população. A previsão inicial do Tribunal de Justiça, responsável direto pela situação e que tem gerência sobre a questão, era para que em abril de 2011 a advocacia já pudesse usufruir de novas instalações deixando de lado os velhos e devassados prédios que não comportam mais o volume processual de uma região que cresceu tanto social como economicamente.

Acompanhamos de perto todo este histórico negativo e, recorrentemente, cobramos oficialmente postura célere do Tribunal de Justiça. No ano passado, também realizamos um ato público em prol em Arraial do Cabo para a finaliza-ção das obras, que consomem não só erário público como a paciência da categoria. A população dependente da Justiça também é vítima da situação. Já preparamos e iremos enviar ao TJ - que este ano mudou a presidência, com a gestão do desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho – ofício cobrando a solução definitiva do problema.

Quais os projetos da OAB/RJ para o interior do Estado?

Todos os nossos projetos de gestão têm por base melho-rar o trabalho do advogado de cada comarca, ampliando as condições de sua atuação no dia a dia, fornecendo uma capacitação profissional adequada e defendendo o respeito das prerrogativas da categoria. Em 2014, já tivemos a feli-

cidade de obter uma série de conquistas para a advocacia, tais como, a inclusão da nossa profissão no Super Simples (sistema de tributação que simplifica os impostos para a ca-tegoria); abrimos o caminho para a advocacia entrar na era digital (cada vez mais obrigatória na esfera forense) com a criação de cursos, seminários técnicos e da primeira escola digital do país específica para esta finalidade (em fevereiro de 2015).

Todos estes projetos beneficiaram a advocacia do interior. Em 2015, retornamos com o Projeto ‘Mais Justiça’ que tem por objetivo propor ações que corrijam falhas do Judiciá-rio, principalmente na Primeira Instância, e que aprimorem a advocacia em todas as comarcas cobertas pelas 61 sub-seções da OAB/RJ no Estado. Em cada visita, recebemos denúncias e fiscalizamos in loco problemas que prejudicam a ação plena da advocacia local.

Com base nestas informações, entregamos um relatório ao Tribunal de Justiça com a relação de problemas que me-reciam ações prioritárias para sua resolução. Ano passado, no município de Cambuci, por exemplo, não havia juiz ti-tular há mais de seis anos. Depois de denunciar o problema e até realizar um ato público sobre a situação, o TJ indicou um magistrado para a região. Pelo ‘Mais Justiça’, a Ordem denunciou que o déficit de juízes chega a 300 magistrados no Estado, que causa grandes prejuízos aos advogados e à população.

Assim, neste primeiro semestre de 2015, estamos rea-lizando uma nova rodada do ‘Mais Justiça’ para verificar junto à advocacia novos problemas e como a OAB/RJ pode ajudar a resolvê-los. Em junho deste ano, iremos lançar ain-da um curso online sobre o novo Código de Processo Civil com aulas práticas que irão percorrer cada subseção da Or-dem, com especial atenção as do interior.

O presidente da OAB/RJ, Felipe Santa Cruz, fala com exclusividade para o jornal Direito & Cidada-nia sobre os desafios de garantir serviços de qua-

lidade para os advogados e sobre os projetos para o ano de 2015.

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CoMissões 4 21 de MAio 2015 - no 06

A CDA - Comissão de Direi-to Ambiental Anita Mureb, reúne profissionais de vá-

rias áreas, além dos profissionais do Direito (Engenharia Civil, Bio-logia, Gestores e Educadores Am-bientais). Essa natureza mista é o que personifica a comissão, fazen-do-a interdisciplinar e tornando-a apta a atuar nas inúmeras deman-das que estejam ligadas direta ou indiretamente ao meio ambiente. Este, enquanto bem jurídico tu-telado pode ser enquadrado sob cinco prismas diferenciados: meio ambiente natural, artificial (espa-ços urbanos), cultural, do traba-lho e do patrimônio genético. Da mesma forma, a frente de trabalho de nossa comissão engloba todas essas áreas.

A comissão atua a partir de de-núncias realizadas pelos cidadãos, órgãos que representam a socieda-de civil e por nossos membros e de outras comissões. Atualmente, os principais assuntos debatidos nas últimas reuniões envolvem ques-tões referentes a implantação de um complexo hoteleiro em Área de Preservação Ambiental (APA) nas dunas do Peró, poluição da Laguna de Araruama pelo despejo

de esgoto in natura e a tarifa pro-gressiva de cobrança de água.

Para veicular e ampliar estes debates à participação da socie-dade civil, são realizados anual-mente os Fóruns Permanentes de Saneamento e Saúde Ambiental onde são convidados membros do Ministério Público, Instituto Esta-dual do Ambiente (INEA), Con-sórcio Intermunicipal Lagos São João, Prefeituras Municipais de Cabo Frio e Arraial do Cabo (re-presentadas por suas secretarias), ONG’s, prestadoras de serviço e Associações de Moradores.

Em nossos dois últimos fóruns, foram discutidos assuntos rela-cionados à: (a) cobrança da ta-

rifa progressiva na prestação de serviços de água e esgoto com a participação da Concessionária PROLAGOS e da CDDC – Co-missão de Direito e Defesa do Consumidor; (b) Políticas públi-cas voltadas para o acondiciona-mento e tratamento de resíduos sólidos, com a participação da SERENCO, empresa responsável pelos estudos em nossa região; (c) e a abrangência das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE’s) com a participação mais uma vez da PROLAGOS e da ESAC – Em-presa de Saneamento de Arraial do Cabo.

Buscamos parcerias para so-lucionar ou minimizar os efeitos

negativos sobre o meio ambiente sempre com vistas em um desen-volvimento que seja sustentável. Assim, em cada reunião mensal da CDA e fóruns realizados bus-camos administrativamente solu-ções para esses problemas, mas, uma vez que há descaso ou inér-cia do órgão público responsável, a CDA encaminha a demanda ao Ministério Público. Todos os nos-sos esforços são voltados para que os gestores da administração pública e os representantes dos ór-gãos públicos dos municípios de Cabo Frio e Arraial do Cabo não percam a consciência da impor-tância do grande patrimônio natu-ral que esses municípios possuem.

Direito Ambiental

Por DaNiela almeiDa De souza (*)

Da esquerda para direita, aN-tôNio roberto De Carvalho, FerNaNDa zaN-Dim g. Carva-lho, roberto NoroNha Cam-Pos, Davi Dos saNtos souza, luzemberg Flo-riDo soares , DaNiela almeiDa souza, presiden-te da Comissão, e tatiaNa meN-Des De souza, durante reunião na OAB Cabo Frio.

(*) Presidente da CDA

Proteção aos AnimaisOAB une forças com a comunidade e reforça a luta pela proteção dos animais

Acabar com os maus tratos aos animais em Cabo Frio foi razão maior que levou

duas entidades de peso a unirem suas Comissões para ganhar mus-culatura na defesa dos animais de rua, a 20ª Subseção da OAB/RJ e a Uni-Amacaf, que congrega mais de 40 associações de moradores.

A OAB já havia criado a sua Comissão de Proteção aos Ani-mais (CPA) em 2004. Na época, foi a partir de sugestões da socie-dade nas reuniões da CPA, que surgiu a ideia de implantar o ca-nil de Campos Novos. “O projeto nasceu dentro da antiga sede da OAB. E tivemos a oportunidade de ver a obra acontecer e ser inau-gurada. Na época era muito bom, com espaço e todas as dependên-cias funcionando. Tinha sala de cirurgia e baias bem cuidadas”,

lembra o presidente da OAB Cabo Frio, Eisenhower Dias Mariano.

Mas o tempo passou e hoje a re-alidade do canil é outra. Isso levou a Uni-Amacaf a criar uma comis-são para minimizar o problema.

Velha parceira da OAB em mui-tas lutas sociais, a Uni-Amacaf solicitou, e ganhou, o apoio da OAB Cabo Frio para unir as duas Comissões. E os resultados já co-meçam a aparecer. “ Já nos reuni-mos duas vezes com a Delegada da 126ª DP e uma vez com o Co-mandante do 25º BPM para resol-ver a questão dos maus tratos aos

animais”, informa Einsenhower.Roberto de Souza, presidente da

Associação de Moradores da Vila do Sol e membro da Comissão de Proteção dos Animais, explicou que as reuniões foram para pedir a parceria da polícia. “Acontecem muitos crimes contra animais e até aqui sempre tínhamos muita dificuldade para registrar as ocor-rências. Sempre que chegávamos na Delegacia não recebíamos a atenção devida”, conta o cuidador.

Na reunião, a Delegada Flávia Monteito garantiu a parceria com a Comissão e se colocou à dispo-

sição dos cuidadores para coibir os abusos e garantir o registro das ocorrências.

Canil sem Estrutura

Na última semana um grupo, com 12 membros da Comissão, realizou uma visita ao Canil de Campos Novos para averiguar as denúncias recebidas e, segundo Roberto, a situação encontrada não é boa. “O canil hoje está total-mente em desacordo com as nor-mas sanitárias. Não se pode fazer um castração, o centro cirúrgico

não está adequado e o MP proibiu as cirurgias lá”, explica Roberto.

Diariamente a Uni-Amacaf re-cebe perto de 60 denúncias de maus tratos a animais, mas não dispõe de estrutura para atender. “Não temos para onde mandar os animais, pois o canil não tem como receber”, explica Roberto.

A Comissão realiza feiras em praças públicas para adoção de animais castrados e vermifugados com frequência e busca a parceria do poder público para criar mais estrutura nos bairros para acolher os animais.

DelegaDa Flávia moNteiro prometeu se empenhar na defesa dos animais e dar atenção aos registros de ocorrência feitos por cuidadores.

Page 5: Direito e Cidadania

JudiCiáriodireito & CidAdAniA 5

A inCrível históriA dA COnstruçãO dO Fórum de ArrAiAl dO CABO10 anos, três construtoras e nenhuma previsão de término

Iniciada há uma década, a construção do prédio que de-verá abrigar o Fórum de Arraial do Cabo se arrasta entre licitações erráticas que têm confiado a obra a empresas

aparentemente sem capacidade para realizar a tarefa. “Já fizeram duas ou três licitações, sempre contratam uma em-presa falida que não consegue resolver o problema e a con-sequência é essa que aí está: a obra do prédio continua pa-rada e a Justiça de Arraial sem sede”, desabafa o presidente da 20ª Subseção da OAB/RJ, Eisenhower Dias Mariano.

O presidente observa ainda que o prédio em si é apenas um dos problemas da Justiça em Arraial do Cabo. Ele diz que a Comarca já nasceu muito pequena para a quantidade de processos e de habitantes do município. “Ela começou há vinte anos, aproximadamente, com apenas um juiz para todas as áreas do Direito, o que já era muito pouco para a época”, lembra o advogado.

O Fórum de Arraial do Cabo mantém as Varas de Direito da Família, Civil, Criança e Tributário, e funciona desde a criação da Comarca num prédio que foi construído com verba federal para receber alunos com necessidades espe-ciais sendo inteiramente inadequado para as funções da Justiça.

Diante dessa situação, a 20ª Subseção iniciou uma cam-panha pela construção de uma nova sede e a ampliação das varas. “Pedimos também a criação de outras varas e a elevação da Comarca, que é de primeira para segunda en-trância, para funcionar ao mesmo nível dos Municípios de São Pedro da Aldeia e Armação dos Búzios’, conta. “Numa conversa que tivemos com o desembargador, no ano passa-do, falamos da necessidade de criar pelo menos mais uma Vara Cível, uma Vara de Família e um Juizado Especial em

Arraial, já que esse que existe lá é adjunto até hoje. Mas ele respondeu o seguinte: só vai ter uma vara mesmo”, la-mentou.

Segundo Eisenhower, o raciocínio fere a lógica. “Isso é ridículo! Construir um fórum hoje para daqui a cinco, seis anos, ter que ampliar? Porque a Comarca não vai diminuir e a quantidade de processos só vai aumentar”, argumenta.

Problemas para todo lado

E os problemas que se acumulam não dizem respeito apenas aos atrasos na obra. “Está parecendo obra de igreja, que nunca termina. Contratam funcionários e deixam sem salário e não fornecem alimentação. Nós já precisamos fa-zer campanha para alimentar os funcionários dessa obra”,

informa o presidente.Em Audiência Pública realizada na cidade de Arraial

Cabo com os funcionários da empresa e a presença de um engenheiro do Tribunal de Justiça, um encarregado da obra alertou para mais problemas. Segundo ele, a construção enfrenta também problemas estruturais, pois as fundações não teriam capacidade para aguentar o peso do prédio que poderia vir abaixo com qualquer peso extra.

Para Eisenhower, isso é um outro ponto que precisa ser verificado com seriedade. “Esse prédio tem que oferecer se-gurança para os juizes, advogados, serventuários e a socie-dade em geral. Essa denúncia tem que ser apurada”, reagiu.

Na região duas cidades enfrentam problemas com a cons-trução de seus fóruns, Arraial do Cabo e Iguaba Grande vi-vem situações semelhantes e estão com as obras paralisadas há anos.

O Eixo Vida da Caarj vai dar início, a par-tir da segunda quinzena de maio, à Cam-panha de Vacinação contra o vírus H1N1. O objetivo é imunizar advogados e estagi-ários de Direito, em particular com a che-gada do inverno no próximo mês. No ano passado, foram atendidos mais de 13 mil advogados.A campanha será realizada em subseções e nas salas da OAB nos fóruns do estado.

VIDA prepara nova Campanha de Vacinação contra a Gripe

A vacina imuniza contra os três sub-tipos do vírus que mais circularam no estado nos últimos anos. Pessoas febris, portadoras de doen-ças neurológicas e com alergia grave a ovo e derivados devem consultar um médico, antes de tomar a vacina. Acompanhe o site da Caarj para veri-ficar a agenda da campanha.

Já fizeram duas ou três licitações, sempre con-tratam uma empresa falida que não conse-

gue resolver o problema e o prédio continua parado”.

eiseNhower Dias mariaNo

aDvogaDos da 20ª Subseção se reú-mem com o presidente da OAB/RJ em frente ao futuro Fórum de Arraial do Cabo para pedir urgência na conclusão da obra.

eiseNhower Dias mariaNo, presidente da 20ª Subseção com FeliPe saNta Cruz, presidente da OAB/RJ

marCello augusto lima De oliveira, Presidente da CAARJ

Page 6: Direito e Cidadania

Conselho Subseccional da OAB Cabo Frio

Conselho 6 21 de MAio 2015 - no 06

Para uma Subseção da OAB, ter o seu Conselho funcionando signi-fica que se chegou à maturidade.

“Para nós é uma questão de regozijo e satisfação ter o Conselho da 20ª Subse-ção funcionando”, alegra-se o presiden-te da OAB Cabo Frio, advogado Eise-nhower Dias Mariano.

O Conselho Subseccional da OAB Cabo Frio é uma representação com-posta por 25 conselheiros efetivos e 12 suplentes que se reúnem uma vez por mês para decidir os grandes temas da Subseção. O Conselho de Cabo Frio foi criado pelo presidente da OAB/RJ, Fe-lipe Santa Cruz e já está em sua nona sessão, mantendo forte presença dos ad-vogados.

Pela importância e o status que o Conselho confere à Subseção, esta era uma luta antiga da OAB Cabo Frio, que conta com mais de 1.200 advogados inscritos.“Para ter o Conselho a Subse-ção precisa ter mais de mil associados”, diz o presidente.

A implantação do Conselho traz avan-ços, cria novas oportunidades e muda o ritmo do trabalho. “Coisas que nós deci-

díamos com cinco pessoas, hoje temos 37 conselheiros para decidirmos juntos, cria-mos ideias, sugestões, debates. O Conse-lho tem uma repercussão imensa e grande influência também”, explica Eisenhower, que agora reivindica um braço da Procu-radoria Geral da OAB/RJ funcionando dentro da Subseção e atendendo todas as Subseções da Região dos Lagos, “mas o Conselho da Seccional da OAB/RJ é que vai decidir isso”, adianta o presidente.

Os conselheiros atualmente em exercí-cio foram escolhidos por indicação dos advogados e nomeados pelo presidente da Seccional. Na próxima eleição, que acontecerá em novembro, também serão eleitos os novos membros do Conselho da OAB Cabo Frio, junto com a nova Dire-toria da Subseção.

Atualmente se encontra em discussão no Conselho Subseccional de Cabo Frio o Regimento Interno de uso da sede da Subseção, o Regimento Interno do pró-prio Conselho e mais o Regimento da Comenda Waldemar Machado, a ser con-cedida aos advogados. Também na pauta, a criação da Subseção da OAB/RJ de Ar-raial do Cabo.

Diretoria

Eisenhower Dias Mariano PresidenteAlice C. Alexandre Brum Vice PresidenteKesia Viana da SilvaSecretária GeralRenato Gonçalves de Souza Secretário AdjuntoEvandro Aloísio C de Aquino Tesoureiro

Conselheiros Efetivos

Amaury Barboza Antônio Leonardo Starling Loureiro Carlos Roberto Lima Cátia de Souza Pinheiro Fabrício Diniz Novellino Francisco Carlos Antônio da CostaGeraldo Afonso de Castro Getúlio da Silveira Veiga Júnior Giovanni Barcelos Caldas Joana D’arc da Silva José Geraldo Marques de Carvalho Kelven Ambrogi Lima Leni FernandesLuíz Antônio de Melo Cotias Luzemberg Florido Soares Manoel Francisco de Almeida Márcia Regina Braun Paulo Roberto Pereira Reginaldo Ferreira dos Santos Renata de Britto Barboza Camargo Sebastião Fador Sampaio Sérgio Severiano RibeiroTânia Maria C. Vaz Vellasco Pereira Valdir Eduardo Valéria Ozuna Negrão

Conselheiros Suplentes

Flora Faria SantosJosé Augusto de Queiroz Pereira Neto Júlio César Rodrigues Lima Luís Flávio Marques Lima Marcília Helena Cremonese Cohen CoutoMarlene Bom Sampaio Myke de Oliveira Gomes Paulo de Oliveira Sérgio Pinheiro Soares Thiago Vasconcellos Leite Pinheiro Wilmar Pereira dos Santos

Conselheiros Honorários Vitalícios Galdino Ribeiro Gomes Gildo Fabiano da Costa José Antônio Ferreira da Costa José Antunes Gonçalves Nelson Simis Schver Newton Carneiro de Freitas

20ª Subseção ganha status com a implanta-ção do Conselho Subseccional.

Coisas que nós decidía-mos com cinco pessoas, hoje

temos 37 conselhei-ros para decidirmos juntos, criarmos ideias, sugestões, debates”.

CoNselho subseCCioNal Da 20ª subseção Da oab/rJ

sessão Do Dia 12 De maio contou com a presença maciça dos Conselheiros.

Conselheiros reunidos no dia 12 de maio, na sede da 20ª Subseção.

reuNiões são presididas pelo presidente da 20ª Subseção, que também ocupa o cargo de presidente do Conselho.

eiseNhower Dias mariaNo

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CidAdAniAdireito & CidAdAniA 7

Há muito trabalho a fazer para

se construir uma socie-dade parti-cipativa em Cabo Frio e região”.

Movimento Ecoar empossa nova diretoria apostando na renovação. eCOAr

A cerimônia de posse da nova diretoria aconteceu no dia 06 de maio, no auditório

da 20ª Subseção da OAB/RJ, em Cabo Frio, onde a entidade tem a sua sede.

Lançado em 2011, o Movimen-to Ecoar Pela Transparência e Cida-dania surgiu da conjunção de ideais entre três entidades de classe da cidade, a OAB/Cabo Frio, a ASA-ERLA (Associação de Arquitetos e Engenheiros da Região dos Lagos) e a ACIA (Associação Comercial e Industrial de Cabo Frio), que vis-lumbraram na criação da entidade uma ferramenta para lutar por mais transparência na administração pública. Em 2012 o Ecoar foi re-gularizado como Entidade Civil e criado um estatuto com as normas de atuação, onde estão previstas reuniões semanais, assembleias e eleições para troca da diretoria a cada três anos.

Composto originalmente por representantes das três entidades que o formaram, o Ecoar conta hoje com representantes dos mais diversos segmentos. Mesmo assim, o novo presidente assumiu falan-do em ampliar a participação da sociedade. “Nós estamos em um processo de fortalecimento do gru-po, novos membros estão chegan-do com ideias novas e vontade de trabalhar, então a expectativa é de avançar nos nossos objetivos. Nós temos metas para o ano de 2015 e uma missão bem clara de trabalho, que é sempre direcionada para a

promoção da cidadania, transpa-rência da administração pública e fortalecimento da participação cidadã. Com essa missão, nós pre-tendemos trazer novos integrantes e crescer cada vez mais”, enfati-zou Roberto Noronha.

O jovem professor sonha em poder concretizar esses objetivos. “Quem sabe se poderemos ver um dia a cidade funcionando com me-nos desvios e abusos? Depende de nós. Mas, há muito trabalho a fazer para se construir uma socie-dade participativa em Cabo Frio e região”, pondera .

O novo presidente lembrou ainda que o movimento não atua apenas na cidade de Cabo Frio. “Como nossa atuação é regional, vamos firmar parcerias e nos apro-ximar de entidades de municípios vizinhos para essa construção”, adiantou.

Transparência e Cida-dania

O advogado José Geraldo Marques de Carvalho, é um dos fundadores do Movimento e foi seu presidente desde sua funda-ção até a eleição do dia 06, e falou do caráter da entidade. “O Ecoar é uma Entidade Civil legalizada, com tudo registrado em cartório e cumpre com todas as obrigações legais. Hoje estamos aptos até mesmo a participar de Conselhos Municipais”, explicou José Geral-do.

Criado para combater a corrup-ção e trazer transparência à Admi-nistração Pública, o Movimento, apesar de novo, já se envolveu em grandes contendas. A maior delas diz respeito ao transporte público de Cabo Frio. O Ecoar questionou na Justiça a licitação conduzida pela Prefeitura.

“Antes mesmo da realiza-ção da licitação nós já tínhamos questionado a legalidade da con-corrência e havíamos obtido uma liminar, em primeira instância, suspendendo o certame, que es-tava totalmente irregular, e conti-nua”, afirma José Geraldo.

O advogado explica que a pre-feitura recorreu e conseguiu a sus-pensão da liminar conseguida em primeira instância, também de for-ma irregular: “Quem cassou a nos-sa liminar não tinha competência para isso, pois como é uma Ação Popular, só quem tem competên-cia para fazer isso é o Presidente do Tribunal. Mas, aconteceu e a li-citação foi feita”, lamenta. A Ação está tramitando no Supremo Tri-bunal de Justiça (STJ) aguardando julgamento definitivo, explicou o advogado. “Já perdemos uma, mas o advogado Paulo Rodrigues entrou com recurso e estamos aguardando.”

O ex-presidente diz que o Mo-vimento hoje foca mais as peque-nas licitações, “onde as fraudes acontecem com mais frequência, mas não temos membros suficien-tes para nos envolver mais”, diz.

Novo presidente, o biólogo Roberto Noronha (31), assu-me falando em ampliar alcance do Movimento.

O advogado faz um apelo para que a população venha se unir ao Ecoar, “Nós precisamos muito da voluntariedade Juntos vamos conseguir a cidadania que tanto almejamos”.

MESA DIRETORA

PresidenteRoberto Noronha Cam-pos

Diretora AdministrativaDenize Alvarenga de Azevedo.

Diretor FinanceiroWilson L. de Miranda e Silva Junior

CONSELHO FISCAL

TitularesAltair Márcio Pereira de SouzaJosé Luiz de AlmeidaMarcos Maia Carneiro

SuplentesJanaina Frisch Falbo de BarrosJosé Deguchi JúniorPaulo Barcellos Klem

roberto NoroNha

aDvogaDo José geralDo, antigo presidente, com o ProFessor Roberto NoroNha, presidente eleito.

Nova Diretoria da Ecoar com o Presidente da 20ª Subseção da OAB RJ, Eisenhower Dias Mariano.

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serviço 8 21 de MAio 2015- no 06

Mudança de Hábito

Peticionamento eletrônico já é exigência em muitas serventias mas ainda é uma barreira a ser vencida pelos advogados.

Ganhamos 6 horas nos prazos, pois não precisa-

mos mais nos sub-meter aos horários forenses”.

A mudança radical na forma de fazer os peticionamen-tos à Justiça, que desde

o final de 2012 passou a ser ele-trônico, e já é uma exigência em muitas servidões, promete trazer benefícios para o andamento dos processos, mas ainda tem dificul-tado bastante o trabalho de muitos advogados. Com o objetivo de colaborar na adaptação ao novo sistema, a 20ª Subseção da OAB/RJ tem promovido cursos e pales-tras com especialistas. No dia 11 de maio, mais uma vez a entidade recebeu a advogada e professora Maria Luciana Pereira de Souza para tratar do tema.

A advogada falou por mais de três horas para um auditório lota-do e atento. “Infelizmente nós so-mos as cobaias do sistema. A nos-sa geração é a que está passando pela fase de implantação, por isso a gente ainda sofre mais do que vê os louros. Mas, daqui a pouco será rotina e os ganhos serão mui-tos”, garante Luciana.

A advogada é membro da Co-missão de Direito e Tecnologia da Informação da Seccional Rio, e integra a Escola de Inclusão Digi-tal onde ajuda na qualificação dos advogados na questão do peticio-

namento eletrônico. Ela diz que a maior dificuldade é a obrigatorie-dade do uso da informática. “Até a edição da Lei 11.419, de 2006, era facultado ao advogado usar ou não o meio eletrônico. Então, mui-tos colegas que optaram por não utilizar a informática, se viram, de uma hora para outra, obrigados a essa adequação sob pena de ter que abandonar a profissão”, expli-ca Luciana.

Para aqueles que ainda sen-tem receio em utilizar o meio, ela aconselha: “Não se intimidar! Tem que treinar e entender que quem dá as cartas somos nós. O principal o advogado já tem, que é matar um leão por dia, então, não é um sistema que não indefere as nossas tutelas que vai nos intimi-dar”, incentiva a professora.

Um dos maiores problemas encontrados está no uso de ferra-mentas diferentes em cada uma das Justiças. “Isso é uma des-vantagem. Para peticionar para a Justiça do Trabalho você segue um modelo, quando vai peticio-nar para o Tribunal de Justiça é outro. Isso é ruim porque dificulta o aprendizado e traz insegurança para o advogado”, diz .

Por outro lado, as vantagens

são grandes. A começar pelo ga-nho nos prazos. “Nós ganhamos 6 horas nos prazos, pois não pre-cisamos mais nos submeter aos horários forenses. E também não precisamos mais ir às serventias, podemos praticar os atos proces-suais de qualquer lugar”, esclare-ce Luciana.

O sistema começou a funcionar na Justiça do Trabalho em 2012. No Estado do Rio ainda são pou-cas as serventias eletrônicas, mas no Estado de São Paulo e Paraná o sistema está bastante avançado. O prazo para a implantação em todo o país é 2018, com a unifica-ção de todos os sistemas seguindo o modelo da Justiça do Trabalho.

Dificuldade para novos e antigos

A advogada aposentada Iolanda Abeu marcou presença no curso. Entusiasta do Direito, disse que estava se atualizando, porque “a profissão exige”. “Eu acho que os mais jovens estão mais temerosos que os advogados mais antigos”, brincou, acrescentando, “essas inovações agilizaram muito to-dos os procedimentos. Mas, será que vai funcionar a contento? Isso ainda é uma dúvida” lembrou.

Segundo ela os próprios cartó-rios reagem à utilização do sistema eletrônico. “Alguns não querem nem falar em peticionamento ele-trônico, mas o progresso é irrever-sível”, observa.

Formada em agosto de 2014, a jovem advogada Rafaela Marinho acaba de conquistar a sua carteira da Ordem. Ela diz que até ago-ra ainda não fez nada eletrônico, mas está confiante com o novo procedimento. “O pouco que uti-lizei, quando estagiei, não senti dificuldade. Estamos no inicio do processo, nos acostumando com a aplicação. A longo prazo vai ajudar muito, com economia de material além de acelerar o decurso dos pro-cessos . É só uma questão de tem-po para se acostumar”, acredita a advogada.

Para Rosana Marinho, formada há 22 anos, mas que estava afasta-da e está recomeçando a advogar, a novidade é grande. “Na verdade estou simplesmente perdida, mas empolgada. É muita informação, mas nós vamos entrar no ritmo e em médio prazo será muito bom. Eu acho que, também, é um cresci-mento profissional para nós advo-gados”, diz.

Mas os veteranos encontram

“Será que vai funcionar a contento? Isso ainda é uma dúvida”

“Estamos no início do processo, nos acostumando com a aplica-ção”

“Aqueles que têm dificuldades inerentes à ida-de e à cultura, precisam ter assistência da OAB”

“ Temos realizado cursos e palestras, e planejamos ins-talar na Subseção um Centro de Inclusão Digital para dar apoio aos advogados”.

mais dificuldade do que o previs-to pela Justiça ao implantar o sis-tema. Para o advogado Wilis dos Santos Pio, 74 anos, as dificul-dades estão relacionadas à idade pela falta de hábito de conviver com a informática. “O que nós conhecemos era máquina Oli-vetti. É totalmente diferente. Eu vejo que tem que avançar, o pro-gresso é irrefutável, mas precisa ser escalonado. Aqueles que tem dificuldades inerentes à idade e à cultura, precisam ter assistência da OAB”, argumenta. Ele diz que coloca assistentes para fazer o trabalho, “o que já tira um boca-do da prerrogativa do advogado”, declara.

O presidente da OAB Cabo Frio, advogado Eisenhower Dias Mariano, diz que a Ordem tem provocado os Tribunais Superio-res, incluindo o Conselho Nacio-nal de Justiça, no sentido de fazer a urgente unificação do sistema. “Parece que isso está avançando numa decisão recente do CNJ”, disse o presidente, acrescentan-do, “a par disso, temos realizado cursos e palestras sobre o tema, e planejamos instalar, aqui na nos-sa Subseção, um Centro de Inclu-são Digital, com funcionários es-pecializados, para dar apoio aos advogados”.

Maria Luciana Pereira de Sou-za ministrou o curso de Peticiona-mento Eletrônico.

wilis Dos saNtos Pio eiseNhower Dias mariaNoraFaela mariNhoiolaNDa abeu

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de nela vivermos e usufruirmos de suas riquezas.

E, quando, lá atrás dissemos que o assunto é também de inte-resse da OAB, é porque, não têm sido poucas as ocasiões em que a nossa Institui-ção tem se preocupado com suas causas em benefício da nossa Sociedade.

Cabo Frio, terra de imensa e maravilho-sa história!

Ah, se nas escolas, os professores e os alunos procurassem mais interessar-se pela mesma! Que bom seria! Aprender-mos um pouco mais sobre seu descobri-mento; a origem do nome; os primitivos habitantes; os navegadores que aqui aportaram; sua organização estrutural; suas capitanias; o Governo Geral; o Auto de sua Fundação; da povoação de Santa Helena; e depois, Cabo Frio; seus monu-mentos; as primeiras fontes de renda; suas indústrias; os filhos ilustres; os vários Prefeitos; Imprensa; os primeiros Jornais. Enfim, caros leitores: gostaríamos dispor de espaço para enumerar tanta grandeza!

Então, neste ano, 2015, em que a nos-sa terra completa 400 ANOS, EXULTE-MOS! ALEGREMO-NOS, ante o pri-vilégio de pertencermos, e vivermos, na cidade que nos viu nascer! CABO FRIO, nossa terra amada!

GerAldireito & CidAdAniA 9

(*) Advogado, ex- presidente da OAB/Cabo Frio e Conselheiro Honorário Vitalício do Conselho Subseccional da OAB Cabo Frio

CABO FRIO, minha terra amada, (nos-sa terra amada)! Quase fui tomado, agora, por uma obsessão, ou, quem sabe, por um sentimento egoísta, por querer nossa terra, Cabo Frio, só para mim.

De fato, o nosso amor pela terra que nos viu nascer, (no meu caso, há 85 anos atrás), leva-nos a penetrarmos, por ins-tante num processo de obsessão; de ego-ísmo; ou de vaidade por aquilo que mui-to amamos. Um pecado, talvez! Mas, o amor, fala mais alto, a ponto de ficarmos tomados de ciúmes pela nossa majestosa cidade, Cabo Frio.

Perdoem-nos, os que leem o texto, e até a nossa própria OAB, perdoe-nos, por utilizarmos este espaço em seu precioso “jornal” para tratarmos de assunto que não seja de ordem jurídica, ou de perti-nência à comunidade advocatícia, se as-sim parecer.

Mas, se bem refletirmos, podemos ad-mitir: sim, o assunto é de interesse de todos; de toda comunidade cabo-friense, falarmos da nossa cidade onde vivemos, trabalhamos, construímos nossos proje-tos; nossos ideais; nossa família, sobretu-do quando com ela temos maior intimida-de porque nos viu nascer.

Fora isto, alegra-nos, referir-nos à nossa Terra!

Ela é bonita, admirada geograficamen-te, e de exuberante natureza que nos foi proporcionada por Deus, que, na sua cria-ção bordou-a com os mais ricos ornamen-tos, e ainda concedendo-nos o privilégio

400 Anos de História CABO FRIO

José aNtuNes goNçalves (*)

Equipe Motivada

O presidente da OAB Cabo Frio, eiseNhower Dias mariaNo, reuniu os funcionários e estagiários da 20ª subseção, no dia 04 de fevereiro, para um encontro de trabalho so-bre assuntos de interesse da classe, seguido de um lanche de confraternização. Na foto, Jorge luiz souza, moNique wiDmer silveira, letíCia alves, rayssa Ferreira, sirleNe ottoNi maCeDos, eiseNhower Dias mariaNo, CristiaNe liNs, gabriela Dias, solaNge saNtos, JullyeNe Cabral, marCia gamPert, viNiCius roCha, aNa Paula e raFaela Ferreira.

Lançado o livro “Usucapião Admi-nistrativo” (Editora Multifoco), da advogada e professora especia-

lista em Direito Civil, Carla Fernandes de Oliveira. Acompanhe, abaixo, um rápido resumo do conteúdo da obra nas palavras da autora.

“O problema da regularização fundiária, e a cidade dividida em legítima e ilegíti-ma, reabre a discussão acerca do direito a uma habitação justa e ao uso apropria-do do solo urbano pela coletividade. O direito de propriedade acaba por orbitar diretamente o debate, associado a um contexto social e econômico e ao dever legal do Estado de garantir, à população, acesso a uma morada digna, em conso-nância com a natureza humana e a visão principiológica imposta pela Carta Mag-na vigente no Brasil.O estudo compreendendo a Usucapião Administrativa, enquanto instrumento de regularização fundiária; o fenômeno da desjudicialização, ligado a busca de procedimentos mais céleres na efetiva-ção de direitos e o atuar nos notários e registradores, enquanto delegatários da função pública qualificada pelo princípio da eficiência, são fatores que se destacam

livrOs

Usucapião Administrativo

na busca de respostas à temática em comento. Despontam como elementos inovadores para, conjuntamente tentar, superar o atual estado de irregularida-de fundiária, buscando transposição dos obstáculos que vedam, ou dificul-tam, o acesso à propriedade legal.”

Foto: A autora, Carla FerNaNDes De oliveira e eiseNhower Dias mariaNo, no relança-mento do livro “Usucapião Administrativa” na Sede OAB Cabo Frio no dia 29 de abril.

Vivemos em uma sociedade pa-triarcal, onde arduamente rees-crevemos nossa história a longos

passos, conquistando novos direitos, não apenas na teoria, mas na prática. O pano de fundo das violências descritas na Lei 11.340/06 é o machismo, que se perfaz em um construto histórico, portanto, sujeito a desconstrução. Inobstante ao contexto de lutas já travadas para o seu fim, ainda se faz presente, causando dano e sofrimen-to não só para a mulher, mas para toda a família. O Dossiê Mulher, elaborado anu-almente pelo Instituto de Segurança Pú-blica (ISP), afirma que, infelizmente, é no espaço doméstico ou no ambiente familiar que ocorre a maioria dos crimes contra a mulher.

O problema da violência contra a mu-lher se encontra além dos moldes doutri-nários clássicos. Nos casos de violência física, por exemplo, é necessário analisar as condições pelas quais as mulheres não conseguem romper o ciclo de violência em que se encontram submetidas. A impres-cindível proteção a Mulher deve ser con-siderada por meio do fundamento consti-tucional da dignidade da pessoa humana, ponto de partida para (re)significação do papel feminino na sociedade, propician-do, dessa forma, uma abordagem mais dinâmica para o enfoque da perspectiva de gênero e uma ponderação mais crítica a respeito das condições de vida das mu-lheres. O tratamento que a mulher recebe durante toda a vida acaba influenciando sua forma de se perceber como agente

social, detentora de um papel social distinto: um ser humano igual, mas respeitada em suas di-ferenças, haja vista que o preceito normativo de igualdade se traduz em tratar os iguais de forma igual e os desi-guais de forma desigual na medida da sua desigualdade.

A Comissão da OAB Mulher da 20ª Sub-seção tem o condão de fomentar o debate e promover ações que visem a efetivação dos direitos à Mulher. Em um estudo pro-movido pela CAARJ no final do ano de 2014, nos indica que além da necessidade da luta pelos direitos sociais como um todo também é necessário buscar a igualdade na nossa classe, aprofundando a discussão sobre a valorização da condição da mulher na advocacia, pois, apesar de representar-mos 44% do total de advogados registrados também amargamos uma diferença salarial em pleno século XXI entre homens e mu-lheres advogados em torno de 25%. Como operadores do direito e como mulheres, a nossa participação na luta pela igualdade de gênero e realização de direitos sociais já conquistados se torna imperativa.

Advogada, Presidente da Ong Reação Mulher, Presidente da Comissão OAB Mulher da 20ª , Subseção Cabo Frio e Arraial do Cabo/RJ, Só-cia na BDO Sociedade de Advogados, Mestran-da em Políticas Sociais na UENF, Especialista em Direito Público e em Direito Constitucional

a (re) sigNiFiCação Da mulher Na soCieDaDe a imPortÂNCia Do Direito No Combate a DisCri-miNação De gÊNero

aNa CaroliNa Carvalho barreto

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F l A s h

eiseNhower Dias mariaNo recepcionou com alegria o presi-dente da OAB/RJ, FeliPe saNta Cruz e seu tesoureiro luCiaNo baNDeira, na solenidade de inauguração da nova sede da 20ª subseção.

Cerimônia de entrega de carteiras da OAB, realizada no dia 27/01/2015, com a presença do Dr. Fábio Costa soares, Juíz Titular do Jui-zado Especial Cível da Comarca de Cabo Frio.

Advogada tatiaNa CrisPiN é recem-che-gada à cidade, mas já frequenta a Subseção. “Venho às segun-das para atividades relacionadas a cursos e palestras. Acho a estrutura muito boa e confortável”.

aDvogaDos ouviram atentos a palestra da professora maria luCiaNa Pereira De souza , ralizada no dia 12 de maio, que tratou de peticiona-mento eletrônico.

O advogado Paulo roDrigues com a bióloga JaNaíNa barros durante reunião do movimeNto eCoar.

Diretoria da oab Cabo Frio e membros das Comissões CDhaJ e CDaP se reuniram com o pro-curador do Município, advogado José rosival barbosa CamPos,

no dia 22 de Abril na sede da 20ª subseção

IX Sessão do CoNselho subseCCioNal, realizada no dia 12 de maio contou com forte participação dos advogados.

movimeNto eCoar fez homenagem aos funcionários da 20ª Subseção, apoiado-res e militantes.

FuNCioNários da 20ª Subseção com a Diretoria do eCoar.

movimeNto eCoar presta homenagem ao advogado José geralDo.

wilsoN miraNDa Jr e altair márCio Pereira De souza entregam Diploma de Mérito ao presidente da aCia, eDuarDo rosa.

O DePutaDo FeDeral waDih Damous, ex-presidente da OAB-RJ, foi empossado pela Câ-mara Federal em Sessão realizada no dia 19/05/2015. A OAB Cabo Frio se regozija pelo evento e parabeniza a advocacia brasileira pela conquista de mais uma esperança efetiva em favo da profissão, do direito, da justiça e da cidadania.

eiseNhower Dias mariaNoPresidente da OAB CABO FRIO

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direito & CidAdAniA 11ArtiGos

CNPJ 33.648.981/0021-80 Rua Ministro Gama Filho, nº 23, Bra-ga - Cabo Frio/RJ CEP: 28.908-090Tel: (22) 2643-0026 / 2643-0561www.oabcabofrio.org.br

Eisenhower Dias MarianoPresidente

ProDução NSMartinez Editora MECNPJ: 08.409.118/0001-80Fotografias: OAB/Cabo Frio Colaboração: Monique W SilveiraRevisão: Daniela Almeida

boletim iNFormativo Da 20a subseção Da oab/rJ

* Os artigos assinados por terceiros são de responsabilidade de seus autores.

direitOs humAnOs

Falar em Direitos Huma-nos, na atualidade, fica extremamente preju-

dicado pela manipulação da opinião pública, que associa Direitos Humanos com a cri-minalidade, o que de certa for-ma implica na deturpação da realidade dos fatos.

Efetivamente, os Direitos Hu-manos são direitos naturais e universais, que dizem respeito à dignidade da natureza huma-na, que são comuns a todos os cidadãos.

Sua principal função é a de proteger os indivíduos das ar-

bitrariedades, das injustiças, do autoritarismo e dos abusos de poder.

A Declaração Universal dos Direitos Humanos da Organiza-ção das Nações Unidas, de 1948, foi o primeiro documento a fixar internacionalmente um comprometimento da defesa de uma relação de direitos pertencentes tanto a homens quanto a mulheres, independente de classe social, raça ou faixa etária, tornando-se instrumento importante da sociedade moderna, um autêntico paradigma defensor da ética , da moral e dos bons costumes , é uma prova do consenso para a convivência entre os seres humanos.

Esse conjunto de regras as quais o Estado e todos os cida-dãos devem respeitar, são fundamentais para a manutenção da paz, e participação plena da vida em sociedade.

Não podemos pactuar com a intolerância, com qualquer tipo de discriminação, com a violência banalizada, com chacinas e extermínios, com o tráfico de drogas, o crime organizado, as mortes no trânsito, a corrupção desenfreada, os maus tra-tos a idosos, crianças e animais.

Não podemos perder a capacidade de nos indignar.

Com o engajamento efetivo da sociedade, que deve partici-par ativamente para que esses princípios sejam respeitados, o que deve ser um compromisso de todos nós, devendo ser pensado no dia a dia, dentro de nossas próprias casas, e ao nosso redor.

O advogado no cum-primento

de seu mister tem o dever de preservar a honra, a nobreza e a dignidade. No entanto, os advo-gados que aceitam honorários irrisó-rios desvalorizam a profissão, como não raro ocorre na Advocacia cor-respondente, onde

grandes escritórios de Advocacia predeterminam valores aviltantes para a realização de atos me-ramente protocolares, inclusive para o Advogado atuar como preposto de empresas. Essa prática além de representar infração ético-disciplinar, vio-la a dignidade do profissional e a classe da Advo-cacia como um todo.

Os honorários advocatícios são de fato questão tormentosa para o profissional de advocacia. Em razão disso, faz-se necessário que o Advogado ce-lebre contrato por escrito, em que se possa fixar o valor, reajuste e condições de pagamento e, evi-

Ética e Honorários Advocatícios

Alice C. Alexandre Brum Vice Presidente

Kesia Viana da Silva Secretária Geral

Renato Gonçalves de SouzaSecretário Geral Adjunto

Evandro Aloísio C. de Aquino Tesoureiro

Conselheiro Efetivo e Instrutor de Ética e Disciplina da OAB Cabo Frio.

dentemente, observe os valores mínimos estabeleci-dos na tabela da OAB, conforme preconiza o art. 41 do Código de Ética e Disciplina.

Importante salientar que há um novo Código de Ética a ser aprovado pelo Conselho Federal da OAB, com mudanças importantes no que concerne aos ho-norários advocatícios, pois a despeito do art. 51 do novo Código de Ética que manteve a proibição do sa-que de duplicata mercantil, há, entretanto, a autoriza-ção no parágrafo único desse artigo para protesto de cheque e de nota promissória. O CED inova, ainda, ao permitir a Advocacia Pro Bono, bem como auto-rizar o recebimento de honorários através de cartão de crédito.

Mas afinal, o que é ética? O Filósofo Mário Sérgio Cortella ensina que ética “é um conjunto de valores e princípios que você usa para responder a três gran-des perguntas da vida humana: quero? devo? posso?” Pois, segundo o Autor, há coisas que “eu quero, mas não devo. Há coisas que eu devo, mas não posso” (...)

Portanto, nem tudo que o profissional da advoca-cia quer, pode fazer. De outro modo, nem tudo que o Advogado pode, deve fazer. Até porque há vedações ético-disciplinares que funcionam como limitadores da atuação do profissional, os quais serão facilmente ultrapassados quanto mais sólidos forem os princí-pios de cada Advogado.

Sem dúvida, este é um assunto muito polê-mico e por isso muito

interessante, mas o que signifi-ca esse termo técnico??? Nada mais é que a busca pela resti-tuição do afeto não expressado, através do Judiciário, que tem como função avaliar a situação real de ambos os lados da mo-eda, ou seja, os motivos pelo qual um não amou e as conse-quências sofridas pelo que não foi amado.

Após a fase de conhecimen-to dos fatos reais, o juiz terá a difícil tarefa de avaliar o dano causado pela dor da falta de afe-to e valorar em espécie a fim de restituir o "rejeitado" pelos da-nos sofridos.

Minha pergunta é: O Direito deve intervir em tudo que de-mandam? O Direito teria con-trole sobre o desejo do sujeito?

Certa de que minhas opiniões não passam de "achismos" fui buscar na fonte, julgados e dou-trina, algo mais a respeito deste "fenômeno social".

Para a Ministra Nancy An-drighi o papel dos pais não esta apenas em suprir apoio alimen-tar ou material, mas também amparo afetivo e declara em

bom tom que "amar é uma FA-CULDADE, cuidar é um DE-VER".

Por sua vez, Alexandre de Mo-rais expressa que o Poder Judi-ciário ocupa, neste lugar, uma função reparatória, de conforto.

A base legal para o pedido de reconhecimento de dano mate-rial existente esta por conta da aplicação do Princípio da Digni-dade da Pessoa Humana, assim como o art. 227 da CF/88, onde fica estabelecido o dever de cui-dar da família.

É indiscutível que a afetivida-de é essencial à construção da personalidade da criança, por isso é tão importante a institui-ção famíliar para a sociedade em geral, compreendendo se tratar de uma sociedade natural por ex-celência.

É certo que novas perguntas sempre surgirão, pois a socieda-de esta em constante evolução e a ciência do Direito acompanha essas mudanças com a finalida-de de alcançar o equilíbrio entre as demandas que surgem a cada nova situação, mas a pergunta que não quer calar é:

SERIA POSSÍVEL CUIDAR SEM AFETO?

Pense, reflita e responda para si mesmo.

JudiCiAlizAçãO dO AFetO sOB A ótiCA dO ABAndOnO AFetivO

thAis tedesCo AGuiAr

vAlériA ozunA neGrão

Conselheira Efetiva do Conselho Subseccional e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Assistência Jurídiciária da OAB Cabo Frio.

Membro da Escola Superior de Advocacia da OAB Cabo Frio.

CArlos roberto liMA

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estruturA 12

1) seCretaria; 2) esCritório ComPartilhaDo; 3) auDitório; 4) seCretaria; 5) sala De aula; 6) área exterNa - 1º Piso

mAis esPAçO e COnFOrtO PArA Os AdvOgAdOs

A Subseção saiu de um pequeno prédio, no centro da cidade de Cabo Frio, onde ocupava várias sa-las para acomodar as necessidades da unidade.

O edifício, localizado em área de difícil estacionamen-to, não dispunha de elevadores e era um dificultador para muitos advogados frequentarem as atividades da Subseção.

A mudança para uma sede própria, no bairro do Bra-ga, construída especialmente para receber a Subseção, trouxe conforto aos funcionários e serviu para aumentar a frequência dos advogados e do público em geral. A facilidade para estacionar nas ruas tranquilas do bair-ro, junto com uma boa estrutura de atendimento, está fazendo a diferença para uma maior participação dos advogados.

“A frequência aqui aumentou substancialmente. Es-tacionamento mais fácil, perto do fórum. Nós temos aqui um escritório compartilhado com mais de 20 ad-vogados usando, o que não acontecia lá na antiga sede”, informa Eisenhower

A luta pela construção da sede própria é antiga. Ei-senhower conta que a construção da sede da OAB e

a instalação do Conselho Subseccional já faziam parte de sua primeira campanha para eleição à presidência da Subseção, em 2004.

“O presidente da OAB/RJ criou a sede, aumentou o projeto inicial, construiu esta sede aqui, a 300 metros do Fórum de Cabo Frio, num bairro nobre da cidade, com estas acomodações todas. Foi uma criação do presi-dente Felipe Santa Cruz, que nós agradecemos e vamos homenageá-lo aqui tantas vezes quanto for possível”, ressalta Eisenhower.

O espaço conta com sala de aula com capacidade para 30/40 pessoas, Escritório Compartilhado em sala indi-vidual para garantia da privacidade para o advogado durante o atendimento, secretaria com baias de atendi-mento logo na entrada da sede, auditório com capaci-dade para até 120 pessoas, sala de arquivo organizada, e grande área de laser na cobertura, com churrasqueira e mesas para atividades sociais. “Uma sede valiosa, a maior do interior do Rio de Janeiro”, enaltece Eisenho-wer.

A obra foi realizada com recursos e sob a administra-ção da OAB/RJ em menos de dois anos.

de CAsA nOvA!Nova sede da 20ª Subseção localizada a 300 metros do Fórum beneficiou os advogados.

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