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DIREITO ELEITORAL CURSO DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO ELEITORAL Edmarkson Ferreira de Araújo

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DIREITO ELEITORALCURSO DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO ELEITORAL

Edmarkson Ferreira de Araújo

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PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO DIREITO ELEITORALDemocracia

Democracia partidária

Estado democrático de Direito

Poder soberano

Republicano

Federativo

Sufrágio universal

Legitimidade

Moralidade

Probidade

Isonomia

Anualidade eleitoral

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Princípio da DemocraciaA Grécia é apontada como o berço da democracia.

Daí a origem do termo, que deriva de demokratia: demos, povo, e kratos, poder.

A democracia não é algo fixo, encontra-se em permanente construção. É um ideal a seralcançado.

A democracia agrega diversos valores como liberdade, igualdade, participação no poder.

Concepções em torno da democracia: liberal, cristã, marxista, social, neoliberal, representativa.

Hodiernamente predomina a concepção de que o poder emana do povo, que o exerce por meiode representantes eleitos, ou, em certos casos, diretamente.

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Democracia PartidáriaDemocracia direta (clássica): As decisões são tomadas em assembleia pública com aparticipação de todos os cidadãos.

Democracia indireta: A participação dos cidadãos no processo político ocorre pela escolha derepresentantes.

Democracia semidireta ou mista: Representação acrescida de mecanismos de intervenção diretados cidadãos. É o modelo consagrado na vigente Constituição Federal, Art. 1º, parágrafo único:

Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente,nos termos desta Constituição.

Atualmente, a representação política se faz por intermédio de partidos políticos. Surgidos naInglaterra, durante a Revolução Gloriosa em 1688 (conservadores x liberais), tornaram-se peçasessenciais para o complexo mecanismo democrático contemporâneo.

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Soberania PopularPoder é a força ou energia capaz de alterar uma situação.

Poder político é a capacidade de determinar a conduta de outrem de maneira coercitiva.

A soberania é uma qualidade do poder. O poder é soberano quando não se submete a nenhumoutro.

A soberania popular está prevista na Constituição da República de 1988, art. 1º, parágrafo únicoe art. 14.

Confere legitimidade ao exercício do poder estatal.

É exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, plebiscito, referendo e iniciativapopular, art. 14 da Constituição da República de 1988.

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Sufrágio UniversalÉ o direito público subjetivo democrático de um povo participar da vida política da sociedadeescolhendo os governantes ou sendo escolhido para governar.

Apresenta duas dimensões, a ativa (direito de votar) e a passiva jus honorum (direito de servotado).

Cidadão é o detentor de direitos políticos (cumpre os requisitos legais).

A cidadania constitui atributo jurídico que nasce no momento em que o nacional se tornaeleitor.

O sufrágio pode ser universal (a limitação é exceção) ou restrito (a limitação é regra, ex:censitário, cultural, masculino).

Sufrágio é o direito, o voto é o seu exercício. Escrutínio é o modo como o voto se concretiza.

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Princípio da Anualidade Eleitoral ou Antinomia EleitoralO princípio da anualidade eleitoral está previsto no art. 16 da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil.

Trata-se de uma inovação da Constituição de 1988:

Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não seaplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência.

Atenção! Não se trata de vacatio legis, mas de aplicação dos efeitos (eficácia).

O que se entende por processo eleitoral?

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JurisprudênciaConceito de processo eleitoral para fins de aplicação do princípio da anualidade eleitoral.

A ADI 354/2001 estabeleceu diferença entre “processo eleitoral” (art. 16 da CF/88) e “direitoeleitoral” (art. 22, I, da CF/88), em apertada votação (6 a 5), preponderando a diferença entredireito processual e direito material. Porém, o STF, nas ADIs 3.345 e 3.741, alterou adiferenciação primária, para entender que “processo eleitoral” é muito mais que “direitoprocessual”, ou seja, houve uma interpretação histórica, evolutiva, adaptativa ou progressivado comando do art. 16 da CF/88, considerando “processo eleitoral” tudo aquilo que provocar:

1) o rompimento da igualdade de participação dos partidos políticos e dos respectivoscandidatos no processo eleitoral;

2) a criação de deformação que afete a normalidade das eleições;

3) a introdução de fator de perturbação do pleito; ou

4) a promoção de alteração motivada por propósito casuístico.

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JurisprudênciaO princípio da anualidade eleitoral é considerado cláusula pétrea pelo STF.

AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. ART. 2º DA EC 52, DE 08.03.06. APLICAÇÃOIMEDIATA DA NOVA REGRA SOBRE COLIGAÇÕES PARTIDÁRIAS ELEITORAIS, INTRODUZIDA NOTEXTO DO ART. 17, § 1º, DA CF. ALEGAÇÃO DE VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DA ANTERIORIDADEDA LEI ELEITORAL (CF, ART. 16) E ÀS GARANTIAS INDIVIDUAIS DA SEGURANÇA JURÍDICA E DODEVIDO PROCESSO LEGAL (CF, ART. 5º, CAPUT, E LIV). LIMITES MATERIAIS À ATIVIDADE DOLEGISLADOR CONSTITUINTE REFORMADOR. ARTS. 60, § 4º, IV, E 5º, § 2º, DA CF.

1. Preliminar quanto à deficiência na fundamentação do pedido formulado afastada, tendo emvista a sucinta porém suficiente demonstração da tese de violação constitucional na inicialdeduzida em juízo. 2. A inovação trazida pela EC 52/06 conferiu status constitucional à matériaaté então integralmente regulamentada por legislação ordinária federal, provocando, assim, aperda da validade de qualquer restrição à plena autonomia das coligações partidárias no planofederal, estadual, distrital e municipal. 3. Todavia, a utilização da nova regra às eleições geraisque se realizarão a menos de sete meses colide com o princípio da anterioridade eleitoral,disposto no art. 16 da CF, que busca evitar a utilização abusiva ou casuística do processolegislativo como instrumento de manipulação e de deformação do processo eleitoral (ADI 354,rel. Min. Octavio Gallotti, DJ 12.02.93).

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JurisprudênciaO princípio da anualidade eleitoral é considerado cláusula pétrea pelo STF.

4. Enquanto o art. 150, III, b, da CF encerra garantia individual do contribuinte (ADI 939, rel. Min.Sydney Sanches, DJ 18.03.94), o art. 16 representa garantia individual do cidadão-eleitor,detentor originário do poder exercido pelos representantes eleitos e "a quem assiste o direito dereceber, do Estado, o necessário grau de segurança e de certeza jurídicas contra alteraçõesabruptas das regras inerentes à disputa eleitoral" (ADI 3.345, rel. Min. Celso de Mello). 5. Alémde o referido princípio conter, em si mesmo, elementos que o caracterizam como uma garantiafundamental oponível até mesmo à atividade do legislador constituinte derivado, nos termosdos arts. 5º, § 2º, e 60, § 4º, IV, a burla ao que contido no art. 16 ainda afronta os direitosindividuais da segurança jurídica (CF, art. 5º, caput) e do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV).6. A modificação no texto do art. 16 pela EC 4/93 em nada alterou seu conteúdo principiológicofundamental. Tratou-se de mero aperfeiçoamento técnico levado a efeito para facilitar aregulamentação do processo eleitoral. 7. Pedido que se julga procedente para dar interpretaçãoconforme no sentido de que a inovação trazida no art. 1º da EC 52/06 somente seja aplicadaapós decorrido um ano da data de sua vigência.

(ADI 3685, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Tribunal Pleno, julgado em 22/03/2006, DJ 10-08-2006 PP-00019 EMENT VOL-02241-02 PP-00193 RTJ VOL-00199-03 PP-00957)

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ElegibilidadeÉ a aptidão de ser eleito.

É o direito público subjetivo atribuído ao cidadão de disputar cargos público-eletivos.

“A elegibilidade é a adequação do indivíduo ao regime jurídico – constitucional e legalcomplementar – do processo eleitoral”. ADI nº 4.578/AC.

Elegibilidade plena: somente é alcançada aos 35 anos.

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Condições de ElegibilidadeSão requisitos essenciais para que se possa ser candidato e, pois, exercer a cidadania passiva. Estãoprevistos no art. 14, § 3º da Constituição da República de 1988:

I - a nacionalidade brasileira;

II - o pleno exercício dos direitos políticos;

III - o alistamento eleitoral;

IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;

V - a filiação partidária;

VI - a idade mínima de: a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da República eSenador; b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e do Distrito Federal; c) vinte eum anos para Deputado Federal, Deputado Estadual ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;d) dezoito anos para Vereador.

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Condições de ElegibilidadeSão aferidas no momento do registro de candidatura.

Pode ser objeto de Ação de Impugnação de Registro de Candidatura.

É matéria de ordem pública e pode ser conhecida de ofício.

Pode ser objeto de Recurso Contra Expedição de Diploma, art. 262 do Código Eleitoral:

Art. 262. O recurso contra expedição de diploma caberá somente nos casos de inelegibilidadesuperveniente ou de natureza constitucional e de falta de condição de elegibilidade.

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InelegibilidadeSegundo o autor Manoel Gonçalves Ferreira Filho:

“inelegibilidade é uma medida destinada a defender a democracia contra possíveis e prováveisabusos. Em sua origem, na Constituição de 1934, aparecia ela como medida preventiva, ideadapara impedir que principalmente os titulares de cargos públicos executivos, eletivos ou não, seservissem de seus poderes para serem reconduzidos ao cargo, ou para conduzirem-se a outro,assim como para eleger seus parentes.”

Estão previstas na Constituição da República e em lei complementar.

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Inelegibilidades Constitucionaisart. 14:

§ 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.

§ 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos equem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para umúnico período subseqüente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 16, de 1997)

§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da República, os Governadores de Estado edo Distrito Federal e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis mesesantes do pleito.

§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o cônjuge e os parentes consangüíneosou afins, até o segundo grau ou por adoção, do Presidente da República, de Governador deEstado ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja substituído dentro dosseis meses anteriores ao pleito, salvo se já titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.

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Inelegibilidades InfraconstitucionaisFundamento: art. 14, § 9º da Constituição Federal:

§ 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibilidade e os prazos de sua cessação,a fim de proteger a probidade administrativa, a moralidade para exercício de mandatoconsiderada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade das eleições contra ainfluência do poder econômico ou o abuso do exercício de função, cargo ou emprego naadministração direta ou indireta.

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Inelegibilidade X Condições de Elegibilidade X InalistabilidadeInelegibilidade: é fator negativo previsto na Constituição ou em lei complementar, cuja presençaobstrui ou subtrai a capacidade eleitoral passiva do nacional, tornando-o inapto para recebervotos e, pois, exercer mandato representativo.

Condições de elegibilidade: são requisitos positivos que o cidadão deve preencher para sercandidato a cargo eletivo, ou seja, para exercer a cidadania passiva.

Inalistabilidade: são impedimentos relativos ao alistamento eleitoral, de sorte que a pessoa nãopode se inscrever eleitora, ficando tolhida sua capacidade eleitoral ativa. Art. 14, § 2º daConstituição da República de 1988:

“§ 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, durante o período do serviçomilitar obrigatório, os conscritos.”

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Inelegibilidade X Condições de Elegibilidade X InalistabilidadeSegundo o Tribunal Superior Eleitoral:

ELEIÇÕES 2014. REGISTRO DE CANDIDATURA. GOVERNADOR. CONDENAÇÃO. AÇÃO DEIMPROBIDADE. ÓRGÃO COLEGIADO. CONDIÇÃO DE ELEGIBILIDADE. INELEGIBILIDADE. LEICOMPLEMENTAR Nº 64/90. ARTIGO 1º. INCISO I. ALÍNEA L. DANO AO ERÁRIO.ENRIQUECIMENTOILÍCITO. PRAZO. INCIDÊNCIA. SEGURANÇA JURÍDICA. FIXAÇÃO DE TESE. PLEITO 2014.

1. Os conceitos de inelegibilidade e de condição de elegibilidade não se confundem. Condiçõesde elegibilidade são os requisitos gerais que os interessados precisam preencher para setornarem candidatos. Inelegibilidades são as situações concretas definidas na Constituição eem Lei Complementar que impedem a candidatura.

(...)

(Recurso Ordinário nº 15429, Acórdão de 26/08/2014, Relator(a) Min. HENRIQUE NEVES DASILVA, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 27/08/2014 )

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Incompatibilidade e DesincompatibilizaçãoIncompatibilidade é o impedimento decorrente do exercício de cargo, emprego ou funçõespúblicas. É causa de inelegibilidade, pois há conflito entre o cargo ocupado e a competiçãoeleitoral.

A desincompatibilização é a desvinculação ou afastamento do cargo, emprego ou funçãopública, no prazo previsto em lei, viabilizando-se a candidatura.

Objetiva o equilíbrio e a legitimidade da eleição.

As hipóteses de desincompatibilização são definidas na Constituição ou em lei complementar(art. 14, § 9º da CR/88.

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Classificação da DesincompatibilizaçãoSegundo o autor Thales Tácito Cerqueira, as desincompatibilizações se distinguem em:

a) Autodesincompatibilização: é o afastamento voluntário do cargo ocupado, sem precisarrenunciar. Exemplo: servidor público que deseja se candidatar.

b) Heterodesincompatibilização: é a renúncia ao cargo ocupado para viabilizar a candidatura.Exemplo: Chefe do Executivo precisa renunciar para concorrer a outros cargos (art. 14, § 6º daCR/88).

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A Lei Complementar nº 64/90A Lei Complementar nº 64/90, também chamada de Lei de Inelegibilidades regulamentou o art.14, § 9º da Constituição, disciplinou o processo de registro de candidatura (art. 3º), a ação deinvestigação judicial eleitoral (art. 22) e erigiu as diversas hipóteses de inelegibilidade:

Inelegibilidades legais absolutas, impedimento para qualquer cargo político-eletivo, federal,estadual ou municipal. Exemplos: perda de mandato eletivo, abuso de poder econômico oupolítico, condenação criminal. Estão previstas no art. 1º, inciso I.

Inelegibilidades legais relativas, causam impedimento apenas quanto a alguns cargos, tornandonecessária a desincompatibilização para a disputa eleitoral. Exemplo: servidores públicos. Estãoprevistas no art. 1º, incisos II a VII.

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A Lei Complementar nº 64/90As inelegibilidades relativas são estabelecidas no artigo 1º, incisos II a VII, da LC nº 64/90:

Presidente e Vice-Presidente (art. 1º, II);

Governador e Vice-Governador (art. 1º, III);

Prefeito e Vice-Prefeito (art. 1º, IV);

Senador (art. 1º, V);

Deputado Federal, Distrital e Estadual (art. 1º, VII);

Vereador (art. 1º, VII).

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A Lei Complementar nº 64/90Os prazos de desincompatibilização variam de três a seis meses da data marcada para a eleição.

A falta de desincompatibilização enseja a impugnação do registro do candidato.

O exercício das funções previstas como incompatíveis geram presunção absoluta de influênciano equilíbrio da disputa eleitoral.

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JurisprudênciaEm eleição municipal não é necessária a desincompatibilização de servidor público estadual oufederal que exerça suas funções em município distinto da eleição.

ELEIÇÃO 2012. RECURSOS ESPECIAIS. REGISTRO DE CANDIDATURA. PREFEITO ELEITO. EXERCÍCIODE CARGO EM COMISSÃO EM MUNICÍPIO DIVERSO. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. DESNECESSIDADE.INELEGIBILIDADE DO ART. 1º, INCISO II, ALÍNEA "L", DA LC Nº 64/90. NÃO OCORRÊNCIA.

1. Diversamente do que fixado pelo voto condutor do aresto regional, a causa de inelegibilidadepor ausência da desincompatibilização prevista na alínea " L " do inciso II do art. 1º da LC nº64/90 não se aplica, porque a candidata exercia cargo em comissão na Assembleia LegislativaEstadual, em município diverso do qual pretendeu a candidatura à prefeitura municipal.Precedentes.

2. Segundo este Tribunal, "É desnecessária a desincompatibilização de servidor público - aindaque estadual - que exerce suas funções em município distinto do qual se pretende candidatar"(AgR-REspe nº 189-77/CE, Rel. Ministro ARNALDO VERSIANI, publicado na sessão de 27.9.2012).

(...)(Recurso Especial Eleitoral nº 12418, Acórdão de 16/05/2013, Relator(a) Min. LAURITAHILÁRIO VAZ, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Data 1/7/2013 )

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JurisprudênciaO prazo de desincompatibilização de servidor público é de três meses antes do pleito,independentemente do cargo eletivo em disputa (interpretação do art. 1º, IV e VII).

CONSULTA. INELEGIBILIDADE. ELEICAO MUNICIPAL. PRAZO DE DESINCOMPATIBILIZACAO.

1) O PRAZO DE AFASTAMENTO REMUNERADO DO SERVIDOR PUBLICO CANDIDATO,COMPREENDIDO NO ARTIGO 1, II, L, LEI COMPLEMENTAR N. 64/90, SERA SEMPRE DE 3 (TRES)MESES ANTERIORES AO PLEITO, SEJA QUAL O PLEITO CONSIDERADO: FEDERAL, ESTADUAL OUMUNICIPAL; MAJORITARIO OU PROPORCIONAL.

2) O SERVIDOR PUBLICO COM CARGO EM COMISSAO DEVERA EXONERAR-SE DO CARGO NOPRAZO DE 3 (TRES) MESES ANTES DO PLEITO.

3) O DIRIGENTE SINDICAL DEVERA DESINCOMPATIBILIZAR-SE NO PRAZO DE 4 (QUATRO) MESESANTES DO PLEITO PARA CANDIDATAR-SE AO CARGO DE PREFEITO OU VEREADOR.

(CONSULTA nº 622, Resolução nº 20623 de 16/05/2000, Relator(a) Min. MAURÍCIO JOSÉ CORRÊA,Publicação: DJ - Diário de Justiça, Data 02/06/2000, Página 60 )

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JurisprudênciaO prazo de desincompatibilização de servidor do Fisco, cujas funções sejam de arrecadação efiscalização de tributos para o cargo de vereador é de seis meses antes do pleito, art. 1º, II, d.

RECURSO ELEITORAL. REGISTRO DE CANDIDATURA INDEFERIDO. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO.SERVIDOR DO FISCO. PRAZO DE 6 MESES. DESPROVIMENTO.

1- Servidor do fisco está sujeito ao prazo de desincompatibilização de 6 meses anteriores aopleito para concorrer ao cargo de vereador, nos termos do art. 1º inciso I, alínea "d", da LeiComplementar n.º 64/90, consoante precedente do Tribunal Superior Eleitoral (Resolução n.º19.506/96).

2- Recurso conhecido e desprovido.

(RECURSO ELEITORAL nº 4872, Acórdão nº 4872 de 05/09/2008, Relator(a) AIRTON FERNANDESDE CAMPOS, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão )

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JurisprudênciaAo servidor público do Fisco, cujas funções sejam de arrecadação e fiscalização de tributos alegislação eleitoral não assegurou o direito à remuneração, art. 1º, II, d.

PETIÇÃO. SERVIDOR DO FISCO. ALTERAÇÃO DO ENTENDIMENTO FIRMADO NA RESOLUÇÃO-TSENº 19.506/96. DIREITO A AFASTAMENTO REMUNERADO. IMPOSSIBILIDADE.

- A Lei Complementar nº 64/90 estabeleceu distinção entre o servidor público efetivo comum eaqueles aludidos em seu artigo 1º, II, "d" , aos quais não se assegura o afastamentoremunerado pretendido.

- Pedido indeferido.

(PETIÇÃO nº 2710, Resolução nº 22627 de 13/11/2007, Relator(a) Min. MARCELO HENRIQUESRIBEIRO DE OLIVEIRA, Publicação: DJ - Diário de justiça, Volume 1, Data 07/12/2007, Página 213)

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Inelegibilidade para Presidente e Vice-Presidente art. 1º, II da LC nº 64/90Para candidatar-se aos cargos de Presidente e Vice-Presidente da República é necessária adesincompatibilização de agentes públicos e membros de certas categorias.

A Constituição autoriza a reeleição, portanto não há necessidade de desincompatibilização nestecaso.

Em regra, as hipóteses de inelegibilidade previstas para Presidente e Vice-Presidente sãoaplicáveis a todos os demais cargos político-eletivos.

O afastamento do cargo deve ser definitivo nas hipóteses do art. 1º, II, “a”.

O afastamento do cargo de servidor público efetivo não é definitivo art. 1, II, “l”. O afastamentode servidor público comissionado deve ser definitivo (jurisprudência).

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Inelegibilidade para Governador e Vice-Governador art. 1º, III da LC nº 64/90São inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador os inelegíveis para os cargos dePresidente e Vice-Presidente.

A Constituição autoriza a reeleição, portanto não há necessidade de desincompatibilização nestecaso.

O afastamento do cargo de servidor público pode não ser definitivo (a depender da legislaçãoprópria), art. 1, II, “l”.

O afastamento do cargo deve ser definitivo nas hipóteses do art. 1º, III, “b”.

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Inelegibilidade para Prefeito e Vice-Prefeito art. 1º, IV da LC nº 64/90São inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito:

a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para os cargos dePresidente e Vice-Presidente da República, Governador e Vice-Governador de Estado e doDistrito Federal, observado o prazo de 4 (quatro) meses para a desincompatibilização;

b) os membros do Ministério Público e Defensoria Pública em exercício na Comarca, nos 4(quatro) meses anteriores ao pleito, sem prejuízo dos vencimentos integrais;

c) as autoridades policiais, civis ou militares, com exercício no Município, nos 4 (quatro) mesesanteriores ao pleito;

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JurisprudênciaO prazo de desincompatibilização de servidor público, ainda que para cargo de Prefeito ouVereador é sempre de três meses antes do pleito, art. 1º, II, “l”.

Eleições 2012. Registro de candidatura. Prefeito. Desincompatibilização. Recurso especial. Art.1º, II, L, da Lei Complementar nº 64/90.

Servidor Público. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

- Inexistindo atividades com competência para arrecadar, lançar ou fiscalizar tributos, o prazopara desincompatibilização de servidor do INCRA é de três meses, conforme previsto na alínea ldo inciso II do art. 1º da LC nº 64/90.

Agravo regimental a que se nega provimento.

(Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 33372, Acórdão de 06/12/2012, Relator(a)Min. HENRIQUE NEVES DA SILVA, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 06/12/2012 )

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JurisprudênciaO prazo de desincompatibilização de servidor público, ainda que para cargo de Prefeito ouVereador é sempre de três meses antes do pleito, art. 1º, II, “l”.

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ESPECIAL. REGISTRO DE CANDIDATURA. ELEIÇÕES 2012.VEREADOR. AUSÊNCIA DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. POLICIAL CIVIL. PRAZO. TRÊS MESES. ART.1º, II, L, DA LC n. 64/90. DESPROVIMENTO.

1. Excepcionados os ocupantes de funções de comando (art. 1º, IV, c, da LC n. 64/90), para finsde desincompatibilização o policial civil se equipara ao servidor público, devendo se afastardas funções no prazo de três meses da data das eleições, para disputar o cargo de vereador.Precedentes.

2. Desincompatibilização não comprovada na espécie.

Agravo regimental a que se nega provimento.

(Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 17587, Acórdão de 04/06/2013, Relator(a)Min. LUCIANA CHRISTINA GUIMARÃES LÓSSIO, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Data01/08/2013 )

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Inelegibilidade para o Senado art. 1º, V da LC nº 64/90São inelegíveis para os cargos de Senador:

a) os inelegíveis para os cargos de Presidente e Vice-Presidente da República especificados naalínea “a” do inciso II deste artigo e, no tocante às demais alíneas, quando se tratar derepartição pública, associação ou empresa que opere no território do Estado, observados osmesmos prazos;

b) em cada Estado e no Distrito Federal, os inelegíveis para os cargos de Governador e Vice-Governador, nas mesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

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Inelegibilidade para a Câmara dos Deputados art. 1º, VI da LC nº 64/90São inelegíveis para a Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa e Câmara Legislativa, noque lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal, nasmesmas condições estabelecidas, observados os mesmos prazos;

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Inelegibilidade para a Câmara Municipal art. 1º, VII da LC nº 64/90São inelegíveis para a Câmara Municipal:

a) no que lhes for aplicável, por identidade de situações, os inelegíveis para o Senado Federal epara a Câmara dos Deputados, observado o prazo de 6 (seis) meses para adesincompatibilização;

b) em cada Município, os inelegíveis para os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, observado oprazo de 6 (seis) meses para a desincompatibilização.

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Casos Concretos

1. Prefeito deseja concorrer ao cargo deSenador, é necessário se desincompatibilizar?qual o prazo?

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Jurisprudência

1. Prefeito deseja concorrer ao cargo de Senador, qual o prazo de desincompatibilização?

ELEIÇÕES 2014. AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO. CANDIDATO A SENADOR. REGISTRO DECANDIDATURA DEFERIDO. INELEGIBILIDADE PREVISTA NO ART. 1º, INCISO I, ALÍNEA c, DA LC Nº 64/1990.DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. CARGO DE PREFEITO. ART. 1º, INCISO V, ALÍNEA a, C.C. OS ARTS. 1º, INCISO II, ALÍNEA a,E 13 DA LC Nº 64/1990.

1. Ausência de inelegibilidade decorrente de cassação de mandato por violação à lei orgânica do município antea prática de infrações político-administrativas dispostas no DL nº 201/1967. As restrições que geraminelegibilidade são de legalidade estrita, sendo vedada interpretação extensiva. Precedentes.

2. Ausência de inelegibilidade ante a efetiva desincompatibilização do cargo de prefeito no prazo de seismeses anteriores ao pleito. Exercício do cargo em caráter temporário não faz incidir em inelegibilidade.

3. Na linha da jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, as regras alusivas às causas de inelegibilidade são delegalidade estrita, sendo vedada a interpretação extensiva para alcançar situações não contempladas pelanorma.

4. Negado provimento aos agravos regimentais.

(Agravo Regimental em Recurso Ordinário nº 39477, Acórdão de 19/05/2015, Relator(a) Min. GILMAR FERREIRAMENDES, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 155, Data 17/08/2015, Página 37/38 )

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Casos Concretos

2. O servidor comissionado, independente doórgão de sua lotação, seja do Poder Executivo,Legislativo ou Judiciário, deverá deixar o cargopara se candidatar?

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JurisprudênciaEm eleição municipal não é necessária a desincompatibilização de servidor público estadual oufederal.

ELEIÇÃO 2012. RECURSOS ESPECIAIS. REGISTRO DE CANDIDATURA. PREFEITO ELEITO. EXERCÍCIODE CARGO EM COMISSÃO EM MUNICÍPIO DIVERSO. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. DESNECESSIDADE.INELEGIBILIDADE DO ART. 1º, INCISO II, ALÍNEA "L", DA LC Nº 64/90. NÃO OCORRÊNCIA.

1. Diversamente do que fixado pelo voto condutor do aresto regional, a causa de inelegibilidadepor ausência da desincompatibilização prevista na alínea " L " do inciso II do art. 1º da LC nº64/90 não se aplica, porque a candidata exercia cargo em comissão na Assembleia LegislativaEstadual, em município diverso do qual pretendeu a candidatura à prefeitura municipal.Precedentes.

2. Segundo este Tribunal, "É desnecessária a desincompatibilização de servidor público - aindaque estadual - que exerce suas funções em município distinto do qual se pretende candidatar"(AgR-REspe nº 189-77/CE, Rel. Ministro ARNALDO VERSIANI, publicado na sessão de 27.9.2012).

(...)(Recurso Especial Eleitoral nº 12418, Acórdão de 16/05/2013, Relator(a) Min. LAURITAHILÁRIO VAZ, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Data 1/7/2013 )

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JurisprudênciaConsulta. Pessoa ocupante de cargo de direção em Assembleia Legislativa. Necessidade dedesincompatibilização para o fim de candidatura a cargo eletivo em eleição municipal. Respostaafirmativa.

1. É necessário que pessoa ocupante de cargo de direção em Assembleia Legislativa, quepretenda concorrer a cargo eletivo junto a município integrante da mesma Unidade daFederação, afaste-se do cargo com antecedência mínima de 03 (três) meses em relação à datamarcada para realização das eleições municipais, independentemente da distância geográficaentre o seu lugar de trabalho e a sede do município junto ao qual pretende ocupar um cargoeletivo;

2. Desde que exista expressa permissão estatutária, o pedido de filiação partidária, tendo emvista a realização de eleições municipais, pode ser requerido ao órgão nacional de direção dopartido político, bem como ao órgão estadual respectivo, sendo, porém, em qualquer hipótese,indispensável que o diretório municipal da agremiação seja comunicado, em breve tempo, arespeito da filiação ocorrida;

3. Consulta respondida. (CONSULTA nº 9816Salvador/BA, Acórdão nº 1397 de 21/09/2015,Relator(a) CARLOS D'ÁVILA TEIXEIRA, Publicação: DJE - Diário da Justiça Eletrônico, Data28/09/2015 )

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Casos Concretos

3. Sou servidor comissionado, qual a datacorreta que devo deixar o cargo?

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JurisprudênciaPara as eleições de 2016, o afastamento deve ocorrer até o dia 02/07/2016 (sábado).

ELEIÇÕES 2014. AGRAVO REGIMENTAL EM RECURSO ORDINÁRIO. REGISTRO DE CANDIDATURAINDEFERIDO. DEPUTADO ESTADUAL. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. SERVIDOR PÚBLICO OCUPANTEDE CARGO/FUNÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.

1. O candidato que ocupa cargo em comissão deve afastar-se dele de forma definitiva noprazo de três meses antes do pleito, conforme previsto no art. 1º, inciso II, alínea l, da LC nº64/1990.

2. Decisão agravada mantida pelos próprios fundamentos.

3. Agravo regimental desprovido.

(Agravo Regimental em Recurso Ordinário nº 92054, Acórdão de 30/10/2014, Relator(a) Min.GILMAR FERREIRA MENDES, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 30/10/2014 )

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JurisprudênciaPara as eleições de 2016, o afastamento deve ocorrer até o dia 02/07/2016 (sábado).

ELEIÇÕES 2012. REGISTRO DE CANDIDATURA. PRAZO DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO SERVIDORPÚBLICO. LC Nº 64/1990, ART. 1º, INCISO II, ALÍNEA L.

1. Afastamento de fato das atividades dentro do prazo legal. Protocolado o afastamento em9.7.2012, segunda-feira, quando a data-limite para desincompatibilização se deu em 7.7.2012,sábado, dia não útil, tem-se como atendida a exigência legal. Precedentes.

2. Agravo regimental ao qual se nega provimento.

(Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 9595, Acórdão de 08/05/2014, Relator(a)Min. GILMAR FERREIRA MENDES, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 112, Data17/06/2014, Página 98 )

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Casos Concretos

4. Preciso fazer algum requerimento formal daminha exoneração?

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Jurisprudência

AGRAVO REGIMENTAL. RECURSO ORDINÁRIO. REGISTRO DE CANDIDATURA. ELEIÇÕES 2014.DEPUTADO FEDERAL. SERVIDOR PÚBLICO. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. CARGO EM COMISSÃO.NECESSIDADE DE EXONERAÇÃO. NÃO PROVIMENTO.

1. Conforme a jurisprudência do Tribunal Superior Eleitoral, a desincompatibilização deservidor público que possui cargo em comissão é de três meses antes do pleito e pressupõe aexoneração do cargo comissionado, e não apenas seu afastamento de fato (Cta 985/DF, Rel.Min. Carlos Velloso, DJ de 23.3.2004).

2. Agravo regimental não provido.

(Agravo Regimental em Recurso Ordinário nº 100018, Acórdão de 02/10/2014, Relator(a) Min.JOÃO OTÁVIO DE NORONHA, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data 2/10/2014 )

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Casos Concretos

5. Em outubro, após a eleição, posso sernomeado novamente a um cargocomissionado?

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Casos ConcretosLei 9.504/97

Art. 73. São proibidas aos agentes públicos, servidores ou não, as seguintescondutas tendentes a afetar a igualdade de oportunidades entre candidatosnos pleitos eleitorais: (...)

V - nomear, contratar ou de qualquer forma admitir, demitir sem justacausa, suprimir ou readaptar vantagens ou por outros meios dificultar ouimpedir o exercício funcional e, ainda, ex officio, remover, transferir ouexonerar servidor público, na circunscrição do pleito, nos três meses que oantecedem e até a posse dos eleitos, sob pena de nulidade de pleno direito,ressalvados:

a) a nomeação ou exoneração de cargos em comissão e designação oudispensa de funções de confiança;

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Casos Concretos

6. Qual a consequência se eu for eleito e nãotiver desincompatibilizado?

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Casos ConcretosAs causas de inelegibilidade devem ser aferidas no momento em que oregistro de candidatura é formalizado.

Lei 9.504/97:

Art. 11. Os partidos e coligações solicitarão à Justiça Eleitoral o registro deseus candidatos até as dezenove horas do dia 15 de agosto do ano em que serealizarem as eleições.

(...)

§ 10. As condições de elegibilidade e as causas de inelegibilidade devem seraferidas no momento da formalização do pedido de registro da candidatura,ressalvadas as alterações, fáticas ou jurídicas, supervenientes ao registro queafastem a inelegibilidade.

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Casos ConcretosAs causas de inelegibilidade devem ser aferidas nomomento em que o registro de candidatura éformalizado.Caso exista inelegibilidade, poderá haver aimpugnação do registro ou o conhecimento deofício pelo órgão judicial.Ação de Impugnação de Registro de Candidatura(AIRC), art. 3º da LC nº 64/90.

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Casos ConcretosO Recurso Contra Expedição de Diploma - RCED estáprevisto no Código Eleitoral nos seguintes termos:Art. 262. O recurso contra expedição de diplomacaberá somente nos casos de inelegibilidadesuperveniente ou de natureza constitucional e defalta de condição de elegibilidade.Em regra não cabe RCED por ausência dedesincompatibilização.

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JurisprudênciaELEIÇÕES 2012. AGRAVO REGIMENTAL. AGRAVO DE INSTRUMENTO. RECURSO CONTRAEXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO DE DIREITO. NÃO CABIMENTO.DESINCOMPATIBILIZAÇÃO DE FATO. CAPTAÇÃO ILÍTICA DE SUFRÁGIO E ABUSO DE PODER.INSUFICIÊNCIA DE PROVAS. SÚMULA Nº 279/STF. MANUTENÇÃO DA DECISÃO AGRAVADA.

1. Desincompatibilização de direito. Conforme a jurisprudência do TSE, não cabe recursocontra expedição de diploma sob a alegação de ausência de desincompatibilização, por setratar de inelegibilidade infraconstitucional que deveria ter sido alegada em impugnação aoregistro de candidatura.

2. Desincompatibilização de fato. O Regional concluiu pela ausência de provas de que ocandidato tivesse praticado atos inerentes ao cargo ocupado. Não é possível modificar o queassentado pelo TRE sem o revolvimento do conjunto fático-probatório, o que não é admitidonesta instância especial.

(...)

(Agravo Regimental em Agravo de Instrumento nº 26089, Acórdão de 19/05/2015, Relator(a)Min. GILMAR FERREIRA MENDES, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Data 06/08/2015,Página 57-58 )

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JurisprudênciaRECURSO CONTRA EXPEDIÇÃO DE DIPLOMA. ELEIÇÕES 2010. SUPLENTE DE DEPUTADO FEDERAL.AUSÊNCIA DE DESINCOMPATIBILIZAÇÃO DE FATO. PROVAS INSUFICIENTES. NÃO PROVIMENTO.

1. Em regra, a desincompatibilização, por se tratar de inelegibilidade infraconstitucional epreexistente ao registro de candidatura, deve ser arguida na fase de impugnação do registro,sob pena de preclusão, nos termos do art. 259 do Código Eleitoral. Precedentes.

2. Todavia, a ausência de desincompatibilização de fato pode ser suscitada em RCED,porquanto o candidato pode, após a fase de impugnação do registro, praticar atos inerentesao cargo do qual tenha se desincompatibilizado apenas formalmente. Trata-se, pois, desituação superveniente ao registro de candidatura. O provimento do recurso, entretanto, ficacondicionado à comprovação de que o exercício de fato do cargo tenha se dado após a fase deimpugnação do registro de candidatura.

(...)

(Recurso Contra Expedição de Diploma nº 1384, Acórdão de 06/03/2012, Relator(a) Min. FÁTIMANANCY ANDRIGHI, Publicação: DJE - Diário de justiça eletrônico, Tomo 70, Data 16/04/2012,Página 25-26 )

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Casos Concretos

7. Sou servidor efetivo, na segunda feiraseguinte ao domingo de votação já devoretornar ao trabalho?

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Casos ConcretosSeção VI DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA (Resolução nº 1.073 de 10 de outubro de 2001)

Art. 169. O servidor efetivo terá direito à licença, sem remuneração, durante o período que mediarentre a sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registrode sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

§ 1º O servidor efetivo candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e queexerça cargo de direção, chefia, assessoramento, dele será afastado, a partir do dia imediato ao doregistro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.

§ 2º A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor farájus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de 3 (três)meses.

§ 3º A licença do servidor efetivo enquadrado nos termos do parágrafo anterior é de caráterobrigatório, sob pena de inelegibilidade, sendo o servidor remunerado como se em atividadeestivesse.

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Casos ConcretosSeção VI DA LICENÇA PARA ATIVIDADE POLÍTICA (Resolução nº 1.073 de 10de outubro de 2001)

Art. 170. Ao titular exclusivamente de cargo em comissão e de funçãoespecial de confiança é inaplicável o direito ao afastamento remunerado deseu exercício, qualquer que seja o cargo eletivo ou município onde venha aconcorrer.

Art.171. O servidor efetivo candidato a cargo eletivo que estiver cumprindo oestágio probatório poderá se afastar do exercício do cargo de provimentoefetivo para o qual foi nomeado.

Parágrafo único. Durante o período de afastamento, o estágio probatórioficará suspenso e será retomado a partir do término do impedimento.

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Casos Concretos

8. O militar da ativa deve sedesincompatibilizar?

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JurisprudênciaRECURSO ESPECIAL. REGISTRO DE CANDIDATO. MILITAR. DESINCOMPATIBILIZAÇÃO. ART. 1º, II, lDA LC Nº 64/90. INAPLICABILIDADE.

1. O militar elegível, que não ocupe função de comando, não se submete ao prazo dedesincompatibilização previsto no art. 1º, II, l da LC nº 64/90, devendo se afastar após odeferimento do seu registro de candidatura, consoante o disposto nos arts. 14, § 8º, da CF, 98,parágrafo único, do CE e 16, § 4º, da Res.-TSE nº 22.717/2008. Precedentes.

2. Agravo regimental desprovido.

(Agravo Regimental em Recurso Especial Eleitoral nº 30182, Acórdão de 29/09/2008, Relator(a)Min. MARCELO HENRIQUES RIBEIRO DE OLIVEIRA, Publicação: PSESS - Publicado em Sessão, Data29/09/2008 RJTSE - Revista de jurisprudência do TSE, Volume 19, Tomo 3, Página 372 )

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Fontes Bibliográficas

GOMES, José Jairo. Direito Eleitoral. 11ª edição. São Paulo. Editora Atlas, 2015.

CERQUEIRA, Thales Tácito e Camila Albuquerque. Direito Eleitoral Esquematizado. 1ª edição,Editora Saraiva, 2011.

http://www.tse.jus.br/jurisprudencia/pesquisa-de-jurisprudencia/jurisprudencia

http://www.tre-sp.jus.br/arquivos/tre-sp-tabela-de-desincompatibilizacao-eleicoes-2014-scj/view

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Agradecimentos

“Sonho com o dia em que todos levantar-se-ão

e compreenderão que foram feitos para viverem como irmãos.”

NELSON MANDELA

PROCURADORIA-GERAL DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE GOIÁS

SEÇÃO DE ASSUNTOS LEGISLATIVOS: 3221 3182