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INFORMA˙ES EMPRESARIAIS SELECIONADAS - N” 184 - JAN/FEV/MAR/2008 - www.pactum.com.br ########### Direito Empresarial Ø estratØgico ! ! ! ! ! ! ! ! ##### Case Comercial Salfer página 8 Benefícios fiscais no RS página 4 Doutrina: Avaliação de Projeto de ReformaTributária página 6 Crescimento do Setor Industrial página 7 O Direito Estratégico vem sendo adotado em novos modelos de gestão de empresas e representa um avanço na conscientização do empresariado quanto à importância da prevenção e do planejamento. A denominação “Estratégico” traduz a intenção de atuar de forma profilática, com vistas ao futuro da organização. Mais do que uma ferramenta de solução de problemas, o Direito passou a ser um instrumento fundamental para a gestão empresarial, que previne situações específicas e oferece oportunidades de crescimento e sucesso às empresas. A evolução e as constantes mudanças do mercado trazem à tona novas realidades, novas práticas comerciais, novas necessidades, novos paradigmas. Inclusive no Direito, na assessoria e na consultoria empresarial. O mundo dos negócios é cada vez mais dinâmico e global e, por isso, uma empresa flexível e saudável deve estar atenta e praticar uma “gestão estratégica”. Nesse contexto, a visão e o pensamento estratégico, especializado e multidisciplinar passam a ser instrumentos de sobrevivência e desenvolvimento das organizações. Com o foco certo da Lei, pode-se usar o Direito com aplicação em todos os setores da empresa. Apesar de muitos ainda estarem presos à antiga realidade e verem a assessoria jurídica apenas como um meio para as questões pontuais, diversos projetos voltados à gestão empresarial já foram implementados no mercado. Assim, a consultoria e assessoria baseada no Direito vem sendo aos poucos incorporada e assimilada por empresas de todos os segmentos. Aplicar uma assessoria de caráter dinâmico próxima ao cliente tornou o trabalho um grande aliado das empresas: gerando soluções, antevendo necessidades, habilitando as empresas para a competitividade no mercado, fornecendo importantes dados para a tomada de decisões e, não obstante, otimizando processos intimamente relacionados a fim de, por exemplo, evitar perdas financeiras desnecessárias, tanto de ordem fiscal como nas demais áreas administrativas. Nesses moldes, o Direito, a assessoria e a consultoria assumem o “status” de ferramentas estratégicas da organização. Leia mais sobre este tema e a atuação da Pactum na área de Direito Estratégico na página 05.

Direito Empresarial é estratégico

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Page 1: Direito Empresarial é estratégico

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INFORMAÇÕES EMPRESARIAIS SELECIONADAS - Nº 184 - JAN/FEV/MAR/2008 - www.pactum.com.br

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Direito Empresarial é estratégico

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Case Comercial Salfer

página 8

Benefícios fiscaisno RS

página 4

Doutrina: Avaliaçãode Projeto de

Reforma Tributáriapágina 6

Crescimento doSetor Industrial

página 7

O Direito Estratégico vem sendoadotado em novos modelos de gestão deempresas e representa umavanço na conscientização doempresariado quanto àimportância da prevenção e doplanejamento.

A denominação“Estratégico” traduz aintenção de atuar de formaprofilática, com vistas aofuturo da organização. Maisdo que uma ferramenta desolução de problemas, oDireito passou a ser uminstrumento fundamental paraa gestão empresarial, queprevine situações específicas eoferece oportunidades decrescimento e sucesso àsempresas.

A evolução e asconstantes mudanças domercado trazem à tona novasrealidades, novas práticascomerciais, novas necessidades,novos paradigmas. Inclusive no Direito, naassessoria e na consultoria empresarial. O mundodos negócios é cada vez mais dinâmico e global e,por isso, uma empresa flexível e saudável deve estaratenta e praticar uma “gestão estratégica”. Nessecontexto, a visão e o pensamento estratégico,especializado e multidisciplinar passam a serinstrumentos de sobrevivência e desenvolvimentodas organizações. Com o foco certo da Lei, pode-seusar o Direito com aplicação em todos os setores da

empresa. Apesar de muitosainda estarem presos à antigarealidade e verem a

assessoria jurídica apenas como um meiopara as questões pontuais, diversos projetosvoltados à gestão empresarial já foramimplementados no mercado. Assim, aconsultoria e assessoria baseada no Direitovem sendo aos poucos incorporada eassimilada por empresas de todos ossegmentos.

Aplicar uma assessoria de caráterdinâmico próxima ao cliente tornou otrabalho um grande aliado das empresas:gerando soluções, antevendonecessidades, habilitando as empresas

para a competitividade no mercado,fornecendo importantes dados paraa tomada de decisões e, não

obstante, otimizando processosintimamente relacionadosa fim de, por exemplo,

evitar perdas financeirasdesnecessárias, tanto deordem fiscal como nas

demais áreas administrativas.Nesses moldes, o Direito, aassessoria e a consultoriaassumem o “status” deferramentas estratégicas daorganização.

Leia mais sobre este temae a atuação da Pactum na áreade Direito Estratégicona página 05.

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##### Notícias

DataPactum é uma publicação bimestral distribuída gratuitamente aos clientes e parceiros da Pactum Consultoria Empresarial •Endereço: Avenida Independência, 1.199 - CEP 90035-077 - Porto Alegre -RS • Telefone: (51) 3314-1414 • Fax: (51) 3311-0438 • E-mail:

[email protected] • Direto com a Presidência: [email protected] • www.pactum.com.br • Comissão Editorial: Denise Mari de Andrade,José Luis Cardoso, Vinicius Piazzeta e André Crossetti • Execução: Contexto Marketing Editorial Ltda. • Telefones: (51) 3395-2515/3395-2404 • JornalistaResponsável: Milene Leal (Reg. Prof. nº 7036/30/42) • Redação: Vanessa Balula • Editoração: Henrique Santos • Atendimento: Izabella Boaz • Projeto

Gráfico: Carmen Fonseca • Os artigos assinados publicados nesta edição não traduzem, necessariamente, a opinião da Pactum •

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Editorial!!!!!Dr. Luiz Fernando Mussolini

Jr., advogado da Pactum em SãoPaulo, sócio da Piazzeta, Boei-ra, Rasador e Mussolini, foi nova-mente honrado com a nomeaçãopara o cargo de Juiz Contribuintedo TIT para o Biênio 2008-2009,período para o qual foi tambémdesignado Juiz Presidente da 6ªCâmara Efetiva do referido Tribu-nal em São Paulo.

PACTUM SPNa primeira semana de março, o Comitê de Estudos Laborais pro-

moveu a palestra “Fim das Dispensas Imotivadas – Ratificação daConvenção 158 da Organização Internacional do Trabalho”, ministradapela Dra. Karla Bernardo, advogada da área Trabalhista na Pactum.

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Nomeação para o biênio 2008-2009

Dr. Luiz Fernando Mussolini Jr.

Em 22/02/08 foi ministrada pelaDra. Tônia Dutra a palestra “Contra-tos de Transportes de Cargas – NovaDisciplina Legal”, em Curitiba, noSETCEPAR (Sindicato das Empre-sas de Transportes de Cargas noEstado do Paraná).

Contratos de transporte

Doações online ICI/RSCom o objetivo de formaruma carteira de doado-res permanentes, o Ins-tituto do Câncer Infantil(ICI-RS) integra-se à Rede Parce-ria Social através do projeto Fun-do de Incentivo. Para fazer a con-tribuição é preciso acessar o sitewww.portalsocial.org.br e buscaro ICI. O pagamento pode ser fei-

to por boleto bancárioou por cartão de créditoVISA. A cada valor doa-do ao Projeto, o ICI re-

cebe um bônus de 50% do Fundode Incentivo patrocinado pelaBraskem. As contribuições só po-dem ser feitas por pessoas físicas,dentro do limite de R$ 100,00mensais.

Travas aodesenvolvimentoVimos em nossa edição

anterior que a alta taxa de ju-ros vem premiando nossosconcorrentes internacionais,barateando as importações.Nossas exportações ainda ge-ram saldos, mas isto se deve,fundamentalmente, aos pre-ços de nossas “commodities”.

A inflação, sabe-se, ad-vém de gastos excessivos dopoder público, e o uso da taxade juros e a desvalorização dodólar punem as empresas ex-portadoras, o que deve conti-nuar mesmo após a taxaçãode 1,5% (IOF) sobre as apli-cações em títulos e renda fixa.

Extraídos em grande partedas empresas, os tributospesam sobre os cidadãos,desigualmente, via preços dosbens consumidos, sendo ou-tras de nossas travas.

Esta situação justifica otemor de que a proposta doIVA-Federal e do Estadual re-sulte em aumento (compen-sar CPMF?), e o mesmo é dese esperar caso o “obtuso”projeto seja aprovado. Cabeantes de qualquer modificaçãomudar a contribuição sobre aFolha (37%), permitindo-se acompensação crescente nospróximos 5 anos. Seria umagrande reforma. As chancessão poucas, mas seria umagrande alternativa.

Ivar Piazzeta

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Jurisprudência $$$$$

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Falência � Juros e multa #####

INSS PrescriçãoQüinqüenal

Declarada a inconstitucio-nalidade do art. 45 da Lei nº8.212/91, o qual estipula dezanos de prazo para que o INSSconstitua crédito tributário pre-videnciário, pois o prazo decinco anos constante no CTNsó poderia ser alterado por leicomplementar.

(Superior Tribunal de Justiça)

ISS e mão-de-obraA locação de mão-de-obra temporária configura uma atividade

de agenciamento, cuja receita é apenas a comissão. Sendoassim, a base de cálculo do ISS das sociedades dedicadas a essaatividade deve incidir sobre a comissão paga pelo agenciamentodos trabalhos temporários.

(Superior Tribunal de Justiça)

Os juros moratórios anteriores àdecretação de falência são devidospela massa, havendo ou não saldopara o pagamento do principal.Porém, depois da quebra, a exigibi-

A fiscalização do cumprimentodas normas do Ministério do Traba-lho e Emprego compete às autori-dades vinculadas àquele órgão enão ao INSS. Mantida a suspensãode exigibilidade da multa impostapelo INSS e concedida CertidãoPositiva com efeitos de Negativa.

(Tribunal Regional Federal da 4ªRegião)

Fiscalização peloMinistério do Trabalho

Base de cálculoda Cofins

lidade fica condicionada à suficiên-cia do ativo. No entanto, a multamoratória não incide na execuçãomovida contra a massa falida.

(Superior Tribunal de Justiça)

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CompensaçãoAssegurado à empresa

valer-se de créditos de tributosadministrados pela Secretariada Receita Federal (sejam elesde acúmulo de crédito não con-tencioso ou de decisão judicialtransitada em julgado), para finsde compensação, com débitosadministrados pela Secretariada Receita previdenciária.

(Seção Judiciária do Esta-do de Minas Gerais)

Admitida a exclusão do ICMS edo ISS da base de cálculo da Cofins.

(Tribunal Reg. Fed. da 1ª Região)

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##### Legislação

Obrigatoriedade da NF-e no ParanáSerá obrigatória a utilização da

Nota Fiscal Eletrônica, no Para-ná, a partir de 1º de abril de 2008,para: fabricantes de cigarros; dis-tribuidores de cigarros; produto-res, formuladores e importadoresde combustíveis líquidos; distribui-dores de combustíveis líquidos,transportadores e revendedoresretalhistas – TRR.

Essa obrigatoriedade se aplicaa todas as operações dos contri-buintes, exceto em relação às ope-rações realizadas fora do estabe-lecimento.

(Norma de Procedimento Fiscalnº 7; DOE/PR 31/01/2008)

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Novidades paraas ZPEs emincentivos fiscais

Alterada legislação que con-cede incentivos fiscais paraas ZPEs – Zonas de Proces-samento de Exportação. Foisuspensa a exigência do Im-posto de importação, IPI, PIS,COFINS, PIS-importação, CO-FINS-importação e AFRMMnas importações ou aquisiçõesno mercado interno por empre-sa autorizada a operar emZPE, desde que a empresaobtenha no mercado externo aomenos 80% de suas receitas.Para garantir igualdade tributá-ria e concorrencial com empre-sas de outras regiões, a medi-da prevê o recolhimento normalde impostos incidentes sobremercadorias produzidas emZPE, se comercializadas nomercado interno. Fica impedi-da também a importação debens usados.

(MP nº 418; DOU 15/02/2008)

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Substituição tributária no RSInstituída, no Rio Grande do Sul, a substituição tributária nas

operações com colchoaria e cosméticos, perfumaria, artigos dehigiene pessoal e de toucador. Normatizada ainda a responsabi-lidade pelo recolhimento do imposto, o momento do recolhimen-to, a emissão de nota fiscal quando os produtos mencionadosforem recebidos sem substituição tributária, a aplicação da subs-tituição tributária nas operações interestaduais, dentre outrasalterações.

(Decreto nº 45.471; DOE/RS 11/02/2008)

Programa de Parcelamento Incentivadono município de São Paulo

Alterados benefíciosfiscais no RS

A partir de 01/04/2008 as opera-ções com arroz beneficiado ficamsujeitas ao regime de substituiçãotributária. (Decreto n. 45.533;DOE/RS 06/03/2008)

Em 30/04/08 se encerram os be-nefícios de isenção e redução debase de cálculo para os insumosagrícolas.

Desde o dia 1º/01/08 as empre-sas com o crédito tributário constitu-ído inscrito como Dívida Ativa, mes-mo estando garantido na forma dalei, não poderão mais apropriar cré-dito fiscal presumido.

(Decreto nº 45.418;DOE/RS 26/12/2007)

Reaberto o prazo de ingresso noPrograma de Parcelamento Incen-tivado (PPI). Quem estiver inadim-plente com a Prefeitura de São Pau-lo poderá aderir até 19/12/2008

• Podem aderir: Pessoas físicase jurídicas com débitos tributá-rios e não-tributários até 31 dedezembro de 2004.

• Vantagens na quitação à vis-ta: Redução de 100% dos jurosde mora e de até 75% da multa.

• Condições de parcelamento:

Redução de 100% dos juros demora e de até 50% da multa. Ematé 12 mensalidades, parcelasfixas, com juros de 1% ao mês,de acordo com tabela Price ouem até 120 parcelas, atualiza-ção pela taxa Selic.

• Parcela mínima: R$ 50, parapessoas físicas, e R$ 500, parapessoas jurídicas.

• Período de adesão: De 1º demarço a 19 de dezembro.(Decreto nº 49.270; DOM/SP 03/

03/2008)

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$$$$$Destaque � Capa

Direito Empresarial Estratégico:um novo posicionamento

Novas necessidades, novasdemandas. O mercado hoje evi-dencia diversas mudanças naforma de gestão das corpora-ções, e essas mudanças afetamdiretamente aspectos de res-ponsabilidade dos profissionaisdo Direito. De acordo com Vini-cius Piazzeta, advogado-sócioda Pactum Consultoria Empre-sarial, “o Direito hoje tem impor-tância estratégica”, afirma.

O posicionamento de umaempresa e as decisões de seusgestores são postos em xequeconstantemente. Vinicius Piaz-zeta destaca que “diariamenteas empresas se deparam comsituações que podem pôr emrisco todo o negócio. A preven-

ção e a análise das questõescom visão estratégica são vitaispara um gerenciamento eficaze o conseqüente crescimentoda organização”. A percepçãode que o Direito Empresarialpode também ser visto comogerador de oportunidades es-tratégicas trouxe a este novoposicionamento da realidadede cada cliente.

“Mesmo quando o mercadoainda sinalizava um modelo deatividade baseado somente nasquestões fiscais pontuais, opta-mos por investir em uma atua-ção de foco estratégico”, é o que

relata Francisco Boeira, vice-presidente da Pactum, que com-plementa dizendo: “Identifica-mos a necessidade de atuardessa forma e nos ajustamos.Para isso foi preciso trabalharde maneira diferenciada. Pas-samos a falar estrategicamente

com a empresa, a atuar pre-ventivamente e a conhecer omercado e as particularidades decada negócio”. Vinicius Piazzetaconfirma a necessidade destenovo perfil e acrescenta: “Hojebuscamos interagir com onosso cliente e conhecer seusobjetivos”.

Ainda a respeito da assimi-lação dessa nova cultura nomeio empresarial, FranciscoBoeira declara: “Em um certograu já existe essa percepção.Temos desenvolvido projetosnos quais o planejamento estra-tégico é avaliado a partir de ce-nários desenhados em conjun-to com nossas equipes”. E com-plementa: “Mas não há dúvidaquanto à importância de se fo-mentar e despertar esse enten-dimento junto ao cliente”.

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“Hoje buscamosinteragir com

o nosso clientee conhecer seus

objetivos.”Vinicius Piazzeta

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“É preciso fomentare despertar esse

entendimento juntoao cliente.”

Francisco Boeira

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Vinicius Piazzeta éadvogado-sócio da Pactum

Francisco Boeira évice-presidente da Pactum

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##### Doutrina

Avaliação do Projeto deReforma Tributária

O Ministro da Fazenda apresentou no último dia 28 de fevereiro a Propostade Emenda Constitucional (PEC) da reforma tributária ao Congresso Nacional. Épossível avaliar que o sentimento de racionalização do custo de gestão tributáriaparece traduzido nas idéias de criação do Imposto sobre o Valor Adicionado Federal(IVA-F), compreendendo PIS, Cofins e Cide Combustível, e na incorporação da CSLLpelo IRPJ, que buscam uma potencial simplificação pela diminuição de espéciestributárias. No entanto, menos espécies tributárias com um custo menor de gestãonão significam necessariamente redução da carga tributária, que se ocorrer, somentepoderá ser medida quando ocorrer a efetiva instituição dos tributos pelas Leisposteriores, contendo alíquotas e detalhamento de bases.

Há na PEC previsão expressa de uma redução condicionada e gradual dacontribuição patronal sobre a folha de salários, que somente ocorrerá sob a condiçãode aprovação da própria PEC, devendo ser encaminhada a proposta de Lei contendoo programa de minoração em 90 dias a contar da aprovação. A medida poderáchegar até uma redução de 6%, passando a alíquota de 20% para 14%, sendoimportante observar que o início do implemento se dará a partir do segundo até osétimo ano da promulgação da PEC, o que mantém ainda alto o custo da contrataçãode mão-de-obra. A desoneração geral não é concreta nem passível de mensuraçãoneste estágio. Setores como o de prestação de serviços, que não participam deuma cadeia de produção, tendo o IVA-F incidindo em 100% de sua base, somando,ainda, as contribuições que recaem sobre a folha, podem estar em vias de aumentosetorial significativo de sua carga tributária. Não seria interessante uma propostavisando possibilitar um sistema de créditos para este setor? O debate ainda énecessário no Congresso.

Quanto ao ‘novo’ ICMS, que pretende concentrar em uma única legislaçãotodas as existentes em cada Estado, além de menor quantidade e maior uniformidadenas alíquotas, com passagem gradativa da incidência da origem para o destino, faznecessária uma posterior Lei Complementar de competência da União. É grave estaperda de competência legislativa pelos Estados sobre um tributo de tamanharepresentação em sua arrecadação, pois retira força do Pacto Federativo, tornandoos Estados departamentos de um Estado unitário e centralizador. Se a justificativapara a mudança é a guerra fiscal, é importante que se diga que, mesmo com acriação do Fundo de Desenvolvimento Regional, talvez não seja este o remédio finalàs desigualdades entre os Estados que os levam à busca incentivada de atração deinvestimentos. Afinal, a guerra fiscal não tem como causa o ICMS, mas sim asdesigualdades regionais, originadas por fatores peculiares a determinadas regiões,as quais terminam sendo mais propícias à atração de investimentos do que outras.Tais desigualdades permanecem ainda hoje, e a promessa de solução com o Fundofaz lembrar o desengano do passado da Lei Kandir.

A Reforma Tributária não é um fim em si só. O País precisa de uma Reformainstitucional, com revisão dos gastos públicos, o que é algo mais amplo, desafiador ecomplexo. Por outro lado, é salutar que a tributação esteja sendo discutida no PoderLegislativo. Lembrando que a racionalização de custo de gestão tributária definitivamentenão significa redução da carga tributária, que toda mudança deve ser objeto deobservação no detalhe de cada perfil contribuinte, bem como que a perda de competêncialegislativa dos Estados para a União, ao argumento de finalizar com a guerra fiscal,configura um quadro a ser analisado com atenção. A Constituição Federal está paraser alterada, cabendo, então, uma análise realista e contributiva para que, se de fatoaprovado o Projeto, haja um passo maior à Justiça Tributária no País.

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“A ReformaTributária não é umfim em si só.”

Luis Henrique Cóser éadvogado da Pactumem Porto Alegre

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Defesa Fiscal $$$$$

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As multas de Lançamentode Ofício não são aplicáveis àempresa incorporadora, umavez que sua responsabilidaderestringe-se ao tributo, não seestendendo à multa de caráterpunitivo.

(Conselho de Contribuintes)

Restrição demultas

Notas

# Falta de inovação trava avanço do BrasilUma pesquisa encomendada pela AgênciaBrasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) aoInstituto de Estudos Avançados (IEA) daUniversidade de São Paulo (USP) afirma que opaís não conseguiu fazer da inovação o motor desuas estratégias de desenvolvimento econômico.O estudo, baseado na experiência de seis países– Canadá, Estados Unidos, Finlândia, França,Japão e Reino Unido –, identificou ao menos oitobarreiras e tantas outras soluções para o Brasilnão ser descartado da competição mundial nemsucumbir ao poderio de países como a Índia e aChina em matéria de concorrência. Coordenadapelo sociólogo Glauco Arbix, da USP, a pesquisaorientou a elaboração da chamada “nova políticaindustrial” e apontou, entre as principais barreirasà inovação no Brasil, a “descoordenação política”dos órgãos do governo envolvidos com o tema e oemaranhado de regras conflitantes, que produzemum ambiente jurídico pouco propício à atração deinvestimentos em centros de pesquisa tecnológicae de produção de bens e serviços inovadores nopaís. (Fonte: Agência Estado em 18/02/2008)

# Setor da Indústria cresceu em 2007Segundo o IBGE, o aumento da produção no anopassado ocorreu sobre uma base de comparaçãojá elevada – considerando a expansão de 2,8%em 2006. O ano de 2007 foi marcado peloaquecimento do mercado interno e sua influência

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na produção industrial. Os principais fatores deestímulo para o crescimento da indústria, deacordo com o IBGE, foram dados pelo bomdesempenho do mercado de trabalho, peloaumento da renda e do emprego, além daexpansão das linhas de crédito e dosinvestimentos. O forte aumento na produção debens de capital (máquinas e equipamentos) noano passado (19,5% quando comparado ao anoanterior) é uma característica de qualidade nocrescimento da indústria em 2007. O aumentodos investimentos é comprovado não apenaspela produção de bens de capital, mas tambémpelas importações da categoria, quecomparando-se ao ano de 2006, cresceram33% no ano passado. De acordo com asprevisões do IBGE, esses dados serão de forteimpacto na taxa de investimento (FormaçãoBruta de Capital Fixo sobre o PIB) do anopassado, cujo resultado foi apresentado no dia12 de março. (Fonte: IBGE em 08/02/2008)

# Arrecadação recorde sem CPMF

A Super Receita arrecadou um volumerecorde para o mês de janeiro – mesmosem a contribuição integral da CPMF, quedeixou de ser cobrada em 31 de dezembro.Foi registrada uma arrecadação residualrelativa à CPMF incidente na última semanade dezembro e recolhida no início de janeiro.(Fonte: Valor Online)

Despesasfinanceiras

O repasse de valo-res mutuados, sem acobrança de juros, tor-na desnecessárias, e,portanto, indedutíveis,as despesas financei-ras relativas ao emprés-timo contraído.

(Conselho de Contri-buintes)

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##### Empreendedores

Gilberto Hideo Siraichi, diretordo Grupo ATDL

A atuação com foco no Direito Estratégico Em-presarial por parte de uma consultoria de pro-fissionais do Direito foi uma surpresa?Começamos a trabalhar há muito tempo nesseformato de atuação gerencial em parceria coma Pactum. Obviamente, ao longo do processohouve mudanças na atuação e no atendimento,devido às diferentes necessidades do Grupo. As-sim a transição não foi percebida. Não havendoreceios e nem mesmo estranhezas pelo fato até

então “ inusitado”.Todos os projetosseguem seu percur-so e a consultoria ju-rídico-estratégica jáé parte integrantedas etapas do plane-jamento.

Em relação ao mer-cado, qual o posi-cionamento adota-do pela ATDL?A ATDL sempre tra-balhou de forma con-servadora. Esse é operfil dos administra-

dores do Grupo e se reflete diretamente em nos-sa forma de administrar. A consultoria jurídico-es-tratégica nos auxilia, compreendendo e nos as-sessorando em várias questões, como o fato denão utilizarmos créditos sem os termos de formaintegral. Nada na ATDL é concluído baseado emhipóteses, e sim em fatos – assim seguimos se-guros, sem riscos.

Esse posicionamento é percebido e respei-

Há quase 50 anos os irmãos Motoki e Takeshi Siraichi foram do interior de São Paulo para Maringá, noParaná, em uma iniciativa empreendedora: abrir seu próprio negócio. Certamente, à época, não imaginavamque a modesta oficina mecânica se transformaria em um dos maiores grupos de empresas da região, a ATDL.O Grupo hoje atua em quatro setores: a Auto Mecânica Diesel, a ATDL Implementos Rodoviários, a ATDLTransportes Rodoviários (transportadora rodoviária de cargas líquidas, frigoríficas e a granel) e uma rede depostos de gasolina. É Gilberto Hideo Siraichi, diretor da ATDL, que fala sobre a parceria estratégica de anos doGrupo ATDL com a Pactum Consultoria Empresarial.

tado no mercado? Tornou-se um diferencial?Com toda a certeza. Todo o Grupo é tido como umrespeitado concorrente não só quanto aos servi-ços, mas também quanto ao nosso posicionamen-to. Os grandes concorrentes também contam comuma consultoria fiscal. A ATDL busca ser maisampla e atuar estrategicamente sempre coerentecom a filosofia da elisão fiscal lícita.

Poderia nos citar exemplos de ordem práticada atuação preventiva e estratégica dessaparceria?Tenho em mente os pareceres. Sempre que aATDL precisa de um norte, a Pactum é consulta-da. Esses pareceres são como um porto seguro –resultado de uma consultoria de confiança e éti-ca. Os pareceres são apresentados sem “achis-mos”, no papel, com nossos consultores assinan-do embaixo. Muito diferente de consultorias denível fiscal e federal, em que as conclusões sãoverbais, sem qualquer comprometimento. Apenascom comprometimento é possível implementarestratégias eficazes.

O novo perfil do profissional do Direito Es-tratégico Empresarial é eficiente?Sem dúvida. Não adiantaria trabalharmos com pro-fissionais que não fossem especializados, porexemplo, em direito tributário. Da mesma formaque esses mesmos profissionais não poderiamdeixar de ter uma visão estratégica e um conheci-mento administrativo. Não adiantaria trabalharmoscom profissionais que não fossem especializados,por exemplo, em direito tributário. Assim se poriaem risco o andamento dos projetos. Uma consul-toria séria é uma ferramenta poderosa para deci-sões estratégicas.

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�Apenas com comprometimento é possívelimplementar estratégias eficazes�