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DIREITO SOCIETÁRIO 1 Sociedades Empresárias Introdução à Sociedade limitada Prof. Msc Eduardo Hipólito do Rego 1 DIREITO EMPRESARIAL - FATEC

DIREITO EMPRESARIAL - FATEC

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DIREITO EMPRESARIAL - FATEC. DIREITO SOCIETÁRIO 1 Sociedades Empresárias Introdução à Sociedade limitada Prof. Msc Eduardo Hipólito do Rego. Conteúdo da Ementa: onde estamos. A atividade da pessoa do empresário ; As sociedades comerciais ; As micro-empresas ; Lei de falência; - PowerPoint PPT Presentation

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DIREITO SOCIETÁRIO 1Sociedades EmpresáriasIntrodução à Sociedade limitada

Prof. Msc Eduardo Hipólito do Rego

DIREITO EMPRESARIAL - FATEC

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Conteúdo da Ementa: onde estamos

A atividade da pessoa do empresário;

As sociedades comerciais; As micro-empresas; Lei de falência; Lei das S.A., Código de Defesa do Consumidor

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Recordando...o DC no mundo Teve uma evolução histórica em 3 fases marcantes:

1ª Fase = Idade média (renascimento mercantil e o DC como o direito dos comerciantes);

2ª Fase = Idade Moderna (formação dos Estados monárquicos, Códigos de Napoleão);

3ª Fase = Código Civil Italiano de 1942 (unificação do Direito Privado, teoria da Empresa, que é vista como atividade econômica organizada).

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Recordando... DC no Brasil

Código Comercial = Lei 556, de 15/06/1850 (teoria Francesa);

Constituição Federal, de 1988 = União legisla sobre DC

Código de Defesa do Consumidor = conceito de fornecedor é amplo, englobando todo e qualquer exercente de atividade econômica no âmbito da cadeia produtiva;

Lei 10.406/02, institui o novo C.Civil Brasileiro, adota-se definitivamente a teoria da empresa (Livro II, Título I, “Direito de Empresa”);

Desaparece a figura do comerciante, surge a do empresário; não se fala mais em sociedade comercial, mas em sociedade empresária;

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Recordando... O empresário Empresário é aquele “que exerce

profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”,(art. 966 do CC/2002); Elementos do conceito:

a) Profissionalmente (exercício da atividade é a profissão habitual);

b) Atividade econômica (atividade exercida com o intuito lucrativo);

c) Organizada (pressupõe pessoas e meios para o alcance da finalidade);

d) Produção ou circulação de bens ou serviços.(se destinam ao mercado, e não ao consumo próprio).

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(...)Lei Geral das ME´s e EPP´s (Lei Complementar n° 123/06) Tratamento diferenciado e favorecido no que se

refere:I – à apuração e recolhimento dos impostos e

contribuições da U., dos Es., do DF e dos Ms., mediante regime único de arrecadação;

II – ao cumprimento de obrigações trabalhistas e previdenciárias;

III – ao acesso ao crédito e ao mercado, inclusive quanto à preferência nas aquisições de bens e serviços pelos Poderes Públicos, à tecnologia, ao associativismo e às regras de inclusão

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(...) as ME´s e as EPP´s Consideram-se “ME´´s ou EPP´s a sociedade

empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 do CC, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que:

I - no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 240.000,00;

II - no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 2.400.000,00

Pequeno Empresário = empresário individual caracterizado como microempresa que aufira receita bruta anual de até R$ 36.000,00

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Sociedades Simples e Empresárias

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Introdução ao tema

Empresário = pessoa física (empresário individual) ou jurídica (sociedade empresária);

EI: pequenos empreendimentos, riscos e responsabilidades ilimitadas;

Sociedade empresária: atuação no mercado mais relevante, empreendimentos de médio e grande porte, minimização dos riscos (separação patrimonial e limitação de responsabilidades)

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Pessoas jurídicas de Direito Privado:

Associações, fundações, sociedades, partidos políticos e organizações religiosas (art. 44 do CC/02);

PJs que exercem atividade empresarial = sociedades (únicas que possuem característica o escopo negocial, a finalidade lucrativa);

Mas nem todas sociedades interessam ao D.Empresarial... E por quê isso?

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Categorias de sociedades

a) Sociedades simples = aquelas que não exploram atividade empresarial, mas civil;

b) Sociedades empresárias = exploram atividade empresarial (exercem profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou serviços (art. 966, CC/02)

• “A distinção não é o intuito lucrativo, mas o modo de explorar seu objeto (objeto social explorado sem empresarialidade, isto é, sem profissionalmente explorar os fatores de produção, confere o caráter simples” (Fabio Coelho, 2005) .

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Sociedades Simples Antes denominadas “sociedades civis”, tem as

seguintes características:i) São criadas “intuito persona”, ou seja, em razão da

pessoa dos sócios, por isso é vedada a substituição dos sócios sem o consentimento dos demais;

ii) Certas matérias do Contrato Social não podem ser alteradas sem o consentimento unânime dos demais sócios;

iii) Alguns, ou todos os sócios respondem subsidiariamente pelas dívidas sociais. Mesmo assim, o elemento pessoal é mais importante que o capital social, como garantia de terceiros credores da sociedade

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Sociedades Empresárias Características:i) São criadas “intuito pecuniae”, ou seja, em razão dos

recursos investidos pelos sócios, e não em razão de suas pessoas; por esta razão, nas sociedades de capitais, os sócios são, em regra, livremente substituíveis;

ii) O contrato é sempre modificável pelo voto da maioria, mesmo que isso não venha disposto nos estatutos;

iii) Oferecem como garantia a seus credores unicamente seus fundos; e

iv) Os sócios não respondem pelas dívidas sociais; por esse motivo, a constituição e preservação do capital social é de suma importância nesse tipo de sociedade

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Tipos de Sociedades Empresárias “A sociedade empresária deve constituir-se segundo

um dos tipos regulados nos arts. 1.039 a 1.092; a sociedade simples pode constituir-se de conformidade com um desses tipos, e, não o fazendo, subordina-se às normas que lhe são próprias” (art. 983, CC)

Tipos previstos no Código Civil/2002 são:a) Sociedade em nome coletivo (arts. 1.039 a 1.044);b) Sociedade em comandita simples (arts. 1.045 a

1.051);c) Sociedade limitada (arts. 1.052 a 1.087);d) Sociedade anônima (arts. 1.088 a 1.089 + Lei

6.404/76);e) Sociedade em comandita por ações (art. 1.090 a

1.092).

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Classificação das Sociedades Empresárias

Há 3 classificações importantes:1ª.) quanto a responsabilidade dos sócios;(responsabilidade pessoal por dívidas da sociedade, ou

seja, possibilidade dos credores executarem o patrimônio pessoal dos sócios)

2ª.) quanto ao regime de constituição e dissolução; (contratuais, regidas por um contrato social e regras do CC para abrir e fechar, ou institucionais, onde existe o estatuto, com autonomia mínima dos sócios)

3ª.) quanto à composição, ou quanto às condições de alienação da participação societária;

(sociedades em que a pessoa do sócio é importante, ou de capital, onde o que importa é o investimento)

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Classificação quanto à Responsabilidade dos Sócios

Responsabilidade

Ilimitada

Responsabilidade Limitada

Responsabilidade mista

Ex.: Sociedade em nome coletivo

Exs.: S/A eSociedade limitada Exs.: sociedade

em comandita simples e em comandita por

ações

Sócios respondem

ilimitadamente; esgotado o patrimônio da

sociedade, credores

executam o patrimônio dos sócios

Sócios respondem

limitadamente pelas

obrigações sociais;

patrimônio pessoal não

pode ser executado; se

ocorrer, haverá limites

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Classificação quanto ao Regime de Constituição e

Dissolução

SOCIEDADES CONTRATUAIS

SOCIEDADES INSTITUCIONAIS

Ex.: Sociedade Limitada

Ex.: S/A

Constituídas por um

Contrato Social e

dissolvidas pelas regras

do CC/02;Autonomia

dos sócios é máxima

Vínculo que une os sócios

não é contratual,

mas estatutário;

estatuto cuida do interesse

geral; autonomia dos

sócios é mínima

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Classificação quanto à Composição(ou quanto às condições de alienação da participação

societária)

SOCIEDADES DE PESSOAS

SOCIEDADES DE CAPITAL

Ex.: Sociedade Limitada

Ex.: S/A

Figura pessoal do sócio tem

importância grande; entrada de uma pessoa estranha

depende do consentimento dos demais sócios, pois

pode afetar o destino da empresa

Figura pessoal dos sócios não tem

importância quase nenhuma; importa a

contribuição que o sócio dá ao capital social;

entrada de novos sócios independe do

consentimento dos demais

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Sociedades Personificadas São as S/As, as sociedades limitadas, a sociedade em

nome coletivo, a sociedade em comandita simples e a sociedade em comandita por ações;

A principal consequência da personificação das sociedades é o reconhecimento dela como sujeita de direitos, ou seja, de ente autônomo de personalidade distinta da pessoa dos sócios e patrimônio autônomo, que não se confunde com o dos sócios (ferramenta de incentivo ao empreendedorismo, redução de riscos, etc);

Contudo, não é um dogma absoluto pois pode ser utilizada de forma abusiva (abuso de direito) e fraudulenta (fraude contra credores);

Surgiu a Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica...

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Teoria da Desconsideração da Personalidade Jurídica

PJs devem ser criadas para acolher fins perseguidos pelo Direito (legalidade);

Porém, o uso da autonomia patrimonial das PJs pode ensejar abusos, pois isso pode ser um escudo contra credores no ataque ao patrimônio pessoal do sócio devedor (deturpação legal);

Em sendo constatado o abuso, entra em cena a Teoria da Desconsideração da PJ = Juiz ou Tribunal desconsidera os efeitos da PJ e permite a execução do patrimônio pessoal dos sócios por dívidas da sociedade

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Efeitos da Desconsideração Não acarreta o fim da Pessoa Jurídica;

Tem os efeitos ligados ao caso concreto em que ficou requerida, continuando a PJ, ainda que “desconsiderada” naquele caso, a existir normalmente e ter seus efeitos da personalização respeitados, nas demais relações jurídicas que realizar ou figurar;

É, portanto, uma suspensão temporária dos efeitos da personalização num determinado caso específico, não estendendo seus efeitos para as demais relações jurídicas das quais a PJ faça parte

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SOCIEDADE LIMITADA É o tipo societário mais utilizado na praxe

comercial, correspondendo por 90% dos registros de sociedade no Brasil;

Há duas razões para isso: 1) contratualidade; e 2) limitação de responsabilidade dos sócios;

CONTRATUALIDADE: relações entre os sócios podem pautar-se nas disposições de vontade destes, sem os rigores ou balizamentos próprios do regime legal das S/As, por exemplo;

LIMITAÇÃO DE RESPONSABILIDADE DOS SÓCIOS: estímulo para o exercício da empresa, pois há redução do risco empresarial

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Sociedade limitada: legislação aplicável

Regulado no CC/2002, nos arts. 1.052 a 1.087: nova nomenclatura, de sociedade por quotas de responsabilidade limitada, passou a ser apenas sociedade limitada;

Regime jurídico é sucinto. O CC estabelece em seu art. 1.053, que na omissão, ela é regida pelas normas da sociedade simples;

Outra inovação do CC: permite que os sócios adotem, por disposição do contrato social, a LSA (Lei 6.404/76), como regência supletiva;

Porém, cabe ao contrato social suprir eventuais omissões da legislação (sócios podem redigir cláusulas com regras de simples e de S/As), cabendo aos sócios dar um perfil mais personalista ou capitalista à sociedade (contratualidade)

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Contrato social da Ltda.

Na classificação quanto ao modo de constituição da sociedade, a Sociedade Limitada é contratual (e não institucional);

Esse contrato plurilateral tem como características principais a possibilidade de que podem fazer parte dele várias pessoas, e a affectio societatis (união de esforços em torno de um objetivo comum);

As partes do contrato social possuem direitos e deveres não apenas em relação a uma ou outra pessoa, mas em relação a todas as pessoas que compõem a sociedade

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O que é necessário no Contrato Social da Ltda. (art. 997, CC)I - nome, nacionalidade, estado civil, profissão e residência dos

sócios, se pessoas naturais, e a firma ou a denominação, nacionalidade e sede dos sócios, se jurídicas;

II - denominação, objeto, sede e prazo da sociedade; III - capital da sociedade, expresso em moeda corrente, podendo

compreender qualquer espécie de bens, suscetíveis de avaliação pecuniária;

IV - a quota de cada sócio no capital social, e o modo de realizá-la; V - as prestações a que se obriga o sócio, cuja contribuição

consista em serviços; VI - as pessoas naturais incumbidas da administração da

sociedade, e seus poderes e atribuições; VII - a participação de cada sócio nos lucros e nas perdas; VIII - se os sócios respondem, ou não, subsidiariamente, pelas

obrigações sociais.

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Responsabilidade Subsidiária Significa a responsabilidade dos

sócios em reforço; Credores não poderão envolver em

execução os bens dos sócios, se ainda houver bens da sociedade para serem liquidados;

Primeiro se esgotam os bens da sociedade limitada, e só posteriormente os bens dos sócios, utilizados para pagamento das dívidas