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DIREITO EMPRESARIAL III (1º - BIMESTRE) 13-02-2014 1. INTRODUÇÃO AO DIREITO FALIMENTAR FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO DE EMPRESA Empresário (Art. 966). O não empresário (Art. CPC, 748 s) Lei 11.101/2005 institutos destinados a atividade empresarial 1º - o que é a Falência? R: é o processo de execução concursal: concursal porque temos o concurso de credores que possui tratamento paritário, mas, que recebem de acordo com a ordem de preferência determinada por lei 11.101/2005, ou seja, de acordo com a importância do seu credito. Exemplo, na execução concursal, temos o credito trabalhista de natureza alimentar. 2º - qual a utilidade do processo falimentar? R: possibilitar ao estado juiz coordenar a arrecadação a liquidação e o pagamento dos credores do devedor empresário. Necessário se faz analisar o Art. 170 da CF/88 e a regulamentação do exercício da atividade econômica por parte do Estado. Neste sentido chegamos à conclusão de que o empresário só poderá empreender, explorar sua atividade empresarial se o estado der segurança a isso. De que forma? Por meio de um regime jurídico que determine expressamente a forma de arrecadação, liquidação e pagamento dos credores. Estado juiz para dar segurança deverá delegar, atribuir ao juiz falimentar a coordenação de toda a arrecadação do pagamento de todos os credores de forma paritária e de acordo com a ordem expressamente determinada por ele. Obs.1. : CF/88, 170 – princípio da livre iniciativa 1

Direito Empresarial III - 1º Bimestre

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Direito Empresarial III

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DIREITO EMPRESARIAL III (1 - BIMESTRE)13-02-20141. INTRODUO AO DIREITO FALIMENTAR

FALNCIA E RECUPERAO DE EMPRESA Empresrio (Art. 966).O no empresrio (Art. CPC, 748 s) Lei 11.101/2005 institutos destinados a atividade empresarial

1 - o que a Falncia?

R: o processo de execuo concursal: concursal porque temos o concurso de credores que possui tratamento paritrio, mas, que recebem de acordo com a ordem de preferncia determinada por lei 11.101/2005, ou seja, de acordo com a importncia do seu credito. Exemplo, na execuo concursal, temos o credito trabalhista de natureza alimentar.

2 - qual a utilidade do processo falimentar?

R: possibilitar ao estado juiz coordenar a arrecadao a liquidao e o pagamento dos credores do devedor empresrio.

Necessrio se faz analisar o Art. 170 da CF/88 e a regulamentao do exerccio da atividade econmica por parte do Estado. Neste sentido chegamos concluso de que o empresrio s poder empreender, explorar sua atividade empresarial se o estado der segurana a isso. De que forma? Por meio de um regime jurdico que determine expressamente a forma de arrecadao, liquidao e pagamento dos credores. Estado juiz para dar segurana dever delegar, atribuir ao juiz falimentar a coordenao de toda a arrecadao do pagamento de todos os credores de forma paritria e de acordo com a ordem expressamente determinada por ele.

Obs.1. : CF/88, 170 princpio da livre iniciativa

Obs.2. : exerccio atividade econmica (O estado tem como finalidade regular a atividade econmica dar segurana a todo sistema, isso no vai contra a livre iniciativa).

Princpio direito falimentar: par conditio creditri (tratamento paritrio dos credores, ordem de falncia determinada pela lei)

3 - Qual a funo/objetivo recuperao empresa?Promover sua funo social, qual seja, de explorar atividade empresarial, possibilitar emprego aos trabalhadores e pagar impostos.

Perfis de Asquini:

EMPRESA = atividadeConceito subjetivo: conceito de empresrio retira-se o conceito de empresa (no adotado pelo Brasil).Conceito funcional: de Asquini, a empresa considerada a atividade voltada para produo de ou circulao de bens ou servios (adotado pelo Brasil).Conceito patrimonial: de Asquini, se confunde com o estabelecimento empresarial

4 - Reforma legislativa:

- morosidade- ineficincia

2. FALNCIA:

ORIGENS HISTRICAS DO DIREITO FALIMENTAR

a) Roma Antiga:Devedor/obrigao/liberdade/vida;Garantia: pessoa do devedor.

b) Lex Poetelia Papiria (428 a.C.)Proibiu: encarceramento, escravido, morte do devedor.

ResponsabilidadePessoal/responsabilidade patrimonial

Garantia: Bens do devedor / pessoa.

Problema: e quando o patrimnio do devedor no fosse suficiente para pagar as dvidas de todos seus credores.

20-02-2014

c) Cdigo Justiniano: previso mssio in possessio bonorum: execuo especial contra o devedor insolvente.

Por esta execuo especial, os credores adquiriram a posse comum dos bens do devedor, que eram administrados por um curador (curator bonorum).

Esto todos os credores adquiriram o direito de vender os bens do devedor, com intuito de saldar a dvida que este tinha com todos aqueles.

d) Cdigo de Napoleo 1808: primeiras regras de carter falimentar pois era aplicveis aos comerciantes insolventes.

Finalidades: repressiva

e) A partir da Revoluo Industrial:Mudana/finalidadeRepressiva/restaurativa.

Falncia: sentido pejorativo/devedor /desonesto/fenmeno normal/risco do negcio.

f) Moderna concepo do direito Falimentar:O reconhecimento da funo social da empresa fez com que o legislador percebesse que, muitas vezes, a permanncia do devedor em crise mais benfica do que a imediata excluso do meio empresarial, ante a possibilidade de sua recuperao e da consequente manuteno de sua atividade econmica que gera empregos e contribui para o progresso econmico social.3. DIREITO FALIMENTAR NO BRASIL

a) Colonizao meados de 1800.

Ordenaes do Reino: Direito Italiano/regras falimentares repressivas.

Alvar de 1756 (Marques de Pombal) devedor obrigado: comparecer a junta comercial e entregar as chaves de sues armazns, seu livro Dirio e declarar seus bens.

Patrimnio era liquidado: 90% credores e 10% devedor.

b) Lei da boa Razo: Introduziu preceitos do Cdigo Comercial francs.

c) Cdigo Comercial de 1.850: parte terceira tratava das quebras e o regulamento 738 do processo falimentar.

d) Decreto lei 7661/45: reformulao do direito Falimentar. Adotou o sistema da impontualidade (injustificada) e da enumerao legal como critrios de caracterizao da insolvncia do devedor.

e) Lei 11.101/2005: Princpio da preservao da empresa. Valorizao do trabalho humano e livre inciativa.

Principal distino entre a lei 11.101/2005 e o Decreto-lei 7661/45:

Decreto-lei 7661/45: Ttulo X Das Concordatas;Lei 11.101/2005: Captulo II, III e IV Da recuperao judicial e Extrajudicial da empresa.

Demais Distines: Aumento prazo de contestao: 24 horas para 10 dias; Impontualidade injustificada: dvida superior a 40 S.M.; Reduo da participao MP no processo falimentar.

Atualmente o MP se far presente no processo falimentar: quando houver indcios de crime falimentar, ou seja, quando a causa determinante da falncia for um dos atos de falncia consubstanciado no Art. 97, III, A at H 11.101/2005.

Alterao das regras relativas ao sndico: passou a ser chamado de administrador; Mudana na ordem da classificao dos crditos; Previso de crditos extraconcursais; Criao da figura da recuperao extrajudicial; Fim da medida cautelar de verificao de contas; Mudanas nas regras da ao revocatria.

06.03.2014

4. EXECUO SINGULAR E COLETIVA (LIVRO DE EXECUO)

* Ver SLIDE - EXECUOEXECUO COLETIVAEXECUO INDIVIDUAL

1. RITO / ASPECTO PROCEDIMENTAL:CPC 748 E SEGUINTES QDO SE TRATAR DE PESSOA FSICA OU PJ EMPRESRIO, E LEI 11.101/2005 QDO SE TRATAR DE EMPRESRIO.1. RITO / ASPECTO PROCEDIMENTAL:CPC 646 (REGRA GERAL).

2. QUANDO A EXECUO DESTINA-SE A ATUAR NORMA JURDICA COMPLETA SOBRE TODA A UNIVERSALIDADE DO PATRIMNIO DO EXECUTADO DISSE QUE UNIVERSAL A EXECUO.2. A ATUAO DA NORMA CONCRETA APROVEITA APENAS A ALGUM OU ALGUNS DOS CREDORES.

3. NO H INDIVIDUALIZAO DO BEM A SER EXPROPRIADO. LOGO TODO PATRIMNIO SER EXECUTADO E ARRECADADO.3. H INDIVIDUALIZAO DO BEM A SER EXPROPRIADO.

4. A EXECUO S PODE SER COLETIVA E UNIVERSAL SE O DEVEDOR FOR INSOLVENTE OU EMPRESRIO FALIDO.4. O PRODUTO / RESULTADO DA EXECUO DESTINADO A TODOS OS CREDORES DO EXECUTADO / DEVEDOR, DE ACORDO COM A NATUREZA DE SEUS CRDITOS, E NA FORMA DO ARTIGO 955 E SEGUINTES DO CDIGO CIVIL.

EXECUO CONCURSALDEVEDOR NO EMPRESRIODEVEDOR EMPRESRIO

REG. JURDICO: 748 E SEGUINTES DO CPCREG. JURDICO: LEI 11.101/2005

O REGIME FALIMENTAR trata o devedor empresrio com mais privilgios jurdicos, posto que a este a lei concede a possibilidade de se extinguir as obrigaes desde que satisfeita uma parte da dvida. logo na falncia, depois da satisfao integral dos credores com preferncia (trabalhistas, gar. real, fiscal), se os recursos restantes forem suficientes para saldar mais de 50% dos credores quirografrios o que no for pago ser extinto (art. 158, ii da lei falimentar). as obrigaes do devedor civil por sua vez s se extinguem com o pagamento integral da dvida, CPC 774.1