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Escrivão + Inspetor
Direito Penal
Material Complementar
Prof. Joerberth Nunes
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Direito Penal
MATERIAL DE APOIO
DAS GARANTIAS CONSTITUCIONAIS
• incisos mais importantes: II, XI, XII, XXXVIII, XXXIX, XL, XLII, XLIII, XLIV, XLV, XLVI, XLVII, LIII, LV, LVII, LXI, LXII,, LXIII, LXVIII.
DA APLICAÇÃO DA LEI PENAL
1. art. 1º, CP: princípio da anterioridade da lei penal e princípío da legalidade ou da reserva legal;
2. art. 2º, CP: “abolitio criminis” e art. 107, III, CP;
3. art. 3º, CP: lei excepcional e temporária: princípio da ultra-atividade;
4. art. 4º, CP: teoria da ação ou da atividade;
5. art. 6º, CP: teoria mista ou da ubiqüidade;
6. art. 5º, CP: princípio da territorialidade;
7. art. 7º, I, e par. 1º, CP: princípio da extraterritorialidade incondicionada;
8. art. 7º, II, e par. 2º, CP: princípio da extraterritorialidade condicionada;
9. art. 7º, par. 3º, CP: princípio da extraterritrialidade condicionada;
10. art. 10, CP: contagem de prazo;
11. art. 8º, 9º, 11 e 12, CP: leitura;
12. art. 7º: princípio da extraterritorialidade; art. 7º, I,CP: “a”,”b”,”c”: princípio real, da defesa ou da proteção; art. 7º, I, “d”, CP: princípio da justiça universal; art. 7º, II, ‘a”, CP: princípio da justiça universal, art. 7º, II, “b”, CP: princípio da nacionalidade ativa; art. 7º, II, “c”, CP: princípio da representação; art. 7º, parágrafo 3º, CP: princípio real, da defesa ou da prote-ção ou personalidade passiva;
13. do conflito aparente de normas: especialidade, consunção, subsidiariedade, sucessivida-de, alternatividade);
14. outros princípios: da dignidade da pessoa humana, da culpabilidade, da inervenção míni-ma, da fragmentariedade, da proporcionalidade, da individualização da pena, da alteridade ou da transcendentalidade, da confiança, ne bis in idem, da ofensividade, da lesividade.
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TEORIA GERAL DO CRIME
1. Infração Penal: crimes (CP e leis especiais) e contravenções (DL 3688/41);
2. sujeitos ativo e passivo, objeto jurídico e objeto material do crime;
Classificação dos crimes: comum ou próprios, instantâneos ou permanentes ou de efeitos permanentes, unissubisistentes ou plurissubisistentes, unissubjetivos ou plurissubjetivos, materiais, formais ou de mera conduta, comissivos ou omissivos (próprios ou impróprios/comissivos por omissão), habituais;
3. Fato Típico:
3.1. conduta humana voluntária (dolosa ou culposa).
Espécies de dolo: dolo direto ou eventual (dentre outras);
Espécies de culpa: consciente (com previsão): previsibilidade objetiva e subjetiva ou incons-ciente (sem previsão): previsibilidade objetiva;
3.2. resultado: teoria naturalística; concepção normativa; classificação: materiais (art. 121, CP), formais (de consumação antecipada ou de consumação por antecipação: art. 316, CP), mera conduta (art. 150, CP);
• crimes materiais: o tipo penal prevê um resultado e somente se consuma com sua ocorrência; Ex.: art. 121, CP;
• crimes formais: o tipo penal prevê um resultado, mas se consuma independente de ocorrência do resultado; Ex.: art. 316, CP;
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• crimes de mera conduta: o tipo penal não prevê nenhum resultado; Ex.: art. 151, CP;
3.3 nexo de causalidade: art. 13, CP: Teoria dos equivalentes causais; art. 13, par. 1º, CP: Teoria da Condicionalidade Adequada: superveniência causal; art. 13, par. 2º, CP; garantidores: nexo normativo;
3.4. tipicidade: art. 18, CP: tipo normal e anormal, aberto e fechado, básico ou derivado; crimes qualificados pelo resultado, entre os quais, o preterdoloso (dolo + culpa: ex.: art. 129,par. 2º, V, CP e art. 129, par. 3º, CP);
• Tipicidade conglobante: conceito;
4. conduta omissiva (non facere): crimes omissivos próprios ou puros; impróprios (comissi-vos por omissão); omissivos por comissão;
5. Princípio da insignificância: afasta a tipicidade; Princípio da adequação social: afasta a tipi-cidade;
6. crimes dolosos: Teoria da vontade e do Assentimento: art. 18, I, CP;
7. crimes culposos: conduta voluntária; resultado involuntário; nexo causal; tipicidade; pre-visibilidade objetiva (não a previsibilidade subjetiva – culpabilidade); ausência de previsão (exceto na culpa consciente); quebra do dever objetivo de cuidado (negligência, imprudên-cia, imperícia);
8. culpa inconsciente (sem previsão) e culpa consciente (com previsão); culpa imprópria (por extensão ou equiparação – erro de tipo inescusável: art. 20, parágrafo 1º, CP);
9. compensação de culpas: não há em nosso direito penal;
10. concorrência de culpas: pode haver;
11. Tentativa: art. 14, II, CP: o crime não se consuma por motivos alheios à vontade do agente;
• imperfeita: o agente não pratica toda a execução do crime, não consumando por motivos alheios a sua vontade;
• perfeita ou crime falho: o agente pratica toda a execução, mas não consuma o crime por motivos alheios a sua vontade;
• branca ou incruenta: a vítima não é atingida;
• cruenta: a vítima é atingida.
Não admitem tentativa: infrações culposas; preterdolosas; contravenções penais; crimes omis-sivos próprios; habituais; crimes em que a lei pune somente o resultado (art. 122, CP); crimes em que a lei equipara a tentativa a delito consumado (art. 352, CP). Em tese, cabe tentativa nos crimes unissubsistentes e crimes formais;
12. desistência voluntária e arrependimento eficaz: espécies de tentativa abandonada ou qualifica-da: art. 15, CP: o agente desiste voluntariamente do crime ou impede a produção do resultado;
13. arrependimento posterior: art. 16, CP .É causa de diminuição de pena. (ver regra especial do art. 312, parágrafo 3ª, CP, a qual não é arrependimento posterior, mas espécie de repa-ração de dano);
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14. crime impossível: art. 17, CP: não se pune sequer a tentativa; Teoria objetiva temperada; Súmula 145 do STF e Súmula 73 do STJ;
15. erro de tipo: art. 20, CP: “caput”: erro de tipo incriminador; parágrafo 1º: erro de tipo permissivo;
• erro de proibição: art. 21, CP;
16. antijuridicidade (ilicitude): art. 23, CP: causas de exclusão e supralegais; consentimento do ofendido:
• lementar objetivo do tipo penal: art. 126, CP;
• excludente do tipo: art. 164, CP;
• excludente de ilicitude: art. 163, CP.
17. culpabilidade: imputabilidade, potencial consciência da ilicitude, exigibilidade de conduta diversa;
• Causas de exclusão: art. 27, 26, 28, par. 1º, 22, 21, primeira parte, CP.
20. art. 20, parágrafo 3º, CP: erro sobre a pessoa (diferenciar do erro na execução, previsto no art. 73, CP).
TEORIA DA IMPUTAÇÃO OBJETIVA
Segundo esta teoria, outros requisitos atuam com a relação de causalidade, como elementos do fato típico, a fim de que não se atribua um resultado a uma conduta por um meio meramen-te lógico, nos termos da teoria dos equivalentes causais, mas que se seja justo. Logo, além do nexo de causalidade, deve-se perquirir sobre: a criação de um risco juridicamente proibido e relevante; a produção do risco no resultado; o resultado deve estar na esfera de proteção do bem violado;
Assim, o resultado somente pode ser imputado ao autor como advindo de uma conduta huma-na quando tenha criado uma situação de risco juridicamente proibido (não permitido) e este ressico tenha se concretizado em resultado típico. Portanto, se permitido o risco, leia-se, social-mente tolerado, não cabe a denominada imputação deste ao respectivo autor; em contraparti-da, em sendo o risco proibido, a priori, cabe a imputação objetiva do resultado, restando, desta forma, que esta teoria contrapõe a relação de causalidade tradicional.
ERRO DE TIPO E ERRO DE PROIBIÇÃO
É a falsa percepção da realidade, seja quanto a elementos do tipo – erro de tipo-, seja quanto à ilicitude da ação – erro de proibição.
ERRO DE TIPO INCRIMINADOR: art. 20, “caput”, CP: o agente ERRA sobre elementos objetivos do tipo penal. Neste caso, resta excluído o DOLO (tipicidade do crime doloso), contudo, pode ser responsabilizado pelo crime na forma CULPOSA, uma vez previsto na lei (tipicidade). Assim,
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caso haja a previsão deste crime na forma culposa, deve-se verificar se o ERRO é ESCUSÁVEL (INEVITÁVEL) ou INESCUSÁVEL (EVITÁVEL). Se o ERRO for INEVITÁVEL, o agente não responderá pela forma culposa, ou seja, não haverá o crime. Já se o ERRO for EVITÁVEL, uma vez previsto na forma culposa, responderá o agente pelo crime CULPOSO.
Ex.: Uma pessoa age desreipeitosamente em relação a outro sem saber que se tratava de um funcionário público no exercício da suas funções. O agente ERROU sobre o elemento do tipo penal do art. 331, CP, qual seja, “funcionário público”. Aplica-se o art. 20, “caput”, CP, nos termos do acima exposto.
ERRO DE TIPO PERMISSIVO: art. 20, par. 1º, CP. É sinônimo de DESCRMINANTE PUTATIVA ou DESCIMINANTE PUTATIVA POR ERRO DE TIPO. Parte da doutrina, o considera um ERRO DE PROIBIÇÃO. Possui um tratamento legal parecido com o ERRO DE TIPO INCRIMINADOR, mas possui conseqüência semelhante ao ERRO DE PROIBIÇÃO (art. 21, CP).
Neste caso, o agente ERRA sobre a existência dos pressupostos fáticos de uma causa de exclusão de ilicitude (antijuridicidade). Assim, resta a afastada a CULPABILIDADE DOLOSA, (não responderá pelo crime na forma dolosa), se o ERRO é EVITÁVEL. Mas responderá na forma culposa, se prevista esta modalidade na lei (tipicidade), a não ser que seja o ERRO seja inevitável, caso em que restará excluída, ainda, a CULPA (crime na forma culposa) e não responderá pelo crime.
Ex.: O agente é abordado por um amigo seu, devidamente disfarçado, o qual simula tratar-se de um assalto. Assim, diante da situação, supondo estar em legítima defesa, saca de uma faca que possui na cintura e reage, vindo por matar o suposto assaltante. Aplica-se a regra do art. 20, par. 1º, CP. O agente achou que estavam presentes os pressupostos da legítima defesa. (legítima defesa putativa)
ERRO DE PROIBIÇÃO: art. 21, CP. O agente ERRA quanto ao conteúdo da norma, ou seja, quanto à ilicitude do fato. O agente sabe exatamente o que está fazendo, não se enganando sobre a realidade fática. Neste caso, sendo o ERRO INEVITÁVEL, resta o agente isento de pena. (exclui culpabildade). Contudo, sendo o ERRO EVITÁVEL, somente haverá uma REDUÇÃO DA PENA.
A doutrina divide em ERRO DE PROIBIÇÃO DIRETO E INDIRETO. No ERRO DE PROBIÇÃO DIRETO, o agente ERRA sobre a norma proibitiva. O agente, por interpretar mal a norma, acha que está cometendo uma conduta permitida. Aplica-se o art. 21, CP. Mas, em contrapartida, se o agente ERRA sobre a EXISTÊNCIA de uma norma pemissiva de conduta ou sobre os limites desta, há o ERRO DE PROBIIÇÃO INDIRETO (diferente do ERRO DE TIPO PERMISSIVO). É chamado por parte da doutrina de ERRO DE PERMISSÃO. Recai o art. 21, CP nesta hipótese.
Ex.: supondo que estejamos em grande discussão no país sobre a legalização da eutanásia, sendo por um meio de comunicação é divulgado erroneamente que tal foi aprovada. Um leitor, apressado, estando com um parente em situação de desengano, apressa sua morte. Aplica-se o art. 21, CP. Aí, é de verificar-se se o erro era inevitável ou evitável.
ERRO SOBRE A PESSOA: art. 20, par. 3º, CP. O agente quer cometer o crime contra uma pessoa e comete contra outra, achando tratar-se de quem queria de fato. Responderá como se tivesse acertado contra quem queria.
Ex.: O agente quer matar a esposa, porém mata a prima desta, achando que fosse sua esposa. Responderá como se tivesse acertado a esposa, incidindo a circunstância agravante do art. 61, II, CP.
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CONCURSO DE PESSOAS: Arts. 29 e 30, CPB
• concurso eventual ou concurso necessário;
• teoria monista da ação e exceções principais: arts.124 e 126, CP; 318 e 334, CP; 316 e 317, CP;
• autor, co-autor, partícipe;
• requisitos: pluralidade de pessoas e de condutas; relevância causal de cada conduta; víncu-lo subjetivo entre os agentes;unidade de fato;
• teoria do domínio do fato: conceito de autor;
• teoria da acessoriedade limitada: conceito de partícipe;
• autoria incerta: ocorre no caso da autoria colateral não saber-se quem de fato foi o respon-sável pela morte da vítima. Assim, ambos os autores respondem por tentiva de homicídio;
• autoria colateral: ocorre no caso de os agentes, sem vínculo subjetivo entre si, contribuem para o mesmo resultado, desconhecendo cada um a conduta do outro. Ex.: “A” e “B” atiram em “C”, mediante emboscada, sem um saber do outro, sendo que “C” vem a falecer pelos projéteis da arma de “A”. Este responde por homicídio consumado; já “B” responde por tentativa de homicídio. Não há concurso e pessoas;
• incomunicabilidade das circunstâncias de caráter pessoal: art. 30, CP.
CONCURSO DE CRIMES
Art. 69, CP: concurso material;
Art. 70, CP: concurso formal: próprio ou impróprio;
Art. 71, CP: crime continuado;
Art. 73, CP: erro na execução; aberractio ictus; na confundir com erro sobre a pessoa, art. 20, par. 3º, CP;
Art. 74, CP: resultado diverso do pretendido; aberractio criminis.
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DAS MEDIDAS DE SEGURANÇA
Requisitos: a prática delituosa e a periculosidade do agente;
Detentiva: art. 96, I, CP;
Restritiva: art. 96, II, CP;
Execução da Medida de Segurança: art. 171 e seguintes da LEP (Lei 7.210/84).
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE
• Art. 107, CP: causas extintivas da punibilidade (rol exemplificativo).
DOS CRIMES EM ESPÉCIE (mais importantes)
1. DOS CRIMES CONTRA A PESSOA:
• Art. 121 A 128, CP: crimes contra a vida;
• Art. 121, CP: homicídio e espécies;
• Art. 122, CP: observar a pena;
• Art. 123, CP: possibilidade ou não de concurso de pessoas na modalidade de co-autoria;
• Art. 124 A 128, CP: aborto; art. 128, CP:excludente de ilicitude;
• Art. 129, CP: importante; lembrar que o art. 129, par.3º, CP é um crime preterdoloso;
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• Art. 135, CP: crime omissivo puro;
• Art. 137, CP: crime plurissubjetivo;
• Art. 138, CP: cabe exceção da verdade, exceto no caso do par. 3º; não confundir com os arts. 339 e 340, CP;
• Art. 139, CP: cabe exceção da verdade somente no caso do parágrafo único;
• Art. 140, CP: não cabe exceção da verdade; cabe perdão judicial no caso do par. 1º; formas qualificadas: parágrafos 2º e 3º;
• Art. 141, CP: causas de aumento de pena;
• Art. 142, CP: causas de exclusão do crime na difamação e na injúria;
• Art. 143, CP: retratação cabível na calúnia e na difamação;
• Art. 144, CP: pedido de explicações em juízo;
• Art. 145, CP: ação penal. Súmula 714 do STF.
2. DOS CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO
• Art. 155, CP: lembrar o princípio da insignificância; art. 155, par. 2º, CP: furto na forma pri-vilegiada;
• Art. 157, CP: lembrar a diferença com o art. 158, CP; lembrar que a arma de brinquedo não se enquadra no art. 157, par. 2,I, CP;ler art. 157,par. 3º, CP, parte final, CP: crime de latrocí-nio;
• Art. 158, CP: crime formal;
• Art. 159, CP: não confundir com crime de extorsão; crime formal;
• Art. 160, CP: leitura;
• Art. 163, CP: não admite forma culposa; art. 163, p.u, CP: dano qualificado;
• Art. 168, CP: não confundir com o art. 171, CP;
• Art. 171, CP: diferenciar do crime de furto qualificado pela fraude;
• Art. 180, CP: receptação própria (crime material) e receptação imprópria (crime formal); receptação culposa; ver art. 180,par. 5º, CP;
• ARTS. 181 a 183, CP: IMUNIDADES: MUITO IMPORTANTE.
3. DOS CRIMES CONTRA A DIGNIDADE SEXUAL:
• Art. 213, CP: ver formas qualificadas;
• Art. 215, CP: não confundir o art. 215, CP, parte final, com o art. 217-A, par. 1º, CP, parte final;
• Art. 216-A, CP: crime próprio;
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• Art. 217-A, CP: não confundir com art. 213, par. 1º, CP (estupro qualificado); ver formas qualificadas;
• Art. 218-B, CP;
• Art. 225, CP: ação penal;
• Art. 228, 229. 230, CP: distinguir estes três crimes.
4. DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA
• Art. 289, CP: importante a leitura e seus parágrafos: forma privilegiada e forma qualificada; Súmula 73 do STJ;
• Art. 297, CP: falsificação de documento público; ver parágrafos 1º, 2º,3º; não confundir com art. 298 e 299, CP;
• Art.298, CP: crime de falsificação de documento particular;
• Art. 299, CP: crime de falsidade ideológica; não confundir com arts. 297 e art. 298, CP;
• Art. 304, CP: uso de documento falso; crime remetido; ver verbo “fazer uso”; Súmula 17 do STJ;
• Art. 307, CP: falsa identidade.
5. DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
• Art. 312, CP: Peculato (IMPORTANTE);
• Espécies: caput: peculato-apropriação e peculato-desvio; • Parágrafo 1º: peculato-furto; • crime material; • admite tentativa; • cabe o arrependimento posterior, nos termos do art. 16, CP e após o recebimento da
denúncia cabe a atenuante genérica do art. 65, III, b, CP; • admite a forma culposa: art. 312, parágrafo 2º, CP; • art. 312, parágrafo 3º, CP: reparação no dano (não aplica-se, neste caso, o art. 16, CP, eis
que temos regra especial, sendo uma forma de exteinção da punibilidade, conforme o citado dispositivo legal, 1ª parte);
• apesar de ser um crime próprio, o terceiro que não é funcionário público, responde pelo tipo penal, consoante art. 30, CP.
• Art. 313, CP: Peculato mediante erro de outrem (IMPORTANTE);
• “peculato-estelionato”; • o agente apropria-se de bem de terceiro por erro da vítima; • não confundir com art. 171, CP, caso o agente crie o erro em desfavor da referida vítima;
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• Art. 313-A, CP: Inserção de dados falsos em sistemas de informações;
• sujeito ativo: somente o funcionário autorizado;
• Art. 314, CP: Extravio, sonegação de livro ou documento oficial (IMPORTANTE);
• princípio da subsidiariedade expressa; • art. 3º, I, Lei 8.137/90: princípio da especialidade;
• Art. 316: concussão (IMPORTANTE);
• núcleo do tipo: “exigir”; • crime formal; • qualquer vantagem, não necessariamente patrimonial; • cabe arrependimento posterior (art. 16, CP); • em tese, admite-se a tentativa; • art. 3º, II, Lei 8.137/90: princípio da especialidade;
• Art. 317, CP: corrupção passiva (IMPORTANTE);
• núcleo do tipo: “solicitar” ou “receber” ou “aceitar promessa”; • crime formal; • crime próprio; • objeto material: vantagem indevida; • exceção à teoria monista da ação: art. 29, CP (art. 333, CP); • parágrafo 2º: corrupção passiva privilegiada; • não confundir com art. 333, CP; pode haver um crime de corrupção passiva sem corrupção
ativa e vice-versa, ou haver ambos num único plano fático; • art. 3º, II, Lei 8.137/90: princípio da especialidade;
• Art. 318, CP: facilitação de contrabando ou descaminho (IMPORTANTE);
• exceção à teoria monista: art. 29, CP (art. 334, CP); • sujeito ativo: somente o funcionário público que agir com infração do dever funcional; • crime próprio;
• Art. 319, CP: prevaricação (IMPORTANTE);
• dolo de fazer ou deixar de fazer alguma coisa com o objetivo de satisfazer sentimento ou interesse pessoal;
• consuma-se com a omissão; • crime próprio; • nas condutas omisssivas, não se admite a tentativa, enquanto nas condutas comissivas, é
perfeitamente possível; • não confundir com os crimes dos arts. 317, parágrafo 2º, CP e art. 320, CP;
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• Art. 320, CP: Condescendência Criminosa (IMPORTANTE);
• crime próprio; • não confundir com prevaricação, art. 319, CP; • elemento subjetivo do tipo: por indulgência;
• Art. 321, CP: Advocacia Administrativa (IMPORTANTE);
• crime próprio; • núcleo do tipo: “patrocinar”: favorecer, advogar interesse perante a administração pública; • art. 3º, III, Lei 8.137/90: princípio da especialidade;
• Art. 325, CP:
• não admite forma culposa; • princípio da subsidiariedade; • forma qualificada: par. 2º;
• Art. 327, CP: conceito legal de funcionário público (IMPORTANTE);
• conceito mais amplo do que o conceito de funcionário público no Direito Administrativo; • crimes funcionais próprios: a ausência da qualidade de funcionário público torna o fato
atípico: art. 319, CP; art. 320, CP; • crimes funcionais impróprios: a ausência da qualidade de funcionário público não torna
o fato atípico: art. Art. 312, CP, o qual pode ser art. 168, CP,uma vez não sendo o autor funcionário público;
• Art. 328, CP: Usurpação de Função Pública;
• núcleo do tipo: apoderar-se; • os crimes do capítulo II são de particulares contra a Administração Pública; • parágrafo único: forma qualificada;
• Art. 329, CP: Resistência (IMPORTANTE);
• deve ser mediante grave ameaça ou violência; • crime formal; • sujeito passivo: Estado, funcionário público que executa o ato ou o terceiro que o auxilia; • resistência passiva: art. 330, CP; • parágrafo 2º, CP: concurso de crimes com o crime de lesões leves, graves ou gravíssimas ou
homicídio; a simples ameaça, se este for o meio executório restará absorvida;
• Art. 330, CP: Desobediência;
• ordem legal; • pode ser omissivo ou comissivo;
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• Art. 331, CP: Desacato (IMPORTANTE);
• é desacatar funcionário público em razão de sua função, ainda que fora dela, porém devido à função;
• pode ser por meio de qualquer ato; • deve ser na presença do funcionário público, sob pena de ser outro crime, nos termos do
art. 138, 139, 140, c/c art. 141, II, CP;
• Art. 332, CP: Tráfico de Influência (IMPORTANTE);
• crime formal; • objeto material: qualquer vantagem ou promessa de vantagem; • diferenciar do art. 357, CP;
• Art. 333, CP: Corrupção ativa (IMPORTANTE);
• núcleo do tipo: “oferecer” ou “prometer”; • crime formal; • não confundir com o crime do art. 317, CP;
• Art. 334, CP: Contrabando ou Descaminho;
• contrabando: ingressou exportação no país de mercadoria ilegal; • descaminho: iludir, no todo ou em parte, o pagamento de direito ou imposto devido na
entrada ou saída de mercadoria permitida;
• Art. 337-A: sonegação de contribuição previdenciária (IMPORTANTE);
• suprimir: eliminar; reduzir: diminuir;
• Art. 339, CP: Denunciação Caluniosa;
• atribuir a alguém (determinado) a prática de um crime. No que à contravenção, vide art. 339, parágrafo 2º, CP;
• imputação de fato preciso e determinado; • não confundir com calúnia;
• Art. 340, CP: Falsa Comunicação de Crime ou Contravenção;
• o agente comunica falsamente a prática de crime ou contravenção, sem, no entanto, atribuir a terceiro determinado;
• diferenciar do crime do art. 339, CP;
• Art. 341, CP: Auto-Acusação Falsa;
• núcleo do tipo: atribuir a si a autoria de crime inexistente ou praticado por terceiro; • pode haver concurso de crimes com o art. 339, CP;
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• Art. 342, CP: Falso Testemunho ou Falsa Perícia;
• núcleo do tipo: “fazer afirmação falsa”, “negar” ou “calar a verdade” (reticência); • crime de mão própria; • ver parágrafo 1º e parágrafo 2º (retratação, como forma de extinção da punibilidade, art.
107, CP); • não confundir com o crime do art. 138, CP;
• Art. 343, CP: Suborno;
• se for contra perito, contador, tradutor ou intérprete oficial, haverá o crime do art. 333, CP, eis que se trata de funcionários públicos;
• objeto material: dinheiro ou qualquer vantagem;
• Art. 348, CP: Favorecimento Pessoal;
• ver parágrafos, principalmente o 2º;
• Art. 349, CP: Favorecimento Real;
• não confundir com art. 180, CP;
• Art. 350, CP: Exercício Arbitrário ou Abuso de Poder:
• diferenciar do crime de Abuso de Autoridade da Lei 4.898/65;
• Art. 355, CP: ler com atenção; crime próprio;
• Art. 357, CP: não confundir com art. 332 do CP; crime formal;
• Art. 359-A a H: Crimes contra as Finanças Públicas;
• leitura atenta (IMPORTANTE).
LEIS PENAIS ESPECIAIS (artigos mais relevantes)
• Lei nº 4.898/65: crimes de abuso de autoridade: arts. 3º (crimes de atentado); 4º, 5º, Lei 4.898/65;
• Lei nº 11.343/2006: crimes de drogas: arts. 28 a 45, Lei 11.343/06; arts. 48 a 58, lei 11343/06;
• Lei nº 8.072/90: crimes hediondos: arts. 1º e 2º, Lei 8.072/90 (ver recente alteração legislativa: Lei 12.015/09);
• Lei nº 11.340/2006: violência doméstica: arts. 1º, 5º, 7º, 9º, 10 a 24 (inclusive 12-A e 12-B), 27, 33, 41, Lei 11.343/06); ver decisão do STF acerca da constitucionalidade do art. 41, Lei 11.340/06: HC Nº 10612/STF;
• Decreto-Lei nº 3.688/41: contravenções penais: arts. 4º, 21, 41, 42, 43, 45, 61, DL 3688/41);
PC-RS (Intensivo) – Direito Penal – Prof. Joerberth Nunes
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• Lei nº 9.605/98: crimes ambientais: arts. 27 a 69, lei dos crimes ambientais;
• Lei nº 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento: arts. 12 a 21, Lei 10.826/03;
• Lei nº 9.455/97: crimes de tortura: art.1º e parágrafos;
• Lei nº 12850/13: Organização Criminosa: arts. 1º, 4º a 7º, 10 a 21, Lei 12.850/13;
• Lei nº 9.503/97: crimes de trânsito: arts. 291, 301 a 312, Lei 9.503/97;
• Lei nº 8.137/90: crimes contra a ordem econômica e tributária: arts. 1º a 7º, Lei 8.137/90;
• Lei nº 8.078/90: crimes contra o consumidor: arts. 61 a 80, Lei 8.078/90;
• Lei nº 8.069/90: crimes contra crianças e adolescentes: arts. 228 a 244-B, Lei 8.069/90;
• Lei nº 10.741/03: crimes contra idosos: arts. 94 a 108, Lei 10.741/03;
• Lei nº 7.210/84: Lei de Execução Penal: arts. 33, 36, 37, 49 a 60, 61, 65, 66, 67, 68, 78, 79, 82 a 86, 91, 92, 93, 94, 95, 105 a 170, 171 a 179, 187, 195;
• Lei nº 12.683/12: Lei da Lavagem de Dinheiro: art. 1º, 2º, 17-B, Lei 9.613/98 (alterada);
• Lei nº 13.260/13: Lei do Terrorsimo: art. 2º a 7º, Lei 13.260/13;
• Lei nº 7.716/89: Lei do Racismo: art. 1º a 20, Lei 7.716/89 (distinguir crime de racismo previsto no art.20, lei 7716/89 do crime de injúria racial do art. 140, par. 3º, CP);
• Lei nº 9.434/97: Lei do Transplante de Órgãos: art. 14 a 20;
• Lei nº 8.666/93: Lei dos Crimes Licitatórios: art. 89 a 108;
• Lei nº 12.737/12: Lei dos Crimes Cibernéticos: arts. 2º e 3º;
• Lei nº 10.671/03: Estatuto do Torcedor: arts. 41-B a 41-G.