Apostila TJ Oficial Escrevente Dto Criminal Processual Joerberth

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    Tribunal de Justia

    (Oficial Escrevente)

    Direito Criminal e Processual

    Prof. Joerberth Nunes

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    Direito Criminal e Processual

    Professor: Joerberth Nunes

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    Direito Criminal

    CDIGO PENAL

    DECRETO-LEI N 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940.

    TTULO XI

    Dos Crimes Contra a AdministraoPblica

    CAPTULO IDOS CRIMES PRATICADOS POR

    FUNCIONRIO PBLICO CONTRA AADMINISTRAO EM GERAL

    Peculato

    Art. 312. Apropriar-se o funcionrio pblico dedinheiro, valor ou qualquer outro bem mvel,pblico ou particular, de que tem a posse em ra-zo do cargo, ou desvi-lo, em proveito prprioou alheio:

    Pena recluso, de dois a doze anos, e multa.

    1 Aplica-se a mesma pena, se o funcio-nrio pblico, embora no tendo a posse dodinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou con-

    corre para que seja subtrado, em proveitoprprio ou alheio, valendo-se de facilidadeque lhe proporciona a qualidade de funcio-nrio.

    Peculato culposo

    2 Se o funcionrio concorre culposamen-te para o crime de outrem:

    Pena deteno, de trs meses a um ano.

    3 No caso do pargrafo anterior, a repa-rao do dano, se precede sentena irre-

    corrvel, extingue a punibilidade; se lhe posterior, reduz de metade a pena imposta.

    Peculato mediante erro de outrem

    Art. 313. Apropriar-se de dinheiro ou qualquerutilidade que, no exerccio do cargo, recebeupor erro de outrem:

    Pena recluso, de um a quatro anos, e multa.

    Insero de dados falsos em sistema de

    informaes (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionrio au-

    torizado, a insero de dados falsos, alterar ou

    excluir indevidamente dados corretos nos siste-

    mas informatizados ou bancos de dados da Ad-

    ministrao Pblica com o fim de obter vantagem

    indevida para si ou para outrem ou para causar

    dano: (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Pena recluso, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, emulta. (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Modifcao ou alterao no autorizada de

    sistema de informaes (Includo pela Lei n9.983, de 2000)

    Art. 313-B. Modificar ou alterar, o funcionrio,sistema de informaes ou programa de infor-mtica sem autorizao ou solicitao de auto-

    ridade competente: (Includo pela Lei n 9.983,de 2000)

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    Pena deteno, de 3 (trs) meses a 2 (dois)anos, e multa. (Includo pela Lei n 9.983, de2000)

    Pargrafo nico. As penas so aumentadasde um tero at a metade se da modificaoou alterao resulta dano para aAdministrao Pblica ou para o administra-do.(Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Extravio, sonegao ou inulizao de livro ou

    documento

    Art. 314. Extraviar livro oficial ou qualquer docu-mento, de que tem a guarda em razo do cargo;soneg-lo ou inutiliz-lo, total ou parcialmente:

    Pena recluso, de um a quatro anos, se o fatono constitui crime mais grave.

    Concusso

    Art. 316. Exigir, para si ou para outrem, direta ouindiretamente, ainda que fora da funo ou an-

    tes de assumi-la, mas em razo dela, vantagemindevida:

    Pena recluso, de dois a oito anos, e multa.

    Excesso de exao

    1 Se o funcionrio exige tributo oucontribuio social que sabe ou deveriasaber indevido, ou, quando devido, empregana cobrana meio vexatrio ou gravoso, quea lei no autoriza: (Redao dada pela Lei n8.137, de 27.12.1990)

    Pena recluso, de 3 (trs) a 8 (oito) anos, emulta. (Redao dada pela Lei n 8.137, de27.12.1990)

    2 Se o funcionrio desvia, em proveito

    prprio ou de outrem, o que recebeu inde-

    vidamente para recolher aos cofres pblicos:

    Pena recluso, de dois a doze anos, e multa.

    Corrupo passiva

    Art. 317. Solicitar ou receber, para si ou paraoutrem, direta ou indiretamente, ainda que forada funo ou antes de assumi-la, mas em razodela, vantagem indevida, ou aceitar promessade tal vantagem:

    Pena recluso, de 2 (dois) a 12 (doze) anos,e multa. (Redao dada pela Lei n 10.763, de12.11.2003)

    1 A pena aumentada de um tero, se,em conseqncia da vantagem ou promes-sa, o funcionrio retarda ou deixa de prati-

    car qualquer ato de ofcio ou o pratica in-fringindo dever funcional.

    2 Se o funcionrio pratica, deixa de pra-ticar ou retarda ato de ofcio, com infraode dever funcional, cedendo a pedido ouinfluncia de outrem:

    Pena deteno, de trs meses a um ano, oumulta.

    PrevaricaoArt. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevi-damente, ato de ofcio, ou pratic-lo contra dis-posio expressa de lei, para satisfazer interesseou sentimento pessoal:

    Pena deteno, de trs meses a um ano, emulta.

    Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciria e/ou agente pblico, de cumprir seu dever de ve-

    dar ao preso o acesso a aparelho telefnico, derdio ou similar, que permita a comunicaocom outros presos ou com o ambiente externo:(Includo pela Lei n 11.466, de 2007).

    Pena deteno, de 3 (trs) meses a 1 (um) ano.

    Condescendncia criminosa

    Art. 320. Deixar o funcionrio, por indulgncia,de responsabilizar subordinado que cometeu in-frao no exerccio do cargo ou, quando lhe faltecompetncia, no levar o fato ao conhecimentoda autoridade competente:

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    Pena deteno, de quinze dias a um ms, oumulta.

    Violncia arbitrria

    Art. 322. Praticar violncia, no exerccio de fun-o ou a pretexto de exerc-la:

    Pena deteno, de seis meses a trs anos,alm da pena correspondente violncia.

    Abandono de funo

    Art. 323. Abandonar cargo pblico, fora dos ca-

    sos permitidos em lei:

    Pena deteno, de quinze dias a um ms, oumulta.

    1 Se do fato resulta prejuzo pblico:

    Pena deteno, de trs meses a um ano, emulta.

    2 Se o fato ocorre em lugar compreendi-do na faixa de fronteira:

    Pena deteno, de um a trs anos, e multa.

    Violao de sigilo funcional

    Art. 325. Revelar fato de que tem cincia em ra-zo do cargo e que deva permanecer em segre-do, ou facilitar-lhe a revelao:

    Pena deteno, de seis meses a dois anos, oumulta, se o fato no constitui crime mais grave.

    1 Nas mesmas penas deste artigo incorrequem: (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    I permite ou facilita, mediante atribuio,fornecimento e emprstimo de senha ouqualquer outra forma, o acesso de pessoasno autorizadas a sistemas de informaesou banco de dados da Administrao Pbli-ca; (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    II se utiliza, indevidamente, do acesso

    restrito. (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    2 Se da ao ou omisso resulta dano Administrao Pblica ou a outrem: (Inclu-do pela Lei n 9.983, de 2000)

    Pena recluso, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, emulta. (Includo pela Lei n 9.983, de 2000)

    Funcionrio pblico

    Art. 327. Considera-se funcionrio pblico, paraos efeitos penais, quem, embora transitoria-mente ou sem remunerao, exerce cargo, em-prego ou funo pblica.

    1 Equipara-se a funcionrio pblico

    quem exerce cargo, emprego ou funo ementidade paraestatal, e quem trabalha paraempresa prestadora de servio contratadaou conveniada para a execuo de ativida-de tpica da Administrao Pblica. (Includopela Lei n 9.983, de 2000)

    2 A pena ser aumentada da tera partequando os autores dos crimes previstos nes-te Captulo forem ocupantes de cargos emcomisso ou de funo de direo ou asses-

    soramento de rgo da administrao dire-ta, sociedade de economia mista, empresapblica ou fundao instituda pelo poderpblico. (Includo pela Lei n 6.799, de 1980)

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    CDIGO DE PROCESSO PENAL

    DECRETO-LEI N 3.689, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941.

    TTULO X

    DAS CITAES E INTIMAES

    CAPTULO IDAS CITAES

    Art. 351. A citao inicial far-se- por mandado,quando o ru estiver no territrio sujeito juris-dio do juiz que a houver ordenado.

    Art. 352. O mandado de citao indicar:I o nome do juiz;

    II o nome do querelante nas aesiniciadas por queixa;

    III o nome do ru, ou, se for desconhecido,os seus sinais caractersticos;

    IV a residncia do ru, se for conhecida;

    V o fim para que feita a citao;

    VI o juzo e o lugar, o dia e a hora em queo ru dever comparecer;

    VII a subscrio do escrivo e a rubrica dojuiz.

    Art. 353. Quando o ru estiver fora do territ-rio da jurisdio do juiz processante, ser citadomediante precatria.

    Art. 354 A.precatria indicar:

    I o juiz deprecado e o juiz deprecante;

    II a sede da jurisdio de um e de outro;

    III o fim para que feita a citao, comtodas as especificaes;

    IV o juzo do lugar, o dia e a hora em que oru dever comparecer.

    Art. 355. A precatria ser devolvida ao juiz de-precante, independentemente de traslado, de-pois de lanado o cumpra-se e de feita a cita-o por mandado do juiz deprecado.

    1 Verificado que o ru se encontra emterritrio sujeito jurisdio de outro juiz,a este remeter o juiz deprecado os autospara efetivao da diligncia, desde quehaja tempo para fazer-se a citao.

    2 Certificado pelo oficial de justia que oru se oculta para no ser citado, a preca-tria ser imediatamente devolvida, para ofim previsto no art. 362.

    Art. 356. Se houver urgncia, a precatria, que

    conter em resumo os requisitos enumeradosno art. 354, poder ser expedida por via tele-grfica, depois de reconhecida a firma do juiz, oque a estao expedidora mencionar.

    Art. 357. So requisitos da citao por mandado:

    I leitura do mandado ao citando pelo ofi-cial e entrega da contraf, na qual se men-cionaro dia e hora da citao;

    II declarao do oficial, na certido, da en-

    trega da contraf, e sua aceitao ou recusa.

    Direito Processual Penal

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    Art. 358. A citao do militar far-se- porintermdio do chefe do respectivo servio.

    Art. 359. O dia designado para funcionrio

    pblico comparecer em juzo, como acusado,ser notificado assim a ele como ao chefe desua repartio.

    Art. 360. Se o ru estiver preso, ser pessoal-mente citado. (Redao dada pela Lei n 10.792,de 1.12.2003)

    Art. 361. Se o ru no for encontrado, sercitado por edital, com o prazo de 15 (quinze)dias.

    Art. 362. Verificando que o ru se oculta parano ser citado, o oficial de justia certificar aocorrncia e proceder citao com hora cer-ta, na forma estabelecida nos arts. 227 a 229 daLei n

    5.869, de 11 de janeiro de 1973 Cdi-

    go de Processo Civil. (Redao dada pela Lei n11.719, de 2008).

    Pargrafo nico. Completada a citao comhora certa, se o acusado no comparecer,ser-lhe- nomeado defensor dativo. (Inclu-

    do pela Lei n 11.719, de 2008).

    Art. 363. O processo ter completada a sua for-mao quando realizada a citao do acusado.(Redao dada pela Lei n 11.719, de 2008).

    I (revogado); (Redao dada pela Lei n11.719, de 2008).

    II (revogado). (Redao dada pela Lei n11.719, de 2008).

    1 No sendo encontrado o acusado, serprocedida a citao por edital. (Includopela Lei n 11.719, de 2008).

    2 (VETADO) (Includo pela Lei n 11.719,de 2008).

    3 (VETADO) (Includo pela Lei n 11.719,de 2008).

    4 Comparecendo o acusado citado poredital, em qualquer tempo, o processo

    observar o disposto nos arts. 394 e se-

    guintes deste Cdigo. (Includo pela Lei n11.719, de 2008).

    Art. 364. No caso do artigo anterior, noI, o prazo

    ser fixado pelo juiz entre 15 (quinze) e 90 (no-venta) dias, de acordo com as circunstncias, e,no caso de n

    oII, o prazo ser de trinta dias.

    Art. 365. O edital de citao indicar:

    I o nome do juiz que a determinar;

    II o nome do ru, ou, se no for conheci-do, os seus sinais caractersticos, bem comosua residncia e profisso, se constarem doprocesso;

    III o fim para que feita a citao;

    IV o juzo e o dia, a hora e o lugar em queo ru dever comparecer;

    V o prazo, que ser contado do dia da pu-blicao do edital na imprensa, se houver,ou da sua afixao.

    Pargrafo nico. O edital ser afixado por-ta do edifcio onde funcionar o juzo e ser

    publicado pela imprensa, onde houver, de-vendo a afixao ser certificada pelo oficialque a tiver feito e a publicao provada porexemplar do jornal ou certido do escrivo,da qual conste a pgina do jornal com adata da publicao.

    Art. 366. Se o acusado, citado por edital, nocomparecer, nem constituir advogado, ficarosuspensos o processo e o curso do prazo pres-cricional, podendo o juiz determinar a produo

    antecipada das provas consideradas urgentese, se for o caso, decretar priso preventiva, nostermos do disposto no art. 312. (Redao dadapela Lei n 9.271, de 17.4.1996) (Vide Lei n11.719, de 2008)

    1(Revogado pela Lei n 11.719, de 2008).

    2(Revogado pela Lei n 11.719, de 2008).

    Art. 367. O processo seguir sem a presena doacusado que, citado ou intimado pessoalmente

    para qualquer ato, deixar de comparecer semmotivo justificado, ou, no caso de mudana de

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    residncia, no comunicar o novo endereoao juzo. (Redao dada pela Lei n 9.271, de17.4.1996)

    Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, emlugar sabido, ser citado mediante carta rogat-ria, suspendendo-se o curso do prazo de pres-crio at o seu cumprimento. (Redao dadapela Lei n 9.271, de 17.4.1996)

    Art. 369. As citaes que houverem de serfeitas em legaes estrangeiras sero efetuadasmediante carta rogatria. (Redao dada pelaLei n 9.271, de 17.4.1996)

    CAPTULO IIDAS INTIMAES

    Art. 370. Nas intimaes dos acusados, das tes-temunhas e demais pessoas que devam tomarconhecimento de qualquer ato, ser observa-do, no que for aplicvel, o disposto no Captu-lo anterior. (Redao dada pela Lei n 9.271, de17.4.1996)

    1 A intimao do defensor constitudo,do advogado do querelante e do assistentefar-se- por publicao no rgo incumbidoda publicidade dos atos judiciais dacomarca, incluindo, sob pena de nulidade,o nome do acusado. (Redao dada pela Lein 9.271, de 17.4.1996)

    2 Caso no haja rgo de publicaodos atos judiciais na comarca, a intimao

    far-se- diretamente pelo escrivo, pormandado, ou via postal com comprovantede recebimento, ou por qualquer outromeio idneo.(Redao dada pela Lei n9.271, de 17.4.1996)

    3A intimao pessoal, feita pelo escrivo,

    dispensar a aplicao a que alude o 1o.

    (Includo pela Lei n 9.271, de 17.4.1996)

    4A intimao do Ministrio Pblico e do

    defensor nomeado ser pessoal. (Includo

    pela Lei n 9.271, de 17.4.1996)

    Art. 371. Ser admissvel a intimao por despa-cho na petio em que for requerida, observadoo disposto no art. 357.

    Art. 372. Adiada, por qualquer motivo, a instru-o criminal, o juiz marcar desde logo, na pre-sena das partes e testemunhas, dia e hora paraseu prosseguimento, do que se lavrar termonos autos.

    LIVRO IIDOS PROCESSOS EM ESPCIE

    TTULO I

    Do Processo Comum

    CAPTULO IDA INSTRUO CRIMINAL

    Art. 394. O procedimento ser comum ou espe-cial. (Redao dada pela Lei n 11.719, de 2008).

    1 O procedimento comum ser ordinrio,sumrio ou sumarssimo: (Includo pela Lein 11.719, de 2008).

    I ordinrio, quando tiver por objeto crimecuja sano mxima cominada for igual ousuperior a 4 (quatro) anos de pena privativade liberdade; (Includo pela Lei n 11.719,de 2008).

    II sumrio, quando tiver por objeto crime

    cuja sano mxima cominada seja inferiora 4 (quatro) anos de pena privativa de liber-dade; (Includo pela Lei n 11.719, de 2008).

    III sumarssimo, para as infraes penaisde menor potencial ofensivo, na forma dalei. (Includo pela Lei n 11.719, de 2008).

    2 Aplica-se a todos os processos oprocedimento comum, salvo disposiesem contrrio deste Cdigo ou de leiespecial. (Includo pela Lei n 11.719, de2008).

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    3 Nos processos de competncia doTribunal do Jri, o procedimento observaras disposies estabelecidas nos arts. 406a 497 deste Cdigo. (Includo pela Lei n11.719, de 2008).

    4 As disposies dos arts. 395 a 398 des-te Cdigo aplicam-se a todos os procedi-mentos penais de primeiro grau, ainda queno regulados neste Cdigo. (Includo pelaLei n 11.719, de 2008).

    5 Aplicam-se subsidiariamenteaos procedimentos especial, sumrioe sumarssimo as disposies do

    procedimento ordinrio. (Includo pela Lein 11.719, de 2008).

    Art. 395. A denncia ou queixa ser rejeitadaquando: (Redao dada pela Lei n 11.719, de2008).

    I for manifestamente inepta; (Includopela Lei n 11.719, de 2008).

    II faltar pressuposto processual ou condi-o para o exerccio da ao penal; ou (In-

    cludo pela Lei n 11.719, de 2008).

    III faltar justa causa para o exerccio daao penal. (Includo pela Lei n 11.719, de2008).

    Pargrafo nico. (Revogado). (Includo pelaLei n 11.719, de 2008).

    Art. 396. Nos procedimentos ordinrio esumrio, oferecida a denncia ou queixa, o juiz,se no a rejeitar liminarmente, receb-la- e or-denar a citao do acusado para responder acusao, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias.(Redao dada pela Lei n 11.719, de 2008).

    Pargrafo nico. No caso de citao por edi-tal, o prazo para a defesa comear a fluir apartir do comparecimento pessoal do acu-sado ou do defensor constitudo. (Redaodada pela Lei n 11.719, de 2008).

    Art. 396-A. Na resposta, o acusado poder ar-

    gir preliminares e alegar tudo o que interesse sua defesa, oferecer documentos e justifica-

    es, especificar as provas pretendidas e arrolartestemunhas, qualificando-as e requerendo suaintimao, quando necessrio. (Includo pela Lein 11.719, de 2008).

    1 A exceo ser processada emapartado, nos termos dos arts. 95 a 112deste Cdigo. (Includo pela Lei n 11.719,de 2008).

    2 No apresentada a resposta no prazolegal, ou se o acusado, citado, no constituirdefensor, o juiz nomear defensor para ofe-rec-la, concedendo-lhe vista dos autos por10 (dez) dias. (Includo pela Lei n 11.719,

    de 2008).

    Art. 397. Aps o cumprimento do disposto noart. 396-A, e pargrafos, deste Cdigo, o juiz de-ver absolver sumariamente o acusado quandoverificar: (Redao dada pela Lei n 11.719, de2008).

    I a existncia manifesta de causa exclu-dente da ilicitude do fato; (Includo pela Lein 11.719, de 2008).

    II a existncia manifesta de causa ex-cludente da culpabilidade do agente, sal-vo inimputabilidade; (Includo pela Lei n11.719, de 2008).

    III que o fato narrado evidentemente noconstitui crime; ou (Includo pela Lei n11.719, de 2008).

    IV extinta a punibilidade do agente. (Inclu-do pela Lei n 11.719, de 2008).

    Art. 398. (Revogado pela Lei n 11.719, de2008).

    Art. 399. Recebida a denncia ou queixa, o juizdesignar dia e hora para a audincia, ordenan-do a intimao do acusado, de seu defensor, doMinistrio Pblico e, se for o caso, do querelan-te e do assistente. (Redao dada pela Lei n11.719, de 2008).

    1 O acusado preso ser requisitado

    para comparecer ao interrogatrio,devendo o poder pblico providenciar sua

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    apresentao. (Includo pela Lei n 11.719,de 2008).

    2 O juiz que presidiu a instruo dever

    proferir a sentena. (Includo pela Lei n11.719, de 2008).

    Art. 400. Na audincia de instruo e julgamen-to, a ser realizada no prazo mximo de 60 (ses-senta) dias, proceder-se- tomada de declara-es do ofendido, inquirio das testemunhasarroladas pela acusao e pela defesa, nestaordem, ressalvado o disposto no art. 222 des-te Cdigo, bem como aos esclarecimentos dosperitos, s acareaes e ao reconhecimento de

    pessoas e coisas, interrogando-se, em seguida,o acusado. (Redao dada pela Lei n 11.719, de2008).

    1 As provas sero produzidas numas audincia, podendo o juiz indeferir asconsideradas irrelevantes, impertinentesou protelatrias. (Includo pela Lei n11.719, de 2008).

    2 Os esclarecimentos dos peritos

    dependero de prvio requerimento daspartes. (Includo pela Lei n 11.719, de2008).

    Art. 401. Na instruo podero ser inquiridasat 8 (oito) testemunhas arroladas pela acusa-o e 8 (oito) pela defesa. (Redao dada pelaLei n 11.719, de 2008).

    1 Nesse nmero no se compreendemas que no prestem compromisso e asreferidas. (Includo pela Lei n 11.719, de

    2008).

    2 A parte poder desistir da inquiriode qualquer das testemunhas arroladas,ressalvado o disposto no art. 209 desteCdigo. (Includo pela Lei n 11.719, de2008).

    Art. 402. Produzidas as provas, ao final da au-dincia, o Ministrio Pblico, o querelante e oassistente e, a seguir, o acusado podero reque-

    rer diligncias cuja necessidade se origine de

    circunstncias ou fatos apurados na instruo.(Redao dada pela Lei n 11.719, de 2008).

    Art. 403. No havendo requerimento de dili-

    gncias, ou sendo indeferido, sero oferecidasalegaes finais orais por 20 (vinte) minutos,respectivamente, pela acusao e pela defesa,prorrogveis por mais 10 (dez), proferindo o

    juiz, a seguir, sentena. (Redao dada pela Lein 11.719, de 2008).

    1 Havendo mais de um acusado, o tempoprevisto para a defesa de cada um serindividual. (Includo pela Lei n 11.719, de2008).

    2 Ao assistente do Ministrio Pblico,aps a manifestao desse, sero concedi-dos 10 (dez) minutos, prorrogando-se porigual perodo o tempo de manifestaoda defesa. (Includo pela Lei n 11.719, de2008).

    3 O juiz poder, considerada acomplexidade do caso ou o nmero deacusados, conceder s partes o prazo de 5

    (cinco) dias sucessivamente para a apresen-tao de memoriais. Nesse caso, ter o pra-zo de 10 (dez) dias para proferir a sentena.(Includo pela Lei n 11.719, de 2008).

    Art. 404. Ordenado diligncia considerada im-prescindvel, de ofcio ou a requerimento daparte, a audincia ser concluda sem as alega-es finais. (Redao dada pela Lei n 11.719,de 2008).

    Pargrafo nico. Realizada, em seguida,

    a diligncia determinada, as partesapresentaro, no prazo sucessivo de 5(cinco) dias, suas alegaes finais, por me-morial, e, no prazo de 10 (dez) dias, o juizproferir a sentena.(Includo pela Lei n11.719, de 2008).

    Art. 405. Do ocorrido em audincia ser lavra-do termo em livro prprio, assinado pelo juiz epelas partes, contendo breve resumo dos fatosrelevantes nela ocorridos. (Redao dada pela

    Lei n 11.719, de 2008).

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    1 Sempre que possvel, o registro dosdepoimentos do investigado, indiciado,ofendido e testemunhas ser feito pelosmeios ou recursos de gravao magntica,estenotipia, digital ou tcnica similar,inclusive audiovisual, destinada a obtermaior fidelidade das informaes. (Includopela Lei n 11.719, de 2008).

    2 No caso de registro por meioaudiovisual, ser encaminhado s partescpia do registro original, sem necessidadede transcrio. (Includo pela Lei n 11.719,de 2008).

    CAPTULO II(Redao dada pela Lei n 11.689, de

    2008)

    DO PROCEDIMENTO RELATIVO AOSPROCESSOS DA COMPETNCIA DO

    TRIBUNAL DO JRI

    Seo IDA ACUSAO E DA INSTRUO

    PRELIMINAR

    Art. 406. O juiz, ao receber a denncia ou aqueixa, ordenar a citao do acusado para res-ponder a acusao, por escrito, no prazo de 10(dez) dias. (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    1 O prazo previsto no caputdeste artigo

    ser contado a partir do efetivo cumprimen-to do mandado ou do comparecimento, em

    juzo, do acusado ou de defensor constitu-do, no caso de citao invlida ou por edital.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    2 A acusao dever arrolar testemunhas,at o mximo de 8 (oito), na denncia ou naqueixa.

    3 Na resposta, o acusado poder argir

    preliminares e alegar tudo que interesse asua defesa, oferecer documentos e justifi-

    caes, especificar as provas pretendidase arrolar testemunhas, at o mximo de 8(oito), qualificando-as e requerendo sua in-timao, quando necessrio. (Includo pelaLei n 11.689, de 2008)

    Art. 407. As excees sero processadas emapartado, nos termos dos arts. 95 a 112 desteCdigo. (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 408. No apresentada a resposta no prazolegal, o juiz nomear defensor para oferec--la em at 10 (dez) dias, concedendo-lhe vistados autos. (Redao dada pela Lei n 11.689, de

    2008)

    Art. 409. Apresentada a defesa, o juiz ouviro Ministrio Pblico ou o querelante sobrepreliminares e documentos, em 5 (cinco) dias.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 410. O juiz determinar a inquirio dastestemunhas e a realizao das dilignciasrequeridas pelas partes, no prazo mximo de 10(dez) dias. (Redao dada pela Lei n 11.689, de

    2008)Art. 411. Na audincia de instruo, proceder-se- tomada de declaraes do ofendido, sepossvel, inquirio das testemunhas arroladaspela acusao e pela defesa, nesta ordem,bem como aos esclarecimentos dos peritos, sacareaes e ao reconhecimento de pessoas ecoisas, interrogando-se, em seguida, o acusadoe procedendo-se o debate. (Redao dada pelaLei n 11.689, de 2008)

    1 Os esclarecimentos dos peritosdependero de prvio requerimento e dedeferimento pelo juiz. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    2 As provas sero produzidas em umas audincia, podendo o juiz indeferir asconsideradas irrelevantes, impertinentesou protelatrias. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    3 Encerrada a instruo probatria,observar-se-, se for o caso, o disposto no

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    art. 384 deste Cdigo. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    4 As alegaes sero orais, concedendo-

    se a palavra, respectivamente, acusao e defesa, pelo prazo de 20 (vinte) minutos,prorrogveis por mais 10 (dez). (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    5 Havendo mais de 1 (um) acusado, otempo previsto para a acusao e a defesade cada um deles ser individual. (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    6 Ao assistente do Ministrio Pblico,

    aps a manifestao deste, seroconcedidos 10 (dez) minutos, prorrogando-se por igual perodo o tempo demanifestao da defesa. (Includo pela Lein 11.689, de 2008)

    7 Nenhum ato ser adiado, salvoquando imprescindvel prova faltante,determinando o juiz a conduo coercitivade quem deva comparecer. (Includo pelaLei n 11.689, de 2008)

    8 A testemunha que comparecer ser in-quirida, independentemente da suspensoda audincia, observada em qualquer casoa ordem estabelecida no caputdeste artigo.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    9 Encerrados os debates, o juiz proferira sua deciso, ou o far em 10 (dez) dias,ordenando que os autos para isso lhe sejamconclusos. (Includo pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 412. O procedimento ser concludo noprazo mximo de 90 (noventa) dias. (Redaodada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Seo IIDA PRONNCIA, DA IMPRONNCIA E

    DA ABSOLVIO SUMRIA

    (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 413. O juiz, fundamentadamente,pronunciar o acusado, se convencido damaterialidade do fato e da existncia de indciossuficientes de autoria ou de participao. (Re-dao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    1 A fundamentao da pronncia limitar-

    se- indicao da materialidade do fatoe da existncia de indcios suficientes deautoria ou de participao, devendo o juizdeclarar o dispositivo legal em que julgar in-curso o acusado e especificar as circunstn-cias qualificadoras e as causas de aumentode pena. (Includo pela Lei n 11.689, de2008)

    2 Se o crime for afianvel, o juizarbitrar o valor da fiana para a concesso

    ou manuteno da liberdade provisria.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    3 O juiz decidir, motivadamente, no casode manuteno, revogao ou substituioda priso ou medida restritiva de liberdadeanteriormente decretada e, tratando-sede acusado solto, sobre a necessidadeda decretao da priso ou imposio dequaisquer das medidas previstas no TtuloIX do Livro I deste Cdigo. (Includo pela Lei

    n 11.689, de 2008)Art. 414. No se convencendo da materialidadedo fato ou da existncia de indcios suficientesde autoria ou de participao, o juiz, fundamen-tadamente, impronunciar o acusado. (Redaodada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Pargrafo nico. Enquanto no ocorrer aextino da punibilidade, poder ser for-mulada nova denncia ou queixa se houverprova nova. (Includo pela Lei n 11.689, de

    2008)

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    Art. 415. O juiz, fundamentadamente, absol-ver desde logo o acusado, quando: (Redaodada pela Lei n 11.689, de 2008)

    I provada a inexistncia do fato; (Redaodada pela Lei n 11.689, de 2008)

    II provado no ser ele autor ou partcipedo fato; (Redao dada pela Lei n 11.689,de 2008)

    III o fato no constituir infrao penal;(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    IV demonstrada causa de iseno de penaou de excluso do crime. (Redao dada

    pela Lei n 11.689, de 2008)

    Pargrafo nico. No se aplica o dispostono inciso IV do caput deste artigo ao casode inimputabilidade prevista no caput doart. 26 do Decreto-Lei n

    o2.848, de 7 de de-

    zembro de 1940 Cdigo Penal, salvo quan-do esta for a nica tese defensiva. (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 416. Contra a sentena de impronncia

    ou de absolvio sumria caber apelao.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 417. Se houver indcios de autoria ou departicipao de outras pessoas no includas naacusao, o juiz, ao pronunciar ou impronunciaro acusado, determinar o retorno dos autosao Ministrio Pblico, por 15 (quinze) dias,aplicvel, no que couber, o art. 80 deste Cdigo.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 418. O juiz poder dar ao fato definiojurdica diversa da constante da acusao,embora o acusado fique sujeito a pena maisgrave. (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 419. Quando o juiz se convencer, emdiscordncia com a acusao, da existncia decrime diverso dos referidos no 1

    odo art. 74

    deste Cdigo e no for competente para o jul-gamento, remeter os autos ao juiz que o seja.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Pargrafo nico. Remetidos os autos doprocesso a outro juiz, disposio deste fi-car o acusado preso. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    Art. 420. A intimao da deciso de pronnciaser feita: (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    I pessoalmente ao acusado, ao defensornomeado e ao Ministrio Pblico; (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    II ao defensor constitudo, ao querelantee ao assistente do Ministrio Pblico, na

    forma do disposto no 1

    o

    do art. 370 des-te Cdigo. (Includo pela Lei n 11.689, de2008)

    Pargrafo nico. Ser intimado por edital oacusado solto que no for encontrado. (In-cludo pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 421. Preclusa a deciso de pronncia, osautos sero encaminhados ao juiz presidentedo Tribunal do Jri. (Redao dada pela Lei n11.689, de 2008)

    1 Ainda que preclusa a deciso depronncia, havendo circunstnciasuperveniente que altere a classificao docrime, o juiz ordenar a remessa dos autosao Ministrio Pblico. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    2 Em seguida, os autos sero conclusosao juiz para deciso. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    Seo IIIDA PREPARAO DO PROCESSO

    PARA JULGAMENTO EM PLENRIO

    (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 422. Ao receber os autos, o presidente doTribunal do Jri determinar a intimao dorgo do Ministrio Pblico ou do querelante,

    no caso de queixa, e do defensor, para, no prazode 5 (cinco) dias, apresentarem rol de testemu-

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    nhas que iro depor em plenrio, at o mximode 5 (cinco), oportunidade em que podero jun-tar documentos e requerer diligncia. (Redaodada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 423. Deliberando sobre os requerimentosde provas a serem produzidas ou exibidas noplenrio do jri, e adotadas as providncias de-vidas, o juiz presidente: (Redao dada pela Lein 11.689, de 2008)

    I ordenar as diligncias necessrias parasanar qualquer nulidade ou esclarecer fatoque interesse ao julgamento da causa; (In-cludo pela Lei n 11.689, de 2008)

    II far relatrio sucinto do processo, de-terminando sua incluso em pauta da reu-nio do Tribunal do Jri. (Includo pela Lein 11.689, de 2008)

    Art. 424. Quando a lei local de organizaojudiciria no atribuir ao presidente do Tribunaldo Jri o preparo para julgamento, o juizcompetente remeter-lhe- os autos do processopreparado at 5 (cinco) dias antes do sorteio a

    que se refere o art. 433 deste Cdigo. (Redaodada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Pargrafo nico. Devero ser remetidos,tambm, os processos preparados at o en-cerramento da reunio, para a realizaode julgamento. (Redao dada pela Lei n11.689, de 2008)

    Seo IVDO ALISTAMENTO DOS JURADOS

    (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 425. Anualmente, sero alistadospelo presidente do Tribunal do Jri de 800(oitocentos) a 1.500 (um mil e quinhentos)

    jurados nas comarcas de mais de 1.000.000 (ummilho) de habitantes, de 300 (trezentos) a 700(setecentos) nas comarcas de mais de 100.000(cem mil) habitantes e de 80 (oitenta) a 400

    (quatrocentos) nas comarcas de menor popula-o. (Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    1 Nas comarcas onde for necessrio,poder ser aumentado o nmero de juradose, ainda, organizada lista de suplentes,depositadas as cdulas em urna especial,com as cautelas mencionadas na parte finaldo 3

    odo art. 426 deste Cdigo. (Includo

    pela Lei n 11.689, de 2008)

    2 O juiz presidente requisitar sautoridades locais, associaes de classee de bairro, entidades associativas eculturais, instituies de ensino em geral,universidades, sindicatos, repartiespblicas e outros ncleos comunitriosa indicao de pessoas que renam ascondies para exercer a funo de jurado.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 426. A lista geral dos jurados, com indicaodas respectivas profisses, ser publicada pelaimprensa at o dia 10 de outubro de cada anoe divulgada em editais afixados porta do Tri-bunal do Jri. (Redao dada pela Lei n 11.689,de 2008)

    1 A lista poder ser alterada, de ofcio ou

    mediante reclamao de qualquer do povoao juiz presidente at o dia 10 de novembro,data de sua publicao definitiva. (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    2 Juntamente com a lista, serotranscritos os arts. 436 a 446 deste Cdigo.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    3 Os nomes e endereos dos alistados,em cartes iguais, aps serem verificados

    na presena do Ministrio Pblico, deadvogado indicado pela Seo local daOrdem dos Advogados do Brasil e dedefensor indicado pelas DefensoriasPblicas competentes, permanecero guar-dados em urna fechada a chave, sob a res-ponsabilidade do juiz presidente. (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    4 O jurado que tiver integrado o Conselhode Sentena nos 12 (doze) meses que

    antecederem publicao da lista geral ficadela excludo. (Includo pela Lei n 11.689,de 2008)

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    5 Anualmente, a lista geral de juradosser, obrigatoriamente, completada.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    Seo VDO DESAFORAMENTO

    (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 427. Se o interesse da ordem pblicao reclamar ou houver dvida sobre aimparcialidade do jri ou a segurana pessoaldo acusado, o Tribunal, a requerimento do

    Ministrio Pblico, do assistente, do querelanteou do acusado ou mediante representaodo juiz competente, poder determinar odesaforamento do julgamento para outracomarca da mesma regio, onde no existamaqueles motivos, preferindo-se as mais prxi-mas. (Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    1 O pedido de desaforamento serdistribudo imediatamente e terpreferncia de julgamento na Cmara ou

    Turma competente. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    2 Sendo relevantes os motivosalegados, o relator poder determinar,fundamentadamente, a suspenso do

    julgamento pelo jri. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    3 Ser ouvido o juiz presidente, quandoa medida no tiver sido por ele solicitada.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    4 Na pendncia de recurso contra adeciso de pronncia ou quando efetivadoo julgamento, no se admitir o pedidode desaforamento, salvo, nesta ltimahiptese, quanto a fato ocorrido durante ouaps a realizao de julgamento anulado.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 428. O desaforamento tambm poderser determinado, em razo do comprovado

    excesso de servio, ouvidos o juiz presidente e aparte contrria, se o julgamento no puder ser

    realizado no prazo de 6 (seis) meses, contadodo trnsito em julgado da deciso de pronncia.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    1 Para a contagem do prazo referidoneste artigo, no se computar o tempo deadiamentos, diligncias ou incidentes deinteresse da defesa. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    2 No havendo excesso de servioou existncia de processos aguardando

    julgamento em quantidade que ultrapassea possibilidade de apreciao pelo Tribunaldo Jri, nas reunies peridicas previstas

    para o exerccio, o acusado poder requererao Tribunal que determine a imediatarealizao do julgamento. (Includo pela Lein 11.689, de 2008)

    Seo VIDA ORGANIZAO DA PAUTA

    (Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 429. Salvo motivo relevante que autorize

    alterao na ordem dos julgamentos, tero pre-ferncia: (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    I os acusados presos; (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    II dentre os acusados presos, aquelesque estiverem h mais tempo na priso;(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    III em igualdade de condies, os

    precedentemente pronunciados. (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    1 Antes do dia designado para o primeirojulgamento da reunio peridica, serafixada na porta do edifcio do Tribunal doJri a lista dos processos a serem julgados,obedecida a ordem prevista no caput desteartigo. (Redao dada pela Lei n 11.689, de2008)

    2 O juiz presidente reservar datas namesma reunio peridica para a incluso

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    de processo que tiver o julgamento adiado.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 430. O assistente somente ser admitido se

    tiver requerido sua habilitao at 5 (cinco) diasantes da data da sesso na qual pretenda atuar.(Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 431. Estando o processo em ordem, ojuiz presidente mandar intimar as partes, oofendido, se for possvel, as testemunhas e osperitos, quando houver requerimento, para asesso de instruo e julgamento, observan-do, no que couber, o disposto no art. 420 desteCdigo. (Redao dada pela Lei n 11.689, de

    2008)

    Seo VIIDO SORTEIO E DA CONVOCAO DOS

    JURADOS

    (Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 432. Em seguida organizao da pauta, ojuiz presidente determinar a intimao do Mi-nistrio Pblico, da Ordem dos Advogados do

    Brasil e da Defensoria Pblica para acompanha-rem, em dia e hora designados, o sorteio dos ju-rados que atuaro na reunio peridica. (Reda-o dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Art. 433. O sorteio, presidido pelo juiz, far-se-a portas abertas, cabendo-lhe retirar as cdulasat completar o nmero de 25 (vinte e cinco) ju-rados, para a reunio peridica ou extraordin-ria. (Redao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    1 O sorteio ser realizado entre o 15o

    (dcimo quinto) e o 10o(dcimo) dia til an-

    tecedente instalao da reunio. (Includopela Lei n 11.689, de 2008)

    2 A audincia de sorteio no ser adiadapelo no comparecimento das partes.(Includo pela Lei n 11.689, de 2008)

    3 O jurado no sorteado poder ter o seunome novamente includo para as reuniesfuturas. (Includo pela Lei n 11.689, de2008)

    Art. 434. Os jurados sorteados sero convoca-dos pelo correio ou por qualquer outro meiohbil para comparecer no dia e hora designadospara a reunio, sob as penas da lei. (Redaodada pela Lei n 11.689, de 2008)

    Pargrafo nico. No mesmo expediente deconvocao sero transcritos os arts. 436a 446 deste Cdigo. (Includo pela Lei n11.689, de 2008)

    Art. 435. Sero afixados na porta do edifciodo Tribunal do Jri a relao dos juradosconvocados, os nomes do acusado e dosprocuradores das partes, alm do dia, hora e

    local das sesses de instruo e julgamento.(Re-dao dada pela Lei n 11.689, de 2008)

    LEI N 9.099, DE 26 DE SETEMBRO DE1995.

    CAPTULO III

    DOS JUIZADOS ESPECIAIS CRIMINAISDISPOSIES GERAIS

    Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido porJuzes togados ou togados e leigos, tem compe-tncia para a conciliao, o julgamento e a exe-cuo das infraes penais de menor potencialofensivo. (Vide Lei n 10.259, de 2001)

    Art. 60. O Juizado Especial Criminal, provido por

    juzes togados ou togados e leigos, tem compe-tncia para a conciliao, o julgamento e a exe-cuo das infraes penais de menor potencialofensivo, respeitadas as regras de conexo econtinncia. (Redao dada pela Lei n 11.313,de 2006)

    Pargrafo nico. Na reunio de processos,perante o juzo comum ou o tribunal do jri,decorrentes da aplicao das regras de co-nexo e continncia, observar-se-o os ins-

    titutos da transao penal e da composiodos danos civis. (Includo pela Lei n 11.313,de 2006)

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    Art. 61. Consideram-se infraes penais de me-nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei,as contravenes penais e os crimes a que a leicomine pena mxima no superior a um ano,excetuados os casos em que a lei preveja proce-dimento especial. (Vide Lei n 10.259, de 2001)

    Art. 61. Consideram-se infraes penais de me-nor potencial ofensivo, para os efeitos desta Lei,as contravenes penais e os crimes a que a leicomine pena mxima no superior a 2 (dois)anos, cumulada ou no com multa. (Redaodada pela Lei n 11.313, de 2006)

    Art. 62. O processo perante o Juizado Especial

    orientar-se- pelos critrios da oralidade, infor-malidade, economia processual e celeridade,objetivando, sempre que possvel, a reparaodos danos sofridos pela vtima e a aplicao depena no privativa de liberdade.

    Seo IDA COMPETNCIA E DOS ATOS

    PROCESSUAIS

    Art. 63. A competncia do Juizado ser determi-

    nada pelo lugar em que foi praticada a infraopenal.

    Art. 64. Os atos processuais sero pblicos e po-dero realizar-se em horrio noturno e em qual-quer dia da semana, conforme dispuserem asnormas de organizao judiciria.

    Art. 65. Os atos processuais sero vlidos sem-pre que preencherem as finalidades para asquais foram realizados, atendidos os critrios

    indicados no art. 62 desta Lei. 1 No se pronunciar qualquer nulidadesem que tenha havido prejuzo.

    2 A prtica de atos processuais em outrascomarcas poder ser solicitada por qual-quer meio hbil de comunicao.

    3 Sero objeto de registro escrito exclusi-vamente os atos havidos por essenciais. Osatos realizados em audincia de instruo

    e julgamento podero ser gravados em fitamagntica ou equivalente.

    Art. 66. A citao ser pessoal e far-se- no pr-prio Juizado, sempre que possvel, ou por man-dado.

    Pargrafo nico. No encontrado o acusadopara ser citado, o Juiz encaminhar as peasexistentes ao Juzo comum para adoo doprocedimento previsto em lei.

    Art. 67. A intimao far-se- por correspondn-cia, com aviso de recebimento pessoal ou, tra-tando-se de pessoa jurdica ou firma individual,mediante entrega ao encarregado da recepo,que ser obrigatoriamente identificado, ou, sen-do necessrio, por oficial de justia, indepen-

    dentemente de mandado ou carta precatria,ou ainda por qualquer meio idneo de comuni-cao.

    Pargrafo nico. Dos atos praticados emaudincia considerar-se-o desde logo cien-tes as partes, os interessados e defensores.

    Art. 68. Do ato de intimao do autor do fato e do

    mandado de citao do acusado, constar a ne-

    cessidade de seu comparecimento acompanhado

    de advogado, com a advertncia de que, na suafalta, ser-lhe- designado defensor pblico.

    Seo IIDA FASE PRELIMINAR

    Art. 69. A autoridade policial que tomar conhe-cimento da ocorrncia lavrar termo circuns-tanciado e o encaminhar imediatamente aoJuizado, com o autor do fato e a vtima, provi-denciando-se as requisies dos exames peri-

    ciais necessrios.Pargrafo nico. Ao autor do fato que, apsa lavratura do termo, for imediatamen-te encaminhado ao Juizado ou assumir ocompromisso de a ele comparecer, no seimpor priso em flagrante, nem se exigirfiana.

    Pargrafo nico. Ao autor do fato que, apsa lavratura do termo, for imediatamente en-caminhado ao juizado ou assumir o compro-

    misso de a ele comparecer, no se imporpriso em flagrante, nem se exigir fiana.

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    Em caso de violncia domstica, o juiz po-der determinar, como medida de cautela,seu afastamento do lar, domiclio ou localde convivncia com a vtima. (Redao dadapela Lei n 10.455, de 13.5.2002))

    Art. 70. Comparecendo o autor do fato ea vtima, e no sendo possvel a realizaoimediata da audincia preliminar, serdesignada data prxima, da qual ambos sairocientes.

    Art. 71. Na falta do comparecimento de qual-quer dos envolvidos, a Secretaria providenciarsua intimao e, se for o caso, a do responsvel

    civil, na forma dos arts. 67 e 68 desta Lei.

    Art. 72. Na audincia preliminar, presente orepresentante do Ministrio Pblico, o autordo fato e a vtima e, se possvel, o responsvelcivil, acompanhados por seus advogados, o Juizesclarecer sobre a possibilidade da composiodos danos e da aceitao da proposta deaplicao imediata de pena no privativa deliberdade.

    Art. 73. A conciliao ser conduzida pelo Juizou por conciliador sob sua orientao.

    Pargrafo nico. Os conciliadores so auxi-liares da Justia, recrutados, na forma da leilocal, preferentemente entre bacharis emDireito, excludos os que exeram funesna administrao da Justia Criminal.

    Art. 74. A composio dos danos civis ser redu-zida a escrito e, homologada pelo Juiz mediantesentena irrecorrvel, ter eficcia de ttulo a ser

    executado no juzo civil competente.

    Pargrafo nico. Tratando-se de ao penalde iniciativa privada ou de ao penal pbli-ca condicionada representao, o acordohomologado acarreta a renncia ao direitode queixa ou representao.

    Art. 75. No obtida a composio dos danoscivis, ser dada imediatamente ao ofendido aoportunidade de exercer o direito de represen-

    tao verbal, que ser reduzida a termo.

    Pargrafo nico. O no oferecimento darepresentao na audincia preliminar noimplica decadncia do direito, que poderser exercido no prazo previsto em lei.

    Art. 76. Havendo representao ou tratando-sede crime de ao penal pblica incondicionada,no sendo caso de arquivamento, o MinistrioPblico poder propor a aplicao imediata depena restritiva de direitos ou multas, a ser espe-cificada na proposta.

    1 Nas hipteses de ser a pena de multa anica aplicvel, o Juiz poder reduzi-la at ametade.

    2 No se admitir a proposta se ficarcomprovado:

    I ter sido o autor da infrao condenado,pela prtica de crime, pena privativa deliberdade, por sentena definitiva;

    II ter sido o agente beneficiadoanteriormente, no prazo de cinco anos,pela aplicao de pena restritiva ou multa,nos termos deste artigo;

    III no indicarem os antecedentes, aconduta social e a personalidade do agente,bem como os motivos e as circunstncias,ser necessria e suficiente a adoo da me-dida.

    3 Aceita a proposta pelo autor dainfrao e seu defensor, ser submetida apreciao do Juiz.

    4 Acolhendo a proposta do MinistrioPblico aceita pelo autor da infrao, oJuiz aplicar a pena restritiva de direitos oumulta, que no importar em reincidncia,sendo registrada apenas para impedirnovamente o mesmo benefcio no prazo decinco anos.

    5 Da sentena prevista no pargrafoanterior caber a apelao referida no art.82 desta Lei.

    6 A imposio da sano de que trata o 4 deste artigo no constar de certido

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    de antecedentes criminais, salvo para osfins previstos no mesmo dispositivo, e noter efeitos civis, cabendo aos interessadospropor ao cabvel no juzo cvel.

    Seo IIIDO PROCEDIMENTO SUMARISSIMO

    Art. 77. Na ao penal de iniciativa pblica,quando no houver aplicao de pena, pela au-sncia do autor do fato, ou pela no ocorrnciada hiptese prevista no art. 76 desta Lei, o Mi-nistrio Pblico oferecer ao Juiz, de imediato,denncia oral, se no houver necessidade de di-ligncias imprescindveis.

    1 Para o oferecimento da denncia, queser elaborada com base no termo de ocor-rncia referido no art. 69 desta Lei, com dis-pensa do inqurito policial, prescindir-se-do exame do corpo de delito quando a ma-terialidade do crime estiver aferida por bo-letim mdico ou prova equivalente.

    2 Se a complexidade ou circunstncias docaso no permitirem a formulao da de-

    nncia, o Ministrio Pblico poder reque-rer ao Juiz o encaminhamento das peasexistentes, na forma do pargrafo nico doart. 66 desta Lei.

    3 Na ao penal de iniciativa do ofendidopoder ser oferecida queixa oral, cabendoao Juiz verificar se a complexidade e as cir-cunstncias do caso determinam a adoodas providncias previstas no pargrafo ni-co do art. 66 desta Lei.

    Art. 78. Oferecida a denncia ou queixa, serreduzida a termo, entregando-se cpia ao acu-sado, que com ela ficar citado e imediatamen-te cientificado da designao de dia e hora paraa audincia de instruo e julgamento, da qualtambm tomaro cincia o Ministrio Pblico, oofendido, o responsvel civil e seus advogados.

    1 Se o acusado no estiver presente, sercitado na forma dos arts. 66 e 68 desta Lei e

    cientificado da data da audincia de instru-o e julgamento, devendo a ela trazer suastestemunhas ou apresentar requerimento

    para intimao, no mnimo cinco dias antesde sua realizao.

    2 No estando presentes o ofendido e o

    responsvel civil, sero intimados nos ter-mos do art. 67 desta Lei para comparece-rem audincia de instruo e julgamento.

    3 As testemunhas arroladas sero intima-das na forma prevista no art. 67 desta Lei.

    Art. 79. No dia e hora designados para aaudincia de instruo e julgamento, se na fasepreliminar no tiver havido possibilidade detentativa de conciliao e de oferecimento de

    proposta pelo Ministrio Pblico, proceder-se-nos termos dos arts. 72, 73, 74 e 75 desta Lei.

    Art. 80. Nenhum ato ser adiado, determinandoo Juiz, quando imprescindvel, a conduo coer-citiva de quem deva comparecer.

    Art. 81. Aberta a audincia, ser dada a palavraao defensor para responder acusao, apso que o Juiz receber, ou no, a denncia ouqueixa; havendo recebimento, sero ouvidas avtima e as testemunhas de acusao e defesa,

    interrogando-se a seguir o acusado, se presente,passando-se imediatamente aos debates orais e prolao da sentena.

    1 Todas as provas sero produzidasna audincia de instruo e julgamento,podendo o Juiz limitar ou excluir as queconsiderar excessivas, impertinentes ouprotelatrias.

    2 De todo o ocorrido na audincia ser

    lavrado termo, assinado pelo Juiz e pelaspartes, contendo breve resumo dos fatosrelevantes ocorridos em audincia e asentena.

    3 A sentena, dispensado o relatrio,mencionar os elementos de convico doJuiz.

    Art. 82. Da deciso de rejeio da denncia ouqueixa e da sentena caber apelao, que po-der ser julgada por turma composta de trs Ju-zes em exerccio no primeiro grau de jurisdio,reunidos na sede do Juizado.

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    1 A apelao ser interposta no prazo dedez dias, contados da cincia da sentenapelo Ministrio Pblico, pelo ru e seu de-fensor, por petio escrita, da qual consta-ro as razes e o pedido do recorrente.

    2 O recorrido ser intimado para ofere-cer resposta escrita no prazo de dez dias.

    3 As partes podero requerer a transcri-o da gravao da fita magntica a que alu-de o 3 do art. 65 desta Lei.

    4 As partes sero intimadas da data dasesso de julgamento pela imprensa.

    5 Se a sentena for confirmada pelos pr-prios fundamentos, a smula do julgamen-to servir de acrdo.

    Art. 83. Cabero embargos de declarao quan-do, em sentena ou acrdo, houver obscurida-de, contradio, omisso ou dvida.

    1 Os embargos de declarao sero opos-tos por escrito ou oralmente, no prazo decinco dias, contados da cincia da deciso.

    2 Quando opostos contra sentena, osembargos de declarao suspendero oprazo para o recurso.

    3 Os erros materiais podem ser corrigi-dos de ofcio.

    Seo IVDA EXECUO

    Art. 84. Aplicada exclusivamente pena de multa,

    seu cumprimento far-se- mediante pagamentona Secretaria do Juizado.

    Pargrafo nico. Efetuado o pagamento, oJuiz declarar extinta a punibilidade, deter-minando que a condenao no fique cons-tando dos registros criminais, exceto parafins de requisio judicial.

    Art. 85. No efetuado o pagamento de multa,ser feita a converso em pena privativa da li-

    berdade, ou restritiva de direitos, nos termosprevistos em lei.

    Art. 86. A execuo das penas privativas de li-berdade e restritivas de direitos, ou de multacumulada com estas, ser processada perante orgo competente, nos termos da lei.

    Seo VDAS DESPESAS PROCESSUAIS

    Art. 87. Nos casos de homologao do acordocivil e aplicao de pena restritiva de direitosou multa (arts. 74 e 76, 4), as despesas pro-cessuais sero reduzidas, conforme dispuser leiestadual.

    Seo VI

    DISPOSIES FINAIS

    Art. 88. Alm das hipteses do Cdigo Penal eda legislao especial, depender de represen-tao a ao penal relativa aos crimes de lesescorporais leves e leses culposas.

    Art. 89. Nos crimes em que a pena mnimacominada for igual ou inferior a um ano,abrangidas ou no por esta Lei, o MinistrioPblico, ao oferecer a denncia, poder propor

    a suspenso do processo, por dois a quatroanos, desde que o acusado no esteja sendoprocessado ou no tenha sido condenado poroutro crime, presentes os demais requisitos queautorizariam a suspenso condicional da pena(art. 77 do Cdigo Penal).

    1 Aceita a proposta pelo acusado e seudefensor, na presena do Juiz, este, rece-bendo a denncia, poder suspender o pro-cesso, submetendo o acusado a perodo de

    prova, sob as seguintes condies:

    I reparao do dano, salvo impossibilidadede faz-lo;

    II proibio de freqentar determinadoslugares;

    III proibio de ausentar-se da comarcaonde reside, sem autorizao do Juiz;

    IV comparecimento pessoal e obrigatrio

    a juzo, mensalmente, para informar ejustificar suas atividades.

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    2 O Juiz poder especificar outras con-dies a que fica subordinada a suspenso,desde que adequadas ao fato e situaopessoal do acusado.

    3 A suspenso ser revogada se, no cursodo prazo, o beneficirio vier a ser processa-do por outro crime ou no efetuar, sem mo-tivo justificado, a reparao do dano.

    4 A suspenso poder ser revogada seo acusado vier a ser processado, no cursodo prazo, por contraveno, ou descumprirqualquer outra condio imposta.

    5 Expirado o prazo sem revogao, o Juizdeclarar extinta a punibilidade.

    6 No correr a prescrio durante o pra-zo de suspenso do processo.

    7 Se o acusado no aceitar a propostaprevista neste artigo, o processo prossegui-r em seus ulteriores termos.

    Art. 90. As disposies desta Lei no se aplicamaos processos penais cuja instruo j estiver

    iniciada. (Vide ADIN n 1.719-9)Art. 90-A. As disposies desta Lei no se apli-cam no mbito da Justia Militar. (Artigo inclu-do pela Lei n 9.839, de 27.9.1999)

    Art. 91. Nos casos em que esta Lei passa a exigirrepresentao para a propositura da ao penalpblica, o ofendido ou seu representante legalser intimado para oferec-la no prazo de trintadias, sob pena de decadncia.

    Art. 92. Aplicam-se subsidiariamente as disposi-es dos Cdigos Penal e de Processo Penal, noque no forem incompatveis com esta Lei.

    CAPTULO IVDISPOSIES FINAIS COMUNS

    Art. 93. Lei Estadual dispor sobre o Sistema deJuizados Especiais Cveis e Criminais, sua organi-

    zao, composio e competncia.

    Art. 94. Os servios de cartrio podero serprestados, e as audincias realizadas fora dasede da Comarca, em bairros ou cidades a elapertencentes, ocupando instalaes de prdiospblicos, de acordo com audincias previamen-te anunciadas.

    Art. 95. Os Estados, Distrito Federal e Territrioscriaro e instalaro os Juizados Especiais no pra-zo de seis meses, a contar da vigncia desta Lei.

    Pargrafo nico. No prazo de 6 (seis) me-ses, contado da publicao desta Lei, serocriados e instalados os Juizados EspeciaisItinerantes, que devero dirimir, priorita-

    riamente, os conflitos existentes nas reasrurais ou nos locais de menor concentraopopulacional. (Redao dada pela Lei n12.726, de 2012)

    Art. 96. Esta Lei entra em vigor no prazo de ses-senta dias aps a sua publicao.

    Art. 97. Ficam revogadas a Lei n 4.611, de 2 deabril de 1965 e a Lei n 7.244, de 7 de novembrode 1984.

    Braslia, 26 de setembro de 1995; 174 da Inde-pendncia e 107 da Repblica.

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    LEI N 11.340, DE 7 DE AGOSTO DE2006.

    Cria mecanismos para coibir a vio-

    lncia domstica e familiar con-

    tra a mulher, nos termos do 8odo

    art. 226 da Constituio Federal, da

    Conveno sobre a Eliminao de

    Todas as Formas de Discriminao

    contra as Mulheres e da Conveno

    Interamericana para Prevenir, Punir

    e Erradicar a Violncia contra a

    Mulher; dispe sobre a criao dos

    Juizados de Violncia Domstica e

    Familiar contra a Mulher; altera oCdigo de Processo Penal, o Cdigo

    Penal e a Lei de Execuo Penal; e d

    outras providncias.

    O PRESIDENTE DA REPBLICAFao saber queo Congresso Nacional decreta e eu sanciono aseguinte Lei:

    TTULO I

    DISPOSIES PRELIMINARES

    Art. 1 Esta Lei cria mecanismos para coibire prevenir a violncia domstica e familiarcontra a mulher, nos termos do 8

    o do art.

    226 da Constituio Federal, da Convenosobre a Eliminao de Todas as Formas deViolncia contra a Mulher, da ConvenoInteramericana para Prevenir, Punir e Erradicara Violncia contra a Mulher e de outros tratados

    internacionais ratificados pela RepblicaFederativa do Brasil; dispe sobre a criaodos Juizados de Violncia Domstica e Familiarcontra a Mulher; e estabelece medidas deassistncia e proteo s mulheres em situaode violncia domstica e familiar.

    Art. 2 Toda mulher, independentemente declasse, raa, etnia, orientao sexual, renda,cultura, nvel educacional, idade e religio,goza dos direitos fundamentais inerentes

    pessoa humana, sendo-lhe asseguradas asoportunidades e facilidades para viver sem

    violncia, preservar sua sade fsica e mental eseu aperfeioamento moral, intelectual e social.

    Art. 3 Sero asseguradas s mulheres as

    condies para o exerccio efetivo dos direitos vida, segurana, sade, alimentao, educao, cultura, moradia, ao acesso jus-tia, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, cida-dania, liberdade, dignidade, ao respeito e convivncia familiar e comunitria.

    1 O poder pblico desenvolver polticasque visem garantir os direitos humanosdas mulheres no mbito das relaesdomsticas e familiares no sentido de

    resguard-las de toda forma de negligncia,discriminao, explorao, violncia,crueldade e opresso.

    2 Cabe famlia, sociedade e ao poderpblico criar as condies necessrias parao efetivo exerccio dos direitos enunciadosno caput.

    Art. 4 Na interpretao desta Lei, seroconsiderados os fins sociais a que ela se destina

    e, especialmente, as condies peculiares dasmulheres em situao de violncia domstica efamiliar.

    TTULO II

    DA VIOLNCIA DOMSTICA E FAMILIARCONTRA A MULHER

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

    Art. 5 Para os efeitos desta Lei, configuraviolncia domstica e familiar contra a mulherqualquer ao ou omisso baseada no gneroque lhe cause morte, leso, sofrimentofsico, sexual ou psicolgico e dano moral oupatrimonial:

    I no mbito da unidade domstica, com-preendida como o espao de convvio per-manente de pessoas, com ou sem vnculo

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    familiar, inclusive as esporadicamente agre-gadas;

    II no mbito da famlia, compreendida

    como a comunidade formada por indivdu-os que so ou se consideram aparentados,unidos por laos naturais, por afinidade oupor vontade expressa;

    III em qualquer relao ntima de afeto, naqual o agressor conviva ou tenha convividocom a ofendida, independentemente de co-abitao.

    Pargrafo nico. As relaes pessoais enun-

    ciadas neste artigo independem de orienta-o sexual.

    Art. 6 A violncia domstica e familiar contraa mulher constitui uma das formas de violaodos direitos humanos.

    CAPTULO IIDAS FORMAS DE VIOLNCIA

    DOMSTICA E FAMILIAR CONTRA AMULHER

    Art. 7 So formas de violncia domstica efamiliar contra a mulher, entre outras:

    I a violncia fsica, entendida como qual-quer conduta que ofenda sua integridadeou sade corporal;

    II a violncia psicolgica, entendida comoqualquer conduta que lhe cause dano emo-

    cional e diminuio da auto-estima ou quelhe prejudique e perturbe o pleno desenvol-vimento ou que vise degradar ou controlarsuas aes, comportamentos, crenas e de-cises, mediante ameaa, constrangimen-to, humilhao, manipulao, isolamento,vigilncia constante, perseguio contumaz,insulto, chantagem, ridicularizao, explo-rao e limitao do direito de ir e vir ouqualquer outro meio que lhe cause prejuzo

    sade psicolgica e autodeterminao;

    III a violncia sexual, entendida comoqualquer conduta que a constranja a pre-senciar, a manter ou a participar de relaosexual no desejada, mediante intimidao,ameaa, coao ou uso da fora; que a in-duza a comercializar ou a utilizar, de qual-quer modo, a sua sexualidade, que a impe-a de usar qualquer mtodo contraceptivoou que a force ao matrimnio, gravidez,ao aborto ou prostituio, mediante coa-o, chantagem, suborno ou manipulao;ou que limite ou anule o exerccio de seusdireitos sexuais e reprodutivos;

    IV a violncia patrimonial, entendidacomo qualquer conduta que configure re-teno, subtrao, destruio parcial ou to-tal de seus objetos, instrumentos de traba-lho, documentos pessoais, bens, valores edireitos ou recursos econmicos, incluindoos destinados a satisfazer suas necessida-des;

    V a violncia moral, entendida como qual-quer conduta que configure calnia, difa-mao ou injria.

    TTULO III

    DA ASSISTNCIA MULHER EMSITUAO DE VIOLNCIA DOMSTICA E

    FAMILIAR

    CAPTULO IDAS MEDIDAS INTEGRADAS DE

    PREVENO

    Art. 8 A poltica pblica que visa coibir aviolncia domstica e familiar contra a mulherfar-se- por meio de um conjunto articulado deaes da Unio, dos Estados, do Distrito Federale dos Municpios e de aes no-governamen-tais, tendo por diretrizes:

    I a integrao operacional do Poder Judici-rio, do Ministrio Pblico e da Defensoria

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    Pblica com as reas de segurana pblica,assistncia social, sade, educao, traba-lho e habitao;

    II a promoo de estudos e pesquisas, es-tatsticas e outras informaes relevantes,com a perspectiva de gnero e de raa ouetnia, concernentes s causas, s conse-qncias e freqncia da violncia doms-tica e familiar contra a mulher, para a sis-tematizao de dados, a serem unificadosnacionalmente, e a avaliao peridica dosresultados das medidas adotadas;

    III o respeito, nos meios de comunicao

    social, dos valores ticos e sociais da pessoae da famlia, de forma a coibir os papis es-tereotipados que legitimem ou exacerbema violncia domstica e familiar, de acordocom o estabelecido no inciso III do art. 1

    o,

    no inciso IV do art. 3oe no inciso IV do art.

    221 da Constituio Federal;

    IV a implementao de atendimento po-licial especializado para as mulheres, emparticular nas Delegacias de Atendimento

    Mulher;

    V a promoo e a realizao de campa-nhas educativas de preveno da violnciadomstica e familiar contra a mulher, volta-das ao pblico escolar e sociedade em ge-ral, e a difuso desta Lei e dos instrumentosde proteo aos direitos humanos das mu-lheres;

    VI a celebrao de convnios, protocolos,

    ajustes, termos ou outros instrumentos depromoo de parceria entre rgos gover-namentais ou entre estes e entidades no--governamentais, tendo por objetivo a im-plementao de programas de erradicaoda violncia domstica e familiar contra amulher;

    VII a capacitao permanente das PolciasCivil e Militar, da Guarda Municipal, do Cor-po de Bombeiros e dos profissionais perten-

    centes aos rgos e s reas enunciados noinciso I quanto s questes de gnero e deraa ou etnia;

    VIII a promoo de programas educacio-nais que disseminem valores ticos de irres-trito respeito dignidade da pessoa huma-na com a perspectiva de gnero e de raaou etnia;

    IX o destaque, nos currculos escolaresde todos os nveis de ensino, para os con-tedos relativos aos direitos humanos, eqidade de gnero e de raa ou etnia e aoproblema da violncia domstica e familiarcontra a mulher.

    CAPTULO IIDA ASSISTNCIA MULHER EM

    SITUAO DE VIOLNCIA DOMSTICA EFAMILIAR

    Art. 9 A assistncia mulher em situao deviolncia domstica e familiar ser prestadade forma articulada e conforme os princpiose as diretrizes previstos na Lei Orgnica daAssistncia Social, no Sistema nico de Sade,

    no Sistema nico de Segurana Pblica, entreoutras normas e polticas pblicas de proteo,e emergencialmente quando for o caso.

    1 O juiz determinar, por prazo certo, aincluso da mulher em situao de violnciadomstica e familiar no cadastro deprogramas assistenciais do governo federal,estadual e municipal.

    2 O juiz assegurar mulher emsituao de violncia domstica e familiar,para preservar sua integridade fsica epsicolgica:

    I acesso prioritrio remoo quando ser-vidora pblica, integrante da administraodireta ou indireta;

    II manuteno do vnculo trabalhista,quando necessrio o afastamento do localde trabalho, por at seis meses.

    3 A assistncia mulher em situaode violncia domstica e familiarcompreender o acesso aos benefcios

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    decorrentes do desenvolvimento cientficoe tecnolgico, incluindo os servios decontracepo de emergncia, a profilaxiadas Doenas Sexualmente Transmissveis(DST) e da Sndrome da ImunodeficinciaAdquirida (AIDS) e outros procedimentosmdicos necessrios e cabveis nos casos deviolncia sexual.

    CAPTULO IIIDO ATENDIMENTO PELA AUTORIDADE

    POLICIAL

    Art. 10. Na hiptese da iminncia ou da prticade violncia domstica e familiar contra a mu-lher, a autoridade policial que tomar conheci-mento da ocorrncia adotar, de imediato, asprovidncias legais cabveis.

    Pargrafo nico. Aplica-se o disposto no ca-put deste artigo ao descumprimento de me-dida protetiva de urgncia deferida.

    Art. 11. No atendimento mulher em situao

    de violncia domstica e familiar, a autoridadepolicial dever, entre outras providncias:

    I garantir proteo policial, quando neces-srio, comunicando de imediato ao Minist-rio Pblico e ao Poder Judicirio;

    II encaminhar a ofendida ao hospital ouposto de sade e ao Instituto Mdico Legal;

    III fornecer transporte para a ofendida eseus dependentes para abrigo ou local se-guro, quando houver risco de vida;

    IV se necessrio, acompanhar a ofendidapara assegurar a retirada de seus pertencesdo local da ocorrncia ou do domiclio fami-liar;

    V informar ofendida os direitos a elaconferidos nesta Lei e os servios dispon-veis.

    Art. 12. Em todos os casos de violncia domsti-ca e familiar contra a mulher, feito o registro daocorrncia, dever a autoridade policial adotar,

    de imediato, os seguintes procedimentos, semprejuzo daqueles previstos no Cdigo de Pro-cesso Penal:

    I ouvir a ofendida, lavrar o boletim deocorrncia e tomar a representao a ter-mo, se apresentada;

    II colher todas as provas que servirempara o esclarecimento do fato e de suas cir-cunstncias;

    III remeter, no prazo de 48 (quarenta eoito) horas, expediente apartado ao juizcom o pedido da ofendida, para a conces-

    so de medidas protetivas de urgncia;IV determinar que se proceda ao examede corpo de delito da ofendida e requisitaroutros exames periciais necessrios;

    V ouvir o agressor e as testemunhas;

    VI ordenar a identificao do agressor efazer juntar aos autos sua folha de antece-dentes criminais, indicando a existncia demandado de priso ou registro de outras

    ocorrncias policiais contra ele;VII remeter, no prazo legal, os autos doinqurito policial ao juiz e ao Ministrio P-blico.

    1 O pedido da ofendida ser tomado atermo pela autoridade policial e deverconter:

    I qualificao da ofendida e do agressor;

    II nome e idade dos dependentes;III descrio sucinta do fato e das medidasprotetivas solicitadas pela ofendida.

    2 A autoridade policial dever anexar aodocumento referido no 1

    o o boletim de

    ocorrncia e cpia de todos os documentosdisponveis em posse da ofendida.

    3 Sero admitidos como meios deprova os laudos ou pronturios mdicos

    fornecidos por hospitais e postos de sade.

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    TTULO IV

    Dos Procedimentos

    CAPTULO IDISPOSIES GERAIS

    Art. 13. Ao processo, ao julgamento e execu-o das causas cveis e criminais decorrentes daprtica de violncia domstica e familiar contraa mulher aplicar-se-o as normas dos Cdigosde Processo Penal e Processo Civil e da legisla-o especfica relativa criana, ao adolescente

    e ao idoso que no conflitarem com o estabele-cido nesta Lei.

    Art. 14. Os Juizados de Violncia Domstica eFamiliar contra a Mulher, rgos da Justia Or-dinria com competncia cvel e criminal, pode-ro ser criados pela Unio, no Distrito Federal enos Territrios, e pelos Estados, para o proces-so, o julgamento e a execuo das causas decor-rentes da prtica de violncia domstica e fami-liar contra a mulher.

    Pargrafo nico. Os atos processuais pode-ro realizar-se em horrio noturno, confor-me dispuserem as normas de organizao

    judiciria.

    Art. 15. competente, por opo da ofendida,para os processos cveis regidos por esta Lei, oJuizado:

    I do seu domiclio ou de sua residncia;

    II do lugar do fato em que se baseou a de-manda;

    III do domiclio do agressor.

    Art. 16. Nas aes penais pblicas condiciona-das representao da ofendida de que trataesta Lei, s ser admitida a renncia repre-sentao perante o juiz, em audincia especial-mente designada com tal finalidade, antes dorecebimento da denncia e ouvido o Ministrio

    Pblico.

    Art. 17. vedada a aplicao, nos casos de vio-lncia domstica e familiar contra a mulher, depenas de cesta bsica ou outras de prestaopecuniria, bem como a substituio de penaque implique o pagamento isolado de multa.

    CAPTULO IIDAS MEDIDAS PROTETIVAS DE

    URGNCIA

    Seo IDISPOSIES GERAIS

    Art. 18. Recebido o expediente com o pedido daofendida, caber ao juiz, no prazo de 48 (qua-renta e oito) horas:

    I conhecer do expediente e do pedido edecidir sobre as medidas protetivas de ur-gncia;

    II determinar o encaminhamento daofendida ao rgo de assistncia judiciria,quando for o caso;

    III comunicar ao Ministrio Pblico paraque adote as providncias cabveis.

    Art. 19. As medidas protetivas de urgncia po-dero ser concedidas pelo juiz, a requerimentodo Ministrio Pblico ou a pedido da ofendida.

    1 As medidas protetivas de urgnciapodero ser concedidas de imediato,independentemente de audincia das

    partes e de manifestao do MinistrioPblico, devendo este ser prontamentecomunicado.

    2 As medidas protetivas de urgncia seroaplicadas isolada ou cumulativamente, epodero ser substitudas a qualquer tempopor outras de maior eficcia, sempre queos direitos reconhecidos nesta Lei foremameaados ou violados.

    3 Poder o juiz, a requerimento do

    Ministrio Pblico ou a pedido da ofendida,conceder novas medidas protetivas de

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    urgncia ou rever aquelas j concedidas,se entender necessrio proteo daofendida, de seus familiares e de seupatrimnio, ouvido o Ministrio Pblico.

    Art. 20. Em qualquer fase do inqurito policialou da instruo criminal, caber a priso pre-ventiva do agressor, decretada pelo juiz, de of-cio, a requerimento do Ministrio Pblico oumediante representao da autoridade policial.

    Pargrafo nico. O juiz poder revogar apriso preventiva se, no curso do processo,verificar a falta de motivo para que subsista,bem como de novo decret-la, se sobrevie-

    rem razes que a justifiquem.

    Art. 21. A ofendida dever ser notificada dosatos processuais relativos ao agressor, especial-mente dos pertinentes ao ingresso e sada dapriso, sem prejuzo da intimao do advogadoconstitudo ou do defensor pblico.

    Pargrafo nico. A ofendida no poder en-tregar intimao ou notificao ao agressor.

    Seo IIDAS MEDIDAS PROTETIVAS DEURGNCIA QUE OBRIGAM O

    AGRESSOR

    Art. 22. Constatada a prtica de violncia do-mstica e familiar contra a mulher, nos termosdesta Lei, o juiz poder aplicar, de imediato, aoagressor, em conjunto ou separadamente, as se-guintes medidas protetivas de urgncia, entreoutras:

    I suspenso da posse ou restrio do por-te de armas, com comunicao ao rgocompetente, nos termos da Lei n 10.826,de 22 de dezembro de 2003;

    II afastamento do lar, domiclio ou local deconvivncia com a ofendida;

    III proibio de determinadas condutas,entre as quais:

    a) aproximao da ofendida, de seus fami-liares e das testemunhas, fixando o limite

    mnimo de distncia entre estes e o agres-sor;

    b) contato com a ofendida, seus familiares

    e testemunhas por qualquer meio de comu-nicao;

    c) frequentao de determinados lugares afim de preservar a integridade fsica e psico-lgica da ofendida;

    IV restrio ou suspenso de visitas aosdependentes menores, ouvida a equipe deatendimento multidisciplinar ou servio si-milar;

    V prestao de alimentos provisionais ouprovisrios.

    1 As medidas referidas neste artigo noimpedem a aplicao de outras previstas nalegislao em vigor, sempre que a seguranada ofendida ou as circunstncias o exigirem,devendo a providncia ser comunicada aoMinistrio Pblico.

    2 Na hiptese de aplicao do inciso I,

    encontrando-se o agressor nas condiesmencionadas no capute incisos do art. 6da Lei n 10.826, de 22 de dezembro de2003, o juiz comunicar ao respectivo r-go, corporao ou instituio as medidasprotetivas de urgncia concedidas e deter-minar a restrio do porte de armas, fican-do o superior imediato do agressor respon-svel pelo cumprimento da determinao

    judicial, sob pena de incorrer nos crimes deprevaricao ou de desobedincia, confor-

    me o caso.

    3 Para garantir a efetividade das medidasprotetivas de urgncia, poder o juizrequisitar, a qualquer momento, auxlio dafora policial.

    4 Aplica-se s hipteses previstas nesteartigo, no que couber, o disposto no caput enos 5 e 6 do art. 461 da Lei no 5.869, de11 de janeiro de 1973 (Cdigo de Processo

    Civil).

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    Seo IIIDAS MEDIDAS PROTETIVAS DE

    URGNCIA OFENDIDA

    Art. 23. Poder o juiz, quando necessrio, semprejuzo de outras medidas:

    I encaminhar a ofendida e seus depen-dentes a programa oficial ou comunitriode proteo ou de atendimento;

    II determinar a reconduo da ofendida ea de seus dependentes ao respectivo domi-clio, aps afastamento do agressor;

    III determinar o afastamento da ofendidado lar, sem prejuzo dos direitos relativos abens, guarda dos filhos e alimentos;

    IV determinar a separao de corpos.

    Art. 24. Para a proteo patrimonial dos bens dasociedade conjugal ou daqueles de propriedadeparticular da mulher, o juiz poder determinar,liminarmente, as seguintes medidas, entre ou-tras:

    I restituio de bens indevidamente sub-trados pelo agressor ofendida;

    II proibio temporria para a celebraode atos e contratos de compra, venda e lo-cao de propriedade em comum, salvo ex-pressa autorizao judicial;

    III suspenso das procuraes conferidaspela ofendida ao agressor;

    IV prestao de cauo provisria, me-

    diante depsito judicial, por perdas e danosmateriais decorrentes da prtica de violn-cia domstica e familiar contra a ofendida.

    Pargrafo nico. Dever o juiz oficiar aocartrio competente para os fins previstosnos incisos II e III deste artigo.

    CAPTULO IIIDA ATUAO DO MINISTRIO PBLICO

    Art. 25. O Ministrio Pblico intervir, quandono for parte, nas causas cveis e criminais de-correntes da violncia domstica e familiar con-tra a mulher.

    Art. 26. Caber ao Ministrio Pblico, sem pre-juzo de outras atribuies, nos casos de violn-cia domstica e familiar contra a mulher, quan-do necessrio:

    I requisitar fora policial e servios pbli-cos de sade, de educao, de assistncia

    social e de segurana, entre outros;

    II fiscalizar os estabelecimentos pblicose particulares de atendimento mulher emsituao de violncia domstica e familiar,e adotar, de imediato, as medidas adminis-trativas ou judiciais cabveis no tocante aquaisquer irregularidades constatadas;

    III cadastrar os casos de violncia doms-tica e familiar contra a mulher.

    CAPTULO IV

    DA ASSISTNCIA JUDICIRIA

    Art. 27. Em todos os atos processuais, cveis ecriminais, a mulher em situao de violncia do-mstica e familiar dever estar acompanhadade advogado, ressalvado o previsto no art. 19desta Lei.

    Art. 28. garantido a toda mulher em situaode violncia domstica e familiar o acesso aosservios de Defensoria Pblica ou de AssistnciaJudiciria Gratuita, nos termos da lei, em sedepolicial e judicial, mediante atendimento espe-cfico e humanizado.

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    TTULO V

    DA EQUIPE DE ATENDIMENTO

    MULTIDISCIPLINARArt. 29. Os Juizados de Violncia Domstica eFamiliar contra a Mulher que vierem a ser cria-dos podero contar com uma equipe de atendi-mento multidisciplinar, a ser integrada por pro-fissionais especializados nas reas psicossocial,

    jurdica e de sade.

    Art. 30. Compete equipe de atendimento mul-tidisciplinar, entre outras atribuies que lheforem reservadas pela legislao local, fornecersubsdios por escrito ao juiz, ao Ministrio P-blico e Defensoria Pblica, mediante laudosou verbalmente em audincia, e desenvolvertrabalhos de orientao, encaminhamento, pre-veno e outras medidas, voltados para a ofen-dida, o agressor e os familiares, com especialateno s crianas e aos adolescentes.

    Art. 31. Quando a complexidade do caso exigiravaliao mais aprofundada, o juiz poder de-terminar a manifestao de profissional espe-cializado, mediante a indicao da equipe deatendimento multidisciplinar.

    Art. 32. O Poder Judicirio, na elaborao desua proposta oramentria, poder prever re-cursos para a criao e manuteno da equipede atendimento multidisciplinar, nos termos daLei de Diretrizes Oramentrias.

    TTULO VIDisposies Transitrias

    Art. 33. Enquanto no estruturados os Juizadosde Violncia Domstica e Familiar contra a Mu-lher, as varas criminais acumularo as compe-tncias cvel e criminal para conhecer e julgar ascausas decorrentes da prtica de violncia do-mstica e familiar contra a mulher, observadasas previses do Ttulo IV desta Lei, subsidiada

    pela legislao processual pertinente.

    Pargrafo nico. Ser garantido o direito depreferncia, nas varas criminais, para o pro-cesso e o julgamento das causas referidasno caput.

    TTULO VII

    Disposies Finais

    Art. 34. A instituio dos Juizados de ViolnciaDomstica e Familiar contra a Mulher poderser acompanhada pela implantao das curado-rias necessrias e do servio de assistncia judi-

    ciria.Art. 35. A Unio, o Distrito Federal, os Estados eos Municpios podero criar e promover, no li-mite das respectivas competncias:

    I centros de atendimento integral e multi-disciplinar para mulheres e respectivos de-pendentes em situao de violncia doms-tica e familiar;

    II casas-abrigos para mulheres e respecti-

    vos dependentes menores em situao deviolncia domstica e familiar;

    III delegacias, ncleos de defensoria p-blica, servios de sade e centros de perciamdico-legal especializados no atendimen-to mulher em situao de violncia do-mstica e familiar;

    IV programas e campanhas de enfrenta-mento da violncia domstica e familiar;

    V centros de educao e de reabilitaopara os agressores.

    Art. 36. A Unio, os Estados, o Distrito Federal eos Municpios promovero a adaptao de seusrgos e de seus programas s diretrizes e aosprincpios desta Lei.

    Art. 37. A defesa dos interesses e direitos tran-sindividuais previstos nesta Lei poder ser exer-cida, concorrentemente, pelo Ministrio Pblico

    e por associao de atuao na rea, regular-

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    mente constituda h pelo menos um ano, nostermos da legislao civil.

    Pargrafo nico. O requisito da pr-cons-

    tituio poder ser dispensado pelo juizquando entender que no h outra entida-de com representatividade adequada parao ajuizamento da demanda coletiva.

    Art. 38. As estatsticas sobre a violncia doms-tica e familiar contra a mulher sero includasnas bases de dados dos rgos oficiais do Siste-ma de Justia e Segurana a fim de subsidiar osistema nacional de dados e informaes relati-vo s mulheres.

    Pargrafo nico. As Secretarias de Seguran-a Pblica dos Estados e do Distrito Federalpodero remeter suas informaes crimi-nais para a base de dados do Ministrio daJustia.

    Art. 39. A Unio, os Estados, o Distrito Federal eos Municpios, no limite de suas competnciase nos termos das respectivas leis de diretrizesoramentrias, podero estabelecer dotaes

    oramentrias especficas, em cada exercciofinanceiro, para a implementao das medidasestabelecidas nesta Lei.

    Art. 40. As obrigaes previstas nesta Lei noexcluem outras decorrentes dos princpios porela adotados.

    Art. 41. Aos crimes praticados com violncia do-mstica e familiar contra a mulher, independen-temente da pena prevista, no se aplica a Lei n

    o

    9.099, de 26 de setembro de 1995.

    Art. 42. O art. 313 do Decreto-Lei no3.689, de 3

    de outubro de 1941 (Cdigo de Processo Penal),passa a vigorar acrescido do seguinte inciso IV:

    Art. 313. .................................................

    ................................................................

    IV se o crime envolver violncia domsticae familiar contra a mulher, nos termos da leiespecfica, para garantir a execuo das me-

    didas protetivas de urgncia. (NR)

    Art. 43. A alnea f do inciso II do art. 61 do De-creto-Lei n

    o2.848, de 7 de dezembro de 1940

    (Cdigo Penal), passa a vigorar com a seguinteredao:

    Art. 61. ..................................................

    .................................................................

    II ............................................................

    .................................................................

    f) com abuso de autoridade ou prevalecen-do-se de relaes domsticas, de coabita-o ou de hospitalidade, ou com violncia

    contra a mulher na forma da lei especfica;........................................................ (NR)

    Art. 44. O art. 129 do Decreto-Lei n 2.848, de7 de dezembro de 1940 (Cdigo Penal), passa avigorar com as seguintes alteraes:

    Art. 129. ..................................................

    ..................................................................

    9 Se a leso for praticada contra

    ascendente, descendente, irmo, cnjugeou companheiro, ou com quem conviva outenha convivido, ou, ainda, prevalecendo--se o agente das relaes domsticas, de co-abitao ou de hospitalidade:

    Pena deteno, de 3 (trs) meses a 3 (trs)anos.

    ..................................................................

    11. Na hiptese do 9

    o

    deste artigo, apena ser aumentada de um tero se ocrime for cometido contra pessoa portadorade deficincia. (NR)

    Art. 45. O art. 152 da Lei no7.210, de 11 de julho

    de 1984 (Lei de Execuo Penal), passa a vigorarcom a seguinte redao:

    Art. 152. ...................................................

    Pargrafo nico. Nos casos de violncia do-

    mstica contra a mulher, o juiz poder de-terminar o comparecimento obrigatrio do

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    agressor a programas de recuperao e ree-ducao. (NR)

    Art. 46. Esta Lei entra em vigor 45 (quarenta e

    cinco) dias aps sua publicao.

    Braslia, 7 de agosto de 2006; 185o da

    Independncia e 118oda Repblica.

    JURISPRUDNCIA DO SUPREMOTRIBUNAL FEDERAL

    INFORMATIVO N 654

    TTULO

    Lei Maria da Penha e ao penalcondicionada representao 1

    PROCESSO

    ADI - 4424

    ARTIGO

    Em seguida, o Plenrio, por maioria, julgou pro-cedente ao direta, proposta pelo ProcuradorGeral da Repblica, para atribuir interpreta-o conforme a Constituio aos artigos 12,I; 16 e 41, todos daLei 11.340/2006, e assen-tar a natureza incondicionada da ao penalem caso de crime de leso corporal, praticadomediante violncia domstica e familiar contraa mulher. Preliminarmente, afastou-se alega-

    o do Senado daRepblica segundo a qual aao direta seria imprpria, visto que a Cons-tituio no versaria a n