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Direito Previdenciário Semestre ano 2015 aluno James Martins Prof. Fábio Martins FUNDAMENTO LEGAL Artigo 203,V, da CF/88 Lei 8.742/96. Decreto 1744/95 CONCEITO É o benefício da assistência social no valor de 1 salário mínimo pago a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovar não possuir meios de prover à própria manutenção ou tê-la provida por sua família. Também conhecido como Renda Mensal Vitalícia. BENEFICIÁRIOS Deficiente, Idoso PONTOS ESPECÍFICOS a) Exame médico pericial; b) Revisão; c) Benefício Personalíssimo; d) Pagamento a mais de uma pessoa da mesma família e) A renda per capita1/4 do mínimo L.O.A.S. BENEFICIÁRIOS DO RGPS Beneficiário é toda pessoa física que recebe ou possa vir a receber alguma prestação previdenciária (benefício ou serviço) da Previdência Social. Desta forma a pessoa jurídica esta excluída do rol dos beneficiários. Contudo, a pessoa jurídica é considerada como contribuinte do RGPS. Contribuinte é todo aquele sobre o qual recai a obrigação tributária, sendo eles (no RGPS), por força do artigo 195 da Carta Magna.

Direito Previdenciário 8 Semestre 2015

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Resumo de matéria de Direito Previdenciário.

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Direito Previdenciário 8º Semestre ano 2015 aluno James Martins Prof. Fábio Martins

FUNDAMENTO LEGAL

Artigo 203,V, da CF/88

Lei 8.742/96.

Decreto 1744/95

CONCEITO

É o benefício da assistência social no valor de 1 salário mínimo pago a pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovar não possuir meios de prover à própria manutenção ou tê-la provida por sua família. Também conhecido como Renda Mensal Vitalícia.

BENEFICIÁRIOS

Deficiente, Idoso

PONTOS ESPECÍFICOS

a) Exame médico pericial;

b) Revisão;

c) Benefício Personalíssimo;

d) Pagamento a mais de uma pessoa da mesma família

e) A renda per capita1/4 do mínimo

L.O.A.S.

BENEFICIÁRIOS DO RGPS

Beneficiário é toda pessoa física que recebe ou possa vir a receber alguma prestação previdenciária (benefício ou serviço) da Previdência Social. Desta forma a pessoa jurídica esta excluída do rol dos beneficiários.

Contudo, a pessoa jurídica é considerada como contribuinte do RGPS. Contribuinte é todo aquele sobre o qual recai a obrigação tributária, sendo eles (no RGPS), por força do artigo 195 da Carta Magna.

Ao beneficiários da previdência social são os Segurados (obrigatórios e facultativos) e os dependentes.

Da Filiação

Filiação do Segurado:

é o vínculo que se estabelece entre pessoas que contribuem para a previdência social e esta, do qual decorrem direitos e obrigações.

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A filiação à previdência social DECORRE AUTOMATICAMENTE do exercício de atividade remunerada para os segurados obrigatórios e da inscrição formalizada com o pagamento da primeira contribuição para o segurado facultativo.

Nota: A anotação na CTPS valerá para todos os efeitos como prova da efetiva filiação à Previdência Social nos moldes do artigo 19 do Decreto 3048/99

Da Inscrição

Da Inscrição

Inscrição do Segurado: é o ato pelo qual o segurado É CADASTRADO no Regime Geral de Previdência Social, mediante comprovação dos dados pessoais e de outros elementos necessários e úteis a sua caracterização, na seguinte forma:

SEGURADOS

SEGURADOS

FUNDAMENTO LEGAL:

Artigos 11 da Lei 8.213/91, 12 da Lei 8.212/91 c/c artigos 9º e 11 do Decreto 3.048/99

CONCEITO:

É Segurado da Previdência Social nos termos do artigo 9º e seguintes do Decreto n. 3048/99, de forma compulsória, a pessoa física, que exerce atividade remunerada, efetiva ou eventual, de natureza urbana ou rural, com ou sem vínculo de emprego, a título precário ou não como aquele que a lei define como tal, observadas, quando for o caso, as exceções previstas no texto legal, ou exerceu alguma atividade das mencionadas acima, no período imediatamente anterior ao chamado “período de graça”.

SEGURADOS

A inscrição do segurado em qualquer categoria EXIGE a idade mínima de 16 anos.

Todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao Regime Geral de Previdência Social será obrigatoriamente inscrito em relação a cada uma delas.

A anotação na CTPS VALE para todos os efeitos como prova de filiação à previdência social, relação de emprego, tempo de serviço e salário-de-contribuição, podendo, em caso de dúvida, ser exigida pelo INSS a apresentação dos documentos que serviram de base à anotação.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS

Segurado Aposentado

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O aposentado que voltar a exercer atividade abrangida pela RGPS, é seu segurado obrigatório, com todos os deveres mais sem os direitos (apenas salário família e a reabilitação profissional).

Dependentes:Artigo 16, Lei 8.213/91, 16, Decreto 3.048/99, e 14 a 23, IN 95/03

Os dependentes dos segurados não efetuam inscrição prévia no INSS, devendo dirigir-se às agências da Previdência Social, com essa finalidade, apenas no momento do requerimento do benefício a que tiver direito. Os dependentes arrolados na primeira classe terão prioridade na inscrição, seguidos pelo da segunda e por último os de terceira classe.

DEPENDENTES

Benefícios recebidos pelos dependentes a) pensão por morte

b) auxílio reclusão

Critérios para estabelecer dependência a) econômico

b) familiar

Dependentes de 1ª Classe

a) cônjuge

b) companheiro (a)

c) filhos menores de 21 anos não antecipados

d) filhos inválidos de qualquer idade

Dependentes de 2 ª Classe

a) pai

b) mãe

Dependentes de 3 ª Classe

a) irmãos menores de 21 anos não-emancipados

b) irmãos inválidos de qualquer idade

Regras básicas:

a) Classe superior exclui a inferior

b) Participantes de uma mesma Classe concorrem entre si

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c) Dependente que perde a condição de dependente tem o valor de seu benefício distribuído aos restantes.

Primeira Classe:

O cônjuge pode ser marido ou mulher;

A companheira ou companheiro, casal que vive em união estável, inclui aqui os parceiros homossexuais.

Ex- marido ou ex-mulher que recebam pensão alimentícia fixada judicialmente.

Filhos menores de 21 anos, desde que não emancipados.

Filho inválido de qualquer idade.

Equiparados a filhos, menor tutelado ou enteado. (nesses casos, são necessária declaração escrita do segurado, comprovação de dependência econômica e no caso de tutela o respectivo termo).

A Súmula 336 do STJ dirimiu uma controvérsia a cerca da mulher divorciada: “A mulher que renunciou os alimentos na separação judicial tem direito à pensão previdenciária por morte do ex-marido, comprovada a necessidade econômica superveniente”.

Segunda Classe: Os pais desde que comprovem a dependência econômica.

Terceira Classe:

Irmão menor de 21 anos, não emancipado, desde que comprove dependência econômica.

Irmão inválido, de qualquer idade, devendo a incapacidade ser atestada por perícia médica do INSS, desde que comprove a dependência econômica.

DEPENDENTES

Comprovação do vínculo e da dependência econômica – art. 22, § 3°do Decreto 3048/99 – no mínimo 3 (três) dos seguintes documentos:

a) Certidão de nascimento do filho havido em comum;

b) Certidão de casamento religioso

c) Declaração de imposto de renda do segurado em que conste o interessado como dependente

d) Disposições testamentárias

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e) Anotações constantes na CTPS, feita por órgão competente

f) Declaração especial feito por tabelião

g) Prova de mesmo domicílio

h) Procuração ou fiança reciprocamente outorgada

i) Conta bancária conjunta

j) Quaisquer outros documentos que possam levar à convicção do fato que se quer provar

Caso exista dependentes da mesma categoria, o benefício será dividido em partes iguais.

A concessão da pensão por morte não será protelada pela falta de habilitação de outro possível dependente, e qualquer habilitação posterior que importe inclusão ou exclusão de dependente somente produzirá efeito a partir da data da habilitação.

Nota-se que a inscrição do dependente só é cabível no ato do requerimento do benefício, impossível a conversão automática do benefício para pensão por morte.

A pensão por morte somente será devida ao dependente inválido se a invalidez for comprovada por perícia médica na data do óbito do segurado.

O dependente menor de idade que se invalidar antes de completar 21 anos deverá ser submetido a exame médico-pericial, não se extinguindo a respectiva cota, se confirmada à invalidez.

O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa:

1. Pela morte do pensionista.

2. Para o pensionista menor de idade, ao completar 21 anos, salvo se for inválido, ou pela emancipação, ainda que inválido, exceto, nesse caso, se a emancipação for decorrente de colação de grau científico em curso de ensino superior.

3. Para o pensionista inválido, pela cessação da invalidez verificada em exame pericial a cargo da Previdência Social.

4. Pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos.

Manutenção e Perda da Qualidade de Segurado

Período de Graça:

1. Sem limite de prazo para quem está em gozo de benefício;

2. Até 12 meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela previdência social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração.

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3. Até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória.

4. Até 12 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso.

5. Até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar.

6. Até 6 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

O prazo para a manutenção da qualidade de segurado daquele que cessou contribuições por desemprego ou por interrupção da atividade laboral pode ser prorrogado para até 24 meses, se o trabalhador já tiver pago mais de 120 contribuições mensais sem interrupção que acarrete perda da qualidade de segurado (art. 15, § 2º, da LB). Esses prazos poderão ainda ser acrescidos de mais 12 (doze) meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. (art. 15, § 2º, da LB).

“Período de graça”

O período de graça não contará para carência, nem como tempo de contribuição.

Neste período a pessoa se manterá segurada do RGPS com todos os seus direitos preservados inclusive o direito de seus dependentes.

O segurado recluso mantém a qualidade de segurado durante o período de cumprimento da pena, independente de contribuição, até 12 meses após o livramento, para a busca de novo emprego.

Após o período de graça, com a perda da qualidade de segurado, as contribuições anteriores a essa data só serão computadas para efeito de carência depois que o segurado contar, a partir de uma nova filiação à Previdência Social, com no mínimo, um terço do número de contribuições exigidas para o cumprimento da carência relativa ao benefício a ser requerido (artigo 24 p ú, da Lei 8.213/91).

(ESAF) Não é filiado obrigatório ao RGPS, na qualidade de segurado empregado:

a) Aquele que presta serviço de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter não eventual, com subordinação e mediante remuneração;

b) O contratado em caráter permanente em Conselho, Ordem ou Autarquia de Fiscalização do exercício de atividade profissional;

c) O menor aprendiz, com idade de 14 a 24 anos, sujeito a formação técnica profissional metódica;

d) O trabalhador temporário contratado por empresa de trabalho temporário para atender necessidade transitória de substituição de seu pessoal regular e permanente ou à acréscimo extraordinário de serviços;

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e) O carregador de bagagem em porto, que presta serviços sem subordinação nem horário fixo, mas sob remuneração, a diversos, com a intermediação obrigatória do sindicato da categoria ou OGMO;

Não é segurado facultativo da Previdência Social:

a) A Dona de casa;

b) Síndico de condomínio, quando não remunerado;

c) Aquele que deixou de ser Segurado Obrigatório da Previdência Social;

d) Pessoa participante de regime próprio de previdência;

e) O bolsista que se dedique em tempo integral à pesquisa;

Contribuição dos Segurados empregados, domésticos e avulsos

1 salário mínimo até R$ 1.317,07 - 8,00 %

De 1.317,08 a R$ 2.195,12 - 9,00 %

De R$ 2.195,13 até R$ 4.390,24 - 11,00%

Qualquer que seja o tipo de segurado o salário-de-contribuição não poderá ser superior ao teto máximo fixado mediante portaria da Previdência Social, expedida sempre que for alterado o valor dos benefícios (artigo 28, § 5º, do PCSS e artigo 214, § 5º, do RPS).

O § 2º do art. 12 do PCSS determina que “todo aquele que exercer, concomitantemente, mais de uma atividade remunerada sujeita ao RGPS é obrigatoriamente filiado em relação a cada uma delas”. Essa disposição tem reflexo no custeio e no cômputo de tempo de contribuição.

Contribuinte Individual e facultativo:

Os segurados contribuinte individual e facultativo contribuem com uma alíquota de 20%, aplicada, também, sobre o respectivo salário-de-contribuição, observados os limites mínimo e máximo.

A lei complementar 123/06, conhecida como Lei do Supersimples, criou um regime especial de contribuição destinado aos contribuintes individuais e facultativos, atualmente previsto no parágrafo 2º do art. 21 da lei 8212/91, nesses termos:

No caso de opção pela exclusão de direito ao benefício de aposentadoria por tempo de contribuição, a alíquota de contribuição incidente sobre o limite mínimo mensal do salário-de-contribuição será de 11%.

Segurado Especial

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A alíquota de contribuição do segurado especial é de 2,0% da receita bruta, proveniente da comercialização da sua produção (art.25, I, da lei 8.212/91). Acresce-se a esta o percentual de 0,1% para o custeio das prestações por acidente do trabalho (art. 25, II). No total, a contribuição do segurado especial para a previdência social é de 2,1%.

Salário de Benefício

CONCEITO

O salário de benefício é o valor básico usado para o cálculo da renda mensal inicial (RMI), dos principais benefícios previdenciários.

É a importância apurada a partir dos salários de contribuição do segurado. Mas não há correspondência absoluta entre o valor do salário de benefício e o valor do benefício, pois este último resulta de nova apuração aritmética.

Previsão Legal

Artigo 28 da Lei 8.213/91

Salário de Benefício

Tabela de cálculo do Benefício

CÁLCULO DA RMI NO TEMPO

Calculando os Benefícios

1. Apurar o Período Básico de Cálculo (PBC)

2. Apurar o Tempo de Contribuição (nem sempre é necessário, dependendo do tipo do benefício)

3. Apurar os Salários de Contribuição do PBC

4. Atualizar os Salários de Contribuição Encontrados

5. Calcular o Salário de Benefício (SB)

6. Calcular a RMI

CÁLCULO DA RMI NO TEMPO

Fator Previdenciário

Fator Previdenciário é uma fórmula matemática atuarial, criada com base no Princípio do Equilíbrio Econômico Atuarial, com o intenção de desestimular aposentadorias precoces.

CÁLCULO DA RMI NO TEMPO

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Calculando os Benefícios

Fator Previdenciário

f = Tc x a x [ 1+ (Id + Tc x a) ]

Es 100

f = Fator Previdenciário

Es = Expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria

Tc = Tempo de Contribuição até o momento da aposentadoria

Id = Idade no momento da aposentadoria

a = Alíquota de contribuição correspondente a 0,31

Obs.: (art. 29, § 9º da Lei 8.213/91)

Aposentadoria por Invalidez

Art. 42 e ss da Lei 8.213/91;

Devido ao segurado que estiver ou não em gozo do auxílio-doença for considerado incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência e ser-lhe-á paga enquanto permanecer nessa condição;

Aposentadoria por Invalidez

Carência: 12 contribuições mensais;

Em caso de acidente de qualquer natureza é dispensada a carência, bem como doenças especificadas em lista do Ministério da Saúde e Previdência Social a cada três anos;

Independe de carência a concessão das seguintes prestações:

tuberculose ativa;

hanseníase;

alienação mental;

neoplasia maligna;

cegueira;

paralisia irreversível e incapacitante;

cardiopatia grave;

doença de Parkinson;

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espondiloartrose anquilosante;

nefropatia grave;

estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante);

Síndrome da Imunodeficiência Adquirida-AIDS;

contaminação por radiação com base em conclusão da medicina especializada;

hepatopatia grave.

Aposentadoria por Invalidez

A concessão do benefício dependerá da verificação da condição da incapacidade mediante exame médico-pericial.

O benefício não exige a incapacidade laboral absoluta, mas aquela que impede a continuidade do trabalho realizado pelo segurado em exame.

Aposentadoria por Invalidez

Doença preexistente não confere direito à Aposentadoria, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento.

Empregado: Será devida ao cessar o auxílio-doença; a contar do 16º dia do afastamento; ou da data do requerimento se da data do afastamento e a entrada do requerimento decorrerem mais de 30 dias.

Doméstico, Avulso, Individual, Especial e Facultativo: Data da incapacidade ou do requerimento, se entre essas datas decorrerem mais de 30 dias;

Aposentadoria por Invalidez

Valor: 100% do salário de benefício

Grande Invalidez: Segurado que necessita de assistência permanente de outra pessoa.

Decreto 3048/99: Cegueira total, perda de nove dedos das mãos ou superior a esta; paralisia de dois membros superiores ou inferiores, doença que exija permanência continua no leito; incapacidade permanente para atividades da vida diária, entre outros.

Valor da aposentadoria será acrescido de 25%

Grande Invalidez: acréscimo de 25%

A N E X O I

1. Cegueira total.

2. Perda de nove dedos das mãos ou superior a esta.

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3. Paralisia dos dois membros superiores ou inferiores.

4. Perda dos membros inferiores, acima dos pés, quando a prótese for impossível.

5. Perda de uma das mãos e de dois pés, ainda que a prótese seja possível.

6. Perda de um membro superior e outro inferior, quando a prótese for impossível.

7. Alteração das faculdades mentais com grave perturbação da vida orgânica e social.

8. Doença que exija permanência contínua no leito.

9. Incapacidade permanente para as atividades da vida diária.

Aposentadoria por Invalidez

Cessação:

Retorno voluntário ao trabalho;

Reaquisição da capacidade laborativa, sendo que o segurado em gozo do benefício está obrigado a submeter-se periodicamente a exame médico a cargo da previdência, bem como processo de reabilitação profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirúrgico e a transfusão de sangue.

Artigo 475 da CLT:

"O empregado que for aposentado por invalidez terá suspenso o seu contrato de trabalho durante prazo fixado pelas leis de previdência social para a efetivação do benefício.

§ 1º - Recuperando o empregado a capacidade para o trabalho e sendo a aposentadoria cancelada, ser-lhe-á assegurado o direito à função que ocupava ao tempo da aposentadoria, facultado, porém, ao empregador, o direito de indenizá-lo por rescisão do contrato de trabalho, nos termos do art. 477 e 478, salvo na hipótese de ser ele portador de estabilidade, quando a indenização deverá ser paga na forma do art. 497.

§ 2º - Se o empregador houver admitido substituto para o aposentado, poderá rescindir, com este, o respectivo contrato de trabalho, sem indenização, desde que tenha havido ciência da interinidade ao ser celebrado o contrato."

Súmula nº 160 do TST

APOSENTADORIA POR INVALIDEZ (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003

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Cancelada a aposentadoria por invalidez, mesmo após cinco anos, o trabalhador terá direito de retornar ao emprego, facultado, porém, ao empregador, indenizá-lo na forma da lei (ex-Prejulgado nº 37).

Aposentadoria por Invalidez

Mensalidade de recuperação:

Dentro de 5 anos:

Empregado: tem direito de retornar a função que desempenhava na empresa;

Demais: Tantos meses quantos forem os anos de duração do benefício.

Recuperação parcial ou após 5 anos:

6 meses de valor integral;

Mais 6 meses com redução de 50%;

Mais 6 meses com redução de 75%.

"Art. 47. Verificada a recuperação da capacidade de trabalho do aposentado por invalidez, será observado o seguinte procedimento:

I - quando a recuperação ocorrer dentro de 5 anos, contados da data do início da aposentadoria por invalidez ou do auxílio-doença que a antecedeu sem interrupção, o benefício cessará:

a) de imediato para o segurado empregado que tiver direito de retornar à função que desempenhava na empresa quando se aposentou, na forma da legislação trabalhista, valendo como documento, para tal fim, o certificado de capacidade fornecido pela Previdência Social; ou

b) após tantos meses quantos forem os anos de duração do auxílio-doença ou da aposentadoria por invalidez para os demais segurados;

II - quando a recuperação for parcial, ou ocorrer após o período do inciso I, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exercício de trabalho diverso do qual habitualmente exercia, a aposentadoria será mantida, sem prejuízo da volta à atividade:

a) no seu valor integral durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperação da capacidade;

b) com redução de 50%, no período seguinte dos 6 meses;

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c) com redução de 75% também por período de 6 meses, ao término do qual cessará definitivamente."

Aposentadoria por Idade

65 anos – Homem

60 anos – Mulher

Reduzido em 5 anos o limite para trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

Aposentadoria por Idade

Art. 201, §7º, II da CF e arts 48 e ss da Lei 8.213/91.

O trabalhador deve comprovar o efetivo exercício de atividade rural, ainda que de forma descontínua no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício, por tempo igual ao número de meses de contribuição correspondente à carência do benefício.

Aposentadoria por Idade

Carência: 180 contribuições mensais.

Não é necessário a manutenção da qualidade de segurado para fins de concessão do benefício desde que o segurado conte com no mínimo o tempo de contribuição exigido para efeito de carência.

Aposentadoria por Idade

Risco Social coberto: Idade avançada (perda ou diminuição da capacidade laboral).

Data de início do benefício:

a) Do Desligamento do emprego: Quando requerido até 90 dias após o desligamento.

b) Do Requerimento: Quando não houver desligamento ou requerido após o prazo anterior.

Aposentadoria por Idade

Valor do benefício:

70% do salário de benefício mais 1% deste por grupo de 12 contribuições, não podendo ultrapassar 100% do salário de benefício.

Assim, um segurado que tiver 180 contribuições mensais terá a RMI calculada da seguinte forma: 70% + 15% (180 contribuições :12=15) = 85%

Aposentadoria por Idade

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Aposentadoria Compulsória:

Pode ser requerida pela empresa, desde que o segurado empregado tenha cumprido o período de carência e completado 70 anos de idade (homem) e 65 (mulher), caso em que será garantida a indenização prevista na legislação trabalhista.

Aposentadoria por Idade

Da não ruptura do Contrato de Trabalho:

Ao ter deferido seu pedido de aposentadoria pelo INSS, o trabalhador tem automaticamente extinto seu contrato de trabalho ou não?

OJ 177 SDI 1: Extingue sem multa de 40% do FGTS.

STF: tem decidido que a concessão de aposentadoria não implica extinção do Contrato de Trabalho