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Direito Processual. 3º ano TSJ Albertina Nobre 2. Vícios e reforma das decisões judiciais

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Editada a sentença (ou o despacho ou o acórdão de recurso) fica imediatamente esgotado o poder jurisdicional do juiz quanto à matéria da causa.

Artº666º nº1

O juiz não pode por sua iniciativa alterar a sentença quer na parte

da decisão quer na parte dos fundamentos.

Mesmo que esteja convencido de que errou ou que a sua decisão violou a lei.

A decisão torna-se intangível para o seu autor.

Matéria da ca

usa

O princípio do auto-esgotamento do poder jurisdicional encontra-se na necessidade de assegurar a estabilidade das decisões dos tribunais.

2.1. Extinção do poder jurisdicional

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

O juiz continua a ter competência para resolver incidentes e questões que surjam no desenvolvimento posterior do processo, desde que não se repercutam na sentença ou despacho que proferiu.

Artº666º nº1

EX: é a ele que compete apreciar o requerimento de interposição do recurso contra a sua decisão e a praticar os actos necessários para a sua expedição para o tribunal superior.

O princípio do auto-esgotamento do poder jurisdicional encontra-se na necessidade de assegurar a estabilidade das decisões dos tribunais.

Excepções – artº 666º nº2

2.1. Extinção do poder jurisdicional

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Para certos defeitos da sentença a lei admite que seja o próprio juiz a corrigi-la. É uma especial prorrogação do poder jurisdicional do juiz

Artº666º nº1

Só quando os vícios não se possam corrigir desta forma é que se faz apelo a outra solução – recurso para tribunal hierarquicamente superior.

2.1. Extinção do poder jurisdicional

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Os defeitos da sentença podem ser corrigidos:

Artº666º nº1

Pelo próprio juiz que a editou;

Por um tribunal diferente;

Aperfeiçoamento da sentença que se realiza por excepcional prorrogação do poder jurisdicional do juiz que proferiu a sentença defeituosa;

Os recursos, meios de impugnação tendentes a obter a reformação da sentença por outros julgadores.

2.1. Extinção do poder jurisdicional

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

A decisão considera-se transitada em julgado, nos termos artº677º, quando já não seja susceptível de recurso ordinário ou de reclamação visando o seu aperfeiçoamento nos termos artº668º e 669º.

Artº666º nº1

O aperfeiçoamento da decisão judicial concretiza-se através dos remédios constantes no nº2 artº 666º:

Rectificação de erros materiais;

Suprimento de nulidades;

Esclarecimento de dúvidas existentes;

Reforma da decisão;

2.1. Extinção do poder jurisdicional

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Defeitos materiais:

a) Omissão do nome das partes;

2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

b) Omissão quanto a custas;

c) Erros de escrita ou de cálculo;

d) Quaisquer inexactidões devidas a outra omissão ou lapso manifesto;

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Defeitos materiais:

a) Omissão do nome das partes;

2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

Quando o juiz no seu relatório se esquece de identificar o autor ou o réu ou ambos (nº1 artº659º)

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Defeitos materiais:

2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

Quando o juiz não se pronuncia sobre a responsabilidade dos litigantes pelas custas (nº1 artº446º)

b) Omissão quanto a custas;

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Defeitos materiais:

2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

c) Erros de escrita ou de cálculo;

Identificam-se com os referidos no artº 249º CC a respeito do negócio jurídico. Tanto estes erros como as inexactidões devidas a outra omissão ou lapso manifesto pressupõem que a vontade declarada na sentença não corresponde à vontade real do juiz.

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

Defeitos materiais:

2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

c) Erros de escrita ou de cálculo;

Sempre que a vontade declarada seja desconforme à vontade real, pode o juiz proceder ao seu ajustamento, mediante rectificação.Ex: o juiz depois de julgar a acção procedente, com base nos fundamentos que expôs, o juiz acaba por absolver o réu do pedido;Ex: o juiz depois de indicar os valores dos diversos danos parcelares, em acção de responsabilidade civil, num total de 5000€, o juiz fixa a soma em 4000€.;

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

Erros materiais Erros de julgamento

Quando o juiz escreveu coisa diversa do que queria escrever, quando o teor da sentença ou despacho não coincide com o que o juiz tinha em mente, ou seja quando a vontade declarada diverge da vontade real.

O juiz disse o que queria dizer, mas decidiu mal, decidiu contra a lei expressa ou contra os factos apurados. Está errado o julgamento. Ainda que a seguir se convença que errou o juiz não pode socorrer-se do artº667º para emendar o erro.Para a correcção dos

erros materiais a lei prevê a

rectificação

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2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

A rectificação pode resultar do requerimento de qualquer das partes ou da iniciativa do juiz.

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2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

Quanto ao momento para a sua realização há que distinguir:

•Da decisão foi interposto recurso;•Da decisão não foi interposto recurso;

A rectificação só pode ocorrer antes de o recurso subir (artº667º nº2)

A rectificação pode acontecer a todo o tempo (artº667ºnº3)

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2.2.Rectificação de erros materiais;

Artº667º nº1

Tribunal competente para a rectificação:

•O órgão que proferiu a decisão onde teve lugar a omissão, erro ou inexactidão: o juiz singular ou o tribunal colectivo.

A rectificação faz-se por simples despacho, não sendo necessário que o juiz reelabore toda a decisão emendada ou completada.

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2.2.Rectificação de erros materiais;

Tribunal competente para a rectificação:

•As decisões proferidas na 2ª instância (artº716º nº1) e no Supremo (artº732º) são igualmente susceptíveis de serem rectificadas com base em erros materiais.

A rectificação compete:

•à conferência (artº716º nº2) ou

•ao relator (artº700ºnº1 alínea f),

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2.3. Esclarecimento de dúvidas

Aclaração ou esclarecimento de dúvidas existentes na sentença constitui uma excepção à regra da vinculação do órgão jurisdicional à sua decisão.

Não se trata de impugnar o julgamento proferido pelo juiz nem de questionar a sua actividade, mas antes de fazer corresponder a expressão formal da decisão ao que o juiz quis efectivamente dizer ou fazer.

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2.3. Esclarecimento de dúvidas

A aclaração justifica-se perante:

Artº669º nº1 alínea a)

Não se entende o pensamento do legislador

Comporta mais do que um sentido

Não se sabe o que o juiz quis dizer.

Hesita-se entre dois sentidos diferentes e porventura opostos.

•Obscuridade •Ambiguidade da decisão ou dos seus fundamentos.

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2.3. Esclarecimento de dúvidas

A aclaração pode ser requerida em relação:

À decisão;

Aos fundamentos;

Artº 669ºnº1 a)

Não pode haver aclaração de decisão aclaratória (artº677º)

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2.3. Esclarecimento de dúvidas

Cabendo recurso da decisão o requerimento de esclarecimento de alguma obscuridade ou ambiguidade é sempre feito na alegação (artº669º nº3):

E o juiz deve conhecer dele quando da admissão do recurso (artº670ºnº5)

Artº 669ºnº1 a)

Como o recurso passa a ter por objecto a nova decisão o recorrente tem 10 dias para dele desistir ou alargar ou restringir o seu âmbito, em conformidade com a alteração sofrida (artº670ºnº3).

O recorrido pode responder a tal alteração no mesmo prazo (artº670ºnº3). Ou então recorrer da sentença aclarada se a aclaração o colocou na posição de vencido. (artº670ºnº4).

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recurso

A sentença é nula:

a) Quando não contenha a assinatura do juiz;

Artº 668ºnº1

b) Quando não especifique os fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão;

c) Quando os fundamentos estejam em oposição com a decisão;

d) Quando o juiz deixe de pronunciar-se sobre questões que devesse apreciar ou conheça de questões de que não podia tomar conhecimento;

e) Quando condene em quantidade superior ou em objecto diverso do pedido;

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recurso

A sentença é nula:

nulidades da sentença (668º e 716º)

Artº 668ºnº1

Nulidades do processo ( artº193º e sgs.);

Nulidades judiciais ou adjectivas

Nulidades substantivas (artº285ºe sgsCC)

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recurso

nulidades da sentença (668º e 716º)

Artº 668ºnº1

Nulidades do processo ( artº193º e sgs.);

Desvios ao formalismo processual, quer por se praticar um acto proibido, quer por se omitir a prática de um acto, quer por se realizar um acto imposto mas sem o formalismo requerido.

Resultam da violação da lei processual por parte do juiz ao proferir alguma decisão, situando-se no âmbito restrito da elaboração de decisões judiciais, desde que essa violação preencha um dos casos previstos nº1 artº668º.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recurso

A sentença é nula:

a) Quando não contenha a assinatura do juiz;

Artº 668ºnº1

É uma infracção à regra do artº 157º, sendo a assinatura um dos requisitos externos da sentença ou despacho.

O suprimento desta nulidade deve ser suscitado oficiosamente ou requerido por qualquer das partes, enquanto for possível recolher a assinatura do juiz que lavrou a sentença.

Para suprir a nulidade o juiz apõe a sua assinatura declarando no processo a data em que o fez (668ºnº2)

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

Artº 668ºnº1

b) Quando não especifique os fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão;

As decisões judiciais devem ser fundamentadas (artº205ºCRP e artº158º)A falta de motivação susceptível de integrar a nulidade da sentença é apenas a que se reporta à falta absoluta de fundamentos quer respeitem aos factos quer ao direito.

A motivação incompleta ou deficiente ou errada não produz nulidade, apenas afecta o valor doutrinal da sentença e sujeitando-a ao risco de ser revogada ou alterada quando apreciada em recurso.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

Artº 668ºnº1

b) Quando não especifique os fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão;

As decisões judiciais devem ser fundamentadas (artº205ºCRP e artº158º)

Falta de fundamentos de facto

É necessário que o juiz omita totalmente a especificação dos factos que considera provados.

Falta de fundamentos de direito

O juiz não tem que apreciar todas as razões juridicas invocadas pelas partes, se bem que não esteja dispensado de resolver todas as questões por elas suscitadas;Não o tem de o juiz indicar as disposições legais em que baseia a sua decisão, bastando que mencione as regras e os princípios jurídicos que a apoiam.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

Artº 668ºnº1

b) Quando não especifique os fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão;

As decisões judiciais devem ser fundamentadas (artº205ºCRP e artº158º)

Falta de fundamentos de direito

Não é nula a sentença que se firme em fundamentos de direito não invocados pelas partes (664º 1ª parte), nem a que sem referir o disposto nos artºs408º, nº1 879º a) , e 1317ºa) do CC, se limite a afirmar que a propriedade sobre determinada coisa se transfere por mero efeito do contrato de compra e venda.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

b) Quando não especifique os fundamentos de facto e de direito que justificam a decisão;

As decisões judiciais devem ser fundamentadas (artº205ºCRP e artº158º)

A fundamentação visa:

Persuadir os interessados da correcção da solução legal encontrada;

Elucidar as partes sobre as razões que não obtiveram ganho de causa, para as puderem impugnar perante tribunal superior;

Desde que a sentença admita recurso, para que este tribunal possa apreciar as razões no momento do julgamento.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

c) Quando os fundamentos estejam em oposição com a decisão;

668ºnº1 c)

A construção da sentença é viciosa, uma vez que os fundamentos referidos pelo juiz conduziriam a uma decisão de sentido oposto ou, de sentido diferente.

Simples erro materialO juiz escreveu coisa diferente do que queria dizer

O juiz escreveu o que queria escrever, só que o seu raciocínio se revela contraditório.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

c) Quando os fundamentos estejam em oposição com a decisão;

668ºnº1 c)

A construção da sentença é viciosa, uma vez que os fundamentos referidos pelo juiz conduziriam a uma decisão de sentido oposto ou, de sentido diferente.Ex: O juiz numa acção de responsabilidade civil, dá-se como

provado que um menor de 5 anos danificou com uma pedra um veículo automóvel estacionado na rua e apesar de os pais não terem provado que cumpriram o seu dever de vigilância ou que o dano teria acontecido mesmo que cumprissem esse dever, o juiz absolve-os do pedido apesar de os ter considerado responsáveis pela lesão cometida nos termos 491ºCC.

O juiz escreveu o que queria escrever, só que o seu raciocínio se revela contraditório.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

d) Quando o juiz deixe de pronunciar-se sobre questões que devesse apreciar ou conheça de questões de que não podia tomar conhecimento;

A omissão de pronúncia traduz-se na circunstância de o juiz se não pronunciar sobre questões que devesse apreciar (artº668º nº1 d) e 1ª parte do nº2 artº660º)

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

d) Quando o juiz deixe de pronunciar-se sobre questões que devesse apreciar ou conheça de questões de que não podia tomar conhecimento;

Questões a apreciar

Razões ou fundamentos invocados pelas partes

O juiz não tem de se pronunciar sobre todos os argumentos evocados pelas partes

O juiz tem de conhecer e resolver a questão posta pelas partes

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

d) Quando o juiz deixe de pronunciar-se sobre questões que devesse apreciar ou conheça de questões de que não podia tomar conhecimento;

Ex. se numa acção de despejo, para além do pedido de despejo, fundado na falta de residência permanente, o autor solicitar uma indemnização, a sentença que decrete o despejo requerido sem nada dizer sobre a indemnização padece de nulidade de omissão de pronúncia.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

d) Quando o juiz deixe de pronunciar-se sobre questões que devesse apreciar ou conheça de questões de que não podia tomar conhecimento;

À pronúncia indevida refere-se a 2ª parte da alínea d) do nº1 do artº668º e consiste em o juiz conhecer de questões de que não podia tomar conhecimento.

É a nulidade relacionada com a 2ª parte do nº2 artº660º onde se proíbe o juiz de ocupar-se de questões que as partes não tenham suscitado, a menos que a lei lho permita ou lhe imponha o conhecimento oficioso.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

d) Quando o juiz deixe de pronunciar-se sobre questões que devesse apreciar ou conheça de questões de que não podia tomar conhecimento;

Ex: numa acção de despejo, a sentença condenar o réu no pagamento de indemnização, sem que o autor tenha solicitado tal condenação.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

e) Quando condene em quantidade superior ou em objecto diverso do pedido;

Há condenação ilegal se :

•a sentença condenar em quantidade superior;

•ou em objecto diverso do pedido, (alínea e) do nº1 artº668º)

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

e) Quando condene em quantidade superior ou em objecto diverso do pedido;

Há condenação ilegal se :

•a sentença condenar em quantidade superior;

Ex:Se a sentença condenar ao pagamento de 30000€ de indemnização sendo que o autor da acção apenas pedia 25000€

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

e) Quando condene em quantidade superior ou em objecto diverso do pedido;

Há condenação ilegal se :

Ex:Se em acção de cumprimento, for pedido o pagamento das prestações em dívida e a sentença decretar a resolução do contrato.

•ou em objecto diverso do pedido, (alínea e) do nº1 artº668º)

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoA sentença é nula:

e) Quando condene em quantidade superior ou em objecto diverso do pedido;

Esta nulidade resulta da violação da regra constante do nº1 artº661º sobre os limites da condenação.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoRegime da arguição das nulidades

As nulidades mencionadas no nº1 artº 668º estão sujeitas a um duplo regime:

Não admitindo a decisão recurso ordinário

As nulidades só podem ser arguidas perante o tribunal que a proferiu

Admitindo a decisão recurso ordinário

O tribunal superior conhece das nulidades imputadas à sentença, por via do recurso.

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2.4. Suprimento de nulidades da sentença e do acórdão de recursoRegime da arguição das nulidades

O juiz pode suprir as nulidades da sentença quando arguidas como fundamento do recurso dela interposto. E deve fazê-lo em despacho a proferir simultaneamente com o que admitir o recurso e ordenar a respectiva subida (artº670º nºs1 e 5)

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2.5. Reforma da decisão

Reforma de custas e multa

Face ao disposto no artº669ºnº1 b), se a decisão for ilegal quanto a custas e multa, ou só quanto a custas ou só quanto a multa, pode qualquer das partes requerer a sua reforma ao tribunal que a proferiu.

Omissão da decisão quanto custas que se remedeia por simples despacho, a requerimento de qalquer das partes. Ou por iniciativa do juiz, nos termos nº1 artº667º

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2.5. Reforma da decisão

Reforma de custas e multa

A reforma da sentença quanto a custas e multa é um verdadeiro recurso, uma vez que se impugna a decisão proferida, com base em erro de julgamento, por incorrecta aplicação ou interpretação do direito aplicável, e se pretende a sua substituição por outra conforme à lei.

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2.5. Reforma da decisão

Reforma de custas e multa

Cabendo recurso da sentença, o pedido de reforma quanto a custas e multa deve ser feito na alegação (artº669º nº3). E o juiz deve conhecer desse pedido quando do despacho que admita o recurso e ordene a respectiva subida (670º nº5)

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3º ano TSJAlbertina Nobre

2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Reforma de custas e multa

Transitada em julgado a decisão final, compete ao tribunal que funcionou em 1ª instância elaborar a conta do processo (50º Ccustas judiciais), que abrange as custas da acção, dos incidentes e dos recursos, com excepção das custas de parte e da procuradoria, salvo nos casos em que os mesmos devem fazer parte da conta(53ºnº1), com observância das regras artº56º C.C.judiciais. Contadas as custas deve a conta ser notificada aos interessados e respectivos mandatários para efeito de reclamação, recebimento ou pagamento.(59ºnº1 ccj)

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Direito Processual

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Reforma de custas e multa

OficiosamenteA requerimento do MPA requerimento dos interessados

O juiz mandará reformar a conta , caso ela desrespeite as disposições legais.(60ºnº1CCJ)

Havendo reclamação da conta, o contador pronuncia-se no prazo de 5 dias e depois o processo vai com vista ao MP e o juiz decidirá (61º nº1 CCJ)

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Reforma de custas e multa

Reforma da decisão - no pedido de reforma de custas o acto procede do juiz, que condenou injustamente a parte no pagamento das custas ou numa determinada proporção destas

Reclamação da conta – destina-se a atacar a conta por ter havido erro na sua elaboração. O acto atacado é do contador(oficial de justiça)

Erro na contagem

Erro no julgamento

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Reforma do mérito da decisão judicial

O artº669º nº2 prevê ainda uma nova situação de reforma da decisão judicial por erro de julgamento, ora respeitante ao mérito da causa.

Esta reforma pode ocorrer tanto quando, por manifesto lapso do juiz, o erro se reporta:

a uma questão de direito a uma questão de facto

Ex: ocorreu erro na determinação da lei aplicável ou na qualificação jurídica dos factos

Ex: quando do processo constam documentos ou outro meio de prova plena que, só por si, impliquem decisão diversa da proferida.

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Reforma do mérito da decisão judicial

O artº669º nº2

Este tipo de reforma só pode ter lugar quando não caiba recurso da decisão.Havendo lugar a recurso, o pedido de reforma integrará o objecto do recurso..

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Reforma do mérito da decisão judicial

O artº669º nº2

A possibilidade de reforma da decisão de mérito, a pedido das partes, pode também ocorrer nos tribunais de recurso, nos mesmos termos da 1ª instância (artº716º a 732º)

O tribunal de revista poderá ser confrontado com um pedido de reforma da sua decisão, por manifesto lapso na determinação da norma aplicável ou na qualificação jurídica dos factos.

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Reforma do mérito da decisão judicial

O artº669º nº2

O pedido de reforma é feito através de requerimento autónomo, sobre o qual será ouvido a parte contrária, para depois o juiz decidir (artº670º nº1)

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2. Vícios e reforma das decisões judiciais

2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

O artº670º cuida da forma por que se processa o suprimento dos vícios e a reforma da sentença.

É aplicável às seguintes situações:

a) Suprimento das nulidades previstas nas alíneas b) a e) do nº1 do artº668º;b) Aclaração de qualquer obscuridade ou ambiguidade;

c) Reforma quanto a custas e multa;

d) Reforma do mérito da decisão;

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2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

O incidente inicia-se com o requerimento a apresentar pela parte interessada no prazo de 10 dias a contar da notificação da decisão irrregular, perante o tribunal que a proferiu.(artº153º)

artº670º

Segue-se a audiência da parte contrária, independentemente de despacho, por 10 dias (artº153º e artº3º nº3)

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2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

Depois o juiz decide, indeferindo o requerimento ou emitindo despacho a corrigir o vício, a aclarar ou a reformar a sentença (artº670ºnº1)

artº670º

Não há recurso do despacho de indeferimento (artº670ºnº2).)

A decisão que deferir considera-se complemento e parte integrante da sentença (artº670ºnº1, 2ª parte).)

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2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

Nos casos de suprimento das nulidades previstas nas alíneas b) a e) do nº1 artº668º e das reformas quanto a custas e multa e ao mérito da decisão, de duas uma:

artº670º

•Ou o juiz desatende o pedido, por simples despacho, e a sentença fica tal como foi proferida;(artº670ºnº2).)

•Ou o juiz julga o pedido procedente. Neste caso a sentença reveste a natureza de sentença complementar e vai suprir a nulidade ou emendar o erro de julgamento da primeira sentença.

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2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

Tanto o pedido de suprimento de nulidades como o de esclarecimento de de alguma obscuridade ou ambiguidade e o da reforma quanto a custas e multa, só podem ser objecto do incidente contemplado no artº670º se a decisão não admitir recurso (artº668ºnº4 e 669º).

artº670º

Admitindo recurso será nas alegações do recurso que os interessados formularão as suas pretensões para julgamento pelo tribunal superior.

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2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

Em simultâneo com o despacho que admite o recurso e ordena a

respectiva subida, emitirá outro para indeferir o requerimento ou

para suprir as nulidades da sentença, aclará-la ou reformá-la quanto a custas e multa (artº670º nºs 1 e 5)

artº670º

Se suprir, aclarar ou reformar a sentença, o recurso passa a ter por objecto a nova decisão; daí poder o recorrente, no prazo de 10 dias, desistir do recurso, alargá-lo ou restringi-lo em conformidade com a alteração sofrida, enquanto o recorrido, no mesmo prazo, pode responder a tal alegação(670ºnº3)

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2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

Se a sentença, depois de aclarada, corrigida ou reformada, colocar o recorrido na posição de vencido, pode ele recorrer dela, no prazo de 15 dias a contar da notificação do despacho que procedeu à sua alteração (670ºnº4)

artº670º

Este direito de recorrer só é conferido ao recorrido no caso de o despacho do juiz ser proferido em processo em vias de subir em recurso, e não quando é lançado em processo em que o conhecimento dos vícios é da competência do juiz que proferiu a decisão, por neste caso não haver lugar a recurso.

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2.5. Reforma da decisão

Suprimento e reforma: seu processamento

Quanto às questões a que se refere ao rtº670º nº1 bem como o suprimento de nulidades específicas nos arestos dos tribunais superiores forem suscitados perante estes, serão decididos em conferência, caso a decisão posta em crise seja um acórdão (716ºnº2 e 732º)

artº670º

Se se tratar de decisão do relator, a ele incumbe julgar o incidente suscitado (700ºf), sem prejuizo de reclamação para a conferência (700º nº3)