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INTRODU INTRODU Ç Ç ÃO ÃO AOS AOS DIREITOS DE DIREITOS DE AUTOR AUTOR Denis Borges Barbosa Denis Borges Barbosa

Direitos de autor - ADDRConven ção de Berna Relativa à Prote ção das Obras Liter árias e Art ísticas. Revisão de Paris -1971. Conven ção Universal sobre Direito de Autor

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INTRODUINTRODUÇÇÃOÃO

AOSAOS DIREITOS DE DIREITOS DE

AUTORAUTOR

Denis Borges BarbosaDenis Borges Barbosa

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TemTemááticatica

�� Fontes e EntesFontes e EntesFontes e EntesFontes e EntesFontes e EntesFontes e EntesFontes e EntesFontes e Entes

�� A questão constitucionalA questão constitucionalA questão constitucionalA questão constitucionalA questão constitucionalA questão constitucionalA questão constitucionalA questão constitucional

�� DomDomDomDomDomDomDomDomíííííííínionionionionionionionio ppppppppúúúúúúúúblicoblicoblicoblicoblicoblicoblicoblico

�� As estratAs estratAs estratAs estratAs estratAs estratAs estratAs estratéééééééégias de protegias de protegias de protegias de protegias de protegias de protegias de protegias de proteççççççççãoãoãoãoãoãoãoão

�� A economia do direito autoralA economia do direito autoralA economia do direito autoralA economia do direito autoralA economia do direito autoralA economia do direito autoralA economia do direito autoralA economia do direito autoral

�� Conceitos fundamentaisConceitos fundamentaisConceitos fundamentaisConceitos fundamentaisConceitos fundamentaisConceitos fundamentaisConceitos fundamentaisConceitos fundamentais

�� Direitos anDireitos anDireitos anDireitos anDireitos anDireitos anDireitos anDireitos anáááááááálogos aos direitos de autorlogos aos direitos de autorlogos aos direitos de autorlogos aos direitos de autorlogos aos direitos de autorlogos aos direitos de autorlogos aos direitos de autorlogos aos direitos de autor

�� Os argumentos da proteOs argumentos da proteOs argumentos da proteOs argumentos da proteOs argumentos da proteOs argumentos da proteOs argumentos da proteOs argumentos da proteçççççççção autoralão autoralão autoralão autoralão autoralão autoralão autoralão autoral

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Fontes PrincipaisFontes Principais

�� Lei do Direito Autoral Lei do Direito Autoral –– Lei 9.610/98Lei 9.610/98�� Lei do Software Lei do Software –– Lei 9.609/98Lei 9.609/98�� http://www.minc.gov.br/diraut/diraut.htmhttp://www.minc.gov.br/diraut/diraut.htm�� -- http://lcweb.loc.gov/copyright/treaty1.htmlhttp://lcweb.loc.gov/copyright/treaty1.html

-- http://lcweb.loc.gov/copyright/treaty2.htmlhttp://lcweb.loc.gov/copyright/treaty2.html

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Outras FontesOutras Fontes©© ConstituiConstituiçção da Repão da Repúública Federativa do Brasilblica Federativa do Brasil

�� ©© LEIS LEIS

�� Lei nLei n°°6.533, de 24 de maio de 1978.6.533, de 24 de maio de 1978.Dispõe sobre a regulamentaDispõe sobre a regulamentaçção das profissões de Artistas e de Tão das profissões de Artistas e de Téécnicos cnicos em Espetem Espetááculos de Diversões, e dculos de Diversões, e dáá outras providências. outras providências.

�� Lei nLei n°°6.615, de 16 de dezembro de 1978.6.615, de 16 de dezembro de 1978.Dispõe sobre a regulamentaDispõe sobre a regulamentaçção da profissão de Radialista e dão da profissão de Radialista e dáá outras outras providências. providências.

�� Lei nLei n°°8.635, de 16 de mar8.635, de 16 de marçço de 1993.o de 1993.DDáá nova redanova redaçção ao art. 184 do Cão ao art. 184 do Cóódigo Penal. digo Penal.

��

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Outras FontesOutras Fontes�� ©© DECRETOS DECRETOS �� Decreto nDecreto n°°82.385, de 5 de outubro de 1978.82.385, de 5 de outubro de 1978.

Regulamenta aRegulamenta a Lei nLei n°°6.533, de 24 de maio de 1978, que dispõe sobre as 6.533, de 24 de maio de 1978, que dispõe sobre as profissões de artistas e do tprofissões de artistas e do téécnico em Espetcnico em Espetááculos de Diversões e dculos de Diversões e dááoutras providências. outras providências.

�� Decreto nDecreto n°°84.134, de 30 de outubro de 1979.84.134, de 30 de outubro de 1979.Regulamenta a Lei n.Regulamenta a Lei n.ºº 6.615, de 16 de dezembro de 1978. 6.615, de 16 de dezembro de 1978.

�� Decreto nDecreto n°°2.556, de 20 de abril de 1998.2.556, de 20 de abril de 1998.Regulamenta o registro previsto no art. 3o. da Lei nRegulamenta o registro previsto no art. 3o. da Lei n°°9.609, de 19 de 9.609, de 19 de fevereiro de 1998, que dispõe sobre a protefevereiro de 1998, que dispõe sobre a proteçção da propriedade intelectual ão da propriedade intelectual de programa de computador, sua comercializade programa de computador, sua comercializaçção no Paão no Paíís, e ds, e dáá outras outras providências. providências.

�� Decreto nDecreto n°°2.894, de 22 de dezembro de 1998.2.894, de 22 de dezembro de 1998.Regulamenta a emissão e o fornecimento de selo ou sinal de identRegulamenta a emissão e o fornecimento de selo ou sinal de identificaificaçção ão dos fonogramas e das obras audiovisuais, previstos no art. 113 ddos fonogramas e das obras audiovisuais, previstos no art. 113 da Lei n.a Lei n.ºº9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consol9.610, de 19 de fevereiro de 1998, que altera, atualiza e consolida a ida a legislalegislaçção sobre direitos autorais, e dão sobre direitos autorais, e dáá outras providências. outras providências.

��

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Outras FontesOutras Fontes�� ©© CONVENCONVENÇÇÕES INTERNACIONAIS ÕES INTERNACIONAIS �� ConvenConvençção de Berna Relativa ão de Berna Relativa àà ProteProteçção das Obras Literão das Obras Literáárias e Artrias e Artíísticas.sticas.

Revisão de ParisRevisão de Paris--1971. 1971. �� ConvenConvençção Universal sobre Direito de Autor.ão Universal sobre Direito de Autor.

Revisão de Paris Revisão de Paris -- 1971. 1971. �� ConvenConvençção Interamericana sobre os Direitos de Autor em Obras Literão Interamericana sobre os Direitos de Autor em Obras Literáárias, rias,

CientCientííficas e Artficas e Artíísticas.sticas.Firmada em Washington Firmada em Washington -- 1946. 1946.

�� ConvenConvençção Internacional para a Proteão Internacional para a Proteçção aos Artistas Intão aos Artistas Intéérpretes ou rpretes ou Executantes, aos Produtores de Fonogramas e aos Organismos de Executantes, aos Produtores de Fonogramas e aos Organismos de Radiodifusão.Radiodifusão.Firmada em Roma Firmada em Roma -- 1961. 1961.

�� ConvenConvençção para a Proteão para a Proteçção de Produtores de Fonogramas Contra a ão de Produtores de Fonogramas Contra a ReproduReproduçção não Autorizada de seus Fonogramas.ão não Autorizada de seus Fonogramas.Firmada em Genebra Firmada em Genebra -- 1971. 1971.

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Outras FontesOutras Fontes�� ©©

©© TRATADOS INTERNACIONAIS TRATADOS INTERNACIONAIS �� Tratado sobre o Registro Internacional de Obras Audiovisuais.Tratado sobre o Registro Internacional de Obras Audiovisuais.

Firmado em Genebra Firmado em Genebra -- 1989. 1989. �� ©© ACORDOS INTERNACIONAIS ACORDOS INTERNACIONAIS �� Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual Acordo sobre Aspectos dos Direitos de Propriedade Intelectual

Relacionados ao ComRelacionados ao Coméércio rcio -- TRIPTRIP’’ssFirmado em Firmado em MarraquecheMarraqueche -- 1994. 1994.

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Entidades EnvolvidasEntidades Envolvidas�� CoordenaCoordenaçção de Direito Autoral ão de Direito Autoral -- CDACDA

Esplanada dos MinistEsplanada dos Ministéérios rios -- Bloco B Bloco B -- 44oo andar andar -- Sala 416Sala 4167006870068--900 900 -- BrasBrasíília/DF lia/DF -- BrasilBrasilFone: (+5561) 316Fone: (+5561) 316--2211 2211 -- Fax: (+5561) 316Fax: (+5561) 316--23012301EE--mail: mail: [email protected]@minc.gov.br

cconselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia onselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia -- CONFEACONFEA

Telefone: (61) 348Telefone: (61) 348--37003700Fax: (61) 348Fax: (61) 348--3739 3483739 [email protected]@confea.org.br

�� www.confea.org.brwww.confea.org.br�� Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de JaneiroEscola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro

2194121941--590 590 -- Rio de Janeiro/RJRio de Janeiro/RJTelefone: (21) 280Telefone: (21) 280--9590 Fax: (21) 2809590 Fax: (21) [email protected]@eba.ufrj.br

�� www.eba.ufrj.brwww.eba.ufrj.br

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Entidades EnvolvidasEntidades Envolvidas�� Escola de MEscola de Múúsica da Universidade Federal do Rio de Janeirosica da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Telefone: (21) 240Telefone: (21) 240--1491 1491 -- 544544--1232 fax: (21) 5321232 fax: (21) 532--46494649EE--mail: mail: [email protected]@acd.ufrj.br HomeHome PagePage: Não consta : Não consta

�� Instituto Nacional da Propriedade Industrial Instituto Nacional da Propriedade Industrial -- INPIINPITelefone: (21) 253Telefone: (21) 253--5791 5791 -- 253253--5792 Fax: (21) 2535792 Fax: (21) [email protected][email protected]

�� www.inpi.gov.brwww.inpi.gov.br

�� EscritEscritóório de Direitos Autorais da Fundario de Direitos Autorais da Fundaçção Biblioteca Nacional ão Biblioteca Nacional --EDAEDATelefone: (21) 220Telefone: (21) 220--0039 0039 -- 262262--0017 Fax: (21) 2400017 Fax: (21) [email protected]@mincrj.gov.br

�� www.bn.brwww.bn.br

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A questão constitucionalA questão constitucional

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ProteProteççãoão prpréé-- constitucional dos constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� DeclaraDeclaraççãoão Universal dos Direitos do Homem Universal dos Direitos do Homem ––Artigo 27°– Toda a pessoa tem o direito de tomar parte livremente na vida cultural da comunidade, de fruiras artes e de participar no progresso científico e nosbenefícios que deste resultam.

– Todos têm direito à proteção dos interesses morais e materiais ligados a qualquer produção científica, literária ou artística da sua autoria.

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DeclaraDeclaraçção universal dos ão universal dos direitos do Homemdireitos do Homem

��tomar parte livremente na tomar parte livremente na tomar parte livremente na tomar parte livremente na tomar parte livremente na tomar parte livremente na tomar parte livremente na tomar parte livremente na vida cultural da vida cultural da vida cultural da vida cultural da vida cultural da vida cultural da vida cultural da vida cultural da comunidade, comunidade, comunidade, comunidade, comunidade, comunidade, comunidade, comunidade,

1.1.1.1.1.1.1.1. fruir as artes fruir as artes fruir as artes fruir as artes fruir as artes fruir as artes fruir as artes fruir as artes

2.2.2.2.2.2.2.2.participar no progresso participar no progresso participar no progresso participar no progresso participar no progresso participar no progresso participar no progresso participar no progresso cientcientcientcientcientcientcientcientíííííííífico e nos beneffico e nos beneffico e nos beneffico e nos beneffico e nos beneffico e nos beneffico e nos beneffico e nos benefíííííííícios cios cios cios cios cios cios cios que deste resultam.que deste resultam.que deste resultam.que deste resultam.que deste resultam.que deste resultam.que deste resultam.que deste resultam.

1.1.1.1.1.1.1.1. proteproteproteproteproteproteproteproteçççççççção dos ão dos ão dos ão dos ão dos ão dos ão dos ão dos interesses morais e interesses morais e interesses morais e interesses morais e interesses morais e interesses morais e interesses morais e interesses morais e materiais ligados a materiais ligados a materiais ligados a materiais ligados a materiais ligados a materiais ligados a materiais ligados a materiais ligados a qualquer produqualquer produqualquer produqualquer produqualquer produqualquer produqualquer produqualquer produçççççççção ão ão ão ão ão ão ão cientcientcientcientcientcientcientcientíííííííífica, literfica, literfica, literfica, literfica, literfica, literfica, literfica, literáááááááária ou ria ou ria ou ria ou ria ou ria ou ria ou ria ou artartartartartartartartíííííííística da sua stica da sua stica da sua stica da sua stica da sua stica da sua stica da sua stica da sua autoria.autoria.autoria.autoria.autoria.autoria.autoria.autoria.

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ConstituiConstituiççãoão

�� Art. 5Art. 5oo. . -- : (...) : (...) �� XXVII XXVII -- aos autores pertence o direito exclusivo de aos autores pertence o direito exclusivo de

utilizautilizaçção, publicaão, publicaçção ou reproduão ou reproduçção de suas obras, ão de suas obras, transmisstransmissíível aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;vel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixar;

�� XXVIII XXVIII -- são assegurados, nos termos da lei:são assegurados, nos termos da lei:�� a) a protea) a proteçção ão ààs participas participaçções individuais em obras ões individuais em obras

coletivas e coletivas e àà reprodureproduçção da imagem e voz humanas, ão da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;inclusive nas atividades desportivas;

�� b) o direito de fiscalizab) o direito de fiscalizaçção do aproveitamento econômico ão do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intcriadores, aos intéérpretes e rpretes e ààs respectivas representas respectivas representaçções ões sindicais e associativas.sindicais e associativas.

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ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Art. 5o. XXVII Art. 5o. XXVII -- ““aos autores pertence aos autores pertence o direito o direito exclusivo de utilizaexclusivo de utilizaçção, publicaão, publicaçção ou ão ou reprodureproduçção de suas obrasão de suas obras, transmiss, transmissíível aos vel aos herdeiros pelo tempo que a lei fixarherdeiros pelo tempo que a lei fixar””. .

�� Como um direito exclusivo, patrimonial, um Como um direito exclusivo, patrimonial, um monopmonopóólio de reprodulio de reproduçção, utilizaão, utilizaçção e ão e publicapublicaççãoão sujeito aos limites e sujeito aos limites e condicionamentos constitucionais. condicionamentos constitucionais.

�� Os direitos morais, configurados atOs direitos morais, configurados atéé mesmo mesmo como como direitos humanosdireitos humanos, ancoram, ancoram--se em outros se em outros dispositivos constitucionais e de tratados dispositivos constitucionais e de tratados internacionais. internacionais.

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ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Direitos patrimoniais e uso social da propriedadeDireitos patrimoniais e uso social da propriedade

�� No que for objeto de No que for objeto de propriedade propriedade (ou seja, no (ou seja, no alcance dos direitos patrimoniaisalcance dos direitos patrimoniais)), o direito autoral , o direito autoral tambtambéém estm estáá sujeito sujeito ààs limitas limitaçções ões constitucionalmente impostas em favor do bem constitucionalmente impostas em favor do bem comum comum -- aa funfunçção social da propriedade ão social da propriedade de que fala de que fala o Art. 5o Art. 5ºº., XXIII da Carta de 1988. ., XXIII da Carta de 1988.

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Direitos do Inciso XXVIIIDireitos do Inciso XXVIII

�� ““são assegurados, nos termos da lei:são assegurados, nos termos da lei:�� a) a protea) a proteçção ão ààs participas participaçções individuais em ões individuais em

obras coletivas e obras coletivas e àà reprodureproduçção da imagem e voz ão da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades desportivas;humanas, inclusive nas atividades desportivas;

�� b) o direito de fiscalizab) o direito de fiscalizaçção do aproveitamento ão do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intparticiparem aos criadores, aos intéérpretes e rpretes e ààs s respectivas representarespectivas representaçções sindicais e ões sindicais e associativas;associativas;

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Direitos do Inciso XXVIIIDireitos do Inciso XXVIII

�� ““são assegurados, nos termos da lei:são assegurados, nos termos da lei:�� a) a protea) a proteçção ão ààs participas participaçções individuais em ões individuais em

obras coletivas obras coletivas �� Obras coletivasObras coletivas, são , são –– como diz a Lei 9.610/98 como diz a Lei 9.610/98 ––

as criada por iniciativa, organizaas criada por iniciativa, organizaçção e ão e responsabilidade de uma pessoa fresponsabilidade de uma pessoa fíísica ou sica ou jurjuríídica, que a publica sob seu nome ou marca e dica, que a publica sob seu nome ou marca e que que éé constituconstituíída pela participada pela participaçção de diferentes ão de diferentes autores, cujas contribuiautores, cujas contribuiçções se fundem numa ões se fundem numa criacriaçção autônoma. ão autônoma.

�� IndIndúústria Culturalstria Cultural

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Direitos do Inciso XXVIIIDireitos do Inciso XXVIII�� ““são assegurados, nos termos da lei:são assegurados, nos termos da lei:�� a) a protea) a proteçção ão ààs participas participaçções individuais em obras ões individuais em obras

coletivas coletivas �� Não serNão seráá posspossíível, provavelmente, conceder tal direito vel, provavelmente, conceder tal direito

em proporem proporçção tal que cada partão tal que cada partíícipe possa exercer cipe possa exercer direitos que impedireitos que impeççam a exploraam a exploraçção econômica da obra ão econômica da obra como um todo, ou numa proporcomo um todo, ou numa proporçção economicamente ão economicamente significativa. O reconhecimento de uma dessas significativa. O reconhecimento de uma dessas participaparticipaçções individuais relativamente insignificante não ões individuais relativamente insignificante não poderia, num adequado balanceamento constitucional, poderia, num adequado balanceamento constitucional, levar levar àà vedavedaçção da apresentaão da apresentaçção da obra, ainda que ão da obra, ainda que devesse ser garantido o pagamento pertinente, se devesse ser garantido o pagamento pertinente, se previsto previsto

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Direitos do Inciso XXVIIIDireitos do Inciso XXVIII�� ““são assegurados, nos termos da lei:são assegurados, nos termos da lei:�� a) a protea) a proteçção ão ààs participas participaçções individuais em obras coletivas ões individuais em obras coletivas

�� Direito Autoral. Retransmissão não autorizada de Direito Autoral. Retransmissão não autorizada de telenovela. Interpretatelenovela. Interpretaçção, nos "crão, nos "crééditos" de telenovela, da ditos" de telenovela, da arte de cabeleireiro e maquilador de fama. Retransmissão arte de cabeleireiro e maquilador de fama. Retransmissão da peda peçça televisiva. Necessa televisiva. Necessáária autorizaria autorizaçção do autor. Desde o ão do autor. Desde o CC a cessão dos direitos de autor, para os efeitos CC a cessão dos direitos de autor, para os efeitos econômicos, pode ser parcial ou definitiva. A Lei de Direitos econômicos, pode ser parcial ou definitiva. A Lei de Direitos Autorais, por outro lado, presume que a permissão para a Autorais, por outro lado, presume que a permissão para a publicapublicaçção da obra ão da obra éé para cada vez. Procedência do pedido para cada vez. Procedência do pedido de pagamento de retransmissão não autorizada de pagamento de retransmissão não autorizada previamente. Referência: Apelapreviamente. Referência: Apelaçção Cão Cíível nvel n°° 2.476 2.476 -- Rio de Rio de Janeiro Janeiro -- 6a. Câmara C6a. Câmara Cíível do TJ/RJ vel do TJ/RJ -- Por unanimidade, em Por unanimidade, em 25/09/90 25/09/90 -- Rel. ClRel. Clááudio Lima udio Lima -- Arq. CDA. Arq. CDA.

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2020

Direitos do Inciso XXVIIIDireitos do Inciso XXVIII�� ““são assegurados, nos termos da lei:são assegurados, nos termos da lei:�� a) a protea) a proteçção ão àà reprodureproduçção da imagem e voz humanas, inclusive ão da imagem e voz humanas, inclusive

nas atividades desportivas;nas atividades desportivas;�� LEI NLEI Nºº 9.615, DE 24 DE MAR9.615, DE 24 DE MARÇÇO DE 1998, Art. 42. O DE 1998, Art. 42. ÀÀs entidades de s entidades de

prpráática desportiva pertence o direito de negociar, autorizar e proitica desportiva pertence o direito de negociar, autorizar e proibir bir a fixaa fixaçção, a transmissão ou retransmissão de imagem de espetão, a transmissão ou retransmissão de imagem de espetááculo culo ou eventos desportivos de que participem. ou eventos desportivos de que participem. §§11ºº Salvo convenSalvo convençção em ão em contrcontráário, vinte por cento do prerio, vinte por cento do preçço total da autorizao total da autorizaçção, como ão, como mmíínimo, sernimo, seráá distribudistribuíído, em partes iguais, aos atletas profissionais do, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetparticipantes do espetááculo ou evento. culo ou evento. §§22ºº O disposto neste artigo O disposto neste artigo não se aplica a flagrantes de espetnão se aplica a flagrantes de espetááculo ou evento desportivo para culo ou evento desportivo para fins, exclusivamente, jornalfins, exclusivamente, jornalíísticos ou educativos, cuja durasticos ou educativos, cuja duraçção, no ão, no conjunto, não exceda de três por cento do total do tempo previstconjunto, não exceda de três por cento do total do tempo previsto o para o espetpara o espetááculo. (...) culo. (...)

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Direitos do Inciso XXVIIIDireitos do Inciso XXVIII�� ““são assegurados, nos termos da lei:são assegurados, nos termos da lei:�� b) o direito de fiscalizab) o direito de fiscalizaçção do aproveitamento econômico das obras ão do aproveitamento econômico das obras

que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intque criarem ou de que participarem aos criadores, aos intéérpretes e rpretes e ààs respectivas representas respectivas representaçções sindicais e associativas;ões sindicais e associativas;

�� O direito de fiscalizaO direito de fiscalizaçção do aproveitamento econômico das ão do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intintéérpretes e rpretes e ààs respectivas representas respectivas representaçções sindicais e ões sindicais e associativas, ainda que nada absolutamente acresassociativas, ainda que nada absolutamente acresçça ao a ao direito autoral historicamente praticado no Brasil, vale direito autoral historicamente praticado no Brasil, vale como suporte constitucional aos direitos conexos (ou a como suporte constitucional aos direitos conexos (ou a alguns deles), indicados na expressão alguns deles), indicados na expressão ““intintéérpretesrpretes””. . Assimilados aos autores, Assimilados aos autores, ““no que couberno que couber””, os int, os intéérpretes e rpretes e titulares de direitos conexos têm interesses distintos e attitulares de direitos conexos têm interesses distintos e atéécontraditcontraditóórios aos autores.rios aos autores.

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2222

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Interesses Constitucionais em ConflitoInteresses Constitucionais em Conflito�� Art. 215 Art. 215 -- O Estado garantirO Estado garantiráá a todos o pleno a todos o pleno exercexercíício dos direitos culturais e acesso cio dos direitos culturais e acesso ààs s fontes da cultura nacional, e apoiarfontes da cultura nacional, e apoiaráá e e incentivarincentivaráá a valorizaa valorizaçção e a difusão das ão e a difusão das manifestamanifestaçções culturais.ões culturais.

�� §§ 11ºº -- O Estado protegerO Estado protegeráá as manifestaas manifestaçções ões das culturas populares, inddas culturas populares, indíígenas e afrogenas e afro--brasileiras, e das de outros grupos brasileiras, e das de outros grupos participantes do processo civilizatparticipantes do processo civilizatóório rio

nacionalnacional..(...) (...)

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2323

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Interesses Constitucionais em ConflitoInteresses Constitucionais em Conflito�� Art. 216 Art. 216 -- Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de

natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência conjunto, portadores de referência àà identidade, identidade, àà aaçção, ão, ààmemmemóória dos diferentes grupos formadores da sociedade ria dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem:brasileira, nos quais se incluem:

�� I I -- as formas de expressão;as formas de expressão;�� II II -- os modos de criar, fazer e viver;os modos de criar, fazer e viver;�� III III -- as criaas criaçções cientões cientííficas, artficas, artíísticas e tecnolsticas e tecnolóógicas;gicas;�� IV IV -- as obras, objetos, documentos, edificaas obras, objetos, documentos, edificaçções e demais ões e demais

espaespaçços destinados os destinados ààs manifestas manifestaçções artões artíísticostico--culturais;culturais;�� V V -- os conjuntos urbanos e sos conjuntos urbanos e síítios de valor histtios de valor históórico, rico,

paisagpaisagíístico, artstico, artíístico, arqueolstico, arqueolóógico, paleontolgico, paleontolóógico, ecolgico, ecolóógico gico e ciente cientíífico.fico.

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��Interesses Constitucionais Interesses Constitucionais em Confrontoem Confronto

�� O Estado garantirO Estado garantiráá a a todos o pleno todos o pleno exercexercíício dos direitos cio dos direitos culturais e acesso culturais e acesso ààs s fontes da cultura fontes da cultura nacional, e apoiarnacional, e apoiaráá e e incentivarincentivaráá a a valorizavalorizaçção e a ão e a difusão das difusão das manifestamanifestaçções ões culturais.culturais.

�� aos autores aos autores pertence o pertence o direito direito exclusivoexclusivo

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2525

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

–– Direitos exclusivos e liberdade de informaDireitos exclusivos e liberdade de informaççãoão

�� O estatuto constitucional dos direitos autorais O estatuto constitucional dos direitos autorais tem outra vertente altem outra vertente aléém da propriedade m da propriedade –– o o da liberdade de informada liberdade de informaçção. ão.

�� E isso se dE isso se dáá de forma dupla: existe a tensão de forma dupla: existe a tensão entre o direito entre o direito àà informainformaçção de terceiros e ão de terceiros e exclusividade legal do titular da obra, e entre exclusividade legal do titular da obra, e entre aquele o direito que tem o autor de se aquele o direito que tem o autor de se expressar de maneira compatexpressar de maneira compatíível com sua vel com sua prpróópria liberdade.pria liberdade.

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ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Interesses Constitucionais em ConflitoInteresses Constitucionais em Conflito�� IX IX -- éé livre a expressão da atividade livre a expressão da atividade intelectual, artintelectual, artíística, cientstica, cientíífica e de fica e de comunicacomunicaçção, independentemente de censura ão, independentemente de censura ou licenou licençça;a;

�� Seja atravSeja atravéés da aplicas da aplicaçção de algum dos limites legais ao ão de algum dos limites legais ao direito, seja atravdireito, seja atravéés da interpretas da interpretaçção da lei autoral, ão da lei autoral, éépreciso ficar claro que a propriedade intelectual não preciso ficar claro que a propriedade intelectual não pode coibir, irrazopode coibir, irrazoáável e desproporcionalmente, o acesso vel e desproporcionalmente, o acesso àà informainformaçção por parte de toda a sociedade, e o direito ão por parte de toda a sociedade, e o direito de expressão de cada um.de expressão de cada um.

�� (Caso Schulbuch e Caso Germania 3) (Caso Schulbuch e Caso Germania 3)

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2727

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Direitos Morais Direitos Morais �� Art. 5o. IX Art. 5o. IX -- éé livre a expressão da atividade livre a expressão da atividade intelectual, artintelectual, artíística, cientstica, cientíífica e de fica e de comunicacomunicaçção, independentemente de censura ão, independentemente de censura ou licenou licençça;a;

�� X X -- são inviolsão inviolááveis a intimidade, a vida privada, veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizadireito a indenizaçção pelo dano material ou ão pelo dano material ou moral decorrente de sua violamoral decorrente de sua violaçção;ão;

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2828

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Direitos Morais Direitos Morais

�� O primeiro e mais radical dos direitos O primeiro e mais radical dos direitos morais morais éé o de exprimiro de exprimir--se ou calarse ou calar--se, o se, o chamado chamado direito de divulgadireito de divulgaççãoão. A raiz . A raiz deste direito, claramente, deste direito, claramente, éé o inciso IX o inciso IX da nossa declarada nossa declaraçção de direitos ão de direitos

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2929

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Direitos Morais Direitos Morais Os demais direitos Os demais direitos moraismorais são acesssão acessóórios rios

àà liberdade de expressão que tem o liberdade de expressão que tem o autor da obra, em face autor da obra, em face àà autoria, como autoria, como o direito o direito àà nominanominaçção, o de retirar a ão, o de retirar a obra de circulaobra de circulaçção, o do inão, o do inéédito, o da dito, o da integridade, e o de promover integridade, e o de promover alteraalteraçções.ões.

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3030

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Direitos Morais Direitos Morais �� Wolgran Junqueira Ferreira Wolgran Junqueira Ferreira (Coment(Comentáários rios àà ConstituiConstituiçção de 1988, ão de 1988, vol. 1. p. 154, Ed. Julex) vol. 1. p. 154, Ed. Julex)

�� AlAléém do aspecto econômico, contido na m do aspecto econômico, contido na obra, o preceito Constitucional visa obra, o preceito Constitucional visa principalmente proteger o direito de principalmente proteger o direito de liberdade de manifestaliberdade de manifestaçção do ão do pensamento, garantindopensamento, garantindo--se o direito ao se o direito ao autor de utilizar as obras literautor de utilizar as obras literáárias, rias, artartíísticas e cientsticas e cientííficas proibirficas proibir--se que a se que a expressão de seu pensamento seja expressão de seu pensamento seja deturpada.deturpada.

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3131

ProteProteçção constitucional dos ão constitucional dos direitos autoraisdireitos autorais

�� Direitos Morais Direitos Morais �� Wolgran Junqueira Ferreira (ComentWolgran Junqueira Ferreira (Comentáários rios àà ConstituiConstituiçção de 1988, vol. 1. p. 154, ão de 1988, vol. 1. p. 154,

Ed. Julex) Ed. Julex)

�� Mais do que proteMais do que proteçção ão àà propriedade, existe propriedade, existe proteproteçção ão àà liberdade de pensamento. Mas, hliberdade de pensamento. Mas, hááque se ter em conta que protegido o direito que se ter em conta que protegido o direito ààliberdade de pensamento, todos os outros liberdade de pensamento, todos os outros direitos ligados direitos ligados àà criacriaçção intelectual tambão intelectual tambéém m estão protegidos.estão protegidos.

�� Assim, o direito de afirmaAssim, o direito de afirmaçção da autoria, na ão da autoria, na contrariedade e direito de toda contrafracontrariedade e direito de toda contrafraçção ão ou dano ou dano àà obra, o direito de vedar alteraobra, o direito de vedar alteraçções ões que proque proííbe ao dano da tela, da escultura, ou be ao dano da tela, da escultura, ou da arquitetura, alterda arquitetura, alteráá--las sem permissão do las sem permissão do artista, assim como a proteartista, assim como a proteçção ao direito de ão ao direito de nominanominaçção que consiste na oposião que consiste na oposiçção do nome ão do nome do autor na obra.do autor na obra.

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Interesses Constitucionais Interesses Constitucionais em Confrontoem Confronto

AAÇÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADEÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE

�� (MEDIDA LIMINAR) N(MEDIDA LIMINAR) Nºº 2.0542.054--4 4 -- DF DF -- Tribunal Pleno (DJ, Tribunal Pleno (DJ, 10.03.2000) 10.03.2000) -- Relator: O Sr. Ministro Ilmar GalvãoRelator: O Sr. Ministro Ilmar Galvão

�� Com isso, adverte Alexy (citado pelo primeiro), o que se Com isso, adverte Alexy (citado pelo primeiro), o que se quer dizer quer dizer éé que os princque os princíípios têm um peso diferente nos pios têm um peso diferente nos casos concretos e que o princcasos concretos e que o princíípio de maior peso pio de maior peso éé o que o que prepondera.prepondera. De modo que, havendo conflito entre dois De modo que, havendo conflito entre dois deles, o de menor peso deve ceder em prol do mais deles, o de menor peso deve ceder em prol do mais importante, sem que, todavia, e, por importante, sem que, todavia, e, por óóbvio, esse bvio, esse úúltimo ltimo deva desaparecer do sistema jurdeva desaparecer do sistema juríídicodico, como ocorre em , como ocorre em termos de antinomia de normas.termos de antinomia de normas.

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Interesses Constitucionais Interesses Constitucionais em Confrontoem Confronto

�� E o que prepondera? E o que prepondera? �� ““this court has consistently held that this court has consistently held that the primary purpose of ou patent laws the primary purpose of ou patent laws is not the creation of private fortunes is not the creation of private fortunes for the owners of patents but is to for the owners of patents but is to promote the progress of science and promote the progress of science and useful arts (...)useful arts (...)””, Motion Picture , Motion Picture Patents Co.v. Universal Film Mfg. Co., Patents Co.v. Universal Film Mfg. Co., 243 U.S. 502, p. 511 (1917).243 U.S. 502, p. 511 (1917).

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Interesses Constitucionais Interesses Constitucionais em Confrontoem Confronto

�� The primary objective of copyright is not to The primary objective of copyright is not to reward the labor of authors, but "to promote reward the labor of authors, but "to promote the Progress of Science and useful Arts." Art. I, the Progress of Science and useful Arts." Art. I, §§ 8, cl. 8. To this end, copyright assures 8, cl. 8. To this end, copyright assures authors the right to their original expression, authors the right to their original expression, but encourages others to build freely upon the but encourages others to build freely upon the ideas and information conveyed by a work.ideas and information conveyed by a work.””Feist Feist Publications, Inc. v. Rural Tel. Serv. Co., Inc., 499 Publications, Inc. v. Rural Tel. Serv. Co., Inc., 499

U.S.340, 349U.S.340, 349--50 (1991)50 (1991)

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Interesses Constitucionais Interesses Constitucionais em Confrontoem Confronto

�� ““It may seem unfair that much of the fruit of It may seem unfair that much of the fruit of the compiler's labor may be used by othersthe compiler's labor may be used by otherswithoutwithout compensation. As Justice Brennan has compensation. As Justice Brennan has correctly observed, however, this is not "some correctly observed, however, this is not "some unforeseen byproduct of a statutory scheme." unforeseen byproduct of a statutory scheme." It is, rather, "the essence of copyright," and a It is, rather, "the essence of copyright," and a constitutional requirement.constitutional requirement.

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DomDomíínionio ppúúblicoblico

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BibliografiaBibliografia

�� BARBOSA, Denis Borges . DomBARBOSA, Denis Borges . Domíínio Pnio Púúblico blico e Patrimônio Cultural. In: Luiz Gonzaga e Patrimônio Cultural. In: Luiz Gonzaga Silva Adolfo e Marcos Silva Adolfo e Marcos WachowiczWachowicz. (Org.). . (Org.). Direito da Propriedade Intelectual Direito da Propriedade Intelectual --Estudos em Homenagem ao Estudos em Homenagem ao Pe.Pe. Bruno Bruno Jorge Jorge HammesHammes. Curitiba: Juru. Curitiba: Juruáá, 2005, v. , , 2005, v. , p. 117p. 117--165. 165.

�� http://denisbarbosa.addr.com/bruno.pdfhttp://denisbarbosa.addr.com/bruno.pdf

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Por que domínio público?

Manoel J. Pereira dos Santos, PrincManoel J. Pereira dos Santos, Princíípios pios constitucionais e propriedade intelectual constitucionais e propriedade intelectual -- o o regime constitucional do direito autoralregime constitucional do direito autoral

A livre utilizaA livre utilizaçção das criaão das criaçções ões intelectuais em domintelectuais em domíínio pnio púúblico blico constitui uma das bases constitui uma das bases filosfilosóóficas da Propriedade ficas da Propriedade IntelectualIntelectual

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O que estO que estáá em domem domíínio nio ppúúblico?blico?

Pertencem, originariamentePertencem, originariamente, ao dom, ao domíínio nio ppúúblico, as peblico, as peçças ou obras de autor desas ou obras de autor des--conhecido, incluindo as folclconhecido, incluindo as folclóóricas, ressalvadas ricas, ressalvadas quanto a estas (inciso III do art. 45) a protequanto a estas (inciso III do art. 45) a proteçção ão legal aos conhecimentos legal aos conhecimentos éétnicos e tradicionais. tnicos e tradicionais. (Eliane Y Abrão)(Eliane Y Abrão)

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O que estO que estáá em domem domíínio nio ppúúblico?blico?

Caem em domCaem em domíínio pnio púúblicoblico as obras cujo prazo de as obras cujo prazo de proteproteçção haja decorrido, ou cujo autor tenha falecido ão haja decorrido, ou cujo autor tenha falecido sem deixar herdeiros ou sucessores. Essa nova sem deixar herdeiros ou sucessores. Essa nova situasituaçção em que se encontram essas obras significa ão em que se encontram essas obras significa que seu conteque seu conteúúdo e forma são devolvidos do e forma são devolvidos ààcoletividade, extinto o privilcoletividade, extinto o priviléégio temporgio temporáário conferido rio conferido aos autores, para que todos possam fazer uso livre e aos autores, para que todos possam fazer uso livre e gratuito dela, respeitadas, apenas, a sua integridade e gratuito dela, respeitadas, apenas, a sua integridade e o seu cro seu créédito. (dito. (§§22o.o., art. 24). (Eliane Y Abrão), art. 24). (Eliane Y Abrão)

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O que estO que estáá em domem domíínio nio ppúúblico?blico?

Henry Jessen:Henry Jessen:

a) as obras tradicionais de autores desconhecidos;a) as obras tradicionais de autores desconhecidos;

b) as obras de autores conhecidos cujos prazos de b) as obras de autores conhecidos cujos prazos de proteproteçção escoaram;ão escoaram;

c) as obras cujos autores tenham renunciado aos seus c) as obras cujos autores tenham renunciado aos seus direitos;direitos;

d) as obras estrangeiras, não protegidas expressamente d) as obras estrangeiras, não protegidas expressamente pela lei nacional ou por acordos internacionais;pela lei nacional ou por acordos internacionais;

e) as obras adquiridas pelo Estado para uso e gozo do e) as obras adquiridas pelo Estado para uso e gozo do ppúúblico".blico".

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ConteConteúúdo do Domdo do Domíínio nio PublicoPublico

The public domain consists, in fact, of a vast The public domain consists, in fact, of a vast and diverse assortment of contents (...). The and diverse assortment of contents (...). The public domain is, moreover, different sizes at public domain is, moreover, different sizes at different times and in different countries.different times and in different countries.

(Palmela Samuelson, Digital Information, Digital (Palmela Samuelson, Digital Information, Digital

Networks, and The Public Domain, Berkeley, 2001 )Networks, and The Public Domain, Berkeley, 2001 )

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ConteConteúúdo do Domdo do Domíínio nio PublicoPublico

Art. 8Art. 8ºº I I -- as idas idééias, procedimentos normativos, sistemas, ias, procedimentos normativos, sistemas, mméétodos, projetos ou conceitos matemtodos, projetos ou conceitos matemááticos ticos como tais;como tais;II II -- os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negjogos ou negóócios;cios;III III -- os formulos formuláários em branco para serem preenchidos por rios em branco para serem preenchidos por qualquer tipo de informaqualquer tipo de informaçção, cientão, cientíífica ou não, e suas fica ou não, e suas instruinstruçções;ões;IV IV -- os textos de tratados ou convenos textos de tratados ou convençções, leis, decretos, ões, leis, decretos, regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;regulamentos, decisões judiciais e demais atos oficiais;V V -- as informaas informaçções de uso comum tais como calendões de uso comum tais como calendáários, rios, agendas, cadastros ou legendas;agendas, cadastros ou legendas;VI VI -- os nomes e tos nomes e tíítulos isolados;tulos isolados;VII VII -- (o aproveitamento industrial(o aproveitamento industrial) ou comercial das id) ou comercial das idééias ias contidas nas obras.contidas nas obras.

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ConteConteúúdo do Domdo do Domíínio nio PublicoPublico

A Map of the Public Domain and Adjacent Terrains A Map of the Public Domain and Adjacent Terrains (Samuelson)(Samuelson)

➔➔scientific principles, , & the likescientific principles, , & the like

➔➔scientific and other research methodologies, statistical techniqscientific and other research methodologies, statistical techniques, ues, educational processeseducational processes

➔➔ideas, concepts, discoveries, theories, hypothesesideas, concepts, discoveries, theories, hypotheses

➔➔facts, information, data, knowfacts, information, data, know--how, knowledgehow, knowledge

➔➔laws, regulations, judicial opinions, government documents, laws, regulations, judicial opinions, government documents, legislative reportslegislative reports

➔➔innovations qualifying for IP protection in which no rights are innovations qualifying for IP protection in which no rights are claimed or in which rights have expired (e.g., copyright, patentclaimed or in which rights have expired (e.g., copyright, patent, plant , plant variety protection)variety protection)

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ConteConteúúdo do Domdo do Domíínio nio PublicoPublico

➔➔innovations not qualifying for IP protection because innovations not qualifying for IP protection because unoriginal, obvious, generic, or otherwiseunoriginal, obvious, generic, or otherwise

➔➔outside the bounds of IP (e.g., telephone directories, outside the bounds of IP (e.g., telephone directories, fonts, incremental technical innovation,genericided fonts, incremental technical innovation,genericided trademarks such as aspirin, new physical exercises, trademarks such as aspirin, new physical exercises, folklore, grocery lists, blank forms)folklore, grocery lists, blank forms)

➔➔words, names, numbers, symbols, signs, rules of words, names, numbers, symbols, signs, rules of grammar and diction, punctuationgrammar and diction, punctuation

➔➔about to expire IPR fair use & like widely usable open about to expire IPR fair use & like widely usable open source imminent w/o restrictions discoveriessource imminent w/o restrictions discoveries

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FunFunçção juridica do ão juridica do domdomíínio pnio púúblicoblico

Henry Jessen: "Henry Jessen: "As obras em domAs obras em domíínio pnio púúblico pertencem blico pertencem ààcomunidade.comunidade. Todos os cidadãos as podem usar sem restriTodos os cidadãos as podem usar sem restriçções ões na forma original ou delas fazendo traduna forma original ou delas fazendo traduçções, arranjos e ões, arranjos e adaptaadaptaçções." Direitos Intelectuais, p. 70.ões." Direitos Intelectuais, p. 70.

Plinio Cabral: "No caso do direito autoral, não se trata de um Plinio Cabral: "No caso do direito autoral, não se trata de um domdomíínio que o Estado exernio que o Estado exerçça sobre a obra, mas ua sobre a obra, mas uma ma disponibilidade desta para uso e desfrute livre da sociedade. disponibilidade desta para uso e desfrute livre da sociedade. Esta entre "as coisas afetadas de interesse pEsta entre "as coisas afetadas de interesse púúblico.blico." Direito " Direito Autoral Autoral -- DDúúvidas e controvvidas e controvéérsias, Ed. Habra, 2000, p. 88.rsias, Ed. Habra, 2000, p. 88.

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FunFunçção juridica do ão juridica do domdomíínio pnio púúblicoblico

DozortsevDozortsev"A prote"A proteçção da integridade de uma obra caão da integridade de uma obra caíída no domda no domíínio nio ppúúblico não visa proteger a personalidade do autor, e seu blico não visa proteger a personalidade do autor, e seu

mundo interior.mundo interior.Esta defesa se aplica mais Esta defesa se aplica mais àà pessoa do autor (seu nome pessoa do autor (seu nome

etc.) etc.) éé defendida tanto como fato objetivo da histdefendida tanto como fato objetivo da históória, como ria, como bem pertencente ao dombem pertencente ao domíínio da cultura nacional. Por outras nio da cultura nacional. Por outras

palavras, palavras, éé o domo domíínio da cultura nacional que nio da cultura nacional que éé aqui aqui defendido.defendido. " Apud Antonio Chaves, Direito de Autor, " Apud Antonio Chaves, Direito de Autor, PrincPrincíípios Fundamentais, Ed. Forense, 1987, p. 171.pios Fundamentais, Ed. Forense, 1987, p. 171.

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DomDomíínio Pnio Púúblico e a blico e a imprescritibilidade dos imprescritibilidade dos

direitos moraisdireitos moraisEliane Y Abrão Eliane Y Abrão -- Se a finalidade do direito autoral Se a finalidade do direito autoral éé a de a de devolver devolver àà coletividade o uso e gozo da obra, não se admite coletividade o uso e gozo da obra, não se admite seja esse uso obstado pelo Estado, se não quanto seja esse uso obstado pelo Estado, se não quanto àà primeira primeira forma de publicaforma de publicaçção da obra. Sob pena de grave ão da obra. Sob pena de grave cerceamento cerceamento àà liberdade de expressão, as transformaliberdade de expressão, as transformaçções da ões da obra original, respeitado o devido crobra original, respeitado o devido créédito, não podem ser dito, não podem ser consideradas violaconsideradas violaçções ões àà integridade dela. integridade dela.

Eduardo Pimenta, PricEduardo Pimenta, Pricíípios de Direitos Autorais, Vol. I, pios de Direitos Autorais, Vol. I, Luemn Juris, 2004. "a obra caLuemn Juris, 2004. "a obra caíída em domda em domíínio pnio púúblico blico continua gozando de protecontinua gozando de proteçção quanto ão quanto àà integridade, integridade, principalmente quanto principalmente quanto àà nomeanomeaçção a autoria, cabendo o ão a autoria, cabendo o exercexercíício de sua defesa ao Estado cio de sua defesa ao Estado -- MinistMinistéério prio púúblico blico Federal."Federal."

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Incondicional, Universal e Incondicional, Universal e definitivodefinitivo

O ingresso no domO ingresso no domíínio pnio púúblico blico em cada sistema em cada sistema jurjuríídicodico éé incondicional, universal e definitivo; a incondicional, universal e definitivo; a

criacriaçção passa a ser comum de todos, e todos têm o ão passa a ser comum de todos, e todos têm o direito de mantêdireito de mantê--la em comunhão, impedindo a la em comunhão, impedindo a

apropriaapropriaçção singular. Não se trata de abandono da ão singular. Não se trata de abandono da obra, obra, res nullius res nullius ou ou res derelictares derelicta, suscet, suscetíível de vel de apropriaapropriaçção singular por simples ocupaão singular por simples ocupaçção. ão.

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Incondicional, Universal e Incondicional, Universal e definitivodefinitivo

Ao contrAo contráário, a obra sai do domrio, a obra sai do domíínio privado e entra nio privado e entra como valor positivo na comunhão de todos; em como valor positivo na comunhão de todos; em comum, todos são titulares do direito de usar e comum, todos são titulares do direito de usar e transformar, e, como todos o são, descabem as transformar, e, como todos o são, descabem as

faculdades de fruir (alugar ou obter regalias) ou de faculdades de fruir (alugar ou obter regalias) ou de dispor (ou seja, entregar dispor (ou seja, entregar àà apropriaapropriaçção singular de ão singular de

terceiro). Mas subsiste a de perseguir a obra das mãos terceiro). Mas subsiste a de perseguir a obra das mãos de quem a apropria singularmente, inclusive atravde quem a apropria singularmente, inclusive atravéés s

de possessde possessóória ria

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Direito subjetivo constitucional Direito subjetivo constitucional ao domao domíínio pnio púúblicoblico

UmaUma vez ingressa no domvez ingressa no domíínio pnio púúblico, a criablico, a criaçção nela se enraão nela se enraííza za e não pode mais ser ree não pode mais ser re--apropriada, salvo nas mesmas condiapropriada, salvo nas mesmas condiçções ões

que tornariam lque tornariam líícita uma apropriacita uma apropriaçção derivada, como por ão derivada, como por exemplo, a desapropriaexemplo, a desapropriaçção. ão.

Coisa diversa Coisa diversa éé a noa noçção de que a sociedade, e cada um dos ão de que a sociedade, e cada um dos seus integrantes, tivessem direito subjetivo constitucional a seus integrantes, tivessem direito subjetivo constitucional a existência e crescimento contexistência e crescimento contíínuo de um domnuo de um domíínio pnio púúblico, blico, oponoponíível aos titulares das exclusivas autorais. Difusamente, vel aos titulares das exclusivas autorais. Difusamente,

haverhaveráá pretensões pretensões àà prestaprestaçção pelo Estado, garantia do pleno ão pelo Estado, garantia do pleno exercexercíício dos direitos culturais e acesso cio dos direitos culturais e acesso ààs fontes da cultura s fontes da cultura nacional, e apoio e incentivo nacional, e apoio e incentivo àà valorizavalorizaçção e a difusão das ão e a difusão das

manifestamanifestaçções culturais.ões culturais.

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Direito subjetivo constitucional ao domínio público

A instrumentalizaA instrumentalizaçção do domão do domíínio pnio púúblico autoralblico autoral

Entendo similarmente que haja uma obrigaEntendo similarmente que haja uma obrigaçção estatal, ão estatal, ààluz do art. 215 da Carta, de garantir os instrumentos de luz do art. 215 da Carta, de garantir os instrumentos de acesso ao domacesso ao domíínio pnio púúblico autoral. Cblico autoral. Cóópias de filmes que pias de filmes que caem, em teoria, em domcaem, em teoria, em domíínio pnio púúblico, mas permanecem blico, mas permanecem

em poder dos titulares anteriores, obras plem poder dos titulares anteriores, obras pláásticas sticas inacessinacessííveis veis àà reprodureproduçção, mecanismos de derivaão, mecanismos de derivaçção de ão de

obras com propobras com propóósitos exclusivamente de frustrar a sitos exclusivamente de frustrar a extinextinçção do termo autoral ão do termo autoral –– todos são mecanismos em todos são mecanismos em

relarelaçção aos quais haverão aos quais haveráá dever estatal de atuadever estatal de atuaçção.ão.

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Direito subjetivo constitucional ao domínio público

Um direito genUm direito genéérico ao domrico ao domíínio pnio púúblicoblico

Fora das hipFora das hipóóteses indicadas, não distingo um teses indicadas, não distingo um direito subjetivo constitucional gendireito subjetivo constitucional genéérico ao rico ao

domdomíínio pnio púúblico. A obrigablico. A obrigaçção do Estado, inscrita ão do Estado, inscrita no art. 215 da Carta, indica um interesse no art. 215 da Carta, indica um interesse

constitucional elaborado como princconstitucional elaborado como princíípio, mas não pio, mas não constitui, para o indivconstitui, para o indivííduo, um direito subjetivo duo, um direito subjetivo constitucional exercitconstitucional exercitáável contra os titulares de vel contra os titulares de

exclusivas autoraisexclusivas autorais..

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Direito subjetivo constitucional ao domínio público

No entanto, como indicamos a princNo entanto, como indicamos a princíípio, o instituto do pio, o instituto do domdomíínio pnio púúblico autoral blico autoral éé uma elaborauma elaboraçção tensional: ele ão tensional: ele existe e se nutre como resultado de um equilexiste e se nutre como resultado de um equilííbrio complexo brio complexo de interesses.de interesses.

Em suma: existe, sim, e como pretensão efetiva, um direito Em suma: existe, sim, e como pretensão efetiva, um direito ààsatisfasatisfaçção das promessas constitucionais de acesso ão das promessas constitucionais de acesso ààinformainformaçção e aos bens culturais; ão e aos bens culturais; àà liberdade de expressão; de liberdade de expressão; de acesso acesso àà educaeducaçção. Caso a exclusiva autoral seja construão. Caso a exclusiva autoral seja construíída e da e exercitada de forma que desrazoavelmente frustre tal exercitada de forma que desrazoavelmente frustre tal promessa, ferirpromessa, feriráá a Constituia Constituiçção, e desse desequilão, e desse desequilííbrio brio nascernasceráá, ainda que para um rol limitado de legitimados, a , ainda que para um rol limitado de legitimados, a pretensão adjetiva de reequilpretensão adjetiva de reequilííbrio.brio.

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A A dinâmicadinâmica do domdo domíínio nio ppúúblicoblico::

renrenúúnciancia aoao acessoacesso de de informainformaççãoão presentepresente ememfavorfavor dada continuidadecontinuidade de de

informainformaççãoão futurafutura

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A questão econômica do A questão econômica do domdomíínio pnio púúblicoblico

�� PropriedadePropriedade intelectualintelectual e e domdomíínionio ppúúblicoblico�� J.H. Reichman, Charting the Collapse of the PatentJ.H. Reichman, Charting the Collapse of the Patent--

Copyright Dichotomy: Premises for a restructured Copyright Dichotomy: Premises for a restructured International Intellectual Property System 13 Cardozo International Intellectual Property System 13 Cardozo Arts & Ent. L.J. 475 (1995). Arts & Ent. L.J. 475 (1995).

�� Para ser breve, este capPara ser breve, este capíítulo do Direito tulo do Direito assegura aos criadores um pacote de direitos assegura aos criadores um pacote de direitos de propriedade exclusiva, planejado para de propriedade exclusiva, planejado para superar o problema do domsuperar o problema do domíínio pnio púúblico blico resultante da natureza intangresultante da natureza intangíível, indivisvel, indivisíível vel e inexaure inexauríível das criavel das criaçções intelectuais, que ões intelectuais, que permite que sejam copiadas por aqueles que permite que sejam copiadas por aqueles que não compartilharam os custos e os riscos do não compartilharam os custos e os riscos do esforesforçço creativoo creativo

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A questão econômica do A questão econômica do domdomíínio pnio púúblicoblico

�� Stuart Stuart MillsMills, , PrinciplesPrinciples ofof PoliticalPolitical EconomyEconomy�� A condenaA condenaçção dos monopão dos monopóólios não deve estenderlios não deve estender--se se ààs s

patentes, porque patentes, porque éé permitido ao permitido ao originatororiginator de um processo de um processo aperfeiaperfeiççoado deter, por um peroado deter, por um perííodo limitado, o privilodo limitado, o priviléégio gio exclusivo de usar sua prexclusivo de usar sua próópria melhoria. Isto não torna o pria melhoria. Isto não torna o produto mais caro sproduto mais caro sóó para seu benefpara seu benefíício, cio, mas meramente mas meramente posterga uma parte da reduposterga uma parte da reduçção de custosão de custos, benef, benefíício esse cio esse que o pque o púúblico deve ao inventor, a fim compensblico deve ao inventor, a fim compensáá--lo e lo e recompensar para o servirecompensar para o serviçço. ... neste caso, assim como na o. ... neste caso, assim como na questão anquestão anááloga do copyright, haveria uma grande imoralidade loga do copyright, haveria uma grande imoralidade na lei que permitisse a todos usar livremente o resultado do na lei que permitisse a todos usar livremente o resultado do trabalho de algutrabalho de alguéém, sem seu consentimento, e sem darm, sem seu consentimento, e sem dar--lhe lhe uma compensauma compensaçção equivalente.ão equivalente.

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A questão econômica do A questão econômica do domdomíínio pnio púúblicoblico

Landes & Posner Landes & Posner “…“… hháá um assimetria persistente no que diz um assimetria persistente no que diz respeito aos benefrespeito aos benefíícios privados quando se compara as vantagens cios privados quando se compara as vantagens de conceder ou negar direitos de propriedade intelectual. (...) de conceder ou negar direitos de propriedade intelectual. (...) o o domdomíínio pnio púúblico não vale muita coisa (...) exagerablico não vale muita coisa (...) exagera--se muito a se muito a dependência dos autores e dos inventores (especialmente dependência dos autores e dos inventores (especialmente

aqueles) quanto aqueles) quanto ààs obras previamente criadas. Mas esta ans obras previamente criadas. Mas esta anáálise lise confunde o valor privado com o valor social. As obras em domconfunde o valor privado com o valor social. As obras em domíínio nio ppúúblico têm menos valor privado do que as obras protegidas por blico têm menos valor privado do que as obras protegidas por

copyright porque não podem ser apropriados. Mas algumas copyright porque não podem ser apropriados. Mas algumas dessas obras em domdessas obras em domíínio pnio púúblico têm um grande valor social. blico têm um grande valor social. ““

The Economics of IP Law, 2003The Economics of IP Law, 2003

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A questão econômica do A questão econômica do domdomíínio pnio púúblicoblico

Denis, A criaDenis, A criaçção..., 2005ão..., 2005

Não se imagine que tal modelo de mercado seja o Não se imagine que tal modelo de mercado seja o

úúnico possnico possíível para fazer florescer a criatividade vel para fazer florescer a criatividade

humana. Fora dele, os Prhumana. Fora dele, os Prííncipes Esterhncipes Esterháázy zy

mantiveram vivo o fluxo de Haydn sob o regime do mantiveram vivo o fluxo de Haydn sob o regime do

patronato, comunidades inteiras subvencionaram a patronato, comunidades inteiras subvencionaram a

arquitetura garquitetura góótica, os tica, os fabliauxfabliaux nasceram da pena de nasceram da pena de

Jean Bodel, de Cortebarbe, Durand, Gautier le Leu, Jean Bodel, de Cortebarbe, Durand, Gautier le Leu,

e Henry d'Andeli sem nenhum este Henry d'Andeli sem nenhum estíímulo de mulo de royaltiesroyalties. .

Em economias planificadas, inventores, artistas e Em economias planificadas, inventores, artistas e

escritores não deixaram de produzir. escritores não deixaram de produzir.

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A questão econômica do A questão econômica do domdomíínio pnio púúblicoblico

De outro lado, pelo menos no tocante De outro lado, pelo menos no tocante àà produproduçção intelectual ão intelectual

não tnão téécnica, e atcnica, e atéé certo grau, a producerto grau, a produçção cientão cientíífica, hfica, háá

sempre o incentivo não econômico, a que se referia Lord sempre o incentivo não econômico, a que se referia Lord

Camden em 1774 (Donaldson v. Beckett, Proceedings in the Camden em 1774 (Donaldson v. Beckett, Proceedings in the

Lords on the Question of Literary Property, February 4 Lords on the Question of Literary Property, February 4

through February 22, 1774.)through February 22, 1774.): :

➔➔It was not for gain, that Bacon, Newton, Milton, Locke, instructIt was not for gain, that Bacon, Newton, Milton, Locke, instructed and ed and

delighted the world; it would be unworthy such men to traffic widelighted the world; it would be unworthy such men to traffic with a th a

dirty bookseller for so much a sheet of a letter press. When thedirty bookseller for so much a sheet of a letter press. When the

bookseller offered Milton five pound for his Paradise Lost, he dbookseller offered Milton five pound for his Paradise Lost, he did not id not

reject it, and commit his poem to the flames, nor did he accept reject it, and commit his poem to the flames, nor did he accept the the

miserable pittance as the reward of his labour; he knew that themiserable pittance as the reward of his labour; he knew that the real real

price of his work was immortality, and that posterity would pay price of his work was immortality, and that posterity would pay it.it.

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As estratAs estratéégias de protegias de proteççãoão

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Copyright ou Copyright ou DroitDroit dd´́auteurauteur

�� A tradiA tradiçção inglesa e, depois, norteão inglesa e, depois, norte--americana, americana, elaborou um direito de celaborou um direito de cóópia, ou pia, ou copyrightcopyright, pelo , pelo qual o autor qual o autor -- e não o editor e não o editor -- deteria a deteria a exclusividade de impressão. exclusividade de impressão.

�� A legislaA legislaçção francesa subseqão francesa subseqüüente ente àà RevoluRevoluçção ão e, ate, atéé certo ponto, o direito alemão , fixaram no certo ponto, o direito alemão , fixaram no segundo aspecto, aperfeisegundo aspecto, aperfeiççoando a proteoando a proteçção do ão do autor em sua individualidade por meio do direito autor em sua individualidade por meio do direito de autoria ou de autoria ou droitdroit dd’’auteurauteur..

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Copyright ou Copyright ou DroitDroit dd´́auteurauteur�� Diz Paul Diz Paul GellerGeller [1][1] quanto ao papel dos direitos autorais em sua quanto ao papel dos direitos autorais em sua

modalidade europmodalidade europééia (e brasileira) e a americana: ia (e brasileira) e a americana: �� While a While a marketplace normmarketplace norm only allows for fashioning copyright narrowly, only allows for fashioning copyright narrowly,

an an authorship normauthorship norm gives it a broader scope. gives it a broader scope. �� On the one hand, marketplace norms do not authorize legislating On the one hand, marketplace norms do not authorize legislating rights rights

stronger than necessary for inducing the making and marketing ofstronger than necessary for inducing the making and marketing of works. works. �� The law of the United States enumerates a closed bundle of rightThe law of the United States enumerates a closed bundle of rights, s,

further limited by the openfurther limited by the open--ended exception of fair use which, for ended exception of fair use which, for example, the U.S. Supreme Court invoked in excusing certain caseexample, the U.S. Supreme Court invoked in excusing certain cases of s of home copying. home copying.

�� On the other hand, authorship norms justify rights broad enough On the other hand, authorship norms justify rights broad enough to to make authors the masters of their selfmake authors the masters of their self--expression, however this expression, however this expression might be eventually used. expression might be eventually used.

�� The French and German laws conceptualize authors' rights in broaThe French and German laws conceptualize authors' rights in broad and d and flexible terms and limit them in restrictively construed, specifflexible terms and limit them in restrictively construed, specific ic exceptions. exceptions.

�� The German Constitutional Court even faulted legislative exceptiThe German Constitutional Court even faulted legislative exceptions as ons as unfaithful to this approach because they were not narrow enough.unfaithful to this approach because they were not narrow enough.

�� [1][1] Paul Paul GellerGeller, Revue Internationale du Droit d'Auteur (RIDA) (Jan. 1994), no, Revue Internationale du Droit d'Auteur (RIDA) (Jan. 1994), no. . 159, 159, atat p. 3p. 3

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Copyright ou Copyright ou DroitDroit dd´́auteurauteur�� Each of these norms implies a different relation of priority betEach of these norms implies a different relation of priority between ween

economic and moral rights. economic and moral rights. �� To maintain a reliable market in works, a marketplace norm avoidTo maintain a reliable market in works, a marketplace norm avoids s

burdening the contractual transfer of economic rights. burdening the contractual transfer of economic rights. �� AngloAnglo--American laws tend to codify previously inchoate moral rights American laws tend to codify previously inchoate moral rights

in terms that permit authors contractually to waive invoking thein terms that permit authors contractually to waive invoking these se rights against transferees. rights against transferees.

�� By contrast, to empower authors to control the use of their workBy contrast, to empower authors to control the use of their works, s, an authorship norm leads to recognizing inalienable moral rightsan authorship norm leads to recognizing inalienable moral rightsthat authors may assert in the face of contracts to contrary effthat authors may assert in the face of contracts to contrary effect. ect. Consequently, French and German copyright laws both formulate Consequently, French and German copyright laws both formulate such moral rights in broad terms that enable them to survive such moral rights in broad terms that enable them to survive contractual transfers. contractual transfers.

�� Suppose claims that an author transfers the economic right to adSuppose claims that an author transfers the economic right to adapt apt a work but later claims the moral right to stop adaptations thata work but later claims the moral right to stop adaptations thatdistort the work. In such cases, unlike a marketplace norm, an distort the work. In such cases, unlike a marketplace norm, an authorship norm might well lead courts to enforcing just such riauthorship norm might well lead courts to enforcing just such rights. ghts.

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Copyright & Copyright & DroitDroit dd’’auteurauteur

�� Tais caracterTais caracteríísticas fazem com que os sistemas relativos ao sticas fazem com que os sistemas relativos ao droitdroitdd’’auteurauteur ou sua vertente alemã tendam a adotar a universalidade e a ou sua vertente alemã tendam a adotar a universalidade e a simultaneidade de protesimultaneidade de proteçção , a inexigibilidade de exame ou registros, ão , a inexigibilidade de exame ou registros, prazos longos, poderes especiais de carprazos longos, poderes especiais de carááter personalter personalííssimo conferidos ssimo conferidos aos autores, etc. Tal modelo, que se acha consagrado na Convenaos autores, etc. Tal modelo, que se acha consagrado na Convençção de ão de Berna implica o estBerna implica o estíímulo da funmulo da funçção criativa por meio da proteão criativa por meio da proteçção ão jurjuríídica da personalidade do criador.dica da personalidade do criador.

�� O modelo do copyright, em parte por sua caracterO modelo do copyright, em parte por sua caracteríística stica acentuadamente econômica (pelo menos, em comparaacentuadamente econômica (pelo menos, em comparaçção com o ão com o droitdroitdd’’auteurauteur), adaptou), adaptou--se com maior facilidade se com maior facilidade àà indindúústria cultural do stria cultural do cinema, disco e derivados. O modelo cinematogrcinema, disco e derivados. O modelo cinematográáfico, em particular, fico, em particular, contribuiu para formular a solucontribuiu para formular a soluçção , ensaiada nos EUA desde meados ão , ensaiada nos EUA desde meados da dda déécada de 60, para a protecada de 60, para a proteçção do softwareão do software

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Copyright ou Copyright ou DroitDroit dd´́auteurauteur

�� A convergência A convergência �� A incorporaA incorporaçção dos direitos morais nos ão dos direitos morais nos

papaííses de tradises de tradiçção britânicaão britânica�� A reduA reduçção da proteão da proteçção ão românticaromântica ao ao

autorautor�� A padronizaA padronizaçção de ão de TRIPsTRIPs�� A entrada dos A entrada dos EsatdosEsatdos Unidos em Berna Unidos em Berna

(1989)(1989)

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Copyright & Copyright & DroitDroit dd’’auteurauteur

�� Art. 4Art. 4ºº InterpretamInterpretam--se restritivamente os negse restritivamente os negóócios jurcios juríídicos sobre os dicos sobre os direitos autorais.direitos autorais.

�� Art. 49. Os direitos de autor poderão ser, total ou parcialmenteArt. 49. Os direitos de autor poderão ser, total ou parcialmentetransferidos a terceiros, por ele ou por seus sucessores, a ttransferidos a terceiros, por ele ou por seus sucessores, a tíítulo tulo universal ou singular, pessoalmente ou por meio de representanteuniversal ou singular, pessoalmente ou por meio de representantes com s com poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão poderes especiais, por meio de licenciamento, concessão, cessão ou ou por outros meios admitidos em Direito, obedecidas as seguintes por outros meios admitidos em Direito, obedecidas as seguintes limitalimitaçções: (...)VI ões: (...)VI -- não havendo especificanão havendo especificaçções quanto ões quanto àà modalidade modalidade de utilizade utilizaçção, o contrato serão, o contrato seráá interpretado restritivamente, entendendointerpretado restritivamente, entendendo--se como limitada apenas a uma que seja aquela indispensse como limitada apenas a uma que seja aquela indispensáável ao vel ao cumprimento da finalidade do contrato.cumprimento da finalidade do contrato.

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Copyright & Copyright & DroitDroit dd’’auteurauteur

�� PromoPromoçção PG/CES/03/99ão PG/CES/03/99--DBB Em 21 de janeiro de 1999DBB Em 21 de janeiro de 1999

�� Lei 8.666/93 Lei 8.666/93 -- ART.111 A AdministraART.111 A Administraçção são sóó poderpoderáácontratar, pagar, premiar ou receber projeto ou servicontratar, pagar, premiar ou receber projeto ou serviçço o ttéécnico especializado desde que o autor ceda os direitos cnico especializado desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos e a Administrapatrimoniais a ele relativos e a Administraçção possa ão possa utilizutilizáá--lo de acordo com o previsto no regulamento de lo de acordo com o previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboraconcurso ou no ajuste para sua elaboraçção.ão.

�� ParParáágrafo grafo úúnico. Quando o projeto referirnico. Quando o projeto referir--se a obra se a obra imaterial de carimaterial de carááter tecnolter tecnolóógico, insuscetgico, insuscetíível de privilvel de priviléégio, gio, a cessão dos direitos incluira cessão dos direitos incluiráá o fornecimento de todos os o fornecimento de todos os dados, documentos e elementos de informadados, documentos e elementos de informaçção pertinentes ão pertinentes àà tecnologia de conceptecnologia de concepçção, desenvolvimento, fixaão, desenvolvimento, fixaçção em ão em suporte fsuporte fíísico de qualquer natureza e aplicasico de qualquer natureza e aplicaçção da obra.ão da obra.

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Copyright & Copyright & DroitDroit dd’’auteurauteur

�� PromoPromoçção PG/CES/03/99ão PG/CES/03/99--DBB Em 21 de janeiro de 1999DBB Em 21 de janeiro de 1999

�� Qual o alcance de tal norma? Não obstante sua aparente veemênciaQual o alcance de tal norma? Não obstante sua aparente veemência, e a natureza , e a natureza ppúública de tal imposiblica de tal imposiçção, não menos relevante são os princão, não menos relevante são os princíípios do Direito pios do Direito Autoral, sob a tutela constitucional da proteAutoral, sob a tutela constitucional da proteçção aos direitos de tal naturezaão aos direitos de tal natureza]]. E, . E, destes princdestes princíípios, importantpios, importantííssimo ssimo éé o da proteo da proteçção ao autor, com o cunho de ão ao autor, com o cunho de direito pdireito púúblico, pela interpretablico, pela interpretaçção restritiva dos negão restritiva dos negóócios jurcios juríídicos que se dicos que se refiram aos direitos autoraisrefiram aos direitos autorais

�� Assim, o carAssim, o carááter restritivo (contra os autores) de tal dispositivo deve ser ter restritivo (contra os autores) de tal dispositivo deve ser submetido a uma interpretasubmetido a uma interpretaçção por sua vez restritiva, da qual ressalta aplicaão por sua vez restritiva, da qual ressalta aplicaçção ão do princdo princíípio da necessidade da Administrapio da necessidade da Administraçção. Ou seja, a eficão. Ou seja, a eficáácia da expressão cia da expressão "desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos"desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos" fica " fica condicionada condicionada àà clclááusula "[desde que] a Administrausula "[desde que] a Administraçção possa utilizão possa utilizáá--lo de acordo lo de acordo com o previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua com o previsto no regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboraelaboraçção"ão"

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A economia da produA economia da produçção ão expressiva intermediada, expressiva intermediada, voltada para o mercado,voltada para o mercado,

ououa economia do direito a economia do direito

autoralautoral

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Mercado e Mercado e pulsãopulsão retentivaretentiva

�� "Assim, o mercador ou "Assim, o mercador ou comerciante, movido apenas comerciante, movido apenas pelo seu prpelo seu próóprio interesse prio interesse egoegoíísta (sta (selfself--interestinterest), ), éé levado levado por uma mão invispor uma mão invisíível a vel a promover algo que nunca fez promover algo que nunca fez parte do interesse dele: o bemparte do interesse dele: o bem--estar da sociedade.estar da sociedade.““ Adam SmithAdam Smith

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

==

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7373

A teoria do market failure e A teoria do market failure e a propriedade intelectuala propriedade intelectual

Por que Por que falha?falha?PorquePorque o mercado, com toda a o mercado, com toda a prestidigitaprestidigitaçção de sua mão ão de sua mão invisinvisíível, não consegue vel, não consegue assegurar a alocaassegurar a alocaçção de ão de recursos para o investimento recursos para o investimento criativo, nem lhe assegurar o criativo, nem lhe assegurar o retorno.retorno.

AssimAssim, torna, torna--se indispensse indispensáável vel

intervir no mercadointervir no mercado..

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O O modelomodelo do do usouso exclusivoexclusivo

�� Das muitas formas possDas muitas formas possííveis de veis de estestíímulo ao investimento criativo, mulo ao investimento criativo, a hista históória real das economias de ria real das economias de mercado inclinoumercado inclinou--se por um se por um modelo especmodelo especíífico: aquele que dfico: aquele que dááao criador ou investidor um ao criador ou investidor um direito de uso exclusivo sobre a direito de uso exclusivo sobre a solusoluçção tecnolão tecnolóógica, ou sobre a gica, ou sobre a obra do espobra do espíírito produzida. rito produzida.

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� JJáá que existe interesse social em que esse investimento que existe interesse social em que esse investimento continue mesmo numa economia de mercado, algum continue mesmo numa economia de mercado, algum tipo de atipo de açção deve ser intentada para corrigir esta ão deve ser intentada para corrigir esta deficiência gendeficiência genéética da criatica da criaçção intelectual. ão intelectual.

�� A criaA criaçção tecnolão tecnolóógica ou expressiva gica ou expressiva éénaturalmente naturalmente inadequada ao ambiente de inadequada ao ambiente de mercado.mercado.

�� ImpõeImpõe--se assim se assim a intervena intervençção do Estadoão do Estado, pela a, pela açção de ão de algum instrumento de direito.algum instrumento de direito.

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A economia A economia posnerianaposneriana do direito do direito autoralautoral

–– A noA noçção de custos de transaão de custos de transaçção (ão (““(c) os custos de (c) os custos de administrar a proteadministrar a proteçção do ão do copyrightcopyright..””� Cinco elementos que comporiam o custo de transação:

– (i) custos com a atividade de busca de informações sobre o negócio pretendido;

– (ii) custos com a atividade de negociação; – (iii) custos com a realização e formalização de contratos; – (iv) custoscom a atividade de monitoramento de

parceiros, para verificar o cumprimento do contrato;e – (v) custos com a correta aplicação do contrato e com a

cobrança de indenização pelo eventual descumprimento.– Apud SADDI, Jairo. Os Custos de Transação e as Externalidades no Direito. In Jornal Valor

Econômico, 03 de janeiro de 2003, caderno “Legislação e Tributos”, p. E2.

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� Nas situaNas situaçções em que a criaões em que a criaçção ão éé estimulada ou estimulada ou apropriada pelo mercado, duas hipapropriada pelo mercado, duas hipóóteses foram teses foram sempre suscitadas: sempre suscitadas: –– ou a da socializaou a da socializaçção dos riscos e custos incorridos ão dos riscos e custos incorridos

para criar;para criar;–– ou a apropriaou a apropriaçção privada dos resultados atravão privada dos resultados atravéés da s da

construconstruçção jurão juríídica de uma dica de uma exclusividade artificialexclusividade artificial, , como a da patente, ou do direito autoral, etc.como a da patente, ou do direito autoral, etc.

�� ÉÉ desta desta úúltima hipltima hipóótese que falamos tese que falamos inicialmente como sendo o modelo preferencial inicialmente como sendo o modelo preferencial das economias de mercado. das economias de mercado.

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

•• Por que exclusividade, e por que artificial?Por que exclusividade, e por que artificial?•• Por uma caracterPor uma caracteríística especstica especíífica dessas fica dessas

criacriaçções tões téécnicas, abstratas ou estcnicas, abstratas ou estééticas: a ticas: a naturezanatureza evanescenteevanescente desses bens imateriais. desses bens imateriais. •• Quando eles são colocados no mercado, naturalmente Quando eles são colocados no mercado, naturalmente

se tornam acessse tornam acessííveis ao pveis ao púúblico, num episblico, num episóódio de dio de imediata e total dispersão.imediata e total dispersão.

•• Ou seja, a informaOu seja, a informaçção ão íínsita na criansita na criaçção deixa de ser ão deixa de ser escassa, perdendo a sua escassa, perdendo a sua economicidadeeconomicidade..

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� As caracterAs caracteríísticas desses bens são apontados pela sticas desses bens são apontados pela literatura:literatura:–– O que certos economistas chama de O que certos economistas chama de nãonão--rivalidaderivalidade. Ou seja, o . Ou seja, o

uso ou consumo do bem por uma pessoa não impede o seu uso uso ou consumo do bem por uma pessoa não impede o seu uso ou consumo por uma outra pessoa. O fato de alguou consumo por uma outra pessoa. O fato de alguéém usar uma m usar uma criacriaçção tão téécnica ou expressiva não impossibilita outra pessoa de cnica ou expressiva não impossibilita outra pessoa de tambtambéém fazêm fazê--lo, em toda extensão, e sem prejulo, em toda extensão, e sem prejuíízo da fruizo da fruiçção da ão da primeira. primeira.

–– O que esses mesmos autores se referem como O que esses mesmos autores se referem como nãonão--exclusividadeexclusividade: o fato de que, salvo interven: o fato de que, salvo intervençção estatal ou outras ão estatal ou outras medidas artificiais, ningumedidas artificiais, ninguéém pode ser impedido de usar o bem. m pode ser impedido de usar o bem.

�� Assim, Assim, éé difdifíícil coletar proveito econômico cil coletar proveito econômico comercializando publicamente no mercado esse tipo da comercializando publicamente no mercado esse tipo da atividade criativa. atividade criativa.

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� Como conseqComo conseqüüência dessas ência dessas caractercaracteríísticas, o livre jogo de sticas, o livre jogo de mercado mercado éé insuficiente para garantir insuficiente para garantir que se crie e mantenha o fluxo de que se crie e mantenha o fluxo de investimento em uma tecnologia ou investimento em uma tecnologia ou um filme um filme –– que requeira alto custo de que requeira alto custo de desenvolvimento e desenvolvimento e

–– seja sujeito a cseja sujeito a cóópia fpia fáácil.cil.

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Necessidade de proteNecessidade de proteçção ão

Custo de expressão + custo de distribuiCusto de expressão + custo de distribuiççãoão

Custo de reproduCusto de reproduçção não autorizada ão não autorizada

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Necessidade de proteNecessidade de proteçção ão

Na verdade, o efeito sNa verdade, o efeito sóó se dse dáá quando: quando: 1)1)O custo da criaO custo da criaçção independente ão independente éé muito elevado. muito elevado. 2)2)A cA cóópia pia éé substituto perfeito para o produto original, quanto substituto perfeito para o produto original, quanto àà a qualidade, a confiabilidade, o na qualidade, a confiabilidade, o núúmero e a qualidade de mero e a qualidade de redes de distribuiredes de distribuiçção, ão, authenticidadeauthenticidade e os servie os serviçços os resultantes de rede e de suporte ao produto. resultantes de rede e de suporte ao produto.

3)3)Os consumidores percebem os dois produtos para ser Os consumidores percebem os dois produtos para ser substitutos perfeitos. substitutos perfeitos.

4)4)A diferenA diferençça entre o custo do copista e o custo da criaa entre o custo do copista e o custo da criaçção ão independente independente éé tão grande que o copista possa vender tão grande que o copista possa vender mais barato. mais barato.

5)5)Se não houver retorno dos custos da criaSe não houver retorno dos custos da criaçção independente, ão independente, ninguninguéém investiria na atividade criativa. m investiria na atividade criativa.

6)6)O criador independente pode recuperar seus custos O criador independente pode recuperar seus custos somente por meio de vender ou licensomente por meio de vender ou licençças as e e não pode não pode exercer discriminaexercer discriminaçção de preão de preçços. os.

–– COPYRIGHT, Wendy J. Gordon, Robert G. BoneCOPYRIGHT, Wendy J. Gordon, Robert G. Bone

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� A correA correçção do desestão do desestíímulo no investimento de mulo no investimento de longo prazo na inovalongo prazo na inovaçção, assim, acontece ão, assim, acontece atravatravéés de uma garantia legal, por exemplo: s de uma garantia legal, por exemplo: 1.1. por meio de um por meio de um direito exclusivodireito exclusivo, ou seja, a , ou seja, a apropriaapropriaçção privada tanto do uso, da fruião privada tanto do uso, da fruiçção, e ão, e tambtambéém da possibilidade de transferir a m da possibilidade de transferir a terceiros a totalidade desses direitos (no latim terceiros a totalidade desses direitos (no latim tão querido aos juristas, tão querido aos juristas, usususus, , fructusfructus; ; abususabusus, , jus jus persequendipersequendi); ou então); ou então

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� A correA correçção do desestão do desestíímulo no mulo no investimento de longo prazo na investimento de longo prazo na inovainovaçção, assim, acontece atravão, assim, acontece atravéés de s de uma garantia legal, por exemplo: uma garantia legal, por exemplo: 2) por um direito 2) por um direito não exclusivonão exclusivo, mas tamb, mas tambéém m

de repercussão econômica, por exemplo, o de repercussão econômica, por exemplo, o direito de fruir dos resultados do direito de fruir dos resultados do investimento, cobrando um preinvestimento, cobrando um preçço de quem o de quem usasse a informausasse a informaçção, mas sem ter o direito ão, mas sem ter o direito de proibir o uso; ou aindade proibir o uso; ou ainda

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� A correA correçção do desestão do desestíímulo no mulo no investimento de longo prazo na inovainvestimento de longo prazo na inovaçção, ão, assim, acontece atravassim, acontece atravéés de uma garantia s de uma garantia legal, por exemplo: legal, por exemplo:

3) por uma 3) por uma garantia de indenizagarantia de indenizaççãoão do Estado do Estado para quem investisse na nova criapara quem investisse na nova criaçção ão tecnoltecnolóógica ou autoral (mecenato estatal, gica ou autoral (mecenato estatal, subvensubvençção da FINEP, compras militares e ão da FINEP, compras militares e espaciais).espaciais).

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� A intervenA intervençção no mercado para ão no mercado para assegurar um tipo de assegurar um tipo de investimento cria um investimento cria um custocustoppúúblico: blico:

�� ““To begin with, To begin with, a genuine "invention" a genuine "invention" (...) (...) must be demonstratedmust be demonstrated "lest in the constant "lest in the constant demand for new appliances the heavy hand demand for new appliances the heavy hand of tribute be laid on each slight of tribute be laid on each slight technological advance in an art."technological advance in an art."Sears, Roebuck & Co. V. Sears, Roebuck & Co. V. StiffelStiffel Co., 376 U.S. 225 (1964) Co., 376 U.S. 225 (1964) mrmr. Justice Black . Justice Black

delivered the opinion of the Court delivered the opinion of the Court

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� E E issoisso criacria a a necessidadenecessidade de de equilibrarequilibrar osos interessesinteresses sociaissociais com com ososdo do favorecidofavorecido pelapela intervenintervenççãoão::

–– ÉÉ importante notar a funcionalidade da aproximaimportante notar a funcionalidade da aproximaçção do direito ão do direito e da economia para o e da economia para o copyrightcopyright. .

–– Os direito exclusivos concedidos aos autores não existem em Os direito exclusivos concedidos aos autores não existem em virtude de direitos naturais ou intrvirtude de direitos naturais ou intríínsecos, são simplesmente nsecos, são simplesmente meios para se chegar a um fim. Este entendimento encontra a meios para se chegar a um fim. Este entendimento encontra a sustentasustentaçção no mandato constitucional do ão no mandato constitucional do copyrightcopyright. .

–– O Congresso recebeu poderes para decretar leis tais como o O Congresso recebeu poderes para decretar leis tais como o copyright com a finalidade de promover copyright com a finalidade de promover ““o progresso da o progresso da ciência e das artes ciência e das artes úúteis.teis.”” A ConstituiA Constituiçção não contempla ão não contempla conceder direitos exclusivos aos autores puramente para seu conceder direitos exclusivos aos autores puramente para seu enriquecimento pessoal. (...) enriquecimento pessoal. (...)

–– Isto Isto éé consistente com uma teoria de consistente com uma teoria de LawLaw & & EconomicsEconomics para o para o copyright copyright ..

–– Sag, Matthew J., "Beyond Abstraction: The Law and Economics of CSag, Matthew J., "Beyond Abstraction: The Law and Economics of Copyright opyright Scope and Doctrinal Efficiency" . Tulane Law Review, Vol. 81 AvaScope and Doctrinal Efficiency" . Tulane Law Review, Vol. 81 Available at SSRN: ilable at SSRN: http://http://ssrn.comssrn.com/abstract=916603/abstract=916603

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A economia dos bens de criaA economia dos bens de criaççãoão

�� Sony Corp. of Am. v. Universal City Studios, Inc., 464 Sony Corp. of Am. v. Universal City Studios, Inc., 464 U.S. 417, 429 (1984) U.S. 417, 429 (1984) –– The monopoly privileges that Congress may authorize are The monopoly privileges that Congress may authorize are

neither unlimited nor primarily designed to provide a special neither unlimited nor primarily designed to provide a special private benefit. Rather, the limited grant is a means by which private benefit. Rather, the limited grant is a means by which an important public purpose may be achieved. It is intended to an important public purpose may be achieved. It is intended to motivate the creative activity of authors and inventors by the motivate the creative activity of authors and inventors by the provision of a special reward, and to allow the public access toprovision of a special reward, and to allow the public access tothe products of their genius after the limited period of exclusithe products of their genius after the limited period of exclusive ve control has expired.control has expired.

�� Eldred v. Ashcroft, 537 U.S. 186, 212 (2003):Eldred v. Ashcroft, 537 U.S. 186, 212 (2003):–– ””copyright law celebrates the profit motive, recognizing that thecopyright law celebrates the profit motive, recognizing that the

incentive to profit from the exploitation of copyrights will incentive to profit from the exploitation of copyrights will redound to the public benefit by resulting in the proliferation redound to the public benefit by resulting in the proliferation of of knowledge. The profit motive is the engine that ensures the knowledge. The profit motive is the engine that ensures the progress of science.progress of science.””

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A economia A economia posnerianaposneriana do direito do direito autoralautoral

�� O estudo econômico do sistema jurídico é reconhecido como indispensável para um melhor entendimento dos objetivos e dos resultados das leis. Focando em uma análise consequencialista, bem como visando examinar meios legais para garantir o fim adequado, tal doutrina atua como um balanbalançço de eficiência do direito positivoo de eficiência do direito positivo.

� (...) Na busca de maximizar os benefícios, Posner explica que eficiência seria o melhor resultado que se poderia obter por qualquer sistema econômico.

� Entre outras definições, Pareto entende que eficiência é o que atua em prol de uns sem prejudicar os demais enquanto Hicks e Kaldor já consideram que eficiente quando os benefícios superam as perdas.

� Ana Beatriz Nunes Barbosa, Law & Economics – Uma Introdução, Revista de Direito Empresarial IBMEC no. 1, 2002.

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A economia A economia posnerianaposneriana do direito do direito autoralautoral

�� William M. William M. LandesLandes and Richard A. Posner, An Economic Analysis of and Richard A. Posner, An Economic Analysis of Copyright Law 18 J. Leg. Stud. 325, 325Copyright Law 18 J. Leg. Stud. 325, 325--33, 34433, 344--53 (1989)53 (1989)

�� EconomiaEconomia do do direitodireito de de exclusivaexclusiva::

–– ““Uma relaUma relaçção entre o incentivo ao investimento em ão entre o incentivo ao investimento em bens de criabens de criaçção e a barreira ao acesso ão e a barreira ao acesso àà produproduççãoão(...) (...)

–– O problema central da lei de O problema central da lei de copyrightcopyright éé atingir o balanatingir o balançço o correto entre o acesso e os incentivos. correto entre o acesso e os incentivos.

–– Para que a lei de copyright promova a eficiência econômica, Para que a lei de copyright promova a eficiência econômica, suas doutrinas legais principais devem, pelo menos suas doutrinas legais principais devem, pelo menos aproximadamente, (a) maximizar os benefaproximadamente, (a) maximizar os benefíícios de criar obras cios de criar obras adicionais (b) menos as perdas de limitar o acesso e (c) os adicionais (b) menos as perdas de limitar o acesso e (c) os custos de administrar a protecustos de administrar a proteçção do ão do copyrightcopyright..””

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A economia A economia posnerianaposneriana do direito do direito autoralautoral

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A economia A economia posnerianaposneriana do direito do direito autoralautoral

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A economia A economia posnerianaposneriana do direito do direito autoralautoral

–– NoNoççãoão dos dos ganhosganhos de de dinâmicadinâmica�� O O copyright copyright seriaseria um um balanbalanççoo entreentre as as perdasperdas de de acessoacesso presentepresente àà produproduççãoão expressivaexpressiva versos o versos o ganhoganho futurofuturo de novas de novas produproduççõesões. .

–– ““Em princEm princíípio, os direitos de PI criam poder do mercado pio, os direitos de PI criam poder do mercado limitando a competilimitando a competiçção estão estáática a fim promover investimentos tica a fim promover investimentos na competina competiçção dinâmica. Em mercados ão dinâmica. Em mercados inovativosinovativos de produtos e de produtos e de inovade inovaçções dificilmente a PI resulta em poder suficiente para ões dificilmente a PI resulta em poder suficiente para

gerar um comportamento significativo de monopgerar um comportamento significativo de monopóóliolio””..–– Keith E. Keith E. MaskusMaskus, Mohamed , Mohamed LahouelLahouel, Competition Policy and Intellectual Property Rights in Develop, Competition Policy and Intellectual Property Rights in Developing ing

Countries: Interests in Unilateral Initiatives and a WTO AgreemeCountries: Interests in Unilateral Initiatives and a WTO Agreement, nt, encontradoencontrado ememhttp://www.worldbank.org/research/abcde/washington_12/pdf_files/http://www.worldbank.org/research/abcde/washington_12/pdf_files/maskus.pdf, maskus.pdf, vistitadovistitado emem 21/02/2005.21/02/2005.

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Conceitos fundamentaisConceitos fundamentais

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ConceitosConceitos

�� IdIdééias & Expressõesias & Expressões�� Utilidade & expressãoUtilidade & expressão�� Corpus Corpus mysticummysticum e corpus e corpus mechanicummechanicum�� Patrimoniais e moraisPatrimoniais e morais

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão

�� A questão fundamental do Direito de A questão fundamental do Direito de Autor Autor éé a protea proteçção jurão juríídica dica àà expressão expressão das iddas idééias. Este ramo do Direito não ias. Este ramo do Direito não protege idprotege idééias, planos, conceitos mas ias, planos, conceitos mas formas de expressão. formas de expressão.

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão�� InvenInvençções idões idééias, sistemas e mias, sistemas e méétodos não constituem todos não constituem

obras intelectuais protegidas pelo Direito Autoral, obras intelectuais protegidas pelo Direito Autoral, porquanto a criaporquanto a criaçção do espão do espíírito objeto da proterito objeto da proteçção legal ão legal éé aquela de alguma forma exteriorizada. Assim, obra aquela de alguma forma exteriorizada. Assim, obra intelectual intelectual protegprotegíívelvel, o sentido que lhe d, o sentido que lhe dáá o art. 5o art. 5oo. da . da Lei 5.988/73, Lei 5.988/73, éé sempre a forma de expressão de uma sempre a forma de expressão de uma criacriaçção intelectual e não as idão intelectual e não as idééias, inventos, sistemas ou ias, inventos, sistemas ou mméétodos. (grifos do originaltodos. (grifos do original). ). Conselho Nacional de Direitos Conselho Nacional de Direitos Autorais. DeliberaAutorais. Deliberaçções no. 41/83, Processo 440/82ões no. 41/83, Processo 440/82

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão�� . Nos Estados Unidos, o caso b. Nos Estados Unidos, o caso báásico sico éé Baker v. Baker v. SeldenSelden, 101,U.S., 99 , 101,U.S., 99

(1879), tratando exatamente da descri(1879), tratando exatamente da descriçção de um plano de ão de um plano de contabilidade, que levou contabilidade, que levou àà enfenfáática redatica redaçção da Lei americana, que ão da Lei americana, que exclui da proteexclui da proteçção autoral ão autoral ““anyany ideaidea, , procedureprocedure, , processprocess, , systemsystem, , methodmethod of of operationoperation, , principleprinciple, , oror discoverydiscovery”” não importando a não importando a forma na qual a idforma na qual a idééia seja descrita, explicada, ilustrada ou ia seja descrita, explicada, ilustrada ou incorporada na obra (Lei de 1976, incorporada na obra (Lei de 1976, §§ 102(b)). Vide 102(b)). Vide ChisumChisum e e JacobsJacobs, , UnderstandingUnderstanding IntellectualIntellectual PropertyProperty LawLaw, , MatthewMatthew BenderBender, 1992, p. , 1992, p. 44--23 23

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão�� Claude Claude ColombetColombet, , GrandsGrands PrincipesPrincipes dudu DroitDroit dd’’AuteurAuteur etet

desdes DroitsDroits VoisinsVoisins dansdans lele Monde, 2a. Ed. Monde, 2a. Ed. LITEC/UNESCO, 1992, p. 10 LITEC/UNESCO, 1992, p. 10 (Com efeito, criando o Direito de (Com efeito, criando o Direito de Autor um monopAutor um monopóólio em proveito do criador, direito este que lio em proveito do criador, direito este que éésancionado com vigor, sancionado com vigor, tornartornar--sese--ííaa paralisante tolerar que esta tutela paralisante tolerar que esta tutela recarecaíísse sobre as idsse sobre as idééias; as criaias; as criaçções seriam entravadas pela necessidade ões seriam entravadas pela necessidade de requerer a autorizade requerer a autorizaçção dos pensadores: podeão dos pensadores: pode--se imaginar, por se imaginar, por exemplo, que, no domexemplo, que, no domíínio cientnio cientíífico, toda narrafico, toda narraçção dos progressos ão dos progressos seria difseria difíícil por que elas imporiam a concordância dos pensadores, dos cil por que elas imporiam a concordância dos pensadores, dos quais as idquais as idééias seriam a base das descobertas. (ias seriam a base das descobertas. (……) Tamb) Tambéém esta m esta exclusão das idexclusão das idééias do domias do domíínio do direito do autor nio do direito do autor éé uma constante uma constante universal) universal)

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão�� Lei 9.610/98 Art. 8Lei 9.610/98 Art. 8ºº Não são objeto de proteNão são objeto de proteçção como ão como

direitos autorais de que trata esta Lei:direitos autorais de que trata esta Lei:��

�� I I -- as idas idééias, procedimentos normativos, sistemas, mias, procedimentos normativos, sistemas, méétodos, todos, projetos ou conceitos matemprojetos ou conceitos matemááticos como tais;ticos como tais;

��

�� II II -- os esquemas, planos ou regras para realizar atos os esquemas, planos ou regras para realizar atos mentais, jogos ou negmentais, jogos ou negóócios;cios;

�� (...) (...) �� VII VII -- o aproveitamento industrial ou comercial das ido aproveitamento industrial ou comercial das idééias ias

contidas nas obras.contidas nas obras.

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão�� A conseqA conseqüüência deste princência deste princíípio pio éé que que ““embora um artigo embora um artigo

de uma revista, ensinando como ajustar o motor de um de uma revista, ensinando como ajustar o motor de um automautomóóvel, seja protegido pelo Direito Autoral, esta vel, seja protegido pelo Direito Autoral, esta proteproteçção se estende somente ão se estende somente àà expressão das idexpressão das idééias, fatos e ias, fatos e procedimentos no artigo, não procedimentos no artigo, não ààs ids idééias, fatos e ias, fatos e procedimentos em si mesmos, não obstante quão criativos procedimentos em si mesmos, não obstante quão criativos ou originais eles possam ser. Qualquer um pode usar as ou originais eles possam ser. Qualquer um pode usar as ididééias, fatos e processos existentes no artigo para ajustar ias, fatos e processos existentes no artigo para ajustar um motor de automum motor de automóóvel, ou para escrever outro artigo vel, ou para escrever outro artigo sobre a mesma matsobre a mesma matéériaria”” [1][1]. .

�� [1][1] O exemplo foi traduzido e fielmente transcrito de O exemplo foi traduzido e fielmente transcrito de IntellectualIntellectual PropertyProperty andandthethe NationalNational InformationInformation InfaestructureInfaestructure, U.S. , U.S. PatentPatent andand Trademark Office, Trademark Office, Setembro de 1995, p. 32.Setembro de 1995, p. 32.

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão

�� Bula de RemBula de Reméédios Reconhecida natureza cientdios Reconhecida natureza cientíífica.fica.

�� Destinada Destinada àà classe mclasse méédica e farmacêutica e fiscalizada pelas autoridades dica e farmacêutica e fiscalizada pelas autoridades

competentes, legitimacompetentes, legitima--se a simples referência ou citase a simples referência ou citaçção de uma pesquisa ão de uma pesquisa

cientcientíífica sem ofensa aos direitos de autor, face ao CC e fica sem ofensa aos direitos de autor, face ao CC e àà Lei Especial. Lei Especial.

AplicaAplicaçção dos ão dos artsarts. 666, I, do CC e art. 49, I e III, da Lei n. 666, I, do CC e art. 49, I e III, da Lei nºº 5.988, de 5.988, de

14/12/73, e não incidência na esp14/12/73, e não incidência na espéécie, do art. 25, IV, da mesma lei. Nos cie, do art. 25, IV, da mesma lei. Nos

trabalhos cienttrabalhos cientííficos o direito autoral protege a forma de expressão e não ficos o direito autoral protege a forma de expressão e não

as conclusões cientas conclusões cientííficas ou seus ensinamentos, que pertencem a todos, ficas ou seus ensinamentos, que pertencem a todos,

no interesse do bem comum.no interesse do bem comum.

�� Referência: Recurso ExtraordinReferência: Recurso Extraordináário nrio n°° 88.70588.705--9/RJ 9/RJ -- 22aa. Turma . Turma -- STF STF --

Por maioria, em 25/05/79 Por maioria, em 25/05/79 -- Rel. Cordeiro Guerra Rel. Cordeiro Guerra --

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IdIdééias & Expressõesias & Expressões

�� ExpressãoExpressão�� ""TheThe purposepurpose of a of a productproduct of of mindmind is is thatthat peoplepeople otherother thanthan itsits authorauthor

shouldshould understandunderstand it it andand makemake it it thethe possessionpossession of of theirtheir ideasideas, , memorymemory, , thinkingthinking, etc. (...) , etc. (...) NowNow to to whatwhat extentextent does does thethe new new formform whichwhich turnturn upupwhenwhen somethingsomething is is expressedexpressed againagain andand againagain transformtransform thethe availableavailablestockstock of of knowledgeknowledge andand in particular in particular thethe thoughtsthoughts of of othersothers whowho still still retainretain thethe externalexternal propertyproperty in in thosethose intellectualintellectual productionproduction of of theirstheirs, , intointo a a privateprivate mental mental propertyproperty of of thethe individual individual reproducersreproducers? (...) ? (...) ThusThuscopyright copyright legislationlegislation attainsattains itsits end of end of securingsecuring thethe propertyproperty rightsrights of of authorauthor andand publisherpublisher onlyonly to a to a veryvery restrictedrestricted extentextent (...)" (Hegel, (...)" (Hegel, PhilosophyPhilosophy of of RightRight, Par. 69)., Par. 69).

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Utilidade & expressãoUtilidade & expressão

�� A utilizaA utilizaçção industrial de qualquer tecnologia funcionalmente ão industrial de qualquer tecnologia funcionalmente equivalente equivalente ààquela que foi patenteada quela que foi patenteada éé restrita segundo a lei restrita segundo a lei pertinente, ainda que os conhecimentos tpertinente, ainda que os conhecimentos téécnicos intrcnicos intríínsecos na patente nsecos na patente possam ser livremente utilizados em qualquer proppossam ser livremente utilizados em qualquer propóósito intelectual, sito intelectual, cientcientíífico ou em não fico ou em não --industrial. industrial.

�� O copyright e os direitos de autor não podem ser utilizados parO copyright e os direitos de autor não podem ser utilizados para a restringir quaisquer obras funcionalmente equivalentes: por defirestringir quaisquer obras funcionalmente equivalentes: por defininiçção, ão, as obras literas obras literáárias, artrias, artíísticas ou cientsticas ou cientííficas não têm qualquer ficas não têm qualquer funcionalidade alfuncionalidade aléém do seu objetivo de expressão . Tais criam do seu objetivo de expressão . Tais criaçções são ões são produzidas com a finalidade de expressar idproduzidas com a finalidade de expressar idééias, conceitos e sensaias, conceitos e sensaçções, ões, todas elas com circulatodas elas com circulaçção livre de qualquer restrião livre de qualquer restriçção jurão juríídica dica

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Corpus Corpus mysticummysticum e corpus e corpus mechanicummechanicum

�� O direito autoral protege a O direito autoral protege a obra imaterialobra imaterial, , a criaa criaçção autoral, e não o meio fão autoral, e não o meio fíísico onde sico onde ela se incorpore: ela se incorpore:

�� (Lei 9.610/98) Art. 37. A aquisi(Lei 9.610/98) Art. 37. A aquisiçção do ão do original de uma obra, ou de exemplar, não original de uma obra, ou de exemplar, não confere ao adquirente qualquer dos confere ao adquirente qualquer dos direitos patrimoniais do autor, salvo direitos patrimoniais do autor, salvo convenconvençção em contrão em contráário entre as partes e rio entre as partes e os casos previstos nesta Lei.os casos previstos nesta Lei.

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Coisa imaterial e corpus Coisa imaterial e corpus mechanicummechanicum

�� Assim, notaAssim, nota--se que, se que, a ta tíítulo de exerctulo de exercíício do cio do direito exclusivodireito exclusivo, descabe ao titular do direito , descabe ao titular do direito autoral controlar as utilizaautoral controlar as utilizaçções do citado ões do citado corpus corpus mechanicummechanicum da obra da obra -- por exemplo, o objeto por exemplo, o objeto ffíísico, exemplar de um livro sico, exemplar de um livro -- apapóós seu primeiro s seu primeiro ato de disposiato de disposiçção.ão.

�� Com a especCom a especíífica excefica exceçção do direito de ão do direito de distribuidistribuiçção, prevista no inciso VI do art. 29, ão, prevista no inciso VI do art. 29, toda e qualquer operatoda e qualquer operaçção posterior com o ão posterior com o corpus corpus mechanicummechanicum recai no âmbito do direito recai no âmbito do direito comum. comum.

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Coisa imaterial e corpus Coisa imaterial e corpus mechanicummechanicum

�� A tentativa de extensão ao A tentativa de extensão ao corpus corpus mechanicummechanicum dos dos direitos exclusivos relativos direitos exclusivos relativos àà obra imaterial obra imaterial -- por por exemplo, impedindo que o comprador de um livro ou exemplo, impedindo que o comprador de um livro ou disco o revenda ou empreste, sem por em causa a disco o revenda ou empreste, sem por em causa a utilizautilizaçção da obra ão da obra imaterialimaterial -- pode se constituir atpode se constituir atéémesmo em abuso do direito exclusivo. As restrimesmo em abuso do direito exclusivo. As restriçções ões impostas apimpostas apóós a primeira disposis a primeira disposiçção apenas se ão apenas se justificariam nas mesmas condijustificariam nas mesmas condiçções em que quaisquer ões em que quaisquer restrirestriçções seriam aceitões seriam aceitááveis apveis apóós a tradis a tradiçção do objeto ão do objeto ffíísico do direito real. sico do direito real.

�� Cumpre, no entanto, notar que Cumpre, no entanto, notar que -- apesar de claramente apesar de claramente exceder o escopo de utilizaexceder o escopo de utilizaçção da ão da obra imaterialobra imaterial --, certos , certos autores e decisões judiciais têm reconhecido a autores e decisões judiciais têm reconhecido a exclusividade na utilizaexclusividade na utilizaçção dos exemplares dela, mesmo ão dos exemplares dela, mesmo apapóós a primeira alienas a primeira alienaçção. ão.

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Coisa imaterial e corpus Coisa imaterial e corpus mechanicummechanicum

�� Por exemplo, no caso de locaPor exemplo, no caso de locaçção de vão de víídeo ou de discos deo ou de discos [1][1], em que , em que se notava, mesmo antes da vigência da lei 9.610/98, certa se notava, mesmo antes da vigência da lei 9.610/98, certa tendência a incluir tais operatendência a incluir tais operaçções no interior da exclusividade. ões no interior da exclusividade.

�� Tal lei, em seu art. 93, II, dando aliTal lei, em seu art. 93, II, dando aliáás guarida ao que dizia o art. s guarida ao que dizia o art. 184, 184, §§ 22ºº, do C, do Cóódigo Penal, modificado pela Lei 8.635, de 16 de digo Penal, modificado pela Lei 8.635, de 16 de marmarçço de 1993, inclui a locao de 1993, inclui a locaçção de fonogramas (ou ão de fonogramas (ou videofonogramas) entre os direitos patrimoniais exclusivos do auvideofonogramas) entre os direitos patrimoniais exclusivos do autor. tor. NoteNote--se, ademais, que a restrise, ademais, que a restriçção elaborada pela lei se restringe ão elaborada pela lei se restringe ààlocalocaçção de exemplares de fonogramas ou videofonogramas, não ão de exemplares de fonogramas ou videofonogramas, não abrangendo outras operaabrangendo outras operaçções realizadas a outro tões realizadas a outro tíítulo jurtulo juríídico com dico com os mesmos itensos mesmos itens

��

[1][1] Vide Costa Neto, Direito Autoral no Brasil, FTD, 1998, pg. 122 Vide Costa Neto, Direito Autoral no Brasil, FTD, 1998, pg. 122 e e seguintes. Vieira Manso, Direito Autoral, pg. 147, Ed. Josseguintes. Vieira Manso, Direito Autoral, pg. 147, Ed. JosééBshantskyBshantsky, 1980. Henrique , 1980. Henrique GandelmanGandelman, De , De GutembergGutemberg àà Internet, Internet, Record, 1997, p. 85. AcRecord, 1997, p. 85. Acóórdão da 6rdão da 6ªª CC do TJERJ, AC 40.793,. CC do TJERJ, AC 40.793,.

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Coisa imaterial e corpus Coisa imaterial e corpus mechanicummechanicum

�� TambTambéém no tocante ao software, incluim no tocante ao software, inclui--se dentre os direitos se dentre os direitos assegurados o direito exclusivo de autorizar ou proibir o alugueassegurados o direito exclusivo de autorizar ou proibir o aluguel l comercial, não sendo esse direito exaurcomercial, não sendo esse direito exauríível pela venda, licenvel pela venda, licençça ou a ou outra forma de transferência da coutra forma de transferência da cóópia do programa. Tal regra não pia do programa. Tal regra não se aplica aos casos em que o programa em si não seja objeto se aplica aos casos em que o programa em si não seja objeto essencial do aluguel. essencial do aluguel.

�� Meu entendimento, de outro lado, Meu entendimento, de outro lado, éé que tal disposique tal disposiçção penal e civil, ão penal e civil, em sua especialidade, sublinha a inexistência de igual direito pem sua especialidade, sublinha a inexistência de igual direito para ara as obras não corporificadas em fonogramas. Ou seja, para todos as obras não corporificadas em fonogramas. Ou seja, para todos outros tipos de obra, inclusive as cartogroutros tipos de obra, inclusive as cartográáficas ou fotogrficas ou fotográáficas, a ficas, a primeira alienaprimeira alienaçção esgota os direitos do autor sobre o ão esgota os direitos do autor sobre o corpus corpus mechanichummechanichum [1][1]. .

��

[1][1] NoteNote--se, porse, poréém, o m, o droitdroit de de suitesuite consagrado no art. 38 da Lei. consagrado no art. 38 da Lei. 9.610/98, pelo qual o autor tem direito a 5% de toda a mais vali9.610/98, pelo qual o autor tem direito a 5% de toda a mais valia obtida a obtida na venda de uma obra de arte ou manuscrito. Este direito na venda de uma obra de arte ou manuscrito. Este direito éé privativo do privativo do autor, e não dos cessionautor, e não dos cessionáários do direito patrimonial, e não obsta o pleno rios do direito patrimonial, e não obsta o pleno exercexercíício de qualquer das faculdades inerentes ao domcio de qualquer das faculdades inerentes ao domíínio. nio.

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Direitos morais e patrimoniaisDireitos morais e patrimoniais�� Outras Outras consequênciasconsequências do direito moraldo direito moral�� O conceito de direito moral tem repercussões fundamentais no dirO conceito de direito moral tem repercussões fundamentais no direito eito

autoral, muito alautoral, muito aléém do que se pode ler dos art. 24 a 27 da Lei m do que se pode ler dos art. 24 a 27 da Lei 9.610/98. 9.610/98. ÉÉ elemento central para a questão da autoria conjunta, das elemento central para a questão da autoria conjunta, das obras feitas sobre encomenda, da titularidade original por pessoobras feitas sobre encomenda, da titularidade original por pessoas as jurjuríídica, da comunicabilidade nos regimes matrimoniais, da dica, da comunicabilidade nos regimes matrimoniais, da penhorabilidade dos bens imateriais, todos esses elementos com penhorabilidade dos bens imateriais, todos esses elementos com eminente repercussão no campo dos direitos patrimoniais. Tambeminente repercussão no campo dos direitos patrimoniais. Tambéém m éécentral na questão do direito de parcentral na questão do direito de paróódia, de comentdia, de comentáários, e de todas rios, e de todas outros exercoutros exercíícios da liberdade de expressão sobre obra cios da liberdade de expressão sobre obra prepre--existenteexistente. .

�� A opA opçção feita pelas vão feita pelas váárias leis, na histrias leis, na históória brasileira e no direito ria brasileira e no direito vigente, no tocante aos direitos morais não passaram, atvigente, no tocante aos direitos morais não passaram, atéé o o momento, por uma anmomento, por uma anáálise significativa do parâmetro constitucional. lise significativa do parâmetro constitucional. ÉÉconstitucionalmente razoconstitucionalmente razoáável, por exemplo, a restrivel, por exemplo, a restriçção da lei do ão da lei do software aos direitos morais dos seus autores? software aos direitos morais dos seus autores? ÉÉ constitucionalmente constitucionalmente permisspermissíível que se prive a pessoa jurvel que se prive a pessoa juríídica da autoria origindica da autoria origináária? Tais ria? Tais ponderaponderaççoesoes não passam, evidentemente, pela simples annão passam, evidentemente, pela simples anáálise da lei lise da lei ordinordináária, em face dos tratados pertinentes.ria, em face dos tratados pertinentes.

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Direitos morais e patrimoniaisDireitos morais e patrimoniais�� ÉÉ posspossíível direito autoral sem direito moral?vel direito autoral sem direito moral?�� Para o Direito Americano, que restringe, no momento, os direitosPara o Direito Americano, que restringe, no momento, os direitos

morais a uma parcela das obras visuais, a questão constitucionalmorais a uma parcela das obras visuais, a questão constitucional éésempre enfatizada como equilsempre enfatizada como equilííbrio entre interesses econômicos e a brio entre interesses econômicos e a consideraconsideraçção do benefão do benefíício coletivo, com exclusão enfcio coletivo, com exclusão enfáática da tutela tica da tutela dos Direitos Humanos. dos Direitos Humanos.

�� Coisa inteiramente distinta do direito americano, pois, ocorre nCoisa inteiramente distinta do direito americano, pois, ocorre nos os direitos de tradidireitos de tradiçção continental, em especial o francês e o alemão. ão continental, em especial o francês e o alemão. Neste Neste úúltimo, inclusive, entendeltimo, inclusive, entende--se que o elemento pessoal se que o elemento pessoal prevalece a tal ponto que não se pode alienar nem sequer os prevalece a tal ponto que não se pode alienar nem sequer os direitos patrimoniais, sdireitos patrimoniais, sóó abertos abertos àà licenlicençça. Na tradia. Na tradiçção francesa, que ão francesa, que se ecoa na nossa, distinguemse ecoa na nossa, distinguem--se os dois segmentos do direito se os dois segmentos do direito autoral. autoral.

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Direitos morais e patrimoniaisDireitos morais e patrimoniais�� Art. 24. São direitos morais do autor:Art. 24. São direitos morais do autor:

�� I I -- o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;o de reivindicar, a qualquer tempo, a autoria da obra;

�� II II -- o de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ouo de ter seu nome, pseudônimo ou sinal convencional indicado ouanunciado, como sendo o do autor, na utilizaanunciado, como sendo o do autor, na utilizaçção de sua obra;ão de sua obra;

�� III III -- o de conservar a obra ino de conservar a obra inéédita;dita;

�� IV IV -- o de assegurar a integridade da obra, opondoo de assegurar a integridade da obra, opondo--se a quaisquer se a quaisquer modificamodificaçções ou ões ou àà prpráática de atos que, de qualquer forma, possam tica de atos que, de qualquer forma, possam prejudicprejudicáá--la ou atingila ou atingi--lo, como autor, em sua reputalo, como autor, em sua reputaçção ou honra;ão ou honra;

�� §§ 11ºº Por morte do autor, transmitemPor morte do autor, transmitem--se a seus sucessores os direitos a que se a seus sucessores os direitos a que se referem os incisos I a IV.se referem os incisos I a IV.

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Direitos morais e patrimoniaisDireitos morais e patrimoniais�� V V -- o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;o de modificar a obra, antes ou depois de utilizada;�� VI VI -- o de retirar de circulao de retirar de circulaçção a obra ou de suspender qualquer forma de ão a obra ou de suspender qualquer forma de

utilizautilizaçção jão jáá autorizada, quando a circulaautorizada, quando a circulaçção ou utilizaão ou utilizaçção implicarem ão implicarem afronta afronta àà sua reputasua reputaçção e imagem;ão e imagem;

�� §§ 33ºº Nos casos dos incisos V e VI, ressalvamNos casos dos incisos V e VI, ressalvam--se as prse as préévias indenizavias indenizaçções a ões a terceiros, quando couberem.terceiros, quando couberem.

�� VII VII -- o de ter acesso a exemplar o de ter acesso a exemplar úúnico e raro da obra, quando se encontre nico e raro da obra, quando se encontre legitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de prolegitimamente em poder de outrem, para o fim de, por meio de processo cesso fotogrfotográáfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memfico ou assemelhado, ou audiovisual, preservar sua memóória, de ria, de forma que cause o menor inconveniente possforma que cause o menor inconveniente possíível a seu detentor, que, em vel a seu detentor, que, em todo caso, sertodo caso, seráá indenizado de qualquer dano ou prejuindenizado de qualquer dano ou prejuíízo que lhe seja zo que lhe seja causado.causado.

�� Art. 27. Os direitos morais do autor são inalienArt. 27. Os direitos morais do autor são inalienááveis e irrenunciveis e irrenunciááveis.veis.

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Direitos morais e patrimoniaisDireitos morais e patrimoniais�� DIREITO AUTORAL DIREITO AUTORAL –– VIOLAVIOLAÇÇÃO ÃO –– PUBLICAPUBLICAÇÇÃO DE OBRA ÃO DE OBRA

FOTOGRFOTOGRÁÁFICA SEM INDICAFICA SEM INDICAÇÇÃO DO AUTOR ÃO DO AUTOR –– INDENIZAINDENIZAÇÇÃO ÃO DEVIDA DEVIDA –– INTELIGÊNCIA DO ART. 28 DA LEI 5.988/73 INTELIGÊNCIA DO ART. 28 DA LEI 5.988/73 –– Não resta Não resta ddúúvida que a obra fotogrvida que a obra fotográáfica do autor estfica do autor estáá sob o amparo da Lei 5.988/73, sob o amparo da Lei 5.988/73, Lei de Direitos Autorais, como tambLei de Direitos Autorais, como tambéém da CF, no seu art. 5m da CF, no seu art. 5°°, XXVII, , XXVII, sendo a violasendo a violaçção do seu "direito moral" passão do seu "direito moral" passíível de ressarcimento, pois, vel de ressarcimento, pois, ocorrente "dano moral, em decorrência da omissão do nome do autoocorrente "dano moral, em decorrência da omissão do nome do autor", r", como autor da obra fotogrcomo autor da obra fotográáfica em utilizafica em utilizaçção, de natureza publicitão, de natureza publicitáária, ria, realizada em favor do rrealizada em favor do rééu. (TJSP u. (TJSP –– Ap. 199.429Ap. 199.429--1/0 1/0 –– 11ªª C. C. –– Rel. Rel. DesDes. . Guimarães e Souza Guimarães e Souza –– J. 22.02.94) (RT 710/ 51.J. 22.02.94) (RT 710/ 51.

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Direitos morais e patrimoniaisDireitos morais e patrimoniais�� Obra cinematogrObra cinematográáfica. Os direitos morais do autor são fica. Os direitos morais do autor são

irrenunciirrenunciááveis e inalienveis e inalienááveis. Assim sendo, pode o diretor veis. Assim sendo, pode o diretor impedir a remontagem de filme, não obstante, anteriormente, impedir a remontagem de filme, não obstante, anteriormente, tenha se comprometido a ceder seus direitos de posse a autoria tenha se comprometido a ceder seus direitos de posse a autoria aos coaos co--titulares dos direitos patrimoniais.titulares dos direitos patrimoniais.

�� Ao apelante, nos termos do art. 26 da Lei nAo apelante, nos termos do art. 26 da Lei n°° 5.988/73, compete 5.988/73, compete exercer, com exclusividade, os direitos morais do autor. O art. exercer, com exclusividade, os direitos morais do autor. O art. 25, inciso IV, da mesma lei, assegura ao titular dos direitos 25, inciso IV, da mesma lei, assegura ao titular dos direitos morais a manutenmorais a manutençção da integridade da obra. A promessa de ão da integridade da obra. A promessa de cessão de direitos em nada prejudica o exerccessão de direitos em nada prejudica o exercíício especcio especíífico dos fico dos direitos morais, que são inaliendireitos morais, que são inalienááveis e irrenunciveis e irrenunciááveis.veis.

�� Referência: ApelaReferência: Apelaçção Cão Cíível nvel n°° 23.242 23.242 -- Rio de Janeiro Rio de Janeiro -- 11aa. . Câmara CCâmara Cíível do TJ/RJ vel do TJ/RJ -- Por unanimidade, em 17/08/82. Por unanimidade, em 17/08/82. -- Rel. Rel. Geraldo Arruda Guerreiro Geraldo Arruda Guerreiro --

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Direitos anDireitos anáálogos aos direitos de logos aos direitos de autorautor

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Direito de Imagem Direito de Imagem

�� ConstituiConstituiççãoão

�� Art. 5Art. 5ºº, inciso X , inciso X -- que "são inviolque "são inviolááveis a intimidade, a vida privada, a honra veis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizae a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenizaçção pelo dano ão pelo dano material ou moral decorrente de sua violamaterial ou moral decorrente de sua violaçção". ão".

�� LDA Art. 90. Tem o artista intLDA Art. 90. Tem o artista intéérprete ou executante o direito exclusivo de, rprete ou executante o direito exclusivo de, a ta tíítulo oneroso ou gratuito, autorizar ou proibir:tulo oneroso ou gratuito, autorizar ou proibir:

�� §§ 22ºº A proteA proteçção aos artistas intão aos artistas intéérpretes ou executantes estenderpretes ou executantes estende--se se ààreprodureproduçção da voz e imagem, quando associadas ão da voz e imagem, quando associadas ààs suas atuas suas atuaçções.ões.

��

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Direito de Imagem Direito de Imagem

–– "Os tribunais do pa"Os tribunais do paíís, js, jáá hháá algum tempo, vêm decidindo que a esfera de privacidade de algum tempo, vêm decidindo que a esfera de privacidade de uma pessoa de renome, com vida puma pessoa de renome, com vida púública ou destaque social, blica ou destaque social, éé reduzida, em razão reduzida, em razão mesmo do interesse que sua intimidade desperta. Por outro lado, mesmo do interesse que sua intimidade desperta. Por outro lado, alguns aspectos da vida alguns aspectos da vida particular de uma pessoa pparticular de uma pessoa púública são de interesse social, pois, se comandam a Nablica são de interesse social, pois, se comandam a Naçção, por ão, por exemplo, obrigatoriamente devem ter uma conduta privada condizenexemplo, obrigatoriamente devem ter uma conduta privada condizente. Nesse aspecto, o te. Nesse aspecto, o entendimento dos tribunais entendimento dos tribunais éé no sentido de que as pessoas que participam de eventos no sentido de que as pessoas que participam de eventos ppúúblicos (festas, desfile de Carnaval etc.) renunciam blicos (festas, desfile de Carnaval etc.) renunciam àà sua privacidade, não havendo que sua privacidade, não havendo que se falar em violase falar em violaçção do direito ão do direito àà imagem. Isso porque a tutela constitucional relativa ao imagem. Isso porque a tutela constitucional relativa ao direito direito àà imagem tem relaimagem tem relaçção direta com o direito ão direta com o direito àà intimidade.intimidade.

�� O veO veíículo de comunicaculo de comunicaçção, portanto, que retratar uma pessoa em sua casa, sem o seu ão, portanto, que retratar uma pessoa em sua casa, sem o seu consentimento, poderconsentimento, poderáá estar invadindo sua intimidade, prejudicandoestar invadindo sua intimidade, prejudicando--lhe. Mas, se o sujeito lhe. Mas, se o sujeito estiver em local pestiver em local púúblico, não hblico, não háá qualquer objequalquer objeçção. Impedir que a imprensa publique a ão. Impedir que a imprensa publique a fotografia de uma pessoa fotografia de uma pessoa -- qualquer pessoa, e não necessariamente notqualquer pessoa, e não necessariamente notóória ria -- em razão de um em razão de um interesse pinteresse púúblico ou cultural, blico ou cultural, éé negar o prnegar o próóprio direito prio direito àà comunicacomunicaçção e o exercão e o exercíício regular do cio regular do direito de informardireito de informar[1][1]. . [1][1] TaTaíís s GasparianGasparian, São Paulo, Brasil, maio, 2000. , São Paulo, Brasil, maio, 2000. -- http://www.direitoautoral.com.brhttp://www.direitoautoral.com.br --

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Direito de Imagem Direito de Imagem

––DIREITO A IMAGEM. USO INDEVIDO. OBRA CINEMATOGRAFICA. LEI N. 598DIREITO A IMAGEM. USO INDEVIDO. OBRA CINEMATOGRAFICA. LEI N. 5988, DE 8, DE

1973. GARANTIA CONSTITUCIONAL 1973. GARANTIA CONSTITUCIONAL INDENIZAINDENIZAÇÇAO AO Embargos Infringentes. Direito `a imagem. Obra cinematogrEmbargos Infringentes. Direito `a imagem. Obra cinematográáfica e fitas de fica e fitas de vvíídeo. Alegada reprodudeo. Alegada reproduçção sem autorizaão sem autorizaçção do titular. Indenizaão do titular. Indenizaçção pleiteada por ão pleiteada por descendentes, com base na Lei 5.988, de 1973. Não faz jus `a inddescendentes, com base na Lei 5.988, de 1973. Não faz jus `a indenizaenizaçção por ão por direito `a imagem de caracterdireito `a imagem de caracteríísticas personalsticas personalííssimas aquele que, em obra ssimas aquele que, em obra cinematogrcinematográáfica e fica e videovideo--tapetape, referente a atividade coletiva de natureza , referente a atividade coletiva de natureza esportiva, não e' a figura diretamente focalizada, mas esportiva, não e' a figura diretamente focalizada, mas -- apenas apenas -- aparece como aparece como decorrência da atividade abranger obrigatoriamente varias pessoadecorrência da atividade abranger obrigatoriamente varias pessoas. s. Impossibilidade da indenizaImpossibilidade da indenizaçção beneficiar descendentes do titular, pois o direito ão beneficiar descendentes do titular, pois o direito `a imagem e' de caracter`a imagem e' de caracteríísticas personalsticas personalííssimas, não se estendendo a terceiros, ssimas, não se estendendo a terceiros, ainda que filhos, não herdeiros, nem sucessores no ensejo ainda que filhos, não herdeiros, nem sucessores no ensejo

Partes: PRODUCOES CARLOS NIEMEYER FILMES LTDA E OUTRAS v EDEMIR Partes: PRODUCOES CARLOS NIEMEYER FILMES LTDA E OUTRAS v EDEMIR DOS SANTOS MARIO E OUTROSDOS SANTOS MARIO E OUTROS

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Direito de Imagem Direito de Imagem

�� CCóódigo de Autodigo de Auto--RegulamentaRegulamentaçção do CONARão do CONAR

�� "Art. 32. Tendo em vista a s modernas tendências mundiais e aten"Art. 32. Tendo em vista a s modernas tendências mundiais e atendidas as didas as normas pertinentes do Cnormas pertinentes do Cóódigo de Propriedade Industrial, a publicidade digo de Propriedade Industrial, a publicidade comparativa sercomparativa seráá permitida, contanto que respeite os seguintes princpermitida, contanto que respeite os seguintes princíípios e pios e limites:limites:

�� b) tenha por princb) tenha por princíípio bpio báásico a objetividade na comparasico a objetividade na comparaçção, posto que dados ão, posto que dados subjetivos, de fundo psicolsubjetivos, de fundo psicolóógico ou emocional não constituem uma base gico ou emocional não constituem uma base vváálida de comparalida de comparaçção perante o consumidor;ão perante o consumidor;

�� c) a comparac) a comparaçção alegada seja passão alegada seja passíível de comparavel de comparaçção;ão;

�� h) não se utilize injustificadamente a imagem corporativa ou o ph) não se utilize injustificadamente a imagem corporativa ou o prestrestíígio de gio de terceiro;terceiro;

�� f) não caracterize concorrência desleal, f) não caracterize concorrência desleal, denegrimentodenegrimento àà imagem do produto imagem do produto ou ou àà marca de outra empresa;"marca de outra empresa;"

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Direitos de Arena Direitos de Arena

�� LEI NLEI Nºº 9.615, DE 24 DE MAR9.615, DE 24 DE MARÇÇO DE 1998O DE 1998�� Art. 42. Art. 42. ÀÀs entidades de prs entidades de práática desportiva pertence o direito de negociar, autorizar tica desportiva pertence o direito de negociar, autorizar

e proibir a fixae proibir a fixaçção, a transmissão ou retransmissão de imagem de espetão, a transmissão ou retransmissão de imagem de espetááculo ou culo ou eventos desportivos de que participem.eventos desportivos de que participem.

�� §§11ºº Salvo convenSalvo convençção em contrão em contráário, vinte por cento do prerio, vinte por cento do preçço total da autorizao total da autorizaçção, ão, como mcomo míínimo, sernimo, seráá distribudistribuíído, em partes iguais, aos atletas profissionais do, em partes iguais, aos atletas profissionais participantes do espetparticipantes do espetááculo ou evento.culo ou evento.

�� §§22ºº O disposto neste artigo não se aplica a flagrantes de espetO disposto neste artigo não se aplica a flagrantes de espetááculo ou evento culo ou evento desportivo para fins, exclusivamente, jornaldesportivo para fins, exclusivamente, jornalíísticos ou educativos, cuja durasticos ou educativos, cuja duraçção, no ão, no conjunto, não exceda de três por cento do total do tempo previstconjunto, não exceda de três por cento do total do tempo previsto para o espeto para o espetááculo.culo.

�� §§33ºº O espectador pagante, por qualquer meio, de espetO espectador pagante, por qualquer meio, de espetááculo ou evento desportivo culo ou evento desportivo equiparaequipara--se, para todos os efeitos legais, ao consumidor, nos termos do ase, para todos os efeitos legais, ao consumidor, nos termos do art. 2rt. 2ºº da da Lei nLei nºº. 8.078, de 11 de setembro de 1990.. 8.078, de 11 de setembro de 1990.

�� (art. 42 da lei Pel(art. 42 da lei Peléé éé ccóópia do caput do art. 24 da lei Zico). pia do caput do art. 24 da lei Zico).

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ProteProteçção Fão Fíísica sica

�� LDA Art. 107. Independentemente da perda dos equipamentos utilizLDA Art. 107. Independentemente da perda dos equipamentos utilizados, ados, responderresponderáá por perdas e danos, nunca inferiores ao valor que resultaria dapor perdas e danos, nunca inferiores ao valor que resultaria da aplicaaplicaçção ão do disposto no art. 103 e seu pardo disposto no art. 103 e seu paráágrafo grafo úúnico, quem:nico, quem:

�� I I -- alterar, suprimir, modificar ou inutilizar, de qualquer maneiraalterar, suprimir, modificar ou inutilizar, de qualquer maneira, dispositivos , dispositivos ttéécnicos introduzidos nos exemplares das obras e producnicos introduzidos nos exemplares das obras e produçções protegidas para evitar ões protegidas para evitar ou restringir sua cou restringir sua cóópia;pia;

�� II II -- alterar, suprimir ou inutilizar, de qualquer maneira, os sinaisalterar, suprimir ou inutilizar, de qualquer maneira, os sinais codificados codificados destinados a restringir a comunicadestinados a restringir a comunicaçção ao pão ao púúblico de obras, produblico de obras, produçções ou emissões ões ou emissões protegidas ou a evitar a sua cprotegidas ou a evitar a sua cóópia;pia;

�� III III -- suprimir ou alterar, sem autorizasuprimir ou alterar, sem autorizaçção, qualquer informaão, qualquer informaçção sobre a gestão de ão sobre a gestão de direitos;direitos;

�� IV IV -- distribuir, importar para distribuidistribuir, importar para distribuiçção, emitir, comunicar ou puser ão, emitir, comunicar ou puser àà disposidisposiçção ão do pdo púúblico, sem autorizablico, sem autorizaçção, obras, interpretaão, obras, interpretaçções ou execuões ou execuçções, exemplares de ões, exemplares de interpretainterpretaçções fixadas em fonogramas e emissões, sabendo que a informaões fixadas em fonogramas e emissões, sabendo que a informaçção sobre ão sobre a gestão de direitos, sinais codificados e dispositivos ta gestão de direitos, sinais codificados e dispositivos téécnicos foram suprimidos ou cnicos foram suprimidos ou alterados sem autorizaalterados sem autorizaçção.ão.

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Os argumentos da Os argumentos da proteproteçção autoralão autoral

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Os argumentos da Os argumentos da proteproteçção autoralão autoral

�� Direito autoral Direito autoral éé um dado da um dado da natureza humana, assim como natureza humana, assim como éé a a criaa a criaççãoão

�� Sem direito autoral, não hSem direito autoral, não háácriacriaççãoão

�� O direito dos autores ao O direito dos autores ao produto material de sua criaproduto material de sua criaçção ão éé um direito fundamentalum direito fundamental

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A proteA proteçção autoral ão autoral –– uma uma opopçção histão históórica rica

�� Until 1891, US copyright protection Until 1891, US copyright protection

was restricted to US citizens but was restricted to US citizens but

various restrictions on foreign various restrictions on foreign

copyrights remained in force (for copyrights remained in force (for

example, printing had to be on US example, printing had to be on US

typesets) which delayed US entry to typesets) which delayed US entry to

the Berne Copyright Convention until the Berne Copyright Convention until

as late as 1989, over 100 years after as late as 1989, over 100 years after

the UK. (UK Commission on the UK. (UK Commission on

Intellectual Property Rights 2002)Intellectual Property Rights 2002)

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Os direitos patrimoniais são Os direitos patrimoniais são criacriaçção legal ão legal

●● Não hNão háá direito natural aos direitos de exclusivadireito natural aos direitos de exclusiva

●● The exclusive right Congress is authorized to The exclusive right Congress is authorized to secure to authors and inventors owes its secure to authors and inventors owes its existence solely to the acts of Congress existence solely to the acts of Congress securing it [Wheaton v. Peters, 33 U.S. (8 Pet.) securing it [Wheaton v. Peters, 33 U.S. (8 Pet.) 591, 660 (1834)], from which it follows that the 591, 660 (1834)], from which it follows that the rights granted by a patent or copyright are rights granted by a patent or copyright are subject to such qualifications and limitations as subject to such qualifications and limitations as Congress, in its unhampered consultation of the Congress, in its unhampered consultation of the public interest, sees fit to impose [Wheaton v. public interest, sees fit to impose [Wheaton v. Peters, 33 U.S. (8 Pet.) 591, 662 (1834); Evans Peters, 33 U.S. (8 Pet.) 591, 662 (1834); Evans v. Jordan, 13 U.S. (9 Cr.) 199 (1815)].v. Jordan, 13 U.S. (9 Cr.) 199 (1815)].

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Os direitos patrimoniais são Os direitos patrimoniais são criacriaçção legalão legal

●● Não hNão háá direito natural aos direitos de direito natural aos direitos de exclusivaexclusiva

●● Those great men, those favoured mortals, those Those great men, those favoured mortals, those sublime spirits, who share that ray of divinity sublime spirits, who share that ray of divinity which we call genius, are intrusted by which we call genius, are intrusted by Providence with the delegated power of Providence with the delegated power of imparting to their fellowimparting to their fellow--creatures that creatures that instruction which heaven meant for universal instruction which heaven meant for universal benefit; they must not be niggards to the world, benefit; they must not be niggards to the world, or hoard up for themselves the common stock.or hoard up for themselves the common stock.((Donaldson v. Beckett, Proceedings in the Lords Donaldson v. Beckett, Proceedings in the Lords on the Question of Literary Property, February 4 on the Question of Literary Property, February 4 through February 22, 1774)through February 22, 1774)

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Os direitos patrimoniais são Os direitos patrimoniais são criacriaçção legalão legal

●● Não hNão háá direito natural aos direitos de exclusivadireito natural aos direitos de exclusiva

●● It was not for gain, that Bacon, Newton, It was not for gain, that Bacon, Newton, Milton, Locke, instructed and delighted the Milton, Locke, instructed and delighted the world; it would be unworthy such men to world; it would be unworthy such men to traffic with a dirty bookseller for so much a traffic with a dirty bookseller for so much a sheet of a letter press. When the bookseller sheet of a letter press. When the bookseller offered Milton five pound for his Paradise Lost, offered Milton five pound for his Paradise Lost, he did not reject it, and commit his poem to he did not reject it, and commit his poem to the flames, nor did he accept the miserable the flames, nor did he accept the miserable pittance as the reward of his labour; he knew pittance as the reward of his labour; he knew that the real price of his work was immortality, that the real price of his work was immortality, and that posterityand that posterity would pay it.would pay it.

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Os direitos patrimoniais são Os direitos patrimoniais são criacriaçção legalão legal

Não hNão háá direito natural aos direitos de direito natural aos direitos de exclusivaexclusiva

�� AristAristóóteles, Poteles, Poéética, parte IV: tica, parte IV: ““First, the First, the instinct of imitation is implanted in man instinct of imitation is implanted in man from childhood, one difference between from childhood, one difference between him and other animals being that he is the him and other animals being that he is the most imitative of living creatures, and most imitative of living creatures, and through imitation learns his earliest through imitation learns his earliest lessons; and no less universal is the lessons; and no less universal is the pleasure felt in things imitated.pleasure felt in things imitated.””

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Os direitos patrimoniais Os direitos patrimoniais são criasão criaçção legalão legal

Não hNão háá direito natural aos direitos de direito natural aos direitos de exclusivaexclusiva

�� In re MortonIn re Morton--Norwich Prods., Inc., 671 F.2d Norwich Prods., Inc., 671 F.2d 1332, 1336 (C.C.P.A. 1982) 1332, 1336 (C.C.P.A. 1982) ((““[T]here [T]here exists a fundamental right to exists a fundamental right to

compete through imitation of a compete through imitation of a competitorcompetitor’’s product, which right s product, which right can only be temporarily denied by can only be temporarily denied by the patent or copyright laws.the patent or copyright laws.””) )

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A proteA proteçção autoral ão autoral –– uma uma realidade econômica realidade econômica

�� High copyright control High copyright control

produced the highest book produced the highest book

price and the lowest price and the lowest

number of books sold in the number of books sold in the

model. model. �� Is copyright necessary? by Terrence A. Maxwell Is copyright necessary? by Terrence A. Maxwell (2004) (2004) http://www.firstmonday.org/issues/issue9_9/maxhttp://www.firstmonday.org/issues/issue9_9/maxwell/well/

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A mitologia da proteA mitologia da proteçção ão autoral autoral –– uma realidade uma realidade

econômica econômica �� Balancing author rights with the public Balancing author rights with the public

domain constituted an effective domain constituted an effective

balance relative to high copyright and balance relative to high copyright and

small markets.small markets.

�� It produced the second highest It produced the second highest

number of authors, the highest author number of authors, the highest author

income, the lowest retail price, the income, the lowest retail price, the

second highest sales level and volume second highest sales level and volume

production, and the highest profit production, and the highest profit

levels for publishers.levels for publishers.

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A proteA proteçção autoral ão autoral -- uma uma realidade econômica realidade econômica

�� The most surprising policy The most surprising policy result was the success of result was the success of artificial price control, which artificial price control, which provided employment for the provided employment for the largest number of authors at largest number of authors at the second highest income the second highest income levels. In addition, it produced levels. In addition, it produced double the number of double the number of publishers as other options. publishers as other options.

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A proteA proteçção autoral ão autoral –– uma uma questão de balanceamentoquestão de balanceamento

�� We suggest that copyright should We suggest that copyright should

be viewed in relation to other be viewed in relation to other

potential policy options and to the potential policy options and to the

goals we wish to achieve in goals we wish to achieve in

supporting intellectual production supporting intellectual production

and distribution both nationally and distribution both nationally

and internationally. and internationally. �� Protecting ourselves to death: Canada, copyright, and the InternProtecting ourselves to death: Canada, copyright, and the Internet et

by Laura J. Murray First Monday, vol .9, n.10 10/ 2004), by Laura J. Murray First Monday, vol .9, n.10 10/ 2004),

http://firstmonday.org/issues/issue9_10/murray/index.htmlhttp://firstmonday.org/issues/issue9_10/murray/index.html

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A proteA proteçção autoral ão autoral –– uma uma questão de balanceamentoquestão de balanceamento

�� As such, any adjustment to the As such, any adjustment to the level and degree of copyright level and degree of copyright protection must be considered in protection must be considered in relation to decisions about trade, relation to decisions about trade, education, literacy and education, literacy and technology, to achieve and technology, to achieve and maintain an effective balance maintain an effective balance between promotion of new between promotion of new knowledge and a healthy public knowledge and a healthy public domain. domain.

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O domO domíínio Pnio Púúblico e o blico e o mercadomercado

�� If we see culture as an ecology including If we see culture as an ecology including both market and nonboth market and non––market dimensions, market dimensions, in which we want to maximize quality and in which we want to maximize quality and output, we can recognize that future output, we can recognize that future creativity and initiative comes from creativity and initiative comes from education, from community, from education, from community, from experimentation, from imitation, and from experimentation, from imitation, and from absorption. absorption.

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PI e a liberdade da cPI e a liberdade da cóópiapia

�� ““[t]o forbid copying would interfere [t]o forbid copying would interfere with the federal policy, with the federal policy, found in Art. found in Art. I, I, §§ 8, cl. 8 of the Constitution8, cl. 8 of the Constitution and in and in the implementing federal statutes, of the implementing federal statutes, of allowing free access to copy allowing free access to copy whatever the federal patent and whatever the federal patent and copyright laws leave in the public copyright laws leave in the public domain.domain.”” Compco Corp. v. DayCompco Corp. v. Day--Brite Brite Lighting, Inc.Lighting, Inc., 376 U.S. 234, 237 , 376 U.S. 234, 237 (1964)(1964)

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A liberdade da criaA liberdade da criaççãoão

�� ““However, because any work inevitably However, because any work inevitably builds on previous works, some to a builds on previous works, some to a greater extent than others, providing greater extent than others, providing too large a monopoly will actually too large a monopoly will actually hinder the development of new works hinder the development of new works by limiting future creators use of earlier by limiting future creators use of earlier works. Herein lies the fundamental works. Herein lies the fundamental tension in copyright law.tension in copyright law.”” [1][1]..

��

[1][1] Lydia Pallas Loren, Redefining the Market Failure Approach Lydia Pallas Loren, Redefining the Market Failure Approach to Fair Use in an Era of Copyright Permission Systems, the to Fair Use in an Era of Copyright Permission Systems, the Journal of Intellectual Property Law, Volume 5 Fall 1997, No. 1Journal of Intellectual Property Law, Volume 5 Fall 1997, No. 1

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Liberdade de usar o acervo Liberdade de usar o acervo comumcomum

�� ““o direito do inventor não o direito do inventor não éé rigorosamente rigorosamente uma propriedade ou uma propriedade ou éé uma propriedade uma propriedade sui sui generis. generis. O invento e antes uma combinaO invento e antes uma combinaçção do ão do que verdadeiramente criaque verdadeiramente criaçção. ão.

�� Versa sobre elementos preexistentes, que Versa sobre elementos preexistentes, que fazem desse repositfazem desse repositóório de idrio de idééias e ias e conhecimentos que o tempo e o progresso das conhecimentos que o tempo e o progresso das nanaçções têm acumulado e que não são ões têm acumulado e que não são suscetsuscetííveis de serem apropriados com o uso veis de serem apropriados com o uso exclusivo por quem quer que seja, constituindo exclusivo por quem quer que seja, constituindo antes um patrimônio comum, de que todos se antes um patrimônio comum, de que todos se podem utilizar podem utilizar [1][1]..””

��

[1[1]] João Barbalho, ComentJoão Barbalho, Comentáários rios àà ConstituConstituíçíção Federal Brasileira, Rio, ão Federal Brasileira, Rio, 1902, p. 3311902, p. 331--332, 2332, 2ªª coluna, in fine e p. seguintescoluna, in fine e p. seguintes

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MonopMonopóólio e controle da lio e controle da informainformaççãoão

●● ““((……) the Intellectual Property Clause ) the Intellectual Property Clause and the First Amendment interact to and the First Amendment interact to contain Congresscontain Congress’’s powers to regulate s powers to regulate the flow of information in our the flow of information in our information environment. information environment. Cumulatively, they seek to assure that Cumulatively, they seek to assure that no one will capture the legislative no one will capture the legislative process to privatize that most precious process to privatize that most precious of all public domainsof all public domains——our knowledge our knowledge of the world that surrounds us. of the world that surrounds us.

●● Yochai Benkler, Yochai Benkler,

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MonopMonopóólio e controle da lio e controle da informainformaççãoão

●● Tribunal Constitucional Alemão no caso Tribunal Constitucional Alemão no caso Schulbuchprivileg (BverfGE 31, 229 de Schulbuchprivileg (BverfGE 31, 229 de 07.07.1971): 07.07.1971):

●● O balanceamento entre o direito O balanceamento entre o direito de propriedade do autor, e os de propriedade do autor, e os dispositivos da lei autoral alemã dispositivos da lei autoral alemã que permitem que as escolas que permitem que as escolas copiem obras para fins didcopiem obras para fins didááticos ticos sem a autorizasem a autorizaçção do autor, e ão do autor, e sem pagamento de royaltiessem pagamento de royalties

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MonopMonopóólio e controle lio e controle da informada informaççãoão

●● Tribunal Constitucional Alemão no caso Tribunal Constitucional Alemão no caso Schulbuchprivileg (BverfGE 31, 229 de 07.07.1971): Schulbuchprivileg (BverfGE 31, 229 de 07.07.1971):

●● O interesse do pO interesse do púúblico no acesso blico no acesso livre aos bens culturais justifica que livre aos bens culturais justifica que se possa usar as obras sem acordo se possa usar as obras sem acordo do autor para uso nas igrejas o uso do autor para uso nas igrejas o uso --, e nas escolas, mas não justifica , e nas escolas, mas não justifica que o autor deva fazer a seu que o autor deva fazer a seu trabalho dispontrabalho disponíível para tais fins vel para tais fins sem remunerasem remuneraçção (ão (§§ 46 UrhG).46 UrhG).

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MonopMonopóólio e controle da lio e controle da informainformaççãoão

●● Tribunal Constitucional Alemão Tribunal Constitucional Alemão -- Germania 3 Germania 3 -- BVerfGE 825/98 from BVerfGE 825/98 from 29.06.2000.29.06.2000.

●● Caso da obra de Henrich MCaso da obra de Henrich Müüller, que usava ller, que usava como meio de expressão litercomo meio de expressão literáária extensos ria extensos trechos de Bertold Brecht trechos de Bertold Brecht

●● On the one hand, there is the author who On the one hand, there is the author who needs to be protected from unauthorized needs to be protected from unauthorized exploitation of his work. On the other, exploitation of his work. On the other, there is the interest of other authors to there is the interest of other authors to create and discuss art in a free create and discuss art in a free environment sheltered from environment sheltered from encroachments in terms of content or encroachments in terms of content or limited by the threat of financial limited by the threat of financial repercussions. repercussions.

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MonopMonopóólio e controle da lio e controle da informainformaççãoão

●● Tribunal Constitucional Alemão Tribunal Constitucional Alemão -- Germania 3 Germania 3 -- BVerfGE 825/98 from 29.06.2000.BVerfGE 825/98 from 29.06.2000.

●● Concerning this balance, the Concerning this balance, the [Constitutional] Court held that a [Constitutional] Court held that a negligible encroachment in the rights of negligible encroachment in the rights of the copy right holder without the the copy right holder without the existence of a danger of considerable existence of a danger of considerable economic disadvantages, do not outweigh economic disadvantages, do not outweigh the interests of the public to make the interests of the public to make (unauthorized) use of copy right protected (unauthorized) use of copy right protected work in order to discuss art in a free work in order to discuss art in a free environment.environment.

●● Markus Schneider, The Balance Of Interests And Intellectual PropMarkus Schneider, The Balance Of Interests And Intellectual Property Laws erty Laws –– The European Approach, memorando, marThe European Approach, memorando, marçço de 2002.o de 2002.

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MonopMonopóólio e controle da lio e controle da informainformaççãoão

●● João Barbalho, ComentJoão Barbalho, Comentáários rios àà ConstituiConstituiçção de ão de 1891, ed. 19021891, ed. 1902

●● Com efeito por mais proprietCom efeito por mais proprietáário que se rio que se queira considerar o autor de uma obra queira considerar o autor de uma obra cientcientíífica, literfica, literáária ou artria ou artíística, não se stica, não se pode deixar de reconhecer que o pode deixar de reconhecer que o pensamento, o princpensamento, o princíípio, a verdade, a pio, a verdade, a nonoçção que em seu trabalho ele ão que em seu trabalho ele incorpora, consagra, expõe, ensina, incorpora, consagra, expõe, ensina, mostra, não lhemostra, não lhe pertence como a pertence como a exclusivo dono e senhor proprietexclusivo dono e senhor proprietáário de rio de uma iduma idééia? Dono de um pensamento? ia? Dono de um pensamento?

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MonopMonopóólio e controle da lio e controle da informainformaççãoão

●● Quando muito poderQuando muito poder--sese--ia dizer tal ia dizer tal enquanto essa idenquanto essa idééia, esse pensamento ia, esse pensamento se conservasse recondito nos refolhos se conservasse recondito nos refolhos da inteligência guardado no recesso do da inteligência guardado no recesso do entendimento. Mas eis que se entendimento. Mas eis que se exterexterííorisa, como prendeorisa, como prende--lo ao domlo ao domíínio nio de um homem como ligade um homem como liga--lo ao lo ao patrimônio de um individuo? Como patrimônio de um individuo? Como fazefaze--lo objeto de gozo exclusivo dele, lo objeto de gozo exclusivo dele, com jus utendi, fruendi et abutendi?com jus utendi, fruendi et abutendi?

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MonopMonopóólio e controle lio e controle da informada informaççãoão

●● Por outro lado, o mundo das idPor outro lado, o mundo das idééias ias éé uma comunhão uma comunhão e acumula o que lhe são legado a te acumula o que lhe são legado a tíítulo gratuito, as tulo gratuito, as cogitacogitaçções dos doutos, dos gratuitos as cogitaões dos doutos, dos gratuitos as cogitaçções ões dos doutos, dos. sdos doutos, dos. sáábios, dos genios de muitas e bios, dos genios de muitas e muitas geramuitas geraçções. Desse repositões. Desse repositóório comum e rio comum e inesgotinesgotáável, desse patrimônio intelectual da vel, desse patrimônio intelectual da humanidade tiram seus elementos formadores as humanidade tiram seus elementos formadores as novas concepnovas concepçções no domões no domíínio das ciências, das nio das ciências, das letras, das artes. Os modernos têm assim a letras, das artes. Os modernos têm assim a colaboracolaboraçção gratuão gratuííta, desinteressada, franca, dos ta, desinteressada, franca, dos antigos pensadores; e o que antigos pensadores; e o que éé mais, sem ela bem mais, sem ela bem pouco fariam, alpouco fariam, aléém de tacteios, ensaios e tentames.m de tacteios, ensaios e tentames.

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MonopMonopóólio e controle da lio e controle da informainformaççãoão

●● E sim a cada um, E sim a cada um, àà sua discrisua discriçção, ão, éé licito licito proverprover--se a, nesse grande. patrimônio da se a, nesse grande. patrimônio da humanidade, do que precisa para novas humanidade, do que precisa para novas criacriaçções intelectuais, e ões intelectuais, e éé justo que a justo que a sociedade lhe reconhesociedade lhe reconheçça um direito a elas, a um direito a elas, desde que aos elementos assim colhidos e desde que aos elementos assim colhidos e afeiafeiççoados o autor ligou o cunho de sua oados o autor ligou o cunho de sua personalidade personalidade -- não menos lnão menos líícito e justo cito e justo ééque com ele a sociedade seja pioneira no que com ele a sociedade seja pioneira no novo produto assim elaboradonovo produto assim elaborado..

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MonopMonopóólio e controle lio e controle da informada informaççãoão

●● O modo de combinar nisto os interesses do O modo de combinar nisto os interesses do autor e da comunhão, do publico, as naautor e da comunhão, do publico, as naçções ões cultas tem feito consistir no reconhecimento cultas tem feito consistir no reconhecimento e garantia do direito daquele por um certo e garantia do direito daquele por um certo tempo limitado, entrando a obra findo esse tempo limitado, entrando a obra findo esse prazo no domprazo no domíínio social, comum nio social, comum áá todostodos..

●● João Barbalho, ComentJoão Barbalho, Comentáários rios àà ConstituiConstituiçção de 1891, ão de 1891, ed. 1902ed. 1902

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O EquilO Equilííbrio de Interesses brio de Interesses

�� ““It may seem unfair that much of the fruit of the compiler's laboIt may seem unfair that much of the fruit of the compiler's labor may be used by r may be used by

others without others without compensation. As Justice Brennan has compensation. As Justice Brennan has correctly observed, however, this is not "some correctly observed, however, this is not "some unforeseen byproduct of a statutory scheme." unforeseen byproduct of a statutory scheme." Harper & Row, 471 U.S., at 589 (dissenting Harper & Row, 471 U.S., at 589 (dissenting opinion). It is, rather, "the essence of copyright," opinion). It is, rather, "the essence of copyright," ibid., and a constitutional requirement. The primary ibid., and a constitutional requirement. The primary objective of copyright is not to reward the labor of objective of copyright is not to reward the labor of authors, but "to promote the Progress of Science authors, but "to promote the Progress of Science and useful Arts." Art. I, and useful Arts." Art. I, §§ 8, cl. 8. To this end, 8, cl. 8. To this end, copyright assures authors the right to their original copyright assures authors the right to their original expression, but encourages others to build freely expression, but encourages others to build freely upon the ideas and information conveyed by a upon the ideas and information conveyed by a work.work.”” Feist Feist Publications, Inc. v. Rural Tel. Serv. Co., Inc., Publications, Inc. v. Rural Tel. Serv. Co., Inc., 499 U.S.340, 349499 U.S.340, 349--50 (199150 (1991).).

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O EquilO Equilííbrio de Interesses brio de Interesses �� Nel riconoscere in capo all'autore la proprieta' Nel riconoscere in capo all'autore la proprieta' dell'opera ed il suo diritto allo sfruttamento economico dell'opera ed il suo diritto allo sfruttamento economico della stessa in qualsiasi forma e modo, la legge non della stessa in qualsiasi forma e modo, la legge non trascura di operare trascura di operare un bilanciamento tra valori ed un bilanciamento tra valori ed interessi contrapposti;interessi contrapposti; bilanciamento non irragionevole bilanciamento non irragionevole in quanto realizzato in sintonia con i principi in quanto realizzato in sintonia con i principi costituzionali sia in ordine alla tutela della liberta' costituzionali sia in ordine alla tutela della liberta' dell'arte e della scienza (art. 33), sia in materia didell'arte e della scienza (art. 33), sia in materia ditutela della proprieta', da riferire anche all'opera tutela della proprieta', da riferire anche all'opera intellettuale (art. 42), sia di tutela del lavoro in tutte le intellettuale (art. 42), sia di tutela del lavoro in tutte le sue forme, tra cui deve farsi rientrare anche la libera sue forme, tra cui deve farsi rientrare anche la libera attivita' di creazione intellettuale (art. 35). attivita' di creazione intellettuale (art. 35).

�� Tale bilanciamento risulta nel contempo Tale bilanciamento risulta nel contempo positivamente finalizzato, mediante l'incentivazione positivamente finalizzato, mediante l'incentivazione della produzione artistica, letteraria e scientifica, a della produzione artistica, letteraria e scientifica, a favorire il pieno sviluppo della persona umana (art. favorire il pieno sviluppo della persona umana (art. 3) ed a promuovere lo sviluppo della cultura (art. 9).3) ed a promuovere lo sviluppo della cultura (art. 9).

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O EquilO Equilííbrio de Interesses brio de Interesses Dette finalita', che indicano la stretta connessione tra Dette finalita', che indicano la stretta connessione tra tutela degli autori e tutela della cultura, sono tutela degli autori e tutela della cultura, sono peraltro ragionevolmente conciliabili, come gia' peraltro ragionevolmente conciliabili, come gia' affermato da questa Corte (ordinanza n. 361 del affermato da questa Corte (ordinanza n. 361 del 1988) con la liberta' dell'iniziativa economica (art. 1988) con la liberta' dell'iniziativa economica (art. 41) di altri soggetti (produttori, rivenditori, 41) di altri soggetti (produttori, rivenditori, noleggiatori) in un equilibrio che tenga conto dei noleggiatori) in un equilibrio che tenga conto dei rispettivi costi e rischi; e sono altresi' conciliabili rispettivi costi e rischi; e sono altresi' conciliabili con i diritti di tutti alla fruizione dell'opera artistica con i diritti di tutti alla fruizione dell'opera artistica e e con l'interesse generale alla diffusione della cultura. con l'interesse generale alla diffusione della cultura.

�� Cio' e' confermato anche dall'esperienza concreta, Cio' e' confermato anche dall'esperienza concreta, che dimostra come, grazie anche all'imponente che dimostra come, grazie anche all'imponente sviluppo radiosviluppo radio--televisivo e concertistico, la televisivo e concertistico, la titolarita' e l'esercizio dei diritti dell'autore o del titolarita' e l'esercizio dei diritti dell'autore o del produttore non siano di limitazione o di ostacolo alla produttore non siano di limitazione o di ostacolo alla diffusione ed alla conseguente fruizione delle opere diffusione ed alla conseguente fruizione delle opere artistiche, in particolare musicali.artistiche, in particolare musicali.

�� Sentenza 108/1995 Giudizio di legittimita' costituzionale in viSentenza 108/1995 Giudizio di legittimita' costituzionale in via incidentalea incidentale

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O EquilO Equilííbrio de Interesses brio de Interesses

�� AAÇÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADEÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE�� (MEDIDA LIMINAR) N(MEDIDA LIMINAR) Nºº 2.0542.054--4 4 -- DFDF�� Tribunal Pleno (DJ, 10.03.2000)Tribunal Pleno (DJ, 10.03.2000)�� Relator: O Sr. Ministro Ilmar GalvãoRelator: O Sr. Ministro Ilmar Galvão

�� Dois, portanto, os princDois, portanto, os princíípios constitucionais que, no pios constitucionais que, no presente caso, parece oporempresente caso, parece oporem--se: de um lado o da se: de um lado o da liberdade de associaliberdade de associaçção ão -- que a lei em causa não deixou que a lei em causa não deixou de ressalvar, ao reconhecer a faculdade de os prde ressalvar, ao reconhecer a faculdade de os próóprios prios autores defenderem seus direitos (parautores defenderem seus direitos (paráágrafo grafo úúnico do nico do art. 98), do outro o da garantia das participaart. 98), do outro o da garantia das participaçções ões individuais em obras coletivas e do direito de individuais em obras coletivas e do direito de fiscalizafiscalizaçção do aproveitamento econômico das obras ão do aproveitamento econômico das obras que criarem ou de que participarem, somente que criarem ou de que participarem, somente praticpraticáável, com eficvel, com eficáácia, por via da gestão centralizada cia, por via da gestão centralizada dos direitos autorais.dos direitos autorais.

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O EquilO Equilííbrio de Interesses brio de Interesses �� Na liNa liçção dos doutos, entre não dos doutos, entre nóós, als, aléém de outros, m de outros, Paulo Bonavides, Eros Grau e Ruy Samuel EspPaulo Bonavides, Eros Grau e Ruy Samuel Espííndola, ndola, uma eventual antinomia de princuma eventual antinomia de princíípios, frente aos casos pios, frente aos casos concretos concretos -- um dos mais um dos mais ““dignosdignos”” e e ““eminenteseminentes””problemas constitucionais da atualidade, no dizer de problemas constitucionais da atualidade, no dizer de Sotto Maior Borges, diferentemente do que ocorre com Sotto Maior Borges, diferentemente do que ocorre com a das regras, se revolve em razão da respectiva a das regras, se revolve em razão da respectiva dimensão do peso ou importância.dimensão do peso ou importância.

�� Com isso, adverte Alexy (citado pelo primeiro), o que se Com isso, adverte Alexy (citado pelo primeiro), o que se quer dizer quer dizer éé que os princque os princíípios têm um peso diferente pios têm um peso diferente nos casos concretos e que o princnos casos concretos e que o princíípio de maior peso pio de maior peso éé o o que prepondera. De modo que, havendo conflito entre que prepondera. De modo que, havendo conflito entre dois deles, o de menor peso deve ceder em prol do mais dois deles, o de menor peso deve ceder em prol do mais importante, sem que, todavia, e, por importante, sem que, todavia, e, por óóbvio, esse bvio, esse úúltimo ltimo deva desaparecer do sistema jurdeva desaparecer do sistema juríídico, como ocorre em dico, como ocorre em termos de antinomia de normas.termos de antinomia de normas.

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O EquilO Equilííbrio de Interesses brio de Interesses

�� ÉÉ uma questão, portanto, de peso ou uma questão, portanto, de peso ou importância.importância.

�� No caso sob exame, entre a liberdade de No caso sob exame, entre a liberdade de associaassociaçção e a proteão e a proteçção dos direitos ão dos direitos autorais, parece indiscutautorais, parece indiscutíível que se deva vel que se deva atribuir maior peso e importância ao atribuir maior peso e importância ao segundo, pelo que toca ao interesse segundo, pelo que toca ao interesse imediato dos respectivos titulares dos imediato dos respectivos titulares dos direitos contemplados.direitos contemplados.

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O EquilO Equilííbrio de Interesses brio de Interesses

�� Outros exemplos de aplicaOutros exemplos de aplicaçção da ão da proporcionalidade:proporcionalidade:

1.1. Caso SchulbuchprivilegCaso SchulbuchprivilegPrestigiaPrestigia--se o se o direito de acesso direito de acesso àà culturacultura, dando livre , dando livre

acesso nas escolas acesso nas escolas ààs obras protegidas por direitos s obras protegidas por direitos autorais; mas tal prestautorais; mas tal prestíígio não importa em acesso gio não importa em acesso gratuitogratuito..

2.2. Caso Germania 3Caso Germania 3PrestigiaPrestigia--se o se o direito de expressão artdireito de expressão artíísticastica contra o contra o

direito autoral, mas sdireito autoral, mas sóó quando não afrontar quando não afrontar significativamentesignificativamente os intereses do titular do direito os intereses do titular do direito de exclusiva. de exclusiva.