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DIREITOS HUMANOS · Estadual de Direitos Humanos/Ministério da Justiça, de órgãos públicos e entidades da sociedade civil. O diagnóstico teve como objetivo, levantar demandas

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088104791CONSTRUINDO A PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS - CURSO DE EXTENSÃOSEGURANÇA, EDUCAÇÃO E CIDADANIAMaria de Nazaré Tavares Zenaide*, Marconi Pequeno**, Cleonice Camino**, Élio Chaves**, Leôncio Camino**,Lúcia Lemos**, Paulo Moura**, Lígia Malta**, Lúcia Giovana**, Monique Cittadino**, Fábio Freitas**, RosaGodoy**, Ivanilda Gentle***UFPB

Relata a execução e resultados do Curso de Extensão, Segurança e Cidadania, promovido pelo Projeto Paz e Cidadania nas Escolas eno Bairro, da Coordenação de Programas de Ação Comunitária da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UFPB.Ocurso teve como objetivo, capacitar multiplicadores para lidar de modo preventivo com o fenômeno da violência na escola. Utilizou-secomo metodologia, a realização de mesas redondas, debates, palestras trabalhos grupais. Foram distribuídos durante o curso: vídeose textos sobre as temáticas. O Curso foi implementado em três municípios do Estado da Paraíba: João Pessoa, Campina Grande ePatos, no período de 06 a 08 de maio, 10 a 12 de julho e 01 a 03 de agosto de 02, respectivamente, atingindo ao todo quinhentosparticipantes, entre os quais, professores, técnico, gestores, policiais civis e militares e representantes da sociedade civil. Estetrabalho, fará portanto, uma apresentação dos resultados alcançados, bem como das ações produzidas a partir desta intervenção quearticulou escola, polícia e órgãos de defesa da cidadania, tendo como resultado a construção de pautas de ações de cidadania.* Coordenadora do Projeto Paz e Cidadania nas Escolas e no Bairro, Mestre em Serviço Social, Coordenadora de Programas de AçãoComunitária - UFPB, Coordenadora da Área Temática Direitos Humanos do Fórum de Pró - Reitores de Extensão das UniversidadesPúblicas Brasileiras, Professora do Departamento de Serviço Social da UFPB, professora do II Curso de Especialização da UFPB; **Professores colaboradores do Curso; *** Vice-Coordenadora de Programas de Ação Comunitária, Assistente Social da PRAC/UFPB,Especialista em Educação e Movimentos Sociais

088104804DIAGNOSTICANDO O FENÔMENO DA VIOLÊNCIA NA ESCOLAJulianne de L. Santos*, Sandra Andréa de Miranda*, Almira Almeida Cavalcante*, Betânia Araújo Barbosa*, JoséAugusto Thomaz Dantas*, Luciana Oliveira Ramos*, Gecismário Costa Gomes*, Luênnia Kerlly Alves Rocha*,Otaneide da Silva Cruz*, José Carlos Nascimento*, Fernando Barbosa Júnior*, Saulo de Tarso Gambarra daNóbrega**, Laudicea Cavalcante da Silva**, Petronila Mesquita Videres***, Péricles Nunes Souto Lima***, AntônioGomes Filho***, Fernando Antonio Lima***, Maria das Graças Brito*** , Maria de Nazaré Tavares Zenaide****UFPB

Apresenta o Diagnóstico feito em dez escolas públicas, sendo sete estaduais e três municipais, do conjunto Valentina de Figueiredoem João Pessoa – PB, no período de março a maio de 2002, como parte do processo de construção da Semana da Paz e daCidadania a ser concretizada no mês de novembro de 2002, como uma das metas do Projeto Paz e Cidadania nas Escolas e no Bairro.Trata-se de uma proposta de ação de extensão interdisciplinar com o apoio do Programa Nacional Paz nas Escolas/SecretariaEstadual de Direitos Humanos/Ministério da Justiça, de órgãos públicos e entidades da sociedade civil. O diagnóstico teve comoobjetivo, levantar demandas das escolas nas áreas de educação, segurança e saúde. Foram aplicados dois questionários, contendoquestões sobre o cotidiano escolar, saúde e segurança, sendo que: um a 10 gestores e outro a 75 funcionários: vigilantes, porteiros,caseiros e inspetores, num total de 85 entrevistados. As informações coletadas, foram consolidadas em quadros e dispostas em duaspartes: uma com informações prestadas pelos gestores e outra, pelos vigilantes, porteiros, caseiros e inspetores. Após sua conclusão,foram realizadas reuniões com representantes das escolas e parceiros do projeto, definindo de modo participativo a programação daSemana da Paz e da Cidadania, cujas ações encontram-se sendo desenvolvidas nas áreas de saúde do trabalhador, saúde escolar,esporte e lazer, educação para a cidadania, prevenção às drogas, segurança e cultura, concluindo a meta com a realização daSemana da Paz e da Cidadania no período de 25 a 30 de novembro de 2002.*Estagiários do Projeto Paz e Cidadania nas Escolas e no Bairro, **Voluntários do Projeto, ***Técnicos da COPAC; ****Coordenadorada COPAC e do Projeto Paz e Cidadania nas Escolas e no Bairro

GRUPO BEIJA-FLOR: REDE DE CIDADANIA E INTEGRAÇÃO COMUNITÁRIASandro Tonso ([email protected]); Alexandre; Haydée Lima; Iana; Amauri; Sandra; Terezinha;Renata FernandesUNICAMP

Este projeto iniciou-se numa conversa informal no Conselho Municipal de Saúde de Campinas sobre as condições de desamparo emque se encontram os jovens e adolescentes da região da Vila Ipê, ao sul de Campinas. Assistida por entidades governamentais e não-governamentais no que se refere às crianças da idade de creche até seus 11 anos, após esta fase, a região tem somente na escolasuas oportunidades de superação de uma situação desigual de crescimento e desenvolvimento humano.As escolas da região possuemas já conhecidas carências que vão desde as condições materiais até as dificuldades de seus profissionais em encontrar apoio para oenfrentamento destas questões.O projeto se estruturou na chamado “Grupo Beija Flor”. Este grupo de instituições e pessoas é o fórumda região onde convergem a cada 2 ou 3 semanas, nas suas reuniões, as Universidades (Unicamp e PUCCamp), o Centro de Saúde,as Associações de Moradores, as entidades assistenciais, as escolas, o 5º Distrito Policial, o Movimento da Juventude Popular, aPrefeitura Municipal de Campinas, além de moradores sem qualquer vínculo formal com instituições mas, com comprometimento coma situação dos jovens dos bairros da região.estes encontros surgiram diversos projetos que, de modo participativo, vêm sendoconstruído e executados com o apoio da Unicamp mas, não só desta forma: há diversas ações que surgiram pela articulação departicipantes do Grupo Beija Flor, que está se constituindo numa rede de apoio e construção de cidadania.Na primeira fase (ano de

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2001), podemos destacar as seguintes ações: cursos de formação de “contadores de história” para pessoas do ensino formal, doensino não-formal e para jovens de modo geral;curso de capacitação de agentes sócio-culturais; oferecimento de atividades e oficinasvoltadas para a sensibilização dos jovens para questões ligadas às artes (plásticas e teatro), saúde e meio ambiente;curso deformação de jovens viveiristas (em parceria com o programa da Prefeitura de descentralização dos Viveiros Municipais);O maiorresultado atual deste projeto é a articulação social criada a partir das reuniões do grupo Beija Flor. Uma rede “não-hierárquica” temmostrado que a comunidade deve e pode decidir por formas alternativas de ação comunitária chamando a Universidade para assumirseu papel perante a Sociedade onde se insere.Neste ano, escolhido o tema da Violência Doméstica, foi realizado o I Fórum sobre otema e estamos iniciando uma “Escola de Pais” procurando enfocar sua multiplicidade de aspectos.

DIREITOS HUMANOS OU EDUCAÇÃO? PÓLO DE SUPORTE À INFÂNCIA E À JUVENTUDECláudia Mônica dos SantosUFJF

O Pólo de Suporte à Infância e à Juventude é um projeto de extensão da Faculdade de Serviço Social/Universidade Federal de Juiz deFora, com a participação das Faculdades de Educação, Educação Física, Comunicação e Setor de Cultura.A atuação do Pólo, antigoPRONAICA, teve início em l994 como projeto de nível federal, coordenado pelo Ministério de Educação. Este realizou um convêniocom as universidades com o objetivo de prestarem assessoria aos Centros de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente (CAIC`s)de sua região, na implementação da proposta de "proteção integral".Com sua extinção, como proposta de governo, em l995, aFaculdade de Serviço Social da Universidade Federal de Juiz de Fora definiu a continuidade do projeto e atribuiu nova configuração aomesmo, tendo como preocupação a implantação e a implementação, no município de Juiz de Fora e outros próximos, das diretrizesdefinidas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), isto é, contribuir com o fortalecimento dessa nova proposta.Dessa forma,através de uma equipe interdisciplinar, vem se desenvolvendo, um projeto de extensão que tem como objetivos trabalhar cominstituições de atendimento direto ou indireto à infância e à juventude: executora de políticas, de defesa de direitos, de elaboração depolíticas, de segurança pública, bem como contribuir com os municípios que ainda não estão no processo de construção de suapolítica de atenção a esse segmento. Propõe também a fomentar, junto às instituições, discussão de uma proposta político-pedagógicapara infância e juventude que determine a inversão da condição historicamente "tutelada do menor". Visa, ainda, estimular o processode participação da sociedade civil nos conselhos de direitos, conselhos tutelares, fóruns e demais instâncias legítimas de luta pelagarantia dos direitos assegurados em lei. A atuação do projeto tem como parâmetro a realidade vivida pelas crianças e pelosadolescentes e sua contextualização no ECA.Suas atividades articulam-se a partir de três eixos básicos: Assessoria às instituições queatuam na área da infância e juventude, promovendo cursos de capacitação que envolve os diversos profissionais dessa área,principalmente conselheiros de direitos, conselheiros tutelares e profissionais executores de política de atendimento; pesquisas sobre arealidade infanto/juvenil em Juiz de Fora e em torno; Projeto de Apoio às Famílias encaminhadas pelos Conselheiros Tutelares de Juizde Fora.Este projeto atende o município de Juiz de Fora e demais municípios da Zona da Mata Mineira, tais como: Cataguases,Leopoldina, Santos Dumont, Rio Novo, São João Nepomuceno, Matias Barbosa. Sendo a UFJF um ponto de referência da região,muitas vezes recebe demandas de municípios do Sul de Minas e Zona das Vertentes.

1157031000ARTE E EXCLUSÃO SOCIAL: INVESTIGAÇÃO ESTÉTICA E PARTICIPAÇÃOCOMUNITÁRIA ENVOLVENDO MORADORES DE RUAS. Tonso ([email protected]); V. Fabrini; R. Ferracini; A. R. Gonçalves; D. F. Chiozzini; D. E. Baffi;E. Okamoto; F. F. Santos; G. C. Oliveira; I. M. Rezende; L. Argento; L. Jimenez; M. A. Possani; M. S. Lopes; P. F.Arruda; V. A. P. SilvaUNICAMP

OBJETIVOS: Objetivo Geral: Refletir sobre exclusão-social em grandes cidades com moradores-de-rua da cidade de Campinas a partirda realização de atividades artísticas na Casa dos Amigos de São Francisco de Assis.Objetivos Específicos: a)Valorizar a identidadedos freqüentadores da Casa pelo resgate de suas culturas, histórias e expressão artística.b)Com o Teatro do Oprimido de AugustoBoal, contribuir para o desenvolvimento de atividades artísticas na Casa: incentivando a prática artística entre os freqüentadores dainstituição; identificando as opressões a que são cotidianamente submetidos; estimulando a reflexão sobre os temas abordados;buscando a construção coletiva dos processos de sociabilidade e cidadania. c)Realizar investigação estética da exclusão social emgrandes cidades através da Mímesis-Corpórea, metodologia de apreensão de matrizes corpóreas e vocais desenvolvida pelo LUME –Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais – UNICAMP. d)Realizar apresentações públicas resultantes das experiências do GrupoMatula com os moradores e na pesquisa nos ensaios. e)Publicar um conjunto de textos relativos às experiências vivenciadas.METODOLOGIA: 1)Procedimentos metodológicos relativos às práticas teatrais nas Casas; b)Planejar as atividades na Casa, incluindooficinas de música, teatro e poesia; c)Aplicar jogos e dinâmicas de grupo nos três encontros semanais de uma hora e meia cada;d)Produzir um diário de atividades com descrição detalhada dos encontros; e)Realizar reuniões semanais da equipe para análise dosencontros e reestruturações. 2) Procedimentos metodológicos relativos à Investigação estética. A investigação estética realiza-se emencontros semanais do Grupo Matula Teatro e está dividida em: a)Treinamento: orientado por Renato Ferracini, ator-pesquisador doLUME e objetivando o aprimoramento técnico dos atores e a imitação e codificação de corporeidades observadas em moradores derua; b) Teatralização: orientada pela profa. Dra. Verônica Fabrini, objetivando a aplicação do material coletado ao longo da pesquisaem exercícios cênicos. RESULTADOS: Desenvolvido há quase dois anos, produziu peças teatrais (Coração de Pedra e Vizinhos doFundo) com a participação dos próprios moradores de rua, organizou a Semana de Arte e Exclusão Social, com a participação daAcademia, de Prefeituras e dos próprios moradores-de-rua e, atualmente, o grupo de moradores tornou-se um grupo fixo, crescente,que discute sua situação, soluções próprias e freqüenta (um deles) aulas na UNICAMP. Entre os alunos, a adesão tem sido crescentepor permitir sua formação cidadã enquanto se formam como profissionais nas diversas áreas.

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PREVENÇÃO - O ESSENCIAL QUE É INVISÍVEL PARA QUEM NÃO CRÊ !!Jânia Jacson dos Santos, [email protected]; Shana Nakoneczny Pimenta, [email protected];Colaboradores: Allysson Rogério Matioski, [email protected]; Ana Paula dos Santos, [email protected];Barbara Butyn, [email protected]; Barbara Franco, [email protected]; Bernardo M.M. de Almeida,[email protected]; Carlos Eduardo Paula Leite, Flávia Aline Carneiro, [email protected]; Irma Zaninelli,[email protected]; Luiz Fernando Nicolodi, [email protected]; Lygia Maria Portugal Oliveira,[email protected]; Marcos Augusto Arcoverde, [email protected]; Melissa dos Reis P. Mafra,[email protected]; Morgana Fabíola Morgana, [email protected]; Silvana Kissula deSouza, [email protected]; Orientadora: Carolina Bocchi Maia, [email protected]

O presente Projeto integra o Programa de Extensão, Valores Humanos: Via da Cidadania, e se destina a sensibilizar a liderançaevangélica sobre a sua responsabilidade social frente a ações efetivas de prevenção a AIDS e ao uso indevido de drogas no âmbito desua comunidade interna, haja vista a capacidade mobilizadora que as igrejas possuem, aliado ao fato de que esta problemática afetaindistintamente todos os segmentos da população. Utilizando uma metodologia criativa e que leva em consideração as característicasdos líderes evangélicos, o Projeto vem se desenvolvendo por meio de encontros periódicos, de maneira que o temas são construídoscoletivamente no sentido de proporcionar uma reflexão crítica-reflexiva, integrando ciência à fé, com o objetivo de diminuir adesinformação e o preconceito existentes que os impede de agir preventivamente e estimulando-os ao desenvolvimento de umacultura de solidariedade.

INTEGRAÇÃO ENTRE AS UNIVERSIDADES UNICAMP E UFPB: UM PLANO DE AÇÃO PARAA PROMOÇÃO DE CIDADANIA NO MUNICIPIO DE SANTA LUZIA-PBPaulo Maria Ferreira de Araújo; Lúcia de Fátima Guerra Ferreira; Maria de Nazaré Tavares Zenaide e Maria doCarmo Araújo Dantas ([email protected])UNICAMP / UFPB

Várias Universidades Públicas Brasileiras relatam experiências de trabalhos de extensão em diferentes municípios dos seus Estados,com ações nas diferentes áreas temáticas. Nesse particular a UFPB já dispõe de ampla experiência em diferentes e longínquosmunicípios da Paraíba. Por outro, a experiência mais recente da UNICAMP está vinculada ao programa Universidade Solidária queapresenta vários limites de abrangência. Interessados em desenvolver uma experiência em parceria, representantes da UNICAMP e daUFPB se reuniram em 20/Junho/2002 na cidade de João Pessoa, e estabeleceram um plano de ação visando a elaboração de um“Programa de Promoção de Cidadania para uma Comunidade Saudável” a ser desenvolvido de forma integrada entre as duasUniversidades e a comunidade do Município de Santa Luzia no sertão da Paraíba. Um cronograma de ações foi ajustado edesenvolvido como parte de sensibilização para um projeto a ser continuado e ampliado. Assim, foram realizados vários encontros comdiferentes pessoas, profissionais, e autoridades da cidade visando o conhecimento desse potencial humano e já se organizando umprimeiro núcleo de formação de um Conselho Comunitário de Representantes. Este grupo de Santa Luzia, agora em formação,participou como convidado do “Curso de Extensão - Segurança, Educação e Cidadania” que se realizou na sua terceira edição nacidade de Patos -PB no período de 1 a 3 de Agosto/2002 sob a coordenação da Pró-Reitoria e Extensão e Assuntos Comunitários daUFPB. Outros programas em ação estão sendo iniciados com a integração entre diferentes profissionais e grupos representativos comas secretarias de Município da Saúde, Educação, Cultura, Meio Ambiente, etc. Em andamento uma programação conjunta deprevenção à Dengue com um caráter de arrastão educacional.

AÇÕES INTEGRADAS ENTRE A UNICAMP E O INSTITUTO DE PESQUISAS ESPECIAISPARA A SOCIEDADE – IPES E A PREFEITURA DE CAMPINAS: FORMAÇÃO DE AGENTESCOMUNITÁRIOS DE SAÚDE.Paulo Maria Ferreira de Araújo; Carlos R. S. Correa, Roberto Teixeira Mendes, Maria Erlinda Duckur Cassab eHumberto Araújo Rangel ([email protected])UNICAMP

Através da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, a UNICAMP vem estimulando os profissionais das unidades, centros enúcleos de ensino e pesquisa, para o desenvolvimento de programas e projetos voltados para a promoção da cidadania emcomunidades carentes. A partir de uma parceria estabelecida entre profissionais do IPES e da UNICAMP e da PREFEITURA deCAMPINAS, foi elaborado um projeto multidisciplinar integrado, visando estimular a comunidade da Região do S. Marcos, a buscaratingir o patamar “Comunidade Saudável”. Como parte desse projeto, que foi aprovado no âmbito do Programa de Políticas Públicasda FAPESP, foi desenvolvido um Curso de Formação de Agentes Comunitários de Saúde, voltado para moradores da próprialocalidade.O curso de caráter teórico-prático, com uma carga horária de 240 horas aulas, foi ministrado para 22 alunos, e teve o seuconteúdo voltado não apenas para a formação de agentes de saúde, mas também para capacitá-los como promotores de cidadania.Com um controle de freqüência e avaliação do aprendizado, 20 dos alunos receberam certificado de conclusão de Curso de Extensão,e vários deles já foram absorvidos e estão atuando no Programa Paidéia de Saúde da Família, do Município de Campinas. Umconvênio foi estabelecido entre UNICAMP, IPES, Prefeitura de Campinas e Serviços de Saúde Cândido Ferreira para capacitaragentes de Comunitários de Saúde, com perfil semelhante, para atender a todo o Município.

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REPRESENTATIVIDADE DA UNICAMP NO CONSELHO ESTADUAL DE DEFESA DOSDIREITOS DA PESSOA HUMANA -“CONDEPE-SP”Paulo Maria Ferreira de Araújo e Roberto Teixeira Mendes ([email protected])UNICAMP

O Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana - CONDEPE em franco funcionamento, a exemplo de Conselhossimilares de vários Estados da Federação, foi criado por lei e regulamentado há cerca de dez anos. Com uma composição majoritáriade representantes da sociedade civil entre as quais as universidades públicas paulistas (UNICAMP, USP, UNESP) vem consolidando oseu objetivo principal de ombudsman ou vigilante da administração pública governamental no respeito aos direitos da pessoa, comuma prática efetiva de cobrança nas situações em contrário. A UNICAMP no seu papel pluralista de membro observador, tem-seempenhado e conseguido estabelecer através da sua representação, a importância do favorecimento institucional: seja no seu peso derespeitabilidade como Universidade ou no contexto do seu posicionamento político e de sustentação acadêmica. Assim foi a suaatuação nos últimos quatro anos onde se consagrou através da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários – PREAC aabertura para parcerias em proposições de políticas públicas com a possível atuação em projetos de cunho acadêmico. Marcou-seassim o respaldo institucional às atividades em destaque: o desempenho da Ouvidoria da Polícia Militar de São Paulo, criada atravésdo CONDEPE e de onde provem a indicação do Ouvidor; no planejamento para monitoramento de aplicação da Lei de InadimplênciaSocial sobre os Municípios do Estado de São Paulo; no acompanhamento dos trâmites do processo das “Ossadas de Perus” junto aoMinistério Público Federal; nos foros de avaliação e aprimoramento do Plano de Direitos Humanos do Estado de São Paulo; nos forosde avaliação do dez anos do Estatuto da Criança e do Adolescente-ECA, entre outras.

APOIO À ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA: EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE REGIONALDO CARIRI/CE NO MUNICIPIO DE TERRA NOVA/PE.Adriano Souza de Almeida ([email protected]); Lindelânia Barbosa da Silva.URCA.

Este trabalho visa relatar as atividades desenvolvidas pela Universidade Regional do Cariri, tendo como foco a OrganizaçãoComunitária, durante o trabalho de campo no município de Terra Nova, em razão do Programa Universidade Solidária/Xingo,em fevereiro de 2002. O objetivo dessas atividades era o fortalecimento da organização comunitária, via Conselhos de PolíticasPúblicas, a fim de identificar as principais falhas na construção de instrumentos participativos locais, como provocar umadiscussão sobre os mecanismos de participação democrática direta junto às principais lideranças locais.Contando com apoio de05 alunos (02 de Direito, 01 de Economia e 01 de Engenharia de Produção) para o trabalho direto com a temática e osprofessores Ana Maria Nunes e Micaelson Lacerda, foi realizado seminário com todos os Conselhos de Políticas Públicas domunicípio num total de 12 conselhos e cerca de 80 pessoas. O seminário foi realizado em 04 horas e pautou-se pela discussãodo papel dos Conselheiros, bem como a elaboração, mediante metodologia participativa de diagnóstico de atuação dosConselhos na comunidade, com pontos positivos e negativos, bem como a indicação de possíveis soluções a seremimplementadas. Diante da série de problemas conjunturais e locais acerca do modelo de Conselhos implementadas, o grupooptou pela eleição do problema mais grave percebido durante o seminário, para ser trabalhado no restante da estada nomunicípio, o qual foi a ausência do Conselho Tutelar.Ausência de qualquer trabalho anterior de suporte aos Conselhos ,provocou um choque na comunidade, uma vez que muitos dos Conselhos nunca haviam sequer se reunido, e muitosconselheiros sequer sabiam que faziam parte do conselho que representavam, haja visto o processo viciado de escolha dosmembros. Crendo ser esses problemas oriundos de aspectos conjunturais de difícil solução, optou-se pela articulação deesforços para implantação do Conselho Tutelar, onde em reunião com as principais lideranças políticas, comunitárias, MinistérioPúblico e Judiciário, definiram-se os papéis a serem adotados pelos atores presentes na implantação do conselho, quais sejam:- pesquisa de legislação e elaboração de projeto de lei; discussão, votação e aprovação em regime de urgência; condução,fiscalização do processo eleitoral e capacitação dos conselheiros. Ao final seis meses tivemos todas as tarefas executadas e oconselho em plena atividade.

016601066UNIVERSIDADE E MOVIMENTOS SOCIAIS: INTERCÂMBIO DE SABERES E DEEXPERIÊNCIASAdão Luiz Gomes Ornellas([email protected]); Elias Lins Guimarães([email protected]) e Rita de Cássia Curvelo da Silva([email protected])UESC

A atividade de extensão intitulada Universidade e Movimentos Sociais, explicitada a seguir, surgiu da necessidade de assegurar umaconexidade entre a Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC, localizada na Região Sul da Bahia, e a sociedade, de modo aarticular o saber popular e as práticas sociais das comunidades com o saber acadêmico e a prática social da vida universitária. Talatividade, construída de forma coletiva e participativa, tem por objetivo geral propiciar a aproximação da Universidade com osMovimentos Sociais da região de inserção UESC, buscando conhecer e divulgar as práticas desses movimentos, trocar experiências,reforçar o intercâmbio das organizações populares entre si e com a comunidade acadêmica. Priorizando uma metodologia participativa,por constituir possibilidade de engajamento da população participante como sujeitos da construção e operacionalização de ações come para a comunidade, estão sendo propostas e concretizadas três atividades diferentes, mas inter-relacionadas: um Encontro Mensal

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da Universidade com os Movimentos Sociais Populares, visando promover a integração da comunidade acadêmica com asorganizações populares regionais, para intercâmbio de saberes; um Grupo de Estudos – Educação e Movimentos Sociais,operacionalizado através de reuniões semanais e que dimensiona um espaço interdisciplinar de estudos, produção de conhecimentose disseminação de informações; e um Encontro Anual de Movimentos Sociais Populares e Experiências de Extensão Universitária, queserá promovido com o intuito de reforçar o intercâmbio de saberes e experiências das organizações populares com a Universidade.Construída para ser concretizada num período de doze meses, essa atividade extensionista busca, num primeiro momento, a produçãode conhecimentos gestados na inter-relação entre os sujeitos do meio acadêmico e dos movimentos sociais populares. Da elaboraçãode um diagnóstico da realidade dos diversos movimentos sociais envolvidos e da produção de materiais bibliográficos e audiovisuais,pretende-se criar condições para a implementação de outras ações, que demandem prazos mais longos, e de novos projetos deextensão, que consolidem a integração da UESC nesses segmentos organizados da sociedade regional.

000803006DIREITO EM DEBATEEmanuel Dhayan Bezerra de AlmeidaUFRN

É notória a insegurança e o desconforto em que vive a população na sua atuação cotidiana, quando se defrontam com indagaçõessobre os seus direitos, que envolvem informações técnicas, por vezes, como os textos legislativos básicos que normatizam e orientama ação do indivíduo e de grupos na construção da cidadania. O presente projeto teve como objetivos procurar ampliar os horizontes econtribuir para o exercício pleno da cidadania, contribuindo para o resgate da dignidade, da auto-estima e para ampliar a consciênciados direitos individuais e coletivos. O projeto foi conduzido nas salas de aula de colégios da rede pública municipal e estadual, por umperíodo de 1 ano, duas vezes por semana, em conjunto com os professores das matérias. Constatou-se, com base nas palestras edebates, que: os alunos nunca tiveram a oportunidade de conhecer os seus direitos, tinham poucas noções do que era a Constituição,superficialmente conheciam alguns dos direitos protegidos e nunca a tinham lido. Não conheciam como efetivar os seus direitos(mandado de segurança, habeas corpus, ação civil pública, ação popular) e nem a quem recorrer. No final do estudo, observou-se queos alunos passaram a interessar-se cada vez mais sobre os temas abordados e a serem verdadeiros cidadãos disposto a lutar paraque a nossa Constituição seja cumprida. Foi formado um grupo com os alunos mais interessados para aprofundar o tema e foi criada aassociação civil Comitê para a Construção da Cidadania Plena, para atuar em juízo, nos casos de ofensa a direitos inerentes àcondição de cidadão, estimulando o acesso de outros grupos sociais ao Judiciário, com o objetivo de tornar concretas as garantiasconstitucionais. Tendo em vista que exercer atividades tendentes a incrementar o exercício pleno dos direitos inerentes à cidadania éde extrema importância para toda a população, reconhece-se a necessidade de tais eventos que venham a estimular à prática ativa dacidadania, através da conscientização e concretização dos direitos e garantias inerentes à cidadania plena. Este projeto sugere queincremente-se o esforço em direção ao conhecimento dos Direitos por parte de cada sujeito, para que este torne-se mais cônscio deseus direitos e deveres e mais comprometido com a sociedade em que vive.

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008503035DIREITO E CIDADANIA ATIVAPenildon Silva FilhoFABAC

O projeto Direito e Cidadania Ativa tem como objetivo suscitar o debate e o amadurecimento de uma postura de cidadão ativo emcomunidades em Salvador, através de uma troca de conhecimentos e saberes entre essas comunidades e os alunos do curso deDireito da Faculdade Baiana de Ciências. Entendemos que os alunos de direito poderiam ter dois tipos de trabalho nas comunidades: otrabalho de assistência e o trabalho de assessoria. Fizemos a opção da assessoria por entendermos que a sua capacidade deformação de multiplicadores terá um efeito a longo prazo. Tratar-se-á de um trabalho jurídico pedagógico em que os alunos da FABAC,sob a orientação de seu corpo docente, poderão estar em contato com a população de Lauro de Freitas, não somente prevendo umasolução episódica de algum problema, mas para a formação de uma cultura de cidadania ativa, de conhecimento de seus direitos.Essecontato será importantíssimo para que o aluno faça a confrontação do conhecimento adquirido na sala de aula com a realidade social epara a percepção das condições reais de realização dos direitos previstos no texto constitucional. A formação do advogado, assimcomo dos demais profissionais, não se restringe à formação do técnico, mas do profissional crítico Afirmamos então a importânciadesse trabalho não somente para as comunidades, em processo de construção de sua cidadania ativa e conquista de seus direitos,mas para os próprios cursos de direito, pois a extensão é uma via de mão dupla, uma “convivência” entre Universidade e Sociedade, enão uma mera transmissão de conhecimentos de um pólo para outro, do pólo ilustre para o pólo ignorante.Metodologia: O projeto temuma estrutura de rede, com núcleos que atuam em algumas comunidades de Lauro de Freitas. Cada núcleo tem pelo menos umprofessor e cinco alunos, sendo o quinteto. Cada quinteto trabalha em parceria com uma organização da sociedade civil, para quepossamos realmente “conviver” com a comunidade, apreendendo sua realidade social, econômica e cultural, e não simplesmente“intervir”. A atuação respeita o que já existe de cidadania ativa na comunidade e percebe como a comunidade existe e se comunica, seestrutura, seus valores, suas expectativas, seus comportamentos e seus problemas. Há uma parceria com uma organização dacomunidade.

018103075PROJETO MENINOS DA VILLAL. Lage, D. R. de Andrade, M. S. Sthel, D. Rangel e E. S. Mesquita.UENF

Projeto de grande alcance social, o Meninos da Villa, da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, da UENF, é voltado para oatendimento de crianças e adolescentes desprovidos de recursos materiais e assistenciais e/ou em situação de risco, com o objetivode oferecer atividades que promovam a ressocialização, a recuperação da auto-estima e a consciência dos seus direitos à cidadania,além de proporcionar capacitação profissional. O projeto destina-se ao atendimento de crianças e adolescentes de diversascomunidades bem como os do Centro Integrado de Assistência ao Menor – CRIAM, órgão da Secretaria de Estado de DireitosHumanos e Sistema Penitenciário RJ. Os inscritos no projeto participam de diversas oficinas de cultura afro-brasileira, artesanato einformática, sendo elas: oficina de fabricação de instrumentos musicais – ensina a arte de fabricar instrumentos musicais a partir demateriais diversos: canos de PVC, garrafas plásticas, madeira, corda de violão, fio de nylon, etc; oficina de capoeira – oferece aoportunidade de profissionalizar meninos e meninas para que sejam mestres de capoeira; oficina de Jongo/Mana Chica – pretendedespertar o interesse de crianças por danças populares regionais que estão quase extintas, fazendo com que o Jongo/Mana Chicavoltem a fazer parte do cotidiano cultural da cidade; oficina de reutilização do jornal – desenvolve práticas de artesanato,reaproveitamento de materiais que iriam para o lixo, transformando-os em utilidades para o lar, cestas, móveis e objetos de decoração;e oficina de informática – oferece noções básicas de informática com o objetivo de preparar para o mercado de trabalho. Atualmente oProjeto possui aproximadamente 126 crianças e adolescentes inscritos e está sendo encaminhado no sentido de um atendimentoespecífico às famílias, em especial às mães destes Meninos da Villa, com oficinas e palestras na área de saúde e cidadania em geral.

018103644PROJETO OFICINA DE CAPOEIRA PARA ADOLESCENTES DO CRIAMM. H. Barbosa, D. R. de Andrade, M. S. Sthel, E. S. Mesquita, D. C. Rangel.UENF

A Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) através do seu setor deServiço Social vem realizando no município de Campos dos Goytacazes (RJ) o Projeto Oficina de Capoeira voltado para adolescentesdo CRIAM – Centro de Recursos Integrados de Atendimento ao Menor.Com aproximadamente 1.500m² de área construída, o CRIAM éuma instituição que tem por finalidade a integração de recursos humanos, físicos, públicos e privados no atendimento ao menor. Esteprojeto, implantado pela antiga FUNABEM (Fundação Nacional do Bem-Estar do Menor) apóia-se em uma política de cooperaçãotécnica interinstitucional e um alto nível de participação comunitária na assistência aos adolescentes da região Norte-fluminense, pormeio de medidas sócio-educativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente. O CRIAM presta atendimento também aoscasos de abrigo provisório e internação provisória. Sua principal meta, entretanto, é a reintegração dos menores à sociedade,resgatando a auto-estima, orientando-os quanto à cidadania, reaproximando-os das suas famílias, promovendo o acesso epermanência em instituições de ensino, incentivando a profissionalização dos mesmos e afastando-os das drogas. Contribuindo para oalcance dessas metas, a Oficina de Capoeira promovida pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UENF vemconquistando o interesse e a participação desses menores, facilitando o entrosamento entre eles, com reflexos notórios também namelhoria da disciplina. Hoje, a oficina que acontece 2 vezes por semana, conta com a participação de 14 adolescentes, sendo estesrotativos, de acordo com o tempo delimitado pela justiça. O CRIAM praticamente não conta com atividades lúdicas, educativas edesportivas e, nesse sentido, a referida Oficina de Capoeira se torna muito relevante pois é, atualmente, a única atividade desportivadesta instituição. Isto vem acentuar a importância deste Projeto da PROEX frente à necessidade de se combater a ociosidade dos

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jovens que ela acolhe, assim como para a conquista das metas às quais se destina.

022003091CRIANÇA NÃO É RISCO, É OPORTUNIDADEEmeli Silva AlvesUDESC

O presente trabalho retrata através de pesquisa e ação a importância de investimentos nas bases de apoio comunitárias, em especial,a escola e a família como elementos essenciais na manutenção de vínculos permanentes, necessários ao desenvolvimento decrianças e adolescentes, bem como o apoio institucional para a solidificação de laços parentais.Busca-se pois, fortalecer os laçosfamiliares e comunitários num constante exercício na busca da plena cidadania. Observa-se ao longo da história que políticasconservadoras são substituídas por outras políticas de cunho assistencialista, mantendo as famílias crianças e adolescentes sob atutela do Estado e longe das decisões judiciais. Embora se vislumbre saídas a partir da década de 90 com a implementação doEstatuto da Criança e do Adolescente, ainda há muito o que se fazer principalmente no que tange a mudanças de mentalidade detodos os setores da sociedade,em especial dos técnicos e do poder público responsáveis pelo atendimento e implementação depolíticas que atendam as reais necessidades de crianças, jovens e suas famílias.

027603258ASSISTÊNCIA JURÍDICA AO TRABALHADOR RURAL EM SOUSAGianne Gomes Ferreira*, Aurélia Carla Queiroga da Silva*, Bruno Victor Germano*, Francisco Lucegenes LucenaDiógenes*, Jussara Queiroga Honório*, Lindongenia Queiroga*, Petrúcia Marques Sarmento Moreira*, José AlvesFormiga**UFPB/UFCG

INTRODUÇÃO: A atual Constituição da República evidencia a preocupação de nossos constituintes com a velhice. Através do art. 230,confere à família, à sociedade e ao Estado o dever de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade,defendendo sua dignidade e bem-estar, garantido-lhes o direito à vida. O Estado oferece sua contribuição protetora na medida queelabora leis e institui um sistema de previdência social para assegurar benefícios ao trabalhador na inatividade, oriunda daaposentadoria. OBJETIVO: Buscou-se aplicar, no cotidiano do projeto Rotinas Trabalhistas, as noções teóricas sobre a proteçãoconstitucional ao idoso, através da assistência jurídica ao trabalhado rural de Sousa. METODOLOGIA: Recorreu-se à leitura dadoutrina pertinente à problemática, associando ao estudo feito, um levantamento de dados no INSS de Sousa, com o escopo dedetectar nos processos de aposentadoria, como o Estado na prática, confere sua assistência ao trabalhador rural da referidalocalidade. RESULTADOS: Com a sistematização dos conhecimentos adquiridos, constatou-se que o judiciário é o único órgãorealmente confiável para resolver as demandas jurídicas, resgatando a cidadania do homem do campo, tendo em vista que a falta deinformações sobre seus direitos ainda prejudica a concessão de inúmeros benefícios legais. Desta forma, o projeto RotinasTrabalhistas busca exercer o seu papel social junto ao INSS, examinando os processos e elaborando os recursos jurídicos cabíveiscontra o indeferimento de aposentadorias. CONCLUSÃO: Verifica-se que, apesar das inovações da Constituição no sentido fornecerampla proteção ao idoso, ainda estamos longe do padrão de bem-estar oferecido pelos países de primeiro mundo. Contudo, é possívelvencer as dificuldades através da efetiva assistência jurídica, visando garantir a satisfação de seus direitos e a uma aposentadoriadigna.Palavras-chaves: a) Constituição, b) proteção, c) trabalhador.

027803257A PROMOÇÃO DA CIDADANIA AO TRABALHADOR RURALAurélia Carla Queiroga da Silva*, Bruno Victor Germano*, Francisco Lucegenes Lucena Diógenes*, Gianne GomesFerreira*, Jussara Queiroga Honório*, Lindongenia Queiroga de Sousa*, Petrúcia Marques Sarmento Moreira*, JoséAlves Formiga**UFPB/UFCG

INTRODUÇÃO: A realidade vivenciada pelo trabalhador rural no Brasil é bastante difícil, visto que o poder do patrão ainda suprime, emmuitas regiões carentes deste país, grande parte das suas garantias constitucionais fundamentais.Visando minimizar as desigualdadessociais concernentes à problemática ruralista, a Universidade, legítima detentora dos conhecimentos científicos e sociais, através doprojeto Rotinas Trabalhistas, presta sua contribuição à sociedade, com a devida assistência jurídica. OBJETIVO: Procurou-se divulgaros direitos básicos do trabalhador rural, incentivando-o a buscar o aparelho judiciário para solucionar suas demandas jurídicas,promovendo sua cidadania. METODOLOGIA: Através da efetiva assistência aos trabalhadores rurais da localidade de Sousa, realizou-se o atendimento individualizado àqueles interessados que procuraram à Universidade no escritório da Prática Jurídica, bem como oSindicato dos Trabalhadores Rurais de Sousa/PB, para o encaminhamento do pleito ao judiciário. RESULTADOS: Constata-se que aatividade desenvolvida junto ao público alvo do projeto tem contribuído para a conscientização de seus direitos e ainda a concretizaçãode aposentadorias e demais benefícios previdenciários assegurados na Lei. CONCLUSÃO: Acreditamos que as dificuldades sociais noâmbito rural podem ser vencidas através de uma atuação mais eficiente do Poder Público evidenciada em medidas políticas concretasde incremento ao desenvolvimento global da economia no campo, possibilitando uma assistência mais humana ao trabalhador rural;reconhecendo-lhe a participação no crescimento do país enquanto cidadão da nação brasileira.

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CAMPANHA DE PREVENÇÃO DAS DST/AIDS NO SISTEMA CARCERÁRIO DE MINASGERAIS. PROJETO DE EXTENSÃO “A AIDS É O BICHO”Emerson Tardieu de Aguiar Pereira Junior ([email protected])FUMEC

Este trabalho retrata a criação de um programa de extensão universitária, desenvolvido pela Faculdade de Ciências Humanas doCentro Universitário da FUMEC, em parceria com as Secretarias de Estado da Justiça e de Direitos Humanos, da Saúde, SegurançaPublica e com a Coordenação Nacional de DST/AIDS, junto à população carcerária do Estado de Minas Gerais.O objetivo central doprojeto foi implantar uma política de prevenção das DST/AIDS para atender uma amostra populacional vulnerável e a seus familiares,uma vez que a evolução do quadro epidemiológico dessas doenças em grupos de comportamento de risco tem características, hoje,de pandemia. A metodologia empregada utilizou um conjunto de intervenções pedagógicas e psicossociais aplicado à populaçãocarcerária e a seus familiares e ao conjunto de gestores e de servidores públicos responsáveis pelo acautelamento dos sentenciados,tendo em vista que o desconhecimento sobre as doenças sexualmente transmissíveis e suas correlações com o abuso de drogas, bemcomo suas formas de contágio e tratamento, associadas às condições de preconceito que permeiam o ambiente carcerário, colaborampara agravar da situação. Através do processo de educação de um dado grupo, tomando como referência suas característicaspersonais, lingüísticas e outras de importância fundamental no processo de aquisição de novos conteúdos e, associando essascondições aos princípios lúdicos, criamos um instrumento fomentador de conhecimento e de novos matizes decomportamento,diferentes daqueles atualmente observados e disponibilizados pelo Governo Como produto, obtivemos a quebra daresistência apresentada pela cultura organizacional do ambiente carcerário, visto que, após a realização do II Simpósio sobreDST/AIDS em Populações Carcerárias de Minas Gerais, do lançamento da cartilha psicopedagógica e da campanha publicitária,registramos um significativo aumento na demanda espontânea para a realização da testagem, além da procura por preservativos quepassaram a ser distribuídos em larga escala nos estabelecimentos penitenciários.

032803416SEGURANÇA PÚBLICA, CIDADANIA E DIREITOS HUMANOS: RELATO DE PESQUISA-INTERVENÇÃO EM ORGANIZAÇÕES POLICIAIS NO ESTADO DE SERGIPEManoel Mendonça Filho, Paulo Sérgio da Costa Neves, Maria Teresa Nobre, Marcelo de Almeida FerreriUFS

Relato de experiência realizada pela Comissão de Direitos Humanos da Universidade Federal de Sergipe, entre abril de 1999 e marçode 2002, através do Programa “A Polícia como Protetora dos Direitos Humanos”, junto às Polícias Militar e Civil do Estado de Sergipe,desenvolvido em duas modalidades: um curso de 40 horas para policiais e a formação de grupos de discussão de práticasinstitucionais. OBJETIVOS: a constituir um espaço político-educacional nas organizações policiais que permita repensá-las; b)estimular a construção de uma prática educativa na corporação, através da reflexão de práticas instituídas e naturalizadas e dascrenças e valores que as sustentam; c) discutir o exercício da função policial e sua relação com a construção da cidadania; d)estabelecer a possibilidade de intervenção comunitária junto às corporações policiais; e) organizar os participantes dos grupos emtorno da elaboração conjunta de uma avaliação das práticas institucionais à luz dos princípios de cidadania e direitos humanos.METODOLOGIA: 1) Para o levantamento dos dados, foi utilizada uma estratégia de pesquisa-ação, mediante observação participantee registro etnográfico das discussões durante as aulas do curso. Foi feito um levantamento de dados referentes aos conceitos dospoliciais sobre Direitos Humanos, função policial e cidadania, através de um questionário com perguntas abertas. Para construção doperfil funcional e situação sócio-econômica dos participantes do Curso, foi aplicado um questionário com dados cadastrais. 2) NosGrupos de Discussão de Práticas Institucionais, a concepção teórico-metodológica que fundamentou a intervenção embasou-se nosprincípios básicos da análise institucional. Os grupos definiram um contrato de trabalho em torno do modo de funcionamento dasreuniões, formas de encaminhamento político do trabalho e temáticas a serem discutidas. RESULTADOS: Foram realizadas 17 turmasdo curso, com aproximadamente 300 alunos (oficiais e praças na Polícia Militar e delegados e agentes de polícia judiciária na PolíciaCivil). Na segunda fase, foram constituídos quatro grupos de discussão, que atingiram cerca de 60 policiais: três grupos na PolíciaMilitar (oficiais superiores, oficiais intermediários e patrulhamento urbano) e um grupo na Polícia Civil (Delegacia da Mulher). A criaçãode um espaço público que colocou em análise crenças e valores institucionais, permitiu ampliar a discussão sobre as práticas policiais,à luz da noção de Direitos Humanos, buscando a superação da dicotomia polícia/sociedade. O programa permitiu ainda uma reflexãocrítica acerca dos modos de funcionamento organizacional da polícia e o estabelecimento de alianças com quadros que, dentro dessascorporações, defendem a construção de uma polícia cidadã.

033803174ASSESSORIA JURÍDICA ÀS ADMINISTRAÇÕES MUNICIPAISAndré Medeiros Pereira ([email protected])UFCG/UFPB

OBJETIVO: Tendo em vista as deficiências do poder público dos municípios, de suas câmaras, órgãos e entidades sociais, tem-se pornecessário desenvolver este projeto de extensão, para propiciar o aperfeiçoamento de sua atuação jurídica,bem como, primar pelaintegração da Universidade junto à sociedade, realizando o preceito exarado na Constituição: a indissociabilidade entre ensino,pesquisa e extensão (art. 207). METODOLOGIA: Será observada a utilização dos conhecimentos básicos adquiridos na Universidade,através das matérias: Direito Constitucional, Prática Jurídica, Direito Administrativo, Direito Administrativo Municipal, Direito Financeiroe Tributário, Técnica Legislativa, Leis Orgânicas dos Municípios, Regimentos das Câmaras Municipais, Estatutos e Regimentos dasdemais entidades assistidas. Com o fim maior de prestar assessoria jurídica as entidades supracitadas, elaborar projetos, acompanhara atuação dos Conselhos Municipais, etc. RESULTADO: Elaboração de um diagnóstico da situação das administrações municipais,concernente num dossiê sobre leis municipais em tramitação, atividades desenvolvidas pelos vereadores, condições de atuação dos

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conselhos municipais, e por fim, o acompanhamento de processos junto a procuradoria administrativa dos municípios e elaboração daspeças processuais cabíveis.

034203182A UNIVERSIDADE NA CONSTRUÇÃO DO ESPAÇO DEMOCRÁTICOSelma Amaral Silveira; Valéria Alves Escudeiro GiovannettiUNISA

OBJETIVO: A Faculdade de Serviço Social da UNISA – Universidade de Santo Amaro traçou como objetivos para sua ação de ensino,pesquisa e extensão, desenvolver no período de 1995 a 2001 desenvolver projetos de pesquisa/ extensão junto à comunidade da zonasul da cidade de São Paulo, especificamente região da Capela do Socorro. METODOLOGIA: O processo metodológico adotado foi ode combinar os resultados da pesquisa realizadas no período 1995 a 1998, discutida com a população, representantes de entidades eforças sociais da região, que nos traziam novas demandas de pesquisas e estudos, o que culminou em 1999 com uma pesquisa naárea do adolescente. No decorrer de 1995 a 2001 a pesquisa foi executada em etapas diferenciadas, sempre respaldada pelasdemandas existentes na região, a partir das expectativas e necessidades levantadas pelos sujeitos envolvidos no processoParalelamente à pesquisa aconteciam reuniões mensais com os grupos de entidades que necessitavam de subsídios para um maioraprofundamento sobre temas ligados à participação e envolvimento em questões voltadas às políticas públicas. Priorizou-se então adiscussão da Lei Orgânica da Assistência Social.Resultados do Trabalho -Transformação do Fórum de Entidades Sociais da Capela doSocorro em Fórum de Assistência Social da Capela do Socorro, através de reuniões mensais em uma maior articulação com asorganizações sociais da região e da cidade de São Paulo.Eleição de um representante da região para o Conselho Municipal deAssistência Social da cidade de São Paulo. Discussão e aprofundamento sobre a organização e funcionamento do Conselho Municipalde Assistência Social, contribuindo para sua construção e consolidação na cidade de São Paulo.A Universidade enquanto campo dosaber e sujeito privilegiado pelo acesso a produção científica, ponto fundante do debate, articuladora fértil e fomentadora dasdiscussões, contribui para a formação da consciência crítica da sociedade. Neste sentido, a UNISA, através da Faculdade de ServiçoSocial estimula a pesquisa e a extensão junto à comunidade, estimulando o pensamento reflexivo, a divulgação e aprofundamento dequestões voltadas aos direitos sociais e democráticos.

041003603SONHAR, PLANEJAR, FAZER E GERENCIAR: ELEMENTOS PARA A GESTÃOPARTICIPATIVA DA QUALIDADE DE VIDAMaria Luiza Ferraz, Henrique Almeida, Macelma Braga, Rita Vidal, Edson VicenteUFC

O curso sobre Qualidade de Vida e Desenvolvimento Sustentável foi realizado em Setembro de 2001 no bairro do Tancredo Neves,zona leste de Fortaleza -CE, nas proximidades do manguezal do Rio Cocó. O bairro caracteriza-se pela alta densidade populacional,baixa renda de seus habitantes e inúmeros ambientais. Parte de um projeto multidisciplinar de extensão da Universidade Federal doCeará, intitulado “Educação Ambiental Integrada em uma Favela”, realizado em parceria com a UNISOL, o curso objetivou contribuirpara a melhoria da qualidade de vida da referida comunidade, através da reflexão sobre o processo de gestão participativa daqualidade de vida comunitária, entendendo esta como a satisfação solidária e sustentável das necessidades de sua população. Tendocomo foco os quatros elementos da gestão: Sonhar (a comunidade ideal), Planejar (diagnóstico ambiental de desenvolvimentohumano), Executar (Pensando soluções e dividindo tarefas) e Gerenciar (Sistema de monitoramento), foram realizadas exposiçõesdialogadas, dinâmicas de grupos, leitura e debate de textos, bem como simulações do processo de gestão. dentre os conceitosdiscutidos destacamos: desenvolvimento comunitário, qualidade de vida, qualidade ambiental, princípio de Sustentabilidade, ética evalores humanos, planejamento familiar e comunitário, agenda 21, economia solidária e indicadores sócio-ambiental. A atividadeprática de simulação envolveu 1 ) a identificação das necessidades humanas, das quais escolheu-se quatro ( trabalho, educação,saúde e lazer) para serem aprofundadas pelo grupo, 2) construção do ideal para a satisfação sustentável das mesmas e 3) escolha deindicadores orientados pela análise de problemas e potencialidades existentes na comunidade. A sensibilização e conscientização delideranças comunitárias sobre a importância de Sonhar, Planejar, Agir e Gerenciar o desenvolvimento comunitário, bem como a difusãode instrumentos de gestão são resultados que puderam ser observados através do engajamento de participantes do curso em grupos eprogramas comunitários locais. Nestes tempos de globalização, a dimensão comunitária emerge como espaço privilegiado para aefetivação da gestão ambiental, na perspectiva da construção de uma sociedade sustentável, pois conforme sublinha Leonardo Boffem seu livro Saber Cuidar, “o ser humano tem os pés no chão (local) e a cabeça aberta para o infinito (global)”.

041203237TRIBUNOS DA CIDADANIAMaria das Graças Pinto de Britto e Raquel KolbergUFPel

OBJETIVO: O “Tribunos da Cidadania” visa defender, garantir e promover os direitos fundamentais do homem, na sua diversidade,indivisibilidade e universalidade, através da democratização do acesso à justiça e à tutela jurisdicional do Estado e da capacitaçãodireitos humanos e cidadania. METODOLOGIA: O Projeto funciona em Pelotas, Canguçu, Capão do Leão e Morro Redondo. Teminício com a aplicação de uma pesquisa domiciliar padronizada, objetivando mostrar o perfil sócio-econômico, demográfico eurbanístico das comunidades, levantar as demandas de prestação jurisdicional e de serviços e equipamentos públicos.Cria-se umbanco de dados para orientar as ações do Projeto. O “Tribunos da Cidadania” está articulado em dois eixos I.Acesso à justiça e à tutela

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jurídica do Estado 1. Assessoria jurídica gratuita, sediada nos postos de saúde e escolas. O serviço prioriza a mediação como forma deresolução de conflitos; 2. Balcões Itinerantes de Cidadania, facilitam o acesso à documentação básica; 3. DDH (Disque DireitosHumanos), informa, recebe, encaminha, acompanha denúncias de violação de direitos humanos; 4. NEPP (Núcleo de Estudos sobrePosse e Propriedade), presta assessoria jurídica, urbanística e ambiental às prefeituras para elaboração do Plano Diretor, com base no“Estatuto das Cidades”, orienta na construção/reconstrução de políticas públicas. II.Capacitação em Direitos Humanos e Cidadania 1.Programa de Formação de Agentes Multiplicadores de Cidadania, forma multiplicadores de cidadania nas escolas capazes dedisseminar os conhecimentos na comunidade e aptos a lançar-se ao protagonismo social. A capacitação é feita através de dinâmicas eoficinas interativas. Os conteúdos são trabalhados na forma de teatro, música, jogos, colagens; 2. EDHUCA (Escola de DireitosHumanos e Cidadania), capacita lideranças e articula a atuação em rede. Público alvo: gestores da administração pública / privada;lideranças da sociedade civil organizada; diretores, professores, funcionários de escolas; operadores da saúde e direito; PromotorasLegais Populares; Conselheiros Tutelares e Agentes de Segurança Pública. RESULTADOS DO TRABALHO: Pelotas/ Canguçu/ Capãodo Leão/ Morro Redondo (98/99/00/01- jan/fev 02) 1.Pesquisa de Campo: 15. 652 questionários – 46. 596 pessoas atingidas2.Assessoria Jurídica: 4. 581 atendimentos 3.Balcões Itinerantes de Cidadania:m 14. 104 carteiras de identidade 4.Disque DireitosHumanos (DDH): 82 encaminhamentos 5.Núcleo Estudos Posse Propriedade: 1.067 questionários 6.Programa FormaçãoMultiplicadores de Cidadania: 3. 760 multiplicadores, 57 turmas funcionando 7.(EDHUCA): 276 lideranças formadas 8.PromotorasLegais Populares: 29 formadas.

053203318PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO EM GESTÃO DEMOCRÁTICA PARTICIPATIVAEdite da Penha Cunha e Eleonora Schettini Martins CunhaUFMG

O Programa existe desde 1999 e objetiva apoiar o desenvolvimento das experiências de gestão democrática e participativa no processo deformulação, implementação e avaliação de políticas públicas, instituídas a partir da Constituição de 1988. Nesse sentido, desenvolve açõesintegradoras entre universidade, administrações públicas e sociedade civil, destacando-se o processo de capacitação de agentes institucionais,conselheiros e atores de organizações da sociedade civil.O Programa é executado através de projetos que articulam ensino, pesquisa eextensão nas áreas de políticas públicas e democracia participativa, mobilizando para essas ações professores, alunos e técnicos de diversasunidades acadêmicas da UFMG (Faculdades de Direito, de Medicina, de Educação, CEDEPLAR, NESCON, NESTH, além da própriaFAFICH), realizando projetos integrados e interdisciplinares. A metodologia utilizada é essencialmente participativa, envolvendo a cooperaçãoe a interação entre as equipes demandantes da ação e da UFMG desde a concepção do projeto até sua execução e avaliação. Isso implica norespeito à cultura e à realidade local, como também às experiências e conhecimentos acumulados pelos participantes. As dinâmicas e técnicasutilizadas, bem como o material didático e pedagógico, o plano de ação e... são planejados de forma cooperada e participativa, com conteúdose material didático e pedagógico adequados. As dinâmicas buscam recuperar as informações e conhecimentos existentes, produzidos pelascomunidades e pelo meio acadêmico, criando oportunidade de diálogo entre esses saberes e a construção de novos saberes, a partir dainteração O Programa tem sido executado através de cursos, seminários, oficinas, palestras e conferências, destacando-se a parceria comassociações microrregionais do Vale do Jequitinhonha e do Mucuri, com a União dos Conselhos da Região de Timóteo, bem como as açõesde capacitação de atores de entidades sociais e organizações da sociedade civil desenvolvidas em parceria com a Prefeitura de Ipatinga ecom a Fundação Acesita. Atualmente os três principais projetos desenvolvidos são de capacitação de delegados e conselheiros do orçamentoparticipativo de São Paulo, capacitação permanente de conselheiros estaduais de assistência social e diagnóstico da assistência social domunicípio de Betim-MG.Articulados às ações de extensão, são realizados estudos e pesquisas nos temas trabalhados destacando-se o estudopara o desenvolvimento de alguns indicadores de assistência social para sistemas de monitoramento e avaliação; pesquisa sobre osconselhos municipais de assistência social de Minas Gerais; pesquisa sobre gestão democrática e participativa de políticas públicas. Esteprograma também gerou publicação de capítulos e artigos em livros e apresentação de trabalhos científicos em congressos.

058203363COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS D. HÉLDER CÂMARA: UMA EXPERIÊNCIAEXTENSIONISTAGilda Maria Lins de Araújo e Luis Anastácio MomessoUFPE

Criada e reconhecida pelo Conselho Universitário da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) como órgão relevante de utilidadepública, a Comissão de Direitos Humanos D. Hélder Câmara tem como objetivo, entre tantos outros, transmitir conhecimentos, fruto depesquisa, à comunidade acadêmica visando à transformação da sociedade na qual ela atua. Nesse sentido, vem mantendo, desdedezembro de 1998, ações cujos resultados gostaríamos de partilhar com os colegas desse Congresso Brasileiro de ExtensãoUniversitária.

059103364EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E O DIREITO À HABITAÇÃOCristina Sá - [email protected]

O trabalho apresenta o Projeto de Extensão "Melhoria da Qualidade da Habitação", que vem sendo realizado de 1995 até hoje, através doDepartamento de Arquitetura e Urbanismo da UFJF - Universidade Federal de Juiz de Fora, visando o atendimento a comunidades de baixarenda nas questões referentes à posse da terra e melhoria da qualidade de habitação.O objetivo do projeto é instrumentar comunidades debaixa renda para que elas próprias reivindiquem seus direitos junto ao Poder Público. Já foram atendidas 14 comunidades, tendo sidorealizados levantamentos em favelas, loteamentos populares e conjuntos habitacionais. Além do papel importante na defesa dos direitos das

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comunidades, esse projeto cria também oportunidades de contato direto dos alunos com a realidade, confrontando-os na prática com questõesessenciais na formação de arquitetos e urbanistas, como o direito à moradia, o papel das políticas públicas e a variação das formas deprodução, apropriação e consumo do espaço urbano Analisam-se métodos e técnicas de trabalho, treinamento dos alunos participantes eprodutos obtidos, levando-se em consideração as relações entre Universidade, comunidades e Poder Público. São discutidos limites, métodose objetivos dos projetos de atendimento a direitos das comunidades de baixa renda, incluindo a indagação sobre seus pressupostos e sobre osprocessos neles envolvidos.

060803380ASSISTÊNCIA JURÍDICA AOS PRESIDIÁRIOS EM SOUSAIlana L.Lucena, Fabrízio A.A.Feliciano, Maria Elza Andrade, Igor F. Medeiros, Isaura A. P. Soares, Lenilma C. S.Figueiredo, Giorggia P.L.Silva, Maria dos Remédios Lima; Francisco Eduardo da Nóbrega Pereira([email protected]), Dilaze Patrícia Amorim Gonçalves, Sarah Maria Sampaio GonçalvesUFCG

OBJETIVO: Devido ao crescimento excessivo da população carcerária no município de Sousa e da necessidade de suprir a ausência de açõesextensionistas na área criminal no sertão paraibano, surge o Projeto “Assistência Jurídica aos Presidiários em Sousa”. Com a intenção defavorecer aos necessitados de assistência jurídica gratuita, uma prestação jurisdicional mais célere e eficaz, desafogando, assim, a DefensoriaPública no tocante aos processos criminais. Procura-se conhecer e avaliar a realidade do sistema penitenciário local, reconhecendo asespécies de crimes existentes, relacionando-as com as práticas delituosas mais comuns, compreendendo, assim, a fenomenologia do crime esuas conseqüências jurídicas, as penas e respectivos regimes de cumprimento, previstos na legislação penal. METODOLOGIA: O projeto temcomo embasamento teórico os conhecimentos adquiridos em sala de aula, e posto em prática na primeira das cinco fases do projeto. Emseguida, mediante a elaboração de questionários, aplicados aos presidiários e posteriormente analisados em grupo, colhem-se informaçõesjunto aos Presídios e as Varas Criminais e de Execução Penal locais. Efetivando-se a prestação de assistência jurídica mediante elaboraçãode peças processuais e acompanhamento das audiências marcadas. Na última fase, documenta-se a experiência teórica-prática mediante aelaboração de relatório final e trabalho monográfico. RESULTADOS: Com a prestação da assistência jurídica, promove-se ainterdisciplinaridade e interação da teoria com a prática, através da produção de peças processuais cabíveis a cada caso. O trabalho realizadopelo projeto traz muitos benefícios aos presos que não têm condições financeiras de constituir um advogado, e que estão dispostos a lutar parareadquirirem o pleno exercício da cidadania. Sistematizam-se os dados e resultados obtidos, traçando-se um perfil da comunidade carceráriade Sousa, apontando, ao final, soluções à problemática do atual sistema penitenciário. Destarte, a ação extensionista gera uma maiorintegração entre a comunidade local e os acadêmicos de Direito, funcionando a extensão como meio eficaz através do qual os estudantespodem desenvolver na prática os conhecimentos teóricos adquiridos em aula, demonstrando como a Universidade pode e deve realizar suafunção social.

063303694DA PROTEÇÃO DOS DIREITOS DIFUSOS E DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTEFrancisco César Martins; Carlos Othon M. de Oliveira; Carlos Antônio de Guedes; Leonardo Marinho Carvalho;Francisco Josmário; Vanina Ferreira Oliveira; Jussara Queiroga; Lucineide Alves da Silva; Gustavo Vasconcelos;Lílian Carla; Daniele CarneiroUFCG

INTRODUÇÃO: Em nosso ordenamento jurídico existem diversos direitos tidos como indisponíveis e que encontram-se tutelados, sóque nossos cidadãos, muitas vezes, distante de tal realidade ignora esses direitos, ora por ação ou omissão são lesados e nem sequersabem a quem recorrer. O desenvolvimento deste projeto está embasado na orientação e no atendimento às comunidades de Sousa ecircunvizinhança, no que diz respeito à criança e adolescente, patrimônio histórico, estético, artístico e paisagístico, ambiental econsumidor. METODOLOGIA: Realizando acompanhamento com entidades que lidam com tais problemas foram realizados estudosdoutrinários e da própria lei, a fim de orientar e informar tanto a comunidade, como os membros das entidades, fazendo valer a justiçae suprir as demandas. RESULTADOS: Com os problemas detectados e trabalhados, encontramos uma população mais consciente deseus direitos e com meios de articulação para reivindicação dos mesmos; organização e sustentabilidade ambiental; educação comoprioridade para crianças e adolescentes e assistência jurídica necessária. CONCLUSÃO: Na busca de mecanismos de integraçãoentre os discípulos deste projeto e a comunidade em geral, na tentativa de viabilizar de forma institucional os meios eficazes paraminimizar tais problemas, propiciamos um crescimento da consciência crítica, de modo que as pessoas saiam de seu silencia, encontresua própria voz, tornando-se sujeitos conscientes e capazes de tentar a mudança das condições de vida em que se desenvolve aprópria vida, como ensina o emérito professor Pinto Ferreira, nas aspirações básicas para a educação e para a justiça.

066303568NÚCLEO DE ATENDIMENTO ÀS CURADORIAS DA CAPITALEmanuel Ribeiro, Paloma da Silva, Rafael Duarte Cunha Medeiros, Simone Mendes de Melo, Zenildo Gonçalves deMendonça Filho, Maria Lygia Malte de FariasUFPB

Com a valorização dos direitos sociais, a Constituição Federal de 1988 e leis especiais como o Código de Defesa do Consumidor e o Estatutoda Criança e do Adolescente expressam inovações no campo dos direitos difusos, coletivos, individuais e individuais homogêneos. Competeao Ministério Público do Estado da Paraíba o papel de pleitear esses direitos, utilizando instrumentos processuais administrativos e judiciais,

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realizando também projetos sociais como o MP Itinerante. Foram estudadas as Curadorias do Consumidor, Cidadão e Infância eJuventude.Baseou-se o trabalho em legislação pertinente, estudo doutrinário e análise de casos concretos, realizando-se levantamentoestatístico das ocorrências registradas nas Curadorias e acompanhamento de diligências.A partir dos dados obtidos detectaram-se os setoressociais mais agredidos em seus direitos. Observou-se certa extrapolação das funções legalmente atribuídas a algumas das PromotoriasEspecializadas. Com a vivência nos referidos órgãos, os extensionistas ampliaram seus conhecimentos técnico-científicos, adquirindocondições para atuar como agentes transformadores da realidade social. As Curadorias da Capital têm cumprido satisfatoriamente seu papelsocial, ainda que algumas delas estejam atravessando um processo de reestruturação funcional. Atuando como instância conciliatória, semcaráter coercitivo, criam espaço para que os litigantes cheguem a um acordo, sem necessidade de recorrer às vias judiciais, muitas vezescustosas e morosas.

066403424AÇÕES EDUCATIVAS NA PREVENÇÃO DA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA ENTRE PAIS EFILHOS DE ESCOLAS DA REDE PÚBLICA DA VÁRZEABartira Wanderley ([email protected]); Cleicy Barros ([email protected]); Mônica Nunes([email protected])UFPE

Objetivo: Desenvolver ações educativas em escolas da rede pública da Várzea para prevenir a ocorrência da violência doméstica entrepais e filhos, visando sensibilizar pais e alunos dos respectivos direitos e deveres acerca da violência doméstica e as conseqüênciasque esta traz ao desenvolvimento físico, psíquico e social das crianças e adolescentes. Metodologia: Num primeiro momento de estudoe diagnóstico da realidade, ocorrerá o conhecimento da comunidade através de um contato formal com a mesma, no qual serãoaplicados questionários e será utilizada a observação participante. Este momento é de extrema importância para percepção dainteração do grupo, seus anseios e expectativas em relação ao nosso projeto e seu nível de conhecimento em relação àproblemática.No segundo momento, haverá o planejamento das ações, tendo por base a prática participativa e educativa dos cursosde Serviço Social e Psicologia, os quais valorizam as experiências e contribuições dos atores – pais e alunos, planejando com acomunidade a superação das dificuldades existentes.O terceiro momento constitui-se da execução das atividades planejadas, queconsistem, essencialmente, numa ação educativa que remeterá a uma discussão sobre a temática abordada, enfocando os interessesprioritários da comunidade.Isto se dará por meio de palestras educativas e debates com distribuição de folhetos informativos para ospais que serão convidados a participar por meio de comunicação escrita e verbal. Também serão realizadas oficinas com dinâmicas degrupos envolvendo pais, crianças e adolescentes com o intuito de desenvolver/reforçar a auto-estima e verificar o nível decompreensão apreendido. Como atividade final, será promovido um seminário pelas crianças/adolescentes, em forma de feira deconhecimentos, sobre a violência doméstica, direitos da criança e do adolescente e direitos humanos, enfim todo o conteúdo abordadodurante a execução do projeto.Por fim, será realizada uma avaliação, por meio de questionário e posterior relatório da intervençãojunto à comunidade, com o objetivo de verificar se esta contribuiu no desenvolvimento do processo educativo de sensibilização dospais e alunos a respeito da violência doméstica e suas conseqüências, tendo por base os direitos e deveres da criança e doadolescente garantidos no Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA.

066803431O DIREITO AO ALCANCE DE TODOS: ASSISTÊNCIA AOS TRABALHADORESVanderly Pinto Santana*; Doneves F. Dantas**; Fábio B. dos Santos**; José B. Segundo**; Pedro M. M. Gomes**;Maria R. Gomes**; Lincon B. de Abrantes**; Kelsiane de M. Lima**; Maria S. Q. da Silva**; Déborah L. da Silva**;José E. N. Praxedes**; Maria do C. E. D. Pereira**; Maria Zélia Ribeiro***; Guerrison Araújo****; Ângela R. G. deAbrantes****; Francisco C. M. de Oliveira****; Mozart Gonçalves**** ([email protected])UFCG

OBJETIVO: O rádio é o maior veículo de comunicação, penetra em todos os lares dos trabalhadores, especialmente na zona ruralsertaneja. Ciente do poder deste veículo e da carência de informações previstas no art. 5º de nossa CF/88 e da CLT, a UFCG/CCJS,na tentativa de informar à população sobre a justiça e divulgar os direitos dos cidadãos que a integram, faz-se uso de váriosprogramas radiofônicos, visando a esclarecer à população os seus direitos. METODOLOGIA: Para alcançar os objetivos do Projeto,alunos extensionista com a orientação dos professores-coordenadores, realizam programas semanais nas Emissoras: Rádio Jornal deSousa, Sousense FM, e Difusora Paroquial Jesus, Maria e José (Uiraúna). Para tanto, estudos (individual e em grupo) são realizados,objetivando a preparação dos programas e para responder às dúvidas dos ouvintes, além de atender, pessoalmente aos trabalhadoresno NPJ; tudo como um prolongamento da ação extensionista. RESULTADOS: As experiências vivenciadas pelo uso do rádio,realização de pesquisas e entrevistas com professores, e estudos realizados, propiciaram aos alunos e professores ricos aprendizadosque culminaram com a elaboração de trabalhos acadêmicos, participação em seminários e a criação de um “mini-jornal”. A extensão,efetivamente, está sendo realizada no CCJS, posto que a Universidade leva suas experiências e conhecimentos à população, aotempo em que apreende e vivencia a realidade popular, interagindo com o ambiente acadêmico e com juristas em formação. *BolsistaExtensionista **Extensionista colaborador *** Coordenador ****Orientador

069003453SEM MÉDICO, SEM ADVOGADO: A VIDA NO PRESÍDIO REGIONAL DE SOUSA-PB.Genivaldo Bernardino de Araújo, João de Deus Araújo Silva, Tiago César de A. Olímpio, Célia Faustino Ferreira,Taísa Lívia B. TrindadeUFPB

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Pode-se dizer que cada vez mais as prisões devem ser destinadas ao abrigo do infrator violento e perigoso, que se constitui em ameaçaconcreta ao convívio social, como preconiza o Programa Nacional de Direitos Humanos. Aqueles que cometem crimes de menor gravidade esem características violentas devem ser punidos com penas restritivas de direitos - as chamadas “penas alternativas”, ainda muito poucoutilizadas neste País. Diante desse quadro social, pelo segundo ano consecutivo, o Projeto de Extensão “Presídios e Direitos Humanos” -PROBEX/UFPB, desenvolve suas atividades no Presídio Regional de Sousa-PB, tendo como um dos objetivos elencados a orientação aosapenados no que tange aos direitos e deveres e às questões pertinentes à medicina preventiva e curativa, como a participação da famíliacomo co-responsável na reintegração social. Para dinamizar o presente trabalho, utilizou-se visitas periódicas no intuito de saber a realizadapela qual todos os apenados, inclusive mulheres estão submetidas naquele órgão estatal. Em seguida, realizou-se oficina a respeito da saúdecoletiva da população carcerária, enfocando a higiene pessoal e doenças sexualmente transmissíveis. Nesse momento, percebe-se que apopulação carcerária de Sousa-PB não há um acompanhamento estatal, apesar de constar diversos profissionais lotados no PresídioRegional, inclusive reivindicam atendimento psicossocial, jurídico e médico. Ademais, estamos confeccionando os resultados apreendidos pelaoficina e às orientações jurídicas apresentadas, como suporte preliminar da avaliação do próprio grupo social extensionista trabalhado e ainteração que o programa de extensão universitária desperta e proporciona ao meio acadêmico, social e cultura da e na região do alto sertãoparaibano.069103866DIREITOS HUMANOS E SISTEMA PRISIONAL PODEM COEXISTIR?Carolina Toschi Maciel ([email protected])UNISUL

A questão de como tratar o criminoso sempre despertou um sentimento de preconceito e distanciamento, gerando, conseqüentemente,omissão por parte da maioria dos segmentos sociais.Há uma concepção generalizada sobre o presidiário e o egresso - bandido,criminoso, perigoso para a sociedade, de quem se quer ter distância, como em outros tempos se mantinha do leproso. Definitivamente,estamos diante de um problema social, de uma realidade nada animadora que necessita determinação dos governantes e participaçãode toda a sociedade.O objetivo norteador da pesquisa foi o de expor os maus tratos que são cometidos dentro da rede carcerária e quedesafia cidadãos e autoridades, manchando de envergonha toda a nação brasileira.Neste sentido, o presente trabalho pretende comseus resultados, uma formação da consciência da sociedade, a fim de que encarem os presos como seres humanos, possuidores dedireitos e deveres, visando um tratamento mais digno e humano para os presos e principalmente buscando sua recuperação.As fontesutilizadas para o estudo foram: livros, reportagens, visitas orientadas a presídios e delegacias, participação em congressos, debatescom profissionais da área de Direitos Humanos e Execução Penal em Florianópolis/SC. E o que se constatou foi que não faltam leis,tratados, convenções e pactos na esfera nacional e internacional que discorram sobre os direitos fundamentais da pessoa humana,incluindo-se os presos. Surge assim uma pergunta: será isto suficiente para que sejam garantidos estes direitos? A Lei de ExecuçãoPenal (nº 7.210/84) garante em seu terceiro artigo que todos os direitos não atingidos pela sentença condenatória serão assegurados aeles. Isto significa dizer que o preso perde a liberdade, entretanto o tratamento digno e a integridade física devem permanecer.Todavia, a prática tem mostrado um distanciamento entre teoria e realidade.A incapacidade de gerenciamento do Estado soma-se aincompetência do modelo prisional vigente para a recuperação dos presos. O resultado desta mistura é um local onde não existem asmínimas condições de respeito aos direitos humanos. E sem respeito à pessoa humana, como a garantia da dignidade e da integridadefísica, o que se produz a cada dia são pessoas desprovidas de humanidade.

070903547DIREITOS HUMANOS (TENDO COMO EIXO A EDUCAÇÃO E SAÚDE)Carmen Lydia Dias Carvalho Lima, Paulo Vittor Pizzolitto, Vera Lucia Alves dos Santos, Mônica Maestre de AguiarRodriguez, Fernando Jorge Rebelo Soares, Eliana Bruno Ferreira de Almeida, Marly Carvalho de Soares Santos,Heloísa Marques, Zélia de Oliveira, Maria Izabel Calil, Miriam de Fátima Q. R. MendesUNISUL/UNISANTOS

OBJETIVOS: participar da construção de uma sociedade mais justa e humana com projetos educativos interdisciplinares, junto asegmentos excluídos, por meio de atividades de ensino, pesquisa e extensão como prática social; -criar formas alternativas deeducação, que privilegiem o aprendizado através das experiências concretas e da valorização do educando enquanto elementodeterminante de seu futuro; -apoiar e orientar as famílias no desempenho de suas funções básicas e necessidades de forma a torná-las conscientes de seus direitos e do seu papel perante a comunidade; -prevenir a exclusão de crianças, adolescentes e adultos dascamadas empobrecidas da população, proporcionando-lhes educação e atividades que desenvolvam seus potenciais, através de umaatuação em seu próprio ambiente, junto à família e comunidade, oferecendo-lhes a possibilidade de encontrar um espaço social maisadequado e produtivo;-favorecer o desenvolvimento e a melhoria das condições de vida da comunidade, através da sensibilização,conscientização e organização da população, visando o resgate de seu papel de sujeito de sua própria história;-capacitar, de formaativa e participativa, adolescentes, jovens e adultos para que se tornem facilitadores e multiplicadores do processo de construção dacidadania, tendo como eixo a saúde e a qualidade de vida;-ampliar o conhecimento dos acadêmicos, por meio da apropriação darealidade na qual vão agir, favorecendo a formação técnica, aperfeiçoamento de futuros profissionais e a capacitação de profissionaiscidadãos. METODOLOGIA: Com a equipe comprometida com a transformação social, o NECOM procura promover a união entre ateoria e a prática, atuando com procedimentos metodológicos, baseados em uma concepção de educação libertadora. Parte da práticaconcreta, teoriza-a e volta à prática com objetivo de transformá-la e recriá-la, a partir de uma concepção participativa e crítica, dentroda perspectiva de Paulo Freire. Procura respeitar todas as formas de expressão étnica, religiosa e cultural, buscando a igualdade dedireitos entre todos os participantes dos projetos, resgatando a cidadania plena. RESULTADOS DOS TRABALHOS: desde 1986, temdesenvolvido muitos projetos com as referidas comunidades, contribuído para levar crianças, adolescentes e adultos a se organizarem,lutarem por seus direitos, se tornarem sujeitos da própria história e multiplicadores da construção do processo da cidadania, tendocomo eixo a educação, a saúde e a qualidade de vida.

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072603486PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO COMUNITÁRIO - UM MODELO EXTENSIONISTANeide Aparecida de Souza Lehfeld e Elisabeth Regina Negri Barbosa ([email protected] e [email protected])UNAERP

No Brasil, a questão da habitação popular se ressalta através de processos reivindicatórios, de movimentos populares e de pressõessociais e políticas principalmente de moradores de favelas, cortiços e de grupos organizados de ocupação de loteamentosclandestinos. Ao longo de nossa história, o Estado não tem apresentado políticas sociais que conseguem dar respostas satisfatórias, aessa questão social, pautando-se no clientelismo, na exclusão e no autoritarismo e dirigindo a política da habitação popular àprivatização. A política social da habitação pós 64, desde a criação do BNH – Banco Nacional da Habitação, através da lei nº 4.380, de21 de agosto de 1964, instituindo concomitantemente o Plano Nacional da Habitação e o Serviço Federal de Habitação e Urbanismo foiuma tentativa do Estado autoritário minimizar alguns problemas sociais oriundos das questões de moradia apresentadas pelas massasurbanas. Com isso, buscou-se também uma legitimação do governo militar que objetivava a manutenção da ordem e da estabilidadesocial. No decorrer dos anos, vários programas são criados junto ao Sistema Financeiro de Habitação, dentre os quais, em 1985, oProdec – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Comunitário, considerado um dos instrumentos de aplicação dos recursos do Fundode Garantia por tempo de serviço, nos programas habitacionais. O objetivo do programa é promover a participação das populações dosconjuntos habitacionais desde a discussão de suas necessidades até a consolidação dos projetos gerados por essas mesmasdemandas.Assim, as questões de infraestrutura básica, de equipamentos e de organização passam a ser produzidas para a melhoriada qualidade de vida da comunidade.Participam do programa vários agentes promotores de programas habitacionais com recursos doFGTS e dentre esses podemos citar as Companhias de Habitação tais como a COHAB/RP – Companhia de Habitação de RibeirãoPreto que se responsabilizou pela execução do Prodec em Ribeirão Preto e Região cuja experiência tentamos apresentar nessetrabalho.A base de sustentação do Programa é a participação popular que se apresenta como um dos maiores desafios nodesenvolvimento de trabalhos comunitários. É nas áreas de conjuntos habitacionais, de grupos de moradores e de favelas que há odesenvolvimento dessa ação, cujo surgimento se dá através de movimentos sociais ou da própria implementação da política social. Doponto de vista da gestão de política social, pode-se enfatizar que a sua formulação e o incentivo ao trabalho comunitário dá-se emfunção da necessidade da existência de mecanismos de organização dos movimentos populares resultantes dos anseios de acesso ede consumo, cada vez mais exacerbados em decorrência da industrialização e dos imperativos contemporâneos de crescimento domercado. A participação popular na definição dos seus destinos é vista como o meio primordial para o crescimento e emancipaçãosocial dessas populações.

073303506LIBERDADE INDIVIDUAL VERSUS A AÇÃO DO ESTADORosineide M. Ferreira*; Fábio B. dos Santos**; Francisco A. de A. Rodrigues**; Neumalina L. A. Dantas**; ThiagoM. Vieira**; Aline dos S. Almeida**; Herval Ribeiro**; Cláudia A.O.Holanda**; Luiz G. de Sá**; Willian J. S.Batista**; Jurandi G. da Silva**; Maria M.M. Vieira***; Fernada M. Vanderley**; Cynthia S. de Carvalho**;Camila S. Cunha**; Carlos B.da S.Chaves**; Gildevânia de S.L.Andrade**; Elicely C. Fernandes**; PauloH.G.Neto**; Jussara A. M.Pessôa**; Érika F.R.Moderno**; Francisco Walmir Lopes**; Raphael K.e Silva**;Pollyana G. Oliveira**; Ítalo P. Vasconcelos**; Danyllo D. A.Santos**; Marla J.B.de Aquino**; Francisco Iasley L.Almeida**; Jaligson C. F. Leite****; Susane A. de Queiroga****; Geórgia G.Aragão****; Renata A. de S.Sarmento****UFCG

OBJETIVO: Sabemos que o Indivíduo, a Família e a Sociedade pré-existiram ao Estado, que nasceu para servi-los e disciplinar a suaconvivência, defendendo os seus direitos. Uma das questões centrais da Filosofia do Direito na atualidade tem sido o debate acerca daimensa disparidade entre teoria e prática em sede de direitos fundamentais do homem. Em A era dos direitos, ao discorrer sobre opresente e o futuro dos direitos do homem, o jurista italiano Norberto Bobbio afirma, em relação a tais direitos, que, uma vezsolucionados os problemas de sua enunciação (nas diversas Declarações Universais e na maioria das modernas Constituições) e desua fundamentação (o consenso de todos os homens), a grande questão agora é a realização dos direitos proclamados. Partindo dopressuposto de que a liberdade é a ausência de restrições à realização plena do homem, realizamos o presente trabalho cujo escopo éinvestigar o conceito e a aplicação desta Liberdade, tendo em vista o Jus imperium do Estado Democrático de Direito.METODOLOGIA: Consiste em pesquisas bibliográficas na mais abalizada e atual doutrina sobre o tema, além de verificaçãojurisprudencial e análise de situações fáticas pertinentes, bem como discussões abrangendo o exame da noção de “liberdade” sob aação do Estado. RESULTADOS: De acordo com a pesquisa e o estudo realizado, foi possível promover polêmicas questões sobre otema enfocando a praticidade do mesmo junto à sociedade, com isto percebemos que contrapondo à idéia de liberdade plena existemlimites à mesma, os quais foram criados pelo próprio homem a fim de que a convivência humana se tornasse possível. Portanto, abusca da liberdade não nos autoriza a agir contra o senso comum.*** Bolsista Extensionista; ****Extensionista Colaborador; **Coordenadora; *Orientador

080603560MEDIAÇÃO FAMILIAR: ESTRATÉGIAS BÁSICAS PARA RESOLUÇÃO DE CONFLITOSHayasida, Nazaré Maria de Albuquerque; Gomes, Sebastião Marcelice; Valente, Nivya Kellen de Castro; Bastos,Simone CarvalhoUFAM

A Mediação é um recurso extrajudicial de resolução de conflitos, utilizado para solucionar ou prevenir situações de litígio ou de impasse nacomunicação ou negociação. É um processo confidencial e voluntário, no qual a autoria das decisões negociadas cabe às pessoas envolvidas.O mediador é um terceiro imparcial, escolhido pelas partes que atua como facilitador do diálogo e da negociação. Auxilia tanto na

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descentralização do poder da Justiça, no sentido de desafogar a enorme demanda de processos judiciais, quanto na ampliação de alternativaspara resolver ou prevenir o conflito e a buscar com os envolvidos soluções que atendam a todos. Suas características específicas são:neutralidade/imparcialidade no que tange aos relacionamentos e aos resultados específicos; serve aos desejos dos envolvidos; busca umasolução conjunta aceitável, voluntária e não coerciva desenvolvida pelas partes; não tem autoridade para impor o acordo.O trabalho emepígrafe abrange o atendimento de pessoas físicas, isto é, membros da família, que estejam envolvidos em conflitos ou litígios que tenham anecessidade ou o desejo de negociá-los, com intuito de resolução ou de prevenção. O emprego da Mediação Familiar vem ocorrendo emsituações que envolvam negociações relativas a separação ou divórcio revisão de pensão e guarda dos filhos, e conflitos entre pais eadolescentes. Os procedimentos metodológicos ocorrem sob o regime de maneira interdisciplinar: fichas de triagens, fichas deacompanhamento (12 estágios ou fases), roteiro de anamnese, entrevistas dirigidas e semi-dirigidas, com questões abertas e semi-abertas.Abordagem teórica selecionada fundamenta-se nos trabalhos sistematizados sobre o Processo de Mediação, de Moore; Mediação Familiar, deHaynes e Marodin, e a Cognitivo-Comportamental, de Beck. As fases dos atendimentos dão-se sob o regime de pré-negociação e sessõesformais, a saber: estabelecimento de rapport com os envolvidos; escolha das estratégias; coleta e análise de informações básicas; projetandoum plano para a mediação; construção da confiança e cooperação; iniciando a sessão de mediação; definição das questões e estabelecimentode uma agenda; revelação dos interesses ocultos dos envolvidos; gerar e avaliar opções para o acordo; barganha final; e acordo formal.Osbenefícios proporcionados pelo processo de mediação familiar são: rapidez e eficácia de resultados; redução do desgaste emocional; garantiade privacidade e sigilo redução da duração e reincidência de litígios; facilitação da comunicação; promoção de ambientes mais colaborativos;melhoria dos relacionamentos e maior compromisso das partes em cumprir um acordo por elas construído.

086903658PROJETO DE PESQUISA E AÇÃO COMUNITÁRIA A CRIANÇA COM DEFICIÊNCIA E ACONVENÇÃO DOS DIREITOS DA CRIANÇA (CDC): UM INSTRUMENTO DE DEFESAOlisangele Cristine Duarte de Assis, Martinho Guedes dos Santos Neto, Josiana Francisca da Silva, Windyz BrazãoFerreiraUFPB

Este projeto foi iniciado pela ONG Ed-Todos e financiada pela Save the Children– Suécia. Os dados foram coletados em João Pessoapor uma equipe de estudantes (UFPB) e coordenados por duas especialistas na área de deficiências. O projeto teve como modelo oprojeto de mesmo nome da Save the Children e Grupo de Tarefa em Deficiência e Discriminação (98-99) com o objetivo dedocumentar exemplos de violações e boas práticas tendo como referência a CDC e da Criança com deficiência. Na América Latina aspublicações sobre o tema são reduzidas. A primeira etapa da pesquisa (2002) foi realizada através da realização de 163 entrevistas, apartir das quais foram coletadas 265 estórias de experiência de violação e boas práticas vividas por portadores de deficiência econtadas por eles próprios e suas famílias. Também foram colhidas estórias relatadas por profissionais que trabalham com este gruposocial. Os resultados indicam que a violação dos direitos das crianças e jovens portadores de deficiência acontece sistematicamenteem todos os âmbitos da vida humana, incluindo a vida na família, na comunidade, na escola, no trabalho e no lazer. Embora o Brasiltenha avançado em termos de legislações que ratificam a CDC, as famílias e os portadores de deficiência não fazem uso dosinstrumentos legais para defenderem e protegerem os seus direitos. O estudo revela que na escola, os alunos portadores dedeficiência sofrem discriminação, isolamento, opressão e todas as formas de violação o que os leva a abandonarem a escolarização e,em alguns casos, os obrigam a retornar às escolas especiais. O estudo também ilumina que as práticas de violação dos direitos dacriança superam significativamente as de respeito às mesmas. Consideramos que a condução do estudo contribui para a produção dosconhecimentos científicos sobre formas de violação e prática da CDC e, para a conscientização da comunidade uma vez que, nasegunda (2003) etapa do mesmo, iniciaremos Campanha nas escolas e através de meios de comunicação e lançaremos um livro.

087203638NÚCLEO DE ASSESSORIA JURÍDICA POPULARAgenor de Souza Santos Sampaio Neto ([email protected])FABAC

Objetivo: O projeto do Núcleo de Assessoria Jurídico Popular tem por objetivo prestar assessoria à comunidade carente do Municípioonde está localizada a FABAC, Lauro de Freitas, Cidade da Região Metropolitana da capital baiana, nas áreas de defesa doconsumidor e regulamentação fundiária. A atividade extensionista nessas duas frentes justifica-se na medida em que a graduaçãopossui ênfase em Direito Econômico e Direito Ambiental, de modo que o direito do consumidor (Econômico) e o direito fundiário(Ambiental), tornem efetiva a práxis nas duas ênfases, e por sua vez o contado do discente com a comunidade, interagindo erespeitando o modo peculiar local, mormente pela graduação em ciências jurídicas privilegiar em demasia o ensino. Assim,compromissos dessa ordem, buscam o reconhecimento recíproco entre os atores, e sobretudo, da sua ligação a valores queexpressem a dinâmica de uma sociedade redesenhada. Em que pese a Constituição Federal dizer que “todos são iguais perante a lei”,na prática não é assim, de modo que a Assessoria Jurídica Popular, ao menos no seu locus de atuação procura corrigir tal distorção.Efetivar-se-á, portanto, um trabalho jurídico onde após reuniões com associações de moradores, valorizando a participação direta nadiscussão, será enfocado, em forma de desenho em quadrinhos, o Código de Defesa do Consumidor, de forma que o membro dacomunidade conheça os seus direitos de forma didática. Daí a escolha dos quadrinhos, enquanto meio para melhor aproximar oassessor do assessorando, evitando ruído no canal. Por outro turno, não será trabalhado somente com o consumidor (assessorado),assim também será equiparado o fornecedor como assessorado, no caso local: pequenas mercearias, açougues, padarias, ou seja,micro-comerciantes, que não dispõe de assessoria jurídica, todavia, necessitam conhecer os deveres, uma vez que são emissores deconsumo e estão tutelados pelo Código de Defesa do Consumidor. Portanto, aqui o viés é duplo - consumidor-fornecedor: conhecerpara exigir, conhecer para cumprir.No que tange à regulamentação fundiária, tendo em vista o Estatuto da Cidade (Lei 10.527/2001),que regulamente a política urbana, instrumento jurídico que possibilita o enfrentamento de questões urbanas e que afetam diretamentea qualidade de vida dos cidadãos (moradia), após identificar os problemas da comunidade, far-se-á a regulação fundiária mediante osinstrumentos postos pelo novel diploma, de modo a legalizar a moradia, contribuindo sobremodo para a dignidade da pessoahumana.Portanto, trata-se de um projeto de interlocução com o local, extrapassando o campo do assistencialismo, aqui a extensão

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interage com o local, vai além do campus, todavia, tem como diferencial mudar o fazer universitário, assim a extensão universitária nãoé para mudar a sociedade, mas para mudar a própria universidade, a formação da comunidade acadêmica, especialmente dos alunos.Metodologia: O projeto Núcleo de Assessoria Jurídica Popular tem estrutura modular, com dois grupos, um cuidando da Defesa doConsumidor e outro tratando da Regulamentação Fundiária. Cada grupo tem 05 professores e cinqüenta alunos, sendo que umprofessor monitora dez alunos (subgrupo), possibilitando a inserção em até cinco bairros da comunidade, uma vez que diante dadiferenciação bairro a bairro cada subgrupo trabalha em um bairro diferente, possibilitando nos seminários o relato e troca deexperiência. Assim, em cada bairro atuará dois subgrupos, um para o enfoque do Código de Defesa do Consumidor e o outro para aquestão da regulamentação fundiária.

088103645A UFPB E OS DIREITOS HUMANOSMaria de Nazaré Tavares ZenaideUFPB

A UFPB vem ao longo das décadas de 70, 80 e 90 exercendo como ator social, um relevante papel, intervindo através do ensino, dapesquisa e da extensão no processo de desenvolvimento econômico, social, cultural, político e científico do Estado da Paraíba. Aolongo da década de 70, a UFPB através de ações de extensão saiu de dentro dos seus muros para assessorar, capacitar, assistir eapoiar as lutas pela anistia, meio ambiente a reforma agrária, articulando-se com movimentos sociais e fomentando a criação de ongscomo: Centro de Defesa da Arquidiocese, Associação dos Amigos da Natureza e outras. Na década de 80, a extensão universitária daUFPB engajou-se no fortalecimento dos movimentos dos trabalhadores rurais e urbanos, movimento feminista e outros, assessorando,capacitando e apoiando movimentos e ongs como: Serviço de Educação Popular, Movimento das Mulheres Trabalhadoras do Brejo,Centro da Mulher 8 de Março, e outros. Nos anos 90 a UFPB dá um passo significativo no tocante a institucionalização dos direitoshumanos. A nível interno criou em 1992 a Comissão de Direitos Humanos e no plano externo, lidera processos de criação deconselhos de direitos e fóruns de defesa, fortalecendo desse modo a criação de mecanismos institucionais de proteção e defesa,condição institucional para a luta em prol dos direitos humanos no país. Esta comunicação se propõe a apresentar um perfil das açõesde ensino e extensão em direitos humanos na UFPB ao longo dos anos 90 a 2002, envolvendo centros, comissões e coordenações, naperspectiva de resgatar a história de compromisso da UFPB na área dos direitos humanos.Enquanto tema e prática de naturezainterdisciplinar, o modo de trabalhar o tema dos direitos humanos na UFPB, tem sensibilizado e mobilizando diferentes áreas doconhecimento e centros – Ciências Jurídicas, Humanas, da Natureza e da Educação. No campo da educação formal a UFPB vemdesenvolvendo disciplinas optativas em cursos de graduação e pós-graduação e curso de especialização em direitos humanos.Através da extensão, a UFPB vem atuando em diferentes projetos de educação em direitos humanos, de assistência jurídica, eassessoria à instituições, ongs, conselhos e movimentos sociais.

088103753OFICINA SOBRE O ECA NO PROJETO PAZ E CIDADANIA NAS ESCOLAS E NO BAIRROMaria de Nazaré Tavares Zenaide*, Maria Lígia Malta de Farias**, Luciana de Oliveira Ramos***, Almira AlmeidaCavalcante***, Gecismário Costa Gomes***, José Augusto Thomaz Dantas***, Antônio Gomes Filho****, PériclesNunes Solto Lima****, Saulo de Tarso Gambarra da Nóbrega,***** e Laudicéa Cavalcante da Silva*****UFPB

Apresenta as atividades construídas sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente com educadores de escolas do Conjunto Valentinade Figueiredo, a partir das ações do Projeto Paz e Cidadania nas Escolas e no Bairro, da Coordenação de Programas de AçãoComunitária - COPAC/PRAC. São recursos pedagógicos construídos para serem usados pelos educadores como atividades depreparação da Semana da Paz e da Cidadania. Dentre os mecanismos elaborados destacam-se: o bingo, a feira, a palestra e agincana. Articulando de forma interdisciplinar com docentes e discentes dos cursos de Direito, Educação Física e Serviço Social comprofissionais e estudantes voluntários. São atividades inseridas no planejamento quinzenal do Centro Profissionalizante DeputadoAntônio Cabral.*Coordenadora, **Professora, *** Aluno bolsista, **** Técnico da COPAC, ***** Voluntário

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091803691POPULAÇÃO ADULTA MORADORA DE RUA: RESGATANDO PERCURSOS ECONSTRUINDO PROJETOS - A EXPERIÊNCIA DO PROJETO METUIADenise Dias Barros; Roseli Esquerdo Lopes; Tiy de Albuquerque Maranhão Reis; Debora Galvani e Ana PaulaSerrata MalfitanoUSP/UFSCAR

O presente trabalho traz a experiência do Projeto Metuia na Associação Minha Rua Minha Casa (AMRMC), localizada na Baixada doGlicério na cidade de São Paulo. A AMRMC atende cerca de 300 pessoas por dia, constituindo-se num espaço de convivência,acolhimento, realização de atividades do cotidiano e de produções coletivas que dizem respeito a formas de emancipação e construçãode cidadania da população adulta em situação de rua. Em junho de 2000 a AMRMC estabeleceu uma parceria com o NúcleoUSP/UFSCar do Projeto Metuia - Grupo interinstitucional de estudos, formação e ações pela cidadania de crianças, adolescentes eadultos em processos de ruptura das redes sociais de suporte -, que vem produzindo uma reflexão acerca da atuação extra-clínica eterritorial no campo social.Parte-se de intervenções baseadas em uma metodologia participativa e utiliza-se a socialização, aeducação, a auto-educação e a afetividade enquanto instrumentos relevantes na busca da produção de possibilidades para aemancipação pessoal e social daquela população. Os técnicos atuam como operadores sociais que trabalham com base naconstituição de vínculos sólidos que só podem ser definidos na relação e no mútuo conhecimento. Recentemente foi regulamentada aLei Municipal sobre os direitos da população em situação de rua, trazendo novas perspectivas e possibilidades de trabalhos que abremo leque intersetorial de discussão desta problemática relacionando saúde, educação e assistência.O objetivo da apresentação destetrabalho é discutir a problemática da população que vive nas ruas de grandes cidades, como São Paulo; as propostas de políticaspúblicas para sua atenção; e as possíveis contribuições a partir da terapia ocupacional, enquanto uma das áreas a integrar estetrabalho interdisciplinar. Portanto, no bojo da discussão que se efetiva nesse momento com relação a políticas públicas de atenção eassistência a essa população, a proposta-desafio é pensarmos, a partir do trabalho que já vem sendo realizado na AMRMC, formas deproduzir conhecimento e ações em relação às demandas específicas dessa população, de maneira a fazer a distinção entre oassistencialismo e a intervenção social que produz cidadania, assim como o olhar puramente clínico e o acolhimento individual,buscando uma atenção territorializada e uma compreensão cada vez mais complexa e articulada entre os múltiplos aspectos quecompõem o fenômeno social em que se constitui a população em situação de rua na cidade de São Paulo.

093603722UMA EXPERIÊNCIA EDUCATIVA EM POLÍCIA COMUNITÁRIAMaria de Nazaré Tavares Zenaide*, Lúcia Lemos Dias*, Paulo Vieira de Moura*, Marconi José Pimentel Pequeno**,Maurino Medeiros de Santana**, Maria Lígia Malta Farias**, Giuseppe Tosi**, Washington França da Silva***,Maria Marta dos Santos***, Ivandro Sales da Costa***UFPB

Este trabalho visa relatar uma experiência educativa que tem como objetivo difundir a filosofia de ação de polícia comunitária. Arelevância dessa experiência fundamenta-se na grande polêmica existente entre Política de Segurança Pública e a garantia dosDireitos Humanos, no Brasil. Nesse sentido, a experiência que vem sendo realizada como prática de extensão pela UniversidadeFederal da Paraíba, ministrada em forma de curso tem como perspectiva, conforme a citada filosofia, contribuir para o processo demudanças do pensar, sentir e agir dos profissionais da segurança, como também da sociedade em torno da Política de SegurançaPública. Consoante essa preocupação, os cursos vêm sendo realizados para profissionais da segurança Pública, policiais militares ecivis, conjuntamente com representantes da sociedade civil.Esse processo de mudança deverá ocorrer no sentido da construção deuma nova relação entre polícia e sociedade, com a participação da sociedade na elaboração e implementação dessa política, aomesmo tempo que tem como prioridade ações preventivas. Nesse sentido a Segurança Pública, deve deixar de ser vista como meroaparelho repressivo do Estado priorizando a defesa do patrimônio, em detrimento à segurança do cidadão. Esta deve ser orientada deconformidade com os princípios democráticos, apresentados na nova Constituição Federal. Segurança como dever do Estado, quegarante o direito democrático de segurança do Cidadão, passando a ser responsabilidade de todos, e não apenas dos que integram osórgãos de segurança pública. Portanto, a prática defendida pela polícia comunitária além de priorizar a participação da sociedade,enfatiza a articulação permanente das policias e demais órgãos da área, assim como a articulação com as demais políticas sociais,como forma de prevenção à criminalidade. Baseados nesses pressupostos, é que a segurança pública caminhará no sentido deromper com paradigmas tradicionais, que a situam como um órgão de execução apenas dos interesses da classe dominante. Destaca-se o relevante papel da Universidade, nesse processo de construção desse novo modo pensar e fazer Segurança Pública. Esse papeldeverá dar-se em dois sentido, a partir da inserção da temática nas linhas de pesquisa dos cursos das Universidades, visando aprodução de novos fundamentos teóricos para segurança, e como mediadora e impulsionadora desse processo de construção de umanova mentalidade em torno da política de segurança. Esta experiência converge para busca de uma saída em torno do trilhar de umapolítica de Segurança Pública, que venha a ser consoante com a defesa e a promoção dos direitos humanos.*Coordenador(a) **Professor *** Extensionista Colaborador

096003876PROGRAMA PÓLOS REPRODUTORES DE CIDADANIAMiracy Barbosa de Sousa Gustin, Menelick de Carvalho Netto, Cláudia Aguiar, Túlio Picinini, Ronaldo Pedron, ThalesCavalcanti, Carolina Lyon, Guilherme Scotti, Sielen CaldasUFMG

O Programa Pólos Reprodutores de Cidadania, desde 1995, realiza pesquisa e extensão, visando a integração da universidade com

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comunidades com histórico de violação em direitos humanos, a partir da metodologia de pesquisa-ação de Thiollent. Já na própriametodologia busca-se construir pólos reprodutores de cidadania no interior das organizações parceiras, bem como transformar aspróprias entidades em pólos de expansão e consolidação da cidadania. As ações do Programa pretendem uma atuaçãoqualitativamente diferenciada, que fuja do âmbito exclusivo de ações emergenciais para abranger ações fundadas em pesquisas queidentifiquem as práticas sociais dos grupos, movimentos e organizações que atuem na defesa dos direitos humanos e promoção dacidadania, priorizando a inclusão e a emancipação social das comunidades parceiras.Trata-se de um programa interdisciplinar einterinstitucional que envolve graduandos, pós-graduandos e profissionais de Direito, Psicologia, Sociologia, e Serviço Social,coordenado por professores da Faculdade de Direito e do Teatro Universitário.Projetos do Programa Pólos1. Vilas e Favelas eOrganização Popular:- Aglomerado Santa Lúcia- Jardim Felicidade- Aglomerado da Serra3. Saúde Mental e Cidadania4. “Trupe ATorto e a Direito” 5. Criança e Adolescente e Direitos Humanos 6. Incubadora de Cooperativas Popular OBJETIVOS PRINCIPAIS:Contribuir para uma reconstrução da relação de tensão existente entre a normatividade constitucional e a realidade dos processospolíticos e sociais, no sentido da problematização de conteúdos normativos já inscritos nas práticas sociais cotidianas. -Instrumentalizar e viabilizar a atuação de grupos, organizações e movimentos da sociedade civil na defesa dos direitos de cidadania.-Contribuir para a formação de operadores jurídicos em condições de se tornarem pólos reprodutores de cidadania, inclusive no seuatuar profissional cotidiano.- Promover discussões com a população acerca de direitos, deveres e garantias constitucionais e dosmeios de exercício dos mesmos, - Fomentar a reflexão crítica sobre a normatividade jurídica vigente e a efetividade ou não da mesmaem seu viver cotidiano. RESULTADOS: o tratar-se de um projeto permanente, os resultados são processados no cotidiano dascomunidades, através de uma revisão das práticas sociais que favoreçam a organização popular para a consolidação da cidadania.

096803755CONSTRUINDO UMA POLÍTICA DE TRABALHO COM O SISTEMA PENITENCIÁRIOMarcone Edson Lira Amorin; Gecismario Costa GomesUFPB

O Construindo uma Política de Trabalho com o Sistema Penitenciário da Paraíba é um projeto de extensão que existe desde 1996,promovido pela Pró-reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários(PRAC-COPAC) da Universidade Federal da Paraíba, interagindo eatuando com os conhecimentos adquiridos junto às unidades prisionais masculinas e femininas na Paraíba, trabalhando em torno deáreas como a organização político social e produção sustentável dos detentos onde o foco principal é o seu desenvolvimento socialatingindo-se assim sua ressocialização. Seu principal objetivo é o de fortalecer a construção de política de trabalho a ser implementadano sistema penitenciário da Paraíba e assim também, através de esforços conjuntos com outras instituições que atuem na área, paratentar o resgate de sua auto-estima como ser humano e cidadão. O trabalho é realizado junto a 80 presos de unidades prisionais deJoão Pessoa (Instituto Penal Silvio Porto, Presídio Feminino e Especial), e de Campina Grande (Serrotão) bem como junto às suasfamílias e com a participação de técnicos e profissionais do ramo A metodologia do trabalho é feita através de cursos de extensão queenvolvem a inserção de alunos da universidade em atividades de divulgação, sensibilização, mobilização, através de aulas te´ricas epráticas e a articulação institucional ao lado de empresas públicas e privadas objetivando medidas para a terceirização de atividadesprodutivas com a mão-de-obra dos reclusos. As ações realizadas consistem em envolver diretores e técnicos envolvidos no projeto,que ministram aulas teóricas e práticas, propor reflexões, exibição de vídeos, dinâmicas de grupos, acompanhamento social e jurídicoe bem como o monitoramento das oficinas produtivas do trabalho prisional para assim aproximar-se de sua ressocialização.

098503805PROSTITUIÇÃO INFANTO - JUVENIL: UMA ABORDAGEM AMPLA COM ENFOQUES NOMUNICÍPIO DE SOUSA - PB.***Hermília F. J. Ayres; *** Epifânio V. Damasceno; ** Eronildes F. de Lima; * Francisca Simone M. dos Santos;*Andréia A. de S. Sarmento; *Francico Valdenir Lima; *Mickelly Beatriz B. Dantas; *Maria do Socorro G. Sarmento;*Alberto de M. MarquesUFCG

OBJETIVO: O Brasil, apesar de possuir um dos mais completos instrumentos jurídicos de proteção aos menores de dezoito anos, queé o ECA – Lei 8069/90, atualmente revela uma triste tendência que alarma a sociedade diante da inescondível exploração de criançase adolescentes, no que diz respeito a liberdade e normalidade da vida sexual. A Paraíba não foge a esta regra, e o município de Sousaapresenta índices que demonstram sua inclusão no quadro supracitado.Com o intuito de auxiliar aquelas entidades que lidam com oproblema da prostituição infanto-juvenil, especificamente o Conselho Tutelar, o Projeto de extensão Implementando Conselhos Tutelar,de Direitos, e de Educação no município de Sousa - PB, realiza "oficinas" de capacitação dos conselheiros. Estas visam aprimorar otratamento de jovens com problemas como a prostituição, e buscar em conjunto com as entidades mencionadas soluções para taiscasos. METODOLOGIA: No transcorrer do citado Projeto, foi realizado um aprofundamento teórico, utilizando como subsídios, matériase reportagens específicas sobre o tema aqui exposto, trabalhados em jornais e revistas regionais e nacionais. Analisou-se casospráticos acompanhados pelo Conselho Tutelar de Sousa, de quem o Projeto recebe uma significante contribuição no que concerne aofornecimento de informações. Toda pesquisa foi desenvolvida à luz do ECA e subsidiariamente, sob o enfoque do CP brasileiro.RESULTADOS: Constatou-se que a pobreza e por que não dizer a miséria é uma das principais causas que levam crianças eadolescentes à prostituição, seguidas de outras como a gravidez precoce, a revolta familiar, a carência e o envolvimento comnarcóticos. Por outro lado, encontraram-se fatores que, inexplicavelmente, levam jovens a se prostituírem, como a cobiça ou merogosto por tal atividade. No município de Sousa verificou-se uma pequena queda no número de casos atendidos pelo Conselho Tutelareste ano, em relação ao anterior, apesar da gravidade da situação. Muito ainda há o que se fazer para que os direitos dos menoressejam satisfeitos no Brasil. É preciso melhorar as condições sociais e humanas para que este segmento da sociedade possa teroportunidade de escolher uma profissão digna, livre da violência e da discriminação. Destarte, o Estado é peça fundamental, mas nãoúnica na transformação deste quadro. Mister se faz a colaboração da sociedade civil, das entidades governamentais e não-governamentais para concretizar a erradicação da prostituição de crianças e adolescentes.

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***Coordenadores, **Extensionista – bolsista, *Extensionistas voluntários

102303813A GEOGRAFIA DO CRIME EM MARÍLIA-SP: AÇÕES COMUNITÁRIAS PREVENTIVAS -FASE IISueli Andruccioli Felix (Coordenação Geral), Adriana Aparecida França, Alam Gualberto Teixeira, Carlos RobertoAlmeida Jr, Marceu Dornelles Toigo, Milena Deganuti de Mello, Paulo Lucio dos SantosUNESP

“A Geografia do Crime de Marília” é uma pesquisa interdisciplinar e inter-institucional do Grupo de Pesquisa “GUTO”(Grupo de Pesquisa e deGestão Urbana de Trabalho Organizado), da UNESP/Marília-SP, na linha de Políticas Públicas da FAPESP, que visa conhecer amplamente apopulação e o seu espaço nos múltiplos aspectos criminais e de qualidade de vida para o estabelecimento de políticas preventivas. Divididaem 03 fases de execução, na Fase I realizou-se um diagnóstico da criminalidade e dos demais problemas da população da cidade. Nestemomento (Fase II), a pesquisa contempla o desenvolvimento de uma série de ações sociais dirigidas à comunidade, tais como: a assinatura deum Protocolo de Intenções, resultado da união de representantes do governo municipal, Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros euniversidade, comprometidos com o desenvolvimento de estratégias de prevenção à violência através, também, da melhoria da qualidade devida da população. Para tanto, foi criado um Comitê de Prevenção da Violência de Marília-SP que tem como meta: a implantação definitiva dopoliciamento comunitário, a revitalização dos Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG´s e CONSEB´s), o estabelecimento de umdiálogo com a comunidade escolar através da criação de conselhos de prevenção nas escolas, ações com Agentes Comunitários da Saúdepara identificação de grupos de risco (especialmente jovens), prevenção da violência baseada em programas de ampliação do mercado detrabalho, realização de Campanhas Educativas de Prevenção da Violência e de Desarmamento da População, utilização dos meios decomunicação local para oferecer informações à comunidade e outras. Como ação contínua, tem-se a organização e implantação de um“Fórum Permanente de Discussão” nos bairros de Marília – SP, com o objetivo de criar um espaço de reflexão comunitária sobre os seusproblemas, conscientizando a comunidade da importância de sua participação na busca de soluções dos problemas cotidianos de seu bairro ede sua cidade. E, no campo da informática, o desenvolvimento de uma arquitetura capaz de fornecer serviços mais eficientes para a área desegurança como um Sistema de Informações Geográficas (SIG – acessado e compartilhado através da Internet) e o desenvolvimento deferramentas de mapeamento avançadas para o acesso, exibição e análise de dados policiais que incluem a espacialização de ocorrências, deofensores, de jurisdições policiais, e outras informações relevantes baseadas em locais geográficos estão sendo implantadas.

109203902DEFESA CIVIL E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIAJoão Gilberto de Farias Silva ([email protected])UFRPE

O presente texto tem como objetivo apontar ações de extensão na área de defesa civil, o que servirá como reflexão para a implementação deprogramas e projetos comuns a esses dois campos institucionais. A metodologia utilizada divide-se em duas fases. A primeira tomou oresultado da pesquisa intitulada “NÓS DA REDE DA DEFESA CIVIL: AS RELAÇÕES SOCIAIS NA REDE DE DEFESA CIVIL DO RECIFE”cujo objeto central foi a relação social dentro de uma organização pública. O objetivo inicial verificou como o cidadão nessa rede derelacionamentos, entre o poder público e a comunidade, obtém resposta às suas solicitações. A hipótese geral comprovada mostrou que ocapital profissional foi o que mais se destacou nas ações influenciadas pelas relações sociais entre os atores, através das formas de capital(social, pessoal, político e profissional); da autonomia estrutural; das relações de cooptação; da interação com oligopólios e do nívelhierárquico. Isso se apóia no fato de que a organização em defesa civil prescinde, para o seu pleno desempenho, de um quadro de atores comníveis elevados de aperfeiçoamento técnico e de compromisso profissional. No presente texto tendo em vista o seu limite físico, não entrareiem detalhes sobre o primeiro estudo que envolve as formas de capital social e relações sociais na defesa civil. Assim vale apenas citar que acapacitação profissional em defesa civil é vital à sua organização, e ao mesmo tempo lançar como ponto de partida as formas melhoramentono campo profissional da defesa civil que podem ser alcançadas através do domínio da extensão universitária. Os resultados do trabalhocomeçam a partir da segunda fase da metodologia que engloba a questão: como a Extensão Universitária pode contribuir para omelhoramento profissional da defesa civil. Para isso foram estudadas algumas idéias de extensão e suas possíveis contribuições.No finalchegou-se aos comentários sobre as possibilidades de desenvolvimento de ações de extensão envolvendo a universidade e a defesa civil.

1175031006ADOLESCENTES EM CONFLITO COM A LEI EM SANTA CATARINA: DIAGNÓSTICO EPROPOSTAS DE POLÍTICA DE ATENÇÃO INTEGRAL.Elisabete Nunes Anderle, Josiane Rose Petry Veronese, Marli Palma Souza, Regina Célia Tamaso Miotto, Emeli SilvaAlvesUDESC/UFSC

O relato que pretendemos apresentar reúne informações sobre a Execução do Projeto "Diagnóstico e Análise dos Programas deExecução de medidas Sócio-Educativas no estado de Santa Catarina e I Seminário Estadual de Política Pública do Adolescente emConflito com a Lei" resultante do Acordo de Cooperação técnica do Ministério da Justiça, da Organização das Nações Unidas para aEducação, a Ciência e a Cultura - UNESCO e do Fórum Nacional dos Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas, com asUniversidades: Federal de Santa Catarina e do Estado de Santa Catarina em parceria com vários órgãos envolvidos na área. Trata-seda elaboração de um diagnóstico dos Programas de execução de medidas sócio-educativas impostas aos adolescentes em conflitocom a Lei, bem como propor alternativas que consubstanciem a política de atenção integral a esses adolescentes.A apresentação dos

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resultados foi realizada em três tópicos, abrangendo: os adolescentes, suas famílias e o ato infracional; os operadores das medidassócio-educativas, as entidades e os programas executores das medidas sócio-educativas. Concluiu-se que todo investimento deve serfeito para que o Estado não venha tratar a questão dos atos infracionais como caso de polícia em detrimento de uma abordagem sociale educativa da questão.

1182031001APOIO À ORGANIZAÇÃO COMUNITÁRIA: EXPERIÊNCIA DA UNIVERSIDADE REGIONALDO CARIRI/CE NO MUNICIPIO DE TERRA NOVA/PE.Adriano Souza de Almeida ([email protected]); Lindelânia Barbosa da Silva.URCA

Este trabalho visa relatar as atividades desenvolvidas pela Universidade Regional do Cariri, tendo como foco a OrganizaçãoComunitária, durante o trabalho de campo no município de Terra Nova, em razão do Programa Universidade Solidária/Xingo, emfevereiro de 2002. O objetivo dessas atividades era o fortalecimento da organização comunitária, via Conselhos de Políticas Públicas, afim de identificar as principais falhas na construção de instrumentos participativos locais, como provocar uma discussão sobre osmecanismos de participação democrática direta junto às principais lideranças locais.Contando com apoio de 05 alunos (02 de Direito,01 de Economia e 01 de Engenharia de Produção) para o trabalho direto com a temática e os professores Ana Maria Nunes eMicaelson Lacerda, foi realizado seminário com todos os Conselhos de Políticas Públicas do município num total de 12 conselhos ecerca de 80 pessoas. O seminário foi realizado em 04 horas e pautou-se pela discussão do papel dos Conselheiros, bem como aelaboração, mediante metodologia participativa de diagnóstico de atuação dos Conselhos na comunidade, com pontos positivos enegativos, bem como a indicação de possíveis soluções a serem implementadas. Diante da série de problemas conjunturais e locaisacerca do modelo de Conselhos implementadas, o grupo optou pela eleição do problema mais grave percebido durante o seminário,para ser trabalhado no restante da estada no município, o qual foi a ausência do Conselho Tutelar.Ausência de qualquer trabalhoanterior de suporte aos Conselhos , provocou um choque na comunidade, uma vez que muitos dos Conselhos nunca haviam sequer sereunido, e muitos conselheiros sequer sabiam que faziam parte do conselho que representavam, haja visto o processo viciado deescolha dos membros. Crendo ser esses problemas oriundos de aspectos conjunturais de difícil solução, optou-se pela articulação deesforços para implantação do Conselho Tutelar, onde em reunião com as principais lideranças políticas, comunitárias, MinistérioPúblico e Judiciário, definiram-se os papéis a serem adotados pelos atores presentes na implantação do conselho, quais sejam: -pesquisa de legislação e elaboração de projeto de lei; discussão, votação e aprovação em regime de urgência; condução, fiscalizaçãodo processo eleitoral e capacitação dos conselheiros. Ao final seis meses tivemos todas as tarefas executadas e o conselho em plenaatividade.

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1186031000A POLÍCIA COMO PROTETORA DOS DIREITOS HUMANOSGiuseppe Tosi, Maurino Medeiros, Fábio Freitas, Robson Antão, Paulo Moura, Lígia Malta, Maria Nazaré Zenaide,Lúcia Lemos, Ysmar Mota, Washington FrançaUFPB

Trata-se da apresentação do Curso de Extensão denominado A Polícia como Protetora dos DDHH, promovido pela CDH e Coordenação deProgramas de Ação Comunitária/PRAC, junto com a Polícia Militar da Paraíba, com o apoio do Gabinete de Assessoria Jurídica àsOrganizações Populares –GAJOP e o patrocínio da Fundação FORD. O curso foi realizado durante o período 2001-2002, nas cidades deSousa, Patos, Guarabira, Cajazeiras, Campina Grande e contou com a participação de 223 pessoas: 11 policiais militares, 25 policiais civis, 04agentes penitenciários e 84 representantes da sociedade civil. O curso foi ministrado por uma equipe técnica composta de 10 professores (08da UFPB e 02 de Centro de Ensino da PM) e contou com a colaboração de 03 bolsistas e 03 extensionista. O curso teve como objetivoscontribuir para o processo de formação de profissionais da área de segurança pública e membros da sociedade civil para a defesa e promoçãodos direitos humanos e da cidadania; contribuir para a construção de uma nova relação entre policiais e sociedade civil; despertar nosparticipantes a importância do seu papel como cidadão ativo na construção e implementação de uma política de segurança pública querespeite os direitos humanos; contribuir para que os policiais exercitem a sua prática profissional com base no respeito dos preceitos jurídicosvigentes. O conteúdo programático seguiu o seguinte esquema: Módulo I – Fundamentos e Dimensões dos Direitos Humanos, Democracia eDDHH, DDHH Fundamentais, Mecanismos de Proteção dos DDHH; O ECA e as Medidas Sócio-Educativas; Módulo II – Relação Polícia eSociedade, Política de Segurança Pública, Sistema de Segurança e Justiça, Noções de Polícia Comunitária, Participação Social e Exercício daCidadania. Foram utilizadas as seguintes metodologias: aulas expositivas e dialogadas, trabalhos em grupo, oficinas pedagógicas, dinâmicasde construções coletivas da relação do Eu com o Outro, proposta de.ação, apresentação de vídeo seguida de debate, leitura e interpretação detextos. O curso seguiu os seguintes pressupostos teóricos e metodológicos: 1. Abordagem multidisciplinar dos Direitos Humanos; 2. ProcessoEducativo Dialético; 3. Dimensão político-cultural; 4. Construção de um paradigma democrático para a relação polícia e sociedade; 5.Concepção.da segurança pública como política social. Foram realizadas avaliações, por parte dos alunos, dos vários aspectos do curso.Relatórios das atividades foram enviados ao GAJOP para uma avaliação do Programa em conjunto com as universidades federais de Sergipee Pernambuco. Como um dos frutos desse trabalho é a publicação do livro ‘Polícia e Democracia’.

1186031000PRÁTICAS INTER E TRANSDISCIPLINARES DE CIDADANIAAfonso Carlos NevesUNIFESP

É objetivo do projeto, promover a formação da cidadania ativa entre diversos setores da sociedade e do meio universitário, condizendo com asnecessidades do país e do mundo no século 21. Metodologia: 1. Dentro de uma visão interdisciplinar, transdisciplinar e interinstitucional, estetrabalho desenvolve-se em parceria com a organização Willis Harman House e com a organização internacional Institute of Noetic Sciences. 2.É feito um Curso Aberto e Debates sobre interdisciplinaridade e transdisciplinaridade no ambiente da UNIFESP, com participação de pessoasde diversas áreas da Universidade e de outras instituições. 3. São feitas palestras intituladas dentro de um programa intitulado “Oficina daCidadania”, com uma linguagem visando principalmente um público de nível médio, embora seja atividade aberta que possa contar com outraspessoas. 4. Aplicação do livro “Como viver a Macrotransição” de Erwin Laszlo, como ferramenta de transformação de paradigmas de cidadania( a iniciar em outubro de 2002). 5. Aplicação do Projeto Somar de Humanização Hospitalar em sistema de visitas aos locais de trabalho,estimulando as ações de cada um, aparentemente “pequenas”, mas na verdade, sempre de valor, reduzindo o aspecto competitivo doambiente ( início de setembro de 2002). 6. Visitas ou palestras de convidados internacionais que possam dar consistência ao projeto emrelação à cidadania local e mundial, como ocorreu em 15 de agosto de 2002, com a palestra de lançamento do CD “Crise como Oportunidade”pela cientista americana Elisabet Sahtouris no Teatro UNIFESP. A partir desse lançamento inicia-se uma vertente do Projeto denominado “Projeto Ecológico de Humanização” visando despertar a associação de Cidadania e Ecologia. Resultados parciais: 1- Envolvimento dos váriossegmentos da sociedade e da universidade, inclusive docentes e pesquisadores. 2- Mudança de paradigmas e comportamento de pessoas dacomunidade no sentido de promover cidadania, humanização e respeito ao meio ambiente. 3- Divulgação de propósitos de Cidadania Global,em diversos níveis. 4- Práticas universitárias de inter e transdisciplinaridade.

DIREITOS HUMANOS E EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA: A ATUAÇÃO DO FÓRUM NACIONALDE EXTENSÃO DOS PRÓ-REITORES DE EXTENSÃO DAS UNIVERSIDADES PÚBLICASBRASILEIRASMaria de Nazaré Tavares ZenaideUFPB

Nas décadas de 70 a 90, o Brasil viveu um processo de retomada do estabelecimento do Estado Democrático de Direito após 23 anosde regime autoritário. Considerando o significado histórico das lutas sociais neste contexto, e tendo em vista que as universidadespúblicas sofreram formas diferenciadas de violação aos direitos humanos, as universidades públicas se engajaram nas lutas sociais emdefesa dos direitos humanos no Brasil, como uma estratégia política de fortalecer o processo de construção do regime democrático,articulando e capacitando diferentes segmentos em defesa da vida e da liberdade. A partir deste marco histórico é que se delineouinicialmente as primeiras práticas de extensão voltadas para a proteção, a defesa e a promoção aos direitos humanos. As ações deextensão foram assumindo diversas formas de delineamento prático, dependendo do locus onde cada universidade se inseriu nosentido atender as demandas jurídicas, culturais e políticas da nova dinâmica social. A assistência jurídica foi posto enquanto demandaface a ausência de acesso a justiça e as violências aos direitos humanos presentes na sociedade. Por outro lado, as demandaseducacionais originaram nos processo de lutas e na necessidade de democratização do Estado. A interface das ações de extensão emdireitos humanos com o ensino e a pesquisa é possível de ser avaliada considerando o leque de possibilidades práticas vivenciadas

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que esta ação articula, implanta e inova, como: estágios, cursos, seminários, disciplinas optativas e obrigatórias em cursos degraduação e pós-graduação, elaboração de trabalhos monográficos, dissertações e teses e construção de material pedagógico. OFórum Nacional de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas priorizou no Plano Nacional de Extensão os DireitosHumanos como Área Temática, considerando o aporte de experiências construídas pela extensão universitária. Nesse sentido, oFórum vem envidando esforços institucionais de modo a fomentar o apoio para a área de direitos humanos. Esta apresentaçãopretende portanto, registrar o resgate desse processo como memória do trabalho, para que todos possam conhecer a trajetória, osavanços e as dificuldades, apresentando as articulações, os encontros, as sub-áreas, os projetos na área de direitos humanos até opresente registradas pela coordenação temática do Fórum.

LAZER E PRESÍDIO: A RELAÇÃO QUE NÃO SE BUSCAGustavo Luis Gutierrez e Marco Bettine de Almeida ([email protected])UNICAMP

Este trabalho teve como intenção analisar as atividades ditas de lazer num espaço de reclusão e a possibilidade de intervenção comcaracterística de reflexão crítica. Foram observadas as atividades desenvolvidas junto aos presidiários da Penitenciária de Campinas-SP, sendo também realizadas intervenções privilegiando o lazer como tema gerador, objetivando estimular a realização de “ações”práticas que fossem além das atividades em si, proporcionando a reflexão sobre o espaço, a posição enquanto sujeito, o corpo e apossibilidade de transformação. A análise teórica priorizou a discussão do tempo, espaço e trabalho, mostrando as contradições dasteorias que polarizam o debate na dicotomia lazer-trabalho, tendo como foco teórico às novas tendências do lazer na pós-modernidadeligadas ao indivíduo, ao prazer, ao lúdico, à fragmentação do mundo e à tecnologia. Alguns aspectos levantados apontam que asatividades de lazer desenvolvidas pelos presos estavam permeadas pelo dinheiro e poder, como exemplo, o caso dos jogos de azar, osexo e o consumo de drogas; ou estavam permeadas pelo pressuposto da dominação, como exemplo, o caso das atividadesesportivas ou a preparação das festas, onde o grupo por participar das mesmas, obtinham algumas regalias oferecidas pela direção etambém dos próprios detentos por estar em um aposição de destaque. Percebeu-se que o lazer, em um sistema fechado, com regraspróprias e linguagem peculiar, reproduz o ilícito. Assim o lazer deve ser pensado como prisionizado, isto é, referente aos códigosintramuros da “sociedade dos cativos”. Neste sentido, qualquer possibilidade de inserção de atividades que privilegiam os aspectosapresentados anteriormente “esbarra” no mundo marginalizado do presídio. Por isso, não houve qualquer avanço nas atividades noque diz respeito à emancipação e posição crítica, pois estas são permeadas pelas regras internas e reproduzem o sistema prisional esuas normas. Apesar de não avançar no debate das possibilidades de intervenção crítica no presídio, esta experiência serviu de basepara a discussão dos princípios que regem a prisão, sua dinâmica interna, concepções do lazer ligadas à dicotomia lazer-trabalho emum sistema fechado e a discussão de novos paradigmas das teorias contemporâneas do lazer.

SOS/AÇÃO MULHER E FAMÍLIA: UMA INTERVENÇÃO SISTÊMICARoberto Vilarta ([email protected])UNICAMP

Podemos apresentar nesse painel o trabalho do SOS/Ação Mulher e Família, uma entidade de utilidade pública estadual, que há 22anos vem prestando serviços à comunidade do município de Campinas e região. O SOS trabalho junto a mulheres e famílias emsituação de violência: contando com uma equipe interdisciplinar (advogados, assistentes sociais, antropóloga, socióloga e psicóloga),composta por profissionais contratados e voluntários. O SOS prioriza a intervenção sistêmica transdisciplinar, buscando compor efortalecer uma rede de recursos profissionais e comunitários tanto para técnicos como para os usuários, com o objetivo de tratar eprevenir problemas de violência familiar. Além do atendimento a situações de crise familiar, o SOS desenvolve projetos de prevençãojunto à comunidade, tais como: brinquedoteca, orientação em saúde e sexualidade, grupos de usuários de álcool, grupos de casais emsituação de violência, prevenção de AIDS e DSTs, cursos de Promotoras Legais Populares, cursos semi-profissionalizantes paramulheres. A idéia é compartilhar uma experiência que vem trazendo resultados efetivos e gratificantes. A imagem “casa de abelha”mostra a perspectivas de interação e integração desejáveis interna e externamente na formação de rede de intervenção. O focoprincipal do trabalho é a mulher, entendida como educadora e socializadora por excelência, através da qual, perspectivas de mudançade atitudes familiares e sociais podem ser potencializadas, estendendo-se aos demais membros da família. Estudos recentes e aobservação do SOS ao longo de sua história, mostram que a vitimização e a violência podem ser cristalizadas e reiteradas através deum modelo que perpassa gerações. A intenção é de romper com essa dicotomia e promover modelos vivenciais de relações familiarese sociais mais igualitárias e justas. O desenvolvimento de estudos e pesquisas, formação de bando de dados, e importante campo deestágio, têm sido favorecidos pela cooperação, principalmente, da Pró-Reitora de Extensão da UNICAMP, com a transferência detécnicos especializados abrindo possibilidades de elaboração de teses, especializações e TCCs sobre Gênero, Família e ViolênciaDoméstica e Intra-familiar. Graças à sistematização desta prática e do conhecimento resultante, apresenta-se como um importantecampo de estudos, treinamento, capacitação de profissionais, assessorias, influindo na criação de políticas públicas que favoreçam odesenvolvimento da cidadania e direitos humanos das mulheres e suas famílias. O SOS mantém convênio com a Pró-Reitoria (1987),com a FEAC e recebe apoio da Prefeitura e CMAS.

UM PORTADOR DE PARALISIA CEREBRAL E AS ATIVIDADES DO PROGRAMAUNIVERSIDADE SOLIDÁRIA NO MUNICÍPIO DE SERRA BRANCA – PB: O INÍCIO DAINCLUSÃO SOCIALMarcelo Siqueira de JesusUFRJ

Trata-se de um relato de experiência inter e multidisciplinar da equipe da Universidade do Brasil – UFRJ atuando no Programa de

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Extensão Universidade Solidária (UNISO) – Módulo Nacional no município de Serra Branca - PB, entre os meses de janeiro e fevereirode 2001. A cidade, situada no Cariri Ocidental Paraibano, região bastante carente das ações de políticas públicas, além de ser inseridana realidade dura da seca, tendo os níveis mais baixos de chuva ao longo do ano, possui uma economia baseada no setor terciário,com alguns poucos produtores rurais mantendo pequenos rebanhos de caprino. Com a ausência de chuvas, inviabilizando o plantio,apenas as plantações de palma parecem ter algum sucesso. No período de seleção do corpo de alunos que fariam parte desteprograma, cada um deveria apresentar um planejamento de atividades que realizaria durante a passagem do grupo por aquelemunicípio. Ao elaborar o planejamento, pensei em atividades voltadas a entender diversos grupos (crianças, adolescentes, jovens,adultos e idosos). Após ser selecionado, me deparo com mais situações de demandas do município apresentadas pelo professor JoãoPaulo, investigadas após sua viagem precursora, além da questão da seca e do desemprego que se evidencia na cidade, a ausênciade auto-estima em seus moradores e a grande desigualdade social foram pontos marcantes encontrados na região. Então chega o diada viagem, exato dia 22 de janeiro de 2001. O desenvolvimento do trabalho se estendeu por três semanas. A participação e oenvolvimento dos moradores foram marcantes, principalmente a presença de um morador adulto portador de necessidade especial,marcou o nosso grupo. Mesmo sendo um portador de paralisia cerebral com grande comprometimento físico pois vivia numa cadeirade rodas, participava de grande parte de nossas atividades. Uma dessas atividades era aplicada na praça pública, semelhante aencontrada em pequenas cidades do interior, com uma igreja próxima e sendo o centro de passagem dos moradores, acontecia aginástica matinal. Tivemos a presença deste portador todos os dias, sempre acompanhado de sua mãe, em grande parte dos eventosque aconteciam na cidade, promovidos pela equipe UNISOL. Portanto o processo de inclusão do portador de necessidades especiaisestava sendo iniciado naquela cidade.

108403889JOGOS COOPERATIVOS PARA MENINOS E MENINAS EM SITUAÇÃO DE RISCODiogo Puchta, Karine Rodigheri, Carlos Neia, Raphael Paupério, Sérgio Cravalho, Alexandra Magagnin, BrunaBardini, Carmela Bardini, Renata Silveira, Isabel Martines e Nicole Guaita – Profs. Maria Regina Costa e RogérioGoulart da SilvaUFPR

Neste projeto, temos como finalidade desenvolver atividades com ênfase na colaboração, denominadas jogos cooperativos, a trezentascrianças e adolescentes de 06 a 17 anos da ASSOMA. Inicialmente, realizamos um diagnóstico para que pudéssemos analisar aorganização geral da instituição e compreender os problemas de convivência entre as crianças e adolescentes em situação de riscosocial. Nossa entrada na instituição foi marcada pela desconfiança das crianças e adolescentes e, portanto, conseqüente resistência eaudiência destas nas atividades. Com o desenvolvimento do trabalho, percebemos que eles/as, por medo de erra, não gostavam departicipar dos jogos. Neste aspecto, a empatia entre as crianças e os bolsistas foi determinante para progresso do trabalho. Estefenômeno possibilitou a relação de incentivo e auxílio dos acadêmicos às crianças com mais dificuldades na inter-relação social, comquem puderam intervir em momentos críticos de agressão: verbal ou física, etc. A falta de respeito entre as crianças, muitas vezes,advém da agressividade, porém nem sempre é possível uma intervenção capaz de problematizar a situação para uma relaçãopedagógica. Entendemos, no entanto, que, conforme os parâmetros diferenciados utilizados na lida com os adolescentes e as criançasnas situações-problema da prática cotidiana desta instituição, é viável o espaço educacional. A supervisão dos coordenadores doprojeto tem como propósito organizar o grupo de estudos na direção da pesquisa sobre práticas reeducadoras; Desta forma, asreuniões semanais são espaços para as discussões sobre os problemas encontrados na aplicação das atividades, estudo da temáticada exclusão/inclusão e planejamento das atividades em grupo. Consideramos que esta experiência é importante não somente na vidadestas crianças, mas na formação acadêmica e cidadã. Este é um tempo singular, no qual os acadêmicos(as) tentam captar “ o mundoreal “ com detalhes das vidas desta infância marcada pelas diversas formas de violência. As crianças inquietam a segurança de nossossaberes, questionam nossas práticas e nos faz pensar as lacunas existentes em nossos saberes; elas não correspondem ao jogosocial pré-estabelecido, “normal” porque vivem uma lógica contrária à opinião comum. Vivem a Lógica de outros sentidos,completamente desconhecidos e, portanto, praticamente ignorados pelo saber acadêmico. Com base na autenticidade das formas deser e existir destes equilibristas da vida, nosso trabalho nos permite diferentes questionamentos e práticas sobre a nossa condiçãoreeducadora neste mundo marginalizado.CONVIVENDO VALORES HUMANOSJania Jacson dos Santos, [email protected]; Shana Nakoneczny Pimenta, [email protected]; AllyssonRogério Matioski, [email protected]; Ana Paula dos Santos, [email protected]; Barbara Butyn,[email protected]; Barbara Franco, [email protected]; Bernardo M.M. de Almeida,[email protected]; Carlos Eduardo Paula Leite; Flávia Aline Carneiro, [email protected]; Irma Zaninelli,[email protected]; Luiz Fernando Nicolodi, [email protected]; Lygia Maria Portugal Oliveira,[email protected]; Marcos Augusto Arcoverde, [email protected]; Melissa dos Reis P. Mafra,[email protected]; Morgana Fabíola Morgana, [email protected]; Silvana Kissula deSouza, [email protected]; Carolina Bocchi Maia, [email protected]

O Projeto “Convivendo Valores Humanos” é parte integrante do “Programa Valores Humanos: Via da Cidadania” e tem como objetivosatuar no campo da prevenção ao abuso de drogas, violência, DST/AIDS, na promoção da educação em valores humanos em prol deuma cultura de paz, integrando as ações de extensão, ensino e pesquisa. Agregado a isso busca a ação correta (harmonia entre osaber, o pensar, o sentir e o agir) da universidade no campo social. As ações traçadas exemplificam-se através de oficinas, encontrosde reflexão para a equipe e comunidade envolvidas; treinamento e capacitação de recursos humanos; integração com projetos e açõescorrelatos; atuação junto as instituições familiares, de educação e saúde; propícia a participação dos envolvidos em grupos de estudose eventos científicos para troca de experiências, divulgação de resultados e ampliação de seu repertório de ação, construindo umcampo fértil para a sua sustentabilidade; promovem trabalhos para publicações a partir do conhecimento construído e facilita oengajamento de bolsistas voluntários e estagiários em todas as ações. Novos espaços tem sido conquistados ampliando a ação eatingindo diferentes segmentos, tais como: Programa Educacional de Resistência às Drogas e a Violência - PROERD, deresponsabilidade da Polícia Militar em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Educação e com a Universidade Federal

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do Paraná, enquanto gestora da capacitação dos instrutores, professores e familiares envolvidos; Projeto Aprendendo a Viver,capacitação de professores e adolescentes de escolas públicas, em parceria com o Centro Paranaense de Cidadania; os Meninos daChácara de Quatro Pinheiros, projeto social que atende ex–meninos em encontros sistemáticos voltados ao desenvolvimento da auto-estima, dos valores e da prevenção em relação à sexualidade e drogas, bem como, encontros com as famílias numa ação conjuntacom casais da igreja do Bom Jesus do Cabral, etc. No ano de 2001 foi agraciado com o troféu de Dignidade Solidária como projetodestaque na área de prevenção às drogas, decorrente de seleção feita pela comunidade. É dessa maneira que o projeto pretende estarsempre em interação contínua com a sociedade para que possa atender as necessidades básicas de saúde, educação e cidadania dapopulação.

108601930TEMPO DE MADUREZA ONDE BRINCADEIRA É COISA SÉRIA.Maria de Fátima Holanda Leite Maia, Francisca Luciene Araújo.UFCG

Atualmente, o fenômeno universal do envelhecimento das populações, fruto dos avanços da ciência, passou a ser alvo depreocupações por parte de governos e povos que unanimamente perceberam que mais importante do que a existência prolongada éenvelhecer com dignidade.Comungando com essa visão de mundo e considerando que o envelhecimento não pode ser mais tratadocomo um tempo do"não trabalho",um tempo vazio e sem significados mas um tempo produtivo e valorizado onde o convívio de idososno grupo´facilitando a vivência de significados comuns, levaria ao bem-estar do idoso, nos motivou a viabilizar uma ação de extensãojunto á comunidade de idosos do Abrigo Luca Zorn da cidade de Cajazeiras-PB,cujo objetivo é otimizar a ressocialização entre osidosos daquela entidade e a integração destes com os idosos da comunidade,através de oficina de dança,recreações,dinâmicas degrupo,confecção de trabalhos manuais,etc,de modo a proporcionar-lhes momentos de alegria e descontração,com o intuito defavorecer-lhes uma melhor qualidade de vida retirando-os do ostracismo e da solidão.Atendemos cinqüenta idosos.O projeto persegueo objetivo de contribuir para a democratização do saber acadêmico em um estimulante processo dialético entre a UNIVERSIDADE e aCOMUNIDADE.

VENHA VER: UMA TRILHA DA CIDADANIAFrancisca de Assis de Sousa ([email protected]), Késia Miriam Santos de Araújo ([email protected])UFRN

Analisa as ações relativas a educação e cidadania na cidade do Venha Ver quando da realização do Programa Trilhas Potiguaresdesenvolvido por alunos e professores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte cujo objetivo foi o de colaborar no processo daconstrução da cidadania da comunidade venha-vernhense através de informações acerca dos direitos e deveres enquanto cidadãos,da viabilização de equipamentos que possa garanti-los através da educação. Para tanto foram realizadas oficinas, palestras, reuniõese mini-cursos com todos os segmentos da sociedade: jovens, crianças, mulheres, administradores públicos, que foram sensibilizados emobilizados para exercerem seus direitos e deveres de cidadania. Dessa ação teve como resultado concreto a criação de umabiblioteca cujo processo de organização do acervo envolveu o empenho do poder público, da equipe da universidade e da comunidadelocal.

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021703236HÁ POESIA NO SILÊNCIOPaulo BassaniUEL

O vídeo mostra o Cotidiano dos Assalariados Rurais Temporários visto por eles mesmos. Como constroem sua subjetividade, seusvalores culturais, religiosos, seus sonhos, suas utopias. Nas pequenas coisas, expressão do que dizem, resgata-se uma dimensãopoética de sua crença na vida e no amanhã. Um retrato da vida dos Bóias-frias contada por eles mesmos.

091803729O VÍDEO COMO ELEMENTO COMUNICATIVO NO TRABALHO COMUNITÁRIO: OPROJETO CASARÃORoseli Esquerdo Lopes; Denise Dias Barros; Ana Paula Serrata Malfitano; Debora Galvani; Gisele BarrosUSP/UFSCAR

A Associação de Construção por Mutirão do Casarão (Movimento de Luta por Moradia Urbana - São Paulo), formada por 182 famílias queresidem no Conjunto Habitacional da Celso Garcia, desde 1997, vem implementando formas de se organizar e buscar garantir qualidade devida, acesso a serviços e participação social plena. Isto tem se dado através de inúmeras iniciativas e várias delas junto ao poder público,universidades e organizações não-governamentais. Ali convivem cerca de 600 pessoas, quase 300 na faixa etária entre 0 e 21 anos. Com ointuito de contribuir nesse processo, o Núcleo USP/UFSCar do Projeto Metuia - Grupo interinstitucional de estudos, formação e ações pelacidadania de crianças, adolescentes e adultos em processos de ruptura das redes sociais de suporte iniciou, em 1999, um trabalho com basemetodológica na Pesquisa Participante, com vistas a articular um projeto de atenção para as crianças, os adolescentes e os jovens daquelacomunidade. O resultado desse processo foi a elaboração conjunta do Projeto Casarão - Centro de Cultura e Convivência da Celso Garcia.Desde janeiro de 2000, vimos desenvolvendo parte dos programas que o compõem.No desenvolver deste trabalho realizamos o projeto: "Ovídeo como recurso de promoção de comunicação na atenção a crianças e adolescentes", através da Universidade de São Paulo (USP) eUniversidade Federal de São Carlos (UFSCar), que buscou o registro participativo de imagens a partir do desenvolvimento das atividades doProjeto Casarão.Este trabalho promoveu uma maior interação entre diferentes participantes do Projeto Casarão e a comunidade envolvida,além de um constante retorno a cada grupo do trabalho imagético. Realizamos o registro dentro das oficinas produzindo mini-vídeos temáticos:hip-hop, reciclagem, as crianças e suas brincadeiras, capoeira, e clip do grupo Toque de Carícia. Por fim realizamos a edição final de um vídeosobre o trabalho em andamento no Projeto Casarão, que veio a contribuir para a valorização de toda a comunidade, estendendo-se douniverso infantil ao adulto, por apresentar o histórico de luta destas pessoas para a aquisição da casa própria e a preocupação com odesenvolvimento de suas crianças e adolescentes. Criou-se uma reflexão nesta comunidade sobre seus propósitos e a condução que vemsendo dada para atingi-los. A realização do vídeo da/na comunidade funcionou como um elemento alimentador do processo.Assim, foramdados mais alguns passos na construção de um coletivo que integra de forma ativa a constituição do Projeto Casarão.

SABER SABOR: AIDS TAMBÉM É VIOLÊNCIARoberto Vilarta ([email protected])UNICAMP

Programa de intervenção e prevenção às DSTs/Aids sob a ótica de gênero, visando mudança comportamental de mulheres de baixa renda emparceria fixas, em relação à DST/Aids Busca atingir mulheres vivendo em situação de violência doméstica e sexual, afim de reduzir avulnerabilidade dessa população ante o alto risco de contaminação de doenças como a Aids a que estão submetidas, e promover espaço dereflexão sobre o papel da mulher na sociedade e o resgate da autonomia através de curso profissionalizante de culinária, ajudando-as nacriação de emprego e renda. Esta é uma iniciativa do SOS/Ação Mulher e Família, subsidiado pela UNESCO e a Coordenação NacionalDST/Aids e apoio da Pró-Reitoria de Extensão, pretendendo beneficiar 160 mulheres e 1.000 indiretamente. Dado o alto grau devulnerabilidade da população feminina pobre e desinformada da Campinas e região, são alarmantes os índices atuais da contaminação nessesegmento. Visando instrumentalizar as mulheres no exercício de sua cidadania, cuidado do próprio corpo e saúde, e dificuldades na relaçãoconjugal, foi criado o SABER SABOR, curso integrado de informação culinária, que alia a perspectiva de prevenção à possibilidade deconquista da autonomia econômica e ampliação da renda e do equilíbrio na relação de gênero. É um espaço onde mulheres aprendem aconfeccionar e comercializar bolos e salgados, ao mesmo tempo, falar das situações e desafios do dia a dia. Pretende: a) atingir maioriausuárias sobre a importância do sexo seguro, e mudança de comportamento na relação a dois; b) promover a profissionalização possibilitandoo resgate da autonomia e cidadania, da mudança na relação com o parceiro e abertura para trocas e reflexões no espaço informal da culinária.Visa favorecer efetivamente mudanças no comportamento sexual e papel social feminino, num espaço lúdico, útil e acolhedor facilitando oprocesso, exposição e esclarecimento de dúvidas sobre os temas. A dificuldade de acesso à informação é das graves discriminações àMulher. O curso abre a perspectiva de orientação específica à oportunidade de profissionalização. A culinária estimula a participação dasmulheres no programa e garante trocas sobre alimento sadio e práticas de sexo seguro, e o acesso dos técnicos aos questionamentos quesurgem, conflitos e tabus sobre a matéria, além de propostas de negociação com o parceiro para a vinda ao curso, problema enfrentado pelamaioria (casamento visto como atestado de segurança para situações deste tipo. O vídeo pretende atingir segmentos semelhantes: reflexão edespertar sensibilidades para o trabalho de prevenção às DSTs/Aids.

091303807A PARTICIPAÇÃO CONSTRUÍDA: A FORMAÇÃO NA DEFESA DOS DIREITOS DA CRIANÇAE DO ADOLESCENTEMaria de Fátima Pereira Alberto, Bernadete de O. Nunes, Maria Helena S. de F. Lins, Adria Melo Soares, AlessandraP. de A. Dantas, Daniele Cristine da S. Cirino, Ingrid S. Alves, Nozângela M. R. Dantas, Renata de S. Alves, Maria daLuz Alberto

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UFPB

Propondo uma reflexão sobre a formação do agente em direitos humanos na temática do trabalho infanto-juvenil a UniversidadeFederal da Paraíba realizou um curso através do Setor de Estudos e Assessoria a Movimentos Populares - SEAMPO em parceria como Grupo de Pesquisa Subjetividade e Trabalho – GPST, o Movimento Laico América Latina – MLAL e a Fundação Joaquim Nabuco –PE. Este vídeo resgata a vivência do curso e visa servir como instrumento na formação de formadores. O objetivo é apresentar aexperiência articulando o conhecimento científico com o saber empírico provindo dos profissionais e agentes das instituições eorganizações que atuam na defesa dos direitos da criança e do adolescente participantes do curso. Adotando o principio que é precisoconhecer pra transformar e na tentativa de integrar a universidade e a sociedade numa perspectiva multidisciplinar, foram registradasfalas descrevendo as experiências dos agentes e desenvolvendo a escuta nos focos tratados, que denominamos módulos. O queresultou em metodologias de participação e de construção coletiva de saberes, nascida das trocas de experiências entre os agentes ea reflexão de suas vivencias, tendo como desdobramento o desenvolvimento de pesquisas e estudos de caso sistematizados emmonografias, e produção iconográficas propostas como avaliação final no curso. Estes contribuíram na descoberta de novas atividadesde trabalho onde estão inseridas crianças e adolescentes, norteando a proposta de criação e ampliação de uma rede de comunicaçãono tratante à temática do trabalho Infanto-Juvenil.

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