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8/9/2019 Direitos Humanos PM 2010 http://slidepdf.com/reader/full/direitos-humanos-pm-2010 1/17 Direitos Humanos: Coisa de Polícia  Treze refexões sobre polícia e direitos humanos Durante muitos anos o tema “Direitos Humanos” oi considerado anta!nico ao de "euran#a P$blica% Produto do autoritarismo &iente no país entre '()* e '(+* e da manipula#,o- por ele- dos aparelhos policiais- esse &elho paradima mani.ueísta cindiu sociedade e polícia- como se a $ltima n,o /zesse parte da primeira% Polícia- ent,o- oi uma ati&idade caracterizada pelos sementos proressistas da sociedade- de orma e.ui&ocadamente conceitual- como necessariamente aeta 0 repress,o anti1democr2tica- 0 trucul3ncia- ao conser&adorismo% “Direitos Humanos” como milit4ncia- na outra ponta- passaram a ser &istos como ideoloicamente /liados 0 es.uerda- durante toda a &i3ncia da 5uerra 6ria 7estranhamente- nos países do “socialismo real”- eram &istos como uma arma ret8rica e oranizacional do capitalismo9% o ;rasil- em momento posterior da hist8ria- 0 partir da rearticula#,o democr2tica- areou1se a seus ati&istas a pecha de “deensores de bandidos” e da impunidade% <&identemente- ambas &isões est,o ortemente e.ui&ocadas e pre=udicadas pelo preconceito% <stamos h2 mais de um d>cada construindo uma no&a democracia e essa paralisia de paradimas das “partes” 7uma &ez .ue assim ainda s,o &istas e assim se consideram9- representa um orte impedimento 0 parceria para a edi/ca#,o de uma sociedade mais ci&ilizada% ?proximar a policia das @5s .ue atuam com Di1reitos Humanos- e &ice1 &ersa- > tarea imposter2&el para .ue possamos &i&er- a m>dio prazo- em uma na#,o .ue respire “cultura de cidadania”% Para .ue isso ocorra- > necess2rio .ue n8s- lideran#as do campo dos Direitos Humanos- desarmemos as “minas ideol8icas” das .uais nos cercamos- em um primeiro momento- =usti/c2&el - para nos deendermos da polícia- e .ue aora nos impedem de aproximar1nos% @ mesmo &ale para a polícia% Podemos aprender muito uns com os outros- ao atuarmos como aentes deensores da mesma democracia% esse contexto- 0 partir de .uase uma d>cada de parceria no campo da educa#,o para os direitos humanos =unto 0 policiais e das coisas .ue &i e aprendi com a polícia- > .ue ostaria de tecer as sinelas treze considera#ões a seuir:

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Direitos Humanos: Coisa de Polícia

 Treze refexões sobrepolícia e direitos humanos

Durante muitos anos o tema “Direitos Humanos” oi considerado anta!nicoao de "euran#a P$blica% Produto do autoritarismo &iente no país entre'()* e '(+* e da manipula#,o- por ele- dos aparelhos policiais- esse &elhoparadima mani.ueísta cindiu sociedade e polícia- como se a $ltima n,o/zesse parte da primeira%

Polícia- ent,o- oi uma ati&idade caracterizada pelos sementos

proressistas da sociedade- de orma e.ui&ocadamente conceitual- comonecessariamente aeta 0 repress,o anti1democr2tica- 0 trucul3ncia- aoconser&adorismo% “Direitos Humanos” como milit4ncia- na outra ponta-passaram a ser &istos como ideoloicamente /liados 0 es.uerda- durantetoda a &i3ncia da 5uerra 6ria 7estranhamente- nos países do “socialismoreal”- eram &istos como uma arma ret8rica e oranizacional do capitalismo9%o ;rasil- em momento posterior da hist8ria- 0 partir da rearticula#,odemocr2tica- areou1se a seus ati&istas a pecha de “deensores debandidos” e da impunidade%

<&identemente- ambas &isões est,o ortemente e.ui&ocadas e pre=udicadaspelo preconceito%

<stamos h2 mais de um d>cada construindo uma no&a democracia e essaparalisia de paradimas das “partes” 7uma &ez .ue assim ainda s,o &istas eassim se consideram9- representa um orte impedimento 0 parceria para aedi/ca#,o de uma sociedade mais ci&ilizada%

?proximar a policia das @5s .ue atuam com Di1reitos Humanos- e &ice1&ersa- > tarea imposter2&el para .ue possamos &i&er- a m>dio prazo- emuma na#,o .ue respire “cultura de cidadania”% Para .ue isso ocorra- >

necess2rio .ue n8s- lideran#as do campo dos Direitos Humanos-desarmemos as “minas ideol8icas” das .uais nos cercamos- em umprimeiro momento- =usti/c2&el - para nos deendermos da polícia- e .ueaora nos impedem de aproximar1nos% @ mesmo &ale para a polícia%

Podemos aprender muito uns com os outros- ao atuarmos como aentesdeensores da mesma democracia%

esse contexto- 0 partir de .uase uma d>cada de parceria no campo daeduca#,o para os direitos humanos =unto 0 policiais e das coisas .ue &i eaprendi com a polícia- > .ue ostaria de tecer as sinelas treze

considera#ões a seuir:

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CAD?D?A?- DAB<"@ PAB<A?

'E 1 @ policial >- antes de tudo um cidad,o- e na cidadania de&e nutrir suaraz,o de ser% Armana1se- assim- a todos os membros da comunidade emdireitos e de&eres% "ua condi#,o de cidadania >- portanto- condi#,oprimeira- tornando1se bizarra .ual.uer refex,o undada sobre supostadualidade ou antaonismo entre uma “sociedade ci&il” e outra “sociedadepolicial”% <ssa a/rma#,o > plenamente &2lida mesmo .uando se trata daPolícia Bilitar- .ue > um ser&i#o p$blico realizado na perspecti&a de umasociedade $nica- da .ual todos os sementos estatais s,o deri&ados%Portanto n,o h2- iualmente- uma “sociedade ci&il” e outra “sociedade

militar”% ? “l8ica” da 5uerra 6ria- aliada aos “anos de chumbo”- no ;rasil-> .ue se encarreou de solidi/car esses e.uí&ocos- tentando transormar apolícia- de um ser&i#o 0 cidadania- em erramenta para enrentamento do“inimio interno”% Besmo ap8s o encerramento desses anos de paran8ia-se.Felas ideol8icas persistem inde&idamente- obstaculizando- em alumas2reas- a elucida#,o da real un#,o policial%

P@GACA?G: CAD?D@ I?GA6AC?D@

JE 1 @ aente de "euran#a P$blica >- contudo- um cidad,o .uali/cado:emblematiza o <stado- em seu contato mais imediato com a popula#,o%

"endo a autoridade mais comumente encontrada tem- portanto- a miss,ode ser uma esp>cie de “porta &oz” popular do con=unto de autoridades dasdi&ersas 2reas do poder% ?l>m disso- porta a sinular permiss,o para o usoda or#a e das armas- no 4mbito da lei- o .ue lhe conere natural edestacada autoridade para a constru#,o social ou para sua de&asta#,o% @impacto sobre a &ida de indi&íduos e comunidades- exercido por essecidad,o .uali/cado >- pois- sempre um impacto extremado esimbolicamente reerencial para o bem ou para o mal1estar da sociedade%

P@GACA?G: P<D?5@5@ D? CAD?D?A?

KE 1 H2- assim- uma dimens,o peda8ica no air policial .ue- como emoutras pro/ssões de suporte p$blico- antecede as pr8prias especi/cidadesde sua especialidade%

@s paradimas contempor4neos na 2rea da educa#,o nos obriam arepensar o aente educacional de orma mais includente% o passado- essepapel esta&a reser&ado $nicamente aos pais- proessores e especialistas emeduca#,o% Ho=e > preciso incluir com primazia no rol peda8ico tamb>moutras pro/ssões irrecusa&elmente ormadoras de opini,o: m>dicos-ad&oados- =ornalistas e policiais- por exemplo%

@ policial- assim- 0 luz desses paradimas educacionais mais abranentes- >um pleno e leitimo educador% <ssa dimens,o > inabdic2&el e re&este de

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prounda nobreza a un#,o policial- .uando conscientemente explicitada

atra&>s de comportamentos e atitudes%

? ABP@TLCA? D? ?IT@1<"TAB?

P<""@?G < A"TATICA@?G

*E 1 @ reconhecimento dessa “dimens,o peda8i1ca” >- seuramente- ocaminho mais r2pido e e/caz para a recon.uista da abalada auto1estimapolicial% ote1se .ue os &ínculos de respeito e solidariedade s8 podemconstituir1se sobre uma boa base de auto1estima% ? experi3ncia prim2ria do“.uerer1se bem” > undamental para possibilitar o conhecimento de como

chear a “.uerer bem o outro”% ,o podemos &i&er para ora o .ue n,o&i&emos para dentro%

<m ní&el pessoal- > undamental .ue o cidad,o policial sinta1se moti&ado eorulhoso de sua pro/ss,o% Asso s8 > alcan#2&el 0 partir de um patamar de“sentido existen1cial”% "e a un#,o policial or es&aziada desse sentido-transormando o homem e a mulher .ue a exercem em meros cumpridoresde ordens sem um sini/cado pessoalmente assumido como ide2rio- oresultado ser2 uma auto1imaem denerida e uma baixa auto1estima%

esatar- pois- o pedaoo .ue h2 em cada policial- > permitir a

ressini/ca#,o da import4ncia social da polícia- com a conse.Fenteconsci3ncia da nobreza e da dinidade dessa miss,o%

? ele&a#,o dos padrões de auto1estima pode ser o caminho mais seuropara uma boa presta#,o de ser&i#os%

"8 respeita o outro a.uele .ue se d2 respeito a si mesmo%

P@GMCA? < N"IP<<5@O "@CA?G

E 1 <ssa “dimens,o peda8ica”- e&identemente- n,o se conunde com

“dimens,o dema8ica” e- portanto- n,o exime a polícia de sua un#,ot>cnica de inter&ir pre&enti&amente no cotidiano e repressi&amente emmomentos de crise- uma &ez .ue democracia nenhuma se sustenta sem aconten#,o do crime- sempre undado sobre uma moralidade malconstituída e hedonista- resultante de uma com1plexidade causal .ue &aido social ao psicol8ico%

?ssim como nas amílias > preciso- em “ocasiões extremas”- .ue o adultosustente- sem &acilar- limites .ue possam balizar moralmente a conduta decrian#as e =o&ens- tamb>m em ní&el macro > necess2rio .ue alumainstitui#,o se encarreue da conten#,o da sociopatia%

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? polícia >- portanto- uma esp>cie de supereo social indispens2&el em

culturas urbanas- complexas e de interesses confitantes- contenedora do8b&io caos a .ue estaríamos expostos na absurda hip8tese de suainexist3ncia% Possi&elmente por isso n,o se conhe#a nenhuma sociedadecontempor4nea .ue n,o tenha assentamento- entre outros- no poder dapolícia% Qelar- pois- dilientemente- pela seuran#a p$blica- pelo direito docidad,o de ir e &ir- de n,o ser molestado- de n,o ser sa.ueado- de terrespeitada sua interidade ísica e moral- > de&er da polícia- umcompromisso com o rol mais b2sico dos direitos humanos .ue de&em serarantidos 0 imensa maioria de cidad,os hones1tos e trabalhadores%

Para isso > .ue a polícia recebe desses mesmos cidad,os a un#,o para ouso da or#a- .uando necess2rio%

A5@ versus RA@GSCA?

)E 1 @ uso leítimo da or#a n,o se conunde- contudo- com trucul3ncia%

 A fronteira entre a força e a violência é delimi-tada, no campo formal, pela

lei, no campo racional pela necessidade técnica e, no campo moral, pelo

antagonismo que deve reger a metodologia de policiais e criminosos %

P@GACA?G versus CABA@"@:

B<T@D@G@5A?" ?T?5AC?"

UE 1 Dessa orma- mesmo ao reprimir- o policial oerece uma &isualiza#,opeda8ica- ao antaonizar1se aos procedimentos do crime%

<m termos de inconsciente coleti&o- o policial exerce un#,o educati&aar.uetípica: de&e ser “o mocinho”- com procedimentos e atitudes coerentescom a “/rmeza moralmente reta”- oposta radicalmente aos des&iosper&ersos do outro ar.u>tipo .ue se lhe contrapõe: o bandido%

?o olhar para uns e outros- > preciso .ue a sociedade perceba claramenteas dieren#as metodol8icas ou a “conus,o ar.uetípica” intensi/car2 suacrise de moralidade- incrementando a ciranda da &iol3ncia% Asso sini/ca.ue a &iol3ncia policial > eradora de mais &iol3ncia da .ual- muicomumente- o pr8prio policial torna1se a &ítima%

?o policial- portanto- n,o cabe ser cruel com os cru>is- &inati&o contra osanti1sociais- hediondo com os hediondos% ?penas estaria com isso-liberando- licenciando a sociedade para azer o mesmo- 0 partir de seupatamar de &isibilidade moral% ,o se ensina a respeitar desrespeitando-n,o se pode educar para preser&ar a &ida matando- n,o importa .uem se=a%@ policial =amais pode es.uecer .ue tamb>m o obser&a o inconscientecoleti&o%

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? NRA"A;AGAD?D< B@?GO D? P@GMCA?: ABP@TLCA? D@ <V<BPG@

+E 1 <ssa dimens,o “testemunhal”- exemplar- peda18ica- .ue o policialcarrea irrecusa&elmente >- possi&el1mente- mais marcante na &ida dapopula#,o do .ue a pr81pria inter&en#,o do educador por oício- o proessor%

<sse en!meno ocorre de&ido 0 ra&idade do mo1mento em .uenormalmente o policial encontra o cidad,o% W polícia recorre1se- como rera-em horas de railidade emocional- .ue deixam os indi&íduos ou acomunidade ortemente “abertos” ao impacto psicol8ico e moral da a#,orealizada%

Por essa raz,o > .ue uma inter&en#,o incorreta unda marcas traum2ticaspor anos ou at> pela &ida inteira- assim como a a#,o do “bom policial” ser2sempre lembrada com satisa#,o e conorto%

Curiosamente- um sini/cati&o n$mero de policiais n,o conseue percebercom clareza a enorme import4ncia .ue t3m para a sociedade- tal&ez porn,o ha&erem refetido su/cientemente a respeito dessa peculiaridade doimpacto emocional do seu air sobre a clientela% Xustamente aí reside amaior or#a peda8ica da polícia- a rande cha&e para a redescoberta deseu &alor e o resate de sua auto1estima%

Y essa mesma “&isibilidade moral” da polícia o mais orte arumento paracon&enc31la de sua “responsabilidade paternal” 7ainda .ue n,o paternalista9sobre a comunidade% Qelar pela ordem p$blica >- assim- acima de tudo- darexemplo de conduta ortemente baseada em princípios% ,o h2 exce#,o.uando tratamos de princípios- mesmo .uando est2 em .uest,o a pris,o-uarda e condu#,o de maleitores% "e o policial > capaz de transiir nosseus princípios de ci&ilidade- .uando no contato com os sociopatas- abona a&iol3ncia- contamina1se com o .ue nea- conspurca a normalidade-conunde o imain2rio popular e rebaixa1se 0 iualdade de procedimentoscom a.ueles .ue combate%

ote1se .ue a perspecti&a- a.ui- n,o > refetir do ponto de &ista da “deesado bandido”- mas da deesa da dinidade do policial%

? &iol3ncia dese.uilibra e desumaniza o su=eito- n,o importa com .ue /nsse=a cometida- e n,o restrine1se a 2reas isoladas- mas- atalmente- acabapor dominar1lhe toda a conduta% @ &iolento se d2 uma periosa permiss,ode exercício de pulsões neati&as- .ue &azam ra&emente sua censuramoral e .ue- ine&ita&elmente- &,o alastrando1se em todas as dire#ões desua &ida- de maneira incontrol2&el%

“YTAC?” C@P@?TAR? versus YTAC? CAD?D

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(E 1 <ssa consci3ncia da auto1import4ncia obria o policial a abdicar de

.ual.uer l8ica corporati&ista%

 Ter identidade com a polícia- amar a corpora#,o da .ual participa- coisasessas dese=2&eis- n,o se podem conundir- em momento alum- comacobertar pr2ticas abomin2&eis% ?o contr2rio- a &erdadeira identidadepolicial exie do su=eito um permanente zelo pela “limpeza” da institui#,oda .ual participa%

Im &erdadeiro policial- ciente de seu &alor social- ser2 o primeirointeressado no “expuro” dos maus pro/ssionais- dos corruptos- dostorturadores- dos psicopatas% "abe .ue o luar deles n,o > polícia- pois-

al>m do dano social .ue causam- pre=udicam o e.uilíbrio psicol8ico de todoo con=unto da corpora#,o e inundam os meios de co1munica#,o social comum marZetin .ue denire o esor#o her8ico de todos a.ueles outros .uecumprem corretamente sua espinhosa miss,o% Por esse moti&o- n,o est2disposto a conceder1lhes .ual.uer tipo de espa#o%

?.ui- se antaoniza a “>tica da corpora#,o” 7.ue na &erdade > a nea#,o de.ual.uer possibilidade >tica9 com a >tica da cidadania 7a.uela &oltada 0miss,o da polícia =unto a seu cliente- o cidad,o9%

@ acobertamento de pr2ticas esp$rias demonstra- ao contr2rio do .uemuitas &ezes parece- o mais absoluto desprezo pelas institui#ões policiais%uem acoberta o esp$rio permite .ue ele enxo&alhe a imaem do con=untoda institui#,o e mostra- dessa orma- n,o ter .ual.uer respeito peloambiente do .ual az parte%

CATYA@" D< "<G<[@-

P<B?SCA? < ?C@BP?H?B<T@

'\E 1 <ssa preocupa#,o de&e crescer 0 medida em .ue tenhamos clara apreer3ncia da psicopatia pelas pro/ssões de poder% Política pro/ssional-6or#as ?rmadas- Comunica#,o "ocial- Direito- Bedicina- Baist>rio e Polícias,o alumas das pro/ssões de encantada predile#,o para os psicopatas-sempre em busca do exercício li&re e sem culpas de seu poder sobreoutrem%

Pro/ssões maní/cas- de rande amplitude social- .ue aream her8is emesmo santos- s,o as mesmas .ue atraem a esc8ria- pelo alcance .ue t3m-pelo poder .ue representam%

? permiss,o para o uso da or#a- das armas- do direito a decidir sobre a &ida

e a morte- exercem irresistí&el atra#,o 0 per&ersidade- ao delírio onipotente-0 loucura articulada%

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@s processos de sele#,o de policiais de&em tornar1se cada &ez mais ríidos

no blo.ueio 0 entrada desse tipo de ente% Aualmente- > neasta a alta deum maior acompanhamento psicol8ico aos policiais =2 na ati&a%

? polícia > chamada a cuidar dos piores dramas da popula#,o e nisso resideum componente dese.uilibrador% uem cuida da polícia]

@s o&ernos- de maneira eral- estruturam pobremente os ser&i#os deatendimento psicol8ico aos policiais e apro&eitam muito mal os policiaisdiplomados nas 2reas de sa$de mental%

<&identemente- se os crit>rios de sele#,o e perman3ncia de&em tornar1se

cada &ez mais exientes- espera1se .ue o <stado cuide tamb>m de retribuircom sal2rios cada &ez mais dinos%

De .ual.uer orma- o zelo pelo respeito e a dec3ncia dos .uadros policiaisn,o cabe apenas ao <stado mas aos pr8prios policiais- os maioresinteressados em participarem de institui#ões li&res de &ícios- &alorizadassocialmente e detentoras de credibilidade hist8rica%

DA<AT@" HIB?@" D@" P@GACA?A" ^HIBAGH?[@ versus HA<?IA?

''E 1 @ e.uilíbrio psicol8ico- t,o indispens2&el na a#,o da polícia- passa

tamb>m pela sa$de emocional da pr8pria institui#,o% Besmo .ue isso n,ose =usti/.ue- sabe1mos .ue policiais maltratados internamente tendem adescontar sua aressi&idade sobre o cidad,o%

<&identemente- polícia n,o unciona sem hierar.uia% H2- contudo- claradistin#,o entre hierar.uia e humilha#,o- entre ordem e per&ersidade%

<m muitas academias de polícia 7> claro .ue n,o em todas9 os policiaisparecem ainda ser “adestrados” para aluma suposta “uerra deuerrilhas”- sendo submetidos a toda ordem de maus1tratos 7beber sanueno pesco#o da alinha- /car em p> sobre ormiueiro- ser “aoado” na

lama por superior hier2r.uico- comer ezes- s,o s8 aluns dos recentesexemplos .ue tenho colecionado 0 partir da narrati&a de amios policiais-em di&ersas partes do ;rasil9%

Por uma contamina#,o da ideoloia militar 7dia1se de passaem- presenten,o apenas nas PBs mas tamb>m em muitas polícias ci&is9- os uturospoliciais s,o- muitas &ezes- submetidos a &iolento estresse psicol8ico- a /mde ati#ar1lhes a rai&a contra o “inimio” 7ser2- nesse caso- o cidad,o]9%

<ssa permissi&idade na &iola#,o interna dos Direitos Humanos dos policiaispode dar uarida 0 a#,o de personalidades s2dicas e depra&adas- .ue usamsua autoridade superior como cobertura para o exercício de suas doen#as%

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?l>m disso- como os policiais n,o &,o lutar na extinta uerra do Rietn,- mas

atuar nas ruas das cidades- esse tipo de “orma#,o” 7deormadora9representa uma perda de tempo- eradora apenas de brutalidade- atrasot>cnico e incompet3ncia%

? &erdadeira hierar.uia s8 pode ser exercida com base na lei e na l8ica-lone- portanto- do personalismo e do autoritarismo doentios%

 @ respeito aos superiores n,o pode ser imposto na base da humilha#,o edo medo% ,o pode ha&er respeito unilateral- como n,o pode ha&er respeitosem admira#,o% ,o podemos respeitar a.ueles a .uem odiamos%

? hierar.uia > undamental para o bom unciona1mento da polícia- mas elas8 pode ser &erdadeiramente al1can#ada atra&>s do exercício da lideran#ados superiores- o .ue pressupõe pr2ticas bilaterais de respeito- compet3nciae seuimento de reras l8icas e suprapessoais%

DA<AT@" HIB?@" D@" P@GACA?A" ^HIBAGH?[@ versus HA<?IA?

'JE 1 o extremo oposto- a debilidade hier2r.uica > tamb>m um mal% Podepassar uma imaem de descaso e desordem no ser&i#o p$blico- al>m deenredar na malha conusa da burocracia toda a pr2tica policial%

? alta de uma Gei @r4nica acional para a polícia ci&il- por exemplo- podepropiciar um des&io ramentador dessa institui#,o- amparando umatend3ncia de de/ni#,o de conduta- em aluns casos- pela mera =un#,o- em“colcha de retalhos”- do con=unto das pr2ticas de suas deleacias%

<n.uanto um melhor direcionamento n,o ocorre em plano nacional- >undamental .ue os estados e institui#ões da polícia ci&il direcionemestrateicamente o processo de maneira a uni/car sob reras claras aconduta do con=unto de seus aentes- transcendendo a mera predisposi#,odos deleados localmente respons2&eis 7e superando- assim- a “ordem”ramentada- baseada na personi/ca#,o9% ?l>m do con=unto da sociedade- apr8pria polícia ci&il ser2 altamente bene/ciada- uma &ez .ue rerasob=eti&as para todos 7incluídas aí as condutas internas9 s8 podem dar maiorseuran#a e credibilidade aos .ue precisam executar t,o importante e aomesmo tempo t,o intrincado e diícil trabalho%

? 6@B?[@ D@" P@GACA?A"

'KE 1 ? supera#,o desses des&ios poderia dar1se- ao menos em parte- peloestabelecimento de um “n$cleo comum”- de conte$dos e metodoloias naorma#,o de ambas as polícias- .ue pri&ileiasse a orma#,o do =uízo moral-

as ci3ncias humanísticas e a tecnoloia como contraponto de e/c2cia 0incompet3ncia da or#a bruta%

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?.ui- de&e1se ressaltar a import4ncia das academias de Polícia Ci&il- das

escolas ormati&as de o/ciais e soldados e dos institutos superiores deensino e pes.uisa- como bases para a constru#,o da Polícia Cidad,- se=aatra&>s de suas inter&en#ões =unto aos policiais inressantes- se=a na.uali/ca#,o da.ueles .ue se encontram h2 mais tempo na ati&a% Im bomcurrículo e proessores habilitados n,o apenas nos conhecimentos t>cnicos-mas iualmente nas artes did2ticas e no relacionamento interpessoal- s,oundamentais para a era#,o de policiais .ue atuem com base na lei e naordem hier2r.uica- mas tamb>m na autonomia moral e intelectual% Dopolicial contem1por4neo- mesmo o de mais simples escal,o- se exiir2- cada&ez mais- discernimento de &alores >ticos e condu#,o r2pi1da de processos

de raciocínio na tomada de decisões%

C@CGI"@

? polícia- como institui#,o de ser&i#o 0 cidadania em uma de suasdemandas mais b2sicas ^ "euran#a P$blica ^ tem tudo para seraltamente respeitada e &alorizada%

Para tanto- precisa resatar a consci3ncia da import4ncia de seu papelsocial e- por conseuinte- a auto1estima%

<sse caminho passa pela supera#,o das se.Felas deixadas pelo períododitatorial: &elhos ran#os psicop2ticos- 0s &ezes ainda abancados no poder-contamina#,o anacr!nica pela ideoloia militar da 5uerra 6ria- cren#a de.ue a compet3ncia se alcan#a pela trucul3ncia e n,o pela t>cnica- maus1tratos internos a policiais de escalões ineriores- corporati&ismo noacobertamento de pr2ticas incompatí&eis com a nobreza da miss,o policial%

@ processo de moderniza#,o democr2tica =2 est2 instaurado e conta com aparceria de oraniza#ões como a ?nistia Anternacional 7.ue- dentro e ora do;rasil- ali2s- mant>m um not2&el .uadro de policiais a ela /liados9%

Dessa orma- o &elho paradima antaonista da "euran#a P$blica e dosDireitos Humanos precisa ser subs1tituído por um no&o- .ue exiedesacomoda#,o de ambos os campos: “"euran#a P$blica com  DireitosHumanos”%

@ policial- pela natural autoridade moral .ue porta- tem o potencial de ser omais marcante promotor dos Direitos Humanos- re&ertendo o .uadro dedescr>dito social e .uali/cando1se como um personaem central dademocracia% ?s oraniza#ões n,o1o&ernamentais .ue ainda n,odescobriram a or#a e a import4ncia do policial como aente detransorma#,o- de&em abrir1se- urentemente- a isso- sob pena de-aerradas a &elhos paradimas- perderem o concurso da a#,o impactantedesse ator social%

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Direitos Humanos- cada &ez mais- tamb>m > coisa de polícia_

 TMTIG@ AADos Direitos e 5arantias 6undamentaisC?PMTIG@ AD@" DA<AT@" < D<R<<" ADARADI?A" < C@G<TAR@"

?rt% ` Todos s,o iuais perante a lei- sem distin#,o de .ual.uer natureza-

arantindo1se aos brasileiros e aos estraneiros residentes no País ain&iolabilidade do direito 0 &ida- 0 liberdade- 0 iualdade- 0 seuran#a e 0propriedade- nos termos seuintes:

A 1 homens e mulheres s,o iuais em direitos e obria#ões- nos termos destaConstitui#,o

AA 1 ninu>m ser2 obriado a azer ou deixar de azer aluma coisa sen,o em&irtude de lei

AAA 1 ninu>m ser2 submetido a tortura nem a tratamento desumano ou

deradanteAR 1 > li&re a maniesta#,o do pensamento- sendo &edado o anonimato

R 1 > asseurado o direito de resposta- proporcional ao ara&o- al>m daindeniza#,o por dano material- moral ou 0 imaem

RA 1 > in&iol2&el a liberdade de consci3ncia e de cren#a- sendo asseurado oli&re exercício dos cultos reliiosos e arantida- na orma da lei- a prote#,oaos locais de culto e a suas liturias

RAA 1 > asseurada- nos termos da lei- a presta#,o de assist3ncia reliiosa

nas entidades ci&is e militares de interna#,o coleti&a

RAAA 1 ninu>m ser2 pri&ado de direitos por moti&o de cren#a reliiosa ou decon&ic#,o /los8/ca ou política- sal&o se as in&ocar para eximir1se deobria#,o leal a todos imposta e recusar1se a cumprir presta#,oalternati&a- /xada em lei

AV 1 > li&re a express,o da ati&idade intelectual- artística- cientí/ca e decomunica#,o- independentemente de censura ou licen#a

V 1 s,o in&iol2&eis a intimidade- a &ida pri&ada- a honra e a imaem das

pessoas- asseurado o direito a indeniza#,o pelo dano material ou moraldecorrente de sua &iola#,o

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VA 1 a casa > asilo in&iol2&el do indi&íduo- ninu>m nela podendo penetrar

sem consentimento do morador- sal&o em caso de farante delito oudesastre- ou para prestar socorro- ou- durante o dia- por determina#,o

 =udicial

VAA 1 > in&iol2&el o siilo da correspond3ncia e das comunica#õesteler2/cas- de dados e das comunica#ões tele!nicas- sal&o- no $ltimocaso- por ordem =udicial- nas hip8teses e na orma .ue a lei estabelecerpara /ns de in&estia#,o criminal ou instru#,o processual penal 7Ride Gei n`(%J()- de '(()9

VAAA 1 > li&re o exercício de .ual.uer trabalho- oício ou pro/ss,o- atendidas

as .uali/ca#ões pro/ssionais .ue a lei estabelecer

VAR 1 > asseurado a todos o acesso 0 inorma#,o e resuardado o siilo daonte- .uando necess2rio ao exercício pro/ssional

VR 1 > li&re a locomo#,o no territ8rio nacional em tempo de paz- podendo.ual.uer pessoa- nos termos da lei- nele entrar- permanecer ou dele saircom seus bens

VRA 1 todos podem reunir1se paci/camente- sem armas- em locais abertos aop$blico- independentemente de autoriza#,o- desde .ue n,o rustrem outra

reuni,o anteriormente con&ocada para o mesmo local- sendo apenasexiido pr>&io a&iso 0 autoridade competente

VRAA 1 > plena a liberdade de associa#,o para /ns lícitos- &edada a decar2ter paramilitar

VRAAA 1 a cria#,o de associa#ões e- na orma da lei- a de cooperati&asindependem de autoriza#,o- sendo &edada a interer3ncia estatal em seuuncionamento

VAV 1 as associa#ões s8 poder,o ser compulsoriamente dissol&idas ou ter

suas ati&idades suspensas por decis,o =udicial- exiindo1se- no primeirocaso- o tr4nsito em =ulado

VV 1 ninu>m poder2 ser compelido a associar1se ou a permanecerassociado

VVA 1 as entidades associati&as- .uando expressamente autorizadas- t3mleitimidade para representar seus /liados =udicial ou extra=udicialmente

VVAA 1 > arantido o direito de propriedade

VVAAA 1 a propriedade atender2 a sua un#,o social

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VVAR 1 a lei estabelecer2 o procedimento para desapropria#,o por

necessidade ou utilidade p$blica- ou por interesse social- mediante =usta epr>&ia indeniza#,o em dinheiro- ressal&ados os casos pre&istos nestaConstitui#,o

VVR 1 no caso de iminente perio p$blico- a autoridade competente poder2usar de propriedade particular- asseurada ao propriet2rio indeniza#,oulterior- se hou&er dano

VVRA 1 a pe.uena propriedade rural- assim de/nida em lei- desde .uetrabalhada pela amília- n,o ser2 ob=eto de penhora para paamento ded>bitos decorrentes de sua ati&idade produti&a- dispondo a lei sobre os

meios de /nanciar o seu desen&ol&imento

VVRAA 1 aos autores pertence o direito exclusi&o de utiliza#,o- publica#,o oureprodu#,o de suas obras- transmissí&el aos herdeiros pelo tempo .ue a lei/xar

VVRAAA 1 s,o asseurados- nos termos da lei:

a9 a prote#,o 0s participa#ões indi&iduais em obras coleti&as e 0 reprodu#,oda imaem e &oz humanas- inclusi&e nas ati&idades desporti&as

b9 o direito de /scaliza#,o do apro&eitamento econ!mico das obras .uecriarem ou de .ue participarem aos criadores- aos int>rpretes e 0srespecti&as representa#ões sindicais e associati&as

VVAV 1 a lei asseurar2 aos autores de in&entos industriais pri&il>iotempor2rio para sua utiliza#,o- bem como prote#,o 0s cria#ões industriais-0 propriedade das marcas- aos nomes de empresas e a outros sinosdistinti&os- tendo em &ista o interesse social e o desen&ol&imentotecnol8ico e econ!mico do País

VVV 1 > arantido o direito de heran#a

VVVA 1 a sucess,o de bens de estraneiros situados no País ser2 reuladapela lei brasileira em beneício do c!n=ue ou dos /lhos brasileiros- sempre.ue n,o lhes se=a mais a&or2&el a lei pessoal do de cu=us

VVVAA 1 o <stado promo&er2- na orma da lei- a deesa do consumidor

VVVAAA 1 todos t3m direito a receber dos 8r,os p$blicos inorma#ões de seuinteresse particular- ou de interesse coleti&o ou eral- .ue ser,o prestadasno prazo da lei- sob pena de responsabilidade- ressal&adas a.uelas cu=osiilo se=a imprescindí&el 0 seuran#a da sociedade e do <stado

7eulamento9

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VVVAR 1 s,o a todos asseurados- independentemente do paamento de

taxas:

a9 o direito de peti#,o aos Poderes P$blicos em deesa de direitos ou contrailealidade ou abuso de poder

b9 a obten#,o de certidões em reparti#ões p$blicas- para deesa de direitose esclarecimento de situa#ões de interesse pessoal

VVVR 1 a lei n,o excluir2 da aprecia#,o do Poder Xudici2rio les,o ou amea#aa direito

VVVRA 1 a lei n,o pre=udicar2 o direito ad.uirido- o ato =urídico pereito e acoisa =ulada

VVVRAA 1 n,o ha&er2 =uízo ou tribunal de exce#,o

VVVRAAA 1 > reconhecida a institui#,o do =$ri- com a oraniza#,o .ue lhe der alei- asseurados:

a9 a plenitude de deesa

b9 o siilo das &ota#ões

c9 a soberania dos &eredictos

d9 a compet3ncia para o =ulamento dos crimes dolosos contra a &ida

VVVAV 1 n,o h2 crime sem lei anterior .ue o de/na- nem pena sem pr>&iacomina#,o leal

VG 1 a lei penal n,o retroair2- sal&o para bene/ciar o r>u

VGA 1 a lei punir2 .ual.uer discrimina#,o atentat8ria dos direitos eliberdades undamentais

VGAA 1 a pr2tica do racismo constitui crime ina/an#2&el e imprescrití&el-su=eito 0 pena de reclus,o- nos termos da lei

VGAAA 1 a lei considerar2 crimes ina/an#2&eis e insuscetí&eis de ra#a ouanistia a pr2tica da tortura - o tr2/co ilícito de entorpecentes e droas a/ns-o terrorismo e os de/nidos como crimes hediondos- por eles respondendo osmandantes- os executores e os .ue- podendo e&it21los- se omitirem

VGAR 1 constitui crime ina/an#2&el e imprescrití&el a a#,o de ruposarmados- ci&is ou militares- contra a ordem constitucional e o <stadoDemocr2tico

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VGR 1 nenhuma pena passar2 da pessoa do condenado- podendo a

obria#,o de reparar o dano e a decreta#,o do perdimento de bens ser- nostermos da lei- estendidas aos sucessores e contra eles executadas- at> olimite do &alor do patrim!nio transerido

VGRA 1 a lei reular2 a indi&idualiza#,o da pena e adotar2- entre outras- asseuintes:

a9 pri&a#,o ou restri#,o da liberdade

b9 perda de bens

c9 multad9 presta#,o social alternati&a

e9 suspens,o ou interdi#,o de direitos

VGRAA 1 n,o ha&er2 penas:

a9 de morte- sal&o em caso de uerra declarada- nos termos do art% +*- VAV

b9 de car2ter perp>tuo

c9 de trabalhos or#adosd9 de banimento

e9 cru>is

VGRAAA 1 a pena ser2 cumprida em estabelecimentos distintos- de acordo coma natureza do delito- a idade e o sexo do apenado

VGAV 1 > asseurado aos presos o respeito 0 interidade ísica e moral

G 1 0s presidi2rias ser,o asseuradas condi#ões para .ue possam

permanecer com seus /lhos durante o período de amamenta#,o

GA 1 nenhum brasileiro ser2 extraditado- sal&o o naturalizado- em caso decrime comum- praticado antes da naturaliza#,o- ou de compro&adoen&ol&imento em tr2/co ilícito de entorpecentes e droas a/ns- na orma dalei

GAA 1 n,o ser2 concedida extradi#,o de estraneiro por crime político ou deopini,o

GAAA 1 ninu>m ser2 processado nem sentenciado sen,o pela autoridade

competente

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GAR 1 ninu>m ser2 pri&ado da liberdade ou de seus bens sem o de&ido

processo leal

GR 1 aos litiantes- em processo =udicial ou administrati&o- e aos acusadosem eral s,o asseurados o contradit8rio e ampla deesa- com os meios erecursos a ela inerentes

GRA 1 s,o inadmissí&eis- no processo- as pro&as obtidas por meios ilícitos

GRAA 1 ninu>m ser2 considerado culpado at> o tr4nsito em =ulado desenten#a penal condenat8ria

 GRAAA 1 o ci&ilmente identi/cado n,o ser2 submetido a identi/ca#,o criminal-sal&o nas hip8teses pre&istas em lei 7eulamento9%

GAV 1 ser2 admitida a#,o pri&ada nos crimes de a#,o p$blica- se esta n,o orintentada no prazo leal

GV 1 a lei s8 poder2 restrinir a publicidade dos atos processuais .uando adeesa da intimidade ou o interesse social o exiirem

GVA 1 ninu>m ser2 preso sen,o em farante delito ou por ordem escrita eundamentada de autoridade =udici2ria competente- sal&o nos casos de

transress,o militar ou crime propriamente militar- de/nidos em leiGVAA 1 a pris,o de .ual.uer pessoa e o local onde se encontre ser,ocomunicados imediatamente ao =uiz competente e 0 amília do preso ou 0pessoa por ele indicada

GVAAA 1 o preso ser2 inormado de seus direitos- entre os .uais o depermanecer calado- sendo1lhe asseurada a assist3ncia da amília e dead&oado

GVAR 1 o preso tem direito 0 identi/ca#,o dos respons2&eis por sua pris,o oupor seu interroat8rio policial

GVR 1 a pris,o ileal ser2 imediatamente relaxada pela autoridade =udici2ria

GVRA 1 ninu>m ser2 le&ado 0 pris,o ou nela mantido- .uando a lei admitir aliberdade pro&is8ria- com ou sem /an#a

GVRAA 1 n,o ha&er2 pris,o ci&il por dí&ida- sal&o a do respons2&el peloinadimplemento &olunt2rio e inescus2&el de obria#,o alimentícia e a dodeposit2rio in/el

GVRAAA 1 conceder1se12 habeas1corpus sempre .ue alu>m sorer ou se

achar amea#ado de sorer &iol3ncia ou coa#,o em sua liberdade delocomo#,o- por ilealidade ou abuso de poder

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 GVAV 1 conceder1se12 mandado de seuran#a para proteer direito lí.uido e

certo- n,o amparado por habeas1corpus ou habeas1data- .uando orespons2&el pela ilealidade ou abuso de poder or autoridade p$blica ouaente de pessoa =urídica no exercício de atribui#ões do Poder P$blico

 GVV 1 o mandado de seuran#a coleti&o pode ser impetrado por:

a9 partido político com representa#,o no Conresso acional

b9 oraniza#,o sindical- entidade de classe ou associa#,o lealmenteconstituída e em uncionamento h2 pelo menos um ano- em deesa dosinteresses de seus membros ou associados

GVVA 1 conceder1se12 mandado de in=un#,o sempre .ue a alta de normareulamentadora torne in&i2&el o exercício dos direitos e liberdadesconstitucionais e das prerroati&as inerentes 0 nacionalidade- 0 soberania e0 cidadania

GVVAA 1 conceder1se12 habeas1data:

a9 para asseurar o conhecimento de inorma#ões relati&as 0 pessoa doimpetrante- constantes de reistros ou bancos de dados de entidadeso&ernamentais ou de car2ter p$blico

b9 para a reti/ca#,o de dados- .uando n,o se pre/ra az31lo por processosiiloso- =udicial ou administrati&o

GVVAAA 1 .ual.uer cidad,o > parte leítima para propor a#,o popular .ue &isea anular ato lesi&o ao patrim!nio p$blico ou de entidade de .ue o <stadoparticipe- 0 moralidade administrati&a- ao meio ambiente e ao patrim!niohist8rico e cultural- /cando o autor- sal&o compro&ada m21>- isento decustas =udiciais e do !nus da sucumb3ncia

 GVVAR 1 o <stado prestar2 assist3ncia =urídica interal e ratuita aos .ue

compro&arem insu/ci3ncia de recursos

GVVR 1 o <stado indenizar2 o condenado por erro =udici2rio- assim como o.ue /car preso al>m do tempo /xado na senten#a

GVVRA 1 s,o ratuitos para os reconhecidamente pobres- na orma da lei:

a9 o reistro ci&il de nascimento

b9 a certid,o de 8bito

GVVRAA 1 s,o ratuitas as a#ões de habeas1corpus e habeas1data- e- na

orma da lei- os atos necess2rios ao exercício da cidadania%

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GVVRAAA a todos- no 4mbito =udicial e administrati&o- s,o asseurados a

razo2&el dura#,o do processo e os meios .ue arantam a celeridade de suatramita#,o% 7Ancluído pela <menda Constitucional n` *- de J\\*9

'` 1 ?s normas de/nidoras dos direitos e arantias undamentais t3maplica#,o imediata%

J` 1 @s direitos e arantias expressos nesta Constitui#,o n,o excluemoutros decorrentes do reime e dos princípios por ela adotados- ou dostratados internacionais em .ue a ep$blica 6ederati&a do ;rasil se=a parte%

K` @s tratados e con&en#ões internacionais sobre direitos humanos .ue

orem apro&ados- em cada Casa do Conresso acional- em dois turnos- portr3s .uintos dos &otos dos respecti&os membros- ser,o e.ui&alentes 0semendas constitucionais% 7Ancluído pela <menda Constitucional n` *- deJ\\*9  7?tos apro&ados na orma deste par2rao9

*` @ ;rasil se submete 0 =urisdi#,o de Tribunal Penal Anternacional a cu=acria#,o tenha maniestado ades,o% 7Ancluído pela <menda Constitucional n`*- de J\\*9