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M I N I S T É R I O D O S T R A N S P O R T E S – MT DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES - DNIT DIRETORIA DE PLANEJAMENTO E PESQUISA COORDENAÇÃO GERAL DE MEIO AMBIENTE
SAN Q.03 Lote A, Sala 1340, Brasília-DF, Brasil, CEP 70040-902. Tel.: (61) 315-4185
DIRETRIZES PARA PROJETOS DE ATENDIMENTO AOS POVOS INDÍGENAS AFETADOS POR EMPREENDIMENTOS
RODOVIÁRIOS
Abril/05
IPP128
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9 MINISTRO DOS TRANSPORTES Alfredo Pereira do Nascimento
9 DIRETOR-GERAL Alexandre Silveira de Oliveira
9 DIRETOR DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES TERRESTRES Hideraldo Luiz Caron
9 DIRETOR DE PLANEJAMENTO E PESQUISA Hideraldo Luiz Caron
9 COORDENAÇÃO-GERAL DE MEIO AMBIENTE Angela Maria Barbosa Parente
9 EQUIPE TÉCNICA Vanessa Rocha
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Elaboração:
Coordenação Geral de Meio Ambiente/DPP/DNIT �� Engª Angela Maria Barbosa Parente Coordenadora/CGMAB/DPP
�� Geógrafa Vanessa Rocha
Técnica CGMAB/DPP
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SUMÁRIO 1 – Apresentação ..................................................................................................(pág. 4) 2 – Introdução .......................................................................................................(pág. 5) 3 – Objetivo .........................................................................................................(pág. 6) 4 – Histórico do DNIT ...........................................................................................(pág. 6) 5 – Bases Legais...................................................................................................(pág. 7) 6 – Fundamentos do Plano de Atendimento ........................................................(pág. 9)
6.1 – Objetivo.............................................................................................(pág.9)
6.2 – Questão Fundiária............................................................................(pág. 11)
6.3 – Plano de Relacionamento.................................................................(pág. 11) 7 – Plano de Ação...................................................................... .........................(pág. 12)
7.1 – Matriz Institucional............................................................................(pág. 13) 7.2 – Cronograma de trabalho...................................................................(pág. 14) 7.3 – Orçamento........................................................................................(pág. 15) 7.4 – Fonte de Recursos...........................................................................(pág. 15) 8 – Monitoramento e Avaliação............................................................................(pág. 16)
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APRESENTAÇÃO
A manutenção da cultura e, por conseqüência, da integridade das terras
indígenas é fator fundamental para a preservação da identidade das nações indígenas.
O DNIT é responsável por centenas de empreendimentos por todo o território brasileiro
onde muitas vezes atingem terras indígenas e por isso mantém uma preocupação
constante com estas populações, manifestadas através de ações efetivas de cunho
político e administrativo, permitindo a manutenção dos terras indígenas e colaborando
para a preservação da sua identidade cultural.
Estas estão evidentes nas recomendações adotadas nestas diretrizes
para os estudos ambientais e de engenharia realizados para a análise de projetos de
rodovias situadas na área de influência de terras indígenas.
Portanto, com o intuito de dar a sua contribuição para a solução de
conflitos na questão indigna de empreendimentos rodoviários, este documento
apresenta as diretrizes e procedimentos para implantação de projeto de atendimento a
povos indígenas afetados por obras rodoviárias sob responsabilidade do
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT,
seja para obras diretas ou delegadas, buscando minimizar os impactos negativos
gerados aos povos indígenas afetados ou ainda otimizar os impactos positivos
decorrentes da implementação de projetos rodoviários.
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2. INTRODUÇÃO
O presente documento apresenta as diretrizes básicas e os
procedimentos adotados pelo DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRA-ESTRUTURA
DE TRANSPORTES – DNIT, órgão responsável pelo planejamento, construção e
manutenção em empreendimentos de transportes em projetos rodoviários que afetem
povos indígenas.
As diretrizes, aqui, propostas visam atenuar os impactos negativos
gerados pela implantação de um projeto rodoviário, bem como otimizar os possíveis
impactos positivos gerados à população indígena afetada, buscando respeitar a
legislação indigenista já instituída no país.
Dado ao caráter das obras desenvolvidas pelo DNIT, ao executá-las, o
órgão pode afetar tanto imóveis rurais, na sua maioria, quanto urbanos, e que por
serem de natureza tão diferente, devem ter tratamentos específicos.
Mas, o importante é que o fundamento dessa diretriz é baseado no
princípio da manutenção, restauração da cultura ou melhoria (quando possível) da
qualidade de vida das famílias afetadas, oferecendo a plena participação dos
indígenas atingidos em todo o processo decisório afim de garantir a defesa de
seus direitos e anseios.
Portanto, todo o elenco de ações que compõem estas diretrizes busca
atenuar os efeitos negativos quer sejam eles mensuráveis, como a perda de uma
moradia ou de terras no âmbito da faixa de domínio, quer sejam eles imensuráveis,
como a quebra das relações culturais ou da rede de apoio social ou ainda resgatar
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perdas culturais/sociais, se indicadas a partir dos estudos ambientais ou de
levantamento antropológico.
Estas diretrizes são adotadas pelo DNIT em todos os seus
empreendimentos, geridos por ele de forma direta ou em obras delegadas aos estados.
3. OBJETIVO
O objetivo deste documento é estabelecer o método e a rotina executiva a
ser adotada nos projetos e nos estudos rodoviários situados na área de influência de
terras indígenas, visando a geração de benefícios que se apresentarem concernentes
ãs necessidades dos indígenas dentro dos parâmetros legais que assistem aos seus
direitos assegurados a eles em lei. Assim, a participação garantindo o direito de serem
ouvidos e atendidos nas reivindicações que couberem às competências e atribuições
do DNIT, definidas em lei e ainda a adequação legal dos seus projetos, são apontados
aqui como os principais benefícios gerados pelas diretrizes ora apresentadas.
Os procedimentos apresentados visam evitar, e, não sendo possível,
mitigar impactos prognosticados para os povos indígenas situados na área de
influência de uma rodovia qualquer que esteja em estuda, sobretudo na faixa de
domínio. Estabelece ainda os passos a serem seguidos e a participação dos diversas
segmentos envolvidos na questão.
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4. HISTÓRICO DNIT
O Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT, foi criado
por meio da Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, e pelo Regulamento aprovado pelo
Decreto nº 4.129, de 13 de fevereiro de 2002 que cria a sua estrutura, herdando as
funções do antido DEPARTAMENTO NACIONAL DE ESTRADAS DE RODAGEM -
DNER e ainda acumulando novas atribuições.
De acordo com o Decreto nº 4.129, de 13 de fevereiro Art. 1º, o Departamento
Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - DNIT, autarquia federal criada pela Lei nº
10.233, de 5 de junho de 2001, vinculada ao Ministério dos Transportes, com
personalidade jurídica de direito público e autonomia administrativa, patrimonial e
financeira, com sede e foro na cidade de Brasília, Distrito Federal, é órgão gestor e
executor, em sua esfera de atuação, da infra-estrutura de transporte terrestre e
aquaviário integrante do Sistema Federal de Viação.
Dessa maneira, o DNIT é o órgão executor responsável pela implantação,
pavimentação, manutenção e construção de infra-estrutura de transporte, seja no
modal rodoviário, ferroviário ou hidroviário ou portuário.
O mesmo Decreto institui a Diretoria de Planejamento e Pesquisa que tem,
dentre outras, a atribuição de coordenar as pesquisas e projetos de engenharia
rodoviária, ferroviária, hidroviária e portuária, considerando, inclusive, os aspectos
relativos ao meio ambiente, sendo atribuição da Coordenação Geral de Meio Ambiente
– CGMAB, o trato das questões ambientais dos projetos e obras do DNIT, sendo esta a
unidade administrativa a responsável pelos estudos, planos e programas de apoio à
implementação dos projetos de engenharia do órgão.
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Assim, o DNIT imbuído por força de suas atribuições e responsabilidades e
apoiado por sua estrutura funcional, vem apresentar este documento como contribuição
para a implementação do Programa de Redução de Custos Logísticos em gestão
ambiental de rodovias, apoiado pelo BIRD, devendo enfocar em especial, a questão
dos projetos atendimento a povos indígenas, plano a ser elaborado pelo DNIT, de
acordo com a Política Nacional de Meio Ambiente, isto é, em conformidade com as
diretrizes do IBAMA e dos órgãos afetos às comunidades atingidas, como por
exemplo, FUNAI e ainda devendo atender as Normas e legislação do DNIT
relacionadas com atividades de desapropriação para a construção ou ampliação de
rodovias, ou ainda na mitigação de impactos negativos e maximização dos impactos
positivos provenientes das atividades rodoviárias.
5. BASES LEGAIS
A Fundação Nacional do índio (FUNAI) é o órgão do governo brasileiro
que estabelece e executa a Política lndigenista no Brasil, dando cumprimento ao que
determina a Constituição de 1988. Na prática, significa que compete à FUNAI
demarcar, assegurar e proteger as terras e os interesses indígenas, bem como
estimular o desenvolvimento de levantamentos e estudos sobre estes povos. A
Fundação tem, ainda, a responsabilidade de defender as Comunidades Indígenas, de
despertar o interesse da sociedade nacional pelos índios e suas causas, gerir o seu
patrimônio e fiscalizar as suas terras, impedindo as ações predatórias e quaisquer
outras que ocorram dentro de seus limites e que representem um risco à vida e à
preservação desses povos.
Uma Terra Indígena é uma área oficialmente reconhecida pelo órgão
indigenista (FUNAI), seja ela ou não regularizada, tradicionalmente ocupadas pelas
populações indígenas. A FUNAI é órgão único e insubstituível segundo o arcabouço
legal em vigor, sendo vedada qualquer atividade ou aproximação às áreas ou com os
povos indígenas sem sua autorização, interveniência e presença.
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A Constituição de 1988 igualmente legitimou a presença do Ministério
Público que, em qualquer processo judicial movido por eles, estando encarregado de
defendê-los judicialmente.
Outro aspecto importante que merece destaque na consideração de
atividades próximas às terras indígenas, é que tem sido aplicada também para essas
áreas, a legislação referente às unidades de conservação, em especial o Decreto N0
99.274, de 6 de Junho de 1990, que em seu artigo 27 cita textualmente:
“Nas áreas circundantes das Unidades de Conserva çao, num raio de dez quilômetros, qualquer atividade que possa afetar a biota ficará subordinada às normas editadas pelo CONAMA.”
O CONAMA (Conselho Nocional do Meio Ambiente) normatizou o
assunto definindo que todas as atividades situadas num raio de dez quilômetros das
unidades de conservação devem ser autorizados previamente pela direção da unidade
em questão.
É do entendimento geral que empreendimentos próximos (até 10km) de
áreas indígenas, também estarão submetidas ao regime especial e, como se tratam de
terras sob administração federal, devem obrigatoriamente ser licenciados sob a
responsabilidade do IBAMA, organismo federal, ouvido o Órgão Estadual de Meio
Ambiente conforme Resolução CONAMA n0. 237 de 19 de Dezembro de 1997, que
define em seu artigo 40:
Compete ao Instituto brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, órgão executor do SISNAMA, o licenciamento ambiental, a que se refere o artigo 10 da Lei n0 6.938, de 31 de Agosto de 1981, de empreendimentos e atividades com significativo impacto ambiental de âmbito nacional ou regional, a saber
- localizadas ou desenvolvidas conjuntamente no Brasil e em país limítrofe; no mar territorial; na plataforma continental; na zona econômica exclusiva; em terras indígenas ou em unidades de conservação do domínio da União”.
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6. FUNDAMENTOS DO PLANO DE ATENDIMENTO
6.1 – OBJETIVO
As diretrizes de atendimento aos povos indígenas atingidos por
empreendimentos rodoviários do DNIT tem como meta assegurar ou garantir a
manutenção dos direitos e costumes dos indivíduos afetados pelas obras, ou seja,
minimizar os impactos negativos causados sobre a vida dessas pessoas, bem como
assisti-las para que possam restaurar ou melhorar as suas atividades, condições de
moradia e vida sócio-cultural o mais rápido possível.
Dessa maneira, quando detectada a intervenção ou influência de algum
empreendimento em áreas indígenas, deve-se preparar um projeto de programa,
de acordo com os objetivos das diretrizes ora apresentadas, adequando-o à sua
metodologia, sempre informando e considerando as normas preconizadas pela
FUNAI e se atendo para os seguintes procedimentos:reconhecer reivindicações
da comunidade, mantendo sempre canais abertos de comunicação entre o
empreendedor e a comunidade, sempre assistida formalmente pela FUNAI;
respeitar os direitos humanos, não impondo-lhes condições de negociações que
impeçam os indígenas de manterem ou de recomporem a sua vida;
•
não pressionar a população visando atender ao cronograma da obra, caso haja
atraso no cronograma.
consulta ao zoneamento ecológico-econômico ou Plano Diretor que define,
localiza e delimita as áreas indígenas existentes no país;
análise da distância real entre o traçado da rodovia e as divisas da terra indígena mais
próxima, considerando os 10 km preconizados pela legislação mencionada
anteriormente;
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sempre que na área de influência da rodovia, mesmo indireta, exista uma terra
indígena, é acrescido ao Termo de Referência do estudo de impacto ambiental
um capítulo específico visando caracterizar e avaliar os possíveis impactos
nessas comunidades quando:
• a terra indígena seja atravessada pela rodovia ou situe-se no seu entorno
(entendida como um afastamento de até 10 km), deverá ser estudado um
traçado alternativo que preserve a integridade física da área indígena. O DNIT
somente poderia implantar ou recuperar uma rodovia no interior de uma Terra
Indígena mediante uma avaliação positiva ou de uma solicitação dos índios
daquela área; com a anuência da FUNAI e do Ministerio Público Federal, e com
a condição que uma parte da Terra Indígena não está sendo contestada.
• traçado da rodovia, se afaste menos que 10km dos limites da terra indígena, a
FUNAI e o Ministério Público Federal (MPF) são comunicados e iniciam-se os
entendimentos. O estudo ambiental é enviado à FUNAI. As medidas mitigadoras
e compensatórias devem se dar no âmbito dos estudos ambientais, discutidas e
acordadas entre as partes;
• a equipe dos estudos ambientais deverá contar obrigatoriamente com um
antropólogo, preferencialmente com amplo conhecimento do povo indígena
atingido. Os estudos deverão, entre outros, avaliar: (i) se um empreendimento
rodoviário irá romper ou prejudicar qualquer prática cultural tradicional às áreas
consideradas sagradas ou de importância ao estilo de vida ou de subsistência
do grupo envolvido; e (ii) se um segmento rodoviário poderá potencialmente
expor um grupo indígena a riscos de saúde, economia e outros riscos
considerados de significância pela própria população indígena ou pela FUNAI,
tais como posseiros, garimpeiros, madeireiros ou caminhoneiros.
• apresentação de Plano de Relacionamento entre a equipe técnica e de obra e os
indígenas.
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deve-se realizar reuniões participativas, com o respectivo plano de
relacionamento com as comunidades indígenas afetadas, com a presença
do antropólogo contratado, representantes da FUNAI, Ministério Público
(se necessário) e do organismo licenciador (IBAMA), momento em que
devem ser apresentadas todas as alternativas e as medidas propostas,
sendo ouvida e anotada a posição da comunidade;
• o estudo ambiental deverá registrar de forma clara a posição do povo
afetado, definindo objetivamente as medidas a serem adotadas e a época de
implantação (cronograma de implantação);
• identificar se existe passivo ambiental quanto à questão social indígena
(questão fundiária ou compensação, por exemplo), provenientes de antido
empreendimentos do DNIT;
• as reuniões com as comunidades indígenas não devem limitar a sua
participação nas audiências públicas eventualmente previstas, abrindo
possibilidade de participação efetiva por parte da comunidade;
É necessário que toda e qualquer informação seja obtida de forma muito clara,
buscando-se identificar e caracterizar as práticas e costumes culturais e religiosos para
fins de conhecimento e prevenção de possíveis transtornos com a comunidade e
facilitar a previsão de alternativas para que o empreendimento seja o menos agressivo
possível aos membros da mesma.
É importante ressaltar que essas informações tenham no máximo 2 (dois) anos a partir
da coleta e sendo necessária a suas atualizações num prazo superior.
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6.2 – QUESTÃO FUNDIÁRIA
A questão fundiária que trata especificamente da demarcação de terras dependerá das
normas da FUNAI. Ao DNIT caberá somente o assessoramento e auxílio no que tange
às informações sobre a área e os afetados pelo seu empreendimento, porém a
demarcação em si, será conduzida pela FUNAI de acordo com as suas atribuições.
A indicação da área afetada, da área remanescente, da localização das benfeitorias se
são ou não atingidas, são informações muito importantes e suas justificativas devem
estar bem claras.
6.3 – PLANO DE RELACIONAMENTO
Considerando o caráter fundamentalmente sócio-cultural do atendimento aos
indígenas, é que o DNIT, nestas diretrizes considera o intercâmbio de idéias, opiniões e
discussão sobre as soluções a serem adotadas como o elemento chave de condução
de todo o projeto.
A discussão com as comunidades afetadas, através de suas lideranças e também
diretamente, deve permear todo o projeto, em todas as suas fases. Este contato deve
ocorrer de forma permanente e freqüente, porque interrupções e distanciamento, de
tempos em tempos, por parte das autoridades corroem os entendimentos e à
credibilidade do projeto.
O Plano deve conter ainda um mecanismo que possibilite um atendimento constante
específico que mantenha um canal sempre aberto para que os indivíduos tenham
sempre a possibilidade de se expressarem e registrarem suas queixas e aspirações
que possam ser atendidas pelo respectivo projeto.
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O DNIT entende que não há como ser bem sucedido um projeto dessa natureza, se os
canais de comunicação com os afetados não forem implantados ou se estiverem
fechados ou burocratizados.
A relação entre os afetados e o órgão promotor deve ser a mais transparente possível,
de forma que a troca de informações além de esclarecer as duas partes, possa
também fundamentar as soluções a serem adotadas, e levar a um resultado positivo
dessa ação conjunta.
Portanto, ao iniciar o desenvolvimento de um projeto de atendimento a povos indígenas
afeados por empreendimentos rodoviários, é necessário que se identifique as
lideranças e organizações locais bem como seus posicionamentos e modo de vida, e
que através dessas lideranças e organizações se estabeleça um canal de comunicação
com os afetados, respeitando sempre a cultura local. Esse contato pode se dar por
meio de reuniões, palestras, questionários (quando houver comunidade alfabetizada), e
outros instrumentos que possam, propiciar o melhor contato entre o DNIT e a
população afetada.
Todas as fases do projeto devem ser amplamente informadas e discutidas com eles,
mas existem algumas mais sensíveis, que é necessário que se ressalte, são elas:
• Apresentação do Projeto - O DNIT promove reuniões com as comunidades
visando informá-las do projeto da obra, de sua importância de seus benefícios e
da ocorrência de possíveis impactos negativos, seja na fase de obra ou após a
implantação, e também informa aos presentes da mudança de tratamento que
os indígenas passaram a receber após a Constituição Brasileira de 1988, e das
novas diretrizes do órgão. Estas reuniões iniciais são importantes não só para
esclarecer à população, mas sobretudo para tranquilizá-las. A presença do
antropólogo responsável pelo estudo ambiental é imprescindível.
• Cadastramento sócio-cultural - antes de iniciar a promoção de reuniões com
os indígenas, é necessário a absorção de todas as informações apontadas no
estudo ambiental quanto à caracterização da cultura e costumes locais para
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facilitar o entendimento entre as parte. Para isso, um cadastro geral apontando
as principais peculiaridades culturais do grupo, deve ser preparado para facilitar
do trabalho.
• Traçado para implantação de rodovia, a participação da comunidade na
definição quanto à escolha do traçado no caso de implantação é imprescindível.
Após a pesquisa, identificação e estudo de viabilidade técnica e econômica das
diversas áreas é necessário consultar a comunidade quanto à escolha do
traçado. Para isto o DNIT promove reuniões quando esclarecido todas as
vantagens e desvantagens de cada alternativa, e nestas reuniões procura-se
apurar qual é a de maior agrado ou que causem menos danos ao meio
ambiente. Este fator de localização do traçado é determinante no grau de
adesão da comunidade ao projeto.
As etapas acima citadas compõem a espinha dorsal de um plano de relacionamento
com povos indígenas onde a participação comunitária e o respeito à cultura são as
cartilagens envoltórias que atenuam o atrito, facilitam e flexibilizam a viabilidade do
projeto.
7 - PLANO DE AÇÃO
Pode-se dizer que um plano de atendimento a povos indígenas nas questões
rodoviárias divide-se em três, são elas:
PARTE 1 – é a de identificação, levantamento de dados e diagnóstico é constituída
pela determinação da área afetada, pela realização do cadastro sócio-econômico
imobiliário e pelos laudos de avaliação, pela análise do perfil da população atingida,
pela legislação da população afetada. O plano de ação é constituído pela matriz
institucional, pelo cronograma, pelo orçamento e pela definição das fontes de recursos.
PARTE 2 – é a elaboração das diretrizes de atendimento de suas opções, de suas
compensações, da definição dos mecanismos de envolvimento da comunidade, etc...
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PARTE 3 – é a parte do plano de ação, que vamos nos deter mais neste capítulo e que
é constituída pela matriz institucional, pelo cronograma de trabalho, pelo orçamento e
pela definição das fontes de recursos.
Como foi dito neste capítulo apresentamos as considerações que o DNIT adota ao
elaborar um plano de atendimento a povos indígenas para seus projetos.
7.1 MATRIZ INSTITUCIONAL
Um projeto de atendimento a povos indígenas requer o desenvolvimento de atividades
de diversas naturezas, que por conseqüência, vão exigir o envolvimento de
profissionais de diversas formações, mantendo o caráter multidisciplinar que o projeto
requer.
Conforme mencionado anteriormente, o DNIT é uma autarquia federal cuja função é a
construção, manutenção e recuperação de empreendimentos de infra-estrutura de
transporte, que aqui no caso são enforcadas nas rodovias. Para isto, possui em seu
quadro, profissionais das seguintes formações: engenheiros, advogados, economistas,
administradores de empresa, topógrafos, geógrafos, geólogos, arquitetos. É importante
ressaltar que uma parte considerável de seu quadro de profissionais se dá por meio de
terceirização de serviços, conforme as suas necessidades de serviço. Especificamente
para povos indígenas, o DNIT poderá designar comissão ou equipe técnica na foorma
de terceirização ou ainda realizar concursos públicos para ter ao seu dispor,
antropólogos ou profissionais afins, com a finalidade precípua de acompanhamento e
monitoramento dos projetos em áreas indígenas.
Este quadro de recursos humanos do DNIT é importante para o desenvolvimento de
um projeto, mas não é suficiente.
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Quanto à estrutura funcional do DNIT, recomenda-se que a partir da adoção e
implantação destas diretrizes, seja acionado o setor de meio ambiente para que
responda por todo o processo de atendimento a povos indígenas promovido pelo
órgão, desde a fase de planejamento até a implantação, e que seja o articulador de
outras agências que por necessidade do projeto tenham que ser envolvidas.
Este setor deve ter um pequeno núcleo na sede do DNIT, em Brasília, mas durante o
planejamento e a implantação do projeto deverá manter um escritório de campo
próximo ao local das áreas a serem afetadas, de forma a prestar informações à
população, de maneira mais eficiente.
Este setor deve contar com profissionais de diferentes formações, mas independente,
disto estes profissionais necessitam ter boa capacidade de comunicação e gosto pelas
relações públicas de cunho mais popular.
Mas, este setor por si só não é suficiente para a implantação de todo o projeto. O
estabelecimento de convênios ou parcerias com as prefeituras locais, como FUNAI
(quando necessário), ONGs, e com a Secretarias ou departamentos de cultura, visando
o sucesso do trabalho que deve ser conjunto e transparente.
O DNIT deve locar pessoal especializado, com dedicação exclusiva ao projeto.
Enfim, além de ser o gerente executivo do projeto de atendimento aos povos indígenas,
o DNIT tem também o papel de articulador de todas as ações necessárias ao
desenvolvimento do projeto, e é o responsável final por todas as ações.
7.2 - CRONOGRAMA DE TRABALHO
O cronograma de trabalho é um instrumento de planejamento e controle das atividades.
Mas, para que funcione é necessário prever todas dificuldades e facilidades com a
maior exatidão disponível no momento de sua elaboração, porque quanto maior a
exatidão disponível, maior será o grau de confiabilidade e eficiência do mesmo.
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O cronograma de um projeto de atendimento a povos indígenas deve conter além de
todas as suas fases de trabalho, apresentar como marcos as datas de início das obras
e sua duração. Este elemento no cronograma é muito importante porque estará sempre
sinalizando qual o prazo disponível para que a área afetada esteja totalmente
desimpedida para a execução das obras.
A gerência do projeto deve se manter em contato constante com a equipe de obra de
forma que a ordem de serviços não ocorra antes da conclusão e aprovação do por
todos os entes envolvidos.
Esta atitude evita possíveis acidentes, transtornos, reclamações, enfim impactos sobre
a população, desgaste para o órgão executor. Se isto não é respeitado pode se
desencadear
ações de embargo de obras proposto por comunidades que se sintam lesadas e
intervenção do Ministério Público e FUNAI, podendo haver paralisação de obras,
multas e outras sanções penais o que geram imenso prejuízo a todos.
Portanto, são dois os cuidados do DNIT ao elaborar um cronograma de projeto de
atendimento a povoa indígenas: o de prever todas as etapas e suas dificuldades de
desenvolvimento e o compatibilizá-lo com a obra do programa a ser desenvolvido, além
de prever os possíveis atrasos.
Após a conclusão das obras deve-se prever também os impactos sócio- culturais
advindos da operação da rodovia, apontando recomendações e alternativas para a
manutenção da cultura da comunidade atingida.
7.3 - ORÇAMENTO
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O DNIT ao elaborar o orçamento do projeto de atendimento a povos indígenas
considera o seguintes itens:
Custos gerais:
• Elaboração de estudo antropológico no estudo ambiental;
• Plano de Desenvolvimento;
• Elaboração do cadastro sócio-cultural;
• Plano de Relacionamento;
• Apoio jurídico na questão indígena;
• Despesas com a equipe do programa;
• Despesas decorrentes de convênios ou parcerias com entidades;
• Custas judiciais quando necessárias.
Portanto, feito à apropriação de cada um dos itens acima descrito da forma mais real e
detalhada possível tem-se o orçamento do projeto.
É importante ressaltar que a disponibilidade dos recursos financeiros dentro das datas
previstas é fundamental ao bom andamento do programa, e é imprescindível
disponibilidade de recursos quando da fase de elaboração e negociação do projeto,
porque uma vez encerrada a negociação amigável ou judicial, o projeto deverá prever e
se adequar a todo o cronograma previsto para a execução das obras
7.4 - FONTE DE RECURSOS
O quadro fonte de recursos é outro elemento de planejamento e controle do projeto de
atendimento aos indígenas.
É necessário ter conhecimento da origem dos recursos para que se possa planejar e
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controlar o desenvolvimento do projeto. O projeto de engenharia e as obras podem ser
realizados apenas com recursos do DNIT, mas também podem receber recursos
federais, internacionais. Daí torna-se importante conhecer a participação de cada
agente e quais as formas e mecanismos de liberação de cada entidade. No caso do
Programa de Reabilitação de Rodovias do órgão financiado responsável, os recursos
devem estar previstos no âmbito dos quantitativos de custos dos projetos
contemplados pelo Programa.
Portanto, matriz institucional, cronograma de trabalho, orçamento e fonte de recursos
são informações interdependentes e que no seu conjunto formam o plano de ação do
projeto de atendimento a povos indígenas a ser implantado, quando necessário e
dentro das possibilidades de cada projeto.
8. MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
• O monitoramento que servirá de instrumento de avaliação em todas as etapas
do projeto que deve ocorrer em 3 momentos distintos: antes do início das
negociações, ou seja, na fase de estudos do projeto de engenharia e
ambientais, durante as negociações e logo após a finalização das obras do
empreendimento, de forma a retratar as 3 realidades.
O monitoramento tem os seguintes objetivos:
• observar se as ações do projeto estão sendo desenvolvidas dentro dos
conceitos básicos e, caso venha ser detectados distorções, propor correções de
rumo;
• detectar entraves e oportunidades para implantações das ações, indicando, em
tempo hábil, as soluções para superação das primeiras e otimização das
segundas;
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• avaliar os efeitos do projeto sobre a população afetada, considerando, para isto,
os momentos antes, durante e depois do projeto, bem como os diagnósticos e
prognósticos realizados na fase de estudos;
• formar um banco de dados, de forma que esta experiência venha a servir de
referência a futuros projetos;
• O processo de monitoramento proposto pelo DNIT pode ser realizado por uma
equipe inter-disciplinar não envolvida diretamente no processo de
desapropriação, de forma que a mesma tenha condições de observá-lo e critica-
lo.
De qualquer maneira, o trabalho desta equipe deverá ter sempre como
indicador a adequação à legislação e não geração de conflitos ou suas soluções
na eminência de existir, verificando o atendimento das solicitações dos
indígenas de forma direta ou por intermédio da FUNAI, na função de seu tutor
legal.
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