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Informativo 3 - Página 0 - Ano 2014 ORIENTAÇÃO DIRF – Normas para Apresentação Verifique os procedimentos para entrega da Dirf 2014 A obrigação acessória referente à Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), entregue anualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), contém informações dos rendimentos pagos a pessoas físicas domiciliadas no País, inclusive os isentos e não tributáveis; do valor do Imposto de Renda e/ou contribuições retidos na fonte, sobre rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários; do pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero; e dos pagamentos a plano de assistência à saúde, modalidade coletivo empresarial, do empregado beneficiário. Examinamos nesta Orientação as normas gerais de apresentação da Dirf 2014, referente ao ano-calendário de 2013, que deverá ser entregue à RFB até o dia 28-2-2014. 1. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃO A Dirf deve ser apresentada pelas seguintes pessoas que pagaram ou creditaram rendimentos com retenção do Imposto de Renda na fonte, ainda que em um único mês, no ano-calendário de 2013: a) estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, inclusive as imunes ou isentas; b) pessoas jurídicas de direito público, inclusive os fundos públicos; c) filiais, sucursais ou representações de pessoas jurídicas com sede no exterior; d) empresas individuais; e) caixas, associações e organizações sindicais de empregados e empregadores; f) titulares de serviços notariais e de registro; g) condomínios de edifícios; h) pessoas físicas; i) instituições administradoras ou intermediadoras de fundos ou clubes de investimentos; j) órgãos gestores de mão de obra do trabalho portuário; k) candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes; e l) comitês financeiros dos partidos políticos. 1.1. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES Ficam também obrigadas à apresentação da Dirf as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, ainda que em um único mês do ano-calendário a que se referir a Declaração, da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para o PIS/Pasep sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas de direito privado, na forma dos artigos 30, 33 e 34 da Lei 10.833/2003. Da mesma forma, deverão apresentar a Dirf as pessoas jurídicas fabricantes de máquinas e veículos classificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01, 87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06 da Tipi, bem como as fabricantes de peças, componentes ou conjuntos destinados a estes produtos, que efetuaram a retenção na fonte do PIS/Pasep e da Cofins nos pagamentos à pessoa jurídica pela aquisição de autopeças constantes dos Anexos I e II da Lei 10.485/2002 (exceto pneumáticos). 1.2. BENEFICIÁRIOS DOMICILIADOS NO EXTERIOR Também estão obrigadas à entrega da Dirf as pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no País que efetuarem pagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior, ainda que não tenha havido a retenção do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero, de valores referentes a: a) aplicações em fundos de investimento de conversão de débitos externos; b) royalties e assistência técnica; c) juros e comissões em geral; d) juros sobre o capital próprio; e) aluguel e arrendamento; f) aplicações financeiras em fundos ou em entidades de investimento coletivo; . . .

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Informativo 3 - Página 0 - Ano 2014

ORIENTAÇÃO

DIRF – Normas para Apresentação

Verifique os procedimentos para entrega da Dirf 2014

A obrigação acessória referente à Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte (Dirf), entregueanualmente à Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), contém informações dos rendimentos pagos apessoas físicas domiciliadas no País, inclusive os isentos e não tributáveis; do valor do Imposto de Rendae/ou contribuições retidos na fonte, sobre rendimentos pagos ou creditados para seus beneficiários; dopagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior, ainda que nãotenha havido a retenção do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero; e dos pagamentos aplano de assistência à saúde, modalidade coletivo empresarial, do empregado beneficiário.Examinamos nesta Orientação as normas gerais de apresentação da Dirf 2014, referente ao ano-calendáriode 2013, que deverá ser entregue à RFB até o dia 28-2-2014.

1. OBRIGATORIEDADE DE APRESENTAÇÃOA Dirf deve ser apresentada pelas seguintes pessoas que pagaram ou creditaram rendimentos com retençãodo Imposto de Renda na fonte, ainda que em um único mês, no ano-calendário de 2013:a) estabelecimentos matrizes de pessoas jurídicas de direito privado domiciliadas no Brasil, inclusive asimunes ou isentas;b) pessoas jurídicas de direito público, inclusive os fundos públicos;c) filiais, sucursais ou representações de pessoas jurídicas com sede no exterior;d) empresas individuais;e) caixas, associações e organizações sindicais de empregados e empregadores;f) titulares de serviços notariais e de registro;g) condomínios de edifícios;h) pessoas físicas;i) instituições administradoras ou intermediadoras de fundos ou clubes de investimentos;j) órgãos gestores de mão de obra do trabalho portuário;k) candidatos a cargos eletivos, inclusive vices e suplentes; el) comitês financeiros dos partidos políticos.

1.1. RETENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕESFicam também obrigadas à apresentação da Dirf as pessoas jurídicas que tenham efetuado retenção, aindaque em um único mês do ano-calendário a que se referir a Declaração, da Contribuição Social sobre o LucroLíquido (CSLL), da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e da Contribuição para oPIS/Pasep sobre pagamentos efetuados a outras pessoas jurídicas de direito privado, na forma dos artigos30, 33 e 34 da Lei 10.833/2003.Da mesma forma, deverão apresentar a Dirf as pessoas jurídicas fabricantes de máquinas e veículosclassificados nos códigos 84.29, 8432.40.00, 8432.80.00, 8433.20, 8433.30.00, 8433.40.00, 8433.5, 87.01,87.02, 87.03, 87.04, 87.05 e 87.06 da Tipi, bem como as fabricantes de peças, componentes ou conjuntosdestinados a estes produtos, que efetuaram a retenção na fonte do PIS/Pasep e da Cofins nos pagamentosà pessoa jurídica pela aquisição de autopeças constantes dos Anexos I e II da Lei 10.485/2002 (excetopneumáticos).

1.2. BENEFICIÁRIOS DOMICILIADOS NO EXTERIORTambém estão obrigadas à entrega da Dirf as pessoas físicas e jurídicas domiciliadas no País que efetuarempagamento, crédito, entrega, emprego ou remessa a residentes ou domiciliados no exterior, ainda que nãotenha havido a retenção do imposto, inclusive nos casos de isenção ou alíquota zero, de valores referentesa:a) aplicações em fundos de investimento de conversão de débitos externos;b) royalties e assistência técnica;c) juros e comissões em geral;d) juros sobre o capital próprio;e) aluguel e arrendamento;f) aplicações financeiras em fundos ou em entidades de investimento coletivo;

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g) carteiras de valores mobiliários e mercados de renda fixa ou renda variável;h) fretes internacionais;i) previdência privada;j) remuneração de direitos;k) obras audiovisuais, cinematográficas e videofônicas;m) lucros e dividendos distribuídos;n) cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País, em viagens de turismo,negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;o) rendimentos de que trata o artigo 1º do Decreto 6.761/2009, que tiveram a alíquota do Imposto de Rendareduzida a zero, relativos a:– despesas com pesquisas de mercado, bem como com aluguéis e arrendamentos de estandes e locaispara exposições, feiras e conclaves semelhantes, no exterior, inclusive promoção e propaganda no âmbitodesses eventos, para produtos e serviços brasileiros e para promoção de destinos turísticos brasileiros;– contratação de serviços destinados à promoção do Brasil no exterior por órgãos do Poder ExecutivoFederal;– comissões pagas por exportadores a seus agentes no exterior;– despesas de armazenagem, movimentação e transporte de carga e de emissão de documentos realizadasno exterior;– operações de cobertura de riscos de variações, no mercado internacional, de taxas de juros, de paridadeentre moedas e de preços de mercadorias (hedge);– juros de desconto, no exterior, de cambiais de exportação e as comissões de banqueiros inerentes aessas cambiais;– juros e comissões relativos a créditos obtidos no exterior e destinados ao financiamento de exportações; e– outros rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentes ou domiciliadosno exterior, com alíquota do Imposto de Renda reduzida a zero; ep) demais rendimentos considerados como renda e proventos de qualquer natureza, na forma da legislaçãoespecífica.

1.3. APRESENTAÇÃO POR ÓRGÃOS OU ENTIDADES FEDERAISOs órgãos e entidades a seguir relacionados deverão apresentar a Dirf com informações sobre a retenção doIR bem como as relativas à retenção de contribuições sobre os pagamentos efetuados a pessoas jurídicaspelo fornecimento de bens ou prestação de serviços:a) os órgãos públicos, as autarquias e as fundações da administração pública federal;b) as empresas públicas;c) as sociedades de economia mista; ed) demais entidades de cujo capital social sujeito a voto, a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria,e que recebam recursos do Tesouro Nacional e estejam obrigadas a registrar a sua execução orçamentáriae financeira no Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (Siafi).

1.4. SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROSNo caso de serviços notariais e de registros (cartórios), a Dirf deverá ser apresentada:a) em nome e mediante o CNPJ da fonte pagadora, no caso dos serviços mantidos diretamente pelo Estado;eb) nos respectivos nomes e CPF, pelos notários, tabeliães ou oficiais de registro, nos demais casos.

1.5. ENTIDADES LIGADAS ÀS COPAS DAS CONFEDERAÇÕES E DO MUNDOAinda que os rendimentos pagos no ano-calendário não tenham sofrido retenção do imposto, estão tambémobrigadas a apresentar a Dirf 2014 as seguintes pessoas jurídicas:a) as bases temporárias de negócios no País, instaladas pela Fifa, pela Emissora Fonte da Fifa e pelosPrestadores de Serviços da Fifa;b) a subsidiária Fifa no Brasil;c) a Emissora Fonte domiciliada no Brasil; ed) o Comitê Organizador Local (LOC).

2. DISPENSA DE APRESENTAÇÃO DA DIRFO MEI (Microempreendedor Individual), nos termos da Lei Complementar 123/2006, que tenha efetuadopagamentos sujeitos ao IR/Fonte, exclusivamente a título de comissões e corretagens relativas àadministração de cartões de crédito, fica dispensado de apresentar a Dirf, desde que sua receita bruta noano-calendário anterior não exceda R$ 60.000,00.Considera-se como MEI, para os efeitos da LC 123/2006, artigo 18-A, alterado pela Lei Complementar139/2011, o empresário individual que exerce profissionalmente atividade econômica organizada para aprodução ou a circulação de bens ou de serviços, que, além do limite mencionado de receita bruta, sejaoptante pelo Simples Nacional e não esteja impedido de efetuar o recolhimento de impostos e contribuiçõesem valores fixos mensais (Simei).

3. PROGRAMA GERADOR DA DIRFA Dirf deverá ser preenchida por computador através do programa gerador utilizável em equipamentos dalinha PC ou compatíveis com sistema operacional Windows e encontra-se à disposição dos declarantes nainternet, no endereço http://www.receita.fazenda.gov.br.O programa permite, além da digitação, a importação e análise dos dados de arquivo texto gerado pelo

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declarante, de acordo com o leiaute definido pela RFB através do Ato Declaratório Executivo 82 Cofis/2013.O arquivo de texto importado que vier a sofrer qualquer tipo de alteração deverá ser novamente submetido aoprograma gerador da Dirf.Também é possível importar dados de declarações gravadas nos programas geradores Dirf2013 e Dirf2014.

3.1. UTILIZAÇÃO DO PROGRAMAO programa gerador Dirf 2014, aprovado pela Instrução Normativa 1.438 RFB/2014, deve ser utilizado:a) para o preenchimento das declarações referentes ao ano-calendário de 2013b) para as declarações do ano-calendário de 2014:– nas situações de extinção de pessoa jurídica decorrente de liquidação, incorporação, fusão ou cisão total;e– pela pessoa física, nos casos de encerramento de espólio e de saída definitiva do País.

3.2. COMPROVANTE DE RENDIMENTOSO programa gerador permite também a emissão individual ou de todos os Comprovantes de Rendimentosdos beneficiários cujos dados tenham sido informados na Dirf.

4. MEIO DE APRESENTAÇÃOA Dirf deverá ser apresentada exclusivamente pela internet, através do programa Receitanet, disponível napágina da Receita Federal na internet, independentemente da quantidade de registros ou do tamanho doarquivo.Vale ressaltar que, durante a transmissão de dados, a Dirf será submetida a validações que poderão impedira sua entrega.

4.1. RECIBO DE ENTREGAAo transmitir a Dirf pela internet, o recibo de entrega será gravado em disco removível, unidade de rede, ouno disco rígido, desde que o arquivo a ser recepcionado seja validado, sem erros.

4.1.1. Assinatura DigitalPara transmissão da Dirf das pessoas jurídicas é obrigatória a assinatura digital da declaração, medianteutilização de certificado digital válido. Considera-se válido o certificado digital que não tenha sido revogado,que esteja dentro de seu prazo de validade e seja emitido no âmbito da Infraestrutura de Chaves PúblicasBrasileira (ICP-Brasil), conforme a legislação pertinente.A apresentação da Dirf com certificado digital possibilitará o acompanhamento do processamento dadeclaração por intermédio do e-CAC (Centro Virtual de Atendimento ao Contribuinte), disponível na página daRFB na internet.

Dispensa do Certificado DigitalA apresentação da Dirf sem a utilização de certificado digital somente será permitida para as pessoasjurídicas optantes pelo Simples Nacional.

4.1.2. Extrato do Processamento O declarante poderá consultar o resultado do processamento da Dirf, após sete dias da data da entrega,acessando o endereço http://www.receita.fazenda.gov.br, mediante certificado digital ou, conforme o caso,informando o código do acesso (CPF/CNPJ e número do recibo de entrega), obtendo como retorno asseguintes classificações:a) Em Processamento, identificando que a declaração foi entregue e que o processamento ainda estásendo realizado;b) Aceita, indicando que o processamento da declaração foi encerrado com sucesso;c) Rejeitada, indicando que durante o processamento foram detectados erros e que a declaração deve serretificada;d) Retificada, indicando que a declaração foi substituída integralmente por outra; oue) Cancelada, indicando que a declaração foi cancelada, encerrando todos os seus efeitos legais.Ao término do processamento, será disponibilizado extrato contendo resumo da declaração entregue.A opção de consulta ao resultado do processamento encontra-se disponível para os anos-calendário de 1999a 2013 e 2014, nos casos de extinção, encerramento de espólio ou saída definitiva do País.

5. PRAZO DE ENTREGA A Dirf deverá ser entregue nos seguintes prazos:a) até as 23h59min59s (horário de Brasília) do dia 28-2-2014, quando relativa ao ano-calendário 2013;b) até o último dia útil de março de 2014, no caso de eventos de extinção decorrente de liquidação, cisãototal, fusão ou incorporação ocorridos no mês de janeiro/2014;c) até o último dia útil do mês subsequente ao da ocorrência do evento, nos casos de extinção decorrentede liquidação, incorporação, fusão ou cisão total, ocorridos nos meses de fevereiro a dezembro do ano-calendário 2014;d) no caso de saída definitiva do País, no ano-calendário de 2014, da fonte pagadora pessoa física:– até a data da saída em caráter permanente; ou– até 30 dias contados da data em que o declarante completar 12 meses consecutivos de ausência, no casode saída do País em caráter temporário;

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e) tratando-se de encerramento de espólio no ano-calendário de 2014, a declaração deverá ser entregue atéo último dia útil do mês subsequente ao encerramento do espólio ou até o último dia útil do mês de marçode 2014, quando o encerramento se der no mês de janeiro de 2014.

Conceito de Data de ExtinçãoConsidera-se data da extinção, a data:a) de deliberação entre seus membros, nos casos de incorporação, fusão e cisão total;b) da sentença de encerramento, no caso de falência;c) da publicação, no Diário Oficial da União, do ato de encerramento da liquidação, no caso de liquidaçãoextrajudicial promovida pelo Banco Central em instituições financeiras;d) de expiração do prazo estipulado no contrato, no caso de extinção de sociedades com data prevista nocontrato social;e) do registro de ato extintivo no órgão competente, nos demais casos;f) do arquivamento da decisão de cancelamento de registro pela Junta Comercial, nos termos da legislaçãopertinente.

5.1. PRAZO EXCEPCIONALPara os sujeitos passivos domiciliados nos municípios abrangidos por decreto estadual que tenha declaradoestado de calamidade pública, os prazos de cumprimento de obrigações acessórias, como a Dirf, serãoprorrogados para o último dia útil do 3º mês subsequente ao dos meses em que antes eram exigíveis. Estecritério se aplica ao mês da ocorrência do evento que ensejou a decretação do estado de calamidade públicae ao mês subsequente.

6. INFORMAÇÕES A SEREM PRESTADAS Na Dirf deverão ser informados os rendimentos tributáveis, ou isentos de declaração obrigatória, pagos oucreditados no País, e os rendimentos pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos a residentesou domiciliados no exterior, em seu próprio nome ou na qualidade de representante de terceiros, inclusivenos casos de isenção e de alíquota zero, bem como o respectivo Imposto de Renda ou contribuições retidosna fonte, especificados na Tabela de Códigos de Receitas constante do programa gerador da declaração.Deverão ser informados na Dirf os rendimentos tributáveis em relação aos quais tenha havido depósitojudicial do imposto ou contribuições ou que, mediante concessão de medida liminar ou de tutela antecipada,nos termos do artigo 151 do CTN – Código Tributário Nacional, não tenha havido retenção do Imposto deRenda ou contribuição na fonte. Neste caso, os rendimentos sujeitos ao ajuste na Declaração Anual pagos abeneficiário pessoa física deverão ser informados discriminadamente.

Juros sobre o Capital PróprioFica dispensada a informação de rendimentos correspondentes a juros pagos ou creditadosindividualizadamente a titular, sócios ou acionistas, decorrente de remuneração do capital próprio, cujoIR/Fonte, relativo ao código de arrecadação 5706, no ano-calendário, tenha sido igual ou inferior a R$ 10,00.

Prêmios em DinheiroTambém fica dispensada a informação de beneficiário de prêmios em dinheiro obtidos em loterias, mesmoas de finalidade assistencial, inclusive as exploradas diretamente pelo Estado, concursos desportivos emgeral, compreendidos os de turfe e sorteios de qualquer espécie, exclusive os de antecipação nos títulos decapitalização e os de amortização e resgate das ações das sociedades anônimas e os prêmios emconcurso de prognósticos desportivos, a que se refere o artigo 14 da Lei 4.506/64, incorporado ao artigo 676do Regulamento do Imposto de Renda, cujo valor seja inferior ao limite de isenção da Tabela Progressivamensal do Imposto sobre a Renda da pessoa física.

6.1. RENDIMENTOS SEM RETENÇÃOA Dirf, para as pessoas obrigadas a sua apresentação, conterá informação, ainda que não tenham sofridoretenção do Imposto de Renda, de todos os beneficiários de rendimentos:a) do trabalho assalariado quando o valor pago durante o ano-calendário for igual ou superior a R$ 25.661,70,inclusive o 13º salário, observado o disposto no subitem 6.1.5;b) do trabalho não assalariado, de aluguéis e de royalties, acima de R$ 6.000,00, pagos durante o ano-calendário, observado o disposto no subitem 6.1.5;c) de previdência privada e de planos de seguros de vida com cláusula de cobertura por sobrevivência (VGBL– Vida Gerador de Benefício Livre), pagos durante o ano-calendário.Na hipótese da letra “a” deste subitem, se o empregado for beneficiário de plano privado de assistência àsaúde, na modalidade coletivo empresarial, contratado pela fonte pagadora, deverão ser informados os totaisanuais correspondentes à participação financeira do empregado no pagamento do plano de saúde,discriminando as parcelas correspondentes ao beneficiário titular e as correspondentes a cada dependente.

6.1.1. Rendimentos de Domiciliados no ExteriorA Dirf deve conter todos os beneficiários de rendimentos residentes ou domiciliados no exterior, inclusive noscasos de isenção e de alíquota zero. Haverá dispensa dessa informação se o valor total anual dosrendimentos foi inferior a R$ 25.661,70, observado o disposto no subitem 6.1.5, bem como do respectivoIR/Fonte.

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6.1.2. Pensões e AposentadoriasDeverão ser informados na Dirf todos os beneficiários de rendimentos de:a) pensão, pagos com isenção do IR/Fonte quando o beneficiário for portador de fibrose cística(mucoviscidose), tuberculose ativa, alienação mental, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira,hanseníase, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartroseanquilosante, nefropatia grave, hepatopatia grave, estados avançados da doença de Paget (osteítedeformante), contaminação por radiação ou síndrome da imunodeficiência adquirida, exceto a decorrente demoléstia profissional, regularmente comprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União,dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios; b) aposentadoria ou reforma, pagos com isenção do IR/Fonte, desde que motivada por acidente em serviço,ou que o beneficiário seja portador de doenças graves relacionadas na letra “a” deste subitem, regularmentecomprovada por laudo pericial emitido por serviço médico oficial da União, estados, Distrito Federal oumunicípios.Em relação às letras “a” e “b” deverá ser observado o seguinte:– se a totalidade dos rendimentos pagos, no ano-calendário a que se referir a Dirf corresponderexclusivamente a pensão, aposentadoria ou reforma isentos por moléstia grave, deverão ser obrigatoriamenteinformados os beneficiários cujo total anual dos rendimentos for igual ou superior a R$ 76.985,10, incluindo-se o 13º Salário;– se, no mesmo ano-calendário, foram pagos ao portador de moléstia grave, além dos rendimentos isentos,rendimentos que sofreram tributação do IR/Fonte, seja em decorrência da data do laudo que comprova amoléstia, seja em função da natureza do rendimento pago, o beneficiário deve ser informado na Dirf, comtodos os rendimentos pagos ou creditados pela fonte pagadora, independentemente do valor mínimo anual.

6.1.3. Lucros e DividendosDeverão ser informados na Dirf, os dividendos e lucros pagos a partir de 1996 e os valores pagos a titular ousócio de microempresa ou empresa de pequeno porte, exceto pró-labore e aluguéis, quando o valor totalanual pago for igual ou superior a R$ 76.985,10, observado o disposto no subitem 6.1.5.

6.1.4. Cobertura de Gastos Pessoais no Exterior Deverão ser informados na Dirf os beneficiários de rendimentos remetidos, por pessoas físicas e jurídicasdomiciliadas no País, para cobertura de gastos pessoais, no exterior, de pessoas físicas residentes no País,em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais. Fica dispensada a inclusão dosrendimentos cujo valor total anual tenha sido inferior a R$ 25.661,70, observado o disposto no subitem 6.1.5,bem como do respectivo IR/Fonte.

6.1.5. Pessoas Jurídicas Ligadas às Copas da FifaConstarão da Dirf a ser entregue pelas entidades ligadas a realização dos eventos da Copa dasConfederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014, os rendimentos:a) decorrentes do pagamento dos benefícios indiretos e reembolso de despesas recebidos por Voluntário daFifa, da Subsidiária Fifa no Brasil ou do LOC, inclusive os rendimentos isentos;b) do trabalho assalariado, pagos ou creditados pelas Subsidiárias Fifa no Brasil, por Emissora Fontepessoa jurídica domiciliada no Brasil, pelos Prestadores de Serviços da Fifa e pelo LOC; ec) isentos do Imposto de Renda pagos, creditados, empregados, entregues ou remetidos pela Fifa, porSubsidiária Fifa no Brasil, Emissoras Fonte da Fifa e Prestadores de Serviços da Fifa, para:– pessoas físicas, não residentes no País, empregadas ou de outra forma contratadas para trabalhar deforma pessoal e direta na organização ou realização dos eventos, que ingressarem no País com vistotemporário; e – os árbitros, jogadores de futebol e outros membros das delegações, exclusivamente no que concerne aopagamento de prêmios relacionados aos eventos.Não serão aplicados os limites de dispensa de que tratam os subitens 6.1 a 6.1.4 no caso de pagamentoefetuado por pessoas jurídicas ligadas a realização dos eventos da Copa das Confederações de 2013 e daCopa do Mundo de 2014.

6.2. BENEFICIÁRIOS PESSOAS FÍSICASEm relação ao beneficiário pessoa física, a Dirf conterá as seguintes informações:a) nome e número de inscrição no CPF – Cadastro de Pessoas Físicas;b) em relação aos rendimentos tributáveis:– os valores pagos durante o ano-calendário, discriminados por mês de pagamento e por código de retenção,que sofreram retenção do IR/Fonte, ou não sofreram retenção, desde que nas condições e limitesconstantes do item 6, no que se refere aos juros sobre o capital próprio e aos prêmios em dinheiro, e dossubitens 6.1, letras “a” e “b”, 6.1.2 e 6.1.3;– os valores das deduções, separadamente conforme se refiram à previdência oficial, previdência privada eFapi – Fundo de Aposentadoria Programada Individual, dependentes e pensão alimentícia; e– o respectivo valor do Imposto de Renda retido na fonte;– a informação da quantidade de meses utilizada para a apuração do IR/Fonte sobre rendimentos pagosacumuladamente e relativos a anos-calendário anteriores ao do pagamento, decorrentes de aposentadoria,pensão, transferência para a reserva remunerada ou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dosestados, do Distrito Federal e dos municípios ou ainda provenientes do trabalho, inclusive aqueles oriundosdas decisões das Justiças do Trabalho, Federal, Estaduais e do Distrito Federal, de que trata o artigo 12-Ada Lei 7.713/88;

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c) em relação aos rendimentos pagos que não sofreram retenção do Imposto de Renda na fonte ou sofreramretenção sem o correspondente recolhimento, em virtude de depósito judicial do imposto ou concessão demedida liminar ou tutela antecipada, nos termos do artigo 151 do Código Tributário Nacional:– os valores dos rendimentos pagos durante o ano-calendário, discriminados por mês de pagamento e porcódigo de retenção, mesmo que a retenção do imposto não tenha sido efetuada;– os valores das deduções, discriminadas de acordo com o mencionado na letra “b” deste subitem;– o valor do Imposto de Renda que deixou de ser retido;– o valor do Imposto de Renda retido na fonte depositado judicialmente;d) relativamente à compensação de imposto retido na fonte com imposto retido no próprio ano-calendário ouem anos anteriores, em cumprimento de decisão judicial, deverá ser informado:– no campo “Imposto Retido” do quadro “Rendimentos Tributáveis”, nos meses da compensação, o valor daretenção mensal diminuído do valor compensado;– nos campos “Imposto do Ano-Calendário” e “Imposto de Anos Anteriores” do quadro “Compensação porDecisão Judicial”, nos meses da compensação, o valor compensado do Imposto de Renda retido na fontecorrespondente ao ano-calendário ou a anos anteriores;– no campo referente ao mês cujo valor do imposto retido foi utilizado para compensação, o valorefetivamente retido diminuído do valor compensado.e) relativamente aos rendimentos isentos e não tributáveis:– a parcela isenta de aposentadoria para maiores de 65 anos, inclusive o 13º Salário da parcela isenta;– o valor de diárias e ajuda de custo;– os valores dos rendimentos pagos e das deduções com previdência oficial e pensão alimentícia, quedeverão ser informados separadamente, conforme sejam, pensão, aposentadoria ou reforma por moléstiagrave ou acidente em serviço;– os valores de lucros e dividendos pagos ou creditados a partir de 1996, observado o limite estabelecidosubitem 6.1.3;– os valores dos rendimentos pagos ou creditados a titular ou sócio de microempresa ou empresa depequeno porte, exceto pró-labore e aluguéis, observado o limite estabelecido no subitem 6.1.3;– os valores das indenizações por rescisão de contrato de trabalho, inclusive a título de Plano de DemissãoVoluntária (PDV), desde que o total anual dos rendimentos pagos seja igual ou superior a R$ 76.985,10;– os valores do abono pecuniário;– os valores pagos, creditados, entregues, empregados ou remetidos para pessoa física ou jurídica residenteou domiciliada no exterior, destinados à cobertura de gastos pessoais no exterior, de pessoas físicasresidentes no País, em viagens de turismo, negócios, serviço, treinamento ou missões oficiais;– os valores das bolsas de estudo pagos ou creditados aos médicos-residentes, nos termos da Lei 6.932/81;– os valores dos benefícios indiretos e o reembolso de despesas recebidos por Voluntário da Fifa, daSubsidiária Fifa no Brasil ou do LOC, até o valor de 5 salários-mínimos por mês; e– outros rendimentos do trabalho, isentos ou não tributáveis, desde que o total anual pago seja igual ousuperior a R$ 76.985,10;f) relativamente às informações de pagamentos a plano privado de assistência à saúde, modalidade coletivoempresarial, contratado pela fonte pagadora em benefício de seus empregados:– número de inscrição no CNPJ da operadora do plano privado de assistência à saúde;– nome e número de inscrição no CPF do beneficiário titular e dos respectivos dependentes, ou, no caso dedependente menor de 18 anos, em 31 de dezembro do ano-calendário a que se refere à Dirf, o nome e a datade nascimento do menor;– o total anual correspondente à participação do empregado no pagamento do plano de saúde, identificandoa parcela correspondente ao beneficiário titular e a correspondente a cada dependente.Na Dirf, deverá ser informada a soma dos valores pagos em cada mês, independentemente de se tratar depagamento integral em parcela única, antecipações ou de saldo de rendimentos, e o respectivo IR/Fonte.

6.2.1. Rendimentos do Trabalho AssalariadoNo caso de rendimentos do trabalho assalariado, as deduções correspondem aos valores a seguir:a) dependentes;b) contribuições para a Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios;c) contribuições para as entidades de previdência privada domiciliadas no Brasil e para Fapi, cujo ônus tenhasido do beneficiário, destinadas a assegurar benefícios complementares assemelhados aos da PrevidênciaSocial;d) pensão alimentícia paga, em face das normas do Direito de Família, quando em cumprimento de decisãojudicial, inclusive a prestação de alimentos provisionais, de acordo homologado judicialmente ou de escriturapública relativa a separação ou divórcio consensual.Ao informar o código relativo ao rendimento, o programa disponibilizará as colunas com indicação dasdeduções que deverão ter os seus valores informados.

Férias As férias, deduzidas dos abonos legais, os quais deverão ser informados como rendimentos isentos, serãoinformadas no mês em que foram efetivamente pagas, procedendo-se da mesma forma em relação àrespectiva retenção do IR retido na fonte e às deduções.

13º SalárioDeverá ser informado o valor total pago durante o ano-calendário, os valores discriminados das deduçõesutilizadas para reduzir a base de cálculo desta gratificação e o respectivo Imposto de Renda na fonte.

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6.2.2. Proventos de Pensão e AposentadoriaA partir do mês em que o contribuinte completar 65 anos de idade, será informado como rendimentotributável, relativamente aos proventos de aposentadoria e pensão, transferência para a reserva remuneradaou reforma, pagos pela Previdência Social da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, porqualquer pessoa jurídica de direito público interno ou por entidade de previdência privada, a parte queexceder ao limite de isenção da Tabela Progressiva mensal vigente à época do pagamento em cada mês.Os limites de isenção da Tabela Progressiva para os meses dos anos-calendário de 2013 e 2014 são:– R$ 1.710,78, para o ano-calendário de 2013; e– R$ 1.787,77, por mês para o ano-calendário de 2014

6.2.3. Ausentes no Exterior a Serviço do PaísNeste caso, o rendimento tributável corresponderá a 25% dos rendimentos do trabalho assalariado pagos emmoeda estrangeira, por serviços prestados em autarquias ou repartições do governo brasileiro situadas noexterior, convertidos em Reais pela taxa de compra do Dólar dos Estados Unidos da América, fixada, peloBanco Central do Brasil, para o último dia útil da primeira quinzena do mês anterior ao do pagamento dorendimento, e divulgada pela RFB.As deduções serão convertidas em Dólares dos Estados Unidos da América, pelo seu valor fixado pelaautoridade monetária do país no qual as despesas foram realizadas, na data do pagamento e, em seguida,em Reais pela taxa de venda do Dólar, fixada pelo Banco Central do Brasil, para o último dia útil da primeiraquinzena do mês anterior ao do pagamento, e divulgada pela RFB.

6.2.4. Serviços de TransportesSerá informado como rendimento tributável:a) 10% do rendimento decorrente do transporte de carga e de serviços com trator, máquina deterraplenagem, colheitadeira e assemelhados;b) 60% do rendimento decorrente do transporte de passageiros.

6.2.5. Rendimentos de AluguelNeste caso, será considerado rendimento tributável o valor pago a título de aluguel, diminuído dos encargosa seguir, desde que o ônus tenha sido exclusivamente do locador e o recolhimento tenha sido efetuado pelolocatário:a) impostos, taxas e emolumentos incidentes sobre o bem que tiver produzido o rendimento;b) aluguel pago por locação de imóvel sublocado;c) despesas pagas para cobrança ou recebimento do rendimento;d) despesas de condomínio.

6.2.6. Garimpeiros Será informado como rendimento tributável dos garimpeiros 10% do rendimento pago na venda, à empresalegalmente habilitada, de metais preciosos, pedras preciosas e semipreciosas por eles extraídos.

6.2.7. Prêmios em Bens e ServiçosSerá considerado como rendimento tributável o valor de mercado do prêmio em bem ou serviço distribuídoem concursos ou sorteios acrescido do valor do imposto retido.

6.2.8. Seguridade do Servidor PúblicoNo caso de pagamento de rendimentos em cumprimento de decisão judicial, a Dirf deverá informar, além doIR/Fonte, o valor da retenção da contribuição para o PSS – Plano de Seguridade do Servidor Público.

6.2.9. Participação nos LucrosNo que se refere ao pagamento de participação nos lucros ou resultados (PLR), que a partir de 2013 passoua ter tributação exclusiva na fonte com base em tabela específica, deverão ser informados o valor total pagodurante o ano-calendário, os valores das deduções utilizadas para reduzir a base de cálculo dessaparticipação e o respectivo Imposto de Renda retido na fonte.Sobre o assunto ver Orientação divulgada no Fascículo 27/2013.

6.3. BENEFICIÁRIOS PESSOAS JURÍDICASNo caso de beneficiário pessoa jurídica domiciliada no País, a Dirf deverá conter as seguintes informações:a) nome empresarial e número de inscrição no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas;b) os valores dos rendimentos tributáveis pagos ou creditados no ano-calendário, discriminados por mês depagamento ou crédito e por código de retenção, que:– sofreram retenção do Imposto de Renda e/ou contribuições na fonte, ainda que o correspondenterecolhimento não – tenha sido efetuado, inclusive por decisão judicial;– não sofreram retenção do Imposto de Renda e/ou contribuições na fonte em virtude de decisão judicial;c) o respectivo valor do Imposto de Renda e/ou contribuições retidos na fonte.

6.3.1. Serviços de Propaganda e PublicidadeOs rendimentos decorrentes da prestação de serviços de propaganda e publicidade e o Imposto de Rendarecolhido pela agência de propaganda e publicidade deverão ser informados na Dirf da anunciante.

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6.3.2. Rendimentos de Comissões e CorretagensDeverão ser informados os rendimentos e o respectivo Imposto de Renda na fonte na Dirf da pessoa jurídicaque tenha pagado a outras pessoas jurídicas importâncias a título de comissões e corretagens relativas a:a) colocação ou negociação de títulos de renda fixa;b) operações realizadas em bolsas de valores, de mercadorias, de futuro e assemelhadas;c) distribuição de valores mobiliários emitidos, no caso de pessoa jurídica que atue como agente dacompanhia emissora;d) operações de câmbio;e) venda de passagens, excursões ou viagens;f) administração de cartões de crédito;g) prestação de serviços de distribuição de refeições pelo sistema de refeições-convênio;h) prestação de serviços de administração de convênios.

6.4. BENEFICIÁRIOS DOMICILIADOS NO EXTERIORA Dirf deve conter as seguintes informações sobre os beneficiários residentes ou domiciliados no exterior:a) NIF – Número de Identificação Fiscal fornecido pelo órgão de administração tributária no exterior;b) indicador de pessoa física ou jurídica;c) CPF ou CNPJ, quando houver;d) nome da pessoa física ou nome empresarial da pessoa jurídica beneficiária do rendimento;e) endereço completo (rua, avenida, número, complemento, bairro, cidade, região administrativa, estado,província, etc.);f) país de residência fiscal;g) natureza da relação entre a fonte pagadora no País e beneficiário no exterior, conforme Tabela contida noprograma gerador da Dirf;h) relativamente aos rendimentos:– código de receita;– data de pagamento, remessa, crédito, emprego ou entrega;– rendimentos brutos pagos, remetidos, creditados, empregados ou entregues durante o ano-calendário,discriminados – por data e por código de receita, desde que iguais ou superiores ao total anual de R$25.661,70;– imposto retido, quando for o caso;– natureza dos rendimentos, conforme Tabelas contidas no programa gerador da Dirf;– forma de tributação, conforme Tabelas contidas no programa gerador da Dirf.O NIF será dispensado nos casos em que o país do beneficiário residente ou domiciliado no exterior não oexija ou nos casos em que, de acordo com as regras do órgão de administração tributária no exterior, obeneficiário do rendimento, remessa, pagamento, crédito, ou outras receitas, estiver dispensado dessenúmero.

7. CRITÉRIOS A SEREM ADOTADOS NO PREENCHIMENTOOs valores referentes a rendimentos tributáveis, isentos ou com alíquotas zero, de declaração obrigatória,bem como os relativos a deduções do Imposto de Renda ou de contribuições retidos na fonte deverão serinformados em Reais e com centavos.

7.1. CENTRALIZAÇÃOA Dirf, a ser apresentada pelo estabelecimento matriz, conterá informações consolidadas de todos osestabelecimentos da pessoa jurídica.

7.2. RENDIMENTOS DE APLICAÇÕES FINANCEIRASO rendimento tributável de aplicações financeiras corresponde ao valor que tenha servido de base de cálculodo Imposto de Renda retido na fonte.O mesmo critério deverá ser observado no caso de mútuo entre pessoas jurídicas e entre pessoas físicas ejurídicas.

7.2.1. Fundo ou Clube de InvestimentosA Dirf apresentada pela instituição administradora ou intermediadora deverá conter as informaçõessegregadas por fundos ou clubes de investimentos, discriminando cada beneficiário, os respectivosrendimentos pagos ou creditados e o Imposto de Renda retido na fonte.

7.3. FUSÃO, CISÃO E INCORPORAÇÃOAs pessoas jurídicas participantes desses eventos informarão os rendimentos e retenções da forma a seguir:– de 1º de janeiro até a data do evento, as empresas fusionadas, incorporadas ou extintas por cisão total,prestarão as informações relativas a seus beneficiários sob os seus correspondentes números de inscriçãono CNPJ;– as empresas resultantes da fusão, da cisão parcial e as novas empresas que resultarem da cisão totalprestarão as informações relativas aos seus beneficiários, a partir da data do evento, sob os seus númerosde inscrição no CNPJ;– a empresa incorporadora e a remanescente da cisão parcial prestarão informações relativas aos seusbeneficiários, tanto anteriores como posteriores à incorporação e cisão parcial, para todo o ano-calendário,

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sob os seus respectivos números de inscrição no CNPJ.

7.4. RETENÇÃO A MAIORO declarante que tiver retido imposto e/ou contribuição a maior de seus beneficiários em determinado mês eo tiver compensado nos meses subsequentes, de acordo com a legislação em vigor, deverá declarar:– no mês da referida retenção, o valor retido;– nos meses da compensação, o valor devido do imposto ou contribuições na fonte diminuído do valorcompensado.O declarante que tiver retido o imposto e/ou contribuição a maior e que tenha devolvido aos beneficiários adiferença retida a maior, deverá informar, no mês em que ocorreu a retenção a maior, o valor retido diminuídoda diferença devolvida.

8. RETIFICAÇÃOPara fins de alteração da Dirf já entregue, deverá ser apresentada uma nova declaração do tipo retificadora. ADirf retificadora será apresentada por meio da internet, devendo, para tanto, ser observadas as seguintescondições:a) a declaração retificadora deverá conter todas as informações anteriormente declaradas, alteradas ou não,exceto aquelas que se pretenda excluir, bem assim as informações a serem adicionadas, se for o caso;b) a Dirf retificadora de instituições administradoras ou intermediadoras de fundos ou clubes deinvestimentos deverá conter todos os fundos e/ou clubes de investimentos anteriormente declarados,ajustada com as exclusões ou adição de novas informações, conforme caso;c) a declaração retificadora substituirá integralmente as informações apresentadas na declaração anterior.Para a gravação das declarações retificadoras será necessária a informação do número do Recibo deEntrega da última declaração entregue, desde que o declarante não possua assinatura digital mediante ouso de certificado digital válido.

8.1. CANCELAMENTO DE DIRFNa hipótese de apresentação de Dirf por engano ou indevida, em decorrência de informação inexistente parao respectivo período, a RFB orienta o declarante entregar uma declaração retificadora para anular toda ainformação (códigos e beneficiários). Para tanto, deverá ser apresentada Dirf retificadora apenas com aidentificação do declarante, ou seja, com o preenchimento apenas da ficha informações.

9. PENALIDADESO descumprimento das obrigações referentes ao preenchimento da Dirf sujeita o declarante às multasprevistas na legislação tributária vigente, conforme examinamos a seguir.

9.1. FALTA DE APRESENTAÇÃOA falta de apresentação da Dirf no prazo fixado pela legislação ou sua apresentação fora de prazo submete odeclarante à multa de 2%, por mês-calendário ou fração de atraso, incidente o montante do imposto econtribuições informados, ainda que integralmente pagos, limitada a 20% desse valor. Neste caso, no ato desua transmissão, será emitida Notificação de Multa por Atraso e o correspondente Darf, sendo estesgravados com o recibo de entrega da declaração.A multa terá como termo inicial o dia seguinte ao término do prazo originalmente fixado para a entrega dadeclaração e como termo final a data da efetiva entrega ou, no caso de não apresentação, da lavratura doauto de infração.

9.1.1. Redução da MultaO declarante que apresentar a Dirf fora de prazo, mas antes de qualquer procedimento de ofício, obterá obenefício de redução da multa em 50%. Se houver a apresentação no prazo fixado em intimação, a multaserá reduzida em 25%.Até o vencimento da notificação será concedido redução de 50% para pagamento à vista e 40% para ospedidos de parcelamento formalizados no mesmo prazo.

9.1.2. Multa MínimaA multa a que se refere o subitem 9.1 não será inferior a:a) R$ 200,00, tratando-se de pessoa física, pessoa jurídica inativa e pessoa jurídica optante pelo Simples, deque trata a Lei 9.317/96; eb) R$ 500,00, nos demais casos.

9.2. ERRO NO PREENCHIMENTO DA DIRFOs declarantes que apresentarem a Dirf com informações incorretas ou omitidas estarão sujeitos à multa deR$ 20,00 para cada grupo de 10 ocorrências, se não sanadas no prazo de 10 dias, contado da ciência àintimação, nas seguintes situações:a) falta de indicação do número de inscrição no CPF – Cadastro de Pessoas Físicas ou no CNPJ – CadastroNacional da Pessoa Jurídica;b) indicação do número de inscrição no CPF de forma incompleta, assim entendido o que não contenhaonze dígitos, sendo nove dígitos base e dois para a formação do Dígito Verificador (DV);c) indicação do número de inscrição no CNPJ de forma incompleta, assim entendido o que não contenhaquatorze dígitos, sendo oito dígitos base, quatro para a formação do número de ordem e dois para a

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formação do DV;d) indicação de número de inscrição no CPF ou no CNPJ inválido, assim entendido o que não correspondaao constante no cadastro mantido pela RFB;e) não indicação ou indicação incorreta de beneficiário;f) código de retenção não informado, inválido ou indevido, considerando-se:inválido, o código que não conste da Tabela de Códigos de Imposto de Renda/Contribuição Retido na Fonte,vigente em 31 de dezembro do ano a que se referir a Dirf;indevido, o código que não corresponda à especificação do rendimento ou ao beneficiário;g) beneficiário informado mais de uma vez por um mesmo declarante, sob um mesmo código de retenção;h) outras irregularidades verificadas no preenchimento da Dirf.

9.3. DECLARAÇÃO REJEITADA PELO PROCESSAMENTOSerá considerada como não entregue a declaração que não atender às especificações técnicasestabelecidas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. Neste caso, o declarante será intimado aapresentar nova declaração, no prazo de 10 dias, contado da ciência à intimação, sujeitando-se à multareferida no subitem 9.1.

9.4. RECOLHIMENTO DAS MULTASO recolhimento das multas de que tratam os subitens 9.1 e 9.2, deve ser efetuado em Darf que, no caso dosubitem 9.1, normalmente é emitido junto com a notificação de multa por atraso e gravados juntamente como recibo de entrega da declaração. A comprovação de pagamento não dispensa o declarante daapresentação da Dirf corrigida.a) Multa por Atraso na Entrega da Dirf, código 2170:

CAMPO

DO

DARF

O QUE DEVE CONTER

01 Nome e telefone do contribuinte.

02

Período de apuração – data do primeiro dia útil seguinte ao vencimento do prazo para

entrega da declaração, conforme tabela abaixo:

Ano-Calendário Prazo de Entrega Período de Apuração

AAAA DD/MM/AAAA 01/03/2014

Para situações especiais, o vencimento do prazo é o último dia útil do mês seguinte ao

evento e o período de Apuração é o primeiro dia útil seguinte a este prazo.

03 Número de inscrição no CPF ou no CNPJ.

04

Código da receita que está sendo paga (2170). Os códigos de tributos administrados

pela RFB podem ser obtidos na Agenda Tributária, no endereço

http://www.receita.fazenda.gov.br.

05Preencher conforme orientações da RFB para receitas que exigem o preenchimento

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deste campo.

06Data de vencimento da receita no formato DD/MM/AAAA = Trigésimo dia após a

ciência da notificação.

07 Valor da Multa que está sendo paga.

08 Não cabe o preenchimento no caso de multa lançada.

09 Valor dos juros de mora, ou encargos do DL – 1.025/69 (PFN), quando devidos.

10 Soma dos campos 07 a 09.

11 Autenticação do Agente Arrecadador

b) Multa por Omissão/Erro na Dirf, código 0381:

CAMPO

DO

DARF

O QUE DEVE CONTER

01 Nome e telefone do contribuinte.

02 Data da entrega da declaração retificadora, incluindo novos beneficiários.

03 Número de inscrição no CPF ou CNPJ.

04

Código da receita que está sendo paga (0381). Os códigos de tributos administrados

pela RFB podem ser obtidos na Agenda Tributária, no endereço

http://www.receita.fazenda.gov.br.

05Preencher conforme orientações da RFB para receitas que exigem o preenchimento

deste campo.

Page 12: DIRF - Normas para Apresentação - COAD.pdf

06

Data de vencimento da receita no formato DD/MM/AAAA = Trigésimo dia após a

ciência da notificação.

07 Valor da Multa que está sendo paga.

08 Não cabe o preenchimento no caso de multa lançada.

09 Valor dos juros de mora, ou encargos do DL – 1.025/69 (PFN), quando devidos.

10 Soma dos campos 07 a 09.

11 Autenticação do Agente Arrecadador.

9.5. CANCELAMENTO DE MULTASSerão canceladas as multas pelo atraso na entrega de declarações, demonstrativos e documentos,aplicadas aos sujeitos passivos domiciliados nos municípios abrangidos por decreto estadual que tenhadeclarado estado de calamidade pública, com entrega prevista para os meses da ocorrência do evento queensejou a decretação, como também para o mês subsequente, desde que essas obrigações acessóriastenham sido transmitidas até o último dia útil do 3º mês subsequente ao dos meses em que antes eramexigíveis.

10. GUARDA DE DOCUMENTOSOs documentos contábeis e fiscais, relacionados com Imposto de Renda e/ou contribuições retidos na fonte,bem como as informações relativas a beneficiários sem retenção do imposto e/ou contribuições, devem serconservados pelo declarante pelo prazo de 5 anos, a contar da data da entrega da Dirf à RFB.Os registros e controles de todas as operações, constantes na documentação comprobatória a que se refereeste item, deverão ser separados por estabelecimento.Quando solicitada pela autoridade fiscalizadora, a documentação deverá estar disponível para exame.A obrigatoriedade de guarda de documentos e informações não se aplica em relação ao beneficiário deprêmios em dinheiro, mencionado no item 6, cujo valor seja inferior a R$ 1.710,78.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Lei Complementar 123, de 14-12-2006 (Portal COAD), Lei Complementar 139,de 10-11-2011; Lei 9.779, de 19-1-99 – artigos 15 e 16; Lei 10.426, de 24-4-2002 – artigo 7º; Lei 11.052, de29-12-2004; Decreto 3.000, de 26-3-99 – Regulamento do Imposto de Renda – artigos 929, 966 e 968 (PortalCOAD); Instrução Normativa 197 SRF, de 10-9-2002; Instrução Normativa 984 RFB, de 18-12-2009; InstruçãoNormativa 1.243 RFB, de 25-1-2012; Instrução Normativa 1.406 RFB, de 23-10-2013; Instrução Normativa1.438 RFB, de 2-1-2014; Ato Declaratório 57 Cofis, de 23-11-2012; Ato Declaratório 82 Cofis, de 25-10-2013; Ato Declaratório Executivo 87 Corat, de 21-11-2006; Perguntas e Respostas RFB Dirf 2014.

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