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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil. DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Porto Velho - RO quarta-feira, 25 de setembro de 2013 nº 522 - ano III DOeTCE-RO SUMÁRIO DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1 >>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 36 Administração Pública Municipal Pág. 37 ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 42 >>Deliberações Superiores Pág. 45 SESSÕES >>Pautas Pág. 47 EDITAIS DE CONCURSO E OUTROS >>Editais Pág. 49 Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício Administração Pública Estadual Poder Executivo DECISÃO MONOCRÁTICA PROCESSO N.: 1820/1989 – TCE-RO ASSUNTO: Convênio – 2.09 - 357/88-PGE UNIDADE: SEPLAD Secretaria de Estado Planejamento e Coordenadoria Geral e Administrativa RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra DECISÃO MONOCRÁTICA N. 213/2013/GCWCSC Vistos. Inicialmente, consigno que decorrem 03 (três) imputações (débito e multa ao senhor Jerzy Badocha e multa ao senhor Orestes Muniz Filho) em razão do v. Acórdão n. 120/00, de fls. 107/109, mantido pela Decisão n. 12/2001 (fls. 115/116), em que restou consignado, por unanimidades de votos, in verbis: “...I – Julgar irregulares as contas do convênio n. 357/88-PGE, nos termos do art. 16, III, “a”, da Lei Complementar n. 154/96; II – Imputar débito, na forma do art. 71, §3º, da Constituição Federal, ao Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados), atualizados monetariamente e acrescidos dos juros legais, para que recolha aos cofres do Estado, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação deste acórdão no Diário Oficial do Estado, face à ausência de documentos que comprovem a sua legal e devida aplicação, conforme termos do convênio; III – Multar, individualmente, em 50 UFIR’s, o Senhor Jerzy Badocha, Presidente da Comissão de Projetos Especiais, por infringência à Resolução Administrativa n. 006/83, alterada pela Resolução Administrativa n. 003/86, e o Senhor Orestes Muniz Filho, por não adotar as providências com vistas a instauração de Tomada de Contas Especial com fulcro no art. 52, do Decreto-lei n. 047, de 31.01.83...”. 02. A Procuradoria-Geral do Estado de Rondônia foi instada a prestar informações acerca do cumprimento da determinação contida no Ofício n. 083/PG/TCER-2003, em 12.08.2013 . 03. Todavia, a Procuradoria-Geral, por meio do Ofício n. 1701/PGE/TCE/2013, apresentou informações, s.m.j., acerca de todas as ações ajuizadas em face dos responsabilizados retro referidos, em total dissonância com o exarado no ofício n. 145/2013/DEAD, de lavra do e. Conselheiro Paulo Curi, pelo que é impossível determinar qual das execuções propostas é a se refere a estes autos. 04. Logo, mister se faz instar a Procuradoria-Geral do Estado de Rondônia, mais uma vez, para que informe, de forma efetiva, quais CDAs e quais ações de execução, de fato, estão atreladas aos responsabilizados (Jerzy Badocha e Orestes Munis Filho) nestes autos. 05. PELO EXPENDIDO, notifique-se pessoalmente a Procuradora-Geral do Estado de Rondônia, ou quem legalmente a substitua, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 97, Inciso IV, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, informe, efetivamente, quais são as CDAs e, consequentemente, quais as ações de execução já propostas em desfavor dos responsáveis Jerzy Badocha e Orestes Munis Filho, quanto ao que restou decidido nestes no v. Acórdão 120/00, confirmado pela Decisão n. 12/2001, salientando-se que o não atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, a esta determinação (diligência) poderá ensejar a aplicação de multa, firme no disposto no inciso IV, do art. 55, da LC n. 154/96.

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

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Page 1: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

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DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Porto Velho - RO quarta-feira, 25 de setembro de 2013 nº 522 - ano IIIDOeTCE-RO

SUMÁRIO

DELIBERAÇÕES DO TRIBUNAL PLENO, DECISÕES SINGULARES E EDITAIS DE CITAÇÃO, AUDIÊNCIA E OFÍCIO Administração Pública Estadual >>Poder Executivo Pág. 1

>>Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos Pág. 36

Administração Pública Municipal Pág. 37

ATOS DA PRESIDÊNCIA >>Portarias Pág. 42

>>Deliberações Superiores Pág. 45

SESSÕES >>Pautas Pág. 47

EDITAIS DE CONCURSO E OUTROS >>Editais Pág. 49

Cons. JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO PRESIDENTE Cons. PAULO CURI NETO VICE-PRESIDENTE Cons. EDÍLSON DE SOUSA SILVA CORREGEDOR Cons. FRANCISCO CARVALHO DA SILVA OUVIDOR Cons. WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA PRESIDENTE DA ESCOLA SUPERIOR DE CONTAS Cons. BENEDITO ANTÔNIO ALVES PRESIDENTE DA 1ª CÂMARA Cons. VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA PRESIDENTE DA 2ª CÂMARA DAVI DANTAS DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO OMAR PIRES DIAS AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ERIVAN OLIVEIRA DA SILVA AUDITOR SUBSTITUTO DE CONSELHEIRO ÉRIKA PATRÍCIA SALDANHA DE OLIVEIRA PROCURADORA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE CONTAS YVONETE FONTINELLE DE MELO PROCURADORA SÉRGIO UBIRATÃ MARCHIORI DE MOURA PROCURADOR ADILSON MOREIRA DE MEDEIROS PROCURADOR ERNESTO TAVARES VICTORIA PROCURADOR

Deliberações do Tribunal Pleno, Decisões Singulares e Editais de Citação, Audiência e Ofício

Administração Pública Estadual

Poder Executivo DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 1820/1989 – TCE-RO ASSUNTO: Convênio – 2.09 - 357/88-PGE UNIDADE: SEPLAD – Secretaria de Estado Planejamento e Coordenadoria Geral e Administrativa RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

DECISÃO MONOCRÁTICA N. 213/2013/GCWCSC

Vistos.

Inicialmente, consigno que decorrem 03 (três) imputações (débito e multa ao senhor Jerzy Badocha e multa ao senhor Orestes Muniz Filho) em razão do v. Acórdão n. 120/00, de fls. 107/109, mantido pela Decisão n. 12/2001 (fls. 115/116), em que restou consignado, por unanimidades de votos, in verbis:

“...I – Julgar irregulares as contas do convênio n. 357/88-PGE, nos termos do art. 16, III, “a”, da Lei Complementar n. 154/96;

II – Imputar débito, na forma do art. 71, §3º, da Constituição Federal, ao Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados), atualizados monetariamente e acrescidos dos juros legais, para que recolha aos cofres do Estado, no prazo de 15 (quinze) dias, a contar da publicação deste acórdão no Diário Oficial do Estado, face à ausência de documentos que comprovem a sua legal e devida aplicação, conforme termos do convênio;

III – Multar, individualmente, em 50 UFIR’s, o Senhor Jerzy Badocha, Presidente da Comissão de Projetos Especiais, por infringência à Resolução Administrativa n. 006/83, alterada pela Resolução Administrativa n. 003/86, e o Senhor Orestes Muniz Filho, por não adotar as providências com vistas a instauração de Tomada de Contas Especial com fulcro no art. 52, do Decreto-lei n. 047, de 31.01.83...”.

02. A Procuradoria-Geral do Estado de Rondônia foi instada a prestar informações acerca do cumprimento da determinação contida no Ofício n. 083/PG/TCER-2003, em 12.08.2013 .

03. Todavia, a Procuradoria-Geral, por meio do Ofício n. 1701/PGE/TCE/2013, apresentou informações, s.m.j., acerca de todas as ações ajuizadas em face dos responsabilizados retro referidos, em total dissonância com o exarado no ofício n. 145/2013/DEAD, de lavra do e. Conselheiro Paulo Curi, pelo que é impossível determinar qual das execuções propostas é a se refere a estes autos.

04. Logo, mister se faz instar a Procuradoria-Geral do Estado de Rondônia, mais uma vez, para que informe, de forma efetiva, quais CDAs e quais ações de execução, de fato, estão atreladas aos responsabilizados (Jerzy Badocha e Orestes Munis Filho) nestes autos.

05. PELO EXPENDIDO, notifique-se pessoalmente a Procuradora-Geral do Estado de Rondônia, ou quem legalmente a substitua, para que, no prazo de 15 (quinze) dias, nos termos do art. 97, Inciso IV, do Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, informe, efetivamente, quais são as CDAs e, consequentemente, quais as ações de execução já propostas em desfavor dos responsáveis Jerzy Badocha e Orestes Munis Filho, quanto ao que restou decidido nestes no v. Acórdão 120/00, confirmado pela Decisão n. 12/2001, salientando-se que o não atendimento, no prazo fixado, sem causa justificada, a esta determinação (diligência) poderá ensejar a aplicação de multa, firme no disposto no inciso IV, do art. 55, da LC n. 154/96.

Page 2: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

2 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Diligencie-se pelo necessário.

Sirva-se, a presente, como mandado.

Porto Velho, 16 de setembro de 2013.

Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra Relator

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.:412/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Antônio José Rodrigues de Lima 3º SGT PM RE 03157-8 CPF N. 471.416.544-53 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 105/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 3º SGT PM RE 03157-8 Antônio José Rodrigues de Lima, CPF n. 471.416.544-53, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 723/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 439/DP-6, de 23/9/2011 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 10311, em 28/9/2011.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

Page 3: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

3 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

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Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 723/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 3º SGT PM RE 03157-8 Antônio José Rodrigues de Lima, CPF n. 471.416.544-53, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 525/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Denezildo Coelho da Silva 2º SGT PM RE 02864-8 CPF N. 272.235.902-20 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 106/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 02864-8 Denezildo Coelho da Silva CPF n. 272.235.902-20, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 724/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 417/DP-6, de 12/9/2011 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 09773, em 14/9/2011.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria.

Page 4: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

4 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

Page 5: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 724/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 02864-8 Denezildo Coelho da Silva CPF n. 272.235.902-20, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares; e

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

23. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.:549/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia

NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Manuel de Jesus Nascimento Soares SUB TEN PM RE 04029-4 CPF N. 192.186.482-68 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 107/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do SUB TEN PM RE 04029-4 Manuel de Jesus Nascimento Soares, CPF n. 192.186.482-68, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 665/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 338/DP-6, de 3/8/2011 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 08353, em 8/8/2011.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

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8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as

exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 665/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar SUB TEN PM RE 04029-4 Manuel de Jesus Nascimento Soares, CPF n. 192.186.482-68, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução

Page 7: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

7 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.:550/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: José Sebastião Diniz SUB TEN PM RE 02599-5 CPF N. 176.742.801-44 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 108/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do SUB TEN PM RE 02599-5 José Sebastião Diniz, CPF n. 176.742.801-44, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 666/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 338/DP-6, de 3/8/2011 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 08353, em 8/8/2011.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as

melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

Page 8: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

8 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 666/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar SUB TEN PM RE 02599-5 José Sebastião Diniz, CPF n. 176.742.801-44, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 693/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Valdivino Rodrigues Filho 2º SGT PM RE 03119-0

Page 9: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

9 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

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CPF N. 113.853.738-14 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 110/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 03119-0 Valdivino Rodrigues Filho, CPF n. 113.853.738-14, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 859/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 504/DP-6, de 24/11/2011 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 12444, em 28/11/2011.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente,

Page 10: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

10 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

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utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 859/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 03119-0 Valdivino Rodrigues Filho, CPF n. 113.853.738-14, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como

a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.:1024/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Augusto César Alves Moreira 2º SGT PM RE 02457-5 CPF N. 088.153.268-12 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 111/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 02457-5 Augusto César Alves Moreira, CPF n. 088.153.268-12, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 858/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 514/DP-6, de 2/12/2011 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 12732, em 5/12/2011.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

Page 11: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

11 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato

conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas

Page 12: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

12 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 858/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 02457-5 Augusto César Alves Moreira, CPF n. 088.153.268-12, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.:1026/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Célio Alves de Cristo 2º SGT PM RE 03390-4 CPF N. 316.772.232-00 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 112/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 03390-4 Célio Alves de Cristo, CPF n. 316.772.232-00, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 922/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 514/DP-6, de 2/12/2011 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 12732, 5/12/2011.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria.

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Page 13: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

13 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do

RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 922/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 03390-4 Célio Alves de Cristo, CPF n. 316.772.232-00, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares; e

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

23. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

Page 14: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

14 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.:2176/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Paulo Roberto de Lima 3º SGT PM RE 02719-9 CPF N. 283.059.142-91 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 113/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 3º SGT PM RE 02719-9 Paulo Roberto de Lima, CPF n. 283.059.142-91, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 96/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 098/DP-6, de 2/4/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 03731, em 2/4/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria.

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

Page 15: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

15 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 96/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 3º SGT PM RE 02719-9 Paulo Roberto de Lima, CPF n. 283.059.142-91, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares; e

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

23. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.:2178/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Josenildo Alves Feitosa 2º SGT PM RE 03232-6 CPF N. 623.671.454-15 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 114/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 03232-6 Josenildo Alves Feitosa, CPF n. 623.671.454-15, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 950/2011/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 011/DP-6, de 6/1/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 00126, em 9/1/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria.

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

Page 16: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

16 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo

Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas

Page 17: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

17 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 950/2011/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar do 2º SGT PM RE 03232-6 Josenildo Alves Feitosa, CPF n. 623.671.454-15, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares; e

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

23. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 3261/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Rogério de Souza 2º SGT PM RE 04250-3 CPF N. 283.782.702-97 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 115/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 04250-3 Rogério de Souza, CPF n. 283.782.702-97, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo

92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 118/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 142/DP-6, de 7/5/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 05076, em 7/5/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Page 18: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

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Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 118/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 04250-3 Rogério de Souza, CPF n. 283.782.702-97, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

Page 19: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

19 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 3641/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Sebastião de Miranda 2º SGT PM RE 04490-3 CPF N. 272.505.552-00 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 116/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 04490-3 Sebastião de Miranda, CPF n. 272.505.552-00, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 368/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 257/DP-6, de 11/7/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 08158, em 12/7/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

Page 20: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

20 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

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Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 368/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 04490-3 Sebastião de Miranda, CPF n. 272.505.552-00, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 3642/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Cristiane Maria Alves 3º SGT PM RE 04851-9 CPF N. 290.593.722-04 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 117/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, da 3º SGT PM RE 04851-9 Cristiane Maria Alves, CPF n. 290.593.722-04, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 311/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 257/DP-6, de 11/7/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 08158, em 12/7/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

Page 21: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

21 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

Page 22: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

22 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 311/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada da militar 3º SGT PM RE 04851-9 Cristiane Maria Alves, CPF n. 290.593.722-04, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 4967/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Gilmar Cassiano Nunes 2º SGT PM RE 03215-6 CPF N. 413.062.364-87 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 118/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 03215-6 Gilmar Cassiano Nunes, CPF n. 413.062.364-87, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 443/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 388/DP-6, de 24/9/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 11356, em 25/9/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

Page 23: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

23 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as

compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 443/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 03215-6 Gilmar Cassiano Nunes, CPF n. 413.062.364-87, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

Page 24: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

24 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 5090/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: NILSON PAULI 1º SGT PM RE 02693-7 CPF N. 219.825.972-91 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 119/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 1º SGT PM RE 02693-7 NILSON PAULI, CPF n. 219.825.972-91, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 434/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 319/DP-6, de 13/8/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 10354, em 30/8/2012 .

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria.

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva

Page 25: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

25 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas

pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 434/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 1º SGT PM RE 02693-7 NILSON PAULI, CPF n. 219.825.972-91, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares; e

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

23. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 5091/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Ricardo Pereira do Nascimento 1º SGT PM RE 03335-6 CPF N. 456.635.804-68 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 120/GABOPD/2013

Page 26: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

26 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 1º SGT PM RE 03335-6 Ricardo José Pereira do Nascimento, CPF n. 456.635.804-68, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 383/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 319/DP-6, de 13/8/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 10354, em 30/8/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do

Page 27: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 383/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 1º SGT PM RE 03335-6 Ricardo José Pereira do Nascimento, CPF n. 456.635.804-68, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 5094/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Edgerson Augusto Flores 3º SGT PM RE 04709-6 CPF N. 286.077.322-34 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 121/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 3º SGT PM RE 04709-6 Edgerson Augusto Flores, CPF n. 286.077.322-34, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 421/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 319/DP-6, de 13/8/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 10354, em 30/8/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

Page 28: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

28 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

Page 29: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

29 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 421/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 3º SGT PM RE 04709-6 Edgerson Augusto Flores, CPF n. 286.077.322-34, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 5098/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Gilson Monteiro Magalhães SUB TEN PM RE 02927-6 CPF N. 080.349.858-64 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 122/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do SUB TEN PM RE 02927-6 Gilson Monteiro Magalhães, CPF n. 080.349.858-64, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de

9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 384/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 319/DP-6, de 13/8/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 10354, em 30/8/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

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30 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 384/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar SUB TEN PM RE 02927-6 Gilson Monteiro Magalhães, CPF n. 080.349.858-64, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 5105/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Debrando Pinheiro de Souza 2º SGT PM RE 03396-6 CPF N. 221.453.462-87 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 123/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 03396-6 Debrando Pinheiro de Souza, CPF n. 221.453.462-87, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 518/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 412/DP-6, de 3/10/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 11879, em 4/10/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

Page 32: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

32 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 518/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 03396-6 Debrando Pinheiro de Souza, CPF n. 221.453.462-87, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 5109/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: José Roberto Bento de Figueiredo 2º SGT PM RE 04026-8 CPF N. 220.582.572-00 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 124/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 04026-8 José Roberto Bento de Figueiredo, CPF N. 220.582.572-00, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 521/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 412/DP-6, de 3/10/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 11879, em 4/10/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

Page 33: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

33 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

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20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Constato, finalmente, que o militar averbou tempo de contribuição do RGPS , pelo o que se infere ser caso de compensação previdenciária, em face de contagem recíproca de tempo de contribuição para efeito de aposentadoria, de que trata a Lei 9.796/1999.

23. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 521/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar do 2º SGT PM RE 04026-8 José Roberto Bento de Figueiredo, CPF N. 220.582.572-00, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares;

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal; e

c) Promover levantamento sobre o período em que o militar contribuiu para o RGPS, visando adoção de medidas para compensação previdenciária.

24. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO N.: 5111/2012 UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos servidores do Estado de Rondônia – Iperon ÓRGÃO DE ORIGEM: Comando Geral de Polícia Militar do Estado de Rondônia NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Transferência para Reserva Remunerada INTERESSADO: Jocimar Prudêncio de Campos 2º SGT PM RE 03598-8 CPF N. 317.037.552-00 RELATOR: Conselheiro-Substituto Omar Pires Dias

DECISÃO PRELIMINAR N. 125/GABOPD/2013

1. Trata-se de apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato de Transferência para Reserva Remunerada , a pedido, do 2º SGT PM RE 03598-8 Jocimar Prudêncio de Campos, CPF n. 317.037.552-00, com fundamento no artigo 42, § 1º, da Constituição Federal, combinado com o inciso I do artigo 92 e com o inciso I do artigo 93 do Decreto-Lei n. 09-A, de 9 de março de 1982, e com o artigo 28 da Lei n. 1063, de 10 de abril de 2002.

2. O processo de n. 520/2012/DIVISÃO DE INATIVOS foi encaminhado a esta Corte de Contas mediante Ofício n. 412/DP-6, de 3/10/2012 , cuja entrada foi registrada sob o protocolo n. 11879, em 4/10/2012.

3. Regimentalmente, os autos foram distribuídos a esta relatoria .

4. Constou-se, em análise perfunctória, que o procedimento fora enviado pelo Comando de Polícia e o ato que transferiu o servidor para a inatividade não foi submetido ao Instituto de Previdência, na forma definida no artigo 56, caput, e parágrafo único, da Lei Complementar Estadual n. 432/2008.

É o relatório. Decido.

5. A Constituição Federal de 1988 concedeu o dever-poder aos Tribunais de Contas de apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

6. Os policiais militares, por formarem categoria especial de servidores públicos, em situações pontuais, são transferidos para a reserva, na qual percebem remuneração e podem ser convocados para prestar serviços na ativa.

7. A transferência para a reserva é a passagem do policial militar à situação de inatividade, a pedido ou ex-officio, atendidos, nos termos do Decreto-Lei n. 9-A, os requisitos quanto à idade e tempo de serviço:

a) Voluntariamente:

Homem: 30 anos de serviço, com proventos integrais; e 25 anos de serviço, com proventos proporcionais ao tempo de serviço;

Mulher: 25 (vinte e cinco), com proventos integrais; e 20, com proventos proporcionais ao tempo de serviço.

b) Compulsoriamente:

I - atingir as seguintes idades-limites de 59 anos: Coronel; 56 anos: Tenente-Coronel e Subtenente; 54 anos: Primeiro-Sargento; 52 anos: Major PM e Segundo-Sargento; 51anos: Terceiro-Sargento; 50 anos: Cabo e Soldado; 48 anos: Capitão PM e Oficiais subalternos;

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II – Completar, o oficial superior, seis anos de permanência no último posto existente na Corporação, desde que conte com mais de 30 (trinta) anos de serviço, aplicando-se, no caso, o previsto no inciso I, do § 1º, do Art. 50, deste Estatuto; (Alterado pela Lei nº 683, de 10 de dezembro de 1996 - D.O.E. de 10 de dezembro de 1996).

8. A Reforma é passagem do militar à inatividade, que se dará sempre de forma compulsória, e, quanto ao tempo de permanência na reserva, deve atender as seguintes idades:

Postos Idade-limite para

Reserva Idade-limite

Reforma

Coronel PM 59 64

Subtenente PM 56 58

Tenente-Coronel PM 56 64

Primeiro-Sargento PM 54 58

Major PM 52 64

Segundo-Sargento PM 52 58

Terceiro-Sargento PM 51 58

Cabo PM

Soldado PM 50 58

Capitão PM e Oficiais subalternos 48 60

9. A Reserva, portanto, é procedimento instaurado pela administração para conduzir à inatividade o policial militar que atenda os requisitos impostos na lei, podendo retornar ou não às atividades. A Reforma, contudo, é a inatividade definitiva do militar e, em razão de o procedimento de Reserva Remunerada por idade não sofrer solução de continuidade da inativação final, tenho ser legal a análise da matéria.

10. Contudo, em razão de carência de análise do procedimento pelo Instituto de Previdência e de ato formal transferindo para Reserva Remunerada o militar, deduzo ser cabível a devolução do processo à origem.

11. Por se tratar de questão incidente, deve ser necessariamente resolvida para que a questão principal possa ser decidida. Diz respeito ao procedimento de Transferência para a Reserva não ter sido analisado pelo Iperon, para fim de edição de ato conjunto, nos termos do artigo 56 da LC n. 432/2008 e sua alteração.

12. Em nível estadual, a Lei Complementar n. 432/2008 , alterada pela Lei Complementar n. 504/2009 , dispõe que a inativação do servidor é ato conjunto, já que exige a assinatura do Presidente do Iperon e da autoridade de cuja instituição o servidor aposentando ocupa o cargo.

13. Nesse contexto, tenho que a ausência de ato conjunto, nos termos estatuídos na norma que rege o procedimento, conduz à inferência de tratar-se de ato inexistente, uma vez não reunir os elementos necessários à sua formação. O ato de transferência para a inatividade a ser analisado, para fim de registro, é aquele elaborado pelo órgão previdenciário, assinado pelo presidente do Iperon pela autoridade de cuja instituição pertence o servidor aposentando.

14. No caso concreto, observo que o procedimento autuado nesta Corte de Contas carece do ato a ser apreciado, razão pela qual deve retornar à origem para fim de envio ao Iperon, nos termos da norma legal alhures identificada.

15. Além disso, verifico que o procedimento instaurado pelo Comando Geral de Polícia, não foi instruído com a Certidão de Tempo de Contribuição. A partir de 16.12.1998, data da publicação da EC 20, de 15.12.1998, as aposentadorias, tanto as por invalidez, como as

compulsórias e as voluntárias, têm como um dos requisitos essenciais a contribuição para o regime.

16. Em que pese o órgão fazer juntar aos autos certidão de tempo de serviço, essencial para comprovar o tempo de serviço, mas não a contribuição, em face da nova ordem constitucional, não satisfaz as exigências necessárias para comprovar o período contributivo e, via de consequência, a efetiva entrada de recurso no fundo previdenciário.

17. A norma que disciplina os procedimentos sobre a emissão de certidão de tempo de contribuição pelos regimes próprios de previdência social dispõe no artigo 2º que certidão de poderá ser, excepcionalmente, utilizada, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

Art. 2º O tempo de contribuição para Regime Próprio de Previdência Social - RPPS deverá ser provado com CTC fornecida pela unidade gestora do RPPS ou, excepcionalmente, pelo órgão de origem do servidor, desde que devidamente homologada pela respectiva unidade gestora do RPPS.

18. Nesse sentido, deverá ser juntado ao procedimento, CTC expedida pelo Iperon.

19. Igualmente, identifico a ausência de manifestação pelos órgãos de Controle Interno do Comando Geral. A Constituição Federal – artigo 74 –, ao determinar que os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário deveriam manter controle, de forma sistemática, realizou verdadeira inovação na Administração Pública. O valor da norma é a possibilidade de reunião de informações e dados orçamentários e financeiros, convergente a revelar, quanto ao cumprimento das leis orçamentárias de cada ente federativo (PPA, LDO e LOA), que os poderes são parte de um único Poder.

20. Nesse contexto, o setor de controle interno, stricto sensu, de cada unidade administrativa, que compõe o sistema de que trata a Constituição Federal, deve atuar com vistas a manifestar-se sobre a matéria, tanto em relação ao quadro de pessoal, vacância e despesa com pessoal, quanto em relação ao ingresso de despesa para o fundo e despesas decorrentes.

21. Assim, por fazerem parte do sistema, imprescindíveis as manifestações dos órgãos de controle interno dos órgãos, cujas atuações são impostas pela Lei Complementar nº 432/2008 – artigo 56 –, pela Lei Complementar nº 521/2009 – artigo 2º –, e pelo Regimento Interno do Tribunal de Contas – artigo 55.

22. Nesse sentido, determino a baixa dos autos em diligência, para que os gestores dos órgãos responsáveis pelo ato de inativação adotem medidas saneadoras indicadas e outras consideradas devidas, sob pena de o gestor incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar n. 154/96:

I) Comando Geral da Polícia Militar do Estado de Rondônia:

a) Reinstruir o Processo n. 520/2012/Divisão de Inativos, de transferência para reserva remunerada do militar 2º SGT PM RE 03598-8 Jocimar Prudêncio de Campos, CPF n. 317.037.552-00, com a documentação legalmente exigida (certidão de tempo de contribuição) e com análise e parecer do órgão de controle interno; e

b) Encaminhar, no prazo de 120 dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, os documentos ao Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia – IPERON, para análise, parecer e expedição conjunta do ato de inativação, em cumprimento ao art. 56 da Lei Complementar Estadual 432/08.

II) Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia:

a) Observar, além do rol de documentos exigidos na Instrução Normativa n. 013/2004 do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, as orientações normativas emanadas pelo Ministério da Previdência, quando da instrução

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dos processos de transferência para a reserva remunerada, reforma e pensão dos servidores militares; e

b) Encaminhar, no prazo estabelecido no artigo 37 da IN n. 13/2004, a esta Corte de Contas o procedimento encaminhado pelo Comando Geral de Polícia, fazendo juntar o relatório de controle previdenciário, do novo ato e do comprovante de sua publicação no Diário Oficial do Estado, bem como a documentação comprobatória das medidas elencadas nessa decisão, para análise da legalidade e registro, na forma que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

23. À Assistente de Gabinete:

a) Promova todos os atos processuais objetivando oficiar os órgãos responsáveis pelo ato de inativação militar: Comando Geral de Polícia e Iperon; e

b) Publique a decisão, na forma regimental.

Gabinete do Relator, 16 de setembro de 2013.

Omar Pires Dias Conselheiro-Substituto

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO N°.: 0017/2009-TCER UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia - IPERON ÓRGÃO DE ORIGEM: Secretaria de Estado de Administração NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Aposentadoria Estadual INTERESSADO: Floripes Rodrigues Guimarães CPF: 188.921.912-68 RELATOR: Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva

DECISÃO PRELIMINAR N° 182/GAFJFS/2013

Aposentadoria por tempo de serviço. Possibilidade de inativação em mais de um fundamento constitucional. Direito Subjetivo. Necessidade de notificação da interessada.

Cuidam os autos da apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato concessório de aposentadoria voluntária, da servidora Floripes Rodrigues Guimarães, ocupante do cargo de Auxiliar de Serviços Gerais, referência “10”, pertencente ao quadro permanente de Pessoal Civil do Estado de Rondônia, com fundamento no art. 40, §1º, inciso III, letra “b”, da Carta Magna.

Decido fixar o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, para que o Secretário de Administração e o IPERON, sob pena de incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar nº 154/96, adotem as seguintes providências:

a) Notificação da servidora, a senhora Floripes Rodrigues Guimarães, para que exerça seu direito de escolha quanto aos fundamentos legais a que faz jus para fins de aposentadoria voluntária, podendo optar pelas seguintes regras: 1) art. 40, §1º, inciso III, alínea “d”, da CF/88, redação original c/c art. 3º da EC 41/03, sendo os proventos proporcionais no percentual de 71,01%, calculados com base na remuneração do cargo em que se deu a aposentadoria, com paridade e extensão de vantagens; ou 2) art. 40, §1º, inciso III, “b” da CF/88, com redação determinada pela EC 41/03, com proventos calculados pela média, sem paridade e extensão de vantagens, no percentual de 84,85%.

b) Encaminhar nova planilha de proventos calculados no percentual de 71,01% ou 84,85%, sendo que neste último caso, a planilha deverá conter memória de cálculo, comprovando que os proventos estão sendo pagos

pela média contributiva prevista no art. 1º da Lei Federal n. 10.887/2004, bem como encaminhe ficha financeira atualizada.

c) Encaminhar a cópia do novo ato concessório, bem como do comprovante de publicação em jornal oficial das retificações pugnadas;

d) Alfim encaminhe a esta Corte de Contas a documentação comprobatória das medidas elencadas nas alíneas “a” e “b”, para fins do que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

Dê-se conhecimento da decisão ao IPERON, remetendo-lhe a cópia digitalizada destes autos.

Publique-se na forma regimental.

Porto Velho, 20 de setembro de 2013.

Francisco Júnior Ferreira da Silva Conselheiro-Substituto Relator

Autarquias, Fundações, Institutos, Empresas de Economia Mista, Consórcios e Fundos

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO Nº: 1444/2012-TCE-RO ASSUNTO: Quitação de Débito – Acórdão nº 76/2010 – 1ª Câmara - Prestação de Contas da Companhia de Desenvolvimento Urbano e Rural de Rondônia – Exercício 2004. REQUERENTE: Edney Gonçalves Ferreira - CPF 054.317.038-11 RELATOR: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES

EMENTA: Quitação de Débito. Multas. Prestação de Contas da Companhia de Desenvolvimento Urbano e Rural de Rondônia - CDHUR. Exercício de 2004. Recolhimento junto ao Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia - FDI. Baixa de responsabilidade. Departamento de Acompanhamento de Decisões. Prosseguimento do feito em relação aos demais devedores.

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 018/2013/GCBAA

Versam os autos da Prestação de Contas da Companhia de Desenvolvimento Urbano e Rural de Rondônia - CDHUR, 2004, que retornam a esta relatoria para apreciação dos documentos (fls. 036/065) relacionados à quitação das multas imputadas ao Senhor Edney Gonçalves Ferreira nos item II, III e IV, do Acórdão 76/2010 – 1ª Câmara.

Visto, etc.

Pelo exposto, considerando o cumprimento pelo responsabilizado dos itens II, II e IV, do Acórdão nº 76/2010 – 1ª Câmara, albergado nos documentos e informações descritos, na forma do artigo 26 da Lei Complementar nº 154/96 c/c o artigo 35 do Regimento Interno do Tribunal de Contas, Decido:

I – Conceder quitação de Débito ao Senhor Edney Gonçalves Ferreira - CPF nº 054.317.038-11, nos termos do artigo 26 da Lei Complementar nº 154/96 c/c o artigo 35 do Regimento Interno do Tribunal de Contas, em razão do pagamento das multas consignadas nos item II, II e IV, do Acórdão nº 76/2010 – 1ª Câmara;

II – Reconhecer o recolhimento a maior, no valor atualizado (setembro/2013) de R$274,42 (duzentos e setenta e quatro reais e quarenta e dois centavos) pelo Senhor Edney Gonçalves Ferreira, que

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37 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

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poderá requerer a sua devolução junto ao Fundo de Desenvolvimento Institucional do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – FDI-TCE-RO;

III – Determinar à Assistência de Apoio Administrativo deste Gabinete que providencie a publicação do extrato desta decisão, e após enviar os autos ao Departamento da 1ª Câmara da Secretaria de Processamento e Julgamento, para que promova a ciência do interessado; e

IV – Encaminhar os autos ao Departamento de Acompanhamento de Decisões – DEAD depois de cumpridas as medidas de praxe, para prosseguimento do feito em relação aos demais responsabilizados.

Porto Velho, 24 de setembro de 2013.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

Administração Pública Municipal

Município de Cacaulândia

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO: 03174/2013/TCE-RO INTERESSADO: CÂMARA MUNICIPAL DE CACAULÂNDIA/RO ASSUNTO: DEMONSTRATIVOS FISCAIS – (RGF - 1º SEMESTRE DE 2013) RESPONSÁVEL: EVERALDO FALCÃO METZKER ANDRÉ – VEREADOR PRESIDENTE RELATOR: CONSELHEIRO VALDIVINO CRISPIM DE SOUZA

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 117/2013/GCVCS/TCE-RO

EMENTA: GESTÃO FISCAL. EXERCÍCIO 2013. CÂMARA MUNICIPAL DE CACALÂNDIA. RGF 1º SEMESTRE. REMESSA INTEMPESTIVA DOS RELATÓRIOS FISCAIS. DETERMINAÇÃO.

RELATÓRIO

(...)

Assim, no uso do poder geral de cautela e amparado no art. 62, inciso II, § 1º do Regimento Interno c/c o art. 108-A da Resolução nº.76/TCE/RO-2011, visando proteger o interesse público, prolato a presente DECISÃO MONOCRÁTICA:

I. Determinar ao Gestor da Câmara Legislativa do Município de Cacaulândia, Everaldo Falcão Metzker André – Vereador Presidente, que adote medidas de cumprimento dos prazos e condições de envio dos Relatórios Fiscais a esta Corte de Contas, em cumprimento ao artigo 9º, da Instrução Normativa nº 034/TCER-2012;

II. Encaminhar os presentes autos à Secretaria Regional de Controle Externo de Ariquemes para o cumprimento da presente Decisão Monocrática, oficiando-se ao responsável;

III. Determinar à Secretaria Regional de Ariquemes que promova o acompanhamento da gestão para o próximo período, com atenção às determinações propostas nesta Decisão.

IV. Publique-se esta Decisão.

Porto Velho, 24 de setembro de 2013.

CONSELHEIRO DAVI DANTAS DA SILVA RELATOR

Município de Jaru

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO N°.: 711/2011-TCER UNIDADE GESTORA: Instituto de Previdência de Jaru ÓRGÃO DE ORIGEM: Secretaria Municipal de Administração de Jaru NATUREZA: Registro de Ato de Pessoal ASSUNTO: Aposentadoria Municipal INTERESSADO: Carlos Ramos de Amorim CPF: 312.588.327-04 RELATOR: Conselheiro-Substituto Francisco Júnior Ferreira da Silva

DECISÃO PRELIMINAR N° 181/GAFJFS/2013

Aposentadoria Municipal. Certidão de tempo de Serviço/contribuição. Ausência das averbações. Cópia da Certidão do INSS. Providências.

Cuidam os autos da apreciação da legalidade, para fins de registro, do ato concessório de aposentadoria compulsória, do servidor Carlos Ramos de Amorim, ocupante do cargo de Agente de Portaria, pertencente ao quadro efetivo de pessoal da Secretaria Municipal de Saúde, com fundamento no art. 40, §1º, inciso II, da Constituição Federal, com redação determinada pela Emenda Constitucional de n. 041 de 19 de dezembro de 2003, art. 69 da Lei Municipal n. 850/2005 de 28 de julho de 2005.

Decido fixar o prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da notificação do teor desta Decisão, para que o Superintendente do Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Município de Jaru – JARU PREVI, sob pena de incorrer na aplicação das penalidades contidas no artigo 55, inciso IV da Lei Complementar nº 154/96, adote as seguintes providências:

a) Encaminhe nova Certidão de Tempo de Serviço, contendo as averbações dos tempos de serviço/contribuição considerados para fins de cálculo da aposentadoria concedida ao Sr. Carlos Ramos Amorim, de acordo com o anexo TC-31 da IN n. 13/TCER-2004;

b) Encaminhe Cópia Autenticada da Certidão de Tempo de Serviço emitida pelo INSS, em observância ao art. 50 da IN n. 13/TCER-2004. Com a ressalva de que a original da Certidão deve ser mantida nos arquivos no Instituto, não devendo ser entregue a possíveis beneficiários, de modo a evitar a contagem dos mesmos períodos para outros benefícios;

c) Alfim encaminhe a esta Corte de Contas a documentação comprobatória das medidas elencadas nas alíneas “a” e “b”, para fins do que dispõe o art. 71, III, da Constituição Federal.

Dê-se conhecimento da decisão ao TJRO, remetendo-lhe a cópia digitalizada destes autos.

Publique-se na forma regimental.

Porto Velho, 12 de setembro de 2013.

Francisco Júnior Ferreira da Silva Conselheiro-Substituto Relator

Município de Mirante da Serra

DECISÃO MONOCRÁTICA

EXTRATO PROCESSO No: 2920/2013-TCE-RO INTERESSADO: TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA UNIDADE: PREFEITURA MUNICIPAL DE MIRANTE DA SERRA

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38 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

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RESPONSÁVEL: VITORINO CHERQUE – PREFEITO MUNICIPAL - CPF Nº 525.682.107-53 ASSUNTO: AUDITORIA DE MAPEAMENTO QUANTO AO CUMPRIMENTO DA LEI COMPLEMENTAR FEDERAL Nº 131/2009 (LEI DA TRANSPARÊNCIA) PELOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DE RONDÔNIA RELATOR: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES

EMENTA: Auditoria de mapeamento quanto ao cumprimento da Lei Complementar Federal nº 131/2009 no Município de Mirante da Serra. Irregularidades encontradas. Determinação para criação do site da prefeitura na internet e adequações aos comandos da lei da transparência.

DECISÃO MONOCRÁTICA Nº 017/2013/GCBAA

Assim, ante a existência de graves irregularidades, entendo cabível na presente situação a concessão de tutela antecipatória prevista no artigo 108-A do Regimento Interno desta Corte , em atendimento à proposição do Corpo Técnico em sua conclusão, a fim de se determinar à Administração que cumpra o disposto na norma da transparência.

Ressalto, contudo, que muito embora o corpo técnico tenha sugerido a concessão do prazo de 90 dias para tanto, entendo que o Poder Executivo do Município de Mirante da Serra, considerando-se as privações pecuniárias e técnicas, comuns aos municípios de pequeno porte, possa necessitar de prazo mais extenso, de forma que concedo-lhe 120 (cento e vinte) dias para que adote providências com o intuito de criar um site na internet e dar efetividade à seção alusiva ao Portal da Transparência em seu sítio eletrônico nos termos determinados pela Lei Complementar Federal nº 131/2009.

Em tais condições, decido:

I – CONCEDER liminarmente, na salvaguarda da integridade do patrimônio público, o provimento antecipatório dos efeitos da decisão de mérito, nos termos dos arts. 125, II, e 273, I c/c arts. 461 e 798 do Código de Processo Civil, para fim de determinar ao Prefeito do Município de Mirante da Serra, Sr. Vitorino Cherque, ou a quem venha lhe substituir, que adote providências com vistas a criar um site na internet da Prefeitura e instituir, efetivamente, em seu sítio eletrônico a seção alusiva ao Portal da Transparência, que deverá atender às exigências legais, especialmente aquelas delineadas no item 5 do relatório técnico, que segue anexo;

II - Fixar o prazo de 120 (cento e vinte) dias, para a adoção das medidas constantes do item I, contados da notificação, na forma do art. 30, II, do Regimento Interno/TCE-RO, alertando ao responsável que o seu descumprimento poderá ocasionar a aplicação das sanções previstas no art. 55 da LC 154/96;

III – SOBRESTAR os autos no Departamento da 1ª Câmara para que, decorrido o prazo assinado, encaminhadas ou não as providências determinadas, sejam remetidos ao Corpo Instrutivo para manifestação.

IV - CIENTIFICAR o Prefeito do Município de Mirante da Serra acerca do teor desta decisão, ficando, para tanto, desde já autorizada a utilização dos meios eletrônicos;

V – À Secretaria do Gabinete para o encaminhamento das medidas delineadas na decisão, adote-se, para tanto o necessário, com a urgência que o caso reclama.

Publique-se e cumpra-se, expedindo o necessário.

Porto Velho, 24 de Setembro de 2013.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Relator

Município de Porto Velho

TUTELA ANTECIPATÓRIA INIBITÓRIA

PROCESSO N.: 02703/2013 ASSUNTO: Representação – Pregão Eletrônico n. 010/2013. UNIDADE: Prefeitura Municipal de Porto Velho RESPONSÁVEIS: Andrey de Lima Nascimento e outros RELATOR: Conselheiro Wilber Carlos dos Santos Coimbra

TUTELA INIBITÓRIA ANTECIPADA N. 020/2013/GCWCSC

I - DO RELATÓRIO

Trata-se de Representação interposta como Denúncia, registrada sob o Protocolo n. 07235/2013, encaminhada a esta Corte pela empresa Emulsões e Transportes Ltda - EMAM, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 04.420.916/0012-04, subscrita por seu advogado, noticiando possíveis irregularidades no Pregão Eletrônico n. 010/2013, para formação de sistema de registro de preço para eventual e futura aquisição de produtos asfálticos, realizado pelo Município de Porto Velho/RO.

02. Relata, o Representante, que o aludido Pregão tinha como objeto a contratação de empresa para fornecimento de emulsão asfáltica ao Município e uma das exigências editalícias, para habilitação ao certame, era a comprovação de autorização, expedida pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, para o exercício da comercialização de produtos asfálticos, conforme disposição do item 10.2.1., “d”, do Edital.

03. Não obstante o que expresso no certame, o Município desclassificou a EMAM, única licitante possuidora de autorização da ANP, e classificou a empresa Ambiental Coletora de Resíduos Ltda – ME, que em tese não possui autorização da ANP para a referida comercialização asfáltica.

04. Registra, inclusive, que uma das concorrentes, a empresa A. D. Miranda, já fora autuada e lacrada pela ANP por exercer a atividade de distribuição de asfaltos sem a obrigatória e necessária autorização.

05. Faz juntar à sua peça, instrumento procuratório, Edital de Licitação, Histórico do Pregão, Recurso Administrativo da EMAM, Resposta ao Recurso administrativo, Resolução da ANP n. 02/2005, Ofício da ANP que trata da necessidade de exigência da autorização da ANP em processos licitatórios, Auto de Infração da empresa A.D. Miranda.

06. Em análise dos documentos colacionados aos autos, exarei Decisão Monocrática n. 088/2013/GCWCSC, na qual indeferir, por ora, a emissão de Tutela de urgência e por consectário determinei o envio dos autos para análise do Corpo Técnico e subsequentemente ao Ministério Público de Contas (fls. 80/81v).

07. A Unidade Técnica, por sua vez, concluiu pela incidência de impropriedade, in verbis:

5 – Conclusão

Após análise e instrução relativas à Representação oferecida pela empresa Emulsões e Transportes Ltda. – EMAM, em face de possíveis irregularidades na realização do Pregão Eletrônico n° 010/2013 – Processo Administrativo n° 07.00151/2013, opinamos, caso o eminente Conselheiro Relator assim o entenda, pelo CONHECIMENTO da presente representação, por estarem presentes os requisitos exigidos no art. 80 do Regimento Interno desta Corte de Contas, para no mérito julgá-la PROCEDENTE, pela existência da seguinte irregularidade:

5.1 – De responsabilidade do Senhor Andrey de Lima Nascimento – Pregoeiro, CPF nº 704.319.572-15:

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5.1.1 – Descumprimento ao art. 41, caput c/c o art. 28, V e 30, IV todos da Lei n° 8.666/93, por não observar as condições editalícias relativas ao item “10.2.1” do Edital do Pregão Eletrônico n° 010/2013, que exigia a autorização para funcionamento expedida por órgão competente para a habilitação jurídica da licitante, ou seja, autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP, a qual não consta dos autos, conforme item 4 no presente relatório.

08. Nesse ínterim, sobreveio nova Representação, noticiando irregularidade no certame em comento, desta vez formulada pela Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Asfalto – ABEDA, pleiteando, a nulidade do certame, por não possuir a empresa vencedora da licitação autorização para o desempenho das atividades objeto da licitação (fls. 91/93).

09. Em Despacho Ordinatório de minha lavra (fl. 90v), em homenagem ao Princípio da Conexão e da Economia Processual, determinei à SGCE a juntada do petitório da ABEDA nos presentes autos, para análise em conjunto com os documentos instrutórios dos autos.

10. O Ministério Público de Contas, por sua vez, emitiu Parecer n. 338/2013, da lavra e. Procuradora Geral Érika Patrícia Saldanha de Oliveira, opinando nos seguintes termos (fls. 97/101):

Posto isto, o Ministério Público de Contas pugna:

a) com base no art. 108-A do Regimento Interno, que o Relator no uso das suas prerrogativas constitucionais, exare medida asseguradora da prevenção imediata de irregularidade, no sentido de determinar à Administração que não efetive a contratação de empresa irregular, até ulterior deliberação da Corte.

c) após, seja assegurado o direito ao contraditório e ampla defesa, na forma da lei, ao Prefeito Municipal de Porto Velho, Sr. Mauro Nazif, ao Pregoeiro responsável, Sr. Andrey de Lima Nascimento, a Presidente da Comissão Permanente de Licitação, Sra. Paula Jaqueline de Assis Miranda, e à Empresa Ambiental Coletora de Resíduos Ltda. – EPP para, querendo, apresentarem justificativas quanto a seguinte irregularidade:

I - Descumprimento ao art. 41, caput c/c o art. 28, V e 30, IV todos da Lei n° 8.666/93, por não observar as condições editalícias relativas ao item “10.2.1” do Pregão Eletrônico n. 010/2013, a qual exigia a autorização para funcionamento expedida por órgão competente para a habilitação jurídica da licitante, in casu, autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – ANP.

11. Em estrita obediência à processualística, grafada em normas específicas de regência da funcionalidade desta Corte, veio-me a Representação para o exercício da atividade deliberatória.

É o relatório.

PASSO A DECIDIR

II – DA FUNDAMENTAÇÃO

12. Como visto, trata-se de Representação interposto como Denúncia, registrada sob o Protocolo n. 07235/2013, encaminhado a esta Corte pela empresa Emulsões e Transportes Ltda - EMAM, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ 04.420.916/0012-04, subscrita por seu advogado, noticiando possíveis irregularidades no Pregão Eletrônico n. 010/2013, para formação de sistema de registro de preço para eventual e futura aquisição de produtos asfálticos, realizado pelo Município de Porto Velho/RO.

13. A Representação ofertada, traz a lume, em tese, irregularidades que conflitam com os regramentos regentes da matéria sub examine, razão pela qual propugnou a Unidade Técnica e o Parquet de Contas, por meio de suas manifestações, respectivamente, às fls. 84/86 e 97/101, a

SUSPENSÃO cautelar do certame em voga, com fulcro no art. 108-A do RITC, até ulterior decisão desta Corte de Contas.

II.1 - DA CONCESSÃO DA TUTELA INIBITÓRIA ANTECIPADA

14. No bojo da Representação subscrita pela empresa Emulsões e Transportes Ltda – EMAM, indica a possibilidade de ser consumado ilícito que, acaso não seja tempestivamente sanado pela Administração Pública Municipal, poderá ocasionar severos prejuízos ao erário municipal.

15. O art. 108-A do Regimento Interno, combinado com o art. 286-A, do mesmo codex, autorizam a concessão da Tutela Inibitória, in verbis:

RITC. Art. 108-A. A Tutela Antecipatória é a decisão proferida de ofício ou mediante requerimento do Ministério Público de Contas, da Unidade Técnica, de qualquer cidadão, pessoa jurídica interessada, partido político, associação ou sindicato, por juízo singular ou colegiado, com ou sem a prévia oitiva do requerido, normalmente de caráter inibitório, que antecipa, total ou parcialmente, os efeitos do provável provimento final, nos casos de fundado receio de consumação, reiteração ou de continuação de lesão ao erário ou de grave irregularidade, desde que presente justificado receio de ineficácia da decisão final.

16. De se ver, portanto, que a medida preeminente é cabível em face da concreção de atos administrativos contrários às regras estatuídas pelo ordenamento jurídico e, por isto, os pressupostos a ela atrelados são (a) a probabilidade de consumação de ilícito e (b) o fundado receio de ineficácia da tutela definitiva.

II.2 – Da probabilidade da consumação do ilícito

17. Aduz a licitante, em sua peça representativa (fls. 02/04), que a Administração Pública Municipal, ao consagrar a empresa Ambiental Coletora de Resíduos Ltda. – EPP vencedora do certame em tela, teria deixado de observar o comando normativo inserto no item 10.2.1,”d”, c/c art. 28,V, da Lei Federal n. 8.666/93, vez que adjudicaram e homologaram a licitação sem exigir, em tese, documento habilitatório obrigatório consistente na autorização para funcionamento, expedido por órgão competente – ANP.

18. Em razão disto, o Corpo Instrutivo e o Ministério Público de Contas, em suas análises acostadas respectivamente às fls. 84/86 e 97/101, pleitearam pela suspensão cautelar das fases subsequentes a eventual Adjudicação e Homologação do certame em apreço.

19. Tenho que razão assiste à empresa Representante, ao Corpo Instrutivo e ao Ministério Público de Contas. Explico.

20. É cediço que dentre as etapas do certame há a etapa habilitatória, sendo que para ser declarada vencedora a licitante deverá preencher os requisitos legais insculpidos na Lei Federal 8.666/93.

21. In casu, tem-se que a empresa Ambiental Coletora de Resíduos Ltda. – EPP, fora consagrada vencedora, sem ter apresentado, em tese, a documentação atinente à autorização de comercialização e transporte de produtos asfálticos, sem a devida autorização da ANP, contrariando o item “10.2.1”, do Edital Pregão Eletrônico n. 010/2013 c/c art. 30, IV da Lei Federal n. 8.666/93, que assim dispõem respectivamente:

“10.2.1”. Habilitação Jurídica:

(...)

d) Decreto de autorização, em se tratando de empresa ou sociedade estrangeira, em funcionamento no País, e ato de registro ou autorização para funcionamento expedido pelo órgão competente, se a atividade assim o exigir, bem assim, documento em que identificados os seus administradores”. (Grifo nosso)

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Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica limitar-se-á a:

(...)

IV - prova de atendimento de requisitos previstos em lei especial, quando for o caso. (Grifo nosso)

22. Impende mencionar que o objeto do certame consubstancia-se na aquisição futura de produtos asfálticos para atender a municipalidade, sendo que o produto em questão é derivado de petróleo, cuja comercialização, transporte e armazenamento, portanto, depende de autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustível – ANP, conforme art. 3º da Resolução n. 002/2005/ANP, publicada no Diário Oficial da União em 19/01/2005, o que, por consectário lógico, é conditio sine qua non à habilitação jurídica da empresa Ambiental Coletora de Resíduos Ltda. – EPP a apresentação do pertinente Registro concedido pela ANP. A propósito, grafa-se o prefalado dispositivo:

Art. 3º. A atividade de distribuição de asfaltos somente poderá ser exercida por pessoa jurídica, constituída sob as leis brasileiras, que possuir autorização da ANP. (Grifo Nosso)

23. Forçoso destacar que, a Representante apresentou às fls. 78/79, Auto de Fiscalização emitido pela Agência Nacional do Petróleo - NP, na qual penaliza a 2ª colocada da presente licitação, à empresa A.D. MIRANDA em virtude de ter comercializado produtos derivados de petróleo sem a devida autorização da agência reguladora.

24. A ilegalidade invocada pela empresa Emulsões e Transportes Ltda – EMAM, prima face, merece prosperar, vez que, nos autos não consta a autorização da ANP para a empresa vencedora exercer a atividade de comercialização, armazenamento e transporte de asfalto, cujo exercício da atividade depende de autorização legal por tratar-se de produto derivado de petróleo, conforme o disposto no art. 6º, da Lei Federal n. 9.478/97, in verbis:

Art. 6° Para os fins desta Lei e de sua regulamentação, ficam estabelecidas as seguintes definições:

I - Petróleo: todo e qualquer hidrocarboneto líquido em seu estado natural, a exemplo do óleo cru e condensado;

II - Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos, incluindo gases úmidos, secos, residuais e gases raros;

III - Derivados de Petróleo: produtos decorrentes da transformação do petróleo;

XX - Distribuição: atividade de comercialização por atacado com a rede varejista ou com grandes consumidores de combustíveis, lubrificantes, asfaltos e gás liquefeito envasado, exercida por empresas especializadas, na forma das leis e regulamentos aplicáveis;

25. A comercialização, armazenamento e transporte de produtos derivados de petróleo, como dito alhures, é regulado pela Lei Federal n. 9.478/97, que dispõe sobre a política energética nacional, as atividades relativas ao monopólio do petróleo, institui o Conselho Nacional de Política Energética e a Agência Nacional do Petróleo e dá outras providências.

26. Dispõe a referida lei, que é competência da ANP, a regulamentação das atividades das empresas cujo objeto seja o exercício de atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, conforme o disposto no art. 8º, que passo a transcrever:

Art. 8º A ANP terá como finalidade promover a regulação, a contratação e a fiscalização das atividades econômicas integrantes da indústria do petróleo, do gás natural e dos biocombustíveis, cabendo-lhe: (Redação dada pela Lei nº 11.097, de 2005)

(...)

V - autorizar a prática das atividades de refinação, liquefação, regaseificação, carregamento, processamento, tratamento, transporte, estocagem e acondicionamento; (Redação dada pela Lei nº 11.909, de 2009)

27. Diante disto, tenho que a suspensão das etapas subsequentes à adjudicação e homologação da presente licitação é medida a ser imposta até ulterior decisão desta e. Corte de Contas.

28. Neste passo, a decisão aqui prolatada será vazada com o fito de evitar que sejam consumadas as ilicitudes perscrutadas pela análise perfunctória dos documentos apresentados e, dessarte, de assegurar a eficácia do provimento final a ser promanado no fecho deste processo - a teor, repise-se, do preceptivo inserido no art. 108-A do Regimento Interno desta Corte.

II.1.2. Do receio de ineficácia do provimento final

29. É de se destacar, que os contratos entre a municipalidade e a empresa vencedora do certame não foram ainda celebrados conforme contato telefônico em 13/09/2013, com o Senhor Jefferson, funcionário da Procuradoria Geral do Município de Porto Velho.

30. Há, em decorrência disto, fundado receio de que a ilegalidade aventada seja consumada, tomando-se aqui como marco temporal para a concretização do suposto ilícito não o momento da homologação jurídica da licitante vencedora, mas sim, a assinatura do contrato - fronteira a partir da qual o defeito poderá se tornar irremediável.

31. Impende anotar que os elementos autorizadores da tutela preventiva reportam-se a ilícitos – sejam produtores ou não de danos materiais concretos ao erário municipal.

32. Daí por que a mera evidência de ato atentatório à s normas jurídicas – regras ou princípios, que possam ocasionar a ineficácia da tutela final, justifica, de per si, mesmo sem a prévia oitiva dos responsáveis, o que impõe a imediata atuação desta Eg. Corte com o escopo de prevenir qualquer lesão ao direito material tutelado.

II.1.3. Da obrigação de fazer

33. Sabe-se que o elemento nuclear da tutela de urgência se amolda no âmago das obrigações de fazer, hipótese que faz impor ao administrador público a adoção de medidas imprescindíveis para sanar ou evitar a consumação, continuação ou reiteração de dano ao erário ou grave irregularidade.

34. Neste diapasão, necessário se faz impor aos Senhores: MAURO NAZIF RASUL- Prefeito Municipal de Porto Velho, ANDREY DE LIMA NASCIMENTO – Pregoeiro responsável do Pregão Eletrônico n. 010/2013/PMPVH, Senhora PAULA JAQUELINE DE ASSIS MIRANDA – Presidente da Comissão Permanente de Licitação e CARLOS DOBBIS – Procurador Geral do Município – ou quem os substituam na forma da lei, que, incontinenti, SUSPENDAM as fases subsequentes do Pregão Eletrônico n. 010/2013, deflagrado pela Prefeitura do Município de porto Velho.

35. Por corolário, se a Administração Pública vier a descumprir os comandos da presente Decisão, o agente responsável pela ação ou omissão poderá sofrer, após o contraditório, imposição das sanções – cf. nos art. 461, § 4º, do CPC, c/c art. 108-A, § 2º, e art. 186-A do Regimento Interno desta Corte, ademais, a não adoção das medidas a serem determinadas, poderão, em tese, autorizar a anulação do certame.

III – DO DISPOSITIVO

Ante o exposto, acolho o pleito formulado pela empresa Emulsões e Transporte Ltda – EMAM, bem como pelo Ministério Público de Contas, e, por consectário lógico, visando à preservação do interesse público,

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concedo, inaldita altera pars, Tutela Inibitória pleiteada, para o fim de DETERMINAR:

I – AOS senhores: MAURO NAZIF RASUL - Prefeito Municipal de Porto Velho, ANDREY DE LIMA NASCIMENTO – Pregoeiro responsável, Senhora PAULA JAQUELINE DE ASSIS MIRANDA – Presidente da Comissão Permanente de Licitação e CARLOS DOBBIS – Procurador Geral do Município – ou quem os substituam na forma da lei, que, incontinenti, SUSPENDAM as fases subsequentes do Pregão Eletrônico n. 010/PMPVH/2013, realizado no 28/05/2013, promovido para formação de sistema de registro de preço para eventual e futura aquisição de produtos asfálticos, até ulterior pronunciamento deste Tribunal;

II – FIXAR o prazo de 05 (cinco) dias, contados a partir da notificação, para que os agentes indicados no item I COMPROVEM A ADOÇÃO DA SUSPENSÃO das fases subsequentes do Pregão Eletrônico n. 010/PMPVH/2013, realizado no 28/05/2013, para formação de sistema de registro de preço para eventual e futura aquisição de produtos asfálticos determinada;

III – ASSINALAR o prazo de 15 (quinze) dias, contados da notificação pessoal, para que os Senhores : MAURO NAZIF RASUL - Prefeito Municipal de Porto Velho, ANDREY DE LIMA NASCIMENTO – Pregoeiro responsável pelo Pregão Eletrônico n. 010/PMPVH/2013, Senhora PAULA JAQUELINE DE ASSIS MIRANDA – Presidente da Comissão Permanente de Licitação, CARLOS DOBBIS – Procurador Geral do Município e o responsável legal da empresa Ambiental Coletora de Resíduos Ltda – ME, comprovem a elisão ou ilisão da irregularidade indicada no bojo desta Decisão, querendo, ofertem razões de justificativas, por escrito, instruindo-as com os documentos que entenderem de direito, nos termos da legislação processual, em face da irregularidade, em tese, apontado na presente decisão, remetendo-lhes cópia integral da representação, Relatório Técnico e Parecer ministerial n. 338/2013, bem como desta Decisão;

IV– IMPOR, a título de multa cominatória, o valor de 10.000,00 (dez mil reais), a qual será convolada no caso de descumprimento injustificado da ordem de suspensão das fases subsequentes do certame, a ser suportada pessoal e individualmente pelos agentes indicados no item I - o que faço com substrato nos arts. 461, § 4º, do CPC, c/c o art. 108-A, § 2º, e art. 186-A do Regimento Interno desta Corte, sem prejuízo das sanções cíveis e criminais a serem devidamente apuradas pelos órgãos competentes, no que for de sua alçada;

V – ADVERTIR aos responsáveis que a não apresentação de razões de justificativas, ou apresentação intempestiva, poderá resultar na declaração de ilegalidade dos atos praticados, com a eventual imputação de débito e/ou multa, na forma do art. 54 da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o art. 102 do Regimento Interno, ou a aplicação de multa por ato praticado com grave infração à norma legal ou regulamentar de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, com espeque no art. 55, II, da Lei Complementar Estadual n. 154/96, c/c o disposto no art. 103 do RITC-RO;

VI – DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão aos Senhores MAURO NAZIF RASUL - Prefeito Municipal de Porto Velho, ANDREY DE LIMA NASCIMENTO – Pregoeiro responsável pelo Pregão Eletrônico n. 019/PMPVH/2013, Senhora PAULA JAQUELINE DE ASSIS MIRANDA – Presidente da Comissão Permanente de Licitação, CARLOS DOBBIS – Procurador Geral do Município, ao representante legal da empresa AMBIENTAL COLETORA DE RESÍDUOS LTDA – ME, para pleno conhecimento, bem como a Senhora MARIA AUXILIADORA PAPAFANURAKIS PACHECO – Controladora Geral do Município para que adote providencias afetas as suas atribuições constitucionais;

VII - DÊ-SE CIÊNCIA desta Decisão ao Ministério Público de Contas;

VIII – PUBLIQUE-SE;

IX – CUMPRA-SE e, para tanto, adote-se a Assistência de Gabinete as medidas consectárias, na forma regimental, observando-se, rigorosamente, a contagem de prazo para atendimento do que determinado;

Sirva a presente de mandado.

SOBRESTE-SE os autos neste gabinete até a preclusão do prazo fixado.

Porto Velho-RO, 24 de setembro de 2013.

Conselheiro WILBER CARLOS DOS SANTOS COIMBRA Relator

Município de Rolim de Moura

DECISÃO MONOCRÁTICA

PROCESSO Nº: 3136/2013 INTERESSADO: Município de Rolim de Moura ASSUNTO: Análise da legalidade do Edital de Pregão Eletrônico nº. 33/2013, deflagrado pelo Município de Rolim de Moura para adquirir oxigênio medicinal para atender as necessidades da Secretaria Municipal de Saúde RESPONSÁVEIS: 1. Rosângela Lucia da Silva – Pregoeira 2. Ivonete Alves Chalegra – Secretária Municipal de Saúde 3. César Cassol – Prefeito RELATOR: Conselheiro PAULO CURI NETO

DECISÃO Nº 174/2013/GCPCN

Ementa: Notícia de possível prática de sobrepreço. Certame anulado pela própria administração após intervenção desta Corte. Nova licitação deflagrada. Análise técnica superveniente informando que o novo preço ofertado permanece acima da média de mercado que entendeu impositiva ao caso. Sessão de abertura das propostas ocorrida após a ultimação da derradeira manifestação técnica. Improcedência, por ora, da alegação de possível dano ao erário.

Trata-se originariamente de análise do Edital de Pregão Eletrônico n°. 33/2013 deflagrado, no âmbito do Poder Executivo do Município de Rolim de Moura, para a formação de registro de preços destinado à aquisição de "oxigênio medicinal". O valor das eventuais despesas foi estimado em R$ 155.000,00.

2. Motivado por notícia de possível prática de sobrepreço, este Relator expediu determinação para que a pregoeira efetivasse negociação com a vencedora para reduzir o preço ofertado a valores de mercado.

3. Por não terem conseguido reduzir as propostas apresentadas, os responsáveis deliberaram por considerar prejudicada a disputa (conforme aviso de fl. 86).

4. Após novo exame, tanto o Corpo Técnico quanto o Ministério Público de Contas concluíram pela perda do objeto.

5. Em 13/9/13 a Secretaria Regional de Cacoal trouxe ao conhecimento deste Relator (Memorando nº. 300/2013) informação extra autos de que novo certame havia sido deflagrado visando à aquisição de oxigênio medicinal e que o novel valor adjudicado (desta vez R$ 7,10), segundo seu senso, tornava a se apresentar acima do parâmetro de mercado.

6. Assim vieram os autos a deliberação desta Relatoria.

7. Preambularmente, registro que o volume de atribuições deste gabinete nos últimos dias impediu conferir maior celeridade ao feito. Contudo, o controle prévio, neste caso, já se mostrava frustrado face ao aporte dos autos no gabinete três dias depois da consumação da sessão de julgamento das propostas (havida às 10h do dia 10/09/13 e o processo foi recebido às 12h e 31min do dia 13).

8. O caso envolve peculiaridades que devem ser consideradas no encaminhamento a ser emanado. Trata-se da segunda tentativa de licitar o

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objeto pretendido no intervalo de aproximadamente um mês. Em ambas as disputas somente duas empresas participaram (as mesmas: Indústria e Comércio de Oxigênio da Amazônia e White Martins Gases Industriais do Norte). Na primeira disputa, a melhor proposta foi de R$ 12,50 (doze reais e cinquenta centavos) para cada metro cúbico (m3) de oxigênio medicinal – isso após impetuosa tentativa de negociação pela pregoeira, como se vê do Relatório da Sessão (fl. 53).

9. Tão logo instado por esta Corte a enveredar processo de negociação com a licitante vencedora para diminuir ainda mais o preço ofertado, o próprio município reconheceu que esse valor estava muito acima de outros contratos praticados em municípios no interior do estado e, diante da indisponibilidade da empresa para negociar, declarou frustrado o certame.

10. Em nova licitação deflagrada (da qual faz notícia a Unidade Técnica), as mesmas empresas, e somente elas, se interessaram pela disputa. A melhor proposta, desta feita, foi de R$ 7,10 (sete reais e dez centavos), o que representa um decréscimo de mais de 40% do valor obtido no prélio anterior.

11. Segundo a avaliação da unidade de controle, o novo valor obtido ainda se encontra acima do que se deva considerar como aceitável (em torno de R$ 6,00).

12. Pois bem. É possível identificar algumas propriedades deste caso que impõem cautela a quem se dedique a examiná-lo. Após um breve apanhado de algumas licitações realizadas no interior do estado, vê-se que o universo competitivo se restringe às mesmas duas empresas que acorreram ao presente certame.

13. Seria precipitado e irrefletido afirmar com segurança a prática de cartel entre as supracitadas empresas, mormente por se tratar de objeto assaz específico e cujo mercado padece de “barreiras de entrada” (termo familiar à área de Gestão Empresarial e que significa a existência de fatores que impedem ou dificultam a entrada de organizações empresariais em um determinado segmento – como altos custos iniciais, concentração de conhecimento tecnológico ou regras rígidas de regulação e fiscalização pelo Poder Público). Isso explica a existência do baixo número de empresas especializadas.

14. Ainda que haja ocorrido a efetiva e hígida disputa entre as duas únicas interessadas, o número de concorrentes está longe de propiciar o embate de propostas capaz de assegurar a economicidade desejável de um pregão eletrônico. O “fatiamento” dos municípios do estado pode ser processo natural à própria escassez de concorrência – de forma que cada empresa dedica sua capacidade operativa para atender a uma parte do estado.

15. Fato é que, independentemente de estarmos diante da formação de cartel ou das infelizes consequências do minguado mercado de empresas competitivas, os entes não podem prescindir do objeto licitado. É bem verdade que há outras maneiras de oferecer oxigênio medicinal às unidades da rede pública de saúde (como a opção pelo modelo de locação de usina produtora). No entanto, considerando o parco valor total desta contratação (aproximadamente R$ 70.000,00 anuais), é muito provável que essa forma de geração não apresente melhor custo-benefício.

16. Ainda há mais. Um dos valores de referência trazidos pela Unidade Técnica foi o registrado pelo município de Cacoal – R$ 5,95 para cada m3 de oxigênio medicinal. Ocorre que o quantitativo a ser consumido nesse caso desborda muito da previsão de consumo em Rolim de Moura (exatamente três vezes mais – Cacoal com 30 mil m3 e Rolim de Moura com 10 mil). Considerando que a empresa fornecedora em ambos os casos (White Martins) possui fábrica somente na capital, os custos fixos de deslocamento e armazenamento do produto certamente impactam consideravelmente o valor unitário do gás.

17. De mais a mais, a possível economia auferida pelo município de Cacoal não chega a perfazer 17% em relação à proposta vencedora da licitação ora em apreço. É admissível debitar essa diferença às questões de logística e deslocamento inerentes à prestação do contrato.

18. Por fim, há um aspecto de menor ênfase, mas que não pode ser desprezado em absoluto: a ponderação entre o valor total envolvido nesta contratação e a quantidade de atribuições de competência desta Corte. Considerando que se trata de registro de preços, o valor estimado de R$ 70 mil reais pode sequer nem mesmo vir a ser consumido in totum. Além disso, eventual dano ao erário (o que ainda parece estar extremamente difícil de sustentar), comparando-se ao valor obtido pela administração vizinha de Cacoal, poderia corresponder a no máximo R$ 11.338,00 (onze mil, trezentos e trinta e oito reais).

19. Em muitos casos similares esta Corte deliberou pela inviabilidade econômica do prosseguimento da análise do feito (situações em que o custo de movimentação processual se mostrava superior ao valor que poderia vir a ser reconstituído ao erário). Tal encaminhamento se faz recomendável sobretudo neste caso, em que não há como garantir que o valor unitário de R$ 5,95 deve ser obrigatoriamente o preço máximo de mercado para a contratação pretendida pelo município de Rolim de Moura (mormente porque o preço oferecido a Rolim – R$ 7,10 – refere-se a um quantitativo três vezes menor do que aquele a ser demandado por Cacoal, motivo que pode justificar tamanha diferença).

20. Adicionalmente, o fato de se tratar de registro de preços confere maior flexibilidade à administração para se acorrer a outros fornecedores dispostos a praticar preços menores do que os registrados (na forma do artigo 15, § 4º, da Lei n°. 8.666/93).

21. Por todo o aqui discutido, deixo de corroborar, por ora, a conclusão do Corpo Técnico quanto à prática de superfaturamento da proposta vencedora no Pregão Eletrônico n°. 42/2013 (novo certame deflagrado para substituir o que é objeto destes autos). Remeta-se o feito ao Ministério Público de Contas para manifestação sobre os novos documentos carreados pela Secretaria Regional de Cacoal (Memorando nº. 300/2013).

Porto Velho, 20 de setembro de 2013

PAULO CURI NETO Conselheiro Relator

Atos da Presidência

Portarias Portaria n. 555 de 17 de abril de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 414/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ENÉIAS DO NASCIMENTO, MOTORISTA, cadastro n 308, na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 1.000,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.000,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 17.4.2013 a 14.5.2013, que será utilizado para cobrir despesas com abastecimento e manutenção do veículo L200/TRITON/NDE7938 que atende as necessidades de deslocamento da Secretaria Regional de Controle Externo de Vilhena - RO, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

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Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 17.4.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 722 de 17 de maio de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 414/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ENÉIAS DO NASCIMENTO, MOTORISTA, cadastro n 308, na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 1.000,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.000,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 17.5.2013 a 16.6.2013, que será utilizado para cobrir despesas com manutenção da camioneta L200/TRITON/NDE7938 que atende a Secretaria Regional de Controle Externo de Vilhena, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 17.5.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 842 de 14 de junho de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO – SUBSTITUTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 0414/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ENÉIAS DO NASCIMENTO, MOTORISTA, cadastro n 308, na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 1.000,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.000,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 17.6.2013 a 16.7.2013, que será utilizado para cobrir despesas com manutenção da camioneta L200/TRITON/NDE7938, que atende as necessidades de deslocamento da Secretaria Regional de Controle Externo de Vilhena - RO, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 17.6.2013.

JUSCELINO VIEIRA Secretário-Geral de Administração e Planejamento – Substituto

Portaria n. 1049 de 17 de julho de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 0414/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ENÉIAS DO NASCIMENTO, MOTORISTA, cadastro n 308, na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 1.000,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.000,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 23.7.2013 a 15.8.2013, que será utilizado para cobrir despesas com manutenção da camioneta L200/TRITON/NDE7938, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 23.7.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1218 de 16 de agosto de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de

Page 44: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

44 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 0414/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ENÉIAS DO NASCIMENTO, MOTORISTA, cadastro n 308, na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 1.000,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.000,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 19.8.2013 a 17.9.2013, que será utilizado para cobrir despesas com manutenção do veículo L200/TRITON/NDE7938, pertencente ao patrimônio desta Corte de Contas e destinado à Secretaria Regional de Controle Externo de Vilhena-RO, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 19.8.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1461 de 19 de setembro de 2013.

Concede Suprimento de Fundos.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, usando da competência que lhe confere o artigo 1º, inciso I, alínea “b” da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOe TCE-RO n. 219 – ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 0414/2013 resolve:

Art. 1º. Conceder Suprimento de Fundos em regime de adiantamento ao servidor ENÉIAS DO NASCIMENTO, MOTORISTA, cadastro n 308, na quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais).

CÓDIGO PROGRAMÁTICO NATUREZA DE DESPESA VALOR (R$)

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.30 1.000,00

01.122.1265.2981.0000 3.3.90.39 1.000,00

Art. 2º. O prazo de aplicação do adiantamento será no período de 19.9.2013 a 17.10.2013, que será utilizado para cobrir despesas com manutenção da camioneta L200/TRITON/NDE7938 que atende as necessidades da Secretaria Regional de Controle Externo de Vilhena - RO, com apresentação de prestação de contas dentro dos 5 (cinco) dias subseqüentes do término do prazo de aplicação.

Art. 3º A Divisão de Contabilidade – DIVCONT do Departamento de Finanças – DEFIN efetuará os registros referentes à caracterização da responsabilidade do agente e as conferências da documentação comprobatória da aplicação.

Art. 4º Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 19.9.2013.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.467/2013, de 20 de setembro de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com a Portaria n. 1.471, de 24.9.2012 publicada no DOeTCE-RO n. 289 – ano II, de 25.9.2012, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 3210/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor FLÁVIO DONIZETE SGARBI, Técnico de Controle Externo, ocupante do cargo em comissão de Diretor, Cadastro n. 170, à cidade de Brasília - DF, no período de 24.9.2013 a 27.9.2013, com a finalidade de participar do curso "Deliberação acerca do Regimento Interno da Rede".

Art. 2º Conceder ao servidor 4 (quatro) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.466/2013, de 20 de setembro de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com a Portaria n. 1.471, de 24.9.2012 publicada no DOeTCE-RO n. 289 – ano II, de 25.9.2012, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 3210/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor ROGÉRIO ALESSANDRO SILVA, Chefe de Gabinete da Corregedoria, Cadastro n. 990567, à cidade de Brasília - DF, no período de 24.9.2013 a 27.9.2013, com a finalidade de participar do curso "Deliberação acerca do Regimento Interno da Rede".

Art. 2º Conceder ao servidor 4 (quatro) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Portaria n. 1.438/2013, de 13 de setembro de 2013.

Autoriza viagem.

O SECRETÁRIO-GERAL DE ADMINISTRAÇÃO E PLANEJAMENTO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DE RONDÔNIA, de acordo com a Portaria n. 1.471, de 24.9.2012 publicada no DOeTCE-RO n. 289 – ano II, de 25.9.2012, usando da competência que lhe confere os incisos I e VII, do artigo 1º, da Portaria n. 976, de 14.6.2012, publicada no DOeTCE-RO n. 219 - ano II, de 15.6.2012, e considerando o que consta do Processo n. 3467/2013, resolve:

Art. 1º Autorizar a viagem do servidor MÁRCIO ALBER OLIVEIRA, Cadastro n. 990603, ocupante do cargo em comissão de Assistente de Gabinete, à cidade de São Paulo - SP, no período de 17.9.2013 a

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Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

21.9.2013, com a finalidade de participar da "30ª Feira Internacional de Música - EXPOMUSIC", visando realizar levantamento de equipamentos de áudio profissional para implantação do projeto de sonorização desta Corte de Contas.

Art. 2º Conceder ao servidor 4,5 (quatro e meia) diárias.

Art. 3º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ GUILHERME ERSE DA SILVA Secretário-Geral de Administração e Planejamento

Deliberações Superiores

DECISÃO

PROCESSO No: 2808/13 - TCE-RO INTERESSADO: João Degan ASSUNTO: Concessão da verba instituída pela Lei Complementar n. 692/12

Decisão n. 114/13/GP

ADMINISTRATIVO. INCORPORAÇÃO. VERBA. DISTORÇÕES REMUNERATÓRIAS. REQUISITOS. ATENDIMENTO. SERVIDOR APOSENTADO. CONCESSÃO. AUTORIZAÇÃO. 1. A Lei Complementar n. 692/12 tem como escopo corrigir distorções remuneratórias existentes na carreira de auditoria, inspeção e controle, decorrentes de decisões judiciais que asseguram à parcela dos seus integrantes a incorporação de benefícios originados da forma de cálculo da gratificação de produtividade e da transição do regime da LC n. 154/96 para a LC n. 307/04. 2. Aposentado o servidor nas regras que lhe garantem a paridade e a extensão de vantagens, e atendidos os requisitos legais, é de conceder a incorporação. 3. Autorização para a adoção das providências necessárias.

Relatório

Trata-se de requerimento subscrito pelo servidor aposentado João Degan, objetivando a incorporação da verba instituída pelo art. 2º da Lei Complementar n. 692/12 (fls. 01)

2. Instruídos os autos pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Instrução n. 147/Segesp – fls. 28/29), verificou-se que a requerente aposentou-se na regra que lhe proporciona a paridade e a extensão de vantagens, tendo seus proventos reajustados em conformidade com os reajustes concedidos aos servidores em atividade.

3. Encaminhado o processo à Assessoria Jurídica, esta se manifestou por meio do Parecer n. 397/ASSEJUR-2013, nos seguintes termos (fls. 31):

Assim, nos termos da fundamentação supra e demais informações que constam nos autos, concluímos que o pedido formulado nestes autos poderá ser regularmente processado, com base nas disposições da LCE n. 692/2012 c/c Lei nº 725/2013, nos limites apontados pela Segesp na instrução e documentos encartados às fls. 07/29.

É o relatório.

4. Compulsando os presentes autos, verifica-se não haver óbice para atendimento do pleito.

5. De fato, o art. 1º da Lei Complementar n. 692/12 explica que o escopo da norma é corrigir distorções remuneratórias existentes na carreira de auditoria, inspeção e controle, decorrentes de decisões judiciais que asseguram à parcela dos seus integrantes a incorporação de benefícios originados da forma de cálculo da gratificação de produtividade e da

transição do regime da Lei Complementar n. 154/96 para a Lei Complementar n. 307/04.

6. O art. 2º, § 3º, I e II, por sua vez, elenca requisitos a serem preenchidos para a concessão do benefício.

7. Assim, para os agentes públicos que não ingressaram com ação judicial, basta a comprovação da renúncia da faculdade de postular o reconhecimento do direito à obtenção dessa verba com efeito retroativo.

8. Já os agentes públicos que são partes nos processos lá elencados, mas que até a publicação da lei ainda não haviam sido contemplados com decisão assecuratória da incorporação, devem comprovar a desistência do pedido judicial e a renúncia da faculdade de postular o reconhecimento do direito à obtenção dessa verba com efeito retroativo.

9. No caso em testilha, com fulcro no art. 2º, § 3º, II da LC n. 692/12, o servidor, parte no processo n. 0004745-85.2010.8.22.0001, encartou aos autos documento noticiando o arquivamento da ação interposta. Aqui, insta asseverar que o arquivamento de eventuais ações interpostas com sentença denegatória do pedido pode ser admitido em substituição à comprovação da desistência do pedido judicial, preenchendo, portanto, o requisito legal para concessão do pedido.

10. Finalmente, impende mencionar que o servidor, aposentado no cargo de Técnico de Controle Externo, agora Auditor de Controle Externo (segundo a Lei Complementar n. 307/04, alterada pela Lei Complementar n. 679/12), nos termos do art. 2º, I e § 1º, da mesma Lei, faz jus à incorporação do valor de R$ 2.100,00, no percentual de 25% a partir de outubro de 2012 e 75% a partir de maio de 2013.

11. Isto porque, segundo a Instrução n. 147/Segesp (fls. 28/29), “o requerente, de acordo com a regra pela qual aposentou faz jus à paridade e extensão de benefícios, tendo seus proventos reajustados em conformidade com os reajustes concedidos aos servidores em atividade”.

12. De fato, segundo as lições de Magadar Rosália Costa Briguet, Maria Cristina Lopes Victorino e Miguel Horvath Júnior, “o benefício da paridade consiste, em resumo, no direito dos aposentados à revisão dos proventos na mesma proporção e data das alterações previstas para os servidores ativos, bem assim a extensão dos benefícios e vantagens a estes concedidos” (BRIGUET, Magadar Rosália Costa, VICTORINO, Maria Cristina Lopes e HORVATH JÚNIOR, Miguel. Previdência Social – Aspectos práticos e doutrinários dos regimes jurídicos próprios. São Paulo: Atlas, 2007, p. 45).

13. Assim, considerando que a aludida parcela busca corrigir distorções remuneratórias existentes na carreira, aplicável também aos servidores que se aposentaram na regra mencionada pela Secretaria de Gestão de Pessoas.

14. Não bastasse, com relação ao marco inicial para percepção da vantagem, o art. 5º da Lei Complementar n. 725 de 03.07.2013 determinou que ela será devida a partir do requerimento, no caso em testilha, 11.07.2013 (fls. 01).

15. Diante do exposto, comprovado o atendimento dos requisitos legais, determino o encaminhamento dos autos à Secretaria-Geral de Administração e Planejamento para adoção das seguintes providências:

I – Conceda-se ao servidor aposentado João Degan a verba elencada no art. 2º, I da Lei Complementar n. 692/12, incorporando este valor na próxima folha de pagamento e pagando em folha suplementar os valores remanescentes a partir de 11.07.2013;

II – Dê-se ciência ao interessado.

Publique-se.

Registre-se.

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Cumpra-se.

Porto Velho, 24 de setembro de 2013.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

PROCESSO No: 2083/13 - TCE-RO INTERESSADA: Érika Martins Mattos ASSUNTO: Concessão da verba instituída pela Lei Complementar n. 692/12

Decisão n. 115/13/GP

ADMINISTRATIVO. INCORPORAÇÃO. VERBA. DISTORÇÕES REMUNERATÓRIAS. REQUISITOS. ATENDIMENTO. SERVIDOR APOSENTADO. CONCESSÃO. AUTORIZAÇÃO. 1. A Lei Complementar n. 692/12 tem como escopo corrigir distorções remuneratórias existentes na carreira de auditoria, inspeção e controle, decorrentes de decisões judiciais que asseguram à parcela dos seus integrantes a incorporação de benefícios originados da forma de cálculo da gratificação de produtividade e da transição do regime da LC n. 154/96 para a LC n. 307/04. 2. Aposentada a servidora nas regras que lhe garantem a paridade e a extensão de vantagens, e atendidos os requisitos legais, é de conceder a incorporação. 3. Autorização para a adoção das providências necessárias.

Relatório

Trata-se de requerimento subscrito pela servidora aposentada Érika Martins Mattos, objetivando a incorporação da verba instituída pelo art. 2º da Lei Complementar n. 692/12 (fls. 01)

2. Encaminhado o processo à Assessoria Jurídica, esta se manifestou por meio do Parecer n. 285/ASSEJUR-2013, nos seguintes termos (fls. 05):

Assim, nos termos da fundamentação supra e demais informações que constam nos autos, concluímos que os pedidos formulados nestes autos poderão ser regularmente processados, com base nas disposições da LCE n. 692/2012.

3. Instruídos os autos pela Secretaria de Gestão de Pessoas (Instrução n. 144/Segesp – fls. 15/16), verificou-se que a requerente aposentou-se na regra que lhe proporciona a paridade e a extensão de vantagens, tendo seus proventos reajustados em conformidade com os reajustes concedidos aos servidores em atividade.

É o relatório.

4. Compulsando os presentes autos, verifica-se não haver óbice para atendimento do pleito.

5. De fato, o art. 1º da Lei Complementar n. 692/12 explica que o escopo da norma é corrigir distorções remuneratórias existentes na carreira de auditoria, inspeção e controle, decorrentes de decisões judiciais que asseguram à parcela dos seus integrantes a incorporação de benefícios originados da forma de cálculo da gratificação de produtividade e da transição do regime da Lei Complementar n. 154/96 para a Lei Complementar n. 307/04.

6. O art. 2º, § 3º, I e II, por sua vez, elenca requisitos a serem preenchidos para a concessão do benefício.

7. Assim, para os agentes públicos que não ingressaram com ação judicial, basta a comprovação da renúncia da faculdade de postular o reconhecimento do direito à obtenção dessa verba com efeito retroativo.

8. Já os agentes públicos que são partes nos processos lá elencados, mas que até a publicação da lei ainda não haviam sido contemplados com decisão assecuratória da incorporação, devem comprovar a desistência do

pedido judicial e a renúncia da faculdade de postular o reconhecimento do direito à obtenção dessa verba com efeito retroativo.

9. No caso em testilha, com fulcro no art. 2º, § 3º, II da LC n. 692/12, a servidora, parte no processo n. 0295320-29.2008.8.22.0001, encartou aos autos documento noticiando o arquivamento da ação interposta. Aqui, insta asseverar que o arquivamento de eventuais ações interpostas com sentença denegatória do pedido pode ser admitido em substituição à comprovação da desistência do pedido judicial, preenchendo, portanto, o requisito legal para concessão do pedido.

10. Finalmente, impende mencionar que a servidora, aposentada no cargo de Técnico de Controle Externo, agora Auditor de Controle Externo (segundo a Lei Complementar n. 307/04, alterada pela Lei Complementar n. 679/12), nos termos do art. 2º, I e § 1º, da mesma Lei, faz jus à incorporação do valor de R$ 2.100,00, no percentual de 25% a partir de outubro de 2012 e 75% a partir de maio de 2013.

11. Isto porque, segundo a Instrução n. 144/Segesp (fls. 15/16), “a requerente, de acordo com a regra pela qual aposentou faz jus à paridade e extensão de benefícios, tendo seus proventos reajustados em conformidade com os reajustes concedidos aos servidores em atividade”.

12. De fato, segundo as lições de Magadar Rosália Costa Briguet, Maria Cristina Lopes Victorino e Miguel Horvath Júnior, “o benefício da paridade consiste, em resumo, no direito dos aposentados à revisão dos proventos na mesma proporção e data das alterações previstas para os servidores ativos, bem assim a extensão dos benefícios e vantagens a estes concedidos” (BRIGUET, Magadar Rosália Costa, VICTORINO, Maria Cristina Lopes e HORVATH JÚNIOR, Miguel. Previdência Social – Aspectos práticos e doutrinários dos regimes jurídicos próprios. São Paulo: Atlas, 2007, p. 45).

13. Assim, considerando que a aludida parcela busca corrigir distorções remuneratórias existentes na carreira, aplicável também aos servidores que se aposentaram na regra mencionada pela Secretaria de Gestão de Pessoas.

14. Não bastasse, com relação ao marco inicial para percepção da vantagem, o art. 5º da Lei Complementar n. 725 de 03.07.2013 determinou que ela será devida a partir do requerimento.

15. No entanto, o requerimento inicial da interessada é anterior à publicação da lei, remontando ao dia 09.05.2013 (fls. 01).

16. Desta forma, consoante o art. 2º, § 1º da LC n. 692/12, os valores devidos deverão ser calculados na proporção de 25% a partir de outubro de 2012, e 75% a partir de maio de 2013.

17. Insta salientar, aqui, que, nos termos do art. 3º da LC n. 692/12, a efetivação da incorporação da verba a partir de maio de 2013, somente ocorreria se os levantamentos e ensaios realizados pelo Tribunal de Contas revelassem, com base na receita arrecadada e na perspectiva futura de arrecadação, que no exercício em questão e nos dois subsequentes não seria violado o limite jurisprudencial da despesa com pessoal do Tribunal de Contas de 0,99% da Receita Corrente Líquida Estadual.

18. Desta feita, o pagamento da vantagem deverá retroagir a maio, pois, embora a Secretaria-Geral de Administração e Planejamento tenha concluído os mencionados cálculos somente no mês de julho, a previsão legal era para pagamento total dos valores a partir daquele mês.

19. Diante do exposto, comprovado o atendimento dos requisitos legais, determino o encaminhamento dos autos à Secretaria-Geral de Administração e Planejamento para adoção das seguintes providências:

I – Conceda-se à servidora aposentada Erika Martins Mattos a verba elencada no art. 2º, I da Lei Complementar n. 692/12, incorporando este valor na próxima folha de pagamento e pagando em folha suplementar os

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valores remanescentes a partir de outubro de 2012, na proporção de 25% e, a partir de maio do corrente ano, o valor integral da verba;

II – Dê-se ciência à interessada.

Publique-se.

Registre-se.

Cumpra-se.

Porto Velho, 24 de setembro de 2013.

JOSÉ EULER POTYGUARA PEREIRA DE MELLO Conselheiro Presidente

Sessões

Pautas

PAUTA 1ª CÂMARA Pauta elaborada nos termos do art. 170 do Regimento Interno, relativa aos processos abaixo relacionados, bem como àqueles adiados de pautas já publicadas, que serão julgados/apreciados em Sessão Ordinária, que se realizará no Plenário desta Corte (localizado na Av. Presidente Dutra, 4229, Bairro Olaria - térreo), em 1º de outubro de 2013, às 9 horas. Na hipótese da sessão ser interrompida por razão de qualquer ordem, os processos remanescentes de pauta poderão ser apreciados em sessão que se reiniciará no primeiro dia útil imediato, independentemente de publicação de nova pauta.

Obs.: Para a sustentação oral, conforme previsto no art. 87 “caput” do Regimento Interno desta Corte, as partes ou os procuradores devidamente credenciados deverão requerê-la, previamente, ao Presidente da Primeira Câmara do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia até o início da Sessão.

01 – Processo n. 1903/2010 (Apensos Processos n. 646, 1342, 1868, 2746, 2855, 2889, 3233, 3555, 3982, 4310/2009; 0058 e 171/2010) - Prestação de Contas Interessada: Companhia de Mineração de Rondônia Assunto: Prestação de Contas – Exercício 2009 Responsável: Leandra Fátima Vivian - CPF n. 144.638.730-53- Presidente à época Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 02 - Processo n. 1905/2003 - Edital de Licitação Interessada: Secretaria de Estado da Saúde - Sesau Assunto: Edital de Licitação n. 011/03 Responsáveis: Oscarino Mário da Costa – CPF n. 106.826.602-30 – Presidente da Comissão de Licitação; Ângela Maria de Medeiros Santos – CPF n. 161.673.174-53 - Gerente de Medicamentos da Sesau Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 03 - Processo n. 1896/2010(Apensos Processos n. 639, 1744, 1870, 2742, 2854, 2888, 3239, 3561, 3983, 4322/2009; 0070, 286/2010)- Prestação de Contas Interessada: Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia Assunto: Prestação de Contas – Exercício 2009 Responsáveis: Leandra Fátima Vivian - CPF n. 144.638.730-53 – Presidente no período de 9.05.2005 à 1.10.2009; José Marconde Cerruti – CPF n. 452.499.119-00 – Presidente – período: a partir de 1º.10.2009 Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 04 - Processo n. 2371/2005 - Acompanhar atos de gestão em tomada de contas especial Interessado: Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia Assunto: Acompanhar atos de gestão em tomada de contas especial – prejuízos auferidos pelo Instituto em aplicação em fundos de investimento

Responsáveis: José Antunes Cipriano – CPF n. 236.767.871-53 - na condição de Presidente do Iperon; Said Mohamad Hijazi – CPF n. 204.749.032-53 – na condição de Diretor de Previdência do Iperon Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 05 - Processo n. 2602/2009 – Edital de Processo seletivo simplificado Interessada: Prefeitura Municipal de Pimenta Bueno Assunto: Edital de Processo Seletivo Simplificado Responsáveis: Augusto Tunes Plaça - CPF n. 387.509.709-25 – Prefeito Municipal de Pimenta Bueno à época; João Aldair Taborda - CPF n. 469.557.552-34 - Diretor Administrativo à época; Rosely Maria Dias Vieira - CPF n. 286.504.412-20 - Secretária Municipal da Educação e Cultura à época Relator : Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 06 - Processo n. 1343/2010 (Apensos Processos n. 867, 1065, 1710, 2085, 2688, 2838, 2878, 3209, 3591, 3968, 4300, 4463/2009; 0429/2010) - Prestação de Contas Interessada: Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regularização Fundiária Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2009 Responsáveis: Carlos Magno Ramos - CPF n. 365.470.506-53 - Secretário Titular da Seagri; Francisco Evaldo de Lima – CPF n. 811.056.224-87 – Secretário Adjunto; Fábio de Freitas Dantas – CPF n. 709.712.772-49 – Contador Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 07 - Processo n. 2074/2008(Apensos Processos n. 847, 1516, 1519, 1720, 2333, 2675, 3080, 3330, 3581, 3934/2007; 141 e 285/08) Prestação de Contas Interessada: Companhia de Mineração de Rondônia Assunto: Prestação de Contas – Exercício 2007 Responsável: Leandra Fátima Vivian – CPF n. 144.638.730-53 - Presidente à época Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 08 - Processo n. 1304/2007(Apensos Processos n. 1023, 1278, 2258, 2424, 2817, 3572, 3724, 4332, 4718, 4950/2006; 0204 e 0437/2007) - Prestação de Contas Interessado: Fundo Municipal de Saúde de Seringueiras Assunto: Prestação de Contas – Exercício de 2006 Responsável: Jerrison Pereira Salgado – CPF n. 574.953.512-68 – Secretário Municipal de Saúde Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA 09 - Processo n. 1857/2009 (Apensos Processos n. 479, 1766, 1776, 2296, 2526, 2835, 3055, 3420, 3766, 3993, 4222/2008; 544/2009)- Prestação de Contas Interessado: Sociedade de Portos e Hidrovias de Rondônia Assunto: Prestação de Contas – Exercício 2008 Responsável: Leandra Fátima Vivian – CPF n. 144.638.730-53 - Presidente à época Relator: Conselheiro EDÍLSON DE SOUSA SILVA_ 10 - Processo n. 2115/2013 (Processo de origem n. 4094/1999 – Apensos Processos n. 1619, 1620, 3870, 3871, 3872, 3873, 3874, 3875, 3876, 4193, 4484, 4954/1998; 0183, 2925, 3459/1999; e 1362/2005) - Embargos de Declaração Interessada: Secretaria de Estado de Comunicação Social Assunto: Prestação de Contas do Exercício de 1998 - Embargos de Declaração em face do Acórdão n. 24/2013-1ª CÂMARA Embargantes: Newton Schramm de Souza – CPF n. 114.871.432-49 e Vera Lúcia Paixão – CPF n. 005.908.028-01 Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 11 - Processo n. 1056/2008 - Prestação de Contas (Apensos Processos n. 898, 1483, 1495, 1725, 2420, 2744, 3075, 3339, 3577, 3786/2007; 156, 205/2008) Interessado: Centro de Educação Técnico Profissional na Área de Saúde Assunto: Prestação de Contas do Exercício de 2007 Responsáveis: Nancy Oliveira de Freitas - CPF n. 424.912.904-72 – Diretora-Geral e Eliane Aparecida de Oliveiras Menezes - CPF n. 533.475.791-00 – Chefe do Núcleo Administrativo Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 12 - Processo n. 1420/2009 (Apenso Processo n. 2210/2008) - Prestação de Contas

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Interessada: Câmara Municipal de Pimenta Bueno Assunto: Prestação de Contas do Exercício de 2008 Responsável: Ananias Pereira de Jesus – CPF n. 090.545.452-91 – Vereador Presidente Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 13 - Processo n. 1216/2010 (Apensos Processos n. 0212, 0634, 0948, 1905, 2516, 2823, 2904, 3210, 3535, 3945, 4229/2009; 0053 e 1034/2010) - Prestação de Contas Interessada: Coordenadoria-Geral de Apoio à Governadoria Assunto: Prestação de Contas do Exercício de 2009 Responsáveis: Carlos Alberto Canosa - CPF n. 863.337.398-04 – Coordenador-Geral; Maria Dionéia Nogueira da Silva Oliveira - CPF n. 183.306.492-53 - Gerente Administrativo e Financeiro Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 14 - Processo n. 1369/2011 (Processos Apensos 516, 1005, 1522, 1883, 2085, 2201, 2519, 2818, 3132, 3673, 4038/2010; 109, 338/2011) - Prestação de Contas Interessada: Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia Assunto: Prestação de Contas do Exercício de 2010 Responsáveis: Augustinho Pastore - CPF n. 400.690.289-15-Presidente e Ari Alves Filho - CPF n. 212.396.226-00 - Diretor Executivo Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 15 - Processo n. 2596/2005 - Inspeção Ordinária Interessada: Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania Assunto: Inspeção Ordinária – Exercício/2004 – Análise da Legalidade da Despesa Referente ao Processo n. 1501.65115-00/2003- Sesdec Responsáveis: Paulo Roberto Oliveira de Moraes - CPF n. 227.632.600-04 - Secretário de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania; Henry Antony Rodrigues – CPF n. 209.191.316-20 – Coordenador-Geral da Sesdec; Ivaneide Soares da Silva – CPF n. 106.738.062-00 - Gerente de Administração e Finanças da Sesdec; Gilvan Cordeiro Ferro – CPF n. 470.760.464-15 – Superintendente de Assuntos Penitenciários da Sesdec; Salomão da Silveira - CPF n. 192.743.798-04 – Superintendente da Supel e os membros da comissão responsável pela cotação de preços: Ronaldo Luiz Reis dos Santos – CPF n. 027.653.302-04 - Geremias Pereira Barbosa – CPF n. 674.909.487-487-20 e Margarida Soares Chaves – CPF n. 133.246.324-04. Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 16 - Processo n. 2643/2005 - Inspeção Ordinária Interessada: Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania Assunto: Inspeção Ordinária – Exercício/2004 – Análise da Legalidade da Despesa Referente ao Processo n. 1501.65114-00/2003-Sesdec Responsáveis: Paulo Roberto Oliveira de Moraes – CPF n. 227.632.600-04 – Secretário de Estado da Segurança e Cidadania; Henry Antony Rodrigues – CPF n. 209.191.316-20 – Coordenador-Geral da Sesdec; Ivaneide Soares da Silva – CPF n. 106.738.062-00 - Gerente de Administração e Finanças da Sesdec; Gilvan Cordeiro Ferro – CPF n. 470.760.464-15 - Superintendente de Assuntos Penitenciários da Sesdec; Salomão da Silveira – CPF n. 192.743.789-04 – Superintendente da Supel e os Membros da Comissão Responsável pela Cotação de Preços: Ronaldo Luiz Reis dos Santos – CPF n. 027.653.302-04 - Geremias Pereira Barbosa – CPF n. 674.909.487-20 - Margarida Soares Chaves – CPF n. 133.246.324-04 Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 17 - Processo n. 1932/2013 - Edital de Pregão Eletrônico Interessada: Superintendência Estadual de Compras e Licitações e Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Regulação Fundiária Assunto: Edital de Pregão Eletrônico n. 243/2013/Supel – Contratação de empresa especializada para prestação de serviços de planejamento, credenciamento, gerenciamento, fornecimento de estrutura de montagem e desmontagem de stands e outros. Responsáveis: Márcio Rogério Gabriel – CPF n.302.479.422-00 - Superintendente da Supel - Rogério Pereira Santana – CPF n° 621.600.602-91 - Pregoeiro da Supel Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 18 - Processo n. 2537/2013 - Edital de Pregão Eletrônico Interessada: Prefeitura Municipal de Vilhena Assunto: Edital de Pregão Eletrônico n. 129/2013/PMV/SRP – Registro de Preços para futura aquisição de medicamentos, visando atender ordem judicial (Mandado de Segurança).

Responsáveis: Vivaldo Carneiro Gomes – CPF n.326.732.132-87 - Secretário Municipal de Saúde; Márcia da Silva Alves Barbosa – CPF n. 604.455.802-91 – Pregoeira Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 19 - Processo n. 2893/2013 - Edital de Pregão Eletrônico Interessada: Prefeitura Municipal de Vilhena Assunto: Edital de Licitação – Pregão Eletrônico n. 157/2013/PMV/SRP Responsáveis: José Luiz Rover – CPF n. 591.002.149-49 - Prefeito - Emerson Santos Cioffi – CPF n. 730.408.949-00 – Pregoeiro Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 20 - Processo n. 4053/1999 - Contrato Interessada: Secretaria de Estado da Saúde Assunto: Contrato n. 18/99 - Convertido em TCE conforme Decisão n. 45/04 Responsável: Renato Antônio de Souza Lima - CPF n. 325.118.176-91- Secretário de Estado da Seosp/Ex-Diretor-Geral do Devop e João da Costa Ramos - CPF n. 139.046.632-91 - Fiscal da Obra Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 21 - Processo n. 0782/2007 - Aposentadoria Interessada: Jandira Timóteo Adão - CPF n. 286.297.012-34 Assunto: Aposentadoria Origem: Instituto de Previdência dos Servidores Públicos do Estado de Rondônia Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 22 - Processo n. 2255/2009 - Aposentadoria Interessado: Ezequiel Muniz - CPF n. 162.135.302-82 Assunto: Aposentadoria Origem: Secretaria de Estado da Administração Relator: Conselheiro FRANCISCO CARVALHO DA SILVA 23- Processo n. 2849/2011 - Edital Simplificado Interessada: Prefeitura Municipal de Presidente Médici Assunto: Edital de Processo Simplificado n. 001/2011 Responsável: José Ribeiro da Silva Filho – Ex-Prefeito Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 24- Processo n. 3943/2012 - Edital de Licitação Interessada: Secretaria de Estado da Educação - Seduc Assunto: Pregão Eletrônico n. 532/2012/Supel - aquisição de 20 (vinte) veículos tipo furgão para atender às necessidades de 20 (vinte) escolas estaduais que participarão do Projeto Guaporé de Educação em Tempo Integral Responsáveis: Márcio Rogério Gabriel – Superintendente da Supel e Isabel de Fátima Luz – Secretária da Seduc Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 25 - Processo n. 5422/2012 - Edital de Licitação Interessada: Secretaria de Estado da Educação - Seduc Assunto: Pregão Eletrônico n. 848/2012/Supel - aquisição de mobiliário e outros para montagem de laboratório na EEFM Ricardo Catanhede - Ariquemes Responsáveis: Márcio Rogério Gabriel – Superintendente da Supel e Júlio Olivar Benedito – Ex-Secretário da Seduc Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 26 - Processo n. 1172/2012 - Gestão Fiscal Interessada: Câmara Municipal de Vale do Paraíso Assunto: Relatório de Gestão Fiscal – Exercício de 2012 Responsável: Vereador Elionaldo Guimarães dos Santos - Presidente Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 27 - Processo n. 1173/2012 - Gestão Fiscal Interessada: Câmara Municipal de Ouro Preto do Oeste Assunto: Relatório de Gestão Fiscal – Exercício de 2012 Responsável: Vereador Gilvane Fernandes da Silva - Presidente Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 28 - Processo n. 1174/2012 - Gestão Fiscal Interessada: Câmara Municipal de Nova União Assunto: Relatório de Gestão Fiscal – Exercício de 2012 Responsável: Vereador Valdeci de Andrade Pinto - Presidente Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 29 - Processo n. 1175/2012 - Gestão Fiscal

Page 49: DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO · 2013. 9. 25. · Senhor Jerzy Badocha, executor do convênio n. 357/88-PGE, no valor de Cz$150.000.000,00 (cento e cinquenta milhões de cruzados),

49 Porto Velho - RO DOeTCE-RO – nº 522 ano III quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia www.tce.ro.gov.br

Documento assinado eletronicamente, utilizando certificação digital da ICP-Brasil.

Interessada: Câmara Municipal de Teixeirópolis Assunto: Relatório de Gestão Fiscal – Exercício de 2012 Responsável: Vereador Sícero Negrini - Presidente Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 30 - Processo n. 1176/2012 - Gestão Fiscal Interessada: Câmara Municipal de Mirante da Serra Assunto: Relatório de Gestão Fiscal – Exercício de 2012 Responsável: Vereador Donizete Martineli - Presidente Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 31 - Processo n. 1182/2012 - Gestão Fiscal Interessada: Câmara Municipal de Urupá Assunto: Relatório de Gestão Fiscal – Exercício de 2012 Responsável: Vereador Antônio Lázaro de Freitas - Presidente Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 32 - Processo n. 1184/2012 – Gestão Fiscal Interessada: Câmara Municipal de Ji-Paraná Assunto: Relatório de Gestão Fiscal – Exercício de 2012 Responsável: Vereador Nilton Cézar Rios - Presidente Relator: Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES 33 - Processo n. 3653/2008 Interessado: Armando Ciriaco da Costa Assunto: Aposentadoria Origem: Instituto de Previdência de Ariquemes Relator: Conselheiro-Substituto FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA 34 - Processo n. 3804/2008 Interessado: Raimundo Bento da Silva Assunto: Aposentadoria Origem: Prefeitura Municipal de Porto Velho Relator: Conselheiro-Substituto FRANCISCO JÚNIOR FERREIRA DA SILVA

Porto Velho, 24 de setembro de 2013.

Conselheiro BENEDITO ANTÔNIO ALVES Presidente da 1ª Câmara

Editais de Concurso e outros

Editais

EDITAL DE CONVOCAÇÃO V PROCESSO SELETIVO DE ESTAGIÁRIOS DE NÍVEL SUPERIOR EDITAL DE CONVOCAÇÃO N. 4

A Secretária de Gestão de Pessoas do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, usando da sua competência, e tendo em vista a realização do V Exame de Seleção para Estagiário do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia – Nível Superior, regido pelo Edital nº 1/2013/ESCON/TCE-RO, e considerando o cumprimento ao Edital de Chamamento para Verificação de Requisitos publicado no DOeTCE-RO n. 497, ano III, de 21 de agosto de 2013, convoca os candidatos abaixo nominados, aprovados e que preenchem os requisitos previstos nos mencionados Editais, para comparecerem nos endereços indicados, no dia 7 de outubro de 2013, às 7h30min, para início das atividades de estágio :

2 – CACOAL

Secretaria Regional de Controle Externo de Cacoal

Rua Padre Adolfo, nº 2434, Bairro Jardim Clodoaldo

Telefone (69) 3441-2919

DIREITO

Classificação Nome

3º DÉBORA EMERICH CARDOSO

1 – PORTO VELHO

Tribunal de Contas do Estado de Rondônia

Secretaria de Gestão de Pessoas

Avenida Presidente Dutra n° 4229, Bairro Pedrinhas

DIREITO

Classificação Nome

26º GISLANE GONÇALVES ARAÚJO

32º GABRIEL SOARES DE LIMA

34º SATIE ANDRETTA VIGIATO KOSIN GAMARRA

Porto Velho, 24 de setembro de 2013.

RÔMINA COSTA DA SILVA ROCA Secretária de Gestão de Pessoas