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ANO XLVII - VITÓRIA-ES, TERÇA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2013 - Nº 7299 - 122 PÁGINAS DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão 3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA MESA DIRETORA THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente SANDRO LOCUTOR - PV 3º Secretário GLAUBER COELHO - PR 2º Vice-Presidente JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária GABINETE DAS LIDERANÇAS DEM – PMDB – Luzia Toledo PT – Claudio Vereza PR – Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT – Da Vitoria PSB – Freitas PRP – Dary Pagung PTN – Jamir Malini PMN – Janete de Sá PV - PTB – José Carlos Elias PP – Cacau Lorenzoni SÉRGIO BORGES (PMDB) Líder do Governo ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, SÉRGIO BORGES E SOLANGE LUBE. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES, GLAUBER COELHO E JOSÉ ESMERALDO. PSB FREITAS. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES E SANDRO LOCUTOR. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP CACAU LORENZONI. PTN JAMIR MALINI. Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950 Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) 3382-3665 – (027) 3382-3666 e-mail: [email protected] DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO · Suplentes: Dary Pagung, Jamir Malini, Gildevan Fernandes, José Carlos Elias e Genivaldo Lievore. ... de 70 elogios, sendo 33 por prisão de homicidas

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ANO XLVII - VITÓRIA-ES, TERÇA-FEIRA, 11 DE JUNHO DE 2013 - Nº 7299 - 122 PÁGINAS DPL - Editoração, Composição, Diagramação e Arte-Final. Reprografia: Impressão

3ª SESSÃO LEGISLATIVA DA 17ª LEGISLATURA

MESA DIRETORA

THEODORICO FERRAÇO - DEM Presidente

SOLANGE LUBE - PMDB 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS - PT 2º Secretário

LUIZ DURÃO - PDT 1º Vice-Presidente

SANDRO LOCUTOR - PV 3º Secretário

GLAUBER COELHO - PR 2º Vice-Presidente

JANETE DE SÁ - PMN 4ª Secretária

GABINETE DAS LIDERANÇAS

DEM – PMDB – Luzia Toledo PT – Claudio Vereza PR – Gilsinho Lopes PSDB - Marcos Mansur PDT – Da Vitoria PSB – Freitas PRP – Dary Pagung PTN – Jamir Malini PMN – Janete de Sá PV - PTB – José Carlos Elias PP – Cacau Lorenzoni

SÉRGIO BORGES (PMDB)

Líder do Governo

ATAYDE ARMANI (DEM) Vice-Líder do Governo

REPRESENTAÇÃO PARTIDÁRIA

DEM ATAYDE ARMANI, ELCIO ALVARES E THEODORICO FERRAÇO. PMDB LUZIA TOLEDO, PAULO ROBERTO, DOUTOR HÉRCULES, MARCELO SANTOS, SÉRGIO BORGES E SOLANGE LUBE. PT CLAUDIO VEREZA, GENIVALDO LIEVORE, LÚCIA DORNELLAS, RODRIGO COELHO E ROBERTO CARLOS. PR GILSINHO LOPES, GLAUBER COELHO E JOSÉ ESMERALDO. PSB FREITAS. PDT EUCLÉRIO SAMPAIO, DA VITORIA, APARECIDA DENADAI E LUIZ DURÃO. PSDB MARCOS MANSUR. PV GILDEVAN FERNANDES E SANDRO LOCUTOR. PRP DARY PAGUNG. PTB JOSÉ CARLOS ELIAS. PMN JANETE DE SÁ. PP CACAU LORENZONI. PTN JAMIR MALINI.

Esta edição está disponível no site: www.al.es.gov.br

Endereço: Avenida Américo Buaiz – Quadra RC4-B 03 - Enseada do Suá - CEP: 29050-950 Editoração: Simone Silvares Itala Rizk – (027) 3382-3665 – (027) 3382-3666

e-mail: [email protected]

DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

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DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO

COMISSÕES PERMANENTES COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO Presidente: Elcio Alvares Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Luzia Toledo, José Carlos Elias, Da Vitória, Marcelo Santos e Sandro Locutor. Suplentes: Atayde Armani, Gilsinho Lopes, Lúcia Dornelas, Gildevan Fernandes, Jamir Malini e Janete de Sá.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE Presidente: Gildevan Fernandes Vice-Presidente: Cacau Lorenzoni Efetivos: Jamir Malini, Sandro Locutor e Glauber Coelho. Suplentes: Dary Pagung, Marcos Mansur, Marcelo Santos, Genivaldo Lievore e Luzia Toledo. COMISSÃO DE CULTURA E COMUNICAÇÃO SOCIAL Presidente: Luzia Toledo Vice-Presidente: Claudio Vereza Efetivos: Sérgio Borges e Jamir Malini. Suplentes: Dary Pagung, Da Vitória, Luiz Durão, Gildevan Fernandes e Elcio Alvares. COMISSÃO DE EDUCAÇÃO Presidente: Da Vitória Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: José Esmeraldo, Rodrigo Coelho e Marcos Mansur. Suplentes: Atayde Armani, Cacau Lorenzoni, Genivaldo Lievore, Janete de Sá e Euclério Sampaio. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA E DOS DIREITOS HUMANOS Presidente: Genivaldo Lievore Vice-Presidente: Efetivos: José Carlos Elias, e Gildevan Fernandes Claudio Vereza. Suplentes: Marcelo Santos, Marcos Mansur, Gilsinho Lopes e Janete de Sá. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Presidente: Doutor Hercules Vice-Presidente: Janete de Sá Efetivos: Gildevan Fernandes, Glauber Coelho e Rodrigo Coelho. Suplentes: Luzia Toledo, Genivaldo Lievore, José Esmeraldo e José Carlos Elias. COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL Presidente: Rodrigo Coelho Vice-Presidente: Paulo Roberto Efetivos: Aparecida Denadai. Suplentes: Claudio Vereza, Luiz Durão e Doutor Hércules.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA Presidente: Atayde Armani Vice-Presidente: Glauber Coelho Efetivos: Cacau Lorenzoni, Marcos Mansur e Rodrigo Coelho.

Suplentes: Dary Pagung, Jamir Malini, Gildevan Fernandes, José Carlos Elias e Genivaldo Lievore. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA, ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS Presidente: Sérgio Borges Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Luzia Toledo, José Esmeraldo, Euclério Sampaio, Lúcia Dornelas e Dary Pagung. Suplentes: Jamir Malini, Paulo Roberto, Sandro Locutor, Gilsinho Lopes, Da Vitória, Rodrigo Coelho e Glauber Coelho. COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR Presidente: Dary Pagung Vice-Presidente: Gilsinho Lopes Efetivos: Doutor Hercules e Aparecida Denadai. Suplentes: Jamir Malini, José Esmeraldo, Sandro Locutor e Sérgio Borges. COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO Presidente: Gilsinho Lopes Vice-Presidente: Euclério Sampaio Efetivos: José Esmeraldo, Luiz Durão e Sandro Locutor. Suplentes: Da Vitória, Dary Pagung, Gildevan Fernandes, Jamir Malini e Cacau Lorenzoni. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO Presidente: Lúcia Dornelas Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Paulo Roberto. Suplentes: Dary Pagung, Marcos Mansur, Rodrigo Coelho, Marcelo Santos e Cacau Lorenzoni. COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS Presidente: José Carlos Elias Vice-Presidente: Marcelo Santos Efetivos: Paulo Roberto Suplentes: Marcos Mansur, Sandro Locutor e Luzia Toledo. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA E DE LOGÍSTICA Presidente: Marcelo Santos Vice-Presidente: Atayde Armani Efetivos: Jamir Malini e Euclério Sampaio. Suplentes: José Esmeraldo, Genivaldo Lievore, Dary Pagung, Luiz Durão e Sandro Locutor. COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS Presidente: Janete de Sá Vice-Presidente: Genivaldo Lievore Efetivos: Marcos Mansur, Euclério Sampaio e Da Vitória. Suplentes: Doutor Hercules, Marcelo Santos, Sérgio Borges, Cacau Lorenzoni, Elcio Alvares e Atayde Armani.

DEPUTADO CORREGEDOR: JOSÉ CARLOS ELIAS

DEPUTADO OUVIDOR: JOSÉ ESMERALDO

LIGUE OUVIDORIA: 3382-3846 / 3382-3845 / 0800-2839955 e-mail: [email protected]

Publicação Autorizada pág. 1 a 16 Atos do Presidente Atos Legislativos pág. 17 a 18 Atos Administrativos pág. 18 a 24 Atas das Sessões pág. 25 a 118 Atas das Reuniões das Comissões Parlamentares Atas Sucintas das Reuniões das Comissões Parlamentares Suplemento

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 1

PUBLICAÇÃO AUTORIZADA

PODER LEGISLATIVO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO FREITAS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 58/2013

Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Ilmo. Sr. CLÁUDIO JOSÉ REZENDE.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Fica concedido Título de Cidadão Espírito-Santense ao Sr. Cláudio José Rezende.

Art. 2º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES, 4 de junho de 2013.

FREITAS Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

O Sr. Cláudio José Rezende é mineiro da cidade de Lavras, Minas Gerais, mas reside há mais de 10 anos neste Estado do Espírito Santo, onde se estabeleceu como empresário do segmento de laticínios. Desde muito cedo começou a trabalhar produzindo queijo com leite da própria fazenda onde exercia as várias atividades que o negócio exigia. Aprimorou suas habilidades empreendedoras e com apoio e incentivo de meus pais decidiu entrar no mundo dos negócios. Em 26 de janeiro de 2000, iniciou suas atividades como empresário ao adquirir uma pequena fábrica de laticínios que funcionava no município de Montanha, porém de maneira quase artesanal. Percebendo a grande potencialidade da região para produzir leite, criou um projeto de transferência de tecnologia para o produtor da região, conhecido como “Balde Cheio - Embrapa”. Com o passar dos anos a produção de leite aumentou e passou a ser uma das alternativas de crescimento e investimento da região. Em virtude desse cenário

positivo que ficava cada vez mais evidente, percebeu a necessidade e a segurança necessária para investir de maneira substancial na construção de novas instalações e modernização de máquinas e equipamentos, foi então que em 2006 inaugurou uma nova e moderna fábrica de queijo mussarela / prato e manteiga. Em 2010 seguindo essa mesma tendência inaugurou a fábrica de soro de leite em pó e leite em pó. E em 2012 confirmando mais uma vez nossa vocação para o empreendedorismo e o nosso compromisso com a economia do norte do estado, inaugou mais um empreendimento que é a fábrica de leite longa vida. Ao todo criou um parque fabril com capacidade para processar diariamente 300.000 lts de leite e 200.000 lts de soro. Com esse novo empreendimento e novas contratações para 3° e 4° turno para produção e expedição do leite longa vida, finalizou o ano com aproximadamente 300 empregos diretos, além de mais de 1500 pessoas com envolvimento indireto, gerado através dos produtores, fornecedores e prestadores de serviços. Todo planejamento e investimentos realizados pela empresa têm como base três princípios que são a essência de nossa existência: Compromisso com a comunidade que nos acolheu, compromisso com o meio ambiente e compromisso social. Estando sempre preocupado com a sociedade e principalmente com os menos favorecidos, Cláudio Rezende participa ativamente dos seguintes projetos sociais: Projeto Vida Montanha - com 360 crianças, APAE Montanha - com 95 alunos e Lar da Fraternidade de Linhares - que atende 60 idosos e 50 Crianças especiais. Assim, com relevantes serviços prestados a sociedade capixaba, o Sr. Cláudio José Rezende é referência neste Estado pela dedicação nos exercícios de suas atividades e pelos serviços prestados ao Estado.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO FREITAS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 59/2013

Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Ilmo. Sr. RONALDO RAIMONDI.

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2 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Fica concedido Título de Cidadão

Espírito-Santense ao Sr. Ronaldo Raimondi.

Art. 2º Esta Decreto entrará em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES, 4 de junho de 2013.

FREITAS Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA O Sr. Ronaldo Raimondi nasceu na cidade de Arenápolis - Mato Grosso e atualmente é Capitão da Polícia Militar do Estado do Espírito Santo. Na Polícia Militar trabalhou por mais de 10 anos na cidade de São Mateus, sendo Chefe do Serviço de Inteligência e Chefe do Setor de Trânsito. Foi membro do Conselho Municipal Antidrogas, Membro do Conselho Municipal de Trânsito e atuou fortemente no Conselho Municipal de Segurança em ações voltadas para a interação Policia x Comunidade. Possui em seus assentamentos funcionais mais de 70 elogios, sendo 33 por prisão de homicidas e traficantes. Atualmente está trabalhando na Diretoria de Tecnologia da Informação e Comunicação da Polícia Militar e fazendo Especialização em Segurança Pública na Faculdade UNIVIX. Foi condecorado com o título de Cidadão Mateense e recebeu as medalhas Valor Policial Militar e Alferes Tiradentes, essa última concedida pela Assembléia Legislativa do ES. Assim, com relevantes serviços prestados a sociedade capixaba na área de segurança pública, o Cap. Ronaldo Raimondi é referência neste Estado pela dedicação nos exercícios de suas atividades e pelos serviços prestados.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO FREITAS

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 60/2013

Concede Título de Cidadão Espírito-Santense ao Ilmo. Sr. ANTÔNIO ADELINO ALVES RIBEIRO.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Fica concedido Título de Cidadão

Espírito-Santense ao Sr. Antônio Adelino Alves Ribeiro.

Art. 2º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES, 5 de junho de 2013.

FREITAS Deputado Estadual

JUSTIFICATIVA

O Sr. Antônio Adelino Alves Ribeiro é pernambucano da Cidade de Agrestina mas há aproximadamente 60 (sessenta) anos reside neste Estado do Espírito Santo, onde constituiu família e se estabeleceu com importantes ações filantrópicas. É casado com Alba Martins da Costa Ribeiro, sendo pai de 6(seis) filhos, sendo dois oriundos de processo de adoção. Em 1954, se estabeleceu como microempresário na cidade de Colatina - ES. Em 1964, assumiu a gerência das Lojas Bantanai. Em 1965 tornou-se sócio da Móveis Sparta Ltda. Em 1972, atuou como relações públicas da transportadora Continental S.A. cargo em que se aposentou. Há cinquenta e oito anos, realiza em sua residência, o Culto no Lar, através do qual presta auxílios espirituais a todas as pessoas que o procuram, e assistências materiais mensalmente a algumas dezenas de famílias e pessoas carentes, mediante intercâmbios com confrades e vizinhos, preocupado, que sempre foi, com as desigualdades sociais. Iniciado na Ordem Maçônica no ano de 1956, onde transpôs todos os Graus Simbólicos e filosóficos, galgando com mérito e louvor o Grau 33, através da Loja Maçônica Nilo Peçanha, oriente de Colatina ES, onde exerceu entre outros os seguintes cargos: • Membro Fundador da Academia Maçônica de Letras do ES. • Presidente da Loja “Professor Hermínio Bleckmamm” • Orador da Loja “Professor Hermínio Bleckmamm” • Deputado à Poderosa Assembleia Estadual Legislativa (por 06 mandatos) pela Loja Maçônica

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 3

Fraternidade do Universo nº 2138 - Oriente de Água Doce do Norte - Espírito Santo • Presidente da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa • Orador da Poderosa Assembleia Estadual Legislativa (03 mandatos) • Membro ativo e regular da Loja e do Conselho de Mestre Instalados da Loja Maçônica Acácia Vilavelhense nº 1914, Oriente de Vila Velha - ES, da qual é também maçom Remido e Emérito Foi agraciado com as seguintes homenagens e comendas maçônicas: • DA ORDEM DO MÉRITO D. PEDRO I. Grande Oriente do Brasil • DA ORDEM DO MÉRITO DOMINGOS MARTINS - GOB - ES • Sapiente Irmão ANIBAL FARIA - PAEL - ES Participou como membro e diretor da Federação Espírita do Espírito Santo. É membro honorário da Associação Espíritosantense de Juristas Espíritas. É palestrante e orador sacro maçônico. Assim, com relevantes serviços prestados a sociedade capixaba, especialmente no certame espiritual e filantrópico, o Sr. Antônio Adelino é referência neste Estado pela dedicação e amparo aos menos favorecidos.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO RODRIGO COELHO

PROJETO DE LEI Nº 61/2013

Concede título de cidadania Espírito-Santense a Sra ALCIONIS ENNES DE OLIVEIRA NASCIMENTO.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Fica concedido a Sra. ALCIONIS ENNES DE OLIVEIRA NASCIMENTO o título de cidadão Espírito-Santense.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

SALA DAS SESSÕES, 05 de junho de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual - PT

JUSTIFICATIVA A Senhora Alcionis Ennes de Oliveira Nascimento, nascida em Nova Friburgo/RJ, mudou-se para Niterói/RJ aos 17 anos, graduou-se em psicologia, pós-graduou-se em psicanálise pela Universidade Federal Fluminense - UFF em 1996. Pós graduou-se em gestão de políticas publicas e privadas pelas Faculdades Salesianas de Vitória. Trabalhou em um projeto de pesquisa em Psicanálise no Hospital Psiquiátrico de Jurujuba em parceria com a UFF onde iniciou sua militância na área da pessoa com deficiência. Trabalhou na Associação Pestalozzi de Niterói como psicóloga no atendimento a comunidade. Criou um Consultório para Atendimento em Psicanálise e Psiquiatria, em parceria com outros profissionais, para atendimento a crianças de escolas públicas da região do Morro do palácio em Niterói. Veio para o Espirito Santo no ano de 2000, trabalhou por 03 anos como voluntária na Obra Social Nossa Senhora das Graças como psicóloga atuando também como vice presidente da Obra, atividade paralela ao consultório particular. Foi conselheira dos Conselhos municipais de assistência social - COMASV de Vitoria, Conselheira no conselho da criança e do adolescente - COMCAD de vitória. Entrou para o governo do estado em 2006 para atuar com políticas para pessoas com deficiência na então SETADES, hoje SEADH. Deste então conselheira no CONDEF e no segundo mandato como presidente do mesmo lutando pela cidadania e respeito às pessoas portadoras de necessidades especiais, proporcionando sua participação e inclusão na sociedade capixaba. Considerando o relevante interesse público dos serviços prestados pela Senhora Alcionis Ennes de Oliveira Nascimento ao Estado do Espirito Santo é que solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação desta propositura.

TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DA PRESIDÊNCIA

Vitória, 04 de junho de 2013. OF.GPTC. Nº 301/2012 A Sua Excelência o Senhor DEPUTADO THEODORICO DE ASSIS FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo Senhor Presidente,

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4 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Comunicamos a essa Augusta Casa de Leis, consoante o artigo 74, § 3º combinado com o artigo 103, VI da Constituição Estadual, a vacância do cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, em face do adimplemento da idade compulsória do Conselheiro Marcos Miranda Madureira, que completou 70 anos de idade em 29 de maio de 2013. Atenciosamente,

SEBASTIÃO CARLOS RANNA DE MACEDO Conselheiro Presidente

COMUNICADO DA MESA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

MESA DIRETORA

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando das prerrogativas que lhe confere o Artigo 248 do Regimento Interno, instituído pela Resolução nº 2.700, de 15 de julho de 2009, COMUNICA, a quem interessar possa que se encontra ABERTA UMA VAGA DE CONSELHEIRO DO TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

As indicações podem ser feitas por Deputado, por Bancada Partidária ou pela Mesa Diretora, até às dezoito horas do dia 21 de junho de 2013, sexta-feira, no Protocolo-Geral da Assembleia Legislativa, e deverão estar instruídas com provas dos requisitos previstos no Artigo 74, § 1º, da Constituição Estadual, nos seguintes termos:

“Art. 74 (...) (...) § 1º Os Conselheiros do Tribunal serão nomeados dentre os brasileiros que satisfaçam os seguintes requisitos: a) ter mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco antos de idade; b) possuir idoneidade moral e reputação ilibada; c) ter notórios conhecimentos jurídicos, ou contábeis, ou econômicos e financeiros ou de administração pública, com mais de dez anos de exercício de função, ou de cargo público, ou de efetiva atividade profissional nas áreas referidas.”

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATOS

ATO Nº 803

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais; e - Considerando a comunicação do Conselheiro Presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, consubstanciada no Ofício GPTC nº 301/2013, da existência de uma vaga de Conselheiro daquela Corte, a ser preenchida por esta Casa de Leis, resolve: Art. 1º Designar uma Comissão integrada pelos servidores abaixo relacionados, para que no prazo de até 10 (dez) dias, contados a partir do dia subsequente ao do término do prazo de inscrições, antes do encaminhamento dos nomes dos possíveis inscritos para a Comissão de Finanças, proceda à análise detalhada e criteriosa da documentação apresentada pelos candidatos ao cargo de Conselheiro do Tribunal de Contas, em cumprimento aos requisitos previstos no § 1º do artigo 74 da Constituição Estadual:

Membros da Comissão designada: -Carlos Eduardo Casa Grande - Secretário-Geral da Mesa; -Julio Cesar Bassini Chamun - Procurdor-Geral; - Paulo Marcos Lemos - Diretor-Geral da Secretaria.

Art. 2 Este Ato entre em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

PODER EXECUTIVO

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO GOVERNADOR

Vitória, 06 de junho de 2013. MENSAGEM Nº 117/2013 Senhor Presidente:

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 5

Encaminho à apreciação dessa Casa de Leis o incluso Projeto de Lei que tem por objetivo a criação do Cadastro Técnico Estadual e da Taxa de Controle e Fiscalização no âmbito do Estado do Espírito Santo.

O Cadastro Técnico de atividades Potencialmente Poluidoras e Utilizadoras de Recursos Ambientais foi instituído pela Lei Federal n° 7.804, de 18.07.1989, que inseriu o inciso XII, ao artigo 90, da Lei n° 6.938/81.

A Lei Federal 10.165, de 27/12/2000, que veio em substituição à Lei n° 9.960/2000 de modo a dirimir inúmeros questionamentos sobre a legalidade e constitucionalidade da lei pretérita, instituiu a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA , cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia para controle e fiscalização das atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais, devendo ser recolhidas ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA por todas as pessoas físicas e jurídicas que exerçam as atividades que compõem o cadastro técnico.

O recolhimento de uma taxa de controle e fiscalização ambiental se justifica em razão do principio poluidor-pagador, expresso pelo principio 16 da Declaração do Rio, que dispõe que “as autoridades nacionais devem esforçar-se para promover a internalização dos custos de proteção do meio ambiente e o uso dos instrumentos econômicos, levando-se em conta o conceito de que o poluidor deve, em principio, assumir o custo da poluição, tendo em vista o interesse público, sem desvirtuar o comércio e os investimentos internacionais”.

O princípio do poluidor-pagador foi introduzido em nosso ordenamento jurídico pelo art. 4°, VII, sendo complementado pelo art. 14, § 1°, ambos da Lei de Política Nacional do Meio Ambiente (Lei n° 6.938, de 31.08.1981)

O art. 17-P da Lei n° 10.165/2000, assim dispõe: “Constitui crédito para compensação com o valor devido a título de TCFA, até o limite de sessenta por cento e relativamente ao mesmo ano, o montante efetivamente pago pelo estabelecimento ao Estado, ao Município e ao Distrito Federal em razão de taxa de fiscalização ambiental”.

A Lei n° 10.165/2000, portanto, admite que os demais entes federativos criem suas taxas de controle e fiscalização, podendo o valor recolhido, a título da taxa estadual ou municipal, constituir crédito para compensação com o valor devido ao IBAMA.

Tal previsão de disponibilização de parte da

receita devida ao IBAMA aos estados e municípios que a instituíssem, assim como ao Distrito Federal,

deve-se em razão do reconhecimento feito pela União da inegável dificuldade de realizar a fiscalização ambiental em todo território nacional.

Assim, ao repassar parte da receita arrecadada com a nova taxa, o órgão ambiental federal estaria, de certo modo, dividindo o encargo de fiscalização com os estados e municípios, alimentando o cadastro técnico de forma mais eficaz, e isso, afinal, resultaria em um incremento na arrecadação.

Os recursos da TCFA deverão ser utilizados pelos órgãos arrecadadores para fortalecimento de sua capacidade de fiscalização ambiental e são uma importante fonte de recursos para o aprimoramento da gestão ambiental.

Quanto ao valor a ser repassado, a Lei n° 6.938, de 1981, com a nova redação dada pela Lei 10.165/2000, em seu artigo 17-P, dispõe que “constitui crédito para compensação com o valor devido a título de TCFA, até o limite de sessenta por cento e relativamente ao mesmo ano, o montante efetivamente pago pelo estabelecimento ao Estado, ao Município e ao Distrito Federal em razão de taxa de fiscalização ambiental”.

Com isso, percebe-se que há um valor máximo de repasse, ou melhor, de compensação, fixado em sessenta por cento.

Já o art. 17-F da mesma lei afirma que “são isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas federais, distritais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas, aqueles que praticam agricultura de subsistência e as populações tradicionais.”

O projeto de lei que ora submeto a essa Casa de Leis é reflexo disso tudo e significa um grande avanço no aprimoramento da fiscalização ambiental no Espírito Santo.

O projeto prevê que a gestão do Cadastro Técnico Estadual será realizado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA e Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal - IDAF, em conjunto, vez que ambas as entidades realizam o licenciamento e a fiscalização ambiental no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Os valores propostos para as taxas, em VRTES, tem como objetivo evitar a necessidade de revisão periódica dos valores da tabela, e calculados com base nos valores praticados pelo IBAMA, de forma a facilitar o calculo do valor do crédito compensado. Decidiu-se, ainda, isentar as entidades públicas federais, estaduais e municipais, as entidades filantrópicas e aqueles que praticam

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agricultura de subsistência e populações tradicionais, tendo em vista a necessidades de tratamento diferenciado, e de modo a acompanhar o que dispõe a lei federal.

O projeto também visa a incentivar a municipalização da gestão ambiental. Com isso, o parágrafo 2º, do artigo 10 da minuta traz a previsão de uma forma de repasse do valor arrecadado aos municípios que disponham de sistema de gestão ambiental habilitado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA.

Assim, o valor pago pelos estabelecimentos ao Município a título de taxa de controle e fiscalização municipal constituirá crédito para compensação com o valor devido a título de TCFAES, no limite de 60% (sessenta por cento) e relativamente ao mesmo ano.

Ademais, incluiu-se a previsão de repasse de até 20% da receita obtida com a TCFAES aos municípios que desempenhem atividades de fiscalização ambiental em razão de convênios firmados com as entidades estaduais arrecadadoras (art. 12), mas que ainda não tenham assumido integralmente sua competência ambiental.

A minuta também traz a previsão de repasse de receitas obtidas com a TCFAES à Polícia Militar Ambiental e ao Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo, durante a vigência de convênios para o fortalecimento da fiscalização ambiental (art. 12, parágrafo único).

E, ainda, de forma a tornar mais cristalina a

aplicação dos recursos, consta da minuta um artigo (art. 14) determinando o modo de aplicação dos valores, que devem necessariamente ser aplicados no desenvolvimento da infraestrutura institucional do respectivo órgão ambiental (inc. I) aquisição de equipamentos necessário ao aperfeiçoamento das atividades de fiscalização e controle ambiental (inc. II); desenvolvimento de projetos de educação ambiental, recomposição florestal, recursos hídricos e recuperação de áreas degradadas (inc. III) e outras aplicações que tenham relação com os objetivos institucionais do respectivo órgão ou entidades ambiental arrecadadora (inc. IV).

Com a aprovação do projeto, o Estado estará dando um passo importante no fortalecimento das instituições públicas voltadas à proteção ambiental, pois representa mais um instrumento para o acompanhamento das atividades potencialmente poluidoras e degradadoras do meio ambiente e um importante coadjuvante ao licenciamento ambiental.

Por todo o exposto encareço o empenho dessa Casa de Leis na aprovação do incluso projeto de lei. Atenciosamente

JOSÉ RENATO CASAGRANDE Governador do Estado

PROJETO DE LEI Nº 184/2013

Institui o Cadastro Técnico Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais e a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental do Estado do Espírito Santo e dá outras providências.

CAPÍTULO I DO CADASTRO TÉCNICO ESTADUAL

Art. 1º Fica instituído o Cadastro Técnico

Estadual de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais CTEES, de registro obrigatório e sem ônus para as pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a atividades potencialmente poluidoras e, ainda, à extração, produção, transporte e comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de produtos e subprodutos da fauna e da flora, conforme tabela constante do Anexo I desta Lei.

Art. 2º O CTEES será gerenciado pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA e pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espírito Santo - IDAF, sob supervisão da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - SEAMA e da Secretaria de Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca - SEAG.

Art. 3º Para a perfeita gestão do CTEES, compete ao IEMA e ao IDAF:

I - suprir o cadastro com as informações em seu âmbito de competência;

II - manter atualizado o cadastro, estabelecendo, por meio de portaria conjunta, os procedimentos de registro no cadastro;

III - articular-se com os demais órgãos e entidades estaduais e municipais de meio ambiente para as atividades comuns de controle e fiscalização;

IV - articular-se com o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, com vistas à integração dos dados do cadastro estadual com o cadastro federal.

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V - fiscalizar as pessoas físicas e jurídicas de registro obrigatório, no âmbito das atividades de sua competência, verificando a existência e conformidade de seus dados.

Art. 4º Cessadas as atividades da pessoa

física ou jurídica, esta deverá requerer o cancelamento de seu registro no cadastro, sem prejuízo das obrigações de saldar débitos porventura existentes.

Parágrafo único. A paralisação temporária das atividades não dará ensejo ao cancelamento do registro.

Art. 5º As pessoas físicas ou jurídicas que exerçam as atividades mencionadas no artigo 1º e descritas no Anexo I desta lei estão obrigadas a se registrar no cadastro de que trata esta lei, sob pena de incorrerem em infração punível com as seguintes multas:

I - se pessoa física, 40 (quarenta) VRTES; II - se microempresa, 120 (cento e vinte)

VRTES; III - se empresa de pequeno porte, 720

(setecentos e vinte) VRTES; IV - se empresa de médio porte, 1.441 (mil,

quatrocentos e quarenta e um) VRTES; V - se a empresa de grande porte, 7.205 (sete

mil, duzentos e cinco) VRTES.

§ 1º A aplicação das multas a que se refere este artigo será precedida de intimação prévia e advertência.

§ 2º O licenciamento ambiental de atividades sujeitas ao cadastro dependerá da comprovação do registro regular no CTEES.

Art. 6º As pessoas físicas ou jurídicas com registro no cadastro deverão apresentar, até o dia 31 de março de cada ano, relatório das atividades exercidas no ano anterior, para fim de controle e fiscalização, em modelo a ser definido em norma interna das entidades arrecadadoras.

Parágrafo único. A falta de apresentação do relatório anual de atividades sujeita o infrator à multa equivalente a 20% (vinte por cento) do valor da Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental, sem prejuízo da exigência deste.

CAPÍTULO II DA TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO

AMBIENTAL DO ESPÍRITO SANTO

Art. 7º Fica instituída a Taxa de Controle e

Fiscalização Ambiental do Espírito Santo (TCFAES),

cujo fato gerador é o exercício regular do poder de polícia, exercido pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - IEMA e pelo Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal - IDAF, e instituições conveniadas, relativa à fiscalização do exercício de atividades utilizadoras de recursos naturais e de atividades potencialmente poluidoras do meio ambiente.

§ 1º O sujeito passivo da TCFAES é a pessoa física ou jurídica que exerça as atividades descritas na tabela constante do Anexo I desta lei, sujeitas à fiscalização do IEMA ou do IDAF.

§ 2º Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita à fiscalização, pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor mais elevado.

Art. 8º O valor da TCFAES varia de acordo com a natureza jurídica e a receita bruta anual do sujeito passivo, e com o potencial de poluição de suas atividades e de utilização doa recursos naturais.

Parágrafo único. Em relação à receita bruta anual, consideram-se:

I - microempresa a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal º. 10.406, de 2002 (Código Civil Brasileiro), cuja receita bruta anual seja igual ou inferior ao limite estabelecido no inciso I do art. 3º. da Lei Complementar Federal nº. 123, de 14 de dezembro de 2006, alterados a partir de 1º de janeiro de 2012 pela LCP 139, de 10 de novembro de 2011;

II - empresa de pequeno porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº. 10.406, de 2002 (Código Civil Brasileiro), cuja receita bruta anual se enquadre nos limites estabelecidos no inciso II do art. 3º. da Lei Complementar Federal nº. 123, de 2006, alterados a partir de 10 de janeiro de 2012 pela LCP 139, de 10 de novembro de 2011;

III - empresa de médio porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº 10.406, de 2002 (Código Civil Brasileiro), cuja receita bruta anual seja superior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais) e inferior a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais), conforme estabelecido no inciso II do art. 3º da Lei Complementar n° 123, de 14 de dezembro de 2006, alterado a partir de 1º de janeiro de 2012 pela LCP 139, de 10 de novembro de 2011;

IV - empresa de grande porte a pessoa jurídica ou o empresário, assim definido na Lei Federal nº. 10.406, de 2002 (Código Civil Brasileiro),

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cuja receita bruta anual seja a R$12.000.000,00 (doze milhões de reais).

Art. 9º São isentas do pagamento da TCFAES:

I- as entidades públicas federais, distritais, estaduais e municipais;

II- as entidades filantrópicas; III- aqueles que praticam agricultura de

subsistência e populações tradicionais.

Art. 10. A TCFAES será devida no último dia útil de cada trimestre do ano civil, nos valores fixados no Anexo II desta Lei, e o recolhimento será efetuado por intermédio de documento único de arrecadação, até o quinto dia útil do mês subseqüente.

§ 1º O valor a ser recolhido a título de TCFAES será limitado a 60% (sessenta por cento) do valor devido ao IBAMA pela Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA, relativamente ao mesmo período.

§ 2º No caso de Municípios que disponham de sistema de gestão ambiental habilitado pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente - CONSEMA, o valor pago pelos estabelecimentos ao Município a título de taxa de controle e fiscalização municipal constituirá crédito para compensação com o valor devido a título de TCFAES, no limite de 60% (sessenta por cento) e relativamente ao mesmo ano.

§ 3º As entidades estaduais arrecadadoras firmarão convênio com o IBAMA com vistas a permitir a emissão de uma guia de recolhimento única, nos moldes do artigo 11, da Instrução Normativa n° 17, de 29 de dezembro de 2011, do IBAMA.

Art. 11. A TCFAES não recolhida nos prazos e condições do artigo anterior será cobrada com os seguintes acréscimos:

I - juros de mora de 1% (um por cento) ao mês, contado a partir do mês seguinte ao do vencimento;

II - multa moratória de 10% (dez por cento).

§ 1º A multa prevista no inciso II poderá ser reduzida a 5% (cinco por cento) se o pagamento for efetuado até o último dia útil do mês seguinte ao do vencimento.

§ 2º O total do débito inscrito como Dívida Ativa poderá ser parcelado na forma que dispuser a legislação tributária e o regulamento desta Lei, antes do ajuizamento da execução.

§ 3º Os juros de mora não incidem sobre o

valor da multa moratória.

Art. 12. As entidades arrecadadoras estão autorizadas a celebrar convênios com os Municípios para desempenharem atividades de fiscalização ambiental, no âmbito de suas competências, podendo tais convênios prever o repasse de parcela não superior a 20% (vinte por cento) da receita obtida com a TCFAES e destinada para a entidade convenente.

Parágrafo único. As receitas obtidas com a TCFAES também poderão ser repassadas à Polícia Militar Ambiental e ao Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo durante a vigência de convênios para o fortalecimento da fiscalização ambiental.

Art. 13. Valores recolhidos, seja à União, ao Estado ou aos Municípios, a qualquer outro título, incluindo as taxas de licenciamento, não constituem crédito para compensação com o TCFAES.

CAPÍTULO III DA DESTINAÇÃO DOS RECURSOS ARRECADADOS COM A TAXA DE

CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL DO ESPÍRITO SANTO

Art. 14. Os recursos arrecadados com o

TCFAES serão destinados ao respectivo órgão ou entidade arrecadadora, devendo ser aplicados da seguinte forma, não necessariamente nessa ordem:

I - desenvolvimento da infraestrutura institucional do órgão ou entidade ambiental;

II - aquisição de equipamentos necessários ao aperfeiçoamento das atividades de fiscalização e controle ambiental;

III - desenvolvimento de projetos de educação ambiental, recomposição florestal e recuperação de áreas degradadas;

IV - outras aplicações que tenham relação com os objetivos institucionais do respectivo órgão ou entidade arrecadadora.

Art. 15. O IEMA e o IDAF, em articulação com a Secretaria de Estado da Fazenda - SEFAZ, criarão e adotarão os meios necessários para a aplicação do disposto nesta lei.

Art. 16. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, com efeitos a partir de 1º de janeiro de 2014.

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ANEXO I

Atividades potencialmente poluidoras ou utilizadoras de recursos ambientais sujeitas a cadastro a que se

referem os artigo 1º e artigo 7º, § 1º, da presente Lei.

Código CATEGORIA DESCRICÃO GRA U PP/GU Taxa

01 Extração e Tratamento de Minerais lavra a céu aberto, inclusive de aluvião, com ou sem beneficiamento

Alto TCFAES

02 Extração e Tratamento de Minerais lavra garimpeira Alto TCFAES

03 Extração e Tratamento de Minerais lavra subterrânea com ou sem beneficiamento Alto TCFAES

04 Extração e Tratamento de Minerais perfuração de poços e produção de petróleo e gás natural

Alto TCFAES

05 Extração e Tratamento de Minerais pesquisa mineral com guia de utilização Alto TCFAES

04 Indústria de Borracha beneficiamento de borracha natural. Pequeno TCFAES

05 Indústria de Borracha fabricação de câmara de ar, fabricação e recondicionamento de pneumáticos.

Pequeno TCFAES

06 Indústria de Borracha

fabricação de espuma de borracha e de artefatos de espuma de borracha, inclusive látex.

Pequeno TCFAES

07 Indústria de Borracha fabricação de laminados e fios de borracha. Pequeno TCFAES

08 Indústria de Couros e Peles curtimento e outras preparações de couros e peles.

Alto TCFAES

09 Indústria de Couros e Peles fabricação de artefatos diversos de couros e peles

Alto TCFAES

10 Indústria de Couros e Peles fabricação de cola animal. Alto TCFAES

11 Indústria de Couros e Peles secagem e salga de couros e peles Alto TCFAES

12 Indústria de Madeira fabricação de chapas, placas de madeira aglomerada, prensada e compensada

Médio TCFAES

13 Indústria de Madeira fabricação de estruturas de madeira e de móveis.

Médio TCFAES

14 Indústria de Madeira preservação de madeira Médio TCFAES

15 Indústria de Madeira serraria e desdobramento de madeira. Médio TCFAES

16 Indústria de Madeira usina de preservação de madeira piloto (pesquisa).

Médio TCFAES

17 Indústria de Madeira usina de preservação de madeira sem pressão. Médio TCFAES

18 Indústria de Madeira usina de preservação de madeira sob pressão. Médio TCFAES

19 Indústria de Material de Transporte fabricação e montagem de aeronaves. Médio TCFAES

20 Indústria de Material de Transporte fabricação e montagem de veículos rodoviários e ferroviários, peças e acessórios.

Médio TCFAES

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21 Indústria de Material de Transporte fabricação e reparo de embarcações e estruturas flutuantes.

Médio TCFAES

22 Indústria de material Elétrico, Eletrônico e Comunicações

fabricação de aparelhos elétricos e eletrodomésticos.

Médio TCFAES

23 Indústria de material Elétrico, Eletrônico e Comunicações

fabricação de material elétrico, eletrônico e equipamentos para telecomunicação e informática.

Médio TCFAES

24 Indústria de material Elétrico, Eletrônico e Comunicações

fabricação de pilhas, baterias e outros acumuladores.

Médio TCFAES

25 Indústria de Papel e Celulose fabricação de artefatos de papel, papelão, cartolina, cartão e fibra prensada.

Alto TCFAES

26 Indústria de Papel e Celulose fabricação de celulose e pasta mecânica. Alto TCFAES

27 Indústria de Papel e Celulose fabricação de papel e papelão. Alto TCFAES

28 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

beneficiamento e industrialização de leite e derivados

Médio TCFAES

29 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

beneficiamento, moagem, torrefação e fabricação de produtos alimentares

Médio TCFAES

30 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

fabricação de bebidas alcoólicas

Médio TCFAES

31 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

fabricação de bebidas não-alcoólicas, bem como engarrafamento e gaseificação e águas minerais

Médio TCFAES

32 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

fabricação de cervejas, chopes e maltes

Médio TCFAES

33 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

fabricação de conservas

Médio TCFAES

34 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

fabricação de fermentos e leveduras

Médio TCFAES

35 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

fabricação de rações balanceadas e de alimentos preparados para animais

Médio TCFAES

36 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas fabricação de vinhos e vinagre Médio TCFAES

37 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas fabricação e refinação de açúcar Médio TCFAES

38 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

matadouros, abatedouros, frigoríficos, charqueadas e derivados de origem animal Médio TCFAES

39 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

matadouros, abatedouros, frigoríficos de fauna silvestre Médio TCFAES

40 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

preparação de pescados e fabricação de conservas de pescados Médio TCFAES

41 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas

produção de manteiga, cacau, gorduras de origem animal para alimentação Médio TCFAES

42 Indústria de Produtos Alimentares e Bebidas refino e preparação de óleo e gorduras vegetais Médio TCFAES

43 Indústria de Produtos de Matéria Plástica. fabricação de artefatos de material plástico. Pequeno TCFAES

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44 Indústria de Produtos de Matéria Plástica.

fabricação de laminados plásticos. Pequeno TCFAES

45 Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos

beneficiamento de minerais não metálicos, não associados a extração

Médio TCFAES

46 Indústria de Produtos Minerais Não Metálicos

fabricação e elaboração de produtos minerais não metálicos tais como produção de material cerâmico, cimento, gesso, amianto, vidro e similares

Médio TCFAES

47 Indústria do Fumo fabricação de cigarros, charutos, cigarrilhas e outras atividades de beneficiamento do fumo.

Médio TCFAES

48 Indústria Mecânica

fabricação de máquinas, aparelhos, peças, utensílios e acessórios com e sem tratamento térmico ou de superfície.

Médio TCFAES

49 Indústria Metalúrgica fabricação de aço e de produtos siderúrgicos Alto TCFAES

50 Indústria Metalúrgica

fabricação de artefatos de ferro, aço e de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia

Alto TCFAES

51 Indústria Metalúrgica

fabricação de estruturas metálicas com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.

Alto TCFAES

52 Indústria Metalúrgica metalurgia de metais preciosos. Alto TCFAES

53 Indústria Metalúrgica metalurgia do pó, inclusive peças moldadas. Alto TCFAES

54 Indústria Metalúrgica metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro.

Alto TCFAES

55 Indústria Metalúrgica

produção de fundidos de ferro e aço, forjados, arames, relaminados com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.

Alto TCFAES

56 Indústria Metalúrgica

produção de laminados, ligas, artefatos de metais não-ferrosos com ou sem tratamento de superfície, inclusive galvanoplastia.

Alto TCFAES

57 Indústria Metalúrgica produção de soldas e anodos. Alto TCFAES

58 Indústria Metalúrgica relaminação de metais não-ferrosos, inclusive ligas

Alto TCFAES

59 Indústria Metalúrgica têmpera e cementação de aço, recozimento de arames, tratamento de superfície.

Alto TCFAES

60 Indústria Metalúrgica

metalurgia dos metais não-ferrosos, em formas primárias e secundárias, inclusive ouro - uso de mercúrio metálico

Alto TCFAES

61 Indústria Química fabricação de combustíveis não derivados de petróleo

Alto TCFAES

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62 Indústria Química fabricação de concentrados aromáticos naturais, artificiais e sintéticos

Alto TCFAES

63 Indústria Química fabricação de fertilizantes e agroquímicos Alto TCFAES

64 Indústria Química fabricação de perfumarias e cosméticos Alto TCFAES

65 Indústria Química

fabricação de pólvora, explosivos, detonantes, munição para caça e esporto, fósforo de Segurança e artigos pirotécnicos

Alto TCFAES

66 Indústria Química

fabricação de preparados para limpeza e polimento, desinfetantes, inseticidas, germicidas e fungicidas

Alto TCFAES

67 Indústria Química

produção de substâncias e fabricação de produtos químicos - fabricação de preservativos de madeiras

Alto TCFAES

68 Indústria Química

fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo - Res. Conama No. 362/2005

Alto TCFAES

69 Indústria Química

fabricação de produtos derivados do processamento de petróleo, de rochas betuminosas e da madeira

Alto TCFAES

70 Indústria Química fabricação de produtos e substâncias controlados pelo Protocolo de Montreal

Alto TCFAES

71 Indústria Química fabricação de produtos farmacêuticos e veterinários

Alto TCFAES

72 Indústria Química

fabricação de resinas e de fibras e fios artificiais e sintéticos e de borracha e látex sintéticos

Alto TCFAES

73 Indústria Química fabricação de sabões, detergentes e velas Alto TCFAES

74 Indústria Química fabricação de tintas, esmaltes, lacas, vernizes, impermeabilizantes, solventes e secantes

Alto TCFAES

75 Indústria Química produção de álcool etílico, metanol e similares. Alto TCFAES

76 Indústria Química produção de óleos - Res. Conama No. 362/2005

Alto TCFAES

77 Indústria Química

produção de óleos, gorduras, ceras, vegetais e animais, óleos essenciais, vegetais e produtos similares, da destilação da madeira

Alto TCFAES

78 Indústria Química produção de substâncias e fabricação de produtos químicos

Alto TCFAES

79 Indústria Química recuperação e refino de solventes, óleos minerais, vegetais e animais

Alto TCFAES

80 Indústria Têxtil, de Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos

beneficiamento de fibras têxteis, vegetais, de origem animal e sintéticos.

Médio TCFAES

81 Indústria Têxtil, de Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos

fabricação de calçados e componentes para calçados

Médio TCFAES

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82 Indústria Têxtil, de Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos

fabricação e acabamento de fios e tecidos Médio TCFAES

83 Indústria Têxtil, de Vestuário, Calçados e Artefatos de Tecidos

tingimento, estamparia e outros acabamentos em peças do vestuário e artigos diversos de tecidos

Médio TCFAES

84 Indústrias Diversas usinas de produção de asfalto Pequeno TCFAES

85 Indústrias Diversas usinas de produção de concreto Pequeno TCFAES

86 Serviços de Utilidade

Tratamento e destinação de resíduos industriais líquidos e sólidos - pneumáticos inservíveis

Médio TCFAES

87 Serviços de Utilidade

Destinação de resíduos de esgotos sanitários e de resíduos sólidos urbanos, inclusive aqueles provenientes de fossas

Médio TCFAES

88 Serviços de Utilidade

disposição de resíduos especiais tais como: de agroquímicos e suas embalagens; usadas e de serviço de saúde e similares

Médio TCFAES

89 Serviços de Utilidade dragagem e derrocamentos em corpos d'água Médio TCFAES

88 Serviços de Utilidade produção de energia termoelétrica Médio TCFAES

90 Serviços de Utilidade recuperação de áreas contaminadas ou degradadas

Médio TCFAES

91 Serviços de Utilidade Tratamento e destinação de resíduos industriais líquidos e sólidos

Médio TCFAES

92 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

comércio de combustíveis, derivados de petróleo

Alto TCFAES

93 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

Comércio de produtos químicos e produtos perigosos - produtos e substâncias controladas pelo Protocolo de Montreal, inclusive importação e exportação

Alto TCFAES

94 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

comércio de produtos químicos e produtos perigosos -mercúrio metálico

Alto TCFAES

95 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

comércio de produtos químicos e produtos perigosos

Alto TCFAES

96 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

comércio de produtos químicos e produtos perigosos - Res. Conama No. 362/2005 Alto TCFAES

97 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

Comércio de produtos químicos e produtos perigosos - fertilizantes

Alto TCFAES

98 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

depósitos de produtos químicos e produtos perigosos

Alto TCFAES

99 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

marinas, portos e aeroportos

Alto TCFAES

100 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

terminais de minério, petróleo e derivados e produtos químicos

Alto TCFAES

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ANEXO II

VALORES EM REAL, DEVIDOS A TÍTULO DE TCFAES, POR ESTABELECIMENTO E POR TRIMESTRE

Potencial de poluição/grau de

utilização de recursos ambientais

Pessoa física Microempresa

Empresa de pequeno

porte

Empresa de médio porte

Empresa de grande porte

Pequeno

-

-

112,50

225,00

450,00

Médio

-

-

180,00

360,00

900,00

Alto

-

50,00

225,00

450,00

2.250,00

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO GOVERNADOR

101 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

transporte de cargas perigosas

Alto TCFAES

102 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

transporte de cargas perigosas - Protocolo de Montreal

Alto TCFAES

103 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio

transporte de cargas perigosas - Res. Conama No. 362/2005 Alto TCFAES

104 Transporte, Terminais, Depósitos e Comércio transporte por dutos Alto TCFAES

105 Turismo complexos turísticos e de lazer, inclusive parques temáticos. Pequeno TCFAES

106 Veículos Automotores - Pneus - Pilhas e Baterias

Importador de Baterias para comercialização de forma direta ou indireta Alto TCFAES

107 Veículos Automotores - Pneus - Pilhas e Baterias

Importador de Veículos Automotores - fins comerciais Alto TCFAES

108 Uso de Recursos Naturais

Silvicultura; exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais; importação ou exportação da fauna e flora nativas brasileiras; atividade de criação e exploração econômica de fauna exótica e de fauna silvestre; utilização do patrimônio genético natural; exploração de recursos aquáticos vivos; introdução de espécies exóticas, exceto para melhoramento genético vegetal e uso na agricultura; introdução de espécies geneticamente modificadas previamente identificadas pela CTNBio como potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente; uso da diversidade biológica pela biotecnologia em atividades previamente identificadas pela CTNBio como potencialmente causadoras de significativa degradação do meio ambiente

Médio TCFAES

109 Uso de Recursos Naturais exploração econômica da madeira ou lenha e subprodutos florestais Médio TCFAES

110 Motosserras Fabricante/transportador de motosserras Pequeno TCFAES

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 15

Vitória, 06 de junho de 2013. MENSAGEM Nº 118/2013 Senhor Presidente:

Encaminho à apreciação dessa Assembleia Legislativa o anexo Projeto de Lei em que solicito a abertura de Crédito Especial no valor de R$ 2.436.924,00 (Dois milhões, quatrocentos e trinta e seis mil, novecentos e vinte e quatro reais), em favor da Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas visando incluir no Orçamento vigente a Ação Cooperação Técnica com Órgãos Públicos, para atender despesas com Termo de Cooperação Técnica entre o DETRAN-ES e a Polícia Militar do ES, visando aquisição de veículos, equipamentos, materiais e contratação dos serviços, necessários à fiscalização, operações de trânsito e policiamento ostensivo de trânsito, conforme Anexo I do Projeto de Lei.

Os recursos necessários à execução do

referido Crédito Especial serão provenientes do superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2012 do próprio órgão, na fonte 0271 - Arrecadado pelo Órgão.

Desta forma, solicito a aprovação por essa

Casa de Leis, do incluso projeto de lei que permitirá a adequação do orçamento vigente às necessidades da Administração Pública Estadual.

JOSÉ RENATO CASAGRANDE

Governador do Estado

PROJETO DE LEI Nº 185/2013 Abre o Crédito Especial no valor de R$ 2.436.924,00 (Dois milhões, quatrocentos e trinta e seis mil, novecentos e vinte e quatro reais), em favor da Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas.

Art. 1º Fica aberto o Crédito Especial no

valor de R$ 2.436.924,00 (Dois milhões, quatrocentos e trinta e seis mil, novecentos e vinte e quatro reais), em favor da Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas visando incluir no Orçamento vigente a Ação Cooperação Técnica com Órgãos Públicos, para atender despesas com Termo de Cooperação Técnica entre o DETRAN-ES e a Polícia Militar do ES, visando aquisição de veículos, equipamentos, materiais e contratação dos serviços, necessários à fiscalização, operações de trânsito e policiamento ostensivo de trânsito, conforme Anexo I do Projeto de Lei.

Art. 2º Os recursos necessários à execução do referido Crédito Especial serão provenientes do superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do exercício de 2012 do próprio órgão, na fonte 0271 - Arrecadado pelo Órgão.

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

CRÉDITO ESPECIAL - ANEXO I - SUPLEMENTAÇÃO

R$1,00

CÓDIGO ESPECIFICAÇÃO NATUREZA F VALOR

35.000 SECRETARIA DE ESTADO DOS TRANSPORTES E OBRAS

PÚBLICAS

35.201 DEPARTAMENTO DE ESTRADAS E RODAGEM DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

2612201542.514 COOPERAÇÃO TÉCNICA COM ÓRGÃOS PÚBLICOS Despesas com Material de Consumo

3.3.90.30.00 0671 280.307 Despesas com Outros Serviços de Terceiros - Pessoa Física

3.3.90.39.00 0671 81.000 Despesas com Material Permanente 4.4.90.52.00 0671 2.075.617

TOTAL 2.436.924

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16 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO GOVERNADOR

Vitória, 06 de junho de 2013. MENSAGEM Nº 119/2013

Senhor Presidente:

Encaminho à apreciação dessa Assembleia Legislativa o anexo Projeto de Lei em que solicito alteração do “Anexo V - Entidades Aptas a Receberem Transferências a Título de Subvenções Sociais, Contribuições Correntes e Auxílios”, constante da Lei Orçamentária Anual Nº 9.979, de 15 de janeiro de 2013, com a inclusão de entidades no Quadro Demonstrativo de Subvenções Sociais e no Quadro Demonstrativo de Auxílios da Secretaria de Estado da Cultura, conforme Anexos I e II do Projeto de Lei.

Desta forma, solicito a aprovação por essa

Casa de Leis, do incluso projeto de lei que permitirá a adequação do orçamento vigente às necessidades da Administração Pública Estadual.

Atenciosamente

JOSÉ RENATO CASAGRANDE Governador do Estado

PROJETO DE LEI Nº 186/2013 Inclui entidades no Anexo V da Lei Orçamentária nº 9.979, de 15 de janeiro de 2013, para o fim que especifica.

Art. 1º Ficam incluídas no “Anexo V - Entidades Aptas a Receberem Transferências a Título de Subvenções Sociais, Contribuições Correntes e Auxílios”, constante da Lei Orçamentária Anual Nº 9.979, de 15 de janeiro de 2013, entidades no Quadro Demonstrativo de Subvenções Sociais e no Quadro Demonstrativo de Auxílios da Secretaria de Estado da Cultura, conforme Anexos I e II.

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Relatório: Entidades a Serem Contempladas com Subvenção Social

Órgão / Unidade Orçamentária / Entidade Município:

CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO DOS VALES E DO CAFÉ MUQUIASSOCIAÇÃO CULTURAL GIRASSOL SERRAASSOCIAÇÃO CULTURAL, ESPORTIVA E DE LAZER DE VILA NOVA DE COLARES SERRANÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E ECONÔMICO DE SERRA SERRAASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO A ARTE CULTURAL DE CAPOEIRA QUILOMBO DO QUEIMADO VILA VELHAASSOCIAÇÃO ATELIÊ DE IDEIAS VITÓRIACENTRO DE ESTUDOS DA CULTURA NEGRA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO VITÓRIAFUNDAÇÃO FÉ E ALEGRIA DO BRASIL VITÓRIAINSTITUTO BRASIL DE CULTURA E ARTE - IBCA VITÓRIA

ANEXO I

40.000 - SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA 40 .101 - ADMINISTRAÇÃO DIRETA

Relatório: Entidades a Serem Contempladas com Auxílios

Órgão / Unidade Orçamentária / Entidade Município:

CONSÓRCIO DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DA REGIÃO DOS VALES E DO CAFÉ MUQUIASSOCIAÇÃO CULTURAL GIRASSOL SERRAASSOCIAÇÃO CULTURAL, ESPORTIVA E DE LAZER DE VILA NOVA DE COLARES SERRANÚCLEO DE DESENVOLVIMENTO HUMANO E ECONÔMICO DE SERRA SERRAASSOCIAÇÃO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO A ARTE CULTURAL DE CAPOEIRA QUILOMBO DO QUEIMADO VILA VELHAASSOCIAÇÃO ATELIÊ DE IDEIAS VITÓRIACENTRO DE ESTUDOS DA CULTURA NEGRA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO VITÓRIAFUNDAÇÃO FÉ E ALEGRIA DO BRASIL VITÓRIAINSTITUTO BRASIL DE CULTURA E ARTE - IBCA VITÓRIA

ANEXO II

40.000 - SECRETARIA DE ESTADO DA CULTURA 40 .101 - ADMINISTRAÇÃO DIRETA

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 17

ATOS LEGISLATIVOS

RESOLUÇÕES

RESOLUÇÃO Nº 3.401

Admite na Ordem do Mérito “Domingos Martins” a Senhora KÁTIA MARIA BOBBIO LIMA.

A MESA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de julho de 2009, combinado com os artigos 2º da Resolução 1.390, de 10.10.1984 e 4º da Resolução nº 1.391, de 17.10.1984, promulga a seguinte Resolução:

Art. 1º Admitir na Ordem do Mérito “Domingos Martins” no Grau de “Oficial”, a Senhora Kátia Maria Bobbio Lima, concedendo-lhe as insígnias e o Diploma do respectivo Grau.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

RESOLUÇÃO Nº 3.402

Concede Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor MOISES DE MELO AMBRÓSIO.

A MESA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de julho de 2009, e pela Resolução 2.251, de 23.9.2005, promulga a seguinte Resolução:

Art. 1º Fica concedida a Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor Moises de Melo Ambrósio, pelos relevantes serviços de cunhos religioso e social, no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

RESOLUÇÃO Nº 3.403

Concede Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor ALBERTO SERAFIM DE SOUZA.

A MESA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de julho de 2009, e pela Resolução 2.251, de 23.9.2005, promulga a seguinte Resolução:

Art. 1º Fica concedida a Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor Alberto Serafim de Souza, pelos relevantes serviços de cunhos religioso e social, no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

RESOLUÇÃO Nº 3.404

Concede Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor MANOEL SALVINO DE FREITAS.

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18 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de julho de 2009, e pela Resolução 2.251, de 23.9.2005, promulga a seguinte Resolução:

Art. 1º Fica concedida a Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor Manoel Salvino de Freitas, pelos relevantes serviços de cunhos religioso e social, no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

RESOLUÇÃO Nº 3.405

Concede Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor SAMUEL CÂMARA.

A MESA DA ASSEMBLEIA

LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 17, XXVI do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2.700, de 15 de julho de 2009, e pela Resolução 2.251, de 23.9.2005, promulga a seguinte Resolução:

Art. 1º Fica concedida a Comenda “João Ferreira de Almeida” ao Senhor Samuel Câmara, pelos relevantes serviços de cunhos religioso e social, no âmbito do Estado do Espírito Santo.

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATOS ADMINISTRATIVOS

ATOS DA MESA DIRETORA

ATO Nº 804

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais previstas no art. 17, inciso XXIV, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2700/2009; e no artigo 9º, § 1º, inciso IX, da Resolução 2890/2010;

RESOLVE:

Art. 1º DETERMINAR abertura de Sindicância para apurar os fatos narrados no Processo Administrativo nº 122843.

§ 1º A Sindicância será conduzida pela Comissão Processante prevista no Ato da Mesa nº 1414, de 20.10.2010, e alterações posteriores.

§ 2º A Comissão designada terá o prazo de 30 (trinta) dias para conclusão de seus trabalhos, a contar da data da publicação do presente Ato, conforme disposto no artigo 249, § 1º, da Lei Complementar nº. 46/94. Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 805

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais,

RESOLVE:

Art. 1º PRORROGAR, por mais 30 (trinta) dias, na forma do artigo 249, § 1º, da Lei Complementar nº 46/94, o prazo para a conclusão dos trabalhos da Comissão de Sindicância criada pelo Ato nº 4856, publicado no Diário do Poder Legislativo do

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 19

dia 06.11.12, referente aos Processos Administrativos nº 122003, nº 122706 (Processos Apensos nº 122472, nº 011269 e nº 014920) e nº 123142.

Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de

sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 806

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais,

RESOLVE:

Art. 1º PRORROGAR, por mais 30 (trinta)

dias, na forma do artigo 249, § 1º, da Lei Complementar nº 46/94, o prazo para a conclusão dos trabalhos da Comissão de Sindicância criada pelo Ato nº 4946, publicado no Diário do Poder Legislativo do dia 05.12.2012, referente ao Processo Administrativo nº 101277.

Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de

sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO DE ASSIS FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 807

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais,

RESOLVE:

Art. 1º PRORROGAR, por mais 60

(sessenta) dias, na forma do artigo 258 da Lei Complementar nº 46/94, o prazo para a conclusão dos trabalhos da Comissão de Processo Administrativo Disciplinar, instituída pelo Ato nº 4455, publicado no Diário do Poder Legislativo do dia 07.08.2012, referente ao Processo Administrativo nº 120698.

Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de

sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 808

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais prevista no art. 17, inciso XXIV, do Regimento Interno, aprovado pela Resolução nº 2700/2009; e no artigo 9º, § 1º, inciso IX, da Resolução 2890/2010;

RESOLVE:

Art. 1º DETERMINAR abertura de Sindicância para apurar os fatos narrados no Processo Administrativo nº 122843. § 1º A Sindicância será conduzida pela Comissão Processante prevista no Ato da Mesa nº 1414, de 20.10.2010, e alterações posteriores. § 2º A Comissão designada terá o prazo de 30 (trinta) dias para conclusão de seus trabalhos, a contar da data da publicação do presente Ato, conforme disposto no artigo 249, § 1º, da Lei Complementar nº 46/94. Art. 2º Este Ato entra em vigor na data de sua publicação.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 809

A MESA DIRETORA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO ESPÍRITO SANTO, em virtude do falecimento do ex-deputado Estadual, HUGO BORGES, resolve declarar luto oficial neste Poder, por 03 (três) dias, a partir de 09 de junho de 2013.

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20 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO Presidente

SOLANGE LUBE 1ª Secretária

ROBERTO CARLOS 2º Secretário

ATO Nº 810

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

EXONERAR, na forma do artigo 61, § 2º, alínea “a”, da Lei Complementar n.º 46, de 31 de janeiro de 1994, FERNANDO PEREIRA MAGALHÃES, do cargo em comissão de Agente de Gabinete de Representação Parlamentar, código AGRP, do gabinete do Deputado Theodorico Ferraço, por solicitação do próprio Deputado.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 811

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar n.º 46, de 31 de janeiro de 1994, FÁBIO FERREIRA GUEDES, para exercer o cargo em comissão de Assistente de Gabinete de Representação Parlamentar, código ASGRP, no gabinete do Deputado Dary Pagung, por solicitação do próprio Deputado, contida no processo nº 131988/2013.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 812

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

NOMEAR, na forma do artigo 12, inciso II, da Lei Complementar n.º 46, de 31 de janeiro de 1994, EDSON FIGUEIREDO MAGALHÃES, para exercer o cargo em comissão de Supervisor-Geral de Gabinete de Representação Parlamentar, código SGGRP, no gabinete do Deputado Theodorico Ferraço, por solicitação do próprio Deputado.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 813

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

CESSAR, a partir de 10.06.2013 os efeitos do Ato nº 762, publicado em 29.05.2013, que designou AYRES DALMASIO FILHO, matrícula nº 201631, para substituir RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA, matrícula nº 205096, no cargo comissionado de Diretor de Redação, código DR, da Assembleia Legislativa.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATO Nº 814

A MESA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, resolve:

DESIGNAR, na forma do Artigo 52, § 1º e 2º, da Lei Complementar nº 46, de 3l de janeiro de l994, LIVIA MODENESI MUNHÃO COUTINHO, matrícula nº 207851, para substituir WALKER GIORI DE FIGUEIREDO, matrícula nº

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 21

207130, no cargo comissionado de Supervisor de Gabinete da Direção Geral, código SGDG, no período de 06/06 a 05/07/2013, e enquanto durar o impedimento do titular que encontrar-se em gozo de férias.

PALÁCIO DOMINGOS MARTINS, em 10 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1ª Secretária ROBERTO CARLOS

2º Secretário

ATOS DO DIRETOR-GERAL

PORTARIA Nº 358

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

TRANSFERIR, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, do servidor GRIMALDO PEREIRA DA CRUZ JUNIOR, matrícula n.º 207964, titular do cargo efetivo de Técnico em Tecnologia da Informação, código ETTI, do Quadro Permanente, e marcar para o período de 02 a 31.01.2014. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 10 de junho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 359

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

TRANSFERIR, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, do servidor PEDRO ANTONIO PARIZZI, matrícula n.º 207965, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, e marcar para o período de 08.07 a 06.08.2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 10 de junho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 360

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA

DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

TRANSFERIR, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, do servidor FRANCISCO BORGES DE OLIVEIRA NETO, matrícula n.º 207898, titular do cargo efetivo de Técnico Legislativo Sênior, código ETLS, do Quadro Permanente, e marcar para o período de 15.07 a 13.08.2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 10 de junho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 361

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA

DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

TRANSFERIR, as férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, marcadas anteriormente conforme Portaria nº 1757/2012, do servidor EDUARDO ROCHA LEMOS, matrícula n.º 207846, titular do cargo efetivo de Procurador, código EP, do Quadro Permanente, e marcar para o período de 26.08 a 24.09.2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 10 de junho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 362

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

Page 24: DIÁRIO OFICIAL PODER LEGISLATIVO · Suplentes: Dary Pagung, Jamir Malini, Gildevan Fernandes, José Carlos Elias e Genivaldo Lievore. ... de 70 elogios, sendo 33 por prisão de homicidas

22 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

MARCAR, os 10 (dez) dias restantes das férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, suspensas anteriormente conforme Portaria nº 2055/2013, do servidor MARCELO MIRANDA ROCHA, matrícula nº 201422, titular do cargo efetivo de Técnico em Tecnologia da Informação, código ETTI, do Quadro Permanente, para o período de 15 a 24/07/2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 07 de junho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

PORTARIA Nº 363

O DIRETOR-GERAL DA SECRETARIA DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO, usando de suas atribuições legais, com base nas informações da CGRH, resolve:

MARCAR, os 14 (catorze) dias restantes das férias regulamentares referentes ao exercício de 2013, suspensas anteriormente conforme Portaria nº 2007/2013, do servidor PAULO JOVANI BURGUÊS, matrícula nº 201527, titular do cargo efetivo de Técnico em Tecnologia da Informação, código ETTI, do Quadro Permanente, para o período de 25/06 a 08/07/2013. Secretaria da Assembleia Legislativa, em 07 de junho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

FABIANO BUROCK FREICHO

Diretor de Recursos Humanos

RESUMO DE CONTRATO DE COMPLEMENTAÇÃO EDUCACIONAL

1. CONTRATANTE:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

2. CONTRATADO: LETÍCIA QUADRA SIQUEIRA DA VICTÓRIA

3. ESPECIFICAÇÃO: ESTÁGIO EDUCACIONAL - Ensino Superior

4. VIGÊNCIA: 10.06.2013 a 09.06.2014 5. VALOR MENSAL DO CONTRATO:

R$ 729,64 (setecentos e vinte e nove reais e sessenta e quatro centavos)

6. DOTAÇÃO ORÇAMENTÁRIA: 3.3.90.36.00

Secretaria da Assembleia Legislativa, em 06 de junho de 2013.

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral da Secretaria

ATOS DAS DIRETORIAS LEGISLATIVAS CONTROLE DE FREQUÊNCIA DOS DEPUTADOS

MÊS: MAIO - 2013 - TOTAL DE SESSÕES ORDINÁRIAS: (12)

(Em cumprimento ao que determina o Ato nº 2869, de 18

de outubro de 2006).

DEPUTADO(A)

(DATAS) AUSÊNCIA SEM JUSTIFICATIVA

(DATAS) AUSÊNCIA

JUSTIFICADA

TOTAL

(DATAS) - LICENÇA MÉDICA (LM); - AFASTAMENTO TERRITÓRIO NACIONAL (ATN); - LICENÇA MISSÃO AUTORIZADA (LMA) - REPRESENTAÇÃO OFICIAL (RO)

1. APARECIDA DENADAI -- 08, 28 e 29 3 --

2. ATAYDE ARMANI

-- -- -- 01 a 31 (LM)

3. CACAU LORENZONI

-- 08 e 15 2 --

4. CLAUDIO VEREZA -- 08 1 --

5. DA VITÓRIA -- -- -- --

6. DARY PAGUNG

-- -- -- --

7. DOUTOR HÉRCULES

-- -- -- --

8. EUCLÉRIO SAMPAIO

-- -- -- --

9. ELCIO ALVARES

-- -- -- --

10. FREITAS

-- -- -- --

11. GENIVALDO LIEVORE

-- 07 a 22 2 --

12. GILDEVAN FERNANDES

-- 27 1 --

13. GILSINHO LOPES

-- -- -- --

14. GLAUBER COELHO

-- 21 e 28 2 --

15. JAMIR MALINI

-- -- -- 02 a 16 (LM)

16. JANETE DE SÁ

-- -- -- --

17. JOSÉ CARLOS ELIAS -- -- -- --

18. JOSÉ ESMERALDO

-- 29 1 --

19. LÚCIA DORNELLAS

-- -- -- 15 a 19 (ATN)

20. LUIZ DURÃO -- 20 1 06 e 07 (LM) 21. LUZIA TOLEDO

-- -- -- 30/04 a 14/05 (LM)

22. MARCELO SANTOS

-- -- -- --

23. MARCOS MANSUR

-- 06, 07 e 08 3 --

24. PAULO ROBERTO

-- 28 1 --

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 23

25. ROBERTO CARLOS

-- -- -- --

26. RODRIGO COELHO

-- -- -- 06, 07 e 08 (LM)

27. SANDRO LOCUTOR

-- -- -- 21 e 22 (RO)

28. SÉRGIO BORGES

-- 06 1 --

29. SOLANGE LUBE

-- 22 1 06, 07 e 08 (LM) e de 26/05 a 09/06 (ATN)

30. THEODORICO FERRAÇO

-- -- -- --

MARCUS FARDIN DE AGUIAR

Diretor de Processo Legislativo

SECRETARIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

11 DE JUNHO (TERÇA-FEIRA) 8 horas - Projeto Universitários no Parlamento Local: Auditório Hermógenes Lima da Fonseca 9 horas - Reunião da CPI da Telefonia Local: Plenário Dirceu Cardoso Pauta Especial: Presença da promotora de Justiça e dirigente do Centro de Apoio de Defesa do Consumidor, Sandra Lengruber. 9 horas - Reunião da Comissão de Saúde Local: Plenário Rui Barbosa 10 horas - Reunião da Comissão de Cidadania e Direitos Humanos Local: Plenário Rui Barbosa 11 horas - Reunião da Comissão de Política sobre Drogas Local: Plenário Rui Barbosa

12h30 - Reunião da Comissão de Educação Local: Plenário Dirceu Cardoso 13h30 - Reunião da Comissão de Justiça Local: Plenário Rui Barbosa

13h30 - Reunião da Comissão de Agricultura Local: Plenário Dirceu Cardoso 15 horas - Sessão Ordinária Local: Plenário Dirceu Cardoso 18h05 - Reunião da Corregedoria Local: Plenário Judith Leão Castello Ribeiro 12 DE JUNHO (QUARTA-FEIRA)

9 horas - Sessão Ordinária Local: Plenário Dirceu Cardoso 13 DE JUNHO (QUINTA-FEIRA) 19 horas - Reunião Extraordinária para apurar a responsabilidade por danos causados ao consumidor na prestação inadequada de serviços de telefonia oferecidos por operadoras que atuam no ES Proponente: CPI da Telefonia Local: Câmara Municipal de Venda Nova do Imigrante 19 horas - Sessão Especial sobre o trabalho realizado pelo Batalhão Suez Proponente: Deputado Doutor Hércules (PMDB) Local: Plenário Dirceu Cardoso 14 DE JUNHO (SEXTA-FEIRA) 10 às 21 horas - Cessão de Espaço: 3º Congresso Estadual da Central dos Trabalhadores do Brasil (CTB) Local: Auditório Hermógenes Lima da Fonseca 19 horas - Sessão Solene em homenagem ao Dia do Pastor Proponente: Deputada Aparecida Denadai (PDT) Local: Plenário Dirceu Cardoso Secretaria de Comunicação Social Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) www.al.es.gov.br www.facebook.com/parlamentocapixaba www.twitter.com/assembleia_es (27) 3382-3507 / 3382-3550

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24 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

PROGRAMAÇÃO - TERÇA-FEIRA - 11.06.13

HORA OBSERVAÇÃO PROGRAMAS TEMA ENTREVISTADOS

07H00 ESPAÇO PARCERIA

CÂMARA MUNICIPAL DE CARIACICA

TRABALHOS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

DIVERSOS

09H30 ESPAÇO PARCERIA

CÂMARA MUNICIPAL DE VITÓRIA

TRABALHOS DO LEGISLATIVO MUNICIPAL

12H00 MUNICÍPIOS VILA VELHA

12H30 ESPAÇO PARCERIA STJ: STJ CIDADÃO

DIVERSOS

13H00

ASSEMBLEIA DO CAMPO

100 ANOS DA PROFISSÃO DE TÉCNICO AGRÍCOLA

ANTONIO CARLOS BALBINO, PRESIDENTE DO SINDICATO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS DO ESPÍRITO SANTO.

13H30 OPINIÃO

TRABALHO ESCRAVO DJAILSON MARTINS ROCHA, PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

14H00 PANORAMA TELEJORNAL SEGUNDA-FEIRA DIVERSOS

14H30

AÇÃO PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

GENIVALDO LIEVORE, DEPUTADO ESTADUAL

15H00 AO VIVO SESSÃO ORDINÁRIA

REPERCUSSÃO TRABALHOS DO LEGISLATIVO ESTADUAL

18H00

ES EM DEBATE

CONSELHEIRO CIDADÃO

EDMAR CAMATA - SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO DA ONG TRANSPARÊNCIA CAPIXABA E DÉLIO PRATES- PRESIDENTE DA COMISSÃO DE COMBATE À CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE DA OAB/ES

18H30 UM DEDO DE PROSA

PRODUÇÃO LITERÁRIA CAPIXABA

DANIEL VILELA, ESCRITOR

19H00 PALESTRA DIA MUNDIAL SEM

TABACO

20H10 COMISSÃO PERMANENTE INFRAESTRUTURA 21H30 COMISSÃO PERMANENTE JUSTIÇA

22H00 PANORAMA TELEJORNAL TERÇA-FEIRA DIVERSOS

22H15

ESPAÇO PARCERIA MP COM VOCÊ

TRABALHO DESENVOLVIDO NAS UNIDADES PRISIONAIS DE COLATINA

RICARDO KOKOT, PROMOTOR DE JUSTIÇA

22H45

OPINIÃO

TRABALHO ESCRAVO DJAILSON MARTINS ROCHA, PROCURADOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

23H15 AÇÃO PARLAMENTAR

ATIVIDADE PARLAMENTAR

GENIVALDO LIEVORE, DEPUTADO ESTADUAL

23H45

ES EM DEBATE

CONSELHEIRO CIDADÃO

EDMAR CAMATA - SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO DA ONG TRANSPARÊNCIA CAPIXABA E DÉLIO PRATES- PRESIDENTE DA COMISSÃO DE COMBATE À CORRUPÇÃO E IMPUNIDADE DA OAB/ES

00H15 ESPAÇO PARCERIA SBPC - TOME CIÊNCIA

QUÍMICA ALÉM DAS FÓRMULAS

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 25

ATAS DAS SESSÕES

SESSÕES ORDINÁRIAS

QUADRAGÉSIMA QUINTA SESSÃO ORDINÁRIA DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 03 DE JUNHO DE 2013.

(De acordo com o registrado no painel eletrônico, à hora regimental, para ensejar o início da sessão, comparecem os Senhores Deputados Da Vitória, Doutor Hércules, Elcio Alvares, Genivaldo Lievore, Glauber Coelho, Jamir Malini, Janete de Sá, Marcelo Santos, Marcos Mansur, Roberto Carlos e Theodorico Ferraço)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Havendo número legal e invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão.

(Assume a 2.ª Secretaria o Senhor Deputado Roberto Carlos)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Convido o Senhor Deputado Roberto Carlos a proceder à leitura de um versículo da Bíblia.

(O Senhor Deputado Roberto Carlos lê Salmos, 146:05)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - A Presidência registra, com satisfação, a presença dos Senhores Amaral e Luizinho Tereré, ambos vereadores pelo Município de Cachoeiro de Itapemirim, pelo menos há cinco ou seis mandatos. Sejam bem-vindos. A Casa é dos senhores. (Pausa)

O SR. ROBERTO CARLOS - Senhor Presidente, pela ordem! O Senhor Luizinho Tereré foi vereador no mesmo período do Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Convido o Senhor 2.º Secretário a proceder à leitura da ata da oitava sessão extraordinária, realizada em 29 de maio de 2013. (Pausa)

(O Senhor 2.º Secretário procede à leitura da ata)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Aprovada a ata como lida. (Pausa) Convido o Senhor Deputado Roberto Carlos a assumir a 1.ª Secretaria e a proceder à leitura do Expediente. (Pausa)

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAGUAÇU GABINETE DO PREFEITO

OFÍCIO N.º 257/2013

Itaguaçu, 22 de maio de 2013. Senhor Presidente: Através do presente, encaminhamos a Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, prestação de contas do Fundo para a Redução das Desigualdades Regionais, referente ao período de janeiro de 2012 a abril de 2013, do Município de Itaguaçu-ES, devidamente aprovado pelo Conselho Municipal de Fiscalização e Acompanhamento. Aproveitamos o ensejo para apresentar a Vossa Excelência e Dignos Deputados as nossas cordiais saudações. Atenciosamente,

DARLY DETTMANN Prefeito Municipal

Tel:(27) 37251103 Telefax: (27) 37251706 www.itaguacu.es.gov.br itaguaç[email protected]

Rua Vicente Peixoto de Mello ,n.º 08 - Centro - Itaguaçu (ES)- CEP 29690-000

Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Às Comissões de Ciência e Tecnologia e de Finanças. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

OFÍCIO S/N.º - 2013

Vitória, 27 de maio de 2013. Senhor Presidente: Solicitamos a Tribuna Popular do dia 03 de junho, segunda feira, em que o Dr. RICARDO JOSÉ

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26 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

BAPTISTA, Médico Cirurgião Plástico e Especialista em Queimaduras, falará sobre ações voltadas para a SEMANA DE PREVENÇÃO ÀS QUEIMADURAS.

Sem mais para o momento, subscrevemo-nos,

JAMIR MALINI Deputado Estadual - PTN

Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Defiro. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

OFÍCIO N.º 54/2013 Vitória, 29 de maio de 2013. Senhor Presidente: Com base no Capítulo IV, artigo 305, Inciso 6º, do Regimento Interno, solicito justificar a minha ausência na sessão ordinária do dia 29 de maio de 2013. Atenciosamente,

APARECIDA DENADAI Deputada Estadual - PDT

Ao Ex. mo Sr. THEODORICO FERRAÇO Presidente da Assembleia Legislativa do Espírito Santo NESTA

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Justificada a ausência. À Secretaria. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 106/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 135/2012, de autoria da Deputada Luzia Toledo, que obriga os estabelecimentos comerciais divulgarem a relação das empresas credenciadas para

prestação de assistência técnica e dá outras providências. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 107/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 22/2012, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes, que isenta do IPVA e da TRLAV, no exercício de 2012, os veículos perdidos em virtude de enchentes. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 108/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 04/2012, de autoria do Deputado José Esmeraldo, que dispõe sobre a proibição da cobrança de taxa de emissão de atestado de frequência, nas Faculdades e Universidade privadas em todo Estado e dá outras providências. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 109/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 422/2011, de autoria da Deputada Solange Lube, que cria a obrigatoriedade de informações sobre direitos dos consumidores no verso dos comprovantes fiscais emitidos aos consumidores no Estado. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 110/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 329/2011, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes, que dispõe sobre a responsabilidade pela elevação, sem justa causa, do preço de serviços aos consumidores. Publicada integralmente no DPL do

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 27

dia 04 de junho de 2013. O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 111/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 239/2011, de autoria do Deputado José Esmeraldo, que obriga a exposição de cartaz de advertência sobre acidentes, pelos estabelecimentos que comercializam álcool líquido. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 112/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 216/2011, de autoria do Deputado José Esmeraldo, que dispõe sobre o uso de selo higiênico nas latas de bebida comercializadas no Estado. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 113/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto total ao Projeto de Lei n.o 421/2011, de autoria da Deputada Solange Lube, que torna obrigatória a inclusão da informação quanto à existência de cloreto de sódio nos rótulos e embalagens dos gêneros alimentícios produzidos no Estado. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 114/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto parcial ao Projeto de Lei n.o 007/2012, de autoria do Deputado José Esmeraldo, que dispõe sobre o prazo de postagem dos boletos bancários, documentos de cobrança ou similares, por parte das empresas do setor privado, para clientes residentes no Estado. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

(Comparecem os Senhores Deputados Freitas

e José Carlos Elias) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 115/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto parcial ao Projeto de Lei n.o 305/2011, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes, que regulamenta a participação popular no processo legislativo estadual, conforme previsto nos artigos 27, §4º, da Constituição Federal e 69 da Constituição Estadual. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Mensagem n.o 116/2013, do Governador do Estado, encaminhando veto parcial ao Projeto de Lei n.o 100/2012, de autoria do Deputado Luiz Durão, que estabelece penalidades para a pessoa física ou jurídica que contratar e fornecer serviço clandestino de vigilância patrimonial e de proteção de clientes, bem como contratar trabalhador para exercer atividades de vigilância sem a devida habilitação legal. Publicada integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Ciente. Publique-se. À Comissão de Justiça Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL N.º 08/2013

Acrescenta parágrafo ao art. 167 da Constituição

Estadual. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO:

DECRETA:

Art. 1º - O art. 167 da Constituição Estadual passa vigorar acrescido de parágrafo com a seguinte redação:

“§ - O Estado destinará anualmente não menos de cinco por cento de sua receita orçamentária ao fomento da política,

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28 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

programas e projetos de desenvolvimento sócioassistencial.

Art. 2º - Esta Emenda Constitucional entra

em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 28 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO

GENIVALDO LIEVORE ROBERTO CARLOS

DA VITÓRIA JAMIR MALINI

LUIZ DURÃO CLAUDIO VEREZA

DOUTOR HÉRCULES JOSÉ CARLOS ELIAS

DARY PAGUNG LÚCIA DORNELLAS

JUSTIFICATIVA

A presente Proposta de Emenda

Constitucional sugere o acréscimo de parágrafo ao artigo 167 da Constituição Estadual que versa sobre a Assistência Social.

A garantia do investimento de 5% (cinco por cento) da receita orçamentária do Estado, é sinal de compromisso do Governo com suas políticas sociais, tais investimentos, ou melhor falta de investimentos, deixam o Estado na contramão das necessidades da população que aumenta a cada dia com todos os problemas sociais.

A falta de recursos aplicados na política de assistência faz com que muitos programas deixem de ser realizados nos municípios, comprometendo o atendimento digno daqueles que dela necessitam. Temos a necessidade de uma rede de proteção social que precisa ser cofinanciada pelo Governo Estadual, a operacionalização das políticas de assistência necessita de recursos para o funcionamento adequado de serviços tais como, os abrigos de longa permanência de pessoas idosas, de crianças e adolescentes dentre outras tantas demandas dos municípios capixabas.

O Estado demanda de recursos para investir em benefícios sociais e na garantia da oferta de serviços de qualidade aos seus Cidadãos. Esta proposição é de suma importância para a garantia dos direitos básicos de todo o povo capixaba.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 259 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Assistência Social e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO PROPOSTA DE EMENDA CONSTITUCIONAL

N.º 09/2013 Acrescenta art. 166-A a Constituição Estadual, que assegura a internação de usuários de substâncias

que geram dependência física e psíquica. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º A Constituição Estadual do Estado Espírito Santo, passa a vigorar acrescida do art. 166-A, com a seguinte redação:

“Art. 166-A. O Estado garantirá o funcionamento de unidades terapêuticas específicas e assegurará a internação, em período total ou parcial, dos usuários de substâncias que geram dependência física e psíquica, resguardado o direito de livre adesão dos pacientes, salvo por ordem judicial, permitidos convênios com associações e fundações constituídas para tal fim, devidamente cadastradas nos órgãos competentes.”

Art. 2º Esta Emenda Constitucional entra em

vigor na data de sua publicação oficial.

Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

GILDEVAN FERNANDES GENIVALDO LIEVORE DOUTOR HÉRCULES LÚCIA DORNELLAS MARCOS MANSUR

CACAU LORENZONI JAMIR MALINI

LUIZ DURÃO DA VITÓRIA

PAULO ROBERTO JOSÉ CARLOS ELIAS

JUSTIFICATIVA

Esta proposta visa acrescentar dispositivo à

Constituição Estadual do Estado do Espírito Santo (CE/ES) com a finalidade de garantir o direito à internação voluntária de usuários de substâncias que geram dependência física e psíquica, em que a pessoa aceita, por período parcial ou total, salvo por ordem judicial (internação compulsória), para que assim se efetive a assistência integral à saúde, conforme prevê a CE/ES no art. 159 - A saúde é dever do Estado e

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 29

direito de todos, assegurado mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, prevenção, proteção e recuperação.

Inicialmente, cumpre destacar que a internação é uma das medidas adotadas no tratamento aos dependentes químicos, e que nem todo usuário de droga é um doente que requer internação, sendo o Estado responsável por preservar o que não conseguiu evitar. Importante expor que a recuperação do dependente químico envolve a família e a sociedade (o tratamento, a recuperação e a reinserção social, apoiada técnica e financeiramente). As famílias em sua maioria não dispõem de condições financeiras para arcar com um tratamento de maneira adequada e infelizmente assistimos cotidianamente ao despreparo do Estado, da família e da sociedade para tratar das pessoas dependentes de drogas.

Registra-se, no mais, a reportagem especial em A Gazeta, págs. 14 a 16, publicada no dia 05 de Maio de 2013, que segue em anexo, expondo o drama vivido por famílias que lutam para internar um parente viciado em crack e o lançamento neste mês de um edital para credenciar comunidades terapêuticas para ampliar a oferta de vagas de internação para dependentes químicos. No último dia 25 de maio o jornal A Tribuna publicou em sua pág. 9, a matéria: “Mais de 500 leitos para tratar viciados”, sobre a preocupação de familiares, assistentes sociais e especialistas em tratamento de dependência química e a quantidade de vagas disponível para a internação no Estado. Nesse contexto, o objetivo é que o Estado assegure constitucionalmente o desenvolvimento de políticas públicas para o tratamento de recuperação do dependente químico, que compreenda etapas de desintoxicação, prevenção de recaída, manutenção e segmento.

Ainda, trago notícia de que Proposta de Emenda Constitucional similar foi protocolizada na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, com idêntica redação que consta no acrescido art. 166-A que ora apresentamos na proposta em tela.

Assim, frente o exposto, podemos concluir que é de suma importância que a Assembleia Legislativa do Espírito Santo aprove esta matéria, pois está em sintonia com as propostas lançadas pelo governo do Espírito Santo, fazendo parte do conjunto de ações de enfrentamento às drogas no Estado. Diante da relevância em questão, conto com o apoio de Vossas Excelências para aprovação desta proposição.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 259 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Saúde e de Finanças.

Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 173/2013

Regulamenta profissão de motorista de ambulância. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º. O exercício da profissão de motorista de ambulância é regulado pela presente lei.

Parágrafo único. Pertencem à categoria profissional de que trata esta lei os profissionais habilitados nos termos da legislação em vigor e que trabalhem no transporte de pacientes que tenham como origem ou destino hospitais públicos ou privados, clínicas, postos de saúde e/ou unidades de pronto atendimento.

Art. 2º. É vedado ao empregador incumbir ao motorista de ambulância atribuição distinta da prevista em sua habilitação, salvo em situações de emergência onde seja necessário algum procedimento de primeiros socorros.

Art. 3º. O exercício das atividades reguladas pela presente lei assegura a percepção de adicional de penosidade estabelecido em lei específica caso o profissional não perceba adicional de insalubridade ou periculosidade. Parágrafo único. Entende-se por atividade penosa a desempenhada pelo Profissional que exercer atividade de grande desgaste físico e psicológico que gere dano à saúde e que não esteja prevista nas atividades insalubres ou periculosas determinadas pelo Ministério do Trabalho. Art. 4º O vínculo empregatício de motorista de ambulância com hospitais, clínicas ou afins da iniciativa privada serão regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho, sendo requisitos primordiais além da escolaridade exigida pelo empregador, possuir a carteira de habilitação na categoria adequada para o exercício da profissão e os cursos de capacitação específicos. Art. 5º É de inteira responsabilidade do empregador o adequado e completo treinamento do motorista, o fornecimento dos equipamentos necessários para desempenho da função e a garantia das condições de

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30 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

segurança do veículo.

Parágrafo único. Correm por conta do empregador, sem ônus para o motorista, as despesas com a realização dos cursos exigidos pela legislação em vigor, seja para capacitação, aperfeiçoamento ou reciclagem do profissional na atividade.

Art. 6º Os profissionais da atividade regulada na presente lei têm assegurado o direito a aposentadoria especial após vinte e cinco anos de efetivo exercício na respectiva atividade, se o regime de contratação for o estabelecido na Consolidação das Leis do Trabalho.

Art. 7º Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

EUCLÉRIO SAMPAIO Deputado Estadual - PDT

JUSTIFICATIVA

Motoristas de ambulâncias são profissionais

que se diferenciam dos demais motoristas em geral, graças às peculiaridades de suas atividades. É uma categoria de profissionais que costuma passar 24 horas, ou mais, prestando serviço à sociedade, pois muitas vezes também trabalham em regime de plantão, envolvidos com a responsabilidade de conduzir pessoas com as mais variadas emergências médicas. Algumas vezes trata-se apenas de uma remoção para realização de exames outras vezes situações em que um quilômetro ou mesmo um minuto podem fazer a diferença entre a vida e a morte. É dura a rotina de um condutor de ambulância, que muitas vezes não tem horário de folga e enfrenta com muita coragem as adversidades do dia-a-dia, tais como mudanças climáticas, congestionamentos.

Isso sem contar a falta de estrutura que muitas vezes eles encontram nos locais de atendimento aos pacientes.

O presente projeto visa sanar a lacuna que existe na legislação trabalhista no que tange à profissão de motorista de ambulâncias. Profissional esse que exerce função indispensável à sociedade e não há sequer uma unidade de saúde que possa dispensar a função desse profissional

O motorista de ambulâncias que exerce seu trabalho em condições reconhecidamente penosas e estressantes, não raro em eminente risco de vida, posto que necessita se desviar de trânsito intenso com agilidade para garantir o atendimento célere daqueles que transporta, até a presente data não possui uma legislação reguladora de sua atividade profissional, que possa garantir o respeito aos seus direitos trabalhistas e é por isso que apoio a presente causa no

sentido de buscar a aprovação da regulamentação da profissão de motorista de ambulância.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Devolva-se ao autor com base no art. 143, inciso VIII do Regimento Interno, por infringência ao art. 22, inciso I da Constituição Federal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

PROJETO DE LEI N.º 174/2013

Dispõe sobre a criação de documento de identificação “identidade para pessoas com

deficiência”. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA: Art. 1º. Estabelece a obrigatoriedade em confeccionar documento de identificação para pessoas com deficiência no âmbito do Estado.

Art. 2º. O documento de identificação terá validade em todo território nacional e serão assegurados benefícios, gratuidades e programas assistenciais conquistadas pelas pessoas com deficiência em todo o Estado do Espirito Santo.

Art. 3º. Fica a cargo da Secretaria de Segurança Publica e defesa Social regulamentar no prazo de 120 dias a partir da data de sua publicação.

Art. 4º.Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação.

Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

EUCLÉRIO SAMPAIO Deputado Estadual - PDT

JUSTIFICATIVA

Hoje, no Brasil, milhares de pessoas com

algum tipo de deficiência estão sendo discriminadas nas comunidades em que vivem ou sendo excluídas do mercado de trabalho. O processo de exclusão social de pessoas com deficiência ou alguma necessidade especial é tão antigo quanto à socialização do homem.

A estrutura das sociedades, desde os seus primórdios, sempre inabilitou os portadores de

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 31

deficiência, marginalizando-os e privando-os de liberdade. Essas pessoas, sem respeito, sem atendimento, sem direitos, sempre foram alvo de atitudes preconceituosas e ações impiedosas.

A literatura clássica e a história do homem refletem esse pensar discriminatório, pois é mais fácil prestar atenção aos impedimentos e às aparências do que aos potenciais e capacidades de tais pessoas.

Não podemos estar tranquilos como deparamos com a intransigência de alguns que insistem em não abrir mão de um direito já posto, por isso é necessário a afirmação através de leis que venham clarear as mentes hora distantes das necessidades das pessoas com deficiência, e assim, peço o apoio aos nobres deputados na aprovação deste projeto.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Devolva-se ao autor com base no art. 143, inciso VIII do Regimento Interno, por infringência ao art. 63, parágrafo único, incisos III e VI da Constituição Estadual. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA DEPUTADA

PROJETO DE LEI N.º 175/2013

Determina a instalação de equipamentos de proteção nas pontes e viadutos situados no Estado.

A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA:

Art. 1º Determina a instalação de equipamentos de proteção contínuos (tela de proteção) nas laterais, das pontes e viadutos, com objetivo de minimizar o resultado morte, decorrente de colisões entre veículos e de impedir suicídios, na área compreendida pelo perímetro urbano.

Parágrafo único - Ficam dispensadas da exigência do caput as pontes e viadutos ou seus trechos com altura inferior a 20 (vinte) metros em relação à superfície.

Art. 2º No caso de pontes e viadutos administrados por concessionárias, o descumprimento desta lei implicará em multa diária no valor de 2% (dois por cento) sobre a arrecadação mensal da operadora responsável, sem prejuízo das demais sanções civis e administrativas.

Parágrafo único - A multa arrecadada deverá

ser revertida para o Fundo Estadual de Saúde.

Art. 3º Os responsáveis pelas pontes e viadutos devem efetuar a adequação em até 180 (cento e oitenta) dias após a publicação desta lei.

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Palácio Domingos Martins, 27 de maio de 2013.

LUZIA TOLEDO Deputada Estadual-PMDB

JUSTIFICATIVA

Somos sabedores dos acidentes com vítimas

fatais que já se tornaram frequentes em nosso estado, principalmente na ponte Deputado Darcy Castello de Mendonça, popularmente conhecida como 3ª Ponte, devido a colisões por causa de veículos enguiçados no decorrer do trajeto.

E, em muitos casos, após a colisão, algum ou alguns dos passageiros tem sido arremetido para fora da ponte, causando assim a morte desses, por causa da grande queda até a água.

Não fosse só isto, temos ainda o caso dos que querem acabaro com a própria vida, atirando-se de pontes e viadutos, os chamados suicidas.

É pacífico que a melhor forma de se tratar os suicídios é por meio de prevenção, ou seja, criando mecanismos para que os cidadãos não precisem recorrer a mais grave e, talvez,a mais insensata das formas de se resolver uma situação crítica.

Contudo, não podemos nos ater somente à prevenção. É muito importante à criação de meios para evitar o ato que já está em andamento, através de dispositivos que retardem ou contenham fisicamente o suicída.

O custo de telas de proteção se mostra irrisório comparado à importância de uma vida humana, assim como se mostra irrelevante em relação ao faturamento dos responsáveis pela operação da ponte citada inicialmente, pontos estes que reforçam a viabilidade da instalação dos dispositivos de proteção.

Essas ações devem ser imediatas, não só na prevenção como também na proteção posterior, a fim de salvar vidas e resguardar o direito de ir e vir da população como um todo.

No campo legal, destacamos que a Carta de 1988, em seu art. 24, inciso II, determina como competência comum da União, dos Estados e dos Municípios, cuidar da saúde e da assistência pública, o que abrange a presente situação, afinal, os suicídios decorrem de situações psicológicas extremas, nas quais o indivíduo abre mão de seu mais nobre direito: à vida.

Desta forma, considerando o dever do

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Legislativo em zelar pela proteção do interesse de todos os cidadãos, seja o de ir e vir dos que desejam se locomover ou o direito à vida dos que se encontram momentaneamente instáveis, somado às demais razões formais e de mérito apresentadas.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça, de Defesa da Cidadania, de Infraestrutura, de Segurança e de Finanças. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.o 045/2013, da Deputada Janete de Sá, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Alexandre Henrique Pereira. Publicado integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.o 046/2013, da Deputada Janete de Sá, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense a Senhora Cristiane Santana Teles Pereira. Publicado integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013. O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.o 047/2013, do Deputado Sandro Locutor, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Sr. Francisco de Assis Barbosa. Publicado integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.o 048/2013, do Deputado Paulo Roberto, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Edson Maciel Junior. Publique-se. Após o cumprimento do artigo 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania. Publicado integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê: Projeto de Decreto Legislativo n.o 049/2013, do Deputado Paulo Roberto, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense à Senhora Leni Ferreira Ramos. Publicado integralmente no DPL do dia 04 de junho de 2013.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Após o cumprimento do art. 120 do Regimento Interno, às Comissões de Justiça e de Defesa da Cidadania. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 180/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei Complementar n.º 19/2013 Autora: Deputada Lúcia Dornellas Ementa: “Altera a redação do artigo 8º da Lei Complementar nº 322/2005, que criou a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer - SESPORT”.

I - RELATÓRIO

Trata-se do Projeto de Lei Complementar nº

19/2013 de autoria da Excelentíssima Senhora Deputada Lucia Dornellas o qual dispõe sobre a alteração da redação do artigo 8º da Lei Complementar nº 322/2005, que criou a Secretaria de Estado de Esportes e Lazer - SESPORT.

A proposição foi protocolizada no dia 15/04/2013. A justificativa da referida propositura foi apresentada à fl. 04 dos autos. Sendo o Projeto de Lei devolvido a sua autora com base no artigo 143, inciso VIII do Regimento Interno, por infringência ao artigo 63, parágrafo único, incisos III e VI da Constituição Estadual, fl. 02 dos autos.

Foi apresentado o recurso contra essa decisão nos termos do artigo 143, parágrafo único do Regimento Interno, tendo o mesmo sido recebido e encaminhado à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para análise de seu mérito, em 22/04/2013, fl. 02 dos autos.

É o relatório. Pois bem. O Projeto de Lei veio a esta

Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, nos termos dos artigos 41, inciso I, e 143, parágrafo único, todos do

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 33

Regimento Interno.

II - PARECER DO RELATOR

- Da Inconstitucionalidade Formal: A referida proposição padece de vício de iniciativa, uma vez que seu objeto pressupõe a reserva privativa do Chefe do Poder Executivo. Senão vejamos.

A ratio da norma prevista no artigo 61, parágrafo 1º, inciso II, da Constituição Federal em simetria ao artigo 63, parágrafo único, da Constituição Estadual objetiva impedir a invasão indevida do Poder Legislativo no Poder Executivo, de modo que o primeiro não venha a suplantar o segundo na sua auto-regulação e administração. Ou seja, esses dispositivos visam preservar a Separação de Poderes, bem como a autonomia de cada Poder em relação aos demais.

Nesse sentido, esse projeto de lei acaba por violar expressamente os ditames previstos na Constituição Federal, bem como na Constituição Estadual. Por essa razão, o próprio Supremo Tribunal Federal é pacífico no sentido de declarar a inconstitucionalidade de leis de iniciativa do Poder Legislativo que acabam por interferir nos órgãos e gestão do Poder Executivo, a saber.

Por entender usurpada a competência privativa do Chefe do Poder Executivo para iniciar projeto de lei que disponha sobre servidores públicos, seu regime jurídico e aumento de sua remuneração (CF, art. 61, § 1º, II, a e c), de observância obrigatória pelos Estados-membros, em face do princípio da simetria, o Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Governador do Estado de Santa Catarina para declarar a inconstitucionalidade da Lei Complementar estadual 178/99, de iniciativa parlamentar, que modificou a estrutura organizacional do quadro de pessoal da Secretaria de Segurança Pública estadual. Precedentes citados: ADI 3051/MG (DJU de 28.10.2005); ADI 2705/DF (DJU de 30.10.2003); ADI 2742/ES (DJU de 25.3.2003); ADI 2619/RS (DJU de 5.5.2006); ADI 1124/RN (DJU de 8.4.2005); ADI 2988/DF (DJU de 26.3.2004); ADI 2050/RO (DJU de 2.4.2004); ADI 1353/RN (DJU de 16.5.2003). ADI 2029/SC, rel. Min. Ricardo Lewandowski, 4.6.2007. (ADI-2029) Por entender usurpada a competência privativa do Chefe do Poder Executivo para iniciar projeto de lei que disponha sobre criação, estruturação e atribuições das Secretarias e de órgãos da Administração Pública (CF, art. 61, § 1º, II, e), de observância obrigatória pelos Estados-membros, em face do princípio da simetria, o Tribunal julgou procedente pedido formulado em ação direta ajuizada pelo Governador do Estado de São Paulo para declarar a inconstitucionalidade da Lei

estadual 9.162/95, de iniciativa parlamentar, que cria e organiza o Conselho das Instituições de Pesquisa do Estado de São Paulo - CONSIP. Precedentes citados: ADI 2808/RS (DJU de 17.11.2006); ADI 2302/RS (DJU de 24.3.2006); ADI 2750/ES (DJU de 26.8.2005); ADI 2569/CE (DJU de 2.5.2003); ADI 2646 MC/SP (DJU de 4.10.2002); ADI 1391/SP (DJU de 7.6.2002); ADI 2239 MC/SP (DJU de 15.12.2000); ADI 2147 MC/DF (DJU de 18.5.2001). ADI 3751/SP, rel. Min. Gilmar Mendes, 4.6.2007. (ADI-3751)

Assim, em que pese a louvável pretensão desse projeto de lei, qual seja, a de ampliar a participação desta Casa de Leis nas definições das ações empreendidas nos campos de esporte e lazer, o fato é que tal matéria se mostra restrita à delimitação do próprio Poder Executivo. Daí porque restaram violados os dispositivos previstos nos incisos III e VI, do parágrafo único, do artigo 63 da Constituição Estadual.

Razão pela qual o despacho denegatório da Mesa Diretora deve ser mantido. Ante o exposto, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 180/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela MANUTENÇÃO do Despacho Denegatório do Presidente da Mesa Diretora ao Projeto de Lei Complementar n.º 19/2013 de autoria da Excelentíssima Senhora Deputada Lúcia Dornellas. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

CLAUDIO VEREZA Relator

SANDRO LOCUTOR JOSÉ CARLOS ELIAS

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 60/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 46/2013 Autor: Deputado Doutor Hércules

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34 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Ementa: “Declara de utilidade pública o Instituto da Biodiversidade - IBIO, localizado no Município de Vila Velha”.

I- RELATÓRIO

Trata-se do Projeto de Lei nº 46/2013 de autoria do Excelentíssimo Deputado Doutor Hércules, o qual dispõe sobre a declaração de utilidade pública do Instituto da Biodiversidade - IBIO, localizado no Município de Vila Velha. A proposição foi protocolizada no dia 04.02.2013. A justificativa da referida propositura foi apresentada à fl. 03 dos autos. Foram anexados, ainda, os seguintes documentos: a) Declaração do Instituto IBIO atestando a não remuneração de seus diretores e membros dos conselhos, à fl. 04 dos autos; b) Ata da última eleição, às fls. 06/08 dos autos; c) Atestado de funcionamento nos últimos 02 (dois) anos, fl. 09 dos autos; d) Certidão do registro junto ao cartório civil de pessoas jurídicas, fls. 10/12 dos autos; e) Balanço patrimonial, às fls. 15/16 dos autos e f) Cópia autenticada do estatuto, às fls. 17/39 dos autos. É o relatório. Pois bem. O Projeto de Lei nº 46/2013 veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, nos termos do artigo 41, inciso I do Regimento Interno.

II - PARECER DO RELATOR

- Da Constitucionalidade Formal: i) Da competência legislativa para dispor sobre a matéria: A matéria encontra-se no âmbito de competência residual dos Estados, nos termos do artigo 25, p.1º da Constituição Federal. Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. Ademais, o referido projeto de lei possui sua fonte de validade nos incisos I, V, VI, VII e IX do artigo 23, no inciso IX do artigo 24, bem como nos artigos 205, 215, 218 e 225 todos da Constituição Federal. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência; VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; IX - educação, cultura, ensino e desporto; Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente sobre: IX - educação, cultura, ensino e desporto;

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas. Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. Nesse sentido, o Estado-membro possui um poder-dever de legislar em prol do desenvolvimento regional visando à implantação de inovações tecnológicas em educação e capacitação profissional. Notadamente, quando se está diante de um expediente legislativo de cunho material referente à certificação de entidades de direito privado de cunho social com o status de utilidade pública. O mote do projeto de lei reside na futura possibilidade de celebração de ajustes convergentes com o setor privado para a realização de interesses socialmente relevantes. ii) Da espécie normativa que deva conter a matéria: Sendo certo que não há qualquer previsão excepcional quanto a espécie normativa para tratar da matéria, tal projeto deverá recair na regra geral, qual seja, a sua instituição por meio de uma lei ordinária, prevista no artigo 61, inciso III da Constituição Estadual. Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: III - leis ordinárias; iii) Da competência para a iniciativa da matéria: Não se trata de matéria de competência privativa do Chefe do Executivo, o que permite a iniciativa do Poder Legislativo, a saber. A ratio da norma prevista no artigo 61, parágrafo 1º, inciso II, alínea “a” da Constituição Federal em simetria ao artigo 63, Parágrafo Único, inciso I da Constituição Estadual, objetiva impedir a invasão indevida do Poder Legislativo no Poder Executivo, de modo que o primeiro não venha a suplantar o segundo na sua auto-regulação e administração. Ou seja, esses dispositivos visam preservar a Separação de Poderes, bem como a autonomia de cada Poder em

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 35

relação aos demais. Sendo assim, é preciso analisar se o referido projeto de lei atinge o núcleo essencial do Princípio da Separação de Poderes ao declarar o referido instituto como de utilidade pública. Ora, o objeto deste projeto de lei não interfere na competência privativa do Poder Executivo. De fato, o projeto de lei não cria nenhum cargo, emprego ou função pública. Apenas qualifica um agente privado com o status de utilidade pública. Dessarte, aplica-se o artigo 152, inciso I do Regimento Interno, o qual prevê a competência de iniciativa individual do Deputado. Sendo certo que não se trata de matéria na qual a Constituição Federal, Constituição Estadual ou o Regimento Interno exigem qualquer iniciativa qualificada. Art. 152. A iniciativa de projetos na Assembleia Legislativa, nos termos da Constituição Estadual e deste Regimento Interno, será: I - de Deputados; iv) Do regime de tramitação inicial: O referido Projeto de Lei deve seguir o procedimento ordinário nos termos do artigo 148, inciso III do Regimento Interno. Art. 148. As proposições serão submetidas aos seguintes regimes de tramitação: III - especial. v) Do quórum para sua aprovação e do processo de votação: No que tange a aprovação da matéria, a princípio, é de competência da Comissão de Saúde, Saneamento e Assistência Social, nos termos do art. 276, inc. III, do Regimento Interno da ALES, combinado com o art. 60, § 2º, inciso XI, da Constituição Estadual. Portanto, o quorum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo processo de votação são os estabelecidos no artigo 277, § 1º, do mesmo Regimento Interno da ALES que aduz “o projeto de lei será aprovado pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão, em votação nominal”. - Da Constitucionalidade Material: O expediente inaugurado pelo Projeto de Lei nº 46/2013 acaba por realizar a vontade constitucional acerca da concretização de diversos direitos fundamentais, tais como, o direito à educação, desenvolvimento social, acesso ao pleno emprego e dignidade da pessoa humana. Fica claro, pois, a constitucionalidade substantiva dessa proposição. - Do Princípio da Isonomia: Três são os critérios que buscam analisar a constitucionalidade das medidas com base na isonomia. A primeira linha denominada de

“antidiferenciação” procura captar violações à isonomia a partir de certa visão oposta à diferenciação. A igualdade aqui tende a se aproximar à homogeneidade. Assim, cada vez que surge uma norma que trata as pessoas diferentes requer-se um olhar mais atento, primando pelo tratamento igualitário, ignorando, assim, as diferenças. A segunda linha denominada de “antisubordinação” procura evitar que alguns cidadãos venham a ser subordinados, hierarquizados em relação a outros, seja a partir de uma norma que os diferenciam, seja com base de uma norma que os homogeneíza (ignorando uma diferença intrínseca que não poderia passar despercebida). O foco aqui não é a diferença de tratamento, mas sim o que tal diferença significa sob o ponto de vista material e simbólico. Visa evitar que as diferenciações ou mesmo as igualizações, generalizações venham gerar situações de subordinação entre as pessoas. É preciso ir além da norma e se preocupar com o conteúdo e efeitos da norma (seja no seu conteúdo material, como em seu efeito simbólico). Analisa-se o que tais diferenciações significam/implicam. Ou mesmo se o tratamento genérico e igual para todos proporciona como efeito colateral um estado de subordinação/inferiorização entre as pessoas. Uma terceira forma de interpretar o princípio da igualdade é através da análise da existência ou inexistência de uma correlação lógica entre o critério adotado para discriminar e a diferença de tratamento efetivamente dispensado. Trata-se do exame de constitucionalidade do discrímen. Assim, cabe, agora, verificar se o referido projeto de lei realiza o critério da antidiferenciação, da antidiscriminação e se adotou um discrímen constitucionalmente válido. Ora, o Projeto de Lei nº 46/2013 representa uma medida de homogeneização, ao mesmo tempo, não gera nenhum sentimento de inferiorização para com os demais sujeitos fora dessa categoria. Não há sequer restrição a qualquer Direito Fundamental. E, por fim, o parâmetro utilizado para a instituição dessa medida é perfeitamente congruente com o fim que ela se pretende. Isso pois essa medida visa promover a declaração de utilidade pública para uma futura celebração de atos administrativos complexos junto a esse particular. Dessa maneira, nada mais congruente com esse propósito do que a obrigatoriedade em tela. - Do Direito Adquirido, Ato Jurídico Perfeito, Coisa Julgada e Segurança Jurídica, 5º, XXXVI: Grande controvérsia surge com relação à aderência de um novo sistema jurídico e as situações já consolidadas ao longo do tempo. É dizer, o fenômeno da aplicação da lei no tempo constitui uma estrutural dicotomia entre a necessidade de alteração dos diplomas legislativos, de modo a adaptarem-se ou

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36 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

mesmo propulsionarem a mudança de uma determinada conduta social, e o respeito ao valor máximo segurança jurídica. Ora, a Constituição Federal não adotou o princípio da irretroatividade absoluta da lei. A lei pode retroagir desde que não atinja o direito adquirido, ato jurídico perfeito e coisa julgada. O fato é que a tutela da Segurança Jurídica não se restringe a aplicação desses institutos, mas também se perfaz na proteção da legitima expectativa e confiança legítima. Deve-se, pois, ter em mente que o valor por traz desses institutos é, ao cabo, a segurança jurídica. Ou seja, a necessidade de certa previsibilidade das consequências para que as pessoas possam seguir suas vidas e pautar suas escolhas. Nesse sentido, a própria capacidade que cada um possui ficaria abalada se a mudança das normas pudessem atingir livremente os fatos praticados no passado. Sendo assim, é preciso analisar se a inovação trazida por este projeto de lei irá atingir de maneira inconstitucional a segurança jurídica. Ora, o projeto de lei visa, apenas, qualificar tal instituição. Dessa maneira não atinge o direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou mesmo a coisa julgada. - Da Vigência na Lei no Tempo: O Projeto de Lei nº 46/2013 não visa alcançar situações jurídicas pretéritas. Desse modo, o objeto dessa proposição é materialmente constitucional sob a perspectiva da aplicação na lei no tempo. Com efeito, a Lei Complementar nº 95/98 recomenda a previsão expressa da vigência da lei, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação, artigo 8º da Lei Complementar nº 95/98. É o que se verifica no presente caso. - Da Juridicidade e Legalidade: A despeito dos requisitos acima elencados, pode-se depreender que o presente projeto respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno. Vale lembrar que a Lei Estadual nº Estadual nº 3.979/87 (alterada pelas Leis nsº. 7.822/04, 8.120/05 e 8.802/08) regulamenta a presente matéria, elencando alguns requisitos, os quais foram devidamente cumpridos, senão vejamos. Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I - personalidade jurídica há mais de dois anos - através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; Devidamente cumprido conforme fls . 10/12 dos autos; II - efetivo funcionamento há mais de dois anos de

serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto. Devidamente cumprido conforme fl. 09 dos autos. III - não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto - através do balanço anual. Devidamente cumprido conforme fls. 04 e 15/17 dos autos. IV - registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social - CONEAS. Requisito dispensado conforme o parágrafo 2º da Lei Estadual nº 3.979/87. § 1º O serviço desinteressado e gratuito à coletividade, a que se refere o inciso II deste artigo, será o prestado nas áreas educacional, cultural e artística, médica e de assistência social ou qualquer outra, desde que de natureza filantrópica e em caráter geral e indiscriminado. Devidamente cumprido conforme o artigo 3º Estatuto, à fl. 18 dos autos. - Da Técnica Legislativa: Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a sua estruturação, artigo 3º, sua articulação e redação, respectivamente artigos. 10 e 11, todos da Lei Complementar nº 95/98. Devendo ser acatados os apontamentos realizados pelo estudo da Diretoria de Redação - DR - à fl. 43 dos autos. Dessarte, o Projeto de Lei nº 46/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Doutor Hércules atende aos requisitos da constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, devendo seguir o regime de tramitação especial, sob o processo de votação nominal e quórum de maioria simples. Ante o exposto, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 60/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Lei n.º 46/2013 de autoria do Excelentíssimo Senhor

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 37

Deputado Doutor Hércules.

Plenário Rui Barbosa, 19 de março de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

DA VITÓRIA Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS LUZIA TOLEDO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL.

PARECER N.º 11/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 46/2013 Autor: Deputado Estadual Doutor Hércules Ementa: “Declara de utilidade pública o Instituto da Biodiversidade - IBIO, localizado no Município de Vila Velha”.

RELATÓRIO O Projeto de Lei de nº 46/13, de autoria do Deputado Estadual Doutor Hercules, que tem como finalidade declarar de utilidade pública o Instituto da Biodiversidade - IBIO, localizado no Município de Vila Velha. A matéria foi submetida à análise da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, onde recebeu parecer de nº 60/13, pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, (fls.64/71). Veio a esta Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional para análise de mérito, designado pelo Presidente, coube-me a relatoria, pelo que passo a fazê-la sustentando no parecer o que segue. É o relatório.

PARECER DO RELATOR

FUNDAMENTAÇÃO: A Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, está disciplina no art. 50-A e 276, III do Regimento Interno, razões pelas quais o Projeto em comento deve ter seu mérito examinado por esta Comissão. (redação dada pela Resolução 3.365/2013). Estamos a examinar uma matéria nova inserida no Regimento Interno: “Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional”. É necessário salientar que a expansão da política de assistência social vem demandando cada vez comprometido com a consolidação do Estado democrático dos direitos, a universalização da

seguridade social e das políticas públicas e o fortalecimento dos espaços de controle social numa democrática cada vez mais sólida. Em virtude dos desafios impostos na atuação interdisciplinar na política de Assistência Social, considera-se importante a criação de espaços, no ambiente de trabalho, que possibilitem a discussão e reflexão dos referenciais teóricos e metodológicos das matérias a esta Comissão vinculadas. Já no que consiste na Segurança Alimentar e Nutricional, a Assembleia fez com muito acerto a inclusão no Regimento Interno, definido em lei federal como: “A Segurança Alimentar e Nutricional consiste na realização do direito de todos ao acesso regular e permanente a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, sem comprometer o acesso a outras necessidades essenciais, tendo como base práticas alimentares promotoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que seja ambiental, cultural, econômica e socialmente sustentáveis, (art. 3º da Lei Federal nº. 11.346, de setembro de 2006).” Passamos pois, a examinar Projeto de Lei de declaração de utilidade pública, que visa agasalhar o Instituto da Biodiversidade - IBIO. Não restam dúvidas que o Projeto em análise tem grande importância para o desenvilvimento do Município de Vila Velha, por se tratar de um órgão com grande área de abrangência social, educacional, economica, culturais, de direitos humanos e ambientais, disciplinados no sentido do desenvolvimento sustentável, como se pode verificar no artigo 3º do Estatuto do Instituto da Biodiversidade - IBIO, devidamentes ratificados na justificativa, que vem assinada pelo autor da proposição. No nosso entendimento, o programa mostrado pelo Estatuto, o que mais chama atenção é o inciso XI - “Estimular a parceria, o diálogo local e a solidariedade entre os diferentes segmentos sociais”. Neste sentido, pode-se concluir que o projeto em análise atende perfeitamente a que se propõe, já que em exame de mérito, a Entidade a ser agraciada por seu estatuto realiza efetivamente as atividades ali mencionadas e que, a Comissão de assistência social, Segurança Alimentar e Nutricional, diante da sua competência em análise de mérito, está perfeitamente asintomizada com suas atividades fins. Diante do exposto, não podemos deixar de reconhecer a matéria mercer ser aprovada pelas razões acima exposta, principalmente pelas suas vastas listas de propostas de serviços à oferecer a sociedade Vila Velhense. Sendo assim, na incumbência de relator, recomendamos aos demais membros desta douta Comissão, o seguinte:

PARECER N.º 11/2013

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto

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38 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

de Lei de n.º 46/2013, de autoria do Deputado Estadual Doutor Hércules, obedecendo o disposto no art. 276, III, do Regimento Interno.

Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”, 27 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO

Presidente/Relator LUIZ DURÃO

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 92/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 059/2013 Autora: Deputada Estadual Solange Lube Ementa: “Declara de utilidade pública a Associação de Moradores dos Bairros Boa Fé, Constantino Delpupo, Custódio Leite Ribeiro e João Soares Azevedo, situada no Município de Afonso Claúdio/ES”.

RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 059/2013, de autoria da Deputada Solange Lube, tem em sua ementa a seguinte redação: “Declara de Utilidade Pública a Associação de Moradores dos Bairros Boa Fé, Constantino Delpupo, Custódio Leite Ribeiro e João Soares Azevedo”. Em sua justificativa o autor assevera que a referida entidade é uma sociedade civil de direito privado, com personalidade jurídica, sem fins econômicos, sediada no município de Afonso Cláudio. A entidade tem por finalidade promover e contribuir para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do Espírito Santo e da vida comunitária. Tem ainda como objetivo promover a melhor coordenação e aplicação dos recursos sociais e individuais que visem ao bem estar da comunidade. A matéria foi protocolada em 18 de fevereiro de 2013, lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 20 de fevereiro de 2013, encaminhada à Procuradoria para exame e parecer, na forma do disposto no art. 121 do Regimento Interno (Resolução n.° 2.700/09). E, após, o Projeto de Lei veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, I, do Regimento Interno (Resolução n° 2.700/09).

É o relatório.

PARECER DO RELATOR

DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL, DA JURIDICIDADE, DA LEGALIDADE E DA TÉCNICA LEGISLATIVA.

O Projeto de Lei n.º 059/2013, de autoria da Deputada Solange Lube, tem em sua ementa a seguinte redação: “Declara de Utilidade Pública a Associação de Moradores dos Bairros Boa Fé, Constantino Delpupo, Custódio Leite Ribeiro e João Soares Azevedo”. Sob o prisma da constitucionalidade, a propositura encontra-se ancorada no permissivo constitucional disposto no art. 25, § 1º, da CRFB, eis que trata de matéria de competência legislativa remanescente, conforme transcrevemos a seguir: “Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados às competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição”. Ademais, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos arts. 55 e 56, que a propositura está em consonância com a Carta Estadual, e que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a lei ordinária, conforme dispõe o art. 61, III, da Constituição Estadual. Quanto à iniciativa da matéria em apreço, encontra amparo no art. 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelecem a iniciativa concorrente para legislar. “Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição.” No que tange ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que a apreciação jurídica da matéria, é de competência da Comissão de Justiça, Serviço Público e Redação, nos termos do art. 41, I, do RI. No entanto, a votação terminativa de Projetos de Lei que versem sobre declaração de utilidade pública é da competência da Comissão de Saúde, Saneamento, Assistência Social Segurança Alimentar e Nutricional, na forma do art. 276, III, do RI, sendo sua aprovação pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão, em votação nominal, conforme dispõe o art. 277, § 1º do RI e sua tramitação será especial, na forma do art. 148, III, do mesmo Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09).

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 39

O Projeto deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87, alterada pelas Leis nºs. 7.822/04, 8.120/05 e 8.802/08; que dispõe em seu art. 1º, in verbis: “Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I - personalidade jurídica há mais de dois anos - através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II - efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e copia do estatuto; (NR) III - não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto - através do balanço anual; IV - registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social - CONEAS. (NR) §1º - O serviço desinteressado e gratuito à coletividade, a que se refere o inciso II deste artigo, será o prestado nas áreas educacional, cultural e artística, médica e de assistência social ou qualquer outra, desde que de natureza filantrópica e em caráter geral e indiscriminado. § 2º Não será exigido o requisito contido no inciso IV às entidades que não atuem na área de assistência social. (Incluído pela Lei nº 8.120, de 2005). § 3º Quando se tratar de sociedade civil, associação ou fundação que exerça atividade rural, o atestado de funcionamento referido no inciso II deste artigo poderá ser expedido pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural - INCAPER ou por sindicatos de trabalhadores que atuem na respectiva atividade. (Incluído pela Lei nº 8.802, de 2008). Assim sendo, podemos asseverar que o presente Projeto está em perfeita sintonia com a norma estadual específica, atendendo os requisitos estabelecidos nos incisos I, II, III, § 1º do art. 1º, da lei supracitada, conforme comprovam os documentos colacionados aos autos às fls. 04 usque 23. Ademais, sob o aspecto da constitucionalidade material (conteúdo, substância da norma), o Projeto encontra consonância com os preceitos norteadores do direito positivo previstos constitucionalmente e simetricamente nas leis infraconstitucionais, bem como no regramento constante do Regimento Interno desta Casa de Leis. No que se refere aos preceitos mencionados vale

destacar o Princípio da Unidade Constitucional para tornar mais claro a aplicação da dimensão do peso e importância dos princípios constitucionais estabelecidos como cláusulas pétreas (art. 60, § 4º, IV e art. 5º da CF). Na temática atinente aos direitos e garantias fundamentais, os princípios constitucionais quando se confrontam devem ser conciliados, in casu, o princípio da livre iniciativa e o princípio da isonomia, segue-se como consequência lógica que este último condiciona o exercício do primeiro, atuando como limite estabelecido pela própria Lei Maior para impedir excessos e abusos. Asseveramos, portanto, a compatibilidade da proposição e o respeito às normas, os princípios e os direitos fundamentais estabelecidos pela Constituição Federal, porém outros princípios se encontram dispersos em todo texto constitucional, dentre esses direitos são os ditos direitos de natureza análoga aos direitos, liberdades e garantias previstos. Esses princípios podem formular-se assim: o cidadão deve poder confiar em que aos atos ou as decisões públicas incidentes sobre os seus direitos, posições jurídicas e relações, praticados de acordo com as normas jurídicas vigentes, se ligam os efeitos jurídicos duradouros, previstos ou calculados com base nessas mesmas normas e apontam basicamente para: A) a proibição de leis retroativas; B) inalterabilidade do caso julgado; C) a tendencial irrevogabilidade dos atos administrativos constitutivos de direitos. São, pois, respectivamente, os conhecidos: Direito Adquirido, Coisa Julgada e Ato Jurídico Perfeito, magistralmente definidos e conceituados pelo mestre Canotilho 1. Desta forma, podemos asseverar que a propositura não atinge Direito Adquirido, o Ato Jurídico Perfeito ou Coisa Julgada, eis que a novidade normativa ora em análise não atingirá a segurança jurídica imposta na pedra angular constitucional. Com relação à vigência da lei no tempo, a proposta legislativa atende o requisito legal consoante dispõe o art. 8º da Lei Complementar nº 95/98 que diz: “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “Entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão”. Com relação à técnica legislativa, constata-se que a Diretoria Legislativa de Redação - DLR sugeriu alterações no texto da propositura, atendendo assim o que dispõe a Lei Complementar Federal nº 95/1998, com alterações introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001, que regem sobre as redações normativas. Insta frisar que acolhemos, de forma positiva e integral, o estudo técnico realizado pela Diretoria de Redação - DR - constante à fl. 26 dos autos. Por todo o exposto, concluímos pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 059/2013, de autoria da Deputada Solange Lube, razão pela

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40 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

qual sugerimos aos demais Pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 92/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 059/2013, de autoria da Deputada Solange Lube.

Plenário Rui Barbosa, 26 de março de 2013.

ELCIO ALVARES

Presidente JOSÉ CARLOS ELIAS

Relator CLAUDIO VEREZA

DA VITÓRIA

1 Gomes Canotilho, Direito Constitucional, p. 363/365.

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 12/2013

RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 59/2013, ora apresentado, de autoria da senhora Deputada Solange Lube, pretende declarar de utilidade pública a Associação de Moradores dos Bairros Boa Fé, Constantino Delpupo, Custódio Leite Ribeiro e João Soares Azevedo, com sede localizada no Município de Afonso Cláudio/ES. A proposição foi protocolizada no dia 18 de fevereiro de 2013, lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 20 do mesmo mês e ano e publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, edição do dia 28 de fevereiro de 2013, à página 21. A proposição sob exame já recebeu parecer técnico-jurídico da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação (Parecer nº 92/2013), sendo que tal comissão pugnou em seu parecer pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa. Após, o Projeto de Lei ora em apreço veio a esta Comissão para exame e parecer, nos termos do disposto no art. 276, inciso III, do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009). É o relatório.

PARECER DO RELATOR

A presente propositura tem por finalidade declarar de utilidade pública a Associação de Moradores dos Bairros Boa Fé, Constantino Delpupo, Custódio Leite Ribeiro e João Soares Azevedo, com sede localizada no Município de Afonso Cláudio (ES).

Nesses termos, afere-se que o dispositivo previsto no art. 276, inciso III, do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/09), assim dispõe in verbis: Regimento Interno da ALES Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias: (...) III - Comissão de Saúde, Saneamento e Assistência Social - declaração de utilidade pública; Outrossim, a análise do Projeto de Lei nº 59/2013 importa na verificação de pertinência meritória no que tange a seu objeto, com fulcro no campo de atuação desta Comissão, mormente, delineada pelo que dispõe o art. 50 do Regimento Interno. Vejamos: Art. 50-A. À Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional compete opinar sobre: I - assuntos inerentes à política de Assistencial Social, Segurança Alimentar e Nutricional; II - acompanhamento da implementação e consolidação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS; III - ações voltadas para o combate às causas da miséria e da fome no âmbito do Estado do Espírito Santo; IV - ações que garantam mobilização e racionalização no uso dos recursos disponíveis; V - campanhas de conscientização da opinião pública, visando articular a união de esforços; VI - projetos que visem estudo e acompanhamento permanente de temas fundamentais na área de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional. Com esse específico mister, cabe destacar que a Justificativa do Autor revela importante informação, principalmente quando destaca que: “A Associação é uma sociedade civil de direito privado, com personalidade jurídica, sem fins econômicos, sediada no município de Afonso Cláudio. A entidade tem por finalidade promover e contribuir para o desenvolvimento e aperfeiçoamento do Espírito Santo e da vida comunitária.

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 41

Tem ainda como objetivo promover a melhor coordenação e aplicação dos recursos sociais e individuais que visem ao bem estar da comunidade.” (GRIFOS NOSSOS) Ora, na medida em que as atividades desenvolvidas pela Entidade contemplam expressamente a promoção e contribuição para o desenvolvimento e aperfeiçoamento da vida comunitária, bem como, a promoção da melhor coordenação e aplicação dos recursos sociais e individuais que visem ao bem estar da comunidade, se tem em decorrência contemplação de natureza de assistência social (art. 50-A, III, V e VI, do RI). Em verdade, a documentação acostada e, em especial, o Estatuto da Associação de Moradores dos Bairros Boa Fé, Constantino Delpupo, Custódio Leite Ribeiro e João Soares Azevedo, confirmam formalmente a informação contida na Justificativa e a plena aptidão para as realizações sociais e assistenciais que indicam. Na realidade fática e repisando o registro de sua aptidão de mérito, a Entidade a ser agraciada por meio do Projeto de Lei nº 59/2013 realiza efetivamente as atividades pertinentes à análise de mérito dessa Comissão. Prova disso pode ser observada perante os documentos acostados aos autos desse Projeto de Lei, em especial pelo teor do Atestado expedido pelo senhor Prefeito Municipal de Afonso Cláudio (fl. 19). Vale dizer que a Associação de Moradores dos Bairros Boa Fé, Constantino Delpupo, Custódio Leite Ribeiro e João Soares Azevedo, com sede localizada no Município de Afonso Cláudio (ES), realiza um importante serviço social para a comunidade em que atua, assim não deixando margem de dúvidas quanto ao atendimento meritório necessário para ser agraciada com a declaração de utilidade pública estadual. Face ao exposto, esta relatoria propõe aos doutos membros desta Comissão a adoção do seguinte parecer:

PARECER N.º 12/2013

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei n.º 59/2013, de autoria da senhora Deputada Solange Lube, nos termos do inciso III do art. 276 do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009).

Plenário “Deputada Judith Leão Castello

Ribeiro”, 27 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Presidente/Relator

LUIZ DURÃO

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Incluam-se na Ordem do dia para cumprimento do prazo recursal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 165/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 094/2013 Assunto: Dispõe sobre a cobrança de taxas e valores para renovação da Carteira Nacional de Habilitação - CNH aos cidadãos acima de 65 (sessenta e cinco) anos de idade. Autora: Deputada Estadual Janete de Sá

I - RELATÓRIO 1. Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade da proposição legislativa em epígrafe. 2. A Mesa Diretora da Assembléia Legislativa em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 1431 do Regimento Interno - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009, publicada no DPL e no DOE de 16 de julho de 2009, proferiu o despacho de fls. 2 pelo qual admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, não existir manifesta inconstitucionalidade ou outros vícios mencionados na norma regimental. 3. A proposição que foi protocolizada no dia 21/03/2013. Logo após, seguiu a regular tramitação regimental prevista. No âmbito da Procuradoria mereceu parecer jurídico pela inconstitucionalidade. 4. Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo não está instruído com copia da lei que menciona. 5. Em apertada síntese, são estas as questões de fato e, de direito com suporte nas quais passo a emitir o Parecer.

II - PARECER DO RELATOR

EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE

FORMAL DA PROPOSIÇÃO 6. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a Constituição" 2. 7. Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da

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constitucionalidade das leis e atos administrativos. No plano jurídico o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo. 8. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo3 (quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). 9. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo Poder Legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei, com a finalidade de evitar que sua edição, seja quanto a forma, seja quanto ao conteúdo, ofenda a supremacia da Lei Maior. 10. Outra singularidade no sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito aos agentes legitimados para exercer o controle da constitucionalidade. Assim, quanto a sujeito controlador, a primeira atuação incumbe aos Procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário subsídio técnico que irá pautar a atuação futura da Comissão de Constituição e Justiça. 11. Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da lei a defesa da supremacia da Constituição tem início pela atuação da Procuradoria Jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios agentes participantes do processo legislativo em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo. 12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade, conforme leciona o eminente constitucionalista José Afonso da Silva: “ (a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição; (b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição."

4 13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para fins da análise, decorre da sedimentada jurisprudência do pretório excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de inconstitucionalidade fulmina integralmente o ato, ou lei.

14. Em decorrência, sendo constatada a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer exame quanto à constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável a lei estará, irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico.5 15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição. 16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do projeto de lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica de que trata a proposição. Para tanto, deve-se examinar a substância das matérias que o projeto pretende legislar. 17. Todavia, na hipótese sob exame, análise antedita parece desnecessária. Antes, cumpre dissecar o teor do projeto desde a sua ementa, cumpre assinalar que a proposição em exame deveria ter recebido despacho pela sua inadmissibilidade, consoante preconiza o Art. 143, VIII do Regimento Interno (“VIII - manifestamente inconstitucionais”); 18. Com efeito, verificamos que a redação do projeto ora sob exame dispõe cobrança de taxas de serviço e exames médicos e psicológicos para fins de renovação da Carteira Nacional de Habilitação atribuição regulamentada pelo DETRAN/ES. Anexamos ao presente Projeto decisão do TJRJ, que analisando matéria semelhante considerou a mesma inconstitucional. 19. Diante de tais elementos, entendo que a proposição, apesar dos elevados propósitos da Deputada autora não atende aos pressupostos legais de um projeto de lei. De fato, sua inconstitucionalidade formal é manifesta, posto que não configura qualquer espécie normativa apta a impor consultas como se espera de uma Lei. 20. Diante da exegese realizada, no plano da constitucionalidade formal, vislumbro a existência de vício formal que mácula irremediavelmente a proposição. 21. Isto posto, sob esta ótica da constitucionalidade entendo que a continuidade da tramitação representa risco de afronta a supremacia formal da Lei Maior. 22. Quanto ao aspecto material verifico que o exame deste aspecto torna-se desnecessário, uma vez prejudicado, em face da apontada inconstitucionalidade formal que, consoante orientação do pretório excelso contamina a proposição, independentemente do seu conteúdo. Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida é

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 43

formalmente inconstitucional, razão pela qual identifico a existência de óbice intransponível a sua regular tramitação. Sendo assim, sugerimos aos ilustres pares desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 165/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 094/2013 de autoria da Deputada Janete de Sá. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

SANDRO LOCUTOR Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS CLAUDIO VEREZA

1 Diz o Art. 143. Não se admitirão proposições: I - sobre assunto alheio à competência da Assembleia Legislativa; II - em que se delegue a outro Poder atribuições do Legislativo; III - antirregimentais; IV - que, aludindo à lei, decreto, regulamento, decisões judiciais ou qualquer outro dispositivo legal, não se façam acompanhar de sua transcrição, exceto os textos constitucionais e leis codificadas; V - quando redigidas de modo a que não se saiba à simples leitura qual a providência objetivada; VI - que, fazendo menção a contratos, concessões, documentos públicos, escrituras, não tenham sido estes juntados ou transcritos; VII - que contenham expressões ofensivas; VIII - manifestamente inconstitucionais; IX - que, em se tratando de substitutivo, emenda ou subemenda, não guardem direta relação com a proposição. 2 Carlos Alberto Lúcio BITTENCOURT, O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis, p. 132. 3 Hilda de Souza , em sua obra sobre o processo legislativo afirma:“A Constituição Brasileira optou por atribuir o controle de constitucionalidade, ao longo do processo legislativo, aos Poderes políticos. Ao Parlamento, pelo exame prévio das proposições nas Comissões Técnicas (controle interno) e ao Poder Executivo (controle externo), pelo veto” 4 Curso de Direito Constitucional Positivo. 5 De fato, a inobservância dos esquemas rituais rigidamente impostos pela Carta Magna da República gera a invalidade formal dos atos legislativos editados pelo Poder Legislativo e permite que sobre essa eminente atividade jurídica do Parlamento possa instaurar-se o controle jurisdicional "A infração ao preceito constitucional sobre a feitura da lei tem o efeito de descaracterizá-la como regra jurídica.O Poder Judiciário pode verificar se o ato legislativo atendeu ao processo previsto na Constituição." (RDA 126/117)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 167/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º

112/2013 Autor: Deputado José Esmeraldo Ementa: “Proíbe a realização de qualquer evento artístico, custeado com recursos públicos, para a inauguração de obras públicas no âmbito do Estado do Espírito Santo”.

I - RELATÓRIO

01. O presente Projeto de Lei nº 112/2013, de iniciativa do Exmº. Senhor Deputado José Esmeraldo, cujo conteúdo, em síntese, “Proíbe a realização de qualquer evento artístico, custeado com recursos públicos, para a inauguração de obras públicas no âmbito do Estado do Espírito Santo.” 02. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 143, do Regimento Interno - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009, publicada no DPL e no DOE, de 16 de julho de 2009, proferiu o despacho denegatório de fls. 2, no qual inadmitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, existir manifesta inconstitucionalidade por infringência a preceito da Carta Estadual, sendo esta protocolizada no dia 02 de abril de 2013, e lida na sessão do dia 09 do mesmo mês e ano. 03. Em decorrência, a proposição foi devolvida ao autor que, irresignado, interpôs recurso à Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, com arrimo no art. 143, Parágrafo único, do Regimento Interno, por discordar da decisão, e que foi acatado regimentalmente, conforme despacho de fls. 02. 04. O Projeto de Lei nº 112/2013, encaminhado a douta Procuradoria para análise e parecer técnico-jurídico, na forma do art. 121 do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/09. recebeu parecer pela sua inconstitucionalidade, vindo a esta Comissão para análise e parecer na forma do art. 143, parágrafo único e 41, I, do Regimento Interno, Resolução nº 2.700/09. 05. É, em síntese, o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

06. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a Constituição". 07. Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos. No plano jurídico, o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo legislativo, e, o controle repressivo, cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo.

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08. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo1 (quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). 09. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo Poder Legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei, com a finalidade de evitar que sua edição seja quanto à forma, seja quanto ao conteúdo, ofenda a supremacia da Lei Maior. 10. Outra singularidade no sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito aos agentes legitimados para exercer o controle da constitucionalidade. Assim, quanto ao sujeito controlador, a primeira atuação incumbe aos Procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário subsídio técnico que irá pautar a atuação futura da Comissão de Constituição e Justiça. 11. Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da lei, a defesa da supremacia da Constituição tem início pela atuação da Procuradoria Jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios agentes participantes do processo legislativo (Deputados) em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo. 12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade, conforme leciona o eminente constitucionalista José Afonso da Silva: “(a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição; (b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição."

2

13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para fins da análise, decorre da sedimentada jurisprudência do Pretório Excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de inconstitucionalidade fulmina integralmente o ato ou a lei. 14. Assim sendo, constatada a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer exame quanto à

constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável, a lei estará, irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico.3 15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição. 16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do Projeto de Lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica de que trata a proposição. Para tanto, deve-se examinar a substância das matérias que o projeto contempla. 17. Verifica-se que a proposta do legislador estadual interfere na competência privativa do Chefe do Executivo, portanto, clara violação ao art. 63, parágrafo único, III e VI, da Constituição Estadual, que assim dispõem: “Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição. Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre: (...) III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo; VI - criação, estruturações e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo”. 18. Em decorrência da demonstração inconteste do vício de inconstitucionalidade formal que macula o Projeto de Lei, adoto aqui a orientação do STF quanto à desnecessidade de apreciação da constitucionalidade material, eis que o aludido vício formal apontado fulmina integralmente a validade da presente proposição.

19. Em face das razões expendidas, entendemos que a proposição, nos termos em que se acha redigida, padece de vício de inconstitucionalidade formal, em consequência, opinamos pela impossibilidade jurídica da regular tramitação do Projeto de Lei nº 112/ 2013, de autoria do Exmº. Senhor Deputado José Esmeraldo, razão pela qual deve ser inadmitida a sua tramitação, conforme já se manifestou a MESA DIRETORA.

20. Face ao exposto, esta relatoria propõe aos doutos Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 167/2013

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 45

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela INCONSTITUCIONALIDADE do Projeto de Lei n.º 112/2013, de autoria do Exmº. Senhor José Esmeraldo, por existência de vícios de inconstitucionalidade formal, e, consequentemente, pela MANUTENÇÃO DO DESPACHO DENEGATÓRIO DO PRESIDENTE DA MESA DIRETORA.

Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES

Presidente SANDRO LOCUTOR

Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

1 Hilda de Souza, em sua obra sobre o processo legislativo afirma: “A Constituição Brasileira optou por atribuir o controle de constitucionalidade, ao longo do processo legislativo, aos Poderes políticos. Ao Parlamento, pelo exame prévio das proposições nas Comissões Técnicas (controle interno) e ao Poder Executivo (controle externo), pelo veto”. 2 Curso de Direito Constitucional Positivo. 3 De fato, a inobservância dos esquemas rituais rigidamente impostos pela Carta Magna da República gera a invalidade formal dos atos legislativos editados pelo Poder Legislativo e permite que sobre essa eminente atividade jurídica do Parlamento possa instaurar-se o controle jurisdicional "A infração ao preceito constitucional sobre a feitura da lei tem o efeito de descaracterizá-la como regra jurídica. O Poder Judiciário pode verificar se o ato legislativo atendeu ao processo previsto na Constituição." (RDA 126/117)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 168/2013

Parecer Jurídico: Projeto de Lei n.º 115/2013 Autoria: Deputado Euclério Sampaio Ementa: “Dispõe sobre a reserva de vagas preferenciais para gestantes em estacionamentos públicos e privados no âmbito”.

I - RELATÓRIO 1. Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe. 2. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 1431do Regimento Interno - Resolução nº

2.700 de 15 de julho de 2009, publicada no DPL e no DOE de 16 de julho de 2009, proferiu o despacho de fls. 2 pelo qual admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, não existir manifesta inconstitucionalidade ou outros vícios mencionados na norma regimental. 3. A proposição que foi protocolizada no dia 04/04/2013. Logo após, seguiu a regular tramitação regimental prevista. No âmbito da Procuradoria, mereceu parecer jurídico pela inconstitucionalidade. 4. Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo não está instruído com outros documentos. 5. Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o Parecer.

II - PARECER DO RELATOR

EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE

FORMAL DA PROPOSIÇÃO 6. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a Constituição"2. 7.Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos. No plano jurídico o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo. 8. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo3(quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). 9. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo Poder Legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei, com a finalidade de evitar que sua edição, seja quanto a forma, seja quanto ao conteúdo, ofenda a supremacia da Lei Maior. 10. Outra singularidade no sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito aos agentes legitimados para exercer o controle da constitucionalidade. Assim, quanto a sujeito controlador, a primeira atuação incumbe aos Procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário

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46 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

subsídio técnico que irá pautar a atuação futura da Comissão de Constituição e Justiça. 11. Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da lei a defesa da supremacia da Constituição tem início pela atuação da Procuradoria Jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios agentes participantes do processo legislativo em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo. 12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade, conforme leciona o eminente constitucionalista José Afonso da Silva: “(a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição; (b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição."

4 13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para fins da análise, decorre da sedimentada jurisprudência do pretório excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de inconstitucionalidade fulmina integralmente o ato, ou lei. 14. Em decorrência, sendo constatada a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer exame quanto à constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável a lei estará, irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico.5 15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição. 16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do projeto de lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica de que trata a proposição. Para tanto, deve-se examinar a substância das matérias que o projeto pretende legislar. 17. Na hipótese sob exame, dissecando o teor do projeto, desde a sua ementa, o resultado autoriza concluir que a matéria versa sobre tema de interesse peculiar do município, ex vi do artigo 30, I, da Constituição Federal. Com efeito, o cerne da proposição legislativa tem por escopo de dispor sobre reserva de vagas em estacionamentos públicos e privados exclusivos para gestantes no âmbito Estadual. 18. Entendo que a reserva de vagas nos empreendimentos públicos e privados ao qual o PL

alude deve ser objeto de legislação municipal. Não compete ao estado invadir a esfera de competência exclusiva do município para disciplinar tema encartado na competência legislativa municipal. 19. Diante de tais elementos, entendo que a proposição, apesar dos elevados propósitos do Deputado autor não atende aos pressupostos legais de um projeto de lei. De fato, sua inconstitucionalidade formal é manifesta, posto que não configura qualquer espécie normativa apta a impor consultas como se espera de uma Lei. 20. Diante da exegese realizada, no plano da constitucionalidade formal vislumbro a existência de vício formal que macula irremediavelmente a proposição. 21. Isto posto, sob esta ótica da constitucionalidade, entendo que a continuidade da tramitação representa risco de afronta a supremacia formal da Lei Maior. 22. Quanto ao aspecto material verifico que o exame deste aspecto torna-se desnecessário, uma vez prejudicado, em face da apontada inconstitucionalidade formal que, consoante orientação do pretório excelso contamina a proposição, independentemente do seu conteúdo. 23. Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida é formalmente inconstitucional, razão pela qual identifico a existência de óbice intransponível a sua regular tramitação. Sendo assim, sugerimos aos ilustres pares desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º168/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 115/2013 de autoria do Deputado Euclério Sampaio. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES

Presidente SANDRO LOCUTOR

Relator JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA 1 Diz o Art. 143. Não se admitirão proposições: I - sobre assunto alheio à competência da Assembleia Legislativa; II - em que se delegue a outro Poder atribuições do Legislativo; III - antirregimentais; IV - que, aludindo à lei, decreto, regulamento, decisões judiciais ou qualquer outro dispositivo legal, não se façam acompanhar de sua transcrição, exceto os textos constitucionais e leis codificadas; V - quando redigidas de modo a que não se saiba à simples leitura qual a providência objetivada; VI - que, fazendo menção a contratos, concessões, documentos públicos,

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 47

escrituras, não tenham sido estes juntados ou transcritos; VII - que contenham expressões ofensivas; VIII - manifestamente inconstitucionais; IX - que, em se tratando de substitutivo, emenda ou subemenda, não guardem direta relação com a proposição. 2 Carlos Alberto Lúcio BITTENCOURT, O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis, p. 132. 31 Hilda de Souza , em sua obra sobre o processo legislativo afirma:“A Constituição Brasileira optou por atribuir o controle de constitucionalidade, ao longo do processo legislativo, aos Poderes políticos. Ao Parlamento, pelo exame prévio das proposições nas Comissões Técnicas (controle interno) e ao Poder Executivo (controle externo), pelo veto” 4 Curso de Direito Constitucional Positivo. 5 De fato, a inobservância dos esquemas rituais rigidamente impostos pela Carta Magna da República gera a invalidade formal dos atos legislativos editados pelo Poder Legislativo e permite que sobre essa eminente atividade jurídica do Parlamento possa instaurar-se o controle jurisdicional "A infração ao preceito constitucional sobre a feitura da lei tem o efeito de descaracterizá-la como regra jurídica.O Poder Judiciário pode verificar se o ato legislativo atendeu ao processo previsto na Constituição." (RDA 126/117)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 169/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 117/2013 Autora: Deputada Solange Lube Ementa: “Dispõe sobre a obrigatoriedade de as empresas que fornecem serviços de acesso à internet compensarem, por meio de abatimento ou de ressarcimento, ao assinante que tiver o serviço interrompido ou receber velocidade abaixo da contratada e dá outras providências”.

1. RELATÓRIO O Projeto de Lei nº 117/2013, de autoria da Deputada Solange Lube, torna obrigatória às empresas que fornecem o serviço de acesso à internet a compensação, por meio de abatimento ou de ressarcimento, ao assinante que tiver o serviço interrompido ou receber velocidade abaixo da contratada. Na Justificativa (fls. 03/04), a autora argumenta, em suma, que a presente proposição visa a proporcionar aos consumidores do serviço de acesso à internet a compensação pelo serviço suspenso ou pela velocidade menor do que a contratada. O Projeto foi protocolado no dia 09 de abril de 2013 e lido no expediente da Sessão Ordinária do dia 15 de abril de 2013. No que tange à publicação no Diário do Poder Legislativo, não há nos autos prova de sua realização, a qual deve ser providenciada pelo órgão competente desta Casa de Leis.

O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09). É o relatório.

2. PARECER DO RELATOR 2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de elaboração das normas jurídicas. Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a elaboração do ato (inconstitucionalidade formal orgânica: competência da União, Estados e Municípios) ou do procedimento de elaboração da norma. A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União (artigos 21 e 22); Municípios (artigos 29 e 30); e Estados (artigo 25 - competência residual ou remanescente). O Projeto de Lei nº 117/2013, de autoria da Deputada Solange Lube, torna obrigatória às empresas que fornecem o serviço de acesso à internet a compensação, por meio de abatimento ou de ressarcimento, ao assinante que tiver o serviço interrompido ou receber velocidade abaixo da contratada. Subjaz ao Projeto de Lei ora analisado a possibilidade, ou não, de o Estado legislar sobre o serviço de internet. O art. 60 da Lei Geral das Telecomunicações (Lei Federal n.° 9.472, de 16 de julho de 1997) define o serviço de telecomunicações como o conjunto de atividades que possibilita a oferta de capacidade de transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza. Confira, in verbis: Art. 60. Serviço de telecomunicações é o conjunto de atividades que possibilita a oferta de telecomunicação. § 1° Telecomunicação é a transmissão, emissão ou recepção, por fio, radioeletricidade, meios ópticos ou qualquer outro processo eletromagnético, de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza. Nestes termos, não é difícil concluir que o serviço de acesso à internet possibilita a transmissão, emissão ou recepção de símbolos, caracteres, sinais, escritos, imagens, sons ou informações de qualquer natureza,

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razão pela qual se amolda ao conceito de telecomunicações constante do dispositivo supracitado. Assim, o Estado invade a competência da União para legislar sobre telecomunicações, prevista nos artigos 21, inc. XI, e 22, inc. IV, da Constituição Federal. Exatamente com esses fundamentos, colhe-se o seguinte julgado do Supremo Tribunal Federal: EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÕES. INTERNET. COBRANÇA DE TAXA PARA O SEGUNDO PONTO DE ACESSO. ART. 21, INC. XI, E 22, INC. IV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. COMPETÊNCIA PRIVATIVA DA UNIÃO PARA LEGISLAR SOBRE TELECOMUNICAÇÕES. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA LEI DISTRITAL N. 4.116/2008. AÇÃO JULGADA PROCEDENTE. 1. A Lei distrital n. 4.116/2008 proíbe as empresas de telecomunicações de cobrarem taxas para a instalação do segundo ponto de acesso à internet. 2. O art. 21, inc. IX, da Constituição da República estabelece que compete à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, enquanto o art. 22, inc. IV, da Constituição da República dispõe ser da competência privativa da União legislar sobre telecomunicações. 3. Ainda que ao argumento de defesa do consumidor, não pode lei distrital impor a uma concessionária federal novas obrigações não antes previstas no contrato por ela firmado com a União. Precedentes. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.1 (original sem grifo ou destaque) Logo, como cabe à União explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão ou permissão, os serviços de telecomunicações, compete-lhe privativamente legislar sobre direitos dos usuários, não estando esta competência inserida na concorrente de que trata o art. 24, inc. VIII, da CF (direito do consumidor). Nestes termos, o Supremo Tribunal Federal possui firme entendimento no sentido da impossibilidade de interferência do Estado-membro nas relações contratuais entre o poder concedente federal e as empresas concessionárias, mediante a edição de leis estaduais. Observe, in verbis: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS - INVASÃO, PELO ESTADO-MEMBRO, DA ESFERA DE COMPETÊNCIA DA UNIÃO E DOS MUNICÍPIOS - IMPOSSIBILIDADE DE INTERFERÊNCIA DO ESTADO-MEMBRO NAS RELAÇÕES JURÍDICO-CONTRATUAIS ENTRE O PODER CONCEDENTE FEDERAL OU MUNICIPAL E AS EMPRESAS CONCESSIONÁRIAS - INVIABILIDADE DA

ALTERAÇÃO, POR LEI ESTADUAL, DAS CONDIÇÕES PREVISTAS NA LICITAÇÃO E FORMALMENTE ESTIPULADAS EM CONTRATO DE CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS, SOB REGIME FEDERAL E MUNICIPAL - MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA. - Os Estados-membros - que não podem interferir na esfera das relações jurídico-contratuais estabelecidas entre o poder concedente (quando este for a União Federal ou o Município) e as empresas concessionárias - também não dispõem de competência para modificar ou alterar as condições, que, previstas na licitação, acham-se formalmente estipuladas no contrato de concessão celebrado pela União (energia elétrica - CF, art. 21, XII, "b") e pelo Município (fornecimento de água - CF, art. 30, I e V), de um lado, com as concessionárias, de outro, notadamente se essa ingerência normativa, ao determinar a suspensão temporária do pagamento das tarifas devidas pela prestação dos serviços concedidos (serviços de energia elétrica, sob regime de concessão federal, e serviços de esgoto e abastecimento de água, sob regime de concessão municipal), afetar o equilíbrio financeiro resultante dessa relação jurídico-contratual de direito administrativo. (original sem grifo ou destaque) 2 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. IMPUGNAÇÃO DA LEI DISTRITAL N. 3.596. IMPOSIÇÃO, ÀS EMPRESAS DE TELEFONIA FIXA QUE OPERAM NO DISTRITO FEDERAL, DE INSTALAÇÃO DE CONTADORES DE PULSO EM CADA PONTO DE CONSUMO. VIOLAÇÃO DO ARTIGO 22, IV, DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL. 1. A Lei distrital n. 3.596 é inconstitucional, visto que dispõe sobre matéria de competência da União, criando obrigação não prevista nos respectivos contratos de concessão do serviço público, a serem cumpridas pelas concessionárias de telefonia fixa --- artigo 22, inciso IV, da Constituição do Brasil. 2. Pedido julgado procedente para declarar inconstitucional a Lei distrital n. 3.596/05. (Original sem grifo ou destaque). 3 AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI Nº 3.449/04 DO DISTRITO FEDERAL. PROIBIÇÃO DE COBRANÇA DE ASSINATURA BÁSICA NOS SERVIÇOS DE ÁGUA, LUZ, GÁS, TV A CABO E TELEFONIA. INCONSTITUCIONALIDADE. COMPETÊNCIA DA UNIÃO PARA LEGISLAR E PRESTAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS DE TELECOMUNICAÇÕES E ENERGIA ELÉTRICA (CF, ART. 21, XI E XII, ‘b’, E 22, IV). FIXAÇÃO DA POLÍTICA TARIFÁRIA COMO PRERROGATIVA INERENTE À TITULARIDADE DO SERVIÇO PÚBLICO (CF, ART. 175, PARÁGRAFO ÚNICO, III). AFASTAMENTO DA

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 49

COMPETÊNCIA CONCORRENTE DO ESTADO-MEMBRO PARA LEGISLAR SOBRE CONSUMO (CF, ART. 24, V E VII). USUÁRIO DE SERVIÇOS PÚBLICOS CUJO REGIME GUARDA DISTINÇÃO COM A FIGURA DO CONSUMIDOR (CF, ART. 175, PARÁGRAFO ÚNICO, II). PRECEDENTES. SERVIÇOS DE FORNECIMENTO DE ÁGUA E GÁS. PRINCÍPIO DA SEPARAÇÃO DE PODERES. RESERVA DE ADMINISTRAÇÃO (CF, ART. 2º). PROCEDÊNCIA DO PEDIDO. 1. O sistema federativo instituído pela Constituição Federal de 1988 torna inequívoco que cabe à União a competência legislativa e administrativa para a disciplina e a prestação dos serviços públicos de telecomunicações e energia elétrica (CF, arts. 21, XI e XII, ‘b’, e 22, IV). 2. A Lei nº 3.449/04 do Distrito Federal, ao proibir a cobrança da tarifa de assinatura básica “pelas concessionárias prestadoras de serviços de água, luz, gás, TV a cabo e telefonia no Distrito Federal” (art. 1º, caput), incorreu em inconstitucionalidade formal, porquanto necessariamente inserida a fixação da ”política tarifária” no âmbito de poderes inerentes à titularidade de determinado serviço público, como prevê o art. 175, parágrafo único, III, da Constituição, elemento indispensável para a preservação do equilíbrio econômico-financeiro do contrato de concessão e, por consequência, da manutenção do próprio sistema de prestação da atividade. 3. Inexiste, in casu, suposto respaldo para o diploma impugnado na competência concorrente dos Estados-membros para dispor sobre direito do consumidor (CF, art. 24, V e VII), cuja interpretação não pode conduzir à frustração da teleologia da referida regra expressa contida no art. 175, parágrafo único, III, da CF, descabendo, ademais, a aproximação entre as figuras do consumidor e do usuário de serviços públicos, já que o regime jurídico deste último, além de informado pela lógica da solidariedade social (CF, art. 3º, I), encontra sede específica na cláusula “direitos dos usuários” prevista no art. 175, parágrafo único, II, da Constituição. 4. Ofende a denominada reserva de administração, decorrência do conteúdo nuclear do princípio da Separação de Poderes (CF, art. 2º), a proibição de cobrança de tarifa de assinatura básica no que concerne aos serviços de água e gás, em grande medida submetidos também à incidência de leis federais (CF, art. 22, IV), mormente quando constante de ato normativo emanado do Poder Legislativo fruto de iniciativa parlamentar, porquanto supressora da margem de apreciação do Chefe do Poder Executivo Distrital na condução da Administração Pública, no que se inclui a formulação da política pública remuneratória do serviço público. 5. Ação Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente. (Original sem grifo ou destaque).4

Destarte, por ser privativa da União a competência para legislar sobre telecomunicações, e, por não ter sido promulgada lei complementar federal autorizando os Estados a legislar sobre essa matéria (art. 22, parágrafo único, da Constituição Federal), infere-se que o projeto de lei em exame é formalmente inconstitucional, ante a presença de vício de inconstitucionalidade formal orgânica. Logo, é inegável a relevância da referida proposição, que visa a proteger os usuários do serviço de internet. Contudo, o seu conteúdo normativo não deve ingressar no ordenamento jurídico, por apresentar vício de inconstitucionalidade formal. Deixa-se de analisar os demais aspectos do projeto de lei (constitucionalidade material, legalidade, juridicidade e técnica legislativa), com espeque no art. 9º, § 5º, do Ato n. 2517/2008. Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 169/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL do Projeto de Lei n.º 117/2013, de autoria da Exma. Deputada Solange Lube, nos termos da fundamentação supra. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

SANDRO LOCUTOR Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS CLAUDIO VEREZA

1 ADI 4083, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 25/11/2010, DJe-243 DIVULG 13-12-2010 PUBLIC 14-12-2010 EMENT VOL-02450-01 PP-00016 RT v. 100, n. 905, 2011, p. 154-159. 2 ADI 2337 MC, Relator(a): Min. CELSO DE MELLO, Tribunal Pleno, julgado em 21/06/2002, DJ 21-06-2002 PP-00096 EMENT VOL-02074-01 PP-00152. 3 ADI 3533, Relator (a): Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, julgado em 02/08/2006, DJ 06-10-2006 PP-00032 EMENT VOL-02250-02 PP-00216 RTJ VOL-00200-01 PP-00084. 4 ADI 3343, Relator (a): Min. AYRES BRITTO, Relator (a) p/ Acórdão: Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 01/09/2011, DJe-221 DIVULG 21-11-2011 PUBLIC 22-11-2011 EMENT VOL-02630-01 PP-00001.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

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PARECER N.º 173/2013 Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 121/2013 Autoria: Deputado Euclério Sampaio Ementa: “Assegura a gratuidade aos movimentos comunitários e associações de moradores em serviços notariais e de registro nos cartórios”.

I. RELATÓRIO 1. Cuida-se nestes autos da emissão de parecer quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe. 2. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, em exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 1431 do Regimento Interno - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009, publicada no DPL e no DOE de 16 de julho de 2009, proferiu o despacho de fls. 2 pelo qual admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, não existir manifesta inconstitucionalidade ou outros vícios mencionados na norma regimental. 3. A proposição que foi protocolizada no dia 12/04/2013. Logo após, seguiu a regular tramitação regimental prevista. No âmbito da Procuradoria, mereceu parecer jurídico pela inconstitucionalidade. 4. Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo não está instruído com outros documentos. 5. Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o Parecer.

II - PARECER DO RELATOR EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL DA PROPOSIÇÃO 6. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a Constituição" 2 7. Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos. No plano jurídico o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo. 8. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao Poder Legislativo e ao Poder Executivo3 (quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto

do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). 9. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo Poder Legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei, com a finalidade de evitar que sua edição, seja quanto a forma, seja quanto ao conteúdo, ofenda a supremacia da Lei Maior. 10. Outra singularidade no sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito aos agentes legitimados para exercer o controle da constitucionalidade. Assim, quanto a sujeito controlador, a primeira atuação incumbe aos Procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário subsídio técnico que irá pautar a atuação futura da Comissão de Constituição e Justiça. 11. Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da lei a defesa da supremacia da Constituição tem início pela atuação da Procuradoria Jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios agentes participantes do processo legislativo em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo. 12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade, conforme leciona o eminente constitucionalista José Afonso da Silva: “(a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição; (b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição."4 13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para fins da análise, decorre da sedimentada jurisprudência do pretório excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de inconstitucionalidade fulmina integralmente o ato, ou lei. 14. Em decorrência, sendo constatada a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer exame quanto à constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável a lei estará, irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico.5 15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição.

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 51

16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do projeto de lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica de que trata a proposição. Para tanto, deve-se examinar a substância das matérias que o projeto pretende legislar. 17. Na hipótese sob exame, dissecando o teor do projeto, desde a sua ementa, o resultado autoriza concluir que a matéria versa sobre tema reservado a iniciativa privativa da União, ex vi do artigo 22, inciso XXV da Constituição Federal. 18. A Constituição Federal institui ser da União, privativamente, a competência para legislar sobre registros públicos, segundo se infere de seu art. 22, inciso XXV: Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre: (...) XXV - registros públicos; (...) 18. Entendo que a instituição da gratuidade de serviços notariais e de registro no âmbito estadual para os movimentos comunitários e associações de moradores ao qual o PL alude deve ser objeto de Lei federal. 19. No exercício de sua competência para ditar normas a propósito de registros públicos, a União fez editar a Lei 8.935, de 18 de novembro de 1994, que regulamenta o art. 236 da Constituição Federal, dispondo sobre os serviços Notariais e de Registro. Colaciono jurisprudência do Supremo Tribunal Federal que entendo pertinente: “A jurisprudência do STF firmou orientação no sentido de que as custas judiciais e os emolumentos concernentes aos serviços> <notariais> e registrais possuem natureza tributária, qualificando-se como taxas remuneratórias de serviços públicos, sujeitando-se, em consequência, quer no que concerne à sua instituição e majoração, quer no que se refere à sua exigibilidade, ao regime jurídico-constitucional pertinente a essa especial modalidade de tributo vinculado, notadamente aos princípios fundamentais que proclamam, dentre outras, as garantias essenciais (a) da reserva de competência impositiva, (b) da legalidade, (c) da isonomia e (d) da anterioridade.” (ADI 1.378-MC, Rel. Min. Celso de Mello, julgamento em 30-11-1995, Plenário, DJ de 30-5-1997.) No mesmo sentido: ADI 3.260, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 29-3-2007, Plenário, DJ de 29-6-2007. Vide: ADI 1.926-MC, Rel. Min. Sepúlveda Pertence, julgamento em 19-4-1999, Plenário, DJ de 10-9-1999.

20. Como se nota, a matéria, em que pese o elevado propósito do ilustre Deputado autor, não tem lastro constitucional para converte-se em lei, sob pena de afronta a supremacia da Constituição Federal. 21. Em suma, a substância do tema veiculado na presente proposição não tem respaldo constitucional, em face da evidente usurpação da competência privativa da União, posto que a Assembleia Legislativa não ostenta competência constitucional para deflagrar o processo legislativo destinado a produzir norma sobre matéria em apreço. 22. Diante da exegese realizada, no plano da constitucionalidade formal vislumbro a existência de vício formal que macula a proposição em face da incompetência para exercício da competência legislativa em tema atinente à matéria inserida no projeto. 23. Isto posto, sob esta ótica da constitucionalidade, entendo que a continuidade da tramitação representa risco de afronta a supremacia formal da Lei Maior. 24. Como visto, o vício formal de inconstitucionalidade apontado torna prejudicado considerações adicionais atinentes à constitucionalidade material da proposição. 25. Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida é formalmente inconstitucional, razão pela qual identifico a existência de óbice intransponível a sua regular tramitação. Sendo assim, sugerimos aos ilustres pares desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 173/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei nº 121/2013 de autoria do Deputado Euclério Sampaio. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

JOSÉ CARLOS ELIAS Relator

SANDRO LOCUTOR CLAUDIO VEREZA

1 Diz o Art. 143. Não se admitirão proposições: I - sobre assunto alheio à competência da Assembleia Legislativa; II - em que se delegue a outro Poder atribuições do Legislativo; III - antirregimentais; IV - que, aludindo à lei, decreto, regulamento, decisões judiciais ou qualquer outro dispositivo legal, não se façam acompanhar de sua transcrição, exceto os textos constitucionais e leis codificadas;

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V - quando redigidas de modo a que não se saiba à simples leitura qual a providência objetivada; VI - que, fazendo menção a contratos, concessões, documentos públicos, escrituras, não tenham sido estes juntados ou transcritos; VII - que contenham expressões ofensivas; VIII - manifestamente inconstitucionais; IX - que, em se tratando de substitutivo, emenda ou subemenda, não guardem direta relação com a proposição. 2 Carlos Alberto Lúcio BITTENCOURT, O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis, p. 132. 3 Hilda de Souza , em sua obra sobre o processo legislativo afirma:“A Constituição Brasileira optou por atribuir o controle de constitucionalidade, ao longo do processo legislativo, aos Poderes políticos. Ao Parlamento, pelo exame prévio das proposições nas Comissões Técnicas (controle interno) e ao Poder Executivo (controle externo), pelo veto” 4 Curso de Direito Constitucional Positivo. 5 De fato, a inobservância dos esquemas rituais rigidamente impostos pela Carta Magna da República gera a invalidade formal dos atos legislativos editados pelo Poder Legislativo e permite que sobre essa eminente atividade jurídica do Parlamento possa instaurar-se o controle jurisdicional "A infração ao preceito constitucional sobre a feitura da lei tem o efeito de descaracterizá-la como regra jurídica.O Poder Judiciário pode verificar se o ato legislativo atendeu ao processo previsto na Constituição." (RDA 126/117)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 177/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei nº 128/2013 Autor: Mesa Diretora Ementa: “Denomina Luiz Machado, o trecho da Rodovia-ES-475, que liga o município de Castelo a São José de Fruteiras, no municipio de Vargem Alta”.

RELATÓRIO 1. Cuida-se nestes autos da emissão de parecer, quanto à constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa da proposição legislativa em epígrafe, de autoria da Mesa Diretora. 2. A Mesa Diretora da Assembleia Legislativa, no exercício do mero juízo de delibação que lhe impõe o Artigo 1431 do Regimento Interno - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009, publicada no DPL e no DOE de 16 de julho de 2009, proferiu o despacho de fls. 2 no qual admitiu a tramitação da proposição entendendo, prima facie, inexistir manifesta inconstitucionalidade ou, um dos demais vícios previstos na norma regimental. 3. Admitida à proposição, que foi protocolizada no dia 16/04/2013, seguiu sua regular tramitação, tendo sido lida em 23/04/2013, posteriormente, encaminhada para a Diretoria de Redação, conforme consta dos autos.

4. Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo esta instruído com a certidão de óbito do agraciado, cujo nome pretende-se que venha a constituir denominação de um bem público. 5. O Projeto de Lei veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer na forma do disposto no art. 41, I, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/2009). É o relatório.

PARECER DO RELATOR ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA JURIDICIDADE, DA LEGALIDADE, DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL E DA TÉCNICA LEGISLATIVA 6. Consoante o clássico ensinamento de Lúcio Bittencourt, "a inconstitucionalidade é um estado - estado de conflito entre uma lei e a constituição" 2. 7. Ocorre que, em nosso ordenamento constitucional vige um complexo sistema de controle da constitucionalidade das leis e atos administrativos. Assim, no plano jurídico o sistema de controle de constitucionalidade adotado admite a existência do controle preventivo que se realiza no curso do processo legislativo e, o controle repressivo cuja incidência se dá quando a lei se encontra vigendo. 8. A Constituição Federal de 1988 outorgou o exercício do controle prévio da constitucionalidade ao poder legislativo e ao poder executivo3 (quando da emissão de juízo de valor quanto à sanção ou veto do autógrafo de lei aprovado pelo parlamento). 9. Na hipótese em apreço, trata-se do controle preventivo de constitucionalidade no âmbito do processo legislativo, porém exercido pelo poder legislativo. Sua característica fundamental consiste no fato de atuar no momento da elaboração da lei, com a finalidade de evitar que sua edição seja quanto à forma, seja quanto ao conteúdo ofenda a supremacia da lei maior. 10. Outra singularidade no sistema de controle preventivo da constitucionalidade no âmbito do poder legislativo diz respeito aos agentes legitimados para exercer o controle da constitucionalidade. Assim, quanto a sujeito controlador, a primeira atuação incumbe aos procuradores de Estado do Poder Legislativo, cuja atuação oferece o necessário subsídio técnico que irá pautar a atuação futura da comissão de constituição e justiça. 11. Em suma, em sede do controle preventivo de constitucionalidade, que se desenvolve na fase de elaboração da Lei a defesa da supremacia da

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 53

constituição tem início pela atuação da procuradoria jurídica e, em seguida, é exercido pelos próprios agentes participantes do processo legislativo em relação aos projetos de lei e demais proposições de teor normativo. 12. A doutrina e jurisprudência distinguem duas espécies de inconstitucionalidade, conforme leciona o eminente constitucionalista José Afonso da Silva: (a) formalmente, quando tais normas são formadas por autoridades incompetentes ou em desacordo com formalidades ou procedimentos estabelecidos pela constituição; (b) materialmente, quando o conteúdo de tais leis ou atos contraria preceito ou princípio da constituição.4 13. O exame do controle formal de constitucionalidade deve preferir ao de exame de mérito. A razão dessa prevalência, para fins da análise decorre da sedimentada jurisprudência do pretório excelso, segundo a qual, a existência de vício formal de inconstitucionalidade fulmina, integralmente, o ato ou a lei. 14. Em decorrência, sendo constatado a existência de vício formal de inconstitucionalidade, torna-se despiciendo qualquer exame quanto a constitucionalidade material, posto que ante a constatação do aludido vício formal e insanável a lei estará, irremediavelmente, condenada a ser expungida do mundo jurídico.5 15. Ancorado neste entendimento, passo ao exame da constitucionalidade formal da proposição. 16. Como é cediço, para exame da constitucionalidade do projeto de lei impende que se identifique o cerne da questão jurídica de que trata a proposição. Para tanto, deve-se examinar a substância das matérias sobre as quais o projeto pretende legislar. 17. Na hipótese sob exame, dissecando o teor do projeto, desde a sua ementa, o resultado autoriza concluir que a matéria versa sobre direito administrativo. De fato, a denominação de bens públicos constitui comezinha manifestação da autonomia do ente público. 18. Não resta dúvida, pela descrição do projeto, que se trata de matéria afeta ao estado, uma vez que a denominação dos bens públicos estaduais é um ato de liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no artigo 25, § 1º, da constituição federal, cuja redação é a seguinte: Art. 25. Os estados organizam-se e regem-se pelas constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta constituição.

§ 1º. São reservadas aos estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta constituição 19. É de clareza solar que provido de tal conteúdo a proposição em apreço encontra amplo lastro constitucional, para ser exercida no âmbito da assembleia estadual. Por outro lado, no que pertine à iniciativa, nos termos das constituições Federal e Estadual, concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais constantes do artigo 63, caput, da constituição estadual, que estabelecem a iniciativa concorrente para legislar sobre a matéria em questão. 20. A espécie normativa adequada será a lei ordinária. O projeto de lei será aprovado pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão de constituição e justiça, serviço público e redação, em votação nominal. O regime inicial de tramitação será o especial. 21. Isto posto, sob esta ótica da constitucionalidade (formal) entendo que a continuidade da tramitação não representa risco de afronta a supremacia formal da lei maior. EXAME DA SANIDADE MATERIAL DA PROPOSIÇÃO 22. Como visto, superada a análise da constitucionalidade sobre o prisma formal, cumpre ingressar no exame da constitucionalidade sob o prisma da substância do projeto de lei, some-se a presente análise a assertiva de que o referido projeto encontra compatibilidade com os preceitos constantes das Constituições, Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da carta magna federal, respeitando-se, assim, os princípios da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. 23. No que tange à compatibilidade com a legislação infraconstitucional, o presente Projeto está em perfeita sintonia com o Regimento Interno, bem como com a legislação estadual específica, Lei nº 8.870/2008, alterada pelas Leis nºs. 9.097/2009 e 9.431/2010, cujo conteúdo dos arts. 1º, §2º e 2º assim descreve: Art. 1º. A escolha de denominação para os estabelecimentos, instituições, prédios, rodovias e obras do estado só poderá recair em nomes de pessoas falecidas que tenham se destacado por notórias qualidades e relevantes serviços prestados à coletividade. § 2º. É vedada a escolha de nomes de pessoas condenada por ilícito praticado contra os direitos humanos, por crime contra a administração pública e por envolvimento com a repressão nos governos

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54 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

militares desde que o processo tenha sido transitado em julgado. Art. 2º A Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, através da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, diligenciará por meio eletrônico, em caso de dúvida, no sentido de aferir se o homenageado encontra-se inserido em uma das objeções descritas no § 2º do artigo 1º, visando regular a tramitação de tais proposições neste Poder Legislativo. (Redação dada pela Lei nº 9.097, de 2009). 24. O Código Civil Brasileiro, Lei Federal nº 10.406 de 2002, também define bens públicos em seu artigo 99, inciso I, a saber: Art. 99. São bens públicos: I - Os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 25. Verifica-se, portanto, que o presente projeto está em perfeita consonância com a norma estadual específica, eis que a denominação ao trecho da rodovia ES-475, que liga o Município de Castelo a São José de Fruteiras, no Município de Vargem Alta, é uma homenagem póstuma ao Senhor “Luiz Machado”. 26. Com relação à vigência da lei no tempo, a proposta legislativa atende o requisito legal consoante dispõe o art. 8º da Lei Complementar nº 95/98 que diz: “A vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “Entra em vigor na data de sua publicação” para as leis de pequena repercussão”. 27. Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela lei complementar federal nº 95/98, com introduções apresentadas pela lei complementar federal nº 107/01, que rege a redação dos atos normativos, nos autos consta, estudo técnico realizado pela Diretoria de Redação, que acolho. 28. Cumpre ressaltar que o presente opinamento, restringe-se ao aspecto jurídico pertencendo, exclusivamente, à discricionariedade parlamentar a avaliação de mérito sobre a conveniência e a oportunidade da homenagem. 29. Por derradeiro, destaco que o processo de deliberação da matéria em apreço ocorrerá no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça a teor do que dispõe o artigo 276 do regimento interno. 30. Ex positis, concluímos pela constitucionalidade,

juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, bem como pela aprovação - na forma do art. 276, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno) - do Projeto de Lei nº 128/2013, devendo prosseguir sua tramitação normal nesta Casa de Leis, razão pela qual conclamamos aos Pares desta Douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 177/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa, bem como pela aprovação - na forma do art. 276, I, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno) - do PROJETO DE LEI Nº 128/2013, de autoria da Mesa Diretora. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

CLAUDIO VEREZA Relator

SANDRO LOCUTOR JOSÉ CARLOS ELIAS

1 Art. 143. Não se admitirão proposições: I - sobre assunto alheio à competência da Assembleia Legislativa; II - em que se delegue a outro Poder atribuições do Legislativo; III - antirregimentais; IV - que, aludindo à lei, decreto, regulamento, decisões judiciais ou qualquer outro dispositivo legal, não se façam acompanhar de sua transcrição, exceto os textos constitucionais e leis codificadas; V - quando redigidas de modo a que não se saiba à simples leitura qual a providência objetivada; VI - que, fazendo menção a contratos, concessões, documentos públicos, escrituras, não tenham sido estes juntados ou transcritos; VII - que contenham expressões ofensivas; VIII - manifestamente inconstitucionais; IX - que, em se tratando de substitutivo, emenda ou subemenda, não guardem direta relação com a proposição. 2 Carlos Alberto Lúcio BITTENCOURT, O Controle Jurisdicional da Constitucionalidade das Leis, p. 132. 3 Hilda de Souza , em sua obra sobre o processo legislativo afirma:“A Constituição Brasileira optou por atribuir o controle de constitucionalidade, ao longo do processo legislativo, aos Poderes políticos. Ao Parlamento, pelo exame prévio das proposições nas Comissões Técnicas (controle interno) e ao Poder Executivo (controle externo), pelo veto” 4 Curso de Direito Constitucional Positivo. 5 De fato, a inobservância dos esquemas rituais rigidamente impostos pela Carta Magna da República gera a invalidade formal dos atos legislativos editados pelo Poder Legislativo e permite que sobre essa eminente atividade jurídica do Parlamento possa instaurar-se o controle jurisdicional "A infração ao preceito constitucional sobre a feitura da lei tem o efeito de descaracterizá-la como regra jurídica.O Poder Judiciário pode verificar se o ato legislativo atendeu ao processo previsto na Constituição." (RDA 126/117)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Inclua-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 55

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 162/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 130/2013 Autor: Deputado Estadual Dary Pagung Ementa: Dispõe sobre a reserva de espaço destinado à veiculação de fotos, nomes e outras informações relacionadas a crianças e adolescentes desaparecidos nos sites eletrônicos “websites” oficiais de propriedade do Estado do Espírito Santo.

I - RELATÓRIO Cuida-se do Projeto de Lei nº 130/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Estadual Dary Pagung, que dispõe sobre a reserva de espaço destinado à veiculação de fotos, nomes e outras informações relacionadas a crianças e adolescentes desaparecidos nos sites eletrônicos “websites” oficiais de propriedade do Estado do Espírito Santo. Como é possível inferir da justificativa acostada à proposição (fl.03), tal medida se destina a contribuir com as ações desenvolvidas pelas autoridades públicas competentes, com vistas à localização de crianças e adolescentes desaparecidos, mediante a divulgação de fotos nos sites oficiais do Estado. O projeto foi protocolizado no dia 18/04/2013. Submetida à Mesa Diretora, a proposição legislativa foi inicialmente inadmitida, conforme despacho denegatório exarado à fl. 02, ao fundamento de ser manifestamente inconstitucional (art. 143, VIII, Regimento Interno) por infringir, em tese, o art. 63, parágrafo único, incisos III e VI da Constituição Estadual. Irresignado, o Autor interpôs recurso junto ao Presidente da Mesa Diretora, como prevê o art. 143, parágrafo único, do Regimento Interno. Ante o acolhimento do apelo, o projeto de Lei veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e manifestação jurídica, na forma do Artigo 143, parágrafo único, do Regimento Interno. É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR Preliminarmente, saliente-se que o exame do projeto de lei, sob o aspecto da constitucionalidade formal, tem por escopo averiguar se o mesmo está de acordo com as normas constitucionais que regulam o processo legislativo, bem como aferir se a proposição trata de tema da competência legislativa que a Lei Fundamental atribui aos Estados-membros. Em outras palavras, esta primeira análise se limita a apontar a existência de eventuais vícios formais a macular o futuro ato normativo singularmente considerado, sem adentrar o seu conteúdo, em razão da inobservância dos pressupostos e procedimentos relativos à formação da lei.

Como bem assinala o professor Gilmar Ferreira Mendes, in verbis: “os vícios formais traduzem defeito de formação do ato normativo, pela inobservância de princípio de ordem técnica ou procedimental ou pela violação de regras de competência. Nesses casos, viciado é o ato nos seus pressupostos, no seu procedimento de formação, na sua forma final.” 1 Tecidas essas considerações iniciais, depreende-se do teor do projeto de lei que a matéria nele versada é afeta aos interesses exclusivos do Espírito Santo, porquanto estabelece regras visando disciplinar a divulgação de imagens de pessoas desaparecidas nos sítios eletrônicos de propriedade de entidades e órgãos públicos desta Unidade da Federação. Com efeito, diante da autonomia política, somada à competência legislativa remanescente conferida pela Constituição aos Estados-membros (CF, art. 25, caput, e § 1º), compete a esta Assembleia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, dispor sobre o tema em exame (Constituição Estadual, art. 55). De resto, porém, o projeto de lei ora analisado cede ao exame de constitucionalidade, em razão dos gravames nele contidos que o afastam do modelo de processo legislativo proposto pela Carta Estadual. Isso porque, a pretexto de reservar espaço virtual em sites oficiais do Estado para divulgação de fotografias de crianças e adolescentes desaparecidos, o projeto acaba por criar nova atribuição para a Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social ao investi-la no papel de disciplinar não só o conteúdo das informações a serem veiculadas, mas também o próprio uso de tais espaços virtuais pela população (PL n. 130/2013, art. 1º, parágrafo único, e art. 2º). Sob esse prisma, o projeto acaba por acarretar implicações na organização e estruturação de órgão público integrante do Poder Executivo, vez que, a fim de ajustar-se à nova legislação, a Secretaria de Segurança Púbica deverá, por exemplo, criar novas rotinas administrativas ou até mesmo contratar novos servidores, o que pode ocasionar a geração de gastos públicos, inclusive. Em vista disso, conclui-se que a matéria é de iniciativa privativa do Governador do Estado, nos moldes do art. 63, parágrafo único, VI, em conjugação com o art. 91, II e III, todos da Carta Estadual, verbis: “Art. 63 (...) Parágrafo único - São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre: VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo.” “Art. 91. Compete privativamente ao Governador do Estado: II - exercer, com o auxílio dos Secretários de Estado, a direção superior da administração estadual; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos

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casos previstos nesta Constituição.” Consoante os preceitos retrotranscritos, compete privativamente ao Governador do Estado, pelo princípio da simetria2, a direção superior da administração estadual, bem como a iniciativa do projeto de lei que disponha sobre a criação, estruturação e atribuição de órgãos da administração pública. Por conseguinte, no que concerne aos temas a serem veiculados por lei de iniciativa reservada ao Governador do Estado, ofende a cláusula de “Reserva da Administração”, consectário do princípio da separação e independência dos poderes (CF, art. 2º), o ato normativo emanado do Poder Legislativo, fruto de iniciativa parlamentar, eis que supressor da margem de discricionariedade de que desfruta o Chefe do Executivo na condução da Administração Pública local, no que se inclui a formulação de políticas públicas que, direta ou indiretamente, repercutam sobre as atribuições das secretarias de governo. Na esteira desse raciocínio, é o entendimento sufragado pelo Supremo Tribunal Federal: EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE - LEI ESTADUAL, DE INICIATIVA PARLAMENTAR, QUE INTERVÉM NO REGIME JURÍDICO DE SERVIDORES PÚBLICOS VINCULADOS AO PODER EXECUTIVO - USURPAÇÃO DO PODER DE INICIATIVA RESERVADO AO GOVERNADOR DO ESTADO - INCONSTITUCIONALIDADE - CONTEÚDO MATERIAL DO DIPLOMA LEGISLATIVO IMPUGNADO (LEI Nº 6.161/2000, ART. 70) QUE TORNA SEM EFEITO ATOS ADMINISTRATIVOS EDITADOS PELO GOVERNADOR DO ESTADO - IMPOSSIBILIDADE - OFENSA AO PRINCÍPIO CONSTITUCIONAL DA RESERVA DE ADMINISTRAÇÃO - MEDIDA CAUTELAR DEFERIDA, COM EFICÁCIA EX TUNC. PROCESSO LEGISLATIVO E INICIATIVA RESERVADA DAS LEIS. - O desrespeito à cláusula de iniciativa reservada das leis, em qualquer das hipóteses taxativamente previstas no texto da Carta Política, traduz situação configuradora de inconstitucionalidade formal, insuscetível de produzir qualquer conseqüência válida de ordem jurídica. A usurpação da prerrogativa de iniciar o processo legislativo qualifica-se como ato destituído de qualquer eficácia jurídica, contaminando, por efeito de repercussão causal prospectiva, a própria validade constitucional da lei que dele resulte. (...) RESERVA DE ADMINISTRAÇÃO E SEPARAÇÃO DE PODERES. - O princípio constitucional da reserva de administração impede a ingerência normativa do Poder Legislativo em matérias sujeitas à exclusiva competência administrativa do Poder Executivo. É que, em tais matérias, o

Legislativo não se qualifica como instância de revisão dos atos administrativos emanados do Poder Executivo. Precedentes. Não cabe, desse modo, ao Poder Legislativo, sob pena de grave desrespeito ao postulado da separação de poderes, desconstituir, por lei, atos de caráter administrativo que tenham sido editados pelo Poder Executivo, no estrito desempenho de suas privativas atribuições institucionais. Essa prática legislativa, quando efetivada, subverte a função primária da lei, transgride o princípio da divisão funcional do poder, representa comportamento heterodoxo da instituição parlamentar e importa em atuação ultra vires do Poder Legislativo, que não pode, em sua atuação político-jurídica, exorbitar dos limites que definem o exercício de suas prerrogativas institucionais. (ADI 2364-MC/AL, Rel. Min. Celso de Mello, DJ 01/08/2001) EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI N. 12.385/2002, DO ESTADO DE SANTA CATARINA QUE CRIA O PROGRAMA DE ASSISTÊNCIA ÀS PESSOAS PORTADORAS DA DOENÇA CELÍACA E ALTERA AS ATRIBUIÇÕES DE SECRETARIAS ESTADUAIS. VÍCIO FORMAL. AÇÃO JULGADA PARCIALMENTE PROCEDENTE. 1. Iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo estadual para legislar sobre a organização administrativa do Estado. Art. 61, § 1º, inc. II, alínea e, da Constituição da República. Princípio da simetria. Precedentes. 2. A natureza das disposições concernentes a incentivos fiscais e determinação para que os supermercados e hipermercados concentrem em um mesmo local ou gôndola todos os produtos alimentícios elaborados sem a utilização de glúten não interferem na função administrativa do Poder Executivo local. 3. A forma de apresentação dos produtos elaborados sem a utilização de glúten está relacionada com a competência concorrente do Estado para legislar sobre consumo, proteção e defesa da saúde. Art. 24, inc. V e XII, da Constituição da República. Precedentes. 4. Ação julgada parcialmente procedente. (ADI 2730/SC, Rel. Min. Carmen Lúcia, DJ 05/05/2010). EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ALAGONA N. 6.153, DE 11 DE MAIO DE 2000, QUE CRIA O PROGRAMA DE LEITURA DE JORNAIS E PERIÓDICOS EM SALA DE AULA, A SER CUMPRIDO PELAS ESCOLAS DA REDE OFICIAL E PARTICULAR DO ESTADO DE ALAGOAS. 1. Iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo Estadual para legislar sobre organização administrativa no âmbito do Estado. 2. Lei de iniciativa parlamentar que afronta o art. 61, § 1º, inc. II, alínea e, da Constituição da República, ao alterar a atribuição da Secretaria de Educação do

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Estado de Alagoas. Princípio da simetria federativa de competências. 3. Iniciativa louvável do legislador alagoano que não retira o vício formal de iniciativa legislativa. Precedentes. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 2329/AL, Rel. Min. Carmen Lúcia, DJ 14/04/2010). EMENTA: Embargos de declaração em agravo de instrumento. Conversão em agravo regimental, conforme pacífica orientação da Corte. Lei de iniciativa parlamentar a dispor sobre atribuições de órgãos da Administração Pública. Vício de origem reconhecido. Inconstitucionalidade mantida. 1. A decisão ora atacada reflete a pacífica jurisprudência desta Corte a respeito do tema, a qual reconhe o vício de inconstitucionalidade de legislações assim editadas. 2. Controvérsia adequadamente composta pela decisão atacada, não sendo exigível que essa se manifeste expressamente sobre todos os tópicos da irresignação então em análise quando pautada em outros fundamentos, bastantes para tanto. 3. Agravo regimental a que se nega provimento. (AIED 643926/RJ, Rel. Min. Dias Toffoli, DJ 13/03/2012). Ante as razões acima expendidas, sem embargo dos nobres motivos que determinaram a iniciativa parlamentar na espécie, o projeto de lei sub examine incorre em inconstitucionalidade formal por vício de iniciativa. Em conclusão, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 162/2013

A Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação é pela MANUTENÇÃO DO DESPACHO DENEGATÓRIO aposto ao Projeto de Lei n.º 130/2013, de autoria do Excelentíssimo Senhor Deputado Dary Pagung. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

CLAUDIO VEREZA Relator

LUZIA TOLEDO JOSÉ CARLOS ELIAS MARCELO SANTOS SANDRO LOCUTOR

1 in: Curso de Direito Constitucional, 2011, p. 1070 2 Fala-se em princípio da simetria, pois o art. 91, II e III da Constituição Estadual reproduz, de forma simétrica, o exato teor do art. 84, II e III da Constituição Federal, que trata das competências privativas do Presidente da República, confira-se: Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...) II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição;

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 174/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 134/2013 Autor (a): Deputada Janete de Sá Assunto: Dispõe sobre a obrigatoriedade de sinalização tátil, sonora e visual nas dependências dos prédios de funcionamento de órgãos públicos estaduais, a fim de possibilitar a acessibilidade aos deficientes visuais e auditivos, e dá outras providências.

I - RELATÓRIO Trata-se de Projeto de Lei de iniciativa da Excelentíssima Senhora Deputada Janete de Sá, que apresenta o seguinte assunto: dispõe sobre a obrigatoriedade de sinalização tátil, sonora e visual nas dependências dos prédios de funcionamento de órgãos públicos estaduais, a fim de possibilitar a acessibilidade aos deficientes visuais e auditivos, e dá outras providências. Em apertada síntese, a Excelentíssima Senhora Deputada Janete de Sá assim dispôs em sua justificativa (fl. 04): Como é de conhecimento geral, as pessoas com deficiência sofrem diversas dificuldades rotineiras em razão de limitações físicas que precisam ser superadas frequentemente para que se tenha uma vida sem qualquer tipo de cerceamento. Felizmente, na atualidade, a sociedade tem compreendido melhor a problemática das pessoas com deficiência, havendo um amplo movimento no sentido de promover a constante inclusão destas pessoas no contexto social, visando proporcionar-lhes uma participação ativa e a condição de agente transformador. (...) Ante o exposto, acreditamos ser de extrema relevância o presente projeto de Lei, razão pela qual venho clamar ao nobres pares desta Casa de Leis que, no exercício de seu mister, o aprovem em todos os seus termos. O Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora, à fl. 02, proferiu despacho denegatório, com fulcro no artigo 143, inciso VIII, do Regimento Interno1 - Resolução nº 2.700/2009, no qual inadmitiu a tramitação da proposição entendendo, a priori, existir manifesta inconstitucionalidade. Foi deferido pedido de recurso à Comissão de

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Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, nos termos do artigo 143, parágrafo único2, do Regimento Interno - Resolução nº 2.700/2009. Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o presente parecer, de acordo com o artigo 41 c/c o parágrafo único do artigo 143, ambos do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009). É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR A- ANÁLISE DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL A.1 - Competência legislativa para dispor sobre a matéria e competência de iniciativa Em que pese a nobre intenção da Excelentíssima Senhora Deputada Janete de Sá de tornar obrigatória a sinalização tátil, sonora e visual nas dependências dos prédios de funcionamento de órgãos públicos estaduais, no intuito de potencializar a acessibilidade dos deficientes visuais e auditivos, conforme devidamente esclarecido na justificativa da fl. 04, verifica-se, data venia, a inconstitucionalidade formal do presente projeto de lei, pelas razões a seguir expostas. De fato, assiste razão ao Excelentíssimo Senhor Presidente por entender pela inconstitucionalidade da presente proposição, por infringência ao artigo 63, parágrafo único, incisos III e VI da Constituição Estadual, pois cria atribuições e interfere na organização administrativa de órgãos do Poder Executivo Estadual. A propósito, segue o referido dispositivo constitucional que fundamenta a inconstitucionalidade do presente projeto de lei, in verbis: Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembléia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição. Parágrafo único. São de iniciativa privativa do Governador do Estado as leis que disponham sobre: III - organização administrativa e pessoal da administração do Poder Executivo; VI - criação, estruturação e atribuições das Secretarias de Estado e órgãos do Poder Executivo. (original sem destaque) Neste sentido, observa-se ainda a infringência, em razão do princípio da simetria, ao art. 61, § 1º, inciso II, alínea ‘a’ da Constituição da República, pelos mesmos fundamentos supracitados. Segue redação do dispositivo em foco, senão vejamos: Art. 61. A iniciativa das leis complementares e

ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição. § 1º - São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que: I - fixem ou modifiquem os efetivos das Forças Armadas; II - disponham sobre: a) criação de cargos, funções ou empregos públicos na administração direta e autárquica ou aumento de sua remuneração; (original sem destaque) Esse posicionamento é corroborado pelo Supremo Tribunal Federal ao longo do tempo, não havendo posição jurisprudencial consolidada que poderia descaracterizar a fundamentação exposta até o presente momento, conforme elucida os seguintes julgados: EMENTA Agravo regimental no recurso extraordinário. Constitucional. Representação de inconstitucionalidade de lei municipal em face de Constituição Estadual. Processo legislativo. Normas de reprodução obrigatória. Criação de órgãos públicos. Competência do Chefe do Poder Executivo. Iniciativa parlamentar. Inconstitucionalidade formal. Precedentes. 1. A orientação deste Tribunal é de que as normas que regem o processo legislativo previstas na Constituição Federal são de reprodução obrigatória pelas Constituições dos Estados-membros, que a elas devem obediência, sob pena de incorrerem em vício insanável de inconstitucionalidade. 2. É pacífica a jurisprudência desta Corte no sentido de que padece de inconstitucionalidade formal a lei resultante de iniciativa parlamentar que disponha sobre atribuições de órgãos públicos, haja vista que essa matéria é afeta ao Chefe do Poder Executivo. 3. Agravo regimental não provido. (RE 505476 AgR, Relator(a): Min. DIAS TOFFOLI, Primeira Turma, julgado em 21/08/2012, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-176 DIVULG 05-09-2012 PUBLIC 06-09-2012) (original sem destaque) EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI ALAGONA N. 6.153, DE 11 DE MAIO DE 2000, QUE CRIA O PROGRAMA DE LEITURA DE JORNAIS E PERIÓDICOS EM SALA DE AULA, A SER CUMPRIDO PELAS ESCOLAS DA REDE OFICIAL E PARTICULAR DO ESTADO DE ALAGOAS. 1. Iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo Estadual para legislar sobre organização administrativa no âmbito do Estado. 2. Lei de iniciativa parlamentar que afronta o art. 61, § 1º, inc. II, alínea e, da Constituição da República, ao alterar a atribuição da Secretaria de Educação do Estado de Alagoas. Princípio da simetria federativa

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de competências. 3. Iniciativa louvável do legislador alagoano que não retira o vício formal de iniciativa legislativa. Precedentes. 4. Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente.(ADI 2329, Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 14/04/2010, DJe-116 DIVULG 24-06-2010 PUBLIC 25-06-2010 EMENT VOL-02407-01 PP-00154 LEXSTF v. 32, n. 380, 2010, p. 30-42 RT v. 99, n. 900, 2010, p. 143-150) (original sem destaque) EMENTA: AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. LEI 6.835/2001 DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. INCLUSÃO DOS NOMES DE PESSOAS FÍSICAS E JURÍDICAS INADIMPLENTES NO SERASA, CADIN E SPC. ATRIBUIÇÕES DA SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA. INICIATIVA DA MESA DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA. INCONSTITUCIONALIDADE FORMAL. A lei 6.835/2001, de iniciativa da Mesa da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, cria nova atribuição à Secretaria de Fazenda Estadual, órgão integrante do Poder Executivo daquele Estado. À luz do princípio da simetria, são de iniciativa do Chefe do Poder Executivo estadual as leis que versem sobre a organização administrativa do Estado, podendo a questão referente à organização e funcionamento da Administração Estadual, quando não importar aumento de despesa, ser regulamentada por meio de Decreto do Chefe do Poder Executivo (art. 61, § 1º, II, e e art. 84, VI, a da Constituição federal). Inconstitucionalidade formal, por vício de iniciativa da lei ora atacada. (ADI 2857, Relator(a): Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, julgado em 30/08/2007, DJe-152 DIVULG 29-11-2007 PUBLIC 30-11-2007 DJ 30-11-2007 PP-00025 EMENT VOL-02301-01 PP-00113) (original sem destaque) EMENTA: CONSTITUCIONAL. ADMINISTRATIVO. LEI QUE ATRIBUI TAREFAS AO DETRAN/ES, DE INICIATIVA PARLAMENTAR: INCONSTITUCIONALIDADE. COMPETÊNCIA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO. C.F., art. 61, § 1º, II, e, art. 84, II e VI. Lei 7.157, de 2002, do Espírito Santo. I. - É de iniciativa do Chefe do Poder Executivo a proposta de lei que vise a criação, estruturação e atribuição de órgãos da administração pública: C.F., art. 61, § 1º, II, e, art. 84, II e VI. II. - As regras do processo legislativo federal, especialmente as que dizem respeito à iniciativa reservada, são normas de observância obrigatória pelos Estados-membros. III. - Precedentes do STF. IV. - Ação direta de inconstitucionalidade julgada procedente. (ADI 2719, Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Tribunal Pleno, julgado em 20/03/2003, DJ 25-04-2003 PP-00032 EMENT VOL-02107-01 PP-00180) (original sem destaque)

São estas as considerações pertinentes na análise da proposição legislativa em foco. Por todo o exposto, sugerimos aos Membros desta douta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 174/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 134/2013, de autoria da Excelentíssima Senhora Deputada Janete de Sá, e, por conseguinte, pela manutenção do despacho denegatório do Excelentíssimo Senhor Presidente da Mesa Diretora, não devendo seguir sua tramitação regular nesta Casa de Leis. Plenário Rui Barbosa, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

JOSÉ CARLOS ELIAS Relator

SANDRO LOCUTOR CLAUDIO VEREZA

1 Art. 143. Não se admitirão proposições: (...) VIII - manifestamente inconstitucionais; 2 Art. 143. Não se admitirão proposições: (...) Parágrafo único. Se o autor ou autores da proposição dada como inconstitucional, antirregimental ou alheia à competência da Assembleia Legislativa não se conformarem com a decisão poderão requerer ao Presidente audiência da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação que, se discordar da decisão, restituirá a proposição para a devida tramitação.

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 160/2013

RELATÓRIO

O Projeto de Lei nº 283/2012, de autoria do Deputado Luiz Durão, que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalar dispositivos de segurança que visem salvaguardar a vida dos consumidores usuários de piscinas, nas entidades que oferecem esses serviços, no âmbito do Estado do Espírito Santo, foi lido na Sessão Ordinária do dia 10.7.2012 e publicado no Diário do Poder Legislativo do dia 17.7.2012, às páginas 11 e 12. Durante sua tramitação ordinária o Projeto recebeu o parecer nº 425/2012 da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação pela

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constitucionalidade e legalidade, com adoção de emenda modificativa; o parecer nº 193/2012 da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos e o parecer nº 01/2013 da Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado, todos pela aprovação com adoção da emenda apresentada na Comissão de Justiça. Posteriormente, tendo sido aprovado na Sessão Ordinária do dia 07.5.2013 o requerimento para sua tramitação em urgência, o Projeto foi inserido na Ordem do Dia da Sessão Ordinária de 08.5.2013, recebendo, a partir de então, o parecer oral da Comissão Finanças, Economia, Orçamento, Fiscalização, Controle e Tomada de Contas, pela aprovação, com adoção da emenda apresentada na Comissão de Justiça. Concluído o exame técnico, foi colocado o Projeto de Lei nº 283/2012 à apreciação do Plenário que o aprovou na forma do parecer da Comissão de Justiça. Por ter sido aprovado com emenda, o Projeto veio a esta Comissão para elaboração de sua Redação Final, na forma do artigo 212 do Regimento Interno. Este é o Relatório.

PARECER DO RELATOR O Regimento Interno determina que a proposição aprovada com emenda ou com flagrante desrespeito às normas gramaticais e de técnica legislativa seja submetida à nova votação. Cabe o exame a esta Comissão. O Projeto de Lei nº 283/2012 foi aprovado pelo Plenário com a adoção de emenda apresentada pela Comissão de Justiça, com a seguinte redação:

Emenda Modificativa nº 1 ao Projeto de Lei nº 283/2012.

- O artigo 4º, do Projeto de Lei nº 283/2012, de autoria do Deputado Luiz Durão, que dispõe sobre a obrigatoriedade de instalar dispositivos de segurança que visem salvaguardar a vida dos consumidores usuários de piscinas, nas entidades que oferecem esses serviços, no âmbito do Estado do Espírito Santo, passa a ter a seguinte redação: “Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial”. Com base no artigo 215 do Regimento Interno e em atenção ao disposto na Lei Complementar Federal nº 95/98, alterada pela Lei Complementar Federal nº 107/01, e nas Normas para Padronização dos Atos Legislativos estabelecidas pela Secretaria Geral da Mesa, sugerimos à matéria aprovada as alterações abaixo destacadas em vermelho. Dessa forma, sugerimos aos membros da Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 160/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E

JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela aprovação da redação final do Projeto de Lei n.º 283/2012, de autoria do Deputado Luiz Durão, na forma que segue:

REDAÇÃO FINAL DO PROJETO DE LEI Nº 283/12

Dispõe a obrigatoriedade de instalar dispositivos de

segurança que visem salvaguardar a vida dos consumidores usuários de piscinas nas entidades que

oferecem esses serviços no Estado. A ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO

DECRETA: Art. 1º Os clubes, as associações sociais e esportivas, as academias, os motéis, os hotéis, as saunas, bem como as clínicas de reabilitação, situados no Estado, que utilizem piscinas para o atendimento de seus clientes estão obrigados a instalar em cada uma de suas piscinas disponíveis: I - uma válvula antivácuo para o desarme automático da bomba quando do aumento de sua pressão interna; II - um ralo anti-hair, a fim de evitar que os cabelos dos usuários restem entrelaçados nas grades de proteção das piscinas. Art. 2º As entidades mencionadas no caput do artigo 1º estarão obrigadas a colocar um dispositivo de desarme manual da bomba para cada piscina que esteja à disposição dos usuários. Parágrafo único. O dispositivo de desarme manual, referido no caput deste artigo, deverá possuir coloração vermelha, permanecer em local visível e de fácil acesso, ser de fácil manuseio em momentos de emergência e conter o aviso de desarme manual da bomba da piscina. Art. 3º O descumprimento das obrigações impostas nesta Lei resultará em multa no valor de 500 (quinhentos) Valores de Referência do Tesouro Estadual - VRTEs por piscina, podendo, a sua reincidência, resultar na suspensão do uso da piscina até que se ultimem as instalações dos dispositivos de segurança previstos nesta Lei, sem prejuízo da incidência. Art. 4º Esta Lei entra em vigor após decorridos 90 (noventa) dias de sua publicação oficial.

Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

ELCIO ALVARES

Presidente

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CLAUDIO VEREZA Relator

LUZIA TOLEDO MARCELO SANTOS

JOSÉ CARLOS ELIAS SANDRO LOCUTOR

(Comparece o Senhor Deputado Dary Pagung)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Publique-se. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 564/2012 Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 403/2012 Assunto: Declara de Utilidade Pública a Associação dos Militares da Ativa, Pensionistas e Inativos - AMAPI, no Estado do Espírito Santo. Autor: Deputado Estadual Rodney Miranda

I - RELATÓRIO O PROJETO DE LEI Nº 403/2012, de autoria do Deputado Rodney Miranda, visa declarar de Utilidade Pública a Associação dos Militares da Ativa, Pensionistas e Inativos - AMAPI, no Estado do Espírito Santo. A proposta seguiu os trâmites regimentais e, distribuída à esta Comissão, cabendo-nos agora examiná-la e oferecer parecer em conformidade com o que preceitua o artigo 41, inciso I, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09). Tendo em vista que a aprovação dessa matéria é, a princípio, de competência das comissões, nos termos do art. 60, § 2º, XI, da Constituição Estadual. Admitida, a proposição que foi protocolizada no dia 29/10/2012, lida na Sessão Ordinária do dia 30/10/2012 e, posteriormente, publicada no Diário do Poder Legislativo DPL - edição do dia 13/11/2012, às páginas 19/20, conforme fls. 26/27 dos autos. É o relatório.

II - PARECER DO RELATOR

DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA JURIDICIDADE, CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E MATERIAL E LEGALIDADE. O Projeto de Lei nº 403/2012, de autoria do Deputado Rodney Miranda, visa declarar de Utilidade Pública a Associação dos Militares da Ativa, Pensionistas e Inativos - AMAPI, no

Estado do Espírito Santo. A referida entidade é uma sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos e de duração indeterminada, com atividades que incluem, dentre outras, a promoção de ação social, ações filantrópicas, servindo desinteressadamente aos seus associados, e tem por finalidade firmar convênio de acordo com a necessidade e interesses dos seus agregados, realizando palestras, seminários e cursos para atendimento dos militares ativos, pensionistas e inativos visando o bem comum, conforme define o Estatuto constante nas fls. 06 a 12 dos autos. A Associação encontra-se em pleno e regular funcionamento, cumprindo suas finalidades estatutárias e sociais. Sua diretoria é composta por pessoas que não auferem remuneração para o exercício de suas funções, consoante o disposto no art. 54 do Estatuto. Pela descrição do projeto, constata-se que versa sobre matéria afeta ao Estado, uma vez que a declaração de utilidade pública é um ato de liberalidade da administração pública estadual no exercício de sua competência legislativa remanescente prevista no artigo 25, § 1º, da Constituição Federal. Constatada a competência legislativa do Estado na matéria em exame, verifica-se pela exegese das regras constitucionais contidas nos artigos 55 e 56 da Carta Estadual, que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a lei ordinária, estando o projeto, também neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual. Quanto à iniciativa em apreço, concluímos por sua subjunção aos preceitos constitucionais constantes do artigo 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelecem a iniciativa concorrente para legislar sobre a matéria em questão, assim como do artigo 61, III, da mesma Carta Maior. No que tange ao aspecto da constitucionalidade formal objetiva, cumpre-nos evidenciar que a apreciação da matéria, é de competência da Comissão de Justiça, Serviço Público e Redação, nos termos do art. 41, I, do Regimento Interno. O quórum para aprovação da matéria na Comissão e o respectivo processo de votação são os estabelecidos no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09), ou seja, maioria absoluta e processo de votação nominal. O regime inicial de tramitação será o especial, conforme a art. 148, III, da Resolução nº 2.700/2009 (Regimento Interno). Após análise dos aspectos constitucionais formais, resta-nos analisar os aspectos materiais. A proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, os princípios da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. A Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo

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razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal. No tocante ao aspecto da legalidade, o projeto deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87, alterada pelas Leis nºs. 7.822/04; 8.120/05 e 8.802/08 - que dispõe em seu artigo 1º, in verbis: “Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I - personalidade jurídica há mais de dois anos - através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II - efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto; (NR) III - (...) §1º - O serviço desinteressado e gratuito à coletividade, a que se refere o inciso II deste artigo, será o prestado nas áreas educacional, cultural e artística, médica e de assistência social ou qualquer outra, desde que de natureza filantrópica e em caráter geral e indiscriminado. Desta forma, podemos asseverar que o presente projeto está em perfeita consonância com as normas estaduais específicas, referente ao assunto em tela. Assim, os requisitos estabelecidos na Lei em referência, estão devidamente cumpridos, conforme comprovam: Estatuto, Certidão do Cartório 1º Ofício da 1ª Zona de Vila Velha; Atestado de funcionamento expedido pelo Juiz de Direito Diretor do Fórum de Vila Velha; Ata da 1ª Reunião da Associação; Balanço Patrimonial de Despesas e Receitas referente ao ano de 2011, fls. 18 e 19 dos autos, fornecido pelo contador Rubens do Rosário Cardoso, CRC 017-145/0-3. Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada, concluímos que o projeto em apreço atende as regras apresentadas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, que rege a redação dos atos normativos, com alterações introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 107/2001. Quanto ao estudo técnico, realizado pela Diretoria de Redação, opinamos no sentido de seu acolhimento. Desta forma, concluímos no sentido de que o PROJETO DE LEI Nº 403/2012, é pela

CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA, e está de acordo com os dispositivos acima citados, podendo assim seguir sua regular tramitação nesta Casa de Leis, razão pela qual somos adoção do seguinte:

III - PARECER N.º 564/2012

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei n.º 403/2012, de autoria do Deputado Rodney Miranda.

Plenário Rui Barbosa, 18 de dezembro 2012.

ELCIO ALVARES Presidente

LUZIA TOLEDO Relator

LÚCIA DORNELLAS SANDRO LOCUTOR CLAUDIO VEREZA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

DO ESPÍRITO SANTO COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL,

SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 09/2013 Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 403/2012 Autor: Ex-Deputado Rodney Miranda Ementa: “Declara de utilidade pública a Associação dos Militares da Ativa, Pensionistas e Inativos - AMAPI, localizada no Município de Vila Velha - ES.

RELATÓRIO O Projeto de Lei nº 403/2012, de autoria do Senhor Ex-Deputado Rodney Miranda, pretende declarar de utilidade pública a Associação dos Militares da Ativa, Pensionistas e Inativos - AMAPI, localizada no Município de Vila Velha - ES. A proposição foi protocolizada no dia 29.10.2012, lida no expediente da Sessão Ordinária do dia 30.10.2012 e publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL às páginas 19 e 20, fls. 26 e 27 dos autos. A matéria sob exame recebeu parecer técnico - jurídico da Diretoria da Procuradoria e parecer da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação/Parecer nº 564/2012, ambos concluíram pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa. Após, veio a esta douta Comissão para exame nos termos do disposto no arts. 276 e 50-A, do Regimento Interno desta augusta

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 63

Casa de Leis (Resolução nº 2.700/09). É o relatório.

PARECER DO RELATOR A presente propositura tem por finalidade declarar de utilidade pública a Associação dos Militares da Ativa, Pensionistas e Inativos, localizada no Município de Vila Velha - ES. Nesses termos, afere-se que o dispositivo no art. 276, inciso III do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09) assim dispõe: “Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias: I - (...); III - Comissão de Saúde, Saneamento e Assistência Social - declaração de utilidade pública.” (grifamos) Outrossim, a análise da propositura em tela revela como objetivo institucional a atuação de atividades que incluem dentre outras, a promoção de ação social, ações filantrópicas e de apoio à sociedade civil. Importa na verificação de pertinência meritória no que atine a seu objeto, com fulcro na área concernente a esta Comissão, quanto a sua deliberação conclusiva nos termos do dispositivo regimental acima mencionado. Com essa teleologia, a proposta define com parâmetro de pertinência e adequação com o texto constitucional Federal, conforme já analisado e apreciado pela douta Comissão de Justiça. Pela ótica da área de atuação desta Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional é avaliado para se constatar o caráter meritório da Proposição no que tange a eficiência do procedimento e o seu âmbito, resta evidenciada a superlativa importância da referenciada Associação, especialmente, quando o tema está vinculado a políticas e práticas na seara social. Com esse mister, cabe destacar que a justificativa do autor depreende-se importante informação, especialmente quando ressalta que: “A Associação dos Militares da Ativa, Pensionistas e Inativos - AMAPI, com sede no município de Vila Velha, Estado do Espírito Santo, é uma sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos e de duração indeterminada, com atividades que incluem, dentre outras, a promoção de ação social, ações filantrópicas e de apoio à sociedade civil, desinteressadamente, e que visam ao bem comum, como bem definem, em especial, os artigos 2º, VII e VII, e 45, “e”, do respectivo Estatuto. Ainda, promove encontros, seminários, palestras e outros eventos que valorizem a participação social dos seus associados e visem à promoção da paz, da cidadania e dos direitos humanos.”

Ex positis, esta relatoria propõe em conclusão a aprovação, no exame de mérito, do Projeto de Lei nº 403/12 aos ilustres membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 09/2013

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela Aprovação do Projeto de Lei nº 403/2012, de autoria do Ex-Deputado Rodney Miranda, na forma do art. 276, inciso III do Regimento Interno.

Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”, 27 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Presidente/Relator

LUIZ DURÃO

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Incluam-se na Ordem do dia para cumprimento do prazo recursal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 563/2012

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 412/2012 Autor: Deputado Dary Pagung Ementa: “Declara de utilidade pública a Associação Evangélica Despertar, localizada no Município de Baixo Guandu - ES”.

1 - RELATÓRIO O Projeto de Lei nº 412/2012, de autoria do Deputado Dary Pagung, declara de utilidade pública a Associação Evangélica Despertar, localizada no Município de Baixo Guandu - ES. Na Justificativa (fl. 03), o autor argumenta, em síntese, que a Associação Evangélica Despertar tem o objetivo de desenvolver programas educacionais de formação profissional, esportivos, ambientais, de saúde, de promoção social e realizar campanhas em favor da família, da criança, do adolescente, do jovem, da mulher e do idoso. O autor carreou aos autos os documentos das fls. 04/26. O Projeto foi protocolado no dia 20 de agosto de 2012, lido no expediente da Sessão Ordinária do dia 07 de novembro do mesmo ano e, publicado no Diário do Poder Legislativo do dia 23 de novembro

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de 2012 (fls. 28 e 29 dos autos). O presente projeto veio a esta Comissão para exame e parecer, na forma do disposto no art. 41, inciso I, do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09). É o relatório.

2. PARECER DO RELATOR 2.1 DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL A inconstitucionalidade formal verifica-se quando há algum vício no processo de formação das normas jurídicas. Vale dizer, é o vício decorrente do desrespeito de alguma norma constitucional que estabeleça o modo de elaboração das normas jurídicas. Assim, a inconstitucionalidade formal pode decorrer da inobservância da competência legislativa para a elaboração do ato (inconstitucionalidade formal orgânica: competência da União, Estados e Municípios) ou do procedimento de elaboração da norma. O projeto em análise declara de utilidade pública a Associação Evangélica Despertar, a qual não possui fins lucrativos e está localizada no Município de Baixo Guandu. A associação, dentre outros objetivos, visa desenvolver programas educacionais de formação profissional, esportivos, ambientais, de saúde, de promoção social e realizar campanhas em favor da família, da criança, do adolescente, do jovem, da mulher e do idoso. A Constituição Federal divide a competência entre as pessoas jurídicas com capacidade política: União (artigos 21 e 22); Municípios (artigos 29 e 30); e Estados (artigo 25 - competência residual ou remanescente). No caso em tela, a competência legislativa foi respeitada; pois, nos termos do art. 25, § 1º, da Constituição Federal, como a matéria em questão não é da competência expressa de outro ente e não há vedação, remanesce para o Estado a competência para dela dispor. Verificada a competência do Estado para tratar da matéria, passamos à análise do procedimento para a elaboração da norma jurídica em epígrafe. Quanto à espécie normativa, a matéria deve ser normatizada por meio de lei ordinária, nos termos do caput do artigo 55, e art. 61, inc. III, da Constituição Estadual, e artigo 141, inciso II, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa. O desrespeito ao procedimento de elaboração da norma pode ocorrer, ainda, na fase de iniciativa, o chamado vício de iniciativa, ou em qualquer outra fase do processo legislativo, como, por exemplo, na inobservância do quorum de votação ou aprovação da espécie normativa. A matéria objeto da presente proposição não está entre aquelas em que as Constituições Federal e Estadual estabeleçam como de iniciativa privativa de determinada autoridade. Por isso, a iniciativa é

concorrente, nos termos do art. 61, inciso III, e art. 63, ambos da Constituição Estadual: Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: (...) III - leis ordinárias; Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembléia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nessa Constituição. Logo, ao ser proposto por parlamentar, o Projeto de Lei está em sintonia com a Constituição Estadual. Passa-se, então, à análise dos demais requisitos formais atinentes ao processo legislativo, em especial, o regime inicial de tramitação da matéria, o processo de votação a ser utilizado e o quorum para a sua aprovação. O regime inicial de tramitação é o ordinário, já que até o momento não ocorreu quaisquer das hipóteses que poderiam autorizar a tramitação em regime de urgência. Logo, como o Regimento Interno não especializou seu regime de tramitação inicial, o referido projeto deve seguir os moldes do regime ordinário, nos termos do artigo 148, inciso II, do Regimento Interno. A deliberação acerca deste Projeto de Lei deve ser realizada pela Comissão de Saúde, Saneamento, Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, em caráter terminativo, nos termos do art. 276, inc. III, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa, combinado com o art. 60, § 2º, inciso XI, da Constituição Estadual. O processo de votação é o nominal, nos termos do § 1º do art. 277 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009. Confira, in verbis: Art. 277. Após sua publicação, o projeto de lei será encaminhado para o cumprimento do disposto no artigo 41, inciso I, e, conforme a matéria tratada, submetido à votação numa das comissões indicadas no artigo 276. § 1º O projeto de lei será aprovado pelo voto favorável da maioria, estando presente a maioria absoluta dos membros da comissão, em votação nominal. Relativamente a quorum, é importante ressalvar que existem dois tipos: a) quorum de votação: é aquele necessário para que ocorra deliberação do plenário ou da comissão a respeito de certa proposição, e não para aprovar o

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Projeto. O quorum de votação, no caso em tela, é de maioria absoluta dos membros da Comissão (mais de 50% dos membros) (art. 59 da Constituição do Estado e art. 277, § 1º, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009). quorum de aprovação: é aquele necessário para aprovar o Projeto. O quorum de aprovação da lei ordinária é de maioria simples ou relativa, ou seja, mais de 50% (cinquenta por cento) dos presentes (art. 59 da Constituição do Estado e art. 277, § 1º, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa - Resolução nº 2.700 de 15 de julho de 2009). Portanto, verifica-se que, até o presente momento, não há inconstitucionalidade formal no Projeto de Lei em apreço. 2.2 DA CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL A constitucionalidade material é a compatibilidade entre o conteúdo do ato normativo e as regras e princípios previstos na Constituição Federal ou na Constituição Estadual. Trata-se, assim, de averiguar se o conteúdo do ato normativo está em consonância com as regras e princípios constitucionais. No caso em tela, não se vislumbra violação aos textos das Constituições Federal ou Estadual, havendo compatibilidade entre os preceitos da proposição e as normas e princípios das Constituições Federal e Estadual. Ao contrário, a liberdade de associação é plenamente assegurada no artigo 5º, inc. XVII, da Constituição Federal. Vejamos: Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar. Não há falar, assim, em ofensa a quaisquer Princípios, Direitos e Garantias estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual, tampouco à isonomia, ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. Como se trata de matéria atinente à declaração de utilidade pública de associação sem fins lucrativos, não viola Direitos Humanos previstos nas Constituições Federal ou Estadual. Já no tocante à vigência da lei, o projeto de lei em apreço não visa a alcançar situações jurídicas pretéritas, uma vez que há previsão de entrar em vigor na data de sua publicação. Da mesma forma, o art. 8º, da Lei Complementar nº 95/98 recomenda a reserva de vigência na data de sua publicação aos projetos de pequena repercussão, o

que se aplica ao presente. Nessa linha de raciocínio, acreditamos que o projeto de lei ora analisado está de acordo com as regras e princípios estabelecidos nas Constituições Federal e Estadual, sendo materialmente constitucional. 2.3 DA JURIDICIDADE E DA LEGALIDADE Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo ou à forma do projeto de lei em epígrafe. Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente publicado, consoante o artigo 149 do Regimento Interno. Quanto ao aspecto da legalidade, o projeto deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87 (alterada pelas Leis nº. 7.822/04, nº 8.120/05 e nº 8.802/08), que dispõe em seu art. 1º, in verbis: Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I - personalidade jurídica há mais de dois anos - através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II - efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto; (NR) III - não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto - através do balanço anual; IV - registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social - CONEAS. (NR) Desta forma, pode-se afirmar que o presente Projeto de Lei guarda observância à norma estadual específica. Assim, os requisitos estabelecidos no dispositivo supramencionado estão devidamente demonstrados nos autos: a) personalidade jurídica há mais de dois anos, conforme a certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas (fl. 20/21); b) efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à

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coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto (fl. 22); c) não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto - através do balanço anual (fl. 23); e d) registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social - CONEAS. (NR) (fl. 24/25). Assim, o projeto de lei não afronta a legislação federal ou estadual, ao contrário, atende a todos os preceitos. Ressalta-se, ainda, que não se pode considerar de “utilidade pública” as associações de auxílio mútuo ou que defendem os direitos apenas de seus próprios associados ou que distribuem entre eles certas vantagens alcançadas por meio da mobilização coletiva. Contudo, conforme consta do estatuto (fls. 04/14), a Associação a ser beneficiada tem a finalidade de promover programas sociais, motivo pelo qual está em sintonia com o escopo primordial da Constituição Federal, que é a máxima efetivação dos direitos sociais e dos direitos fundamentais. 2.4 DA TÉCNICA LEGISLATIVA Quanto ao aspecto da técnica legislativa, observo o atendimento às regras previstas na Lei Complementar Federal nº 95/98, que rege a redação dos atos normativos. No mais, a Diretoria Redação - DR já efetuou as correções devidas na redação do referido projeto de lei (Estudo de Técnica Legislativa fl. 30), com as quais estamos de acordo e opinamos pela sua adoção. Em conclusão, pelas razões acima expendidas, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 563/2012

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE e BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Lei nº 412/2012, de autoria do Exmo. Deputado Dary Pagung, nos termos da fundamentação supra.

Plenário Rui Barbosa, 18 de dezembro 2012.

ELCIO ALVARES Presidente

CLAUDIO VEREZA Relator

SANDRO LOCUTOR LÚCIA DORNELLAS

LUZIA TOLEDO

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 08/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 412/2012 Autor: Deputado Dary Pagung Ementa: “Declara de utilidade pública a Associação Evangélica Despertar, localizada no Município de Baixo Guandu - ES”.

RELATÓRIO Trata-se do Projeto de Lei nº 412/2012 de autoria do Deputado Dary Pagung, tem por finalidade Declara de utilidade pública a Associação “Evangélica Despertar”, localizada no Município de Baixo Guandu - ES. Em sua justificativa o autor do Projeto, aduz que a Associação Evangélica Despertar, tem o objetivo de desenvolver programas educacionais de formação profissional, esportivos, ambientais, de saúde, de promoção social e realizar campanhas em favor da família, da criança, do adolescente, do jovem, da mulher e do idoso; colaborar com os Poderes Públicos e Conselhos, dando - lhes, subsídios dos problemas da comunidade, e pleiteando as respectivas soluções; promover atividades que, resultem no levantamento de fundos para atender as necessidades da entidade e promover debates, atuar em conjunto com os órgãos públicos e privados para organizar mutirões ou para adquirir recursos de forma a realizar obras de interesse social” (fl. 03). A matéria foi protocolada em 20/08/2012, lida no expediente do dia 07/11/2012 e publicada no Diário do Poder Legislativo em 23/11/2012, páginas 29 a 30. O presente Projeto de Lei foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer técnico quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela sua adequação aos itens mencionados, conforme o parecer de fls. 31/38. Após, dando sequência ao trâmite regimental, a proposição legislativa foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, oportunidade em que recebeu o Parecer nº 563/2012, de fls. 50/57, manifestando pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, determinando, por conseguinte, a sua regular tramitação. Em continuidade, o Projeto de Lei foi encaminhado a esta Comissão para exame e parecer na forma do

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disposto no art. 50-A e incisos do Regimento Interno (Resolução 2.700/2009). É o relatório.

PARECER DO RELATOR Trata-se do Projeto de Lei nº 412/2012 de autoria do Deputado Dary Pagung, tem por finalidade Declara de utilidade pública a Associação “Evangélica Despertar”, localizada no Município de Baixo Guandu - ES. Em sua justificativa o autor do Projeto, aduz que a Associação Evangélica Despertar, tem o objetivo de desenvolver programas educacionais de formação profissional, esportivos, ambientais, de saúde, de promoção social e realizar campanhas em favor da família, da criança, do adolescente, do jovem, da mulher e do idoso; colaborar com os Poderes Públicos e Conselhos, dando - lhes, subsídios dos problemas da comunidade, e pleiteando as respectivas soluções; promover atividades que, resultem no levantamento de fundos para atender as necessidades da entidade e promover debates, atuar em conjunto com os órgãos públicos e privados para organizar mutirões ou para adquirir recursos de forma a realizar obras de interesse social” (fl. 03). No exame de mérito, verifica-se que a propositura é oportuna, relevante e conveniente, por estar em sintonia com o interesse público e com os ditames do artigo 50-A da Resolução nº 2.700/09, Regimento Interno deste Poder. Neste sentido, conclui-se que a proposição legislativa atende prontamente a análise de mérito concernente ao dispositivo retrocitado, haja vista que a declaração de utilidade pública, no caso em apreço, proporcionará à Associação Evangélica Despertar a possibilidade de firmar parcerias e convênios com órgãos públicos e, com isso, ampliar a oferta de seu relevante serviço de assistência social à população capixaba, em especial, aos munícipes de Baixo Guandu/ES. Na realidade fática, a Entidade a ser agraciada realiza efetivamente as atividades pertinentes a análise de mérito dessa comissão. Prova disso pode ser observada perante os documentos acostados aos autos desse Projeto de Lei, em especial pelo Atestado do Exmº Senhor Doutor Juiz de Direito da Comarca de Baixo Guandu/ES, Vale dizer que a Associação Evangélica Despertar, realiza um importante serviço social para a comunidade em que atua, assim não, deixando margem de dúvidas quanto ao atendimento meritório necessário para ser agraciada com a declaração de utilidade pública estadual. Em conclusão, o Projeto de Lei nº 412/2012, de autoria do Deputado Dary Pagung, é materialmente e formalmente constitucional, legal, jurídico e de boa técnica legislativa, por não conter vícios contrários à sua natureza, sugerindo aos Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 08/2013

A COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 412/2012, de autoria do Deputado Dary Pagung, na forma do art. 276, III do Regimento Interno.

Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”, 27 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Presidente/Relator

LUIZ DURÃO

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.° SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 07/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 461/2012 Autora: Deputada Estadual Luzia Toledo Ementa: “Declara de Utilidade Pública o Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE”.

RELATÓRIO Trata-se de Projeto de Lei nº 461/2012, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo, que tem como finalidade Declarar de Utilidade Pública o Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE, localizado no Município de Vila Velha-ES. A proposição foi protocolizada no dia 30/11/2012, seguiu sua regular tramitação, tendo sido lida no expediente do dia 03/12/2012, sem restrições e posteriormente, publicada no Diário do Poder Legislativo DPL - edição do dia 17 de dezembro de 2012; justificativa sem assinatura. O Projeto, a ser examinado na Diretoria de Redação, sofreu correções como se pode verificar à fl.142. O Projeto veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para exame e parecer quanto ao aspecto da constitucionalidade, juridicidade e legalidade, na forma do art.41, I, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/09). Distribuída à matéria, pelo Presidente da Comissão, coube-me a relatoria, que passo a fazê-la. É o relatório.

PARECER DO RELATOR. DA ANÁLISE QUANTO AO ASPECTO DA CONSTITUCIONALIDADE FORMAL E

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MATERIAL, JURIDICIDADE, LEGALIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA. Do ponto de vista jurídico, para fins de controle de constitucionalidade, é imprescindível a existência de uma supremacia formal e a supremacia material é corolário do objeto clássico das Constituições - direitos e garantias fundamentais, estrutura do Estado e organização dos poderes. Como se pode verificar, a referida entidade, com sede administrativa na Rua Benjamin Constant, nº 90, Nossa Senhora da Penha, no Município de Vila Velha-ES, apresenta documentação atendendo os requisitos da Lei nº 3.979/87, que são os seguintes: Estatuto Social, Registro no Cartório do 1º Ofício - 1ª Zona de Vila Velha/ES; certidão a Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica - CNPJ Nº 09.613.735/000-65; atestado de funcionamento assinado pela Juíza de Direito da Vara da Infância e da Juventude de Vila Velha. As Associações legalmente criadas, as quais estão amparadas pela norma constitucional estampada no artigo 5º, inciso XVIII, são regulamentadas pela Lei Estadual de nº 3.979/87 e suas alterações. No exame do Projeto quanto ao seu aspecto da constitucionalidade, juridicidade e legalidade, não há obstáculos a serem examinados. O Projeto de Lei nº 461/2012, ora em exame não tem impedimento no que diz respeito à competência legislativa remanescente, amparado nos dispositivos dos art. 25, § 1º; artigo 23, incisos V e VI, da Carta da Republica. Entende-se que a competência comum é prevista para aquelas matérias em que há coincidência entre os interesses geral, regional e local, revelando, por isso mesmo, temas de grande relevância social que devem ser amplamente tutelados por todos os entes federativos. Respeitados, estão, os dispositivos do art. 5º da Carta da República, no que diz respeito ao direito adquirido, ato jurídico perfeito e à coisa julgada. Ademais, verificamos pela exegese das regras constitucionais que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a lei ordinária, estando o projeto, neste aspecto, em sintonia com o art. 61, III, da Constituição Estadual. A iniciativa é do Poder Legislativo, portanto, não existe usurpação de competência do Poder Executivo. Não existe óbice quanto ao artigo 63, parágrafo único, da Constituição Estadual. Também, na esfera da competência federal, no que dispõe o art. 61, § 1º da Constituição Federal. Regimentalmente a matéria deve ser votada em turno único, sendo que na comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, a votação é nominal por maioria simples. O regime inicial de tramitação será o ordinário. Deve ser observado o quórum para aprovação da matéria em Plenário o respectivo processo de votação que é o estabelecido no artigo 277, § 1º, do Regimento Interno da Augusta Casa Legislativa Capixaba. Quanto a vigência do Projeto de Lei nº 461/2012, o artigo 2º atende perfeitamente a norma legal que

regulamenta a matéria objeto em análise. Cabe destacar: a obrigatoriedade só surge com a publicação no Diário Oficial, obedecido o que estabelece o próprio projeto de lei. Preenchidos os requisitos legais determinados pelas Leis Estaduais de nºs. 3.979/87; 8.120/2005 e 8.802/2008, não há dúvidas de que o Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE pode ser declarada de utilidade pública. Em se tratando de matéria de cunho social e cultural de grande relevância deve seguir sua trajetória normalmente até a votação em Plenário. Já que preenchidos estão os requisitos exigidos pela legislação que ampara o Projeto de Lei em comento. Quanto ao aspecto da técnica legislativa empregada no projeto em apreço, deve ficar evidenciado o atendimento às regras introduzidas pela Lei Complementar Federal nº 95/98, com alterações introduzidas pela Lei Complementar Federal 107/2001, rege a redação dos atos normativos, o que ocorre in casu. Dito isto, opino que o Projeto de Lei nº 461/2012, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo, que tem como objeto declarar de Utilidade Pública o Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE. A nosso juízo a matéria é constitucional, atende no que diz respeito à juridicidade, legalidade e a boa técnica legislativa. Face ao exposto, esta relatoria propõe aos Doutos Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 07/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO - ALES, é pela constitucionalidade, juridicidade, legalidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 461/2012, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo.

Plenário Rui Barbosa, 19 de fevereiro de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

CLAUDIO VEREZA Relator

JOSÉ CARLOS ELIAS SANDRO LOCUTOR

GILDEVAN FERNANDES

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 02/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 461/2012 Autora: Deputada Estadual Luzia Toledo

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Ementa: “Declara de Utilidade Pública o Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE, localizado no município de Vila Velha/ES”.

RELATÓRIO Trata-se de Projeto de Lei nº 461/2012, de autoria da Deputada Estadual Luzia Toledo, que tem como finalidade declarar de utilidade pública o Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE, localizado no Município de Vila Velha - ES. A proposição foi protocolizada no dia 30/11/2012, seguiu sua regular tramitação, tendo sido lida no expediente do dia 03/12/2012, sem restrições e posteriormente, publicada no Diário do Poder Legislativo DPL - edição do dia 17 de dezembro de 2012. Após, dando sequência ao trâmite regimental, a proposição legislativa foi encaminhada para a Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, oportunidade em que recebeu o Parecer nº 07/2013 de fls. 157, manifestando pela sua constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa. Após, o Projeto de Lei ora em apreço veio a esta Comissão para exame e parecer, nos termos do disposto nos arts. 50-A e 276, inciso III do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009). É o relatório.

PARECER DO RELATOR A presente propositura tem por finalidade tem como finalidade declarar de utilidade pública o Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE, localizado no Município de Vila Velha - ES. Com esse específico mister, cabe destacar que a justificativa do autor revela importante informação, principalmente quando destaca o caráter socioambiental da entidade, in verbis: O Instituto Autoglass foi criado em 07 de abril de 2008 pelo Grupo Autoglass, com a finalidade de aplicar os recursos (por meio de parcerias público e privadas) em atividades sócio-ambientais, como: - Promoção de cursos profissionalizantes; - Promoção de ações que visem à defesa do meio ambiente e do sistema ecológico terrestre; - Patrocínio de projetos culturais voltados à educação ambiental; - Organização de palestras, debates, encontro com empresas, organizações não-governamentais, governo, universidades ou outras instituições sobre responsabilidade ambiental, bem como a participação de seus membros em seminários, estudos, conferências e fóruns nacionais e internacionais; - Elaboração de estudos, pesquisas e projetos sobre os

indicadores socioambientais; - Incentivo a atividades ligadas à reciclagem de materiais; - Entre outras a serem institudas. (...) (...) o Instituto Autoglass tem por missão proporcionar a educação, através de estudos, informações e soluções inteligentes, que promovam a sustentabilidade socioambiental em equilíbrio com o desenvolvimento econômico. Por esse, a visão do Instituto Autoglass é ser exemplo de capacidade inovadora no desenvolvimento de soluções educacionais e ações socioambientais para a transformação da consciência social. Igualmente, a análise do Projeto de Lei nº 461/2012 importa na verificação de pertinência meritória no que tange a seu objeto, com fulcro no campo de atuação desta Comissão, mormente, delineada pelo que dispõe o art. 50 - A do Regimento Interno. Vejamos: Art. 50-A. À Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional compete opinar sobre: I - assuntos inerentes à política de Assistencial Social, Segurança Alimentar e Nutricional; II - acompanhamento da implementação e consolidação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS; III - ações voltadas para o combate às causas da miséria e da fome no âmbito do Estado do Espírito Santo; IV - ações que garantam mobilização e racionalização no uso dos recursos disponíveis; V - campanhas de conscientização da opinião pública, visando articular a união de esforços; VI - projetos que visem estudo e acompanhamento permanente de temas fundamentais na área de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional. Neste sentido, conclui-se que a proposição legislativa atende prontamente a análise de mérito concernente ao dispositivo retrocitado, haja vista que a declaração de utilidade pública, proporcionará ao Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE, com a percepção de auxilio à conta de dotação orçamentária do Poder Legislativo, a ampliação de seus serviços e beneficiados. Conforme explicitado alhures, face à importância socioambiental Instituto Autoglass Socioambiental de Educação - IASE, devido aos relevantes serviços

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prestados por esta à sociedade, esta relatoria propõe aos doutos membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 02/2013

A COMISSÃO DE ASSISTENCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 461/2012, de autoria da Senhora Deputada Luzia Toledo, nos termos do inciso III do artigo 276 do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009).

Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”, 27 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Presidente/Relator

LUIZ DURÃO

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 43/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei nº 480/2012 Autor: Deputado Gilsinho Lopes Ementa: “Declara de utilidade pública o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado do Espírito Santo - SINDASPES”.

1) RELATÓRIO

Trata-se do Projeto de Lei nº 480/2012 de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, o qual declara de utilidade pública o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado do Espírito Santo - SINDASPES. A proposição foi protocolizada no dia 09/07/2012, sendo lida na Sessão Ordinária do dia 11/12/2012, oportunidade na qual recebeu despacho do Senhor Presidente da Mesa Diretora determinando a publicação e remessa às Comissões de Constituição, Justiça, Serviço Público e Redação e de Saúde, Saneamento, Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional. Na data de 15/01/2013, o Projeto de Lei sob exame foi publicado no DPL, conforme documento de fl.56. O presente Projeto de Lei foi encaminhado à Procuradoria para elaboração de parecer técnico

quanto a constitucionalidade, legalidade, juridicidade e técnica legislativa empregada, o qual opinou pela sua adequação aos itens mencionados. Após, os autos foram remetidos a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para fins de apreciação do aspecto constitucional, jurídico, legal e de técnica legislativa da proposição, nos termos do art.41, I do Regimento Interno da ALES. Este é o relatório.

PARECER DO RELATOR

QUANTO A CONSTITUCIONALIDADE FORMAL Conforme acima relatado, o Projeto de Lei nº 480/2012, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, tem por objetivo declarar de utilidade pública o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado do Espírito Santo - SINDASPES. Por força da hierarquia e supremacia da Constituição sobre as demais normas componentes do ordenamento jurídico, todo Projeto de Lei deve estar em consonância com o texto constitucional, sob pena de configuração de vício formal de inconstitucionalidade. Tratando-se de Projeto de Lei estadual, este deve além de obedecer às normas da Constituição da República, também, obrigatoriamente, sujeitar-se-á às normas da Constituição Estadual. Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Lei tem que atender aos requisitos estabelecidos na Constituição, tanto federal, quanto estadual, especialmente com relação aos seguintes pontos: a) competência legislativa; b) iniciativa da proposição legislativa; c) procedimentos e formalidades de sua elaboração; A competência para dispor sobre a matéria - declaração de utilidade pública - é estadual, pois esta é uma qualificação concedida por liberalidade da Administração Pública estadual, à teor do art.25, § 1º da CRFB/1988, verbis: Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Constituições e leis que adotarem, observados os princípios desta Constituição. § 1º - São reservadas aos Estados as competências que não lhes sejam vedadas por esta Constituição. De outro giro, constato que, a concessão de utilidade pública deve ser veiculada pela espécie normativa denominada lei ordinária, nos precisos termos do art.55 c/c art.61, III, ambos da CE, verbis: Art. 55 - Cabe à Assembléia Legislativa, com a sanção do Governador do Estado, dispor sobre todas as matérias de competência do Estado, especialmente sobre: Art. 61. O processo legislativo compreende a elaboração de: III - leis ordinárias;

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Destarte, neste aspecto, quanto a espécie normativa, o Projeto de Lei encontra-se em perfeita consonância com o texto da Constituição Estadual. A iniciativa para propositura de Projeto de Lei tratando da declaração de utilidade pública é concorrente, logo cabível a sua proposição pelo parlamentar, eis que a matéria não está arrolada dentre aquelas com iniciativa privativa de alguma autoridade, enquadrando-se na regra geral do art.63 da CE, verbis: Art. 63. A iniciativa das Leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembléia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nessa Constituição. Quanto aos requisitos formais, o regime inicial de tramitação é o ordinário por força do art.148, II do Regimento Interno da ALES, o quorum de aprovação do Projeto de Lei é o de maioria simples nos termos do art.59 da CE c/c art.194 do Regimento Interno da ALES e o processo de votação é o simbólico de acordo com o art.200, I do Regimento Interno da ALES, salvo deliberação do Plenário em sentido contrário, optando pela votação nominal na forma do art.202, II do Regimento Interno da ALES. Sob o ponto de vista formal, o Projeto de Lei nº 480/2012 atende aos requisitos formais tanto da Constituição da República quanto da Estadual. QUANTO À CONSTITUCIONALIDADE MATERIAL O conteúdo do Projeto de Lei nº 480/2012 é plenamente compatível com as normas e princípios da Constituição da República e da Estadual, senão vejamos: Como se trata de matéria atinente a declaração de utilidade pública a uma associação, não há que se falar em violação a Direitos Humanos previstos seja na Constituição da República, seja na Constituição Estadual. Ressalta-se ainda que o objeto do presente Projeto de Lei não se relaciona com a problemática da restrição a Direitos Fundamentais. Ou seja, o projeto não ataca o núcleo essencial de nenhuma cláusula pétrea. Destarte, pode-se concluir que a presente proposição não viola o princípio da isonomia e nem mesmo o direito adquirido, o ato jurídico perfeito ou a coisa julgada. No que tange a vigência da lei no tempo cumpre observar que as normas nascem com a promulgação, mas começam a vigorar com a publicação, ou melhor, com a publicação a lei torna-se obrigatória na data indicada como termo inicial de sua vigência. Assim, depreende-se do artigo 8º da Lei Complementar nº 95/1998 que a vigência da lei será indicada de forma expressa e de modo a contemplar prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservada a cláusula “entra em vigor na data de sua publicação para as leis de pequena

repercussão”, como é o caso do Projeto de Lei ora analisado. Por fim, não resta caracterizado desvio de poder ou excesso de poder legislativo, de maneira que a presente proposição está completamente em conformidade com a Carta Magna. DA JURIDICIDADE E LEGALIDADE Analisando o ordenamento jurídico e as decisões dos Tribunais Superiores, não há obstáculo ao conteúdo ou à forma do Projeto de Lei em epígrafe. Da mesma forma, a tramitação do projeto, até o presente momento, respeita as demais formalidades previstas no Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009), uma vez que foi expedido e devidamente publicado, consoante o artigo 149 do referido diploma legal. Quanto ao aspecto da legalidade, o Projeto de Lei deve atender aos requisitos estabelecidos na Lei Estadual nº 3.979/87 (alterada pelas Leis nº. 7.822/04, nº 8.120/05 e nº 8.802/08), que dispõe em seu art. 1º, in verbis: Art. 1º - As sociedades civis, as associações e as fundações em funcionamento efetivo no Estado com o fim exclusivo de servir desinteressadamente à coletividade, podem ser declaradas de utilidade pública, provados os seguintes requisitos: I - personalidade jurídica há mais de dois anos - através de certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas; II - efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto; (NR) III - não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto - através do balanço anual; IV - registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social - CONEAS. (NR) Desta forma, pode-se afirmar que o presente Projeto de Lei guarda observância à norma estadual específica. Assim, os requisitos estabelecidos no dispositivo supramencionado estão devidamente demonstrados nos autos: a) personalidade jurídica há mais de dois anos, conforme a certidão expedida pelo Cartório de Registro Civil de Pessoas Físicas e Jurídicas (fls.04/05); b) efetivo funcionamento há mais de dois anos de serviço desinteressado e gratuito prestado à coletividade - através de documento expedido pelo

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72 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Juiz de Direito, pelo representante do Ministério Público Estadual ou pelo Prefeito Municipal da Comarca ou Município onde a organização funciona e cópia do estatuto (fls.08/09 e fls.16/52); c) não remuneração dos cargos da diretoria da organização e da não distribuição de lucros, bonificações ou vantagens a dirigentes, mantenedores ou associados, sob nenhuma forma ou pretexto - através do balanço anual (fls10/15); e Quanto ao registro no Conselho Municipal de Assistência Social, onde estiver atuando, ou no Conselho Estadual de Assistência Social - CONEAS, tal requisito não se mostra exigível em relação ao Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário, segundo a regra do art.1º, § 2º da Lei Estadual nº 3.979/1987, verbis: Art.1º - (...) § 2º - Não será exigido o requisito contido no inciso IV às entidades que não atuem na área de assistência social. Assim, o projeto de lei não afronta a legislação federal ou estadual, ao contrário, atende a todos os preceitos. DA TÉCNICA LEGISLATIVA Verifica-se no projeto em tela a observância dos ditames da Lei Complementar nº 95/98, máxime quanto a sua estruturação, art. 3º, sua articulação e redação, respectivamente arts. 10 e 11, todos do mesmo diploma legal anteriormente citado. No mais, a Diretoria Redação - DR já efetuou as correções devidas na redação do referido projeto de lei (Estudo de Técnica Legislativa fl.55), motivo pelo qual sugiro a sua adoção. Sendo assim, diante da constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 480/2012, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes, sugiro aos Ilustres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 43/2013

A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO é pela CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E BOA TÉCNICA LEGISLATIVA do Projeto de Lei nº 480/2012, de autoria do Senhor Deputado Gilsinho Lopes.

Plenário Rui Barbosa, 12 de março de 2013.

ELCIO ALVARES Presidente

JOSÉ CARLOS ELIAS Relator

CLAUDIO VEREZA

DA VITÓRIA LUZIA TOLEDO

GILSINHO LOPES

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTENCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 10/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 480/2012 Autor: Deputado Gilsinho Lopes Ementa: “Declara de utilidade pública o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado do Espirito Santo - SINDASPES, localizado no Município de Vitoria - ES”.

RELATÓRIO O Projeto de Lei nº 480/2012, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes, visa declarar de utilidade pública o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado do Espírito Santo-SINDASPES, localizado no Município de Vitoria- ES. A matéria foi protocolada em 09/07/2012, lida no expediente do dia 11/12/2012 e encontra-se publicada no Diário do Poder Legislativo - DPL, edição do dia 15/01/2013, página 11, conforme fls. 56 dos autos. A propositura recebeu Parecer de nº 43/2013 pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, emitido pela Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação; vindo, a seguir, a esta Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional, para exame e parecer de mérito, na forma do art. 50-A do Regimento Interno da ALES (Resolução nº 2.700/09). É o relatório.

PARECER DO RELATOR A iniciativa em tela, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes, visa declarar de utilidade pública o Sindicato dos Agentes do Sistema Penitenciário do Estado do Espirito Santo SINDASPES, localizado no Município de Vitória-ES. A propositura tem por objetivo, representar e atuar perante as autoridades judiciárias, legislativas e administrativas, na defesa de direitos e interesses individuais de seus sindicalizados, assim como manter serviços assistenciais jurídicos de orientação , estudos e solução dos problemas que se relacionam com a atividade profissional da categoria, dentre outros fins. Oportunamente vale destacar, que a iniciativa é de grande valia para a sociedade, uma vez que, os Agentes Penitenciários realizam um serviço público de alto risco, por salvaguardar a sociedade civil, vigiando os detentos nas unidades prisionais,

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escoltando-os em hospitais, velórios e audiências judiciais. As atividades destes profissionais são consideradas como serviço essencial por se tratar de uma necessidade inadiável da comunidade que, se não realizada, coloca em risco a sobrevivência, a saúde e a segurança da população. Diante do citado, a matéria é de grande importância e deve prosperar nesta Casa e Leis, tendo em vista que a referida entidade esta ligada a profissionais que respeitam os direitos humanos, a segurança, a vida, e a integridade física e moral, possuindo uma dimensão pedagógica no agir, sendo um referencial para o bem da sociedade. Quanto ao mérito nesta Comissão, nosso entendimento é no sentido da aprovação da presente matéria, por considerar que a presente iniciativa encontra-se de acordo com a competência determinada pelo art. 52 A, inciso I, do Regimento Interno, que versa sobre assuntos inerentes à politica de assistência social, segurança alimentar e nutricional. Ex positis, concluímos pela aprovação do Projeto de Lei em epígrafe, recomendando aos nobres Pares desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 10/2013

A COMISSÃO DE ASSISTENCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 480/2012, de autoria do Deputado Gilsinho Lopes na forma do artigo 276 do Regimento Interno.

Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”, 27 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Presidente/Relator

LUIZ DURÃO

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.° SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E REDAÇÃO

PARECER N.º 26/2013

Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 423/2012 Autor (ª): Deputado Dary Pagung Ementa: “Declara de Utilidade Pública o “Conselho dos Pastores de Marilândia - COPAM”, localizado no Município de Marilândia, neste

Estado”. I - RELATÓRIO

01. O presente Projeto de Lei em epígrafe, de iniciativa do Exmo. Senhor Deputado Dary Pagung, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre declaração de Utilidade Pública ao Conselho dos Pastores de Marilândia - COPAM”, localizado no Município de Marilândia, neste Estado. 02. A proposição foi protocolizada no dia 12 de novembro de 2012, seguiu sua regular tramitação, tendo sido lida no expediente do dia 19 de novembro de 2012, e, posteriormente publicada no Diário do Poder Legislativo DPL - edição do dia 30 de novembro de 2012, na página 41/42. 03. O Projeto de Lei, após análise pela douta Procuradoria, veio a esta Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação para análise e parecer, na forma do artigo 41, I, do Regimento Interno (Resolução nº 2.700/2009). 04. Além do articulado legal da proposição e sua justificativa, o processo está instruído com os documentos necessários para o preenchimento dos requisitos legais e atende perfeitamente os dispositivos da Lei nº 3.979/87 e suas alterações. Dentre os documentos colacionados, consta Estatuto da sua fundação, Declaração do senhor Prefeito Municipal, atestando que ser a mesma uma entidade jurídica, religiosa, sem fins lucrativos, representante da Comunidade Evangélica de Marilândia, e de utilidade pública municipal. Certidão de seu registro junto ao Cartório de Registro das Pessoas Jurídicas da Comarca de Marilândia - ES, sob o nº 029, no Livro “A”; declaração de que a mesma não remunera cargos de sua diretoria; esta inscrita no CNPJ sob o nº 07.523.656/0001-38, à fl. 17, encontra-se anexada aos autos a Lei Municipal nº 972, de 09 de agosto de 2011, declarando a mesma como utilidade Pública Municipal. 05. Em apertada síntese, são estas as questões de fato e de direito com suporte nas quais passo a emitir o Parecer.

II - PARECER DO RELATOR

EXAME DA CONSTITUCIONALIDADE, LEGALIDADE, JURIDICIDADE E TÉCNICA LEGISLATIVA DA PROPOSIÇÃO 06. Sob o prisma da competência para dispor sobre a matéria, não há quaisquer obstáculos a serem invocados, eis que o Projeto de Lei em epígrafe trata de matéria de competência legislativa remanescente, consoante o que dispõe o art. 25, § 1º, da Constituição Federal.

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07. Quanto à iniciativa da matéria em apreço, encontra amparo no art. 63, caput, da Constituição Estadual, que estabelecem a iniciativa concorrente para legislar. Art. 63. A iniciativa das leis cabe a qualquer membro ou comissão da Assembleia Legislativa, ao Governador do Estado, ao Tribunal de Justiça, ao Ministério Público e aos cidadãos, satisfeitos os requisitos estabelecidos nesta Constituição. 08. Ademais, verificamos pela exegese das regras constitucionais contidas nos art. 61, III, todos da Carta Estadual, em que a espécie normativa adequada para tratar do tema é a lei ordinária, estando o Projeto, neste aspecto, em sintonia com a Constituição Estadual. 09. Quanto à compatibilidade com a legislação infraconstitucional, o presente Projeto está em perfeita sintonia com o Regimento Interno, bem como com a legislação estadual específica, Lei nº 8.870/2008, alterada pelas Leis nºs. 9.097/2009 e 9.431/2010, que dispõe em seu texto, in verbis: Art. 1º A escolha de denominação para os estabelecimentos, instituições, prédios, rodovias e obras do Estado só poderá recair em nomes de pessoas falecidas que tenham se destacado por notórias qualidades e relevantes serviços prestados à coletividade. § 1º Não poderá haver, no mesmo município, mais de um estabelecimento, instituição, prédio, rodovia e obra de propriedade do Estado com igual denominação. § 2º É vedada a escolha de nome de pessoa condenada por ilícito praticado contra os direitos humanos, por crime contra a administração pública e por envolvimento com a repressão nos governos militares desde que o processo tenha transitado em julgado. § 3º Os estabelecimentos, instituições, prédios, rodovias e obras do Estado poderão conservar, excepcionalmente, a denominação já adotada na data da publicação desta Lei, mesmo que contrarie o que dispõe o “caput” deste artigo. § 4º A comprovação do falecimento se dará por meio de certidão de óbito. Art. 2º A Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, através da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação, diligenciará por meio eletrônico, em caso de dúvida, no sentido de aferir se o homenageado encontra-se inserido em uma das objeções descritas no § 2º do artigo 1º, visando regular a tramitação de tais proposições neste Poder

Legislativo. (Redação dada pela Lei nº 9.097, de 2009). Parágrafo único. Para a obtenção das informações necessárias ao trâmite regular da proposição, deverão constar na mesma as seguintes informações: (Incluído pela Lei nº 9.431, de 2010). I - nome completo do agraciado; II - nome completo da genitora do agraciado; III - data de nascimento e número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF do agraciado. Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 10. Sob o aspecto da constitucionalidade material, a proposição não contraria os princípios e regras, implícitos ou explícitos, disciplinados pelas constituições Federal e Estadual, em especial os direitos e garantias fundamentais dispostos no art. 5º da Carta Magna Federal, respeitando-se, assim, os princípios da isonomia e da proteção ao direito adquirido, ao ato jurídico perfeito e à coisa julgada. 11. No que tange à lei no tempo, a Lei Complementar Federal nº. 95/98, alterada pela Lei Complementar nº. 107/2001, recomenda a previsão expressa da vigência da lei de prazo razoável para que dela se tenha amplo conhecimento, reservando aos projetos de pequena repercussão a reserva de vigência na data de sua publicação - artigo 8º. Desse modo, tem-se por observado o presente requisito legal. 12. Quanto ao aspecto da técnica legislativa, entendemos que a proposição esta de acordo com a Lei Complementar Federal 95/1998, com alterações introduzidas pela Lei Complementar Federal 107/2001, bem como nos dispositivos do Regimento Interno desta Casa de Leis, Resolução nº 2.700/09. No presente caso não foi realizado estudo de técnica legislativa. 13. No caso em tela, o regime inicial de tramitação da matéria é o Especial, por força do art. 148, inciso III, do Regimento Interno, uma vez que a matéria da proposição legislativa em xeque se encontra positivada no Título VII do Regimento Interno, o qual dispõe sobre o regime especial e de urgência, especificadamente nos artigos 276 e 277 do Regimento Interno. 14. O Quorum de aprovação será o de maioria simples, presente a maioria absoluta dos membros da Comissão de Saúde, Saneamento e Assistência Social, conforme arts. 276, inciso III e 277, § 1º, do Regimento Interno. O processo de votação será o nominal, conforme a parte final do citado dispositivo.

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15. Em face das razões expendidas, entendo que a proposição, nos termos em que se acha redigida, não padece de vício de inconstitucionalidade formal, ou material, em consequência, opinamos pela possibilidade jurídica de sua regular tramitação do Projeto de Lei nº 423/2012, de autoria do Exmº Senhor Deputado Dary Pagung, devendo ser aprovado com fundamento nos art. 25, § 1º, da Constituição Federal, art. 63 da Constituição Estadual e na legislação infraconstitucional pertinente, especialmente na Lei Estadual nº 8.870/2008 e suas posteriores alterações e, por consequência seguir sua tramitação normal. 16. Face ao exposto, esta relatoria propõe aos doutos Membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 26/2013

A Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação é pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e boa técnica legislativa do Projeto de Lei nº 423/2012, de autoria do Deputado Estadual Dary Pagung, que “Declara de Utilidade Pública o “Conselho dos Pastores de Marilândia - COPAM”, localizado no Município de Marilândia, neste Estado”. Plenário Rui B

ELCIO ALVARES Presidente

MARCELO SANTOS Relator

LUZIA TOLEDO GILSINHO LOPES

DA VITÓRIA JOSÉ CARLOS ELIAS

CLAUDIO VEREZA

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

PARECER N.º 06/2013 Parecer do Relator: Projeto de Lei n.º 423/2012 Autor: Deputado Dary Pagung EMENTA: “Declara de Utilidade Pública o “Conselho Dos Pastores De Marilândia - Copam”, localizado no município de Marilândia, neste Estado”.

RELATÓRIO O presente Projeto de Lei em epígrafe, de iniciativa do Exmo. Senhor Deputado Dary Pagung, cujo conteúdo, em síntese, dispõe sobre Declaração de Utilidade Pública ao Conselho dos Pastores de

Marilândia - COPAM, localizado no Município de Marilândia, neste Estado. A proposição foi protocolizada no dia 12 de novembro de 2012, seguiu sua regular tramitação, tendo sido lida no expediente do dia 19 de novembro de 2012, e, posteriormente publicada no Diário do Poder Legislativo DPL - edição do dia 30 de novembro de 2012, na página 41/42. A proposição sob exame já recebeu parecer técnico-jurídico da Comissão de Constituição e Justiça, Serviço Público e Redação (Parecer nº 26/2013), sendo que tal comissão pugnou em seu parecer pela constitucionalidade, legalidade, juridicidade e Boa Técnica legislativa, da proposição. Após, o Projeto de Lei ora em apreço veio a esta Comissão para exame e parecer, nos termos do disposto no art. 276, inciso III do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009). É o relatório.

PARECER DO RELATOR A presente propositura tem por finalidade declarar de utilidade pública o Conselho dos Pastores de Marilândia - COPAM”, localizado no Município de Marilândia, neste Estado. O art. 276, inciso III do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/09), assim dispõe in verbis: Regimento Interno da ALES Art. 276. Compete às comissões permanentes abaixo referidas a votação dos projetos de lei que versem sobre as seguintes matérias: (...) III - Comissão de Saúde, Saneamento e Assistência Social - declaração de utilidade pública; A análise do Projeto de Lei nº 423/2012 importa na verificação de pertinência meritória no que tange a seu objeto, com fulcro no campo de atuação desta Comissão, mormente, delineada pelo que dispõe o art. 50 do Regimento Interno. Vejamos: Art. 50-A. À Comissão de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional compete opinar sobre: I - assuntos inerentes à política de Assistencial Social, Segurança Alimentar e Nutricional; II - acompanhamento da implementação e consolidação do Sistema Único de Assistência Social - SUAS; III - ações voltadas para o combate às causas da miséria e da fome no âmbito do Estado do Espírito

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Santo; IV - ações que garantam mobilização e racionalização no uso dos recursos disponíveis; V - campanhas de conscientização da opinião pública, visando articular a união de esforços; VI - projetos que visem estudo e acompanhamento permanente de temas fundamentais na área de Assistência Social, Segurança Alimentar e Nutricional. Com esse específico mister, cabe destacar que a Justificativa do Autor revela importante informação, principalmente quando destaca que: O Conselho é uma entidade corporativa, cooperativa e representativa da Comunidade Evangélica de Marilândia, é interdenominacional, autônoma, sem vínculo político partidário ou denominacional, sem fins lucrativos. Tem como finalidade do COPAM: Representar a Comunidade Evangélica de Marilândia, na defesa de seus interesses, junto às autoridades executivas, legislativa e judiciária; Prestar, quando necessário, orientação jurídica, civil, contábil, assistência social e cursos profissionalizantes e outras; Promover palestras, campanhas contra a droga a fome, orientações à família, casais, adolescentes e jovens; Promover cursos e orientações sobre liderança, oratória, administração eclesiástica, finanças. Legislação e afins sem vínculos doutrinários; Promover ou colaborar com as autoridades em campanhas filantrópicas, que beneficiem a toda comunidade marilandense, sem exceção; Promover a confraternização, fraternidade e o lazer entre os pastores e líderes e seus respectivos familiares; Promover e Coordenar as festividades das Celebrações do Aniversário da Cidade, do Dia do Evangélico e Dia da Bíblia. Ora, na medida em que as atividades desenvolvidas pela Entidade contemplam expressamente assistência moral e social, se tem em decorrência contemplação de natureza de assistência social (art. 50 - A, I, do RI). Em verdade, o Estatuto do Conselho dos Pastores de Marilândia - COPAM, confirma formalmente a informação contida na Justificativa. A entidade a ser agraciada realiza efetivamente as atividades pertinentes a análise de mérito dessa Comissão. Prova disso pode ser observada perante os documentos acostados aos autos desse Projeto de Lei, em especial a Certidão expedida pelo cartório do 1º Ofício da Comarca de Marilândia (fl. 12). Vale dizer que o Conselho dos Pastores de Marilândia - COPAM realiza um importante serviço social para a comunidade em que atua, assim não deixando margem de dúvidas quanto ao atendimento meritório

necessário para ser agraciado com a declaração de utilidade pública estadual. Face ao exposto, esta relatoria propõe aos doutos membros desta Comissão a adoção do seguinte:

PARECER N.º 06/2013

A COMISSÃO DE ASSISTENCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL é pela APROVAÇÃO do Projeto de Lei nº 423/2012, de autoria do Senhor Deputado Dary Pagung, nos termos do inciso III do art. 276 do Regimento Interno desta Casa de Leis (Resolução nº 2.700/2009).

Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”, 27 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Presidente

LUIZ DURÃO Relator

(Comparece o Senhor Deputado José Esmeraldo)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Incluam-se na Ordem do Dia para cumprimento do prazo recursal. Gostaria de convidar os Senhores Deputados, que se encontram na reunião ordinária da Comissão de Finanças, segundo o Senhor Deputado Dary Pagung, para registrarem presença. Podemos aguardar alguns minutos, uma vez que é perfeitamente louvável. Precisamos da presença de dois Senhores Deputados em Plenário. Atenção Senhores Deputados que estiverem nas reuniões das Comissões ou em seus gabinetes, precisamos do registro de presença de dois Senhores Deputados, para que possamos ler o Expediente sujeito a deliberação.

O SR. ROBERTO CARLOS - Senhor Presidente, pela ordem! O Senhor Deputado Dary Pagung nos informou que os trabalhos da reunião ordinária da Comissão de Finanças terminaram há pouco. Dessa forma, os Senhores Deputados estão em trânsito. O Senhor Deputado José Esmeraldo acaba de chegar. (Comparece a Senhora Deputada Luzia Toledo) O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Solicito aos Senhores Deputados que se encontram nas imediações ou em seus gabinetes que compareçam ao Plenário e registrem presença nos terminais eletrônicos, já que estamos na iminência de entrar na parte do Expediente sujeito a deliberação. (Pausa) Registro a presença da Senhora Deputada Luzia

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Toledo. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DA MESA DIRETORA REQUERIMENTO DE URGÊNCIA N.º 74/2013 O Deputado abaixo assinado, no uso de suas prerrogativas regimentais, requer a V. Ex.ª, depois de ouvido o Plenário, REGIME DE URGÊNCIA, para o Projeto de Lei Complementar n.º 029/2013, de sua autoria, que altera o caput do artigo 60 da Lei Complementar n.º 618, de 10.01.2012. .

Palácio Domingos Martins, 03 de junho de 2013.

THEODORICO FERRAÇO

Presidente SOLANGE LUBE

1.ª Secretária ROBERTO CARLOS

2.º Secretário

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Em votação o Requerimento de Urgência n.º 074/2013, que acaba de ser lido. Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovado. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

REQUERIMENTO N.º 149/2013 Senhor Presidente: O Deputado infra-assinado, no uso de suas prerrogativas constitucionais e regimentais, requer a V. Exª., após ouvido o Plenário, realização de SESSÃO ESPECIAL, com o tema “A JUDICIALIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL”, a realizar-se no dia 19/06/2013, quarta-feira, as 19h.

Palácio Domingos Martins, 15 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual - PT

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Em discussão o Requerimento n.º 149/2013, que acaba de ser lido. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que o aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovado. Em breve darei atenção aos Senhores Vereadores Luis Guimarães de Oliveira, Luizinho Tereré, e José Carlos Amaral. Continua a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO INDICAÇÃO N.º 433/2013

Referência: Solicita a realização de

Campanha Publicitária.

Senhor Presidente: O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições legais e regimentais, requer a Vossa Excelência, com fundamento nos artigos 141, inciso VIII e 174 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Exmo. Senhor José Renato Casagrande, Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: - Solicita a realização de Campanha Publicitária em conjunto com o PROCON sobre os direitos do Consumidor. Excelentíssimo Senhor Governador do Estado: O legislador constituinte optou por elencar a defesa do consumidor como um dos direitos e garantias fundamentais preconizados no art. 5º da Carta Magna de nosso Ordenamento Jurídico, ratificando a importância deste preceito na vida em sociedade. Nesse diapasão, cumpre ressaltar a disposição contida no art. 24 da Constituição da República que elenca as matérias de competência concorrente, dentre as quais destacamos as relações de consumo, objeto da presente proposição. A Lei Federal nº 8.078/1990, criou o Código de Defesa do Consumidor, que estabelece normas gerais de proteção e defesa do consumidor, de ordem pública e interesse social, não limitando a competência dos Estados em legislar, de forma específica, sobre esse assunto. Assim, uma vez editadas normas gerais pela União, os Estados poderão, dentro da competência

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78 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

legislativa suplementar que lhes é assegurada pelo § 2° do art. 24 da CF, publicar normas que, respeitados os limites estabelecidos, atendam às peculiaridades estaduais, como dispõe o art. 19 da Constituição Estadual. Desta feita, não há qualquer óbice legal ou constitucional quanto à realização de ações pelo Governo do Estado que garantam a defesa do consumidor. Feitas tais explanações, convém ressaltar que durante os trabalhos desempenhados pela CPI da Telefonia, a qual presido, percebemos que os Consumidores Capixabas pouco têm exercido os seus direitos, na medida em que o número de reclamações registrados nos órgãos competentes como PROCON, Delegacia de Defesa do Consumidor e Defensoria Pública ainda são ínfimos se comparados à real necessidade de nosso Estado. O baixo índice de procura se dá, em sua maior parte, pelo desconhecimento dos consumidores de seus direitos e dos deveres das empresas. A população em geral ignora a real função do PROCON consistente em promover e desenvolver, políticas de proteção e defesa dos consumidores, pautadas pelo equilíbrio social e pela educação para o consumo consciente. Assim, a efetivação de tal função depende da realização de uma ampla divulgação dos direitos que possuem os consumidores, razão pela qual se torna imprescindível a atuação do Governo do Estado no sentido de assegurar tais garantias. Urge frisar, por derradeiro, que a presente indicação é de grande importância e interesse público e, em face de seu elevado alcance social torna-se imperioso o seu acolhimento. Desta forma, cientes da seriedade e responsabilidade que tem caracterizado a atuação de Vossa Excelência no Executivo Estadual, agradecemos antecipadamente o acolhimento desta indicação e aproveitamos para renovar os protestos de elevada estima e consideração. Este, portanto, é o fundamento de nossa indicação.

Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

SANDRO LOCUTOR Deputado Estadual - PV

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Em discussão a Indicação n.º 433/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Comunico aos Senhores Deputados que hoje tivemos uma reunião com o Senhor Governador Renato Casagrande. E na discussão em torno da vaga

para Conselheiro do Tribunal de Contas, que chegará a esta Casa na próxima terça ou quarta-feira, S. Ex.ª fez questão de que ficasse bem registrado que não tem nada contra qualquer candidato a essa vaga. Como governador do Estado, S. Ex.ª deseja que a Assembleia Legislativa faça a melhor escolha em favor do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo. Assim sendo, quero, em primeiro lugar, comunicar esse recado solicitado pelo Senhor Governador, uma vez que todos os candidatos que estão lutando por uma vaga fazem parte da bancada que apoia seu governo. Não ficaria bem para S. Ex.ª agir em função de a ou b, uma vez que todos merecem a sua consideração e o seu respeito. Muito obrigado, Senhores Deputados. Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Glauber Coelho. (Pausa) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão. Continuo a leitura do Expediente.

O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 434/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo signatário, no uso de suas atribuições regimentais, requer seja encaminhada ao Exmo. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO: A presente indicação tem por objetivo a aquisição de uma UTI móvel para o de Município Itarana. Trata-se de um atendimento emergencial rápido e eficiente caso alguma anormalidade ocorra enquanto estiverem em suas residências, na rua ou no trabalho. Uma UTI móvel, com aparelhagem e equipamentos adequados é imprescindível aos primeiros socorros, além de possibilitar o transporte de acidentados para os Hospitais da região. É um transporte apropriado para a locomoção de doentes e feridos, que correrão risco de vida caso sejam transportados por ambulâncias comuns e que não oferecem os recursos que uma UTI móvel disponibiliza. Sendo assim, nada mais justo o atendimento deste importante pleito dos moradores e produtores da região.

Palácio Domingos Martins, 22 de maio de

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 79

2013.

CACAU LORENZONI Deputado Estadual - PP

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 434/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 435/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo signatário, no uso de suas atribuições regimentais, requer seja encaminhada ao Exmo. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO: A presente indicação tem por objetivo a aquisição de uma UTI móvel para o Bairro Marcilio de Noronha, localizado no Município de Viana. Trata-se de um atendimento emergencial rápido e eficiente caso alguma anormalidade ocorra enquanto estiverem em suas residências, na rua ou no trabalho. Uma UTI móvel, com aparelhagem e equipamentos adequados é imprescindível aos primeiros socorros, além de possibilitar o transporte de acidentados para os Hospitais da região. É um transporte apropriado para a locomoção de doentes e feridos, que correrão risco de vida caso sejam transportados por ambulâncias comuns e que não oferecem os recursos que uma UTI móvel disponibiliza. Sendo assim, nada mais justo o atendimento deste importante pleito dos moradores e produtores da região. Palácio Domingos Martins, 22 de maio de 2013.

CACAU LORENZONI Deputado Estadual - PP

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 435/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-

la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 436/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo signatário, no uso de suas atribuições regimentais, requer seja encaminhada ao Exmo. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO: A presente indicação tem por objetivo a aquisição de uma UTI móvel para o Município de Ibatiba. Trata-se de um atendimento emergencial rápido e eficiente caso alguma anormalidade ocorra enquanto estiverem em suas residências, na rua ou no trabalho. Uma UTI móvel, com aparelhagem e equipamentos adequados é imprescindível aos primeiros socorros, além de possibilitar o transporte de acidentados para os Hospitais da região. É um transporte apropriado para a locomoção de doentes e feridos, que correrão risco de vida caso sejam transportados por ambulâncias comuns e que não oferecem os recursos que uma UTI móvel disponibiliza. Sendo assim, nada mais justo o atendimento deste importante pleito dos moradores e produtores da região.

Palácio Domingos Martins, 22 de maio de 2013.

CACAU LORENZONI Deputado Estadual - PP

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 436/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO

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80 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

DO ESPÍRITO SANTO GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 437/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo signatário, no uso de suas atribuições regimentais, requer seja encaminhada ao Exmo. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO: A presente indicação tem por objetivo a aquisição de uma UTI móvel para o Município de Governador Lindemberg. Trata-se de um atendimento emergencial rápido e eficiente caso alguma anormalidade ocorra enquanto estiverem em suas residências, na rua ou no trabalho. Uma UTI móvel, com aparelhagem e equipamentos adequados é imprescindível aos primeiros socorros, além de possibilitar o transporte de acidentados para os Hospitais da região. É um transporte apropriado para a locomoção de doentes e feridos, que correrão risco de vida caso sejam transportados por ambulâncias comuns e que não oferecem os recursos que uma UTI móvel disponibiliza. Sendo assim, nada mais justo o atendimento deste importante pleito dos moradores e produtores da região.

Palácio Domingos Martins, 22 de maio de 2013.

CACAU LORENZONI Deputado Estadual - PP

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 437/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 438/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo signatário, no uso de suas

atribuições regimentais, requer seja encaminhada ao Exmo. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO: A presente indicação tem por objetivo a Instalação de Academia Popular, com os equipamentos necessários para a prática de atividades físicas no Distrito de Vila Pontões, localizado no Município de Afonso Claudio. Trata-se de uma região carente, razão pela qual visamos, primordialmente, possibilitar o acesso da comunidade a atividades físicas orientadas por profissionais, de sorte a promover a saúde e prevenir doenças, fazendo a inclusão da comunidade num espaço adequado para esta prática. É preciso oferecer uma melhor qualidade de vida e combater o sedentarismo, que causa a obesidade e, consequentemente, a diabetes e a hipertensão, dessa forma essa Indicação oferece uma alternativa gratuita para as pessoas buscarem uma vida mais saudável. Importante salientar que a ausência de uma infraestrutura adequada acaba afastando potenciais investimentos, razão pela qual, a presente Indicação deve ser atendida, eis que atuará como notório fator de redução das desigualdades regionais. Nosso pleito visa atender aos reclames da população local, que sofre com a inexistência de um ambiente voltado para a prática de exercícios físicos. Sendo assim, nada mais justo o atendimento deste importante pleito dos moradores e produtores da região.

Palácio Domingos Martins, 27 de maio de 2013.

CACAU LORENZONI Deputado Estadual - PP

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 438/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 439/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo signatário, no uso de suas atribuições regimentais, requer seja encaminhada ao

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 81

Exmo. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO: A presente indicação tem por objetivo a Instalação de Academia Popular, com os equipamentos necessários para a prática de atividades físicas no Distrito de Serra Pelada, localizado no Município de Afonso Claudio. Trata-se de uma região carente, razão pela qual visamos, primordialmente, possibilitar o acesso da comunidade a atividades físicas orientadas por profissionais, de sorte a promover a saúde e prevenir doenças, fazendo a inclusão da comunidade num espaço adequado para esta prática. É preciso oferecer uma melhor qualidade de vida e combater o sedentarismo, que causa a obesidade e, consequentemente, a diabetes e a hipertensão, dessa forma essa Indicação oferece uma alternativa gratuita para as pessoas buscarem uma vida mais saudável. Importante salientar que a ausência de uma infraestrutura adequada acaba afastando potenciais investimentos, razão pela qual, a presente Indicação deve ser atendida, eis que atuará como notório fator de redução das desigualdades regionais. Nosso pleito visa atender aos reclames da população local, que sofre com a inexistência de um ambiente voltado para a prática de exercícios físicos. Sendo assim, nada mais justo o atendimento deste importante pleito dos moradores e produtores da região.

Palácio Domingos Martins, 27 de maio de 2013.

CACAU LORENZONI Deputado Estadual - PP

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 439/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 440/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo signatário, no uso de suas

atribuições regimentais, requer seja encaminhada ao Exmo. Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a seguinte INDICAÇÃO: A presente indicação tem por objetivo a Instalação de Academia Popular, com os equipamentos necessários para a prática de atividades físicas no Distrito de Fazenda Guandu, localizado no Município de Afonso Claudio. Trata-se de uma região carente, razão pela qual visamos, primordialmente, possibilitar o acesso da comunidade a atividades físicas orientadas por profissionais, de sorte a promover a saúde e prevenir doenças, fazendo a inclusão da comunidade num espaço adequado para esta prática. É preciso oferecer uma melhor qualidade de vida e combater o sedentarismo, que causa a obesidade e, consequentemente, a diabetes e a hipertensão, dessa forma essa Indicação oferece uma alternativa gratuita para as pessoas buscarem uma vida mais saudável. Importante salientar que a ausência de uma infraestrutura adequada acaba afastando potenciais investimentos, razão pela qual, a presente Indicação deve ser atendida, eis que atuará como notório fator de redução das desigualdades regionais. Nosso pleito visa atender aos reclames da população local, que sofre com a inexistência de um ambiente voltado para a prática de exercícios físicos. Sendo assim, nada mais justo o atendimento deste importante pleito dos moradores e produtores da região.

Palácio Domingos Martins, 27 de maio de 2013.

CACAU LORENZONI Deputado Estadual - PP

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 440/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 441/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo assinado, no uso de suas

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82 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espirito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Governador do Estado do Espirito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: Que seja realizado pela CETURB-ES estudo para indicar os impactos financeiros e redução no preço das passagens do Sistema Transcol, após aprovação da Medida Provisória do Governo Federal que isentou a cobrança dos impostos PIS e Cofins dos itens que compõe os custos de manutenção do transporte público no Brasil. A presente indicação tem como principal objetivo fazer com que a Medida Provisória aprovada pelo Governo Federal que isenta as empresas de transporte público no Brasil da cobrança dos impostos PIS/Cofins nos itens que compõe os custos de manutenção, seja de fato repassado para os usuários do Sistema Transcol, proporcionando uma redução no preço das passagens proporcional a efetiva redução dos custos das empresas de transporte público. Estudos realizados em alguns Estados indicaram que a redução no preço da passagem de Ônibus pode chegar a 25%, pois o PIS/Cofins incidem diretamente em outros custos do setor de transporte coletivo. O principal objetivo desta isenção de PIS e Cofins anunciado pelo Governo Federal como se sabe é reduzir os custos das classes média e baixa, que se utilizam do transporte coletivo, aliviando o impacto dos reajustes feito nestes últimos anos nos preços das passagens do Sistema Transcol. Portanto, certo da sensibilidade e da atuação séria e responsável de Vossa Excelência frente ao Executivo deste Estado agradeço a atenção ora dispensada a esta Indicação e solicito o seu atendimento em caráter urgentíssimo, ao passo que aproveito para renovar meus protestos de estima e consideração.

Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

JOSÉ ESMERALDO Deputado Estadual

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 441/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 442/2013

Senhor Presidente: O Deputado Estadual Euclério Sampaio, como representante dos capixabas, legitimado pelo voto popular, através do presente requerimento de INDICAÇÃO: Indico, com o escopo de contribuir com os propósitos que a administração estadual tem esboçado e utilizando o orçamento estadual, celebrar convênio com a Prefeitura Municipal de Vila Velha a liberação de recursos para pavimentação, drenagem, paisagismo e equipamentos da Praça dos Esportes e da Cultura no Bairro de Ilha das Flores.

Palácio Domingos Martins, 28 de maio de 2013.

EUCLÉRIO SAMPAIO Deputado Estadual - PDT

JUSTIFICATIVA

A comunidade vem enfrentando dificuldades no acesso ao lazer e outros serviços que fazem parte dos equipamentos comunitários e assim é importante para integração de todos e o bom convívio social é importante à criação de programas de entretenimentos ousados e inovadores, acesso a cultura em todos os sentidos para a comunidade que está aguardado há muito tempo. O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 442/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 443/2013

Senhor Presidente: O Deputado Estadual Euclério Sampaio, como

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 83

representante dos capixabas, legitimado pelo voto popular, através do presente requerimento de INDICAÇÃO: Indico, com o escopo de contribuir com os propósitos que a administração estadual tem esboçado e utilizando o orçamento estadual, celebrar convênio com a Prefeitura Municipal de Vila Velha para Reforma e Construção da Praça no Bairro Cocal.

Palácio Domingos Martins, 28 de maio de 2013.

EUCLÉRIO SAMPAIO Deputado Estadual - PDT

JUSTIFICATIVA

A comunidade vem enfrentando dificuldades no acesso ao lazer e outros serviços que fazem parte dos equipamentos comunitários e assim é importante para integração de todos e o bom convívio social é importante à criação de programas de entretenimentos ousados e inovadores, acesso a cultura em todos os sentidos para a comunidade que está aguardado há muito tempo. O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 443/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 444/2013

Senhor Presidente: O Deputado Estadual Euclério Sampaio, como representante dos capixabas, legitimado pelo voto popular, através do presente requerimento de INDICAÇÃO: Indico, com o escopo de contribuir com os propósitos que a administração estadual tem esboçado e utilizando o orçamento estadual, celebrar convênio com a Prefeitura Municipal de Vila Velha para Reforma e Restauração da Praça Duque de Caxias do Bairro Centro.

Palácio Domingos Martins, 28 de maio de 2013. EUCLÉRIO SAMPAIO

Deputado Estadual - PDT

JUSTIFICATIVA A Praça central de Vila Velha já há muito tempo necessidade de atenção especial no sentido de resgatar a sua historia contada em cada espaço do local. Revitalizar essa praça é ansiado pelos moradores e comerciantes a fim de voltar a ser visitada e frequentada por todos, ali se encontra teatro, equipamentos de descanso dentre outros que merecem uma recuperação urgente, além de se ampliar as ofertas de mobiliários de lazer para todas as idades. O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 444/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

INDICAÇÃO N.º 445/2013 Indicação ao Governador do Estado, para a construção da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Dulce Loureiro Cuzzuol” no Município de Fundão. Senhor Presidente: A Comissão de Educação no uso regular de suas atribuições legais e regimentais vem à presença de Vossa Excelência INDICAR ao Chefe do Poder Executivo, Excelentíssimo Senhor José Renato Casagrande, depois dos trâmites legais nesta Casa de Leis, que viabilize a construção da Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Dulce Loureiro Cuzzuol” no Município de Fundão. A Escola Municipal de Ensino Fundamental “Professora Dulce Loureiro Cuzzuol” no Município de Fundão funciona numa área alugada, a prefeitura paga a quantia de R$ 7.000,00 (sete mil reais) de aluguel por mês. O tamanho da área utilizada atualmente não atende às necessidades da Escola. O fato de o imóvel ser alugado impossibilita investimentos em prol da manutenção do mesmo ou

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84 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

melhorias e adequações às necessidades para o bom funcionamento; fato que juntamente com a infraestrutura existente, dificultam muito a realização das atividades didático-pedagógicas. Portanto, justifica-se a necessidade da construção da escola, levando em conta que espaços adequados para o aprendizado são essenciais para o bom desempenho das atividades propostas e necessárias na Escola.

Plenário Judith Leão Castello Ribeiro, 28 de maio de 2013.

DA VITÓRIA Presidente

RODRIGO COELHO MARCOS MANSUR

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 445/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

INDICAÇÃO N.º 446/2013

Indicação ao Governador do Estado, para reforma no Centro Municipal de Educação Infantil

“ANNODINA SCARTON NUNES” em Praia Grande, Município de Fundão.

Senhor Presidente: A Comissão de Educação no uso regular de suas atribuições legais e regimentais vem à presença de Vossa Excelência INDICAR ao Chefe do Poder Executivo, Excelentíssimo Senhor José Renato Casagrande, depois dos trâmites legais nesta Casa de Leis, que viabilize uma reforma no Centro Municipal de Educação Infantil “Annodina Scarton Nunes” no distrito de Praia Grande, Município de Fundão. O Centro Municipal de Educação Infantil está inserido num contexto social desfavorável, possui carência de alguns recursos fundamentais nas escolas e de melhorias em sua estrutura física, como, revisão da instalação elétrica; forro para a secretaria; uma sala para os professores; cobertura da metade do pátio, etc.... Há uma necessidade urgente de uma reforma na escola, tendo em vista, a segurança dos alunos e um

ambiente com instalações mínimas necessárias para o aprendizado e bem estar da comunidade escolar. Portanto, considerando que espaços adequados para o aprendizado são essenciais para o bom desempenho das atividades propostas e necessárias na Escola, vimos fazer esta Indicação.

Plenário Judith Leão Castello Ribeiro, 28 de maio de 2013.

DA VITÓRIA Presidente

RODRIGO COELHO MARCOS MANSUR

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 446/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

INDICAÇÃO N.º 447/2013

Indicação ao Governador do Estado, para construção de uma quadra coberta e reforma nas Escolas Municipais de “EMCEF Praia Grande” e

“EMEF Praia Grande” no Distrito de Praia Grande, Município de Fundão.

Senhor Presidente: A Comissão de Educação no uso regular de suas atribuições legais e regimentais vem à presença de Vossa Excelência INDICAR ao Chefe do Poder Executivo, Excelentíssimo Senhor José Renato Casagrande, depois dos trâmites legais nesta Casa de Leis, que viabilize a construção de uma quadra poliesportiva coberta e reforma na EMEF “Praia Grande”. As Escolas Municipais EMCEF e EMEF “Praia Grande” são vizinhas e estão localizadas numa comunidade que é considerada de risco e os projetos com esporte e cultura são de extrema importância para os alunos. Porém, as escolas não possuem quadra poliesportiva. As escolas também possuem falhas graves em sua estrutura, o muro ao entorno de uma delas está parcialmente destruído, colocando funcionários e

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 85

alunos a exposição até mesmo de traficantes da região. O telhado também está danificado, molhando o interior das escolas em épocas de chuva. Dessa forma, justifica-se a necessidade de uma quadra Poliesportiva em cada escola e uma reforma, levando em conta de que todo cidadão tem direito a uma educação de qualidade que possibilite a aprendizagem satisfatória e proteção contra o risco e exposição que as escolas possuem hoje.

Plenário “Judith Leão Castello Ribeiro”, 28 de maio de 2013.

DA VITÓRIA Presidente

RODRIGO COELHO MARCOS MANSUR

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 447/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 448/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174 do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espirito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Governador do Estado do Espirito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: Que seja enviado para a Assembleia Legislativa, em caráter de urgência, Projeto de Lei que isente de ICMS, o Diesel utilizado pelas empresas que atuam no setor de transporte coletivo de passageiros, com o objetivo de reduzir o preço das passagens do Sistema Transcol e de Linhas Municipais. A presente indicação tem como principal objetivo fazer com que a desoneração de impostos federais e estaduais possam impactar no preço da passagem dos ônibus do Sistema Transcol e também das linhas

municipais, cuja concessão são de responsabilidade das Prefeituras. Recentemente o Governo Federal aprovou a Medida Provisória que isenta as empresas de transporte público no Brasil da cobrança dos impostos PIS/Cofins nos itens que compõe os custos de manutenção. Com a isenção do ICMS no preço do Diesel, utilizado pelas empresas de transporte público, o Espirito Santo estará dando a sua contribuição para que, com a isenção do imposto estadual somada às isenções de impostos federais, faça com que a redução do valor das tarifas seja praticamente inevitável que ocorra. Estudos realizados em alguns Estados indicaram que a redução no preço da passagem de Ônibus pode chegar a 25%, pois o PIS/Cofins e o ICMS incidem diretamente em outros custos do setor de transporte coletivo. O principal objetivo desta isenção de ICMS no preço do Diesel como se sabe é reduzir os custos das classes média e baixa, que se utilizam do transporte coletivo, aliviando o impacto dos reajustes feito nestes últimos anos nos preços das passagens do Sistema Transcol. Portanto, certo da sensibilidade e da atuação séria e responsável de Vossa Excelência frente ao Executivo deste Estado agradeço a atenção ora dispensada a esta Indicação e solicito o seu atendimento em caráter urgentíssimo, ao passo que aproveito para renovar meus protestos de estima e consideração. Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

JOSÉ ESMERALDO Deputado Estadual

(Comparece o Senhor Deputado Sérgio Borges)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 448/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 449/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência,

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86 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO das seguintes matérias pertinentes a Comunidade de Monte Belo - Iconha/ES: - Instalação de 01 Torre de Telefonia móvel; - Instalação de 01 Torre de Telefonia Fixa; - Construção de Quadra poliesportiva; - Construção de 04 quebra molas; - Instalação de Divisores de pista (olho de gato) Rodovia ES-375; - Manutenção da rede de abastecimento de Agua. Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual - PT

JUSTIFICATIVA

Hoje, cerca de 13.500 pessoas vivem em Iconha, sendo 50,6% de homens e 49,4% de mulheres, o crescimento populacional na última década foi de 9,00%. O município tem hoje o maior número de caminhões e carretas por habitantes do Brasil. A economia da região é baseada na agricultura. Cerca de 36 bairros compõem o município, neste contexto a Comunidade de Monte Belo e seu entorno perfazem aproximadamente 3.000 moradores, as benfeitorias propostas por meio destas indicações além de potencializar suas riquezas, gerar infraestrutura, ampliar o comércio local, contribuem para ampliar a qualidade de vida dos moradores de Iconha. Ante o exposto, solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação da presente medida. O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 449/2013, que acaba de ser lida. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 450/2013

Senhor Presidente:

O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: - Incluir no Programa Caminhos do Campo obra de drenagem e pavimentação da estrada com 10 km de extensão que liga o bairro Ruy Pinto Bandeira à localidade de Córrego do Bebedouro interligando também as Comunidades rurais de Córrego do Brás, Córrego dos Monos, município de Cachoeiro do Itapemirim. Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual – PT

JUSTIFICATIVA

As três localidades somam população aproximadamente de cinco mil habitantes (5.000), sendo que a maioria da população utiliza transporte público, a realização desta obra é muito desejada pela população local e resolveria a questão do transporte de pedras ornamentais das dezenas de empresas do setor instaladas na região, além de atender aos produtores de hortifrúti que precisam escoar suas produções. Outra justificativa plausível é o potencial turístico da localidade do Córrego do Bebedouro que é muito visitada nos finais de semana sendo um excelente refúgio para os moradores do centro urbano praticar esportes e turismo rural, sendo assim de grande valor a realização desta demanda. Ante o exposto, solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação da presente Indicação.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 450/2013, que acaba de ser lida.(Pausa) Não havendo quem queira discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 451/2013

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 87

Senhor Presidente: O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: - Construção de 01 Escola Estadual de Ensino Médio e Fundamental no Bairro Aeroporto, município de Cachoeiro do Itapemirim. Sala das Sessões, 28 de maio de 2013.

RODRIGO COELHO Deputado Estadual - PT

JUSTIFICATIVA

A comunidade do bairro Aeroporto representada por seus lideres juntamente com o gestor da EEEMF Prof. Hosana Salles, representada pelo senhor Mário Gomes Damartini, tendo em vista a superlotação da EEEMF e não havendo possibilidades para ampliação da mesma, solicitou a este mandato que apresentasse propositura para construção de outra escola na região para substituir a existente aumentando o numero de vagas e a capacidade de atendimento. A EEEMF “Prof. Hosana Salles” atua com capacidade máxima não comportando mas o crescimento populacional da região. Hoje a escola funciona em área construída de aproximadamente de 1.240m² (um mil duzentos e quarenta metros quadrados). Onde são distribuídas 12 (doze) salas de aulas em 02 (dois) pavimentos que recebem nos três turnos atendendo um total de 1.048 (um mil e quarenta e oito) alunos. A região é formada de vários bairros tendo como mais próximos: Boa Vista, Marbrasa, Ruy Pinto Bandeira, Distrito de Córrego dos Monos, Distrito de São Joaquim e varias localidades rurais. A escola hoje, não pode acolher a todos, muitos alunos se veem na necessidade de migrarem para o município de Atílio Vivácqua, surgindo também à dificuldade de transporte escolar, o que implica também na questão da segurança destes estudantes diante da crescente onda de violência. Considera-se também a construção de dois conjuntos habitacionais na região, que aumentará a população em aproximadamente cinco mil habitantes (5.000), necessitando urgente da construção de outra escola na região nos moldes que o estado tem construído em outras regiões que possa acolher toda essa comunidade escolar. Ante o exposto, solicito o concurso dos Nobres Colegas e de V.Exa. à aprovação da presente

Indicação.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 451/2013, que acaba de ser lida.(Pausa) Não havendo quem queira discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 452/2013

Senhor Presidente: O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado do Espírito Santo a INDICAÇÃO da seguinte matéria: Instalação de Rede Elétrica Trifásica na Região Rural de Calogi, localizado na BR-101 Norte, Município de Serra, ES. Após reuniões com moradores e produtores rurais, que fazem uso da energia, foi constatado que o atual padrão bifásico em uso não é suficiente para atender as necessidades desses moradores e produtores.

Sala das Sessões, 28 de abril de 2013.

JAMIR MALINI Deputado Estadual - PTN

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 452/2013, que acaba de ser lida.(Pausa) Não havendo quem queira discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO lê:

ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO

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88 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

GABINETE DO DEPUTADO

INDICAÇÃO N.º 453/2013

Solicita a implantação de uma Torre de Telefonia Móvel na localidade de São Pedro, município de

Águia Branca. Senhor Presidente: O Deputado abaixo assinado, no uso de suas atribuições regimentais, requer a Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 141, inciso VIII e 174, do Regimento Interno da Assembléia Legislativa do Estado do Espírito Santo, que seja encaminhada ao Excelentíssimo Senhor Governador do Estado a INDICAÇÃO da seguinte matéria: Exmo. Sr. Governador do Estado, através da presente, vimos respeitosamente requerer a V. Exa. a implantação de uma torre de telefonia móvel na localidade de São Pedro, município de Águia Branca . Assim o fazendo, Vossa Excelência estará contribuindo para melhora da qualidade de vida desta comunidade, que em pleno século XXI não tem acesso ao serviço de telefonia móvel cuja importância é imensurável.

Sala das Sessões, 29 de maio de 2013.

GILSINHO LOPES Deputado Estadual

(Comparece o Senhor Deputado Claudio Vereza)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Em discussão a Indicação n.º 453/2013, que acaba de ser lida.(Pausa) Não havendo quem queira discuti-la, declaro encerrada a discussão. Em votação. Os Senhores Deputados que a aprovam, permaneçam sentados. (Pausa) Aprovada. Continua a leitura do Expediente. O SR. 1.º SECRETÁRIO - (ROBERTO CARLOS) - Senhor Presidente, informo a V. Ex.ª que não há mais Expediente a ser lido.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Não havendo mais Expediente a ser lido, passa-se à fase das Comunicações. Concedo a palavra ao Senhor Deputado Doutor Hércules.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente em exercício, Glauber Coelho, Senhoras Deputadas e

Senhores Deputados, Senhor Presidente Theodorico Ferraço, gostaríamos que V. Ex.ª prestasse atenção, por gentileza. Informamos que continuaremos com nossa posição de manter nossa emenda que versa sobre o Conselheiro Cidadão. O Senhor Governador do Estado mandou-nos um recado, e damos o nosso: continuaremos com nossa posição de manter nosso desejo de que qualquer cidadão que tenha condições técnica e ilibada possa ser candidato à vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas. Não temos nada contra nossos colegas, mas manteremos a emenda que apresentamos e que está em tramitação. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Theodorico Ferraço. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento para dar continuidade ao rito da sessão. Nobre Deputado Doutor Hércules, como V. Ex.ª solicitou minha atenção, informo que apenas transmiti uma mensagem. A mensagem é para o Deputado que estava em dúvida com relação à conduta do Senhor Governador do Estado, que é absolutamente imparcial. S. Ex.ª não tem nada contra ninguém, pelo contrário, todos fazem parte da base do Governo. Que V. Ex.ª continue com sua atitude, é um problema muito de ordem pessoal, que é respeitado. Assim como é respeitada a minha atitude também de ter isenção total, e do próprio Governador em benefício da própria Assembleia Legislativa.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Com certeza. O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO FERRAÇO) - Está esclarecido? O SR. DOUTOR HÉRCULES - Também informamos que não se trata de ser contra nenhum colega. Somos favorável ao clamor da sociedade que hoje deseja que não só Deputados sejam candidatos à vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas, mas também qualquer cidadão de bem, que tenha condições técnica e ilibada, possa ser Conselheiro do Tribunal de Contas. Continuaremos com nossa posição. Registramos que hoje foi realizada a missa dos políticos Católicos, que acontece toda primeira segunda-feira do mês, no Centro de Formação Dom João Batista, em Ponta Formosa. Lá estivemos presente, juntamente com a Senhora Deputada Luzia Toledo; com o Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado; com o Senhor Rafael Favatto, Vice-Prefeito de Vila Velha; com o Senhor João Coser; com o Senhor Helder Salomão e com o Capitão Aguilar, Vereador pelo Município de Santa

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 89

Leopoldina. Registramos também que participamos da caminhada Os Passos de Anchieta, ato muito importante que se tornou uma caminhada mundial. Nessa caminhada encontramos com pessoas da Argentina, da França, e de vários Estados do Brasil. São cem quilômetros, vale a pena fazer essa caminhada! A referida caminhada todo ano começa na quinta-feira do feriado de Corpus Christi, e termina no domingo. O primeiro trajeto é da Catedral de Vitória até a Rede Gazeta. De lá pegamos um ônibus e atravessamos a Terceira Ponte. Depois vamos até a Prainha, subimos o Convento pela Estrada da Penitência, indo até a Barra do Jucu. Esse é o primeiro trajeto. Registramos que só nós, o Senhor Governador do Estado, o Vice-Governador do Estado, o Prefeito de Anchieta e o Secretário de Estado Alexandre Passos, estivemos presentes na saída da caminhada Os Passos de Anchieta, quinta-feira, dia 30 de maio, dia de Corpus Christi. Às 7h30 da manhã partimos da Catedral de Vitória, e fomos em direção à Barra do Jucu. O Deputado Presidente já registrou, mas queremos fazê-lo também com bastante emoção, Senhor Deputado Glauber Coelho. Registramos a presença de dois Vereadores: o nosso querido Luisinho Tereré e o nosso querido José Carlos Amaral, que foi Vereador junto com V. Ex.ª na Câmara de Cachoeiro de Itapemirim. (Muito bem!)

(Comparece o Senhor Deputado Rodrigo Coelho)

O SR. PRESIDENTE - (THEODORICO

FERRAÇO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Glauber Coelho. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcos Mansur.

O SR. MARCOS MANSUR - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, quero fazer também uma deferência especial a dois grandes companheiros, colegas e amigos de Cachoeiro de Itapemirim, dois Vereadores: José Carlos Amaral, nosso decano de Cachoeiro de Itapemirim; e Luisinho Tereré, que visitam a nossa Casa nesta oportunidade. Esta semana assomo a esta tribuna para lamentar, principalmente, o nosso fim do mês de maio. Tivemos um fim de maio triste e sombrio para o Estado do Espírito Santo. Um fim de maio onde a violência extrapolou todos os limites dentro do Estado do Espírito Santo. Houve um rapaz que adquiriu uma arma - em um bar, segundo ele - apenas para se exibir. E esse rapaz foi para uma festa, e naquela festa, com a referida arma, ele matou três outros jovens. Semana passada, houve

um atropelamento com morte, em Vila Velha. E após esse atropelamento ocorreu um linchamento, por parte da população local, em cima daquele motorista, ocorrendo a morte do referido motorista. Duas mortes violentas, na mesma ocasião, no mesmo episódio. No início da semana passada também tivemos - no Município de Vargem Alta, próximo ao meu Município, à minha moradia, mais precisamente em Vila Maria - um crime bárbaro, monstruoso: um rapaz estuprou uma menina de dez anos e depois a enforcou. No dia seguinte a população encontrou o rapaz, e também o chacinou. Pois bem, posto isto, queremos em nossa fala lamentar profundamente, e chamar os nossos pares a uma reflexão profunda, porque não vamos dizer que algo está errado. Queremos dizer que tudo está errado nesses episódios. Precisamos refletir o Judiciário, o Legislativo e o Executivo; em nível Federal; Estadual e Municipal. Porque o que está acontecendo? A população está fazendo uma convulsão. Isso é um fenômeno social chamado Convulsão Social. E, por que isso está acontecendo? É porque tudo está errado! É porque nosso sistema penal é falho. Prende-se um bandido hoje e amanhã ele está na rua de novo. E, o bandido fala com as vítimas, mas antes de ser preso: olha, se você me denunciar, logo serei solto e volto para te matar. Que sistema penal é esse? Que segurança é essa que estamos tendo? O Poder Legislativo precisa repensar em nível federal. Somos uma Casa de Leis, no âmbito do Estado, precisamos repensar também. Agora, porque a população está agindo com as próprias mãos? Por que o povo está fazendo justiça com as próprias mãos? Por que o Governo está omisso? Estão faltando ações governamentais no âmbito federal, estadual e municipal. E, quando o Governo não comparece, a injustiça prevalece. O povo não confia na justiça. O povo não confia no Governo. O povo está demonstrando que está revoltado. A nossa preocupação é que isso vire moda dentro do Brasil e do Estado do Espírito Santo. Assomamos a esta tribuna para dizer, que se o Governo não fizer sua parte, se omitir, acontecerão muitos outros episódios, além desses que estamos assistindo. Não sei o rumo que as coisas tomarão. Voltaremos a esta tribuna essa semana e continuaremos debatendo esses crimes, esses episódios tristes, lamentáveis e bárbaros no Estado do Espírito Santo. (Muito bem!)

(Comparecem os Senhores Deputados Euclério Sampaio e Sandro Locutor)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Roberto Carlos.

O SR. ROBERTO CARLOS (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, servidores, telespectadores da TV Assembleia e TV Educativa, criamos uma Frente

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90 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Parlamentar em defesa do Estado Presente. Entendemos que o programa criado no seio do Governo do Estado, Estado Presente, que está sendo coordenado pela Secretaria de Ação Estratégica, é um programa fundamental para a redução da violência e da criminalidade no Estado do Espírito Santo. Pensando nisso, entendemos que é fundamental a presença do Estado e os esforços do Governo têm sido nessa direção, principalmente nos aglomerados de bairros onde temos mais de cinquenta por cento de incidências de homicídios. No nosso Município de Serra, temos alguns aglomerados que faz parte do Estado Presente; territórios que fazem parte do Estado Presente: A região de Nova Almeida; da Grande Jacaraípe; Vila Nova de Colares; Feu Rosa; Planalto Serrano, Vista da Serra I ,Vista da Serra II e a região de Carapina. A Frente Parlamentar tem o objetivo de levar as políticas públicas, debater com a sociedade, debater com a população, quais as carências no âmbito do Estado e do município naqueles aglomerado de bairros. Tivemos uma reunião semana passada com o Senhor Luiz Ciciliotti , Secretário Chefe da Casa Civil; e o Senhor Thiago Hoffman, Secretário de Estado de Governo; e o Senhor Álvaro Rogério Duboc Farjado, Secretário de Estado de Ação Estratégica, e desenhamos o que seria a contribuição da Frente Parlamentar na mobilização da sociedade nos bairros do Estado Presente. Realizamos semana passada uma reunião no Município de Nova Almeida. Nesse primeiro momento, apenas com as lideranças religiosas, comunitárias e tivemos a oportunidade de reunir em torno de cinquenta pessoas, cinquenta lideranças daquela grande região do Município de Serra. Foram pontuadas algumas carências no âmbito da prefeitura e no âmbito do Estado, e no dia 27 de junho faremos uma grande Audiência Pública. Portanto, solicitamos ao Senhor Thiago Hoffman, Secretário de Estado de Governo, de quem tive a solidariedade, para que o Governo do Estado possa participar com a presença dos Secretários Municipais das pastas estratégicas na área social. Estivemos hoje reunidos com o Secretário de Estado da Saúde, que nos garantiu a presença no dia 27 de junho. Vamos movimentar esses bairros que fazem parte do programa Estado Presente, essas localidades que correspondem a mais de cinquenta por cento dos homicídios do Estado do Espírito Santo. Entendemos que é fundamental intensificar a presença do Estado, é fundamental que as políticas públicas do esporte, da cultura, do lazer e da educação estejam associadas à presença das forças policiais. Não temos dúvidas de que teremos posteriormente, com a implementação já feita nesse momento do programa Estado Presente, a redução da criminalidade no Estado do Espírito Santo. Ouvimos atentamente o pronunciamento do Senhor Deputado Marcos Mansur, que nos antecedeu, e concordamos em parte. É fundamental

entendermos esse processo social da violência no Brasil, em particular nos grandes centros urbanos. Não é preciso dizer e lembrar de que a Região Metropolitana da Grande Vitória foi uma das regiões que mais cresceu nos últimos trinta anos. Serra foi o município que mais cresceu no Brasil no censo de 1980, comparado ao de 1970. Hoje estamos em uma Região Metropolitana com sérias questões relativas à criminalidade. Por isso as estatísticas são ruins em todos os critérios da criminalidade. Mas já começamos a perceber a presença do Estado, as ações do Governo, o equipamento policial, o aumento do efetivo e as políticas públicas começando a permear esses rincões. Estamos em um momento difícil, sem dúvida, mas guardamos a esperança de que o Estado do Espírito Santo, liderado pelo Senhor Governador Renato Casagrande, terá condições sim de enfrentar o desafio posto para nós. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Roberto Carlos, pois sou o próximo orador inscrito na fase das Comunicações. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Glauber Coelho.

O SR. GLAUBER COELHO - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, telespectadores que nos acompanham através da TV Assembleia e TV Educativa e das galerias da Casa, fazemos coro às palavras dos Senhores Deputados Theodorico Ferraço, Doutor Hércules e Marcos Mansur, que registraram, na tarde de hoje, a presença de dois vereadores do Município de Cachoeiro de Itapemirim, Senhores Luisinho Tereré e José Carlos Amaral, dois vereadores amigos, colegas da Câmara Municipal de Cachoeiro de Itapemirim. Os dois, juntos, possuem mais de dez mandatos, ou seja, longa e vasta experiência em serviços prestados no nosso município, na nossa cidade. Desejamos boas-vindas a esses dois vereadores que vieram pleitear recursos, verbas, emendas e benefícios para Cachoeiro de Itapemirim junto aos Senhores Deputados desta Casa de Leis, entre eles o Senhor Deputado Theodorico Ferraço, Presidente desta Casa de Leis. Aproveitamos a oportunidade para registrar que na semana passada estivemos em São Paulo, representando a Comissão de Agricultura desta Casa de Leis em um encontro que é realizado de dois em dois anos pelo Cecafé - Conselho dos Exportadores de Café do Brasil. E naquela oportunidade o Senhor Governador Renato Casagrande foi prestigiado, reverenciado e homenageado pelos brilhantes e relevantes serviços que este Governo presta à

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 91

cafeicultura capixaba. Destacamos de forma muito especial e importante, que a homenagem concedida ao Senhor Governador Renato Casagrande não foi feita exclusivamente para S. Ex.ª, mas para todos os profissionais que todos os dias labutam, trabalham, se dedicam e se entregam para melhorar ainda mais a qualidade das nossas lavouras cafeeiras, que são os funcionários do Incaper, das secretarias municipais de agricultura, do Idaf, do Governo Estadual e do governo municipal. É importante colocar nesse bojo, nesse contexto, a participação do nosso produtor rural, da nossa produtora rural, que vivem com muita dificuldade, que lutam diuturnamente com todas as suas forças. Senhor Deputado Roberto Carlos, sabemos que para quem vive no interior, para quem mora na roça, não existe sol, nem chuva, nem feriado, nem final de semana, ou seja, eles se dedicam muito e o tempo todo e tudo aquilo que ingerimos aqui eles produzem lá e tudo aquilo que é produzido lá é comercializado aqui, ou seja, temos uma dívida de gratidão enorme e eterna com os rincões interioranos do Estado do Espírito Santo. Em São Paulo, representando esta augusta Casa de Leis, sentimo-nos extremamente lisonjeado em poder participar daquele momento importantíssimo, que já está registrado na história deste Estado. Várias outras Unidades da Federação gostariam de ter tido a mesma oportunidade que o Estado do Espírito Santo teve: cem anos de café Conilon. Nenhum outro Estado da Federação melhorou substancialmente a sua qualidade e nenhum outro Estado da Federação cresceu substancialmente na sua produção, na sua colheita, nos últimos anos, principalmente no ano passado quando mais de dez milhões de sacas de café Conilon e café Arábica foram colhidos pelos produtores e pelas produtoras capixabas. É importante fazermos este registro, informando que o nosso Estado está a passos largos caminhando cada vez mais para nos tornarmos não somente esta referência que já somos, mas para nos colocar como pioneiro, em primeiro lugar no pódio, como o Estado - guardada a sua proporcionalidade - que mais produz quantidade e qualidade do seu café. Senhor Presidente, era isso o que tínhamos a manifestar na tarde de hoje e retornaremos em breve com outras informações, com outras notícias. Muito obrigado. (Muito bem!)

(Comparecem os Senhores Deputados Cacau Lorenzoni, Luiz Durão e Paulo Roberto)

O SR. PRESIDENTE - (ROBERTO CARLOS) - Devolvo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Glauber Coelho. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Assumo a presidência dos trabalhos e concedo a palavra ao Senhor Deputado Da Vitória. O SR. DA VITÓRIA - (Sem revisão do

orador) - Senhor Deputado Glauber Coelho, que ora preside esta sessão, Senhor Deputado Roberto Carlos, como também o Senhor Deputado José Carlos Elias, que aniversariou no sábado passado e ganhou de presente para a cidade onde S. Exª foi o mais votado a inauguração da indústria Itatiaia. Cumprimentando S. Ex.a cumprimentamos todos os nobres Pares, profissionais de imprensa e sociedade capixaba que nos assiste ao vivo pela TV Assembleia. Senhor Deputado Roberto Carlos, hoje também faz aniversário um projeto instituído por Paulo Freire, que fez diferença na vida de muitas pessoas do Nordeste do nosso País, que é o método Paulo Freire de trabalhar a analfabetização. Queremos comemorar a instituição desse projeto. Senhor Presidente, o jornal O Globo fez um registro no dia de hoje com a seguinte matéria: Povo e tijolo como técnica para ensinar a ler: Era um dia como outro qualquer, em 1963, quando os pais de dona Maria Eneide de Araújo Melo ouviram correr na cidade de Angicos, a 171 km de Natal, no Rio Grande do Norte, a notícia de que, ali, os adultos poderiam aprender a ler e escrever em apenas 40 horas. Era a oportunidade para quem, quase aos 30 anos, sequer sabia quantas letras eram necessárias para riscar o próprio nome. Analfabetos, como 40% da população brasileira adulta daquela época, Severino de Araújo e Francisca de Andrade Araújo pensaram: “Por que não tentar?”. Em 18 de janeiro de 1963, o educador Paulo Freire deu início à primeira turma em que aplicaria seu método. Severino e Francisca estavam em um dos círculos de cultura que contavam com até 15 alunos. Quatro meses depois, o país tinha menos 300 analfabetos, graças ao trabalho conhecido como as 40 horas de Angicos — que completa agora seus 50 anos. Sem ter com quem deixar a filha, Severino e Francisca levavam Maria Eneide, então com 6 anos, para as aulas. Mesmo sem ser o público-alvo do projeto, a pequena aprendeu a ler e a escrever. Antes de morrer, os pais, analfabetos até a vida adulta, viram, com orgulho, a filha virar professora. — Depois de aprenderem a ler e a escrever, eles fizeram questão de fazer outra identidade, em que pudessem assinar. Mesmo sendo uma aula de alfabetização, os professores incentivavam os alunos a tirarem os documentos e a conhecerem seus direitos — disse Maria Eneide, que hoje tem 56 anos. Inédito, o projeto rompeu os conceitos de alfabetização da época. Primeiro, porque se baseava na experiência de vida das pessoas. Segundo, porque um dos objetivos era dar ao aluno um espírito crítico sobre o papel do homem no mundo — as duas primeiras aulas eram apenas sobre cultura. Terceiro, porque não existiam cartilhas, com lições programadas. Paulo Freire repudiava o uso do material que, segundo ele, pouco tinha a ver com a realidade do aluno.

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92 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

— Ele dizia que eram palavras e uma metodologia que vinha de cima para baixo. O aluno era apenas um objeto — disse Marcos Guerra, um dos coordenadores dos círculos de cultura onde era difundido o método de Paulo Freire, durante seminário promovido pela Fundação Roberto Marinho em comemoração aos 35 anos do Telecurso. No método Paulo Freire, eram identificados, a partir de uma conversa, os termos que faziam parte do cotidiano da turma. Eram as chamadas palavras geradoras. A partir de uma expressão mais simples, os alunos aprendiam o que eles mesmos apelidaram carinhosamente de famílias. Assim, a partir de palavras mais simples como povo, voto ou tijolo, os adultos aprendiam as “famílias” silábicas. E passavam a notar que, com isso, já poderiam formar outros termos. — O significado é bem maior do que uma experiência que repercutiu fora do Brasil e é válida até hoje. É um método que desperta o desejo de continuar aprendendo o resto da vida — disse o presidente do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti. Freire foi considerado subversivo O método agradou. A formatura da turma pioneira em Angicos, escolhida para ser a primeira a viver a experiência por ser a terra do governador do estado à época, Aluísio Alves, contou com a presença do então presidente João Goulart. O método ganhou expansão, foi exportado para outros estados e impulsionou o Programa Nacional de Alfabetização. Numa época em que analfabetos não podiam votar, o país ganhava não só mais pessoas que sabiam ler e escrever, mas também eleitores. Foi somente com a promulgação de uma emenda constitucional em 1985 que os analfabetos recuperaram o direito de votar, em caráter facultativo. O projeto não teve vida longa. Veio o golpe militar, em 1964, e a difusão do método caiu por terra. Uma prática que ensinava aos alunos não só as letras, mas seu papel no mundo e sua importância para a sociedade não agradava aos militares. Prova disso é um trecho do Inquérito Policial Militar a que Paulo Freire respondeu durante a ditadura: “É um dos responsáveis pela subversão imediata dos menos favorecidos”, dizia o relatório de outubro de 1964. Considerado subversivo, Paulo Freire terminou preso e exilado. Mesmo com o pouco tempo de existência, o método fez o educador ser, até hoje, um dos brasileiros mais estudados no exterior. — O Brasil ainda fala pouco de Paulo Freire. O mundo se apropriou muito mais da teoria dele. As grandes universidades americanas e europeias lembram nas salas de aula, na grade curricular, a importância de Paulo Freire. Se você diz lá fora que conviveu com Paulo Freire querem tirar foto com você — lembra Vilma Guimarães, gerente-geral de Educação e Implementação da Fundação Roberto Marinho, que conviveu com o educador por 40 anos e exalta o legado do amigo.

Apesar de cinquentenário, o projeto de Paulo Freire ainda é considerado atual pelos educadores: — O método não envelheceu. Continua sendo atual. Se não está sendo usado é porque não corresponde ao objetivo dos governantes — afirmou Marcos Guerra. Quando a experiência de Angicos completou 30 anos, Paulo Freire voltou à cidade. Reencontrou os alunos que, emocionados, agradeciam ao educador que desenvolveu a teoria que os ajudou não só a aprender as letras, mas a escrever o próprio futuro. (Muito bem!) O SR. DA VITÓRIA - Senhor Presidente, pela ordem! Embora tenha lido partes do texto, solicito a V. Ex.ª sua inclusão na íntegra nas notas taquigráficas.

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Defiro. Solicito à Taquigrafia que inclua como parte integrante do discurso do Senhor Deputado Da Vitória o material que será entregue por S. Ex.ª.

O SR. DA VITÓRIA - Obrigado, Senhor Presidente. Finalizando, como Presidente da Comissão de Educação nesta Casa, deixamos a nossa manifestação em favor desse grande educador que, muitas das vezes, teve muito mais valor em outros países do que no nosso próprio País. Com um método simples como esse e barato, ele ensinou tantas pessoas a não só deixarem de serem analfabetas, mas escreverem a sua própria história de vida. (Muito bem!) (Retira-se momentaneamente o Senhor Deputado Marcelo Santos)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Passo a presidência dos trabalhos ao Senhor Deputado Luiz Durão. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Assumo a presidência dos trabalhos neste momento e concedo a palavra ao Senhor Deputado Marcelo Santos. (Pausa) Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado Genivaldo Lievore. O SR. GENIVALDO LIEVORE - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, nos pronunciamentos de hoje ouvimos o Senhor Deputado Marcos Mansur falar sobre a violência, sobre a banalidade da vida em alguns casos recentes que ocorreram em nosso Estado que chocaram a sociedade. Ouvimos o Senhor Deputado Roberto Carlos falar sobre a realização de audiência pública para discutir Segurança Pública no Município de Serra.

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 93

Hoje trataremos de um assunto que ainda é um tabu na sociedade, ou seja, embora a ONU já discuta a problemática das drogas na sociedade, esse assunto ainda é considerado tabu. Ontem, no jornal A Tribuna, o Desembargador Pedro Valls Feu Rosa, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Espírito Santo, abordou o tema sobre drogas. Nesse texto há algumas informações importantes para a nossa reflexão, a fim de que tenhamos uma nova abordagem. A Organização dos Estados Americanos - OEA - com seus países membros, também já se pronunciou sobre o assunto, mas de forma muito incipiente para que possamos tocar na raiz do problema. O texto assinado pelo Senhor Desembargador Pedro Valls Feu Rosa diz: No Brasil, 56,12% dos assassinatos têm ligação direta com o tráfico. Os mortos, em sua maioria, são jovens pobres e negros entre quinze a vinte e cinco anos de idade. Uma perda triste para um país que busca o desenvolvimento. A Organização das Nações Unidas também publicou um texto em que reconhece o fracasso das políticas de repressão às drogas, informando que os Estados Unidos, desde 1970, já gastaram mais de um trilhão de dólares na “guerra às drogas” e o consumo aumentou. O consumo de todas as drogas lícitas e ilícitas aumentou. Discutem-se a questão da descriminalização do uso de drogas. Descriminalizar não é legalizar, é tratar o uso das drogas, atualmente lícitas, como problema de saúde pública e não como um crime. Portanto, Senhor Deputado Roberto Carlos, professor, estamos diante de um grande desafio. Caso a sociedade, os legisladores e o mundo não se alertarem para uma nova política sobre drogas, não teremos êxitos. Mais de três por cento do PIB mundial movimentam o narcotráfico. É muita gente envolvida e portanto esse assunto tem que ser muito bem debatido para que tenhamos políticas públicas sobre drogas que deem resultado e não essas repressivas, que embora se tenha investido milhões, ainda não deram resultado para a sociedade. Muito obrigado, Senhor Presidente. (Muito bem!)

(Retiram-se momentaneamente os Senhores Deputados Freitas e José Esmeraldo)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Concedo a palavra à Senhora Deputada Janete de Sá.

A SR.ª JANETE DE SÁ - (Sem revisão da oradora) - Senhor Presidente Luiz Durão, Senhoras Deputadas, Senhores Deputados, presentes neste plenário e telespectadores da TV Assembleia, assomo à tribuna desta Casa de Leis para retratar a importância da inauguração da primeira Fábrica de Móveis Itatiaia no Município de Sooretama. É a primeira fábrica fora do Estado de Minas Gerais.

A empresa foi criada por um idealizador há quarenta e nove anos no Estado de Minas Gerais, na Zona da Mata Mineira, no Município de Ubá. É uma empresa de família que inicialmente começou fazendo armários de cozinha. Senhora Vereadora Irmã Ilza, que nos assiste das galerias deste plenário, a empresa escolheu o Estado do Espírito Santo, numa região pobre, no Município de Sooretama, onde as oportunidades de emprego são muito escassas. A empresa Itatiaia, fez um trabalho bonito, uma fábrica maravilhosa, grande, com instalações moderníssimas e inaugurou uma filial nesse Município no sábado, às16h, onde estivemos juntos com vários Senhores Deputados desta Casa de Leis, com o Senhor Renato Casagrande, Governador do Estado do Espírito, Senadores da República, também estiveram conosco os Senhores Deputados de Minas Gerais. Realmente, foi um evento grandioso. Essa filial gera mais de mil e duzentas oportunidades de empregos, Senhora Irmã Ilza, V. Ex.ª que é do Município de Ponto Belo, sabe o quanto é difícil conseguir emprego no interior. A empresa que gera mais de mil e duzentas oportunidades de emprego numa fábrica, trabalhará com produtos da linha branca no Estado do Espírito Santo, como fogões. É a primeira vez que essa empresa Itatiaia entra com a linha de fogões e construiu a sua indústria em nosso Estado, no Município de Sooretama. Serão feitos fogões, armários de cozinha, armários de banheiro e também parte da bancada de fogões, onde não precisa ter o forno. Partes de bancada também será feita nessa empresa que produzirá setecentos fogões por dia. Só fogões. Estará indiretamente empregando naquela região cerca de três mil trabalhadores. Uma empresa que investiu mais de duzentos milhões de reais no Estado do Espírito Santo. O terreno foi adquirido pela própria empresa Itatiaia. O Doutor Victor Penna Costa, é o proprietário, o Diretor-Presidente, um empreendedor de sucesso. S. S.ª nos disse que havia conversado com prefeitos de outros municípios da região moveleira, mas que a inclinação de S. S.ª pelo Município de Sooretama, era, especialmente, devido àquela região necessitar de investimento e de empregos para abrigar aquela população tão valorosa. Fica nesta Casa Legislativa o nosso carinho à empresa Itatiaia, ao seu Diretor-Presidente, a todos os acionistas, a todos os empregados e colaboradores. Meu abraço a todos por meio do Senhor Victor Penna Costa, Diretor-Presidente da empresa, e ao Doutor Marcelo, que dirige as operações no Estado do Espírito Santo. Enviamos o nosso abraço carinhoso da Assembleia Legislativa, o carinho deste Estado e do povo capixaba, para esses empreendedores que vem para este Estado trazendo riqueza para a nossa região e assim este Estado fica maior, com certeza, com a fábrica da Itatiaia no norte do nosso Estado. Os recebemos de braços abertos e o Estado do Espírito Santo é uma terra de oportunidades. É uma terra que sempre gostou dos mineiros, amou e

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94 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

acolheu o povo do Estado de Minas Gerais, e acolhe esta grandiosa empresa, e ela tem na Assembleia Legislativa vários Senhores Deputados que são seus parceiros, solidários e tem essa Deputada também, a Senhora Deputada Janete de Sá, para contribuir no que for possível para que os negócios da Itatiaia naquela região deslanchem favoravelmente ao enriquecimento do nosso povo e à abertura de oportunidades para a nossa gente. Encerro dizendo que gostei muito da frase, que é símbolo da Itatiaia no Município de Sooretama, a primeira filial dela fora do Estado de Minas Gerais, que diz: Itatiaia, mineira de nascença e capixaba de coração. Parabéns ao Doutor Victor Costa, obrigada pelo carinho e S. S.ª tem a nossa contribuição e o carinho do povo capixaba por esta obra grandiosa e pelo seu estilo empreendedor no Estado do Espírito Santo. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Concedo a palavra ao Senhor Deputado Freitas. (Pausa) Ausente, concedo-a ao Senhor Deputado José Esmeraldo. (Pausa) Ausente. Não havendo mais oradores que queiram fazer uso da palavra na fase das Comunicações, passa-se à

ORDEM DO DIA: Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 91/2013, da Deputada Lúcia Dornellas, que disciplina a aplicação de multas as instituições financeiras que não disponibilizarem ao consumidor o boleto para quitação antecipada do contrato, com a redução de juros e demais acréscimos proporcional ao período da quitação pleitada. Publicado no DPL do dia 09/04/2013. Parecer n.º 153/2013, da Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade, publicado no DPL do dia 28/03/2013. Discussão se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei n.º 74/2013, do Deputado Gildevan Fernandes e outros, que declara de Utilidade Pública o Centro de Recuperação de Dependentes Químicos Nova Aliança - CRENA, no Município de Sooretama. Publicado no DPL do dia 15/03/2013. Parecer n.º 90/2013, da Comissão de Justiça, pela constitucionalidade e legalidade, 07/2013, da Comissão de Assistência Social pela aprovação. Lido no Expediente da Sessão Ordinária do dia 29/05/2013. Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 40/2013, do Deputado Dary Pagung, que concede Título de Cidadania Espírito-Santense ao Dr. Júlio César Costa de Oliveira. Publicado no DPL do dia 28/05/2013.

Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 41/2013, do Deputado Luiz Durão, que concede o Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Sérgio Alves Pereira. Publicado no DPL do dia 28/05/2013. Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 145/2013, do Deputado Dary Pagung, que dispõe sobre a obrigatoriedade das empresas que disponibilizam o serviço de atendimento ao consumidor-SAC, a criarem canal direto de comunicação gratuito por telefone entre a Empresa e o PROCON Estadual. Publicado no DPL do dia 16/05/2013. Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 42/2013, do Deputado Luiz Durão, que concede o Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor Washington Antonio Monteiro. Publicado no DPL do dia 03/06/2013. Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 43/2013, do Deputado Luiz Durão, que concede o Título de Cidadania Espírito-Santense ao Senhor José Roberto Macedo Fontes. Publicado no DPL do dia 03/06/2013. Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 44/2013, do Deputado Paulo Roberto, que concede o Título de Cidadania Espírito-Santense a Senhora Alexandra Priscila Nascimento. Publicado no DPL do dia 03/06/2013. O SR. SANDRO LOCUTOR - Senhor Presidente, pela ordem! Senhor Deputado Luiz Durão, nosso querido xeique, presidindo a sessão neste momento, gostaríamos de usar o microfone para informa à Mesa Diretora e aos colegas Deputados desta Casa que, juntamente com o Senhor Deputado Marcos Mansur, estivemos hoje pela manhã, em torno das onze horas, representando esta Casa no Ministério Público do Estado do Espírito Santo, na sessão solene de posse dos novos membros do Conselho Superior do Ministério Público. Sob a presidência do Doutor Eder Pontes, prestigiamos a eleição dos novos membros do Conselho Superior, são eles: Doutores José Adalberto Dazzi, Fábio Vello, Célia Lúcia Vaz de Araújo, Domingos Ramos Ferreira, e, para minha satisfação, meu pai, Eliezer Siqueira de Sousa, também um dos membros do novo Conselho Superior do Ministério Público. Nossas homenagens a esses Doutos Procuradores de Justiça do Estado do Espírito Santo, que têm feito um trabalho importante. O Ministério Público é uma instituição respeitada e respeitosa, tem mantido relações estreitas com a Assembleia Legislativa, e vale ressaltar que e essas relações têm um papel fundamental. Nesta oportunidade, não poderia deixar de fazer um apelo à bancada de Deputados Federais do Estado do Espírito Santo que votem contra a PEC 36.

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 95

Achamos ser um retrocesso na democracia em nosso País. Congratulamo-nos com os novos Conselheiros do Conselho Superior do Ministério Público, mas não deixamos de apelar à bancada de Deputados Federais do Espírito Santo para que votem contra a PEC 36, porque restringir o trabalho do Ministério Público é um verdadeiro retrocesso na democracia brasileira. Nada contra o trabalho dos delegados, pelo contrário, devemos fortalecer e dar condições às polícias civil e federal para investigarem de fato. Muito obrigado, Senhor Presidente. O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Discussão prévia do Projeto de Lei n.º 91/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. Informo aos Senhores Deputados que se o Parecer n.º 153/2013, da Comissão de Justiça, for aprovado, o projeto será arquivado; se rejeitado, o projeto seguirá tramitação normal. Em votação o Parecer n.º 153/2013, da Comissão de Justiça, pela inconstitucionalidade do Projeto de Lei n.º 91/2013.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor Presidente, pela ordem! Requeiro a V. Ex.ª verificação de quorum para efeito de votação.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - É regimental. Solicito aos Senhores Deputados que registrem presença nos terminais eletrônicos. (Pausa)

(Procede-se ao registro das presenças)

(Comparece o Senhor Deputado Gilsinho Lopes e retiram-se os Senhores Deputados Da Vitória, Dary Pagung, Elcio Alvares, Euclério Sampaio, Glauber Coelho, José Carlos Elias, José Esmeraldo, Luzia Toledo, Marcelo Santos, Sérgio Borges e Theodorico Ferraço)

(Registram presença os Senhores Deputados Cacau Lorenzoni, Claudio Vereza, Doutor Hércules, Freitas, Genivaldo Lievore, Gilsinho Lopes, Jamir Malini, Janete de Sá, Luiz Durão, Marcos Mansur, Paulo Roberto, Roberto Carlos, Rodrigo Coelho e Sandro Locutor)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Registraram presença quatorze Senhores Deputados. Não há quorum para votação, pelo que fica adiada. Discussão, se houver recurso, na forma do art. 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, do Projeto de Lei n.º 74/2013. Não havendo recurso, o projeto segue à Secretaria para extração de autógrafos.

Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 40/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes. Discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.º 41/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue às Comissões Permanentes. Discussão especial, em 2.ª sessão, do Projeto de Lei n.º 145/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 3.ª sessão. Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 42/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 2.ª sessão. Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 43/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 2.ª sessão. Discussão especial, em 1.ª sessão, do Projeto de Decreto Legislativo n.o 44/2013. Em discussão. (Pausa) Não havendo oradores que queiram discuti-lo, declaro encerrada a discussão. O projeto segue à 2.ª sessão. Finda a Ordem do Dia, passa-se à fase do Grande Expediente, hoje destinado ao uso da Tribuna Popular, conforme previsto no art. 269 do Regimento Interno. A Presidência suspenderá a presente sessão para a entrada dos convidados. (Pausa)

(A sessão é suspensa às 16h11min e reaberta às 16h12min)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) -

Está reaberta a sessão. Concedo a palavra, por indicação do Senhor Deputado Doutor Hércules, ao Senhor Antônio Chalhub, arquiteto, para falar, durante quinze minutos, sobre a viabilidade de implementação da Lei n.° 3.005/94, denominada Bondinho de Vila

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96 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Velha.

O SR. ANTÔNIO CHALHUB - (Sem revisão do orador) - Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, com muita satisfação recebi o convite do Senhor Deputado Doutor Hércules para comparecer à Assembleia Legislativa e apresentar algumas reflexões sobre o processo de estruturação espacial do nosso Estado, da região metropolitana e do Município de Vila Velha, nossa terra Canela-Verde. A legislação urbanística do Estado do Espírito Santo - e o Senhor Deputado Doutor Hércules, na época Vereador de muitos mandatos em nossa Cidade Canela-Verde -, faz parte da história do Município de Vila Velha. Desde a década de 80, a legislação urbanística começou a apresentar a proposição de construir um bondinho ou um teleférico para o morro do Moreno e o morro do Convento da Penha. Esse entendimento é um importante processo de desenvolvimento do turismo não somente da terra Canela-Verde, mas também de toda a região metropolitana da Grande Vitória e do Estado do Espírito Santo. A proposição apresentada desde a década de 80, pelo projeto de lei de autoria do Senhor Deputado Doutor Hércules, é extremamente importante para que tenhamos equipamentos que atraiam ainda mais o turista para o nosso Estado. Aproveito a oportunidade para fazer algumas reflexões com as Senhoras Deputadas e os Senhores Deputados sobre o processo de legislação. Preparamos um livro, agora editado, intitulado de O imaginário da cidade no pacto Socioambiental de um plano diretor municipal: o planejamento urbano e a lei em Vila Velha - 1948/2008. É importante perceber que isso não é só sobre o Município de Vila Velha, porque o poeta já bem disse: a nossa aldeia é universal. E quando discutimos e apresentamos a história do Município de Vila Velha e toda a sua legislação urbanística e ambiental falamos de como o processo de urbanização aconteceu no Brasil e no mundo. Percebemos que nas décadas de 1910 e de 1930 o planejamento urbano se tratava de desenho urbano. Os Senhores ouviram falar do Novo Arrabalde, em Vitória. É essencialmente o desenho urbano. Na década de 50, foram os planos de desenvolvimento; na década de 60, foram os urbanismos feitos por meio de grandes projetos e, nesse caso, lembramo-nos da CST e da Vale. E, na década de 80 e 90, tivemos um grande avanço no Brasil, que refletiu em todos os municípios do País, que foi o planejamento urbano e regional. Isso ocorreu quando se começou a fazer planejamento com economistas. A Constituição de 1988 inseriu pela primeira vez a política urbana em um de seus artigos. Isso foi extremamente importante. São apenas dois artigos sobre a política urbana, mas foi a primeira vez que

isso aconteceu no Brasil. A política urbana está na Constituição. A partir de 2001, com o Estatuto da Cidade, passou-se a exigir a elaboração dos Planos Diretores Municipais. É o que estamos vivendo hoje. Esses Planos Diretores Municipais precisam estabelecer a estruturação espacial das cidades. Portanto, trago essa reflexão para os Senhores Deputados e as Senhoras Deputadas. A Constituição de 1988 acabou com a figura das regiões metropolitanas enquanto ente administrativo. Mas, essa atribuição foi passada para a Assembleia Legislativa. Ainda é muito cedo! Estamos engatinhando nesse processo. E a questão metropolitana é uma atribuição desta Casa de Leis. A partir de 2000, o planejamento urbano deixou de ser desenho urbano e passou a ser planejamento como lei. Esta Casa é um dos Poderes da República e tem um grande poder, que é o de estabelecer o uso e a ocupação do território metropolitano. Essa atribuição, conforme a Constituição de 1988, é desta Casa de Leis. Os Senhores têm um grande poder de estabelecer qual é o planejamento urbano como lei para o Estado do Espírito Santo. Qual é o Plano Diretor Metropolitano? Isso não precisa ser feito como planejamento-espetáculo, como planejamento 10/15 ou como planejamento Espírito Santo 20/25. Mas tem que ser feito com uma lei. Foi isso o que a Constituição de 1988 estabeleceu; foi isso o que o Estatuto da Cidade estabeleceu. E V. Ex.ªs têm esse grande poder de estabelecer qual será o Plano Diretor Metropolitano. Esse processo deriva lá de trás, quando as câmaras municipais tinham o poder de definir o local, e essa atribuição metropolitana passou para a Assembleia legislativa. Essa é a grande questão. A Assembleia legislativa, hoje, tem esse poder. Pode usar ou não esse poder; pode estabelecer ou não a estruturação espacial de toda a rede de cidades do Estado do Espírito Santo. V. Ex.as podem muito bem perceber que rapidamente fiz um retrospecto do que era o planejamento urbano ou como traçado urbanístico que foi até a década de 1990 ou como lei. Hoje, planejamento urbano é lei. Conseguimos aprender isso na medida em que começamos a ver a história de toda a legislação urbanística e ambiental de Vila Velha. É nesse contexto que a lei apresentada pelo Senhor Deputado Doutor Hércules, como Vereador pelo Município de Vila Velha por muitos mandatos, onde estabeleceu o uso e ocupação para um teleférico em Vila Velha como um processo de desenvolvimento do turismo naquela cidade e na Região Metropolitana, já antevia o que a Constituição de 1988 e o Estatuto das Cidades de 2000 trouxeram tanto para as Câmaras Municipais, que é a definição do seu Plano Diretor Municipal do uso e ocupação do seu território, como também contribui para que esta Casa de Leis discuta o seu poder de fazer o planejamento urbano e metropolitano do Estado do

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 97

Espírito Santo. Quais são os eixos estruturais de desenvolvimento do Estado do Espírito Santo? Hoje discute-se a implantação de diversos portos no Estado, empreendimentos como siderúrgicas, fábricas e diversos outros empreendimentos que estão na verdade estruturando nosso espaço, mas isso está se dando independente de um plano diretor de estruturação espacial da rede de cidades do Espírito Santo. Isso, Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, deve ser repensado porque este é um poder que foi concedido a esta Casa de Leis. O Planejamento e a estruturação espacial do Estado do Espírito Santo, os seus empreendimentos econômicos, os portos, as indústrias e todo uso de ocupação que deve ser feito, é uma atribuição desta Casa de Leis. Gostaria de deixar essa reflexão: Ou esta Casa de Leis retoma o processo de estruturação espacial do Estado do Espírito Santo, estabelecendo critérios e regras para implantação desses grandes empreendimentos, da mesma forma que discuta a implantação de equipamentos de turismo e proteção das paisagens e de nossas belezas, ou esse processo vai acontecer independentemente por interesses econômicos e conflitos inerentes a ocupação do território. Historicamente as cidades têm função em nosso Estado de acordo com os interesses econômicos. Ou era Vila Velha porque foi o primeiro local de chegada com a Baia Brigada ou foi Vitória num segundo momento, como segurança, para fugir dos índios de Vila Velha que sempre foram aguerridos naquelas terras canela-verde. Vila Velha se desenvolveu muito até a década de 1910, de 1920, porque o porto era em Vila Velha; a estrada de ferro chegava a Vila Velha. A estação ferroviária era em Vila Velha. E o porto era lá. Com a construção da ponte e o porto mudando para Vitória, a atividade econômica veio para Vitória. Os grandes projetos na década de 70 levaram o desenvolvimento para o norte da Ilha de Vitória. Ou se discute critérios e se estabelece um Plano de Estruturação Espacial do Território do Estado do Espírito Santo para esses empreendimentos, ou vamos continuar atrás de resolver os problemas que esses grandes empreendimentos trazem. Eles trazem o desenvolvimento, mas trazem algum prejuízo do ponto de vista de mobilidade urbana, de segurança, de saúde. E isso tem que ser pensado no Plano Diretor. Senhor Presidente, Senhoras Deputadas e Senhores Deputados, é essa reflexão que gostaria de trazer para V.Ex.as sem mais delongas, para que esta Casa de Leis continue com a sua atribuição de discutir um processo de estruturação espacial do Estado do Espírito Santo e da Região Metropolitana e que o planejamento urbano, que a partir da década de 2000 é essencialmente lei - e é por isso que me deu uma grata satisfação esse convite do Senhor Deputado Doutor Hércules de estar nesta tribuna discutindo o planejamento urbano como lei -, porque é esta a

conclusão a que chegamos. Estamos engatinhando, ainda, nesse processo. Temos muito que aprender. Há uma década estamos aprendendo ainda como fazer o planejamento como lei. Essa é a reflexão que gostaria de trazer aos Senhores Deputados. Muito obrigado.

O Sr. Claudio Vereza - Senhor Antônio Chalhub, saudamos sua presença aqui, por meio da indicação do Senhor Deputado Doutor Hércules. Quero saudar, também, V. S.ª pela elaboração do livro O imaginário da cidade no pacto socioambiental de um plano diretor municipal: o planejamento urbano e a lei em Vila Velha, de 1948 a 2008. Agradeço por V. S.ª ter tido a gentileza de enviá-lo a mim. Sou um apaixonado por esses temas, pelo processo de formação das cidades, e de como, talvez, algumas foram pensadas. É o caso de uma parte da cidade de Vitória, Novo Arrabalde. V. S.ª analisa essa parte da expansão de Vitória para o seu lado norte. E inclusive documenta tudo isso com fotografias, com plantas. Em minha opinião é um estudo muito bem feito. Não o li ainda na íntegra, mas ao folheá-lo, vejo que é um estudo bem profundo desse processo. Quero concordar com V. S.ª sobre essa preocupação do processo de desenvolvimento econômico do Estado do Espírito Santo, descalçado de um planejamento das cidades. A impressão é que, preocupados, tendo um paradigma do desenvolvimentismo, deixemos à margem as características, vocações, potencialidades que têm nossas cidades e os nossos Municípios. Há uma ideia de que tem que desenvolver, tem que instalar terminais portuários em toda a orla. E a notícia que temos é que no Iema há pedidos de licença para mais de vinte terminais no Estado do Espírito Santo, ao ponto de o nosso litoral se tornar numa plataforma única - a impressão é essa, se isso tudo for aprovado - em minha opinião. Espero que não. Espero que haja planejamento desse desenvolvimento, como V. S.ª tem colocado aqui nesta sua apresentação. Parabéns por essas preocupações trazidas nesta tarde.

O SR. ANTÔNIO CHALHUB - Obrigado.

O Sr. Doutor Hércules -Senhor Antônio Chalhub, agradeço a presença e a dedicatória tão singela e importante, chamando-me de canela verde. Tenho muito orgulho, mesmo não tendo nascido no Município de Vila Velha, mas o escolhi e o povo me acolheu, há muitos anos, quase quarenta anos. Não posso deixar de dizer que sou um canela verde, com muito orgulho. O livro de V. S.ª é um documentário histórico, que todo administrador público, político e estudantes, todos aqueles que se preocupam com o futuro da cidade, deveriam conhecer. Esse livro é uma obra prima, em que é relatada a história do parcelamento urbano, do racional e do irracional também, usado em algum momento no nosso Município de Vila Velha.

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E não apenas no Município de Vila Velha, mas nos Municípios da Grande Vitória. É muito difícil pensar que os Municípios de Vila Velha, Vitória, Cariacica, Serra, Viana, Guarapari e Fundão, não sejam uma cidade só, uma região só. É preciso que haja um estudo racional, como V. S.ª falou, de que não podemos pensar... por exemplo, a coincidência do teleférico, simplesmente para mostrar que é um equipamento que serviria à região metropolitana toda. Essa foi uma desculpa, digamos assim, para trazê-lo a esta Casa e mostrar essa obra tão importante. Prefeitos, prefeitas, secretários, governador, olhem para isso, e vejam que é uma coisa bem elaborada, começando não só pela dedicatória, que muito me sensibilizou, mas pela poesia da Elisa Lucinda, nossa grande poetisa e atriz, capixaba, homenageada muitas vezes. Fico muito feliz, Senhor Antônio Chalhub, muito honrado em ter V. S.ª falando, da tribuna desta Casa, um pouco do que fez, da história que escreveu, da história que outros escreveram e V. S.ª documentou, aconselhando para que tanta bobagem que já foi feita no Estado do Espírito Santo não continue sendo feita. Pelo menos, segurar um pouco, travar. Não queremos que o progresso pare, mas continue com racionalidade, respeitando a vida de todos, do meio ambiente e de todos que convivem naquele meio ambiente; do inseto ao ser humano, somos todos importantes naquele contexto. A vinda de V. S.ª a essa Casa hoje me deixou muito alegre e se Deus quiser, esse será o começo de uma luta que pretendemos levar a outros municípios, para conhecerem o trabalho maravilhoso, a competência e a garra de V.S.ª, com preocupação e dedicação com o nosso povo. Muito obrigado pela presença.

O Sr. Genivaldo Lievore - Agradeço ao Senhor Antônio Chalhub a participação na Tribuna Popular, com temas que mexem com a vida de todos: Ocupação do Solo Urbano, Função Social da Propriedade e Qualidade de Vida. A Constituição Federal avançou, incluindo em seus artigos 182 e 183 a questão do parcelamento do solo; o Estatuto da Cidade o regulamentou doze anos depois. Tivemos uma lei em 2009, a Lei n.º 11.977, que dizem ser a lei Minha Casa Minha Vida, que criou mais alguns instrumentos importantes para que a ocupação do solo seja realizada de forma ordenada. O que vemos de mais importante em tudo isso, no avanço da lei, e principalmente no Estatuto da Cidade, é que qualquer empreendimento, público ou privado, que pode ser um condomínio, uma escola ou até um bar que gere poluição sonora, precisa de um estudo de impacto de vizinhança. E para mudar essas leis é preciso ouvir a sociedade. Achamos que o maior avanço é a sociedade ter consciência do poder da lei na hora de se discutir os grandes empreendimentos do nosso Estado. Se a sociedade participar ativamente, com certeza não reclamará daqui a cinquenta anos, ou até menos,

porque observamos as ocupações desordenadas das nossas cidades durante o êxodo rural, que mesmo com muito investimento a qualidade de vida não tem como chegar em determinados locais. Parabéns Senhor Antônio Chalhub, o assunto do seu pronunciamento é um assunto que mexe com as nossas vidas. O SR. ANTÔNIO CHALHUB - Agradeço a colocação do Senhor Deputado Claudio Vereza, Canela-Verde como nós, e do Senhor Deputado Doutor Hércules, Canela-Verde por ter suas raízes em Vila Velha, onde o povo percebe que seu coração e suas raízes estão fincados e por esta razão é referência no município. Senhor Presidente, mais uma vez reitero minha satisfação em vir a esta Casa de Leis, porque a história de Vila Velha, como colocou o Senhor Deputado Genivaldo Lievore, não é diferente da história das outras cidades deste Estado e dos demais Estados brasileiros. Esse processo de levantamento dessas informações, feito por mim, foi nada mais do que a sistematização das informações que estavam dispersas em Vila Velha, de todos os loteamentos, separando quais foram os loteamentos regularizados, com os números dos decretos e as áreas; percebendo quais as leis urbanísticas, ambientais e de desenvolvimento urbano foram aprovadas em Vila Velha. Os gregos já diziam lá atrás que as leis são o reflexo da sociedade. E na hora que vemos a lei urbanística e ambiental percebemos que ela é o reflexo da nossa cidade, de todas as cidades. Não é por acaso que a partir da década de 50 as câmaras municipais tinham o poder de aprovar cada investimento do prefeito, em cada rua. E é por isso que existia lei para se construir uma ponte, uma rua ou uma escola. Não é à toa que a partir da década de 90 começaram a aparecer muitas leis ambientais, reflexo da Eco 92, e não é à toa que a partir de 2000 os municípios passaram a fazer o seu Plano Diretor Municipal, que não era obrigatório. Então, o que fizemos a partir de um trabalho exaustivo foi sistematizar a história de Vila Velha. Esse é um trabalho para que possamos refletir como este Estado se desenvolverá, como se estruturará no ponto de vista regional. Vamos interiorizar o desenvolvimento econômico sem estruturar e preparar o território para essa interiorização? Vamos aceitar a aprovação de todos os portos no nosso litoral, sem discutir onde, do ponto de vista da estrutura do nosso território, são importantes para o nosso desenvolvimento? E nossa Região Metropolitana, para a qual devemos dar um aspecto de centralidade? As maiores cidades do mundo já passaram por um processo que agora não é só da indústria, nem do comércio, é dos serviços. Precisamos de um Plano Diretor Integrado para a Região Metropolitana. Não podemos pensar que a Cidade da Serra possa inibir

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um processo industrial no seu território e que isso não traga reflexo para o restante dos municípios da Região Metropolitana. A Cidade de Vitória não pode ser simplesmente uma cidade-corredor, ligando shoppings de outros municípios. Portanto, é a reflexão desse processo que gostaríamos que os Senhores e as Senhoras Deputados fizessem. A discussão desse planejamento, com audiência pública, não é só para fazer planos de gaveta. Senhores e Senhoras Deputados, o processo de planejamento hoje é lei. Planejar é fazer leis de uso e ocupação do solo. O uso e a ocupação metropolitana estão no poder desta Casa de Leis. Gostaríamos de deixar esta reflexão para que possamos avançar e melhorar a qualidade de vida da Região Metropolitana e do nosso Estado. (Muito bem!) O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Concedo a palavra, por indicação do Senhor Deputado Marcelo Santos, ao Senhor Luiz Carlos Siqueira Baltazar, representando o Senhor Otto Baptista, Presidente do Sindicato dos Médicos do Estado, para falar sobre o projeto do Governo Federal de trazer médicos estrangeiros de Portugal e Espanha para trabalhar no Brasil. O SR. LUIZ CARLOS SIQUEIRA BALTAZAR - (Sem revisão do orador) - Cumprimentando o Senhor Deputado Luiz Durão, que ora preside esta sessão, cumprimento os outros Senhores Deputados presentes e, em especial, o Senhor Deputado Doutor Hércules, nosso colega, amigo e defensor da saúde do povo capixaba, quase uma voz isolada nesta Casa de Leis. S. Ex.ª, mais uma vez, também ajuda na inserção do Sindicato para tratar de um tema que parece não ter nada a ver com a população, que parece ser só um tema dos médicos. Mas é um tema de toda a área da saúde, que mexerá com a vida das pessoas. Foi amplamente divulgada a intenção de o Governo Federal trazer para trabalhar, no nosso País, médicos estrangeiros de Portugal, da Espanha, e, principalmente médicos cubanos, com a lógica de levá-los para locais onde não existe assistência médica. As entidades médicas, em nível nacional, Federação Nacional dos Médicos, Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, têm um posicionamento em relação a essa atitude do Governo. O Sindicato dos Médicos do Estado não foge a esse posicionamento. Informo, de antemão, que qualquer fala do Sindicato dos médicos e também da Federação Nacional dos Médicos não tem qualquer conotação política, nem qualquer compromisso político. Não somos filiados a nenhuma central sindical. Temos autonomia para defender o profissional médico, seja no Estado ou no Brasil, sem nenhum comprometimento ou compromisso político. Nosso partido é o partido do médico. Gostaria, se possível, de mostrar alguns slides que eu trouxe.

O Revalida é uma prova que o médico brasileiro faz ao ir trabalhar em outros países. O Ministro Alexandre Padilha tem dito que na Inglaterra e no Canadá isso não acontece, mas não é de boa monta afirmar isso. O médico brasileiro ao ir trabalhar em qualquer país, ou o médico de outros países têm de passar por um processo de avaliação. É assim na Inglaterra, onde há um contingente grande de médicos estrangeiros. Todos têm de passar por uma avaliação. No Brasil estão querendo fugir do Revalida, que nada mais é do que uma prova para que os médicos que vierem do exterior possam ser avaliados. Uma prova objetiva de conhecimentos técnicos e uma prova prática de conhecimentos práticos de Medicina. Tendo passado por essa prova, nenhum médico, nenhuma entidade vai dizer que ele não está apto a atender no Brasil. Mas, estão querendo dar uma volta, passar por fora da legislação até do Plano de Educação Básica do Ministério da Educação. Ou seja, das Leis das Diretrizes Básicas da Educação. E, num acordo político, trazerem médicos para o País, passando ao largo dessa avaliação. Creio que o Ministro da Saúde foi, de uma forma, infeliz ao dizer que para trabalhar na atenção básica seria necessária apenas uma autorização especial. E se o médico estrangeiro tiver de trabalhar em hospitais particulares ou hospitais de alta complexidade. Aí, ele tem que passar por essa prova, tem que ter qualidade. Será que o Governo Federal está criando no Brasil uma população de segunda classe? Ou seja, a população que é atendida pela população básica. Será que para esses não é preciso avaliar a qualidade de quem vai atendê-los? Isso nos causa uma estranheza muito grande. A Venezuela começou com mil e quinhentos médicos cubanos. Hoje, ela tem quinze mil médicos. E está no estado em que está. No ano de 2011 e 2012, mil cento e oitenta e quatro médicos cubanos fizeram o Revalida, passaram por essa avaliação. Sessenta e sete médicos foram aprovados, 5.6%. Vamos colocar para atender à população do Norte e Nordeste, na periferia das cidades, profissionais sem a qualificação que o médico brasileiro tem? Neste País pode-se trabalhar e pode-se atender a população sem qualidade, quando nós e as entidades médicas brigamos para que as nossas universidades tenham qualidade cada vez maior para o médico brasileiro? Enfim, não somos contra - é importante que todos entendam - à vinda de médicos estrangeiros. Somos contra a entrada pela porta dos fundos para atender à população, como se ela não merecesse o respeito de ter qualidade. Senhor Presidente, no primeiro slide de nossa apresentação, há um ofício encaminhado à Senhora Presidenta Dilma Rousseff, que diz: Senhora Presidenta, O Conselho Federal de Medicina (CFM) é uma autarquia federal de direito público, portanto órgão

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do Estado brasileiro, que tem como função defender a sociedade da má prática médica em todos os seus aspectos. Assim, as posições assumidas pelo CFM não são corporativistas, (...) Como muitos pensam. Continuando a leitura do referido ofício: (...) mas expressam o entendimento sobre as melhores medidas para assegurar a assistência em saúde pára a população. (...) O Conselho Federal encaminha propostas ao Governo Federal:

1) Oportunidade e estímulo aos médicos formados no Brasil para ocupação dos postos de trabalhos existentes nas áreas de vazio assistencial, nos moldes de um Programa de Interiorização do Médico Brasileiro, segundo critérios a serem estabelecidos em conjunto pelo Governo Federal e as entidades médicas nacionais, dentro de um processo de retomada do diálogo necessário. [...]

Queremos dialogar com o Governo Federal. Não queremos que haja uma ditadura na Saúde, onde se faz sem ouvir ninguém. Estamos em busca do diálogo. Conforme o exposto nos slides, a segunda proposta do Conselho Federal de Medicina refere-se à: [...] 2) Concordância com a vinda médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas obtidos no exterior, desde que aprovados no Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) - instituído pela Portaria Interministerial n.° 278, de 17 de março de 2011, e mantendo-se sua forma e seu conteúdo atuais. [...] Então, está explícito que não é contra a vinda de médicos estrangeiros e de brasileiros com diplomas obtidos no interior, desde que passem por avaliação do Conselho Federal de Medicina. O terceiro aspecto refere-se à: [...] 3) Construção e implementação de uma carreira federal para médicos, cirurgiões-dentistas, enfermeiros, farmacêuticos e bioquímicos com entrada em vigor - no máximo - em 36 meses de funcionamento das ações previstas anteriormente[...]

Ou seja, está se propondo um diálogo. Ninguém é contra a entrada de médicos estrangeiros, desde que tenham qualidade. Ainda há mais um agravante, pois houve uma marcha de Senhores Prefeitos a Brasília, na qual foi feito um slogan: Cadê o médico? Os Prefeitos deste país precisam fazer projetos, porque a atenção básica é responsabilidade deles. Não se faz Saúde erguendo um prédio ou uma UPA com o dinheiro do Governo Federal, nem comprando ambulância ou van para transportar doentes aos grandes centros. Não se faz Saúde assim. Não se pede e devolve dinheiro ao Ministério da Saúde porque muitos municípios, inclusive do Estado do Espírito Santo, devolvem dinheiro ao Ministério da Saúde por falta de projetos. É só procurar a Secretaria e o próprio Ministério da Saúde; por falta de projetos na Saúde, dinheiros são devolvidos. O que precisamos é de planejamento em longo prazo. Precisamos de qualificação e qualidade técnica do gestor na Saúde. Não podemos ficar expostos a acordos políticos para fazer gestão nessa área. Se os projetos forem bem feitos, teremos respostas na qualidade da saúde. O slide apresentado traz um questionamento: Onde estão os médicos do Provab 2013? O governo da presidente Dilma Rouseff implantou o Programa de Valorização da Atenção Básica - PROVAB - para colocar médicos nos chamados "vazios assistenciais". Senhor Presidente e Senhores Deputados, a proposta original - que garantia vínculo estável através de carteira assinada, direitos trabalhistas, garantia de condições de trabalho, preceptoria presencial, curso de especialização em Saúde da Família, bônus de 2,5% apenas para residências de ingresso direto - foi mutilada. A remuneração foi transformada em Bolsa, o bônus de 2,5% passou a ser um bônus de dez por cento, aplicado de forma linear e não há preceptoria presencial. Pasmem os Senhores! Estive em Brasília, no Conselho Federal de Medicina, na Câmera Técnica de Medicina, Saúde e Comunidade, com o Presidente da Associação Brasileira de Medicina de Família...

O Sr. Doutor Hércules - Desculpe-me interrompê-lo, mas peço somente que o senhor explique o que é preceptoria presencial a quem não sabe.

O SR. LUIZ CARLOS SIQUEIRA BALTAZAR - A preceptoria presencial é ter alguém que possa conduzir os profissionais, que em sua maioria são recém-saídos das universidades e faculdades, e que faria a avaliação dos mesmos, tirando suas dúvidas. Ou seja, é obrigatória a existência de um preceptor, alguém que avaliará e conduzirá os profissionais. Eles teriam que estar no serviço.

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Estive em Brasília e um dos preceptores do Município de Fortaleza, que tem uma qualificação técnica excelente, a avaliação no Provab é uma vez por mês. O resto dos profissionais fica atendendo com o celular do preceptor, Senhor Deputado Doutor Hércules, para tirar dúvida? Isso não é programa de assistência à saúde, não é programa de inclusão de profissionais em áreas vazias. O que aconteceu, Senhor Deputado? Cerca de trezentos provabianos, alunos de 2012, correram para as especialidades mais disputadas, ou seja, apenas foram para esse Provab para terem pontuação na residência, porque passaram dez por cento. Os prefeitos aderiram, por quê? Você traz o Provab, traz alunos, médicos e o Governo Federal bancará isso aí. O Governo Federal está oferecendo bolsa de oito mil reais para quarenta horas e quatro mil reais por duas horas. Você tem um médico que trabalha há vinte ou trinta anos como servidor desses municípios ao lado desses recém-formados. Temos nos Municípios de Cariacica, Vila Velha e de Serra médicos do Provab, com profissionais ganhando dois mil ou dois mil e quinhentos reais, há vinte anos com qualificação, com título de especialista, trabalhando ao lado de médicos que se formaram na sexta-feira ou segunda-feira, ingressam via Provab ganhando quatro mil reais, o dobro do servidor, que política de saúde é essa? Que projeto de saúde é esse? Hoje, em 2013, quatro mil e quinhentos médicos aderiram ao Provab. Correram em função disso. Durante um ano não criarão raízes nenhuma, farão residência e abandonarão este posto de trabalho. O suposto objetivo do Governo Federal de levar médicos para os referidos “vazios assistenciais”, nas regiões Norte, Nordeste e interior da região Nordeste, caíram por terra. Assim, causa espécie, causa verdadeiro espanto e estupor contemplar o mapa que aí está para os Senhores Deputados avaliarem. O verdinho é onde estão localizados os médicos do Provab. Ou seja, a esmagadora maioria dos médicos do Provab, deste programa, está na periferia dos grandes centros, nas regiões litorâneas. Olhem Senhores, o Nordeste, o interior do Nordeste, o Amazonas e o Acre, para onde foi criado esse projeto nos “vazios assistenciais” continuarão vazios. O verde é onde está a localização dos médicos. Isso não é diferente do que o Conselho Federal de Medicina fez no trabalho chamado: Demografia Médica. Os profissionais ficarão no mesmo local onde estão concentrados os médicos hoje. Esse programa não atraiu para os “vazios assistenciais”, entre aspas, que é o objetivo do Governo Federal,eles continuam ali vazios. Não estão na Amazônia, no Centro-Oeste e no interior do Nordeste. Observem que os verdinhos estão na periferia e na parte litorânea. Esta distribuição nada mais é do que o Conselho Federal de Medicina fez. Gostaria de passar adiante e peço mais um pouquinho

de tempo, se for possível. Quero mostrar dois vídeos de duração de um minuto ou um minuto e meio cada um.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - V. S.ª tem cinco minutos.

O SR. LUIZ CARLOS SIQUEIRA BALTAZAR - Certo. Assim, que pudéssemos exibir esses vídeos, porque eles explicarão muita coisa. Não foram produzidos pelo Sindicato dos Médicos e nem pela Federação Nacional dos Médicos. Os vídeos foram produzidos, estão aí para quem quiser ver e estão disponíveis no site do Youtube. Enquanto aguardamos o vídeo, a pergunta que todos fazem: por que os médicos não querem ir? O nosso sindicato, o Sindicato de Médicos do Estado do Espírito Santo há muito tempo vem falando da interiorização da medicina e a Federação Nacional dos Médicos também. Você só levará profissionais para o interior quando fizer uma carreira federal. O vídeo que será exibido está no youtube com o nome Estudante de medicina em Cuba: acorda Brasil!

(É exibido o vídeo)

O SR. LUIZ CARLOS SIQUEIRA BALTAZAR - Senhor Presidente, só se fixa um médico no interior com capacidade de carreira de Estado ou federal e qualidade de atendimento. O próximo vídeo mostra os médicos portugueses.

(É exibido o vídeo)

O SR. LUIZ CARLOS SIQUEIRA BALTAZAR - Senhor Presidente e Senhores Deputados, esses vídeos explicam muita coisa. Não somos contra a vinda de médicos de Cuba, desde que passem por uma avaliação. O senhor que fala no vídeo é da Associação Portuguesa de Medicina, equivalente à Associação Médica Brasileira e ele mesmo orienta os médicos portugueses a não virem para receberem três mil euros para trabalhar na periferia de forma provisória. Ou seja, ele acha que tem que fazer no Brasil o que é feito em Portugal, pois para trabalhar naquele País tem que passar por um processo de revalidação de diploma. Portanto, os senhores ouviram e viram não foi o Sindicato dos Médicos e nem a Federação Nacional dos Médicos falando; ouviram os estudantes que são encaminhados pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Terra que vão para Cuba e o Movimento faz uma avaliação que nos causou horror e está no Brasil inteiro esse vídeo; e ouviram o próprio Presidente da Associação Médica de Portugal dizendo que não concorda, pois quer que médico passe por um processo de revalidação no Brasil como é feito em Portugal e venham para trabalhar de forma definitiva, assim como em 2006 os dentistas do

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Brasil que foram para Portugal foram mandados de volta, isto é, os dentistas não foram aceitos. O médico que se forma no Brasil e for para qualquer país onde tiver que trabalhar terá que passar por um processo de avaliação; e no nosso País nenhum médico que venha de fora precisa passar por processo de avaliação por acordo político, por quê? Diremos não a isso. O Sindicato dos Médicos já foi ao Tribunal Regional Federal e encaminhamos ao Governador Renato Casagrande, ao Senhor Deputado Doutor Hércules, Presidente da Comissão de Saúde desta Casa; ao Ministério Público, ao Tribunal de Justiça, solicitando providência. No Estado do Espírito Santo lutaremos até o último momento para termos profissionais de qualidade, sejam formados no Brasil ou fora do Brasil, e diremos não a quem não tem qualidade. Não aceitaremos que a periferia dos municípios de nosso Estado tenha população de segunda categoria e segunda classe, que não precisa de qualidade de atendimento. Estamos brigando pela Atenção Básica e faremos um Fórum de Atenção Básica em nosso Estado, possivelmente no dia 03 de julho e todos os Senhores Deputados estão convidados. Sem a Atenção Básica, os pacientes de casos de urgências e emergências continuarão enchendo e entupindo os corredores dos hospitais. Os senhores prefeitos têm que investir na Atenção Básica e têm que ter projetos, uma carreira de Estado e condições de trabalho. E se acharem que condição de trabalho é colocar um profissional médico, uma mesa e cinquenta pessoas na sua porta e se o médico pedir uma radiografia, uma ultrassonografia ou uma tomografia, o paciente terá que vir para a Grande Vitória fazer um exame que pode ser feito em qualquer município, enquanto prefeitos gastam e rasgam milhões de reais com festa sertaneja, também amplamente divulgada. Senhor Presidente, fomos para a rua e o Senhor Deputado Doutor Hércules foi conosco em dois momentos neste ano: no Movimento SOS Saúde e agora, junto com os estudantes de medicina de todas as faculdades do Estado do Espírito Santo, pelo Revalida Sim. Não dizemos não à vinda de médicos cubanos, vamos dizer não a não qualificação. Não podemos aceitar isso pacificamente. Senhor Deputado Doutor Hércules, os estudantes criaram um slogan: curandeiro não, revalida sim. Queremos qualidade e que a população seja bem atendida por nós ou por qualquer profissional que venha, mas que tenha qualificação suficiente para atender à nossa população. Muito obrigado. (Muito bem!)

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Doutor Luiz Carlos Siqueira Baltazar, parabéns pela explanação. O povo brasileiro, mesmo na periferia, merece ser atendido por um médico de qualidade, que seja avaliado, para tratar de seus filhos e de sua família. Muito obrigado.

O SR. DOUTOR HÉRCULES - Senhor Presidente, somente gostaria de agradecer ao Doutor Luiz Carlos Siqueira Baltazar e ao Sindicato dos Médicos e parabenizá-los. Também estão presentes nesta Casa os Doutores Gustavo Picallo e Ricardo José Baptista, que falará sobre queimados, sobre a enfermaria de queimados especialmente do Hospital Infantil de Vitória. Conhecemos o Doutor Luiz Carlos Siqueira Baltazar de longa data e sabemos como ele vem apanhando, mas não desiste de lutar por uma saúde pública melhor. Ficou bem claro, bem nítido e sem dúvida para quem ouviu a fala do Doutor Luiz Carlos Siqueira Baltazar, que queremos simplesmente que cheguem ao Brasil médicos qualificados e que ofereçam à população uma medicina digna. Não podemos - com o máximo respeito a todos que estão querendo chegar ou já estão chegando - aceitar qualquer tipo de profissional, desqualificado, sem orientação alguma, pois aquela realidade é diferente da nossa, assim como os pacientes e muitas das patologias também são diferentes. Sabemos que não haverá um orientador para acompanhar esse esclarecimento, até que tenha condições de ser um profissional gabaritado, como pensamos. Na verdade, quem estiver pensando que se trata de reserva de mercado está muito equivocado. A luta do Sindicato, nesta tribuna, é para termos médicos realmente qualificados. Não é qualquer um, que não tenha conhecimento técnico e que não esteja preparado; para oferecer mais risco à população, não é um bom caminho. Agradeço ao Presidente a oportunidade de falar e ao Senhor Luiz Carlos Siqueira Baltazar, nosso colega, por ter esclarecido tão bem essa questão. Não estamos preocupados com reserva de mercado nem com quem vem, mas com a qualidade de quem vem. É isso o que precisamos oferecer à nossa população. Senhor Luiz Carlos Siqueira Baltazar, muito obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Doutor Luiz Carlos Siqueira Baltazar, o Senhor dispõe de dois minutos para as suas considerações finais.

O SR. LUIZ CARLOS SIQUEIRA BALTAZAR - Senhor Deputado Doutor Hércules, nosso Colega, obrigado pelas palavras. Senhor Presidente, mais uma vez reafirmamos: a luta é pela qualidade, a luta é para que não deixemos que a população, da periferia da Grande Vitória, ribeirinha da Amazônia, ou do Sertão Nordestino, seja tratada tão desigual, não tendo qualidade! Uma pergunta que o Brasil inteiro faz, não apenas os médicos, e que ouvimos inclusive em sessão: Se Cuba é referência em saúde, qual é a explicação do ex-presidente Lula e da Presidenta Dilma Rousseff terem tratado seus casos de câncer no Estado de São Paulo, com profissionais do Brasil? Muito obrigado. (Muito bem!)

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 103

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Concedo a palavra, por indicação do Senhor Deputado Jamir Malini, ao Senhor Ricardo José Baptista, médico cirurgião plástico e especialista em queimaduras, para falar sobre as ações voltadas à Semana de Prevenção às Queimaduras.

O SR. RICARDO JOSÉ BAPTISTA - (Sem revisão do orador) - Inicialmente agradecemos o convite elaborado pelo Senhor Deputado Doutor Hércules. Agradecemos ao Senhor Deputado Luiz Durão, aos demais Deputados e ao Senhor Deputado Claudio Vereza, que está sentado ali atrás. Aproximadamente há um ano, estivemos nesta Assembleia Legislativa e sempre dizemos: queimadura não tem vacina, tem prevenção! O máximo que podemos fazer é falar, falar, falar; convocar a mídia e a TV Assembleia, para que possamos atingir um número muito maior de pessoas, comparado à prevenção que já fazemos o ano inteiro com distribuição de cartilhas, palestras e cartazes. É evidente que atingiremos um núcleo muito maior de pessoas, falando por meio da televisão, rádio ou jornais. Assim, agradecemos mais uma vez essa oportunidade dada pelo Senhor Deputado Doutor Hércules, Presidente da Comissão de Saúde desta Assembleia legislativa, médico e que tem uma preocupação tão grande quanto a nossa, com o tratamento de queimados. O ideal não é tratar, mas prevenir. Caso isso não seja possível e o acidente venha ocorrer, acreditamos que estamos preparados com a equipe multidisciplinar do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, que, diga-se de passagem, é referência para o Ministério da Saúde, no tratamento da criança queimada. O Estado do Espírito Santo é, até, de certa forma, privilegiado, pois tem o Hospital Dório Silva, que passou a faixa de tratamento do queimado para o Hospital Doutor Jayme Santos Neves e o Hospital Infantil, que trata especificamente a criança. Portanto, temos duas referências: uma recém-inaugurada e a outra com alguns anos de experiência. Nesse slide, vemos um trabalho que realizamos a todo tempo. Inclusive, nesta semana, no dia 06 de junho de 2013 é celebrado o Dia Nacional de combate às Queimaduras. A melhor maneira de evitar a queimadura ainda é a prevenção. Temos uma visão muito interessante para o queimado. Se não tivermos a prevenção, teremos uma sequência de fatos, até a fase final, que será a cura ou a sequela. Então é evidente que o ideal é prevenir. No diagrama podemos mostrar que na posição de cima do gráfico está a agressão e em baixo está a cura ou a sequela. Apresentamos neste slide os dez piores mandamentos que existe em relação à vida de qualquer ser humano. A queimadura, é considerada mais aguda, de evolução mais rápida, dolorosa que provoca mais pânico e de evolução mais imprevisível, obviamente, não sabemos como

evoluirá a queimadura de ação mais destruidora e de tratamento mais caro. Hoje, um tratamento de paciente queimado custa em média por dia quinhentos e cinquenta dólares. Se levarmos em consideração o dólar de hoje, dois reais e treze centavos, façam as contas os Senhores, para terem uma ideia de quanto será o gasto; repito, por dia de tratamento do paciente queimado internado. Portanto, é um tratamento caro, tanto é que raras são as cidades que têm um hospital privado que trate o queimado. Vitória, por exemplo, tem, mas não trata a criança, só trata o adulto. Reconstrução mais complexa. Às vezes tem que se atuar sobre o paciente, inúmeras vezes. Recentemente, atendi uma paciente que trato desde que era pequena, e hoje ela vem às consultas com o filho no colo para eu tratar uma de suas sequelas residuais. Por aí os Senhores veem. Tem mais de vinte anos que atendo essa paciente. Estou no Hospital Infantil desde 1980, ou seja, completarei trinta e três anos de serviço no mês de agosto deste ano. Do resultado mais incerto, acabei de dizer, Muitas vezes temos que operar o paciente inúmeras vezes e a sequela continua. Em queimadura não se tem como fazer um milagre, abracadabra e somem todas as cicatrizes. O mais importante para nós é a questão funcional, como, abrir bem a mão, esticar bem os braços, levantar os braços, esticar a perna, para o paciente poder andar e se locomover com mais facilidade. E a reparação em mais tempo operatório, ou seja, são dez mandamentos que não gostaria para nenhum de nós, para nenhum de nossos filhos, netos e etc. A queimadura, como disse, não tem vacina, ela tem prevenção. Queimadura não tem vacina, tem prevenção é uma frase nossa que já existe há alguns anos quando comecei, em 1990, a fazer o trabalho de prevenção no Estado e se transformou num trabalho conhecido pelo Brasil afora e até no exterior. Se tivermos a prevenção, não teremos a agressão, a necrose; não teremos eliminação da necrose, a reepitelização, não teremos granulação, enxertia, cicatriz; a lesão não se transformará numa queimadura crônica e, muito menos, o paciente não precisará de cura e não terá sequela. Obviamente, porque se fizermos a prevenção, eliminaremos todos os outros itens que veem a seguir da própria agressão. Temos um trabalho simples, humilde, mas que transformou os casos de queimadura no Estado de maneira substancial. Atendíamos, em 1986, quando fiz a primeira estatística, aproximadamente mil e setecentos pacientes queimados no Hospital Infantil. E estamos encerrando os outros anos na faixa de trezentos e cinquenta pacientes queimados, graças à prevenção por meio da cartilha. Nesta cartilha que contém o seguinte dado: cinquenta e cinco por cento dos casos, os senhores vão ver mais a seguir, são de queimaduras que ocorrem por líquido quente, o de maior índice em nosso serviço.

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104 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Criança na cozinha não dá certo. Neste mês teremos as festas juninas, uma época de temperatura mais fria em que as crianças ficam mais dentro de casa. Em julho teremos além das festas julinas, as férias escolares e as crianças estarão mais dentro de casa, também. Cinquenta e cinco por cento das queimaduras aconteceram por líquido quente e vinte e cinco por cento por álcool, ou seja, oitenta por cento das queimaduras acontecem dentro de casa, isso sem falar da queimadura elétrica por tomadas, saídas de energia, explosão de botijas de gás e outros pequenos acidentes que acontecem dentro de casa. Esses dois fatores são os mais considerados. O álcool. Já fazemos campanha há alguns anos para acabar com a venda de álcool líquido nos supermercados; se não acabarem, como nos Estados do Rio de Janeiro e Paraná, sugerimos que coloquem um alerta nas gôndolas dos supermercados alertando do perigo que é o álcool líquido dentro de casa, que é uma bomba-relógio. Não há necessidade de se ter álcool líquido em casa, muito menos como produto de limpeza. Se quiserem usar álcool, usem álcool gel que é mais hidratado e menos combustível e as pessoas correm muito menos risco, pois pega fogo com muito menos qualidade. Cozinha não é lugar de criança brincar. Normalmente a criança está vendo a mãe fazendo comida, está com fome e fica por perto. Se não for possível evitar que as crianças fiquem na cozinha, sempre orientamos que usem as trempes da parte de trás para cozinhar e com os cabos das panelas voltados para trás também, para que, pelo menos, dificulte o alcance da criança. Este é um dos cartazes que, infelizmente, estamos há mais de um ano sem, na expectativa de conseguirmos produzi-lo novamente porque colabora muito. Sempre pedimos por uma campanha institucional, como pedimos a esta Casa ano passado a elaboração de uma lei que transformasse essa campanha institucional em movimento, em obrigação do Governo do Estado, vinculando três Secretarias: de Educação, de Saúde e de Comunicação. Isso seria uma coisa muito mais fácil e atingiríamos todas as escolas, todas as unidades de saúde deste Estado e também a mídia por meio de uma campanha institucional, não necessariamente que tivéssemos que falar toda semana, mas assim como tem a campanha contra Aids, contra o fumo, contra a paralisia infantil, todas, muito boas, poderíamos ter a campanha de prevenção à queimadura, que, repito, não tem vacina, tem prevenção. Este é o outro cartaz que temos há alguns anos, mas infelizmente estamos em falta há mais de um ano, na expectativa de que seja feito novamente, para que possamos, não só com a cartilha, mas também com os cartazes, dar continuidade ao trabalho de prevenção. Repito: quando começamos eram mil e setecentas crianças queimadas por ano. Hoje, esse número gira em torno de trezentas e cinquenta. Esta é uma foto de uma distribuição de cartilha. Não

é o ideal, porque este menino já se queimou. O ideal é distribuir nos lugares antes de as crianças se queimarem. O que fazemos? Distribuímos para a escola da criança, para a professora da criança, para a igreja que ela frequenta, para que todos esses atores nos ajudem nesse trabalho de prevenção. É o que eu chamo de trabalho importantíssimo de formiguinha. Qual é a campanha ideal? A campanha ideal é uma campanha nacional. Se não nacional, temos no Estado essa referência. Acho que poderíamos muito bem dar esse ponto de partida e mostrar para todo o povo brasileiro que o Estado do Espírito Santo tem uma preocupação com a saúde, e em particular com o tratamento do paciente queimado na área de prevenção. É necessário o apoio dos Municípios, por meio das Secretarias de Saúde, de Educação e de Comunicação juntamente com as secretarias estaduais, como também os veículos de comunicação; rádio, jornal, entidades médicas e de especialidades afins. Grandes empresas estatais e privadas, porque fazemos palestras em grandes empresas, porque a grande maioria tem filhos, tem netos. É importante que mostremos esse caminho. Entidades filantrópicas, clubes recreativos e de serviço, igrejas e entidades religiosas, e quem quiser colaborar. Este slide é para mostrar que em 1989 atendíamos - frise-se: atendimento; no pronto-socorro do Hospital Infantil, mil cento e treze crianças. Isso em 1989. Fomos fazendo campanhas, essa taxa foi caindo e depois se estabilizou na faixa de trezentos, trezentos e cinquenta pacientes. O que já é uma grande coisa. De mil e cem nesse caso, não antes, em 1986, que como eu disse, tinha mil e setecentos atendimentos, para trezentos e poucos, são mil e quatrocentas crianças a menos que sofreram acidentes de queimaduras. É um número importantíssimo, que deveria ser um pouco mais valorizado por quem deve valorizar a saúde do Estado.

O Sr. Doutor Hércules - Permita-me uma interrupção. É para lembrar também o aumento da população.

O SR. RICARDO JOSÉ BAPTISTA - Eu iria chegar lá.

O Sr. Doutor Hércules - Então, é muito maior esse alcance que houve com esse esclarecimento.

O SR. RICARDO JOSÉ BAPTISTA - Muito bem lembrado Senhor Deputado Doutor Hércules. Além disso, mais importante também é que o hospital se tornou mais referência, mais conhecido ainda. Mesmo querendo trocar o hospital de lugar, a cada ano vai para um lado. Dizem que vão para um lado, mas, infelizmente, ele continua onde está. Mesmo assim, além do aumento da população, o hospital continua sendo referência, e se tornou muito mais conhecido. Mesmo assim, felizmente, o número

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 105

de crianças queimadas diminuiu. Vamos mostrar para os senhores e para as senhoras algumas coisas que são estatísticas. Não há como fugir da estatística. A estatística está aí para ser mostrada. Até dezembro de 2010, atendemos dois mil, trezentos e quarenta e nove pacientes. Sexo masculino; sessenta e três por cento; sexo feminino; trinta e sete por cento. São alguns números, para que as pessoas tenham noção e observem, principalmente para quem tem menino em casa, dependendo da idade, dependendo da localização. Essas coisas acontecem independentemente da nossa vontade. A não ser que não tomemos nenhum tipo de providência. De zero a um ano. Um ano! Zero a um ano! Já atendemos crianças com quinze dias de nascida. É um absurdo? É. Você me pergunta: como essa criança se queimou? Estava no colo da mãe. Onze por cento, de zero a um ano; de um ano a três anos, trinta e dois por cento, ou seja, totalizando quarenta e dois por cento, quase a metade atendida até os três anos. Se levarmos em consideração até os seis anos, tem mais vinte e quatro por cento, ou seja, mais da metade se queima até os seis anos de idade. Essa é outra característica que os Senhores verão mais à frente. Esse slide mostra que menino até aos seis anos de idade, queima-se com líquido quente, cinquenta e seis por cento desses acidentes; vinte por cento, queima-se com álcool, ou seja, setenta e seis por cento em número mais perfeito, acontece dentro de casa, é com menino até os seis anos de idade o máximo, que já está é no Maternal, onde normalmente não se queima. Essas estatísticas mostram, e é uma forma de, numa palestra em qualquer lugar, mostram e chamam a atenção dos pais sobre os acidentes que mais acontecem. Esse slide, mostra até como referência, que é importante, não só para os Senhores Deputados, que têm acesso com muito mais facilidade às prefeituras, mas também aos próprios prefeitos. Temos o Município de Cariacica apresentando vinte e dois por cento dos pacientes queimados; o Município de Vila Velha aparece com quatorze por cento; o Município de Vitória aparece com quinze por cento; o Município de Serra aparece com vinte por cento. No Estado do Espírito Santo inteiro, temos nos municípios, vinte por cento. Ou seja, a mesma quantidade, só igual ao Município de Serra, menor do que os números do Município de Cariacica. Os outros, mais de setenta municípios, onde há muito menos condições de tratamento, ou seja, de se queimar, é para o Município de Vitória que vêm. Isso sem falar dos queimados de outros Estados, em torno de seis por cento, todos Estados limítrofes, e o Município de Viana, obviamente, por ser eminentemente rural e, principalmente, de menor população, está em torno de três por cento. Esse slide mostra que é importante para nós e também para os Senhores falar em termos de internação. Até o décimo sexto dia, entre o décimo

sexto e o vigésimo dia, maior quantidade de pacientes internados já foram para casa. É uma forma de parabenizar a equipe que trabalha no Hospital Infantil. De setembro de 2010 para cá, temos ainda outra informação: passamos a atender os pacientes como externos, aqueles pacientes cujas queimaduras são pequenas, de grau não tão profundo, e de extensão não tão grande, que antes atendíamos internados. Por isso os Senhores viram lá atrás que não estamos mais fazendo a estatística de internação, porque esses pacientes externos não ficam internados, mas são atendidos. É importante lembrar que também estamos fazendo esse tipo de atendimento com paciente que fica em casa, na convivência com a família, com os pais e irmãos, mas na hora de trocar o curativo, para avaliar, vai ao hospital, onde é tratado, avaliado e recebe a orientação para o dia seguinte. É assim até o dia que recebe alta do tratamento e passa a ser acompanhado no ambulatório. Esse slide mostra um dado importante, do qual tenho muito orgulho mostrar. Temos em torno de 97,7% de altas, obviamente com sequelas; não somos mágicos; e 3,3% de óbitos. Com um detalhe: o óbito no paciente queimado pode ser considerado normal até dez por cento. Normalmente, queimaduras em crianças. Principalmente são consideradas queimaduras extensas e graves, e temos esse índice de 3,3%. Sempre conto a estória de que, há alguns anos, apresentei esse slide no Município de Belo Horizonte, e um estudante de Medicina, com toda sua jovialidade, perguntou-me se com esse número de óbitos tínhamos realmente pacientes para tratar. Então mostrei para ele a estatística do atendimento que foi a forma que encontrei de ele entender que se tratava de uma apresentação séria. Ainda tivemos, de janeiro de 1997 até 21 de julho de 1999, um óbito por ano; e de 22 de julho de 1999 até 6 de março de 2006, nenhum óbito, ou seja, seis anos e oito meses sem óbito. Mérito, repito, da equipe multidisciplinar que trata a criança queimada no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória.

Agradeço a esta Casa a oportunidade. Meu sonho ainda é transformar o Centro de Queimados em um grande salão de festas, ou seja, sem nenhum paciente internado. Como isso não é possível, continuamos pedindo e tentando conclamar a própria Assembleia Legislativa, na pessoa do meu amigo, Senhor Deputado Doutor Hércules, para que consiga apresentar um projeto de lei que transforme nossa campanha, que é cansativa, mas que não deixo de fazer em razão dos resultados, numa campanha institucional. Que o Estado cumpra e assuma essa responsabilidade. Acredito e tenho certeza que o projeto será aprovado à unanimidade por esta Casa de Leis e quem agradecerá são os pais das futuras crianças, que com certeza dificilmente se

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queimarão novamente. É esse o nosso objetivo e aplaudiremos V. Ex.ª de pé se isso acontecer. Muito obrigado. (Muito bem!) O SR. DOUTOR HÉRCULES - Doutor Ricardo José Baptista, parabenizamos o seu trabalho e o da sua equipe, que há tantos anos estão na luta. Quase todos os dias, nos nossos pronunciamentos, repetimos o lema: saúde, saúde e saúde. No caso dos queimados seria: educação, educação e educação. Tratar queimados é uma coisa terrível. Deveriam aqueles que brincam com foguetes e outros brinquedos nocivos usados nas festas juninas comparecer à enfermaria de queimados do Hospital Infantil para ver o sofrimento de uma criança com queimadura. É uma coisa horrível! Orgulha-me muito a paciência com que o Doutor Ricardo José Baptista e sua equipe tratam as crianças queimadas. Orgulha não só à população de Vitória, mas a de todo o Estado do Espírito Santo, porque serve de exemplo para o Brasil. A porcentagem aceitável de óbitos por queimaduras é de dez por cento e S.S.ª e sua equipe alcançaram apenas 3,3% de óbitos no Hospital Infantil, uma marca indescritível e que nos orgulha muito. Com relação ao projeto de lei, já o apresentamos, até inspirado por V.S.ª. Mas a Comissão de Justiça o julgou inconstitucional pelo fato de que a Assembleia Legislativa estava criando uma obrigação ou uma despesa para o Poder Executivo e não podemos ter essa prerrogativa. É como a questão do carimbo, que não conseguimos aprovar. O que podemos fazer é o mesmo que fizemos em relação ao tabaco, quando comemoramos nesta Casa, no dia 31 de maio, o Dia Mundial sem Tabaco. Foi uma atividade nova. Nunca antes feita na história desta Casa. Foi uma semana inteira de comemoração: passeata, panfletagem, palestras e sessão solene. A imprensa critica muito quando criamos um dia comemorativo ou para reflexão, mas é um dia para lembrar, e o fizemos com uma semana inteira de eventos. Apresentaríamos então um dia de reflexão, em parceria com V.S.ª, e juntaríamos um grupo de Deputados preocupados com a questão, como os Senhores Deputados Claudio Vereza e Luiz Durão, para visitar escolas, ir às ruas e aos shoppings,esclarecendo a importância não de curar a queimadura, mas de evitá-la que é a pior coisa que existe. O evento se dará a fim de mostrar que o cabo da panela deve ficar para o lado de dentro, que o queimador usado pela mãe deve ser o da parede. São pequenas coisas que faladas por V. S.a nesta sessão para o povo que está nos assistindo, são de uma grandeza imensurável. Então, Senhor Ricardo, agradecemos mais uma vez a sua presença, a do nosso querido conterrâneo Gustavo Picallo e do Senhor Luiz Carlos Siqueira Baltazar, que acabou de

falar sobre o Sindicato e sobre a atividade médica. Pensaremos sobre a possibilidade de criar esse dia. Muito obrigado. O SR. RICARDO JOSÉ BAPTISTA - Obrigado, Senhor Deputado Doutor Hércules. Quando V. Ex.a diz que a queimadura é muito grave costumo dizer que quando uma criança se queima, por tabela não é apenas ela que se queima. Por sentimento, queimam-se os pais, os avós, os tios, os padrinhos, os vizinhos, a família inteira. Se aquela criança que se queimou é de uma família grande, isso repercutirá em vinte, trinta, quarenta pessoas. Então é importante lembrar que o ideal é evitar episódios de queimaduras. O Sr. Claudio Vereza - Em primeiro lugar, parabenizo o Senhor Deputado Doutor Hércules e o Senhor Ricardo José Baptista pela volta a esta Casa trazendo esse tema tão importante. Os números da importância da prevenção e da eficiência do tratamento são claríssimos, mas mesmo assim, como V. S.a mesmo disse, ainda é uma estatística que declara que durante o ano em média acontece pelo menos uma queimadura por dia. O ideal é não acontecer nenhum caso. Comprometo-me com os Senhores Deputados Doutor Hércules e Luiz Durão fazer uma indicação ao Senhor Governador, para que no mínimo esse cartaz seja reproduzido e que fosse utilizado pelas diversas Secretarias, especialmente as da Educação e da Saúde, como V. S.a mesmo falou dessa tribuna. Podemos levar essa indicação ao Senhor Governador. Com certeza S. Ex.ª se sensibilizará com a iniciativa porque significa um custo mínimo para um efeito tão positivo como as campanhas têm acarretados no Estado. Fica aqui o nosso compromisso nesta linha. Para um maior esclarecimento, Indicação, Senhor Ricardo, é uma proposição aprovada pelo plenário que é remetida ao Poder Executivo para que faça o que não podemos fazer. O Poder Executivo é que deve fazer. É nesse sentido! O SR. RICARDO JOSÉ BAPTISTA - Agradeço ao Senhor Deputado Claudio Vereza o apoio. Quem vai agradecer também são as famílias das crianças que, com certeza, não se queimarão. Se esta é uma forma de se prevenir, que seja ela utilizada! Quando disse da campanha institucional o fiz porque tenho conhecimento de que em alguns Estados a avaliação foi de que essa iniciativa não é inconstitucional. Mas se neste Estado foi declarada inconstitucional, só temos a lamentar porque outras campanhas talvez não tenham tido a avaliação de ser inconstitucional como a prevenção contra a raiva canina, contra a dengue. Tudo isso é prevenção. A campanha contra a queimadura também é prevenção com aquele custo que mostrei para V. Ex.as. Então é

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importante uma avaliação, não da Assembleia Legislativa que já fez a proposta. Essa inconstitucionalidade deveria ser vista pelo ângulo da prevenção, da saúde, da diminuição do custo para os próprios hospitais e para a própria Secretaria de Saúde. Fica registrada a sugestão. O Sr. Claudio Vereza - Senhor Ricardo, a inconstitucionalidade não está na campanha, nem nas campanhas, está na iniciativa. Infelizmente nossa Constituição prevê que projetos que tenham impacto financeiro ou envolvam algum órgão do Poder Executivo, são de iniciativa do Governador. Cabe a S. Ex.ª tomar a iniciativa de enviar projeto à Assembleia Legislativa. A inconstitucionalidade está nesse aspecto da iniciativa e não no conteúdo, no mérito do projeto. É uma questão técnica que a PGE - Procuradoria Geral do Estado é muito rígida. Hoje mesmo foram lidos neste plenário cerca de dez vetos exatamente por causa desse problema. O Governo veta porque a iniciativa tem de ser do Poder Executivo.

O SR. RICARDO JOSÉ BAPTISTA - Fica a sugestão de que a Assembleia Legislativa faça essa Indicação ao Governador do Estado e que S. Ex.ª tome essa iniciativa. Acredito que será de interesse de toda a população capixaba. Obrigado.

O SR. PRESIDENTE - (LUIZ DURÃO) - Parabéns, Doutor Ricardo! Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, solene, hoje, às 19h, conforme requerimento do Senhor Deputado Glauber Coelho, aprovado em Plenário, em comemoração aos 456 anos da Alfândega no Espírito Santo, para qual designo Expediente: o que ocorrer e comunico que haverá sessão ordinária dia 04 de junho de 2013, cuja Ordem do Dia é a seguinte: discussão única, em regime de urgência, do Projeto de Lei Complementar n.º 29/2013; votação adiada, com discussão prévia encerrada, do Projeto de Lei n.o 91/2013; discussão se houver recurso, na forma do artigo 277, §§ 2.º a 5.º, do Regimento Interno, dos Projetos de Lei n.os 403/2012, 412/2012, 423/2012, 461/2012, 480/2012, 46/2013, 59/2013 e 128/2013; discussão especial, em 3.ª sessão, do Projeto de Lei n.o 145/2013; discussão especial, em 2.ª sessão, dos Projetos de Decreto Legislativo n.os 42/2013, 43/2013 e 44/2013; discussão especial, em 1.ª sessão, doe Projetos de Decreto Legislativo n.os 45/2013, 46/2013, 47/2013, 48/2013 e 49/2013. Está encerrada a sessão. Encerra-se a sessão às dezessete horas e quarenta e sete minutos.

*De acordo com o registrado no painel eletrônico, deixaram de comparecer a presente sessão os Senhores Deputados Atayde Armani (licenciado), Aparecida Denadai (licenciada), Gildevan Fernandes, Lúcia Dornellas e Solange Lube.

SESSÕES SOLENES

DÉCIMA TERCEIRA SESSÃO SOLENE DA TERCEIRA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SÉTIMA LEGISLATURA, REALIZADA EM 03 DE JUNHO DE 2013.

ÀS DEZENOVE HORAS E VINTE E CINCO MINUTOS, O SR. DEPUTADO GLAUBER COELHO OCUPA A CADEIRA DA PRESIDÊNCIA.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Senhoras e Senhores, Deputado presente, autoridades presentes e telespectadores da TV Assembleia, boa-noite. É com satisfação que Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo recebe todos para esta sessão solene em homenagem à Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória, pelo aniversário de quatrocentos e sessenta e cinco anos de atividade aduaneira no Estado do Espírito Santo. Neste momento, é convidado à Mesa o idealizador desta sessão, Senhor Deputado Glauber Coelho, que procederá à abertura dos trabalhos, conforme é regimental. (Pausa) O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão e procederei à leitura de um versículo da Bíblia, como é de praxe. Em todas as sessões solenes, especiais e até mesmo nas sessões ordinárias, nós nunca começamos as atividades sem lermos um trechinho da Palavra de Deus.

(O Senhor Glauber Coelho lê Marcos 16: 15)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER COELHO) - O Presidente, de ofício, dispensa a leitura da ata da sessão anterior. (Pausa)

Informo às Senhoras e Senhores que esta sessão é solene, em homenagem à Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória, pelo aniversário de quatrocentos e sessenta e cinco anos de atividade aduaneira no Estado do Espírito Santo, conforme requerimento de autoria da Mesa Diretora, aprovado em plenário.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido para compor a Mesa o Senhor Givaldo Vieira, Exm.º Vice-Governador do Estado; a Senhora Eliana Pólo Pereira,

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108 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Superintendente da 7.ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil; o Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória,; representando a Marinha do Brasil e o Capitão dos Portos da Capitania dos Portos do Espírito Santo, o Senhor Marco Antônio Ismael Trovão de Oliveira, Capitão de Mar e Guerra; a Senhora Lourência Riani, Vice-Prefeita do Município de Serra, neste ato representando o Prefeito Audifax Barcelos; o Senhor Severiano Alvarenga Imperial, Presidente do Sindiex; o Senhor Magno Pires da Silva, Superintendente do Patrimônio da União no Espírito Santo; o Senhor Clóvis Lascosque, Diretor Presidente da Codesa; e o Senhor Autemar Lopes de Souza, Superintendente da Infraero no Estado do Espírito Santo. (Pausa)

(Tomam assento à Mesa os referidos convidados)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido todos para, de pé, ouvirmos a execução do Hino Nacional e o do Espírito Santo. (Pausa)

(É executado o Hino Nacional e o do Espírito Santo)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Anunciamos a presença do Senhor José Geraldo de Oliveira Ferraz, Presidente da Associação dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil no Espírito Santo; Senhor Bruno Zampieri, Delegado Sindical da Sindireceita; Senhor Roberto Oliveira Pinto de Almeida, Gerente-Geral de Relações Institucionais Logísticas da Vale S.A.; Senhora Simone Pacheco, Subsecretária de Comércio Exterior da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Vila Velha; Senhor Ronaldo Loureiro, representando o Movimento Espírito Santo em Ação; Senhor Eduardo de Almeida Prata, Superintendente-Geral do Porto de Vitória; Senhora Aline Moraes, Primeiro-Tenente RM2 do Quadro Técnico, representando o Comando da Capitania da EAMES - Escola de Aprendizes-Marinheiros; Senhor Murilo Queiroz de Almeida, representando o Banco do Brasil; Professor Haroldo Correia Rocha, representando o mandato do Exm.º Senhor Senador Ricardo Ferraço; Senhor Pablo Diego Bona, representando Porto Seco - Silotec; Senhor Onécimo Paste, Secretário Executivo do Centro do Comércio de Café de Vitória; e o Senhor Vitor Dimitri, representante do mandato da Senhora Deputada Rose de Freitas.

Neste momento, o Senhor Deputado Glauber Coelho, idealizador desta sessão, fará uso da palavra. (Pausa)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Queremos, inicialmente, saudar com muita alegria, com muita satisfação e com muita

honra um amigo desta Casa, um ex-deputado estadual, que quando por aqui passou, deixou uma marca de serviço prestado, de dedicação, de postura e compostura política. Hoje, exercendo o cargo de Vice-Governador do Estado do Espírito Santo, querido amigo, o Senhor Givaldo Vieira, muito obrigado pela sua presença na noite de hoje.

Quero saudar a Doutora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil. Estamos muito felizes e satisfeitos com a sua presença. Disse-me ali embaixo que além de ser um Estado extremamente estratégico e importante na Federação, é abençoado, inclusive, pelo nome. E o Espírito Santo lhe recebe e lhe acolhe de braços abertos. Volte mais vezes.

Queremos cumprimentar o Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória. Não sei se somos parentes, mas, de qualquer forma, independentemente da toca, é uma prazer muito grande ter o sobrenome de V. S.ª.

Cumprimentamos o Senhor Marco Antônio Ismael Trovão de Oliveira, Capitão de Mar e Guerra, representando a Marinha do Brasil. Muito obrigado, Capitão, pela sua presença. Muito nos honra e engrandece esta Sessão Solene.

Cumprimentamos a Senhora Lourência Riani, Vice-Prefeita do Município da Serra, representando nosso querido amigo, o Prefeito Audifax Barcelos. Muito obrigado pela presença.

Cumprimentamos o Doutor Severiano Alvarenga Imperial, Presidente do Sindiex, a quem agradecemos com satisfação e honra a presença neste recinto.

Cumprimentamos o Senhor Magno Pires da Silva, Superintendente do Patrimônio da União. Prazer em conhecê-lo pessoalmente e muito obrigado pela presença.

O Senhor Clóvis Lascosque, Diretor-Presidente da Codesa, obrigado pela sua presença. Senhor Autemar Lopes de Souza, Superintendente da Infraero, obrigado.

Cumprimentando essas autoridades que compõem a Mesa, queremos estender essa saudação a todas as senhoras e senhores que participam desta Sessão Solene.

A história da Alfândega no Brasil nos remete à década de 1530, quando o Governo Português instituiu no Território Nacional o sistema de capitanias hereditárias.

A primitiva aduana capixaba se situava em Vila Velha, onde foi instalada em 1535. A hostilidade dos índios foi determinante para que em 1552, o então donatário da Capitania mudar a sede do Governo para a Ilha de Vitória, tendo a Alfândega acompanhado essa mudança.

Como podemos perceber a atuação da Alfândega na administração fiscal, em cumprimento às leis do País tem uma longa e extensa trajetória. Ao longo desse período, vários foram os desenhos organizacionais implementados e formas de atuação, frutos de decretos criados pela Administração Pública

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 109

Federal. Apenas para exemplificar, decisões mais

recentes e com impacto direto no trabalho desenvolvido pela Alfândega, foi o modelo adotado pelos governos militares que implantou o Regime de Substituição de Importações e aquele que permitiu, a partir de 1990, uma completa abertura dos portos aos produtos manufaturados estrangeiros. Seria extremamente longo discorrermos sobre o importante papel desempenhado pela Alfândega ao considerarmos sua rica, extensa e profunda história.

Preferimos destacar ações recentes da Alfândega do Porto de Vitória, que muito contribuirão para o crescimento do comércio exterior, que é uma vocação natural e legítima do Estado do Espírito Santo e do povo capixaba.

Apesar da sua denominação, a sua jurisdição é todo o Estado do Espírito Santo. Tem equipes espalhadas em vários locais, tais como: Porto de Vila Velha, Porto de Vitória, Tubarão, Portos Secos, Aeroporto, entre outros. É responsável pela fiscalização de grande movimentação de cargas, mesmo com as mudanças ocorridas no Fundap, e as restrições impostas pela profundidade do canal da baía de Vitória.

Atualmente o volume movimentado pelo Porto de Vitória é, em média, de um milhão de toneladas mensais. Quando se trata de importação é de dois milhões de toneladas mensais; quando se refere à exportação é a segunda maior movimentação de cargas e valores do Brasil, perdendo apenas para o Porto de Santos. Reforçaremos: Sendo a segunda maior movimentação de cargas e valores do Brasil.

Nós, capixabas, merecemos uma salva de palmas. (Palmas).

Somos o segundo no Brasil; isso não é para qualquer um. A importação é constituída de uma grande variedade de produtos, destacando-se máquinas e equipamentos, equipamentos eletrônicos, veículos, material de transporte, entre outros.

Já na exportação destaque para o granito, combustíveis, café, minério de ferro, entre outros.

Diante da grandiosidade do comércio exterior, podemos inferir a importância do trabalho desenvolvido pela Alfândega.

Recentemente, em abril próximo passado, o Porto de Vitória criou mais um turno de trabalho e garante a operação vinte e quatro horas, o que levou a alfândega a fazer as adequações necessárias em termos de pessoal, para seu funcionamento ininterrupto. A medida adotada pela Secretaria Especial de Portos (SEP) objetivou aumentar a eficiência dos terminais portuários levando à redução dos custos operacionais, que são considerados altos em todos os portos brasileiros.

A perspectiva é que, com essa medida, aumente a produtividade do Porto de Vitória e também proporcione a geração de mais emprego e renda para o nosso povo e nossa gente.

A possibilidade concreta da construção de um porto de águas profundas, solução fundamental requerida pelo mercado mundial para a competitividade portuária; a irreversível privatização

da BR 101; a reforma e ampliação do Aeroporto de Vitória, a derrocagem em curso da Baía de Vitória, os projetos de melhor acesso de caminhões ao Porto de Capuaba certamente estarão a exigir da Alfândega novas adequações, mas como sempre, estará respondendo positivamente, como tem sido ao longo de sua história. Some-se a isso, a possibilidade de autorização para implantação de novos portos secos, em função da aprovação da Medida Provisória dos Portos, a ser sancionada e transformada em lei, se Deus assim o permitir, pela Senhora Presidenta Dilma Rousseff.

Acrescente-se, ainda, a recente aprovação da Medida Provisória n.º 612, que, dentre outras providências, reestrutura o modelo jurídico de organização dos recintos aduaneiros de zona portuária. Nessa ocasião, foi criado o Centro Logístico e Industrial Aduaneiro, Clia, recinto de estabelecimento empresarial a ser licenciado pelas pessoas jurídicas habilitadas nos termos da norma mencionada.

A eficiência, cada vez mais crescente da Alfândega, que a credencia para os próximos desafios impostos pelo dinamismo do comércio exterior em busca de maior competitividade, sempre com atuação em restrita consonância com a legislação vigente e em defesa do interesse nacional, é que nos orgulha e nos honra em homenagear esta importante instituição por meio desta sessão solene.

Finalizo as minhas palavras dizendo que o que estamos realizando, promovendo na noite de hoje, nada mais é do que cumprir um mandamento bíblico. Está escrito na Bíblia: dê honra a quem tem honra. E vocês profissionais da Alfândega, nos dão esta oportunidade de honrá-los, não somente pela história, mas pela labuta, pela dedicação e importância estratégica na estabilidade da função alfandegária que os senhores exercem. Para nós é motivo de honra poder homenagear aqueles profissionais que trabalham na Alfândega, que se dedicam. Mas, homenagear também àqueles que importam, exportam e naturalmente fazem a exportação e o PIB capixaba crescerem a passos largos com prudência, decência, organização, planejamento estratégico, mas acima de tudo, visando o bem comum. Gerando emprego e renda para o rico, belo, estratégico e maravilhoso Estado do Espírito Santo. Viva a Alfândega do Brasil! Viva a Alfândega capixaba! Muito obrigado.

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SÁRKIS FILHO) - Fará uso da palavra o Senhor Severiano Imperial, Presidente do Sindiex.

O SR. SEVERIANO IMPERIAL- (Sem revisão do orador) - Exmo. Senhor Deputado Glauber Coelho, Presidente desta sessão solene; Exmo. Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado do Espírito Santo; Senhora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7.ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil; Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega da Receita Federal do

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110 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

Brasil, do Porto de Vitória; demais autoridades presentes, Senhoras e Senhores.

É com muita satisfação que venho hoje a esta Casa de Leis para participar desta sessão solene em comemoração aos 20 anos da reinstalação da Alfandega da Receita Federal do Brasil, do Porto de Vitória. São vinte anos de conquista de uma unidade aduaneira autônoma no Estado do Espírito Santo e que sem ela não seria possível essas duas décadas de ouro do comércio exterior e grande desenvolvimento da economia capixaba.

O Sindicato das Empresas de Comércio Exterior do Estado do Espírito Santo, Sindiex, que represento, criado em 1992, apenas um ano antes da reinstalação, foi testemunha do exitoso trabalho desenvolvido pela nossa Alfândega ao longo desses vinte anos. Mesmo com todas as dificuldades enfrentadas, seja devido à falta de infraestrutura, de pessoal, ou de tantas outras, foi possível fazermos parte relevante do processo de abertura comercial brasileiro.

Foi o árduo e competente trabalho por vocês desenvolvido que garantiu a forte atuação de nossas empresas no mercado mundial. Por isso, muito rapidamente vimos o Estado do Espírito Santo ser inserido e reconhecido internacionalmente como um estado de forte vocação para o comércio internacional. No início, presenciamos o boom da importação de automóveis que colocou o Porto de Vitória em primeiro lugar na importação de carros do País, superando a potência do Porto de Santos. Mas, poucos anos depois, observamos uma intensa diversificação da pauta de mercadorias importadas, o que trouxe, também, muitos desafios. Nesses vinte anos, as importações capixabas passaram de setecentos e noventa milhões de dólares para oito bilhões e setecentos milhões de dólares, um incremento de seiscentos e trinta e quatro por cento, ao passo que as exportações passaram de um bilhão e seiscentos milhões de dólares para mais de doze bilhões de dólares anuais, um incremento de mil por cento; hoje, a corrente de comércio anual do nosso Estado ultrapassa a casa dos quarenta bilhões de reais. A história, por si só, demonstra a dimensão e a importância, cada vez maior, do papel da alfândega para toda a sociedade. Com maestria, ao logo dessas décadas, a autoridade aduaneira implantou soluções diante de situações emergentes que garantissem a fluidez do comércio com a segurança necessária. Fomentou o surgimento de novos empreendimentos e a geração de emprego e renda. Por meio de esforços conjuntos entre nossa superintendência e a alfândega, foi possível a licitação para constituir nossas EADI´s, as primeiras do País. Hoje, são mais de um milhão e meio de metros quadrados de área alfandegada, com tecnologia de ponta e mão de obra qualificada. A história da nossa aduana é marcada pelo pioneirismo, comprometimento, seriedade, cuja atuação não parou por aí; marcos importantes como a implantação do Siscomex, o alfandegamento do terminal de cargas do Aeroporto de Vitória, a criação

do Núcleo de Repressão ao Contrabando e Descaminho no Estado do Espírito Santo, a instalação dos Núcleos de Operações Aduaneiras, principalmente no Cais comercial, no Porto de Vitória, a inauguração da Central de Atendimento ao Contribuinte, facilitando a relação entre alfândega e usuário, são apenas alguns exemplos. Ao longo dessas duas décadas, a alfândega construiu uma relação de diálogo e respeito conosco; sinergia entre o setor público e o privado que vem sendo traduzido em progresso. Senhoras e Senhores, não há o que se falar de vocação de um estado para o comércio internacional sem uma aduana em pleno funcionamento de suas funções e com uma infraestrutura dotada para tanto. Foram vocês que, ao logo desses anos, nos fizeram acreditar que sim, é possível facilitar, e ao mesmo tempo, proteger o comércio internacional. São vocês que formam um corpo técnico altamente qualificado e competente, os responsáveis pelo crescimento qualitativo do comércio exterior do nosso Estado. Ao cumprimentar o Inspetor Flávio José Passos Coelho estendo meus cumprimentos a todos os inspetores, auditores e agentes envolvidos nos serviços prestados ao longo desses vinte anos. Esperamos que a alfândega do Estado Espírito Santo continue logrando êxito em suas atuações e que essa relação de respeito mútuo continue contribuindo para o desenvolvimento do nosso estado. Parabéns a todos. Muito obrigado. (Muito bem!) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Neste momento, fará uso da palavra a Senhora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7.ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil. A SR.ª ELIANA PÓLO PEREIRA - (Sem revisão da oradora) - Boa-noite a todas e todos! Como todos estão vendo, falarei de improviso. Mas com todo o orgulho, a satisfação e a alegria de estar nesta Sessão Solene com as Senhoras e os Senhores. Conforme foi dito, a Alfândega do Porto de Vitória é o nosso segundo porto, uma unidade muito importante da Receita Federal. E, em nome da Receita Federal, agradeço a homenagem. Temos nos preocupado, ultimamente, e há muito tempo a Receita Federal vem trabalhando em um planejamento estratégico, analisando seu verdadeiro papel, que não é simplesmente como se fosse pouca coisa a questão de prover os recursos do Estado.

Temos compromissos e objetivos estratégicos de contribuir com o fortalecimento do comércio exterior e com a proteção à sociedade. Nesse sentido, o trabalho feito, em uma Unidade como a Alfândega do Porto de Vitória, é bem visível: a questão do desenvolvimento econômico e da proteção da sociedade, por meio do combate à entrada de mercadorias contrafeitas, de armas, de drogas e de outras mercadorias, que sabemos que são apreendidas

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 111

rotineiramente. A questão dos portos no Brasil é um papel de

relevância. Só se fala sobre isso. Temos ouvido diariamente matérias a esse respeito e é uma preocupação do Governo Federal. E Governo, empresas e servidores começam a pensar juntos, no sentido de procurar uma solução, porque o País precisa dos portos. Não somente o Estado do Espírito Santo, mas o País precisa dos portos.

O Estado do Espírito Santo tem uma vocação calcada na questão do comércio exterior, em que o porto é relevante. Mas repito: o País precisa dos portos! Não chegaremos onde queremos, se essa via não for valorizada; se esse modal, como se diz no comércio, não for valorizado.

Do lado da Receita Federal, digo que os desafios são muitos. Somos uma instituição em que tem crescido a demanda, como já foi colocado aqui. Temos demandas, seja pelo crescimento exponencial do próprio comércio exterior que aumentou muito, seja de novas atividades, demandas e desafios. Assim, não poderia deixar de aproveitar a oportunidade de estar presente e falar aos Senhores de agradecer e de homenagear tanto o inspetor, que realmente tem sido fabuloso na condução da Unidade, como o corpo funcional.

Gostaria de agradecer publicamente aos servidores da Alfândega do Porto de Vitória pelos resultados que temos conseguido. Realmente, mesmo com as reduções decorrentes de aposentadorias e os ingressos, que não estão ocorrendo com a velocidade de que gostaríamos para repor esses quadros, alguns estão merecidamente se aposentando, pois não são aposentadorias precoces, como acabei de dizer a um colega, que publicou sua aposentadoria hoje. Essas são aposentadorias no devido tempo. E estão conseguindo superar essa redução de quadros e oferecer o serviço que a sociedade brasileira espera da Receita Federal. Muito obrigada. (Muito bem!) (Palmas)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Neste momento, fará uso da palavra o Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor Chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória.

O SR. FLÁVIO JOSÉ PASSOS COELHO

- (Sem revisão do orador) - Boa-noite senhoras e senhores, antes de passar aos cumprimentos formais, gostaríamos de dizer que é uma grande satisfação ver esta Casa cheia nesta noite tão especial e perceber que os nossos convites foram atendidos. Isso nos enche de satisfação e de gratidão.

Serei breve nos cumprimentos formais para não cometer injustiças, porque temos por cada um de vocês um grande carinho. Somos gratos a todos por estarem presentes nesta sessão. Serei prudente desta vez porque em uma sessão solene anterior, fui convidado de improviso a fazer uso da palavra e acabei extrapolando o tempo. Hoje, espero ser prudente até porque gostaria de abordar muitos

assuntos num tempo muito condensado. Então, para não cansar os ouvidos dos senhores com circunlóquios e tudo mais, serei bem objetivo e lerei um bocado do discurso que tenho em mãos, contrariando um pouquinho os meus hábitos.

Exm.º Senhor Deputado Glauber Coelho, proponente e Presidente desta sessão.. Em seu nome cumprimento as demais lideranças políticas presentes; os Deputados Estaduais desta Casa; o Exm.º Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado do Espírito Santo, grande amigo, uma pessoa de diálogo com que tenho conversado bastante. S.Ex.ª tem mostrado sua liderança em todas as oportunidades.

Cumprimento o Senhor Severiano Alvarenga Imperial e em seu nome cumprimento o Presidente do Sindiex; todas as lideranças empresariais do setor privado. Cumprimento também a Doutora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, chefe e amiga e em seu nome cumprimento todas as outras autoridades do serviço público federal, estadual e municipal; os Senhores Clóvis Lascosque, meu amigo, Capitão Marco Antônio Ismael Trovão de Oliveira; Lourência Riani, Vice-Prefeita do Município da Serra, que hoje, tive a honra de conhecer pessoalmente; Magno Pires da Silva; Autemar Lopes de Souza, grande guerreiro, lutador, demais autoridades presentes e servidores da Casa.

É muito bom ter os colegas conosco nesta noite tão especial. Ter os servidores que estão na ativa, guerreiros, lutadores que entregam seu coração para fazer da Alfândega uma grandiosa unidade e os aposentados. Hoje, alguns servidores serão homenageados por estarem presentes desde a implantação da Alfândega neste novo ciclo dentro da Receita Federal, em 1993. Os ex-administradores, Ronaldo Loureiro, aposentado, presente nesta sessão e Edna Brandão Loureiro, primeira inspetora da Alfândega que ora se encontra num voo atrasado - e talvez não chegue a tempo de assistir à sessão -, mas, com certeza, merece todo nosso carinho e a nossa homenagem e demais amigos que estou vendo, com quem conversei na entrada. É importante registrar também a presença dos Senhores Adriano Correia, Presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais; Bruno Zampiere, Delegado Sindical, Sindireceita. Em nome dos colegas da Alfândega, agradeço imensamente suas presenças.

Hoje, nesta sessão solene gentilmente oferecida pela Assembleia Legislativa do Estado do Espírito Santo, comemoramos oficialmente os vinte anos de instalação da Alfândega do Porto de Vitória. Vinte anos no âmbito da Receita Federal, neste novo ciclo, entretanto, fazemos questão de destacar que os primeiros registros de atividade aduaneira aqui no Espírito Santo remontam, de fato, a 1548, quando foi nomeado o primeiro Provedor da Fazenda e Juiz da Alfândega. Era um cargo só na então Capitania do Espírito Santo, nos primeiros anos do Brasil-Colônia. Eram tempos bem pioneiros. A Alfândega costuma

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ter esta característica bem pioneira. Então, já se vão quase cinco séculos de existência.

Esses cinco séculos de existência não transcorreram de forma linear, de uma maneira só, tivemos na história da Alfândega do Estado do Espírito Santo, muitos momentos diferentes. Da mesma forma que a própria história capixaba, com momentos de intensa atividade e outros de completa paralisação de fato ou de direito, com a Alfândega também foi assim. Nos séculos XVII e XVIII, por algumas vezes, a Alfândega esteve fechada. Com a chegada da Família Real, já no Século XIX, a atividade econômica voltou a se tornar movimentada no Estado do Espírito Santo e a Alfândega foi recriada em 1820. Teve uma sede definitiva inaugurada em 1889, no finalzinho do Século XIX. Manteve-se funcionando nessa sua sede até 1967, quando novamente foi desativada. Nessa época, há mais de quarenta anos, com a criação da Receita Federal, a gestão das atividades aduaneiras não só no Estado do Espírito Santo, mas em várias outras localidades em todo o Brasil, foi integrada à administração tributária, à administração da arrecadação, à fiscalização de tributos. De uma forma gera, na busca de maior eficiência e de maior produtividade. Naquela época, as atividades aduaneiras no Estado do Espírito Santo passaram a integrar a organização administrativa da Delegacia da Receita Federal. Entretanto, com a crescente movimentação, com a abertura dos portos, com a abertura do Brasil às importações no início da década de noventa e a crescente pujança econômica do Espírito Santo a abertura de oportunidades para negócios de Comércio Exterior evoluiu o movimento para resgatar a autonomia administrativa da aduana no Espírito Santo. Nos primórdios de 1990. Em 1993, por meio da Portaria n.º 241, da superintendência regional, naquela época, a Alfândega foi então novamente instalada no Espírito Santo, sob a égide da Receita Federal. Por isso, hoje, fazemos vinte anos de instalação da unidade no Estado do Espírito Santo. Nos dias atuais as atividades se multiplicaram, ampliaram sua abrangência acompanhando a evolução do mercado e a evolução tecnológica, que nos permitiu maior controle na fiscalização e movimentação das cargas de comércio exterior. É bom comentar um pouco para aqueles que não são da área, não são do métier, que de acordo com a Constituição Federal, o exercício da administração aduaneira compreende a fiscalização e o controle sobre o Comércio Exterior essenciais à defesa dos interesses fazendários em todo o território nacional. O controle aduaneiro promovido pela Receita Federal do Brasil não tem caráter arrecadatório. Nesse controle o bem tutelado pelo Estado é a segurança da sociedade. Em essência, o bem tutelado pelo Estado na atividade aduaneira é a segurança da sociedade. A fiscalização aduaneira ajuda a garantir, por

exemplo, as condições de sanidade e a segurança para o consumidor em relação aos produtos importados. De semelhante forma, a observação de normas e o recolhimento de tributos são fatores determinantes para se evitar a competição desleal e auxiliar na proteção às empresas nacionais, coisa que comentamos hoje, não é Doutora Eliana? É exatamente por causa da força do comércio exterior no Estado do Espírito Santo que se evidencia a relevância da atividade aduaneira em nosso Estado. O complexo portuário capixaba, conforme já discursou brilhantemente o Senhor Deputado Glauber Coelho, é um dos maiores em volume de cargas no Brasil e na América Latina. Todos os portos existentes no Estado do Espírito Santo estão circunscritos na jurisdição da Alfândega do Porto de Vitória, em termos de controle aduaneiro, tributação e arrecadação.

A movimentação de cargas no Estado do Espírito Santo representa a segunda maior fonte de arrecadação de tributos federais na área aduaneira, atrás apenas do Porto de Santos. No ano passado foram seis bilhões e trezentos milhões de reais em tributos arrecadados por meio da movimentação aduaneira. No Estado Espírito Santo o comércio internacional responde por cerca de quarenta e cinco por cento do PIB- Produto Interno Bruto, quase a metade do nosso Estado, o que faz da área de importação e exportação um setor muito importante para a nossa economia.

Outro número relevante que gostaríamos de citar é que relacionado à atividade, está a Alfandega. Também de interesse para a sociedade refere-se ao quantitativo de produtos contrafeitos apreendidos todos os anos, popularmente conhecidos como produtos piratas. Em 2012, foram mais de cento e oitenta toneladas decorrentes do trabalho feito na Alfândega do Espírito Santo, entre óculos, vestuário, tênis, acessórios eletrônicos, celulares, todo o tipo de produto que é atrativo para o comércio ilícito.

Somos em mais de cento e cinquenta servidores na Alfândega do Porto de Vitória, entre auditores fiscais, analistas tributários e servidores do quadro técnico administrativo. Esses servidores compõem as diferentes equipes que atuam pela Alfândega do nosso município. Esse quantitativo, entretanto, é considerado pequeno diante das demandas existentes, razão pela qual pleiteamos, constantemente, a ampliação do quadro de pessoal especialmente após a determinação recente para funcionamento vinte e quatro das atividades de despacho alfandegário. Temos consciência disso, mas temos consciência também das dificuldades que representam esta ampliação.

Os servidores da Alfândega, como já disse, são valorosos. Alguns serão homenageados, hoje, nesta sessão solene por estarem em serviço na Alfândega desde o dia da sua inauguração. De coração, deixo um agradecimento muito grande a todos aqueles servidores que zelam pela melhor construção de um ambiente de trabalho e pela prestação de serviço com maior valor para o público a quem servimos. Muito obrigado a cada um de

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 113

vocês, tanto os que estão na ativa, quanto os aposentados. Exatamente hoje, temos um colega que está aposentando, o Senhor João Alcidino, uma lenda dentro da Alfândega, conhecido em todo o Brasil. Se vocês não sabem, em Vitória temos vários servidores que são conhecidos em todo o Brasil. Esta homenagem, João Alcidino, embora não seja formalmente para você, gostaria de deixar o nosso muito obrigado pelo trabalho que fez por nós. É um grande colega que vai sempre morar nos nossos corações.

Neste momento é importante chamar a atenção para as dificuldades que o Estado do Espírito Santo vem enfrentando de maneira a situar o papel que a Alfândega pode desempenhar neste contexto. Gostaria de deixar bem claro que, nós, da Alfândega, temos uma função. É importante pensar isso, mas também temos um papel diferente que vai além da função, além do formal. No último ano o Espírito Santo viu minguar a movimentação do comércio exterior em seus portos, tanto na importação quanto na exportação. Somando-se ao cenário mundial menos favorável, vimos uma redução proporcionalmente maior em volumes e valores movimentados em nossos terminais se comparados a outros Estados da Federação. E temos vários motivos para isso.

Sabemos que a competitividade dos nossos portos está comprometida e sabemos também que as causas desses problemas têm raízes estruturais logísticas muito profundas, que se agravaram ao longo dos anos que dependem, agora, de uma série de decisões importantes, corajosas, medidas bem planejadas, para que cheguemos a algumas soluções. Tem mais, a implementação dessas medidas depende não só de tempo, de paciência, mas de determinação e inteligência. É importante que todos que operam no começo exterior tenham isso em mente.

Recentemente, ouvi de um amigo a seguinte pérola: Quando vamos a um enterro, vemos muita gente chorando antes e depois do enterro. Eventualmente se encontra gente vendendo lenço no enterro. Observem bem o momento que isso quer dizer. O momento de chorar é um, existe, mas passa. É preciso virar a página da história é preciso que a gente aprenda a fazer isso. Neste ponto é importante reconhecer o brilhante trabalho que vem sendo realizado pelo Governo do Estado. Não é um elogio vão, é uma constatação, é sincero, é uma realidade. Sabemos que o Governo do Estado do Espírito Santo vem realizando um trabalho brilhante neste sentido, mudando atitudes e percepções.

Para falar somente do Proedes - Programa de Desenvolvimento Sustentável do Espírito Santo, podemos dizer que constitui um esforço sem precedentes, visando preservar as vocações do estado e fortalecer pilares importantes da nossa economia. No entanto, - e é aqui que gostaríamos de chegar -, Senhoras e Senhores, é importante notar que uma árvore demora alguns anos para dar sombra e produzir frutos. Assim deve ser também com aqueles planos de longo prazo, aqueles planos importantes, de

maior fôlego, de valor inquestionável. Enquanto isso, o que fazemos? Em nossa opinião, meus amigos, não podemos sequer achar conveniente pensar em comodismo se não quisermos assistir a uma decadência desproporcional nos próximos anos. Não podemos nem pensar que agora é só esperar, pois esse erro nós já cometemos no passado, e podemos aprender com ele. Há uma série de medidas, talvez até de pequenas medidas, que podemos adotar para manter a nossa atividade suficientemente competitiva, preservar um pouquinho o nosso terreno. Isso depende, em grande parte, da nossa atitude. Digo nossa, de todas as lideranças do setor público e do setor privado aqui no estado. Nossa atitude diante desse cenário é que pode fazer diferença. Temos conversado com algumas pessoas sobre isso, e essa nossa opinião é compartilhada por muitas lideranças.

O que queremos dizer é que não adianta tentar agir isoladamente, cada um procurando salvar sua própria pele ou proteger somente os seus interesses exclusivos. Olhem bem: É preciso que pensemos a nossa competitividade como um conjunto de fatores de atratividade. É preciso que nos vejamos mais como um cluster de logística, ou seja, uma concentração de organizações que tem características semelhantes e complementares que se intercomunicam e colaboram entre si para se tornarem mais eficientes. Nesse cenário, o sucesso de todos significa mais sucesso para cada um. Notem bem: O Espírito Santo só pode ser mais atraente, em termos de logística, se puder oferecer um conjunto de soluções e opções que o torne, que o faça único. E é exatamente esse conjunto que pode nos tornar mais competitivo. Devemos pensar em concorrência, claro, ninguém é ingênuo - estou falando isso para as lideranças privadas -, mas é preciso que a aprendamos evitar a concorrência predatória. É preciso que saibamos explorar mais o caráter complementar de cada atividade, de cada etapa da longa cadeia produtiva que está ligada à logística de comércio exterior. Sabemos que algumas lideranças, Senhor Vice-Governador e Senhor Deputado, já procuram trabalhar para concretizar essa convergência de interesses e de atitudes. Nós, da Alfândega, alimentamos a expectativa de que essas lideranças continuem seguindo esse rumo, às forças que se unem nos Projetos do Espírito Santo em Ação, o Governo do Estado, nossas lideranças políticas, lideranças do setor privado. O momento, hoje, aqui no Estado, exige a superação de eventuais diferenças ideológicas e a união em torno de uma bandeira maior: O bem da nossa terra, a autoestima do povo capixaba.

Nós, da Receita Federal do Brasil, nós, da Alfândega do Porto de Vitória, estamos prontos para prestar nossa contribuição, naturalmente dentro dos nossos limites legais e das nossas restrições estruturais em benefício da sociedade brasileira e também da sociedade capixaba. Muitas mudanças simples, mas relevantes, têm sido concretizadas por nós. Como um pequeno exemplo, hoje, nossas

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exportações são liberadas em uma média de três horas. Dentro da receita, mais de noventa por cento das exportações são liberadas em cerca de uma hora. Falando do trabalho da receita. Várias medidas para simplificar procedimentos e a vida de importadores e exportadores têm sido postas em prática também por nós. Algumas outras estão a caminho, em níveis local, regional e nacional.

Agradeço à Superintendência da Sétima Região, que tem apoiado bastante às iniciativas que temos tomado, tem procurado dialogar conosco tem procurado abrir as portas, inclusive para os pleitos de lideranças do setor privado que, eventualmente, querem propor alguma mudança. Mas, sabemos que também temos problemas. Estamos abertos ao diálogo, às críticas, receptivos aos alertas que nos chegam a qualquer área e a qualquer hora, basta que nos procurem. Aqueles que já nos procuraram sabem disso. Estamos abertos para ouvir as críticas e os alertas também. E é importante saber disto. A Alfândega tem ouvidos.

Dissemos que temos problemas. Sabemos disso. Não navegamos exatamente em um mar de Almirantes. Permita-me Senhor Comandante, não navegamos nesse mar de Almirantes. Temos dificuldades a superar e enfrentamos sobressaltos a todo o momento, mas temos procurado responder sempre com coragem, Senhora e Senhores, com bastante coragem sem esmorecer diante dos desafios.

Para citar um exemplo recente, fomos instados a implementar no mês de abril o atendimento vinte e quatro horas, juntamente com outras Alfandegas, não somente a Alfândega de Vitória, foram várias do País em um prazo menor que uma semana para nos prepararmos. Vejam bem, por um lado, compartilhamos a convicção de que é necessário mesmo reformular o modelo de atuação e de prestação de serviços em nossos portos e em nossos aeroportos. Por outro lado, temos referências sólidas para afirmar que uma mudança de ajuste nos padrões e paradigmas deve ser precedida de planejamento adequado, de ajuste nas normas, de adaptação e de alteração na estrutura, de harmonização nos procedimentos inerentes a todas as áreas envolvidas.

Há diferenças relevantes entre a administração aduaneira e as outras atividades igualmente importantes para a eficácia de nossa logística. E essas diferenças devem ser levadas em consideração. É na administração aduaneira que se materializa concretamente o direito soberano que as nações têm de fiscalizar suas fronteiras. E nós, como sociedade, precisamos perceber essa noção com mais clareza sob o risco de, se assim não o fizermos, acabarmos por vulgarizar essa prerrogativa soberana do Estado. A Alfândega representa um braço do Estado em defesa da sociedade. É importante que nós, servidores percebamos isso, não para agir com arrogância e com pretensão, mas para agir como

aquele servidor que defende os interesses de toda a sociedade. Entretanto, Doutora Eliana Pólo Pereira, mesmo diante das dificuldades e dos sobressaltos, a Alfândega do Porto de Vitória não tem medo de crescer, aceitamos de peito aberto os desafios que nos chegam, assim como abrimos os braços às melhorias que esperamos e acreditamos que nos chegarão.

Talvez tenhamos nos estendido um pouquinho no tempo nesta tribuna, mas essa era a mensagem que gostaríamos de deixá-los. Nossa Unidade chega ao vigésimo ano deste novo ciclo, ao quadringentésimo sexagésimo quinto ano - vejam bem, decorei isso -, de atividade aduaneira no Espírito Santo. E passamos, hoje, por um momento importantíssimo na história do Estado. A Alfândega do Porto de Vitória chega a este momento crucial preparada para cumprir sua função de proteger a sociedade e a economia. Preparada também para exercer o papel de agente positivo do desenvolvimento econômico do Estado do Espírito Santo. (Muito bem!) (Palmas)

SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Ato de grande importância nesta sessão, neste momento o Senhor Deputado Glauber Coelho, proponente desta sessão, dará início à entrega das homenagens.

Convido o Exm.º Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado; a Doutora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7.ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil e o Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória, para procederem à entrega das homenagens juntamente com o Senhor Deputado Glauber Coelho.

Convido o Senhor Ronaldo Loureiro para receber uma placa alusiva ao Aniversário de 465 anos da Atividade Aduaneira no Estado do Espírito Santo das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho, do Exm.º Senhor Givaldo Vieira, da Doutora Eliana Pólo Pereira e do Senhor Flávio José Passos Coelho, e nesse ínterim procederei à leitura do currículo de S. S.ª. (Pausa)

O Senhor Ronaldo Loureiro é advogado, pós-graduado em Direito do Estado e em Comércio Exterior; ex-Inspetor da Receita Federal do Brasil no Aeroporto Internacional de Val-de-Cans, em Belém do Pará; Conselheiro do Conselho de Comércio Exterior do Espírito Santo em Ação; Vice-Presidente da Comissão de Direito Marítimo, Portuário e Aduaneiro da OAB-ES; Representante da 7.ª Região Fiscal junto ao Conselho Curador de Assuntos Jurídicos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil; Diretor Jurídico da Delegacia Sindical Espírito Santo do Sindifisco.

(O homenageado recebe a placa)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Passaremos à entrega dos certificados aos homenageados indicados pelo Senhor Deputado Glauber Coelho.

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 115

Convido a Senhora Anna Paula Cabral Guerzet para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho, do Exm.º Senhor Givaldo Vieira, da Doutora Eliana Pólo Pereira e do Senhor Flávio José Passos Coelho. (Pausa)

(A homenageada recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Antônio Walter Moreschi para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho; do Exm.º Senhor Givaldo Vieira, da Doutora Eliana Pólo Pereira e do Senhor Flávio José Passos Coelho. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido a Senhora Elaine Maria Marochio de Freitas para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho; do Exm.º Senhor Givaldo Vieira, da Doutora Eliana Pólo Pereira e do Senhor Flávio José Passos Coelho. (Pausa)

(A homenageada recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor José Henrique Mauri para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho; do Exm.º Senhor Givaldo Vieira, da Doutora Eliana Pólo Pereira e do Senhor Flávio José Passos Coelho. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO

SARKIS FILHO) - Convido o Senhor Luciano Zamiluti Teixeira para receber o certificado das mãos do Senhor Deputado Glauber Coelho; do Exm.º Senhor Givaldo Vieira, da Doutora Eliana Pólo Pereira e do Senhor Flávio José Passos Coelho. (Pausa)

(O homenageado recebe o certificado)

O SR. CERIMONIALISTA - (SÉRGIO SARKIS FILHO) - Feitas as homenagens, neste momento o Senhor Ronaldo Loureiro, Auditor Fiscal aposentado e ex-Inspetor-Chefe Adjunto, é convidado a fazer uso da palavra em nome de todos os homenageados .

O SR. RONALDO LOUREIRO - (Sem

revisão do orador) - Obrigado a todos. Para não me

alongar muito também, trouxe um lembrete. Exm.º Senhor Deputado Glauber Coelho, proponente desta sessão de comemoração aos vinte anos da restauração da Unidade Aduaneira Autônoma do Estado do Espírito Santo, mais conhecida como Alfândega da Receita Federal do Porto de Vitória; Exmº Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado, que tem feito um trabalho excelente no Estado. Meus cumprimentos à Senhora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil; ao Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega do Porto de Vitória; autoridades presentes à Mesa, colegas presentes neste evento, foi com muita alegria e emoção que recebi a informação de que fui incluído como um dos homenageados nesta sessão solene de reinstalação da Unidade Aduaneira Autônoma no Espírito Santo. Quero registrar os meus sinceros agradecimentos à generosidade do Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória e do Senhor Jaques Mauro de Moraes, Inspetor-Chefe Adjunto, pela lembrança de meu nome. Quero dizer do meu sentimento de ter cumprido com meu dever ao longo desses anos que trabalhei na Alfândega. A comemoração desses vinte anos é um fato marcante na vida capixaba, especialmente porque realizada nesta Casa de Leis, constituída por legítimos representantes do povo do Estado do Espírito Santo. O fato de estar nesta sessão como homenageado, é motivo de muito orgulho, repito. O meu eterno agradecimento. Quero afirmar que é uma homenagem que não pertence só a mim, reparto também com todos os colegas que colaboraram na elaboração do projeto de criação da nossa Alfândega, há muitos anos, especialmente os Senhores Antônio Walter Moreschi; Sandra do Valle Vianna e Liege Lopes de Resende, levantando dados e apresentando justificativas para que pudesse promover a defesa junto às autoridades da Receita Federal em Brasília, de uma estrutura de Alfândega concebida na proporção da importância das operações de comércio exterior realizado em nosso Estado, porque, poucos sabem, tive realmente dificuldade porque não queriam instalar uma Alfândega com a estrutura que havíamos proposta. Senhores, a importância desta sessão revela a preocupação de mentes abertas para o futuro, de sensibilidade no resgate da história de uma instituição, fato marcante para as novas gerações. E ao ser realizada nesta Assembleia Legislativa, entendo que representa também um compromisso de todos os parlamentares, funcionários públicos e do povo do Estado a se engajarem no incremento das atividades de comércio exterior, sabedores que têm na

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116 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

instituição Alfândega a guardiã da legalidade por intermédio de pessoal qualificado e instrumentos que procuram ser cada vez mais capazes de oferecer a tão almejada segurança jurídica nas transações realizadas, necessária aos investimentos e desenvolvimento do Estado. Aproveitamos também para enfatizar o trabalho realizado no Estado pela Senhora Edna Brandão Monteiro, que veio do Estado do Rio de Janeiro, ficou muito tempo longe de sua família e muito lutou pelo engrandecimento de nossa Alfândega. É uma das homenageadas. Agradeço ao Senhor Deputado Glauber Coelho e o parabenizo novamente pela iniciativa de realização desta sessão e a todas as demais pessoas que deram a sua contribuição para tornar este momento marcante na vida capixaba. Finalmente, agradecemos a todos meus amigos aqui presentes pela demonstração de confiança. Agradeço também a minha esposa, também presente, meus filhos, netos e noras, incentivos na minha caminhada de vida. Jamais esquecerei estes momentos. (Muito bem!) O SR. CERIMONIALISTA - (SÉGIO SARKIS FILHO) - Encerrando os pronunciamentos desta noite, ouviremos as palavras do Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado do Espírito Santo. O SR. GIVALDO VIEIRA - (Sem revisão do orador) - Boa-noite! Cumprimento meu caro amigo, Senhor Deputado Glauber Coelho, idealizador e Presidente desta sessão solene; a Senhora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7.ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil, que compreende o Estado do Espírito Santo; o querido amigo Doutor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória; o Senhor Jaques Mauro de Moraes, Inspetor Adjunto, especial amigo especial. Nas pessoas dos dois dirigentes, cumprimento todos os servidores desta importante instituição brasileira; o Senhor Marco Antônio Ismael Trovão de Oliveira, Capitão de Mar e Guerra. A julgar pelo nome, deveria estar na aeronáutica.

Cumprimento também a Senhora Lourência Riani, Vice-Prefeita do Município de Serra, representando o Senhor Audifax Barcelos, Prefeito do Município de Serra; o Senhor Severiano Imperial, Presidente do Sindiex; o Senhor Magno Pires da Silva, Superintendente do Patrimônio da União; o Senhor Clóvis Lascosque, Presidente da Codesa; o Senhor Autemar Lopes de Souza, Superintendente da Infraero e o Senhor Ronaldo Loureiro, Primeiro Inspetor Adjunto da Alfândega, que falou nesta

sessão em nome dos homenageados e das homenageadas.

Recebi, com muita alegria, o carinhoso convite feito pelo Senhor Flávio José Passos Coelho e reiterado pelo Senhor Jaques Mauro de Moraes, para que me fizesse presente nesta sessão solene. Eu e o Senhor Renato Casagrande, Governador do Estado do Espírito Santo, temos dificuldades de comparecer às sessões solenes feitas em grande número na Assembleia Legislativa, homenageando instituições e pessoas de grande merecimento para os capixabas. Não é muito comum estarmos presentes nestas sessões porque não conseguimos.

Em especial, esta homenagem a nossa Alfândega, marco presença em meu nome, em nome do Senhor Renato Casagrande Governo do Estado do Espírito Santo e em nome dos capixabas, para reconhecer o trabalho que é feito por esta importante instituição em solo capixaba. Nesse sentido, faço um olhar para os vinte anos que foram percorridos para visualizar o quanto foi importante a reinstalação da nossa Alfândega justamente no momento em que o país estava abrindo a sua economia para o cenário internacional, o que permitiu ou permitia ao Espírito Santo um passo de consolidação da sua vocação natural já instalada para o comércio internacional.

No século passado a nossa economia foi baseada na cultura do café, que é um produto da pauta de comércio internacional. Quando tivemos a grave crise do café e a erradicação dos cafezais, o governo central planejou, incentivou e implantou como substituição, como novo cenário para o Espírito Santo, pós-crise do café, os chamados grandes projetos. Grandes plantas industriais foram posicionadas neste Estado para processar matéria-prima, mas com o objetivo de exportar já com visão de fazer do Espírito Santo uma plataforma logística nesse sentido.

Se já fazíamos o caminho de ida, a abertura da economia permitiu fazer o caminho de volta, transformando o Estado do Espírito Santo numa referência nacional, numa potência nacional no que diz respeito ao comércio internacional. É claro que é preciso lembrar e reconhecer o protagonismo do setor empresarial que acreditou neste momento e participou ativamente do desenvolvimento e da consolidação desta nossa vocação econômica. O Espírito Santo tem o comércio internacional como uma vocação econômica. Não é à toa que significa quase a metade do nosso PIB, como já foi dito nesta sessão.

A Alfândega reinstalada neste momento importante e ao longo desses vinte anos,

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Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013 Diário do Poder Legislativo - 117

contribuiu decisivamente para que a atividade do comércio internacional, por meio do Espírito Santo se desse forma organizada, de forma ágio e segura para os brasileiros, porque a Alfândega tem esse papel de proteção da sociedade no comércio internacional, e permitiu que o Espírito Santo vivesse um momento de prosperidade econômica que foi dado por diversos setores da economia, mas foi particularmente impulsionado por esse setor do comércio internacional. Olhar para esses vinte anos da presença da Alfândega aqui no Espírito Santo é olhar para uma instituição pública que cumpriu um papel fundamental para a nossa economia, e queremos fazer esse reconhecimento. Um olhar também para o presente nos faz reconhecer, elogiar e perceber que esta característica protagonista da nossa Alfândega, pelo seu corpo funcional que se reveza nos postos de direção, continua protagonista no processo. Nossa Alfândega, Doutora Eliana Pólo Pereira, está nos ajudando muito neste momento crucial para o Espírito Santo, em que perdemos atratividade do nosso principal mecanismo de incentivo à atividade da importação, o Fundap, por conta da Resolução n.º 13, do Senado Federal.

Estamos fazendo um esforço, liderados pelo Senhor Governador Renato Casagrande, um novo Programa de Desenvolvimento Sustentável, o Proedes, que coordeno no Governo, que tem feito um esforço de juntar os diversos atores da economia capixaba e as instituições públicas, também nas suas diversas esferas, para uma atitude não somente relativa às medidas negativas ao estado, mas uma atitude também positiva no sentido de pensar novos cenários, novas alternativas.

A Alfândega teve nos últimos vinte anos e, queria ressaltar, tem tido neste momento um papel importantíssimo pela agilidade, pela disposição de sentar e cooperar com diversas instituições, com transparência dentro do seu papel, dialogando com o Governo Estadual, mas também com o setor empresarial, sem que isto macule as sua atribuição. Então, temos que reconhecer esse papel que é feito nesse momento. Ao homenagear e nos confraternizar por esses vinte anos que caminhamos, também somos convidados a fazer um olhar para frente. Vamos pensar os próximos vinte anos. Tenho certeza, Doutora Eliana, de que a Alfândega do Espírito Santo terá um papel ainda mias estratégico para o cenário que se vislumbra para o Espírito Santo. Temos dificuldades? Temos. Mas, temos muitas possibilidades. No Espírito Santo, sobretudo a partir dos últimos dez anos, quando o Nordeste e o Norte do país se tornaram um mercado consumidor, as pessoas melhoraram

de vida e se tornaram grandes mercados consumidores, o Espírito Santo ganhou relevância pela sua posição estratégica, que já era estratégica, mas agora, definitivamente estratégico, porque estamos no centro do litoral brasileiro. Ao mesmo tempo em que temos gargalos, dificuldades, temos, nas soluções desses gargalos que estão em curso e que algumas podem estar demorando e outras estarem com algum tipo de defasagem em relação a prazo de execução, mas outras estão acontecendo, e esses gargalos serão superados e teremos outra situação para o nosso Estado. Falo aqui, por exemplo, das obras que estão acontecendo neste momento no Porto de Vitória - mais de quatrocentos milhões em obras em curso -, algumas já em fase de conclusão, outras sendo retomadas, inclusive a ampliação do cais, com a contenção, a dragagem, a derrocagem; e a ampliação de ataleia, entre outras que virão.

Do anúncio da Presidenta Dilma Rousseff, a respeito dos investimentos nos portos do Brasil - em torno de cinquenta bilhões de reais -, treze bilhões de reais estão previstos para o Estado do Espírito Santo. Assim, nove novos portos, inclusive um porto de águas profundas, cujo estudo de localização está sendo conduzido pela Companhia Docas do Espírito Santo, Codesa, uma empresa contratada que está finalizando seu trabalho... Além disso, quatro aeroportos regionais, cujos projetos de implantação já estão sendo feitos, contratados pelo Governo Estadual, com recursos garantidos de duzentos milhões de reais. Nesse caso, falo dos Municípios de Linhares, São Mateus, Colatina e Cachoeiro do Itapemirim.

Quanto ao Aeroporto Eurico de Aguiar Salles, do Município de Vitória, que infelizmente, mais uma vez, virou notícia negativa em nível nacional, o Ministro da Aviação esteve no Estado e nos apresentou um cronograma de conclusão dos projetos executivos para o mês de agosto, o que pode definitivamente abrir uma perspectiva de conclusão dessa pendência junto ao Tribunal de Contas da União e termos as obras retomadas. Algumas partes estão em obras, como a torre, a área destinada ao Corpo de Bombeiros e a fachada.

Teremos um aeroporto internacional em Vitória, no Estado do Espírito Santo, assim como teremos a BR-101 duplicada nos próximos anos. A BR-101 corta todo o nosso território. Teremos a BR-262 duplicada, pois a licitação do primeiro trecho está sendo concluída nesse momento e deve ir à concessão, o que garantirá sua qualidade no futuro.

Por que não falar da ferrovia, ligando o Município de Vitória ao Estado do Rio de Janeiro, com o ramal do norte fluminense até o

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118 - Diário do Poder Legislativo Vitória-ES, terça-feira, 11 de junho de 2013

centro do País, no Estado do Mato Grosso? Os estudos iniciais da ferrovia estão sendo concluídos pela empresa de planejamento e devem ser encaminhados à concessão. Assim o Estado do Espírito Santo está sendo construído para daqui a alguns anos. Talvez vinte anos. As coisas não chegarão exatamente em vinte anos. Algumas chegarão em poucos anos. Outros projetos levarão tempo para se tornarem maduros. E teremos um Estado que definitivamente não somente terá no comércio internacional sua vocação, mas também terá agregada à sua atividade econômica uma característica de grande plataforma logística do Brasil. Assim acreditamos e estamos trabalhando para que nosso Estado caminhe nessa direção, com investimentos fortes do Governo Estadual nas rodovias estaduais complementares e em todo esse sistema logístico.

Toda essa interação positiva entre os Governos Estadual e Federal é para que as coisas aconteçam como agora estão acontecendo em nosso Estado. Portanto, precisamos olhar também para frente. Se em vinte anos foi muito importante a Alfândega nesse Estado, tenho certeza de que nos próximos anos a Alfândega terá um papel ainda mais significativo. Acreditamos que a Alfandega, como é hoje, merece ser fortalecida pelo Governo Federal. E tenho certeza de que será no seu tempo e planejamento, porque teremos muito o trabalho dos Senhores pela frente.

Finalizando meu discurso, parabenizo os servidores - alguns, aposentados; um servidor está se aposentando hoje; outros, na ativa - presentes a esta sessão solene, pois não existe instituição e obra sem servidor. Nada é realizado neste mundo sem as pessoas. Os Senhores são os grandes protagonistas dessa história positiva: a presença da Alfândega no Estado do Espírito Santo! Parabéns! Viva a Alfândega do Porto de Vitória! (Muito bem!) (Palmas)

O SR. PRESIDENTE - (GLAUBER

COELHO) - Antes de finalizar esta sessão solene, queremos, mais uma vez, reiterar nossa gratidão e nossa satisfação pela oportunidade que ora nos é dada de poder homenagear algumas pessoas que deram e que continuam a dar sua parcela de contribuição para que a Alfândega do Porto de Vitória continue sendo uma referência para todos nós.

Agradeço ao Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado; à Doutora Eliana Pólo Pereira, Superintendente da 7.ª Região Fiscal da Receita Federal do Brasil; ao Senhor Flávio José Passos Coelho, Inspetor-Chefe da Alfândega da Receita Federal do Brasil do Porto de Vitória; ao Senhor Marco Antônio Ismael Trovão de Oliveira, Capitão de Mar e Guerra, representando a Marinha do Brasil; à Senhora

Lourência Riani, Vice-Prefeita do Município de Serra; ao Doutor Severiano Alvarenga Imperial, Presidente do Sindiex; ao Senhor Magno Pires da Silva, Superintendente do Patrimônio da União; ao Senhor Clóvis Lascosque, Diretor-Presidente da Codesa e ao Senhor Autemar Lopes de Souza, Superintendente da Infraero.

Agradeço a presença de todos os senhores e senhoras. Esta augusta Casa de Leis sente-se extremamente confortável, segura e confiante na política implantada por esse Governo, querido amigo, Senhor Givaldo Vieira, Vice-Governador do Estado do Espírito Santo.

Tudo aquilo que foi falado, que foi relatado em termos de passado, de presente e de futuro... Temos particularmente uma confiança exagerada neste Governo. Acreditamos piamente na forma que V. Ex.ª e o Senhor Governador Renato Casagrande administram e gerenciam este Estado.

Independentemente de enfrentarmos, na realidade já estamos enfrentando, um mar revolto ou não; independentemente dos desafios que iremos enfrentar, temos convicção de que o nosso Estado está fadado ao sucesso. E esta Casa de Leis não tem se furtado à responsabilidade, não tem medido esforços, não tem colocado obstáculos e nenhum tipo de impedimento para que o Governo do Estado do Espírito Santo - leia-se Governo Renato Casagrande e Givaldo Vieira - possa, de mãos dadas com esta Casa e cada vez mais confiante de que estamos e somos nesta política implantada, nas parcerias existentes com o Governo Federal.... Não temos para onde correr, mas com planejamento, trabalho e dedicação, temos certeza de que iremos superar todos esses desafios em curto, médio e em longo prazo. Em cada ano, nosso Estado será ainda mais respeitado pela nossa Federação.

Lembrando que outra parte desta sessão solene, não menos importante do que esta, estará acontecendo em outro salão anexo a este: um belíssimo e delicioso coquetel, promovido pela Alfândega do Porto de Vitória.

Viva a Alfândega do Porto de Vitória! Agradecemos a presença de todos os

senhores e senhoras. Nada mais havendo a tratar, vou encerrar

a presente sessão. Antes, porém, convoco os Senhores Deputados para a próxima, ordinária, dia 04 de junho de 2013, à hora regimental, para a qual designo.

EXPEDIENTE: O que ocorrer. ORDEM DO DIA: anunciada na

quadragésima quinta sessão ordinária, realizada no dia 03 de junho de 2013.

Encerra-se a sessão às vinte horas e

cinquenta e três minutos.

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HORÁRIO E LOCAL DE FUNCIONAMENTO DAS COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, SERVIÇO PÚBLICO E

REDAÇÃO Dia: terça-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE FINANÇAS, ECONOMIA,

ORÇAMENTO, FISCALIZAÇÃO, CONTROLE E TOMADA DE CONTAS

Dia: segunda-feira Horário: 13h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA, DE

DESENVOLVIMENTO URBANO E REGIONAL, DE MOBILIDADE URBANA

E DE LOGÍSTICA Dia: segunda-feira Horário: 9h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE SEGURANÇA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

Dia: segunda-feira Horário: 10h30m Local: Plenário “Dirceu Cardoso”.

COMISSÃO DE CULTURA E DE COMUNICAÇÃO SOCIAL

Dia: segunda-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

Dia: segunda-feira Horário: 13h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE SAÚDE E SANEAMENTO Dia: terça-feira Horário: 9h Local: Plenário “Rui Barbosa”. COMISSÃO DE DEFESA DA CIDADANIA

E DOS DIREITOS HUMANOS Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE POLÍTICA SOBRE DROGAS

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Rui Barbosa”.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

Dia: terça-feira Horário: 10h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE

Dia: terça-feira Horário: 11h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO

Dia: terça-feira Horário: 12h30m Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE AGRICULTURA, DE SILVICULTURA, DE AQUICULTURA E

PESCA, DE ABASTECIMENTO E DE REFORMA AGRÁRIA

Dia: terça-feira Horário: 13h30 Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”. COMISSÃO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA,

INOVAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, BIOSSEGURANÇA, QUALIFICAÇÃO

PROFISSIONAL E PETRÓLEO E SEUS DERIVADOS

Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

COMISSÃO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL, SEGURANÇA ALIMENTAR E

NUTRICIONAL Dia: segunda-feira Horário: 14h Local: Plenário “Deputada Judith Leão Castello Ribeiro”.

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ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Estado do Espírito Santo

SECRETARIA GERAL

PAULO MARCOS LEMOS Diretor-Geral

CARLOS EDUARDO CASA GRANDE Secretário-Geral da Mesa

JULIO CESAR BASSINI CHAMUN Procurador-Geral

MARCELO BOZIO MONTEIRO Secretário de Comunicação Social

RAULINO GONÇALVES FILHO Chefe de Gabinete da Presidência

OCTAVIO LUIZ ESPINDULA Subdiretor-Geral

PAULO DA SILVA MARTINS Subprocurador-Geral

DIRETORIAS LEGISLATIVAS

MARCELO SIANO LIMA Diretor das Comissões Parlamentares

MARCUS FARDIN DE AGUIAR

Diretor de Processo Legislativo

RICARDO WAGNER VIANA PEREIRA Diretor de Redação

JOÃO PAULO CASTIGLIONI HELAL

Diretor da Procuradoria

FABIANO BUROCK FREICHO Diretor de Recursos Humanos

MARILUCE SALAZAR BOGHI

Diretor de Taquigrafia Parlamentar

JONSTON ANTÔNIO CALDEIRA DE SOUZA JÚNIOR Diretor de Tecnologia da Informação

ADRIANA DOS SANTOS FERREIRA FRANCO RIBEIRO

Diretor de Documentação e Informação

JORGE ANTÔNIO FERREIRA DE SOUZA Diretor da Consultoria Temática

WILSON TEIXEIRA GAMA

Diretor de Infraestrutura e Logística