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DIÁRIORepública Federativa do Brasil
DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I
ANO XXXIX::- N9 088 .CAPITAL FEDERAL .sÁBADO, 18 DE AGOSTO DÊ 1984
CÁ'MARA DO'S DEPUT'ADOSSUMÁRIO
1 - ATA DA 89' SESSÃO DA 2' SESSAO LE.GISLATlVA DA 47' LEGISLATURA, EM 17 DEAGOSTO DE 1984.
I - Abertura da Sessão
11 - uitura e assJnatun da ata da sessio anterior
I - Pequeno Expediente
JOÃO HERCULINO - Candidatura TancredoNeves à Presidência da República.
NILSON GIBSON - Apoio do Presidente JoãoFigueiredo à candidatura Paulo Maluf à Presidênciada República.
JONAS PINHEIRO - Reivindicações dos produtores da Região Centro-Oeste.
CASILDO MALDANER - Enchente em SantaCatarina.
. DEL BOSCO AMARAL - Sucessão presidencial.
ERNANI SATYRO - Apoio ao Presidente daCámara, Deputado Flávio Marcílio,
JOSÉ CARLOS TEIXEIRA - Dívida externabrasileira.
OSVALDO MELO - Realização, em Belém, Pará, do I Simpósio do Trópico Unido.
ALUISIO CAMPOS - Eleições diretas para Presidente da República.
SIQUEIRA CAMPOS - Mensagens de congratulações pela indicação do Deputado Paulo Maluf paracandidato do PDS à Presidência da República,
ADHEMAR GHISI - Apoio ao Presidente daCâmara, Deputado Flávio Marcílio. Lançamento da
revista "Tribunal Municipal", em Urussanga, SantaCatarina.
IRINEU BRZESINSKI - Sucessão prcsidencial.
ASSIS CANUTO - Licenciamento do ca~didato
à Vice·Presidência da República, Deputado Flávio'VIarlcílio.
FRANCISCO AMARAL - Necrológio do Prof.Antônio de Pádua Prado, ex-diretor da Rádio Jornalde Indaiatuba, São Paulo.
RENATO JOHNSSON - Reivindicações dascooperativas agropecuárias paran aenses.
MÁRCIO LACERDA - Concessão do Prêmio.Lati à médica cuiabana Marta Duarte de Barros.
FREITAS NOBRE - Censura.
CELSO PEÇANHA - Aposentadoria especialpara as categorias de guarda-chaves e manobreirosde pátio da Cia. Vale do Rio Doce.
I'AES DE ANDRADE - Necrológio da Professora Helena Cartaxo, Vice-Presidente da Associaçãodos Docentes da Universidade Federal do Ceará.
SIQUEIRA CAMPOS - Comunicação, comoLíder, de solidariedade ao Presidcnte FlávioMarlcílio.
CELSO PEÇANHA - Coinunicação, comoLíder, de solidariedade ao Presidente FlávioMarlcílio..
VIRGlLDÃSIO DE SENNA - Comunicação,como Líder, de solidariedade ao Presidente FlávioMarlcílio; eleições diretaspara Presidente da República.
SIQUEIRA CAMPOS - Comunicação, comoLíder, sobre eleições diretas para Presidente da República; atuação do candidato Tancredo Neves àPresidência da República e do Presidente FlávioMarlcílio.
VIRGILDÃSIO DE SENNA - Comunicação,como Líder, sobre eleições diretas para Presidente daRepública; atuação dos candidatos Tancredo Neves ePaulo MaliIf à Presidência da República.
PRESIDENTE - Conduta do Deputado Flávio.Marlcílio na Presiçlência da Câmara dos Deputados.
IV - Grllllde Expediente
LEÚNIDAS RACHID - Solidariedade ao Presidente da Climara, Deputado Flávio Marcílio. Política habitacional.
FERNANDO SANTANA - Componentes dademocracia brasileira.
WA'LTER CASANOVA - Quadro sóciopolítico-econômico brasileiro.
ALUIZIO BEZERRA - Eleições diretas paraPresidente da República.
DJALMA: BOM - Sucessão presidencial.
v - Encerramento
3 - !\-lESA (Relação dos membros)
4 - UDERES E VICE-UDERES DE PARTIDOS (Relação dos membros)
S - COMISSOES (Relação dos membros das Comissões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquérito)
2 - ATA DAS COMISSOES
8032 Sábado 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Ata da 89~ Sessão, em 17 de agosto de 1984
Presidência dos Srs.: Walber Guimarães, 2!'- Vice-Presidente; Ary Kffu
ri, 2!'-Secretário; e Carneiro Arnaud, Suplente de Secretário;
Agosto de 1?8~
Às 9:00 horas comparecem os Senhores:
Flávio MaocíIioPaulino Cícero de VasconcellosWalbcr GuimarãesFernando LyraAry KffuriFrancisco StudartAmaury MüllcrOsmar LeitãoCarneiro ArnaudJosé EudesAntônio Matais
MlII'anbio
João Alberto de Souza - POSo
Ceará
Carlos Virgílio - P-OS; Haroldo Sanford - POS; Orolando Bezerra - POSo
Joacil Pereira - PDS.
Pernambuco
J~sé Moura - P-DS; Miguel Arraes - PMDB; SérgioMurlilo - PMDlB.
Rio de JlDelro
Darcílio Ayres - PDS; Eduardo Galil - POSo
Minas Gerais
Carlos Eloy - POS; Cássio Gonçalves - PMDB.
ParlDá
Aroldo Mollitta - ·PMDB; Dilson' Fanchin PMDIB; Pedro Sampaio - PMDB.
Rio Grande do Sul
Darcy Pozza - PDS; Hugo Mardini - PDS; IrajáRódrigues - PMDB..
o SR. PRFSIDENTE (Ary Kffuri) - A lista de presença acusa o comparecimento de 147 Senhores Deputa
dos.Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão
anterior.
II - O SR. NILSON GIBSON, servindo como 29Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, assinada.
III - O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Passa-seao Pequeno Expediente.
Tem a palavra o Sr. João Herculino.
O SR, JOÃO HERCULINO (PMDB - MG. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, passadas as Convenções, os brasileiros passaram aassistir a um espetáculo bufo.
Efetivamente, não há outra classificação para o espetáculo que está cansando os telespectadores pela falta debom-senso.
Como classificar o "entusiamo" dos responsáveis pelacampanha do candidato governista que está sendo mostrado, repetidamente. na televisão e nos jornais, recebendo o apoio (às vezes nem tão entusiástico) de Ministrosdemissíveis ad nutum ao candidato governista, ou, o queé mais grave, ainda dos líderes do Governo na Câmara eno Senado Federal.
Grande coisa receber apoio da "própria família"! NãoJeixa de ser um espetáculo bufo, uma pantomima, receber o apoio de quem não tem outro caminho, senãoapoiar. Há uma expressão popular que retrata com abso
Juta fidelidade este fato. Não vou repeti-la porque é umtanto grosseira. Mas é o caso: ou apóia, ou deixa o Mi-nistério, ou deixa a liderança do Governo. Dá-nos a impressão de extrema pobreza de apoio conferir tanta ênfase ao uóbvio ululante".
Apoio a se levar em consideração é, por exemplo, o doincontestável líder baiano António Carlos Magalhães, éo apoio do Governador baiano, é o apoio do Governador Marltins Filho, é o apoio do Governador do Ceará, éo apoio do Governador do grande Estado de Pernambuco e dos seus Senadores e Deputados, é o apoio do Governador do Rio Grande do Norte, é o apoio dos Governadores das Alagoas e do Maranhão, homens livres e independentes,líderes eleitos pelo seu povo e que hoje integram ou integrarão a Frente Liberal, juntos com tantosDeputados, Senadores e eleitores do Colégio Eleitoral.
Estes, sim, são apoios que deveriam ser comemoradosem todas as praças públicas do País, pois são apoios quevêm trazer uma garantia de mudança de um regime quedesagrada ao povo há mais de vinte anos.
O povo brasileiro, ficará devendo a estes heróis queagüentaram toda sorte de arbítrio, morte, sevícias, desaparecimentos misteriosos, prisões, confinamentos e todaa imensa gama de torturas morais e físicas e mantiverama lu'ta contrll o sistema imposto à Nação, àotevelia davontade pópular. Isto é certo. Mas também é certo que oBrasil ficará eternamente agradecido e honrarâ a este pugilo de grandes brasileiros que, deixando. a tranq(lilidadeda sombra do poder, enrolando-se na Bandeira da Pátria, hoje símbolo de um povo sofrido e miserável, jogase ã luta para que o País recup'ere a sua respeitabilidade,a sua altivez, diante dos outros países do mundo. O Brasil não se esquecerá do grande mineiro Aureliano Chavese de todos estes Governadores, Senadores, DeputadosFederais, estaduais, Vereadores e Prefeitos q~e dando asmãos à oposição, no momento extremo que vive a Naçãobrasileira, formam uma corrente invencível, que irá conduzir o ínclito mineiro Tancredo Neves à Suprema Ma:'gistratura do País. E Tancredo Neves ficará imortalizadona História da Pâtria e no coração generoso do povobrasileiro como o homem que o terá ~econduzido à normalidade democrática, com a prevalência da vontade dopovo, garantida por uma Constituição que emergirá soberanamente da vontade popular, na Assembléia Nacional Constituinte, que será convocada, e, pela devoluçãoao poder da credibilidade e da respeitabilidade internas eexternas.
Com o seu pulso forte, a sua inabalável e incontestáveldiretriz política, sua inteligência, seu caráter e seu patriotismo, síntese das qualidades que ornam os brasileiros e,de modo especial, os herdeiros da Inconfidência e das lu-
tas libertárias, Tancredo Neves irá imprimir um caráterde absoluta austeridade, de absoluta dignidade e de suajamais desmentida honestidade, fazendo retornar ao poder a confiança. e o respeito da Nação.
Muilos gostariam que, por pirronice ou insensatez, emnome de uma falsa fidelidade a um sistema de eleiçõesque defendemos, deixássemos passar a oportunidade defazer o Brasil retornar à larga estrada da democraciapura e simples.
Prevalecendo em nós o pátriotismo e a fidelidade aointeresse popular, esquecemos o passado, não queremoster dele senão a lembrança histórica e os exemplos deixados, e nos abraçamos, todos nós, num estupendo lequepolítico, que consagrará a vitória do bem sobre o mal, docerto sobre o duvidoso, da austeridade sobre o desperdício. do sorriso do povo sobre suas lágrimas.
O SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, oPresidente João Figueiredo, conforme promessa e compromisso com a Nação, afirmou, no dia 12 passado, que"Agora estou à vontade para dizer que o candidato domeu partido - que é o meu candidato - é·o Dr. PauloSalim Malllf, porque a maioria do meu partido quer queo Dr. Paulo Malllf seja o candidato".
o. Presidente Figueiredo acrescentou que "é necessárioque, agora, nós nos unamos, que esqueçamos as nossasdesavenças, as nossas querelas, as nossas rusgas do pas·sado, c nos unamos em torno daquele nome, que é o doDr. Paulo Malllf, que a partir de hoje é o candidato dopartido".
o. Presidente da República afirmou, ainda, que "as vozes responsáveis do partido falaram na Convenção - namais sã essência democrática - ao contrário do ocorrido com as oposições, que homologaram um nome, porimposição de um ou de uns poucos, burlando o que deveser o mais puro exercício:·democrático'·.
O Presidente João Figueiredo elogiou a conduta doscandidatos do PDS e a "maneira exemplar com que seportaram os convencionais", e concluiu dizendo que "averdade ê que as vozes responsáveis do partido, falaram.Reponsáveis porque a lei previa que eram as vozes responsáveis, desde as eleições de 1982".
E arremata o Presidente Figueiredo: "A maioria dessas vozes, na mais sã essência democrática, escolheu umcandidato. Tal como deve ser. Tal como eu queria. Diferente, graças a Deus, bem diferente, da voz maciça, datotalidade, ou da quase totalidade dos convencionais deum partido, que homologam um nome, por imposiçãode um ou de uns poucos. burlando o que acho deve ser omais puro exercício democrático".
Finalmente, o Presiderite da República formaliza umveemente apelo ao PDS: "Mister se faz, repito, para queesse exercício democrático que é a própria voz da democracia - que é a voz da maioria se transforme em algode prático para a democracia que buscamos; é necessárioque agora nos unamos, que esqueçamos nossas desavenças, as nossas rusgas do passado e nos unamos emtorno daquele nome, que é o do Dr. Paulo Maluf, que apartir de hoje é o candidato do partido. Só assim é queeu entendo que deve ser democracia. Agora estou à vontade para dizer que o candidato do meu Partido - que éo meu candidato - é·o Dr. Paulo Maluf, porque a maioria do meU partido quer que o Dr. Paulo Maluf seja ocandidato" .
Agosto de 1984
Sr. Presidente c Srs. Deputados, acredito que essas pa- 'lavras do Presidente João Figueiredo tiveram o endereçocerto: responder a declarações do Senador Marco Macielao jornalista José Carlos Bardawil, da revista "Senhor",quando formula contundentes críticas, dizendo que oPresidente Figueiredo estaria se omitindo de participardo processo sucessório e lembrando, o parlamentar pernambucano, que essa abstenção do Presidente Figueiredo era um processo de foro intimo, "que eu não tenhocondições de analisar".
Pura maldade do Senador Marco Maciel, traidor doidéario da'Revolução de 31 de março de 1964; aproveitador, desde o início de abril de 1964, até ser nomeado Governador do Estado de Pernambuco, pois o PresidenteFigueiredo, desde o início do processo sucessório, temdeclarado que só e exclusivamente após a Convenção doPDS teria candidato a Presidente da República, o queefetivamente agora demonstrou. Agora o Presidente estáà vontade para dizer à Nação que o candidato do seupartido, o PDS, é também seu candidato, e é o Dr. Maluf, porque a maioria do PDS quer que o Dr. Maluf sejao candidato às eleições de 15 de janeiro de 1985.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, afirmo que acreditona vitória do companheiro Deputado Paulo Maluf, político, empresário, estadista, mas, antes disto, o homemPaulo MallIf, que preserva sua família como o maior dosseus bens e que é exemplo de trahalho e de coragem política.
Ainda desejo registrar minha solidariedade ao Deputado Flávio Marlcílio, que, injusta c absurdamente, estásendo criticado por uma minoria nesta Casa. Mas, atento ao apelo do companheiro Deputado Paulo Maluf,candidato à Presidência da República, em face de inexistir impedimento legal c moral, o Deputado FlávioMarlcílio continuará na Presidência da Câmara dos Deputados.
o SR. JONAS PINHEIRO (PDS - MT. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,na Semana passada, quando o PDS e o PMDB, realizavam suas convenções para escolha dos candidatos à Presidência da República, reuniam-se em Goiânia, representando os produtores do Centro-Oeste brasileiro, Secretário de Agricultura, presidente de federações de agricultura e dirigentes de organizações cooperativistas, paraum amplo debate dos problemas que afligem a agricultura da região.
Matb Grosso, Mafu Grosso do Sul, Goiás, e Di;tritoFederal pretendem tentar transformar a região em realpólo de produção, com a expanção da fronteira agricolae aumento da produtividade.
Consciente da dramática situação porque passam osprodutores e tentando salvar a atividade produtiva, estamos solidários com a reunião de Goiânia, pois achamosque o Governo deve dispor de recursos e mecanismospara o dcsenvolvimento da agricultura desde a fase dcpreparo do solo até á comercialização do produto.
As condições propostas pel.o Governo, consubstanciados na falta de recursos, retirada do subsídio ao créditorural e preço mínimo irreal, podem contribuir para inviabilizar a agricultura nacional, sobretudo a da regiãoCentro-Oeste, ainda carente da necessária infra estrutura, tanto - nível de propriedade, como a nível governa
mental.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, a seguir trancrevemosos pontos comuns a que chegaram as várias autoridadesreunidas, que os oferecem ao Governo Federal como reivindicações, no senlido de que providências sejam tomadas imediatamente e em tempo hábil a fim de que nossosagricultores não percam as esperanças e não sejam frustradas suas expectativas para aproveitamento do presente ano agrícola.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Considerando o elevado grau de endividamentode todo o setor, por frustração de duas safras consecutivas; considerando as mudanças na política decrédito agricola, com a supressão abrupta de subsídios de há muito praticado no setor; considerando airrealidade dos preços de garantia. não compatíveiscom os custos de produção; considerando que ospreços d~ mercado não vém atompanhando os custos praticados no setor, em decorrência da própriaintervenção Governamental: considerando que asdecisões governamentais sobre VBC e preços de garantia tomam por parâmetros dados que não correspondem à realidade da agropecuária brasileira; considerando que tais fatores colocam a agricultura daregião na iminência de um colapso, por impossibilidade de plantio da safra que se aproxima; Considerando, finalmen,te, que tal colapso terá catastróficasrepercussões econômico-financeiro-sociais, nãoapenas para a região, mas para todo o País, vimoscolocar que, em nosso entendimento, é absolutamente indispensável e urgente que o Governo Federal adote as seguintes providêncÍas:
I - Aumento do percentual do V.B.C: 90% paraa soja, 85% para o milho e 100% para o arroz sequeiro.
2 - Que os produtores rurais do Centro-Oestesejam classificados, todos, na categoria de "peque-nos produtores". <
3 - Fixação em ORTNs do valor dos preçosmínimos, conteplando custos financeiros.
4 - Retorno da obrigatoriedade dos bancos particulares cm participar do crédito complementar docusteio. estabeleccndo-se que as garantias pignoratícias sejam estritamente proporcionais ao percentualdo valor dos empréstimos concedidos.
5 - P-rorrogação dos débitos decorrentes de financiamentos através do crédito rural. segundo normas próprias a serem imcdiatamcntc baixadas."
Sr. Presidente, Srs. Deputados, rogamos a Deus paraque as autoridades agrícolas e monetárias sejam sensíveisàs justas pretensões do Centro-Oeste brasileiro.
Era o que tinha a dizer.
O SR. CASILDO MALDANER (PMDB - Se. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, como é do conhecimento de toda a Nação, o Estado de Santa Catarina está vivendo, mais uma vcz, dias deamargura com outra enchente. As proporções são idênticas às do ano passado. Milhares de pessoas passam necessidade. O comércio, a indústria, a lavoura e a pecuária também foram duramente castigados.
Hoje as águas já estão baixando, com uma aparentcnormalidade e a preocupação contínua. Se, de um lado,o empresário desestimulado em continuar suas atividades, de outro, o t<abalhador vive momentos de tensão. Opai de família, que perdeu tudo - uns, até pessoas desua família - não sabe se no futuro poderá contar comseu trabalho.
Louvc-se o espírito humanitário dos empresários catarinenses. Eles acabam de firmar um compromisso com aFederação das Indústrias do Estado de Santa Catarina,de não demitir nenhum funcionário dentro dos próximos120 dias. Por mais que a classe cmpresarial se esforce,não sabemos se csse compromisso poderá ter continuidade porque o próprio empresário se sente inseguro.
Esse fenômeno das enchentes passou a ser rotina emSanta Catarina. A recuperação da economia do Estadonão será fácil. Vai demorar algum tempo. :f: preciso queo Governo faça alguma coisa e tome medidas mais concretas para tranqUilizar essa brava gente do territóriobarriga-verde.
Se, no Nordeste, o problema é a seca, no Sul, o excessode chuva, que inunda dezeoas de municípios, comprome-
Sábado 18 8033
te a economia catarinense. Tcmos informações - c isso élamentável -'- de que algumas indústrias poderão sertransferidas para outros Estados, fugindo das enchentese, conseqüentemente, dos prejuízos. Santa Catarina, queaté então era um Estado mais ou menos equilibrado, corre, portanto, sério risco de vir a ter o desemprego comograve problema. O comércio, a indústria, a pecuária e alavoura querem e precisam de garantia.
Por ser visível o estado de desgaste e dada a impossihilidadc de recuperação, face aos repetidos fenômenos,quc vêm exaurindo completamente produtores e cooperativas, a Fedcração das Cooperativas Agropecuârias doEstado de Santa Catarina reivindica sejam estendidos aoEstado de Santa Catarina condições idênticas às previstas em resoluções do Banco Central para municípios dasáreas da SUDENE, SUDAM, Vale do Jequitinhonha eEspírito Santo, sob pena de criar-se em nosso Estado umbolsão de pobreza de características piores que os das citadas regiões.
O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, algumas vezes a intransigéncia dos bons ajuda em muito osplanos dos maus.
Estam~s alarmados com o posicionamento, cada vezmais público - e ontem foi por uma das emissoras de televisão - de dignos 'companheiros nossos, de homensque merecem o nosso mais profundo respeito, mas quecontinuam insistindo na tese de que não comparecerão'ao Colégio Eleitoral. Acho que esses homens, esses dignos companheiros, cuja intransigência vem atéa própriacoerência, mas que não estão enxergando além da própria coeréncia as necessidades do povo brasileiro, deveriam ter até tomado uma atitude um pouco mais drástica. Se mantiverem à atual decisão a qual teria sido atéantes da renúncia do grande homem público brasileiro,Tancredo Neves, do' Governo de Minas Gerais e ter registrado em cartório público o não ~omparecimento aeste Colégio, alguém' também acabará voltando atrás nasua decisão, às vésperas das eleições no Colégio Eleitonil. E todos ficamos nesta berlinda, nós, que estamosaqui transigindO, nós que estamos aqui abdicando de alguns princípios que nos são quase sagrados, tais corvonão votar por casuismo, em homenagem ao povo brasiIciro e em respcito aos deveres que temos para com ele.
Agora ficam alguns companheiros nossos, da ·maiordignidade possível, insistindo na tese de que não comparecerão ao Colégio Eleitoral. Um dia até serão cobrados,porquc dcmoraram tanto a se decidir a ir ao ColégioEleitoral.
Sr. Presidente e Srs. Deputados, lanço um apelo a todos aqueles que querem uma modificação efetiva da vidanacional, aos que querem suhstituir esses anos de obscurantismo: é preciso transigir. Já se sabe que os fatos sãocsses: não existc número regimental para quc se acolhauma cmenda constitucional que transforme o plcito direto em indireto neste instante. Os fatos estão aí colocados.Esses homens dignos como tantos outros homens dignos, também precisam ir ao 'Colégio Eleitoral para quenão aconteça o que ocorrcu, participar de uma votaçãona qual nos faltaram vinte c três votos para que atingíSsemos o quorum qualificado. Ora, esgotados todos essesrecursos, estrategicamente até, para chegar à ele,ição direta, só resta afirmar que vamos bater o candidato doGovcrno no Colégio Eleitoral.
fi desta forma que r~novo" desta tribuna, um apelo àqueles que estão intransigentes em relação ao ColégioEleitoral, para que entendam que a gravidade quanto aomomento nacional exige que nós outros caminhemosjuntos com os da Frente Liberal, para que possamos derrotar o adversário comum no que foi proposta pela Convenção governamental.
O SR. ERNANI SATYRO (PDS - PB. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, ocupo esta tribuna, em primciro lugar, para repelir os ataques mesquinhos e injus-
8034 Sábado 18
tos que têm sido feitos neste plenário contra a pessoa doPresidente desta Casa, o nobre Deputado FlávioMarcílio. (Muito bem! Palmas.) Flávio Marcílio é o Presidente pela terceira vez da Câmara dos Deputados peloseu mérito pessoal e capacidade intelectual, moral e politica. (Muito bem!) Não existe nenhum impedimentopara que ele continue a presidir a Câmara dos Deputados, nem impedimento de natureza legal, nem de natureza moral. As inelegibilidades e as incompatibilidades sãoaquelas expressas na legislação. Inelegibilidade é matériade direito expresso, não pode, absolutamente, resultar deilação, de dedução, de conclusão ou de interpretação dequalquer natureza. Impedimento moral também nãoexiste, porque ele não tem nenhuma possibilidade, dentro das suas atribuições de Presidente da Câmara, de influenciar no Colégio Eleitoral. Nós sabemos até. que,peJo.nosso Regimento, as atribuições de natureza administrativa mais inportantes são da l'-Seeretaria, e ali éque tem havido, se é que há, a maior concessão de favores em beneficio de qualquer natureza para os Srs. Deputados. Não quero, absolutamente, também acusar oPrimeiro-Secretário nem ninguém. O que querb é isentarFlávio Marcílio de qualquer responsabilidade por atosmenos dignos no exercício da Presidência desta Casa.(Muito bem!) Sr. Presidente, ao fazer em primeiro lugareste protesto contra as diatribes, contra'os insultos queaescem ao pior nível parlamentar que já conheci nestaCasa, ao fazer este protesto, trago também a expressãodo meu apreço, do meu apoio e da minha solidariedade aFlâvio Mareílio.
Sr. Presidente, para se ver como se desceu a esse debate, falam até que Flávio Marcílio tem atribuição de distribuir osjetões do Colégio Ij!eitoral que vai eleger o Presidente da República, como se Flávio Marcílio fosse umPresidente do Colégio Eleitoral, fosse o Presidente do Senado e, por conseguinte, do Congresso Nacional, e comose o próprio Presidente do Congresso pudesse fazer discriminação entre jetÕes cabíveis a Deputados dessa oudaquela corrente.
Sr. Presidente, é uma diminuição, até nos humilhar dizer que possamos, que qualquer um de ,nós possa deixaro seu voto ser influenciado por motivo dessa natureza.Trago, pois, o meu protesto não apenas em meu nome,mas no de inúmeros pares, da própria dignidade da Câmara, da própria dignidade do Poder Legislativo, contraessa inorriinável, essa inqualificável, essa criminosa campanha que está se fazendo contra Flávio Marcílio. (Muito bem! Palmas.)
o SR. JOst CARLOS TEIXEIRA (PMDB ....;. SE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, esta semana transcorre mais uma vez com a presença, no Brasil, de membros do Fundo Monetário Internacional analisando nossa economia. Os tecnocratasdo FMI percorrem os gabinetes dos Ministérios, do Banco Central e de outros organismos do Brasil, exigindotudo e impondo condições. .
Vê-se, Sr. Presidente, que apesar do clamor de todo aNação por uma mudança profunda e definitiva nos rumos da nossa economia, as autoridades econômicas continuam insensíveis c sem nenhuma perspectiva de mudança.
Verifica-se que nada se pode esperar mais do Governodo Presidente Figueiredo na condução da economia. S.Ex' parece que se conformou e espera qu~ a populaçãobrasileira busque meios de sobreviver à crise econômicaem que se debate toda a Nação.
Ao mesmo tempo começamos a verificar, também,que o próprio noticiário da imprensa registra que o Brasil mais urna vez cede aos banqueiros, e se constrói umaanálise sobre a moratória, que não provocaria "represálias. Este é um tema que tem sido profundamente analisado desta tribuna e que as autoridades econômicas insistem em sufocar, diante das aspirações de progresso denossa gente.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Por isso, Sr. Presidente, mais uma vez o Grupo Brasileiro do Parlamento Latino-Americano, numa assemble
. ia extraordinária realizada em São José, Costa Rica, nosdias 20 e 21 de julho, mês passado, preparou um documento, - trabalho em que contou com o concurso devários países, de representações de Honduras, México,Peru, República Dominicana, Venezuela, Brasil, CostaRica, Equador, Antilhas Holandesas, Colômbia, Bolíviae Argentina - que rcpresenta o pensamento político daAmérica Latina sohre o problema da dívida externa, quesolicito a V. Ex' seja parte integrante do meu pronunciamento.
Ao mesmo tempo, tomo conhecimento, pelo noticiário da imprensa, que o Secretário-Geral da OEA, Embaixador Baena Soares, prepara também um trabalhoparalelo, para que ocorra uma discussão mais profundasobr'e a realidade da crise econômico-financeira, sobre assuas soluções, para que os banqueiros tenham uma visãopolítica da realidade latino-americana.
Devemos e queremos pagar, mas não com o sacriffciosocial e do desenvolvimento da nossa gente e da nossaterra.
DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORA-DOR
A Assembléia Extraordinária do Parlamento Latinoamericano, reunida em San José, Costa Rica, nos dias 20e 21 de julbo de mil novecentos e oitenta e quatro, acor·dou o seguinte:
DECLARAÇÃO
Lembrando a constante posição do ParlamentoLatino-americano em defesa da economia dos nossospaíses e dos níveis de vida, justos e humanos, aos quetêm direito os povos da região, enunciada desde a III Assembléia Ordinária que foi celebrada em Brasília em1968, e que tem sido mantida permanentemente;
Considerando Que a situação da exorbitante dívidaexterna dos países da nossa América tornou-se umproblema da mâxima importância e requer que o mesmoseja enfrentado com um critério de integração, que é oprincípio diretor do Parlamento, e que a Junta Diretora,ao interpretar esse claro dever da nossa Organização,tornou pública, em abril do presente ano, uma Declaração na que expressou a necessidade de encarar oproblema através.de umi;l, "solidariedade ativa, inteligente e imediata em nossos paísc;s";
Lembrando que em maio deste ano, a Junta Diretora,após se" reunir em Caracas, e contando com o apoio técnico do Sistema Económico Latino-americano (SELA),elaborou uma declaração onde é frisado que. "o agravamento da situação levará à impossibilidade "coletiva dospaíses da América Latina pagarem suas dívidas";
Considerando que o crítico panorama da dívida externa está sendo agravado pela elevação unilateral das taxasde juros e que a dívida externa da América Latina, emseu conjunto, é superior a 350 bilhões de dólares, o queimplica no pagamento de 45 bilhões de dólares anuaiscorrespondentes aos juros, equivalentes às duas terçaspartes das receitas por exporiações;
Estando cientes de que isto tudo poderá afetar o processo democrático da região e provoca o legítimo e unânime protesto dos povos latino-americanos, já traduzidoem ações violentas em alguns país~s, que custaram derramamento de sangue, e que, corno no caso da Bolívia, levou o seu governo a adotar medidas tais como a suspensão temporária do pagamento de suas obrigações financeiras externas;
Lembrando que o consenso de Cartagena ratificou estas posições em nova demonstração de solidariedade ativa e inteligente; com vistas à obtenção de soluções 'satisfatôrias para todas as nações envolvidas, especialmenteno que diz respeito às possibilidades de acesso aos mercados dos países industrializados, à melhoria substancial
Agosto de 1984
~ efetiva da carga do endividamento e à retomada dosfluxos de financiamento para o desenvolvimento;
Convencidos de que é inadiável promover uma novaordem econômica internacional que garanta com eqüidade e justiça a estabilidade e o aproveitamento do potencial de desenvolvimento autônomo da nossa região;
Levando em conta que nem as gestões dos governos,nem os protestos dos povos conseguiram modificar a atitude dos países e bancos credores perante nossas justasaspirações, c que o endurecimento das atuais condiçõessignificariáa crise total da economia latino-americana, oempobrecimento absoluto de suas populações e a incapacidade de responder pelas cargas impostas por um endividamento sem precedentes;
Considerando que o problema da dívida, devido asuas vastas repercussões, deixou de ser um problema exclusivamente econômico e financeiro se transformando,ainda, em gravíssimo problema político que afeta a permanência das instituições democráticas na América Latina, menoscaba o conceito de uma comunidade latinoamericana livre de toda dependência e que o problemamencionado requer, para sua solução, o reconhecimentoda corresponsabilidade de todas as par.tes envolvidas eque as mesmas atuem conseqüentemente.
Levando em conta que os parlamentares da nossaAmérica, agrupados institucionalamente no ParlamentoLatino-americano, têm o dever de continuar a interpretar o sentimento dos nossos homens e o direito de defender o bem-estar dos nossos povos, combatendo todapolítica que pretenda impor aos nossos países prejuízosevidentes às suas economias e anular nossa capacidadede pagamento.
ACORDA:
Primeiro ratificar que sem a vigência da democraciarepresentativa não poderão ser'realizadas políticas estatais quc promovam a soberania, a liberdade. e a justiçareal na América Latina. Os conceitos de independência edemocracia são inseparáveis dos principios de autodeter·minação dos povos, igualdade jurídica dos Estados, anão-intervenção, a solução pacifica das controvérsias e acooperação internacional.
Segundo - Respaldar através de todos os meios aoseu alcance, as justas e legítimas aspirações popularesque rejeitam as exigências inadmissíveis dos países credores e dos organismos financeiros internacionais, e quereclamam uma modificação na atitude dos mesmos paraobter, assim, um novo tratamento que libere a AméricaLatina das políticas de recessão e do mais pesado jugoecoíÍômico que já conheceu desde o início de sua vida independente e, dessa forma·, recuperar sua capacidade depagamento e atingir um desenvolvimento firme, contínuo, equilibrado e integral.
Terceiro - Reiterar seu apoio irrestrito às ações conjuntas postuladas peja Declaração 'de Quito, exigir apronta implementação das medidas propostas no con·senso de Cartagena e expressar nossa certeza de que areunião de Chanceleres e Ministros responsáveis da ÂreaFinanceira, que será realizada em Buenos Aires, deveráconcretizar estratégias e ações que dêem respostas próprias e soberanas ao desafio do nosso endividamento.
Quarto - Propor aos Congressos e Parlamentos dosEstados Unidos, Canadá, Japão, assim como aos Congressos dos países integrantes do Parlamento Europeu eda Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa e arealização de uma Conferência Interparlamentar Internacional (ClI), sobre divida externa, que seria precedidade contatos preparatórios com essas instituições e facultar a Junta Diretôria para constituir mecanismos que sirV'lm a elaboração dessa proposta.
Quinto- Apoiar no âmbito da União Interparlamen·tar (UIP) a aprovação de uma resolução de urgênciasobre o tema da dívida externa, e propor como tema central para a conferência da UIP em 1935 a contribuição
Agosto de 1984
dos parlamentos para a construção de uma nova ordemeconômica internacional e para a solução do problemada divida externa.
Sexto - Que a Junta Diretora constitua uma Comissão especial de acompanhamento e coordenação sobre oproblema da dívida externa.
Sétimo - Promover uma reunião de Chefes de EstadoLatino-americanos, na que seja proclamado que a horada Comunidade Latia-americana já é chegada, e que anossa vontade política de integração seja concretizadacomo instrumento emancipador no Projeto da Comunidade Econômica Latino-americana, elaborado pelo nosso Parlamento Regional.
ACORDO COMPLEMENTAR
As delegações nacionais deverão proporcionar tudoaquilo que for necessário para dar a esta resolução a máxima difusão na imprensa e promover a discussão e O debate sobre este documento a fim de propiciar uma crescente conscientização sobre o tema da divida externa entre os diversos setores da sociedade latino-americana.
Assinado na Cidade de San José, Costa Rica, em vintee um de julho de mil novecentos e oitenta e quatro.
Pela Junta Diretora: Senador Nelson Carneiro, Presidente - Deputado André Townsend E.; Secretário-Geral.
ARGENTINA: Luis León - Senador; FranciscoVillada - Senador; Jesús Rodríguez - Deputado; JorgeMatzkin - Deputado.
ANTILHAS HOLANDESAS: Rufus Me. William Deputado; Onofre Bikker - Deputado; Clyve LacIe Deputado; Humphrey Woout - Deputado; BeatriceSeoop - Deputada.
BOLlvIA: Jaime Taborga - Deputado; Oscar Vega- Deputado.
BRASIL: Nelson Carneiro - Senador, PresidenteParlamento; José Carlos Teixeira - Deputado; Floriceno Paixão - Deputado; Fernando Lyra - Deputado;Odacir Soares - Senador; Severo Gomes - Senador.
COLOMBIA: Humberto Pelaez Gutiérrez - Senador, Vice-Presidente Parlamento.
COSTA RICA: Dr. Edgar Ugalde Álvarez - Secretário Executivo Parlamento; Lic. Bernal Jiménez Monge- Dep. Preso Assemb; Lic. Matilde Marín ChinchillaDeputada; Lic. Guillermo Malavassi Vargas - Deputado; Dr. Benjamin Munoz Retana - Deputado; Dr., Jorge Arturo Monge Zamora - Deputado; Sr. ArnaldoFerrcto Segura - Deputado; Lic. Danilo Cheverri Soto- Deputado; Arq. Javier Baianos Quesada - Deputado; Lic. Osear AguiIar Bulgarelli - Deputado; Sr. Carlos Rivera Bianehini ~ Deputado; Sr. Hernán GarrónSalazar - Deputado.
EQUADOR: Dr. Mareo Proaíio Maya - Deputado.
ONDURAS: Carlos O. Montoya - Deputado.
MÉXICO: Patrocinio González BIanco - SenadorPresidente Parlamento Mexicano; Alfonso Segbe Sanen- Senador; Miguel Borge Martin - Senador; ManuelCabazos Lerma - Deputado; Ricardo Cabazos Galván- Deputado; Víctor Manuel Maldonado - Deputado.
PERU: Andrés Townsend Ezcurra - Deputado Secretário-Geral do Parlamento Latino-Americano; AI·berto Goicoechea Iturri - Senador; Alberto CarreónVergara - Senador; Ramón Ponce de León - Senador;Carlos Malpica - Senador; Julio Hugo Melgar DíazDeputado; Ricardo Castro Becerra - Deputado; OscarCaballero Calderón - Deputado; Enrique FernándezChac6n - Deputado; Celso Sotomarino - Deputado.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
REPÚBLICA DOMINICANA: L. Ambiorix DíazEstrella - Deputado Vice-Presidente ParlamentoLatino-Americano.
VENEZUELA: Humberto Celli - Deputado - VicePresidente Parlamcnto Latino-Americano; AlejandroIzaguirre - Sena~or; Pompeyo Márquez - Senador;Gustavo Torre - Deputado; Milos Alcalay - Deputa
do.
ACORDO
Proposta apresentada pelos delegados do Peru e à qualaderiu o Deputado Marco Proaíio Maya (equador), aoParlamento Latino-americano:
Considerando:- Que os problemas impostos aos países da Região
pelo' pagamento de sua dívida externa colocaram em perigo sua estabilidade econômica e social e a ordem democrática interna;
- Que as despesas efetuadas para a compra de armamento constituem uma das principais causas do maciçoendividamcnto externo, provocando, com o serviço dadívida, a subtração de valiosos recursos de outras áreasimportan tes para o desenvolvimento económico e socialdos nossos povos.
Acorda:Recomendar aos governos dos países latino
americanos se absterem de realizar novas despesas nacompra de armamento enquanto não for superada aatual crise do pagamento da dívida externa.
San José, 21 de julho de 1984.
PUBLlCAÇOES REFERIDAS PELO ORADOR
Dívida Externa
BRASIL (MAIS UMA VEZ)CEDE AOS BANQUEIROS
O presidente do Banco Central, Affonso Celso Pastare, alardeou semana passada, em sua conferência na Escola Superior de Guerra (ESG), que o Brasil vai impornovas condições na próxima rodada de renegociação dadívida externa, procurando ampliar os prazos de refinanciamento dos vencimentos do principal e reduzir osspreads e comissões, seguindo o exemplo do México.
Entretanto, a julgar pelas informações do próprio Pastare e do ministro do Planejamento, Delfim Netto, deque o governo pretende solicitar aos bancos mais US$ 3ou 4 bilhões de dinheiro novo e refinanciar os vencimentos dos próximos dois ou três anos, as condições impostas pelo Brasil diferem bastante das negociações que oMéxico vem travando.
O México já solicitou aos bancos credores a renovaçãoautomática dos vencimentos de US$ 55 bilhões de suadívida atual, de US$92 bilhões, para os próximos seisanos, com carência de nove anos para iniciar as amortizações e prazo de até 16 anos para pagar. Além disso, oMéxico também solicitou mais US$ 16 bilhões de novoscréditos para os próximos seis anos. Tudo, com spreadde apenas 3/8 (0,75%) acima da Libor, desvinculando-seda prime-rate.
A rigor, a única semelhança da estratégia brasileira é adesvinculação da prime-rate (taxa que deixou até de serreferencial para os melhores clientes nos Estados Unidos) nos financiamentos. Dos US$ 3 ou 4 bilhões de novos créditos solicitados, nada menos do que USS 2 ou 3bilhões poderão ser fornecidos em co-financiamento dosbancos credores com o Banco Mundi:ol, que daria suachancela nos créditos (comprovando sua ligação comprojetos viáveis e diminuindo o risco político dos bancos). Isso por si só já daria margem a uma redução dospread. No mais, a negociação já enunciada pelo governoatende muito mais ao interesse dos banqueiros do que osdo País, como chegou a admitir o ministro da Fazenda,Ernane Galvêas.
Sábado 18 8035
MORATÓRIA NÃO PROVOCARIAREPRESÁLIAS
Ao contrário do que vive afirmando o ministro DelfimNetto, caso o Brasil declarasse a moratória da dívida externa não teria suas reservas cambiais depositadas no exterior retidas, nem aviões e navios confiscados. A observação é de um advogado brasileiro que, recentemente,fez uma tese de mestrado nos Estados Unidos sobre o assunto. Portanto, as declarações de Delfim revelariam máfé ou o completo desconhecimento da legislação norteamericana.
Um dos pontos principais dessa legislação é a Doutrina do Ato de Estado, que estabelece que, perante o atode um Estado soberano (como a declaração de moratória), o governo norte-americano nada pode fazer contra ele. A aplicação da doutrina é permeada por critériospolíticos, mas mesmo assim a condenação de qualquerpaís pela Justiça americana é, no minimo, improvável.Recentemente. por exemplo, empresas governamentaisda Costa Rica, com depósitos em dólares nos EstadosUnidos, recusaram-se a permitir que a moeda nacionalfosse transformada em dólares para pagar dividas combancos norte-americanos. Elas alcgavam que a situaçãocambial do .país rceomendava tal medida.
Os bancos que t1caram sem receber queriam executaros dólares das empresas da Costa Rica, que estavam depositados nos Estados Unidos. Depois de muita celeuma, a Corte de Apelação de Nova Iorque decidiu que ainiciativa da Costa Rica não devia ser caracterizadacomo o ato de um Estado soberano, mas apesar disso osbancos não poderiam executar os depósitos em dólaresdas empresas governamentais. E não poderiam porque opróprio governo dos Estados Unidos reconhecia publicamente as sérias dificuldades cambiais por que passavaa Costa Rica.
Caso brasileiro. Na opinião da fonte, se o Brasil declarasse a moratória, mas mantivesse abertos os canais decomunicação com o governo dos Estados Unidos, a decisão brasileira seria acatada. Além da Doutrina do Ato deEstado, o Brasil seria protegido pela Imunidade do Saberano Estrangeiro. legislação aprovada em 1976. Essalegislação estabelece que um país soberano não pode teros seus bens executados por outro país. Antigamente erapermitida à Justiça ~mericana determinar a apreensão denavios, aviães e outros bens, até que os problemas comoutra nação fossem resolvidos. Agora, isso não é maisviável em relação ao Estado; empresas públicas e autarquias. Assim, não haveria a possibilidade de apreender,por exemplo, navios e aviões militares.
Com relação a navios e aviões de empresas privadas,só poderiam ser apreendidos em função de dívidas nãohonradas das próprias empresas a que pertencessem esses navios e aviões. Portanto, um avião na VARIG sópoderia ser retido em face de dívidas da VARIG. Quantoàs reservas cambiais de um determinado país, depositadas em bancos americanos, são "intocáveis, absolutamente intocáveis", segundo a fonte.
- Os recursos do Estado são im unes, a não ser que oEstado abra mão de suas imunidades. E, mesmo assim, obloqueio de reservas cambiais é uma questão controvertida. Além disso, países do mundo todo têm reserva.s depositadas nos bancos de Nova Iorque e há interesse empreservar esse esquema cuidadosamente. Uma medidadura contra qualquer paí~ poria isso em perigo. Portanto, desse ponto de vista, não haveria qualquer risco parao Brasil com a declaração da moratória. O problema é,mesmo, essencialmente político. O resto não passa deconversa fiada.
o SR. OSVALDO MELO (PDS - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ojornal paraerise O Liberal, em sua edição de 19 de junhopróximo passado, trouxe uma notícia auspiciosa. A cidade de Belém será palco do I Simpósio do Trópico Úmi-
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do, a ser realizado no período de 12 a 17 de novembropróximo vindouro.
Várias entidades se associaram para promover esseevento que, em princípio, está programado para o campus da Universidade Federal do Pará. Entre os órgãospromotores estão a Empresa Brasileira de PesquisasAgropecuárias (Embrapa), através do Centro de Pesquisa Agropecuária do Trópico Úmido, juntamente com oConselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq), e o Ministério das Relações Exteriores. Participam, em termos de apoio, o IBDF, a Sudam, o Basa, a Embrater e o Idesp, além de outros órgãos de pesquisa, e técnicos de todo o Brasil.
Cerca de 1.500 participantes são esperados para esseconclave internacional, entre os quais se encontrarão representantes sul-americanos dos países do Pacto Amazônico, e também representantes da Ásia e da África, vindos da Tailândia, Malásia, lndia, Indonésia e Nigéria,onde a região do trópico úmido é praticamente igual anossa.
Srs. Deputados, esse evento se reveste da maior importância, pois nos últimos anos foram intensificados estudos e pesquisas sobre essas regiões tropicais. Os especialistas apontam a necessidade, e também as vantagens, datroca de informações existentes principalmente na áreade recursos naturais renováveis. Esse intercámbio de experiência é oportuno e muito útil para' que seja planejadaa utilização desses recursos.
Dezessete anos são passados desde que, em 1967, serealizou o último conclave importante sobre este assunto. O pesquisador Mário Dantas, que está coordenandoo encontro, esperado para novembro, recordou para aimprensa que aquele Simpósio da Biota Amazônica produziu 5 volumes de publicações. Mas, passados todos esses anos, surgiram muitas .indagações, fato que por si sójustificaria o acontecimento agora planejado, a fim deatualizarem-se as informações que servirão de base paranovas pesquisas e novas ações do Governo.
A oportunidade será excelente para reunir os conheci~
mentos que foram acumulados em todos os países que alise farão representar. Aliás, não foi outra a intenção doshomens que dirigem a Embrapa, quando idealizaram arealização, no Pará, do I Símpósio do Trópico Úmido,senão esta, de propiciar o intercâmbio técnico-científico.
O congresso vai estabelecer' um novo patamar, queservirá de base para futuras pesquisas no campo dos recursos naturais e da agricultura nas regiões do trópico úmido. Um dos convidados pelo Conselho Nacional doDesenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), talvez o mais ilustre, é o renomado e simpático pesquisadorfrancês Jacques Cousteau, que há pouco empreendeupioneira viagem de estudos pelos rios da Amazônia.
Na condição de paraense, desde já, quero,congratular-me com os responsáveis por essa iniciativa,formulando votos para que tal encontro de técnicos ecientistas seja coroado de sucesso, abrindo novas perspectivas para aproveitamento dos recursos naturais e daagricultura.
AGRESSÕES INJUSTAS E INEPTAS
Cécil MeiraO Sr. Paulo Maluf, apenas candidato à presidência da
República por um partido político, tem sido, agora e antes, agredido em sua honra pessoal e na sua honra política, sem que tais acusações se baseiem em qualquer proVa. Os homens dignos e honrados do Brasil, tomados deum furor cívico, investem contra o deputado fcderal eapenas candidato, do modo mais insólito e grosseiro. Nomomento, um famoso jornalista, em nome da probidadee em nome da dignidade, traça o perfil de Paulo Malufpara concluir que o Sr. Tancredo Neves estfl muito acima dele e que será o vitorioso no Colégio Eleitoral. Maso mesmo jornalista, esquecendo-se da previsão da vitóriade Tancredo, traça um retrato de Paulo Maluf como de
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
um homem pertinaz, lutador, disposto a enfrentar todosos problemas para colher a vitória no janeiro do próximo ano.
Convenhamos que o Sr. Paulo Maluf tem se comportado com muita correção na simples candidatura a candidato e, quando eram quatro os presidenciáveis, jamaisdirijiu alguma palavra de crítica a seus colegas, aceitando a disputa e dizendo, ainda, que outros poderiam comparecer ao pleito, verdadeiro significado de democracia.Com relação aOS presumidos candidatos da oposição,sempre respeitou e os animou a comparecerem aO Colégio eleitoraL Ao contrário disso, o Sr. José Sarney, oguru do Partido Democrático Social e presidente dessaagremiação, pessoa em que todos depositavam a maiscompleta confiança, a\>andona seus correligionários eune-se aos inimigos de véspara para ser candidato àVice-Presidência da República na mesma chapa de Tancredo Neves. Observe-se que o presidente José Sarneyorganizou a batalha dentro do partido contra as eleiçõesdiretas e distruiu, no Congresso Nacional, a emendaDante de Oliveira. Não foi o Sr. Paulo Maluf o urdidorda queda da emenda das diretas e esta responsabilidadecabe, totalmente, ao presidente do partido. O Sr. PauloMaluf manteve-se firme em sua posição e negou-se aaceitar uma prévia de prévias, uma vez que pretendiamfazer uma prévia da convenção, o mais total absurdo. Acoerência, politicamente, está com o Sr. Paulo Maluf e éde notar que o Sr. Ulysses Guimarães e o Sr. TancredoNeves não saíram da sua fortaleza e foi, exatamente, oSenador José Sarney que se colocou a seus pés numa pretendida ala liberal, qUe de liberal só tem o nome. Se compararmos a atitude de Paulo Maluf com os menibros daAliança Liberal, vamos encontrar no pedessista a coerência desde o primeiro momento, mantendo-se no partido em todas as honras, até alcançar o que está previstoem lei, a convenção que devia deliberar sobre a escolhado .candidato do partido do governo.
É evidente que a Aliança Liberal não tem qualquer ciovismo, procura o poder e surgem os Srs. Aureliano Chaves e Marco Maciel sem condições políticas de enfrentara convenção nacional de seu partido. O Brasil todo ouviu, estarrecido, as declarações do vice-presidente Aufe]jano Chaves de que preferia trair seu partido do quetrair o Brasil. Não se livrou com isso, por batismo próprio, da pecha de traidor, porque se um homem ético,como ele disse o general Golbery, não se espera traição,venha de que lado vier. Realmente numa sociedade ditacelerada ele Aureliano, mais Sarney e Maciel, ingressaram na oposição, Sem deixar seu partido. Se Paulo Maluffizesse ou praticasse ato dessa natureza seria um pecadomortal, d~ qual não seria absolvido até a décima geração. Não se pode compreender um Tancredo Nevesmisturado com Sarney, um está errado ou todos os doisestão errados, ou oposição está errada ou o Brasil inteiroestá errado. O digno e ilustre doutor Tancredo Nevcs,tendo no sopé da montanha Sarney, caminha para aeleição indireta, para o Colégio Eleitoral, onde o governador Franco Montoro pressente o odor de coisa podre.A oposição corre ainda o grave risco de colocar na Presidência da República o traidor do outro partido, porqueo Brasil tcm a triste história dos vice-presidentes. O Sr.Café Filho destroçou a vida do Presidente Vargas. O Sr.João Goular liquidou com a vida do Presidente JânioQuadros e agora, novamente, um vice-presidente, egresso ainda muito quente das hastes do governo, está no pédo governador Tancredo Neves esperando o catedralcair.
Bernard Shaw dizia que, no mundo há duas figurasrealistas, as mulheres e os políticos. É'. possível que o Srs.Aureliano Chaves, José Sarney c Marco Maciel sejam osrealistas antevistos pelo dramaturgo inglês. nosso querido político Abel Chermont costumava dizer qqe, empolítica, o feio ê pcrder e o bom político faz omelete semovos. É também um pensamento que se encontra inscritonq "Príncipe" de Macchiavel.
Agosto de 1984,
o SR. ALUIZIO CAMPOS (PMDB - PB. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Deputados,desde ontem circula a notícia de que o Presidente Figueiredo prepararia no~a mensagem de emenda constitucional, propondo eleições diretas já. Estaria Sua Excelênciaconvencido de que la processo indireto somente estimulou ambições pessoliis irreversíveis, tanto mais desmoralizantes quanto maiis obstinada a ação corruptora doscandidatos do sistejna dominante. Não atendido o seuapelo de renúncia e\II favor da unidade do partido governista, parece conviqto de que a decomposição deste estáresultando exatam~nte do privilégio de poderem disputar a Presidência dá República sem o crivo da vontadepopular na oportunidade da disputa.
A gota d'água tetrá sido a cristianização do MinistroMário Andreazza através da votação secreta. E os andreazzistas mais si~ceros ainda resistem ao malufismo.Preferem eles a solução menos constrangedora da eleiçãodireta.
Alguns a deseja1lll com o parlamentarismo, na linha doSenador Jorge Bornhausen.
Este o quadro pqlítico, Sr. Presidente, dentro do qualtransita o Sr. Presidente da República no melancólicofim do seu ciclo de poder.
Desta tribuna, muitos apelos lhe temos dirigido nosentido de entregar,ao povo a decisão da alternância. Seo fizer, esteja certo de que a bondade coletiva esquecerásuas contradições e contramarchas, sua inapetência administrativa, as fraquezas de comando responsáveis peladescoordenação e desagregação do seu governo, as quaiscausaram irreparáv!:is danos à Nação.•
Tudo isso seria enublado pela imagem do general queprometeu e consoli~ou o caminho da abertura democrática, restituindo ao povo a prerrogativa, agora tão necessária, de escolher diretamente seus dirigentes, pelo votosecreto, e de eleger representantes incumbidos de operara mudança institucional.
Se Sua Excelência não hesitar, conquistará merecidorelevo neste período da História.
O nosso candidato, ex-Governador Tancredo Neves,aceitou sua indicação e faz campanha para eleição direta. Ainda anteontein, transmitiu o Governo de MinasGerais, em praça pública, ao seu sucessor, Hélio Garcia,traçando perante o :povo as linhas mestras do seu programa governamental. E continuará debatendo nas ruas assoluções dos problemas nacionais.
Esteja certo o Presidente Figueiredo de que SUa proposta de eleições diretas para a própria sucessão, se tivero descortino de faze-la, contará com o integral apoio dasOllosições pela simples razão de manifestar a predominánte vontade nacipnal.
O SR. SIQUEIAA CAMPOS (PDS - GO. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, continuam chegando-me mensagens de congratulações e regozijo peia escolha do Deputado Paulo Malufpara candidato do 'PDS à Presidência da República.
O povo goiano c Os líderes do PDS de todos os municípios do Estado de Goiás usufruem um dos momentosmais vibrantes da vIda nacional, ensejado pela vitória dePaulo Maluf e, especialmente, pelas perspectivas que seabrem para o País com a certeza de sua eleição para aPresidência da República.
Certos de que as mudanças reclamadas pela Nação estão próximas, prefeitos, vice~prefeitos, vereadores, líderes políticos, empresários, radialistas, dirigentes esportivos, representante da beleza goiana e homens do povodirigem-me mensagens de aplausos e de apoio a PauloMaluf.
Cartas, telegramas, telefonemas c manifestações pessoais, com visitas ao meu gabinete e à minha casa, constituem a prova eloqüente da popularidade de Paulo Maluf e da confiança que o povo tem em sua capacidade,coragem e patriotismo.
Agosto de 1984
Leio, para constar dos Anais, muitas das mensagensrecebidas:
PARA: CAMARA DOS DEPUTADOSATT. ILMO. SR. I!>EPUTADO SIQUEIRA CAMPOSBRASILlA - DF
TLX. NR. 068/08/84
. "Cumprimelnto prezado amigo e brilhante parlamentar pela e$tupenda vitoria Paulo Maluf, convenção do PD,s. Esperamos trabalho para vitorianosso candida!o presidente da República
Saudações,Expedito Stival Sobrinho (Empresário e ex
presidente da assoc. Goiana dos prod. de Alcool).Vitoria Paulo Maluf convenção PDS, ressalta
trabalho primeira hora do brilhante deputado Goiano.
Saudações,Oswaldo SÜval (empresário)segundo pre"isoes prezado amigo, melhor venceu
convenção PDli. Brasil esperança passa a ser objetivo todos nos. Parabens.
Parabens,Baltazar Soares de Castro JR. (Empresário e diri
gente do Atletjco Ex-presidente da Federação)Vitoria Máluf se deve bravos companheiros
como Siqueira :Campos, um Iider sempre definido edesejoso de \ler concretizado o projeto Brasil·Esperança.
Saudações',Benedito Soares de Castro Neta (empresário)Maluf na presidencia significa retomada do de·
senvolvimento e prestigio a classe política. Cumprimentos Deputado Goiano pela expressiva vitorianossa candidato.
Saudações,João Batista Stival (empresário)Paulo Malur no comando do País representa for
talecimento dq Siqueira Campas em Goiás e nacriação dt> Est~do do Tocantins.
Saudações, .Jose João Batista Stival (empresária)Continuando a observar as regras do jogo, Paulo
Maluf apos mbmorável vitória· na convenção, vaiagora vencer no Colégio Eleitoral, principalementeparque conta com companheiros como SiqueiraCampos.
Saudações,Suzane Ferreira (ex-miss Brasil n9 3 e empresária)Ao bravo Deputado Goiana os cumprimentos
pela vitória de Paulo Maluf na convenção do PDS,na qual foi fator de real importáncia.
Abraços,Edith Peixoto Stival (empresária)Siqueira Campos merece o reconhecimento do
povo Goiano por mais uma demonstração de competência política, que foi a vitória de Paulo Maluf.
Cordiais saudações,Luiz Alberto Ferreira (empresário)Com homens da estirpe de Siqueira Campos,
Paulo Maluf vencerá no Colégio Eleitoral, ressaltando competência do Sel.l. "STAF".
Saudações,Manoel da Silva Azevedo (Empresário)Ressurge o otimismo. O País vai sair do caos pra
caminhar em busca de seu grande destino. Chegou ahora do Brasil-Esperança com Paulo Maluf e seusbravas companheiros.
AbraçosWilson Silveira Pereira (empresário e dirigente
do Vila Nova)
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Ao Deputado Siqueira Campos o cumprimentodo amigo pela fantástica vitória de Paula Maluf naconvenção do PDS.
Saudações,Edvaldo Stlval (empresário)Com a mesma Garra da convenção do 'PDS, es
peramos que PilUlo Maluf vença no Colégio Eleitoral, dando rumo certo ao País que precisa da sua Juventude e capacidade de Trabalho.
Abraços,Pedro Daniel Bittar (empresário)Pela grande:vitória de Paulo Maluf, cumprimen
to digo cumprimentamos Deputado Siqueira Campas pela sua reconhecida competência política.
Abraçosleso Stival Bueno (empresário)
Quando vitória Paulo Maluf, definiu-se na Convenção, lembrei do amigo e Deputado, que tantoacreditou e tanto trabalhou para o sucesso do político do Brasil-Esperança.
Abraças.Geraldo de Oliveira Bueno Jr. (Empresário)Maluf encama o otimismo. Maluf representa tra-
balha. Maluf atesta competência. Com Maluf nocomando do País, Goiás terá vez através de políti~os como Siqueira Campos.
Saudações,Renato Stival Bueno. (Empresário)A presença de Maluf na Presidência da Repúbli
ca abre novas horizontes para o Brasil, com Goiás,finalmente, tendo vez na esfera federal.
Abraços,Geralda Dias Campos. (Empresária)Ao Deputado Siqueira Campos os parabéns do
companheiro que sempre acreditou na competênciapolítica de um parlm;nentar que sempre se posicionou ao lado das boas causas. Maluf é o melhor parao Brasil.
Cordiais saudações,Jales Dias Campos (Empresário)Maluf esperança de um Brasil mais autêntico.
Contamos com o mesma trabalho do Deputado Siqueira Campos para a vitória no Colégio Eleitoral.
Abraços,Juarez Martini de Faria. (Empresário)Paulo Maluf representa prestígio a classe políti
ca. Goiás terá força no cenário nacional. O Estadode Tocantins será uma realidade.
Saudações,Luiz Rotoli Júnior. (Empresária)TelegramaDeputado Siqueira CamposCâmara dos Deputados Anexo 4Gabinete 309Brasília-DF
Aceite estimada amigo dupla parabéns: pelo seuaniversário e pela vitória do Dr. Paulo Maluf, quemuito deve a sua liderança e garra. Vamos chegarlá, com a criação do Estado de Tocantins.
Abraços doWilliam Guimarães (Diretor-Presidente da Rá-
dio Riviera - Goiánia-GO).TelegramaDeputado Siqueira CampasGabinete 309 Anexa 4·Congresso NacionalBrasília-DF
Congratulamos vitória nOSSO candidato Convenção Nacional
Abraços.Hermínio Bemardes (ex-Prefeito de Paranã)
Sábado 18 8037
TelegramaSiqueira CamposCâmara dos Deputadas, Anexo IVGab. 309Brasília-DF
Cumprimentos pela brilhante vitória, nosso futuroPresidente da República, Adherbal G. de Oliveira, Vereador - Oura Verde de Goiás.
TelegramaExm9 Senhor Siqueira CamposMD. Deputado FederalCámara dos Deputados - Congresso NacionalBrasília-DF
Parabenizamos V. Ex' pela grande esforço na campanha do Deputado Malufe temos certeza que ele será nosso Presidente. Saudações. Joaquim Olímpio Rosa Prefeito Municipal de Arapoema - GO.
TelegramaJosé Wilson Siqueira CampasCâmara dos Deputados, Anexo IV Gab. 309Brasília-DF
Parabéns vitória conte com nosso apoio José Emídiode Franca Sabath - Prefeito Municipal de laciara GO.
TelegramaWilson Siqueira CamposCâmara dos Deputados, Anexo IV Gab. 309Brasília-DF
Parabenizamos vitória Paulo Maluf, apoiado peloilustre amigo desejamos vitória eleição do amigo Ivan.Cláudio de Oliveira, Vereador de Iaciara - Goiás
TelegramaDeputada FederalSiqueira CamposCamara das DeputadosBrasília-DF
Em meu nome et seus demais correligionarios decolinas enviamos fortes congratulaçoes pela brilhante vitoria nosso candidato Presidente aRepublica VG Deputado Paula Salin Maluf PT esperamos repetiçao 15 janeiro 85 PT houve grandevibraçao popular apos resultada consagrado essegrande nome conveçao Presidencial que esta comprometido emancipaçao cordial nossa regiao VGATT. Saudaçoes
Ruidemar Limeira Borges.
TelegramaDeputado Siqueira CamposCamara DeputadosBrasília-DF
Companheiros congratulamos nobre Deputadoesforços sentida nome preferencia Deputado PaulaSalin Maluf conveçao vitoria batalha Colegio Eleitoral. Saudaçoes.
Alvernes Camelo-Presidente.Diretoria PDSAvan Bezerra Vice-Presidente Diretório PDS
(Paraná).
TelegramaDeputado Paula MalufCâmara dos DeputadosBrasília - DF
Congratulaçoes vossa Excelencia consagradoravitoria vg que se repetira colegio cleitoral pt saudaçoes
Jckson Rodrigues de SouzaPrefeito de Santa Izabel - Goias.
8038 Sábado 18
TelegramaDcputado Josch Wilson Siqueira CamposCamara Fcderal PilotoBrasíJia-DF.
Felicito brilhante vitoria Deputado Paulo SalinMaluf VG espcro que vosso trabalho continuc juntamcnte com os demais VG tcnham exito no Colcgio Eleitoral consagrando vitoria Paulo Maluf.
Zeoliveira (Líder Pedessista, Araguaína-Go.)
O povo sabe, apesar dos bilhões de cruzeiros e de dólares que os banqueiros e as multinacionais estão gastandocom o candidato do PMDB radical, que somente PauloMaluf fará as mais amplas e profundas mudanças navida nacional.
Os debates que Pa ulo Maluf promovcrá com o candidato do PMD B radical servirão para o povo conhecermelhor o candidato do PDS.
A partir do momento em que for estabelecida comparação entre, Paulo Maluf e Tancredo Neves, o candidattdo PDS irá disparar na preferência popular, porque opovo sabe que a campanha promocjonal peemcdcbista épaga pelos banqueiros, que roubam o fruto do seu trabalho.
Se os banqueiros têm a repulsa do povo, o seu candidadto também será repelido da mesma forma.
O Povo sabe e confia: mudança é com Paulu MaIuf.Era o quc tinha a dizcr.
Durante o discurso do Sr. Adhemar Ghisi o Sr. AryKkJuri. 20-Secretário. deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Walber Guimarães - 20 VicePresidente.
o SR. ADHEMAR GHISI (PDS - SC. Scm revisãodo orador) - Sr. Presidente, gostaria de expressar, muito rapidamente, a nossa solidariedade ao Presidente Flávio Marcílio. S. Ex' não tem, nem pela Constituição,nem pelas leis, obrigação de abrir mão do direito que legitimamente conquistou de presidir esta Casa, mesmo nacondição de candidato à Vice-Presidência da República.
Estamos sabendo que o Sr. Vice-Presidente da República está engajado no processo político-eleitoralapoiando a candidatura do Sr. Tancredo Neves, e nempor isso solicitamos que S. Ex' deixe o seu cargo. A licença ou a renúncia do Deputado Flávio Marcílio significaria entregar o poder desta Casa a adversários políticos do candidato Paulo Maluf, conseqüentemente a adversários de sua própria candidatura.
O passado do Deputado Flávio Marcílio, por si sóatesta a sua grandeza de homem público, razão pela qualnão precisa S. Ex' preocupar-se com as críticas que possam scr feitas pelo fato de, legitimamente, continuar aocupar o cargo que vem honrando e dignificando ao longo desse período de representação política do seu glorioso Estado do Ceará. (palmas.)
Sr. Presidente, Srs. Deputados, com satisfação recebemos a noticia do surgimento de um órgão noticioso noMunicípio catarinensc de Urussanga, a. "Tribuna Municipal", editada e dirigida por Arnaldo Escaravaco, pertencente à Empresa de Comunicações e Assessoria.
A revista, em seu primeiro número, buscou mostrar oconjunto da comunidade urussanguense, apresentandoseus empresários, seus trabalhadores, a atividade agrícola local, os profissionais liberais e agentes públicos.
Falando sobre a história do Município, a reportagemcomeça com a frase;, "Urussanga; no carvão a energia,na cerâmica a solidez, no vinho a amizade", que resumecom brilhantismo a economia local.
Descoberta por Manoel de Souza Porto, Urussangaviu chcgarem seus primeiros colonizadores, origináriosda Itália, em maio de 1878. Prosperando sólida e rapidamente, a colônia logo obteve sua emancipação, alcançada em 1881 por Decreto Imperial.
Sua primeira igrcja foi construída de pedra c cal, peloPadre Cipriano, e pouco depois, em 1901, Lucas Bez
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Balti prestou juramento na Câmara de Tubarão parapresidir o Conselho Municipal de Urussanga.
Dotada de moderno Terminal Rodoviário de Passageiros, prósperas indústrias e uma administração sempreempenhada no desenvolvimento da comunidade, Urussanga é hoje um Município integrado ao progresso doEstado de Santa Catarina.
O surgimento da revista Tribuna Muuicipal é, portanto, mais uma demostração de que a região prossegue emseu caminho de crecimento, gerando notícias que, publicadas, pcrmitem uma maior integração da comunidade.
Nossas saudações, portanto, a essc órgão de comunicação de Urussanga, que prcstará, por certo, grandesserviços em favor da cultura, da in formação e da uniãodo povo urussanguense.
o SR. IRINEU BRZESINSKI (PMDB - PRo Semrcvisão do orador.) - Sr. Presidentc, Srs. Dcputados, recebemos comunicação de companheiros do oeste do Estai10 do Paraná, manifestando preocupação em virtudeda sucessão presidêncial, onde eles, com muita coragemc personalidadc, abordaram inumeros assuntos. Tivemos, cntão a scnsibilidade de fazer uma apreciação, paraque pudéssemos esternar o nosso ponto de vista, paraque ficasse registrada nesta Casa.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, o País inteiro vemacompanhando, com muita atenção, a questão sucessória, aguardando com ansiedade modificações necessárias e imprcscindíveis para melhores dias para o Brasil.
As dificuldades atuais são grandes, e o endividamentoexterno tem trazido aos brasileiros responsáveis intranqüilidade e insegurança com incerteza no futuro.
É preciso que se coloque um basta a esse estado de coisas, e indiscutivelmente o caminho para a redcmocratização do País é um governo com respaldo popular. Emtodos os pontos do País, como já se disse, a I"reocupaçãoé grande, e, tamhém no Estado do Paraná, tendo ocorrido recentemente reunião de companheiros que externaram seu ponto de vista a respeito do quadro políticoatual. Mais de trezcntas pessoas oestinas disseram que sedeve dar a retomada popular para resouver a sucessãoem pleito direto e secreto, anseio maior da populaçãobrasileira, e esgotadas as possibilidades neste campo, aí ocomparecimento ao colégio Eleitoral para impedir ocontinuísmo do sistema autoritário, passando para o regime realmente democrático, com o restabelecimento doestado de direito.
Os companheiros ilustres da região citada dizem que otempo de mandato do futuro Presidente deverá ser fixado por uma Assembléia Nacional Constituinte, livre esoberana, até 10 de sctembro de 1986.
Os eminentes peemedebistas disseram também que aida ~as oposiçõcs ao Colégio Eleitoral deve estar condicionada ao compromisso de um progama mínimo, entreos quais a convocação de eleiçõcs diretas em todos osníveis e imediatamente nas áreas de segurança nacional ecstâncias hidrominerais. Pediram mais, um comprometimento com um programa de emergéncia no campo social, mudança do modelo econômico, reforma tributáriae fixação de uma política salarial justa, alem de pontosoutros observados de natural interesse de todos os brasileiros.
Fixaram os destinos do Paraná, as suas metas que devem ser reccbidas dentro de um programa, com a confiança de que, num momento grave e decisivo para a vidanacional, se deve dar um compromisso com a democra~
cia..Ao povo da região mencionada, por seus representan
tes os nossos aplausos, dizendo que, efetivamente, asoposições mantêm uma preocupação constante para solucionar os graves problemas nacionais, e, numa união,que acontecerá, elegerá o futuro Presidente da República, numa convicção inabalável de que haveremos de teraí melhores dias para a nossa gente, com a implantaçãodc um progama que atenda a sociedade brasileira.
Agosto de 1984
o SR. ASSIS CANUTO (PDS - RO. Sem rcvisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, esta Casa,através de alguns dos seus representantes mais radicais,tem cobrado do Presidente Flávio Marcílio seu licenciamento, como candidato à Vice-Presidência da Repúblicaque é. No entanto, as vozes mais autênticas, mais representativas e mais significativas desta Casa apelam para onosso Presidente para que continue à frente da Cámarados Deputados.
V. Ex' faz parte do colegiado que dirige esta Casa e sabe, melhor do que nós, das atitudes democráticas,corretas e isentas do nosso Presidente, Deputado FlávioMarcílio.
Portanto, queremos somar nossa voz àquelas que pleiteiam e pedcm que o Presidcnte Flávio Marcílio continueà frcnte desta Casa até o término de seu mandato. (Palmas.)
O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB - SP. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, no dia 7 de agosto faleceu, em Campinas, ondefora tratar da recupcração da sua saúde,o ProL Antôniode Pádua Prado, fundador-diretor da Rádio Jornal deIndaiatuba, velado o seu corpo no plenârio da CâmaraMunicipal dessa cidade, por inúmeras pessoas gradas,parentes, amigos e população em geral.
A cerimônia de corpo presente foi concelebrada pelosPadres Francisco de Paula Vasconcclos, Luiz AntônioGucdcs e Álvaro Maciel, presente à cerimônia o CardealDom Agnello Rossi. A Prefeitura Municipal decretouluto oficial de três qias, dando o nome de Escola dePrmeiro Grau Professor Antônio de Pádua Prado aoprédio escolar do Jardim Morada do Sol.
Nascido em 1924, António de Pádua Prado cursou oLiceu Salcsiano Nossa Senhora Auxiliadora de Campinas, tendo sido orador da turma em 1943, presidente doGrêmio Estudantil. "Alvares Penteado" do Instituto deEducação Carlos Gomes de Campinas, em 1945, professor normalista nesse ano, contador pela Escola Técnicadc Comércio Campineira, em 1946 e liccnciado cm Estudos Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de !tu, em 1974. Teve destacada participação nacriação e instalação do 19 Ginásio Estadual de Indaiatuba, dirigiu a extinta maternidade Albertina Sampaio dePaula Leite,coordenando, em 1956, os trabalhos que levaram iluminação pública domiciliar para a Vila de Nossa Senhora da Candelária. Sócio fundador do Lions Clube de Indaiatuba, foi provedor, por seis anos, do Lar SãoTarcísio, incentivando a construção do Clube de Campodo Indaiatuba Clube, cujo Conselho Deliberativo presidiu de 1966 até sua morte.
Ademais, foi chefe de gabinete do Prefeito MárioAraldo Candello e sócio fundador da Indaiatuba Veículos. participando da criação do 20 Ginásio Estadual deIndaiatuba e da conclusão das obras das Escolas. "Helena de Campos Camargo" e "Benedita Wagner de Campos". Professor, durante 32 anos, da Escola. "RandolfoMoreira Fernandcs", ondc sc aposentou em 1981,candidatou-se a vice-prefeito pela Arena, em 1976.
Esse rápido resumo biográfico demonstra que o Prof.Antônio de Pádua Prado se dedicou inteiramente ao serviço da sua comunidade, em todos os ramos do seu desenvolvimcnto, do magistério à iniciativa privada, tantoà educação como à política, tomando as melhores iniciativas para o progresso de Indaiatuba.
Levamos a essa cidade paulista e aos filhos do ilustreextinto, Antônio Maria e José Arimatéia, nossas sicerascondolências, lamentando a perda sofrida por Indaiatuba.
Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.
O SR. RENATO JOHNSSON (PDS - PRo Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Estado do Paraná contava, em 1980, com um rcbanho suíno de cerca de 5.700.000 cabeças - 17% do rebanho brasileiro, de 34 milhões de cabeças. A criação de
Agosto de 1984
suínos representa, assim, um significativo setor da economia paranaense.
Com a crise econêmica e social que assola todos osbrasilciros, a suinocultura paranaense tcm vivido diasamargos, com a queda na demanda e a fixação de preçosmínimos incompatíveis com os altos custos da ração. Entretanto, os criadores têm sobrevivido estoicamente, naesperança de que um dia, debelada a crise, e retornandoo País a padrões econômicos e sociais razoãveis, possamressarciar-se dos dias difíceis de hoje. Mesmo neste contexto, Srs. Deputados, o efetivo do rebanho suíno brasileiro é mais que suficiente para o atendimento do 'merca-do interno. .
A CACEX, no entanto, através de seu comunicado n9
80, de 26 de abril último, liberou a importação de 2.000toneladas de gordura suína, quando existe no País quantidade suficiente do produto para o consumo interno.Esta medida vem causando enorme apreensão nos produtores, merecendo, inclusive, a interferência da Organização das Cooperativas Agropecuãrias Paranaenses OCEPAR, na pessoa de seu Presidente, o Sr. GuntolfVan Kaick. O fato, Sr. Presidente, é que a importação degordura suína representarã mais um duro golpe na suinocultura brasileira e paranaense, provocando reflexosaltamente negativos, face ao desestímulo criado no set<;lr.
. A OCEPAR, atenta à problemãtica, encaminbou telexao Sr. Ministro Nestor Jost para que S. Ex' suste de imediato a liberação. Com esta medida, o Sr. Ministro daAgricultura estã criando condições para viabilizar asobrevivência do setor ameaçado de colapso.
Conhecedores do descortino do Sr. Ministro, e doespírito público que o tem caracterizado na gestão dacoisa pública, vimos, desta tribuna, Sr. Presidente, encarecer as providências de S. Ex' no atendimento da reivindicação das cooperativas agropecuãrias paranaenses.
Neste difícil momento de crise, não se pode permitirque medidas isoladas contribuam para a elevação dosperigosos índices de desemprego no País como um todo.A virtual desaceleração da suinocultura não pode interessar a ninguém, Srs. Deputados: aos produtores, aoGoverno e ao povo brasileiro. Por isso temos certeza deque o Sr. Ministro Nestor Jost, atento que sempre esteveàs grandes questões econômicas e sociais, sustarã, deimediato, a medida.
Era o que tinha a dizer.
O SR. MÁRCIO LACERDA (PMDB - MT. Pronuncia o .seguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, com um dos mais cobiçados prêmios científicosdeste País, acaba de ser distinguida a ilustre médica cuiabana Marta Duarte de Barros, irmã do nosso companheiro de bancada Gilson Duarte de Barros.
Não hã, entre todos aqueles que militam na Medicinabrasileira, quem não conheça Q, hPrêmio Lati", láureacom que a Fundação Lafi homenagea aqueles que se dedicam à pesquisa médica e biológica no Brasil, hã vinteanos.
Seu nome é freqüentemente repetido, toda vez quesuas inscrições são abertas e o júri escolhido. Sua referência é relevante no currículo em que cada um retrata eresume sua vida acadêmica e profissional.
Como mato-grossense manifestamos, desta tribuna,nosso contentamento e agradecemos à jovem médicacuiabana elevar mais ainda nosso Estado no mundo dasciências médicas nacionais, certamente contribuindopara a ampliação da assistência ao nosso povo.
O SR. FREITAS NOBRE (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,consideramos oportuna a iniciativa do Ministério daJustiça no sentido de unificar a legislação esparsa e constante de leis, decretos-leis. portarias, decretos, hoje existentes sobre censura.
O documento agora submetido ao debate da sociedadebrasileira é um ponto positivo em relação à atual balbúrdia de leis, embora consideremos absolutamente neces-
DlÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
sãria a mtiJhoria do texto através de emendas ou substitutivo. Mas, como ele estã sendo submetido ao Congresso Nacional, por certo teremos uma legislação atualizada e democrãtica.
São muitos, porém, os itens do projeto de lei que suscitam justa reação dos jornalis~as, escritores, cineastas,teatrólogos e atores. Vamos referir-nos a alguns deles.
Consideramos fundamental a ampliação do númerode representantes com assento e voto no Conselho Superior de Classificação de Diversões Públicas. É indispensãvel também que sua composição seja definida apósamplo debate no Parlamento e na comunidade interessada, e não, como atualmente, pelo arbítrio do Poder Executivo. Para isso, é necessário que se aumente o númerode entidades nela representadas, chamando-se paracompô-lo um representante dos artistas, outro dos produtores cinematográficos, dos produtores de espetáculosao vivo, além de representantes de entidades oficiais ligadas à cultura, como INACEM, Pró-Memória, InstitutoNacional do Livro, EMBRAFILME e Conselho Federalde Cultura.
É importante, igualmente, que alertemos para as distorções que podem vir a ser geradas pela existência dedois níveis de classificação, da União e dos Estados, porque aí se abre a possibilidade para a criação de inúmerasanomalias, podendo autoridades mais conservadoras vetarem, o que é livremente permitido em outros Estados.A solução para isso estã consubstaneiada em parecer dojornalista Pompeu de Sousa, defendendo a validade nacional para autorizações obtidas junto a autoridades estaduais.
Entendemos que o parágrafo único do art. 43 do anteprojeto deve ser extirpado, uma vez que ele restringe opoder deliberativo dos conselheiros. Pelo referido dispositivo não poderã votar aquele que represente entidadeou categoiia profissional a que esteja vinculado o recorrente. Ora, o que se nega aqui é a possibilidade de manifestação justamente daquele que mais tem a contribuirno debate sobre o assunto. Seria, por exemplo, impedirque o representante da Associação Brasileira de Imprensa votasse em recurso impetrado por um de seus colegas.
Estes são apenas alguns aspectos desse projeto, cujacomplexidade e importância não poderia comportar exame detalhado neste rãpido pronunciamento. No entanto,julgamos que devem ser desenvolvidos todos os esforçospara a defesa da cultura nacional, muitas vezes prejudicada por uma pseudocultura, comercializada, vinda doexterior. No caso do cinema, por exemplo, devemos registrar que produções estrangeiras de qualidade discutível chegam aqui com isenção tributãria, o respaldo deampla divulgação e até mesmo com sua produção já paga, enquanto o autor nacional enfrenta custos altíssimos,assiste à importação desses filmes e tapes, quantas vezesde qualidade inferior à nossa produção.
Temos certeza de que o amplo debate do assunto noCongresso Nacional vai propiciar o surgimento de umalegislação democrática que permita a livre criação e divulgação da arte em nosso país e o estimulo à criaçãocultural e artística.
O SR. CELSO PECANHA (PTB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, hãanos, nós, Parlamentares, testemunhamos a luta dosguardas-chaves e manobreiros de pãtio da CompanhiaVale do Rio Doce, no sentido de fazer valer seus direitosde trabalhadores numa ocupação altamente arriscada edanosa à saúde. Para realizar manobras nos pãtios dostrens que entram e saem, muitas vezes em áre,;s alagadase sem iluminação, a céu aberto, sem abrigo dos temporais, dia e noite, esses honiens estão sujeitos a acidentesde toda sorte.
Como se não fosse o bastante, funcionários antigos SO~
frem prematuramente de problemas de visão, porque opó de minério, carvão, calcãrio, bauxita, cal e enxofre,que lotam os vagões da Companhia, afeta os olhos. Essefator e OS acidentes em manobras transformaram o tra-
Sábado 18 803<J
balho numa aventura que, na maioria das vezes, acarretaproblemas permanentes para aqueles que o executam.
Foi considerando todos esses aspectos que a DelegaciaRegional do Trabalho, chamada para constatar essasevidências que põem em risco a saúde do servidor, obrigou a Companhia Vale do Rio Doce a pagar àqueles empregados um adicional por insalubridade. A categoriareivindica, agora, o adicional de periculosidade, jã em estudo, solicitado com base no elevado número de aciden.tes ocorridos n'as manobras com os trens.
Mas, se a Delegacia de Trabalho jã reconhece e tomaprovidências para sanar o problema desses guardaschaves e manobreiros, o mesmo não acontece com a Previdência Social: os servidores em questão não têm direitoà aposentadoria especial, embora os requisitos de insa1ubridade, periculosidade e penosidade sejam exatamente os exigidos pelo INPS para a concessão daquele benefício. De acordo com o organismo previdenciário, esses trabalbadores só têm direito à aposentadoria portempo de serviço, equiparando a classe aos funcionãriosque executam funções convencionais, sem considerar osfatores acima citados e, ainda, que esses manobreiros depátio trabalh.am sem conforto, à noite, inclusive' aos sãbados, domingos e feriados.
Ê, portanto, justa a reivindicação do Sindicato daCompanhia Vale do Rio Doce, razão por que endossamos a proposta e apelamos às autoridades do Ministérioda Previdência e Assistência Social para que se sensibilizem com o problema e concedam a essa operosa clullCltrabalhadora a aposentadoria especial a que tem direito,
O SR. PAES DE ANDRADE (PMDB - CE. Pronuncia o seguinte discurso.) c:- Sr. Presidente, Srs. Deputados, é com o mais sentido pesar que registramos o falecimento da prot". Helena Cartaxo, na última sexta-feira,em Fortaleza.
Pertencente aos quaaros aa umversidade Federal doCearã, de cujo magistério era líder das mais destacadas,Helena.Cartaxo conquistou, nas eleições de novembrode 1982, uma supléncia de Deputado Federal peloPMDB. Sua morte abalou a comunidade acadêmica edeixou um claro na luta sindica'l eearense difícil de serpreenchido.
A vida pública de Helena Cartaxo foi marcada por posições políticas claras e idéias coerentes, dentro de umcompromisso total com a luta por uma sociedade maisjusta. Foi ela uma das fundadoras da Associação dosDocentes da Universidade Federal do Cearã, da qual foidiretora em vãrias gestões, tendo sido tambémSecretária-Geral, e estando presentemente, exercendo asua Vice-Presidência. Helena Cartaxo integrou, ainda,por duas vezes, a Diretoria do Centro Populàr da Mulher, em cujas lutas populares e democráticas esteve sempre engajada.
Natural ae Salvador, Bahia, Helena Cartaxo ingressouna Universidade Federal do Cearã no ano de .1980, através de concurso público, na condição de professoraadjunta, tendo antetiormente lecionado na UniversidadeFederal da Paraíba. Nós, Sr. Presidente, que durantevário~ anos tivemos'o privilégio de privar de sua amizadee de a seu lado t~avar memoráveis batalhas políticoeleitorais, podemosl testemunhar seu ativismo político eideológico, sempre voltado para os superiores e relevantes interesses dos n}eios trabalhistas e universitários doCearão Foi através ide vibrante atuação e da defesa intransigente das grandes causas populares e democrãticasque Helena Cartax~ se afitmou no respeito e na admiração dos seus colégas de trabalho, dos seus inúmerosalunos e de incontãyeis companheiros de atividades políticas e sindicais.
Uma característica especial da personalidade daquelacombativa companheira, e que desejamos realçar nestaúltima homenagem; era o traço verdadeiramente democrático de suas posi~ões, o que a tornava uma pessoa so-
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lidária e tolerante, tPas firme na luta contra a violência eO arbítrio.
Está de luto o Ce~rá, consternada a liderança universitária da terra que tibha em Helena Cartaxo intérprete al
'tiva e fiel das reivindicações de estudantes e docentes daUniversidade do deará. Apesar do lugar-comum, Sr.Presidente, a perda! de Helena Cartaxo é, efetivamente,uma perda irreparáyel, porque as lideranças autênticas eespontaneamente sargidas não costumam aparecer comfreqUência. '
o Sr, Siqueira C,mpos - Sr. PreSidente, peço a palavra para uma com\lnicação, como Líder do PDS.
O SR. PRESIDEiNTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre D~putado.
O SR. SIQUEI~A CAMPOS - (PDS - GO. Semrevisão do orador.);- Sr. Presidente, o PDS comparece,
. neste instante, a esta tribuna para, pela minha voz modesta, é verdade, mas firme - defender as convicçõesdemocráticas, que são majoritárias neste País, apoiandoe aplaudindo a atillJde do grande Líder Ernânr Sátyro,parlamentar conceituado nesta Casa como um dos melhores valores de toda a vida republicana, quando S. Ex'hipoteca solidariedade ao Deputado Flávio Marcílio efaz-lhe apelo no sentido de que não aceite; de forma alguma, essc jogo de pcssoas que não têm nível para estarna atividade política, porque se valem aqui de recursoscondenáveis, utilizam-se de sofismas, do jogo da mcntira, da acusação gratuita, sem sequer lebrar-se de que devemos respeito a todos os cidadãos, principalmente a umque ganha o porte de estadista ao chegar aos 67 anos deidade, nesses dias completados, merecendo dos seus pares, em todos os partidos, em tçdos os segmentos políticos deste País, uma profunda admiração, mercê da suaatuação de probidade c honradez (palmas) na vida pública.
Nada há, Sr. Presidente, que possa impedir FlávioMarcílio de continuar à frente da Câmara dos Deputados como seu Presidente, nem no plano jurídico nem noplano moral nem no plano ético. Mas existe uma vontade' expressa de todos os parlamentares no sentido de suapennanência na Presidência da Casa.
Ainda hoje, vários parlamentares, homens corretos edignos do PMDB vieram dizer a mim e a companheirosmeus que ê um absurdo o que se está fazendo. Essa tentativa de pressão não pode ser aceita, porque ê um jogocondenável, e a repulsa de todos esses grandes homensestá-se fazendo sentir. Não podemos aceitar que pressionem o democrata, o estadista Flávio Marcmo.
Convocamos S. Ex' para que continue à frente da Câmara dos Deputados. Não é somente o nosso partido,mas os parlamentares que 'constituem maioria nestaCasa que assim exigem de S. Ex' (Muito bem.) Que S.Ex' não aceite esse tipo de jogo, porque sabemos quenada há que possa ser utilizado em campanha política, e,se houvesse, Flávio Marcílio jamais se utilizaria de meiosespÚfros ilegais e incorretos para a defesa de qualquer interesse seu ou de qualquer postulação sua ou de seu partido. Por isso ê que, sob os aplausos gerais, S. Ex' foiPresidente da Casa por três vezes, e o seria mais, se daquinão saísse para a Viee-Presidência da República.
Sr. Presidente, temos procurado ser corretos na nossaação no jogo democrático. Proeuramos não acusar osnossos adversários e atê correligionários nossos que sebandearam, que se transferiram para outras fileiras. Nãoestamos pedindo a ninguém que renuncie a coisa algumaque até mesmo tenha recebido do nosso Governo ou dosnossos companheiros. Mas- também não aceitamos e nãopodemos aceitar, esse jogo contra o Presidente FlávioMarcílio. Ficamos felizes e satisfeitos, porque é uma minoria tão insignificante e inexpressiva que lamentamosaté a presença dessas pessoas no Parlamento, muito embora os aceitemos 'como uma condicionante da vida democrátiCl>. Aqui é a Casa do povo, onde há os bons, mas,
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
infelizmente, embora em minoria, também há os mausvalores.
O nosso irrestrito apoio e a nossa solidariedade permanente, pelo que disse aqui, em toda a sua dimensão eem toda a sua grandeza, ao Deputado Ernâni Sátyro. Estamos perfeitamente de acordo com S. Ex' O nossoapoio, o apoio da Liderança do PDS (Palmas), expressando também o sentimento de vários companheiros deoutros partidos, ao grande Presidente e ao estadista Flávio Marcílio, que postula a Vice-Presidência e que, tendochances ou não de vitória, não deve ser atacado pelos homens de bem, como não está ocorrendo. E essa minoriadeve silenciar, porque na realidade conta com a repulsada maioria esmagadora do Parlamento brasileiro. (Muito bem. Palmas.) ,
O Sr. Celso Peçanha (Líder do PTB) - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação.
O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre Deputado. '
o SR. CELSO PEÇANHA (PTB - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. P,residente, eu ainda não consegui descobrir a quem interessa, e por que os ataques ao Presidente desta Casa, já que, tendo sido lançado candidato àvice-Presidência da República, continua no cargo que recebeu por delegação de todos os seus colegas da CâmaraFederal.
Sr. Presidente, nao posso descobrir o interesse de umDeputado em querer ferir a dignidade de um memb.rodesta Casa, notadamente do seu Presidente. Qual o artigo da lei, qual o parágrafo que cstabelece que o Presidente da Câmara dos Deputados, ao ser lançado ou registrado candidato à Vice-Presidência da República não podecontinuar no seu posto? Eu não conheço nenhum. Porque, então, essa barafunda, cssa infernália que tãosomente fere a todos nós? Qual? Por que tudo isso, Sr.Presidente?
O Sr. Deputado Flávio Marcílio, que recebeu por trêsvezes o sufrágio de:todos nós, Deputados, para a chefiado Legislativo, é inatacável na sua honra, na sua dignidade e é uma expressão cultural, professor de Direitoque é. (Muito bem!) No campo político, ele fez o cursushonorum, gradativamente, porque veio da planície, dasimplicidade para as culmináncias do Parlamento, à Presidência da Câmara, lutando no seu Estado, perseverando na luta e tornando-se Uma expressão política valorosa. Foi Vice-Governador de Estado e veio ascendendo àCâmara dos Deputados, passando por outros cargospúblicos. Por qU\', Sr. Presidente, não se entretêm comassuntos da adminstração federal, por que não trazemsoluções para os problemas que afligem a Nação? Nãocompreendo, Sr. Presidente, o interesse do colega que solicita o afastamento do Deputado Flávio Marcílio daPresidência da Cá'mara dos Deputados. (Muito bem!)
Sr. Presidente, é preciso que todos os líderes, todos osdeputados de todos os partidos prestem solidariedade aonosso colega, porque ele não é representante de um partido político, mas de todos nós, do próprio Legislativo.(Muito bem!)
Sr. Presidente, há poucos dias, compulsava um trabalho que cLiida da história do Legislativo no País, de autoria do ilustre jurista e professor dos mais eminentes,prof. Affonso Arinos. Nele não encontrei nenhum exemplo de Presidente da Câmara que se afastasse do cargoao ser lançado para um cargo público. Não, Sr. Presidente, não existe. Por isso, trago a S. Ex' a solidariedadedo Partido Trabalhista Brasileiro. (Muito bem!) V. Ex',nobre Deputado Walber Guimarães, que ora presideesta sessão da Casa, se for amanhã lançado a Governador de seu Estado, à Presidência ou Vice-Presidência daRepública, estou certo de que nenhum membro do meupartído vírá pedir o seu afastamento. O mesmo faço, neste instante, com referência ao nobre Deputado FlávioMarcilio. Não sei se há outro interesse. Talvez haja o de
Agosto de 1984
ferir a moral do homem público, já que o nobre Deputado Flávio Marcílio não usa de seu cargo para pressionarquem quer que sejd.
V. Ex' mesmo, e~pirito lutador, democrata, compareceu à convenção dq PDS, por quê? Porque um membroda câmara dos Deputados, o Presidente, postulava aVice-Presidência da Rcpública, gesto nobre c democrático. E V. Ex' não Se afastou do seu partido. Não estavano partido liberal, çonservador, não estava em nenhumoutro partido e, si"l' no PMDB, cuja presidência é entregue a um colega desta Casa, o Deputado Ulysses Guimarães. E nem por iss~ alguém pediu que S. Ex' se afastasseda Presidência daq~ele partido.
Vejam, pois, qu~ o PTB leva ao coração amigo, ao .cérebro lutador, à e~crgia vigorosa desse eearense por direito de conquista, mas piauiense por nascimento, Deputado Flávio Marcílio, uma palavra amiga, esperando queela possa refluir por toda a Casa, a fim de que aqui hajasempre união, espírito de solidariedade e sobretudo defesa do Legislativo. (Palmas.)
O Sr. Virgildásio de Senna - Sr. Presidente, peço apalavra para uma comunicação, como Líder do PMDB
O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre Deputado.
O SR., VIRGILD~SIO DE SENNA (PMDB - BA.Scm revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, o meu partido tem, em relação ao Deputado FlávioMarcílio, o maior respeito, o maior acatamento e o tratacomo Presidente da Comissão Diretora desta Casa' mantém e man terá esta atitude enquanto S. Ex' se m~ntivernesta posição, cumprindo o Regimento e fazendo-o respeitado. Não temos, em relação à candidatura do Sr.Flávio Marcílio, outro propósito senão derrotá-lo no caiso, ,quando e como candidato à Vice-Presidente da República. Vamos derrotá-lo, mas vamos respeitá-lo enquanto Presidente desta Casa.
Dito isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, passo aoassunto que é objeto da nossa comunicação de liderança.
Os jornais noticiam que o Palácio do Planalto, e tudoo que ele significa, se propõe a mandar a Casa uma mensagem rcstabelccendo as eleições diretas para a Prcsidência da República. Não sabemos, Sr. Presidente, se verdadeiras, se verazes as notícias contidas nos jornais, mas omeu partido antecipa-se para comunicar à Casa e àNação o seu propósito de apoiar integralmente esta mensagem, e, se ela não vier, lutar para que as eleiçõcs diretas sejam a realidade na vida política nacional.
Conti!Juamos a cl'nsiderar ilegítima a forma de eleiçãopor via do Colégio Eleitoral e nos propomos, na medidaem que isso seja uma imposição das forças militares eobscurantistas do meu País, a ir à praça pública legitimaro candidato que é nosso e que for obrigado a utilizar esteprocesso, que era e continua sendo espúrio. E o fazemosporque apresentamos à Nação um candidato que podefreqUentar as praças públicas. Completa agora o Dr.Tancredo Neves cinqUenta anos de vida pública, tendoocupado praticamente todos os cargos que a Repúblicapoderia oferecer, e todos eles conquistados por via direta, conquistados pelo voto popular, de Vereador a candidatura a Presidente da República, e que luta c faz questão dc declarar que prefcre, até por egoísmo, que se realize por via direta. Não temos candidatos forjados nosdesvãos dos conchavos da corrupção ocupando asfunções públicas por vias indiretas e transversas.
Os jornais desta semana fazem estarrecer e envergonhar a Nação com o noticiário de que um juiz de primeira instância mais uma vez condenou o Sr. Paulo Maluf adevolver aos cofres públicos quantias ilegalmente gastasno exercício de uma função·, que lhe competia honrar,mesmo porque não havia sido eleito pelo povo.
Sâo esses fatos, Sr. Presidente, são motivos como esteque fazem com que o meu partido lute e continue a lutarpara vencer em eleições diretas para todof, os níveis. E
Agosto de 1984
conclamamos os companheiros de outras organizaçõespolíticas, que ainda não compreenderam que a luta porobter esse resultado nos pode levar inclusive à vergonhade participar do Colégio Eleitoral, a que formem imediatamente conosco para restaurar à Nação o seu direito deescolher o seu legítimo governante.
o Sr. Siqueira Càmpos - Sr. Presidente, peço a palavra para uma com~nicação, como Líder do PDS.
O SR. PRESID~NTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre D~putado.
O SR. SIQUEIR~ CAMPOS (PDS - GO. Sem revisão do orador.) - $r. Presidente, Srs. Deputados, o Deputado Virgildásio ~e Senna, que é um homem de bem,muito correto nas spas ações, mas, na realidade, mal informado por uma ijnprensa que procura às vezes distorcer as coisas - e 'lão é toda a imprensa, mas um setordela que assim faz ~ que está eng'liada com o candidatodo PMDB radical +- atribui ao Governo a intenção deremeter uma mens~gem restabelecendo eleições diretasainda este ano. pdsso tranqüilizar o nobre DeputadoVirgildásio de Senna, hoje na Liderança do PMDB, dizendo que isso absolutamente não é verdade. O Governonão alterará nenhuma norma do atualjogo sucessório. OGoverno busca sempre dar o exemplo; cOristituído dehomens de bem que é, não busca a utilização de artifíciosnem de meIos que possam, dando-lhe vantagem, prejudicar ü> adversário. Nosso jogo é limpo.
O candidato que o Deputado Senna apóia e os radicaisdo seu partido, já que uma grande maioria de democratas do PMDB não apóiam esse candidato, é um homem,na realidade, honrado, é um homem de bem, foi nossocompanheiro nesta Casa, embora, em termos políticos,tenha tido sua formação toda saída dos porões da ditadura promovida pelo DIP. Consultem-se os pronunciamentos do nosso ex-colega Tancredo Neves e veja-se apregação fascista que S. Ex' fazia contra as liberdadespúblicas e individuais deste País. Veja, Sr. Presidente,que a mentalidade política desse homem não está deacordo com a realidade deste Pais, que traz à luz umaconsciência por mudanças, as quais a Nação reclamadesde os primórdios da Revolução de 30 e{jue não foramfeitas exatamente por causa de homens representantesdas oligarquias, como é o Dr. Tancredo Neves, que impediram as conquistas que a Revolução de 30 efetivamente poderia ter trazido ao povo brasileiro.
Os cinqüenta anos de vida pública de Tancredo Nevesforam de honradez, de correção, mas também de contribuição altamente negativa pela mentalidade retrógrada eatrasada de S. Ex", e por ser ele instrumento, em todos ostempos e agora, das oligarquias nacionais, que precisamser barradas e o serão, como já começaram a sê-lo pelogrande candidato do PDS, Paulo Maluf, que haverá defazer as mais profundas mudanças neste Pais.
Conquanto a declaração de S. Ex', o que, mais umavez, revela ser ele um homem de bem, correto e que nadatem relativamente à permanência do Sr. Flávio Marcíliono cargo, isso é o que pensa a Casa inteira, porque qua- •tro ou cinco não podem permitir sequer um fracionamento desse todo magnífico que vê Flávio Marcíliocomo exemplo de honradez, de competência, de lisura,de probidade e de comportamento ético.
Sr. Presidente, o PDS está feliz por saber que a maioria dos políticos brasileiros é constituída por homens debem, íntegros, que apenas divergem na busca dos caminhos que levem o Brasil ao desenvolvimento, à paz social, à prosperidade e a uma maior e melhor presença nacontexto internacional. (Muito bem! Palmas.)
O Sr. Virgildásio de Senna - Sr. Presidente, peço apalavra' para uma comunicação, como líder do PMDB.
SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre Deputado.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
O Sr. Virgildásio, de Senna (PMDB - BA. Sem revisão do orador,) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, queroesclarecer ao nobre; Líder do PDS que não ficaremos intranqüilos se o Palácio do Planalto decidir-se por mandar uma mensagem a esta Casa propondo eleições diretas. Não será motiivo de intranqüilidade para nós. Aocontrário, ficaremo~ felizes. A palavra de S. Ex' não nosdá tranqüilidade, mas o contrário, porque verificamosque o Planalto e as Jiorças da reação não se curvaram ainda à vontade popular.
Mas o que quero assinalar, Sr. Presidente, a despeitode algumas injúrias [lançadas subjetivamente no caminhodo Dr. Tancredo N:l:ves, é que o nobre representante doPDS, ou de uma parcela do PDS que defende uma candidatura, passou por cima do noticiário da imprensa quecondena o Sr. Paulo Maluf por malversação de recursospúblicos. Era sobre isso que S. Ex' deveria ter respondido, a nós e à Nação, porque é isso o que está em todos osjornais, e não se trata de um condenado primário, porque já procedeu assim mais de uma vez.
'O' Sr. Siqueira Campos - Mais uma denúncia infundada.
O SR, PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Srs.Deputados, antes de passar a palavra ao primeiro oradordo Grande Expediente, eminente Deputado LeônidasRachid, por um dever de consciência, de lealdade ao Presidente desta Casa, eminente Deputado Flávio Marcílio,(Muito bem. Palmas), cumpro o dever de, como VicePresidente da Casa, dizer a este Plenário que desconheçoqualquer ato (Muito bem) que desabone a conduta doeminente Deputado Flávio Marcmo como Presidente daCasa. Até mesmo a denúncia de que S. Ex' tenha admitido funcionários em caráter político não é verdadeira(Muito bem). A única admissão foi de uma filha de umDeputado desta Casa, em cargo de confiança, no gabinete do Presidente, o que S. Ex' fez atendendo a pedidodesse Deputado, e há mais de um ano (Muito bem). Asdespesas são efetivamente autorizadas pela Mesa e sãodespesas orçamentárias. A administração destas despesas compete ao Diretor-Geral da Casa, sob a supervisãodo eminente Deputado Flávio Marcilio. Jamais, dia algum, recebi do Presidente qualquer crítica sobre a minhaatuação como Vice-Presidente desta Casa, atuando sem·pre com total liberdade, Eu mesmo não admitiria que oeminente Deputado Flávio Marcílio fizesse qualquerrestrição à minha atuação ou a de qualquer Deputado daOposição à frente da Mesa. (Muito bem.)
Por um dever de lealdade e respeito à minha consciên·cia quero dizer, especialmente aos Lideres do meu Partido, que não aceitarei pressões, do meu partído ou dequem quer que seja, para fazer acusações levianas aoeminente Deputado Flávio Marcmo. (Muito bem. Palmas). Já externei a S. Ex' as minhas preocupações pelascríticas que lhe são dirigidas.
A decisão ê de foro íntimo do eminente Deputado. Todavia, esclareço que seguirei a orientação do meu partido, desde que não seja leviana, o que duvido que meupartido faça, Assim, fica a minha posição clara de restrita solidariedade ao eminente Deputado Flávio Marcílio,a exemplo do quejá fizeram todos os outros membros daMesa.
Eram estes os esclarecimentos que a minha consciência pedia que fizesse.
Com a palavra o eminente Deputado Leônidas Rachid. S. Ex' vai dispor de 30 minutos na tribuna.
IV - O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) Passa-se ao Grande Expediente.
Tem a palavra o Sr. Leônidas Rachid
O SR. LEÔNIDAS RACHID (PDS - RO. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, antesde dar início ao meu pronunciamento, quero, desta tribuna, com muita honra, solidarizar-me com o eminente
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Deputado Flávio Marcílio. (Muito bem. Palmas). Nãoposso concordar, Sr. Presidente, em hipótese nenhuma,com mentalidades tacanhas que participam deste Plenário e que fazem acusações a um homem que corporifica o Congresso Nacional, que luta pelas suas prerrogativas. S. Ex' tem sido atacado insidiosamente por elementos tentando enlamear o nome desse homem que é a reserva moral da Câmara dos Deputados na vida parlamentar brasileira. (Palmas.)
O verbo renunciar não ê para o Sr. Flávio Marcílio.Os verbos que S. Ex' sabe conjugar são eleger, construir,pensar, amar e agir. Portanto, estarei, com muita honra,associado a tantos outros companheiros, amanhã, às 4horas da tarde, para pedir ao eminente Presidente, Deputado, colega e amigo Flávio Marcílio que não renuncie ao seu mandato; de direito e de fato, na Presidênciadesta Casa.
E espero que o Presidente Flávio Marcilio siga aquelevelho ditado árabe;, "faça como o sândalo que perfuma omachado que o fere", ou aquele outro que diz;, "as mãosque oferecem rosas: têm cheiro de rosas".
A Sr' Rita Furta40 - Nobre Deputado Leônidas Rachid, solidarizando~me com V. Ex' fazendo minhas assuas palavras, deixo aqui o meu repúdio a expressões eposições que têm t;ransparecido da tribuna desta Casacontra o digno, respeitável e amigo de todos nós, Deputado Flávio Marcílio. Não podemos aceitar esse tipo deinsinuações. Nada o. obriga a deixar a Presidência destaCasa. S. Ex' exerce a Presidéncia com dignidade, comcompetência, com ~lareza e sempre tem mantido aquiposição de respeito com relação a todos os Deputados. ~um homem que tenl essa clarividência, e jamais poderíamos aceitar palavr~s e expressões cOmo as que vêm sendo divulgadas e proferidas neste plenário, porque real·mente, sem fundamento, e que até nos atingem a todos,porque estamos aqtii com mandato popular, como também o Exm9 Deputado Flávio Marcílio, que foi alçado àPresidência da Casa por votação aqui realizada. S. Ex'merece o nosso respeito, a nossa admiração, e estaremosaqui sempre levantando a nossa voz para defender essehomem íntegro, amigo, respeitável e competente.
O SR. LEÔNIDAS RACHID - Muito bem, Deputada Rita Furtado. Agradeço-lhe o aparte.
O Sr. Antônio Amaral - Deputado Leónidas Rachid,não pretendo interromper V. Ex' ou diminuir o tempodo seu discurso, mas ê necessário que se faça um reparosobre esta terrível acusação que se faz ao Presidente desta Casa, que com respeito, com dignidade, com caráter ecorreção dirige os destinos da Câmara dos Deputados. OPresidente Flávio Marcílio recebe todos, em seu gabinete, sem distinção partidária. Não se pode desconhecerque, não fosse a dignidade, o respeito, o caráter, a bondade e a retidão do Deputado Flávio Marcilio, não teriasido S. Ex' como foi, escolhido pela terceira vez, para assumir a Presidência desta Casa. Quero dizer ao nohre colega que tenho alguns anos de participação política, desofrimento politico e tenho-me escusado de subir à tribuna porque esta Casa se transformou num ringue deagressões das mais, violentas, das mais incorretas. Nãofosse a tranqüilidade do nosso Partido: já teria havidomorte neste plenário, porque em legislaturas anterioresisso já ocorreu por haver sido atingido aqui a dignidadede colegas. Não assomo à tribuna para não me expor auma reação de violência, porque as oposições, ao atingirem a dignidade de companheiros, fogem ao respeito e àdignidade da figur. humana que sobe à tribuna destaCasa. E agora, nM podendo mais atingir o Sr. PauloMaluf, passaram a ~tingir o nosso companheiro, querendo que S. Ex' deix~ a Presidência da Casa. Fazem tirardas ruas as propagandas, aproveitando-se da Lei Falcão,que antes combatiam. Estão usando de todos os meios,mesmo aqueles que não condizem com a dignidade destaCasa. Quero dizer a V. Ex' que tenho me escusado de ir à
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tribuna para evitar. tragédias maiores, porque às agressões verbais que têm recebido os nossos companheiros sóuma reação violent~ e física poderia corrigir. Ainda ontem, um Deputado que acusou o Ministro do Planejamento, teve que se retratar aqui de maneira humilhante.Como disse o nossq Presidente, não ,se pode aceitar essetipo de acusa~ões lerianas e é o que se tem feito muito noplenário desta Câmara.
!O Sr. Josias Leite - Nobre Deputado Leônidas Ra
chid, quero, neste ipstante, solidarizar-me com o Presidente desta Casa, Deputado Flávio Marcílio, pelas críticas injustas de que está sendo vítima mesmo sabendo queelas não atingem o 'Deputado Flávio Marcílio. O Presidente Flávio Marcílio está muito acima dessas críticascercado pelo respeito desta Casa, pelo respeito do Çongresso Nacional e pelo respeito do povo brasileiro. (Muito bem. Palmas.)
O SR. LEÓNIQAS RACHID - Muito obrigado,nobre Deputado.
O Sr. Siqueira Campos - Deputado Leônidas Rachid.permite-me V. Ex' ;um aparte?
O SR. LEÓNIDAS RACHID - O tempo que cedoseria duplamente I em defesa do Deputado Flávio'Marcílio, porque S. Ex' merece.
O Sr. Siqueira dmpos - Agradeço a V. Ex' Queria,além do que eu já disse hoje nesta Casa, revelar o que meindagaram há poucO 'Ús homens da imprensa, principalmente repórter da,I"Rádio Gazeta". Perguntaram-me:Deputado Siqueira Campos, não acha V. Ex' que a alavanca que está nas !mãos do Deputado Flâvio Marcílio,em favor da candid~turado Sr. Paulo Maluf, se passasse'para as mãos do Deputado Paulino Cícero, não seriauma alavanca a fa~or da candidatura de Tancredo Neves? Repeli com a 'Paior energia essa indireta, porque oDeputado Paulino Çícero de Vasconcellos é um homemde bem, como é o Deputado Flâvio Marcílio. Não existealavanca. Se existis~e, o Deputado Flávio Marcílio não autilizaria, como também dela não se utilizaria o Deputado Paulino Cícero dé Vasconcellos. o Deputado WalberGuimarães ou qualquer dos integrantes da Mesa, que foram escolhidos por serem, além de grandes valores davida nacional, homens de' moral ilibada, homens corretos, extremamente bem conceituados nesta Casa e em todos os setores, onde desenvolvem suas atividades.Congratulo-me com V. Ex' por ter interrompido seu discurso, destinando a parte mais nobre dele para prestar"cssa homenagem ao Deputado Flávio Marcílio e aos homens que integram a Mesa dirigente desta Casa, a qual,absolutamente, não fugirá de suas tradições. Certamente, ao fim disso tudo, os que hoje promovem esses alvoroços, que se utilizam desses meios espúrios para tentaratingir o -Deputado Flávio M~rcílio, serão esquecidos.
O SR. LEÓNIDAS RACHID- Muito obrigado,nobrc Deputado.
O Sr: Virgildásio de Senna - Permite V. Ex' um aparte?
O SR. LEÓNIDAS RACHID - Com muito prazer.
O Sr. Virgildásio de Senna - Tenho, pessoalmente,pelo Dr. Flâvio Marcílio, o maior respeito, o maior a.catamento, e o vejo corno homem institucional, como homem da Casa, como homem que defende as prerrogativas do Congresso Nacional. Já o disse, na qualidade deVice-Líder do meu partido, e quero repeti-lo em meu nome: tenho pelo Dr. Flávio Marcílio o maior apreço, omaior respeito, e também, como já.declarei, não vejo, regimental c constitucionalmente, por que tenha S. Ex' quese desincompatibilizar com o exercício da Presidência daCasa para ser candidato, em eleição indireta, a VieePresidente da República, ou mesmo em eleições diretas,
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se fosse o caso. Mas quero, aproveitando de sua bonda-'de, fazer uma retificação. Não aceitamos, nós, dos partidos de Oposição, que sejamos, nesta Casa, agressoresimpenitentes. Existem em ambos os lados, ou melhor,em todas as correntes politicas com assento nesta Casa,Deputados que se excedem na linguagem. Agora, atribuir essa condição a componentes das Oposiçães é umdesrespeito, e estamos aqui na tribuna para repelir talacusação porque n~o a aceitamos. Pessoalmente e a Liderança do meu partido, trata todos os Srs. Deputadosde todas as correntes dentro do Regimento, do respeito eda educação que nos compete e é nosso dever como representantes do povo. Não aceitamos a censura de que'as oposições se exce:dem, toda ela, nos discursos e no !inguajar nesta Casa.: Era a retificação que queria fazer.Agradeço a V. Ex': a benevolência de ouvir-me.
O SR. LEÓNIDAS RACHID - Obrigado a V. Ex'Ouço o Deputado Mário juruna.
I
O Sr. Mário Juruna - Quero pela primeira vez mandar Jlna mensagem: ao Presidente da Mesa, o DeputadoFlávio Marcílio. Soli amigo particular; tenho grande respeito por ele, porque a gente não é tratada como moleque e eu respeito gente mais velha do que eu. Então, eureconheço a luta dQ Presidente da Mesa; não sou contraa Vice-Presidência. lt\cho que Flávio Marcílio deve levara mensagem do índio, a mensagem do trabalhador, amensagem do camponês, a mensagem do funcionâriopúblico. Eu não t~nho nada para dizer contra FlávioMarcílio (Muito bem. Palmas.); não acho que ele tenhade renunciar para poder ser candidato á Vice-Presidênciada República. Eu' reconheço a coragem do FlâvioMarcilio. Se Flávi<jl Marcílio não fosse Presidente daMesa, o Presidente pa Câmara, talvez o Deputado Juruna não existisse milis aqui na Câmara dos deputados.(Muito bem. Palmds.) Quando o milico, os vinte e doisMinistros queria cassar o Deputado Juruna sem motivo,Flávio segurou a p,prta. Eu estou aqui graças ao FlávioMarcílío. Eu reconheço a luta dele; eu reconheço a coragem; eu reconheço a capacidade dele. Por isso FlávioMarcílio não precísa renunciar para ser candidato aVice-Presidente da ;R.epública. Acho que ele deve continuar como Presidente da Câmara. Não sou malufista,não sou PDT, não sou PMDB, não sou PT. Sou homemque sempre viveu in~ependente. Eu sou Juruna e homemdo povo. Muito o~rigado, companheiro. (Muito bem.Palmas.)
o SR. LEóNID4s RACHID - Agradeço a V. Ex' oaparte.
O Sr. Agnaldo 1I'lmóteo - Permite-me um rápidoaparte?
O SR. -LEÓNID,AS RACHID ~ Ouço. com muitoprazer, o nobre Deputado.
O Sr. Agnaldo Timóteo - Nobre Deputado LeônidasRachid, aprendemos coisas maravilhosas nesta Casa ecoisas das quais nos envergonhamos. Verificamos umpouco assustados, que tudo se permite, desde que estejam do nosso lado. Fala-se agora, de maneira não muitocorreta, não muito honesta, que o Deputado FlávioMarcílío deveria renunciar à Presidência da Câmara.Mas até agora não ouvi nenhum desses companheiros daoposição levantar a mesma tese em relação ao Vice- Presidente da República, Aureliano Chaves, que usa avião,o Jaburu, os favorecimentos, gasta 186 milhões só em telegrama. E ninguém fala nada. Do lado de cá pode-se serindigno; do lado de lá, punição. Não podemos concederisso_ Respeito para todos, é o que exigimos nesta Casa.
O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - A Presidência pede ao eminente Deputado permissão para determinar à Taquigrafia que retire imediatamente as pala-
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vras anti-regimentais proferidas pelo Deputado AgnaldoTimóteo. Esta Casa precisa ser respeitada.
Continua com a palavra o nobre Deputado LeônidasRachid.
O SR. LE()NIDAS RACHID - Sr. Presidente, douentão seguimento ao meu discurso.
A habitação ressalta no quadro do campo psieossocialcomo o fator mais importante pela sua repercussão narealização da pessoa humana.
É a habitação, polltica e juridicamente, o território e,socialmente o ambiente institucional da familia. Comoárea territorial, a habitação é inviolável, intocável, intransponível e, como ambiente, cria uma relação de cor-.respondência entre a instabilidade da moradia e a insegurança pessoal.
O item I do art. XXV da Declaração dos Direitos doHomem, proclamado pela ONU, diz qu~:, "Todo homemtem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si eà sua familia saúde e bem-estar, inclusive habitação".
Há de se reconhecer a importância da habitação comofator agregativo, criativo c de suma repercussão noequilíbrio psicossocial do homem. Daí, quando esteequillbrio, por situações circustânciais, emergência oumesmo conjunturais, vê-se impregnado de dúvidas quanto a sua permanência na habitação que ocupa, tem-seuma ruptura emocional que gera angústia, desespero eviolência.
Concedo o aparte ao Deputado Wildy Wianna.
O Sr. Wlldy Vianna - Deputado Leônidas Rachid,agradecemos-lhe a oportunidade de aparteá-Io nesta manhã que V. Ex' tornou tão brilhante nesta Casa, propiciando apartes como o do Deputado Mário Juruna, parlamentar íntegro, consciente e apaixonado pela verdadee pela nobreza. (Palmas)
O SR. LE()NIDAS RACHID - Apoiado.
O Sr. Wlldy Vianna - Falou como se de propósitoviesse - o que não fez, tenho certeza - a Deputada RitaFurtado, também em nome do Estado de Rondônia. Falaram outros colegas, depois de termos ouvido um pronunciamento tão brilhante como o fez o nobre Presidente em exercicio, nosso colega Walber Guimarães, sem esquecer a palavra de apoio da Liderança do PTB, na pessoa do eminente colega Celso Peçanha. O Acre, nobreDeputado, jamais se furtaria, não de um favor, de umdever que consideramos até sagrado - de aqui hipotecarsua solidariedade, não só como um Estado que tem raízes e ligações com o Ceará mas, de modo especial e particular, com muita honra, com o nobre Deputado FlávioMarcilio, pessoa que consideramos inatacável e das maisbrilhantes nesta Casa, Deputado que tem lutado comobstinação na busca da real democracia e pela independência deste poder. Cumprimento V. Ex' Sei do assuntoprincipal do seu discurso, mas agradeço-lhe do fundo docoração, a oportunidade que me deu de aqui hipotecarnossa solidariedade e repelir qualquer agressão ou ofensa ao eminente homem público, Deputado FlávioMarcilio. Muito obrigado.
O SR. LEÓNIDAS RACHID - Obrigado a V. Ex',IlObre Deputado.
Continuo, Sr. Presidente.
A habitação, em sua acepção social, é acima de tudoum conjunto de utilidades que satisfaz necessidades bâsicas do homem.
Se a habitação está intrinsicamente relacionada com oeqüilíbrio psicossocial do homem, podemos destacar importantes funções desempenhadas pela habitação, quaissejam: I. - sendo a habitação o ambiente institucionalda familia, permitindo ao homem inserir-se na sociedadee atuar criativamente com mobilidade social e horizontal, ele por certo adotará a democracia; 2. - a habitação, como necessidade essencial ao indivíduo e como
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Dispõe sobre as amortizações de dívidas para como Sistema Financeiro de Hahitação.
o Congresso Nacional decreta:Art. lo Após completar metode do prazo con·
tratual, os financiamentos da casa prôpria. concedi-
Resta saber quais os programas,metas já implementadas na sentido de solucionar ou minimizar tais aberrações que há anos assolam a vida de tantos brasileiros.
Tenho para mim, SI. Presidente, Srs. Deputados, quechegou a hora de atitudes firmes e implacáveis visando àdestruição deste anacrônico e obsoleto modelo econômico a serviço de poucos privilegiados dominantes destaRepública cabralesca que perfazem um total de cinco milaproximadamente.
Temos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, reiterado porvárias vezes desta tribuna uma solução viável para oproblema cruciante dos mutuários da casa própria anível de CEF e BNH.
derados na avaliação e definição de uma ação políticavoltada para o setor.
Sendo a casa residencial o bem de consumo de longaduração e hoje de difícil aquisição face à selvagem e implacável tributação do Sistema Financeiro de Habitaçãosobre o mutuário, subjaz o scntido social desta políticahabitacional tão decantada pelo Governo. Reconhecemos O grande número de imóveis residenciais colocadosà disposição dos interessados em adquirir a casa própria,mas, por outro lado, é desalentador o efeito progressivodos juros, multas, correção monetária e o reajuste semestral do aluguel. atingindo o patamar não menos de 150 a190%.
• DE 1983"PROJETO DE LEI N0
Vemos, SI. Presidente, Srs. Deputados, os mutuáriosse organizando em associações nos rcspectivos Estadose. num futuro bem próximo, a Associação Brasileira dosMutuários (ABM) ou Confederação Nacional dos Mutuários (CNM), siglas que se irão misturar com outrasidênticas já existentes e nem por isto indicativas dos mesmos objetivos. Estão certos os mutuários do Brasil. elestêm que cobrar a destinação social do Sistemas Financeiro de Habitação (SFHl, pois só com cabeça de pressão eapoio dos congressistas eles terão atendidas suas justasaspiraçàês, ou seja, morar e morar decentemente. Aindahá pouco, graças a Deus. o Dcputado Paulo Salim Maluf. candidato do Partido Democrático Social à Presidéncia da República em 1985, afirmava em seu discursodo dia 11-8-84. logo após a convenção do nosso partido,que "a prestação da casa própria não pode ser além de20% do salário"; isto significa não uma afirmação. mas,antes de tudo, um compromisso.
Associando-me aos mutuários patrícios, apresentei àMesa desta egrégia Casa de leis, um projeto de lei visando a cooperar na solução deste grave e sério problema dahabitação, solicitando nesta oportunidade a transcriçãodo mesmo no discurso que ora raça:
Reconhecemos também, Sr. Presidente, Srs. Deputados, que ê na construção civil onde vamos encontrar umfator de afta importância estratégica na criação de empregos, principalmente quando a cconomia reflete umdesaqueeimento do seu crescimento, com indicadoresvisíveis de retração de consumo, formação de estoquesexcedentes, ociosidade de fatores de produção etc.
Contudo, é na política da habitação onde vamos eneontrar atualmente a maior fragilidade de ação governamental, assqciada a tantas outras carências da n"ossa altadívida social: 16 milhões de analfabetos; 20 milbões decarentes totais; 2 milhões de menores abandonados; 6milhões de favelados; 40 milhões sem os benefícios de luzelétrica; 6 milhões de crianças, de 7 a 14 anos, fora dasescolas; 30 milhões de nordestinos, com renda per capitaabaixo dos 700 dólares/ano.
o Sr. Virgildásio de Senna - Nobre Deputado Leônidas Rachid, ouvimos com o maior apreço e atenção odiscurso de V. Ex', que trata de matéria séria, importante, que tem sido objeto de preocupação de nosso partidonesta Casa e na tribuna popular. Mas, o que quero sublinhar, para realçar, é a profunda crítica, talvez mais doque isto, a denúncia que o nobre Líder do PTB faz daação deste Governo,"pela sua omissão, pelo dever que ti·nha de zelar pela aplicação dos dinheiros públicos, dosrecursos do Fundo de Garantia do Trabalhador. É umadenúncia da maior gravidade. porque demonstra publicamente e ratifica tudo aquilo que temos dito: que esteGoverno é incapaz, é absolutamente omisso nos seus deveres mais essenciais. A denúncia de que um conjunto re·sidencial construído há menos de dois anos já se tenhadeteriorado completamente depõe contra o Governo queS. Ex' defende e nos faz crer que não é preciso esperareleger-se um novo Presidente da República para que sefaça cumprir a lei. A denúncia de S. Ex' é muito grave emerece que V. Ex', da tribuna, também profligue esteGoverno, que tem sido incapaz de fazer o gesto elementar, e do seu dever, de zelar pela boa aplicação dos recursos públicos.
o SR. LEÔNIDAS RACHID - Agradeço a V. Ex' oaparte.
Prossigo, Sr. Presidente:Este aspecto vale realçar, haja vista que as políticas
habitacionais se preocupam em facilitar o acesso à propriedade da casa, esquecendo-se em propiciar ao usuárioos bens de serviços compativeis à pessoa humana.
Cabe Irlsar. todavia, que estes objetivos, por si sós.não são excludentes ou antinômicos, visto que o consumo adequado de serviços de habitação não tem relaçãocom a situação jurídica de que se reveste o usuário da casa; proprietário, locatário, usufrutuário, comodatárioetc.
Socialmente. poderíamos entender a habitação comoo conjunto de serviços proporcionados pela unidade fisi·ca. os quais, de um lado. visam a satisfazer uma gama denecessidades básicas do ser humano e. por outro, servempara proporcionar um aumento de produtividade demão-de-obra.
Na análise que fazemos sobre a habitação, não devemos esquecer das implicações que ela acarreta no campoeconômico. levando-se em conta fatores que serão consi-
Discute·se muito se a habitação ou. mais especificamente a casa, é um bem de consumo (de natureza durável) ou um bem de produção.
Ora, se o homem é um agente consumidor, ela representa um bem de consumo, ao lado do automôvel, dovestuário, da televisão e de tantos outros objetos queatendem a uma ou a várias necessidades do ser humano.
Entretanto, para o homem como agente produtor,como ofertante de trabalho e, destarte, como mão-deobra utilizada na produção de uma variedade infinita debens, a habitação pode ser entendida, na medida em queinfluencia diretamente a produtividade dessa mão-deobra, como bem de produção, ou seja, como um bemque serve a vários ciclos de fabricação, a exemplo dasferramentas, das máquinas e dos equipamentos em geral.
A habitação, ou melhor, a casa é um bem de longa duração de vida útil, passando de uma para outra geração,ao contrário dos alimentos, roupas etc.• cuja vída útil serestringe ao ato de consumo e, por isso mesmo, encerramem si próprios a utilidade demandada.
A casa, um bem de consumo durável, é algo imaterial,algo abstrato que não se pode tangir, ela traduz serviço.Na realidade, o que importa ao homem é o conjunto deserviços que a casa pode proporcionar, dentre as quais,poderíamos citar, a proteção contra o ambiente, a garantia e segurança da família, a preservação da intimidade,as condições sanitárias de higiene, o conforto etc.
Concedo o aparte ao nobre Deputado Virgildásio deSenna.
parte fundamental na determinação da sua qualidade devida, transforma como fator de aferição do progressonacional; 3. - a habitação, atuando como causa no indivíduo e, como tal, fator determinante da sua produtividade no ambiente de trabalho, cria condições de progresso pessoal; 40 - a habitação, como área territorial dafamília, dando proteção ao indivíduo e fator de segurança contra as agressões do meio ambiente, corporificauma condicionante de paz social; 50 - a habitação é fun·damental na fixação do homem à terra propiciando, poreste aspecto, a garantia da integridade territoríal daNação; 6. - a habitação,como um dos indicadores dosdesniveis regionais, exige a eliminação através de sólidaspoliticas de integração sócio-econômico da Nação.
Poderíamos estender esta listagem, levando-se em con'ta a importância da habitação na conservação do nossopatrimônio sócio-cultural, integração nacional e mesmoem relação a nossa soberania.
Concedo o aparte ao nobre Deputado Assis Canuto.
o SR. LEÔNIDAS RACHID - Agradeço a V. Ex' oseu aparte, que será inserido no nosso discurso.
Prossigo, Sr. Presidente.
o Sr. Assis Canuto - Nobre Deputado Leônidas Rachid, inicialmente, também queremos solidarizar-noscom todas as afirmações coneernentes à retidão, ao cará~er e à isenção com que o nosso Presidente FlávioMarcílio dirige esta Casa. Gostaríamos de trazer umacontribuição modesta ao pronunciamento que faz no diade hoje. V. Ex' trata de um assunto de transcendentalimportância para a economia brasileira, acima de tudopara uma grande faixa da nossa população, que depen-de, naturalmente, das regras e das prescrições relativas àaquisição da casa própria. A moradia realmente é parte
.integrante da vida de qualquer cidadão. Nós, que acompanhamos o discurso e a plataforma polltica do Deputado Paulo Maluf, candidato do PDS a Presidência da República, tivemos oportunidade de observar e notar queaqucle candidato encara com profunda seriedade oproblema da habitação. E hoje o Governo Federal, através do Ministro Mário Andreazza, já esboça algumasmedidas que, na realidade, coíncidem com aquelas propostas contidas na plataforma do Deputado Paulo Maluf. Gostaria, só para efeito de registro no discurso de V.Ex', de dizer que três itens principais o Deputado PauloMaluf se propõe a cumprir, se eleito Presidente da República - e o será, temos absoluta certeza. O primeirodeles é com relação à qualidade da casa prôpria. Sabe V.Ex' tão bem quanto eu que no Estado de Rondônia, hácerca de 2 anos, foram construídas mais de 1.000 casaspopulares. Essas casas ainda não encontraram umaclientela definida e decidida a adquiri-Ias, pois foramconstruídas com material de segunda categoria e comuma mão-de-obra que também merece críticas. Muitasdelas ainda não completaram 2 anos e já estão imprestáveis para ser habitadas, em face da má qualidade damão-de-obra e do material utilizado. Este é um dos itensque o Deputado Paulo Maluf ressalta, e diz taxativamen·te: a casa do trabalhador, a casa popular tem que ser deboa qualidade e barata. São dois atributos necessários. Ooutro é que nenhuma prestação poderá ultrapassar a20% da renda familiar, um critério que tem de sair dateoria para a prática, porque na realidade não podemosdestinar mais de 20% do nosso orçamento, da nossa ren·da familiar para pagar a moradia. E o terceiro é que otrabalhador desempregado não pagará a prestação dacasa própria enquanto estiver desempregado. Essa medida é de alto alcance social, pois como poderá um cidadãobrasileiro de classe média. um assalariado de renda baixapagar a sua prestação da casa própria se estiver desempregado? Por isso, pedimos vênia a V. Ex' para incluirno seu pronunciamento essas nossas observações, quetrazem destaque e fazem justiça à plataforma do nossocandidato a Presidência da República.
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dos no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação,terão suas prestações calculadas da seguinte forma:
a) no primeiro ano após o referido prazo, o valorda prestação será corrigido em apenas lOS (dez porcento) da taxa de reajuste fixada pelo Banco NacionaI da Habitação;
b) nos anos subseqüentes, incorporar-se-á, emcada ano 10% (dez por cento) da taxa de reajuste,até alcançar o limite de 100% (cem por cento) da referida taxa.
Art. 2' Ao termo do prazo contratual, o saldodevedor existente será transferido para a responsabilidade do Fundo de Compensação de VariaçõesSalariais, conforme definido em resolução do Conselho de Administração do Banco Nacional da Habitação.
Art. 3' Esta Lei entra em vigor na data de suapublicação
Art. 4' Revogam-se as disposições em contrário.
J ustifieaçio
Torna-se cada dia mais incontestável a profundacrise que atravessa o Sistema Financeiro da Habitação.
Resultado da recessão econômica. em que se debate a economia brasileira, o esvaziamento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço representauma perigosa drenagem de recursos do Banco NacionaI da Habitação. As demissões em massa e apossibilidade do aprofundamento do desempregotorna ainda mais sombrias as perspectivas do Sistema.
Por outro lado, os pesados reajustes das prestações da casa própria, muito acima dos reajustessalariais da maioria dos mutuários do BNH acabaram por afugentar novos compradores, agravandoainda mais a crise das entidades ligadas à políticahabitacional. Na verdade, os níveis de inadimplência dos mutuários, o abandono puro e simples dosimóveis ou as seguidas tentativas de venda, e o gran·de número de unidades residenciais ainda a esperade um comprador, atestam a falência do sonho dacasa própria, fruto da impossibilidade de acesso damaioria dos cidadãos brasileiros aos financiamen·tos.
Tornam-se, pois, urgentes medidas voltadas paradevolver a credibilidade do Sistema Financeiro deHabitação, facilitando as condições de aquisiçãopor parte do mutuário.
É este o sentido do projeto de lei que ora submetemos à apreciação dos ilustres pares Congressistas.Estamos propondo que, após cumprido metade doprazo contratual, seja estabelecida uma tabela,dereajustes percentuais da prestação da casa própria,começando com 10% no Iº ano, 20% no segundo eassim sucessivamente até atingir os 100% do reajusteoficial.
Acreditamos que tal medida representará semdúvida um novo estímulo ao mutuário e, canse·qüentemcnte, um fortalecimento do Sistema Financeiro de Habitação.
Sala das Sessões, de de 1983. LeônidasRachid."
Fizemos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, na primeiraparte do nosso pronunciamepto· uma análise social dahabitação, não estabelccen<!o,ê\iídentemente, uma postura didática do mesmo. A séqüenciar meu discurso, passo a fazer uma análise dos efeitos' psicosociais da habitação, obedecendo o seguinte róteiro: I .:.... efeitos psico·lógicos da habitação; 2 - efeitos sociais da habitação.
I - Efeitos psicológicos da habitação.Todos conhecemos o dito popular "quem casa quer
casa", e, a partir desta simbologia, podemos compreen·
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)
der o grande significado de uma moradia como imagemde segurança, estabilidade e equilíbrio de vida.
O nomadismo traduz a vida dos povos primitivos, aopasso que a fixação da moradia caracteriza a vida dospovos civilizados.
A estrutura psicológica do individuo se equilibraquando ele tem a certeza de uma moradia estável.
Experimente a título de brincadeira, suscitar no individuo a insegurança da sua residência, mesmo que seja umhumilde barraco; vamos ter de imediato a reação de angústia, irracionalidade e a dificuldade em concatenar asidéias.
A residência é o melhor ambiente para a meditação,para a reflexão, para um mergulho dentro de si mesmo eprincipalmente para desenvolver as idéias longe das dispersões provadas por terceiros e tão comuns no ambiente de trabalho.
Ouço o nobre Deputado Adhemar Ghisi.
o Sr. Adhemar Ghisi - Nobre Deputado LeônidasRachid" desejo apenas ratificar a nossa solidariedade aV. Ex' pelos termos do seu discursos, que corroboram otexto do projeto de lei que oportunamente V. Ex' apresentou e com o qual estamos inteiramente de acordo. V.Ex' trata de um assunto sério, de grande atualidade, elembra que, para a solução do problema da casa própriado brasileiro em geral, o candidato Paulo Salim Maluftem soluções, que virão ao encontro principalmente dostrabalhadores de baixa renda.
o SR. LEÔNIDAS RACHID - Agradeço a V. Ex' oaparte.
Sr. Presidente, a privação da residência ou ausênciaefetiva do ambiente residencial tendem a se refletir nopensamento do indivíduo com perda total ou parcial doseu resultado.
Como anda'q clima emocional daquele que não dispõede uma casa? Como está o scu sentimento de ser vivo quepensa, trabalha e ama? Que dolorosa dúvida!
Aqui os efcitos psicológicos se refletem em reflexos negativos quanto à insegurança emotiva dos sem teto, dosde vida aventureira, daqueles que não têm paradeiro definit.ivo, como que a sociedade lhes fechou todas as portas.
Temos também os reflexos positivos corporificadosnaqueles que têm seu lar, o aconchego da familia, quebuscam nos frutos auferidos deste refúgio a emoçãoequilibrada para en.frentar as agressões do meio ambiente, expostos que estão cotidianamente nos mais variadosambientes sOGiais.
Aqueles q~e'possuem residência estável tendem a vivermais, a expectativa de vida os promoverá, já não ocorrendo o mesmo com os sem teto.
A residência estável traz ao individuo um agir diferente, embasado em condicionamentos de ordem física, biológica e psicológica, dando um andamento nas atitudesdo cidadão, e dai serem atitudes positivas.
Os efeitos psicológicos da habitação trazem modificações profunda no pensar, sentir e agir do indivíduo.
2 - Efeitos sociais da habitaçio
Vim'os os efeitos psicológicos da habitação, então paslemos à análise dos similares de natureza social. Sendo ohomem um ser social e, portanto, agregativo e grupal, teremos quc enfatizar os seguintes aspectos:
2.l-Saúde
O homem, como unidade psicobiológica necessita, deum sistema de ajustamento para sua convivência com omeio ambiente que o cerca e o adapta em relações a temperatura, clima, ar, chuva, vento etc.
Como ser vivo, necessita de um habitat, a fim desobreviver a natureza e dela auferir os elementos biológi,eos para a manutenção do organismo e estabelecer um
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perfeito sincronismo de autodefesa e de automanutenção.
Daí por que toda a habitação requer um minimo decondições: higiene como fator básico, saneamento adequado, ventilação, penetração de luz solar, água potável,esgoto para destinação de eserementos, coleta e transporte de lixo, controle e erradicação de vetores biológicos e condições básicas na elaboração da sua rotina alimentar. Neste setor saúde, cabe ao macrossistema doGoverno dar todo o apoio na construção 'de moradia popular em condições de habitabilidade.
2.2 - Educaçio
A casa (o lar) é um fator determinante de um ambienteeducacional e cultural. Ora, não existe melhor ambientepara transmitir cultura, senão a própria familia. É afm;nilia a célula básica da sociedade, o núcleo central doagregado social ao qual pertence. Dai, gerações passampara outras o caráter social, esportivo, religioso, políticoetc.
Poderíamos definir a educação como "o processo deaperfeiçoamento do ser humano no sentido de se facultara realização de todas as suas potencialidádes, bem comoa transmissão e a assimilação de conhecimento e valoresculturais do grupo social". E é exatamente no territórioresidencial que se processa efetivamente a criação dessesvalores culturais que vão de pais para filhos e demaisdescendentes.
Em suma, à medida quc o lar exerce esta função educativa, proporciona à prole meios efetivos de aprendizagem, absorvendo culturas e costumes que serão complementados pela escola, Igreja e outros grupos sociais.
Todavia, é importante frisar que cabe aos membros daFamilia, da cxperiêneia vivida no lar, extrair o fundamento, a essência, o básico da cultura que irão aos demaisgrupos sociais complementares desenvolver, adaptar erecriar.
A casa, a residência, o nome que se lhe dê, deve manter em estreito relacionamento com as habitações comultítárias - Igreja, classes, bibliotecas etc., afim de numainteração de valores cultuar o bclo, o bom, o justo, ondeo ser mais supera o ter mais.
O ambiente do lar há que ser sadio. a fim de se exereitarem os valores positivos d" coluna imutável da ética,caso contrário será um foco de embriões a serviço da improdutividade, do crime e marginalização.
2.3-Lazer
Un;i1 terapêutica social que reputo de inigualávcl import.ância é o lazcr: psicólogos e sociólogos do mundo inteiro têm feito apologia do lazer como terapêutica espetacular para os grandes aglomerados populacionais.
No lazer, o indivíduo descarrega suas tensões, nãopensa em coisas malévolas, se liberta e cai num relax,trazendo-lhe de volta toda energia vital.
A moradia com conforto, ofcreccndo condições de repouso c descanso, contribui substancialmente para asatividades de lazer.
Este conforto, sujeito a graduações diversas, pressupõe um minimo indispensável e escalas superiores quechegam ao supérfluo. Quero aqui referir-me apenas aosequipamentos habitacionais. Assim, determinados móveis domésticos. o fogão, a geladeira, estariam codificados como indispensáveis e poderíamos inclui-los comopartes da unidade física produzida.
O lazer requer e exige condições favoráveis para plenaconsecução de seus objetivos. Assim, a poluição sonoraterá que ser controlada, a estética ambiental, e muito importante é a escolha do local para o lazer. DeterminadosAmbientes de lazer, como cinema, clube recreativo, teatro, etc, poderão ser relacionados dentro da esfera geo·gráfica da habitação, Face a sua necessidade específica.
No entanto, fazer ambiente de lazer em zonas urbanasde cidades irregularmente desenvolvidas e em cujo perí-
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metro estão inseridas zonas de comércio, escritórios,fábricas, etc. não terá os sadios objetivos alcançados.
2.4 - Unidade Familiar
Exite uma última ralação entre a habitação e o desempenho da família em sociedade.
De tantas conotações que se possa enumerar uma é amais importante ou seja a habitação traz a união dafamília. Uma casa dotada de conforto e condições básicas de higiene prende os membros familiares a uma vidamais intima c conseqüentcmente à meditação e à união.
A pedagogia infantíl tem oferecido trabalhos sobretema "Minba: Casa", simbologia que corporifica namente da criança o seu microuniverso, seu mundo. Acriança, no ambiente familiar unido pof'fortes traços deamor, sente-se segura, protegida, pois seus pais são muralhas intransponíveis. Meu pai ... minha mãe...
Por isso, a habitação há de oferecer um mínimo decondições (tamanho, espaço de reserva) para que afamília nela instalada construli seu mundo e integre avida social da comunidade.
Não se concebe medidas de despejO levando ao desespero famílias e mais familias e ao relento. São necessárias leis sociais que impcçam este monstro do dcspejo.É preciso que o Govcrno adote medidas para coibir esteabuso através de bônus ou outro tipo de subsídio.
O Deputado Paulo Maluf, presidenciável que é, jácomprometeu a política social da habítação:
""firma S. Ex' em seu discurso que "a mensalidadc dacasa própria não pode ultrapassar 20% da renda familiar. O trabalhador desempregado fica isento do pagamento das prestações até encontrar emprego do mesmonível".
Quero para mim uma medida urgente de grande alcance social: seria o congelamento das .prestações até fevereiro de 1985. Por quê? Simplesmente em março teremosnovo Governo, e mais, o Banco Nacional da Habitaçãoestá hoje éstudando uma diminuição na amortização dacasa própria.
É preciso que o Sistema Financeiro de Habitação ofereça uma alternativa menos selvagem aos usuários, casocontrário está fadado a falência, numa demonstraçãoeloqüente de incompetência administrativa.
Sr. Presidentc, Srs. Deputados, face à exigüidade detempo, voltaremos ao assunto em outra oportunidade.
O SR. FERNAND.O SANTANA (PMDB - BA. Semrevisão do orador.)....:. Em todas as épocas dc crise a His-'tória registra sempre avanços dos povos, da humanidade. Basta lembrarmos o fim do século XVIII, quando asituação, na França, chegava ao paroxismo máximo dosofrimento e da fome. E, então, foi inevitável, pela forçado povo, a Revolução Francesa, ainda um dos marcosmais importantes em toda a História da humanidade. Aconflagração da Primeira Guerra, o desajustamento dasforças sociais em muitos países, inclusive na Rússia dosczares, resultou numa profunda transformação nessepaís. que os historiadores marcam como o segundo maisimportante evento na história dos povos, depois da Revolução Francesa.
Aqui, no Brasil, estamos realmente vivendo hoje a crise mais profunda, a crise mais aguda de nossa História, aqual poderíamos considerar catastrófica, ou mesmo,usando um termo biblíco, apocalíptica. Não se pode interir, das palavras ditas inicialmente, que como conseqüência inevitável, teríamos um movimento das proporções da Revolução Francesa ou da Revolução Russa.Não faríamos tal afirmação. No entanto, se a,crise ésempre a parteira da História, seria, a nosso ver, damaior urgência que todos nós, neste País tão sofrido, tãodessangrado, de veias abertas, como toda a América Latina, pensássemos um pouco e imaginássemos ou perguntássemos a nós mesmos que Brasil nós queremos, queBrasil nós pretcndemos construir. Em verdade, não é oBrasil da fome, não será o Brasil da fome, não será o
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Brasil dos analfabetos, não será o Bras.il dos doentes,não será o Brasil dos homens sem terra.
Há 161 anos - se contarmos a Independência a partirde 2 de julho, na Bahia, porque realmente foi onde se lutou, onde se travou a guerra e onde se definiu realmentea nossa separação de Portugual - herdamos um continente com um subsolo pleno de riquezas. E, após 161anos, a elasse dirigente nos entrega hoje um País em condições de muito mais sofrimento, em condições muitomais de dependência externa do que o foi ainda quandocolônia, quando dependia exclusivamente do Reino Unido de Portugual. O comando da vida econômica brasileira está fora de nosso controle. As principais indústriasestão igualmente sob controle de grupos internacionais.
Diante deste quadro, o que fazer? Acreditamos queesta é a oportunidade de todos os que têm interesse nofuturo da Nação, mesmo divergindo hoje na colocaçãodos problemas políticos. Todos nós podemos formar umgrande pacto, um grande arco de forças destinadas a reafirmar ou a resgatar a soberania dentro de um processodemocrático. Vejam bem, nenhum país se libera quandoiriiernamente se desune, se desarvora, se entredevora porquestões menores. A independência, em qualquer tempo,em qualquer época, só se efetiva na justa medida em queinternamente a Nação aSsume um compromisso com aHistória, qual seja, o compromisso da soberania, da independência.
Na situação em que estamos vivendo, em que, de nossa parte, temos um candidato à Presidência da República, que, podemos afirmar, sem fanfarronice, sem expec~
tativa cor-de-rosa, tem todas as condições para ser vitorioso no Colégio Eleitoral, acompanhado do seu VicePresidente, Senador José Sarney. Mas alternar, simplesmente, o poder não é aquilo que a Nação brasileira está aexigir. Alternar, sim, para mudar; mudar, sim, para eliminar todas esses empecilhos que hoje amarram a vi~a
de nosso Brasil.Eu me abalançaria a colocar para esses três objetivos
de um Brasil livre e ind~pcndente três vetores, três componentes, três 'diretrizes, ou seja lá o nome se queira dara isso: o vetor da soberania, o vetor da distribuição derenda e o vetor da reforma agrária. Em verdade, as chamadas potências centrais, que hoje, controlam a economia mundial, querem simplesmente, no Terceiro Mundo, inclusive na Ámerica Latina, e particulamente noBrasil, uma prática da democracia que é a da democraciade fachada, em que os grandes interesses dessas potências sejam definidos, respeitados e guardados. No momento em que um país qualquer do Terceiro Mundo coloca, no seu processo democrático, o vetor da soberaniae da independência, aí as coisas mudam de figura. E hácxemplos históricos de governos que o tentaram e foramderrubados. Por que foram derrubados? Porque as manipulações que as forças internacionais fizeram internamente nos jogaram uns contra os outros. Na medida emque brigamos por questões menores, eles afirmam seupoderio internamente.
Queremos a vitória de nosso candidato, mas achamos,e propomos, que esta não deve ser apenas uma mudançade homens no poder, mas que ela contenha objetivosmais longínquos, uma estratégia definitiva para a reconquista do Brasil para os brasileiros. E estas três componentes - soberania, distribuição de renda e reformaagrária - parece que envolvem todo o quadro da injustiça social, da fome e da miséria. A soberania tem implicações diretas com a dívida externa e implicações importantes com o modelo econômico.
Aqui nesta Casa e votou e aprovou o Decreto-lei nO2.065 - a Oposição não aprovou - e a notícia que setransmitia na Câmara dos Deputados, até mesmo pelasautoridades, era a de que sem o Decreto-lei nO 2.065 nãochegaríamos a um acordo com Ochamado FMI - Fundo Monetário Internacional. Então, vejam os nobres colegas que até mesmo o salário mínimo vem sendo estabelecido pelos interesses dos banqueiros e dos grupos inter-
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nacionais. Hoje as próprias indústrias já reclamam contra esse decreto, que está achatando, demasiadamente,os salários e, na medida em que os achata, reduzindo acapacidade de compra do operário, paralisando as indústrias fazendas cair à taxa de desenvolvimento doPaís.
A dívida externa é um outro vetor importante. Temosacompanhado todos os depoimentos prestados à Comissã6 Parlamentar de Inquérito que investiga a dívida externa e os acordos com o Fundo Monctário IntcrnacionaI.. Temos absoluta convicção de que, nos tennos emque dívida está colocada, no que se refere a prazo e juros,este País jamais conseguirá saldá-Ia. Ela vai crescendoano a ano e nós nos tornamos escravos definitivos dessadivida.
Então, nobres colegas é errado imaginar que não sepode proceder, na América Latina, à integração, de nossos vários países para fazer face ao Fundo Monetário Internacional, que não é nada mais nada menos senão umsindicato dos grandes banqueiros, de tal maneira que somente a aunião dos países que compõe a América Latinapoderá enfrentá-lo em melhores condições. Por que todas as autoridades financeiras, prestaram depoimento naCPI da Dívida Externa respondiam negativamente a essaformulação, alegando que as dívidas tinham origens diferentes, e, deste modo, os países não poderiamcoordenar-se para o enfrentamento comum ao FundoMonetário? Respondíamos nós que há dois fatores eduas condições comuns a todas essas dívidas, mesmo admitindo a hipótese de que elas tenham origens diferentesa aplicações diferentes: os juros extorsivos crescentes, deacordo com os interesses da po1ític~ norte-americana, e Gos pr;1zos curtos.
Então, esses dois vetores, que são os mais importantes,estão estrangulando o desenvolvimento da América Latina. É motivo suficiente, Sr. Presidente e Srs. Deputados, para que nós .nos juntemos aos demais pàíses daAmérica Latina. Cinco Presidentes e, posteriormente,mais três dirigiram carta aos países superindustrializados. Tiveram como resposta, por exemplo, da PrimeiraMinistra da Inglaterra, Margaret Tatcher, simplesmenteo seguinte;, "Vendam suas indústrias ou entreguem suasreservas minerais, mas a dívida deverá ser paga". Estafoi a rcsposta gcntil, cordial e, ao mesmo tempo, elucidativa quanto à posição das grandes potências em relação aesse profundo sentimento de toda a América Latina.
Dou a aparte ao nobre colega de Pernambuco, Deputado Nilson Gibson.
o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado FernandoSantana; eu gostaria: antes de abordar o aspecto do pronunciamento de V. Ex! referente à negociação da nossadívida externa com a interveniência do FMI, de dizer aV. Ex! que antes, muito antes de ingressar na política, eujá admirava o espírito de luta, a cultura, a inteligência e abravura com que V. Ex' exercia o mandato aqui, nestaCasa. E para mim não foi surprcsa - decorridos quase20 anos - quando recentemente manuseava os Anais doCongresso Nacional, constatar que efetivamente V. Ex'sempre soube representar o povo baiano com essa grande autenticidade de que é portador. E no manuseio desses Anais do Congresso Nacional. verifiquei posições deV. Ex' em apartes ao Primeiro-Ministro - à época, o exGovernador de Minas Gerais - quando S. Ex' vinha aesta Casa discutir determinadas matérias do interesse dogoverno parlamentarista. E pude detectar trechos emque o cx-Governador de Minas Gerais defendia, com abravura que é pcculiar a V. Ex' o acordo, àquela época,com o FMI. I nel usive, ressaltava a henevolência, o carinho ...
O SR. FERNANDO SANTANA - Eu?
O Sr. Nilson Gibson - Não. O ex-Governador de Minas Gerais, que V. Ex' criticava. Eu estou dizendo que,
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há 20 anos, quando ainda não tinha interesse pela política, já observava o trabalho de V. Ex' aqui, nesta Casa,sua bravura, sua veemência. Já o aplaudia, lá na minhaterra, Pernambuco. E comprovei estes fatos nos Anaisdo Congresso. Aindá poderia lembrar a V. Ex' - aliás,já lhe disse isto, pessoalmente, certo dia·- que, quandoda mensagem que o então Presidente da República, JoãoGoulart, mandava à Casa, pedindo estado de sitio, V.Ex' foi contra a medida, requerendo a imediata retiradada mensagem do Chefe do Poder Executivo. Eu vi aquelecomportamento seu. O ex-Governador de Minas Geraisdefendia o estado de sitio, com aquela empáfia, comaquela agressividade, e V. Ex' era um dos que se mostrava contrários à medida. Tudo isto faz com que cu apenasdiga a V. Ex' que vinte anos são passados e minha admiração ainda continua, aqui, nesta Casa, por V. Ex....muito embora eu, num lado, e V. Ex', noutro. Sempre admi'rei sua coerência. Nunca V. Ex' mudou de posição - é omesmo de sempre. V. Ex' foi atingido por atos de execeção, mas o ex-Governador de Minas Gerais não o foi- era, inclusive, naquela ocasião, líder de bloco parlamentar. Sete Vice-Líderes foram atingidos pelos atos deexceção, mas S. Ex' não o foi. Tudo 1sto faz com que eucontinue a admirá-lo, nobre Deputado. Muito obrigadopor permitir que cu, humilde e modesto representante dePernambuco, tenha a oportunidade de, em 1984, depoisda anistia de Figueiredo, estar aqui, ao lado de V. Ex', aquem sempre admirei. Muito obrigado.
O SR. FERNANDO SANTANA - Agradeço a V.Ex' o aparte. Mas nos~a visão da História difere um pouco da de V. Ex', nobre Deputado Nilson Gibson.
Sr. Presidente; Srs. Deputados, acreditamos - e porisso a estamos propondo aqui - na grande unidade dopovo brasileiro, em torno dos que seus problemas básicos, mais sejam, soberania, distribuição de renda e reforma agrária.
Vamos admitir -'- hipótese absurda, porque tenho certeza absoluta de que jamais isto chegará a ser verdade mas admitamos que, com esse meu passado, com todaessa minha luta, a que o nobre aparteante há pouco se referiu, eu chegasse à Presidência da República. Com minha visão da História, eu nada poderia fazer, se lá.embaixo não houvesse um povo organizado c decidido a alcançar essas três conquistas de que falei, todas inseridasno sistema capitalista.
Não defendo o sistema capitalista. Mas não estou noar, no espaço, e acho que, nesta etapa da vida brasileira,a soberania é fundamental, eis que ninguém pode traçarseu destino sem, antes, garantir sua liberdade, sua independência e sua soberania. Divergindo. de V. Ex', estoucerto de 'que, se o ex-Deputado, ex-Governador, exSenador e ex-Ministro Tancredo Neves, como cada umde nós, chegar do poder, e se essas forças se integraremrealmente acima das conveniências dos grupos e se afirmarem perante o Governo e dele exigirem que implemente toda uma política visando todos esses objetivos,isto é, soberania, justiça social c terra para os que trabalham, esse Governo irá à frente com base nessas três proposições.
Isto, no entanto, vai depender muito mais de nós doque deles - de nós que, independentemente de sermosdeputados, somos também., povo. E vai depl!hder - in
. clusive, com base naquele slogan muito conhecido de que"povo unido jamais será vencido" - da união do povo,pois, em qualquer país do mundo, nobre Deputado, umpovo unido conquista sua soberania e sua independência.
Ouço o nobre Deputado Virgildásio de Senna.
O Sr. Virgildásio de Senna - Nobre Deputado Fernando Santana, a presença de V. Ex' na tribuna destaCasa é sempre motivo de satisfação e de aprendizadopara todos nós. No pot-pourri político que V. Ex' apresenta hoje, em seu pronunciamento, abordando imensoleque de assuntos, cabem até intervenções como a do
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
nobre Vice-Líder do PDS, que o aparteou há poucos instantes, em primeiro lugar, para, numa contrafação daHistória, na posição da mentira vestida de História, trazer a esta Casa informações distorcidas, irreais, falaciosas. Sr. Deputado Fernando Santana, sabe V. Ex', porque homem absolutamente esclarecido, informado dascoisas do nosso País, que o Brasil é membro signatário eacionista do FMI. Não há, nas oposições responsáveisdeste País, naqueles que examinam com profundidade osassuntos de que trata, ninguém desejoso, no passado ouno presente, de romper definitivamente com o FMI. Nãohá, I)a História deste País, nem nos Anais desta Casa, umpronunciamento do nobre Governador Tancredo Nevesque defenda acordos com o FMI, de alta condicionalidade. O que defendemos, o que o partido tem de defender,o que a Nação defende, são aqueles empréstimos a quenaturalmente o País tem direito de realizar, na condiçãode sócio deste clube, deste banco. São os empréstimoscompensatórios, os empréstimos stand.by. A estes o Brasil tem direito, sem qualquer favor; estés o DeputadoTarlhedo Neves, como qualquer parlamentar consciente, respeitado e respeitável, defenderá. Qualquer Deputado da Oposição o fará, inclusive o nobre Deputado Fernando Santana, porque é um direito deste País, é um direito nosso de, sócio do banco, dele contrair empréstimos que não incluam cláusulas de alta condiconalidade,ou seja, dinheiro que o banco toma emprestado paranos, emprestar. É contra isto que nós, da Oposição, lutamos. O nobre Deputado Nilson Gibson, que traz à Casainformações que não sei se são verídicas, está desafiado amostrar que o Dr. Tancredo Neves, em qualquer momento, tenha defendido empréstimos de alta condicionalidade com o FMI. Em segundo lugar, diz S. Ex' que onobre Deputado Tancredo Neves defendeu o estado desítio. Não digo que não, não digo que sim. É uma medida constitucional, e qualquer parlamentar pode ser a favor ou contra ela. O que S. Ex', por certo, não trará aquié a informação, por exemplo, de que o ex-DeputadoTancredo Neves esteve envolvido em acontecimentos deprimentes como o da Freguesia do Ó, em que o candidato do nobre Deputado Nilson Gibson levou uma maltade desordeiros para agredir e atacar uma população indefesa. Muito obrigado a V. Ex'
O SR•. FERNANDp SANTANA - Concordo inteiramente com o aparte do nobre Deputado Virgildásio deSenna, hoje no exercício da liderança do PMDB.
O Sr. NUson Gibsou - Nobre Deputado FeJnandoSantana, permite V. Ex' usar do direito constitucional dadefesa?
O SR. FERNANDO SANTANA - Poderei dar-lheesse direito, se o temp'o permitir. Não quero negar a palavra a V. Ex', mas tenho alguns assuntos...
O Sr. Nilson Gibson - Mas o'nobre Líder do PMDBme chamou de mentiroso!
O SR•. FERNANDp SAN-,!,ANA - Não. Um momentinho, nobre Deputado...
O Sr. Nilson Gibson "'7 Eu farei o seguinte: se, porventura, eu não trouxer aqui um documento, dentro de 15minutos, renunciar ao meu mandato. Se o trouxer, S. Ex'renuncia ao seu mandato. V. Ex' sabe que é verdade,porque estava, na época, nesta Casa.
O SR. FERNANDp SANTANA - Deputado NilsonGibson, logo que conclua alguma considerações, e sehouver tempo, darei o aparte a V. Ex' Se não houvertempo, V. Ex' poderá pedir, de acordo com o Regimento, a palavra para uma explicação pessoal.
O Sr. Nilson Gibson - Gostaria que V. Ex' desse somente um depoimento: V. 'Ex' está esquecido dos fatosque relatei quando pedi o aparte? Conto com a sua sinceridade e a sua correção.
Agosto de 1984
O SR. FERNANDO SANTANA - Quero dizer a V.Ex', honestamente, q~e durante toda a minha existência,só tive um objetivo: lutar pelos interesses do povo e daNação. Isso me dá tranqüilidade e coerência, porque, emqualquer época, qualquer que seja a situação, nós noscolocamos sempre naquela vertente, naquela resultanteque seja do interesse da Nação brasileira.
O Sr. NUson Gibson - Eu disse isso.O SR. FERNANDp SANTANA - E é por este moti
vo que agora, neste momento histórico nós nos colocamos na defesa da candidatura do Governador de MinasGerais, Dr. Taneredo Neves, porque temos consciênciaque ele representa o que há de mais sério, de mais importante e de mais útil para o desenvolvimento deste País.Não temos nehum receio de afirmar isso historicamente,agora.
O Sr. NUson Gibson - Eu apenas coloquei O meuaparte da seguinte maneira: V. Ex' fazia críticas ao acordo com o FMl...
O SR. FERNANDO SANTANA - E continuo tecendo. E são críticas sé;ias, especialmente a este Governoque ai está.
O Sr. NUson Gibson - Queria mostrar a V. Ex' queesse ponto de vista que V. Ex' expôs é coerente e correto,assim como o seu passado uma linha reta de conduta. Efiz tal referéncia porque ao mesmo tempo em que vislumbrava o passado de V. Ex' verificava que o exGovernador de Minas Gerais sempre apresentou um caminho duvidoso, hesitante, sinuoso.
Em certa oportunidade ele defendia, e enaltecia o Fundo e agora vem...
O SR. FERNANDO SANTANA - Nobre colega,permita-me concluir ~eu discurso.
O Sr.. NUson Gibson - Perdão, nobre Deputado.
O SR. FERNANDO SANTANA - Não há o quc perdoar. Mas V. Ex' é Líder, dispõe de tempo suficiente.Sou simples Deputado.
Consigo chegar à tribuna, a duras penas, uma vez pormês.
O SR. PRFSIDENTE (Walber Guimarães) - A Presidência 'lamenta ~omunicar que V. Ex' já ultrapassouseu tempo em dois minutos e lhe concede mais t.rês minutos para concluir.
O SR. FERNAND() SANTANA- Vejam só não souLíder, não tenho horãrio de liderança. Vou concluir Sr.Presidente. Apesar de ter muitas coisas para afirmar desta tribuna, vou tentar resumir. Por que esses três objetivos? Por que soberania nacional? Soberania nacional,porque é através dela que uma Nação se afirma. Soberania nacional, para que possamos eliminar a fome, a miséria e o desemprego. Um país submetido aos interesses egrupos internacionais, sugado no' seu trabalho, na suarenda, na sua produção, para pagar exatamente àquelesque não estão aqui, só pode ser um país pobre, um paísde analfabetos, de doentes de esquistossomóticos, enfimsujeito a toda uma série de males e de endemias que nosatinge.
Então, é preciso defender a soberania nacional, paraque possamos ser um país para os brasileiros e não paraos estrangeiros. Ê isto que, a meu ver significa soberanianacional. Em segundo lugar falo da distríbuição da renda. Por que distribuição da renda Sr. Presidente? Exatamente porque, hoje na pirâmide que representa a rendanacional aqueles que estão no vértice - 1%- são aquinhoados com quantia mais de 50% superior à dos que estão na base. Uma nação não pode sobreviver esbanjandorecursos para um pequena minoria deixando a grandemaioria na fome e na miséria. Daí a necessidade da correta distribuição da renda, para que, em nome da soberania se possa formar uma aliança com a classe operária.
Agosto de 1984
que, é claro não pode produzir, se morre de fome no próprio lar.
Em terceiro lugar, a terra. Por que a reforma agrária,como terceiro objetivo? Direi apenas que, em 1967, 76%dos pequenos proprietários de terra detinham 13% daárea agricultável do País, enquanto que em 1978 esses76% baixam para 67% e a área das pequenas propriedades ~e reduz de 13 para 9%. Enquanto isso, as grandespropriedades, que em 1967 abocanhavam 83% da áreaagricultável do País, em 1978 passaram a deter 86%. UmPaís que tem suas terras tão enfeudadas, tão latifundiadas, tão dominadas inclusive por grupos internacionaisnão pode, realmente, ser digno do povo que nele habita.
Não se veja nisso qualquer medida revolucionária que isto fique bem claro. Esses três objetivos se enquadram perfeitamente no sistema capitalista. Não somosdefensores do capitalismo, como dissemos antes, mas,nesta etapa histórica, nosso grande esforço é no sentidode forjar internamente a união do povo, para que estePaís possa realmente dar um novo grito de independência,já que, infelizmente, passados 161 anos, a classe dominante está a nos oferecer um País mais escravo, maiscolonizado do que em 1823.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, parece-nQs que estastrês diretrizes - soberania, distribuição de renda, reforma agrária - devem nortear a formulação da políticabrasileira. A partir daí, tudo O que for conveniente a esseprojeto deverá ser defendido pelos brasileiros. Do contrário, estaremos selando definitivamente nossa tristecondição de colônia e de País subalterno.
Durante o discurso do Sr. Fernando Santana o Sr.Walber Guimarães, 2'-Vice-Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. CarneiroAmaud Suplente de Secretário.
o SR. PRESIDENTE (Carneiro Arnaud) - Tem apalavra O Sr. Walter Casanova.
o SR. WALTER CASANOVA (PDT - RJ. Pronuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, as Convenções partidárias, realizadas há 7 dias, traduzem uma nova perspectiva política que, por certo,conduzirá este País à sua tão ansiada plenitude democrática.
O Brasil é de todos os brasileiros, e não de uma minoria egoista, mesquinha, ambiciosa, incapaz e desumana,que dele tem feito um farrapo estatal e que o tem conduzido a situações humilhantes perante às nações estrangeiras.
Observem, Srs. Deputados, que nossos credores alienígenas nos têm constantemente visitado, através do FMI,para nos dizer como devemos agir se quisermos sair dasdificuldades. Será, Srs. Deputados, que este País não temeconomistas e empresários capazes de resolver os problemas econômicos nacionais?
Eu, particularmente, tenho certeza de que possuímoseconomistas, empresários e políticos altamente qualificados ecapazes de encontrar as soluções de que necessitamos.
Mas, Srs. Deputados, o Governo oligárquico sob cujocomando está este País há muitos anos não tem tido capacidade ou interesse em convocar nossa própria gentepara resolver nossos tão inquietantes problemas.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, a flagrante desigualdade de oportunidades para todos e também o injusto e desumano tratamento dado aos nossos compatriotas, emtodos os setores, bem traduz a impopularidade, a insensatez e a incapacidade deste regime que melancolicamente agoniza, para felicidade geral da Nação.
A situação do Brasil é tão dramática, a ponto de ospróprios órgãos oficiais declararem nada poder fazerpara evitar a mortc de milhares de brasileirinhos porcausas como a diarréia, a desidratação, a desnutrição e,acima de tudo, a falta de assistência social por parte doGoverno.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Mas notem, Srs. Deputados, que nossa mortalidadeinfantil, por estas causas, atinge o alarmante índice deuma morte a cada dois minutos, segundo dados do próprio Ministério da Saúde.
Nenhum brasileiro de bom senso pode conformar-secom um fato tão estarrecedor como este.
Será, Srs. Deputados, que estes infortunados 300.000brasileirinhos que estão morrendo neste ano, antes decompletarem a primeira infância, são menos importantesdo que o Programa Nuclear? Será que eles são menos importantes que a Transamazônica ou a Rodovia do Aço,sem falarmos em outras obras tidas como gigantescas,mas que até agora só serviram para levar o País à grandederrocada em que se encontra.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, será que, se no lugardestas obras faraônicas houvéssemos cuidado de umaeconomia efetívamente planejada, voltada para uma reforma agrária racional, com uma produção agropecuária esquematizada.em moldes que atendessem, eficientemente os mercados interno e externo, de modo quenão existissem excessivos estoques nem faltas significativas de determinados produtos; será que assim conseguiríamos melhores resultados?
Entendo que, por este caminho, poderemos chegar ànossa emancipação econômica e conseqüentemente melhorar o nível de vida de nosso povo.
É evidente, entretanto, que esse seria o ponto de partida para a reorganização de toda a nossa economia totalmente abalada pelos errôneos métodos que vêm sendoaplicados.
Mas, Srs. Deputados, prossigo na descrição do alarmante quadro nacional: nossos irmãozinhos carentesque conseguem escapar com vida da primeira infância,logo em seguida, ao atingirem a idade pré-ecolar e a cscolar, não terão salas de aula para estudar.
Na idade escolar que abrange a faixa etária dos 7 aos14 anos, já temos cerca de 9 milhões de crianças fora daescola. Daí O alarmante aumento anual dc analfabetos.Nosso envergonhante contingente de analfabetos é aumentado anualmente de 500.000 adolescentes com 15anos de idade que não sabem ler nem escrever!
Que futuro pode ter um País que não educa o seu povo?
Temos de optar: ou instruímos nossa gente, investindoem sua educação, ou seremos total e irremediavelmentesubjugados pelas grandes potências, através de sua tecnologia.
Observe-se que o índice de analfabctismo nas grandespotências como os EUA, a URSS e o Japão é insignificante.
Ouço o nobre Deputado Nilson Gibson.
O Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado Walter Casanova, entendo que V. Ex' é realmente um inteligente eculto professor estabelecido no Rio dc Janeiro. Tenhopara mim que V. Ex' está analisando e descrevendo a situação do Rio de Janeiro. Meus parabéns e meu aplausoa V. Ex'.
o SR. WALTER CASANOVA - Respondendo aoaparte do nobre Deputado Nilson Gibson, digo que nãome estou referindo ao Rio de Janeiro, onde se faz um esforço gigantesco no sentido de resolver o problema educacional - aliás, como nunca antes foi feito. Note-seque a maior preocupação do Governo do Rio de Janeiroé exatamente com a educação, como bem sabe V. Ex'Refiro-me ao quadro nacional, c V. Ex', que é representante nobilíssimo do Nordeste ou do Norte, tem conhecimento de que, naquela região, os professores que cuidamdo ensino primário recebem a vergonhosa quantia de até400 cruzeiros por mês, para desempenhar o exercício domagistério. Então, meu nobre colega, não me refiro aoRio de Janeiro; refiro-me ao triste quadro nacional.
Concedo o aparte ao nobre Deputado 'Virgildásio deSenna.
Sábado 18 8047
O Sr. Virgildásio de Senna - É bom acrescentar,nobre Deputado Walter Casanova, que evidentemente onobre representante do PDS está vendo os fatos por umalente desfocada, pois estamos vivendo sob um Governoque conseguiu o impossível: aumentar o analfabetismodo País em números relativos e absolutos; conseguiu fechar as universidades, conseguiu desorganizar todo o ensino, conseguiu fechar os hospitais-escola. Desafiamos S.Ex', há três ou quatro semanas, a trazer a esta Casa explicações a respeito dessa situação. Exatamente no anoem que o Congresso Nacional, expressando a vontademajoritária deste País, aumentava os recursos destinadosà educação, exatamente neste ano, para nos ferir, paraferir a Nação, universidades, escolas, hospitais-escolas,entIm, todo o complexo educativo do País era levado aodescalabro pela incapacidade administrativa deste Governo. E S. Ex', nessa visão distorcida, desfoeada, caolha, quer enxergar no Rio de Janeiro, exclusivamente noRio de Janeiro, o quadro que é de fato a desonra nacional. Muito obrigado a V. Ex'
o SR. WALTER CASANOVA - Agradeço ao nobrecolega o aparte, que muito enriquece noss~ pronunciamento.
Aqui, no Brasil, Srs. Deputados, os fatos educacionaisocorrem em desacordo com a nossa realidade e até mesmo em flagrante desrespeito à Constituição Nacional.
Nossa Lei Maior determina que o ensino de 19 Grau éobrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentosoficiais, dos 7 aos 14 anos. Mas o Estado não cumpreeste dispositivo Constitucional. Não o cumpre, não porfalta de verbas, mas porque cstas são canalizadas para O
Ensino Superior, para custearem os estudos de acadêmi~·
cos ricos, em flagrante desrespeito à Carta Magna.Isto sem mencionarmos que em nossas universidades
há uma proporção, juntando-se professores c demaisfuncionários, numa média de 4 alunos para cada funcionário ou professor, o que, para um país subdesenvolvidocomo o nosso, convenhamos, é um absurdo, enquantonos Estados Unidos da Anérica a média é de 22 alunospor professor. Como pode o Brasil dar-se ao luxo de teruma média de 4 a 5 alunos por professor? Isto sem falarmos nessa média inescrupulosa, fruto de improvisaçõesem nossas Universidades. Cómo, com esta estrutura,pensar-se em desenvolvimento?
Não se dando educação básica para todos e principalmente para o operariado, que tem de lidar com a maquinaria, fruto do avanço tecnológico, como se poderá querer tirar o máximo proveito, se quem opera essas máquinas é semi-analfabeto?
O mais triste é que as perspectivas de recuperação denossa Educação são sombrias.
A grande esperança do povo brasileiro é, sem dúvida,a escolha do novo Presidente da República em 15 de janeiro, quando o Pais começará uma nova fase que, temos certeza, será de retomada do desenvolvimento ecônomico, social e cultural.
Toda política hoje em prática terá de ser reformulada.Em cada setor da vida nacionill terão de ser aplicadas
políticas adequadas à realidade brasileira, as quais serãorealizadas através de estratégias planejadas e rigorosamente cumpridas, sem improvisações, porque chegamosa uma situação que exige firmeza e determinação paraatacar e resolver os grandes problemas nacionais, comoa fome, a mortalidade infantil, o desemprego, a inflação,a habitação, a corrupção e a prática crescente e impunede atividades ilícitas nos grandes centros urbanos.
É necessário, Srs. Deputados, que acreditemos no vaIar do homem brasileiro, é necessário que aproveitemosnos;os cientistas, assim como é necessário que acreditemos em nossos técnicos e na capacidade de produção donosso operariado. Entretanto, é também necessário quenenhum brasileiro seja explorado por outro, que se reconheça o valor real da produção de cada um e se lhe pagueo valor justo pelo que produz.
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Tem o homem brasileiro tanta capacidade quanto osestrangeiros - mais, até, bastando educá-lo para transformar seu imenso potencial de aptidão em força útil aodesenvolvimento nacional.
Portanto, Srs. Deputados, uma politica voltada para avalorização do homem brasileiro por certo nos conduzirá à grande meta que é o bem-estar sócio-econômico donosso povo.
Só uma democracia plena, com a classe política inteiramente atenta aos interesses maiores da Nação, poderámudar o horrendo quadro nacional que atualmente nosdecepciona e desafia.
Falamos na mortalidade infantil, na falta de escolas eno analfabctismo; e, continuando o quadro descritivo,quando nossos jovens se integram na oferta de mão-deobra, não encontram vagas para trabalhar. Não há emprego. E o que é mais trágico, há o desemprego dos queestavam colocados.
Este problema se agrava mais à medida que a tecnologia lança novas máquinas no mercado.
Parece-nos que um caminho para neutralizar os malefícios trazidos pelo avanço tecnológico, 'não para a Humanidade, mas para a oferta de empregos, especificamente, seria reduzir-se significativamente a jnrnada detrabalho dos operários, em todos os setores, de modo acompatibilizar o avanço tecnológic'o com a necessidadede emprego para todos.
Neste sentido, apresentei ontem um projeto de lei, reduzindo a jornada semanal para 35h e a diária para 7h.
o Sr. Nilson Gibson - Permita-me uma ligeira intervenção, nobre Deputado.
o SR. WALTER C~SANOVA - Pois não.
o Sr. Nilson Gibson - Eu queria referir-me a duas colocações bastante importantes fcitas por V. Ex' A primeira foi quanto ao avanço tccnológico. V. Ex' está totalmente correto, e, inclusive, receba os meus aplausos.Lá, em Pernambuco, havia empresas têxteis que empregavam cerca de 2.500 trabalhadores. Todavia, em decorrência desse aperfeiçoamento tecnol6gico, lã, hoje, trabalham apenas 400 a 500 operários. Quanto ao tema queV. Ex' traz agora a debate, em decorrência de ter apresentado uma proposta legislativa para a redução da jornada de trabalho, V. Ex' está corretíssimo, porque essejá era o entendimento do PDS com o PTB, através daquele PL-4, de 1983, em que se pretendia a reduçãO dajornada de trabalho, recentemente alcançada tambémpelos metalúrgicos na Alemanha. Acho que V. Ex'; ilustre professor do Rio de Janeiro, sabe disso perfeitamente. Quero congratular-me com V. Ex' por essas duas colocações a que o meu modesto e humilde aparte faz referência.
o SR. WALTER CASANOVA-Agradeço ao nobreDeputado Nilson Gibson o aparte; que vem enriquecer omeu pronunciamento.
Continuo, Sr. Presidente.Visa este projeto a atender a várias necessidades dos
nossos operários e, num futuro não muito remoto, istotrará grandes benefícios para a Nação, porque hoje onosso trabalhador não consegue evoluir satisfatoriamente porque não dispõe de tempo para se instruir e se educar para o trabalho, para si e para "a sociedade. Os queconseguem freqüentar as escolas noturnas normalmenteconseguem os diplomas, porém não adquirem o conhecimento significativo que tem que ser fixado na mentc cque por falta de tempo eles não conseguem guardar.
Trabalhando, entretanto, 35 horas semanais, à base de7 horas por dia, em semana de 5 dias, nossos operáriosterão a oportunidade de estudar de maneira menos desigual e efetivamente mais proveitosa.
Por outro lado, esta diminuição de jornada possibilitará o aproveitamento no mercado de trabalho de umgrande contingente atualmente desempregado.
DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Portanto, este projeto tem um sentido altamente social, democrático, humano e econômico: faz com que futuramente possamos contar com um operariado maisinstruído, mais educado e que por certo produzirá commuito mais eficiência. E é disto que o Brasil necessita.
Esta redução de jornada tambêm contribuirá para diminuir e até mesmo extinguir o subemprego, uma vezque incrementará o mercado de trabalho em todos os setores,
Sr. Presidente, Srs. Deputados, continuando a descrição do quadro nacional, doloroso e desafiador,deparamo-nos com uma inflação jamais registrada nahistória de nossa economia. Hoje os preços de tudo sobem quase que diariamente, os aluguéis enlouquecem oschefes dc família, o cafezinho já está a Cr$ 250,00 o gole,e o quilograma de carne a qualquer momento só poderáser adquirido a prestações, sem falarmos num monstroeconômico chamado correção monetária.
É preciso mudar, Srs. Deputados; o povo não suportamais tanto infortúnio. Roguemos a Deus que a nova eraque terá início em 15 de março seja íluminada e liberteeste povo sofrido do jugo desta política econômica errada e cruel que o sufoca e o impede de progredir.
Felizmente. Srs, Deputados, ambos os candidatos àPrcsidência da República já fizeram publicamente ocompromisso de convocar uma Assembléia NacionalConstituinte que, com sua soberania, há de dotar nossaPátria de uma Carta Magna que efetivamente retratenossa realidade e atenda aos interesses maiores da Naçãobrasileira, dentro dos mais sadios princípios democráticos.
Ouço o nobre Deputado Nilson Gibson.
o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado Walter Casanova, não quero atrapalhar o excelente díscurso que V.Ex' faz, muito embora eu divirja de determinadas colocações quanto à convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte, eu aprendi uma lição do Senador JoséSarney, ex-Presidente do meu partido, quando ele respondia a um discurso do Deputado Ulysses Guimarães,que ficou denominado. "Travessia", e se refere a essaconvocação. Eu não tinha visão, não entendia direito oque era uma Assembléia Nacional Constituinte. Aprendicom o Senador José Sarney que somente quando há realmente a ruptura, quando se parte, quando há cisão noPoder é que há viabilidade, há possibilidade de convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte. Eu entendi dessa maneira e fiquei certo de que efetivamente oSenador Jos6 Sarney tinha razão.. Apenas essa a contribuição 9ue queria dar, como uma lição que aprendí como ex-Presidente do meu partido, quando, então, respondia ao discurso do Deputado Ulysses Guimarães, Presidente do maior partido de oposição.
o SR. WALTER CASANOVA - Eu queriaresponder-lhe dizendo que as circunstâncias em que vivea Nação brasileíra nos conduzem à inevitável convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte. NossaConstituição tem, atualmente, 24 emendas. E só não temoutras ainda porque naturalmente não houve tempopara realizá-Ias.
o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, o PMDB êque não deixou. Foi O PMDB que provocou a retiradada emenda do Presidente F'igueiredo - V. Ex' estálembrado.
O SR. WALTER CASANOVA - A emenda de S.Ex', o Presidente. Figueiredo, seria simplemente maisuma. Mas nossa Constituição precisa ser totalmente reformulada.
o Sr. Nilson Gibson - São quarenta e oito artigos.
o SR. WALTER CASANOVA-Aguardemos. Veremos que, efetivamente, essa Assembléia Nacional Constituinte será da maior utilidade para a Nação.
Agosto de 1984
o Sr. Nilson Gibson - Muito obrigado.
o SR. WALTER CASANOVA~ Eu é que agradeçoao nobre colega o aparte. Continuo, Sr. Presidente:
Essa Constituinte, que por certo será"integrada pelosnossos mais destacados juristas e por insignes represcntantes de todos os segmentos de nossa sociedade, há deconter as normas sob cujo comando o Brasil alcançará asua plenitude democrática.
As eleições diretas em todos os níveis, a coincidênciados mandatos, a extinção do instituto da fidelidade partidária, o desaparecimento de qualquer tipo de vinculação de votos, enfim, uma ampla reforma da legislaçãopolítico-partidária são medidas democráticas inadiáveise urgcntes.
Depois de um longo e duro período de nossa História,chega agora o momento de a classe política assumir o comando da Nação. É de lastimar-se que ainda não seja,desta vez, através da plenitude democrática, mas inegavelmente marchamos em sua direção, e brevemente opovo brasileiro, graças a Deus, estará exerccndo sua soberania e deliberando pela vontade de sua maioria os rumos que deseja sejam seguidos pOI' nossa Pátria,
o Sr. Mário Assad - Nobre Deputado, estava acompanhando com entusiasmo, do mcu gabinete, a exposição de V. Ex', e não resisti à tentação de aparteá-lo. Tenho um gosto muito profundo pela matéria constitucional, e por isso mesmo tenho examinado, sob todos os ângulos, a problemática constitucional brasileira, e chegueia uma conclusão: este País realmente pstá vivendo comuma Constituição promulgada pela Junta Militar, e, porconseguinte, precisa, ao longo do tempo, Ser reformulada. Mas duas correntes de pensamento se batem no sentido da reformulação constitucional brasileira: uma delas diz que o legislador comum pode "muito bem reformar esta Constituição, porque quem pode o minimopode o máximo. Se estamos emendando, quotidianamente a Constituição, poderíamos fazer um emendão ereformulá-Ia na sua totalidade, doando ao País uma Carta Magna digna dos nossos tempos. Essa corrente é comandada pelo jurista Afonso Arinos, que tem a colaboração do conterrâneo de V, Ex', Célio Borja. Existe estacorrente que cntende que se pode, através do próprio legislador ordinário, fazer uma ampla reformada Constituição, para que ela possa atender aos anseios destaNação, principalmente na hora que vivemos, porque, emnossa opinião, ela se transformou numa colcha de retalhos que está denegrindo a própria mentalidade jurídicado País. Uma outra corrente, da qual faz parte V. Ex', sebate pela convocação de uma Assembléia NacionalConstituinte. Acredito que seria o ideal, o melhor. Mascolocaria para V. X' a minha grande preocupação: ela sóocorreria no próximo pleito, e para se fazer uma novaConsituição levaríamos mais um ano. Então, teríamosalguns anos para dotar o País de um diploma legal à aitUfa da nossa tradição, da nossa História e, acima de tudo, para nos colocar ao lado das grandes potências civilizadas do mundo. Por isso, trago à reflexão de V. Ex' apossibilidade de se reformar de imediato a Constituição,dentro dos principias ditados por Afonso Arinos, CélioBorja e outros excepcionais constitucionalistas. Quantoà convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte,é defendida tambêm por grandes constitucionalistas,como Aliomar Baleeiro, qne entendia que não se podedotar o País de uma nova Constituição sem que seouçam os segmentos da sociedade brasileira, porque aíestaria a base, a mola mestra capaz de dotar o País deuma nova Constituição.
o SR. WALTER CASANOVA - Faço U111 apelo aonobre colega para que conclua o seu aparte, porque aMesa está-me advertindo com relação ao tempo.
o Sr. Mário Assad - Gostaria de levar ao conhecimento de V. Ex' que existe llm comissão permanente realizando um estudo de reforma constitucional""::' é a Co-
Agosto de 1984
missão de Constituição e Justiça, da qual faço parte.Agradeço a V. X' e peço que me perdoe pelo excesso detempo que lhe tomei. Mas o problema é tão sedutor, tãoprofundo, e diz tanto à Nação brasileira que não resisti àtentação de apartcar V. Ex'.
o SR. WA:LTER CASANOVA - Agradeço ao nobrecolega seu grandc aparte. Esclareço que, no momentoem que a classe política assume o comando da Naçãoe teremos as eleições diretas a 15 de janeiro bem maisaproximadas da democracia ou dos moldes democráticos que almejamos -, creio que ela saberá escolher omelhor caminho para resolver nossos problemas em relação à Constituição. Saberá a classe política, por sua sagacidade, escolher o melhor caminho - a AssembléiaConstituinte ou outro meio - mas sabemos que a Constituição será brevemente mudada, substituída por umaque realmente atenda às necessidades nacionais. Distonão temos dúvida, e é o que esperamos.
Concluo, Sr. Presidente.Contamos com nossas gloriosas Forças Armadas, que,
no desempenho exclusivo de sua nobre missão, hão de,cm quaisquer circunstáncias, garantir a soberania e a integridade nacionais, precavendo a paz social interna eresguardando assim todas as atividades sociais, culturaise produtivas deste povo, que por certo farão emergir doabismo em que se encontra para a retomada do desenvolvimento que resgatará também a grande dívida socialdo Estado brasileiro para com seu grande POgo;).• Vivemos as dificuldades da séria crise inter~acionalque sufoca os povos subdesenvolvidos.
Necessitamos, entretanto, de enfrentar o desafio comdisposição e determinação para a vitória.
É importante que o novo Governo seja sábio e componha seu Ministério com homcns comprovadamente capazes, homens experientes, homens comprometidos exclusivamente com a Nação brasileira, homens que conheçam profundamente os problemas nacionais e tenham soluções adequadas à nossa realidade, homens acima de tudo honestos e que saibam formar assessorias eficientes, porque os recursos humanos mal aproveitadossão as maiores fontes geradoras de todas as outras crises.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, o índice de corrupçãoé tão gritante que se tem observado que, dentro de determinadas repartições, os próprios funcionários perderama confiança entre si e ninguém confia em ninguém.
Em determinados grandes centros urbanos, a lei é omenos importante: furta-se, rouba-se, joga-se,contrabandeia-se, trafica-se, agiota-se, comercia-se irregularmente, e mata-se, até, como se tudo isto fosse normal e natural.
A Nação brasileira, nesta hora dificil por que passa,exige de seus filhos todo o empenho e crê em sua capacidade para restaurá-la c fazê-Ia grande não por exibicionismo, mas por absoluta necessidade de seu povo.
A hora é de união geral da família brasileira. Uniãodos espíritos, união das intelígências, soma de todas asforças capazes de soerguer a Pátria.
É necessário que usemos toda a experiência já adquirida, sem gastar um só segundo em lamentações sobre opassado, mas tomando fecundos os sessentll segundos decada minuto, na busca de soluções para os grandesproblemas que nos desafiam e rumarmos decisivamentepara a nossa total emancipação.
Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.
o SR. ALUIZIO BEZERRA (PMDB - AC. Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs., Deputados, nosdias de hoje fala-se muito na sucessão presidençial. Nãopoderia ser diferente, dado que o processo atual é conseqüência do regime que se instalou há 20 anos, regimepró-imperialista e subserviente a todas as determinaçõesdas multinacionais e do imperialismo norte-americano,em detrimento dos interesses sagrados do povo brasileiro. É claro que interesses poderosos não estão apenascirculando nos limites geográficos do solo brasileiro. Os
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçãol)
poderosos interesses das multinacionais, não perderão aoportunidade de proceder em nosso PaIs como fizeramno Chile, quando empresas como ITT e outras tantas investiram no banho de sangue que derrubou o regime democrático de Salvador AlIende.
É nccessário quc estcjamos conscientes de que o Brasil, país que conta com uma população de 120 milhões dehabitantes e um território de 8.500.000 quilômetros quadrados, tem um peso importante no contexto da correlação de força global. Para os interesses das multinacionais e para o imperialismo, qualquer mudança que se dêna orientação política nacional representa muita coisa.Portanto, Sr. Presidente, não podemos deixar de terconsciência de que, em face de uma possível mudançano regime, sobretudo quando antevemos a possibilidadede avançarmos na dircção de um processo de democratização, os interesses contrários se organizaram e que jãtemos inimigos internos da expressão de candidatoscomo o Salim Maluf, que representa os interesses maisreacionários das multinacionais e do imperialismo.
Diante desse risco e desse perigo, os parlamentares c:lantos quanto possuam uma parcela de responsabilidadedeverão refletir, tendo em vista o processo que se aproxima. Não podemos apreciar o quadro de transição noBrasil sem examinarmos os aspectos internos, os aspectos· latino-americanos e até os aspectos mundiais. Dessaperspectiva e desse enfoque, temos a maior responsabilidade na posição que vamos tomar logo mais.
Sabe a Nação e este Parlamento que a luta no sentidode viabilizar as eleições diretas foi travada pelo Partidodo Movimento Democrático Brasileíro, sob a coordenação do seu Presidente Ulysses Guimarães, com toda a.sua direção, com todos os seus parlamentares federais,estaduais, Vereadores e correligionários. E esta luta setransformou numa luta nacional do PDT, do PT e de outros partidos, formando uma frente nacional pelaseleições diretas. Entretanto, Sr. Presidente, dispondo oregime de mecanismo parlamentares, de uma maioriafictícia neste Parlamento, ainda conseguiu impedir quefosse votada e aprovada a cmenda que restabelecia aseleições diretas. E, por último, quando a opinião públicanacional assegurava de maneira sobeja o apoio àseleições díretas, quando os setores honestos do PDS sehaviam somado à Oposição, criando uma nova situação,o Governo, submetendo-se' às tcses de subserviência equerendo da!, continuidade ao regime condenado pelopovo, retirou, para vergonha de toda a Nação, a emendaque, votada, seria aprovada neste Parlamento, restabelecendo as eleições diretas. Mas hoje, Sr. Presidente, estamos diante do fato do Colêgio Eleitoral, instrumentocriado exclusivamente para viabilizar a continuidade doregime pró-imperialista e subserviente que tantos danostem causado ao povo brasileiro. Esse Colégio Eleitoralfoi fabricado no momento em que o Governo dispunhade recursos os mais arbitrários possíveis. E a questão quese coloca hoje é se o PMDB e aqueles que constituem,como eu, dentro do partido, o grupo. "Só Diretas" participarã!) ou não desse Colégío Eleitoral.
Sr. Presidente, está criada, pois, uma questão para a .. reflexão dos Parlamentares. Ora, a luta pelas eleições diretas nós a continuaremos - e firmamos compromísso aesse respeito - até que chegue O final desta Legislatura.A nossa luta pelas cleições diretas continuará até a suavíabilização. Entretanto, Sr. Presidente, é necessário observar que, examinando bem a questão, temos que nosposicionar muito bem diante desse quadro, com o objetivo firme de garantir o avanço constantc da luta pela democratização e pelas transformações econômicas e sociais que jamais se converterão em realidade pelo candidato do continuísmo, o Sr. Paulo Salim Maluf.
Tem o aparte o nobre Deputado Virgildásio de Senna,Líder do nosso partido.
o Sr. Virgildá.io· de Senna - Nobre Deputado Aluízio Bezerra, V. Ex' merece, nesta Casa, de todos nós o
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maior respeito pela luta que realiza - luta dura, difídl- no Estado do Acre. A palavra de V. Ex', além dosatributos pessoais de inteligência, de honradez, de cultura de que é ornado, ga(lha mais esta dimensão - dimensão do companheiro que tem sustentado uma luta dura edifícil. Permito-me roubar alguns minutos do scu pronunciamento para dizer que a posição de V. Ex' é a damaioria de nosso partido, é a daqueles que permanecemna luta pelas eleições diretas até a undécima hora, daqueles que compreendem - e já o disse hoje, na qualidadede Vice-Líder do nosso partido - que sustentar a bandeira das eleições diretas, é a forma de dar legitimidade àPresidência da República e qualquer cargo executivo,seja a que nível for. Não estamos dispostos a cair' infantilmente em armadilhas. Todavia, se na undécima hora areformulação de tudo isto·que aí está, enfim, se a implantação da democracia no nosso País exigir caminhos quenão são aqueles que escolhemos, nós iremos percorrêlos, porquc necessário para a libertação do nosso Paísdeste quadro de miséria, de abandono, de desgoverno, deincapacidade, de impropriedade, de corrupção - tudoisso que representa este Governo, este sistema contra oqual estamos lutando há 20 anos. V. Ex', nas suas proposiçõcs, tem o nosso apoio e O nosso respeito. Compartilharmos dessas posições, manteremos alta a bandeira daseleições diretas, que é nossa e que queremos vcr tremularno Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada.
O SR. ALUIZIO BEZERRA - Agradeço a V. Ex' oaparte, que enriquece meu pronunciamento, e o incorporo ao meu discurso. V. Ex' contribui de maneira decisivana manifestação que faço, neste dia e neste momento importante da história de nosso País, do nosso posícionamenta com relação ao processo de sucessão do Presiden-te da República. .
O Sr. NilllOn GibllOn - Nobre Deputado Aluízio Bezerra, permite-me'a honra de um ligeiro apar.te?
O SR. ALUIZIO BEZERRA - Nobre Líder do PDS,Deputado Nilson Gibson, darei logo o aparte a V. Ex',com muito prazer. Desejo apenas concluir meu pensamento.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Colégio Eleitoralnão foi criado por nós. Queremos destruir o ColégioEleitoral. Por que a destruição do Colégio Eleitoral?Porque ele impede O povo brasileiro de eleger legitimamente o Presidente da República. Sr. Presidente, não sejustifica que o Governo Federal defenda a manutençãodo Colégio Eleitoral simplesmente para não submeter aocrivo do voto popular, com a participação de todos osbrasileiros, a questão da escolha do mais alto dirigenteda Nação. Isto é muito importante.
Agora, quando defendermos as eleições diretas, não ofazemos abstratamente. Defendemos eleições diretasporque elas propiciam ao povo a oportunidade da parti.cipação na luta pelas transformações econômicas e sociais com o objetivo de elevar suas condições de vida. ti'nesse sentído que apoiamos e defendemos firmemen~
eleições diretas, e continuamos a defender. Entretanto,se até à última hora não forem elas viabilizadas, seremosobrigados a tomar uma posição que, podemos anunciar,terá como objetivo garantir a luta pelo avanço constantedo processo de democratização .e das transformaçõescconómicas e sociais profundas exigidas pelo povo brasileiro.
Concedo o apartc ao nobre Deputado Nilson Gibson.
O Sr. Nilson Gib~n - Nobre Deputado Aluízio Bezerra, V. Ex' aborda e defende a continuidade da redemocratização do País. Dentro dessa colocação, V. Ex'afirmou que era favorávcl às elcições diretas e que, embora contrário à participação no Colégio Eleitoral, neletormaria parte, para que esse processo de redemocratização não seja paralisado, V. Ex' disse também que deveria haver uma nova mentalidade política, não mais decontinuísmo, e que o nosso companheiro Deputado Pau-
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lo Maluf representa a continuidade do Governo do Presidente Figueiredo. Inicialmente, quero ressaltar que V.Ex' cometeu lamentável equívoco, ao dizer que as Oposições não contribuíram para a criação do Colégio Eleitoral. Há um equívoco, nobre Depuiado. O CongressoNacional - as oposições inclusive - apreciou a Emenda Constitucional n9 22, datada de 29 dejunho de 1982; amatéria foi discutida, votada e promulgada por todos osmembros desta Casa. Outras emendas, que cu poderialembrar a V. Ex' - a da anistia, a da adoção do pluri.partidarismo, a do aumento semestral para o trabalhador, a do usucapião especial, enfim, uma gama de outrasemendas - as oposições também discutiram, votaram epromulgaram. Veja V. Ex' que, infelizmente, houve umequívoco. A manutenção do Colégio Eleitoral, co~o mereferi, teve a participação das oposições. Com relação ircontinuidade do Governo do Presidente Figueiredo através do nosso companheiro, futuro Presidente da República, Paulo Salim Maluf, eu concordo que haja também um seguimento no planejamento governamental;todavia, com novas modificações, com outras posiçõesno que tange às de linhas de ação, tanto no campo econômico como no psicossocial, quer na área política, querna militar. Têm que haver determinadas modificaçõesem tudo isto, .porque o Deputado Paulo Maluf é empresário e, nesta condição tem uma visão diferente de outrosque ocuparam o cargo de Presidente da República. Agora queremos, para concluir o nosso aparte, mostrar quehá um contra-senso quando V. Ex' diz que não quer acontinuidade do Governo do Presidente Figueiredo.Não é verdade. V. Ex' está dizendo isto apenas aqui, externando uma coisa que não é racional, porque o Seupartido quer realmente a continuidade do Governo doPresidente Figueiredo. O Deputado Paulo Maluf não. S.Ex' quer realmente dar prosseguimento, em alguns pontos, a planejamento governamental do Presidente Figueiredo, mas com certas modificações, dentro da visão dele,da ótica dcle, Paulo Maluf. V. Ex', sim, quer li continuidade do atual Governo. Um exemplo: o nosso exPresidente do PDS, José Sarney, é o seu candidato aVice-Presidente V. Ex' está bem lembrado de que o candidato à Presidência da República pelo seu Partido, o exGovernador de Minas Gerais - segundo informaçõesoriundas desse Estado - hoje não tem 74, mas 77 anos,de acordo com o batistério divulgado na campanha peloex-Ministro Eliseu Rezende. Quer dizer, por causa daidade, dentro do processo biológico, ê bem possível quevá, S. Ex' em poucos meses ou em alguns anos, entregara Presidência a José Sarney. Com isso não quero desejarde maneira alguma, o passamento do ex-Governador deMinas Gerais, nem quero dizer que ocorrerá o mesmoproblema que houve em relação a um Papa, quando sealegou que foi envenenado. Em hipótese alguma. Masoutro exemplo que quero dar é quanto a um Senador domeu Estado, Sr. Marco Maciel. V. Ex' sabe, pois o conhece de perto, o Senador Marco Maciel foi Presidentedesta Casa. Ele nasceu em abril de 1964. Vou repetir: oSenador Marco Maciel nasceu politicamente em abril de1964. Com a idade de vinte anos ele assumiu uma Secretaria de Estado, em decorrê~cia da deposição do exGovernador Miguel Arraes, quando o Sr. Paulo Guerraassumiu o Governo de Pernambuco. A pãrtir daí, donascimento político, O Sr. Marco Maciel foi DeputadoEstadual, indicado por Nilo Coelho; foi Deputado Federal, indicado por Etelvino Lins, porque ele não tinha evidentemente nenhuma herança política de votos. Foi Presidente desta Casa, como V. Ex' sabe, indicado pelo exPresidente Ernestro Geisel, que praticamente exigiu também que se votasse no Senador Marco Maciel para Presidente da Cámara dos Deputados. Depois, cle foi nomeado Governador de Pernambuco. Hoje V. Ex's estão debraços dados com aqueles homens que nasceram da Revolução e nela se criaram politicamente. Não quero falarsobre o Senador Guilherme Palmeira, ou sabre o VicePresidente Aureliano Chaves, que, todos nós ":Ibemos,foi Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador
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nomeado pela Revolução, Vice-Presidente nomeado pelaRevolução. Hoje esses homens traíram a Revolução e estão com V. Ex' Diz V. Ex', de maneira bastante imponente;. "Nós queremos a redemocratização; não queremos a continuidade do Governo Figueiredo". não entendo.
O Sr. Aluízio Bezerra - Entendi perfeitamente a argumentação inteligente de V. Ex' Sua inteligência merecesempre meu respeito e minha consideração. Entretanto,não importa que esses setores tenham traído a Revolução de que V. Ex' fala, que para nós foi um golpe de estado.
O Sr. Nilson Gibson - V. Ex' diz que estamos numperíodo de transição.
o SR. ALUIZIO BEZERRA - V. Ex' reconhece, nofinal que eles trairam a Revolução para se unir ao povona luta popular travada pelos partidos de oposição. Voudar'um exemplo muito conhecido, ou seja, a Revoluçãode Portugal, de 25 de abril, quando aqueles militares quesustentaram uma das ditaduras mais antigas de sua história, deixaram o papel de repressores para unir-se aopovo na luta de libertação. Estamos assistindo a maisuma passagem da história em que setores desiludidos doPDS, homenshonestos, se unem à Oposição na luta pelaredemocraticação de nosso País. Essa luta não é para darcontinuidade ao regime do Presidente Figueiredo, mas,sim, ao programa do Partido do Movimento Democrático Brasileiro, juntamente com os demais partidos deoposição e Fren!e Liberal, que, sensível à oponião pública nacional, merece todo o nosso respeito. E temos umamissão histórica: libertar o País do regime próimperialista, regime conservador e defensor dos interesses das multinacionais. E esta é a posição do ilustre Senador José Sarney, do Senador Marco Maciel e tantos outros. Inclusive V. Ex', se quiser participar da luta de libertação do povo, será bem-vindo. Temos um programapara libertar o País, que está submetido às multinacionais. Não apreciamos o nome da pessoa, mas a sua posição política em função do momento histórico, e estehoje, é o momento da luta pela libertação, pela transformação econômico-social. da luta para revogar o regimedo Colégio Eleitoral e para defender as eleições diretas.para que o povo brasileiro possa participar e deeidirsobre as transformações, através de um Presidente legitimamente eleito, que convoque uma Assemhléia Nacional Constituinte, que reconquiste a dignidade Jlacionaldiante dos bancos internacionais. O regime que aí estánão vai fazer isso, mas sim, a Oposição: O PMDB. juntamente com os partidos de oposição e a Frente Liberal.Fa-Ia-emos porque o nosso sonho é realizar vontade determinada do povo brasileiro.
Onça o nobre Deputado França Teixeira.
O Sr. França Teixeira - Nobre Deputado Aluízio Bezerra, quero cumprimentá-lo pelo seu pronunciamento e,neste instante, acoplar a ele um apelo ao Sr. Presidenteda República, que, se pecados tem, pode ser absolvido,neste momento, pelo povo, se tomar a medida que a História reclama, que é justamente a realização das eleiçõesdiretas, livres e soberanas imediatamente, neste País. Diria a V. Ex', complementando o seu pronunciamento,que até o Uruguai, país-irmão, que tem sofrido anos deescuridão democrática e de cerceamento das liberdades,já vai realizar as suas eleições diretas no mês de novembro. E verifica-se um gesto magnífico de um dos prováveis e possíveis vencedores, o ex-Deputado WilsonAdunate, que se auto-impediu de concorrer nesse pleito,v"ra que a tran5ição para a liberdade e para a democracia na'luek país seja mais fácil e tranqilila. Aproveito opronunciamento de V. Ex' para fdl~r este apelo ao Presidente João Figueiredo, pata que S. Ex' entre para a História não pela janela mas pelo umbral da porta principal,criando condições de r~'gatar o País desse instante deangústia e de amargura que ele está vivendo, com a pro-
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moção imediata das eleições diretas. livres c soberanas.Temos que lembrar. também que o povo pode ser analfabeto, mas não lo burro. Inteligência não é sinônimo decultura. Conheço muitas figuras, neste País, profundamente culto, porém burras. Conheço outras pessoasanalfabetas e sumamente inteligentes. Então, é necessário alertar os membros da Frente Liberal, assim comoos partidos de Oposição, para o extraordinário cuidadoque devemos ter com a chamada credibilidade popular.Em determinados Estados, pactos estão sendo formadosa nível suprapartidário, que não convencem os eleitores,porque as seqilelas, as cicatrizes 'que ficaram das eleiçõesde 1982 foram muito profundas. Por exemplo, no meuEstado, a Bahia, não posso entender que participem domesmo projeto, do mesmo programa, os Srs. RobertoSantos e Antônio Carlos Magalhães. Vivi de perto o drama nas eleições de 1982, nas trincheiras empoeiradas nointerior do Estado, nos labirintos c nas vielas da minhavetusta Capital, Salvador.De modo que, nós, políticos,precisamos fazer um pedido ao Presidente João Figueiredo, para que entre definitavamente para a História, promovendo as eleições diretas. Nós, políticos. precisamoster cuidado com uma coisa, que é muito importante: achamada credibilidade popular. Louvo V. Ex' pelo seubrilhante pronunciamento.
O SR. ALUIZIO BEZERRA - Agradeço a V. Ex' oaparte, que ilustra e enriquece o meu pronunciamento.
Sr. Presidente, Srs. Deputados, é claro que o Líder doPDS está confuso, como confuso está toda a Liderançado Governo diante das deserções de membros tão importantes do seu partido. Como poderia explicar à opiniãopública nacional como se formou a Frente Liberal.apoiando um programa que prega as eleições diretas?Como justificar, perante a opinião pública nacional, aexistência desse instrumento político-partidário? EmSantos. numa votação esmagadora, o candidato doPMDB, venceu, deixando apenas 3% dos votos para opartido oficial. Aí estão os reflexos da defesa de umacampanha antipopular. Ante a possibilidade de dar continuidade ao ~egime subserviente e pró-imperialista. devemos dar seqilência à eleição de um Presidente pela viade um Colégio Eleitoral, partindo do pressuposto de quepoderia ser vitorioso a candidatura continuísta? Ora,neste instante, ela está frutrada, porque setores honestosdo partido do Governo, sensibilizados pelos seus eleitores, deixam aqucla posição partidária e se unem,voltando-se para o clamor nacional. Há uma frentepolítico-democrática em busca da reconquista da grandecampanba à luta pelas eleições diretas. É um dos pontosque defendemos junto ao candidato Tancredo Neves, nosentido de que sejam restabelecidas no mais curto espaçode tempo.
Para concluir, Sr. Presidente, as transformações econômicas e sociais exigem, Sr. Presidente, essa posiçãodiante do Colégio Eleitoral. Se não for possível chegarmos às eleições diretas, poderemos até passar pelo Colégio Eleitoral, apoiando Tancredo Neves para inviabilizaro candidato continuísta, pró-imperialista, subservientc·emantenedor da política atual do País. Iremos utilizar ofeitiço contra o feiticeiro, não porque Tancredo Neves sesinta candidato do Colégio Eleitoral - e passe adefendê-lo - mas para que possa restabelecer eleiçõesdiretas no mais curto espaço de tempo, para que possaconvocar uma Assembléia Nacional Constituinte e aNação possa se livrar da legislação repressiva e antipopular ainda existente.
Sr. Presidente, é necessário que se defina de uma vezpor todas uma política com relação ao Fundo MonetârioInternacional, através de declaração de r"ciratória unila,eral da dívida c>.terna uLl uma outra medida dirigida areconquistar a dignidade do povo brasileiro Giante dosb:mqt;ciros internacionais, evitando qu~ CllT.l Ana MariaJ uI. delegada dos banqueircc internacionais. "cnha devossar os órgãos da Secretrria de Planejamento
elocal,
onde os Parlamentares não têm acesso, já que respostas
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não são dadas pelo Sr. Delfim Netto aos requerimentosde informação. Entretanto, esses dados são fornecidosaos delegados do Fundo Monetário Internacional.
Sr. Presidente, é preciso que se resolva, de uma vez portodas, o problema da reforma agrária, para que trabalhadores não continuem morrendo, como está acontecendo no Pará. Não se justifica que na rcgião amazônica,dois terços do território brasileiro, não haja terras paraos trabalhadores, se às multi nacionais são concedidos500 mil, ou um milhão de hectares. Até há pouco tempoa Jari Florestal possuía ou reivindicava ali 3 milhões dehectares. No meu Estado, hoje, a Bordon, num confronto direto com trabalhadores, em plena selva amazônica,está querendo afastar mais de cem deles de suas terras. Eo confronto está armado, contra um Governador doPMDB - O que denuncio aqui, nesta oportunidade porque o Governo federal pode tentar justificar uma intervenção. Os trabalhadores, rcagindo c defendendo legitimamente o direito de manter-se nas terras que ocupama tantos anos, enfrentando mais de 40 jagunços da Bordan , numa deciF:ào de sobrevivência, queimaram osacampamentos daquela empresa, depois que ela determinou um desmatamento que implica a derrubada de castanheiras e seringueiras, o que impede a exploração doextrativismo.
Aqui fica, pois, Sr. Presidente, nesta ocasião em qúe sediscutem essas grandes questões nacionais o problemada reforma agrária. Para concluir, diria que esses pontosbásicos que devem ser, juntamente com esse programamínimo dessa Frente amplamente discutida em toda aNação. Se não pudermos eleger diretamente o Presidenteda República, que o povo brasileiro possa eleger o programa que necessita para sair da miséria em que se encontra. Esse é o compromisso que exigimos do nossocandidato, que discuta esse programa de transformações
.eeonômieas e sociais amplamente, em toda a Nação,para que esse programa tenha amplo respaldo. Sabemosque os interesses são poderosos. Não é possível que,diante de uma transição que nos favoreça, eomeçe a haver a preparação da dificultação de um governo. Pararesponder a isso, é necessário que o programa tenha amplo respaldo popular para esmagar qualquer pretensãoisolaeionista, divisionista, entreguista e antidemocrática.
Sr. Presidente, quero dizer que não podemos deixar deolhar para a situação latino-americana. Devemos ter umprograma voltado para os países em vias de desenvolvimento e travar boas relações com os países do Bloco Socialista. Tenhamos uma política própria para a AméricaLatina, de integração econômica; tenhamos uma posiçãofirme com relação aos Estados Unidos, para se evitar,como fizeram, uma invasão em Granada, dando um banho de sangue na sua população. O mesmo se preparaem Honduras. O bloco de países latino-americanos deveprocurar uma saída política para o problema da Nicarágua. Queremos render nossas homenagens ao Ministroda Agricultura da Nicarágua, que visita hoje o Brasil eprocura, junto ao Ministério das Relações Exteriores,junto aos órgãos técnicos deste País apoio para o desenvolvimento da sua agricultura, agricultura do desenvolvimento, para responder aos problemas daquele País.
Sr. Pr,esidente, fazemos um apelo a todos os setoresnacionalistas das Forças Armadas, aos mais diferentessetores da população, aos trabalhadores, aos estudantes,aos técnicos, aos cientistas, à comunidade da oponiãopública nacional, aos pequenos c médios empresários, àIgreja popular, preocupada com problemas de mudança,para apoiarem na luta e na discussão um programa detransformações econômicas e sociais na luta pela redemocratização que possibilite sair da miséria em que seencontra larga maioria do povo brasileiro, depois de vinte anos de regime pró-imperialista, impopular e subserviente, que pretende agora ter continuidade com PauloMaluf. A resposta será apoiar Tancredo para impedir a
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continuidade do 'caos que vem há vinte anos se alastrando e criando problemas para o povo brasileiro. (Palmas.)
o SR. DJALMA BOM (PT - SP. Pronuncia o seguinte discu~so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, umaolhada na história política brasileira mostra que, nosmomentos mais agudos e críticos - portanto os que possibilitariam mudanças na estrutura política - os setoresdominantes souberam encontrar alianças conciliadoras,sempre "por cima", cntre os grupos que participavam doPoder, excluindo quaisquer possibilidades de atuaçãodos trabalhadores.
Assim foi em 1946, quando até mesmo o partido comunista brasileiro foi reconhecido e legalizado - elaroque por curto tempo, apenas o suficiente para a acomodação e tomada de fôlego das elites da época.
Assim foi em 1964, quando, em nível contincntal, sedefendeu a doutrina na segurança nacional, inspiradapelo capitalismo internacional e mantida pela CIA e pelogoverno dos Estados Unidos,
Naquela época, o País atravessava um período de valorização de sua cultura, e de tomada de cooseiência.Isso foi cortado de forma radical e bruta, mistificando-sca opinião pública com o eterno fantasma da comunização, da preparação de uma república sindicalista e emnome do saneamcnto da corrupção da inflação e da divida externa.
Pela segurança nacional deu-se o golpe de estado, oque não se divulgava, pelo contrário, era segredo reservado aos iniciados, era o projeto político tramado entreo capital nacional e o internacional c que, para se concretizar, precisava do respaldo de uma forte estrutura depoder local. Esse, o papel que começariam a desempenhar as Forças Armadas no Brasil (e no resto da América Latina): assegurar a transformação do País e dotá-lode infracestrutura necessária à aplicação garantida e alongo prazo do capital internacional.
As transformações que se deram não se deram semviolência. As vozes denunciando o que acontecia forammetodicamente caladas. Políticos cassados. Exlideranças estudantis, sindicais, religiosas, artísticas, intelectuais, foram coagidas. Brasileiros presos, torturados, exilados, perseguidos e mortos.
Era parte importante do plano - e lhe assegurava oflorescimento - a garantia de uma farta e disponívelmão-de-obra barata, conseguida através do sistemáticoarrocho salarial. Em conseqüência, o movimento sindical foi esmagado. Implementou-se a criação do fundo degarantia por tempo de serviço - FGTS - para justificara eliminação, de forma autoritária, da estabilidade nocmprego; instituiu-se a Lei de Greve par impedir a resistência dos trabalhadores.
A lei do País transformou-se na lei da selva. A lei domais forte. Mudava, atendendo aos interesses de autoconservação do grupo no poder. A Constituição foi retalhada e as emendas e atos institucionais se tornaram lugares comuns. Convivemos com a censura, às denúncias,c com a figura do informante infiltrado.
A reforma de ensino, ·de inspiração estrangeira acordo MEC - USAID é parte, também deliberada desse projeto imposto pelos golpistas de 64. Trocam-se asdiretrizes. Orienta-se ensino para suprir o mercado detrabalho. Professores e profissionais das áreas sociaiseram subprodutos das Universidades, mal pagos, exercendo funções de menor importância.
É a época dos técnicos, dos engenheiros, dos economistas, dos administradores de empresas. O País, nocrescimento proposto dentro da ordem e do progresso,precisava deles. O esforço desses trabalhadores, no entanto, não reverteu para o bem-estar e a volorização internas, já que o crescimento reforçou a dependência externa, da qual, hoje, a dívida nacional e as atuais relaçõescom o FMI são conseqüências. ' .
A década de 70 e a década do famoso bolo que hoje sabemos quem comeu - pendurando no armazém estran·
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geiro a conta da compra dos ingredientes e aceitando osjuros impostos pelo dono do boteco.
Então, o uso intensivo dos defensivos agrícolas, necessários, pelo desequilíbrio ecológico, fruto das monoculturas, dos reflorestamentos, do cansaço da terra e dapobreza das técnicas de plantio utilizadas, enveoenaram,os produtos da alimentação de nosso povo.
A modernização da agricultura e o latifúndio, expulsando da terra o pequeno proprietário1 acirraram o cres~
cimento das cidades; e, nessas, os cinturões de miséria, ecom isso a violência.
Os bancos, as indústrias nascentes, o comércio, a prestação de serviços, a terra, foram desnae·onalizados.
Com o fim das ilusões do milagre econômico, e enfrentando a "surprêsa" da crise do petróleo, atravessamos adécada, já com promessas leotas, graduais' e seguras dedemocratização, e entramos nOS anos 80 com o Governodo General João Figueiredo pressionado pelo crescimento dos movimcntos operário e popular promentendo aabcrtura política. As juras de ascensão social feitas peloregime às camadas médias da população foram apenasum engodo.
O desequilíbrio no sistema financeiro internacional, oapetite insaciável do capitalismo e a ausência de um projeto econêmico enraizado nos verdadeiros interesses nacionais levam o Pais a defrontar-se com a rcalidadc: estava falido, endividado. O Go\'erno consegue ocultar, atéas eleições de 82, o verdadeiro estado da situação financeira.
Os abusos do poder económico e do poder público sãodecisivos para os resultados elcitorais. A manutcnção doregime justifica o emprego de todos os meios, desde campanhas sórdidas contra os candidatos do PMDB, quechegam até aos ataques pessoais, de que são exemplosSão Paulo e Pernambuco, até ao uso de meios mais sofisticados, como a manipulação de dados pelo PROCONSULT, no Estado do Rio, tentando-se evitar a eleição deLeonel Brizola.
Mas já estava cumprrdo o periodo de assentamento doprojeto de internacionalização de nossa economia. Astransnacionais tinham aprendido que, mais do que as ditaduras violentas, governos "formalmente" democráticos e estáveis eram interessantes a seus propósitos.
O regime não descuidava de organizar-se para a transição. Os Senadores biônicos, as mudanças na composição do Colégio Eelitoral, a Lei dos dois terços, a proporcionalidade no Congresso de representação dos Estados, a manutenção do centralismo econômico foram algumas das medidas adotadas para a realização de seuprojeto.
É subestimar-se o Presidente Figueiredo julgá-lo, hoje,distante dos cordéis que determinam as decisões políticas. Seu passado, sua folha de longos e eficientes serviçosao regime, de chefia do Serviço Nacional de Informaçãocapacitam-no para a confiança do seu grupo.
Esse projeto de transição do regime, no entanto, foiatropelado pela campanha das diretas.
O povo nas ruas condicionava o tom dos pronunciamentos que se radiealizavam na promessa de 'diretas já,de repúdio ao Colégio Eleitoral, de um Brasil com opovo e para o povo. Abriam-se espaços para a organização e a discussão coletivas e para a colocação de propostas políticas novas. Cresce a figura do Presidente g,pPartido dos Trabalhadores, o Lula, avalizando a fala ®sGovernadores e evitando-lhes, lealmente, vaias.
Com as diretas, estivemos a poucos passos da conquista da verdadeira participação popular nos destinos nacionais, não pela votação da Emenda Dante de Oliveira,mas pela força do movimento popular, bonito e crescente. Por scmanas, verdadeiramente a Nação ameaçou oEstado. E a resposta do sistema, representado pelas suasdiferentes forças no Governo e na Oposição moderada,foi imediata: tirar o povo da rua, das praças; esvaziar oscomitês pró-diretas; definir o Congresso Nacional comoarenaprúpria para o encaminhamento da sucessão.
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o Sr. Virgildásio de Senna - É que V. Ex' colocouaqui e agora a questão.
O Sr. Virgildásio de Senna - Eu respondo...
O SR. DJALMA BOM - Nobre Deputado, gostariade prosseguir com o meu discurso, porque disponho deapenas 5 minutos. Gostaria que, depois do dia 15 de janeiro, a sua resposta e a sua justificativa fossem dadas atodo o povo brasileiro.
durante a campanha pelas eleições diretas, o nobre Deputado foi testemunha de que 96% da população brasileira desejava, como deseja, exercer o seu direito sagradode eleger o futuro Presidente da República. Acreditamosque existem muitas possibilidades de tornarmos realidade esses desejos do povo. Temos, para serem votadas, asduas .emendas - veja V. Ex' que são dois Deputados dopróprio PMDB - pelas eleições diretas. Existe tambéma possibilidade de negação, de nossa parte, da regulamentação do Colégio Eleitoral.
O SR•. D-lALMA BOM - Mas ficamos surpreendidos, nobre Deputado, porque o PMDB, no primeiro enftentamento - se é que existiu esse cnfrentamcnto - sedesloca do seu verdadeiro campo de atuação, que é apraça pública, que são as ruas, e vai jogar num campofortemente favorável aos nossos inimigos e adversários.O nobre Deputado não pode ignorar a grande capacidade de corrupção que tem o Deputado Pjlulo Malur. Quero dizer-lhe que o PMDB joga nas eleições indiretas peloColégio Eleitoral toda a sua responsabilidade. Não quero discutir se é válida ou não a participação do PMDBno Colégio Eleitoral. Mas, se o Sr. Paulo Maluf ganharas eleições cm 15 de janeiro, quero ver qual ajustificaçãoque o PMDB vai apresentar à grande massa. Esta é agrande questão.
Lutamos por essasO Sr. Virgildásio de Sennaemendas.
o SR.. DJALMA BOM - IMas isso fiea para depois.Ê uma indagação para o futuro. O Partido dos Trabalhadores insiste nas diretas, denuncia o paeto de elites que seestá consumando e que é expresso através das duas candidaturas, e reafirma que somente as eleições diretaspara a Presidência da República comprometerão os candidatos na transformação do País, ligando-()s às massaseleitorais.
A falta de consciência, ou a leviandade em se entenderisse!, será paga com o preço incomensurável pelo País,
Os ataques à nossa "posição radical" são a posturacostumeira e esperada da classe dominante, fruto do cen·tralismo cultural, que não lhe permite admitir outra visão do mundo que não a sua.
Mas, para quem não viveu o paraíso consumista domilagra brasileiro, para quem, com trabalho e privações,costurou uma história de classe, sedimentada após 64,para quem paga o alto preço imposto pelo capitalistmoselvagem para manter seus exércitos em terras estrangei.ras e suas indústrias bélicas, a realidade do País não é amesma das lideranças da Frente Liberal, nem da AliançaDemocrática.
Não vemos democracia em suas posições; vemos oportunismo. Depois de 20 anos de silêncio, abandonaram àprópria sorte o partido que lhes proporcionou incontáveis benesses. na perspectiva de continuarem participando do poder.
Mas vemos tentarem passar à classe trabalhadora umatestado de incapacidade política, ao falarem por nós epor nós decidirem os preços das casas, as condições daprevidência, o que será legal ou ilegal na vida sindical. Éclaro que não será através da ditadura nem dos entendimentos entre HLiberais" e "Democrátas" que. se dará areconquista das condições democráticas. Os coveiros dacampanha pró-diretas já temem a Democracia. Elanão éuma aspiração burguesa. É aspiração popular e tem seus
, O Sr. Virgildásio de Senna.~ Nobre Deputado Djalma Bom, estou ouvindo-o com todo o respeito e tenho opronunciamento de V. Ex' na mais alta conta. Evidentemente, a contestação é uma forma de fazer política, masnão é toda a política. Política é fornecer caminhos; é encontrar soluções; eapresentar propostas efetivas. Nós,do PMDB, estamos solidários com a luta dos trabalhadores brasileiros. Nós os defendemos, ao longo do período mais negro da ditadura neste País, c levantamos abandeira da liberdade e autonomia sindical, de melhoressalários para o trabalhador e de organização livre da sociedade brasileira. Mas há dois caminhos, nobre Deputado, para a realização disso, somente dois: o caminho'institucional e O caminho insurreicional. Nosso partido optou pela Iuta institucional, por derrotar no seu covil issoque aí está dilacerando o povo, c o derrotaremos utilizando o veneno como contraveneno. Temos, para isso,uma proposta, que não é a denúncia vazia, É a denúnciaatravés da luta em todos os caminhos e em todos os campos, onde for possível. Não vamos permitir que o povobrasileiro caia no alçapão armado pelos seus adver·sários, que a nossa luta pela eleição direta - a luta dopovo brasileiro por mudanças - seja impedida por artifícios, como o de nagá.la onde ela nos for oferecida.
N obre deputado, nós - e nisso está o grande equívoco - não somos a Oposição. O PT não é a Oposição, OPMDB não é a oposição: Oposição é o povo brasileiro,que quer mudanças, que exprime, através da sua representatividade, o que deseja que seja feito. Assisti, há cerCa de oito dias, a 1.230 sindicatos deste País, representando uma parcela altamente significativa dos trabalhadores, levar sua palavra de confiança ao GovernadorTancredo Neves, não por si, mas pela proposta de lutaem prol da libertação dos trabalhadores, da libertação denossa Pátria, da democratização deste País que ele encarnava naquele iO$tante. Desta tribuna, assisti ao nossotrabalhador, ex-Deputado cassado, Presidente do Sindicato dos Tr.\,balhadores de Refinação e Destilação de Petróleo da Bahia, recentemente eleito num pleito em queconcorreram candidatos do seu partido, em que foi altamente vitorioso, trazer a sua palavra de estímulo e de incentivo ao candidato Tancredo Neves pelo esforço queele empreende no sentido de democratizar este país. Respeito profundamente as posições dc V. Ex', mas queroaprender, na conjuntura em que estamos vivendo, nosespaços estreitos em que temos de realizar a luta, que caminho V. Ex' nos oferece, E convoco-o para, junto como PMDB e com todas as forças da Oposição, a partir dapróxima semana, a irmos pressionar o Sr. Dalla para quecoloque em votação as emendas que estão na Casa poreleições diretas. Não queremos outra coisa. A bandeiraque V. Ex' levantar por eleições. diretas é a mesma quesustentaremos. Nós a queremos como ninguém mais aquer. V, Ex' não a quer !)lais do que nós. Peço a V. Ex'que se junte a nós para empreendermos esta batalha pelas eleições diretas, mas que ela não se imobilize se asforças poderosas do bunker do Planalto quiserem que opovo brasileiro permaneça escravo por não conquistarmos as eleições diretas.
Cinco meses nos separam das eleições indiretas peloColégio Eleitoral. O partido 'dos trabalhadores acreditana continuidade da luta pelas diretas já, seja através demecanismos institucionais - pela não-votação do projeto de regulamentação do Colégio, que é tarefa específicado plenário do Congresso, seja pela apresentação, paravotação, da Emenda Theodoro Mendes -, ou entãopela negação de quorum na data de convocação para aseleições no Colégio Eleitoral.
Gostaria de ouvir o aparte do nobre ,colega.
O SR. DJALMA BOM - Nobre Deputado, não posso concordar, em parte, com algumas colocações feitaspor V. Ex' Acontece que não foram esgotadas todas aspossibilidades para que possamos atender a essas grandes aspirações do povo brasileiro. Nesses últimos meses,
Os parlamentares, os Governadores, os Ministros, asLideranças dos partidos políticos, os empresáriostornaram-se os únicos autores das articulações para ogrande parto. E a montanha pariu o esperado: as candidaturas indiretas do Sr. Maluf e do Sr. Tancredo Neves.Dois presidenciáveis. Dois projetos políticos em andamento, com o mesmo fim: o da conservação da essênciado sistema atual. A tragetória do Sr. Maluf, a aura decorrupção que o acompanha, a sistemática negociação,junto aos delegados do Colégio Eeleitoral nas tentativasde compra de voto, sua definição pela privatização dasempresas estatais, os nomes que lhe dão sustentaçãopolítica: Senador Roberto Campos, General Golbery doCouto e Silva, Ministro Abi-Achl, ex-Secretário HeitorAquino retiram, qualquer somra de credibiÍidade de su~spromessas de casa, trabalho e salário dignos.
Com sua ascensão, a malversação dos dinheiros públicos será feita com a mesma fria eficiência de seus temposde Governador do Estado de São Paulo c terá por objetivos sustentar os planos do grupo, o que já aconteceuCom a farsa da montagem da PAULIPETRO.
Por outro lado, não é à prudência nem à conciliação"voltada para os altos interesses da Nação" que se devea aliança do PP e dos dissidentes do PDS, via PMDB. Ê,sim, ao velho instinto da classe dominante brasileiraameaçada, pela força popular, em sua sobr~vivência.
O Governador Tancredo Ne\'es não está conciliandopressionado pela Frente Liberal ou pelo Regime, em suaproposta moderada de transição. O Governador Taneredo Neves é um moderado e buscou a aliança que refletesua disposição política; no terreno qne lhe é próprio: oda moderação.
Resistem alguns bravos 'Parlamentares do PMDB àaliança incompreensível, mas deve-se entender a essênciadas forças que negociam. Não foi o PMDB progressista,mas o ultra-moderado que venceu as eleições de 82 e queno momento cerra fileiras em torno da candidatura Tancredo Neves.
Os pronunciamentos dos dois presidenciáveis nos encerramentos das respectivas convenções nada nos acrescentam de novo. Ao contrário, mantêm-se dentro da melhor tradição política brasileira. de tudo prometerem.
Falaram os dois com um olho no padre e o outro namissa. Têm de ser confiáveis ao Regime e querem serconfiáveis à Nação.
Cada qual em seu estilo. Agressivo o Deputado PauloMaluf, tortuoso o Governador de Minas.
Os pronunciamentos são semelhantes em suas diferenças. Abordam todos os pontos que são questionadospela sociedade brasileira. E nenhum dos projetos passoupor prévia discussão da população interessada.
Para nós, trabalhadores brasileiros, fica a certeza: à direita um, no centro o outro, os dois discursos são discursos da classe dominante, que, em duas posições, maisuma vez se outorga o direito de decidir o destino damaior parte da massa trabalhadora, hoje com 10 milhõesde desempregados,
Aprendemos, n6s, os trabalhadores do País, a ouvir e,depois de ouvir, a conviver com as conseqilências da discurseira ouvida. Aprendemos a não acreditar em palavras, mas a julgar os atos de quem as pronuncia.
Entendemos que não nos cabe falar pelo empresário,pelos militares, pelo grande proprietário. Nossa faia sairia falsa c seria inútil.
Assim, não consentimos que esses representantes daclasse dominante falem ou decidam por nós, ou determinem soluções para os problemas sociais sem o nossoaval.
Aprendemos, convivendo com· o desemprego, a miséria, a desagregação familiar, o analfabetismo, a doençae a fome, que a solução para a mudança destas dituaçõesdepende de nossa capacidade de resistência e organização. '·Por cima" ~ naâa de permanente nos será acrescentado. É tarefa nossa a conquista da melhoria de nossas vidas e destinos.
Agosto de 1984
antecedentes em todos os movimentos de libertação queatravessam a História do País, como a Inconfidência Mineira e os Palmares.
A sociedade aprendeu a criar suas alternativas duranteesses anos de repressão. O movimento estudantil estavaamarrado: criaram-se os DCEs livres. O movimento sindical, preso ao Ministério do Trabalho e tutelado pelospelegos históricos. Nas últimas eleições do Sindicato dosMetalúrgicos de São Bernardo do Campo, com a vitóriada chapa de Jair Meneguelli, Lula, Vicentinho e JoséCândido - Todos metalúrgicos cassados - a categoriareconheceu, elegeu e confirmou-os como verdadeiras lideranças.
Quando o Partido dos Trabalhadores propõe seu programa e fala em reforma agrária sob o controle dos Trabalbadores e em mecanismos para viabiliza-Iá em autonomia dos sindicatos, em seguro desemprego, em novaConsolidação das Leis do Trabalho, no fim das leis degreve, da Segurança Nacional, da Imprensa, da Lei Falcão; quando o Partido dos Trqbalhadores é solidáriocom as minorias discriminadas por sexo e cor; quandopropõe a abertura democrática à todas as correntes depensamento; quando se posiciona contra a intervençãodas forças americanas e profissionais na Nicaragua c emEI Salvador, o Partido dos Trabalhadores o faz respaldopor cinco anos de presença e lutas.
Como Parlamentar do Partido dos Trabalhadores,quero deixar consignado nesta Casa que a transição quese prepara - c contra a qual lutaremos com todas asfOff;as, até o fim, e para a qual, no costumeiro erro deavaliação histórica, então contribuindo as esquerdas embutidas no' PMDB, não é transição. É, sob outra roupagem e maquilagem, o continuísmo do Sistema.
Assim como Sr. Deputado Paulo Maluf se desmenteatravés dos atos - agora mesmo, pudemos ler no jornal"Estado de S. Paulo" de que foi condenado pela Justiça,juntamente com seu chefe de campanha, pelo mau usodo dinheiro público enquanto Governador de São Paulo- a constelação de figurões que apoiam O projeto doGovernador de Minas Gerais nos dá a prova palpável dajusteza de nossa posição: Antônio Carlos Magalhães, José Sarney, Armando Falcão, Francelino Pereira, MeiraMatos. Que mudança se pode esperar e por que se confiar nesses personagens?
Se nos fixamos em nomes, é apenas para sermos didáticos, já que o que está em questão, mais do que nomes,são os métodos escolhidos.
Acusa-se o meu partido por nos recusarmos a ir aoColégio Eleitoral, e com isso facilitarmos a vitória docandidato Maluf. O que não é verdade. Não somos os únicos a deixar de comparecer ao Colégio, mas tambémoutros Deputados e Senadores, conscientes da gravidadeda conjuntura e conseqüentes com posições assumidascomo representantes de parcelas da população, tambémlá não comparecerão.
Não cumpriremos Oritual macabro, pelo qual se sacrifica c apunhala a nacionalidade. Não são os Parlamentares do Partido dos Trabalhadores que, ea prichosamente,escolhem não ir ao Colégio; é todo um contingente dapopulação que, em suas assembléias, encontros, discussões de base, assim decidiu. O Partido dos Trabalhadores não vai legitimar o resultado do Colégio Eleitoral. Aresponsabilidade disso não será nossa. Se isso, de umponto de vista, significa isolamento, é o isolamento a queas classes dirigentes nacionais estão destinando o seu povo.
De outro ponto de vista tem, o sentido de reafirmarnossa posição com a outra banda, aquela que nos interessa ver passar vitoriosa, com a qual nos identificamos ena qual continuaremos inseridos, trabalhando, ãté o instante de sua libertação. Aquilo em que cremos não demorará.
Era o que tinha a dizer.
o SR. PRESIDENTE (Carneiro Arnaud) - Nadamais havendo a tratar, vou levantar a sessão.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:
Acre
Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB;Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming PMDB; José Mello - PMDB; Nosser Almeida - PDS;Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS.
Amazonas
Arthur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto deCarli - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins deAlbuquerque - PDS; Josué de Souza - PDS; MárioFrota - PMDB; Randolfo Bittencourt - PMDB; Vivaldo Frota - PDS.
Rondônia
Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Francisco Sales - PDS; Leônidas Rachid - PDS; MúcioAthayde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Muniz - PMDB; Rita Furtado - pn<:
Pará
Ademir Andrade - PMDB; Antônio Amaral- PDS;Brabo de Carvalho - PMDB; Carlos Vinagre PMDB; Coutinho Jorge - PMDB; Dionísio Hage PMDB; Domingos Juvenil - PMDB; Gerson Peres PDS; Jorge Arbage - PDS; Lúcia Viveiros - PDS; Manoel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; RonaldoCampos - PMDB; Sebastião Curió - PDS; VicenteQueiroz - PMDB.
Maranhão
Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edison Lobão - PDS; Enoc Vieira - PDS; Epitáeio Cafeteira - PMDB; Eurico Ribeiro - PDS; Jayme Santana- PDS; João Rebelo - PDS; José Burnett - PDS; JoséRibamar Machado - PDS; Magno Bacelar - PDS;Nagib Haickel - PDS; Sarney Filho - PDS; Vieira daSilva - PDS; Victor Trovão - PDS; Wagner Lago PMDB.
Piauí
Celso Barros - PDS; Ciro Nogueira - PMDB; Heráclito Fortes - PMDB; Jonathas Nunes - PDS; JoséL~iz Maia - PDS; Ludgero Raulino - PDS; MiltonBrandão - PDS; Tapety Júnior - PDS; Wall FerrazPMDB.
Ceará
Aécio de Borba - PDS; Antônio Morais - PMDB;Chagas Vasconcelos - PMDB; Cláudio Philomeno PDS; Evandro Ayres de Moura - PDS; Flávio Marcílio- PDS; Furtado Leite - PDS; Gomes da Silva - PDS;Leorne Belém - PDS; Lúcio Alcântara - PDS; ManoelGonçalves - PDS; Manoel Viana - PMDB; MarceloLinhares - PDS; Mauro Sampaio - PDS; Moysés Pimentel - PMDB; Ossian Araripe - POS; Paes de Andrade - PMDB; Paulo Lustosa - PDS; Sérgio Philomeno - PDS.
Rio Grande do Norte
Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara PMDB; Antônio Florêncio - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jessé Freire- PDS; João FaustinoPDS; Vingt Rosado - PDS; Wanderley Mariz - PDS..
Paraíba
Adauto Pereira - PDS; Aluízio Campos - PMDB;Álvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Arnaud - PMDB; Edme Tavares - PDS; Er-
Sábado 18 8053
nani Satyro - PDS; João AgripInO - PMDB; José Maranhão - PMDB; Raymundo Asfora - PMDB; Tarcísio Buriti - PDS.
Pernambuco
Antônio Farias - PDS; Arnaldo Maciel - PMDB;Carlos Wilson - PMDB; Cristina Tavares - PMDB;Egídio Ferreira Lima - PMDB; Fernando Lyra PMDB; Geraldo Melo - PDS; Gonzaga VaseoncelosPDS; Inocêncio Oliveira - PDS; Jarbas Vasconcelos PMDB; João Carlos de Carli - PDS; José Carlos Vasconcelos - PMDB; José Jorge - PDS; José MendonçaBezerra - PDS; Josias Leite - PDS; Mansueto de Lavor - PMDB; Nilson Gibson - PDS; Oswaldo Coelho- PDS; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pedro Corrêa- PDS; Ricardo Fiuza - PDS; Roberto Freire -PMDB; Thales Ramalho - PDS.
Alagoas
Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséThomaz Nonô - PDS; Manoel Affonso - PMDB; Nelson Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.
Sergipe
Adroaldo Campos - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Francisco Rollemberg - PDS;Gilton Garcia - PDS; Hélio Dantas - PDS; JacksonBarreto - PMDB; José Carlos Teixeira - PMDB.
Bahia
Afrisio Vieira Lima - PDS; Angelo Magalhães PDS; Antônio Osório - PDS; Carlos Sant'Anna PMDB; Djalma Bessa - PDS; Domingos Leonelli PMDB; Elquisson Soares - PlvIDB; Eraldo Tinoco PDS; Etelvir Dantas - PDS; Felix Mendonça - PDS;Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães PDS; Fernando Santana - PMDB; França Teixeira PDS; Francisco Benjamim - PDS; Francisco Pinto PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Gorgõnio Neto- PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi - PDS; JoãoAlves - PDS; Jorge Medauar - PMDB; Jorge Vianna- PMDB; José Lourenço - PDS; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - PDS; Leur Lomanto - PDS; ManoelNovaes - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; Ney Ferrcira - PDS; Prisco Viana - PDS; Raymundo Urbano- PMDB' Raul Ferraz - PMDB; Rõmulo Galvão PDS; Ruy Bacelar - PDS; Virgildásio de Senna PMDB; Wilson Falcão - PDS.
Espírito Santo
Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca PDS; Max Mauro - PMDB; Myrthes Bevilacqua PMDB: Nelson Aguiar - PMDB; Nyder Barbosa PMDB; Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PDS;Theodorico Ferraço - PDS.
Rio de Janeiro
Abdias do Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo PDT; Alair Ferreira - PDS; 'Aloysio Teixeira PMDB; Alvaro Valle - PDS; Amaral Netto - PDS;Arildo Teles - PDT; Bocayuva Cunha - PDT; Brandão Monteiro - PpT; Carlos Peçanha'- PMDB; CelsoPeçanha - PTB; Clemir Ramos - PDT; Daso Coimbra- PMDB; Délio dos Santos - PDT; Denisar Arneiro
.- PMDB; Fernando Carvalho - PTB; Figueiredo Filho --:: PDS; ,=ranc~~§_tuclart - PTB; Gustavo Faria- PMDB; Hamilton Xavier - PDS; Jacques D'OrneÍlas - PDT; JG de Araújo Jorge - PDT; Jorge Cury- PTB; Jorge Leite - PMDB; José Colagrossi - PDT;José Eudes - PT; José Frejat - PDT; Lázaro Carvalho
,8054 Sábado 18
- PDS; Léo Simões - PDS; Leônidas Sampaio PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Márcio BragaPMDB; Márcio Macedo - PMDB; Mário Juruna PDT; Osmar Leitão - PDS; Roberto Jefferson - PTB:Ruben Medina - PDS; Saramago Pinheiro - PDS; Sebastião Ataíde - PDT; Sebastião Nery - PDT; SérgioLomba - PDT; Simão Sessim - PDS; Walter Casanova - PDT; Wilmar Palis - PDS.
Minas Gerais
Aécio Cunha - PDS; Aníbal Teixeira - PMDB; Antônio Dias - PDS; Bonifácio de Andrada - PDS; Carlos Mosconi - PMDB; Castejon Branco - PDS; Christóvam Chiaradia - PDS; Emílio Gallo - PDS; EmilioHaddad - PDS; Fued Dib - PMDB; Gerardo Itenault- PDS; Homero Santos - PDS; Humberto Souto PDS; Israel Pinheiro - PDS; Jairo Magalhães - PDS;João Herculino - PMDB; Jorge Carone- PMDB; Jorge Vargas - PMDB; José Carlos Fagundes - PDS; José Machado - PDS; José Maria Magalhães - PMDB;José Mendonça de Morais - PMDB; José Ulisses PMDB; Juarez Baptista - PMDB; Júnia Marise PMDB; Luís Dulci - PT; Luiz Baccarini - PMDB;Luiz Guedes - PMDB; Luiz Leal- PMDB: Luiz Sefair- PMDB; Magalhães Pinto - PDS; Manoel Costa Júnior - PMDB; Marcos Lima - PMDB; Mário Assad- PDS; Mário de Oliveira - PMDB; Maurício Campos- PDS; Melo Freire - PMDB; Milton Reis - PMDB;Navarro Vieira Filho - PDS; Nylton Velloso - PDS;Oscar Corrêa Júnior - PDS; Oswaldo Murta PMDB; Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS; Pimenta da Veiga - PMDB; Raul Belém - PMDB; Raul Ber-'nardo - PDS; Ronaldo Canedo - PDS; Rondon Pacheco - PDS; Rosemburgo Romano - PMDB; SérgioFerrara - PMDB; Vicente Guabiroba - PDS; WilsonVaz- PMDB.
São Paulo
Adail Vettorazzo - PDS; Airton Sandoval- PMDB;Airton Soares - PT; Alberto Goldman - PMDB; Alcides Franciseato - PDS; Armando Pinheiro - PDS;Aurélio Peres - PMDB; Bete "Mendes - PT; CardosoAlves - PMDB; Celso Amaral - PTB; Cunha Bueno- PDS; Darcy Passos - PMDB; Del Bosco AmaralPMDB; Djalma Bom - PT; Diogo Nomura - PDS;Doreto Campanari - PMDB; Eduardo Matarazzo Suplicy - PT; Estevam Galvão - PDS; Farabulini Júnior- PTB; Felipe Cheidde - PMDB; Ferreira Martins PDS; Flávio Bierrembach - PMDB; Francisco Amaral- PMDB; Francisco Dias - PMDB; Freitas Nobre PMDB; Gastone Righi - PTB; Gióia Júnior - PDS;Herbert Levy - PDS; Horácio Ortiz - PMDB; IrmaPassoni - PT; Israel Dias-Novaes - PMDB; João Bastos - PMDB; João Cunha - PMDB; João HerrmannNeto - PMDB; José Camargo - PDS; José Genoino- PT; Maluly Neto - PDS; Márcio Santilli - PMDB;Marcondes Pereira - PMDB; Mário Hato - PMDB;Mendes Botelho - PTB; Mendonça Falcão - PTB;Moacir Franco - PTB; Natal Gale - PDS; Nelson doCarmo - PTB; Octacílio de Almeida - PMDB; Pacheco Chaves - PMDB; Paulo Maluf - PDS; Paulo Zarzur - PMDB; Raimundo Leite - PMDB; Ralph Biasi- PMDB; Renato Cordeiro - PDS; Ricardo Ribeiro- PTB; Roberto Rollemberg - PMDB; Salles Leite -PDS; Salvador JulianeIli - PDS; Samir Achôa PMDB; Theodoro Mendes - PMDB; Tidei de Lima PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB.
Goiás
Aldo Arantes - PMDB; Brasília Caiado - PDS;Fernando Cunha - PMDB; Genésio de Barros PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva PMDB; Irapuan Costa Júnior - PMDB: Iturival Naseimento - PMDB; Jaime Câmara - PDS; João Divino
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
- PMDB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Bernardes- PMDB; Paulo Borges - PMDB; Siqueira Campos-PDS: Tobias Alves - PMDB; Wolney Siqueira - PDS.
Mato Grosso
Bento Porto - PDS; Cristina Cortes - PDS; Dantede Oliveira - PMDB; Gilson de Barros - PMDB; Jonas Pinheiro - PDS; Maçao Tadano - PDS; MárcioLacerda - PMDB; Milton Figueiredo - PMDB.
Mato Grosso do Sul
Albino Coimbra - PDS; Harry Amorim - PMDB;Levy Dias - PDS; Plínio Martins - PMDB; Ruben Figueiró - PMDB; Saulo Queiroz - PDS; Sérgio CruzPMDB; Ubaldo Barém - PDS.
Paraná
Alceni Guerra - PDS; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PDS; AryKffuri - PDS; Borges da Silveira - PMDB; Celso Sabóia - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PDS; HélioDuque - PMDB; Irineu Brzesinski - PMDB; haloConti - PDS; José Carlos Martinez - PDS; José Tavares - PMDB; Luiz Antônio Fayet - PDS; Mattos Leão- PMDB; Norton Macedo - PDS; Oscar Alves PDS; Oswaldo Trevisan - PMDB; Otávio Cesário PDS; Paulo Marques - PMDB; Reinhold StephanesPDS; Renato Bernardi - PMDB; Renato Loures Bueno- PMDB; Renato Johnsson - PDS; Santinho Furtado- PMDB; Santos Filho - PDS; Sebastião RodriguesJúnior - PMDB; Valmor Giavarina - PMDB; WalberGuimarães - PMDB.
Santa Catarina
Adhcmar Ghisi - PDS; Artenir Werner - PDS; Casildo Maldaner - PMDB; Dirceu Carneiro - PMDB;Epitácio Bittencourt - PDS;" Evaldo Amaral - PDS;Fernando Bastos - PDS; Ivo Vanderlinde - PMDB;João Paganella - PDS; Luiz Henrique - PMDB; Nelson Morro - PDS; Nelson Wedekin - PMDB; OdilonSalmoria - PMDB; Paulo Melro - PDS; Pedro Colin- PDS; Renato Vianna - PMDB; Walmor de LucaPMDB.
Rio Grande do Sul
Aldo Pinto - PDT; Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS; Balthazar de Bem e Canto - PDS; Emídio Perondi - PDS; Floriceno Paixão - PDT; GuidoMoesch - PDS; Hermes. Zaneti - PMDB; Ibsen Pinheiro - PMDB; João Gilberto - PMDB; Jorge Uequed·- PMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio Costamilan - PMDB; Lélio Souza -' PMDB; Matheus Schimidt - PDT; Nadyr Rossetti - PDT; Nelson Marchezan - PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Fachin - PDS;Osvaldo Nascimento - PDT; Paulo Mincarone PMDB; Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais PDS; Rosa Flores - PMDB; Rubens Ardenghi - PDS;Siegfried Heuser - PMDB; Sinval Guazzelli - PMDB;Telmo Kirst - PDS; Victor Faccioni - PDS.
Amapá
Antônio Pontes - PDS; Clarck Platon - PDS; Geovani Borges - PDS; Paulo Guerra - PDS.
Roraima
Alcides Lima - PDS; João Batista Fagundes - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PDS.
ORDEM DO DIA
v - Levanta-se a Sessão às 12 horas e 56 minutos.
Agosto de 1984;
ATAS DAS COMISSOES
COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORRedi~tribuição fi9 01
Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado França TeIxeira, em 15-8-84
Ao Senhor Deputado Figueiredo Filho:Projeto de Lei n9 2.216/83 - "Introduz modificações
na Lei n9 6.649, de 16 de maio de 1979, que regula a locação predial urbana, para o fim de possibilitar aos locatários a verificação contábil dos demonstrativos mensaisdas despesas de condomínio e regulamentar sua impugnação".
Autor: Dep. Freitas Nobre
Brasília. 15 de agosto de 1984. - Maria Júlia RabeUode Moura, Secretária.
COMISSÃO DE EDlJCAÇÃO E CULTURA9' Reunião Ordinária, realinda
em 8-8-84
Aos oito dias do mês de agosto de mil novecentos e oitenta e quatro, em sua sala no Palácio do Congresso, ãsdez horas, reuniu-se a Comissão de Educação e Cultura,presentes os Srs. Deputados Rômulo Galvão, Presidente; Irma Passoni, Francisco Dias, Wall Ferraz, JônathasNunes, Celso Peçanha. Nelson Aguiar, Oly Fachin, Casildo Maldaner, Eraldo Tinoco, Carlos Sant'Anna, JoãoHerculino, Francisco Amaral, João Faustino, StélioDias, João Bastos, Márcio Braga e Emílio Haddad. Ata:abertos os trabalhados, sob a presidência do DeputadoRómulo Galvão, a Secretária procedeu à leitura da Atada reunião anterior, que foi aprovada sem restrições. Ordem do dia: I) Projeto de Lei n9 3.382/80, do Sr. José Ribamar Machado, que "regulamenta o título de Doutor,obtido em curso credenciado de pós-graduação". O Relator, Deputado Carlos Sant'Anna, leu parecer favorável, com emenda. Concedida vista ao Deputado Jônathas Nunes. Adiada a votação. 2) Projeto de Lei n9
3.219, de 1984, do Sr. Francisco Amaral, que "inclui oDireito Previdenciário Brasileiro com disciplina autônoma e obrigatória, no currículo das Faculdades de Direito". O Relator, Deputado Emílio Haddad, leu parecercontrário. Concedida vista ao Deputado Wall Ferraz.Adiada a votação. 3) Projeto de Lei n9 2.333/83, do Sr.João Paganella, que "autoriza o Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal do Oeste Catarinense, e dá outras providências". O Relator, DeputadoOly Fachin, leu parecer. favorável. Concedida vista à Deputada Irma Passoni. Adiada a votação. 4) Projeto deLei n" 2.599/83, do Sr. Amadeu Geara, que "proíbe a recisão contratual do professor, por parte do empregador,durante período o letivo". Aprovado, por unanimidade,o parecer favorável do Relator, Deputado NelsonAguiar. Segue à Comissão de Trabalho e Legislação Social. 5) Projeto de Lei n" 2.341/83, do Sr. Ruy Côdo, que"modifica dispositivo da Lei n' 5.692, de lI de agosto de1971, que "fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 19 e 29Graus, e dá outras providências". Em 27-6-84, o Relator, Deputado Celso Peçanha, leu parecer favorável,com adoção das emendas apresentadas pela Comissão deConstituição e Justiça. Concedida vista ao Deputado Jônathas Nunes, que apresentou voto em separado, contrário ao projeto. Novamente em pauta, aprovado, contra o voto do Deputado Celso Peçanha, o voto em separado contrário, do Deputado Jônathas Nunes, designado Relator do parecer vencedor. O parecer do DeputadoCelso Peçanha passou a constituir voto em separado. Segue à Comissão de Finanças. 6) Projeto de Lei n'2.959/83, do Sr. Siqueira Campos, que "dispõe sobre acriação da Escola Agrícola 'Federal de Tocantinópolis,Estado de Goiás". Aprovado, por unanimidade, o parecer favorável do Relator, Deputado Jônathas Nunes. Scgue ã Comissão de Finanças. 7) Projeto de Lei n'
Agosto de 1984
2.544/83, do Sr. Léo Simões, que "assegura gratuidade,em todas as Universidades brasileiras, aos filhos dos excombatentes civis c militares". Aprovado, por unanimidade, o parecer favorável da Relatora, Deputada IrmaPassoni. Segue à Comissão de Finanças. Comunicações:a Deputada Irma Passoni solicitou à Comissão que realizasse um amplo debate com diversas autoridades ligadasà política educacional, para se discutir a Emenda JoãoCalmon, tendo em vista o Orçamento para o exercício de1985. O Sr. Presidente submeteu o requerimento a -votação. Aprovado por unanimidade. Encerramento: nadamais havendo a tratar, o Sr. Presidente encerrou a presente reunião às doze boras c vinte minutos. E para constar, eu, Tasmânia de Brito Guerra, Secretária~ lavrei apresente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Sr.Presidente e publicada no Diário do Congresso Nacional.
COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA. A DA.R PARECER AO PROJETO DE LEI N9 3.289/84 (MENSAGEM N" 094/84, DO PODER EXECUTIVO), QUE"DISPÕE SOBRE O CÓDIGO BRASILEIRO DOAR"
Reunião de instalação, realizadaem 27 de junho de 1984
Às nove horas e vinte minutos do dia vinte e sete de junho de mil novecentos e oitenta e quatro, reuniram-se,no plenário da Comissão de Comunicação, na Cámarados Deputados, em Brasflia, DF, os Deputados JorgeVargas, !talo Conti, Flávio Bierrenbach, Odilon Salmoria, Bonifácio de Andrada e José Maranhão, titulares, eHorácio Ortiz, José Ribamar Machado e Eurico Ribeiro, suplentes, indicados pelo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Flávio Marcílio, em ofício de doze de junho corrente, para comporem a Comissão Especial destinada a dar parecer ao Projeto de Lei n9
3.289/84 (Mensagem n" 094/84, do Poder Executivo),que "Dispõe sobre o Código Brasileiro do Ar". De aeordo eom o artigo 75 do Regimento Interno, assumiu aPresidência dos trabalhos o Deputado Halo Conti, queleu o ofício do Senhor Presidente da Câmara dos Deputados acima referido. Cumprindo dispositivo regimental,o Senhor Presidente esclareceu O plenário que a finalidade da presente reunião seria.a, eleição do Presidente c dosVice-Presidentes desta Comissão Especial. Respondendoa indagação do Deputado Odilon Salmoria, o SenhorPresidente informou que, de conformidade com indicação das Lideranças, o candidatá à Presidência seria oDeputado Bonifácio de Andrada e os candidatos à Primeira e Segunda Vice-Presidências, respectivamente, osDeputados Manoel Ribeiro e José Maranhão, que forameleitos, por unanimidade, por aclamação, acolhendo sugestão do Deputado Flávio Bierrenbach. O Presidenteeleito agradeceu sensibilizado a escolha do seu nomepara presidir tão importante trabalho desta Casa legislativa, qual seja, apresentar à Nação um novo Código Brasileiro do Ar. Não havendo nada mais que tratar, foi encerrada a reunião, às nove horas e trinta minutos. E,para constar, eu Stel1a Prata da Silveira Lopes, Chefe da
Seção de Comissões Especiais, servindo de Secretária, lavrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Senhor Presidente. ..:.. Bonlficlo Andrada..
COMISSÃO D!J: ESPORTE E TURISMOD!stribuição de Projetos n9 09/84
O Senhor Presidente da Comissão de Esporte e Turismo, Deputado Oly Fachin, fez, na presente data, as seguintes distribuições:
PL n" 2.110/83, do Sr. Ruy Códo, que "Torna obrigatória a realização de partidas preliminares entre amadores em todos os jogos oficiais entre equipes profissionaise determina outras providências". Relator: DeputadoCiro Nogueira.
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
PL n" 3.487/8'1, do Sr. Vivaldo Frota, que "Modificao ar!. 3" do Decreto-lei n" 29, de 14 de novembro de1966, que "suprime a concessão de abatimcntos de passagens e frctes no transporte aéreo, dispõe sobre a requisição de transporte, limita a concessão de passagem 10U
frete aéreo gratuito ou de cortesia, e dá outras providências". Relator: Deputado Heráclito Fortes.
Brasília, 14 de agosto de 1984. - Maria Linda M. deMagalhães, Secretária.
COMísSÃO D.E FINANÇAS
O Senhor Deputado Luiz Leal, Presidente da Comissão de Finanças, fez a seguinte distribuição, em 14-8-84:
Ao Senhor Deputado Aécio de Borba:Projeto de Lei '1" 2.1 19/83 - do Sr. José Luiz Maia
Altera a redação dos artigos 2" e 3" da Lei n' 6.746, de 10de dezembro de 1979, que alterou dispositivos do Estatuto da Terra.
Ao Senhor Deputado Agnaldo Timóteo:Projeto de Lei n" 5.037/81 - do Sr. Osvaldo Melo
Introduz alteração na Decreto-lei n" 594, de 27 de maiode 1969, para o fim de ampliar a participação dos clubesde futebol profissional no rateio da Loteria Esportiva.
Projeto de Lei n" 491/83 - do Sr. Leônidas Sampaio- Altera a redação do artigo 9" da Lei n' 5.890, de 9 dejunho de 1973, dispondo sobre a aposentadoria dos portadores de defeitos físicos.
Projeto de Lei n' 766/83 - do Sr. José Frejat - Concede isenção de impostos federais na importação de instrumentos musicais, naS condições que menciona.
Ao Senhor Deputado Fernando Magalhães:Projeto de Lei n" 3.001-B/80 - do Sr. João Carlos de
Carli - Substitutivo oferecido em Plenário ao Projetode Lei n" 3.oo1-B, de 1980, que "dispõe sobre o exercícioda profissão de bacharel em Relações Internacionais e dáoutras providências".
Projeto de Lei n" 275/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira- Dá nova redação ao § I' do inciso VII do ar!. 11 doDecreto-lei n" 1.376, de 12 de dezembro de 1974, e determina outras providências.
Ao Senhor Deputado Irajá Rodrigues:Projeto de Lei Complementar n' 97/82 - do Sr. Sara
mago Pinheiro - Concede isenção do Imposto sobreCirculação de Mercadorias ao mcl em estado natural.
Projeto de Lei n" 473/83 (anexo o Projeto de Lei n'2.729/83) - do Sr. Marcondes Pereira - Cria o FundoNacionai de Pleno Emprego (FNPE), para a aplicaçãodo disposto nos arts. 43, item X, e 165, item XVI, daConstituição Federal, referente ao seguro-desemprego, edetermina outras providências.
Projeto de Lei n' 589/83 - do Sr. Jorge UequedDispõe sobre critérios de estímulo à invenção brasileirana área da SUDENE e da SUDAM.
Ao Senhor Deputado Jayme Santana:Projeto de Lei Complementar n" 40/83 - do Sr. Edme
Tavares - Acrescenta dispositivo à Lei Complementarn" 11, de 25 de maio de 1971, que instituiu o PRORURAL, para o fim de estabelecer valor especial de aposentadoria por velhice ao caso que especifica.
Projeto de Lei n' 1.276/83 - do Sr. Jorge Arbage Autoriza o Poder Executivo a instituir a Fundação Universidade Federal de Santarém, no Estado do Pará.
Ao Senhor Deputado Luiz Baccarini:Projeto de Lei n" 2.104/83 - do Sr. Jorge Carone
Cria o Programa de Fomento à Produção Agrícola paraincentivar o plantio de arroz, feijão, milho e trigo e dáoutras providências.
Ao Senhor Deputado Mendonça Falcão:Projeto de Lei n" 1.45S/83 - do Sr. Francisco Dias
Dispõe sobre a criação de setor de' assistçncia jurídicaaos empregados nas empresas que especifica e dá outrasprovidências.
Ao Senhor Deputado Moysés Pimentel:Projeto de Lei n" 1.283/83 - do Sr. Francisco Amaral
- Estabelece isenções para gratificação espontaneamente paga pela empresa aO empregado demitido.
Sábado 18 8055,
Projeto de Lei n' 2.989/83 - do Sr. Arnaldo Maciel- Autoriza o Poder Executivo a transformar a "EscolaAgrotécnica Federal de Belo Jardim", no Estado de Pernambuco, em "Faculdade Federal de Agronomia e Veterinária do Agreste de Pernambuco".
Ao Senhor Deputado Walmor.de Luca:Projeto de Lei n" 3.278/76 - do Sr. Francisco Amaral
- Áltera dispositivo do Decreto-lei n" 389, de 26 de dezembro de 1968, para o fim de atribuir a comissões paritárias a incumbência de caracterização e classificação depericulosidade e insalubridade.
O Senhor Deputado Luiz Leal, Presidente da Comissão de Finanças, avocou a seguinte proposição:
Projeto de Lei n" 952/83 - do Sr. Iturival Nascimento- Dispõe sobre a criação do Ministério dos Desportos eTurismo.
Sala da Comissão, 14 de agosto de 1984. - JarbasLeal Viana, Secretário.
COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUltRITODESTINADA A EXAMINAR A UTILIZAÇÃODOS RECURSOS HIDRICOS NO BRASIL
15' Reunião, realizada a 14 de junho de 1984
Às nove horas e querenta e cinco minutos do dia quatorze de junho de mil novecentos e oitenta e quatro, pre·sentes os Senhores Deputados Osvaldo Coelho, Presidente; Coutinho Jorge, Relator; Ludgero Raulino, EVandro Ayres de Moura, Etelvir Dantas, Antonio Florêncio,Fernando Santana, membros efetivos da Comissão; Osvaldo Nascimento, suplente e, ainda, os Senhores Deputados Osvaldo Melo, Brabo de Carvalho, Domingos Juvenil, Carlos Vinagre, Vicente Queiroz, Dante de Oliveira, Aldo Arantes e o Senhor Senador Hélio Gueiros,reuniu-se no Plenário da Comissão de Minas e Energia,na Câmara dos Deputados, em Brasília, a Comissão Parlamentar de Inquérito destinada a examinar a utilizaçãodos recursos hídricos no Brasil, para a tomada de depoimento dos Senhores João de Paiva Menezes, SecretárioExecutivo do Conselho Interministerial do ProgramaGrande Carajás; Arno Oscar Markus, Presidente daPORTOBRÃS; Valbert Lisieux Medeiros de Figueiredo,Secretário da Comissão Interministeria! para os Recursos do Mar; Jader Fontenelle Barbalho, Governador doEstado do Pará; Iris Rezende Machado, Governador doEstado de Goiás. Ata: Dispensada a leitura, foi considerada aprovada e assinada a da reunião anterior. Em SC~
guida, o Senhor Presidente submeteu ao Plenário a prorrogação dos trabalhos da Comissão, de conformidadecom o disposto no parágrafo quarto do artigo trinta eseis do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,tendo sido a proposição aprovada· por unanimidade. OSenhor Presidente fez a apresentação dos Depoentesque, havendo prestado o compromisso na forma da lei,discorreram sobre o assunto em·pauta. Findas as exposições, interrogaram os Senhores Depoentes os SenhoresDeputados Coutinho Jorge, Osvaldo Nascimento, Fernando Santana, Osvaldo Melo, Brabo de Carvalho, Gerson Peres. Depois de responderem às indagações e nãohavendo mais inscritos, os Senhores Depoentes agradeceram a atenção a eles dispensada durante os debates. Osdepoimentos e as inquirições foram gravados e, depoisde taquigrafados, decifrados e datilografados, serão anexados aos autos do presente inquérito. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presençados Depoentes e, ao agradecer tambêm a presença de todos, declarou encerrada a reunião às quatorze horas evinte minutos. E, para constar, eu, Nelma CavalcantiBonifácio, Secretária, lavrei a presente Ata que, depoisde lida, se aprovada, será assinada pelo Senhor Presidente. - Osvaldo Coelho.
8056 Sábado 18
Convocação
De ordem do Sr. Presidente, comunico a V. Ex' queestá convocada reunião dcsta Comissão para o próximodia 16 de agosto, às 10.00 horas, no Plenário da Comissão de Inquérito, para tratar de assuntos internos.
Brasília, 14 de agosto de 1984. - Nelma CavalcantiBonifácio, Secretária.
COMISSÃO DE RELAÇOES EXTERIORES
10' Reunião Ordinária, realizadaem 27 de junho de 1984
Às dez horas e vinte minutos do dia vinte e sete de junho de mil novecentos e oitenta e quatro, reune-seI emsala própria do Anexo II da Câmara dos Deputados, aComissão de Relações Exteriores, sob a Presidência doDeputado Pedro Colin. Presentes os Senhores Deputados Santos Filho e José Carlos Teixeira, VicePresidentes, Ossian Araripe, Nyder Barbosa, Diogo N 0
mura, José Carlos Fonseca, José Ribamar' Machado,Chagas Vasconcelos, Aluízio Bezerra, Fernando Santana, Ubaldo Barém, Irapuan Costa Júnior, Nelson Morro, Wilson Falcão, José Frejat, Clemir .Ramos, Francisco Benjamin, João Herrmann, Márcio Santilli, MiltonReis, Adroaldo Campos, Sarney Filho, Epitácio Biltencourt, Israel Dias-Novaes, Nasser Almeida, Salvador Julianelli, Bocayuva Cunha, Homero Santos, JacquesD'Ornellas, Luiz Guedes Fernando Magalhães, JacksonBarreto, e Arthur Virgílio Neto. Havendo número regimental, o Senhor Presidentc declara abertos os trabalhos. Tendo sido dispensada a leitura da Ata da reuniãoanterior, a mesma é considerada aprovada. Expediente:O Senhor Presidente comunica o recebimento dos seguintes expedientes: 19) do Presidente da Câmara dosDeputados da República do Chipre, encaminhando cópia da Resolução adotada em 8-6-84, a propósito da colonização da cidade de Famagusta pclo rcgime turcocipriota; 29) ofício do Ministro das Relações Exteriores,Chanceler Saraiva Guerreiro, encaminhando as informações solicitadas a propósito da Mensagem n" 081/84,que trata do acordo de Cooperação Científica e Tecnológica Brasil-Estados Unidos: Relatório Rockfeller e Relatório Final do Grupo de Trabalho Brasil-Estados Unidos sobre Cooperação Cientifica e Tecnológica. O Senhor Deputado Fernando Santana solicita a palavrapara requerer: a) que se convoque o Ministro das Relaçães Exteriores para expor a esta Comissão as diversasetapas da Conferência de Cartagena; b) que se solicite aoitamaraty toda documentação relativa àquela Conferência - discursos de todos os Ministros e o comunicado final, em sua íntrega. O Senhor Deputado Israel DiasNovaes pede a palavra e, inicialmente, congra'tula-secom a Comissão pelo recebimento das informações acerca do acordo Brasil-Estados Unidos e lembra, a propósito, que, paralelamente a essas informações, também foideliberado que se convidassem duas autoridades entendidas no assunto; ocorre que as pessoas sugeridas, naocasião, não são de Brasília, e teriam muita despesa paraatender ao convite da Comissão; diante disso, sugere quese escolham novos nomes, de professores das universidades locais, para debaterem o tema perante este órgão técnico. Em seguida, abordando o teor do requerimento doSenhor Deputado Fernando Santana, lembra que serádifícil conseguir-se a vinda do Ministro antes do reccsso,motivo pelo qual sugere que a Presidência marque umaaudiência com o Chanceler ainda esta semana, a fim deque os membros deste órgão técnico possam ir ao Ministro, no itamaraty, tomar conhecimento das informações.que Sua Excelência tenha acerca da Conferência de Cartagena. Com a palavra, o Senhor Presidente ressalta serdifícil que se consiga uma audiência com o Chanceler Saraiva Guerreiro, tendo em vista o processo de votação daProposta de Emenda Constitucional do Presidente Figueiredo, que ora se inicia no Congresso Nacional. Colo-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
cados cm votação, são aprovados, por unanimidade, orequerimento do Deputado Fernando Santana e a sugestão do Deputado Israel Dias-Novaes. Ordem do Dia: IMensagem N" 372/66, do Poder Executivo, qu~. "submete à apreciação do Congresso Nacional o texto da Convenção n9 119, relativa à proteção das máquinas, adotada pela Conferência Internacional do Trabalho em sua47' Sessão realizada em Gencbra, em junho de 1963".Relator: Deputado Pedro Colin (avocado). Parecer: Pelasolicitação de informações ao Ministério das RelaçõesExteriores e audiência de confederações patronais e detrabalhadores. Ao ser apreciada esta matéria, assume aPresidência dos trabalhos o Senhor Deputado José Carlos Teixcira, Vice-Presidente, nos termos do art. 79 doRegimento Interno. Sem discussão, é aprovado por unanimidade o parecer prévio do Relator. As informaçõesserão solicitadas através de ofício ao Presidente da Câmara dos Deputados. O Senhor Deputado Pedro Colinreassume a Presidência dos trabalhos. II - Mensagem 0 9
175/84, do Poder Executivo, qUe. "submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Convênio deDefesa Fitossanitária entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da Espanha, conelufdoem Madrid, a 12 de abril de 1984". Relator: DeputadoWilson Falcão. Parecer: Pela solicitação de informaçõesao Ministério das Relações Exteriores. Discutem o parecer os Senhores Deputados Adroaldo Campos e Salvador Julianelli, apoiando ambos a solicitação de informações do Ministério das Relações Exteriores. Colocadoem votação, é aprovado por unanimidade o parec.er prévio do Relator. As informações serão solicitadas atravésde ofício ao Presidente da Câmara dos Deputados. IIIMensagem n9 189/84, do Podcr Executivo, que. "submeteà consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica, entre o Governo da República Federativa do Brasil e oReino do Marrocos, celebrado em Fez, a 10 de abril de1984". Relator: Deputado Ossian Araripe. Parecer: Favorável, nos termos do Projeto de Decreto Legislativoque apresenta. Scm discussão, é aprovado por unanimidadc o parecer do Relator. A matéria segue à Coordenação dc Comissões Permanentes. IV - Mensagem N"172/84. do Poder Executivo, qUe. "submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Acordo sobreCooperação Econômica, Indústrial e Tecnológica entreo Governo da República Federativa do Brasil c o Govcrno da Suécia, concluído em Brasília, a 3 de abril de1984". Relator: Deputado João Herrmann. Parecer favorável, nos termos do Projeto de Decreto Legislativoque apreser'>la. Sem discussão, é aprovado por unanimidade o parecer do Relator. A matéria segue à Coordenação de Comissões Permanentes. V - Requerimentodos Senhores Deputados Jackson Barreto e ArthurVirgílio Neto, no sentido de que seja. "convocado o Senhor Embaixador Rubens Ricupero, Chefe do Departamento das Américas do Ministério das Relações Exteriores, para prestar esclarecimentos a respeito da venda deoito aviões Tucano a Honduras". Relator: DeputadoIrapuan Costa Júnior. Parecer: Favorável à convocaçãodo Embaixador Rubens Ricupero e sugerindo que seconvide também o Presidcnte da Empresa Brasileira deAeronáutica - EMBRAER, Coronel Ozires Silva, parafalar sobre o assunto. Estando a matéria em discussão,usa da palavra, primeiramente, o Senhor Deputado Israel Dias-Novaes que, a propósito, lembra a convocaçãoque esta Comissão fez, no ano passado, ao Presidente daIMBEL - Indústria de Material Bélico, para falar sobrea onda de armamento ao exterior, e que foí vetada peloMinistro do Exército, por tratar-se de assunto de Segurança Nacional. Entende que o mesmo poderá ocorrerem relação ao Presidente da EMBRAER, pois o presentcfato tem ligação com a politica armamentista do Pais.Conelui sugerindo que esta Comissão promova um seminário sobre a polftica bélica do País. A seguir, usam dapalavra os Senhores Deputados Milton Reis e JoãoHerrmann, apoiando as palavras do Deputado Israel
Agosto de 1984
Dias-Novaes, entendendo, o segundo, que a sugestão deSua Excelência poderia ser inserida no, Simpósio sobre aPaz que deverá scr realizado por este órgão técnico. Depassagem, faz referências a artigo da revista Veja sobre aEMBRAER. Apoiam, ainda, as palavras do DeputadoIsrael Dias-Novaes os Senhores Deputados BocayuvaCunha e Jacques D'Ornellas, denunciando, o último,que, apesar de o Brasil, na questão ds Ilhas Malvinas,ter-se posicionado em favor da Argentina, aviões íngleses que levam ajuda militar àquela região invariavelmen·te aterrisam na Base de Canoas, com armamento, semnenhuma restrição por parte do Governo Brasileiro. Oúltimo a discutir a matéria é o autor, Deputado JacksonBarreto, que louva o parecer do Relator e concorda emque se estenda o convite ao Presidente da EMBRAER.Em votação, é aprovado por unanimidade o parecer doRelator. A decisão será comunicada, por ofício, ao Presidente da Câmara dos Deputados. VI - Requerimentodos Senhores Deputados Jackson Barreto e ArthurVirgílio Neto, no sentido de quç. "seja enviada nota aoSenhor Presidentc da República, condenando a venda deaviões brasileiros Tucano a Honduras e exigindo a anulação dcssa operação comercial". Rélator: DeputadoImpuan Costa Júnior. Parecer: pelo adiamento da apreciação da matéria para após a vinda, a este órgão técnico, dos Senhores Embaixadores Rubens Ricupero e Coronel Olires Silva, conforme consta do item V da Ordemdo Dia. Sem discussão, é aprovado por unanimidade oparecer do Relator. A matéria, então, tem sua discussãoadiada. VII - Requerimento, do Senhor ,Deputado Israel Dias-Novaes, no sentido de que seja realizado, nesteórgão técnico, um simpósio sobre a política de indústriae comércio bélicos do nosso País. Em discussão, usa apalavra o Senhor Deputado Francisco Bcnjamin parasugerir que o tema seja inserido nq. "Simpósio sobre oComércio Exterior", a ser realizado por esta Comissão.Os Senhores Deputados Israel Dias-Novaes e BocayuvaCunha entendem preferível que O tema faça parte do"Simpósio sobre a Paz". Colocado o assunto em votação, é decidida por unanimidade a inserção do tema"A polftica de indústria e comércio bélícos do nossoPaís" no. "Simpósio sobre a Paz". VIII - Relatório finaldo Simpósio "O Brasil na Antártica", realizado pela Comissão de Relações Exteriores, de 23 a 26 de agosto de1983. O Relator, Deputado Tarcísio Burity, faz umasíntese do seu Relatório, que passa a integrar a presenteAta. O Presidente, Deputado Pedro Colin, felicita SuaExcelência pelo trabalho, e comunica que o mesmo serápublicado no DCN, já que integrará a Ata da presentereu~ião e, posteriormente, será editado um livro, por solicitação desta Presidência, contendo os Anais do Simpósio. "O Brasil na Antártica". Em seguida, concede a palavra ao Senhor Deputado Márcio Santilli, que, em nomedo PMDB, aplaude o trabalho do Deputado TarcísioBuritye a contribuição do Simpósio no sentido da divulgação de informações sobre a Antártica. Usa da palavra,a seguir, o Senhor Deputado Diogo Nomura, para louvar a decisão do Senhor Presidente de publicar os Anaisdo Simpósio que, entende, se constituirá em fonte deconsulta sobre a Antártica. Felicita a si próprio por haver indicado o Deputado Tarcísio Burity para Relator eo Deputado Daso Coimbra para Coordenador daqueleSimpósio e solicita seja consignado em Ata o aplausodesta Comissão ao Relatório apresentado pelo Deputado Tarcísio Burity. Em nome do PDS fala o Senhor Deputado Francisco Benjamin, também aplaudindo o trabalho do Deputado Tarcisio Burity. Por fim, usa da palavra o Senhor Deputado José Carlos Fonseca, que secongratula com a Comissão de Relações Exteriores ecom os Deputados Tarcísio Burity e Diogo N omura pelotrabalho apresentado e, em seguida, rcquer ao Presidenteseja reiterada a solicitação de informações ao IBC, referentes à Mensagem n9 196/83. O Presidente DeputadoPedro Colin, informa a Sua Excelência que fará nova solicitação, já agora em termos contundentes, pois n~o sqpode admitir tão grande falta de atenção daquele órgãd
Agosto de 1984 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção}) Sá1?.Ildo 18•
8051. ,
para com o Poder Legislativo. Nada mais havendo a tratar, o Senhor Presidente encerra os trabalhos às onze horas e quarenta minutos e, para constar, eu Regina Beatriz Ribas Mariz, Secretária, lavrci a presente Ata quevai por mim assinada e pelo Senhor Presidente, sendo,após lida e aprovada, encaminhada à publicação. - Pe-
dro Colin, Presidente da Comissão.
Obs.: integra a presente Ata o Relatório do Deputado Tarcisio Buritysobre o Simpósio "O Brasil na Antârtica", em anexo.
SIMPÚSIO"O BRASIL NA ANTÁRTICA"
COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES
ObjetivosA Comissão de Relações Exteriores realizou por inspi
ração do seu presideote Deputado Diogo Nomura, de 23a 26 de agosto do corrente ano, o Simpósio, "O Brasil naAntártica", cujo objetivo foi o de reunir cientistas, juristas, técnicos e outros estudiOS'os da matéria para desenvolver o debate sobre o assunto, visando despertar aconsciência nacional acerca da urgente necessidade de sedesenvolver o Programa Antártico Brasileiro, que interessa de perto aos objetivos da segurança continental eda exploração pacífica da Antártica em benefício da humanidade.
O Símposio contou com 230 participantes formalmente inscritos, do Distrito Federal e da maioria dos Estadosda Federação., Organização
O Simpósio realizado no audítório Pretrónío Portela,no Senado Federal, teve como presidente de honra o Deputado Flávio Marcílio, Presidente da Câmara dos Deputados, que dirigiu a sessão de instalação, e como convidados de honra, o Ministro das Relações ExteríoresSaraiva Guerreiro e O Almirante de Esquadra Maximiano da Fonseca, Ministro da Marinha.
A coordenação dos trabalhos foi exercida pelo Deputado Daso Coimbra, cabendo ao Deputado Tercísio Burity as funções de relator.
Usaram da palavra na sessão inaugural, o DeputadoFlávio Marcílio, o Deputado Diogo Numura e O Ministro Saraiva Guerreiro.
A parte operacional esteve a cargo da Secretária daComissão de Relações Exteriores, Edna Medeiros Barre·to.
O encerramento teve como conferencista o Sr. Ministro da Marinha, Maximiano da Fonseca.
ProgramaçãoOs trabalhos constaram de seis palestras e foram ex·
postos e debatidos os seguintes temas:I,. "O Brasil na Antártica"Expositor: Ministro Saraiva Guerreiro2,. "A participação do Instituto Oceanográfico da
Universidade de São Paulo na primeira expedíção brasi·leira à Antártica."
Expositores: Moyses Gonsalez' Tessler e Valdenír Ve-ronezi Furtado
3-.. "Regulamentação Jurídica da Antártica."Expositor. Prol" Vicente Marotta Rangel4... "Interesses do Brasil na Antártica"Expositor: Almirante Mucio Piragybe5... "O Brasil na Antártica"Expositor: Almirante de Esquadra Maximiano da
Fonseca.
Além das palestras e dos debates apresentados em plenário, a Comissão de Ralações Exteriores sentiu-se honrada com a participação assídua de estudantes de diversos estabelecimentos de ensino, de Senadores é Deputados Federais, membros de embaixadas, e pessoas interessadas nos temas abordados, enriquecendo os trabalhosrealizados com perguntas e sugestões do mais alto nível.
Paralelamente ao Simpósio, a Comissão de RelaçõesExteriores realizou, de 23 de agosto a 22 de setembro, noSalão Negro do Congresso Nacional, uma Exposição
sobre a Antártica, com o .apoio do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério da Marinha, do Ministério da Educação e Cultura e da Universidade de SãoPaulo.
Deve-se ressaltar a colaboração da KODAK para como Simpósio, que, através de projeções de slides, mostroua histórica viagem empreendida pelos brasileiros ao continente gelado, a bordo dos navios.. "Barão de Teffé" e"Pro!" W. Besnard", com imagens tridímensionais sonoras, demonstrando a todos os participantes do Simpósioa beleza inesperada da Antártica.
ConcluSões dos Trabalhos
Embora os textos integrais das conferências e os apanhados taquigráfieos dos debates constem dos anexosdeste relatório, torna-se de crucial importância a transcrição embora resumidamente, de algums aspectos abordados pelos eminentes expositores.
Devemos ressaltar ainda as intervenções realizadas notranscorrcr das palestras proferidas, as quais, além de-dar ao Simpósio um caráter participativo, contribuiramde forma decisiva para o êxito do evento. Assim, registropara que constem nos anais deste Simpósio, as intervenções realizadas pelos seguintes debatedores: Deputado Irapuan Costa Júnior, Israel Dias-Novaes e TarcisioBu;ity, Dr. Luis Ramos da Silva Filho, Professora LeilaForte Burashed, meteoroligista Francisco de Assis Diniz, estuda!!tes Manoel Ricardo Olende, Eliane Burashed e Denise Amaral, técnico Neilson José de Souza eestagiária Eliane de Aguiar Marquez, bem como as participações da Dr' Isabel Gurgel e do Comandante Eugênio Neiva que usaram da palavra a pedido dos palestrantes, com a finalidade de esclarecer dúvidas suscitadas notranscorrer dos trabalhos.
Isto posto, vejamos, em síntese, as conclusões a qucchegaram os diversos conferencistas.
"O Brasil na Antártica"
I. Em sua palcstra proferida na abertura do Simpósio, Sua Excelência o Senhor Ministro das Relações Ex"teriores, Saraivva Guerreiro, muito bem ressaltou o empenho do Governo Brasileiro em desenvolver o Programa Antártico Brasileiro, ao dizer:
" ... Após a adesão ao Tratado, o passo decisivoem nossa política antártica foi a decisão do SenhorPresidente da República de criar a Comissão Nacional para Assuntos Antárticos (CONANTAR) encarregada em assessorá·lo na matéria. Desde o anopassado, vcm a CONANTAR trabalhando paraque o Brasil tenha plena participação nos entendimentos internacionais sobre a Antártica, isto é, paraque se torne parte Consultiva do Tratado, em pé deigualdade com os demais quatorze países do grupo.A condição para tanto, como reza o Tratado, é desenvolver substancial atividade de pesquisa científica. Nessas condições, o instrumento básico da Política Nacional para Assuntos Antárticos tem de ser oPrograma Antártico Brasileiro (PROANTAR).Para planejá-lo e implementá-lo em época de singular escassez de recursos, o Governo lançou mão desolução racional e eficaz. Ao invés de criar desde oinício uma nova instituição especializada, comoexiste em todos os demais países ativos na Antártica, o Senhor Presidente da República confiou à Comissão Interministerial para os Recursos do Mar(CIRM) a tarefa de elaborar e implementar oPROANTAR até que o desenvolvimento do Programa venha a exigir' a implantação de uma insti·tuição específica."
E conclui:
" ... É fundamental o papel do Congresso no empreendimento, desde a ratificação do Tratado, quedefiniu o quadro jurídico para a atuação do Brasil
na Antártica. Seu permanente 'interesse, debate_estímulo, de que é significativo exemplo o presenteSimpósio, é indispensável, pois, reflete o engajamento do povo brasileiro aqui representado."
A partieipaçilo do Instituto Oeeanográfieo da Universi·dade de Silo Paulo na p~imeira expediçilo brasileira à An·tártica
2. A expedição à Antártica, vinculada ã área do Instituto Oceanográfico, teve como principal destaque o Programa BIOMASS, ou Massa Biológica, cuja essência erao estudo das condições de desenvolvimento do krill,além de treinar as cquipes de trabalho em área antártica,saber como reagiriam os equipamentos brasileiros', assimcomo se a metodologia de trabalho que estamos acostumados a empregar em áreas tropicais se prestaria aos estudos antárticos.
Para que se pudesse. ter uma maior compreensão, oilustre expositor, Prol" Moyscs Gonsalez Tessler, preparou uma rica seqilência de sUdes demonstrando o êxitoda missão e o valor científico dos trabalhos antárticospois, muito embora o programa fosse eminentementebiológico, as outras áreas de ciência vinculada ao mar,como a meteorologia química, física e a geologia,tornaram-se viáveis, concluindo o eminente Professorque não há motivo algum, do ponto de vista científico,quc impeça a participação brasileira, com calor, nos trabalhos antárticos.
O Professor Valdenir Vcronesi Furtado, além de projetar uma série de transparências para uma melhor visua·lização dos presentes ao trabalho, expôs com clareza oque temos que desenvolver em nossos laboratórios parasubmetê-los à comunidade internacional, objetivando aaceitação do trabalho científico brasileiro.
Definiu, da seguinte forma, o objetivo de treinamentoinicial, face às condições antárticas:
I. O treinamento no manuseio de equipamentos comos quais estamos acostumados em nossa costa, mas quena Antártica seriam utilizados pela primeira vez;
2. O treinamento dos oficiais de nossos navios em navegação em áreas antárticas;
3. O intercâmbio internacional que, no instituto oceanográfico, colocamos como um dos itens prioritáriosneste programa.
Disse ainda o Professor:" ...Todo esse programa BIOMASS se desenvol
ve essencialmente nos levantamentos de estoque dekrill, que é o elo principal da cadeia trófica no oceano antártico. Dele depende uma série de organis.mos. Eles se alimentam dos organismos fitoplanctônicos e deles se alimentam pingilins, baleias, focas,formando toda a cadeia trófica. Então, essa coletade material para as análises do krill foi realizada e otrabalho está para ser impressQ,"
E concluiu sua eXposição dizendo:" ... Nossa proposta intrínseca de trabalho é esta.
O primeiro item refere-se à abundância e distribuição do krill, o tamanho, a maturidade, etc., emrelação à ocear1ogràfia física e química, ou seja, medida de temperatura, salinidade e silicatos.... O segundo tópico seria a reprodução do krill. O outrotópico seria a identificação dos estoques de krill ...Eu só queria' complementar agora essa apresentação, dizendo que na verdade, estamos conseguindo alguns rcsultados, mas não temos ainda condições ideais de trabalho na Antártica."
Regulamentação Jnrídica da Antártica
3. O Prol" Vicente Marotta Rangel em sua magníficaexposição, resumiu suas idéias em sete itens, a saber:
IQ Os espaços internacionais ocupam a maior parteda supcrfície de nosso planeta, bastando esse fato pararessaltar o interesse que reside no estudo e conhecimentode sua regulamentação jurídica.
29 Dos cinco espaços internacionais três deles têm regime jurídico semelhante: o alto mar, o espaço aéreo a
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ele superjacente e o espaço exterior ou planetário. Esseregime é ores communis internacional, causa comum detodos os Estados. Embora de fato apenas alguns Estadostenham capacidade tecnológica para freqüentar esses espaços, o direito que todos usufruem é pleno, a todos extensivo, baseado no princípio de igualdade jurídica dosEstados. .
3. A regulamentação jurídica dos fundos oceânicosobedece a modelo diferente, em que a causa comum internacional tem como titular não o conjunto ou partedos Estados senão a própria humanidade. A humanidade, como sujcito dc dircito intcrnacional, conquanto nccessite operar através de organização internacional, éinovação fecunda no âmbito do direito positivo. Essainovação já era perfilhada de certo modo por doutrinapioneira, com base na qual os astronautas passaram'à serqualificados - como aliás se explicita o Tratado de 1967,sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Estados na Exploração e Uso do Espaço Cósmico - comoenviados da humanidade nesse espaço.
4. Com exceção do espaço aéreo superjacente ao altomar, os espaços internacionais estão atualmcnte regulamentados por tratados internacionais específicos. Emtais tratados constam princípios comuns. a saber: o dautilização pacífica dos espaços e de seus recursos; o daconseqüente proibição de quaisquer medidas de carátermilitar; o da proibição de explosões nucleares bem comoo lançamento ali de lixo ou de resíduos radioativos; o daliberdade de pesquisa científica.
5. A Antártica constitui, nos termos do tratado deWashington, consórcio de direito dos Estados originários e aderentes, mas de fato apenas o é das partes consultivas. Esse Tratado tevc o intuito dc fazcr transcender- pelo menos para o período de tempo em que vigorar- árduas controvérsias a respeito de títulos jurídicosque Estados interessados pudessem invocar para fundamentar suas pretensões sobre continente polar. Tem omérito, outrossim, de consignar dois objetivos precípuos: 1) cooperação científica fundada na liberdade deinvestigação; 2) utilização permanente e exclusiva da Antártica para fins pacíficos. Consigna ademais a proibiçãonela de explosões nucleares e a preserva do lançamentode lixo ou resíduos radioativos.
69 Sem embargo de outros, (j mecanismo institucionalizado pelo tratado de Washington é o único a vingarna atualidade. A adesão de nosso País ao Tratado e oempenho atual em ser guindado - graças ao seu interesse e às suas expedições científicas - à condição de parteconsultiva, somente reclamam compreensão e aplauso.Esta condição é a única a se mostrar condigna do nívelcientífieo e do testemunho de substancial atividade depesquisa que no momento se projetam na direção dopólo sul.
7. O propósito de se converter em parte consultivafaz jús, outrossim, à elevação de propósitos que devem ecostumam inspirar a política exterior de nosso País, aqual não se tem guiado apenas em razão de interesses específicos mas também, dentro dc uma pcrspectiva condigna de desdobramcnto funcional, em razão dos intcresses superiores de terceiros e da própria comunidadeinternacional.
Interesses do Brasil na Antártica
4. O Almirante Múcio Piragybe, Secretário da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar, demonstrou, em sua brilhante palestra, razões importantes, alémdas jurídicas, que fundamentam os nossos interesses nessa região:
" ...Fatores estratégicos, fatores políticos justificam a presença do Brasil no diálogo sobre o problema da Antártica. Eu diria também que até fatoreseconômicos justificam isso, porque há um trinômioque preocupa a humanidade: as matérias-primas, aenergia e a ali~entação. Na conferência de Cancún,os países do Norte e Sul detectaram essas três neces-
DIÁRIO DO CONG~ESSONACIONAL (Seção I)
sidades básicas da humanidade, como aquela, que ahumanidade terá que perseguir num mundo cadavez mais ávido de alimentos, de matérias-primas ede energia. A Antártica é uma promessa, se explorada racionalmente. E é exatamente por essas razõesque eu considero altamente oportuno que a Nação,através do Congresso Nacional, forme com os órgãos governamentais, para fazer o Brasil presenteno diálogo, juntamente com as nações antárticas.Nós não sabemos como serão explorados os recursos antárticos. É possível até que a Antártica não tenha essas reservas de minerais, essas reserv~s de alimentos que se proliferam. Ela ainda está naquelafase de pesquisa científica, e é possível até que alguns dados científicos estejam sendo escamoteados.Não nos esqueçamos de que o que permitiu a participação da África foi exatamente a pesquisa científica feita previamente. A Ata de Bcrlim partilhou ocontinentc africano. E é possível que a revisão doTratado da Antártica em 1992, em 1993, ou no anoque as nações antárticas julgarem conveniente. venha a fazer uma partilha política da Antártica.Qualquer que seja a solução na Antártica, acho queo Brasil, com sua capacidade de diálogo, com opouso de seuterritório, ele terá que estar presente."
E acrescenta:
"Não é só sobre o aspecto económico que eu falaria aqui, mas tamb1:m sob o aspecto científico. NaAntártica estão cnvolvidas as organizações científicas mais importantes do Planeta. E talvez, com oPrograma Antártico, com a participação brasileira,seja a primeira vez que este País terá oportunidadede seus cientistas dialogarem com cientistas de outros países, fazendo ciência, debatendo aspectoscientíficos em igualdade de condições com cientistasalemães, argentinos, poloneses, franceses, americanos e em equipes brasileiras em estações de paísesantárticos possam trocar conhecimentos, pontos devista, como temos recebido inúmeros pedidos e oferecimentos de participação brasileira em programas. Agora mesmo em Bariloche há uma perspectiva de um programa comum Brasil, Chile e Argentina, há perspectivas de intercâmbio Brasil-França,perspectiva de intercámbio Brasil-Inglaterra, perspcctiva de intercâmbio, já quase concreto, BrasilPolônia. Então os senhores imaginem o que isto significa em termos de ciência brasileira para um Paísque ainda não aprendeu que tecnologia ningtlém dá,nem transfere, a não ser aquela obsoleta, ultrapassada. Tecnologia é conseqüência de ciência; ciência éconseqüência dc fator humano, de investimento emeducação, em universidades."
o Brasil na Antártica
5. Na sessão de encerramento do Simpósio, Sua Excelência o Senhor Almirante de Esquadra Maximiano daFonseca, Ministro da Marinha l ressaltou o entusiamo doGoverno brasileiro para com o Programa Antártico,cuja síntese é a seguinte:
"Quatro grandes razões são suficientes para desfazer qualquer tendência à apatia que se pudessemanifestar em relação ao continente austral e queaqui enumeraremos: 1) a Antártica é um ambientegerador de fenômenos meteorológicos que afetam oterritório brasileiro; 2) o Oceano Antártico ofereceimensa riqueza de recursos ·vivos, capazes de supriras carências alimentares de uma população emcontínuo crescimento; 3) o subsolo antártico - aafinidade geológica a cada instante se comprova faz supor a existência de recursos minerais de inegável importância e de que o mundo carecerá de formacrescente; 4) não se poderá aproveitar com segurança qualquer das perspectivas que antes enumera-
Agosto de 1984,
mos sem conhecer de forma mais perfeita o continente antártico, para evitar desequilíbrios cujos efeitos seriam sentidos, em primeiro lugar, pelos paísesdo Hemisfério Sul, que lhe são próximos, entre osquais está o Brasil."
E prossegue, dizendo:
"Ao se argüir a inoportunidade dos gastos com oPrograma Antártico, é preciso ter em mente, em primeiro lugar, esse horizonte temporal, distante pouco mais de sete anos, e além do qual será provavelmente muito mais difícil a concretização da pretensão brasileira de participar futuramente dos frutosda presente fase de esforço científico internacional.Ao se argüir a desproporção entre gastos e resultados, é preciso lembrar que ela realmente existe, masno sentido de que, com recursos extremamente reduzidos, o Pais garantirá sua participação em frutosvaliosíssimos, que lhe poderão ser oferecidos no futuro, frutos que resultarão da possibilidade de explorar um continente cuja área é praticamente odobro da nossa, frutos que poderão aprcscntar-scsob a forma de recursos minerais. Pois. apesar de osreconhecimentos realizados até hoje terem sido relativamente superficiais. há indícios de cobre detectados em vários trechos da Península Antártica. Maisdo que isto, sabe-se, por exemplo, que determinadomaciço situado à margem do Mar dc Wcddell apresenta composição idêntica às formações existentesna África do Sul, cujo subsolo guarda imensa riqueza. Frutos também poderão ser obtidos sob a formade petróleo, cujos indícios foram também constatados no Mar de Weddell e na Península Antártica."
Ao concluir, disse:
"Esse trabalho é de todos os brasileiros e, nestesentido, o seminário que hoje se encerra apresentaimenso valor, pois o Congresso Nacional é o ambicnte onde cstão presentes todos os setores da opinião pública do País. É nesse ambiente de livre debate das questões nacionais, que se consolidam asopiniões, que se comprova a solidez dos argumentose, diante dos grandes interesses nacionais, que se podem climinar dissenções e sectarismos improdutivos."
Considerações finais
A decisão do Governo brasileiro de aderir, em 16 demaio de 1975, ao Tratado da Antártica e, atualmente, deenviar expedição cientifica com o objetivo de aí promover substancial atividade de pesquisa, demonstrando claramente seu interesse por essa região polar, o que lhepermite pleitear a condição de parte consultiva, nos termos do mesmo tratado, constituiu-se em fato do maisalto alcance para os interesses do Pais. Com efeito, oBrasil não poderia assistir passivamente à ação de váriospaíses numa região tão vital para a sua sobrevivência epara a própria segurança do continente sul-amel:"icano,de que é parte integrante, além das riquezas imensas a serem ainda exploradas no campo da alimentação, dasmatérias- primas, da energia, e do vasto campo que seabre à pesquisa científica.
Vários 'países "proclamam soberania" sobre parte daAntártica, tais como: Argentina, Austrália, Chile,França, Nova Zelândia, Noruega, Grã-Bretanha eURSS. os Estados Unidos não reivindicam nenbum setor, mas também não reconhecem direitos aos demaisEstados e propuseram a internacionalização sob o regime de tutela da Carta da ONU.
O Japão, pelo tratado de paz de 1951, renunciou àssuas reivindicações.
Variados são os títulos apresentados por esses paísespara justificarem suas reivindicações sobre a Antártica,
Agosto de 1984
tais como: direito de descoberta, ocupação efetiva de alguma área, o uti possidetis de jure ou continuidade geológica.
A chamada "teoria dos setores", tão eficazmente aplicada no Ártico não pode ser aplicada à Antártica, emvirtude da distância entre ela e os demais continentes,impossibilitando a existência de "base continental" paraum país estabelecer o traçado do triângulo de reivindicação territorial, cuja base se apoiasse no território dequalquer desses países, c cujo vértice fosse o Pólo Sul.
O Tratado da Antática, assinado em Washington eml' de dezembro de 1959, foi uma posição de compromisso entre duas tendências básicas, a saber: a da in,ternacionalização da Antártica e a do territorialismo. Na impossibilidade de um acordo definitivo relativamente às suaspretensões territoriais, os países signatários aceitaramum regime de internacionalização funcional, congelandotemporariamente o contencioso entre eles e, por isso,permitindo a cooperação internacional em matériacientífica.
A originalidade do sistema prende-se à própria natureza do congelamento temporário do contencioso territorial, pois o Tratado mantém como que hibernado, o statu quo dos direitos c posições jurídicas anteriormenteproclamados. É exatamente o qoc reza o artigo IV doTratado.. Se o Tratado enfoca aspectos positivos, tais como, a
utilização permanente e exclusiva da Antártica para finspacíficos, a proibição nela de explosões nucleares e dolançamento de lixo radioativo, a ínstitucionalização deum sistema de controle, o enunciado de normas sobre jurisdição, a postergação de eventuais reivindicações de soberania territorial, não deixa também de apresentar seusaspectos condenáveis. Com efeito, ele expressa sobretudo, nas palavras do Prof. Marotta Rangel, a montagemde um clube de beneficiários, que se outorgam o direitode gerir vasta área do planeta. Em conseqüência, estabeleceu distinções hierárquicas entre as Partes Contratantes classificando-as em três categorias: a dos originários(a mais privilegiada), a dos aderentes que foram admitidos como partes consultivas c a dos simplesmente aderentes. A intenção, portanto, de garantir a supremaciados países originários é evidente.
A fim de alcançar o nível de País Aderente Consultivo(segunda categoria), podendo ter acesso às reuniões consultivas, o Tratado estabelece as seguintes condições: a)que o Estado candidato adira ao Tratado (artigo 13 § I');b) demonstre seu interesse pela Antártica, mediante realização de substancial atividade de pesquisa científica,como, por exemplo, estabelecimento ,de estação cientffica ou o envio de expedição científica (artigo 9' § 2'); c)seja admitido à reunião por todos os Estados que delafaçam parte (artigo 13 §19).
Desejando ser membro consultivo, não poderia o Brasil deixar de enviar sua expedição à Antártica e aí estabelecer base permanente de pesquisa.
O Tratado prevê que, após trinta anos de sua vigência,vale dizer, a partir de 23 de junho de 1991, possa ele sermodificado.
Quais serão as circunstâncias internacionais nessa época, não sabemos. Por isso, nenhuma garantia temos deque os objetivos a que visou, no sentido de postergar aspretensões territoriais e destinar a região para fins puramente pacíficos e de pesquisa científica em beneficio dahumanidade, irão ainda prevalecer.
De qualquer forma e, apesar das deficiências do Tratado, O Brasil optou pelo caminho mais razoável, ao aderira ele e ao tomar as, providências para atender às condições de membro consultivo.
A partir de 1991, ou prevalecerá a corrente de internacionalização da .\ntártica (c, que seria o ideal), ou a tendência territorialista se i.,:porá, trazendo no seu bojo todas as reivindkações de domínio exclusivo sobre parteda região,
A esse resreito, vale talvez relembrar alguns asrectosdas relações internacionais que o direito internacional
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
procura disciplinar. Dcsejo referir-me especialmente aum princípio basilar que informa todo o ordenamentojurídico das relações entre os Estados, qual seja o princípio da efetividade.
Na verdade, é princípio estabelecido desde os fins doséculo XVIII, que um determinado Estado, a fim de poder exigir o respeito da parte dos outros Estados da Comunidade internacional, deve fazer com que todo exercicio do poder corresponda a uma situação verdadeiramente efetiva. E, no que se refere a manutenção da unidade do território nacional, a efetividade consiste em umconjunto de circunstâncias que permitem ao Estado emquestão de ter o território à sua disposição e de nele exercer seus direitos de soberania, de maneira real e constante.
Para que não fiquemos apenas num campo estritamente teórico, o estudo critico do problema poderá serfeito à base de uma análise abundante da jurisprudênciainternacional, apresentando, por conseqüência, o Direito das Gentes tal como se manifesta na realidade.
Assim, lemos na Sentença Arbitral do Rei da Itália relativa à soberania sobre a ilha de Clipperton, quc era disputada cntre a França e o México: "era ncccssário, paraque a tese do México fosse fundada, provar que a Espanha, não sÓ tinha o direito, enquanto Estado, de incorporar a ilha às suas possessões mas ainda que o tinha efetivamente exercido". (Affaire de l'i1e de Clipperton, inRecueil des sentences arbitrales, voI. II p. 1109). E ainda:"é fora de dúvida que além do "animus occupandl". a tomada de posse material e não simbólica é uma condiçãonecessária da ocupação" (idem, p. 1110).
Na célebre sentença arbitral relativa ao litígio entre osEstados Unidos e os Países Baixos sobre a ilha de Palmas, encontramos uma análise bastante detalhada doconceito de efetividade. O caso é interessante sobretudoem virtude de constituir, como sabemost um exemplotípico de conflito entre um título jurídico e uma situaçãode fato.
Na estrutura da referida senteça, está clara a idéia deque a efetividade é o fundamento mesmo do direito desoberania. Assim, o direito de soberania só existe na medida em que ele é exercido efetivamente. Da mesma maneira que para a aquisição da soberania em território"res Dullius" é necessário uma posse efetiva, assim também, em nossos dias, a soberania só se mantém medianteo seu exercício efetivo e constante. Escreve o árbitroMax H uber na célebre decisão '"The growing insistensewith which international law, ever since the middle of the18th Century, has demanded that oecupation shall be effective world be inconceivable, if effeetiveness were required only for the act of acquisition and not equally forthe maintenance ofthe right", ("Island ofPalmas Case",in recueil Des sentences "britrales, vol. II p.839).
O árbitro Max Huber, vai mais além em sua análise.Para ele, na hipótese de ter nascido um litígio por causado exercício dos direitos de soberania por um Estadosobre determinado território, não é suficiente ao outroEstado apenas apresentar um simples tftulo que, emdado momento, lhe havia conferido a soberania no território em questão. É necessário também, e sobretudo, queele prove que o exercício dos direitos de soberania sobreo aludido território sempre existiu e continuava a existirno momento crítico do litígio" ("Island of Palmas Case", idem, idem, pp.838/839"). É o que podemos denominar de concepção dinâmica da soberania, em virtudeda efetividade que constitui o seu fundamento.
E essa concepção positiva da soberania resulta das exigências materiais e morais do mundo contemporânio.Continua o grande mestre do direito internacional:"Although municipal law, thanks to its complete judicialSystem, is able to recognize abstraet rights of propcrty asexisting apart from any material display of them, it hasnome the less F'1lited their effect by the prindples ofpre,scription and the protect.ion ofposse,sion, International law, the structure of which is not based on any super-
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state organization, can not be presumed to reduce a rightsuch as territorial sovereignty, with which almost ali international relations are bound up, to the category of anabstraet right, without concret manifestations" ("Islandof Palmas Case, idem, idem, p.839").
A Jurisprudência internacional ainda nos ensina que,diferentemente do instituto da prescrição aquisitiva doDireito Civil, a efetividade, no Direito Internacional,não é uma questão de prazo fixo, mas uma questão de fato. Com efeito, uma situação efetiva pode apresentar-secaracterizada, em pouco tempo ou após certa duração,tudo dependendo das circunstâncias em pauta, O DireitoInternacional jamais estabeleceu um prazo determinado,a fim de caracterizar as situações efetivas.
No "Minquiers and Ecrehos Case", por exemplo, otribunal Internacional de Justiça tomou como base desua decisão' o exercício efetivo da soberania inglesa nasaludidas ilhas, sobretudo durante a chamada fase "crítica" do litígio. Afirma o Tribunal: "Of the manifold factsinvoked by the United Kingdom Government, the Courtattaches, in particular, probative value to the acts whichrelate to the exercise of jurisdiction and local administration and to legislation" (T. 1. J., Minquiers and EcrehosCase", Recueil, 1953, p.65).
No mesmo sentido, é a decisão do Tribunal Permanente de Justiça Internacional relativa ao litígio entre aDinamarca e a Noruega, a respeito da soberania naGroenlândia: "Même si l'on considere uniquement lapériode comprise entre 1921 et le 10 juillet 1931 (data"crítica"), sans se rélerer aux pério e des antêrieures, laconclusion à laquelle la Cour arrive cst que durant toutce temps, le Danemark s'est considerê comme possédantla souveraineté sur le Groenland tout entier, et qu'il amanifesté et exercé ses droits souverains dans une mesuresuffisant pour constituer um titre valable de souveraineté" (T.J.!., "Affaire du Groenland Oriental", séria A/B,n9 53 pp. 63-64).
Vale também ressaltar que o conceito de efetividadefornecido pelo Direito Internacional, no que se refere àsoberania territorial, não constitui noçãÇl que se devaaplicar de maneira rígida e inflexível. Ao contrário, elapossui certos caracteres de plasticidade que se amoldamàs diversas variantes das situações jurídicas. São as circunstâncias geográfiças, geológicas e até mesmo demográficas que irão influenciar na determinação dos elementos de continuidade e de estabilidade das situaçõesefetivas.
Na referida sentença arbitral relativa à ilha de Palmas,lemos o seguinte: "Manifestations of territorial sovereigty asseume, it is true, different forms, according to conditions of time and place. Although continuous in principie, sovereignty cannot be exercised in fact at cvery moment on every point of a territory. The intermittence anddiscontinuity compatible with the maintenance of theright necessarily differ according as inhahited or uninhabited regions are involved, or regions enclosed withinterritories in which sovereignty is incontestably displayed or again regions acessiblc from, for instanee, thehigh seas" ("Island ofPalmas Case", in: Recuei! des Sentences Arbitrales, vaI. 11, p. 840").
Por fim, é interessante lembrar que, de maneira geral eem situações normais, o reconhecimento constitui, alémde efetividade, a outra condição exigida para que uma"situação de fato" possa penetrar no campo juridico,vale dizer, a fim de que o fato se regularize.
Entretanto, se efetividad'e e reconhecimento devemunir-se para transformar uma pura "situação de fato"em "situação jurídica", nem sempre o mundo das relações internacionais se apresenta de maneira tão lógica.Com efeito, inúmeros são os casos de reconhecimentosem efetividade, ou de efetividade sem reconhecimento,sendo que o núcleo da "situação de fato" é, em qualquerhipótese, a efetividade. Conforme o Direito Internacional, um reconhecimento sem efetividade não poderámanter-se, se a ~'situação de fato" reconhecida não
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manifestar-se posteriormente, com alguns" caracteres deefetividade. E uma "situação de fato", realmente constante c efetiva, produzirá efeitos jurídicos, mesmo quenão venha seguida de reconhecimento. Existe, nas hipóteses referidas, uma polarização do fator efetividade.
Os exemplos poderiam multiplicar-se na análise interpretativa da jurisprudência internacional. Apenas chegaríamos também a outras conclusões importantes, como, por exemplo, a de que a efetividade não se confundecom a pura força material mas é uma idéia cujas conotações são fornecidas pelo próprio-Direito Internacional.Não tem como causa eficiente o tempo, mas é atravésdeste que se manifesta necessariamentc, pois apenas assituações de fato contínuas e ininterruptas são relevantespara O mundo jurídico internacional. A efetividade nãosó constitui o núcleo das situações de. fato, mas também(fato de extrema importáncia) a condição suficiente davalidade da norma jurídica internacional: as normas sãoválidas porque são efetivas e na medida desta efetividade.
O próprio Tratado da Antártica é consiçerado pelomestre internacionalista Chales de Visscher como exem~
pIo de aplicação do princípio de efetividade,("Les Effectivités du Droit International Public", Paris, Pedone,1967, pág. 63), Afirma o abalizado prqfessor;, "Le traitéreste dans les traditions les plus classiques du XIX siéelepar ['effectivité du rôle assumé par les douze Etats quil'ont conclu. Ce rôle fut celui d'un véritable directoirequi, par-delá les stipulations conventionnelles, assureleur suprématie dans l'avenir. Il s'en rapproche plus intimement encore par le caractér~" "objectif' c'est-à-direopposable à tous du statut institué. On a dit avcc raisonque ce régime eSl, "valable objectivement par lui-même,du seul fai! du rôle effectif que les Douze jouent dansl'Antarctique".
Por todas essas razões, estamos plenamente convictosdo acerto da decisão brasileira em aderir ao Tratado eem tomar as providências necessárias para marcar a suapresença efetiva na região, a fim de que não apenas possahabilitar-se a ser membro consultivo, como tambémpreparar-se para as eventualidades futuras por ocasiãoda revisão do Tratado, a partir de 1991.
Aliás, essa linha' dc ação em conformidade com oprincípio jurídico internacional da efetivídade tem sidouma constante em nossa história política, haja vista opróprio princípio do, "ut possidets de facto" que embasou a configuração de nossas atuais fronteiras e a decretação unilaretal do mar territorial de 200 milhas.
Para termos êxito na Antártica, precisamos, finalmente, a par de nossas opiniões jurídicas e de nossa ação diplomática, criar uma verdadeira mentalidade marítima,nascida de uma perfeita compreensão do valor do marpor parte das lideranças nacionais de todos os partidos edo próprio povo brasileiro.
A adesão ao Tratado da Antártica e a prentensão desermos dele membro consultivo mediante nova expedição científica à região, foi, sem dúvida, medida domais alto alcance político. Resta-nos apenas mostrar quesomos capazes de manter nossas decisões, quando tomadas no sentido do exercício de nossos direitos e da salvaguarda dos supremos interesses da Nação.
AgradecimentosEste relatório não poderia ser encerrado sem uma
menção de reconhecimento às pessoas que emprestaramsua inestimável colaboração para a realização e êxito doSimpósio.
Ficam consignados os nossos agradecimentos ao Excelentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, Deputado Flávio Marcílio, ao Excelentíssimo Senhor Ministro das Relações Exteriores, Chanceler Saraiva Guerreiro, ao Excelentíssimo Senhor Ministro daMarinha, Almirante de Esquadra Maximiano da Fonseca, ao Magnífico Reitor e Mestres da Universidade deSão Paulo, aos prezados Congressistas, companheiros deComissão, bem como aos dedicados funcionários e a to-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
dos que colaboraram na organização deste Simpósio, eem geral aos que participaram dos trabalhos na condiçãode expositores, debatedores e ouvintes.
Na parte operacional, à Sr' Édna Medeiros Barreto,Secretária da Comissão de Relações Exteriores, assimcomo às senhoras Regina Beatriz Ribas Mariz, Tcrezinha Versiani Pitanguy, Wanda da Silva Salmhofer e aosenhor Ivo Pires Bezerra que, com competência e dedicação. constituíram pontos altos na eficiente realizaçãodos trabalhos.
Estendemos nossos agradecimentos ao Diretor Jolimar Corrêa Pinto e ao chefe do Serviço de Administração do DECOM. Mauro Diniz Brumana, pelo apoiodado à realização do Simpósio.
Ao ilustre Senador Nilo Coelho, Presidente do SenadoFederal, nossos agradecimentos por nos ter cedido o Auditório Pctrônio Portela, uma vez que o Plenário da Comissão de Relações Exteriores na Câmara não comportaria o númcro de pessoas interessadas em participar doSimpósio.
Creditamos o êxito e o brilhantismo do Simpósio aoilustre Deputado Diogo Nomura, Presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados,que, com seu dinamismo e dedicação, proporcionou atodos os brasileiros um conhecimento atualizado do Programa Brasileiro na Antártica.
Brasilia, setemhro de 1983. - Deputado Tarcísio Durity, Relator.
ERRATA
Na Ata da 4' Reunião Ordinária da Comissão de Serviço Público, realizada em 27 de junho de 1984, no itemrelativo ao Projeto de Lei nO 3.472/84, onde se lê:
" "Parecer: Favorável, com emenda oferecida peloSr. Nilson Gibson e aceita pelo Relator.....,
Leia-se:
.. "Pare,cer: Favorável, com emenda oferecida peloSr. Nilson Gibson e aceita pelo relator, bem comoadoção de duas emendas oferecidas pela Comissãode Constituição e Justiça.....
Em, 14 de agosto de 1984. - Edson Nogueira da Gama, Secretário.
COMISSÃO DE TRANSPORTES
Distribuiçij.o de Projetos em 16 de agosto de 1984Ao Senhor' Deputado Raul Bernardo:Projeto de Lei nO 1.440/83 -,. "Proíbe às empresas de
transporte coletivo utilizar a figura de motoristacobrador, e dá outras providências". Autor: SenhorFrancisco Dias
Ao Senhor Deputado Marcos Lima:Projeto de Lei nO 1.512/83 -., "Permite a aquisição de
automóveis movidos a álcool adaptados para uso de paraplégicos, com isenção de Imposto sobre Produtos Industrializados". Autor: Senhor Denisar Arneiro.
Ao Senhor Deputado Denisar Arneiro:Projeto de Lei nO 2.191/83 -.. "Dispõe sobre gratuida
de nos transportes coletivos a excepcionais, e dá outrasprovidências". Autor: Senhor Leônidas Sampaio.
Ao Senhor Deputado Horácio Ortiz:Projeto de Lei nO 2.739/83 -., "Exclui da aplicação do
dispostq nos artigos 60, inciso I, 164 e 169, do Código deProcesso Penal, os casos de acidentes de trânsito". Autor: Senhor José Carlos Teixeira.
Ao Senhor Deputado Manoel RibeirQ:Projeto de Lei nO 3.038/84 - .. "Dispõe sobre a
cobrança de reajuste nos preços das passagens aéreils":AutOr: Senhor Paulo Lustosa.
Ao Senhor Deputado José Fernandes:Projeto de Lei nO 3.130/84 - .. "Modifica a Lei n9
5.108, de 21 de setembro de 1966, que instituiu o Código
Agosto de 1984
NacionaI de Trânsito, para alterar e acrescentar dispositivo". Autor: Senhor Doreto Campanari.
Ao Senhor Deputado José Colagrossi:Projeto de Lei nO 3.131/84 -,-, "Denominll. "Aeroporto
Internacional Juscelino Kubitschek de Oliveira", o Aeroporto dc Confins, no Distrito de Lagoa Santa, no Estado de Minas Gerais, e dá outras providências". Autor:Senhor Antônio Pontes.
Ao Senhor Dcputado Navarro Vieira Filho:Projeto de Lei n9 3.486/84 - Assegura aos ex
combatentes da Segunda Guerra Mundial direito a passagem gratuita nos transportes coletivos, rodoviários eferroviários, e dá outras providências". Autor: SenhorDjalma Falcão.
Ao Senhor Deputado Pedro Germano:Projeto de Lei nO 3.492/84 -,.. "Introduz alterações no
Decreto-lei n9 512, de 21 de março de 1969, que dispõesobre a política nacional de viação rodoviária". Autor:Senhor Léo Simões.
MESA5' Reunião da Mesa, realizada em 8-8-84
Aos oito dias do mês de agosto de hum mil novecentose oitenta e quatro, às 9 horas, reúne-se a Mesa da Câmara dos Deputados, sob a presidência do Senhor Deputado Flávio Marcílio, Presidente. Presentes os Senhors Deputados Paulino Cícero de Vasconcellos, Walber Guimarães. Fernando Lyra, Ary Kffuri, Francisco Studart eAmaury 'Müller, respectivamente, 19 e 29 VicePresidentes, lO, 20, e 40Secretários. Havendo número legaI, o Senhor Presidente declara abertos os trabalhos. I- Pauta do Senhor Presidente. A Mesa resolve: a) Nomear Darcy Maria Gasparetto Camargo, Técnico Legislativo, Classe Especial, para exercer, no Gabinete doLíder do Partido Democrático Social, o cargo de Assessor Técnico, CD-DAS-I03.3, do Qu-adro Permanente daCâmara dos Deputados; b) Aprovar a 4' Reformulaçãodo Orçamento Analítico da Câmara dos Deputados parao exercício de 1984; c) Aprovar a prestação de contas doClube do Congresso, da parcela correspondente ao 19 trimestre do corrente exercício; d) Ratificar os despachosfavoráveis proferidos pelo Senhor Presidente ad referendum da Mesa, nos seguintes expedientes: I) Exoneraçãode Jarbas Alves Stelman, do Cargo de Assessor Técnico,CD-DAS-102.3, que exercia no Gabinete do 39 Secretário, a partir de 2 de julho do corrente ano; 2) Nomeação de José Carlos dos Santos Araújo para exercer,no Gabinete do 30 Secretário, o cargo de Assessor Técnico, CD-DAS-l02.3; 3) Participação de Maria Rosindada Silva no 111 Curso de Especialização em América Latina, na Universidade de Brasília; 4) Proposta de pedidode crédito suplementar, no valor de 24.000.000.000,00(vinte e quatro bilhões de cruzeiros), para reforço dasdotações de outras despesas correntes e de capital; 5) Requisição.A) Raimundo Nonato Batista, das CentraisElétricas do Piauí S.A, sem prejuízo dos vencimentos evantagens do cargo que ocupa; b) Sonia MagalhãesHoltz, R.G. 506.099, Professor, Classe A, nível OI, doGoverno do Estado do Paraná, até 31-12-84, com ônuspara o órgão de origem; c) Filomena Rochelle FonteneleMoraes, Datilógrafa, Ref. 04, Cl. A da Prefeitura Municipal de Fortaleza; d) Yaci de Andrade Guimarães Pereira, Registro n9 I17.260.3.00, Prof. I Grau - NI - Catom, Efetiva, da Prefeitura do Município de São Paulo,sem prejuízo dos vencimentos e vantagens do cargo queocupa; e) Alcina Alice de Melo Rubio, Registro n9311.327, Prof. Educ. Infantil, Padrão EM-OI-B, lotadaem SME-SUPEME, da Prefeitura do Município de SãoPaulo, sem prejuízo de vencimentos, direitos e demaisvantagens do seu cargo; t) Caio Márcio Seabra Jacobson, servidor do Governo do Estado de Goiás, com ônuspara o órgão de origem, até 15 de março de 1987; g) Eneas Camargo Neves, Técnico de Administração, matrícula n900.948-2, da Companhia Imobiliária de Brasilia TERRACAP, do Governo do Distrito Federal, até 31 de
Agosto de 1984
dezembro de 1984, sem prejuízo de seus salários. h)Fabíola Ferreira Magalhães, Professora do Governo doEstado de Minas Gerais; i) Ernani Gurgel de Lima, servidor do Ministério da Justiça, sem prejuízo de suasfunções de Coordenador do Projeto Teixeira de Freitas,por 90 dias; j) Osvaldo Ferreira de Souza, Agente de Administração, matrícula n' 20/095.405-7, da Prefeitura daCidade do Rio de Janeiro, com ônus para o órgão de origem; I) Liane Lidia Born, matrícula n' 20718390, da Escola de I' Grau Anne Frank - l' DE, do Governo doEstado do Rio Grande do Sul, pelo prazo de um ano,sem prejuízo dos respectivos vencimentos. 6) Prorrogação de requisição. a) Arithozina Moreira da Silva, RGn' 062.660, Instrutora de Ensino Superior da Universidade Estadual de Ponta Grossa. do Governo do Estado doParaná, com ônus para o órgão de origem, até 31-12-84;b) Adelise Maria Bretas, servidora do Governo do Estado de Minas Gerais, até 15 de julho de 1985, sem prejuízo do vencimento e vantagens do cargo; c) Jorge Paivado Nascimento, servidor das Centrais Elétricas do Nortedo Brasil S.A., até 1'-3-85, nas condições solicitadas; d)Maria Helena Ottoni Guedes, do Instituto Brasileiro doCafé, até 2-4-85; e) Manoel Alves de Castro, R.G. n'300.765/DF, Escriturário, padrão li-A, temporário, doGoverno do Distrito Federal, em caráter excepcional,sem prejuízo dos salários e das demais vantagens de suafunção-Atividade, até 31 de dezembro de 1984. Com apalavra, o Senhor Presidente apresenta à Mesa esboço deprí/jeto do Arquiteto Oscar Niemeyer, elevando de 420para 525 o número de Gabinetes de Deputados no Anexo IV, bem como, a construção de um auditório para 800pessoas, tendo em vista a deficiente capacidade existente.f). matéria fica sobrestada na Mesa. li - Pauta do Senhor l' Vice-Presidente. A Mesa aprova os pareceresproferidos por S. Ex', nos seguintes requerimentos de ioformaçao: a) Deputado Clemir Ramos - ao Senhor Ministro da Fazenda, sobre pedido de importação efetuadopela Xerox do Brasil à Cacex - pelo encaminhamento;b) Deputado Osvaldo Melo - ao Senhor Ministro dasMinas e Energia, sobre a instalação de uma base de suprimento de inflamáveis, em Açailândia, Estado do Maranhão - pelo encaminhamento; c) Deputado MárcioBraga - ao Senhor Ministro das Minas e Energia, sobreo balanço Consolidado da PETROBRÁS, referente aoexercício de 1983 - pelo encaminhamento; d) DeputadoAdemir Andrade - ao Senhor Ministro-Chefe da Secretaria de Planejamento da Presidência da República,sobre critérios adotados pelo Conselho Interministerialde Preços nos aumentos do cimento, veículos automotores e medicamentos - pelo encaminhamento; e) Deputado Francisco Amaral - ao Senhor Ministro Chefe doGabinete Civil da Presidência da República, sobre a regulamentação da Lei n' 5.524, de 5 de novembro de 1968- pelo encaminhamento, excluindo-se os itens I, 2, 3,4e 5. f) Deputado Raymundo Asfora - ao Senhor Ministro da Justiça, sobre o convênio entre a União e o Estadoda Paraíba para construção de uma penitenciária emCampinha Grande - pelo encaminhamento.1I1 - Pauta do Senhor 2' Vice-Presidente. A Mesa aprova os pareceres proferidos por S. Ex', nos seguintes expedientes, referentes a reembolso de despesas médico-hospitalares: a)Processo n' 8.494/84. Deputado Vingt Rosado•. "O Deputado Vingt Rosado requer o reembolso de despesasmédico-hospitalares no valor de Cr$ 701.071,25 (setecentos e um mil, setenta e um cruzeiros e vinte e cinco centavos), realizadas no Instituto Hilton Rocha, em Belo Horizonte, MG. Os órgãos técnicos da Casa examinando oprocesso opinaram favoravelmente ao reembolso, sendoque o Fundo Rotativo glosou a importância de Cr$100.650,00 (cem mil, seiscentos e cinqüenta cruzeiros)por se tratar de despesas havidas com acompanhante eserviços extras. Assim, somos favoráveis ao deferimentodo pedido no valor de Cr$ 600.421,00 (seiscentos mil,quatrocentos e vinte e um cruzeiros)." b) Processo n'5.533/84. Deputado Pedro Colin. "O Deputado PedroColin requer o reembolso de despesas médico-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
hospitalares no valor de Cr$ 4.105.075,00 (quatro milhões, cento e cinco mil e setenta e cinco cruzeiros) realizadas no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo - Capital. Os órgãos técnicos da Casa decidiram, emparecer final, que o processo está em ordem, sendo que oFundo Rotativo glosou a importância de Cr$ 18.000,00(dezoito mil cruzeiros) referente a despesas telefónicas.Assim sendo, somos favoráveis ao reembolso da quantiade Cr$ 4.087.075,00 (quatro milhões, oitenta e sete mil esetenta e cinco cruzeiros) a correr por conta do FundoRotativo da Câmara dos Deputados". c) Processo n'8.176/84. Deputado Nilton Alves.. "O Deputado NiltonAlves requer o reemboso de despesas médieohospitalares no valor de Cr$ 1.241.737,00 (hum millhão,duzentos e quarenta e um mil, setecentos e trinta e setecruzeiros), jã efetuadas as glosas apontadas pelo Encarregado do Fundo Rotativo. Os órgãos técnicos da Casaopinaram favoravelmente ao reembolso do pedido eaceitando a glosa feita pelo referido Fundo, somos pelodeferimento do requerimento". d) processo n' 5.363/84.Deputado João Paganella... "O Deputado João Paganellarequer o reembolso de despesas havidas com tratamentomédico-hospitalar no valor de Cr$ 70.200,00 (setenta mile duzentos cruzeiros). O processo foi examinado pelosdiversos órgãos da Casa e recebeu informações favorâveis, assim sendo, opinamos pelo deferimento do pedido". e) Processo n' 7.144/84. Deputado Wagner Lago."O Deputado Wagner Lago requer o reembolso de despesas havidas com tratamento médico-hospitalar no valor de Cr$ 2.145.000,00 (dois milhões, cento e quarenta ecinco mil cruzeiros). O processo foi informado favoravelmente pelos órgãos técnicos da casa, com o que também estamos de acordo. Assim sendo, opinamos pejo deferimento do pedido". f) Processo n' 7.490/84. Deputado João Cunha." "O Deputado João Cunha requer oreembolso da quantia de Cr$ 4.690.000,00 (quatro mi'lhões, seiscentos e noventa mil cruzeiros) referente a despesas havidas com tratamento médico-hospitalar. O processo foi informado favoravelmente pelos órgãos técnicos da Casa, com o que também estamos de acordo.Nosso parecer é pelo deferimento do pedido". IV Pauta do Senhor l' Secretário. A Mesa aprova os pareceres proferidos por S. Ex' nos seguintes expedientes: a)Aposentadoria. I) Processo n' 8.296/84. Hedésio anjosdas Neves, Técnico Legislativo Adjunto. Trata o Presente processo da áposentadoria do Hedésio Anjos das Neves, ocupante do cargo de Técnico Legislativo Adjunto,Clãss<;."B", CD-AL-Oll, Referência NS-19, com o provento correspondente ao vencimento da class~ "C" Referência NS-22, da mesma Categoria Funcional. Segundoinforma o Departamento de Pessoal (fls. 6), o requerenteconta com o tempo de serviço necessário à concessão, oque foi demonstrado através do Mapa de Tempo de Serviço de fls. 4, podendo ser aposentado, conforme minutade Ato de fls. 5, nos termos dos artigos 101, item m e102, item 1, alíne';l "a", da Constituição da República Federativa do Brasil, combinados com os artigos 183, itemII, alínea. "a", 186, item I, alínea. "a" e [93, item I, daResolução n' 67, de 9 de maio de 1982, com as vantagensprevistas no artigo 165, item VIII, da mesma Resoluçãon' 67, combinado com o artigo 5' da Resolução n' 38, de1983; no artigo 171 da Resolução n' 67, citada, combinado com o artigo 3' da Lei n' 5.902, de 9 de julho de 1973;no artigo 7' da Resolução n' I, de 7 de março de 1980,observando-se o disposto no § 2' do citado artigo 102 daConstituição. Manifesto-me pelo deferimento do pedido,de acordo com as informações". 2) Processo n' 7.629/84.João Borges dos Passos. Técnico Legislativo Adjunto.
."Trata o presente processo da aposentadoria de JoãoBorges dos Passos, ocupante do cargo de Técnico Legislativo Adjunto, Classe .. "B", CD-AL-OII, ReferênciaNS-19, com o provento correspondente ao vencimentoda Classe. "C", Referência NS-22, da mesma CategoriaFuncional. Segundo informa o Departamento de Pessoal(fls. 5), o requerente conta com o tempo de serviço necessário à concessão, o que foi demonstr!,do através do
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Mapa de Tempo de Serviço de fls. 3, podendo ser aposentado, conforme minuta de Ato de fls. 4, nos termosdos artigos 101, item III, e 102, item I, alínell. "a", daConstituição da República Federativa do Brasil, combinados com os artigos 183, item 11, alínea "a", 186. item I,alínea "a" e 193, item I, da Resolução n' 67, de 9 de maiode 1962, com as vantagens previstas no artigo 165, itemVIII, da mesma Resolução n' 67, combinado com o artigo 5' da Resolução n' 38, de 1983; no artigo 171 da Resolução n' 67, citada, combinado com o artigo 3' da Lein' 5.902, de 9 dejulho de 1973; no artigo 7' da Resoluçãon' I, de 7 de março de 1980, observando-se o disposto no§ 2' do citado artigo 102 da Constituição. Manifesto-mepelo deferimento do pedido, de acordo com as informações". b) Designação. I) Processo n' 8.279/84. Departamento de Finanças.. "Trata o presente processo da indicaçào de Francisco Antonio Pereira da Silva, TécnicoLegislativo, Classe Especial, ponto n' 944 e Sueli BatistaMachado, Técnico Legislativo Adjunto, Classe" "An
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ponto n' 1.927, para que sejam designados, respectivamente, I' e 2' substitutos do Diretor da Coordenação deAdministração Financeira, CD-DAS-101.3, do Departamento de Finanças, em seus impedimentos eventuais, apartir de 14 de junho de 1984. Tendo em vista o dispostono § 2' do ar!. 136 da Resolução n' 67 de 1962, com anova redação que lhe foi dada pelo art. l' da Resoluçãon' 14, de 1975, a designação dos substitutos indicados,por não existir na Câmara a substituição automática, deverá efetivar-se mediante ato expedido pela Mesa, nostermos da minuta de fls. 3, apresentada pelo Departamento de Pessoal. Manifesto-me pela aprovação do ato,de acordo com as informações": 2) Processos 8.952/84 e8.953/84. Departamento de Material e Património."Trata o presente processo da indicação de Itamar Costa, Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n' 1.265,e Carlos Alberto Rêgo Azevedo, Técnico Legislativo,Classe Especial, ponto n' 1.438, para que sejam designados, respectivamente, I' e 2' substituto do Diretor daCoordenação de Material e Património, CD-DAS-I01.3,do Departamento de Material e Patrimônio, em seus impedimentos eventuais, a partir de 5 de julho de 1984.Tendo em vista o disposto no § 2' do ar!. 136 da Resolução n' 67, de 1962, com a nova redação que lhe foidada pelo ar!. I' da Resolução n' 14, de 1975, a designaçào dos substitutos indicados, por não existir na Câmara a substituição automática, deverá efetivar-se mediante ato expedido pelo Mesa, nos termos da minuta defls. 6, apresentada pelo Departamento de Pessoal.Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordo com asinformações". 3) Processos nOs 08.949/84 e 08.950/84.Departamento de Material e Patrimônio,. "Trata o presente processo da indicação de José Gouveia Pereira,Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n' 784, c JdséRomero Pereira, Técnico Legislativo, Classe Especial,ponto n' 1.463, para que sejam designados; respectivamente, I' e 2' substitutos do Diretor de Coordenação deMaterial, CD-DAS-I01.3, do Departamento de Materiale Patrimônio, em seus impedimentos eventuais, a partirde 29 de junho de 1984. Tendo em vista o disposto no § 2'do art. 136 da Resolução n' 67, de 1962, com a nova redação que lhe foi dada pelo art. I' da Resolução n' 14, de1975, a designação dos substitutos indicados, por nãoexistir na Câmara a substituição· áutomátiea, deveráefetivar-se mediantcato expedido pela Mesa, nos termosda minuta de fls. 5, apresentada pelo Departamento dePessoal. Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordocom as informações". 4) Processos 8.919/84 e 8.920/84.Departamento de Material e Património... "Trata-se opresente processo da indicação de João Ribeiro da SilvaSobrinho, Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n'1.143, e Valdemir Pereira Rocha, Técnico Legislativo,Classe Especial, ponto n' 1.377, para que sejam designados, respectivamente, I' e 2' substitutos da Diretora doDepartamento de Material e Patrimônio, CD-DAS101.4, em seus impedimentos eventuais, a partir de 29 dejunho de 1984. Tendo em vista o disposto no § 2' do ar!.
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136 da Resolução n' 67, de 1962, com a nova redaçãoque lhe for dada pelo art. l' da Resolução n' 14, de 1975,a designação dos substitutos indicados, por não existirna Cámara a substituição automática, deverá efetivar-semediante ato'expedido pela Mesa, nos termos da minutade fls. 5, apresentada pelo Departamento de Pessoal.Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordo com asinformações". 5) Processo n' 8.502/84. Coordenação deApoio Parlamentar, "Trata o presente processo da indicação de Djalma Bezerra Pereira, Técnico LegislativoClasse Especial, ponto n' 593, para que seja designado 2'substituto do Diretor da Coordenação de Apoio Parlamentar, CD-DAS-101.3, desta Secretaria, em seus impedimentos eventuais, a partir de 29 de junho de 1984. Tendo em vista o disposto no § 2' do art. 136 da Resoluçãon' 67, de 1962, com a nova redação que lhe foi dada.peloart. I' da Resolução n' 14, de 1975, a designação dosubstituto indicado, por não existir na Câmara a substi:tuição automâtica, deverá efetivar-se mediante ato expedido pela Mesa, nos temos da minuta de fls. 03, apresentada pelo Departamento de Pessoal. Manifesto-me pelaaprovação do ato, de acordo com as informações". 6)Processo n' 8.701/84. Centro de Documentação e Informação.. "Trata-se o presente processo da indicação deZilah Ferreira Motlinha, Técnico em Pesquisa Legislativa, Classe Especial, ponto n' 1121, para que seja designada l' substituta da Diretora da Coordenação de Publicações, CD-DAS-101.3, do Centro de Documentação cInformação, em seus impedimentos eventuais, a partir de28 de junho de 1984. Tendo em vista o disposto no § 2'do art. 136 da Resolução n' 67, de 1962, com a nova redação que lhe foi dada pelo art. I' da Resolução n' 14, de1975, a designação da substituta indicada, por não existirna Câmara a substituição automática, deverá efetivar-semediante ato expedido pela Mesa, nos termos da minutade fls. 3, apresentada pelo Departamento de Pessoal.Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordo com asinformações". 7) Processo n' 9.112/84. Assessoria de Divulgação e Relações Públicas•. "Trata-se o presente processo da indicação de Victor Eduardo Barrie Knapp,Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n' 1192, paraque seja designado I' substituto do Chefe de Serviço deDivulgação, da Assessoria de Divulgação e RelaçõesPúblicas, CD-DAS-101.3, em seus impedimentos eventuais, a partir de 16 de julho de 1984. Tendo em vista odisposto no § 2' do art. 136 da Resolução n' 67, de 1962,com a nova redação que lhe foi dada pelo art. I' da Resolução n' 14, de 1975, a designação do substituto indicado, por não existir na Cámara a substituição automática, deverá efetivar-se mediante ato expedido pela Mesa,nos termos da minuta de fls. 3, apresentada pelo Departamento de Pessoal. Manifesto-me pela aprovação doato, de acordo com as informações". c) Dispensa de ponto. Processo n' 8.310/84. Aldênia Teles Milfont e Cristina Alves de Oliveira Piza.. "A Coordenação de PessoalTrabalhista solicita, no presente processo, autorizaçãopara que as servidoras Aldênia Teles Milfont e CristinaAlves de Oliveira Piza, designadas por aquela Coordenação, participem do 5' Congresso Brasileiro de Alcoolismo, a realizar-se em São Paulo, no período de 6 a 9-984, assim como permaneçam naquela capital por maiscinco dias, a fim de conhecerem Centros de Recuperaçãoe programas relativos ao trabalho que vêm realizandonesta Casa. A matéria está regulada pelos Atos da Mesan' 16/75 e n' 93/78. A instrução do processo é no sentidode que seja concedid.a a autorização solicitada, uma vezque os conhecimentos a serem adquiridos pelas referidasservidoras deverão reverter em benefício do serviço daCasa, propondo, ainda, o Senhor Diretor-Geral, sejamaplicadas as Vantagens e observados os deveres estabele.cidos no art. 11 do Ato da Mesa n' 16/75. Em face dasmanifestações favoráveis constantes do processo soupela concessão da dispensa de ponto solicitada, bemcomo pelo pagamento, pela Câmara, da taxa de inscrição, na conformidade do disposto no art. 11, e seu §2'; do Ato da Mesa n'.16/75". Em seguida, a Mesa resol-
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
ve: a) Aprovar os seguintes Projetos de Resolução: I) Altera o Anexo II à Resolução n' 36, de 24 de outubro de1983, e dá outras providências; 2) Introduz alterações naResolução n' 20, de 30 de novembro de 1971. b) Aprovaro Projeto de Lei quI). "reajusta os valores de vencimentos,salários e proventos dos servidores da Câmara dos Deputados e dá outras providências". V - Pauta do Senhor2' Secretário. A Mesa aprova os pareceres de S. Ex' proferidos nos seguintes projelos de Resolução: I) Autorizao Senhor Deputado Elquisson Soares a participar demissão cultural no exterior - pela aprovação; 2) Autoriza o Senhor Deputado Epitácio Cafeteira a participar demissão cultural no exterior - pela aprovação; 3) Autoriza o Senhor Deputado Flávio Flores da Cunha Bierrenbach a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 4) Autoriza o Senhor Deputado GastoneRighi a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 5) Autoriza o Senhor Deputado Hermes Zanetli a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 6) Autoriza o Senhor Deputado Jessé Freirea P~fticipar de missão cultural no exterior - pela aprovação; 7) Autoriza o Senhor Deputado João Herculino aparticipar de missão cultural no exterior - pela aprovação; 8) Autoriza o Senhor Deputado Luiz Henrique deOliveira a participar de missão cultural no exterior pela aprovação; 9) Autoriza o Senhor Deputado MarioJuruna a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 10) Autoriza a Senhora Deputada MyrthesBevilacqua a participar de missão cultural no exteriorpela aprovação; 11) Autoriza o Senhor Deputado NadyrRossetti a participar de missão cultural no exterior pela aprovação. 12) Autoriza o Senhor Deputado Nelson Morro a participar de missão cultural no exteriorpela aprovação. 13) Autoriza o Senhor Deputado Paulino Cícero de Vasconcellos a participar de missão cultural no exterior - pela aprovação. 14) Autoriza O SenhorDeputado Vieira da Silva a participar de missão culturalno exterior - pela aprovação. Em seguida, o Senhor 2'Secretário relata os seguintes expedientes, referentes a retificação de lista de presença; 1). "O Senhor DeputadoGuido Mocsch apresenta requerimento à Mesa solicitando retificação das listas de presença em que constam oseu não comparecimento às sessões da Câmara e doCongresso Nacional no dia 24 de maio próximo passado.Remei:fdoõ proéesso ao SetorCõmpêienie dõ Departamento do Pessoal para informar, ficou confirmada a suapresença na sessão extraordinária da Câmara (trabalhode Comissão) no dia mencionado. Assim, conforme determina o item IV do art. I' do Ato da Mesa n' 14/70,somos pela retificação da falta objeto do presend processo". A Mesa aprova o parecer; 2)."0 Senhor Deputado Pedro Corrêa apresen ta requerimento à Mesa solicitando retificação de falta registrada no mês de junho docorrente ano. Remetido o proce~so ao setor competentede Departamento do pessoal para informar, ficou confirmada a sua presença a todas as sessões realizadas naquele mês, pois, embora no dia 3 tenha estado ausente às sessões da Cámara e do Congresso Nacional, recebeu presença na sessão extraordinária destinada ao trabalho deComissão havida naquela data. Assim, conforme 'determina o item IV do art. I' do Ato da Mesa n' 14/70, so- .mos pela retificação da falta objeto do presente processo". A Mesa aprova o parecer. Prossegui!!do, o Senhor2' Secretário devolve de vista o processo referente à representação feita pelo Deputado Ulysses Guimarães epelo Senador Affonso Camargo, contra a prisão dos Deputados Aldo Arantes, Jacques D'Ornellas, feita peloGeneral Newton Cruz, e informa, oralmente, que, emprincípiQ, está de acordo com o parecer do relator, entretan to, gostaria que o referido parecer contivesse referências à atuação do Presidente da Casa junto às autoridades governamentais, quando da prisão dos DeputadosAldo Arantes e Jacques D'ümellas. Informa, ainda, quenão deu parecer escrito, dada a urgência da matêria. OSenhor 3' Secretário solicita vista, a qual é concedida.Nada mais havendo a tratar, às I1 horas, o Senhor Presi-
Agosto de 1984
dente suspende a reunião por 10 minutos, a fim de ser lavrada a presente ata. Reaberta a reunião, é a ata lida eaprovada. Eu, Secretário-Geral da Mesa, lavrei a presente ata que vai à publicação. - Flávio Marcílio, Presidente da Câmara dos Deputados.
PORTARIA N' LT/FC/S7/84
O Diretor-Geral da Secretaria da Cámara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir Claudio Goldman, ponto n'33.667, de acordo com a Resolução n' 66, de 17 de marçode 1978, e o Ato da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de1983, para exercer, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho, a função de Auxiliar de Gabinete Parlamentar, a partir de 22 de junho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral.
PORTARIA N' LT/FC/S8/84
O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir Marcos Duarte Cardoso Alves,ponto n' 33.665, de acordo com a Resolução n' 66, de 17de março de 1978, e O Ato da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, para exercer, sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho, a função de Secretário deGabinete Parlamentar, a partir de 29 de junho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - AdeImar Silveira Sahino, Diretor-Geral.
PORTARIA N' LT/FC/S9/84
O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho e de acordo com a Resolução n' 66, de17 de março de 1978, e o Ato da Mesa n'23, de 02 de dezembro de 1983, os seguintes Assistentes de GabineteParlamentar: Martha Maria Nogueira Botelho, a partirde 02 de julho de 1984; Miguel Molina Prieto, a partir de31 de julho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral.
PORTARIA N' LT/FC/60/84
O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho e de acordo com a Resolução n' 66, de17 de março de 1978, e o Ato da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os seguintes Auxiliares de GabineteParlamentar: Manoel Ataíde de Melo Filho, a partir de02 de julho de 1984; Carlos André Elmer, a partir de 04de julho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral.
PORTARIA N' LT/FC/61/84
O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho e de aeordo eom a Resolução n' 66, de17 de março de 1978, e o Ato da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os seguintes SECRETÁRIOS DE GABINETE PARLAMENTAR: Joaquim Antônio Correa,Maria do Carmo Torres Braz e Ana Catarina RibeiroCunha, a partir de 02 de julho de 1984; Celina CondeRossetti, a partir de 05 de julho de 1984; Lilian Claudia
Agosto de 1984
Miranda de Souza e Maria José do Nascimento, a partirde 06 de julho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral
PORTARIA N' LT/FC/62/84
o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto noAto da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os seguintes ASSISTENTES DE GABINETE PARLA-'MENTAR: José Por/Iria Fontenele de Carvalho, ponton' 32.509, a partir d,e 12 de julho de 1984; Luiz FredericoArgollo Leão, ponto n' 31.694, a partir de 30 de julho de1984; Rosana Rita Ruotolo, ponto n' 33.256, a partir de30 de julho de 1984; Sérgio Augusto Fagundes Salomão,ponto n' 31.863, a partir de 31 de julho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral
PORTARIA N' LT/FC/63/84
o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto' no
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Ato da Mesa nl" 23, de 02 de dezembro de 1983, os seguintes SECRETÁRIOS DE GABINETE PARLAMENTAR: Dayse da Fonseca Ribeiro Jacó, ponto n'32.909, a partir de 16 de julho de 1984; Ednora Riquiere,ponto n' 33.365, a partir de 16 de julho de 1984; Mauricio Cardoso, ponto n' 33.428, a partir de 17 de julho de1984; Elzenita Figueiredo Santos, ponto n' 33.584, a partir de 29 de julho de 1984; Marcus Moreira Borges, ponto n' 33.582, a partir de 29 de julhQ de 1984; GeraldoBraga Pinto, ponto n' 33.641, a partir de 31 de julho de1984; José Moreita Kffuri, ponto n' 31.060, a partir de31 de julho de 1984; Shinji Imai, ponto n' 33.648, a partirde 31 de julho de 1984; Simone Lobão Melo Raulino,ponto n' 31.121, a partir de 31 dc julho de 1984; WilsonRoberto Magalhães, ponto n' 32.877, a partir de 31 dejulho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral
PORTARIA N' LT/FC/64/84
o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto noAto da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os seguintes MOTORISTAS DE GABINETE PARLA-
SECRETARIA-GERAL DA MESA
1 9 8' 3
REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES ENCAUINHADOS
EUEI/TA
Sábado 18 8063
MENTAR: Benedito Chavita de Souza, ponto n' 32.926,a partir de 30 de julho de 1984; Nilton Alves Gondim,ponto n' 32.422, a partir de 30 dc julho de 1984; MuriloSilva, ponto n' 33.479, a partir de 31 de julho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral
PORTARIA N' LT/FC/65/84
o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputados, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto noAto da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os seguintes AUXILIARES DE GABINETE PARLAMENTAR: Carlos Gomes Matias, ponto n' 33.249, a partir de02 de julho de 1984; Maria Célia Silveira Magalhães,p'onto n' 33.630, a partir de 04 de julho de 1984; 01airMaricciri Moura, ponto n' 33.481, a partir de 12 de julhode 1984; Maria de Jesus Almeida Silva Castro, ponto n'33.357, a partir de 19 de julho de 1984; Nize MarinhoRamos, ponto n'33.592, a partir de 22 de julho de 1984;Adelina Rieger Horrmann, ponto n' 30.776, a partir de30 de julho de 1984; Suely Dantas Costa, ponto n'33.015, a partir de 31 de julho de 1984.
Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Silveira Sabino, Diretor-Geral
DATA D.4 R~··::;SS.·~ AC G/...=:::~·~':Z C7:·~7.
PR~~!JE::·:CI.!" D.:; .~~?~='::'IC.~
2/83'
35/83
59/83
63/83
70/83
80/83
JOÃO HERCULINO
'FERREIRA MARTINS
WALL FERRAZ
FRANCISCO AMARAL
HtLIO DUQUE
EDUARDO MATARAZZOSUPLICY
Soticita informações à SEPLAN sobre os aumentos
dos'preçoB dos derivadoB de petróleo.
Soticita informaçõeB ao Sr. MINISTRO EXTRAORDINÁRIO PARA ASSUNTOS FUNDIÁRIOS sobr~ a arrecadação
pelo INCRA, nos exerctcios de '1978 a 1982, do Im
posto Territorial Rupat.
Sol~cita informações ao MIBISTtRIO DA AGRICU~TURA
sobre a 1:mp~antação do Parque NacionaL 'da Capiva
ra, em são Raimundo Nonato, no Piaut.
Solicita informações ao MINISTtRIO DA PREVIDENCIA
E ASSISTENCIA SOCIAL sobre os débitos em atraso
das. prefeituras municipais e sobre acordos para
pagamento parcetado,
Solicita informações à SECRETARIA DE PLANEJAMENTODA PRESIDENCIA DA REPOBLICA, sobre empresas brasi
Zeiras com sede própria ou alugada no exterio~.
Solicita informações ao MINIBTtRID 'DA "FAZENDA e àSECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESIDENCIA DA REPO. -BLICA, sobre facitidades de empréstimos junto aoBanco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ao
Grupo Coroa-Brastet.
Of. SGM-20, de 09.~3.83
Of. SGM-586, de 29.06.83
Of. SGM-822, de 04,10.83
.Of. SGM~826, de 04.10.83
Of. SGM-833, de 01.10.83
0f. SGM-1048,. de 17.11. 83
8064 Sábado 18 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
SECRETARIA-GERAL DA MESA
1 983
REQUERIUEllPOS DE INFORMAÇÔES ENCAUINHADOS
Agosto de 1984
81/83
83/83
84/83
85/83
89/83'
100/83
101/83
/,UTOR
BRANDÃO MONTEIRO
FRANCISI.:O AMARAL
EDU/,RVQ MATARAZZOSUPLICY
FRANCISCO AMARAL
AIRTON SOARES
EDUARDO MATARAZZOSUPLICY;
FRANCISCO AMARAL'
EUEIITA
Solioita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS E
ENERGIA, sobre a real situaçã; d~ Garimpo deSerra Pelada, no Estado do Pará.
Solioita informações ao MINISTtRIO DA PREVIDtN
CIA E ASSISTSNCIA SOCIAL, sobre débitos das pr~
fe.i turas Munioipai.s.·
Solioita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA,
sobre QS oontratos assinados pelas autoriadades
monetárias do GoVeT'no. brasileiro c"Qm os Bancos
oredores do Brasil, em 1982 e 1983.
Solioita informações ao MINIBTtRIO DA JUSTIÇA s~
bre estudos daquela Pasta a respeito da oriação
de novas Juntas de Conoiliação e Julgamento em
todo o Pats.
Solicita informações à SECRETARIA DE PLANEJAME~
TO DA PRESIDtNCIA DA REPOBLICA, sobre o pessoal
das Entidades Estatais.
Solioita infor~ações ao MINISTtRIO DA FAZENDA,
sobre a liquidez do Grupo Coroa-Brastel.
Solioita informações ao DASP' sobre d~~is$ões
ocorridas, de 1982 a 1983, n;s órgãos ,do go~e~
no Federal situados nos Estados, Territórios e
Distrito Federal.
Di1TA DA R~:·::;S5.!.. ~o G.:'=~::~::-E C.=-::-: ~.~
PR'5S1D;;!·lCI.s D..': .~~?;;·5DI C:~
Of.SGM-l049, de 17.11.83
Of. SGM-l051, de 17.11.83
·Of. SGM-1052, de 17.11.83
Of. SGM-l053, de 17.11.83
Of. SGM-j057, de 17.11.83
Df. SGM-1135, de 29.11.8.,
Df. SGM-1136, de 29.11.83
102/83
109/83
FARABULINI. JONIOR Solicita info~mações'à SEPLAN sobre prejuizos de
Empresas Estatais nos últimos 3 anos.
AMILCAR iJE QUEIROZ Solicita informações ao DASP sobre o total dIE ser, -vidores civis, que após a aplioação das medidas
de decorre.nte.s da Le1: ~9 6 .145/70~ retornaram àatividade. Of. 8G#-1144, de 29.22.83
112/83
122/83
126/83
SALLES Li':ITE
FRANCISCO AMARAL
SAMIR ACI/DA
Solicita informações ao MIJE sobre os 50 maiores e
50 menores salários pagos aos funcionários da El~
trobrás, Petrobrás, Interbrás, Cia. Vale do Rio
Do'ce, Nuclebrás e Itaipu Binacionai.
Solioita informações ao MPAS sobre a arreoadação
da taxa de custéio de salário-familia.
SoZicita informações ao MINIST&RIO DA FAZENDA so
bl'e a fiscalização do Banco C~ntral junto a enti
dades finance$ras.
Df. SGM-1147, de 29.11.83
Of. SGI·!-1l57, de 29; 11. 83
Of. SGM-1161, d. 29.11.83
Agosto de 1984 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
SECRETARIA-GERAL DA MESA
1 D 8 3
REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS
Sábado 18 8065
128/83
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136/83
140/83
139/83
141/83
AUTOR
SALLES LEITE
Dos Sra. L{deresdo nJDB. PTB.PDT e PT.
DJALI1A FALCÃO
AMAURY MIILLER
PEDRO NOVAIS
FREIT,lS IiOBRE
EMElJTA
Solicita infol'mações ao MINISTeRIO DA AERONÂUT!.
CA sobl'e 1:nfl'a-estl'utul'a ael'opol't!iál'ia.
Solicita infol'maçõ"" ao MINISTtRIO DA l'AZElIDA so
bre c~~ditQa 6btidos ou garantidos peZo Tesouro
Nacional.
So licita 1:nfol'maçõeS' aó I1RE sobl'e o dossiê d"no
mi.nado "Re Zatório Saraiva Ir.
Solicita informações ao MPAS sobre a sitação
real das contas da Previdência.
SoZicita informações ao I.fINTER sobre 1"ecuY'sos do
FINOR. aplioados na agl'op"cuál'ia e na indústl'ia,
nOS últimos 5 anos.
solioita inf~rmações à SEPLAlI sobre os cortes nos
investimentos do Sistema TeZebrán.
DATA DA R2.!·!?:SSf... AO GA=I.::~~~ CI:":':' :.";'PRSSIlJE:;CI.:" D.~ _=f~?:·~~iC.";'
Df. S0I1-1163, de 2~.11.83
Df. SOM-0021, de 13.03.84
oj. SGM-0023. de 13.03.84
Df. SGM-0027, de 13.03.84
Of. SGM-0026. de 13.03.84
Df. 5GM-()028, de 13.03.84
1.51/83 OSWALDO LIMA FILHO solicita info.rmações. ao MINISTtRIO DA I1ARINHA sz.
bve os austos em cru~eiroB e em d5Zares das exp~
dições brasilei!'as à Antártida. Df. 50M-0038, de 13.D3.84
1.53/8$ .
157/83
FRANC!S,:O AI1ARAL
RAYMUNDO ASF(JRA
Solicita i1tfo!'mações ao MINISTr:'RIO DO 1!RABALJlO
sob!'e a r"guZame1ttaç~o da rrofiss;o de soci5Zogo.
Solicita informaç5es ao MME sobre as jazidas que
S8 encon~ram em processo de Za1Jra ?10 Estado da
PaI'aiba.
Df. 5GN-p040, d" 13.03.84
Df. SOM-0044/83, de 13.03.84
159/83
169/84
CHAOAS VASCONCELOS Solicita 1:nfoI'mações ,ao TRIBUNAL DE CONTAS DA
UNIífo sobre o repasse pelo Pode!' Exeoutivo das
pa'Y'c87~a8 do Iir e IPI- aos Estados e Munic{plos.
AI1ILC,;R JE QUEIROZ Solicita info!'mações' aO I1ME sobre a constru;:ão
de gasoduto Ugando o Alto Amazonas à oidade de
são Paulo.
Df. OP-0-354, de 13.01.84
Df. SGN-1C1. de 28.03.84
170/84
172/84
COUTItIHiJ JORGE
THOMAZ COELHO
Solicita informações ao MINISTtRIO DOS TRANSPOR
TES e à SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESIDrNCIA
DA REPOBLICA, sob!'e o p!'ojeto as "Eclusas de Tu
curut.
Solicita informações ao MINTER sobre projetos
apI'ovados pela SUDENE em 1983:
Df. SGM-11~, de 28.03.84
Of. S0I1-103. de 28.03.84
8066 Sábado 18
:r;
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
Sr:CRET.4RIA-Gt.:RAfJ Dj~ !·!ESil
1 .9 B ;)
REQUERTt.jEtlTOS DE I:VFORf:!AÇÕES ENCAMINHADOS
Agosto de 1984
D.1'7'.'1 [iA R::::·:~:::::.~ ..~-':; G..j::::~:;; CI:-':: ...-'PR::SI !J;;·;C-"~.~ D/. p::?:;'~::'IC.';'
179/84 THOMAZ COELHO Sotioita informaç5es ao NINTER sobre a atuç~o do
TJNilC,c; em 1.983. Df. SGM-173, de 18.04.84
181/84 CHAGAS V,ISCONCELOS' soticita ,informações ao TCU sobre transferência de r~oursos do Fundo de Partioipaç~o dos
Municipios refe~antes a seu Estado~ no mês de
março de 1984.Df. GP'-0-801, de 23.04.84(ao Te
185/84
186/84
,9/84
90/84
91/84
92/84
93/84
JOSÉ TAVARES
FRANCISCO AMARAL
JOSÉ CARLOSTEIXEIRA
AMAURY M!Ji.LF"R
AMAURY Mé/LL;:R
JosE TA~'A.PE:)
HÉLIO DUQUE
Solioita informações ao MINIBTtRIO DAS COMUNICA
ÇVES sobre oritérios adotados para partioipação
das concessionárias no' denom1:nado Irpercentual"
!Jnico. sobre Tráfego Mútuo".
So~iaita info~mações ao UNE sobre reajustes dastarifas de energia etétrioa.
Soticita informações ao MIffISTtRIO DA FAZENDA so
bre d{vida em dótar das omppe.sas· privadas.
Sotic:ita info::mações ao MME sohl'e exploração de
riquezas minerais por empresas muZtinacionais.
Soticita informaçõeo ao ,liME sobre o batanço de
19.83 da PETROBRÁS.
Sotioita informações ao GABINETE CIVIL DA PRESI
DENCIA DA REP!JBLICA, sobre aB ",:aÇJenB do Presi
dente da Repúbl.ica ao Marr1ocos e a Chin~.
80 lici ta infol>maçÕG8 ao GABINSTE CIVIL DA PRESI
DENCIA DA REPr!BLICA, sobre a' 1',:aÇJem do Presl:den
t~ João FigueiT~do ao Japão e a China.
Df. SGM-178, de 18.04.84
Of· SGM-n.", de 18.04.81
Of. SGM-328, ac 28.~S.84
df. SGI1-32D, dn 28.05.84
Of. SGM-330, dê 28.0S.84
Df. SGM-J31~ {:.; 28. D5. 81:
Df. SGM-332. cc 28.05.81
201/84 JOSE EUDE~
205/84 CHAGAS VAf.CONCELOB
206/84 CRISTIVA T~VARES
Solicita infopmaç3es ao MINI3TtRIO DAS RELAÇ3ES
EXTERIORES, sobpe quais as pl'oviriênc:ias a Gerem
tomadas pa lo GoVerno em t'n l.aç.2io aos nras i l.e {l'OS
desaparecidos na Argentina.
Solicita infol'mações ao I1INISTE':RIO DO INTERIOR,
sobre projetos de açudes a Gorem desenvoLvido;
peta DNOCS no Ccar5.
,soZicita info'Y'mações ao grl1J'IS'l'ÉRIO D/l INDúSTRIA
E DO COMERCIO, Bobre ati.nação de bcnn de r~o
pri.edade. ào I.4A.1 "Localizados nOD EDtados de !.!-{,
na;:; Gerai:;;., são Paulo., Bahi.a) Pepnam'bucc., Ã{c:
goas e Pa.:t.>a{ba.
Of. SGM-Z,::(I~ de 06. OB. E1
Of. s"-;r.1-E':i J Cf? ~18.0S.F·;
207/84E VIi t"lDR O
MOURAj·RES DE
SoZ.ic,(ta '1>zformaçães ao XINISTtRIO DA P/j?,Fl'/DA~
sobre financiamentos reaZizados 'la ~rea de 02'6-
dito rurar~ de Janeiro a abril de 1231.
Agosto de 1984
:: ;; ÁU'i'OR
DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
SECRE2'ARIIl-GE'RAL DA MESA
1 983
REQUERII1ENTOS DE INFORléAÇÕES ENCAMINHADOS
EMENTA
Sábado 18 8067
DATA DA R:;.::::;SSA .';D G':'=I::~~~ c::·:: :.';PRESID;:',lC:.:' D.!. R~?~'=!.,~C.~
208/84 FERNANDO GOMES Solicita informações ao MIIlIsrtRIo DA AGRICULr~
RA~ sobre, funcionamento da Comissão E~eoutiva
do PZano da Lavoura Cacaueira- CEPLAC. Of. SGM-513, ce 08.05.84
209/81
210/84
211/84
213/8:1
214/84
215/84
216/84
217/84
218/84
219/84
FRANCIS,-'O AMARAL
FRAlIC [ser; AMARAL
JORGE vrANNA
NELSON DO CARMO
ODILON iJAUJORIA
ORESTE:I MUNIZ
ORESTE:: MUNIZ
PEDRO' UMJPAIO
RAYNUIIDO ASFORA
RAYMU!/[>O ASFORA
RAYNUNDO ASFORA
SoZicita informações ao IJINISTtRIO DA EDUCAÇÃO E
CULTURA, sobre Ziberação de recursos a Munic{
pios para a construção d~ quadras de esportes e
salas de auZas.
Solicita infol'mações ao I.fINIST'tRIO DAS COMUNICA
çDES, sobre apZicação de sobretaxa destinada ao
Fundo Nacional de TeZecomunicações, com exclusãodo item 3.
Solicita informações ao MINISTtRIO DA AGRICULTU
RA, sobre alteração do atual regime jur{dic~
-administrativo. da CEPLAC.
Solicita informações ao MIN.rsrtRlo DA EDUCAÇÃO ECULTURA, sobre a não aplicação do Decreto-lei
n9 3.200, de 19 de abril de 1941, que concede de~
conto das anuidades esaoZares às famiZias com m~
ia -de um filho· no mésmo estabeZeoimel1.to de ensino.
SoZicita informações ao MINISTÉRIO DA FAZENDA,
sobre o.totaZ de empréstimo já contratado e por
contratar com o Japão para a impZ'ementação do
"Programa Nipo-Brasileiro de Cooperação para o
DesenvoZvimento Agr[aola do Ce>:'rado ".
SoZicita informações ao MINISTÉRIO DA FAZENDA,sobre o empréstimo do BrasiZ à Argentina.
Solicita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS g
ENERGIA, sobre a utilização, pelo Estado de Ron
dônia, da energia gerada pela Usina de Itaipu.
SoZicita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA,
sobre a atuação de companhias seguradoras estrangeiras no Brasil.
SoZicita informações ao MINISTCRIO DA AGRICULTU
RA> sobre contrato; entre o Instituto Brasileiro
d.~Desenvolvi~~nto Florestal e'o Estado da Paraiba.
SoZicita informações ao MINISTÉRIO DO INTERIOR,
sobre a existêneia de recursos dç FINSOCIAL de~
tinados à aquisição de s~mentes para os Estadosdo Nordeste.
SoZicita informações ao MINISTÉRIO DOS TRANSPO~
TES J sobre a paralização das obras de construção
da ponte sob.Te. o R.1:0 são Francisco~ na Cidade de
Ibotirama, Bahia.
Of. SGM-S,", de 08.08.84
Df: SGM-545, de 08.08.84
Df. SGM-51?~ de' 08.08.84
Of. SGM-S1S, de 08.08.84
Df. SGM-SoA, de 08.08.8.
Of· SGM-SSO, de 08.0S.8'
Df. SGM-551, de 08.08.31
Df. SGM-5So> de.OR.C8.R1
Of. SGM-55.1 .. dq 08.08.31
Df. SOM-55., dg OS.OS.81
8068 Sábado 18
220/84
221/84
222;84
22:>/84
224/84
225/84
LTOR
'RAYMUNDO ASFORA
RAYMUNDO ASFORA
RAYMUNDO ASFORA
RAYI1UNl'O ASFORA
RAYMUND'? A3FORA
RAY/·IU/iDO ASFORA
DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)
SECRETARIA-GERAL DA MESA
1 .? 8 3
REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES E/,Clil-fINIIADOS
E!.fF:ilTA
Solicita. informal'õcs ao i1INISTtRIO DA FAZENDA,
sobre aplicaç;o do Banco do Pl'asil no Nordeste,
de 197., a 1983.
SoliC1:ta informações ao MINIST2RIO DO INTERIOR,
sobre cobrança de Taxa do Ocupação, pelo BNli,
aos uSll~rios do conjunto habitacional' Atvaro'Gaudênaio, em Campina Grande, .Paraiba.
Solicita informações ao I1INIST2RIO DA' EDUCAÇÃO
E CULTURA, sobre comemorações a serem realizadas
pelo MEC para comemorar o 49 Centenário de Fund~
1';0 do Estado da Para{ba.
Solicita infol·mações ao MINISTÉRIO DO IN1'ERIOR,
sobre. a extinção do Programa de Criação de" Cen
tros Sociais Urbanos.
Solicita informações ao UINISTtRIO DA EDUCAÇÃO E
CULTURA, sobre o desenyolvime~to do Programa
"P1"omoção da Saz7de da Nu1.hal~ e da Cl'·!:ança"" no
Estado da Paraiba.
Sclicita informações ac MINIST2RIO DA AGRICULTU
RA, sob1"e quais as pro1l1:àênc7:as adotadas pe la E:!!..
presa Brasi Ze'l>f'a de Peaquiaa Agl'opecuária-EMBRAPA"
para ,solucionar o problema habitacional das fami
lias dos antigos servidoPoB do"DNPM que ai11da,rc-"
side~ nas dependincias do CNfA, am Campina Gra~
de.
Agosto de 1984
DATA. DA RE:·:::S5A .,;0 GA3I.~::;':E c::::::~ . PR~SIE~::'CI!: D.; .~~:;=!:~c.':"
Df. SGM-555~ de 08.Q8.8~
Df. 33M-SE?, de Q8.C8.E~
Df. SGM-558~ de ~8.0B.84
Of. SGU-~E9, de ~a.08.Bf
Of. SGM-EG~~ da 08.68.F'
226/84 RAYMUilé',? ASPORA 801. 7:01: ta 1:nformações
sobre a desativaç;o. do
1za vegi~o do ÇU1'imat?~
ao MINISTflRIO.DO INTERIOR,
Projetó Ga1"impo implantado
parâ1:bano. of. SGM-SU1 1
227/84
228/84
229/84
RUY LTNO
SANTINlio? FURTADO
OSVALDO MELO
OSVALDO MELO
Solicita informações ao GOVERNO DO DISTRITO FEDE
RAL, sobre critévios adotados peLa Seorotaria de
Viação e Obras em r~lação a arcas verdes em
alguns' setores residenciais de BraRiZia.
Soliclta informações ao IlINISTtRID DAS COMUNIC(!.
ÇêJES, sob,,,; crité"ios ut;iU"ados papa a f1:xaçõo
da pal,tic-ipaçáo das co}~~e$f]iOna1"ia3 no~ Fundo de
Participação Oniaa sob,'e o tráfego Mútuo.
SoUcita informações ao MINISTtRIO DA 'EDUC.1Çiio
E CULTUR.4, sobre ares tauY'l1ção do prédic do
llConjun to dos Mercedál'1:0B de Bc Zém".
Solicita infol'mal'ões ao 1.!I!!IST2RIO DA FAZENDA,
sobre as obras ~ Gerem executadas no pridio do
"Conjunto dos Uepcedárics de Eelim".
Df. SeM-Se", de 08.0~.81
Df. SGH-SG,), dr. 08. a8. 8.
Of· SGM-504, Cc 08.08.81
Df. SGM-5fE, de G8.0S.84
231/84 FRANCISCO AMARAL So~i(Jita informações ao MIllISTf!RIO DO INTE'RIORJ
r,obr~ o I'1"1(lg1'('[rr)a fla.r.n:ona7- d.e Ccnt:J'fJ[] /3pc7:a1:s'
Urbancs. O;. 8C;,[-,5(ê, de 08.GR."4
MESALIDERANÇAS
Presidente:
Flávio Marcílio - PDS
1,<'-Vice-Presidente:
Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS
2.°_Vice-Presidente:
Walber Guimarães - PMDB
LO-Secretário:
Fernando Lyra - PMDB
2.o-Secretáno:
Ary Kffuri. - PDS
3.o-Secretário:
Francisco Studart - PTB
4.o-8ecretáno:
Amaury Müller - PDT
SUPLENTES
Osmar Leitão - PDS
Carneiro Arnaud - PMDB
José Eudes - PT
Antônio Morais - PMDB
PDS
Líder:
Nelson Marchezan
Vice-Líderes:
Alcides FranciscatoAmaral NettoDjalma BessaEdison LobãoGióia Júnior
J oacil PereiraJorge ArbageRicardo Fiuza
Siqueira CamposCelso Barros
Nilson GibsonJosé Lourenço
Francisco BenjamimJosé Carlos FonsecaSaramago Pinheiro
Otávio CesárioAdhemar GhisiAugusto TreinAmaral Netto
PMDB
Líder:
Freitas Nobre
Vice-Líderes:
Egídio Ferreira LimaSinval Guazzelli
Francisco AmaralVirgildásio de senna.
Ronaldo CamposDjalma FalcãoAmadeu GearaHaroldo LimaHélio Duque
Djalma Falcão
João DivinoJosé Maria Magalhães
Walmor de LucaJoão Bastos
José Carlos VasconcelosFrancisco Amaral
Nelson WedekinRaymundo Asfora.
Denisar ArneiroJorge Vianna.
Roberto FreireJosé Mendonça de Morais
Arthur VirgUio NetoWalmor de Luca
Walmor Giavarina
PDT
Líder:
Brandão Monteiro
Vice-Líderes
Nadyr RossettiJG de Araújo JorgeOsvaldo Nascimento
Clemir Ramos
PTB
Líder:
Celso Peçanha
Vice-Líderes:
Mendes BotelhoRoberto Jefferson
PT
Líder:
Airton Soares
Vice-Líderes
Irma PassoniBete Mendes
DEPARTAMENTO DE COMISSÕES
COMISSÕES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E
POLfTICA RURALPresidente: Ivo Vanderlinde - PMDB
Vice-Presidente: Geraldo Fleming - PMDBVice-Presidente: João Paganella - PDS
Titulares
PDS
Diretor: Luiz Carlos BabyLocal: Anexo n - Telefone 224-2848
Ramal 6278Coordenação de Comissões Permanentes
Diretora: Silvia Barroso MartinsLocal: Anexo II - Telefone: 224-5179
Ramais: 6285 e 6289
Olavo PiresOswaldo TrevisanPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul Ferraz2 vagas
PDTMário JurunaSebastião Ataíde
PT
Suplentes
PDSRubens ArdenghiVago
Presidente: Jorge uequed - PMDBVice-Presidente: Fernando Cunha - PMDBVice-Presidente: Irineu Colato - PDS
Titulares
PDSBrasflio CaiadoVago
PMDB
Pacheco Chaves
Adail VettorazzoAntônio Florêncio
PTB
Eduardo MatarazzoSuplicy
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo li - Sala 11 - R.: 6293 e 6294secretário: José Maria de Andrade Córdova
Dirceu CarneiroJorge Vargas
2) COMISSÃO DE CI~NCIA ETECNOLOGIA
João DivinoJorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de Lavor:N elson Aguiar
Arildo Teles.
Moacir Franco
Evaldo AmaralJoão RebeloJônathaz Nun'38
Estevam GalváoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesOsvaldo CoelhoOtávio CesáríoPedro GermanoPrisco VianaRubem MedinaSaUes Leitesebastião CurióVago
DOreto CampanariHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão Bastos
PT
Lélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireO&waldo Lima FilhoRaul BelémSantinho Furtado
PDT
Sérgio Lomba
PMDB
Agenor MariaCarlos MosconiCasildo MaldanerDante de OliveiraDel Boseo AmaraI
Suplentes
PDS
Airton Soares
Afrlsio Vieira LimaAlceni GuerraAntônio DiasAntônio FariasAntônio FlorêncioAntônio MazurekAntônio UenoAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc VieiraEpitácio Bittencourt
Aldo PintoOsvaldo Nascimento
Fernando GomesHarry AmorimIturival NascimentoJorge ViannaJosé Mendonça de
MoraisJuarez BatistaJuarez Bernardes
Cardoso AlvesCarlos Vinagre
Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarliJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeolinReinhold StephanesRenato CordeiroSaramago PinheiroWildy Vianna2 vagas
PMDB
Airton SandovalAntônio CâmaraAroldo Moletta
Adauto PereiraAlcides LimaAntônio GomesBalthazar de Bem
e CantoBento PortoCelso CarvalhoEmídlo PerondiFabiano Braga CortesFrancisco ErseFrancisco SalesGeovani Borges
3) COMISSAO DE COMUNICAÇÃO
4) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo li - Sala 12 - R.: 6295secretário: Luiz de Oliveira Pinto
João AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SaImoriaOswaldo TrevisanRalph BiasiPedro SampaioVago
Jonathas NunesOly FachinRita FurtadoSalvador JulianelliStélio Dias2 vagas
PT
PDT
PTB
PMDB
PMDBMiguel ArraesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhoRenan CalheirosSebastião Rodrigues
JúniorVirgildásio de Senna2 vagas
Suplentes
PDS
Gerardo RenaultGerson PeresJosé BurncLtJosé CamargoJosé Carlos MartinezJOsé Luiz MaiaNagib HaickelNylton VelIosoOrlando BezerraRenato JohnssonVictor Trovão
Presidente: Genebaldo Carreia - PMDBVice-Presidente: Siegfried Heuser - PMDBVice-Presidente: Pratini de Morais - PDS
TitularesPDS
José LourençoJosé MouraJosé Thomaz NonôLuiz Antonio FayetOscar CorrêaRicardo FiuzaRubem MedinaSaulo QueirozSérgio Philomeno
Amaral NettoAntônio FariasAntônio OsórioCelso de BarrosEstevam GalvãoEtelvir DantasFernando CollorHerbert LevyJoão Alberto de SouzaJosé Jorge
Fernando Carvalho
Eduardo MatarazzoSu,plicy
Bocayuva Cunha
Alencar FurtadoAlberto GoldmanArthur Virgilio NetoCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo FariaHaroldo LimaHélio Duque
Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de Bem e
CantoCarlos VirgilioDjalma BessaEduardo GalilEvandro Ayres de
MouraFelix MendonçaGeraldo BulhõesGeraldo Melo
Antônio CâmaraCarlos WilsonCid CarvalhoHenrique Eduardo
AlvesIrajá RodriguesIrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo CordeiroMário Hato
PT
6) COMISSÃO DE ECONOMIA,I,NDúSTRIA E COM~RCIO
7) COMISSAO DE EDUCAÇÃO ECULTURA
José EudesReuniões:Terças, QU!lIltas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 2l) - R.: 6314Secretária: Delzuite Macedo de Avelar
Presidente: Rômulo Galvão - PDSVice-Presidente: Victor Faccioni - PDSVice-Presidente: Dionísio Hage - PMDB
TitularesPDS
PTBAldo Pinto
Ricardo Ribeiro
PDT
Alvaro ValleDarcilio AyresEnúlí{} HaddadEraldo TinocoFerreira MartinsJoão Faustino
PT
Theodoro MendesVaImor Giavarina
PDT
Walter Casanova
PTB
PDT
Nadir Rossetti
PTB
Renato BernardiSamir Achôa
PDS
Paulo Lustosavago
PT
Mário FrotaRonaldo Campos2 vagas
PDT
PMDB
Luiz LealMárcio MacedoMilton ReisRoberto FreireWagner Lago8 vagas
PMDB
Titulares
Suplentes
PDS
José Genoino
Gastone Righi
Raimundo LeiteRaymundo AsforaSérgio Murilo
Matheus Schmidt
Cardoso AlvesFrancisco AmaralIbsen PinheiroJorge LeiteJorge MedauarLélio SouzaLuiz Henrique
Airton Soares
Roberto Jefferson
Nilton Alves
Albino Coimbra Sérgio PhilomenoMozarildo Cavalcanti 3 vagas
PMDB
Clemir Ramos
Suplentes
PDS
celso Barros Lázaro CarvalhoDarcilio Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGOmes da Silva Osmar LeitãoGonzaga Vasconcelos Pedro CoUnHélio Correia Ricardo FiuzaJoão Paganella Ronaldo CanedoJ{}sé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcísio BuritiJosé Penedo Theodorico FerraçoJutahy Júnior
Aurélio PeresJosé Carlos
Vasconcellos
Reuniões
Terças, Quartas, Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11 - Sala 1'1 - Ramal 6308Secretário: Ruy Omar Prudência da Silva
5) COMISSÃO DE DErESA DOCONSUMIDOR
Presidente: França Teixeira - PDSVice-Presidente: Floriceno Paixão - PDTVice-Presidente: Del Bosco Amaral - PMDB
Aécio CunhaCláudio PhilomenoFigueiredo Filho
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo li - Ramal: 6379Secretária: Maria Júlia Rabello de Moura
Agenor MariaHélio ManhãesIrineu Brzesinski
Magno BacelarSiqueira CamposVieira da Silva
PDS
José BurnettJúlio MartinsMário AssadNatal GaleNilson GibsonOsvaldo MeloOctávio CesárioRondon Pacheco
PMDB
Sinval Guazzelli1 vaga
PTB
PTB
Pedro CeolinRômulo GalváoSaulo QueirozVingt Rosado
PMDB
Paulo ZarzurSamir Achôa.Sérgio Murilo
PDT
PMDB
João CunhaJoão DivinoJoão GilbertoJorge CaroneJosé MelloPimenta da VeigaPlínio Martins
1 vaga
Reuniões:
Cristina TavaresHorácio OrtizManuel Viana
Carlos VirgilioGióia JúniorJaime CâmaraJosé Carlos Martinez
PMDB
Alair FerreiraFernando CollorFrança TeixeiraManoel Ribeiro
Sebastião I1ery
Presidente: Anibal Teixeira· - PMDBVice-Presidente: Nelson do Carmo - PTBVice-Presidente: Salles Leite - PDS
Titulares
PDS
presidente: Leorne Belém - PDSVice-Presidente: Gorgônio Neto - PDSVice-Presidente: José Tavares - PMDB
Titulares
Antônio Morais Ibsen PinheiroCarlos Wilson Marcelo MedeirosHenrique Eduardo Alves Vago
PDT
JG de Araújo JorgeSuplentes
PDS
Carneiro ArnaudFreitas NobreHeráclito FortesMárcio 'Braga
Moacir Franco
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo li - Sala 6 - Ramais 6304 e 6300secretário: Iole Lazzarini
Afrísio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroBonifácio de AndradaDjaIma BessaEduardo GalilErnani SatyroGerson PeresGuido Moesch"Hamilton XavierJairo MagalhãesJoaci! PereiraJorgp. Arbage
Ademir AndradeAluizio camposAmadeu GearaArnaldo MacielBrabo de CarvalhoDjaIma FalcãoEgídio Ferreira Lima
Moacir FrancoPT
PDTAbdias do Nascimento Walter Casanova
PTB
Brandão MonteiroSuplentes
PDS
Nagib HaickelNosser AlmeidaPaulo GuerraRita FurtadoRubens Ardenghi
PTB
Mendes Botelho
José Mendonça BezerraJosué de SouzaOtávio CesárioUbaldo BarémWildy ViannaVago
PMDB
João HerrmannJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Jr.3 vagas
Orestes MunizRandolfo BittencourtRonaldo CamposSérgio CruzEduardo Matarazzo
Suplicy (PTl
Suplentes
PDS
PMDB
Carli José CarlosVasconcelos
José MaranhãoManoel Costa Jr.Mansueto de LavorMário FrotaOlavo PiresOrestes Muniz
Adhemar GhisiAlbino CoimbraAntoniO MazurekAssis CanutoBento Portol"rança Teixeira
Aldo ArantesDante ne OliveiraGilson de BarrosIbsen PinheiroLuiz GuedesMárcio Santilli
Jaime CâmaraJoão Batista FagundesJoão Paganel1aJosé FernandesManoel RibeiroMozarildo Cavalcante
PMDB
Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo LimaIsrael Dias-Novaes
TitularES
PDS
Presidente: Mário Juruna - PDTVice-Presidente: Alcides Lima - PDSVice-Presidente:
PDS
Roberto Jeff.erson
Reuniões:
Terças-feiras, às 9,30 horasQuintas-feiras, às 9,30 horasLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoSecretária: Mariza da Silva Mata: R.: 6391 e 6393
11) COMISSÃO DO rNDIO
Presidente; Gilton Garcia - PDSVice-Presidente: Assis Canuto - PDSVice-Presidente: :Raul Ferraz - PMDB
Titulares
12) COMISSÃO DO INTERIOR
PDTAbdias do Nascimento
Albérico Cordeiro Leur LomantoAngelo Magalhães Lúcia ViveirosAntônio Mazurek Manoel GonçalvesAntônio Pontes Manoel NovaesAugusto Franco Milton BrandãoClarck Platon Mczarildo Cavalcantecristina Cortes Nagib HaickelEvandro Ayres de Nylton Vel1oso
Moura Orlando BezerraGeraldo Melo Osvaldo CoelhoInocêncio Oliveira Paulo GuerraJoão Rebelo Pedro CorrêaJosé Luiz Maia Victor TrovãoJosé Mendonça Bezerra Vingt RosadoJosué de Souza Wanderley MarizJutahy Júnior
Carlos Alberto deCiro NogueiraDante de OliveiraDomingos LeonelliElquisson SoaresEpitácio CafeteiraHeráclito FortesJackson BarretoJorge Medauar
José Carlos FagundesRenato JohnssonVicente Guabiroba
Haroldo SanfordHumberto SoutoJoão Alves
PDT
PTB_
PTB
Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca
PTB
PMDB
PDT
PMDB
Wilson VazVago
Jessé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz
PMDB
Nyder BarbosaRaul BelémWilson Vaz
PTB
PMDB
Siegfried Heuser3 vagas
PDT
Suplentes
PDS
Suplentes
PDS
Marcelo LinharesWilson Falcão2 vagas
Christóvam ChiaradiaFernando MagalhãesIbsen de CastroJayme Santana
Ademir AndradeDomingos JuvenilLuiz SefairMarcos Lima
Mendonça Falcão
Floriceno Paixão
Angelo MagalhãesCelso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins
Irajá RodriguesLuiz BaccariniMoysés Pimentel
Alvaro GaudêncioAmilcar de QueirozAugusto TreinFurtado Leite
Milton FigueiredoRoberto RollembergUlysses Guimarães
9) COMISSÃO DE FINANÇAS
10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E TOMADA DE CONTAS
Presidente: Geraldo Bulhoos ~ PDSVice-Presidente: castejon Branco - PDSVice-Presidente: João Herculino - PMDB
Titulares
PDS
Aécio de BorbaJorge ArbageJosué de SouzaManoel Novaes
José Colagrossi
Nelson do Carmo
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - Sala 16 - R.: 7151
Secretário: Jarbas Leal Viana
Presidente: Luiz Leal - PMDBVice-Presidente: Agnaldo Timóteo - PDTVice-Presidente: Aécio de Borba - PDS
-Titulares
PDS
Délio dos Santos
Alencar FurtadoFrancisco Pinto
Roberto Jefferson
RicardO Ribeiro
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 23 - R.: 6325 e 6328secretário: Geraldo da Silva
Simão SessimSiqueira CamposVictor Faccioni3 vagas
PDT
PT
Marcondes PereiraOctacílio AlmeidaPaulo MarquesRaimundo Asfora2 vagas
PDTSebastião Nery
PTB
PMDB
Nelson AguiarRandolfo BittencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz
PMDB
PMDBLuiz HenriqueRaul FerrazRoberto RollembergBete Mendes (PT)
França TeixeiraJosé Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa
PMDBJosé Eudes (PT)Manoel AffonsoMárcio Braga
PDT
SuplentesPDS
Norton MacedoOscar AlvesSimão SessimVieira da SilvaI) vagas
Arildo Teles
Albérico CordeiroBrasilio CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur LomantoMagno Bacelar
Celso Peçanha
Irma Passoni
Aldo ArantesCasildo MaldanerFrancisco DiasHermes ZanetiJoão BastosMárcio Braga
Aloysio TeixeiraCiro NogueiraIbsen PinheiroJoão BastosLeônidas Sampaio
EJ.quisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo
AlvC5
Agnaldo TimóteoReuniões:
Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário da Comissão de Defesa do
ConsumidorRamais: 6386 - 6387 e 6385Secretária: Maria Linda Morais de Magalhães
Carlos Sant'AnnaFrancisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosIrineu BrzesinskiJoão Herculino
Luis DulciReuniões:Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 2:1 - R.: 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra
8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO
Presidente: Oly Fachin - PDSVice-Presidente: Milton Reis - PMDBVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB
Titular,esPDS
Aécio de BorbaAécio CunhaAlbérico CordeiroAlércio DiasFernando Collor
Albino CoimbraFrancisco DiasJoão Carlos de CarliLéo SimoosMarcelo Linhares
Irrnlll Passoni
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 28 - R.: 6330 e 6333secretário: Benfcio Mendes Teixeira
13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: Prisco Viana - PDS
Vice-Presidente: Jcão Batista Fagundes - PDSVice-PresIdente: F,ernando Santana - PMDB
Titulares
PDS
João AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarliJosé Thomáz NonôLúcia ViveirosNosser AlmeidaOscar CorrêaOsvaldo MeloPaulo GuerraPaulo LustosaRaul BernardoSalvador JulianelliSaramago PinheiroSiqueira Camposvago
Miguel Arra.esMilton ReisNyder Barbosaoctacilio AlmeidaPaula MarquesRenato Loures BuenoRosa FloresSebastião Rodrigues
Júnior
Luiz GuedesManoel AffonsoManoel Costa Jr.Odilon SalmorillOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoTheodoro MendesTobias Alvesmysses Guimarães2 vagas
PT
PDT
Jacques D'OrnellasSérgio Lomba
PTB
Lúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioTapety Júnior2 vagas
PMDB
José Maria MagalhãesLeônidas SampaioLuiz GuedesMax Mauro
PDT
PMDB
Albino CoimbraAlceni GuerraJosé Lins de Albu
querqUllLeônidas Rachid
Irapuan Costa JúniorIsrael Dias-NovaesJarbas VasconcelosJoão HerrmannJosé FogaçaJúnia MariseLuiz SefairMárcio MacedoMárcio Santilli
Vago
Anibal TeIxeiraArnaldo MacielArthur Virgilio NetoBorges da SilveiraCarlos Sant'AnnaDionisio HageDjalma FalcãoGustavo FariaJackson BarretoJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez Bernardes
Ricardo Ribeiro
Fernando Carvalho
Suplentes
PDS
José EudesPT
PTB
Bocayuva CunhaJG de Araújo Jorge
PDT
Abdias do Nascimento José FrejatCiemir Ramos Nilton Alves
16) COMISSÃO DE SAúDEPresidente: Carlos Mosconi - PMDB
Vice-Presidente: Mário Hato - PMDBVice-Presidente: Oscar Alves - PDS
Titulares
PDS
Armando PinheiroAugusto FrancoBonifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani satyroFernando MagalhãesFurtado LeiteGilton GarciaGorgônio NetoHamilton XavierHélio DantasHomero Santos1talo ContiJaime CâmaraJayme SantanaJ oacil Pereira
Anselmo PeraroBorges da SilveiraCarneiro ArnaudCarlos Sant'AnnaDoreto Campanari
Bete Mendes
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 2 - R.: 6347 e 6348secretária: Regina Beatriz Ribas Mariz
Oswaldo Lima FilhoRoberto FreireVirgildásio de sennaWalmor de Luca3 vagas
PT
PDT
PTB
PMDB
Flávio BierrenbachFreitas NobreFUed Dib!ram saraiva
PMDB
Dilson Fanchin
PDT
Suplentes
José MachadoLevy DiasLuiz Antônio FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco3 vagas
Suplentes
PDS
Siqueira CamposVago
PMDB
José Carlos VasconcelosMário Hato
PDT
Matheus Schmidt
Alberto GoldmanArthur Virgílio NetoCoutinho JorgeJoão HerrmannJorge CaroneJosé Tavares
Moacir Franco
Adhemar GhisiAécio CunhaBento PortoClark PlatonHaroldo SanfordJoão Alberto SouzaJosé FernandesJOSB Lourenço
Joacil PereiraPrisco Viana
Aloysio Teixeira
Sérgio Lomba
14) COMISSÃO DE REDAÇÃOPresidente: Daso Coimbra - PMDB
Vice-Presidente: Júnia Marise - PMDBVice-Presidente: Lúcia Viveiros - PDS
TItulares
PDSDjalma Bessa Rita FurtadoFrancisco Rollemberg
PMDB
15) COMISSÃO DE RELAÇOESEXTERIORES
Presidente: Pedro Colin - PDSVice-Presidente: Santos Filho - PDSVice-Presidente: José Carlos Teixeira - PMDB
Titulares
PDS
Adroaldo Campos Maluly NetoAntônio Ueno Marcelo LinharesDiago Nomura Nelson MorroCunha Bueno Norton MacedoEdison Lobão Ossian AraripeEnoc Vieira Paulo MalufEpitácio Bittencourt Rubens ArdenghiFrancisco Benjamin Sarney FilhoJessé Freire Tarcisio BurityJosé Camargo Thales RamalhoJosé Carlos Fonseca Theodorico FerraçoJosé Machado Ubaldo BarémJosé Penedo Wilson FalcãoJosé Ribamar Machado VagoMagalhães Pinto
Epitácio CafeteiraFreitas Nobre
Aluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando Santana
José Genoino
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 27 - R.: 6336 e 6339Secretária: Allia Felicio Tobias
Bocayuva Cunha
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 11 - R.: &341 e 6343Secretário: Mozart Vianna de Paiva
Hugo MardiniLéo SimõesMaurIcio CamposNelson Costa.Paulo MelroWolney Siqueira2 vagas
Marcelo CordeiroMárcio Lacerda.Milton FigueiredoPlínio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben Figueiró~ vagas
PDT
José Frejat
PTBVago
PT
PT
Sinval GuazzelliVirgildásio de SennaWagner Lagovago
PDT
Nadyr Rossetti
PTB
PT
PDS
João FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio Alcânta.raLudgero RaulinoMauro SampaioOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar PallisVago
PMDB
PTB
PMDB
Manoel Costa Jr.Marcelo CordeiroMárcio LacerdaMarcos LimaPimenta da VeigaVicente Queiroz
PDT
Suplentes
José Eudes
Celso Amaral
NadY1' Rossettl
Ademir AndradeCeiso SabóiaCid CarvalhoDjalma FalcãoGenésio de BarrosJoão Agripino
Mário Juruna
Djalma Bom
Oswaldo MurtaPaulo BorgesRoberto FreireRonaldo Campos
Bayma JúniorCarlos EloyEmílio GalloEvaldo AmaralFelix MendonçaGonzaga VasconcelosHorácio Matos
Jorge Cury
Adroaldo CamposAlcides LimaAlércio DiasAntônio AmaralAntônio OsórioBayma JúniorCelso BarrosChristóvam ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesFrancisco ErseFlrancisco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo Mardinilbsen de Castro
Aloysio TeixeIraAluizio Bezerra.Aluizio CamposAnibal TeixeiraAroldo MolettaDenisar ArneiroDilson FanchinFernando GomesHaroldo Lima.Harry AmorlmJolío HerrmannJoa.qulm RorizJosé Mello
Délio dos Santos
18) COMISSAO DE SERViÇOPOBLlCO
Suplentes
PDS
17) COMISSAO DE SEGURANÇANACIONAL
PDS
Navarro Vieira FIlhoPedro GermanoRaul BernardoRuy BacelarWilmar Pallis
Mauricio camposOsmar LeitãoPaulo MalufSantos FilhoStélio DiasVictor FaccioniWolney Siqueil:'aVago
Vago
PT
PT
Marcos LimaPaulo MincaroniPaulo ZarzurSérgio FerraraTidei de LimaVago
PDT
PTB
PDT
PMDB
PMDB
Luiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa Flores4 vagas
Suplentes
José Colagrossi
Bete Mende.!!
Adail VettorazzoAmaràl NettoAugusto TreinCarlos EloyEdme TavaresEmidio PerondiEraldo TinocoLeõnidas RachidMaçao Tadano
Hélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé FernandesLázaro CarvalhoManoel Ribeiro
Denisar ArneiroDilson FanchinDomingos JuvenilFelipe CheiddeHorácio OrtizJoaquim Roriz
COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPoRARIAS
Mendes Botelho
Diretor: Walter Gouvêa Costa
Local: Anexo II - Tel: 226-2912Ramal: 6401
Seção de OlImissóes Especiais
Chefe: SteUa Pràta da Silva Lopes
Local: Anexo II - Tel.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409
Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito
Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza
Local: Anexo II - Tel. 223-7280Ramal 6403
Bocayuva Cunha
ReUniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 24 - R.: 6370 e 6371Secretário: Carlos Brasil de Araújo
Airton SandovalFrancisco DiasGeraldo FlemingJosé UlissesJuarez Batista
Darcy Pozza.Eurico Ribeiro
PMDB
Jorge UequedMoyses PimentelVago
PDT
PT
Ronaldo CanedoVivaldo Frota6 vagas
PMDB
Mário de OliveiraNelson WedekinRenan Calheiros2 vagas
PTB
Nelson CostaNilson GibsonPaulo MelroReinhold Stephanes2 vagas
Ivo VanderlindeMirthes Bevilacl::iuaPacheco ChavesVago
PTB
PDT
PMDB
Titulares
PDS
Titulares
PDS
Suplentes
PDS
AntÔnio GomesEm!1io GalloGióia JúniorMaluly NetoMário AssadNatal Gale
Jorge Cury
Aurélio PeresFrancisco AmaralJúlio CostamilanLuiz Henrique
sebastião Atalde
Floriceno Paixão
Mendes Botelho
Adhemar GhisiAntônio Amaral·Osmar Leitão
Epitácio CafeteiraFreitas NobreGilson de Barros
Reuniões:
Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - R: 6360Secretário: Edson Nogueira da Gama
20) COMISSÃO DE TRANSPORTES
Presidente: Simão sessim - PDSVice-Presidente: Carlos Peçanha - PMDBVice-Presidente: Celso Amaral - PTB
Presidente: Luis Duloi - PTVice-Presidente: Cássio Gonçalves - PMDBVice-Presidente: Edme Tavares - PDS
19) COMISSAO DE TRABALHO ELEGISLAÇAO SOCIAL
Djalma Bom
Reuniões:
Quartas-feiras, às 9:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - R.: 6368Secretário: Ivan Roque Alves
Alair FerreiraAlcides Francisca.toAlércio Dias
Amadeu GearaBrabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaIrineu Brzesinski
Rosemburgo Romano7 vagas
Pedro CorrêaRita FurtadoSalvador Julianelli3 vagas
José Tavares
PTB
PDT
PDT
PTB
Ney Ferreira
PMDB
Ruben Figueiró
PDT
3 vagas
PMDB
Paes de AndradeVago
Suplentes
PDS
Wildy ViannaVago
Flávio BierrenbachLuiz Baccarini
Farabulini Júnior
Gilson de Barros
Jorge ViannaMattos LeãoRenato Loures Bueno
Castejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio OliveiraJairo AziNavarro Vieira Filho
PMDB
Vago
Reuniões:
Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 19 - R.: 6350 e 6352Secretária: Iná Fernandes Costa.
ttalo Conti
Presidente: Renato Vianna - PMDBVice-Presidente: Myrthes Bevilacqua - PMDBVice-Presidente: Nasser de Almeida - PDS
Titulares
PDS
Francisco PintoJorge Leite
Gomes da Silva
Guido MoeschHorácio Matos01y Fachin
Suplentes
PDS
Antônio Pontes Milton BrandãoJosé Ribamar Machado Vicente Guabiroba
PMDB
Osvaldo Nascimento
Jacques D'Ornellas
Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: sebastião Curló - PDSVice-Presidente: Ruy Lino - PMDB
Titulares
PDa
Gastone Righi
Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10.:00 horasLocal: Anexo II - Sala 13 - R.: 6355 e 6358Secretário: Walter Flores Figueira
Titulwres1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXE·CUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVIL
Aldo ArantesHorácio OrtizVago
PMDB
VagoVago
PDT
João AlvesAlcides FranciscatoJosé Carlos Fonseca
PDS
Augusto Trein.Nosser Almeida
PDS
Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan
Afrisio Vieira Lima Francisco RollembergFrancisco Benjamim
PMDB
SUPLENTES
PDS
Eurico Ribeiro Victor FaccioniJosé Ribamllr Machado Vivaldo FrotaOsmar Leitão
Fernando SantanaHélio Duque
Octávio CesárioPedro Colin
José FernandesJairo Magalhães
Márcio BragaRuben Figueiró
Flávio BierrenbaehJosé FogaçaJoão Cunha
PDT
Pratini de MoraesRicardo Fiuza
PDT
PDT
PMDB
PMDB
PMDB
PMDB
Suplentes
PDS
Sebastião Nery
Aldo ArantesAlencar FurtadoAnibal Teixeira
Reuniões:
Jacques D'Or,nellas
Djalma FalcãoEduardo Matarazzo
Suplicy
Adhemar GhisiJorge ArbageJosé Camargo
Reuniões:
T€rças-feiras, às 9:30 horasLocal: Plenário da Comissão de EconomiaSecretária: Marei Ferreira BorgesRamal: 6406
REQUERIMENTO N.a 08/83
Prazo: 16-8-83 a 10-9-84
Presidente: Alencar Furtado - PMDB/PRVice-Presidente: Sebastião Nery - PDT/RJ
Relator: S€bastião Nery - PDT/RJ
Titulares
PDS
5) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QU~RITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQÜ~NCIAS DOELEVADO ENDIVIDAMENTO EXTERNO BRASILEIRO, TENDO EM VISTAAS NEGOCIAÇõES COM O FUNDOMONETÃRIO INTERNACIONAL
Antonio MazurekLuiz Antonio FayetLúcio Alcântara
Nilton Alves
Suplentes
PDS
Quintas-feiras, às 9 :00 horas
Local: Plenário das CPIs
Secretário: Sebastião Augusto MachadoRamal 6405
Gustavo FariaIrajá RodriguesInna Passoni (PT)
Jorge ArbageRenato JohnssonJoão Batista Fagundes
Arthur Virgílio Neto Sérgio FerraraNelson Wedekin
Joacil PereiraMaçao Tadano
Sebastião Curió
Pimenta da VeigaTidei de Lima
PDS
PDT
PDT
PDS
PMDB
Airton Soares (PT)
Orestes Muniz
PMDB
Suplentes
Ademir AndradeCid CarvalhoFarabulini J(mior
Reuniões:
Antônio AmaralBento PortoEdison Lobão
João HerrmannIsrael Dias-NovaesLuiz Dulcí
4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA A INVESTIGAR OS EPISóDIOS QUE ENVOLVERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN EQUE CULMINARAM COM A INTERVENÇÃO DO BANCO CENTRAL NOREFERIDO GRUPO
Quintas-feiras, às 10 :00 horas
Local: Plenário das Comissões Parlamentaresde Inquérito - Anexo II
Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407
3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQU~RITO DESTINADA A INVESTIGAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQü~NCIAS AS ATIVIDADES DO GRUPO CAPEMI
Titulares
Presidente: Deputado Léo SimõesVice-Presidente: Deputado Siqueira Campos
Relator: Deputado Matheus Schmidt
REQUERIMENTO N.a 10/83
Prazo: 17-8-83 a 6-9-84
Presidente: Paulo Mincar<lneVice-Presidente: Bocayuva Cunha
Relator: Alberto Goldmam
REQUERIMENTO N.a 9/83
Prazo: 18-5-83 a 18-6-84
Sérgio Lomba
Israel PinheÍl'oSarn€y Filho
Clemir Ramos
Reuniã.o:
Anexo II - Ramais 640'81 e 6409Secretária: Symíra Palatinik
PDT
Navarro Vieira Filho
PMDB
Odilon SaImoria
PDT
Roberto Freire
PDT
Suplentes
I'DSGuido MoeschJorg€ ArbageVago
PMDB
Arnaldo MacielDjalma Falcão
Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo
Vago
Reunião:
Flávio BierrenbachJorge Viaulla
Adhemar Ghisiítalo Conti
Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto
Math€us Schmidt
Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes
Brandão Monteiro
2) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 3.289/84 (MENSAGEM N9 94,DE 1984, DO PO'DER EXECUTIVO),QUE "DISPÕE SOBRE O CÓDIGOBflASllEIRO DO AR"
Presidente: Bonifácio de Andrada - PDSVice-Presiciente: Manoel RibeIro - PDS
Vice-Presidente: José Maranhão - PMDBRelator-Geral: Jorge Vargas - PMDB
T:LTULARES
PDS
Presidente: Pimenta da Veiga - PMDBVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS
Relator-Geral: Ernani Satyro - PDS
Relatores Parciais:Dep. Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pessoas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro II - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrisio Vieira Lima - Livro lU - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamíliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar
Titulares
6) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUI!RITO DESTINADA A EXAMINARA UTILlZAÇAO DOS RECURSOS HI·DRICOS NO BRASIL
REQUERIMENTO N.o 12/83
Prazo: 27-9-83 a 20-6-84
Presidente: Deputado Osvaldo CoelhoVice-Presidente: Deputado Mendes Botelho
Relator: Deputado Coutinho Jorge
Titulares
PDSReuniões: Quintas-feiras, às 9:30 horas
Local: Plenário das CPls - Anexo IISecretária: Nelma Cavalcanti BonifácioAnexo II - Tel.: 213-6410
Adroaldo CamposAntônio FlorêncioEtelvir DantasEvandro Ayres de
Moura
Francisco BenjamimLudgero RaulinoOsvaldo Coelho
Coutinho JorgeJorge VargasMarcelo Cordeiro
Aldo Pinto
Mendes Botelho
Antonio GomesJessé FreireJosias LeiteManoel Novaes
PMDB
Randolfo BittencourtFernando SantanaVago
PDT
PTB
Suplentes
PDS
Marcelo LinharesMilton BrandãoVictor Trovão
Geraldo FlemingPaulo MarquesTidei de Lima
Osvaldo Nascimento
Vago
PMDB
Cardoso AlvesVagoVago
PDT
PTB
olARIO DO CONGRESSO NACIONAL
PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)
Seção I (CAmara dos Deputados)
Via-Superfície:
Semestre .....AnoExemplar avulso
.............. Cr$. Cr$
......... Cr$
Seção II (Senado Federal)
Via-Superfície:
3.000,006.000,00
50,00
Sem estre Cr$Ano . Cr$Exemplar avulso Cr$
3.000,006.000,00
50,00
Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou
Ordem de PagamentO pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n9
920001-2, a favor do:
Centro Gráfico do Senado Federal
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CEP 70.160
VOTO DISTRITAL
o nQ 78 da Revista de Informação Legislativa, com 464 páginas. é dedicado ao estudo do votodistrital. contendo os seguintes artigos:
COLABORAÇÃO
Voto distrital e poder econômico - Senador Tarso
Dutra
Inadequação e inoportunidade do voto distrital - Josaphat Marinho
Ontem e hoje - o voto distrital no Brasil - Rosah Rus
somano
O voto distrital e suas implicações juridico-pollticas
A. Machado Pauperio
A representação política e o sistema distrital misto
Manoel Gonçalves Ferreira Filho
Voto distrital: depoimento - Manoel de Oliveira Franco
Sobrinho
Preço do exemplar:
o voto distrital e a reabertura - Paulo Bonavides
Teoria e prática do voto distrital - José Alfredo de Oliveira Baracho
Eleições e sistemas eleitorais - Nelson de Sousa Sam
paio
Sistemas eleitorais - Hermann M. Gôrgen
Simulações de divisões distritais dos Estados brasileiros para as eleições federais de 1978 - David V.
Fleischer e Sérgio de Otero Ribeiro.
DOCUMENTAÇÃO
Voto distrital - Sara Ramos de Figueirêdo
Cr$ 1.000,00
Assinatura para 1983 - Cr$ 4.000,00 (n9s 7,7 a 80)
Encomendas mediante vale postal ou cheque visado (a favorda Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal).
Atende-se. também. pelo reembolso postal.
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EDIÇÃO DE HOJE: 48 PÁGINAS
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