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DIÁRIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XXXIX::- N9 088 .CAPITAL FEDERAL .sÁBADO, 18 DE AGOSTO DÊ 1984 CÁ'MARA DO'S DEPUT'ADOS SUMÁRIO 1 - ATA DA 89' SESSÃO DA 2' SESSAO LE. GISLATlVA DA 47' LEGISLATURA, EM 17 DE AGOSTO DE 1984. I - Abertura da Sessão 11 - uitura e assJnatun da ata da sessio anterior I - Pequeno Expediente JOÃO HERCULINO - Candidatura Tancredo Neves à Presidência da República. NILSON GIBSON - Apoio do Presidente João Figueiredo à candidatura Paulo Maluf à Presidência da República. JONAS PINHEIRO - Reivindicações dos produ- tores da Região Centro-Oeste. CASILDO MALDANER - Enchente em Santa Catarina. . DEL BOSCO AMARAL - Sucessão presiden- cial. ERNANI SATYRO - Apoio ao Presidente da Cámara, Deputado Flávio Marcílio, JOSÉ CARLOS TEIXEIRA - Dívida externa brasileira. OSVALDO MELO - Realização, em Belém, Pa- rá, do I Simpósio do Trópico Unido. ALUISIO CAMPOS - Eleições diretas para Pre- sidente da República. SIQUEIRA CAMPOS - Mensagens de congratu- lações pela indicação do Deputado Paulo Maluf para candidato do PDS à Presidência da República, ADHEMAR GHISI - Apoio ao Presidente da Câmara, Deputado Flávio Marcílio. Lançamento da revista "Tribunal Municipal", em Urussanga, Santa Catarina. IRINEU BRZESINSKI - Sucessão prcsidencial. ASSIS CANUTO - Licenciamento do à Vice·Presidência da República, Deputado Flávio 'VIarlcílio. FRANCISCO AMARAL - Necrológio do Prof. Antônio de Pádua Prado, ex-diretor da Rádio Jornal de Indaiatuba, São Paulo. RENATO JOHNSSON - Reivindicações das cooperativas agropecuárias paranaenses. MÁRCIO LACERDA - Concessão do Prêmio. Lati à médica cuiabana Marta Duarte de Barros. FREITAS NOBRE - Censura. CELSO PEÇANHA - Aposentadoria especial para as categorias de guarda-chaves e manobreiros de pátio da Cia. Vale do Rio Doce. I'AES DE ANDRADE - Necrológio da Profes- sora Helena Cartaxo, Vice-Presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Ceará. SIQUEIRA CAMPOS - Comunicação, como Líder, de solidariedade ao Presidcnte Flávio Marlcílio. CELSO PEÇANHA - Coinunicação, como Líder, de solidariedade ao Presidente Flávio Marlcílio.. VIRGlLDÃSIO DE SENNA - Comunicação, como Líder, de solidariedade ao Presidente Flávio Marlcílio; eleições diretaspara Presidente da Repúbli- ca. SIQUEIRA CAMPOS - Comunicação, como Líder, sobre eleições diretas para Presidente da Re- pública; atuação do candidato Tancredo Neves à Presidência da República e do Presidente Flávio Marlcílio. VIRGILDÃSIO DE SENNA - Comunicação, como Líder, sobre eleições diretas para Presidente da República; atuação dos candidatos Tancredo Neves e Paulo MaliIf à Presidência da República. PRESIDENTE - Conduta do Deputado Flávio. Marlcílio na Presiçlência da Câmara dos Deputados. IV - Grllllde Expediente LEÚNIDAS RACHID - Solidariedade ao Presi- dente da Climara, Deputado Flávio Marcílio. Políti- ca habitacional. FERNANDO SANTANA - Componentes da democracia brasileira. WA'L TER CASANOVA - Quadro sócio- político-econômico brasileiro. ALUIZIO BEZERRA - Eleições diretas para Presidente da República. DJALMA: BOM - Sucessão presidencial. v- Encerramento 3- !\-lESA (Relação dos membros) 4 - UDERES E VICE-UDERES DE PARTI- DOS (Relação dos membros) S- COMISSOES (Relação dos membros das Co- missões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquéri- to) 2- ATA DAS COMISSOES

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DIÁRIORepública Federativa do Brasil

DO CONGRESSO NACIONALSEÇÃO I

ANO XXXIX::- N9 088 .CAPITAL FEDERAL .sÁBADO, 18 DE AGOSTO DÊ 1984

CÁ'MARA DO'S DEPUT'ADOSSUMÁRIO

1 - ATA DA 89' SESSÃO DA 2' SESSAO LE.GISLATlVA DA 47' LEGISLATURA, EM 17 DEAGOSTO DE 1984.

I - Abertura da Sessão

11 - uitura e assJnatun da ata da sessio anterior

I - Pequeno Expediente

JOÃO HERCULINO - Candidatura TancredoNeves à Presidência da República.

NILSON GIBSON - Apoio do Presidente JoãoFigueiredo à candidatura Paulo Maluf à Presidênciada República.

JONAS PINHEIRO - Reivindicações dos produ­tores da Região Centro-Oeste.

CASILDO MALDANER - Enchente em SantaCatarina.

. DEL BOSCO AMARAL - Sucessão presiden­cial.

ERNANI SATYRO - Apoio ao Presidente daCámara, Deputado Flávio Marcílio,

JOSÉ CARLOS TEIXEIRA - Dívida externabrasileira.

OSVALDO MELO - Realização, em Belém, Pa­rá, do I Simpósio do Trópico Unido.

ALUISIO CAMPOS - Eleições diretas para Pre­sidente da República.

SIQUEIRA CAMPOS - Mensagens de congratu­lações pela indicação do Deputado Paulo Maluf paracandidato do PDS à Presidência da República,

ADHEMAR GHISI - Apoio ao Presidente daCâmara, Deputado Flávio Marcílio. Lançamento da

revista "Tribunal Municipal", em Urussanga, SantaCatarina.

IRINEU BRZESINSKI - Sucessão prcsidencial.

ASSIS CANUTO - Licenciamento do ca~didato

à Vice·Presidência da República, Deputado Flávio'VIarlcílio.

FRANCISCO AMARAL - Necrológio do Prof.Antônio de Pádua Prado, ex-diretor da Rádio Jornalde Indaiatuba, São Paulo.

RENATO JOHNSSON - Reivindicações dascooperativas agropecuárias paran aenses.

MÁRCIO LACERDA - Concessão do Prêmio.Lati à médica cuiabana Marta Duarte de Barros.

FREITAS NOBRE - Censura.

CELSO PEÇANHA - Aposentadoria especialpara as categorias de guarda-chaves e manobreirosde pátio da Cia. Vale do Rio Doce.

I'AES DE ANDRADE - Necrológio da Profes­sora Helena Cartaxo, Vice-Presidente da Associaçãodos Docentes da Universidade Federal do Ceará.

SIQUEIRA CAMPOS - Comunicação, comoLíder, de solidariedade ao Presidcnte FlávioMarlcílio.

CELSO PEÇANHA - Coinunicação, comoLíder, de solidariedade ao Presidente FlávioMarlcílio..

VIRGlLDÃSIO DE SENNA - Comunicação,como Líder, de solidariedade ao Presidente FlávioMarlcílio; eleições diretaspara Presidente da Repúbli­ca.

SIQUEIRA CAMPOS - Comunicação, comoLíder, sobre eleições diretas para Presidente da Re­pública; atuação do candidato Tancredo Neves àPresidência da República e do Presidente FlávioMarlcílio.

VIRGILDÃSIO DE SENNA - Comunicação,como Líder, sobre eleições diretas para Presidente daRepública; atuação dos candidatos Tancredo Neves ePaulo MaliIf à Presidência da República.

PRESIDENTE - Conduta do Deputado Flávio.Marlcílio na Presiçlência da Câmara dos Deputados.

IV - Grllllde Expediente

LEÚNIDAS RACHID - Solidariedade ao Presi­dente da Climara, Deputado Flávio Marcílio. Políti­ca habitacional.

FERNANDO SANTANA - Componentes dademocracia brasileira.

WA'LTER CASANOVA - Quadro sócio­político-econômico brasileiro.

ALUIZIO BEZERRA - Eleições diretas paraPresidente da República.

DJALMA: BOM - Sucessão presidencial.

v - Encerramento

3 - !\-lESA (Relação dos membros)

4 - UDERES E VICE-UDERES DE PARTI­DOS (Relação dos membros)

S - COMISSOES (Relação dos membros das Co­missões Permanentes, Especiais, Mistas e de Inquéri­to)

2 - ATA DAS COMISSOES

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8032 Sábado 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ata da 89~ Sessão, em 17 de agosto de 1984

Presidência dos Srs.: Walber Guimarães, 2!'- Vice-Presidente; Ary Kffu­

ri, 2!'-Secretário; e Carneiro Arnaud, Suplente de Secretário;

Agosto de 1?8~

Às 9:00 horas comparecem os Senhores:

Flávio MaocíIioPaulino Cícero de VasconcellosWalbcr GuimarãesFernando LyraAry KffuriFrancisco StudartAmaury MüllcrOsmar LeitãoCarneiro ArnaudJosé EudesAntônio Matais

MlII'anbio

João Alberto de Souza - POSo

Ceará

Carlos Virgílio - P-OS; Haroldo Sanford - POS; Orolando Bezerra - POSo

Joacil Pereira - PDS.

Pernambuco

J~sé Moura - P-DS; Miguel Arraes - PMDB; SérgioMurlilo - PMDlB.

Rio de JlDelro

Darcílio Ayres - PDS; Eduardo Galil - POSo

Minas Gerais

Carlos Eloy - POS; Cássio Gonçalves - PMDB.

ParlDá

Aroldo Mollitta - ·PMDB; Dilson' Fanchin ­PMDIB; Pedro Sampaio - PMDB.

Rio Grande do Sul

Darcy Pozza - PDS; Hugo Mardini - PDS; IrajáRódrigues - PMDB..

o SR. PRFSIDENTE (Ary Kffuri) - A lista de pre­sença acusa o comparecimento de 147 Senhores Deputa­

dos.Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da sessão

anterior.

II - O SR. NILSON GIBSON, servindo como 29­Secretário, procede à leitura da ata da sessão anteceden­te, a qual é, sem observações, assinada.

III - O SR. PRESIDENTE (Ary Kffuri) - Passa-seao Pequeno Expediente.

Tem a palavra o Sr. João Herculino.

O SR, JOÃO HERCULINO (PMDB - MG. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, passadas as Convenções, os brasileiros passaram aassistir a um espetáculo bufo.

Efetivamente, não há outra classificação para o espe­táculo que está cansando os telespectadores pela falta debom-senso.

Como classificar o "entusiamo" dos responsáveis pelacampanha do candidato governista que está sendo mos­trado, repetidamente. na televisão e nos jornais, receben­do o apoio (às vezes nem tão entusiástico) de Ministrosdemissíveis ad nutum ao candidato governista, ou, o queé mais grave, ainda dos líderes do Governo na Câmara eno Senado Federal.

Grande coisa receber apoio da "própria família"! NãoJeixa de ser um espetáculo bufo, uma pantomima, rece­ber o apoio de quem não tem outro caminho, senãoapoiar. Há uma expressão popular que retrata com abso­

Juta fidelidade este fato. Não vou repeti-la porque é umtanto grosseira. Mas é o caso: ou apóia, ou deixa o Mi-nistério, ou deixa a liderança do Governo. Dá-nos a im­pressão de extrema pobreza de apoio conferir tanta ênfa­se ao uóbvio ululante".

Apoio a se levar em consideração é, por exemplo, o doincontestável líder baiano António Carlos Magalhães, éo apoio do Governador baiano, é o apoio do Governa­dor Marltins Filho, é o apoio do Governador do Ceará, éo apoio do Governador do grande Estado de Pernambu­co e dos seus Senadores e Deputados, é o apoio do Go­vernador do Rio Grande do Norte, é o apoio dos Gover­nadores das Alagoas e do Maranhão, homens livres e in­dependentes,líderes eleitos pelo seu povo e que hoje inte­gram ou integrarão a Frente Liberal, juntos com tantosDeputados, Senadores e eleitores do Colégio Eleitoral.

Estes, sim, são apoios que deveriam ser comemoradosem todas as praças públicas do País, pois são apoios quevêm trazer uma garantia de mudança de um regime quedesagrada ao povo há mais de vinte anos.

O povo brasileiro, ficará devendo a estes heróis queagüentaram toda sorte de arbítrio, morte, sevícias, desa­parecimentos misteriosos, prisões, confinamentos e todaa imensa gama de torturas morais e físicas e mantiverama lu'ta contrll o sistema imposto à Nação, àotevelia davontade pópular. Isto é certo. Mas também é certo que oBrasil ficará eternamente agradecido e honrarâ a este pu­gilo de grandes brasileiros que, deixando. a tranq(lilidadeda sombra do poder, enrolando-se na Bandeira da Pá­tria, hoje símbolo de um povo sofrido e miserável, joga­se ã luta para que o País recup'ere a sua respeitabilidade,a sua altivez, diante dos outros países do mundo. O Bra­sil não se esquecerá do grande mineiro Aureliano Chavese de todos estes Governadores, Senadores, DeputadosFederais, estaduais, Vereadores e Prefeitos q~e dando asmãos à oposição, no momento extremo que vive a Naçãobrasileira, formam uma corrente invencível, que irá con­duzir o ínclito mineiro Tancredo Neves à Suprema Ma:'gistratura do País. E Tancredo Neves ficará imortalizadona História da Pâtria e no coração generoso do povobrasileiro como o homem que o terá ~econduzido à nor­malidade democrática, com a prevalência da vontade dopovo, garantida por uma Constituição que emergirá so­beranamente da vontade popular, na Assembléia Nacio­nal Constituinte, que será convocada, e, pela devoluçãoao poder da credibilidade e da respeitabilidade internas eexternas.

Com o seu pulso forte, a sua inabalável e incontestáveldiretriz política, sua inteligência, seu caráter e seu patrio­tismo, síntese das qualidades que ornam os brasileiros e,de modo especial, os herdeiros da Inconfidência e das lu-

tas libertárias, Tancredo Neves irá imprimir um caráterde absoluta austeridade, de absoluta dignidade e de suajamais desmentida honestidade, fazendo retornar ao po­der a confiança. e o respeito da Nação.

Muilos gostariam que, por pirronice ou insensatez, emnome de uma falsa fidelidade a um sistema de eleiçõesque defendemos, deixássemos passar a oportunidade defazer o Brasil retornar à larga estrada da democraciapura e simples.

Prevalecendo em nós o pátriotismo e a fidelidade aointeresse popular, esquecemos o passado, não queremoster dele senão a lembrança histórica e os exemplos deixa­dos, e nos abraçamos, todos nós, num estupendo lequepolítico, que consagrará a vitória do bem sobre o mal, docerto sobre o duvidoso, da austeridade sobre o desperdí­cio. do sorriso do povo sobre suas lágrimas.

O SR. NILSON GIBSON (PDS - PE. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. Deputados, oPresidente João Figueiredo, conforme promessa e com­promisso com a Nação, afirmou, no dia 12 passado, que"Agora estou à vontade para dizer que o candidato domeu partido - que é o meu candidato - é·o Dr. PauloSalim Malllf, porque a maioria do meu partido quer queo Dr. Paulo Malllf seja o candidato".

o. Presidente Figueiredo acrescentou que "é necessárioque, agora, nós nos unamos, que esqueçamos as nossasdesavenças, as nossas querelas, as nossas rusgas do pas·sado, c nos unamos em torno daquele nome, que é o doDr. Paulo Malllf, que a partir de hoje é o candidato dopartido".

o. Presidente da República afirmou, ainda, que "as vo­zes responsáveis do partido falaram na Convenção - namais sã essência democrática - ao contrário do ocorri­do com as oposições, que homologaram um nome, porimposição de um ou de uns poucos, burlando o que deveser o mais puro exercício:·democrático'·.

O Presidente João Figueiredo elogiou a conduta doscandidatos do PDS e a "maneira exemplar com que seportaram os convencionais", e concluiu dizendo que "averdade ê que as vozes responsáveis do partido, falaram.Reponsáveis porque a lei previa que eram as vozes res­ponsáveis, desde as eleições de 1982".

E arremata o Presidente Figueiredo: "A maioria des­sas vozes, na mais sã essência democrática, escolheu umcandidato. Tal como deve ser. Tal como eu queria. Dife­rente, graças a Deus, bem diferente, da voz maciça, datotalidade, ou da quase totalidade dos convencionais deum partido, que homologam um nome, por imposiçãode um ou de uns poucos. burlando o que acho deve ser omais puro exercício democrático".

Finalmente, o Presiderite da República formaliza umveemente apelo ao PDS: "Mister se faz, repito, para queesse exercício democrático que é a própria voz da demo­cracia - que é a voz da maioria se transforme em algode prático para a democracia que buscamos; é necessárioque agora nos unamos, que esqueçamos nossas desa­venças, as nossas rusgas do passado e nos unamos emtorno daquele nome, que é o do Dr. Paulo Maluf, que apartir de hoje é o candidato do partido. Só assim é queeu entendo que deve ser democracia. Agora estou à von­tade para dizer que o candidato do meu Partido - que éo meu candidato - é·o Dr. Paulo Maluf, porque a maio­ria do meU partido quer que o Dr. Paulo Maluf seja ocandidato" .

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Agosto de 1984

Sr. Presidente c Srs. Deputados, acredito que essas pa- 'lavras do Presidente João Figueiredo tiveram o endereçocerto: responder a declarações do Senador Marco Macielao jornalista José Carlos Bardawil, da revista "Senhor",quando formula contundentes críticas, dizendo que oPresidente Figueiredo estaria se omitindo de participardo processo sucessório e lembrando, o parlamentar per­nambucano, que essa abstenção do Presidente Figueire­do era um processo de foro intimo, "que eu não tenhocondições de analisar".

Pura maldade do Senador Marco Maciel, traidor doidéario da'Revolução de 31 de março de 1964; aproveita­dor, desde o início de abril de 1964, até ser nomeado Go­vernador do Estado de Pernambuco, pois o PresidenteFigueiredo, desde o início do processo sucessório, temdeclarado que só e exclusivamente após a Convenção doPDS teria candidato a Presidente da República, o queefetivamente agora demonstrou. Agora o Presidente estáà vontade para dizer à Nação que o candidato do seupartido, o PDS, é também seu candidato, e é o Dr. Ma­luf, porque a maioria do PDS quer que o Dr. Maluf sejao candidato às eleições de 15 de janeiro de 1985.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, afirmo que acreditona vitória do companheiro Deputado Paulo Maluf, polí­tico, empresário, estadista, mas, antes disto, o homemPaulo MallIf, que preserva sua família como o maior dosseus bens e que é exemplo de trahalho e de coragem polí­tica.

Ainda desejo registrar minha solidariedade ao Depu­tado Flávio Marlcílio, que, injusta c absurdamente, estásendo criticado por uma minoria nesta Casa. Mas, aten­to ao apelo do companheiro Deputado Paulo Maluf,candidato à Presidência da República, em face de inexis­tir impedimento legal c moral, o Deputado FlávioMarlcílio continuará na Presidência da Câmara dos De­putados.

o SR. JONAS PINHEIRO (PDS - MT. Pronunciao seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,na Semana passada, quando o PDS e o PMDB, realiza­vam suas convenções para escolha dos candidatos à Pre­sidência da República, reuniam-se em Goiânia, represen­tando os produtores do Centro-Oeste brasileiro, Secre­tário de Agricultura, presidente de federações de agricul­tura e dirigentes de organizações cooperativistas, paraum amplo debate dos problemas que afligem a agricultu­ra da região.

Matb Grosso, Mafu Grosso do Sul, Goiás, e Di;tritoFederal pretendem tentar transformar a região em realpólo de produção, com a expanção da fronteira agricolae aumento da produtividade.

Consciente da dramática situação porque passam osprodutores e tentando salvar a atividade produtiva, esta­mos solidários com a reunião de Goiânia, pois achamosque o Governo deve dispor de recursos e mecanismospara o dcsenvolvimento da agricultura desde a fase dcpreparo do solo até á comercialização do produto.

As condições propostas pel.o Governo, consubstancia­dos na falta de recursos, retirada do subsídio ao créditorural e preço mínimo irreal, podem contribuir para in­viabilizar a agricultura nacional, sobretudo a da regiãoCentro-Oeste, ainda carente da necessária infra estrutu­ra, tanto - nível de propriedade, como a nível governa­

mental.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, a seguir trancrevemosos pontos comuns a que chegaram as várias autoridadesreunidas, que os oferecem ao Governo Federal como rei­vindicações, no senlido de que providências sejam toma­das imediatamente e em tempo hábil a fim de que nossosagricultores não percam as esperanças e não sejam frus­tradas suas expectativas para aproveitamento do presen­te ano agrícola.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Considerando o elevado grau de endividamentode todo o setor, por frustração de duas safras conse­cutivas; considerando as mudanças na política decrédito agricola, com a supressão abrupta de subsí­dios de há muito praticado no setor; considerando airrealidade dos preços de garantia. não compatíveiscom os custos de produção; considerando que ospreços d~ mercado não vém atompanhando os cus­tos praticados no setor, em decorrência da própriaintervenção Governamental: considerando que asdecisões governamentais sobre VBC e preços de ga­rantia tomam por parâmetros dados que não corres­pondem à realidade da agropecuária brasileira; con­siderando que tais fatores colocam a agricultura daregião na iminência de um colapso, por impossibili­dade de plantio da safra que se aproxima; Conside­rando, finalmen,te, que tal colapso terá catastróficasrepercussões econômico-financeiro-sociais, nãoapenas para a região, mas para todo o País, vimoscolocar que, em nosso entendimento, é absoluta­mente indispensável e urgente que o Governo Fede­ral adote as seguintes providêncÍas:

I - Aumento do percentual do V.B.C: 90% paraa soja, 85% para o milho e 100% para o arroz sequei­ro.

2 - Que os produtores rurais do Centro-Oestesejam classificados, todos, na categoria de "peque-nos produtores". <

3 - Fixação em ORTNs do valor dos preçosmínimos, conteplando custos financeiros.

4 - Retorno da obrigatoriedade dos bancos par­ticulares cm participar do crédito complementar docusteio. estabeleccndo-se que as garantias pignoratí­cias sejam estritamente proporcionais ao percentualdo valor dos empréstimos concedidos.

5 - P-rorrogação dos débitos decorrentes de fi­nanciamentos através do crédito rural. segundo nor­mas próprias a serem imcdiatamcntc baixadas."

Sr. Presidente, Srs. Deputados, rogamos a Deus paraque as autoridades agrícolas e monetárias sejam sensíveisàs justas pretensões do Centro-Oeste brasileiro.

Era o que tinha a dizer.

O SR. CASILDO MALDANER (PMDB - Se. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, como é do conhecimento de toda a Nação, o Esta­do de Santa Catarina está vivendo, mais uma vcz, dias deamargura com outra enchente. As proporções são idênti­cas às do ano passado. Milhares de pessoas passam ne­cessidade. O comércio, a indústria, a lavoura e a pe­cuária também foram duramente castigados.

Hoje as águas já estão baixando, com uma aparentcnormalidade e a preocupação contínua. Se, de um lado,o empresário desestimulado em continuar suas ativida­des, de outro, o t<abalhador vive momentos de tensão. Opai de família, que perdeu tudo - uns, até pessoas desua família - não sabe se no futuro poderá contar comseu trabalho.

Louvc-se o espírito humanitário dos empresários cata­rinenses. Eles acabam de firmar um compromisso com aFederação das Indústrias do Estado de Santa Catarina,de não demitir nenhum funcionário dentro dos próximos120 dias. Por mais que a classe cmpresarial se esforce,não sabemos se csse compromisso poderá ter continuida­de porque o próprio empresário se sente inseguro.

Esse fenômeno das enchentes passou a ser rotina emSanta Catarina. A recuperação da economia do Estadonão será fácil. Vai demorar algum tempo. :f: preciso queo Governo faça alguma coisa e tome medidas mais con­cretas para tranqUilizar essa brava gente do territóriobarriga-verde.

Se, no Nordeste, o problema é a seca, no Sul, o excessode chuva, que inunda dezeoas de municípios, comprome-

Sábado 18 8033

te a economia catarinense. Tcmos informações - c isso élamentável -'- de que algumas indústrias poderão sertransferidas para outros Estados, fugindo das enchentese, conseqüentemente, dos prejuízos. Santa Catarina, queaté então era um Estado mais ou menos equilibrado, cor­re, portanto, sério risco de vir a ter o desemprego comograve problema. O comércio, a indústria, a pecuária e alavoura querem e precisam de garantia.

Por ser visível o estado de desgaste e dada a impossihi­lidadc de recuperação, face aos repetidos fenômenos,quc vêm exaurindo completamente produtores e coope­rativas, a Fedcração das Cooperativas Agropecuârias doEstado de Santa Catarina reivindica sejam estendidos aoEstado de Santa Catarina condições idênticas às previs­tas em resoluções do Banco Central para municípios dasáreas da SUDENE, SUDAM, Vale do Jequitinhonha eEspírito Santo, sob pena de criar-se em nosso Estado umbolsão de pobreza de características piores que os das ci­tadas regiões.

O SR. DEL BOSCO AMARAL (PMDB - SP. Semrevisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, al­gumas vezes a intransigéncia dos bons ajuda em muito osplanos dos maus.

Estam~s alarmados com o posicionamento, cada vezmais público - e ontem foi por uma das emissoras de te­levisão - de dignos 'companheiros nossos, de homensque merecem o nosso mais profundo respeito, mas quecontinuam insistindo na tese de que não comparecerão'ao Colégio Eleitoral. Acho que esses homens, esses dig­nos companheiros, cuja intransigência vem atéa própriacoerência, mas que não estão enxergando além da pró­pria coeréncia as necessidades do povo brasileiro, deve­riam ter até tomado uma atitude um pouco mais drásti­ca. Se mantiverem à atual decisão a qual teria sido atéantes da renúncia do grande homem público brasileiro,Tancredo Neves, do' Governo de Minas Gerais e ter re­gistrado em cartório público o não ~omparecimento aeste Colégio, alguém' também acabará voltando atrás nasua decisão, às vésperas das eleições no Colégio Eleito­nil. E todos ficamos nesta berlinda, nós, que estamosaqui transigindO, nós que estamos aqui abdicando de al­guns princípios que nos são quase sagrados, tais corvonão votar por casuismo, em homenagem ao povo brasi­Iciro e em respcito aos deveres que temos para com ele.

Agora ficam alguns companheiros nossos, da ·maiordignidade possível, insistindo na tese de que não compa­recerão ao Colégio Eleitoral. Um dia até serão cobrados,porquc dcmoraram tanto a se decidir a ir ao ColégioEleitoral.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, lanço um apelo a to­dos aqueles que querem uma modificação efetiva da vidanacional, aos que querem suhstituir esses anos de obscu­rantismo: é preciso transigir. Já se sabe que os fatos sãocsses: não existc número regimental para quc se acolhauma cmenda constitucional que transforme o plcito dire­to em indireto neste instante. Os fatos estão aí colocados.Esses homens dignos como tantos outros homens dig­nos, também precisam ir ao 'Colégio Eleitoral para quenão aconteça o que ocorrcu, participar de uma votaçãona qual nos faltaram vinte c três votos para que atingíS­semos o quorum qualificado. Ora, esgotados todos essesrecursos, estrategicamente até, para chegar à ele,ição di­reta, só resta afirmar que vamos bater o candidato doGovcrno no Colégio Eleitoral.

fi desta forma que r~novo" desta tribuna, um apelo à­queles que estão intransigentes em relação ao ColégioEleitoral, para que entendam que a gravidade quanto aomomento nacional exige que nós outros caminhemosjuntos com os da Frente Liberal, para que possamos der­rotar o adversário comum no que foi proposta pela Con­venção governamental.

O SR. ERNANI SATYRO (PDS - PB. Sem revisãodo orador.) - Sr. Presidente, ocupo esta tribuna, em pri­mciro lugar, para repelir os ataques mesquinhos e injus-

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8034 Sábado 18

tos que têm sido feitos neste plenário contra a pessoa doPresidente desta Casa, o nobre Deputado FlávioMarcílio. (Muito bem! Palmas.) Flávio Marcílio é o Pre­sidente pela terceira vez da Câmara dos Deputados peloseu mérito pessoal e capacidade intelectual, moral e poli­tica. (Muito bem!) Não existe nenhum impedimentopara que ele continue a presidir a Câmara dos Deputa­dos, nem impedimento de natureza legal, nem de nature­za moral. As inelegibilidades e as incompatibilidades sãoaquelas expressas na legislação. Inelegibilidade é matériade direito expresso, não pode, absolutamente, resultar deilação, de dedução, de conclusão ou de interpretação dequalquer natureza. Impedimento moral também nãoexiste, porque ele não tem nenhuma possibilidade, den­tro das suas atribuições de Presidente da Câmara, de in­fluenciar no Colégio Eleitoral. Nós sabemos até. que,peJo.nosso Regimento, as atribuições de natureza admi­nistrativa mais inportantes são da l'-Seeretaria, e ali éque tem havido, se é que há, a maior concessão de favo­res em beneficio de qualquer natureza para os Srs. Depu­tados. Não quero, absolutamente, também acusar oPrimeiro-Secretário nem ninguém. O que querb é isentarFlávio Marcílio de qualquer responsabilidade por atosmenos dignos no exercício da Presidência desta Casa.(Muito bem!) Sr. Presidente, ao fazer em primeiro lugareste protesto contra as diatribes, contra'os insultos queaescem ao pior nível parlamentar que já conheci nestaCasa, ao fazer este protesto, trago também a expressãodo meu apreço, do meu apoio e da minha solidariedade aFlâvio Mareílio.

Sr. Presidente, para se ver como se desceu a esse deba­te, falam até que Flávio Marcílio tem atribuição de dis­tribuir osjetões do Colégio Ij!eitoral que vai eleger o Pre­sidente da República, como se Flávio Marcílio fosse umPresidente do Colégio Eleitoral, fosse o Presidente do Se­nado e, por conseguinte, do Congresso Nacional, e comose o próprio Presidente do Congresso pudesse fazer dis­criminação entre jetÕes cabíveis a Deputados dessa oudaquela corrente.

Sr. Presidente, é uma diminuição, até nos humilhar di­zer que possamos, que qualquer um de ,nós possa deixaro seu voto ser influenciado por motivo dessa natureza.Trago, pois, o meu protesto não apenas em meu nome,mas no de inúmeros pares, da própria dignidade da Câ­mara, da própria dignidade do Poder Legislativo, contraessa inorriinável, essa inqualificável, essa criminosa cam­panha que está se fazendo contra Flávio Marcílio. (Mui­to bem! Palmas.)

o SR. JOst CARLOS TEIXEIRA (PMDB ....;. SE.Sem revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, esta semana transcorre mais uma vez com a pre­sença, no Brasil, de membros do Fundo Monetário In­ternacional analisando nossa economia. Os tecnocratasdo FMI percorrem os gabinetes dos Ministérios, do Ban­co Central e de outros organismos do Brasil, exigindotudo e impondo condições. .

Vê-se, Sr. Presidente, que apesar do clamor de todo aNação por uma mudança profunda e definitiva nos ru­mos da nossa economia, as autoridades econômicas con­tinuam insensíveis c sem nenhuma perspectiva de mu­dança.

Verifica-se que nada se pode esperar mais do Governodo Presidente Figueiredo na condução da economia. S.Ex' parece que se conformou e espera qu~ a populaçãobrasileira busque meios de sobreviver à crise econômicaem que se debate toda a Nação.

Ao mesmo tempo começamos a verificar, também,que o próprio noticiário da imprensa registra que o Bra­sil mais urna vez cede aos banqueiros, e se constrói umaanálise sobre a moratória, que não provocaria "repre­sálias. Este é um tema que tem sido profundamente ana­lisado desta tribuna e que as autoridades econômicas in­sistem em sufocar, diante das aspirações de progresso denossa gente.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Por isso, Sr. Presidente, mais uma vez o Grupo Brasi­leiro do Parlamento Latino-Americano, numa assemble­

. ia extraordinária realizada em São José, Costa Rica, nosdias 20 e 21 de julho, mês passado, preparou um docu­mento, - trabalho em que contou com o concurso devários países, de representações de Honduras, México,Peru, República Dominicana, Venezuela, Brasil, CostaRica, Equador, Antilhas Holandesas, Colômbia, Bolíviae Argentina - que rcpresenta o pensamento político daAmérica Latina sohre o problema da dívida externa, quesolicito a V. Ex' seja parte integrante do meu pronuncia­mento.

Ao mesmo tempo, tomo conhecimento, pelo noti­ciário da imprensa, que o Secretário-Geral da OEA, Em­baixador Baena Soares, prepara também um trabalhoparalelo, para que ocorra uma discussão mais profundasobr'e a realidade da crise econômico-financeira, sobre assuas soluções, para que os banqueiros tenham uma visãopolítica da realidade latino-americana.

Devemos e queremos pagar, mas não com o sacriffciosocial e do desenvolvimento da nossa gente e da nossaterra.

DOCUMENTO A QUE SE REFERE O ORA-DOR

A Assembléia Extraordinária do Parlamento Latino­americano, reunida em San José, Costa Rica, nos dias 20e 21 de julbo de mil novecentos e oitenta e quatro, acor·dou o seguinte:

DECLARAÇÃO

Lembrando a constante posição do ParlamentoLatino-americano em defesa da economia dos nossospaíses e dos níveis de vida, justos e humanos, aos quetêm direito os povos da região, enunciada desde a III As­sembléia Ordinária que foi celebrada em Brasília em1968, e que tem sido mantida permanentemente;

Considerando Que a situação da exorbitante dívidaexterna dos países da nossa América tornou-se umproblema da mâxima importância e requer que o mesmoseja enfrentado com um critério de integração, que é oprincípio diretor do Parlamento, e que a Junta Diretora,ao interpretar esse claro dever da nossa Organização,tornou pública, em abril do presente ano, uma Decla­ração na que expressou a necessidade de encarar oproblema através.de umi;l, "solidariedade ativa, inteligen­te e imediata em nossos paísc;s";

Lembrando que em maio deste ano, a Junta Diretora,após se" reunir em Caracas, e contando com o apoio téc­nico do Sistema Económico Latino-americano (SELA),elaborou uma declaração onde é frisado que. "o agrava­mento da situação levará à impossibilidade "coletiva dospaíses da América Latina pagarem suas dívidas";

Considerando que o crítico panorama da dívida exter­na está sendo agravado pela elevação unilateral das taxasde juros e que a dívida externa da América Latina, emseu conjunto, é superior a 350 bilhões de dólares, o queimplica no pagamento de 45 bilhões de dólares anuaiscorrespondentes aos juros, equivalentes às duas terçaspartes das receitas por exporiações;

Estando cientes de que isto tudo poderá afetar o pro­cesso democrático da região e provoca o legítimo e unâ­nime protesto dos povos latino-americanos, já traduzidoem ações violentas em alguns país~s, que custaram derra­mamento de sangue, e que, corno no caso da Bolívia, le­vou o seu governo a adotar medidas tais como a suspen­são temporária do pagamento de suas obrigações finan­ceiras externas;

Lembrando que o consenso de Cartagena ratificou es­tas posições em nova demonstração de solidariedade ati­va e inteligente; com vistas à obtenção de soluções 'satis­fatôrias para todas as nações envolvidas, especialmenteno que diz respeito às possibilidades de acesso aos mer­cados dos países industrializados, à melhoria substancial

Agosto de 1984

~ efetiva da carga do endividamento e à retomada dosfluxos de financiamento para o desenvolvimento;

Convencidos de que é inadiável promover uma novaordem econômica internacional que garanta com eqüi­dade e justiça a estabilidade e o aproveitamento do po­tencial de desenvolvimento autônomo da nossa região;

Levando em conta que nem as gestões dos governos,nem os protestos dos povos conseguiram modificar a ati­tude dos países e bancos credores perante nossas justasaspirações, c que o endurecimento das atuais condiçõessignificariáa crise total da economia latino-americana, oempobrecimento absoluto de suas populações e a inca­pacidade de responder pelas cargas impostas por um en­dividamento sem precedentes;

Considerando que o problema da dívida, devido asuas vastas repercussões, deixou de ser um problema ex­clusivamente econômico e financeiro se transformando,ainda, em gravíssimo problema político que afeta a per­manência das instituições democráticas na América Lati­na, menoscaba o conceito de uma comunidade latino­americana livre de toda dependência e que o problemamencionado requer, para sua solução, o reconhecimentoda corresponsabilidade de todas as par.tes envolvidas eque as mesmas atuem conseqüentemente.

Levando em conta que os parlamentares da nossaAmérica, agrupados institucionalamente no ParlamentoLatino-americano, têm o dever de continuar a interpre­tar o sentimento dos nossos homens e o direito de defen­der o bem-estar dos nossos povos, combatendo todapolítica que pretenda impor aos nossos países prejuízosevidentes às suas economias e anular nossa capacidadede pagamento.

ACORDA:

Primeiro ratificar que sem a vigência da democraciarepresentativa não poderão ser'realizadas políticas esta­tais quc promovam a soberania, a liberdade. e a justiçareal na América Latina. Os conceitos de independência edemocracia são inseparáveis dos principios de autodeter·minação dos povos, igualdade jurídica dos Estados, anão-intervenção, a solução pacifica das controvérsias e acooperação internacional.

Segundo - Respaldar através de todos os meios aoseu alcance, as justas e legítimas aspirações popularesque rejeitam as exigências inadmissíveis dos países cre­dores e dos organismos financeiros internacionais, e quereclamam uma modificação na atitude dos mesmos paraobter, assim, um novo tratamento que libere a AméricaLatina das políticas de recessão e do mais pesado jugoecoíÍômico que já conheceu desde o início de sua vida in­dependente e, dessa forma·, recuperar sua capacidade depagamento e atingir um desenvolvimento firme, contí­nuo, equilibrado e integral.

Terceiro - Reiterar seu apoio irrestrito às ações con­juntas postuladas peja Declaração 'de Quito, exigir apronta implementação das medidas propostas no con·senso de Cartagena e expressar nossa certeza de que areunião de Chanceleres e Ministros responsáveis da ÂreaFinanceira, que será realizada em Buenos Aires, deveráconcretizar estratégias e ações que dêem respostas pró­prias e soberanas ao desafio do nosso endividamento.

Quarto - Propor aos Congressos e Parlamentos dosEstados Unidos, Canadá, Japão, assim como aos Con­gressos dos países integrantes do Parlamento Europeu eda Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa e arealização de uma Conferência Interparlamentar Inter­nacional (ClI), sobre divida externa, que seria precedidade contatos preparatórios com essas instituições e facul­tar a Junta Diretôria para constituir mecanismos que sir­V'lm a elaboração dessa proposta.

Quinto- Apoiar no âmbito da União Interparlamen·tar (UIP) a aprovação de uma resolução de urgênciasobre o tema da dívida externa, e propor como tema cen­tral para a conferência da UIP em 1935 a contribuição

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Agosto de 1984

dos parlamentos para a construção de uma nova ordemeconômica internacional e para a solução do problemada divida externa.

Sexto - Que a Junta Diretora constitua uma Comis­são especial de acompanhamento e coordenação sobre oproblema da dívida externa.

Sétimo - Promover uma reunião de Chefes de EstadoLatino-americanos, na que seja proclamado que a horada Comunidade Latia-americana já é chegada, e que anossa vontade política de integração seja concretizadacomo instrumento emancipador no Projeto da Comuni­dade Econômica Latino-americana, elaborado pelo nos­so Parlamento Regional.

ACORDO COMPLEMENTAR

As delegações nacionais deverão proporcionar tudoaquilo que for necessário para dar a esta resolução a má­xima difusão na imprensa e promover a discussão e O de­bate sobre este documento a fim de propiciar uma cres­cente conscientização sobre o tema da divida externa en­tre os diversos setores da sociedade latino-americana.

Assinado na Cidade de San José, Costa Rica, em vintee um de julho de mil novecentos e oitenta e quatro.

Pela Junta Diretora: Senador Nelson Carneiro, Presi­dente - Deputado André Townsend E.; Secretário-Geral.

ARGENTINA: Luis León - Senador; FranciscoVillada - Senador; Jesús Rodríguez - Deputado; JorgeMatzkin - Deputado.

ANTILHAS HOLANDESAS: Rufus Me. William ­Deputado; Onofre Bikker - Deputado; Clyve LacIe ­Deputado; Humphrey Woout - Deputado; BeatriceSeoop - Deputada.

BOLlvIA: Jaime Taborga - Deputado; Oscar Vega- Deputado.

BRASIL: Nelson Carneiro - Senador, PresidenteParlamento; José Carlos Teixeira - Deputado; Florice­no Paixão - Deputado; Fernando Lyra - Deputado;Odacir Soares - Senador; Severo Gomes - Senador.

COLOMBIA: Humberto Pelaez Gutiérrez - Sena­dor, Vice-Presidente Parlamento.

COSTA RICA: Dr. Edgar Ugalde Álvarez - Secre­tário Executivo Parlamento; Lic. Bernal Jiménez Monge- Dep. Preso Assemb; Lic. Matilde Marín Chinchilla­Deputada; Lic. Guillermo Malavassi Vargas - Deputa­do; Dr. Benjamin Munoz Retana - Deputado; Dr., Jor­ge Arturo Monge Zamora - Deputado; Sr. ArnaldoFerrcto Segura - Deputado; Lic. Danilo Cheverri Soto- Deputado; Arq. Javier Baianos Quesada - Deputa­do; Lic. Osear AguiIar Bulgarelli - Deputado; Sr. Car­los Rivera Bianehini ~ Deputado; Sr. Hernán GarrónSalazar - Deputado.

EQUADOR: Dr. Mareo Proaíio Maya - Deputado.

ONDURAS: Carlos O. Montoya - Deputado.

MÉXICO: Patrocinio González BIanco - SenadorPresidente Parlamento Mexicano; Alfonso Segbe Sanen- Senador; Miguel Borge Martin - Senador; ManuelCabazos Lerma - Deputado; Ricardo Cabazos Galván- Deputado; Víctor Manuel Maldonado - Deputado.

PERU: Andrés Townsend Ezcurra - Deputado ­Secretário-Geral do Parlamento Latino-Americano; AI·berto Goicoechea Iturri - Senador; Alberto CarreónVergara - Senador; Ramón Ponce de León - Senador;Carlos Malpica - Senador; Julio Hugo Melgar Díaz­Deputado; Ricardo Castro Becerra - Deputado; OscarCaballero Calderón - Deputado; Enrique FernándezChac6n - Deputado; Celso Sotomarino - Deputado.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

REPÚBLICA DOMINICANA: L. Ambiorix DíazEstrella - Deputado Vice-Presidente ParlamentoLatino-Americano.

VENEZUELA: Humberto Celli - Deputado - Vice­Presidente Parlamcnto Latino-Americano; AlejandroIzaguirre - Sena~or; Pompeyo Márquez - Senador;Gustavo Torre - Deputado; Milos Alcalay - Deputa­

do.

ACORDO

Proposta apresentada pelos delegados do Peru e à qualaderiu o Deputado Marco Proaíio Maya (equador), aoParlamento Latino-americano:

Considerando:- Que os problemas impostos aos países da Região

pelo' pagamento de sua dívida externa colocaram em pe­rigo sua estabilidade econômica e social e a ordem demo­crática interna;

- Que as despesas efetuadas para a compra de arma­mento constituem uma das principais causas do maciçoendividamcnto externo, provocando, com o serviço dadívida, a subtração de valiosos recursos de outras áreasimportan tes para o desenvolvimento económico e socialdos nossos povos.

Acorda:Recomendar aos governos dos países latino­

americanos se absterem de realizar novas despesas nacompra de armamento enquanto não for superada aatual crise do pagamento da dívida externa.

San José, 21 de julho de 1984.

PUBLlCAÇOES REFERIDAS PELO ORA­DOR

Dívida Externa

BRASIL (MAIS UMA VEZ)CEDE AOS BANQUEIROS

O presidente do Banco Central, Affonso Celso Pasta­re, alardeou semana passada, em sua conferência na Es­cola Superior de Guerra (ESG), que o Brasil vai impornovas condições na próxima rodada de renegociação dadívida externa, procurando ampliar os prazos de refinan­ciamento dos vencimentos do principal e reduzir osspreads e comissões, seguindo o exemplo do México.

Entretanto, a julgar pelas informações do próprio Pas­tare e do ministro do Planejamento, Delfim Netto, deque o governo pretende solicitar aos bancos mais US$ 3ou 4 bilhões de dinheiro novo e refinanciar os vencimen­tos dos próximos dois ou três anos, as condições impos­tas pelo Brasil diferem bastante das negociações que oMéxico vem travando.

O México já solicitou aos bancos credores a renovaçãoautomática dos vencimentos de US$ 55 bilhões de suadívida atual, de US$92 bilhões, para os próximos seisanos, com carência de nove anos para iniciar as amorti­zações e prazo de até 16 anos para pagar. Além disso, oMéxico também solicitou mais US$ 16 bilhões de novoscréditos para os próximos seis anos. Tudo, com spreadde apenas 3/8 (0,75%) acima da Libor, desvinculando-seda prime-rate.

A rigor, a única semelhança da estratégia brasileira é adesvinculação da prime-rate (taxa que deixou até de serreferencial para os melhores clientes nos Estados Uni­dos) nos financiamentos. Dos US$ 3 ou 4 bilhões de no­vos créditos solicitados, nada menos do que USS 2 ou 3bilhões poderão ser fornecidos em co-financiamento dosbancos credores com o Banco Mundi:ol, que daria suachancela nos créditos (comprovando sua ligação comprojetos viáveis e diminuindo o risco político dos ban­cos). Isso por si só já daria margem a uma redução dospread. No mais, a negociação já enunciada pelo governoatende muito mais ao interesse dos banqueiros do que osdo País, como chegou a admitir o ministro da Fazenda,Ernane Galvêas.

Sábado 18 8035

MORATÓRIA NÃO PROVOCARIAREPRESÁLIAS

Ao contrário do que vive afirmando o ministro DelfimNetto, caso o Brasil declarasse a moratória da dívida ex­terna não teria suas reservas cambiais depositadas no ex­terior retidas, nem aviões e navios confiscados. A obser­vação é de um advogado brasileiro que, recentemente,fez uma tese de mestrado nos Estados Unidos sobre o as­sunto. Portanto, as declarações de Delfim revelariam máfé ou o completo desconhecimento da legislação norte­americana.

Um dos pontos principais dessa legislação é a Doutri­na do Ato de Estado, que estabelece que, perante o atode um Estado soberano (como a declaração de mora­tória), o governo norte-americano nada pode fazer con­tra ele. A aplicação da doutrina é permeada por critériospolíticos, mas mesmo assim a condenação de qualquerpaís pela Justiça americana é, no minimo, improvável.Recentemente. por exemplo, empresas governamentaisda Costa Rica, com depósitos em dólares nos EstadosUnidos, recusaram-se a permitir que a moeda nacionalfosse transformada em dólares para pagar dividas combancos norte-americanos. Elas alcgavam que a situaçãocambial do .país rceomendava tal medida.

Os bancos que t1caram sem receber queriam executaros dólares das empresas da Costa Rica, que estavam de­positados nos Estados Unidos. Depois de muita celeu­ma, a Corte de Apelação de Nova Iorque decidiu que ainiciativa da Costa Rica não devia ser caracterizadacomo o ato de um Estado soberano, mas apesar disso osbancos não poderiam executar os depósitos em dólaresdas empresas governamentais. E não poderiam porque opróprio governo dos Estados Unidos reconhecia publi­camente as sérias dificuldades cambiais por que passavaa Costa Rica.

Caso brasileiro. Na opinião da fonte, se o Brasil decla­rasse a moratória, mas mantivesse abertos os canais decomunicação com o governo dos Estados Unidos, a deci­são brasileira seria acatada. Além da Doutrina do Ato deEstado, o Brasil seria protegido pela Imunidade do Sa­berano Estrangeiro. legislação aprovada em 1976. Essalegislação estabelece que um país soberano não pode teros seus bens executados por outro país. Antigamente erapermitida à Justiça ~mericana determinar a apreensão denavios, aviães e outros bens, até que os problemas comoutra nação fossem resolvidos. Agora, isso não é maisviável em relação ao Estado; empresas públicas e autar­quias. Assim, não haveria a possibilidade de apreender,por exemplo, navios e aviões militares.

Com relação a navios e aviões de empresas privadas,só poderiam ser apreendidos em função de dívidas nãohonradas das próprias empresas a que pertencessem es­ses navios e aviões. Portanto, um avião na VARIG sópoderia ser retido em face de dívidas da VARIG. Quantoàs reservas cambiais de um determinado país, deposita­das em bancos americanos, são "intocáveis, absoluta­mente intocáveis", segundo a fonte.

- Os recursos do Estado são im unes, a não ser que oEstado abra mão de suas imunidades. E, mesmo assim, obloqueio de reservas cambiais é uma questão controver­tida. Além disso, países do mundo todo têm reserva.s de­positadas nos bancos de Nova Iorque e há interesse empreservar esse esquema cuidadosamente. Uma medidadura contra qualquer paí~ poria isso em perigo. Portan­to, desse ponto de vista, não haveria qualquer risco parao Brasil com a declaração da moratória. O problema é,mesmo, essencialmente político. O resto não passa deconversa fiada.

o SR. OSVALDO MELO (PDS - PA. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, ojornal paraerise O Liberal, em sua edição de 19 de junhopróximo passado, trouxe uma notícia auspiciosa. A cida­de de Belém será palco do I Simpósio do Trópico Úmi-

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'8036 Sábado 18

do, a ser realizado no período de 12 a 17 de novembropróximo vindouro.

Várias entidades se associaram para promover esseevento que, em princípio, está programado para o cam­pus da Universidade Federal do Pará. Entre os órgãospromotores estão a Empresa Brasileira de PesquisasAgropecuárias (Embrapa), através do Centro de Pesqui­sa Agropecuária do Trópico Úmido, juntamente com oConselho Nacional de Desenvolvimento Científico eTecnológico (CNPq), e o Ministério das Relações Exte­riores. Participam, em termos de apoio, o IBDF, a Su­dam, o Basa, a Embrater e o Idesp, além de outros ór­gãos de pesquisa, e técnicos de todo o Brasil.

Cerca de 1.500 participantes são esperados para esseconclave internacional, entre os quais se encontrarão re­presentantes sul-americanos dos países do Pacto Amazô­nico, e também representantes da Ásia e da África, vin­dos da Tailândia, Malásia, lndia, Indonésia e Nigéria,onde a região do trópico úmido é praticamente igual anossa.

Srs. Deputados, esse evento se reveste da maior impor­tância, pois nos últimos anos foram intensificados estu­dos e pesquisas sobre essas regiões tropicais. Os especia­listas apontam a necessidade, e também as vantagens, datroca de informações existentes principalmente na áreade recursos naturais renováveis. Esse intercámbio de ex­periência é oportuno e muito útil para' que seja planejadaa utilização desses recursos.

Dezessete anos são passados desde que, em 1967, serealizou o último conclave importante sobre este assun­to. O pesquisador Mário Dantas, que está coordenandoo encontro, esperado para novembro, recordou para aimprensa que aquele Simpósio da Biota Amazônica pro­duziu 5 volumes de publicações. Mas, passados todos es­ses anos, surgiram muitas .indagações, fato que por si sójustificaria o acontecimento agora planejado, a fim deatualizarem-se as informações que servirão de base paranovas pesquisas e novas ações do Governo.

A oportunidade será excelente para reunir os conheci~

mentos que foram acumulados em todos os países que alise farão representar. Aliás, não foi outra a intenção doshomens que dirigem a Embrapa, quando idealizaram arealização, no Pará, do I Símpósio do Trópico Úmido,senão esta, de propiciar o intercâmbio técnico-científico.

O congresso vai estabelecer' um novo patamar, queservirá de base para futuras pesquisas no campo dos re­cursos naturais e da agricultura nas regiões do trópico ú­mido. Um dos convidados pelo Conselho Nacional doDesenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), tal­vez o mais ilustre, é o renomado e simpático pesquisadorfrancês Jacques Cousteau, que há pouco empreendeupioneira viagem de estudos pelos rios da Amazônia.

Na condição de paraense, desde já, quero,congratular-me com os responsáveis por essa iniciativa,formulando votos para que tal encontro de técnicos ecientistas seja coroado de sucesso, abrindo novas pers­pectivas para aproveitamento dos recursos naturais e daagricultura.

AGRESSÕES INJUSTAS E INEPTAS

Cécil MeiraO Sr. Paulo Maluf, apenas candidato à presidência da

República por um partido político, tem sido, agora e an­tes, agredido em sua honra pessoal e na sua honra políti­ca, sem que tais acusações se baseiem em qualquer pro­Va. Os homens dignos e honrados do Brasil, tomados deum furor cívico, investem contra o deputado fcderal eapenas candidato, do modo mais insólito e grosseiro. Nomomento, um famoso jornalista, em nome da probidadee em nome da dignidade, traça o perfil de Paulo Malufpara concluir que o Sr. Tancredo Neves estfl muito aci­ma dele e que será o vitorioso no Colégio Eleitoral. Maso mesmo jornalista, esquecendo-se da previsão da vitóriade Tancredo, traça um retrato de Paulo Maluf como de

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

um homem pertinaz, lutador, disposto a enfrentar todosos problemas para colher a vitória no janeiro do próxi­mo ano.

Convenhamos que o Sr. Paulo Maluf tem se compor­tado com muita correção na simples candidatura a can­didato e, quando eram quatro os presidenciáveis, jamaisdirijiu alguma palavra de crítica a seus colegas, aceitan­do a disputa e dizendo, ainda, que outros poderiam com­parecer ao pleito, verdadeiro significado de democracia.Com relação aOS presumidos candidatos da oposição,sempre respeitou e os animou a comparecerem aO Colé­gio eleitoraL Ao contrário disso, o Sr. José Sarney, oguru do Partido Democrático Social e presidente dessaagremiação, pessoa em que todos depositavam a mais­completa confiança, a\>andona seus correligionários eune-se aos inimigos de véspara para ser candidato àVice-Presidência da República na mesma chapa de Tan­credo Neves. Observe-se que o presidente José Sarneyorganizou a batalha dentro do partido contra as eleiçõesdiretas e distruiu, no Congresso Nacional, a emendaDante de Oliveira. Não foi o Sr. Paulo Maluf o urdidorda queda da emenda das diretas e esta responsabilidadecabe, totalmente, ao presidente do partido. O Sr. PauloMaluf manteve-se firme em sua posição e negou-se aaceitar uma prévia de prévias, uma vez que pretendiamfazer uma prévia da convenção, o mais total absurdo. Acoerência, politicamente, está com o Sr. Paulo Maluf e éde notar que o Sr. Ulysses Guimarães e o Sr. TancredoNeves não saíram da sua fortaleza e foi, exatamente, oSenador José Sarney que se colocou a seus pés numa pre­tendida ala liberal, qUe de liberal só tem o nome. Se com­pararmos a atitude de Paulo Maluf com os menibros daAliança Liberal, vamos encontrar no pedessista a coe­rência desde o primeiro momento, mantendo-se no parti­do em todas as honras, até alcançar o que está previstoem lei, a convenção que devia deliberar sobre a escolhado .candidato do partido do governo.

É evidente que a Aliança Liberal não tem qualquer ciovismo, procura o poder e surgem os Srs. Aureliano Cha­ves e Marco Maciel sem condições políticas de enfrentara convenção nacional de seu partido. O Brasil todo ou­viu, estarrecido, as declarações do vice-presidente Aufe­]jano Chaves de que preferia trair seu partido do quetrair o Brasil. Não se livrou com isso, por batismo pró­prio, da pecha de traidor, porque se um homem ético,como ele disse o general Golbery, não se espera traição,venha de que lado vier. Realmente numa sociedade ditacelerada ele Aureliano, mais Sarney e Maciel, ingressa­ram na oposição, Sem deixar seu partido. Se Paulo Maluffizesse ou praticasse ato dessa natureza seria um pecadomortal, d~ qual não seria absolvido até a décima ge­ração. Não se pode compreender um Tancredo Nevesmisturado com Sarney, um está errado ou todos os doisestão errados, ou oposição está errada ou o Brasil inteiroestá errado. O digno e ilustre doutor Tancredo Nevcs,tendo no sopé da montanha Sarney, caminha para aeleição indireta, para o Colégio Eleitoral, onde o gover­nador Franco Montoro pressente o odor de coisa podre.A oposição corre ainda o grave risco de colocar na Presi­dência da República o traidor do outro partido, porqueo Brasil tcm a triste história dos vice-presidentes. O Sr.Café Filho destroçou a vida do Presidente Vargas. O Sr.João Goular liquidou com a vida do Presidente JânioQuadros e agora, novamente, um vice-presidente, egres­so ainda muito quente das hastes do governo, está no pédo governador Tancredo Neves esperando o catedralcair.

Bernard Shaw dizia que, no mundo há duas figurasrealistas, as mulheres e os políticos. É'. possível que o Srs.Aureliano Chaves, José Sarney c Marco Maciel sejam osrealistas antevistos pelo dramaturgo inglês. nosso queri­do político Abel Chermont costumava dizer qqe, empolítica, o feio ê pcrder e o bom político faz omelete semovos. É também um pensamento que se encontra inscritonq "Príncipe" de Macchiavel.

Agosto de 1984,

o SR. ALUIZIO CAMPOS (PMDB - PB. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Sr's e Srs. Deputados,desde ontem circula a notícia de que o Presidente Figuei­redo prepararia no~a mensagem de emenda constitucio­nal, propondo eleições diretas já. Estaria Sua Excelênciaconvencido de que la processo indireto somente estimu­lou ambições pessoliis irreversíveis, tanto mais desmora­lizantes quanto maiis obstinada a ação corruptora doscandidatos do sistejna dominante. Não atendido o seuapelo de renúncia e\II favor da unidade do partido gover­nista, parece conviqto de que a decomposição deste estáresultando exatam~nte do privilégio de poderem dispu­tar a Presidência dá República sem o crivo da vontadepopular na oportunidade da disputa.

A gota d'água tetrá sido a cristianização do MinistroMário Andreazza através da votação secreta. E os an­dreazzistas mais si~ceros ainda resistem ao malufismo.Preferem eles a solução menos constrangedora da eleiçãodireta.

Alguns a deseja1lll com o parlamentarismo, na linha doSenador Jorge Bornhausen.

Este o quadro pqlítico, Sr. Presidente, dentro do qualtransita o Sr. Presidente da República no melancólicofim do seu ciclo de poder.

Desta tribuna, muitos apelos lhe temos dirigido nosentido de entregar,ao povo a decisão da alternância. Seo fizer, esteja certo de que a bondade coletiva esquecerásuas contradições e contramarchas, sua inapetência ad­ministrativa, as fraquezas de comando responsáveis peladescoordenação e desagregação do seu governo, as quaiscausaram irreparáv!:is danos à Nação.•

Tudo isso seria enublado pela imagem do general queprometeu e consoli~ou o caminho da abertura democrá­tica, restituindo ao povo a prerrogativa, agora tão neces­sária, de escolher diretamente seus dirigentes, pelo votosecreto, e de eleger representantes incumbidos de operara mudança institucional.

Se Sua Excelência não hesitar, conquistará merecidorelevo neste período da História.

O nosso candidato, ex-Governador Tancredo Neves,aceitou sua indicação e faz campanha para eleição dire­ta. Ainda anteontein, transmitiu o Governo de MinasGerais, em praça pública, ao seu sucessor, Hélio Garcia,traçando perante o :povo as linhas mestras do seu progra­ma governamental. E continuará debatendo nas ruas assoluções dos problemas nacionais.

Esteja certo o Presidente Figueiredo de que SUa pro­posta de eleições diretas para a própria sucessão, se tivero descortino de faze-la, contará com o integral apoio dasOllosições pela simples razão de manifestar a predomi­nánte vontade nacipnal.

O SR. SIQUEIAA CAMPOS (PDS - GO. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, continuam chegando-me mensagens de congratu­lações e regozijo peia escolha do Deputado Paulo Malufpara candidato do 'PDS à Presidência da República.

O povo goiano c Os líderes do PDS de todos os municí­pios do Estado de Goiás usufruem um dos momentosmais vibrantes da vIda nacional, ensejado pela vitória dePaulo Maluf e, especialmente, pelas perspectivas que seabrem para o País com a certeza de sua eleição para aPresidência da República.

Certos de que as mudanças reclamadas pela Nação es­tão próximas, prefeitos, vice~prefeitos, vereadores, líde­res políticos, empresários, radialistas, dirigentes esporti­vos, representante da beleza goiana e homens do povodirigem-me mensagens de aplausos e de apoio a PauloMaluf.

Cartas, telegramas, telefonemas c manifestações pes­soais, com visitas ao meu gabinete e à minha casa, cons­tituem a prova eloqüente da popularidade de Paulo Ma­luf e da confiança que o povo tem em sua capacidade,coragem e patriotismo.

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Agosto de 1984

Leio, para constar dos Anais, muitas das mensagensrecebidas:

PARA: CAMARA DOS DEPUTADOSATT. ILMO. SR. I!>EPUTADO SIQUEIRA CAMPOSBRASILlA - DF

TLX. NR. 068/08/84

. "Cumprimelnto prezado amigo e brilhante parla­mentar pela e$tupenda vitoria Paulo Maluf, con­venção do PD,s. Esperamos trabalho para vitorianosso candida!o presidente da República

Saudações,Expedito Stival Sobrinho (Empresário e ex­

presidente da assoc. Goiana dos prod. de Alcool).Vitoria Paulo Maluf convenção PDS, ressalta

trabalho primeira hora do brilhante deputado Goia­no.

Saudações,Oswaldo SÜval (empresário)segundo pre"isoes prezado amigo, melhor venceu

convenção PDli. Brasil esperança passa a ser objeti­vo todos nos. Parabens.

Parabens,Baltazar Soares de Castro JR. (Empresário e diri­

gente do Atletjco Ex-presidente da Federação)Vitoria Máluf se deve bravos companheiros

como Siqueira :Campos, um Iider sempre definido edesejoso de \ler concretizado o projeto Brasil·Esperança.

Saudações',Benedito Soares de Castro Neta (empresário)Maluf na presidencia significa retomada do de·

senvolvimento e prestigio a classe política. Cumpri­mentos Deputado Goiano pela expressiva vitorianossa candidato.

Saudações,João Batista Stival (empresário)Paulo Malur no comando do País representa for­

talecimento dq Siqueira Campas em Goiás e nacriação dt> Est~do do Tocantins.

Saudações, .Jose João Batista Stival (empresária)Continuando a observar as regras do jogo, Paulo

Maluf apos mbmorável vitória· na convenção, vaiagora vencer no Colégio Eleitoral, principalementeparque conta com companheiros como SiqueiraCampos.

Saudações,Suzane Ferreira (ex-miss Brasil n9 3 e empresária)Ao bravo Deputado Goiana os cumprimentos

pela vitória de Paulo Maluf na convenção do PDS,na qual foi fator de real importáncia.

Abraços,Edith Peixoto Stival (empresária)Siqueira Campos merece o reconhecimento do

povo Goiano por mais uma demonstração de com­petência política, que foi a vitória de Paulo Maluf.

Cordiais saudações,Luiz Alberto Ferreira (empresário)Com homens da estirpe de Siqueira Campos,

Paulo Maluf vencerá no Colégio Eleitoral, ressal­tando competência do Sel.l. "STAF".

Saudações,Manoel da Silva Azevedo (Empresário)Ressurge o otimismo. O País vai sair do caos pra

caminhar em busca de seu grande destino. Chegou ahora do Brasil-Esperança com Paulo Maluf e seusbravas companheiros.

AbraçosWilson Silveira Pereira (empresário e dirigente

do Vila Nova)

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ao Deputado Siqueira Campos o cumprimentodo amigo pela fantástica vitória de Paula Maluf naconvenção do PDS.

Saudações,Edvaldo Stlval (empresário)Com a mesma Garra da convenção do 'PDS, es­

peramos que PilUlo Maluf vença no Colégio Eleito­ral, dando rumo certo ao País que precisa da sua Ju­ventude e capacidade de Trabalho.

Abraços,Pedro Daniel Bittar (empresário)Pela grande:vitória de Paulo Maluf, cumprimen­

to digo cumprimentamos Deputado Siqueira Cam­pas pela sua reconhecida competência política.

Abraçosleso Stival Bueno (empresário)

Quando vitória Paulo Maluf, definiu-se na Con­venção, lembrei do amigo e Deputado, que tantoacreditou e tanto trabalhou para o sucesso do políti­co do Brasil-Esperança.

Abraças.Geraldo de Oliveira Bueno Jr. (Empresário)Maluf encama o otimismo. Maluf representa tra-

balha. Maluf atesta competência. Com Maluf nocomando do País, Goiás terá vez através de políti­~os como Siqueira Campos.

Saudações,Renato Stival Bueno. (Empresário)A presença de Maluf na Presidência da Repúbli­

ca abre novas horizontes para o Brasil, com Goiás,finalmente, tendo vez na esfera federal.

Abraços,Geralda Dias Campos. (Empresária)Ao Deputado Siqueira Campos os parabéns do

companheiro que sempre acreditou na competênciapolítica de um parlm;nentar que sempre se posicio­nou ao lado das boas causas. Maluf é o melhor parao Brasil.

Cordiais saudações,Jales Dias Campos (Empresário)Maluf esperança de um Brasil mais autêntico.

Contamos com o mesma trabalho do Deputado Si­queira Campos para a vitória no Colégio Eleitoral.

Abraços,Juarez Martini de Faria. (Empresário)Paulo Maluf representa prestígio a classe políti­

ca. Goiás terá força no cenário nacional. O Estadode Tocantins será uma realidade.

Saudações,Luiz Rotoli Júnior. (Empresária)TelegramaDeputado Siqueira CamposCâmara dos Deputados Anexo 4Gabinete 309Brasília-DF

Aceite estimada amigo dupla parabéns: pelo seuaniversário e pela vitória do Dr. Paulo Maluf, quemuito deve a sua liderança e garra. Vamos chegarlá, com a criação do Estado de Tocantins.

Abraços doWilliam Guimarães (Diretor-Presidente da Rá-

dio Riviera - Goiánia-GO).TelegramaDeputado Siqueira CampasGabinete 309 Anexa 4·Congresso NacionalBrasília-DF

Congratulamos vitória nOSSO candidato Con­venção Nacional

Abraços.Hermínio Bemardes (ex-Prefeito de Paranã)

Sábado 18 8037

TelegramaSiqueira CamposCâmara dos Deputadas, Anexo IVGab. 309Brasília-DF

Cumprimentos pela brilhante vitória, nosso futuroPresidente da República, Adherbal G. de Oliveira, Ve­reador - Oura Verde de Goiás.

TelegramaExm9 Senhor Siqueira CamposMD. Deputado FederalCámara dos Deputados - Congresso NacionalBrasília-DF

Parabenizamos V. Ex' pela grande esforço na campa­nha do Deputado Malufe temos certeza que ele será nos­so Presidente. Saudações. Joaquim Olímpio Rosa ­Prefeito Municipal de Arapoema - GO.

TelegramaJosé Wilson Siqueira CampasCâmara dos Deputados, Anexo IV Gab. 309Brasília-DF

Parabéns vitória conte com nosso apoio José Emídiode Franca Sabath - Prefeito Municipal de laciara ­GO.

TelegramaWilson Siqueira CamposCâmara dos Deputados, Anexo IV Gab. 309Brasília-DF

Parabenizamos vitória Paulo Maluf, apoiado peloilustre amigo desejamos vitória eleição do amigo Ivan.Cláudio de Oliveira, Vereador de Iaciara - Goiás

TelegramaDeputada FederalSiqueira CamposCamara das DeputadosBrasília-DF

Em meu nome et seus demais correligionarios decolinas enviamos fortes congratulaçoes pela bri­lhante vitoria nosso candidato Presidente aRe­publica VG Deputado Paula Salin Maluf PT espe­ramos repetiçao 15 janeiro 85 PT houve grandevibraçao popular apos resultada consagrado essegrande nome conveçao Presidencial que esta com­prometido emancipaçao cordial nossa regiao VGATT. Saudaçoes

Ruidemar Limeira Borges.

TelegramaDeputado Siqueira CamposCamara DeputadosBrasília-DF

Companheiros congratulamos nobre Deputadoesforços sentida nome preferencia Deputado PaulaSalin Maluf conveçao vitoria batalha Colegio Elei­toral. Saudaçoes.

Alvernes Camelo-Presidente.Diretoria PDSAvan Bezerra Vice-Presidente Diretório PDS

(Paraná).

TelegramaDeputado Paula MalufCâmara dos DeputadosBrasília - DF

Congratulaçoes vossa Excelencia consagradoravitoria vg que se repetira colegio cleitoral pt sau­daçoes

Jckson Rodrigues de SouzaPrefeito de Santa Izabel - Goias.

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8038 Sábado 18

TelegramaDcputado Josch Wilson Siqueira CamposCamara Fcderal PilotoBrasíJia-DF.

Felicito brilhante vitoria Deputado Paulo SalinMaluf VG espcro que vosso trabalho continuc jun­tamcnte com os demais VG tcnham exito no Colc­gio Eleitoral consagrando vitoria Paulo Maluf.

Zeoliveira (Líder Pedessista, Araguaína-Go.)

O povo sabe, apesar dos bilhões de cruzeiros e de dóla­res que os banqueiros e as multinacionais estão gastandocom o candidato do PMDB radical, que somente PauloMaluf fará as mais amplas e profundas mudanças navida nacional.

Os debates que Pa ulo Maluf promovcrá com o candi­dato do PMD B radical servirão para o povo conhecermelhor o candidato do PDS.

A partir do momento em que for estabelecida compa­ração entre, Paulo Maluf e Tancredo Neves, o candidattdo PDS irá disparar na preferência popular, porque opovo sabe que a campanha promocjonal peemcdcbista épaga pelos banqueiros, que roubam o fruto do seu traba­lho.

Se os banqueiros têm a repulsa do povo, o seu candi­dadto também será repelido da mesma forma.

O Povo sabe e confia: mudança é com Paulu MaIuf.Era o quc tinha a dizcr.

Durante o discurso do Sr. Adhemar Ghisi o Sr. AryKkJuri. 20-Secretário. deixa a cadeira da presidência,que é ocupada pelo Sr. Walber Guimarães - 20 Vice­Presidente.

o SR. ADHEMAR GHISI (PDS - SC. Scm revisãodo orador) - Sr. Presidente, gostaria de expressar, mui­to rapidamente, a nossa solidariedade ao Presidente Flá­vio Marcílio. S. Ex' não tem, nem pela Constituição,nem pelas leis, obrigação de abrir mão do direito que le­gitimamente conquistou de presidir esta Casa, mesmo nacondição de candidato à Vice-Presidência da República.

Estamos sabendo que o Sr. Vice-Presidente da Re­pública está engajado no processo político-eleitoralapoiando a candidatura do Sr. Tancredo Neves, e nempor isso solicitamos que S. Ex' deixe o seu cargo. A li­cença ou a renúncia do Deputado Flávio Marcílio signi­ficaria entregar o poder desta Casa a adversários políti­cos do candidato Paulo Maluf, conseqüentemente a ad­versários de sua própria candidatura.

O passado do Deputado Flávio Marcílio, por si sóatesta a sua grandeza de homem público, razão pela qualnão precisa S. Ex' preocupar-se com as críticas que pos­sam scr feitas pelo fato de, legitimamente, continuar aocupar o cargo que vem honrando e dignificando ao lon­go desse período de representação política do seu glorio­so Estado do Ceará. (palmas.)

Sr. Presidente, Srs. Deputados, com satisfação recebe­mos a noticia do surgimento de um órgão noticioso noMunicípio catarinensc de Urussanga, a. "Tribuna Muni­cipal", editada e dirigida por Arnaldo Escaravaco, per­tencente à Empresa de Comunicações e Assessoria.

A revista, em seu primeiro número, buscou mostrar oconjunto da comunidade urussanguense, apresentandoseus empresários, seus trabalhadores, a atividade agríco­la local, os profissionais liberais e agentes públicos.

Falando sobre a história do Município, a reportagemcomeça com a frase;, "Urussanga; no carvão a energia,na cerâmica a solidez, no vinho a amizade", que resumecom brilhantismo a economia local.

Descoberta por Manoel de Souza Porto, Urussangaviu chcgarem seus primeiros colonizadores, origináriosda Itália, em maio de 1878. Prosperando sólida e rapida­mente, a colônia logo obteve sua emancipação, alcança­da em 1881 por Decreto Imperial.

Sua primeira igrcja foi construída de pedra c cal, peloPadre Cipriano, e pouco depois, em 1901, Lucas Bez

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Balti prestou juramento na Câmara de Tubarão parapresidir o Conselho Municipal de Urussanga.

Dotada de moderno Terminal Rodoviário de Passa­geiros, prósperas indústrias e uma administração sempreempenhada no desenvolvimento da comunidade, Urus­sanga é hoje um Município integrado ao progresso doEstado de Santa Catarina.

O surgimento da revista Tribuna Muuicipal é, portan­to, mais uma demostração de que a região prossegue emseu caminho de crecimento, gerando notícias que, publi­cadas, pcrmitem uma maior integração da comunidade.

Nossas saudações, portanto, a essc órgão de comuni­cação de Urussanga, que prcstará, por certo, grandesserviços em favor da cultura, da in formação e da uniãodo povo urussanguense.

o SR. IRINEU BRZESINSKI (PMDB - PRo Semrcvisão do orador.) - Sr. Presidentc, Srs. Dcputados, re­cebemos comunicação de companheiros do oeste do Es­tai10 do Paraná, manifestando preocupação em virtudeda sucessão presidêncial, onde eles, com muita coragemc personalidadc, abordaram inumeros assuntos. Tive­mos, cntão a scnsibilidade de fazer uma apreciação, paraque pudéssemos esternar o nosso ponto de vista, paraque ficasse registrada nesta Casa.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, o País inteiro vemacompanhando, com muita atenção, a questão suces­sória, aguardando com ansiedade modificações neces­sárias e imprcscindíveis para melhores dias para o Brasil.

As dificuldades atuais são grandes, e o endividamentoexterno tem trazido aos brasileiros responsáveis intran­qüilidade e insegurança com incerteza no futuro.

É preciso que se coloque um basta a esse estado de coi­sas, e indiscutivelmente o caminho para a redcmocrati­zação do País é um governo com respaldo popular. Emtodos os pontos do País, como já se disse, a I"reocupaçãoé grande, e, tamhém no Estado do Paraná, tendo ocorri­do recentemente reunião de companheiros que externa­ram seu ponto de vista a respeito do quadro políticoatual. Mais de trezcntas pessoas oestinas disseram que sedeve dar a retomada popular para resouver a sucessãoem pleito direto e secreto, anseio maior da populaçãobrasileira, e esgotadas as possibilidades neste campo, aí ocomparecimento ao colégio Eleitoral para impedir ocontinuísmo do sistema autoritário, passando para o re­gime realmente democrático, com o restabelecimento doestado de direito.

Os companheiros ilustres da região citada dizem que otempo de mandato do futuro Presidente deverá ser fixa­do por uma Assembléia Nacional Constituinte, livre esoberana, até 10 de sctembro de 1986.

Os eminentes peemedebistas disseram também que aida ~as oposiçõcs ao Colégio Eleitoral deve estar condi­cionada ao compromisso de um progama mínimo, entreos quais a convocação de eleiçõcs diretas em todos osníveis e imediatamente nas áreas de segurança nacional ecstâncias hidrominerais. Pediram mais, um comprometi­mento com um programa de emergéncia no campo so­cial, mudança do modelo econômico, reforma tributáriae fixação de uma política salarial justa, alem de pontosoutros observados de natural interesse de todos os brasi­leiros.

Fixaram os destinos do Paraná, as suas metas que de­vem ser reccbidas dentro de um programa, com a con­fiança de que, num momento grave e decisivo para a vidanacional, se deve dar um compromisso com a democra~

cia..Ao povo da região mencionada, por seus representan­

tes os nossos aplausos, dizendo que, efetivamente, asoposições mantêm uma preocupação constante para so­lucionar os graves problemas nacionais, e, numa união,que acontecerá, elegerá o futuro Presidente da Repúbli­ca, numa convicção inabalável de que haveremos de teraí melhores dias para a nossa gente, com a implantaçãodc um progama que atenda a sociedade brasileira.

Agosto de 1984

o SR. ASSIS CANUTO (PDS - RO. Sem rcvisão doorador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, esta Casa,através de alguns dos seus representantes mais radicais,tem cobrado do Presidente Flávio Marcílio seu licencia­mento, como candidato à Vice-Presidência da Repúblicaque é. No entanto, as vozes mais autênticas, mais repre­sentativas e mais significativas desta Casa apelam para onosso Presidente para que continue à frente da Cámarados Deputados.

V. Ex' faz parte do colegiado que dirige esta Casa e sa­be, melhor do que nós, das atitudes democráticas,corre­tas e isentas do nosso Presidente, Deputado FlávioMarcílio.

Portanto, queremos somar nossa voz àquelas que plei­teiam e pedcm que o Presidcnte Flávio Marcílio continueà frcnte desta Casa até o término de seu mandato. (Pal­mas.)

O SR. FRANCISCO AMARAL (PMDB - SP. Pro­nuncia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Depu­tados, no dia 7 de agosto faleceu, em Campinas, ondefora tratar da recupcração da sua saúde,o ProL Antôniode Pádua Prado, fundador-diretor da Rádio Jornal deIndaiatuba, velado o seu corpo no plenârio da CâmaraMunicipal dessa cidade, por inúmeras pessoas gradas,parentes, amigos e população em geral.

A cerimônia de corpo presente foi concelebrada pelosPadres Francisco de Paula Vasconcclos, Luiz AntônioGucdcs e Álvaro Maciel, presente à cerimônia o CardealDom Agnello Rossi. A Prefeitura Municipal decretouluto oficial de três qias, dando o nome de Escola dePrmeiro Grau Professor Antônio de Pádua Prado aoprédio escolar do Jardim Morada do Sol.

Nascido em 1924, António de Pádua Prado cursou oLiceu Salcsiano Nossa Senhora Auxiliadora de Campi­nas, tendo sido orador da turma em 1943, presidente doGrêmio Estudantil. "Alvares Penteado" do Instituto deEducação Carlos Gomes de Campinas, em 1945, profes­sor normalista nesse ano, contador pela Escola Técnicadc Comércio Campineira, em 1946 e liccnciado cm Estu­dos Sociais pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Le­tras de !tu, em 1974. Teve destacada participação nacriação e instalação do 19 Ginásio Estadual de Indaiatu­ba, dirigiu a extinta maternidade Albertina Sampaio dePaula Leite,coordenando, em 1956, os trabalhos que le­varam iluminação pública domiciliar para a Vila de Nos­sa Senhora da Candelária. Sócio fundador do Lions Clu­be de Indaiatuba, foi provedor, por seis anos, do Lar SãoTarcísio, incentivando a construção do Clube de Campodo Indaiatuba Clube, cujo Conselho Deliberativo presi­diu de 1966 até sua morte.

Ademais, foi chefe de gabinete do Prefeito MárioAraldo Candello e sócio fundador da Indaiatuba Veícu­los. participando da criação do 20 Ginásio Estadual deIndaiatuba e da conclusão das obras das Escolas. "Hele­na de Campos Camargo" e "Benedita Wagner de Cam­pos". Professor, durante 32 anos, da Escola. "RandolfoMoreira Fernandcs", ondc sc aposentou em 1981,candidatou-se a vice-prefeito pela Arena, em 1976.

Esse rápido resumo biográfico demonstra que o Prof.Antônio de Pádua Prado se dedicou inteiramente ao ser­viço da sua comunidade, em todos os ramos do seu de­senvolvimcnto, do magistério à iniciativa privada, tantoà educação como à política, tomando as melhores inicia­tivas para o progresso de Indaiatuba.

Levamos a essa cidade paulista e aos filhos do ilustreextinto, Antônio Maria e José Arimatéia, nossas sicerascondolências, lamentando a perda sofrida por Indaiatu­ba.

Era o que tínhamos a dizer, Sr. Presidente.

O SR. RENATO JOHNSSON (PDS - PRo Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, o Estado do Paraná contava, em 1980, com um rc­banho suíno de cerca de 5.700.000 cabeças - 17% do re­banho brasileiro, de 34 milhões de cabeças. A criação de

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Agosto de 1984

suínos representa, assim, um significativo setor da eco­nomia paranaense.

Com a crise econêmica e social que assola todos osbrasilciros, a suinocultura paranaense tcm vivido diasamargos, com a queda na demanda e a fixação de preçosmínimos incompatíveis com os altos custos da ração. En­tretanto, os criadores têm sobrevivido estoicamente, naesperança de que um dia, debelada a crise, e retornandoo País a padrões econômicos e sociais razoãveis, possamressarciar-se dos dias difíceis de hoje. Mesmo neste con­texto, Srs. Deputados, o efetivo do rebanho suíno brasi­leiro é mais que suficiente para o atendimento do 'merca-do interno. .

A CACEX, no entanto, através de seu comunicado n9

80, de 26 de abril último, liberou a importação de 2.000toneladas de gordura suína, quando existe no País quan­tidade suficiente do produto para o consumo interno.Esta medida vem causando enorme apreensão nos pro­dutores, merecendo, inclusive, a interferência da Organi­zação das Cooperativas Agropecuãrias Paranaenses ­OCEPAR, na pessoa de seu Presidente, o Sr. GuntolfVan Kaick. O fato, Sr. Presidente, é que a importação degordura suína representarã mais um duro golpe na sui­nocultura brasileira e paranaense, provocando reflexosaltamente negativos, face ao desestímulo criado no set<;lr.

. A OCEPAR, atenta à problemãtica, encaminbou telexao Sr. Ministro Nestor Jost para que S. Ex' suste de ime­diato a liberação. Com esta medida, o Sr. Ministro daAgricultura estã criando condições para viabilizar asobrevivência do setor ameaçado de colapso.

Conhecedores do descortino do Sr. Ministro, e doespírito público que o tem caracterizado na gestão dacoisa pública, vimos, desta tribuna, Sr. Presidente, enca­recer as providências de S. Ex' no atendimento da reivin­dicação das cooperativas agropecuãrias paranaenses.

Neste difícil momento de crise, não se pode permitirque medidas isoladas contribuam para a elevação dosperigosos índices de desemprego no País como um todo.A virtual desaceleração da suinocultura não pode inte­ressar a ninguém, Srs. Deputados: aos produtores, aoGoverno e ao povo brasileiro. Por isso temos certeza deque o Sr. Ministro Nestor Jost, atento que sempre esteveàs grandes questões econômicas e sociais, sustarã, deimediato, a medida.

Era o que tinha a dizer.

O SR. MÁRCIO LACERDA (PMDB - MT. Pro­nuncia o .seguinte discurso.) - Sr. Presidente e Srs. De­putados, com um dos mais cobiçados prêmios científicosdeste País, acaba de ser distinguida a ilustre médica cuia­bana Marta Duarte de Barros, irmã do nosso compa­nheiro de bancada Gilson Duarte de Barros.

Não hã, entre todos aqueles que militam na Medicinabrasileira, quem não conheça Q, hPrêmio Lati", láureacom que a Fundação Lafi homenagea aqueles que se de­dicam à pesquisa médica e biológica no Brasil, hã vinteanos.

Seu nome é freqüentemente repetido, toda vez quesuas inscrições são abertas e o júri escolhido. Sua refe­rência é relevante no currículo em que cada um retrata eresume sua vida acadêmica e profissional.

Como mato-grossense manifestamos, desta tribuna,nosso contentamento e agradecemos à jovem médicacuiabana elevar mais ainda nosso Estado no mundo dasciências médicas nacionais, certamente contribuindopara a ampliação da assistência ao nosso povo.

O SR. FREITAS NOBRE (PMDB - SP. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados,consideramos oportuna a iniciativa do Ministério daJustiça no sentido de unificar a legislação esparsa e cons­tante de leis, decretos-leis. portarias, decretos, hoje exis­tentes sobre censura.

O documento agora submetido ao debate da sociedadebrasileira é um ponto positivo em relação à atual balbúr­dia de leis, embora consideremos absolutamente neces-

DlÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

sãria a mtiJhoria do texto através de emendas ou substi­tutivo. Mas, como ele estã sendo submetido ao Congres­so Nacional, por certo teremos uma legislação atualiza­da e democrãtica.

São muitos, porém, os itens do projeto de lei que susci­tam justa reação dos jornalis~as, escritores, cineastas,teatrólogos e atores. Vamos referir-nos a alguns deles.

Consideramos fundamental a ampliação do númerode representantes com assento e voto no Conselho Supe­rior de Classificação de Diversões Públicas. É indispen­sãvel também que sua composição seja definida apósamplo debate no Parlamento e na comunidade interessa­da, e não, como atualmente, pelo arbítrio do Poder Exe­cutivo. Para isso, é necessário que se aumente o númerode entidades nela representadas, chamando-se paracompô-lo um representante dos artistas, outro dos pro­dutores cinematográficos, dos produtores de espetáculosao vivo, além de representantes de entidades oficiais liga­das à cultura, como INACEM, Pró-Memória, InstitutoNacional do Livro, EMBRAFILME e Conselho Federalde Cultura.

É importante, igualmente, que alertemos para as dis­torções que podem vir a ser geradas pela existência dedois níveis de classificação, da União e dos Estados, por­que aí se abre a possibilidade para a criação de inúmerasanomalias, podendo autoridades mais conservadoras ve­tarem, o que é livremente permitido em outros Estados.A solução para isso estã consubstaneiada em parecer dojornalista Pompeu de Sousa, defendendo a validade na­cional para autorizações obtidas junto a autoridades es­taduais.

Entendemos que o parágrafo único do art. 43 do ante­projeto deve ser extirpado, uma vez que ele restringe opoder deliberativo dos conselheiros. Pelo referido dispo­sitivo não poderã votar aquele que represente entidadeou categoiia profissional a que esteja vinculado o recor­rente. Ora, o que se nega aqui é a possibilidade de mani­festação justamente daquele que mais tem a contribuirno debate sobre o assunto. Seria, por exemplo, impedirque o representante da Associação Brasileira de Impren­sa votasse em recurso impetrado por um de seus colegas.

Estes são apenas alguns aspectos desse projeto, cujacomplexidade e importância não poderia comportar exa­me detalhado neste rãpido pronunciamento. No entanto,julgamos que devem ser desenvolvidos todos os esforçospara a defesa da cultura nacional, muitas vezes prejudi­cada por uma pseudocultura, comercializada, vinda doexterior. No caso do cinema, por exemplo, devemos re­gistrar que produções estrangeiras de qualidade discutí­vel chegam aqui com isenção tributãria, o respaldo deampla divulgação e até mesmo com sua produção já pa­ga, enquanto o autor nacional enfrenta custos altíssimos,assiste à importação desses filmes e tapes, quantas vezesde qualidade inferior à nossa produção.

Temos certeza de que o amplo debate do assunto noCongresso Nacional vai propiciar o surgimento de umalegislação democrática que permita a livre criação e di­vulgação da arte em nosso país e o estimulo à criaçãocultural e artística.

O SR. CELSO PECANHA (PTB - RJ. Pronuncia oseguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, hãanos, nós, Parlamentares, testemunhamos a luta dosguardas-chaves e manobreiros de pãtio da CompanhiaVale do Rio Doce, no sentido de fazer valer seus direitosde trabalhadores numa ocupação altamente arriscada edanosa à saúde. Para realizar manobras nos pãtios dostrens que entram e saem, muitas vezes em áre,;s alagadase sem iluminação, a céu aberto, sem abrigo dos tempo­rais, dia e noite, esses honiens estão sujeitos a acidentesde toda sorte.

Como se não fosse o bastante, funcionários antigos SO~

frem prematuramente de problemas de visão, porque opó de minério, carvão, calcãrio, bauxita, cal e enxofre,que lotam os vagões da Companhia, afeta os olhos. Essefator e OS acidentes em manobras transformaram o tra-

Sábado 18 803<J

balho numa aventura que, na maioria das vezes, acarretaproblemas permanentes para aqueles que o executam.

Foi considerando todos esses aspectos que a DelegaciaRegional do Trabalho, chamada para constatar essasevidências que põem em risco a saúde do servidor, obri­gou a Companhia Vale do Rio Doce a pagar àqueles em­pregados um adicional por insalubridade. A categoriareivindica, agora, o adicional de periculosidade, jã em es­tudo, solicitado com base no elevado número de aciden­.tes ocorridos n'as manobras com os trens.

Mas, se a Delegacia de Trabalho jã reconhece e tomaprovidências para sanar o problema desses guardas­chaves e manobreiros, o mesmo não acontece com a Pre­vidência Social: os servidores em questão não têm direitoà aposentadoria especial, embora os requisitos de insa­1ubridade, periculosidade e penosidade sejam exatamen­te os exigidos pelo INPS para a concessão daquele be­nefício. De acordo com o organismo previdenciário, es­ses trabalbadores só têm direito à aposentadoria portempo de serviço, equiparando a classe aos funcionãriosque executam funções convencionais, sem considerar osfatores acima citados e, ainda, que esses manobreiros depátio trabalh.am sem conforto, à noite, inclusive' aos sã­bados, domingos e feriados.

Ê, portanto, justa a reivindicação do Sindicato daCompanhia Vale do Rio Doce, razão por que endossa­mos a proposta e apelamos às autoridades do Ministérioda Previdência e Assistência Social para que se sensibili­zem com o problema e concedam a essa operosa clullCltrabalhadora a aposentadoria especial a que tem direito,

O SR. PAES DE ANDRADE (PMDB - CE. Pronun­cia o seguinte discurso.) c:- Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, é com o mais sentido pesar que registramos o faleci­mento da prot". Helena Cartaxo, na última sexta-feira,em Fortaleza.

Pertencente aos quaaros aa umversidade Federal doCearã, de cujo magistério era líder das mais destacadas,Helena.Cartaxo conquistou, nas eleições de novembrode 1982, uma supléncia de Deputado Federal peloPMDB. Sua morte abalou a comunidade acadêmica edeixou um claro na luta sindica'l eearense difícil de serpreenchido.

A vida pública de Helena Cartaxo foi marcada por po­sições políticas claras e idéias coerentes, dentro de umcompromisso total com a luta por uma sociedade maisjusta. Foi ela uma das fundadoras da Associação dosDocentes da Universidade Federal do Cearã, da qual foidiretora em vãrias gestões, tendo sido tambémSecretária-Geral, e estando presentemente, exercendo asua Vice-Presidência. Helena Cartaxo integrou, ainda,por duas vezes, a Diretoria do Centro Populàr da Mu­lher, em cujas lutas populares e democráticas esteve sem­pre engajada.

Natural ae Salvador, Bahia, Helena Cartaxo ingressouna Universidade Federal do Cearã no ano de .1980, atra­vés de concurso público, na condição de professora­adjunta, tendo antetiormente lecionado na UniversidadeFederal da Paraíba. Nós, Sr. Presidente, que durantevário~ anos tivemos'o privilégio de privar de sua amizadee de a seu lado t~avar memoráveis batalhas político­eleitorais, podemosl testemunhar seu ativismo político eideológico, sempre voltado para os superiores e relevan­tes interesses dos n}eios trabalhistas e universitários doCearão Foi através ide vibrante atuação e da defesa in­transigente das grandes causas populares e democrãticasque Helena Cartax~ se afitmou no respeito e na admi­ração dos seus colégas de trabalho, dos seus inúmerosalunos e de incontãyeis companheiros de atividades polí­ticas e sindicais.

Uma característica especial da personalidade daquelacombativa companheira, e que desejamos realçar nestaúltima homenagem; era o traço verdadeiramente demo­crático de suas posi~ões, o que a tornava uma pessoa so-

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lidária e tolerante, tPas firme na luta contra a violência eO arbítrio.

Está de luto o Ce~rá, consternada a liderança universi­tária da terra que tibha em Helena Cartaxo intérprete al­

'tiva e fiel das reivindicações de estudantes e docentes daUniversidade do deará. Apesar do lugar-comum, Sr.Presidente, a perda! de Helena Cartaxo é, efetivamente,uma perda irreparáyel, porque as lideranças autênticas eespontaneamente sargidas não costumam aparecer comfreqUência. '

o Sr, Siqueira C,mpos - Sr. PreSidente, peço a pala­vra para uma com\lnicação, como Líder do PDS.

O SR. PRESIDEiNTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre D~putado.

O SR. SIQUEI~A CAMPOS - (PDS - GO. Semrevisão do orador.);- Sr. Presidente, o PDS comparece,

. neste instante, a esta tribuna para, pela minha voz ­modesta, é verdade, mas firme - defender as convicçõesdemocráticas, que são majoritárias neste País, apoiandoe aplaudindo a atillJde do grande Líder Ernânr Sátyro,parlamentar conceituado nesta Casa como um dos me­lhores valores de toda a vida republicana, quando S. Ex'hipoteca solidariedade ao Deputado Flávio Marcílio efaz-lhe apelo no sentido de que não aceite; de forma al­guma, essc jogo de pcssoas que não têm nível para estarna atividade política, porque se valem aqui de recursoscondenáveis, utilizam-se de sofismas, do jogo da mcnti­ra, da acusação gratuita, sem sequer lebrar-se de que de­vemos respeito a todos os cidadãos, principalmente a umque ganha o porte de estadista ao chegar aos 67 anos deidade, nesses dias completados, merecendo dos seus pa­res, em todos os partidos, em tçdos os segmentos políti­cos deste País, uma profunda admiração, mercê da suaatuação de probidade c honradez (palmas) na vida públi­ca.

Nada há, Sr. Presidente, que possa impedir FlávioMarcílio de continuar à frente da Câmara dos Deputa­dos como seu Presidente, nem no plano jurídico nem noplano moral nem no plano ético. Mas existe uma vonta­de' expressa de todos os parlamentares no sentido de suapennanência na Presidência da Casa.

Ainda hoje, vários parlamentares, homens corretos edignos do PMDB vieram dizer a mim e a companheirosmeus que ê um absurdo o que se está fazendo. Essa ten­tativa de pressão não pode ser aceita, porque ê um jogocondenável, e a repulsa de todos esses grandes homensestá-se fazendo sentir. Não podemos aceitar que pressio­nem o democrata, o estadista Flávio Marcmo.

Convocamos S. Ex' para que continue à frente da Câ­mara dos Deputados. Não é somente o nosso partido,mas os parlamentares que 'constituem maioria nestaCasa que assim exigem de S. Ex' (Muito bem.) Que S.Ex' não aceite esse tipo de jogo, porque sabemos quenada há que possa ser utilizado em campanha política, e,se houvesse, Flávio Marcílio jamais se utilizaria de meiosespÚfros ilegais e incorretos para a defesa de qualquer in­teresse seu ou de qualquer postulação sua ou de seu par­tido. Por isso ê que, sob os aplausos gerais, S. Ex' foiPresidente da Casa por três vezes, e o seria mais, se daquinão saísse para a Viee-Presidência da República.

Sr. Presidente, temos procurado ser corretos na nossaação no jogo democrático. Proeuramos não acusar osnossos adversários e atê correligionários nossos que sebandearam, que se transferiram para outras fileiras. Nãoestamos pedindo a ninguém que renuncie a coisa algumaque até mesmo tenha recebido do nosso Governo ou dosnossos companheiros. Mas- também não aceitamos e nãopodemos aceitar, esse jogo contra o Presidente FlávioMarcílio. Ficamos felizes e satisfeitos, porque é uma mi­noria tão insignificante e inexpressiva que lamentamosaté a presença dessas pessoas no Parlamento, muito em­bora os aceitemos 'como uma condicionante da vida de­mocrátiCl>. Aqui é a Casa do povo, onde há os bons, mas,

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

infelizmente, embora em minoria, também há os mausvalores.

O nosso irrestrito apoio e a nossa solidariedade per­manente, pelo que disse aqui, em toda a sua dimensão eem toda a sua grandeza, ao Deputado Ernâni Sátyro. Es­tamos perfeitamente de acordo com S. Ex' O nossoapoio, o apoio da Liderança do PDS (Palmas), expres­sando também o sentimento de vários companheiros deoutros partidos, ao grande Presidente e ao estadista Flá­vio Marcílio, que postula a Vice-Presidência e que, tendochances ou não de vitória, não deve ser atacado pelos ho­mens de bem, como não está ocorrendo. E essa minoriadeve silenciar, porque na realidade conta com a repulsada maioria esmagadora do Parlamento brasileiro. (Mui­to bem. Palmas.) ,

O Sr. Celso Peçanha (Líder do PTB) - Sr. Presidente,peço a palavra para uma comunicação.

O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre Deputado. '

o SR. CELSO PEÇANHA (PTB - RJ. Sem revisãodo orador.) - Sr. P,residente, eu ainda não consegui des­cobrir a quem interessa, e por que os ataques ao Presi­dente desta Casa, já que, tendo sido lançado candidato àvice-Presidência da República, continua no cargo que re­cebeu por delegação de todos os seus colegas da CâmaraFederal.

Sr. Presidente, nao posso descobrir o interesse de umDeputado em querer ferir a dignidade de um memb.rodesta Casa, notadamente do seu Presidente. Qual o arti­go da lei, qual o parágrafo que cstabelece que o Presiden­te da Câmara dos Deputados, ao ser lançado ou registra­do candidato à Vice-Presidência da República não podecontinuar no seu posto? Eu não conheço nenhum. Porque, então, essa barafunda, cssa infernália que tão­somente fere a todos nós? Qual? Por que tudo isso, Sr.Presidente?

O Sr. Deputado Flávio Marcílio, que recebeu por trêsvezes o sufrágio de:todos nós, Deputados, para a chefiado Legislativo, é inatacável na sua honra, na sua digni­dade e é uma expressão cultural, professor de Direitoque é. (Muito bem!) No campo político, ele fez o cursushonorum, gradativamente, porque veio da planície, dasimplicidade para as culmináncias do Parlamento, à Pre­sidência da Câmara, lutando no seu Estado, perseveran­do na luta e tornando-se Uma expressão política valoro­sa. Foi Vice-Governador de Estado e veio ascendendo àCâmara dos Deputados, passando por outros cargospúblicos. Por qU\', Sr. Presidente, não se entretêm comassuntos da adminstração federal, por que não trazemsoluções para os problemas que afligem a Nação? Nãocompreendo, Sr. Presidente, o interesse do colega que so­licita o afastamento do Deputado Flávio Marcílio daPresidência da Cá'mara dos Deputados. (Muito bem!)

Sr. Presidente, é preciso que todos os líderes, todos osdeputados de todos os partidos prestem solidariedade aonosso colega, porque ele não é representante de um par­tido político, mas de todos nós, do próprio Legislativo.(Muito bem!)

Sr. Presidente, há poucos dias, compulsava um traba­lho que cLiida da história do Legislativo no País, de auto­ria do ilustre jurista e professor dos mais eminentes,prof. Affonso Arinos. Nele não encontrei nenhum exem­plo de Presidente da Câmara que se afastasse do cargoao ser lançado para um cargo público. Não, Sr. Presi­dente, não existe. Por isso, trago a S. Ex' a solidariedadedo Partido Trabalhista Brasileiro. (Muito bem!) V. Ex',nobre Deputado Walber Guimarães, que ora presideesta sessão da Casa, se for amanhã lançado a Governa­dor de seu Estado, à Presidência ou Vice-Presidência daRepública, estou certo de que nenhum membro do meupartído vírá pedir o seu afastamento. O mesmo faço, nes­te instante, com referência ao nobre Deputado FlávioMarcilio. Não sei se há outro interesse. Talvez haja o de

Agosto de 1984

ferir a moral do homem público, já que o nobre Deputa­do Flávio Marcílio não usa de seu cargo para pressionarquem quer que sejd.

V. Ex' mesmo, e~pirito lutador, democrata, compare­ceu à convenção dq PDS, por quê? Porque um membroda câmara dos Deputados, o Presidente, postulava aVice-Presidência da Rcpública, gesto nobre c democráti­co. E V. Ex' não Se afastou do seu partido. Não estavano partido liberal, çonservador, não estava em nenhumoutro partido e, si"l' no PMDB, cuja presidência é entre­gue a um colega desta Casa, o Deputado Ulysses Guima­rães. E nem por iss~ alguém pediu que S. Ex' se afastasseda Presidência daq~ele partido.

Vejam, pois, qu~ o PTB leva ao coração amigo, ao .cérebro lutador, à e~crgia vigorosa desse eearense por di­reito de conquista, mas piauiense por nascimento, Depu­tado Flávio Marcílio, uma palavra amiga, esperando queela possa refluir por toda a Casa, a fim de que aqui hajasempre união, espírito de solidariedade e sobretudo defe­sa do Legislativo. (Palmas.)

O Sr. Virgildásio de Senna - Sr. Presidente, peço apalavra para uma comunicação, como Líder do PMDB

O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre Deputado.

O SR., VIRGILD~SIO DE SENNA (PMDB - BA.Scm revisão do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, o meu partido tem, em relação ao Deputado FlávioMarcílio, o maior respeito, o maior acatamento e o tratacomo Presidente da Comissão Diretora desta Casa' man­tém e man terá esta atitude enquanto S. Ex' se m~ntivernesta posição, cumprindo o Regimento e fazendo-o res­peitado. Não temos, em relação à candidatura do Sr.Flávio Marcílio, outro propósito senão derrotá-lo no ca­iso, ,quando e como candidato à Vice-Presidente da Re­pública. Vamos derrotá-lo, mas vamos respeitá-lo en­quanto Presidente desta Casa.

Dito isso, Sr. Presidente e Srs. Deputados, passo aoassunto que é objeto da nossa comunicação de liderança.

Os jornais noticiam que o Palácio do Planalto, e tudoo que ele significa, se propõe a mandar a Casa uma men­sagem rcstabelccendo as eleições diretas para a Prcsidên­cia da República. Não sabemos, Sr. Presidente, se verda­deiras, se verazes as notícias contidas nos jornais, mas omeu partido antecipa-se para comunicar à Casa e àNação o seu propósito de apoiar integralmente esta men­sagem, e, se ela não vier, lutar para que as eleiçõcs dire­tas sejam a realidade na vida política nacional.

Conti!Juamos a cl'nsiderar ilegítima a forma de eleiçãopor via do Colégio Eleitoral e nos propomos, na medidaem que isso seja uma imposição das forças militares eobscurantistas do meu País, a ir à praça pública legitimaro candidato que é nosso e que for obrigado a utilizar esteprocesso, que era e continua sendo espúrio. E o fazemosporque apresentamos à Nação um candidato que podefreqUentar as praças públicas. Completa agora o Dr.Tancredo Neves cinqUenta anos de vida pública, tendoocupado praticamente todos os cargos que a Repúblicapoderia oferecer, e todos eles conquistados por via dire­ta, conquistados pelo voto popular, de Vereador a candi­datura a Presidente da República, e que luta c faz ques­tão dc declarar que prefcre, até por egoísmo, que se reali­ze por via direta. Não temos candidatos forjados nosdesvãos dos conchavos da corrupção ocupando asfunções públicas por vias indiretas e transversas.

Os jornais desta semana fazem estarrecer e envergo­nhar a Nação com o noticiário de que um juiz de primei­ra instância mais uma vez condenou o Sr. Paulo Maluf adevolver aos cofres públicos quantias ilegalmente gastasno exercício de uma função·, que lhe competia honrar,mesmo porque não havia sido eleito pelo povo.

Sâo esses fatos, Sr. Presidente, são motivos como esteque fazem com que o meu partido lute e continue a lutarpara vencer em eleições diretas para todof, os níveis. E

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Agosto de 1984

conclamamos os companheiros de outras organizaçõespolíticas, que ainda não compreenderam que a luta porobter esse resultado nos pode levar inclusive à vergonhade participar do Colégio Eleitoral, a que formem imedia­tamente conosco para restaurar à Nação o seu direito deescolher o seu legítimo governante.

o Sr. Siqueira Càmpos - Sr. Presidente, peço a pala­vra para uma com~nicação, como Líder do PDS.

O SR. PRESID~NTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre D~putado.

O SR. SIQUEIR~ CAMPOS (PDS - GO. Sem revi­são do orador.) - $r. Presidente, Srs. Deputados, o De­putado Virgildásio ~e Senna, que é um homem de bem,muito correto nas spas ações, mas, na realidade, mal in­formado por uma ijnprensa que procura às vezes distor­cer as coisas - e 'lão é toda a imprensa, mas um setordela que assim faz ~ que está eng'liada com o candidatodo PMDB radical +- atribui ao Governo a intenção deremeter uma mens~gem restabelecendo eleições diretasainda este ano. pdsso tranqüilizar o nobre DeputadoVirgildásio de Senna, hoje na Liderança do PMDB, di­zendo que isso absolutamente não é verdade. O Governonão alterará nenhuma norma do atualjogo sucessório. OGoverno busca sempre dar o exemplo; cOristituído dehomens de bem que é, não busca a utilização de artifíciosnem de meIos que possam, dando-lhe vantagem, prejudi­car ü> adversário. Nosso jogo é limpo.

O candidato que o Deputado Senna apóia e os radicaisdo seu partido, já que uma grande maioria de democra­tas do PMDB não apóiam esse candidato, é um homem,na realidade, honrado, é um homem de bem, foi nossocompanheiro nesta Casa, embora, em termos políticos,tenha tido sua formação toda saída dos porões da dita­dura promovida pelo DIP. Consultem-se os pronuncia­mentos do nosso ex-colega Tancredo Neves e veja-se apregação fascista que S. Ex' fazia contra as liberdadespúblicas e individuais deste País. Veja, Sr. Presidente,que a mentalidade política desse homem não está deacordo com a realidade deste Pais, que traz à luz umaconsciência por mudanças, as quais a Nação reclamadesde os primórdios da Revolução de 30 e{jue não foramfeitas exatamente por causa de homens representantesdas oligarquias, como é o Dr. Tancredo Neves, que im­pediram as conquistas que a Revolução de 30 efetiva­mente poderia ter trazido ao povo brasileiro.

Os cinqüenta anos de vida pública de Tancredo Nevesforam de honradez, de correção, mas também de contri­buição altamente negativa pela mentalidade retrógrada eatrasada de S. Ex", e por ser ele instrumento, em todos ostempos e agora, das oligarquias nacionais, que precisamser barradas e o serão, como já começaram a sê-lo pelogrande candidato do PDS, Paulo Maluf, que haverá defazer as mais profundas mudanças neste Pais.

Conquanto a declaração de S. Ex', o que, mais umavez, revela ser ele um homem de bem, correto e que nadatem relativamente à permanência do Sr. Flávio Marcíliono cargo, isso é o que pensa a Casa inteira, porque qua- •tro ou cinco não podem permitir sequer um fraciona­mento desse todo magnífico que vê Flávio Marcíliocomo exemplo de honradez, de competência, de lisura,de probidade e de comportamento ético.

Sr. Presidente, o PDS está feliz por saber que a maio­ria dos políticos brasileiros é constituída por homens debem, íntegros, que apenas divergem na busca dos cami­nhos que levem o Brasil ao desenvolvimento, à paz so­cial, à prosperidade e a uma maior e melhor presença nacontexto internacional. (Muito bem! Palmas.)

O Sr. Virgildásio de Senna - Sr. Presidente, peço apalavra' para uma comunicação, como líder do PMDB.

SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Tem apalavra o nobre Deputado.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

O Sr. Virgildásio, de Senna (PMDB - BA. Sem revi­são do orador,) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, queroesclarecer ao nobre; Líder do PDS que não ficaremos in­tranqüilos se o Palácio do Planalto decidir-se por man­dar uma mensagem a esta Casa propondo eleições dire­tas. Não será motiivo de intranqüilidade para nós. Aocontrário, ficaremo~ felizes. A palavra de S. Ex' não nosdá tranqüilidade, mas o contrário, porque verificamosque o Planalto e as Jiorças da reação não se curvaram ain­da à vontade popular.

Mas o que quero assinalar, Sr. Presidente, a despeitode algumas injúrias [lançadas subjetivamente no caminhodo Dr. Tancredo N:l:ves, é que o nobre representante doPDS, ou de uma parcela do PDS que defende uma candi­datura, passou por cima do noticiário da imprensa quecondena o Sr. Paulo Maluf por malversação de recursospúblicos. Era sobre isso que S. Ex' deveria ter respondi­do, a nós e à Nação, porque é isso o que está em todos osjornais, e não se trata de um condenado primário, por­que já procedeu assim mais de uma vez.

'O' Sr. Siqueira Campos - Mais uma denúncia infun­dada.

O SR, PRESIDENTE (Walber Guimarães) - Srs.Deputados, antes de passar a palavra ao primeiro oradordo Grande Expediente, eminente Deputado LeônidasRachid, por um dever de consciência, de lealdade ao Pre­sidente desta Casa, eminente Deputado Flávio Marcílio,(Muito bem. Palmas), cumpro o dever de, como Vice­Presidente da Casa, dizer a este Plenário que desconheçoqualquer ato (Muito bem) que desabone a conduta doeminente Deputado Flávio Marcmo como Presidente daCasa. Até mesmo a denúncia de que S. Ex' tenha admiti­do funcionários em caráter político não é verdadeira(Muito bem). A única admissão foi de uma filha de umDeputado desta Casa, em cargo de confiança, no gabine­te do Presidente, o que S. Ex' fez atendendo a pedidodesse Deputado, e há mais de um ano (Muito bem). Asdespesas são efetivamente autorizadas pela Mesa e sãodespesas orçamentárias. A administração destas despe­sas compete ao Diretor-Geral da Casa, sob a supervisãodo eminente Deputado Flávio Marcilio. Jamais, dia al­gum, recebi do Presidente qualquer crítica sobre a minhaatuação como Vice-Presidente desta Casa, atuando sem·pre com total liberdade, Eu mesmo não admitiria que oeminente Deputado Flávio Marcílio fizesse qualquerrestrição à minha atuação ou a de qualquer Deputado daOposição à frente da Mesa. (Muito bem.)

Por um dever de lealdade e respeito à minha consciên·cia quero dizer, especialmente aos Lideres do meu Parti­do, que não aceitarei pressões, do meu partído ou dequem quer que seja, para fazer acusações levianas aoeminente Deputado Flávio Marcmo. (Muito bem. Pal­mas). Já externei a S. Ex' as minhas preocupações pelascríticas que lhe são dirigidas.

A decisão ê de foro íntimo do eminente Deputado. To­davia, esclareço que seguirei a orientação do meu parti­do, desde que não seja leviana, o que duvido que meupartido faça, Assim, fica a minha posição clara de restri­ta solidariedade ao eminente Deputado Flávio Marcílio,a exemplo do quejá fizeram todos os outros membros daMesa.

Eram estes os esclarecimentos que a minha consciên­cia pedia que fizesse.

Com a palavra o eminente Deputado Leônidas Ra­chid. S. Ex' vai dispor de 30 minutos na tribuna.

IV - O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) ­Passa-se ao Grande Expediente.

Tem a palavra o Sr. Leônidas Rachid

O SR. LEÔNIDAS RACHID (PDS - RO. Sem revi­são do orador.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, antesde dar início ao meu pronunciamento, quero, desta tri­buna, com muita honra, solidarizar-me com o eminente

Sábado 18 8041

Deputado Flávio Marcílio. (Muito bem. Palmas). Nãoposso concordar, Sr. Presidente, em hipótese nenhuma,com mentalidades tacanhas que participam deste Ple­nário e que fazem acusações a um homem que corporifi­ca o Congresso Nacional, que luta pelas suas prerrogati­vas. S. Ex' tem sido atacado insidiosamente por elemen­tos tentando enlamear o nome desse homem que é a re­serva moral da Câmara dos Deputados na vida parla­mentar brasileira. (Palmas.)

O verbo renunciar não ê para o Sr. Flávio Marcílio.Os verbos que S. Ex' sabe conjugar são eleger, construir,pensar, amar e agir. Portanto, estarei, com muita honra,associado a tantos outros companheiros, amanhã, às 4horas da tarde, para pedir ao eminente Presidente, De­putado, colega e amigo Flávio Marcílio que não renun­cie ao seu mandato; de direito e de fato, na Presidênciadesta Casa.

E espero que o Presidente Flávio Marcilio siga aquelevelho ditado árabe;, "faça como o sândalo que perfuma omachado que o fere", ou aquele outro que diz;, "as mãosque oferecem rosas: têm cheiro de rosas".

A Sr' Rita Furta40 - Nobre Deputado Leônidas Ra­chid, solidarizando~me com V. Ex' fazendo minhas assuas palavras, deixo aqui o meu repúdio a expressões eposições que têm t;ransparecido da tribuna desta Casacontra o digno, respeitável e amigo de todos nós, Depu­tado Flávio Marcílio. Não podemos aceitar esse tipo deinsinuações. Nada o. obriga a deixar a Presidência destaCasa. S. Ex' exerce a Presidéncia com dignidade, comcompetência, com ~lareza e sempre tem mantido aquiposição de respeito com relação a todos os Deputados. ~um homem que tenl essa clarividência, e jamais podería­mos aceitar palavr~s e expressões cOmo as que vêm sen­do divulgadas e proferidas neste plenário, porque real·mente, sem fundamento, e que até nos atingem a todos,porque estamos aqtii com mandato popular, como tam­bém o Exm9 Deputado Flávio Marcílio, que foi alçado àPresidência da Casa por votação aqui realizada. S. Ex'merece o nosso respeito, a nossa admiração, e estaremosaqui sempre levantando a nossa voz para defender essehomem íntegro, amigo, respeitável e competente.

O SR. LEÔNIDAS RACHID - Muito bem, Deputa­da Rita Furtado. Agradeço-lhe o aparte.

O Sr. Antônio Amaral - Deputado Leónidas Rachid,não pretendo interromper V. Ex' ou diminuir o tempodo seu discurso, mas ê necessário que se faça um reparosobre esta terrível acusação que se faz ao Presidente des­ta Casa, que com respeito, com dignidade, com caráter ecorreção dirige os destinos da Câmara dos Deputados. OPresidente Flávio Marcílio recebe todos, em seu gabine­te, sem distinção partidária. Não se pode desconhecerque, não fosse a dignidade, o respeito, o caráter, a bon­dade e a retidão do Deputado Flávio Marcilio, não teriasido S. Ex' como foi, escolhido pela terceira vez, para as­sumir a Presidência desta Casa. Quero dizer ao nohre co­lega que tenho alguns anos de participação política, desofrimento politico e tenho-me escusado de subir à tribu­na porque esta Casa se transformou num ringue deagressões das mais, violentas, das mais incorretas. Nãofosse a tranqüilidade do nosso Partido: já teria havidomorte neste plenário, porque em legislaturas anterioresisso já ocorreu por haver sido atingido aqui a dignidadede colegas. Não assomo à tribuna para não me expor auma reação de violência, porque as oposições, ao atingi­rem a dignidade de companheiros, fogem ao respeito e àdignidade da figur. humana que sobe à tribuna destaCasa. E agora, nM podendo mais atingir o Sr. PauloMaluf, passaram a ~tingir o nosso companheiro, queren­do que S. Ex' deix~ a Presidência da Casa. Fazem tirardas ruas as propagandas, aproveitando-se da Lei Falcão,que antes combatiam. Estão usando de todos os meios,mesmo aqueles que não condizem com a dignidade destaCasa. Quero dizer a V. Ex' que tenho me escusado de ir à

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tribuna para evitar. tragédias maiores, porque às agres­sões verbais que têm recebido os nossos companheiros sóuma reação violent~ e física poderia corrigir. Ainda on­tem, um Deputado que acusou o Ministro do Planeja­mento, teve que se retratar aqui de maneira humilhante.Como disse o nossq Presidente, não ,se pode aceitar essetipo de acusa~ões lerianas e é o que se tem feito muito noplenário desta Câmara.

!O Sr. Josias Leite - Nobre Deputado Leônidas Ra­

chid, quero, neste ipstante, solidarizar-me com o Presi­dente desta Casa, Deputado Flávio Marcílio, pelas críti­cas injustas de que está sendo vítima mesmo sabendo queelas não atingem o 'Deputado Flávio Marcílio. O Presi­dente Flávio Marcílio está muito acima dessas críticascercado pelo respeito desta Casa, pelo respeito do Çon­gresso Nacional e pelo respeito do povo brasileiro. (Mui­to bem. Palmas.)

O SR. LEÓNIQAS RACHID - Muito obrigado,nobre Deputado.

O Sr. Siqueira Campos - Deputado Leônidas Rachid.permite-me V. Ex' ;um aparte?

O SR. LEÓNIDAS RACHID - O tempo que cedoseria duplamente I em defesa do Deputado Flávio'Marcílio, porque S. Ex' merece.

O Sr. Siqueira dmpos - Agradeço a V. Ex' Queria,além do que eu já disse hoje nesta Casa, revelar o que meindagaram há poucO 'Ús homens da imprensa, principal­mente repórter da,I"Rádio Gazeta". Perguntaram-me:Deputado Siqueira Campos, não acha V. Ex' que a ala­vanca que está nas !mãos do Deputado Flâvio Marcílio,em favor da candid~turado Sr. Paulo Maluf, se passasse'para as mãos do Deputado Paulino Cícero, não seriauma alavanca a fa~or da candidatura de Tancredo Ne­ves? Repeli com a 'Paior energia essa indireta, porque oDeputado Paulino Çícero de Vasconcellos é um homemde bem, como é o Deputado Flâvio Marcílio. Não existealavanca. Se existis~e, o Deputado Flávio Marcílio não autilizaria, como também dela não se utilizaria o Deputa­do Paulino Cícero dé Vasconcellos. o Deputado WalberGuimarães ou qualquer dos integrantes da Mesa, que fo­ram escolhidos por serem, além de grandes valores davida nacional, homens de' moral ilibada, homens corre­tos, extremamente bem conceituados nesta Casa e em to­dos os setores, onde desenvolvem suas atividades.Congratulo-me com V. Ex' por ter interrompido seu dis­curso, destinando a parte mais nobre dele para prestar"cssa homenagem ao Deputado Flávio Marcílio e aos ho­mens que integram a Mesa dirigente desta Casa, a qual,absolutamente, não fugirá de suas tradições. Certamen­te, ao fim disso tudo, os que hoje promovem esses alvo­roços, que se utilizam desses meios espúrios para tentaratingir o -Deputado Flávio M~rcílio, serão esquecidos.

O SR. LEÓNIDAS RACHID- Muito obrigado,nobrc Deputado.

O Sr: Virgildásio de Senna - Permite V. Ex' um apar­te?

O SR. LEÓNIDAS RACHID - Com muito prazer.

O Sr. Virgildásio de Senna - Tenho, pessoalmente,pelo Dr. Flâvio Marcílio, o maior respeito, o maior a.ca­tamento, e o vejo corno homem institucional, como ho­mem da Casa, como homem que defende as prerrogati­vas do Congresso Nacional. Já o disse, na qualidade deVice-Líder do meu partido, e quero repeti-lo em meu no­me: tenho pelo Dr. Flávio Marcílio o maior apreço, omaior respeito, e também, como já.declarei, não vejo, re­gimental c constitucionalmente, por que tenha S. Ex' quese desincompatibilizar com o exercício da Presidência daCasa para ser candidato, em eleição indireta, a Viee­Presidente da República, ou mesmo em eleições diretas,

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

se fosse o caso. Mas quero, aproveitando de sua bonda-'de, fazer uma retificação. Não aceitamos, nós, dos parti­dos de Oposição, que sejamos, nesta Casa, agressoresimpenitentes. Existem em ambos os lados, ou melhor,em todas as correntes politicas com assento nesta Casa,Deputados que se excedem na linguagem. Agora, atri­buir essa condição a componentes das Oposiçães é umdesrespeito, e estamos aqui na tribuna para repelir talacusação porque n~o a aceitamos. Pessoalmente e a Li­derança do meu partido, trata todos os Srs. Deputadosde todas as correntes dentro do Regimento, do respeito eda educação que nos compete e é nosso dever como re­presentantes do povo. Não aceitamos a censura de que'as oposições se exce:dem, toda ela, nos discursos e no !in­guajar nesta Casa.: Era a retificação que queria fazer.Agradeço a V. Ex': a benevolência de ouvir-me.

O SR. LEÓNIDAS RACHID - Obrigado a V. Ex'Ouço o Deputado Mário juruna.

I

O Sr. Mário Juruna - Quero pela primeira vez man­dar Jlna mensagem: ao Presidente da Mesa, o DeputadoFlávio Marcílio. Soli amigo particular; tenho grande res­peito por ele, porque a gente não é tratada como mole­que e eu respeito gente mais velha do que eu. Então, eureconheço a luta dQ Presidente da Mesa; não sou contraa Vice-Presidência. lt\cho que Flávio Marcílio deve levara mensagem do índio, a mensagem do trabalhador, amensagem do camponês, a mensagem do funcionâriopúblico. Eu não t~nho nada para dizer contra FlávioMarcílio (Muito bem. Palmas.); não acho que ele tenhade renunciar para poder ser candidato á Vice-Presidênciada República. Eu' reconheço a coragem do FlâvioMarcilio. Se Flávi<jl Marcílio não fosse Presidente daMesa, o Presidente pa Câmara, talvez o Deputado Juru­na não existisse milis aqui na Câmara dos deputados.(Muito bem. Palmds.) Quando o milico, os vinte e doisMinistros queria cassar o Deputado Juruna sem motivo,Flávio segurou a p,prta. Eu estou aqui graças ao FlávioMarcílío. Eu reconheço a luta dele; eu reconheço a cora­gem; eu reconheço a capacidade dele. Por isso FlávioMarcílio não precísa renunciar para ser candidato aVice-Presidente da ;R.epública. Acho que ele deve conti­nuar como Presidente da Câmara. Não sou malufista,não sou PDT, não sou PMDB, não sou PT. Sou homemque sempre viveu in~ependente. Eu sou Juruna e homemdo povo. Muito o~rigado, companheiro. (Muito bem.Palmas.)

o SR. LEóNID4s RACHID - Agradeço a V. Ex' oaparte.

O Sr. Agnaldo 1I'lmóteo - Permite-me um rápidoaparte?

O SR. -LEÓNID,AS RACHID ~ Ouço. com muitoprazer, o nobre Deputado.

O Sr. Agnaldo Timóteo - Nobre Deputado LeônidasRachid, aprendemos coisas maravilhosas nesta Casa ecoisas das quais nos envergonhamos. Verificamos umpouco assustados, que tudo se permite, desde que este­jam do nosso lado. Fala-se agora, de maneira não muitocorreta, não muito honesta, que o Deputado FlávioMarcílío deveria renunciar à Presidência da Câmara.Mas até agora não ouvi nenhum desses companheiros daoposição levantar a mesma tese em relação ao Vice- Pre­sidente da República, Aureliano Chaves, que usa avião,o Jaburu, os favorecimentos, gasta 186 milhões só em te­legrama. E ninguém fala nada. Do lado de cá pode-se serindigno; do lado de lá, punição. Não podemos concederisso_ Respeito para todos, é o que exigimos nesta Casa.

O SR. PRESIDENTE (Walber Guimarães) - A Pre­sidência pede ao eminente Deputado permissão para de­terminar à Taquigrafia que retire imediatamente as pala-

Agosto de 1984

vras anti-regimentais proferidas pelo Deputado AgnaldoTimóteo. Esta Casa precisa ser respeitada.

Continua com a palavra o nobre Deputado LeônidasRachid.

O SR. LE()NIDAS RACHID - Sr. Presidente, douentão seguimento ao meu discurso.

A habitação ressalta no quadro do campo psieossocialcomo o fator mais importante pela sua repercussão narealização da pessoa humana.

É a habitação, polltica e juridicamente, o território e,socialmente o ambiente institucional da familia. Comoárea territorial, a habitação é inviolável, intocável, in­transponível e, como ambiente, cria uma relação de cor-.respondência entre a instabilidade da moradia e a inse­gurança pessoal.

O item I do art. XXV da Declaração dos Direitos doHomem, proclamado pela ONU, diz qu~:, "Todo homemtem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si eà sua familia saúde e bem-estar, inclusive habitação".

Há de se reconhecer a importância da habitação comofator agregativo, criativo c de suma repercussão noequilíbrio psicossocial do homem. Daí, quando esteequillbrio, por situações circustânciais, emergência oumesmo conjunturais, vê-se impregnado de dúvidas quan­to a sua permanência na habitação que ocupa, tem-seuma ruptura emocional que gera angústia, desespero eviolência.

Concedo o aparte ao Deputado Wildy Wianna.

O Sr. Wlldy Vianna - Deputado Leônidas Rachid,agradecemos-lhe a oportunidade de aparteá-Io nesta ma­nhã que V. Ex' tornou tão brilhante nesta Casa, propi­ciando apartes como o do Deputado Mário Juruna, par­lamentar íntegro, consciente e apaixonado pela verdadee pela nobreza. (Palmas)

O SR. LE()NIDAS RACHID - Apoiado.

O Sr. Wlldy Vianna - Falou como se de propósitoviesse - o que não fez, tenho certeza - a Deputada RitaFurtado, também em nome do Estado de Rondônia. Fa­laram outros colegas, depois de termos ouvido um pro­nunciamento tão brilhante como o fez o nobre Presiden­te em exercicio, nosso colega Walber Guimarães, sem es­quecer a palavra de apoio da Liderança do PTB, na pes­soa do eminente colega Celso Peçanha. O Acre, nobreDeputado, jamais se furtaria, não de um favor, de umdever que consideramos até sagrado - de aqui hipotecarsua solidariedade, não só como um Estado que tem raí­zes e ligações com o Ceará mas, de modo especial e parti­cular, com muita honra, com o nobre Deputado FlávioMarcilio, pessoa que consideramos inatacável e das maisbrilhantes nesta Casa, Deputado que tem lutado comobstinação na busca da real democracia e pela indepen­dência deste poder. Cumprimento V. Ex' Sei do assuntoprincipal do seu discurso, mas agradeço-lhe do fundo docoração, a oportunidade que me deu de aqui hipotecarnossa solidariedade e repelir qualquer agressão ou ofen­sa ao eminente homem público, Deputado FlávioMarcilio. Muito obrigado.

O SR. LEÓNIDAS RACHID - Obrigado a V. Ex',IlObre Deputado.

Continuo, Sr. Presidente.

A habitação, em sua acepção social, é acima de tudoum conjunto de utilidades que satisfaz necessidades bâsi­cas do homem.

Se a habitação está intrinsicamente relacionada com oeqüilíbrio psicossocial do homem, podemos destacar im­portantes funções desempenhadas pela habitação, quaissejam: I. - sendo a habitação o ambiente institucionalda familia, permitindo ao homem inserir-se na sociedadee atuar criativamente com mobilidade social e horizon­tal, ele por certo adotará a democracia; 2. - a habi­tação, como necessidade essencial ao indivíduo e como

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Agosto de 1984 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Sábado 18 8043

Dispõe sobre as amortizações de dívidas para como Sistema Financeiro de Hahitação.

o Congresso Nacional decreta:Art. lo Após completar metode do prazo con·

tratual, os financiamentos da casa prôpria. concedi-

Resta saber quais os programas,metas já implementa­das na sentido de solucionar ou minimizar tais aber­rações que há anos assolam a vida de tantos brasileiros.

Tenho para mim, SI. Presidente, Srs. Deputados, quechegou a hora de atitudes firmes e implacáveis visando àdestruição deste anacrônico e obsoleto modelo econômi­co a serviço de poucos privilegiados dominantes destaRepública cabralesca que perfazem um total de cinco milaproximadamente.

Temos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, reiterado porvárias vezes desta tribuna uma solução viável para oproblema cruciante dos mutuários da casa própria anível de CEF e BNH.

derados na avaliação e definição de uma ação políticavoltada para o setor.

Sendo a casa residencial o bem de consumo de longaduração e hoje de difícil aquisição face à selvagem e im­placável tributação do Sistema Financeiro de Habitaçãosobre o mutuário, subjaz o scntido social desta políticahabitacional tão decantada pelo Governo. Reconhece­mos O grande número de imóveis residenciais colocadosà disposição dos interessados em adquirir a casa própria,mas, por outro lado, é desalentador o efeito progressivodos juros, multas, correção monetária e o reajuste semes­tral do aluguel. atingindo o patamar não menos de 150 a190%.

• DE 1983"PROJETO DE LEI N0

Vemos, SI. Presidente, Srs. Deputados, os mutuáriosse organizando em associações nos rcspectivos Estadose. num futuro bem próximo, a Associação Brasileira dosMutuários (ABM) ou Confederação Nacional dos Mu­tuários (CNM), siglas que se irão misturar com outrasidênticas já existentes e nem por isto indicativas dos mes­mos objetivos. Estão certos os mutuários do Brasil. elestêm que cobrar a destinação social do Sistemas Financei­ro de Habitação (SFHl, pois só com cabeça de pressão eapoio dos congressistas eles terão atendidas suas justasaspiraçàês, ou seja, morar e morar decentemente. Aindahá pouco, graças a Deus. o Dcputado Paulo Salim Ma­luf. candidato do Partido Democrático Social à Presi­déncia da República em 1985, afirmava em seu discursodo dia 11-8-84. logo após a convenção do nosso partido,que "a prestação da casa própria não pode ser além de20% do salário"; isto significa não uma afirmação. mas,antes de tudo, um compromisso.

Associando-me aos mutuários patrícios, apresentei àMesa desta egrégia Casa de leis, um projeto de lei visan­do a cooperar na solução deste grave e sério problema dahabitação, solicitando nesta oportunidade a transcriçãodo mesmo no discurso que ora raça:

Reconhecemos também, Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, que ê na construção civil onde vamos encontrar umfator de afta importância estratégica na criação de em­pregos, principalmente quando a cconomia reflete umdesaqueeimento do seu crescimento, com indicadoresvisíveis de retração de consumo, formação de estoquesexcedentes, ociosidade de fatores de produção etc.

Contudo, é na política da habitação onde vamos en­eontrar atualmente a maior fragilidade de ação governa­mental, assqciada a tantas outras carências da n"ossa altadívida social: 16 milhões de analfabetos; 20 milbões decarentes totais; 2 milhões de menores abandonados; 6milhões de favelados; 40 milhões sem os benefícios de luzelétrica; 6 milhões de crianças, de 7 a 14 anos, fora dasescolas; 30 milhões de nordestinos, com renda per capitaabaixo dos 700 dólares/ano.

o Sr. Virgildásio de Senna - Nobre Deputado Leôni­das Rachid, ouvimos com o maior apreço e atenção odiscurso de V. Ex', que trata de matéria séria, importan­te, que tem sido objeto de preocupação de nosso partidonesta Casa e na tribuna popular. Mas, o que quero subli­nhar, para realçar, é a profunda crítica, talvez mais doque isto, a denúncia que o nobre Líder do PTB faz daação deste Governo,"pela sua omissão, pelo dever que ti·nha de zelar pela aplicação dos dinheiros públicos, dosrecursos do Fundo de Garantia do Trabalhador. É umadenúncia da maior gravidade. porque demonstra publi­camente e ratifica tudo aquilo que temos dito: que esteGoverno é incapaz, é absolutamente omisso nos seus de­veres mais essenciais. A denúncia de que um conjunto re·sidencial construído há menos de dois anos já se tenhadeteriorado completamente depõe contra o Governo queS. Ex' defende e nos faz crer que não é preciso esperareleger-se um novo Presidente da República para que sefaça cumprir a lei. A denúncia de S. Ex' é muito grave emerece que V. Ex', da tribuna, também profligue esteGoverno, que tem sido incapaz de fazer o gesto elemen­tar, e do seu dever, de zelar pela boa aplicação dos recur­sos públicos.

o SR. LEÔNIDAS RACHID - Agradeço a V. Ex' oaparte.

Prossigo, Sr. Presidente:Este aspecto vale realçar, haja vista que as políticas

habitacionais se preocupam em facilitar o acesso à pro­priedade da casa, esquecendo-se em propiciar ao usuárioos bens de serviços compativeis à pessoa humana.

Cabe Irlsar. todavia, que estes objetivos, por si sós.não são excludentes ou antinômicos, visto que o consu­mo adequado de serviços de habitação não tem relaçãocom a situação jurídica de que se reveste o usuário da ca­sa; proprietário, locatário, usufrutuário, comodatárioetc.

Socialmente. poderíamos entender a habitação comoo conjunto de serviços proporcionados pela unidade fisi·ca. os quais, de um lado. visam a satisfazer uma gama denecessidades básicas do ser humano e. por outro, servempara proporcionar um aumento de produtividade demão-de-obra.

Na análise que fazemos sobre a habitação, não deve­mos esquecer das implicações que ela acarreta no campoeconômico. levando-se em conta fatores que serão consi-

Discute·se muito se a habitação ou. mais especifica­mente a casa, é um bem de consumo (de natureza durá­vel) ou um bem de produção.

Ora, se o homem é um agente consumidor, ela repre­senta um bem de consumo, ao lado do automôvel, dovestuário, da televisão e de tantos outros objetos queatendem a uma ou a várias necessidades do ser humano.

Entretanto, para o homem como agente produtor,como ofertante de trabalho e, destarte, como mão-de­obra utilizada na produção de uma variedade infinita debens, a habitação pode ser entendida, na medida em queinfluencia diretamente a produtividade dessa mão-de­obra, como bem de produção, ou seja, como um bemque serve a vários ciclos de fabricação, a exemplo dasferramentas, das máquinas e dos equipamentos em geral.

A habitação, ou melhor, a casa é um bem de longa du­ração de vida útil, passando de uma para outra geração,ao contrário dos alimentos, roupas etc.• cuja vída útil serestringe ao ato de consumo e, por isso mesmo, encerramem si próprios a utilidade demandada.

A casa, um bem de consumo durável, é algo imaterial,algo abstrato que não se pode tangir, ela traduz serviço.Na realidade, o que importa ao homem é o conjunto deserviços que a casa pode proporcionar, dentre as quais,poderíamos citar, a proteção contra o ambiente, a garan­tia e segurança da família, a preservação da intimidade,as condições sanitárias de higiene, o conforto etc.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Virgildásio deSenna.

parte fundamental na determinação da sua qualidade devida, transforma como fator de aferição do progressonacional; 3. - a habitação, atuando como causa no in­divíduo e, como tal, fator determinante da sua produtivi­dade no ambiente de trabalho, cria condições de progres­so pessoal; 40 - a habitação, como área territorial dafamília, dando proteção ao indivíduo e fator de segu­rança contra as agressões do meio ambiente, corporificauma condicionante de paz social; 50 - a habitação é fun·damental na fixação do homem à terra propiciando, poreste aspecto, a garantia da integridade territoríal daNação; 6. - a habitação,como um dos indicadores dosdesniveis regionais, exige a eliminação através de sólidaspoliticas de integração sócio-econômico da Nação.

Poderíamos estender esta listagem, levando-se em con'ta a importância da habitação na conservação do nossopatrimônio sócio-cultural, integração nacional e mesmoem relação a nossa soberania.

Concedo o aparte ao nobre Deputado Assis Canuto.

o SR. LEÔNIDAS RACHID - Agradeço a V. Ex' oseu aparte, que será inserido no nosso discurso.

Prossigo, Sr. Presidente.

o Sr. Assis Canuto - Nobre Deputado Leônidas Ra­chid, inicialmente, também queremos solidarizar-noscom todas as afirmações coneernentes à retidão, ao cará­~er e à isenção com que o nosso Presidente FlávioMarcílio dirige esta Casa. Gostaríamos de trazer umacontribuição modesta ao pronunciamento que faz no diade hoje. V. Ex' trata de um assunto de transcendentalimportância para a economia brasileira, acima de tudopara uma grande faixa da nossa população, que depen­-de, naturalmente, das regras e das prescrições relativas àaquisição da casa própria. A moradia realmente é parte

.integrante da vida de qualquer cidadão. Nós, que acom­panhamos o discurso e a plataforma polltica do Deputa­do Paulo Maluf, candidato do PDS a Presidência da Re­pública, tivemos oportunidade de observar e notar queaqucle candidato encara com profunda seriedade oproblema da habitação. E hoje o Governo Federal, atra­vés do Ministro Mário Andreazza, já esboça algumasmedidas que, na realidade, coíncidem com aquelas pro­postas contidas na plataforma do Deputado Paulo Ma­luf. Gostaria, só para efeito de registro no discurso de V.Ex', de dizer que três itens principais o Deputado PauloMaluf se propõe a cumprir, se eleito Presidente da Re­pública - e o será, temos absoluta certeza. O primeirodeles é com relação à qualidade da casa prôpria. Sabe V.Ex' tão bem quanto eu que no Estado de Rondônia, hácerca de 2 anos, foram construídas mais de 1.000 casaspopulares. Essas casas ainda não encontraram umaclientela definida e decidida a adquiri-Ias, pois foramconstruídas com material de segunda categoria e comuma mão-de-obra que também merece críticas. Muitasdelas ainda não completaram 2 anos e já estão imprestá­veis para ser habitadas, em face da má qualidade damão-de-obra e do material utilizado. Este é um dos itensque o Deputado Paulo Maluf ressalta, e diz taxativamen·te: a casa do trabalhador, a casa popular tem que ser deboa qualidade e barata. São dois atributos necessários. Ooutro é que nenhuma prestação poderá ultrapassar a20% da renda familiar, um critério que tem de sair dateoria para a prática, porque na realidade não podemosdestinar mais de 20% do nosso orçamento, da nossa ren·da familiar para pagar a moradia. E o terceiro é que otrabalhador desempregado não pagará a prestação dacasa própria enquanto estiver desempregado. Essa medi­da é de alto alcance social, pois como poderá um cidadãobrasileiro de classe média. um assalariado de renda baixapagar a sua prestação da casa própria se estiver desem­pregado? Por isso, pedimos vênia a V. Ex' para incluirno seu pronunciamento essas nossas observações, quetrazem destaque e fazem justiça à plataforma do nossocandidato a Presidência da República.

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dos no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação,terão suas prestações calculadas da seguinte forma:

a) no primeiro ano após o referido prazo, o valorda prestação será corrigido em apenas lOS (dez porcento) da taxa de reajuste fixada pelo Banco Nacio­naI da Habitação;

b) nos anos subseqüentes, incorporar-se-á, emcada ano 10% (dez por cento) da taxa de reajuste,até alcançar o limite de 100% (cem por cento) da re­ferida taxa.

Art. 2' Ao termo do prazo contratual, o saldodevedor existente será transferido para a responsa­bilidade do Fundo de Compensação de VariaçõesSalariais, conforme definido em resolução do Con­selho de Administração do Banco Nacional da Ha­bitação.

Art. 3' Esta Lei entra em vigor na data de suapublicação

Art. 4' Revogam-se as disposições em con­trário.

J ustifieaçio

Torna-se cada dia mais incontestável a profundacrise que atravessa o Sistema Financeiro da Habi­tação.

Resultado da recessão econômica. em que se de­bate a economia brasileira, o esvaziamento do Fun­do de Garantia do Tempo de Serviço representauma perigosa drenagem de recursos do Banco Na­cionaI da Habitação. As demissões em massa e apossibilidade do aprofundamento do desempregotorna ainda mais sombrias as perspectivas do Siste­ma.

Por outro lado, os pesados reajustes das pres­tações da casa própria, muito acima dos reajustessalariais da maioria dos mutuários do BNH acaba­ram por afugentar novos compradores, agravandoainda mais a crise das entidades ligadas à políticahabitacional. Na verdade, os níveis de inadimplên­cia dos mutuários, o abandono puro e simples dosimóveis ou as seguidas tentativas de venda, e o gran·de número de unidades residenciais ainda a esperade um comprador, atestam a falência do sonho dacasa própria, fruto da impossibilidade de acesso damaioria dos cidadãos brasileiros aos financiamen·tos.

Tornam-se, pois, urgentes medidas voltadas paradevolver a credibilidade do Sistema Financeiro deHabitação, facilitando as condições de aquisiçãopor parte do mutuário.

É este o sentido do projeto de lei que ora subme­temos à apreciação dos ilustres pares Congressistas.Estamos propondo que, após cumprido metade doprazo contratual, seja estabelecida uma tabela,dereajustes percentuais da prestação da casa própria,começando com 10% no Iº ano, 20% no segundo eassim sucessivamente até atingir os 100% do reajusteoficial.

Acreditamos que tal medida representará semdúvida um novo estímulo ao mutuário e, canse·qüentemcnte, um fortalecimento do Sistema Finan­ceiro de Habitação.

Sala das Sessões, de de 1983. LeônidasRachid."

Fizemos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, na primeiraparte do nosso pronunciamepto· uma análise social dahabitação, não estabelccen<!o,ê\iídentemente, uma pos­tura didática do mesmo. A séqüenciar meu discurso, pas­so a fazer uma análise dos efeitos' psicosociais da habi­tação, obedecendo o seguinte róteiro: I .:.... efeitos psico·lógicos da habitação; 2 - efeitos sociais da habitação.

I - Efeitos psicológicos da habitação.Todos conhecemos o dito popular "quem casa quer

casa", e, a partir desta simbologia, podemos compreen·

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

der o grande significado de uma moradia como imagemde segurança, estabilidade e equilíbrio de vida.

O nomadismo traduz a vida dos povos primitivos, aopasso que a fixação da moradia caracteriza a vida dospovos civilizados.

A estrutura psicológica do individuo se equilibraquando ele tem a certeza de uma moradia estável.

Experimente a título de brincadeira, suscitar no indivi­duo a insegurança da sua residência, mesmo que seja umhumilde barraco; vamos ter de imediato a reação de an­gústia, irracionalidade e a dificuldade em concatenar asidéias.

A residência é o melhor ambiente para a meditação,para a reflexão, para um mergulho dentro de si mesmo eprincipalmente para desenvolver as idéias longe das dis­persões provadas por terceiros e tão comuns no ambien­te de trabalho.

Ouço o nobre Deputado Adhemar Ghisi.

o Sr. Adhemar Ghisi - Nobre Deputado LeônidasRachid" desejo apenas ratificar a nossa solidariedade aV. Ex' pelos termos do seu discursos, que corroboram otexto do projeto de lei que oportunamente V. Ex' apre­sentou e com o qual estamos inteiramente de acordo. V.Ex' trata de um assunto sério, de grande atualidade, elembra que, para a solução do problema da casa própriado brasileiro em geral, o candidato Paulo Salim Maluftem soluções, que virão ao encontro principalmente dostrabalhadores de baixa renda.

o SR. LEÔNIDAS RACHID - Agradeço a V. Ex' oaparte.

Sr. Presidente, a privação da residência ou ausênciaefetiva do ambiente residencial tendem a se refletir nopensamento do indivíduo com perda total ou parcial doseu resultado.

Como anda'q clima emocional daquele que não dispõede uma casa? Como está o scu sentimento de ser vivo quepensa, trabalha e ama? Que dolorosa dúvida!

Aqui os efcitos psicológicos se refletem em reflexos ne­gativos quanto à insegurança emotiva dos sem teto, dosde vida aventureira, daqueles que não têm paradeiro de­finit.ivo, como que a sociedade lhes fechou todas as por­tas.

Temos também os reflexos positivos corporificadosnaqueles que têm seu lar, o aconchego da familia, quebuscam nos frutos auferidos deste refúgio a emoçãoequilibrada para en.frentar as agressões do meio ambien­te, expostos que estão cotidianamente nos mais variadosambientes sOGiais.

Aqueles q~e'possuem residência estável tendem a vivermais, a expectativa de vida os promoverá, já não ocor­rendo o mesmo com os sem teto.

A residência estável traz ao individuo um agir diferen­te, embasado em condicionamentos de ordem física, bio­lógica e psicológica, dando um andamento nas atitudesdo cidadão, e dai serem atitudes positivas.

Os efeitos psicológicos da habitação trazem modifi­cações profunda no pensar, sentir e agir do indivíduo.

2 - Efeitos sociais da habitaçio

Vim'os os efeitos psicológicos da habitação, então pas­lemos à análise dos similares de natureza social. Sendo ohomem um ser social e, portanto, agregativo e grupal, te­remos quc enfatizar os seguintes aspectos:

2.l-Saúde

O homem, como unidade psicobiológica necessita, deum sistema de ajustamento para sua convivência com omeio ambiente que o cerca e o adapta em relações a tem­peratura, clima, ar, chuva, vento etc.

Como ser vivo, necessita de um habitat, a fim desobreviver a natureza e dela auferir os elementos biológi,eos para a manutenção do organismo e estabelecer um

Agosto de 1984

perfeito sincronismo de autodefesa e de automanu­tenção.

Daí por que toda a habitação requer um minimo decondições: higiene como fator básico, saneamento ade­quado, ventilação, penetração de luz solar, água potável,esgoto para destinação de eserementos, coleta e trans­porte de lixo, controle e erradicação de vetores biológi­cos e condições básicas na elaboração da sua rotina ali­mentar. Neste setor saúde, cabe ao macrossistema doGoverno dar todo o apoio na construção 'de moradia po­pular em condições de habitabilidade.

2.2 - Educaçio

A casa (o lar) é um fator determinante de um ambienteeducacional e cultural. Ora, não existe melhor ambientepara transmitir cultura, senão a própria familia. É afm;nilia a célula básica da sociedade, o núcleo central doagregado social ao qual pertence. Dai, gerações passampara outras o caráter social, esportivo, religioso, políticoetc.

Poderíamos definir a educação como "o processo deaperfeiçoamento do ser humano no sentido de se facultara realização de todas as suas potencialidádes, bem comoa transmissão e a assimilação de conhecimento e valoresculturais do grupo social". E é exatamente no territórioresidencial que se processa efetivamente a criação dessesvalores culturais que vão de pais para filhos e demaisdescendentes.

Em suma, à medida quc o lar exerce esta função edu­cativa, proporciona à prole meios efetivos de aprendiza­gem, absorvendo culturas e costumes que serão comple­mentados pela escola, Igreja e outros grupos sociais.

Todavia, é importante frisar que cabe aos membros daFamilia, da cxperiêneia vivida no lar, extrair o fundamen­to, a essência, o básico da cultura que irão aos demaisgrupos sociais complementares desenvolver, adaptar erecriar.

A casa, a residência, o nome que se lhe dê, deve man­ter em estreito relacionamento com as habitações comu­ltítárias - Igreja, classes, bibliotecas etc., afim de numainteração de valores cultuar o bclo, o bom, o justo, ondeo ser mais supera o ter mais.

O ambiente do lar há que ser sadio. a fim de se exerei­tarem os valores positivos d" coluna imutável da ética,caso contrário será um foco de embriões a serviço da im­produtividade, do crime e marginalização.

2.3-Lazer

Un;i1 terapêutica social que reputo de inigualávcl im­port.ância é o lazcr: psicólogos e sociólogos do mundo in­teiro têm feito apologia do lazer como terapêutica espe­tacular para os grandes aglomerados populacionais.

No lazer, o indivíduo descarrega suas tensões, nãopensa em coisas malévolas, se liberta e cai num relax,trazendo-lhe de volta toda energia vital.

A moradia com conforto, ofcreccndo condições de re­pouso c descanso, contribui substancialmente para asatividades de lazer.

Este conforto, sujeito a graduações diversas, pressu­põe um minimo indispensável e escalas superiores quechegam ao supérfluo. Quero aqui referir-me apenas aosequipamentos habitacionais. Assim, determinados mó­veis domésticos. o fogão, a geladeira, estariam codifica­dos como indispensáveis e poderíamos inclui-los comopartes da unidade física produzida.

O lazer requer e exige condições favoráveis para plenaconsecução de seus objetivos. Assim, a poluição sonoraterá que ser controlada, a estética ambiental, e muito im­portante é a escolha do local para o lazer. DeterminadosAmbientes de lazer, como cinema, clube recreativo, tea­tro, etc, poderão ser relacionados dentro da esfera geo·gráfica da habitação, Face a sua necessidade específica.

No entanto, fazer ambiente de lazer em zonas urbanasde cidades irregularmente desenvolvidas e em cujo perí-

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metro estão inseridas zonas de comércio, escritórios,fábricas, etc. não terá os sadios objetivos alcançados.

2.4 - Unidade Familiar

Exite uma última ralação entre a habitação e o desem­penho da família em sociedade.

De tantas conotações que se possa enumerar uma é amais importante ou seja a habitação traz a união dafamília. Uma casa dotada de conforto e condições bási­cas de higiene prende os membros familiares a uma vidamais intima c conseqüentcmente à meditação e à união.

A pedagogia infantíl tem oferecido trabalhos sobretema "Minba: Casa", simbologia que corporifica namente da criança o seu microuniverso, seu mundo. Acriança, no ambiente familiar unido pof'fortes traços deamor, sente-se segura, protegida, pois seus pais são mu­ralhas intransponíveis. Meu pai ... minha mãe...

Por isso, a habitação há de oferecer um mínimo decondições (tamanho, espaço de reserva) para que afamília nela instalada construli seu mundo e integre avida social da comunidade.

Não se concebe medidas de despejO levando ao deses­pero famílias e mais familias e ao relento. São neces­sárias leis sociais que impcçam este monstro do dcspejo.É preciso que o Govcrno adote medidas para coibir esteabuso através de bônus ou outro tipo de subsídio.

O Deputado Paulo Maluf, presidenciável que é, jácomprometeu a política social da habítação:

""firma S. Ex' em seu discurso que "a mensalidadc dacasa própria não pode ultrapassar 20% da renda fami­liar. O trabalhador desempregado fica isento do paga­mento das prestações até encontrar emprego do mesmonível".

Quero para mim uma medida urgente de grande alcan­ce social: seria o congelamento das .prestações até feve­reiro de 1985. Por quê? Simplesmente em março teremosnovo Governo, e mais, o Banco Nacional da Habitaçãoestá hoje éstudando uma diminuição na amortização dacasa própria.

É preciso que o Sistema Financeiro de Habitação ofe­reça uma alternativa menos selvagem aos usuários, casocontrário está fadado a falência, numa demonstraçãoeloqüente de incompetência administrativa.

Sr. Presidentc, Srs. Deputados, face à exigüidade detempo, voltaremos ao assunto em outra oportunidade.

O SR. FERNAND.O SANTANA (PMDB - BA. Semrevisão do orador.)....:. Em todas as épocas dc crise a His-'tória registra sempre avanços dos povos, da humanida­de. Basta lembrarmos o fim do século XVIII, quando asituação, na França, chegava ao paroxismo máximo dosofrimento e da fome. E, então, foi inevitável, pela forçado povo, a Revolução Francesa, ainda um dos marcosmais importantes em toda a História da humanidade. Aconflagração da Primeira Guerra, o desajustamento dasforças sociais em muitos países, inclusive na Rússia dosczares, resultou numa profunda transformação nessepaís. que os historiadores marcam como o segundo maisimportante evento na história dos povos, depois da Re­volução Francesa.

Aqui, no Brasil, estamos realmente vivendo hoje a cri­se mais profunda, a crise mais aguda de nossa História, aqual poderíamos considerar catastrófica, ou mesmo,usando um termo biblíco, apocalíptica. Não se pode in­terir, das palavras ditas inicialmente, que como conse­qüência inevitável, teríamos um movimento das pro­porções da Revolução Francesa ou da Revolução Russa.Não faríamos tal afirmação. No entanto, se a,crise ésempre a parteira da História, seria, a nosso ver, damaior urgência que todos nós, neste País tão sofrido, tãodessangrado, de veias abertas, como toda a América La­tina, pensássemos um pouco e imaginássemos ou per­guntássemos a nós mesmos que Brasil nós queremos, queBrasil nós pretcndemos construir. Em verdade, não é oBrasil da fome, não será o Brasil da fome, não será o

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Brasil dos analfabetos, não será o Bras.il dos doentes,não será o Brasil dos homens sem terra.

Há 161 anos - se contarmos a Independência a partirde 2 de julho, na Bahia, porque realmente foi onde se lu­tou, onde se travou a guerra e onde se definiu realmentea nossa separação de Portugual - herdamos um conti­nente com um subsolo pleno de riquezas. E, após 161anos, a elasse dirigente nos entrega hoje um País em con­dições de muito mais sofrimento, em condições muitomais de dependência externa do que o foi ainda quandocolônia, quando dependia exclusivamente do Reino Uni­do de Portugual. O comando da vida econômica brasilei­ra está fora de nosso controle. As principais indústriasestão igualmente sob controle de grupos internacionais.

Diante deste quadro, o que fazer? Acreditamos queesta é a oportunidade de todos os que têm interesse nofuturo da Nação, mesmo divergindo hoje na colocaçãodos problemas políticos. Todos nós podemos formar umgrande pacto, um grande arco de forças destinadas a rea­firmar ou a resgatar a soberania dentro de um processodemocrático. Vejam bem, nenhum país se libera quandoiriiernamente se desune, se desarvora, se entredevora porquestões menores. A independência, em qualquer tempo,em qualquer época, só se efetiva na justa medida em queinternamente a Nação aSsume um compromisso com aHistória, qual seja, o compromisso da soberania, da in­dependência.

Na situação em que estamos vivendo, em que, de nos­sa parte, temos um candidato à Presidência da Repúbli­ca, que, podemos afirmar, sem fanfarronice, sem expec~

tativa cor-de-rosa, tem todas as condições para ser vito­rioso no Colégio Eleitoral, acompanhado do seu Vice­Presidente, Senador José Sarney. Mas alternar, simples­mente, o poder não é aquilo que a Nação brasileira está aexigir. Alternar, sim, para mudar; mudar, sim, para eli­minar todas esses empecilhos que hoje amarram a vi~a

de nosso Brasil.Eu me abalançaria a colocar para esses três objetivos

de um Brasil livre e ind~pcndente três vetores, três com­ponentes, três 'diretrizes, ou seja lá o nome se queira dara isso: o vetor da soberania, o vetor da distribuição derenda e o vetor da reforma agrária. Em verdade, as cha­madas potências centrais, que hoje, controlam a econo­mia mundial, querem simplesmente, no Terceiro Mun­do, inclusive na Ámerica Latina, e particulamente noBrasil, uma prática da democracia que é a da democraciade fachada, em que os grandes interesses dessas potên­cias sejam definidos, respeitados e guardados. No mo­mento em que um país qualquer do Terceiro Mundo co­loca, no seu processo democrático, o vetor da soberaniae da independência, aí as coisas mudam de figura. E hácxemplos históricos de governos que o tentaram e foramderrubados. Por que foram derrubados? Porque as mani­pulações que as forças internacionais fizeram interna­mente nos jogaram uns contra os outros. Na medida emque brigamos por questões menores, eles afirmam seupoderio internamente.

Queremos a vitória de nosso candidato, mas achamos,e propomos, que esta não deve ser apenas uma mudançade homens no poder, mas que ela contenha objetivosmais longínquos, uma estratégia definitiva para a recon­quista do Brasil para os brasileiros. E estas três compo­nentes - soberania, distribuição de renda e reformaagrária - parece que envolvem todo o quadro da injus­tiça social, da fome e da miséria. A soberania tem impli­cações diretas com a dívida externa e implicações impor­tantes com o modelo econômico.

Aqui nesta Casa e votou e aprovou o Decreto-lei nO2.065 - a Oposição não aprovou - e a notícia que setransmitia na Câmara dos Deputados, até mesmo pelasautoridades, era a de que sem o Decreto-lei nO 2.065 nãochegaríamos a um acordo com Ochamado FMI - Fun­do Monetário Internacional. Então, vejam os nobres co­legas que até mesmo o salário mínimo vem sendo estabe­lecido pelos interesses dos banqueiros e dos grupos inter-

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nacionais. Hoje as próprias indústrias já reclamam con­tra esse decreto, que está achatando, demasiadamente,os salários e, na medida em que os achata, reduzindo acapacidade de compra do operário, paralisando as in­dústrias fazendas cair à taxa de desenvolvimento doPaís.

A dívida externa é um outro vetor importante. Temosacompanhado todos os depoimentos prestados à Comis­sã6 Parlamentar de Inquérito que investiga a dívida ex­terna e os acordos com o Fundo Monctário Intcrnacio­naI.. Temos absoluta convicção de que, nos tennos emque dívida está colocada, no que se refere a prazo e juros,este País jamais conseguirá saldá-Ia. Ela vai crescendoano a ano e nós nos tornamos escravos definitivos dessadivida.

Então, nobres colegas é errado imaginar que não sepode proceder, na América Latina, à integração, de nos­sos vários países para fazer face ao Fundo Monetário In­ternacional, que não é nada mais nada menos senão umsindicato dos grandes banqueiros, de tal maneira que so­mente a aunião dos países que compõe a América Latinapoderá enfrentá-lo em melhores condições. Por que to­das as autoridades financeiras, prestaram depoimento naCPI da Dívida Externa respondiam negativamente a essaformulação, alegando que as dívidas tinham origens di­ferentes, e, deste modo, os países não poderiamcoordenar-se para o enfrentamento comum ao FundoMonetário? Respondíamos nós que há dois fatores eduas condições comuns a todas essas dívidas, mesmo ad­mitindo a hipótese de que elas tenham origens diferentesa aplicações diferentes: os juros extorsivos crescentes, deacordo com os interesses da po1ític~ norte-americana, e Gos pr;1zos curtos.

Então, esses dois vetores, que são os mais importantes,estão estrangulando o desenvolvimento da América La­tina. É motivo suficiente, Sr. Presidente e Srs. Deputa­dos, para que nós .nos juntemos aos demais pàíses daAmérica Latina. Cinco Presidentes e, posteriormente,mais três dirigiram carta aos países superindustrializa­dos. Tiveram como resposta, por exemplo, da Primeira­Ministra da Inglaterra, Margaret Tatcher, simplesmenteo seguinte;, "Vendam suas indústrias ou entreguem suasreservas minerais, mas a dívida deverá ser paga". Estafoi a rcsposta gcntil, cordial e, ao mesmo tempo, elucida­tiva quanto à posição das grandes potências em relação aesse profundo sentimento de toda a América Latina.

Dou a aparte ao nobre colega de Pernambuco, Depu­tado Nilson Gibson.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado FernandoSantana; eu gostaria: antes de abordar o aspecto do pro­nunciamento de V. Ex! referente à negociação da nossadívida externa com a interveniência do FMI, de dizer aV. Ex! que antes, muito antes de ingressar na política, eujá admirava o espírito de luta, a cultura, a inteligência e abravura com que V. Ex' exercia o mandato aqui, nestaCasa. E para mim não foi surprcsa - decorridos quase20 anos - quando recentemente manuseava os Anais doCongresso Nacional, constatar que efetivamente V. Ex'sempre soube representar o povo baiano com essa gran­de autenticidade de que é portador. E no manuseio des­ses Anais do Congresso Nacional. verifiquei posições deV. Ex' em apartes ao Primeiro-Ministro - à época, o ex­Governador de Minas Gerais - quando S. Ex' vinha aesta Casa discutir determinadas matérias do interesse dogoverno parlamentarista. E pude detectar trechos emque o cx-Governador de Minas Gerais defendia, com abravura que é pcculiar a V. Ex' o acordo, àquela época,com o FMI. I nel usive, ressaltava a henevolência, o cari­nho ...

O SR. FERNANDO SANTANA - Eu?

O Sr. Nilson Gibson - Não. O ex-Governador de Mi­nas Gerais, que V. Ex' criticava. Eu estou dizendo que,

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há 20 anos, quando ainda não tinha interesse pela políti­ca, já observava o trabalho de V. Ex' aqui, nesta Casa,sua bravura, sua veemência. Já o aplaudia, lá na minhaterra, Pernambuco. E comprovei estes fatos nos Anaisdo Congresso. Aindá poderia lembrar a V. Ex' - aliás,já lhe disse isto, pessoalmente, certo dia·- que, quandoda mensagem que o então Presidente da República, JoãoGoulart, mandava à Casa, pedindo estado de sitio, V.Ex' foi contra a medida, requerendo a imediata retiradada mensagem do Chefe do Poder Executivo. Eu vi aquelecomportamento seu. O ex-Governador de Minas Geraisdefendia o estado de sitio, com aquela empáfia, comaquela agressividade, e V. Ex' era um dos que se mostra­va contrários à medida. Tudo isto faz com que cu apenasdiga a V. Ex' que vinte anos são passados e minha admi­ração ainda continua, aqui, nesta Casa, por V. Ex....mui­to embora eu, num lado, e V. Ex', noutro. Sempre admi'rei sua coerência. Nunca V. Ex' mudou de posição - é omesmo de sempre. V. Ex' foi atingido por atos de exe­ceção, mas o ex-Governador de Minas Gerais não o foi- era, inclusive, naquela ocasião, líder de bloco parla­mentar. Sete Vice-Líderes foram atingidos pelos atos deexceção, mas S. Ex' não o foi. Tudo 1sto faz com que eucontinue a admirá-lo, nobre Deputado. Muito obrigadopor permitir que cu, humilde e modesto representante dePernambuco, tenha a oportunidade de, em 1984, depoisda anistia de Figueiredo, estar aqui, ao lado de V. Ex', aquem sempre admirei. Muito obrigado.

O SR. FERNANDO SANTANA - Agradeço a V.Ex' o aparte. Mas nos~a visão da História difere um pou­co da de V. Ex', nobre Deputado Nilson Gibson.

Sr. Presidente; Srs. Deputados, acreditamos - e porisso a estamos propondo aqui - na grande unidade dopovo brasileiro, em torno dos que seus problemas bási­cos, mais sejam, soberania, distribuição de renda e refor­ma agrária.

Vamos admitir -'- hipótese absurda, porque tenho cer­teza absoluta de que jamais isto chegará a ser verdade ­mas admitamos que, com esse meu passado, com todaessa minha luta, a que o nobre aparteante há pouco se re­feriu, eu chegasse à Presidência da República. Com mi­nha visão da História, eu nada poderia fazer, se lá.em­baixo não houvesse um povo organizado c decidido a al­cançar essas três conquistas de que falei, todas inseridasno sistema capitalista.

Não defendo o sistema capitalista. Mas não estou noar, no espaço, e acho que, nesta etapa da vida brasileira,a soberania é fundamental, eis que ninguém pode traçarseu destino sem, antes, garantir sua liberdade, sua inde­pendência e sua soberania. Divergindo. de V. Ex', estoucerto de 'que, se o ex-Deputado, ex-Governador, ex­Senador e ex-Ministro Tancredo Neves, como cada umde nós, chegar do poder, e se essas forças se integraremrealmente acima das conveniências dos grupos e se afir­marem perante o Governo e dele exigirem que imple­mente toda uma política visando todos esses objetivos,isto é, soberania, justiça social c terra para os que traba­lham, esse Governo irá à frente com base nessas três pro­posições.

Isto, no entanto, vai depender muito mais de nós doque deles - de nós que, independentemente de sermosdeputados, somos também., povo. E vai depl!hder - in­

. clusive, com base naquele slogan muito conhecido de que"povo unido jamais será vencido" - da união do povo,pois, em qualquer país do mundo, nobre Deputado, umpovo unido conquista sua soberania e sua independên­cia.

Ouço o nobre Deputado Virgildásio de Senna.

O Sr. Virgildásio de Senna - Nobre Deputado Fer­nando Santana, a presença de V. Ex' na tribuna destaCasa é sempre motivo de satisfação e de aprendizadopara todos nós. No pot-pourri político que V. Ex' apre­senta hoje, em seu pronunciamento, abordando imensoleque de assuntos, cabem até intervenções como a do

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

nobre Vice-Líder do PDS, que o aparteou há poucos ins­tantes, em primeiro lugar, para, numa contrafação daHistória, na posição da mentira vestida de História, tra­zer a esta Casa informações distorcidas, irreais, falacio­sas. Sr. Deputado Fernando Santana, sabe V. Ex', por­que homem absolutamente esclarecido, informado dascoisas do nosso País, que o Brasil é membro signatário eacionista do FMI. Não há, nas oposições responsáveisdeste País, naqueles que examinam com profundidade osassuntos de que trata, ninguém desejoso, no passado ouno presente, de romper definitivamente com o FMI. Nãohá, I)a História deste País, nem nos Anais desta Casa, umpronunciamento do nobre Governador Tancredo Nevesque defenda acordos com o FMI, de alta condicionalida­de. O que defendemos, o que o partido tem de defender,o que a Nação defende, são aqueles empréstimos a quenaturalmente o País tem direito de realizar, na condiçãode sócio deste clube, deste banco. São os empréstimoscompensatórios, os empréstimos stand.by. A estes o Bra­sil tem direito, sem qualquer favor; estés o DeputadoTarlhedo Neves, como qualquer parlamentar conscien­te, respeitado e respeitável, defenderá. Qualquer Deputa­do da Oposição o fará, inclusive o nobre Deputado Fer­nando Santana, porque é um direito deste País, é um di­reito nosso de, sócio do banco, dele contrair emprésti­mos que não incluam cláusulas de alta condiconalidade,ou seja, dinheiro que o banco toma emprestado paranos, emprestar. É contra isto que nós, da Oposição, luta­mos. O nobre Deputado Nilson Gibson, que traz à Casainformações que não sei se são verídicas, está desafiado amostrar que o Dr. Tancredo Neves, em qualquer mo­mento, tenha defendido empréstimos de alta condiciona­lidade com o FMI. Em segundo lugar, diz S. Ex' que onobre Deputado Tancredo Neves defendeu o estado desítio. Não digo que não, não digo que sim. É uma medi­da constitucional, e qualquer parlamentar pode ser a fa­vor ou contra ela. O que S. Ex', por certo, não trará aquié a informação, por exemplo, de que o ex-DeputadoTancredo Neves esteve envolvido em acontecimentos de­primentes como o da Freguesia do Ó, em que o candida­to do nobre Deputado Nilson Gibson levou uma maltade desordeiros para agredir e atacar uma população in­defesa. Muito obrigado a V. Ex'

O SR•. FERNANDp SANTANA - Concordo inteira­mente com o aparte do nobre Deputado Virgildásio deSenna, hoje no exercício da liderança do PMDB.

O Sr. NUson Gibsou - Nobre Deputado FeJnandoSantana, permite V. Ex' usar do direito constitucional dadefesa?

O SR. FERNANDO SANTANA - Poderei dar-lheesse direito, se o temp'o permitir. Não quero negar a pa­lavra a V. Ex', mas tenho alguns assuntos...

O Sr. Nilson Gibson - Mas o'nobre Líder do PMDBme chamou de mentiroso!

O SR•. FERNANDp SAN-,!,ANA - Não. Um momentinho, nobre Deputado...

O Sr. Nilson Gibson "'7 Eu farei o seguinte: se, porven­tura, eu não trouxer aqui um documento, dentro de 15minutos, renunciar ao meu mandato. Se o trouxer, S. Ex'renuncia ao seu mandato. V. Ex' sabe que é verdade,porque estava, na época, nesta Casa.

O SR. FERNANDp SANTANA - Deputado NilsonGibson, logo que conclua alguma considerações, e sehouver tempo, darei o aparte a V. Ex' Se não houvertempo, V. Ex' poderá pedir, de acordo com o Regimen­to, a palavra para uma explicação pessoal.

O Sr. Nilson Gibson - Gostaria que V. Ex' desse so­mente um depoimento: V. 'Ex' está esquecido dos fatosque relatei quando pedi o aparte? Conto com a sua since­ridade e a sua correção.

Agosto de 1984

O SR. FERNANDO SANTANA - Quero dizer a V.Ex', honestamente, q~e durante toda a minha existência,só tive um objetivo: lutar pelos interesses do povo e daNação. Isso me dá tranqüilidade e coerência, porque, emqualquer época, qualquer que seja a situação, nós noscolocamos sempre naquela vertente, naquela resultanteque seja do interesse da Nação brasileira.

O Sr. NUson Gibson - Eu disse isso.O SR. FERNANDp SANTANA - E é por este moti­

vo que agora, neste momento histórico nós nos coloca­mos na defesa da candidatura do Governador de MinasGerais, Dr. Taneredo Neves, porque temos consciênciaque ele representa o que há de mais sério, de mais impor­tante e de mais útil para o desenvolvimento deste País.Não temos nehum receio de afirmar isso historicamente,agora.

O Sr. NUson Gibson - Eu apenas coloquei O meuaparte da seguinte maneira: V. Ex' fazia críticas ao acor­do com o FMl...

O SR. FERNANDO SANTANA - E continuo tecen­do. E são críticas sé;ias, especialmente a este Governoque ai está.

O Sr. NUson Gibson - Queria mostrar a V. Ex' queesse ponto de vista que V. Ex' expôs é coerente e correto,assim como o seu passado uma linha reta de conduta. Efiz tal referéncia porque ao mesmo tempo em que vis­lumbrava o passado de V. Ex' verificava que o ex­Governador de Minas Gerais sempre apresentou um ca­minho duvidoso, hesitante, sinuoso.

Em certa oportunidade ele defendia, e enaltecia o Fun­do e agora vem...

O SR. FERNANDO SANTANA - Nobre colega,permita-me concluir ~eu discurso.

O Sr.. NUson Gibson - Perdão, nobre Deputado.

O SR. FERNANDO SANTANA - Não há o quc per­doar. Mas V. Ex' é Líder, dispõe de tempo suficiente.Sou simples Deputado.

Consigo chegar à tribuna, a duras penas, uma vez pormês.

O SR. PRFSIDENTE (Walber Guimarães) - A Pre­sidência 'lamenta ~omunicar que V. Ex' já ultrapassouseu tempo em dois minutos e lhe concede mais t.rês minu­tos para concluir.

O SR. FERNAND() SANTANA- Vejam só não souLíder, não tenho horãrio de liderança. Vou concluir Sr.Presidente. Apesar de ter muitas coisas para afirmar des­ta tribuna, vou tentar resumir. Por que esses três objeti­vos? Por que soberania nacional? Soberania nacional,porque é através dela que uma Nação se afirma. Sobera­nia nacional, para que possamos eliminar a fome, a mi­séria e o desemprego. Um país submetido aos interesses egrupos internacionais, sugado no' seu trabalho, na suarenda, na sua produção, para pagar exatamente àquelesque não estão aqui, só pode ser um país pobre, um paísde analfabetos, de doentes de esquistossomóticos, enfimsujeito a toda uma série de males e de endemias que nosatinge.

Então, é preciso defender a soberania nacional, paraque possamos ser um país para os brasileiros e não paraos estrangeiros. Ê isto que, a meu ver significa soberanianacional. Em segundo lugar falo da distríbuição da ren­da. Por que distribuição da renda Sr. Presidente? Exata­mente porque, hoje na pirâmide que representa a rendanacional aqueles que estão no vértice - 1%- são aqui­nhoados com quantia mais de 50% superior à dos que es­tão na base. Uma nação não pode sobreviver esbanjandorecursos para um pequena minoria deixando a grandemaioria na fome e na miséria. Daí a necessidade da cor­reta distribuição da renda, para que, em nome da sobera­nia se possa formar uma aliança com a classe operária.

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Agosto de 1984

que, é claro não pode produzir, se morre de fome no pró­prio lar.

Em terceiro lugar, a terra. Por que a reforma agrária,como terceiro objetivo? Direi apenas que, em 1967, 76%dos pequenos proprietários de terra detinham 13% daárea agricultável do País, enquanto que em 1978 esses76% baixam para 67% e a área das pequenas proprieda­des ~e reduz de 13 para 9%. Enquanto isso, as grandespropriedades, que em 1967 abocanhavam 83% da áreaagricultável do País, em 1978 passaram a deter 86%. UmPaís que tem suas terras tão enfeudadas, tão latifundia­das, tão dominadas inclusive por grupos internacionaisnão pode, realmente, ser digno do povo que nele habita.

Não se veja nisso qualquer medida revolucionária ­que isto fique bem claro. Esses três objetivos se enqua­dram perfeitamente no sistema capitalista. Não somosdefensores do capitalismo, como dissemos antes, mas,nesta etapa histórica, nosso grande esforço é no sentidode forjar internamente a união do povo, para que estePaís possa realmente dar um novo grito de independên­cia,já que, infelizmente, passados 161 anos, a classe do­minante está a nos oferecer um País mais escravo, maiscolonizado do que em 1823.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, parece-nQs que estastrês diretrizes - soberania, distribuição de renda, refor­ma agrária - devem nortear a formulação da políticabrasileira. A partir daí, tudo O que for conveniente a esseprojeto deverá ser defendido pelos brasileiros. Do con­trário, estaremos selando definitivamente nossa tristecondição de colônia e de País subalterno.

Durante o discurso do Sr. Fernando Santana o Sr.Walber Guimarães, 2'-Vice-Presidente, deixa a ca­deira da presidência, que é ocupada pelo Sr. CarneiroAmaud Suplente de Secretário.

o SR. PRESIDENTE (Carneiro Arnaud) - Tem apalavra O Sr. Walter Casanova.

o SR. WALTER CASANOVA (PDT - RJ. Pronun­cia o seguinte discurso.) - Sr. Presidente, Srs. Deputa­dos, as Convenções partidárias, realizadas há 7 dias, tra­duzem uma nova perspectiva política que, por certo,conduzirá este País à sua tão ansiada plenitude democrá­tica.

O Brasil é de todos os brasileiros, e não de uma mino­ria egoista, mesquinha, ambiciosa, incapaz e desumana,que dele tem feito um farrapo estatal e que o tem condu­zido a situações humilhantes perante às nações estrangei­ras.

Observem, Srs. Deputados, que nossos credores aliení­genas nos têm constantemente visitado, através do FMI,para nos dizer como devemos agir se quisermos sair dasdificuldades. Será, Srs. Deputados, que este País não temeconomistas e empresários capazes de resolver os proble­mas econômicos nacionais?

Eu, particularmente, tenho certeza de que possuímoseconomistas, empresários e políticos altamente qualifica­dos ecapazes de encontrar as soluções de que necessita­mos.

Mas, Srs. Deputados, o Governo oligárquico sob cujocomando está este País há muitos anos não tem tido ca­pacidade ou interesse em convocar nossa própria gentepara resolver nossos tão inquietantes problemas.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, a flagrante desigualda­de de oportunidades para todos e também o injusto e de­sumano tratamento dado aos nossos compatriotas, emtodos os setores, bem traduz a impopularidade, a insen­satez e a incapacidade deste regime que melancolicamen­te agoniza, para felicidade geral da Nação.

A situação do Brasil é tão dramática, a ponto de ospróprios órgãos oficiais declararem nada poder fazerpara evitar a mortc de milhares de brasileirinhos porcausas como a diarréia, a desidratação, a desnutrição e,acima de tudo, a falta de assistência social por parte doGoverno.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Mas notem, Srs. Deputados, que nossa mortalidadeinfantil, por estas causas, atinge o alarmante índice deuma morte a cada dois minutos, segundo dados do pró­prio Ministério da Saúde.

Nenhum brasileiro de bom senso pode conformar-secom um fato tão estarrecedor como este.

Será, Srs. Deputados, que estes infortunados 300.000brasileirinhos que estão morrendo neste ano, antes decompletarem a primeira infância, são menos importantesdo que o Programa Nuclear? Será que eles são menos im­portantes que a Transamazônica ou a Rodovia do Aço,sem falarmos em outras obras tidas como gigantescas,mas que até agora só serviram para levar o País à grandederrocada em que se encontra.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, será que, se no lugardestas obras faraônicas houvéssemos cuidado de umaeconomia efetívamente planejada, voltada para uma re­forma agrária racional, com uma produção agro­pecuária esquematizada.em moldes que atendessem, efi­cientemente os mercados interno e externo, de modo quenão existissem excessivos estoques nem faltas significati­vas de determinados produtos; será que assim conse­guiríamos melhores resultados?

Entendo que, por este caminho, poderemos chegar ànossa emancipação econômica e conseqüentemente me­lhorar o nível de vida de nosso povo.

É evidente, entretanto, que esse seria o ponto de parti­da para a reorganização de toda a nossa economia total­mente abalada pelos errôneos métodos que vêm sendoaplicados.

Mas, Srs. Deputados, prossigo na descrição do alar­mante quadro nacional: nossos irmãozinhos carentesque conseguem escapar com vida da primeira infância,logo em seguida, ao atingirem a idade pré-ecolar e a cs­colar, não terão salas de aula para estudar.

Na idade escolar que abrange a faixa etária dos 7 aos14 anos, já temos cerca de 9 milhões de crianças fora daescola. Daí O alarmante aumento anual dc analfabetos.Nosso envergonhante contingente de analfabetos é au­mentado anualmente de 500.000 adolescentes com 15anos de idade que não sabem ler nem escrever!

Que futuro pode ter um País que não educa o seu po­vo?

Temos de optar: ou instruímos nossa gente, investindoem sua educação, ou seremos total e irremediavelmentesubjugados pelas grandes potências, através de sua tec­nologia.

Observe-se que o índice de analfabctismo nas grandespotências como os EUA, a URSS e o Japão é insignifi­cante.

Ouço o nobre Deputado Nilson Gibson.

O Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado Walter Casa­nova, entendo que V. Ex' é realmente um inteligente eculto professor estabelecido no Rio dc Janeiro. Tenhopara mim que V. Ex' está analisando e descrevendo a si­tuação do Rio de Janeiro. Meus parabéns e meu aplausoa V. Ex'.

o SR. WALTER CASANOVA - Respondendo aoaparte do nobre Deputado Nilson Gibson, digo que nãome estou referindo ao Rio de Janeiro, onde se faz um es­forço gigantesco no sentido de resolver o problema edu­cacional - aliás, como nunca antes foi feito. Note-seque a maior preocupação do Governo do Rio de Janeiroé exatamente com a educação, como bem sabe V. Ex'Refiro-me ao quadro nacional, c V. Ex', que é represen­tante nobilíssimo do Nordeste ou do Norte, tem conheci­mento de que, naquela região, os professores que cuidamdo ensino primário recebem a vergonhosa quantia de até400 cruzeiros por mês, para desempenhar o exercício domagistério. Então, meu nobre colega, não me refiro aoRio de Janeiro; refiro-me ao triste quadro nacional.

Concedo o aparte ao nobre Deputado 'Virgildásio deSenna.

Sábado 18 8047

O Sr. Virgildásio de Senna - É bom acrescentar,nobre Deputado Walter Casanova, que evidentemente onobre representante do PDS está vendo os fatos por umalente desfocada, pois estamos vivendo sob um Governoque conseguiu o impossível: aumentar o analfabetismodo País em números relativos e absolutos; conseguiu fe­char as universidades, conseguiu desorganizar todo o en­sino, conseguiu fechar os hospitais-escola. Desafiamos S.Ex', há três ou quatro semanas, a trazer a esta Casa ex­plicações a respeito dessa situação. Exatamente no anoem que o Congresso Nacional, expressando a vontademajoritária deste País, aumentava os recursos destinadosà educação, exatamente neste ano, para nos ferir, paraferir a Nação, universidades, escolas, hospitais-escolas,entIm, todo o complexo educativo do País era levado aodescalabro pela incapacidade administrativa deste Go­verno. E S. Ex', nessa visão distorcida, desfoeada, cao­lha, quer enxergar no Rio de Janeiro, exclusivamente noRio de Janeiro, o quadro que é de fato a desonra nacio­nal. Muito obrigado a V. Ex'

o SR. WALTER CASANOVA - Agradeço ao nobrecolega o aparte, que muito enriquece noss~ pronuncia­mento.

Aqui, no Brasil, Srs. Deputados, os fatos educacionaisocorrem em desacordo com a nossa realidade e até mes­mo em flagrante desrespeito à Constituição Nacional.

Nossa Lei Maior determina que o ensino de 19 Grau éobrigatório para todos e gratuito nos estabelecimentosoficiais, dos 7 aos 14 anos. Mas o Estado não cumpreeste dispositivo Constitucional. Não o cumpre, não porfalta de verbas, mas porque cstas são canalizadas para O

Ensino Superior, para custearem os estudos de acadêmi~·

cos ricos, em flagrante desrespeito à Carta Magna.Isto sem mencionarmos que em nossas universidades

há uma proporção, juntando-se professores c demaisfuncionários, numa média de 4 alunos para cada funcio­nário ou professor, o que, para um país subdesenvolvidocomo o nosso, convenhamos, é um absurdo, enquantonos Estados Unidos da Anérica a média é de 22 alunospor professor. Como pode o Brasil dar-se ao luxo de teruma média de 4 a 5 alunos por professor? Isto sem falar­mos nessa média inescrupulosa, fruto de improvisaçõesem nossas Universidades. Cómo, com esta estrutura,pensar-se em desenvolvimento?

Não se dando educação básica para todos e principal­mente para o operariado, que tem de lidar com a maqui­naria, fruto do avanço tecnológico, como se poderá que­rer tirar o máximo proveito, se quem opera essas máqui­nas é semi-analfabeto?

O mais triste é que as perspectivas de recuperação denossa Educação são sombrias.

A grande esperança do povo brasileiro é, sem dúvida,a escolha do novo Presidente da República em 15 de ja­neiro, quando o Pais começará uma nova fase que, te­mos certeza, será de retomada do desenvolvimento ecô­nomico, social e cultural.

Toda política hoje em prática terá de ser reformulada.Em cada setor da vida nacionill terão de ser aplicadas

políticas adequadas à realidade brasileira, as quais serãorealizadas através de estratégias planejadas e rigorosa­mente cumpridas, sem improvisações, porque chegamosa uma situação que exige firmeza e determinação paraatacar e resolver os grandes problemas nacionais, comoa fome, a mortalidade infantil, o desemprego, a inflação,a habitação, a corrupção e a prática crescente e impunede atividades ilícitas nos grandes centros urbanos.

É necessário, Srs. Deputados, que acreditemos no va­Iar do homem brasileiro, é necessário que aproveitemosnos;os cientistas, assim como é necessário que acredite­mos em nossos técnicos e na capacidade de produção donosso operariado. Entretanto, é também necessário quenenhum brasileiro seja explorado por outro, que se reco­nheça o valor real da produção de cada um e se lhe pagueo valor justo pelo que produz.

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Tem o homem brasileiro tanta capacidade quanto osestrangeiros - mais, até, bastando educá-lo para trans­formar seu imenso potencial de aptidão em força útil aodesenvolvimento nacional.

Portanto, Srs. Deputados, uma politica voltada para avalorização do homem brasileiro por certo nos conduzi­rá à grande meta que é o bem-estar sócio-econômico donosso povo.

Só uma democracia plena, com a classe política intei­ramente atenta aos interesses maiores da Nação, poderámudar o horrendo quadro nacional que atualmente nosdecepciona e desafia.

Falamos na mortalidade infantil, na falta de escolas eno analfabctismo; e, continuando o quadro descritivo,quando nossos jovens se integram na oferta de mão-de­obra, não encontram vagas para trabalhar. Não há em­prego. E o que é mais trágico, há o desemprego dos queestavam colocados.

Este problema se agrava mais à medida que a tecnolo­gia lança novas máquinas no mercado.

Parece-nos que um caminho para neutralizar os ma­lefícios trazidos pelo avanço tecnológico, 'não para a Hu­manidade, mas para a oferta de empregos, especifica­mente, seria reduzir-se significativamente a jnrnada detrabalho dos operários, em todos os setores, de modo acompatibilizar o avanço tecnológic'o com a necessidadede emprego para todos.

Neste sentido, apresentei ontem um projeto de lei, re­duzindo a jornada semanal para 35h e a diária para 7h.

o Sr. Nilson Gibson - Permita-me uma ligeira inter­venção, nobre Deputado.

o SR. WALTER C~SANOVA - Pois não.

o Sr. Nilson Gibson - Eu queria referir-me a duas co­locações bastante importantes fcitas por V. Ex' A pri­meira foi quanto ao avanço tccnológico. V. Ex' está to­talmente correto, e, inclusive, receba os meus aplausos.Lá, em Pernambuco, havia empresas têxteis que empre­gavam cerca de 2.500 trabalhadores. Todavia, em decor­rência desse aperfeiçoamento tecnol6gico, lã, hoje, tra­balham apenas 400 a 500 operários. Quanto ao tema queV. Ex' traz agora a debate, em decorrência de ter apre­sentado uma proposta legislativa para a redução da jor­nada de trabalho, V. Ex' está corretíssimo, porque essejá era o entendimento do PDS com o PTB, através da­quele PL-4, de 1983, em que se pretendia a reduçãO dajornada de trabalho, recentemente alcançada tambémpelos metalúrgicos na Alemanha. Acho que V. Ex'; ilus­tre professor do Rio de Janeiro, sabe disso perfeitamen­te. Quero congratular-me com V. Ex' por essas duas co­locações a que o meu modesto e humilde aparte faz refe­rência.

o SR. WALTER CASANOVA-Agradeço ao nobreDeputado Nilson Gibson o aparte; que vem enriquecer omeu pronunciamento.

Continuo, Sr. Presidente.Visa este projeto a atender a várias necessidades dos

nossos operários e, num futuro não muito remoto, istotrará grandes benefícios para a Nação, porque hoje onosso trabalhador não consegue evoluir satisfatoriamen­te porque não dispõe de tempo para se instruir e se edu­car para o trabalho, para si e para "a sociedade. Os queconseguem freqüentar as escolas noturnas normalmenteconseguem os diplomas, porém não adquirem o conheci­mento significativo que tem que ser fixado na mentc cque por falta de tempo eles não conseguem guardar.

Trabalhando, entretanto, 35 horas semanais, à base de7 horas por dia, em semana de 5 dias, nossos operáriosterão a oportunidade de estudar de maneira menos desi­gual e efetivamente mais proveitosa.

Por outro lado, esta diminuição de jornada possibilita­rá o aproveitamento no mercado de trabalho de umgrande contingente atualmente desempregado.

DIÁRIO no CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Portanto, este projeto tem um sentido altamente so­cial, democrático, humano e econômico: faz com que fu­turamente possamos contar com um operariado maisinstruído, mais educado e que por certo produzirá commuito mais eficiência. E é disto que o Brasil necessita.

Esta redução de jornada tambêm contribuirá para di­minuir e até mesmo extinguir o subemprego, uma vezque incrementará o mercado de trabalho em todos os se­tores,

Sr. Presidente, Srs. Deputados, continuando a des­crição do quadro nacional, doloroso e desafiador,deparamo-nos com uma inflação jamais registrada nahistória de nossa economia. Hoje os preços de tudo so­bem quase que diariamente, os aluguéis enlouquecem oschefes dc família, o cafezinho já está a Cr$ 250,00 o gole,e o quilograma de carne a qualquer momento só poderáser adquirido a prestações, sem falarmos num monstroeconômico chamado correção monetária.

É preciso mudar, Srs. Deputados; o povo não suportamais tanto infortúnio. Roguemos a Deus que a nova eraque terá início em 15 de março seja íluminada e liberteeste povo sofrido do jugo desta política econômica erra­da e cruel que o sufoca e o impede de progredir.

Felizmente. Srs, Deputados, ambos os candidatos àPrcsidência da República já fizeram publicamente ocompromisso de convocar uma Assembléia NacionalConstituinte que, com sua soberania, há de dotar nossaPátria de uma Carta Magna que efetivamente retratenossa realidade e atenda aos interesses maiores da Naçãobrasileira, dentro dos mais sadios princípios democráti­cos.

Ouço o nobre Deputado Nilson Gibson.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado Walter Casa­nova, não quero atrapalhar o excelente díscurso que V.Ex' faz, muito embora eu divirja de determinadas colo­cações quanto à convocação de uma Assembléia Nacio­nal Constituinte, eu aprendi uma lição do Senador JoséSarney, ex-Presidente do meu partido, quando ele res­pondia a um discurso do Deputado Ulysses Guimarães,que ficou denominado. "Travessia", e se refere a essaconvocação. Eu não tinha visão, não entendia direito oque era uma Assembléia Nacional Constituinte. Aprendicom o Senador José Sarney que somente quando há real­mente a ruptura, quando se parte, quando há cisão noPoder é que há viabilidade, há possibilidade de convo­cação de uma Assembléia Nacional Constituinte. Eu en­tendi dessa maneira e fiquei certo de que efetivamente oSenador Jos6 Sarney tinha razão.. Apenas essa a contri­buição 9ue queria dar, como uma lição que aprendí como ex-Presidente do meu partido, quando, então, respon­dia ao discurso do Deputado Ulysses Guimarães, Presi­dente do maior partido de oposição.

o SR. WALTER CASANOVA - Eu queriaresponder-lhe dizendo que as circunstâncias em que vivea Nação brasileíra nos conduzem à inevitável convo­cação de uma Assembléia Nacional Constituinte. NossaConstituição tem, atualmente, 24 emendas. E só não temoutras ainda porque naturalmente não houve tempopara realizá-Ias.

o Sr. Nilson Gibson - Nobre Deputado, o PMDB êque não deixou. Foi O PMDB que provocou a retiradada emenda do Presidente F'igueiredo - V. Ex' estálembrado.

O SR. WALTER CASANOVA - A emenda de S.Ex', o Presidente. Figueiredo, seria simplemente maisuma. Mas nossa Constituição precisa ser totalmente re­formulada.

o Sr. Nilson Gibson - São quarenta e oito artigos.

o SR. WALTER CASANOVA-Aguardemos. Vere­mos que, efetivamente, essa Assembléia Nacional Cons­tituinte será da maior utilidade para a Nação.

Agosto de 1984

o Sr. Nilson Gibson - Muito obrigado.

o SR. WALTER CASANOVA~ Eu é que agradeçoao nobre colega o aparte. Continuo, Sr. Presidente:

Essa Constituinte, que por certo será"integrada pelosnossos mais destacados juristas e por insignes represcn­tantes de todos os segmentos de nossa sociedade, há deconter as normas sob cujo comando o Brasil alcançará asua plenitude democrática.

As eleições diretas em todos os níveis, a coincidênciados mandatos, a extinção do instituto da fidelidade par­tidária, o desaparecimento de qualquer tipo de vincu­lação de votos, enfim, uma ampla reforma da legislaçãopolítico-partidária são medidas democráticas inadiáveise urgcntes.

Depois de um longo e duro período de nossa História,chega agora o momento de a classe política assumir o co­mando da Nação. É de lastimar-se que ainda não seja,desta vez, através da plenitude democrática, mas inega­velmente marchamos em sua direção, e brevemente opovo brasileiro, graças a Deus, estará exerccndo sua so­berania e deliberando pela vontade de sua maioria os ru­mos que deseja sejam seguidos pOI' nossa Pátria,

o Sr. Mário Assad - Nobre Deputado, estava acom­panhando com entusiasmo, do mcu gabinete, a expo­sição de V. Ex', e não resisti à tentação de aparteá-lo. Te­nho um gosto muito profundo pela matéria constitucio­nal, e por isso mesmo tenho examinado, sob todos os ân­gulos, a problemática constitucional brasileira, e chegueia uma conclusão: este País realmente pstá vivendo comuma Constituição promulgada pela Junta Militar, e, porconseguinte, precisa, ao longo do tempo, Ser reformula­da. Mas duas correntes de pensamento se batem no sen­tido da reformulação constitucional brasileira: uma de­las diz que o legislador comum pode "muito bem refor­mar esta Constituição, porque quem pode o minimopode o máximo. Se estamos emendando, quotidiana­mente a Constituição, poderíamos fazer um emendão ereformulá-Ia na sua totalidade, doando ao País uma Car­ta Magna digna dos nossos tempos. Essa corrente é co­mandada pelo jurista Afonso Arinos, que tem a colabo­ração do conterrâneo de V, Ex', Célio Borja. Existe estacorrente que cntende que se pode, através do próprio le­gislador ordinário, fazer uma ampla reformada Consti­tuição, para que ela possa atender aos anseios destaNação, principalmente na hora que vivemos, porque, emnossa opinião, ela se transformou numa colcha de reta­lhos que está denegrindo a própria mentalidade jurídicado País. Uma outra corrente, da qual faz parte V. Ex', sebate pela convocação de uma Assembléia NacionalConstituinte. Acredito que seria o ideal, o melhor. Mascolocaria para V. X' a minha grande preocupação: ela sóocorreria no próximo pleito, e para se fazer uma novaConsituição levaríamos mais um ano. Então, teríamosalguns anos para dotar o País de um diploma legal à ai­tUfa da nossa tradição, da nossa História e, acima de tu­do, para nos colocar ao lado das grandes potências civili­zadas do mundo. Por isso, trago à reflexão de V. Ex' apossibilidade de se reformar de imediato a Constituição,dentro dos principias ditados por Afonso Arinos, CélioBorja e outros excepcionais constitucionalistas. Quantoà convocação de uma Assembléia Nacional Constituinte,é defendida tambêm por grandes constitucionalistas,como Aliomar Baleeiro, qne entendia que não se podedotar o País de uma nova Constituição sem que seouçam os segmentos da sociedade brasileira, porque aíestaria a base, a mola mestra capaz de dotar o País deuma nova Constituição.

o SR. WALTER CASANOVA - Faço U111 apelo aonobre colega para que conclua o seu aparte, porque aMesa está-me advertindo com relação ao tempo.

o Sr. Mário Assad - Gostaria de levar ao conheci­mento de V. Ex' que existe llm comissão permanente rea­lizando um estudo de reforma constitucional""::' é a Co-

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Agosto de 1984

missão de Constituição e Justiça, da qual faço parte.Agradeço a V. X' e peço que me perdoe pelo excesso detempo que lhe tomei. Mas o problema é tão sedutor, tãoprofundo, e diz tanto à Nação brasileira que não resisti àtentação de apartcar V. Ex'.

o SR. WA:LTER CASANOVA - Agradeço ao nobrecolega seu grandc aparte. Esclareço que, no momentoem que a classe política assume o comando da Nação­e teremos as eleições diretas a 15 de janeiro bem maisaproximadas da democracia ou dos moldes democráti­cos que almejamos -, creio que ela saberá escolher omelhor caminho para resolver nossos problemas em re­lação à Constituição. Saberá a classe política, por sua sa­gacidade, escolher o melhor caminho - a AssembléiaConstituinte ou outro meio - mas sabemos que a Cons­tituição será brevemente mudada, substituída por umaque realmente atenda às necessidades nacionais. Distonão temos dúvida, e é o que esperamos.

Concluo, Sr. Presidente.Contamos com nossas gloriosas Forças Armadas, que,

no desempenho exclusivo de sua nobre missão, hão de,cm quaisquer circunstáncias, garantir a soberania e a in­tegridade nacionais, precavendo a paz social interna eresguardando assim todas as atividades sociais, culturaise produtivas deste povo, que por certo farão emergir doabismo em que se encontra para a retomada do desen­volvimento que resgatará também a grande dívida socialdo Estado brasileiro para com seu grande POgo;).• Vivemos as dificuldades da séria crise inter~acionalque sufoca os povos subdesenvolvidos.

Necessitamos, entretanto, de enfrentar o desafio comdisposição e determinação para a vitória.

É importante que o novo Governo seja sábio e compo­nha seu Ministério com homcns comprovadamente ca­pazes, homens experientes, homens comprometidos ex­clusivamente com a Nação brasileira, homens que co­nheçam profundamente os problemas nacionais e te­nham soluções adequadas à nossa realidade, homens aci­ma de tudo honestos e que saibam formar assessorias efi­cientes, porque os recursos humanos mal aproveitadossão as maiores fontes geradoras de todas as outras crises.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, o índice de corrupçãoé tão gritante que se tem observado que, dentro de deter­minadas repartições, os próprios funcionários perderama confiança entre si e ninguém confia em ninguém.

Em determinados grandes centros urbanos, a lei é omenos importante: furta-se, rouba-se, joga-se,contrabandeia-se, trafica-se, agiota-se, comercia-se irre­gularmente, e mata-se, até, como se tudo isto fosse nor­mal e natural.

A Nação brasileira, nesta hora dificil por que passa,exige de seus filhos todo o empenho e crê em sua capaci­dade para restaurá-la c fazê-Ia grande não por exibicio­nismo, mas por absoluta necessidade de seu povo.

A hora é de união geral da família brasileira. Uniãodos espíritos, união das intelígências, soma de todas asforças capazes de soerguer a Pátria.

É necessário que usemos toda a experiência já adquiri­da, sem gastar um só segundo em lamentações sobre opassado, mas tomando fecundos os sessentll segundos decada minuto, na busca de soluções para os grandesproblemas que nos desafiam e rumarmos decisivamentepara a nossa total emancipação.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.

o SR. ALUIZIO BEZERRA (PMDB - AC. Sem re­visão do orador.) - Sr. Presidente, Srs., Deputados, nosdias de hoje fala-se muito na sucessão presidençial. Nãopoderia ser diferente, dado que o processo atual é conse­qüência do regime que se instalou há 20 anos, regimepró-imperialista e subserviente a todas as determinaçõesdas multinacionais e do imperialismo norte-americano,em detrimento dos interesses sagrados do povo brasilei­ro. É claro que interesses poderosos não estão apenascirculando nos limites geográficos do solo brasileiro. Os

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçãol)

poderosos interesses das multinacionais, não perderão aoportunidade de proceder em nosso PaIs como fizeramno Chile, quando empresas como ITT e outras tantas in­vestiram no banho de sangue que derrubou o regime de­mocrático de Salvador AlIende.

É nccessário quc estcjamos conscientes de que o Bra­sil, país que conta com uma população de 120 milhões dehabitantes e um território de 8.500.000 quilômetros qua­drados, tem um peso importante no contexto da corre­lação de força global. Para os interesses das multinacio­nais e para o imperialismo, qualquer mudança que se dêna orientação política nacional representa muita coisa.Portanto, Sr. Presidente, não podemos deixar de terconsciência de que, em face de uma possível mudançano regime, sobretudo quando antevemos a possibilidadede avançarmos na dircção de um processo de democrati­zação, os interesses contrários se organizaram e que jãtemos inimigos internos da expressão de candidatoscomo o Salim Maluf, que representa os interesses maisreacionários das multinacionais e do imperialismo.

Diante desse risco e desse perigo, os parlamentares c:lantos quanto possuam uma parcela de responsabilidadedeverão refletir, tendo em vista o processo que se aproxi­ma. Não podemos apreciar o quadro de transição noBrasil sem examinarmos os aspectos internos, os aspec­tos· latino-americanos e até os aspectos mundiais. Dessaperspectiva e desse enfoque, temos a maior responsabili­dade na posição que vamos tomar logo mais.

Sabe a Nação e este Parlamento que a luta no sentidode viabilizar as eleições diretas foi travada pelo Partidodo Movimento Democrático Brasileíro, sob a coorde­nação do seu Presidente Ulysses Guimarães, com toda a.sua direção, com todos os seus parlamentares federais,estaduais, Vereadores e correligionários. E esta luta setransformou numa luta nacional do PDT, do PT e de ou­tros partidos, formando uma frente nacional pelaseleições diretas. Entretanto, Sr. Presidente, dispondo oregime de mecanismo parlamentares, de uma maioriafictícia neste Parlamento, ainda conseguiu impedir quefosse votada e aprovada a cmenda que restabelecia aseleições diretas. E, por último, quando a opinião públicanacional assegurava de maneira sobeja o apoio àseleições díretas, quando os setores honestos do PDS sehaviam somado à Oposição, criando uma nova situação,o Governo, submetendo-se' às tcses de subserviência equerendo da!, continuidade ao regime condenado pelopovo, retirou, para vergonha de toda a Nação, a emendaque, votada, seria aprovada neste Parlamento, restabele­cendo as eleições diretas. Mas hoje, Sr. Presidente, esta­mos diante do fato do Colêgio Eleitoral, instrumentocriado exclusivamente para viabilizar a continuidade doregime pró-imperialista e subserviente que tantos danostem causado ao povo brasileiro. Esse Colégio Eleitoralfoi fabricado no momento em que o Governo dispunhade recursos os mais arbitrários possíveis. E a questão quese coloca hoje é se o PMDB e aqueles que constituem,como eu, dentro do partido, o grupo. "Só Diretas" parti­ciparã!) ou não desse Colégío Eleitoral.

Sr. Presidente, está criada, pois, uma questão para a .. reflexão dos Parlamentares. Ora, a luta pelas eleições di­retas nós a continuaremos - e firmamos compromísso aesse respeito - até que chegue O final desta Legislatura.A nossa luta pelas cleições diretas continuará até a suavíabilização. Entretanto, Sr. Presidente, é necessário ob­servar que, examinando bem a questão, temos que nosposicionar muito bem diante desse quadro, com o objeti­vo firme de garantir o avanço constantc da luta pela de­mocratização e pelas transformações econômicas e so­ciais que jamais se converterão em realidade pelo candi­dato do continuísmo, o Sr. Paulo Salim Maluf.

Tem o aparte o nobre Deputado Virgildásio de Senna,Líder do nosso partido.

o Sr. Virgildá.io· de Senna - Nobre Deputado Aluí­zio Bezerra, V. Ex' merece, nesta Casa, de todos nós o

Sábado 18 8049

maior respeito pela luta que realiza - luta dura, difídl- no Estado do Acre. A palavra de V. Ex', além dosatributos pessoais de inteligência, de honradez, de cultu­ra de que é ornado, ga(lha mais esta dimensão - dimen­são do companheiro que tem sustentado uma luta dura edifícil. Permito-me roubar alguns minutos do scu pro­nunciamento para dizer que a posição de V. Ex' é a damaioria de nosso partido, é a daqueles que permanecemna luta pelas eleições diretas até a undécima hora, daque­les que compreendem - e já o disse hoje, na qualidadede Vice-Líder do nosso partido - que sustentar a ban­deira das eleições diretas, é a forma de dar legitimidade àPresidência da República e qualquer cargo executivo,seja a que nível for. Não estamos dispostos a cair' infan­tilmente em armadilhas. Todavia, se na undécima hora areformulação de tudo isto·que aí está, enfim, se a implan­tação da democracia no nosso País exigir caminhos quenão são aqueles que escolhemos, nós iremos percorrê­los, porquc necessário para a libertação do nosso Paísdeste quadro de miséria, de abandono, de desgoverno, deincapacidade, de impropriedade, de corrupção - tudoisso que representa este Governo, este sistema contra oqual estamos lutando há 20 anos. V. Ex', nas suas propo­siçõcs, tem o nosso apoio e O nosso respeito. Comparti­lharmos dessas posições, manteremos alta a bandeira daseleições diretas, que é nossa e que queremos vcr tremularno Palácio do Planalto e no Palácio da Alvorada.

O SR. ALUIZIO BEZERRA - Agradeço a V. Ex' oaparte, que enriquece meu pronunciamento, e o incorpo­ro ao meu discurso. V. Ex' contribui de maneira decisivana manifestação que faço, neste dia e neste momento im­portante da história de nosso País, do nosso posíciona­menta com relação ao processo de sucessão do Presiden-te da República. .

O Sr. NilllOn GibllOn - Nobre Deputado Aluízio Be­zerra, permite-me'a honra de um ligeiro apar.te?

O SR. ALUIZIO BEZERRA - Nobre Líder do PDS,Deputado Nilson Gibson, darei logo o aparte a V. Ex',com muito prazer. Desejo apenas concluir meu pensa­mento.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, o Colégio Eleitoralnão foi criado por nós. Queremos destruir o ColégioEleitoral. Por que a destruição do Colégio Eleitoral?Porque ele impede O povo brasileiro de eleger legitima­mente o Presidente da República. Sr. Presidente, não sejustifica que o Governo Federal defenda a manutençãodo Colégio Eleitoral simplesmente para não submeter aocrivo do voto popular, com a participação de todos osbrasileiros, a questão da escolha do mais alto dirigenteda Nação. Isto é muito importante.

Agora, quando defendermos as eleições diretas, não ofazemos abstratamente. Defendemos eleições diretasporque elas propiciam ao povo a oportunidade da parti.cipação na luta pelas transformações econômicas e so­ciais com o objetivo de elevar suas condições de vida. ti'nesse sentído que apoiamos e defendemos firmemen~

eleições diretas, e continuamos a defender. Entretanto,se até à última hora não forem elas viabilizadas, seremosobrigados a tomar uma posição que, podemos anunciar,terá como objetivo garantir a luta pelo avanço constantedo processo de democratização .e das transformaçõescconómicas e sociais profundas exigidas pelo povo brasi­leiro.

Concedo o apartc ao nobre Deputado Nilson Gibson.

O Sr. Nilson Gib~n - Nobre Deputado Aluízio Be­zerra, V. Ex' aborda e defende a continuidade da rede­mocratização do País. Dentro dessa colocação, V. Ex'afirmou que era favorávcl às elcições diretas e que, em­bora contrário à participação no Colégio Eleitoral, neletormaria parte, para que esse processo de redemocrati­zação não seja paralisado, V. Ex' disse também que de­veria haver uma nova mentalidade política, não mais decontinuísmo, e que o nosso companheiro Deputado Pau-

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lo Maluf representa a continuidade do Governo do Pre­sidente Figueiredo. Inicialmente, quero ressaltar que V.Ex' cometeu lamentável equívoco, ao dizer que as Opo­sições não contribuíram para a criação do Colégio Elei­toral. Há um equívoco, nobre Depuiado. O CongressoNacional - as oposições inclusive - apreciou a Emen­da Constitucional n9 22, datada de 29 dejunho de 1982; amatéria foi discutida, votada e promulgada por todos osmembros desta Casa. Outras emendas, que cu poderialembrar a V. Ex' - a da anistia, a da adoção do pluri.partidarismo, a do aumento semestral para o trabalha­dor, a do usucapião especial, enfim, uma gama de outrasemendas - as oposições também discutiram, votaram epromulgaram. Veja V. Ex' que, infelizmente, houve umequívoco. A manutenção do Colégio Eleitoral, co~o mereferi, teve a participação das oposições. Com relação ircontinuidade do Governo do Presidente Figueiredo atra­vés do nosso companheiro, futuro Presidente da Re­pública, Paulo Salim Maluf, eu concordo que haja tam­bém um seguimento no planejamento governamental;todavia, com novas modificações, com outras posiçõesno que tange às de linhas de ação, tanto no campo eco­nômico como no psicossocial, quer na área política, querna militar. Têm que haver determinadas modificaçõesem tudo isto, .porque o Deputado Paulo Maluf é empre­sário e, nesta condição tem uma visão diferente de outrosque ocuparam o cargo de Presidente da República. Ago­ra queremos, para concluir o nosso aparte, mostrar quehá um contra-senso quando V. Ex' diz que não quer acontinuidade do Governo do Presidente Figueiredo.Não é verdade. V. Ex' está dizendo isto apenas aqui, ex­ternando uma coisa que não é racional, porque o Seupartido quer realmente a continuidade do Governo doPresidente Figueiredo. O Deputado Paulo Maluf não. S.Ex' quer realmente dar prosseguimento, em alguns pon­tos, a planejamento governamental do Presidente Figuei­redo, mas com certas modificações, dentro da visão dele,da ótica dcle, Paulo Maluf. V. Ex', sim, quer li continui­dade do atual Governo. Um exemplo: o nosso ex­Presidente do PDS, José Sarney, é o seu candidato aVice-Presidente V. Ex' está bem lembrado de que o can­didato à Presidência da República pelo seu Partido, o ex­Governador de Minas Gerais - segundo informaçõesoriundas desse Estado - hoje não tem 74, mas 77 anos,de acordo com o batistério divulgado na campanha peloex-Ministro Eliseu Rezende. Quer dizer, por causa daidade, dentro do processo biológico, ê bem possível quevá, S. Ex' em poucos meses ou em alguns anos, entregara Presidência a José Sarney. Com isso não quero desejarde maneira alguma, o passamento do ex-Governador deMinas Gerais, nem quero dizer que ocorrerá o mesmoproblema que houve em relação a um Papa, quando sealegou que foi envenenado. Em hipótese alguma. Masoutro exemplo que quero dar é quanto a um Senador domeu Estado, Sr. Marco Maciel. V. Ex' sabe, pois o co­nhece de perto, o Senador Marco Maciel foi Presidentedesta Casa. Ele nasceu em abril de 1964. Vou repetir: oSenador Marco Maciel nasceu politicamente em abril de1964. Com a idade de vinte anos ele assumiu uma Secre­taria de Estado, em decorrê~cia da deposição do ex­Governador Miguel Arraes, quando o Sr. Paulo Guerraassumiu o Governo de Pernambuco. A pãrtir daí, donascimento político, O Sr. Marco Maciel foi DeputadoEstadual, indicado por Nilo Coelho; foi Deputado Fede­ral, indicado por Etelvino Lins, porque ele não tinha evi­dentemente nenhuma herança política de votos. Foi Pre­sidente desta Casa, como V. Ex' sabe, indicado pelo ex­Presidente Ernestro Geisel, que praticamente exigiu tam­bém que se votasse no Senador Marco Maciel para Presi­dente da Cámara dos Deputados. Depois, cle foi nomea­do Governador de Pernambuco. Hoje V. Ex's estão debraços dados com aqueles homens que nasceram da Re­volução e nela se criaram politicamente. Não quero falarsobre o Senador Guilherme Palmeira, ou sabre o Vice­Presidente Aureliano Chaves, que, todos nós ":Ibemos,foi Deputado Estadual, Deputado Federal, Governador

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

nomeado pela Revolução, Vice-Presidente nomeado pelaRevolução. Hoje esses homens traíram a Revolução e es­tão com V. Ex' Diz V. Ex', de maneira bastante impo­nente;. "Nós queremos a redemocratização; não quere­mos a continuidade do Governo Figueiredo". não enten­do.

O Sr. Aluízio Bezerra - Entendi perfeitamente a argu­mentação inteligente de V. Ex' Sua inteligência merecesempre meu respeito e minha consideração. Entretanto,não importa que esses setores tenham traído a Revo­lução de que V. Ex' fala, que para nós foi um golpe de es­tado.

O Sr. Nilson Gibson - V. Ex' diz que estamos numperíodo de transição.

o SR. ALUIZIO BEZERRA - V. Ex' reconhece, nofinal que eles trairam a Revolução para se unir ao povona luta popular travada pelos partidos de oposição. Voudar'um exemplo muito conhecido, ou seja, a Revoluçãode Portugal, de 25 de abril, quando aqueles militares quesustentaram uma das ditaduras mais antigas de sua his­tória, deixaram o papel de repressores para unir-se aopovo na luta de libertação. Estamos assistindo a maisuma passagem da história em que setores desiludidos doPDS, homenshonestos, se unem à Oposição na luta pelaredemocraticação de nosso País. Essa luta não é para darcontinuidade ao regime do Presidente Figueiredo, mas,sim, ao programa do Partido do Movimento Democráti­co Brasileiro, juntamente com os demais partidos deoposição e Fren!e Liberal, que, sensível à oponião públi­ca nacional, merece todo o nosso respeito. E temos umamissão histórica: libertar o País do regime pró­imperialista, regime conservador e defensor dos interes­ses das multinacionais. E esta é a posição do ilustre Sena­dor José Sarney, do Senador Marco Maciel e tantos ou­tros. Inclusive V. Ex', se quiser participar da luta de li­bertação do povo, será bem-vindo. Temos um programapara libertar o País, que está submetido às multinacio­nais. Não apreciamos o nome da pessoa, mas a sua po­sição política em função do momento histórico, e estehoje, é o momento da luta pela libertação, pela transfor­mação econômico-social. da luta para revogar o regimedo Colégio Eleitoral e para defender as eleições diretas.para que o povo brasileiro possa participar e deeidirsobre as transformações, através de um Presidente legiti­mamente eleito, que convoque uma Assemhléia Nacio­nal Constituinte, que reconquiste a dignidade Jlacionaldiante dos bancos internacionais. O regime que aí estánão vai fazer isso, mas sim, a Oposição: O PMDB. junta­mente com os partidos de oposição e a Frente Liberal.Fa-Ia-emos porque o nosso sonho é realizar vontade de­terminada do povo brasileiro.

Onça o nobre Deputado França Teixeira.

O Sr. França Teixeira - Nobre Deputado Aluízio Be­zerra, quero cumprimentá-lo pelo seu pronunciamento e,neste instante, acoplar a ele um apelo ao Sr. Presidenteda República, que, se pecados tem, pode ser absolvido,neste momento, pelo povo, se tomar a medida que a His­tória reclama, que é justamente a realização das eleiçõesdiretas, livres e soberanas imediatamente, neste País. Di­ria a V. Ex', complementando o seu pronunciamento,que até o Uruguai, país-irmão, que tem sofrido anos deescuridão democrática e de cerceamento das liberdades,já vai realizar as suas eleições diretas no mês de no­vembro. E verifica-se um gesto magnífico de um dos pro­váveis e possíveis vencedores, o ex-Deputado WilsonAdunate, que se auto-impediu de concorrer nesse pleito,v"ra que a tran5ição para a liberdade e para a democra­cia na'luek país seja mais fácil e tranqilila. Aproveito opronunciamento de V. Ex' para fdl~r este apelo ao Presi­dente João Figueiredo, pata que S. Ex' entre para a His­tória não pela janela mas pelo umbral da porta principal,criando condições de r~'gatar o País desse instante deangústia e de amargura que ele está vivendo, com a pro-

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moção imediata das eleições diretas. livres c soberanas.Temos que lembrar. também que o povo pode ser analfa­beto, mas não lo burro. Inteligência não é sinônimo decultura. Conheço muitas figuras, neste País, profunda­mente culto, porém burras. Conheço outras pessoasanalfabetas e sumamente inteligentes. Então, é neces­sário alertar os membros da Frente Liberal, assim comoos partidos de Oposição, para o extraordinário cuidadoque devemos ter com a chamada credibilidade popular.Em determinados Estados, pactos estão sendo formadosa nível suprapartidário, que não convencem os eleitores,porque as seqilelas, as cicatrizes 'que ficaram das eleiçõesde 1982 foram muito profundas. Por exemplo, no meuEstado, a Bahia, não posso entender que participem domesmo projeto, do mesmo programa, os Srs. RobertoSantos e Antônio Carlos Magalhães. Vivi de perto o dra­ma nas eleições de 1982, nas trincheiras empoeiradas nointerior do Estado, nos labirintos c nas vielas da minhavetusta Capital, Salvador.De modo que, nós, políticos,precisamos fazer um pedido ao Presidente João Figueire­do, para que entre definitavamente para a História, pro­movendo as eleições diretas. Nós, políticos. precisamoster cuidado com uma coisa, que é muito importante: achamada credibilidade popular. Louvo V. Ex' pelo seubrilhante pronunciamento.

O SR. ALUIZIO BEZERRA - Agradeço a V. Ex' oaparte, que ilustra e enriquece o meu pronunciamento.

Sr. Presidente, Srs. Deputados, é claro que o Líder doPDS está confuso, como confuso está toda a Liderançado Governo diante das deserções de membros tão impor­tantes do seu partido. Como poderia explicar à opiniãopública nacional como se formou a Frente Liberal.apoiando um programa que prega as eleições diretas?Como justificar, perante a opinião pública nacional, aexistência desse instrumento político-partidário? EmSantos. numa votação esmagadora, o candidato doPMDB, venceu, deixando apenas 3% dos votos para opartido oficial. Aí estão os reflexos da defesa de umacampanha antipopular. Ante a possibilidade de dar con­tinuidade ao ~egime subserviente e pró-imperialista. de­vemos dar seqilência à eleição de um Presidente pela viade um Colégio Eleitoral, partindo do pressuposto de quepoderia ser vitorioso a candidatura continuísta? Ora,neste instante, ela está frutrada, porque setores honestosdo partido do Governo, sensibilizados pelos seus eleito­res, deixam aqucla posição partidária e se unem,voltando-se para o clamor nacional. Há uma frentepolítico-democrática em busca da reconquista da grandecampanba à luta pelas eleições diretas. É um dos pontosque defendemos junto ao candidato Tancredo Neves, nosentido de que sejam restabelecidas no mais curto espaçode tempo.

Para concluir, Sr. Presidente, as transformações eco­nômicas e sociais exigem, Sr. Presidente, essa posiçãodiante do Colégio Eleitoral. Se não for possível chegar­mos às eleições diretas, poderemos até passar pelo Colé­gio Eleitoral, apoiando Tancredo Neves para inviabilizaro candidato continuísta, pró-imperialista, subservientc·emantenedor da política atual do País. Iremos utilizar ofeitiço contra o feiticeiro, não porque Tancredo Neves sesinta candidato do Colégio Eleitoral - e passe adefendê-lo - mas para que possa restabelecer eleiçõesdiretas no mais curto espaço de tempo, para que possaconvocar uma Assembléia Nacional Constituinte e aNação possa se livrar da legislação repressiva e antipo­pular ainda existente.

Sr. Presidente, é necessário que se defina de uma vezpor todas uma política com relação ao Fundo MonetârioInternacional, através de declaração de r"ciratória unila­,eral da dívida c>.terna uLl uma outra medida dirigida areconquistar a dignidade do povo brasileiro Giante dosb:mqt;ciros internacionais, evitando qu~ CllT.l Ana MariaJ uI. delegada dos banqueircc internacionais. "cnha de­vossar os órgãos da Secretrria de Planejamento

elocal,

onde os Parlamentares não têm acesso, já que respostas

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não são dadas pelo Sr. Delfim Netto aos requerimentosde informação. Entretanto, esses dados são fornecidosaos delegados do Fundo Monetário Internacional.

Sr. Presidente, é preciso que se resolva, de uma vez portodas, o problema da reforma agrária, para que traba­lhadores não continuem morrendo, como está aconte­cendo no Pará. Não se justifica que na rcgião amazônica,dois terços do território brasileiro, não haja terras paraos trabalhadores, se às multi nacionais são concedidos500 mil, ou um milhão de hectares. Até há pouco tempoa Jari Florestal possuía ou reivindicava ali 3 milhões dehectares. No meu Estado, hoje, a Bordon, num confron­to direto com trabalhadores, em plena selva amazônica,está querendo afastar mais de cem deles de suas terras. Eo confronto está armado, contra um Governador doPMDB - O que denuncio aqui, nesta oportunidade ­porque o Governo federal pode tentar justificar uma in­tervenção. Os trabalhadores, rcagindo c defendendo legi­timamente o direito de manter-se nas terras que ocupama tantos anos, enfrentando mais de 40 jagunços da Bor­dan , numa deciF:ào de sobrevivência, queimaram osacampamentos daquela empresa, depois que ela determi­nou um desmatamento que implica a derrubada de cas­tanheiras e seringueiras, o que impede a exploração doextrativismo.

Aqui fica, pois, Sr. Presidente, nesta ocasião em qúe sediscutem essas grandes questões nacionais o problemada reforma agrária. Para concluir, diria que esses pontosbásicos que devem ser, juntamente com esse programamínimo dessa Frente amplamente discutida em toda aNação. Se não pudermos eleger diretamente o Presidenteda República, que o povo brasileiro possa eleger o pro­grama que necessita para sair da miséria em que se en­contra. Esse é o compromisso que exigimos do nossocandidato, que discuta esse programa de transformações

.eeonômieas e sociais amplamente, em toda a Nação,para que esse programa tenha amplo respaldo. Sabemosque os interesses são poderosos. Não é possível que,diante de uma transição que nos favoreça, eomeçe a ha­ver a preparação da dificultação de um governo. Pararesponder a isso, é necessário que o programa tenha am­plo respaldo popular para esmagar qualquer pretensãoisolaeionista, divisionista, entreguista e anti­democrática.

Sr. Presidente, quero dizer que não podemos deixar deolhar para a situação latino-americana. Devemos ter umprograma voltado para os países em vias de desenvolvi­mento e travar boas relações com os países do Bloco So­cialista. Tenhamos uma política própria para a AméricaLatina, de integração econômica; tenhamos uma posiçãofirme com relação aos Estados Unidos, para se evitar,como fizeram, uma invasão em Granada, dando um ba­nho de sangue na sua população. O mesmo se preparaem Honduras. O bloco de países latino-americanos deveprocurar uma saída política para o problema da Nicará­gua. Queremos render nossas homenagens ao Ministroda Agricultura da Nicarágua, que visita hoje o Brasil eprocura, junto ao Ministério das Relações Exteriores,junto aos órgãos técnicos deste País apoio para o desen­volvimento da sua agricultura, agricultura do desenvol­vimento, para responder aos problemas daquele País.

Sr. Pr,esidente, fazemos um apelo a todos os setoresnacionalistas das Forças Armadas, aos mais diferentessetores da população, aos trabalhadores, aos estudantes,aos técnicos, aos cientistas, à comunidade da oponiãopública nacional, aos pequenos c médios empresários, àIgreja popular, preocupada com problemas de mudança,para apoiarem na luta e na discussão um programa detransformações econômicas e sociais na luta pela rede­mocratização que possibilite sair da miséria em que seencontra larga maioria do povo brasileiro, depois de vin­te anos de regime pró-imperialista, impopular e subser­viente, que pretende agora ter continuidade com PauloMaluf. A resposta será apoiar Tancredo para impedir a

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seçào I)

continuidade do 'caos que vem há vinte anos se alastran­do e criando problemas para o povo brasileiro. (Palmas.)

o SR. DJALMA BOM (PT - SP. Pronuncia o se­guinte discu~so.) - Sr. Presidente, Srs. Deputados, umaolhada na história política brasileira mostra que, nosmomentos mais agudos e críticos - portanto os que pos­sibilitariam mudanças na estrutura política - os setoresdominantes souberam encontrar alianças conciliadoras,sempre "por cima", cntre os grupos que participavam doPoder, excluindo quaisquer possibilidades de atuaçãodos trabalhadores.

Assim foi em 1946, quando até mesmo o partido co­munista brasileiro foi reconhecido e legalizado - elaroque por curto tempo, apenas o suficiente para a acomo­dação e tomada de fôlego das elites da época.

Assim foi em 1964, quando, em nível contincntal, sedefendeu a doutrina na segurança nacional, inspiradapelo capitalismo internacional e mantida pela CIA e pelogoverno dos Estados Unidos,

Naquela época, o País atravessava um período de va­lorização de sua cultura, e de tomada de cooseiência.Isso foi cortado de forma radical e bruta, mistificando-sca opinião pública com o eterno fantasma da comuni­zação, da preparação de uma república sindicalista e emnome do saneamcnto da corrupção da inflação e da divi­da externa.

Pela segurança nacional deu-se o golpe de estado, oque não se divulgava, pelo contrário, era segredo reser­vado aos iniciados, era o projeto político tramado entreo capital nacional e o internacional c que, para se concre­tizar, precisava do respaldo de uma forte estrutura depoder local. Esse, o papel que começariam a desempe­nhar as Forças Armadas no Brasil (e no resto da Améri­ca Latina): assegurar a transformação do País e dotá-lode infracestrutura necessária à aplicação garantida e alongo prazo do capital internacional.

As transformações que se deram não se deram semviolência. As vozes denunciando o que acontecia forammetodicamente caladas. Políticos cassados. Ex­lideranças estudantis, sindicais, religiosas, artísticas, in­telectuais, foram coagidas. Brasileiros presos, tortura­dos, exilados, perseguidos e mortos.

Era parte importante do plano - e lhe assegurava oflorescimento - a garantia de uma farta e disponívelmão-de-obra barata, conseguida através do sistemáticoarrocho salarial. Em conseqüência, o movimento sindi­cal foi esmagado. Implementou-se a criação do fundo degarantia por tempo de serviço - FGTS - para justificara eliminação, de forma autoritária, da estabilidade nocmprego; instituiu-se a Lei de Greve par impedir a resis­tência dos trabalhadores.

A lei do País transformou-se na lei da selva. A lei domais forte. Mudava, atendendo aos interesses de auto­conservação do grupo no poder. A Constituição foi reta­lhada e as emendas e atos institucionais se tornaram lu­gares comuns. Convivemos com a censura, às denúncias,c com a figura do informante infiltrado.

A reforma de ensino, ·de inspiração estrangeira ­acordo MEC - USAID é parte, também deliberada des­se projeto imposto pelos golpistas de 64. Trocam-se asdiretrizes. Orienta-se ensino para suprir o mercado detrabalho. Professores e profissionais das áreas sociaiseram subprodutos das Universidades, mal pagos, exer­cendo funções de menor importância.

É a época dos técnicos, dos engenheiros, dos econo­mistas, dos administradores de empresas. O País, nocrescimento proposto dentro da ordem e do progresso,precisava deles. O esforço desses trabalhadores, no en­tanto, não reverteu para o bem-estar e a volorização in­ternas, já que o crescimento reforçou a dependência ex­terna, da qual, hoje, a dívida nacional e as atuais relaçõescom o FMI são conseqüências. ' .

A década de 70 e a década do famoso bolo que hoje sa­bemos quem comeu - pendurando no armazém estran·

Sábado 18 8051,

geiro a conta da compra dos ingredientes e aceitando osjuros impostos pelo dono do boteco.

Então, o uso intensivo dos defensivos agrícolas, neces­sários, pelo desequilíbrio ecológico, fruto das monocul­turas, dos reflorestamentos, do cansaço da terra e dapobreza das técnicas de plantio utilizadas, enveoenaram,os produtos da alimentação de nosso povo.

A modernização da agricultura e o latifúndio, expul­sando da terra o pequeno proprietário1 acirraram o cres~

cimento das cidades; e, nessas, os cinturões de miséria, ecom isso a violência.

Os bancos, as indústrias nascentes, o comércio, a pres­tação de serviços, a terra, foram desnae·onalizados.

Com o fim das ilusões do milagre econômico, e enfren­tando a "surprêsa" da crise do petróleo, atravessamos adécada, já com promessas leotas, graduais' e seguras dedemocratização, e entramos nOS anos 80 com o Governodo General João Figueiredo pressionado pelo crescimen­to dos movimcntos operário e popular promentendo aabcrtura política. As juras de ascensão social feitas peloregime às camadas médias da população foram apenasum engodo.

O desequilíbrio no sistema financeiro internacional, oapetite insaciável do capitalismo e a ausência de um pro­jeto econêmico enraizado nos verdadeiros interesses na­cionais levam o Pais a defrontar-se com a rcalidadc: esta­va falido, endividado. O Go\'erno consegue ocultar, atéas eleições de 82, o verdadeiro estado da situação finan­ceira.

Os abusos do poder económico e do poder público sãodecisivos para os resultados elcitorais. A manutcnção doregime justifica o emprego de todos os meios, desde cam­panhas sórdidas contra os candidatos do PMDB, quechegam até aos ataques pessoais, de que são exemplosSão Paulo e Pernambuco, até ao uso de meios mais sofis­ticados, como a manipulação de dados pelo PROCON­SULT, no Estado do Rio, tentando-se evitar a eleição deLeonel Brizola.

Mas já estava cumprrdo o periodo de assentamento doprojeto de internacionalização de nossa economia. Astransnacionais tinham aprendido que, mais do que as di­taduras violentas, governos "formalmente" democráti­cos e estáveis eram interessantes a seus propósitos.

O regime não descuidava de organizar-se para a tran­sição. Os Senadores biônicos, as mudanças na compo­sição do Colégio Eelitoral, a Lei dos dois terços, a pro­porcionalidade no Congresso de representação dos Esta­dos, a manutenção do centralismo econômico foram al­gumas das medidas adotadas para a realização de seuprojeto.

É subestimar-se o Presidente Figueiredo julgá-lo, hoje,distante dos cordéis que determinam as decisões políti­cas. Seu passado, sua folha de longos e eficientes serviçosao regime, de chefia do Serviço Nacional de Informaçãocapacitam-no para a confiança do seu grupo.

Esse projeto de transição do regime, no entanto, foiatropelado pela campanha das diretas.

O povo nas ruas condicionava o tom dos pronuncia­mentos que se radiealizavam na promessa de 'diretas já,de repúdio ao Colégio Eleitoral, de um Brasil com opovo e para o povo. Abriam-se espaços para a organi­zação e a discussão coletivas e para a colocação de pro­postas políticas novas. Cresce a figura do Presidente g,pPartido dos Trabalhadores, o Lula, avalizando a fala ®sGovernadores e evitando-lhes, lealmente, vaias.

Com as diretas, estivemos a poucos passos da conquis­ta da verdadeira participação popular nos destinos na­cionais, não pela votação da Emenda Dante de Oliveira,mas pela força do movimento popular, bonito e crescen­te. Por scmanas, verdadeiramente a Nação ameaçou oEstado. E a resposta do sistema, representado pelas suasdiferentes forças no Governo e na Oposição moderada,foi imediata: tirar o povo da rua, das praças; esvaziar oscomitês pró-diretas; definir o Congresso Nacional comoarenaprúpria para o encaminhamento da sucessão.

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.8052 Sábado 18 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I) Agosto de 1984

o Sr. Virgildásio de Senna - É que V. Ex' colocouaqui e agora a questão.

O Sr. Virgildásio de Senna - Eu respondo...

O SR. DJALMA BOM - Nobre Deputado, gostariade prosseguir com o meu discurso, porque disponho deapenas 5 minutos. Gostaria que, depois do dia 15 de ja­neiro, a sua resposta e a sua justificativa fossem dadas atodo o povo brasileiro.

durante a campanha pelas eleições diretas, o nobre De­putado foi testemunha de que 96% da população brasi­leira desejava, como deseja, exercer o seu direito sagradode eleger o futuro Presidente da República. Acreditamosque existem muitas possibilidades de tornarmos realida­de esses desejos do povo. Temos, para serem votadas, asduas .emendas - veja V. Ex' que são dois Deputados dopróprio PMDB - pelas eleições diretas. Existe tambéma possibilidade de negação, de nossa parte, da regula­mentação do Colégio Eleitoral.

O SR•. D-lALMA BOM - Mas ficamos surpreendi­dos, nobre Deputado, porque o PMDB, no primeiro en­ftentamento - se é que existiu esse cnfrentamcnto - sedesloca do seu verdadeiro campo de atuação, que é apraça pública, que são as ruas, e vai jogar num campofortemente favorável aos nossos inimigos e adversários.O nobre Deputado não pode ignorar a grande capacida­de de corrupção que tem o Deputado Pjlulo Malur. Que­ro dizer-lhe que o PMDB joga nas eleições indiretas peloColégio Eleitoral toda a sua responsabilidade. Não que­ro discutir se é válida ou não a participação do PMDBno Colégio Eleitoral. Mas, se o Sr. Paulo Maluf ganharas eleições cm 15 de janeiro, quero ver qual ajustificaçãoque o PMDB vai apresentar à grande massa. Esta é agrande questão.

Lutamos por essasO Sr. Virgildásio de Sennaemendas.

o SR.. DJALMA BOM - IMas isso fiea para depois.Ê uma indagação para o futuro. O Partido dos Trabalha­dores insiste nas diretas, denuncia o paeto de elites que seestá consumando e que é expresso através das duas can­didaturas, e reafirma que somente as eleições diretaspara a Presidência da República comprometerão os can­didatos na transformação do País, ligando-()s às massaseleitorais.

A falta de consciência, ou a leviandade em se entenderisse!, será paga com o preço incomensurável pelo País,

Os ataques à nossa "posição radical" são a posturacostumeira e esperada da classe dominante, fruto do cen·tralismo cultural, que não lhe permite admitir outra vi­são do mundo que não a sua.

Mas, para quem não viveu o paraíso consumista domilagra brasileiro, para quem, com trabalho e privações,costurou uma história de classe, sedimentada após 64,para quem paga o alto preço imposto pelo capitalistmoselvagem para manter seus exércitos em terras estrangei.ras e suas indústrias bélicas, a realidade do País não é amesma das lideranças da Frente Liberal, nem da AliançaDemocrática.

Não vemos democracia em suas posições; vemos opor­tunismo. Depois de 20 anos de silêncio, abandonaram àprópria sorte o partido que lhes proporcionou incontá­veis benesses. na perspectiva de continuarem participan­do do poder.

Mas vemos tentarem passar à classe trabalhadora umatestado de incapacidade política, ao falarem por nós epor nós decidirem os preços das casas, as condições daprevidência, o que será legal ou ilegal na vida sindical. Éclaro que não será através da ditadura nem dos entendi­mentos entre HLiberais" e "Democrátas" que. se dará areconquista das condições democráticas. Os coveiros dacampanha pró-diretas já temem a Democracia. Elanão éuma aspiração burguesa. É aspiração popular e tem seus

, O Sr. Virgildásio de Senna.~ Nobre Deputado Djal­ma Bom, estou ouvindo-o com todo o respeito e tenho opronunciamento de V. Ex' na mais alta conta. Evidente­mente, a contestação é uma forma de fazer política, masnão é toda a política. Política é fornecer caminhos; é en­contrar soluções; eapresentar propostas efetivas. Nós,do PMDB, estamos solidários com a luta dos trabalha­dores brasileiros. Nós os defendemos, ao longo do perío­do mais negro da ditadura neste País, c levantamos abandeira da liberdade e autonomia sindical, de melhoressalários para o trabalhador e de organização livre da so­ciedade brasileira. Mas há dois caminhos, nobre Deputa­do, para a realização disso, somente dois: o caminho'ins­titucional e O caminho insurreicional. Nosso partido op­tou pela Iuta institucional, por derrotar no seu covil issoque aí está dilacerando o povo, c o derrotaremos utili­zando o veneno como contraveneno. Temos, para isso,uma proposta, que não é a denúncia vazia, É a denúnciaatravés da luta em todos os caminhos e em todos os cam­pos, onde for possível. Não vamos permitir que o povobrasileiro caia no alçapão armado pelos seus adver·sários, que a nossa luta pela eleição direta - a luta dopovo brasileiro por mudanças - seja impedida por ar­tifícios, como o de nagá.la onde ela nos for oferecida.

N obre deputado, nós - e nisso está o grande equívo­co - não somos a Oposição. O PT não é a Oposição, OPMDB não é a oposição: Oposição é o povo brasileiro,que quer mudanças, que exprime, através da sua repre­sentatividade, o que deseja que seja feito. Assisti, há cer­Ca de oito dias, a 1.230 sindicatos deste País, represen­tando uma parcela altamente significativa dos trabalha­dores, levar sua palavra de confiança ao GovernadorTancredo Neves, não por si, mas pela proposta de lutaem prol da libertação dos trabalhadores, da libertação denossa Pátria, da democratização deste País que ele encar­nava naquele iO$tante. Desta tribuna, assisti ao nossotrabalhador, ex-Deputado cassado, Presidente do Sindi­cato dos Tr.\,balhadores de Refinação e Destilação de Pe­tróleo da Bahia, recentemente eleito num pleito em queconcorreram candidatos do seu partido, em que foi alta­mente vitorioso, trazer a sua palavra de estímulo e de in­centivo ao candidato Tancredo Neves pelo esforço queele empreende no sentido de democratizar este país. Res­peito profundamente as posições dc V. Ex', mas queroaprender, na conjuntura em que estamos vivendo, nosespaços estreitos em que temos de realizar a luta, que ca­minho V. Ex' nos oferece, E convoco-o para, junto como PMDB e com todas as forças da Oposição, a partir dapróxima semana, a irmos pressionar o Sr. Dalla para quecoloque em votação as emendas que estão na Casa poreleições diretas. Não queremos outra coisa. A bandeiraque V. Ex' levantar por eleições. diretas é a mesma quesustentaremos. Nós a queremos como ninguém mais aquer. V, Ex' não a quer !)lais do que nós. Peço a V. Ex'que se junte a nós para empreendermos esta batalha pe­las eleições diretas, mas que ela não se imobilize se asforças poderosas do bunker do Planalto quiserem que opovo brasileiro permaneça escravo por não conquistar­mos as eleições diretas.

Cinco meses nos separam das eleições indiretas peloColégio Eleitoral. O partido 'dos trabalhadores acreditana continuidade da luta pelas diretas já, seja através demecanismos institucionais - pela não-votação do proje­to de regulamentação do Colégio, que é tarefa específicado plenário do Congresso, seja pela apresentação, paravotação, da Emenda Theodoro Mendes -, ou entãopela negação de quorum na data de convocação para aseleições no Colégio Eleitoral.

Gostaria de ouvir o aparte do nobre ,colega.

O SR. DJALMA BOM - Nobre Deputado, não pos­so concordar, em parte, com algumas colocações feitaspor V. Ex' Acontece que não foram esgotadas todas aspossibilidades para que possamos atender a essas gran­des aspirações do povo brasileiro. Nesses últimos meses,

Os parlamentares, os Governadores, os Ministros, asLideranças dos partidos políticos, os empresáriostornaram-se os únicos autores das articulações para ogrande parto. E a montanha pariu o esperado: as candi­daturas indiretas do Sr. Maluf e do Sr. Tancredo Neves.Dois presidenciáveis. Dois projetos políticos em anda­mento, com o mesmo fim: o da conservação da essênciado sistema atual. A tragetória do Sr. Maluf, a aura decorrupção que o acompanha, a sistemática negociação,junto aos delegados do Colégio Eeleitoral nas tentativasde compra de voto, sua definição pela privatização dasempresas estatais, os nomes que lhe dão sustentaçãopolítica: Senador Roberto Campos, General Golbery doCouto e Silva, Ministro Abi-Achl, ex-Secretário HeitorAquino retiram, qualquer somra de credibiÍidade de su~spromessas de casa, trabalho e salário dignos.

Com sua ascensão, a malversação dos dinheiros públi­cos será feita com a mesma fria eficiência de seus temposde Governador do Estado de São Paulo c terá por objeti­vos sustentar os planos do grupo, o que já aconteceuCom a farsa da montagem da PAULIPETRO.

Por outro lado, não é à prudência nem à conciliação"voltada para os altos interesses da Nação" que se devea aliança do PP e dos dissidentes do PDS, via PMDB. Ê,sim, ao velho instinto da classe dominante brasileiraameaçada, pela força popular, em sua sobr~vivência.

O Governador Tancredo Ne\'es não está conciliandopressionado pela Frente Liberal ou pelo Regime, em suaproposta moderada de transição. O Governador Tanere­do Neves é um moderado e buscou a aliança que refletesua disposição política; no terreno qne lhe é próprio: oda moderação.

Resistem alguns bravos 'Parlamentares do PMDB àaliança incompreensível, mas deve-se entender a essênciadas forças que negociam. Não foi o PMDB progressista,mas o ultra-moderado que venceu as eleições de 82 e queno momento cerra fileiras em torno da candidatura Tan­credo Neves.

Os pronunciamentos dos dois presidenciáveis nos en­cerramentos das respectivas convenções nada nos acres­centam de novo. Ao contrário, mantêm-se dentro da me­lhor tradição política brasileira. de tudo prometerem.

Falaram os dois com um olho no padre e o outro namissa. Têm de ser confiáveis ao Regime e querem serconfiáveis à Nação.

Cada qual em seu estilo. Agressivo o Deputado PauloMaluf, tortuoso o Governador de Minas.

Os pronunciamentos são semelhantes em suas dife­renças. Abordam todos os pontos que são questionadospela sociedade brasileira. E nenhum dos projetos passoupor prévia discussão da população interessada.

Para nós, trabalhadores brasileiros, fica a certeza: à di­reita um, no centro o outro, os dois discursos são discur­sos da classe dominante, que, em duas posições, maisuma vez se outorga o direito de decidir o destino damaior parte da massa trabalhadora, hoje com 10 milhõesde desempregados,

Aprendemos, n6s, os trabalhadores do País, a ouvir e,depois de ouvir, a conviver com as conseqilências da dis­curseira ouvida. Aprendemos a não acreditar em pala­vras, mas a julgar os atos de quem as pronuncia.

Entendemos que não nos cabe falar pelo empresário,pelos militares, pelo grande proprietário. Nossa faia sai­ria falsa c seria inútil.

Assim, não consentimos que esses representantes daclasse dominante falem ou decidam por nós, ou determi­nem soluções para os problemas sociais sem o nossoaval.

Aprendemos, convivendo com· o desemprego, a mi­séria, a desagregação familiar, o analfabetismo, a doençae a fome, que a solução para a mudança destas dituaçõesdepende de nossa capacidade de resistência e organi­zação. '·Por cima" ~ naâa de permanente nos será acres­centado. É tarefa nossa a conquista da melhoria de nos­sas vidas e destinos.

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antecedentes em todos os movimentos de libertação queatravessam a História do País, como a Inconfidência Mi­neira e os Palmares.

A sociedade aprendeu a criar suas alternativas duranteesses anos de repressão. O movimento estudantil estavaamarrado: criaram-se os DCEs livres. O movimento sin­dical, preso ao Ministério do Trabalho e tutelado pelospelegos históricos. Nas últimas eleições do Sindicato dosMetalúrgicos de São Bernardo do Campo, com a vitóriada chapa de Jair Meneguelli, Lula, Vicentinho e JoséCândido - Todos metalúrgicos cassados - a categoriareconheceu, elegeu e confirmou-os como verdadeiras li­deranças.

Quando o Partido dos Trabalhadores propõe seu pro­grama e fala em reforma agrária sob o controle dos Tra­balbadores e em mecanismos para viabiliza-Iá em auto­nomia dos sindicatos, em seguro desemprego, em novaConsolidação das Leis do Trabalho, no fim das leis degreve, da Segurança Nacional, da Imprensa, da Lei Fal­cão; quando o Partido dos Trqbalhadores é solidáriocom as minorias discriminadas por sexo e cor; quandopropõe a abertura democrática à todas as correntes depensamento; quando se posiciona contra a intervençãodas forças americanas e profissionais na Nicaragua c emEI Salvador, o Partido dos Trabalhadores o faz respaldopor cinco anos de presença e lutas.

Como Parlamentar do Partido dos Trabalhadores,quero deixar consignado nesta Casa que a transição quese prepara - c contra a qual lutaremos com todas asfOff;as, até o fim, e para a qual, no costumeiro erro deavaliação histórica, então contribuindo as esquerdas em­butidas no' PMDB, não é transição. É, sob outra roupa­gem e maquilagem, o continuísmo do Sistema.

Assim como Sr. Deputado Paulo Maluf se desmenteatravés dos atos - agora mesmo, pudemos ler no jornal"Estado de S. Paulo" de que foi condenado pela Justiça,juntamente com seu chefe de campanha, pelo mau usodo dinheiro público enquanto Governador de São Paulo- a constelação de figurões que apoiam O projeto doGovernador de Minas Gerais nos dá a prova palpável dajusteza de nossa posição: Antônio Carlos Magalhães, Jo­sé Sarney, Armando Falcão, Francelino Pereira, MeiraMatos. Que mudança se pode esperar e por que se con­fiar nesses personagens?

Se nos fixamos em nomes, é apenas para sermos didá­ticos, já que o que está em questão, mais do que nomes,são os métodos escolhidos.

Acusa-se o meu partido por nos recusarmos a ir aoColégio Eleitoral, e com isso facilitarmos a vitória docandidato Maluf. O que não é verdade. Não somos os ú­nicos a deixar de comparecer ao Colégio, mas tambémoutros Deputados e Senadores, conscientes da gravidadeda conjuntura e conseqüentes com posições assumidascomo representantes de parcelas da população, tambémlá não comparecerão.

Não cumpriremos Oritual macabro, pelo qual se sacri­fica c apunhala a nacionalidade. Não são os Parlamenta­res do Partido dos Trabalhadores que, ea prichosamente,escolhem não ir ao Colégio; é todo um contingente dapopulação que, em suas assembléias, encontros, discus­sões de base, assim decidiu. O Partido dos Trabalhado­res não vai legitimar o resultado do Colégio Eleitoral. Aresponsabilidade disso não será nossa. Se isso, de umponto de vista, significa isolamento, é o isolamento a queas classes dirigentes nacionais estão destinando o seu po­vo.

De outro ponto de vista tem, o sentido de reafirmarnossa posição com a outra banda, aquela que nos inte­ressa ver passar vitoriosa, com a qual nos identificamos ena qual continuaremos inseridos, trabalhando, ãté o ins­tante de sua libertação. Aquilo em que cremos não de­morará.

Era o que tinha a dizer.

o SR. PRESIDENTE (Carneiro Arnaud) - Nadamais havendo a tratar, vou levantar a sessão.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

DEIXAM DE COMPARECER OS SENHORES:

Acre

Alércio Dias - PDS; Aluízio Bezerra - PMDB;Amilcar de Queiroz - PDS; Geraldo Fleming ­PMDB; José Mello - PMDB; Nosser Almeida - PDS;Ruy Lino - PMDB; Wildy Vianna - PDS.

Amazonas

Arthur Virgílio Neto - PMDB; Carlos Alberto deCarli - PMDB; José Fernandes - PDS; José Lins deAlbuquerque - PDS; Josué de Souza - PDS; MárioFrota - PMDB; Randolfo Bittencourt - PMDB; Vi­valdo Frota - PDS.

Rondônia

Assis Canuto - PDS; Francisco Erse - PDS; Fran­cisco Sales - PDS; Leônidas Rachid - PDS; MúcioAthayde - PMDB; Olavo Pires - PMDB; Orestes Mu­niz - PMDB; Rita Furtado - pn<:

Pará

Ademir Andrade - PMDB; Antônio Amaral- PDS;Brabo de Carvalho - PMDB; Carlos Vinagre ­PMDB; Coutinho Jorge - PMDB; Dionísio Hage ­PMDB; Domingos Juvenil - PMDB; Gerson Peres ­PDS; Jorge Arbage - PDS; Lúcia Viveiros - PDS; Ma­noel Ribeiro - PDS; Osvaldo Melo - PDS; RonaldoCampos - PMDB; Sebastião Curió - PDS; VicenteQueiroz - PMDB.

Maranhão

Bayma Júnior - PDS; Cid Carvalho - PMDB; Edi­son Lobão - PDS; Enoc Vieira - PDS; Epitáeio Cafe­teira - PMDB; Eurico Ribeiro - PDS; Jayme Santana- PDS; João Rebelo - PDS; José Burnett - PDS; JoséRibamar Machado - PDS; Magno Bacelar - PDS;Nagib Haickel - PDS; Sarney Filho - PDS; Vieira daSilva - PDS; Victor Trovão - PDS; Wagner Lago ­PMDB.

Piauí

Celso Barros - PDS; Ciro Nogueira - PMDB; Herá­clito Fortes - PMDB; Jonathas Nunes - PDS; JoséL~iz Maia - PDS; Ludgero Raulino - PDS; MiltonBrandão - PDS; Tapety Júnior - PDS; Wall Ferraz­PMDB.

Ceará

Aécio de Borba - PDS; Antônio Morais - PMDB;Chagas Vasconcelos - PMDB; Cláudio Philomeno ­PDS; Evandro Ayres de Moura - PDS; Flávio Marcílio- PDS; Furtado Leite - PDS; Gomes da Silva - PDS;Leorne Belém - PDS; Lúcio Alcântara - PDS; ManoelGonçalves - PDS; Manoel Viana - PMDB; MarceloLinhares - PDS; Mauro Sampaio - PDS; Moysés Pi­mentel - PMDB; Ossian Araripe - POS; Paes de An­drade - PMDB; Paulo Lustosa - PDS; Sérgio Philo­meno - PDS.

Rio Grande do Norte

Agenor Maria - PMDB; Antônio Câmara ­PMDB; Antônio Florêncio - PDS; Henrique EduardoAlves - PMDB; Jessé Freire- PDS; João Faustino­PDS; Vingt Rosado - PDS; Wanderley Mariz - PDS..

Paraíba

Adauto Pereira - PDS; Aluízio Campos - PMDB;Álvaro Gaudêncio - PDS; Antônio Gomes - PDS;Carneiro Arnaud - PMDB; Edme Tavares - PDS; Er-

Sábado 18 8053

nani Satyro - PDS; João AgripInO - PMDB; José Ma­ranhão - PMDB; Raymundo Asfora - PMDB; Tarcí­sio Buriti - PDS.

Pernambuco

Antônio Farias - PDS; Arnaldo Maciel - PMDB;Carlos Wilson - PMDB; Cristina Tavares - PMDB;Egídio Ferreira Lima - PMDB; Fernando Lyra ­PMDB; Geraldo Melo - PDS; Gonzaga Vaseoncelos­PDS; Inocêncio Oliveira - PDS; Jarbas Vasconcelos ­PMDB; João Carlos de Carli - PDS; José Carlos Vas­concelos - PMDB; José Jorge - PDS; José MendonçaBezerra - PDS; Josias Leite - PDS; Mansueto de La­vor - PMDB; Nilson Gibson - PDS; Oswaldo Coelho- PDS; Oswaldo Lima Filho - PMDB; Pedro Corrêa- PDS; Ricardo Fiuza - PDS; Roberto Freire -PMDB; Thales Ramalho - PDS.

Alagoas

Albérico Cordeiro - PDS; Djalma Falcão - PMDB;Fernando Collor - PDS; Geraldo Bulhões - PDS; JoséThomaz Nonô - PDS; Manoel Affonso - PMDB; Nel­son Costa - PDS; Renan Calheiros - PMDB.

Sergipe

Adroaldo Campos - PDS; Augusto Franco - PDS;Celso Carvalho - PDS; Francisco Rollemberg - PDS;Gilton Garcia - PDS; Hélio Dantas - PDS; JacksonBarreto - PMDB; José Carlos Teixeira - PMDB.

Bahia

Afrisio Vieira Lima - PDS; Angelo Magalhães ­PDS; Antônio Osório - PDS; Carlos Sant'Anna ­PMDB; Djalma Bessa - PDS; Domingos Leonelli ­PMDB; Elquisson Soares - PlvIDB; Eraldo Tinoco ­PDS; Etelvir Dantas - PDS; Felix Mendonça - PDS;Fernando Gomes - PMDB; Fernando Magalhães ­PDS; Fernando Santana - PMDB; França Teixeira ­PDS; Francisco Benjamim - PDS; Francisco Pinto ­PMDB; Genebaldo Correia - PMDB; Gorgõnio Neto- PDS; Haroldo Lima - PMDB; Hélio Correia ­PDS; Horácio Matos - PDS; Jairo Azi - PDS; JoãoAlves - PDS; Jorge Medauar - PMDB; Jorge Vianna- PMDB; José Lourenço - PDS; José Penedo - PDS;Jutahy Júnior - PDS; Leur Lomanto - PDS; ManoelNovaes - PDS; Marcelo Cordeiro - PMDB; Ney Fer­rcira - PDS; Prisco Viana - PDS; Raymundo Urbano- PMDB' Raul Ferraz - PMDB; Rõmulo Galvão ­PDS; Ruy Bacelar - PDS; Virgildásio de Senna ­PMDB; Wilson Falcão - PDS.

Espírito Santo

Hélio Manhães - PMDB; José Carlos Fonseca ­PDS; Max Mauro - PMDB; Myrthes Bevilacqua ­PMDB: Nelson Aguiar - PMDB; Nyder Barbosa ­PMDB; Pedro Ceolim - PDS; Stélio Dias - PDS;Theodorico Ferraço - PDS.

Rio de Janeiro

Abdias do Nascimento - PDT; Agnaldo Timóteo ­PDT; Alair Ferreira - PDS; 'Aloysio Teixeira ­PMDB; Alvaro Valle - PDS; Amaral Netto - PDS;Arildo Teles - PDT; Bocayuva Cunha - PDT; Bran­dão Monteiro - PpT; Carlos Peçanha'- PMDB; CelsoPeçanha - PTB; Clemir Ramos - PDT; Daso Coimbra- PMDB; Délio dos Santos - PDT; Denisar Arneiro

.- PMDB; Fernando Carvalho - PTB; Figueiredo Fi­lho --:: PDS; ,=ranc~~§_tuclart - PTB; Gustavo Faria- PMDB; Hamilton Xavier - PDS; Jacques D'Or­neÍlas - PDT; JG de Araújo Jorge - PDT; Jorge Cury- PTB; Jorge Leite - PMDB; José Colagrossi - PDT;José Eudes - PT; José Frejat - PDT; Lázaro Carvalho

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,8054 Sábado 18

- PDS; Léo Simões - PDS; Leônidas Sampaio ­PMDB; Marcelo Medeiros - PMDB; Márcio Braga­PMDB; Márcio Macedo - PMDB; Mário Juruna ­PDT; Osmar Leitão - PDS; Roberto Jefferson - PTB:Ruben Medina - PDS; Saramago Pinheiro - PDS; Se­bastião Ataíde - PDT; Sebastião Nery - PDT; SérgioLomba - PDT; Simão Sessim - PDS; Walter Casano­va - PDT; Wilmar Palis - PDS.

Minas Gerais

Aécio Cunha - PDS; Aníbal Teixeira - PMDB; An­tônio Dias - PDS; Bonifácio de Andrada - PDS; Car­los Mosconi - PMDB; Castejon Branco - PDS; Chris­tóvam Chiaradia - PDS; Emílio Gallo - PDS; EmilioHaddad - PDS; Fued Dib - PMDB; Gerardo Itenault- PDS; Homero Santos - PDS; Humberto Souto ­PDS; Israel Pinheiro - PDS; Jairo Magalhães - PDS;João Herculino - PMDB; Jorge Carone- PMDB; Jor­ge Vargas - PMDB; José Carlos Fagundes - PDS; Jo­sé Machado - PDS; José Maria Magalhães - PMDB;José Mendonça de Morais - PMDB; José Ulisses ­PMDB; Juarez Baptista - PMDB; Júnia Marise ­PMDB; Luís Dulci - PT; Luiz Baccarini - PMDB;Luiz Guedes - PMDB; Luiz Leal- PMDB: Luiz Sefair- PMDB; Magalhães Pinto - PDS; Manoel Costa Jú­nior - PMDB; Marcos Lima - PMDB; Mário Assad- PDS; Mário de Oliveira - PMDB; Maurício Campos- PDS; Melo Freire - PMDB; Milton Reis - PMDB;Navarro Vieira Filho - PDS; Nylton Velloso - PDS;Oscar Corrêa Júnior - PDS; Oswaldo Murta ­PMDB; Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS; Pimen­ta da Veiga - PMDB; Raul Belém - PMDB; Raul Ber-'nardo - PDS; Ronaldo Canedo - PDS; Rondon Pa­checo - PDS; Rosemburgo Romano - PMDB; SérgioFerrara - PMDB; Vicente Guabiroba - PDS; WilsonVaz- PMDB.

São Paulo

Adail Vettorazzo - PDS; Airton Sandoval- PMDB;Airton Soares - PT; Alberto Goldman - PMDB; Alci­des Franciseato - PDS; Armando Pinheiro - PDS;Aurélio Peres - PMDB; Bete "Mendes - PT; CardosoAlves - PMDB; Celso Amaral - PTB; Cunha Bueno- PDS; Darcy Passos - PMDB; Del Bosco Amaral­PMDB; Djalma Bom - PT; Diogo Nomura - PDS;Doreto Campanari - PMDB; Eduardo Matarazzo Su­plicy - PT; Estevam Galvão - PDS; Farabulini Júnior- PTB; Felipe Cheidde - PMDB; Ferreira Martins ­PDS; Flávio Bierrembach - PMDB; Francisco Amaral- PMDB; Francisco Dias - PMDB; Freitas Nobre ­PMDB; Gastone Righi - PTB; Gióia Júnior - PDS;Herbert Levy - PDS; Horácio Ortiz - PMDB; IrmaPassoni - PT; Israel Dias-Novaes - PMDB; João Bas­tos - PMDB; João Cunha - PMDB; João HerrmannNeto - PMDB; José Camargo - PDS; José Genoino- PT; Maluly Neto - PDS; Márcio Santilli - PMDB;Marcondes Pereira - PMDB; Mário Hato - PMDB;Mendes Botelho - PTB; Mendonça Falcão - PTB;Moacir Franco - PTB; Natal Gale - PDS; Nelson doCarmo - PTB; Octacílio de Almeida - PMDB; Pache­co Chaves - PMDB; Paulo Maluf - PDS; Paulo Zar­zur - PMDB; Raimundo Leite - PMDB; Ralph Biasi- PMDB; Renato Cordeiro - PDS; Ricardo Ribeiro- PTB; Roberto Rollemberg - PMDB; Salles Leite -PDS; Salvador JulianeIli - PDS; Samir Achôa ­PMDB; Theodoro Mendes - PMDB; Tidei de Lima ­PMDB; Ulysses Guimarães - PMDB.

Goiás

Aldo Arantes - PMDB; Brasília Caiado - PDS;Fernando Cunha - PMDB; Genésio de Barros ­PMDB; Ibsen de Castro - PDS; Iram Saraiva ­PMDB; Irapuan Costa Júnior - PMDB: Iturival Nasei­mento - PMDB; Jaime Câmara - PDS; João Divino

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

- PMDB; Joaquim Roriz - PMDB; Juarez Bernardes- PMDB; Paulo Borges - PMDB; Siqueira Campos-PDS: Tobias Alves - PMDB; Wolney Siqueira - PDS.

Mato Grosso

Bento Porto - PDS; Cristina Cortes - PDS; Dantede Oliveira - PMDB; Gilson de Barros - PMDB; Jo­nas Pinheiro - PDS; Maçao Tadano - PDS; MárcioLacerda - PMDB; Milton Figueiredo - PMDB.

Mato Grosso do Sul

Albino Coimbra - PDS; Harry Amorim - PMDB;Levy Dias - PDS; Plínio Martins - PMDB; Ruben Fi­gueiró - PMDB; Saulo Queiroz - PDS; Sérgio Cruz­PMDB; Ubaldo Barém - PDS.

Paraná

Alceni Guerra - PDS; Alencar Furtado - PMDB;Amadeu Geara - PMDB; Anselmo Peraro - PMDB;Antônio Mazurek - PDS; Antônio Ueno - PDS; AryKffuri - PDS; Borges da Silveira - PMDB; Celso Sa­bóia - PMDB; Fabiano Braga Cortes - PDS; HélioDuque - PMDB; Irineu Brzesinski - PMDB; haloConti - PDS; José Carlos Martinez - PDS; José Tava­res - PMDB; Luiz Antônio Fayet - PDS; Mattos Leão- PMDB; Norton Macedo - PDS; Oscar Alves ­PDS; Oswaldo Trevisan - PMDB; Otávio Cesário ­PDS; Paulo Marques - PMDB; Reinhold Stephanes­PDS; Renato Bernardi - PMDB; Renato Loures Bueno- PMDB; Renato Johnsson - PDS; Santinho Furtado- PMDB; Santos Filho - PDS; Sebastião RodriguesJúnior - PMDB; Valmor Giavarina - PMDB; WalberGuimarães - PMDB.

Santa Catarina

Adhcmar Ghisi - PDS; Artenir Werner - PDS; Ca­sildo Maldaner - PMDB; Dirceu Carneiro - PMDB;Epitácio Bittencourt - PDS;" Evaldo Amaral - PDS;Fernando Bastos - PDS; Ivo Vanderlinde - PMDB;João Paganella - PDS; Luiz Henrique - PMDB; Nel­son Morro - PDS; Nelson Wedekin - PMDB; OdilonSalmoria - PMDB; Paulo Melro - PDS; Pedro Colin- PDS; Renato Vianna - PMDB; Walmor de Luca­PMDB.

Rio Grande do Sul

Aldo Pinto - PDT; Amaury Müller - PDT; AugustoTrein - PDS; Balthazar de Bem e Canto - PDS; Emí­dio Perondi - PDS; Floriceno Paixão - PDT; GuidoMoesch - PDS; Hermes. Zaneti - PMDB; Ibsen Pi­nheiro - PMDB; João Gilberto - PMDB; Jorge Ue­qued·- PMDB; José Fogaça - PMDB; Júlio Costami­lan - PMDB; Lélio Souza -' PMDB; Matheus Schi­midt - PDT; Nadyr Rossetti - PDT; Nelson Marche­zan - PDS; Nilton Alves - PDT; Oly Fachin - PDS;Osvaldo Nascimento - PDT; Paulo Mincarone ­PMDB; Pedro Germano - PDS; Pratini de Morais ­PDS; Rosa Flores - PMDB; Rubens Ardenghi - PDS;Siegfried Heuser - PMDB; Sinval Guazzelli - PMDB;Telmo Kirst - PDS; Victor Faccioni - PDS.

Amapá

Antônio Pontes - PDS; Clarck Platon - PDS; Geo­vani Borges - PDS; Paulo Guerra - PDS.

Roraima

Alcides Lima - PDS; João Batista Fagundes - PDS;Júlio Martins - PDS; Mozarildo Cavalcanti - PDS.

ORDEM DO DIA

v - Levanta-se a Sessão às 12 horas e 56 minutos.

Agosto de 1984;

ATAS DAS COMISSOES

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORRedi~tribuição fi9 01

Efetuada pelo Senhor Presidente, Deputado França TeI­xeira, em 15-8-84

Ao Senhor Deputado Figueiredo Filho:Projeto de Lei n9 2.216/83 - "Introduz modificações

na Lei n9 6.649, de 16 de maio de 1979, que regula a lo­cação predial urbana, para o fim de possibilitar aos loca­tários a verificação contábil dos demonstrativos mensaisdas despesas de condomínio e regulamentar sua impug­nação".

Autor: Dep. Freitas Nobre

Brasília. 15 de agosto de 1984. - Maria Júlia RabeUode Moura, Secretária.

COMISSÃO DE EDlJCAÇÃO E CULTURA9' Reunião Ordinária, realinda

em 8-8-84

Aos oito dias do mês de agosto de mil novecentos e oi­tenta e quatro, em sua sala no Palácio do Congresso, ãsdez horas, reuniu-se a Comissão de Educação e Cultura,presentes os Srs. Deputados Rômulo Galvão, Presiden­te; Irma Passoni, Francisco Dias, Wall Ferraz, JônathasNunes, Celso Peçanha. Nelson Aguiar, Oly Fachin, Ca­sildo Maldaner, Eraldo Tinoco, Carlos Sant'Anna, JoãoHerculino, Francisco Amaral, João Faustino, StélioDias, João Bastos, Márcio Braga e Emílio Haddad. Ata:abertos os trabalhados, sob a presidência do DeputadoRómulo Galvão, a Secretária procedeu à leitura da Atada reunião anterior, que foi aprovada sem restrições. Or­dem do dia: I) Projeto de Lei n9 3.382/80, do Sr. José Ri­bamar Machado, que "regulamenta o título de Doutor,obtido em curso credenciado de pós-graduação". O Re­lator, Deputado Carlos Sant'Anna, leu parecer favorá­vel, com emenda. Concedida vista ao Deputado Jô­nathas Nunes. Adiada a votação. 2) Projeto de Lei n9

3.219, de 1984, do Sr. Francisco Amaral, que "inclui oDireito Previdenciário Brasileiro com disciplina autôno­ma e obrigatória, no currículo das Faculdades de Direi­to". O Relator, Deputado Emílio Haddad, leu parecercontrário. Concedida vista ao Deputado Wall Ferraz.Adiada a votação. 3) Projeto de Lei n9 2.333/83, do Sr.João Paganella, que "autoriza o Poder Executivo a insti­tuir a Fundação Universidade Federal do Oeste Catari­nense, e dá outras providências". O Relator, DeputadoOly Fachin, leu parecer. favorável. Concedida vista à De­putada Irma Passoni. Adiada a votação. 4) Projeto deLei n" 2.599/83, do Sr. Amadeu Geara, que "proíbe a re­cisão contratual do professor, por parte do empregador,durante período o letivo". Aprovado, por unanimidade,o parecer favorável do Relator, Deputado NelsonAguiar. Segue à Comissão de Trabalho e Legislação So­cial. 5) Projeto de Lei n" 2.341/83, do Sr. Ruy Côdo, que"modifica dispositivo da Lei n' 5.692, de lI de agosto de1971, que "fixa Diretrizes e Bases para o ensino de 19 e 29Graus, e dá outras providências". Em 27-6-84, o Rela­tor, Deputado Celso Peçanha, leu parecer favorável,com adoção das emendas apresentadas pela Comissão deConstituição e Justiça. Concedida vista ao Deputado Jô­nathas Nunes, que apresentou voto em separado, con­trário ao projeto. Novamente em pauta, aprovado, con­tra o voto do Deputado Celso Peçanha, o voto em sepa­rado contrário, do Deputado Jônathas Nunes, designa­do Relator do parecer vencedor. O parecer do DeputadoCelso Peçanha passou a constituir voto em separado. Se­gue à Comissão de Finanças. 6) Projeto de Lei n'2.959/83, do Sr. Siqueira Campos, que "dispõe sobre acriação da Escola Agrícola 'Federal de Tocantinópolis,Estado de Goiás". Aprovado, por unanimidade, o pare­cer favorável do Relator, Deputado Jônathas Nunes. Sc­gue ã Comissão de Finanças. 7) Projeto de Lei n'

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Agosto de 1984

2.544/83, do Sr. Léo Simões, que "assegura gratuidade,em todas as Universidades brasileiras, aos filhos dos ex­combatentes civis c militares". Aprovado, por unanimi­dade, o parecer favorável da Relatora, Deputada IrmaPassoni. Segue à Comissão de Finanças. Comunicações:a Deputada Irma Passoni solicitou à Comissão que reali­zasse um amplo debate com diversas autoridades ligadasà política educacional, para se discutir a Emenda JoãoCalmon, tendo em vista o Orçamento para o exercício de1985. O Sr. Presidente submeteu o requerimento a -vo­tação. Aprovado por unanimidade. Encerramento: nadamais havendo a tratar, o Sr. Presidente encerrou a pre­sente reunião às doze boras c vinte minutos. E para cons­tar, eu, Tasmânia de Brito Guerra, Secretária~ lavrei apresente Ata que, lida e aprovada, será assinada pelo Sr.Presidente e publicada no Diário do Congresso Nacional.

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA. A DA.R PARE­CER AO PROJETO DE LEI N9 3.289/84 (MENSA­GEM N" 094/84, DO PODER EXECUTIVO), QUE"DISPÕE SOBRE O CÓDIGO BRASILEIRO DOAR"

Reunião de instalação, realizadaem 27 de junho de 1984

Às nove horas e vinte minutos do dia vinte e sete de ju­nho de mil novecentos e oitenta e quatro, reuniram-se,no plenário da Comissão de Comunicação, na Cámarados Deputados, em Brasflia, DF, os Deputados JorgeVargas, !talo Conti, Flávio Bierrenbach, Odilon Salmo­ria, Bonifácio de Andrada e José Maranhão, titulares, eHorácio Ortiz, José Ribamar Machado e Eurico Ribei­ro, suplentes, indicados pelo Senhor Presidente da Câ­mara dos Deputados, Deputado Flávio Marcílio, em ofí­cio de doze de junho corrente, para comporem a Comis­são Especial destinada a dar parecer ao Projeto de Lei n9

3.289/84 (Mensagem n" 094/84, do Poder Executivo),que "Dispõe sobre o Código Brasileiro do Ar". De aeor­do eom o artigo 75 do Regimento Interno, assumiu aPresidência dos trabalhos o Deputado Halo Conti, queleu o ofício do Senhor Presidente da Câmara dos Depu­tados acima referido. Cumprindo dispositivo regimental,o Senhor Presidente esclareceu O plenário que a finalida­de da presente reunião seria.a, eleição do Presidente c dosVice-Presidentes desta Comissão Especial. Respondendoa indagação do Deputado Odilon Salmoria, o SenhorPresidente informou que, de conformidade com indi­cação das Lideranças, o candidatá à Presidência seria oDeputado Bonifácio de Andrada e os candidatos à Pri­meira e Segunda Vice-Presidências, respectivamente, osDeputados Manoel Ribeiro e José Maranhão, que forameleitos, por unanimidade, por aclamação, acolhendo su­gestão do Deputado Flávio Bierrenbach. O Presidenteeleito agradeceu sensibilizado a escolha do seu nomepara presidir tão importante trabalho desta Casa legisla­tiva, qual seja, apresentar à Nação um novo Código Bra­sileiro do Ar. Não havendo nada mais que tratar, foi en­cerrada a reunião, às nove horas e trinta minutos. E,para constar, eu Stel1a Prata da Silveira Lopes, Chefe da

Seção de Comissões Especiais, servindo de Secretária, la­vrei a presente Ata que, depois de lida e aprovada, seráassinada pelo Senhor Presidente. ..:.. Bonlficlo Andrada..

COMISSÃO D!J: ESPORTE E TURISMOD!stribuição de Projetos n9 09/84

O Senhor Presidente da Comissão de Esporte e Turis­mo, Deputado Oly Fachin, fez, na presente data, as se­guintes distribuições:

PL n" 2.110/83, do Sr. Ruy Códo, que "Torna obriga­tória a realização de partidas preliminares entre amado­res em todos os jogos oficiais entre equipes profissionaise determina outras providências". Relator: DeputadoCiro Nogueira.

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

PL n" 3.487/8'1, do Sr. Vivaldo Frota, que "Modificao ar!. 3" do Decreto-lei n" 29, de 14 de novembro de1966, que "suprime a concessão de abatimcntos de pas­sagens e frctes no transporte aéreo, dispõe sobre a requi­sição de transporte, limita a concessão de passagem 10U

frete aéreo gratuito ou de cortesia, e dá outras providên­cias". Relator: Deputado Heráclito Fortes.

Brasília, 14 de agosto de 1984. - Maria Linda M. deMagalhães, Secretária.

COMísSÃO D.E FINANÇAS

O Senhor Deputado Luiz Leal, Presidente da Comis­são de Finanças, fez a seguinte distribuição, em 14-8-84:

Ao Senhor Deputado Aécio de Borba:Projeto de Lei '1" 2.1 19/83 - do Sr. José Luiz Maia­

Altera a redação dos artigos 2" e 3" da Lei n' 6.746, de 10de dezembro de 1979, que alterou dispositivos do Estatu­to da Terra.

Ao Senhor Deputado Agnaldo Timóteo:Projeto de Lei n" 5.037/81 - do Sr. Osvaldo Melo ­

Introduz alteração na Decreto-lei n" 594, de 27 de maiode 1969, para o fim de ampliar a participação dos clubesde futebol profissional no rateio da Loteria Esportiva.

Projeto de Lei n" 491/83 - do Sr. Leônidas Sampaio- Altera a redação do artigo 9" da Lei n' 5.890, de 9 dejunho de 1973, dispondo sobre a aposentadoria dos por­tadores de defeitos físicos.

Projeto de Lei n' 766/83 - do Sr. José Frejat - Con­cede isenção de impostos federais na importação de ins­trumentos musicais, naS condições que menciona.

Ao Senhor Deputado Fernando Magalhães:Projeto de Lei n" 3.001-B/80 - do Sr. João Carlos de

Carli - Substitutivo oferecido em Plenário ao Projetode Lei n" 3.oo1-B, de 1980, que "dispõe sobre o exercícioda profissão de bacharel em Relações Internacionais e dáoutras providências".

Projeto de Lei n" 275/83 - do Sr. Inocêncio Oliveira- Dá nova redação ao § I' do inciso VII do ar!. 11 doDecreto-lei n" 1.376, de 12 de dezembro de 1974, e deter­mina outras providências.

Ao Senhor Deputado Irajá Rodrigues:Projeto de Lei Complementar n' 97/82 - do Sr. Sara­

mago Pinheiro - Concede isenção do Imposto sobreCirculação de Mercadorias ao mcl em estado natural.

Projeto de Lei n" 473/83 (anexo o Projeto de Lei n'2.729/83) - do Sr. Marcondes Pereira - Cria o FundoNacionai de Pleno Emprego (FNPE), para a aplicaçãodo disposto nos arts. 43, item X, e 165, item XVI, daConstituição Federal, referente ao seguro-desemprego, edetermina outras providências.

Projeto de Lei n' 589/83 - do Sr. Jorge Uequed­Dispõe sobre critérios de estímulo à invenção brasileirana área da SUDENE e da SUDAM.

Ao Senhor Deputado Jayme Santana:Projeto de Lei Complementar n" 40/83 - do Sr. Edme

Tavares - Acrescenta dispositivo à Lei Complementarn" 11, de 25 de maio de 1971, que instituiu o PRORU­RAL, para o fim de estabelecer valor especial de aposen­tadoria por velhice ao caso que especifica.

Projeto de Lei n' 1.276/83 - do Sr. Jorge Arbage ­Autoriza o Poder Executivo a instituir a Fundação Uni­versidade Federal de Santarém, no Estado do Pará.

Ao Senhor Deputado Luiz Baccarini:Projeto de Lei n" 2.104/83 - do Sr. Jorge Carone­

Cria o Programa de Fomento à Produção Agrícola paraincentivar o plantio de arroz, feijão, milho e trigo e dáoutras providências.

Ao Senhor Deputado Mendonça Falcão:Projeto de Lei n" 1.45S/83 - do Sr. Francisco Dias­

Dispõe sobre a criação de setor de' assistçncia jurídicaaos empregados nas empresas que especifica e dá outrasprovidências.

Ao Senhor Deputado Moysés Pimentel:Projeto de Lei n" 1.283/83 - do Sr. Francisco Amaral

- Estabelece isenções para gratificação espontaneamen­te paga pela empresa aO empregado demitido.

Sábado 18 8055,

Projeto de Lei n' 2.989/83 - do Sr. Arnaldo Maciel- Autoriza o Poder Executivo a transformar a "EscolaAgrotécnica Federal de Belo Jardim", no Estado de Per­nambuco, em "Faculdade Federal de Agronomia e Vete­rinária do Agreste de Pernambuco".

Ao Senhor Deputado Walmor.de Luca:Projeto de Lei n" 3.278/76 - do Sr. Francisco Amaral

- Áltera dispositivo do Decreto-lei n" 389, de 26 de de­zembro de 1968, para o fim de atribuir a comissões pari­tárias a incumbência de caracterização e classificação depericulosidade e insalubridade.

O Senhor Deputado Luiz Leal, Presidente da Comis­são de Finanças, avocou a seguinte proposição:

Projeto de Lei n" 952/83 - do Sr. Iturival Nascimento- Dispõe sobre a criação do Ministério dos Desportos eTurismo.

Sala da Comissão, 14 de agosto de 1984. - JarbasLeal Viana, Secretário.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUltRITODESTINADA A EXAMINAR A UTILIZAÇÃODOS RECURSOS HIDRICOS NO BRASIL

15' Reunião, realizada a 14 de junho de 1984

Às nove horas e querenta e cinco minutos do dia qua­torze de junho de mil novecentos e oitenta e quatro, pre·sentes os Senhores Deputados Osvaldo Coelho, Presi­dente; Coutinho Jorge, Relator; Ludgero Raulino, EVan­dro Ayres de Moura, Etelvir Dantas, Antonio Florêncio,Fernando Santana, membros efetivos da Comissão; Os­valdo Nascimento, suplente e, ainda, os Senhores Depu­tados Osvaldo Melo, Brabo de Carvalho, Domingos Ju­venil, Carlos Vinagre, Vicente Queiroz, Dante de Olivei­ra, Aldo Arantes e o Senhor Senador Hélio Gueiros,reuniu-se no Plenário da Comissão de Minas e Energia,na Câmara dos Deputados, em Brasília, a Comissão Par­lamentar de Inquérito destinada a examinar a utilizaçãodos recursos hídricos no Brasil, para a tomada de depoi­mento dos Senhores João de Paiva Menezes, Secretário­Executivo do Conselho Interministerial do ProgramaGrande Carajás; Arno Oscar Markus, Presidente daPORTOBRÃS; Valbert Lisieux Medeiros de Figueiredo,Secretário da Comissão Interministeria! para os Recur­sos do Mar; Jader Fontenelle Barbalho, Governador doEstado do Pará; Iris Rezende Machado, Governador doEstado de Goiás. Ata: Dispensada a leitura, foi conside­rada aprovada e assinada a da reunião anterior. Em SC~

guida, o Senhor Presidente submeteu ao Plenário a pror­rogação dos trabalhos da Comissão, de conformidadecom o disposto no parágrafo quarto do artigo trinta eseis do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,tendo sido a proposição aprovada· por unanimidade. OSenhor Presidente fez a apresentação dos Depoentesque, havendo prestado o compromisso na forma da lei,discorreram sobre o assunto em·pauta. Findas as expo­sições, interrogaram os Senhores Depoentes os SenhoresDeputados Coutinho Jorge, Osvaldo Nascimento, Fer­nando Santana, Osvaldo Melo, Brabo de Carvalho, Ger­son Peres. Depois de responderem às indagações e nãohavendo mais inscritos, os Senhores Depoentes agrade­ceram a atenção a eles dispensada durante os debates. Osdepoimentos e as inquirições foram gravados e, depoisde taquigrafados, decifrados e datilografados, serão ane­xados aos autos do presente inquérito. Nada mais haven­do a tratar, o Senhor Presidente agradeceu a presençados Depoentes e, ao agradecer tambêm a presença de to­dos, declarou encerrada a reunião às quatorze horas evinte minutos. E, para constar, eu, Nelma CavalcantiBonifácio, Secretária, lavrei a presente Ata que, depoisde lida, se aprovada, será assinada pelo Senhor Presiden­te. - Osvaldo Coelho.

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8056 Sábado 18

Convocação

De ordem do Sr. Presidente, comunico a V. Ex' queestá convocada reunião dcsta Comissão para o próximodia 16 de agosto, às 10.00 horas, no Plenário da Comis­são de Inquérito, para tratar de assuntos internos.

Brasília, 14 de agosto de 1984. - Nelma CavalcantiBonifácio, Secretária.

COMISSÃO DE RELAÇOES EXTERIORES

10' Reunião Ordinária, realizadaem 27 de junho de 1984

Às dez horas e vinte minutos do dia vinte e sete de ju­nho de mil novecentos e oitenta e quatro, reune-seI emsala própria do Anexo II da Câmara dos Deputados, aComissão de Relações Exteriores, sob a Presidência doDeputado Pedro Colin. Presentes os Senhores Deputa­dos Santos Filho e José Carlos Teixeira, Vice­Presidentes, Ossian Araripe, Nyder Barbosa, Diogo N 0­

mura, José Carlos Fonseca, José Ribamar' Machado,Chagas Vasconcelos, Aluízio Bezerra, Fernando Santa­na, Ubaldo Barém, Irapuan Costa Júnior, Nelson Mor­ro, Wilson Falcão, José Frejat, Clemir .Ramos, Francis­co Benjamin, João Herrmann, Márcio Santilli, MiltonReis, Adroaldo Campos, Sarney Filho, Epitácio Bilten­court, Israel Dias-Novaes, Nasser Almeida, Salvador Ju­lianelli, Bocayuva Cunha, Homero Santos, JacquesD'Ornellas, Luiz Guedes Fernando Magalhães, JacksonBarreto, e Arthur Virgílio Neto. Havendo número regi­mental, o Senhor Presidentc declara abertos os traba­lhos. Tendo sido dispensada a leitura da Ata da reuniãoanterior, a mesma é considerada aprovada. Expediente:O Senhor Presidente comunica o recebimento dos se­guintes expedientes: 19) do Presidente da Câmara dosDeputados da República do Chipre, encaminhando có­pia da Resolução adotada em 8-6-84, a propósito da co­lonização da cidade de Famagusta pclo rcgime turco­cipriota; 29) ofício do Ministro das Relações Exteriores,Chanceler Saraiva Guerreiro, encaminhando as infor­mações solicitadas a propósito da Mensagem n" 081/84,que trata do acordo de Cooperação Científica e Tecnoló­gica Brasil-Estados Unidos: Relatório Rockfeller e Rela­tório Final do Grupo de Trabalho Brasil-Estados Uni­dos sobre Cooperação Cientifica e Tecnológica. O Se­nhor Deputado Fernando Santana solicita a palavrapara requerer: a) que se convoque o Ministro das Re­laçães Exteriores para expor a esta Comissão as diversasetapas da Conferência de Cartagena; b) que se solicite aoitamaraty toda documentação relativa àquela Conferên­cia - discursos de todos os Ministros e o comunicado fi­nal, em sua íntrega. O Senhor Deputado Israel Dias­Novaes pede a palavra e, inicialmente, congra'tula-secom a Comissão pelo recebimento das informações acer­ca do acordo Brasil-Estados Unidos e lembra, a propósi­to, que, paralelamente a essas informações, também foideliberado que se convidassem duas autoridades enten­didas no assunto; ocorre que as pessoas sugeridas, naocasião, não são de Brasília, e teriam muita despesa paraatender ao convite da Comissão; diante disso, sugere quese escolham novos nomes, de professores das universida­des locais, para debaterem o tema perante este órgão téc­nico. Em seguida, abordando o teor do requerimento doSenhor Deputado Fernando Santana, lembra que serádifícil conseguir-se a vinda do Ministro antes do reccsso,motivo pelo qual sugere que a Presidência marque umaaudiência com o Chanceler ainda esta semana, a fim deque os membros deste órgão técnico possam ir ao Minis­tro, no itamaraty, tomar conhecimento das informações.que Sua Excelência tenha acerca da Conferência de Car­tagena. Com a palavra, o Senhor Presidente ressalta serdifícil que se consiga uma audiência com o Chanceler Sa­raiva Guerreiro, tendo em vista o processo de votação daProposta de Emenda Constitucional do Presidente Fi­gueiredo, que ora se inicia no Congresso Nacional. Colo-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

cados cm votação, são aprovados, por unanimidade, orequerimento do Deputado Fernando Santana e a suges­tão do Deputado Israel Dias-Novaes. Ordem do Dia: IMensagem N" 372/66, do Poder Executivo, qu~. "subme­te à apreciação do Congresso Nacional o texto da Con­venção n9 119, relativa à proteção das máquinas, adota­da pela Conferência Internacional do Trabalho em sua47' Sessão realizada em Gencbra, em junho de 1963".Relator: Deputado Pedro Colin (avocado). Parecer: Pelasolicitação de informações ao Ministério das RelaçõesExteriores e audiência de confederações patronais e detrabalhadores. Ao ser apreciada esta matéria, assume aPresidência dos trabalhos o Senhor Deputado José Car­los Teixcira, Vice-Presidente, nos termos do art. 79 doRegimento Interno. Sem discussão, é aprovado por una­nimidade o parecer prévio do Relator. As informaçõesserão solicitadas através de ofício ao Presidente da Câ­mara dos Deputados. O Senhor Deputado Pedro Colinreassume a Presidência dos trabalhos. II - Mensagem 0 9

175/84, do Poder Executivo, qUe. "submete à conside­ração do Congresso Nacional o texto do Convênio deDefesa Fitossanitária entre o Governo da República Fe­derativa do Brasil e o Governo da Espanha, conelufdoem Madrid, a 12 de abril de 1984". Relator: DeputadoWilson Falcão. Parecer: Pela solicitação de informaçõesao Ministério das Relações Exteriores. Discutem o pare­cer os Senhores Deputados Adroaldo Campos e Salva­dor Julianelli, apoiando ambos a solicitação de infor­mações do Ministério das Relações Exteriores. Colocadoem votação, é aprovado por unanimidade o parec.er pré­vio do Relator. As informações serão solicitadas atravésde ofício ao Presidente da Câmara dos Deputados. III­Mensagem n9 189/84, do Podcr Executivo, que. "submeteà consideração do Congresso Nacional o texto do Acor­do de Cooperação Científica, Técnica e Tecnológica, en­tre o Governo da República Federativa do Brasil e oReino do Marrocos, celebrado em Fez, a 10 de abril de1984". Relator: Deputado Ossian Araripe. Parecer: Fa­vorável, nos termos do Projeto de Decreto Legislativoque apresenta. Scm discussão, é aprovado por unanimi­dadc o parecer do Relator. A matéria segue à Coorde­nação dc Comissões Permanentes. IV - Mensagem N"172/84. do Poder Executivo, qUe. "submete à conside­ração do Congresso Nacional o texto do Acordo sobreCooperação Econômica, Indústrial e Tecnológica entreo Governo da República Federativa do Brasil c o Govcr­no da Suécia, concluído em Brasília, a 3 de abril de1984". Relator: Deputado João Herrmann. Parecer fa­vorável, nos termos do Projeto de Decreto Legislativoque apreser'>la. Sem discussão, é aprovado por unanimi­dade o parecer do Relator. A matéria segue à Coorde­nação de Comissões Permanentes. V - Requerimentodos Senhores Deputados Jackson Barreto e ArthurVirgílio Neto, no sentido de que seja. "convocado o Se­nhor Embaixador Rubens Ricupero, Chefe do Departa­mento das Américas do Ministério das Relações Exterio­res, para prestar esclarecimentos a respeito da venda deoito aviões Tucano a Honduras". Relator: DeputadoIrapuan Costa Júnior. Parecer: Favorável à convocaçãodo Embaixador Rubens Ricupero e sugerindo que seconvide também o Presidcnte da Empresa Brasileira deAeronáutica - EMBRAER, Coronel Ozires Silva, parafalar sobre o assunto. Estando a matéria em discussão,usa da palavra, primeiramente, o Senhor Deputado Is­rael Dias-Novaes que, a propósito, lembra a convocaçãoque esta Comissão fez, no ano passado, ao Presidente daIMBEL - Indústria de Material Bélico, para falar sobrea onda de armamento ao exterior, e que foí vetada peloMinistro do Exército, por tratar-se de assunto de Segu­rança Nacional. Entende que o mesmo poderá ocorrerem relação ao Presidente da EMBRAER, pois o presentcfato tem ligação com a politica armamentista do Pais.Conelui sugerindo que esta Comissão promova um semi­nário sobre a polftica bélica do País. A seguir, usam dapalavra os Senhores Deputados Milton Reis e JoãoHerrmann, apoiando as palavras do Deputado Israel

Agosto de 1984

Dias-Novaes, entendendo, o segundo, que a sugestão deSua Excelência poderia ser inserida no, Simpósio sobre aPaz que deverá scr realizado por este órgão técnico. Depassagem, faz referências a artigo da revista Veja sobre aEMBRAER. Apoiam, ainda, as palavras do DeputadoIsrael Dias-Novaes os Senhores Deputados BocayuvaCunha e Jacques D'Ornellas, denunciando, o último,que, apesar de o Brasil, na questão ds Ilhas Malvinas,ter-se posicionado em favor da Argentina, aviões íngle­ses que levam ajuda militar àquela região invariavelmen·te aterrisam na Base de Canoas, com armamento, semnenhuma restrição por parte do Governo Brasileiro. Oúltimo a discutir a matéria é o autor, Deputado JacksonBarreto, que louva o parecer do Relator e concorda emque se estenda o convite ao Presidente da EMBRAER.Em votação, é aprovado por unanimidade o parecer doRelator. A decisão será comunicada, por ofício, ao Presi­dente da Câmara dos Deputados. VI - Requerimentodos Senhores Deputados Jackson Barreto e ArthurVirgílio Neto, no sentido de quç. "seja enviada nota aoSenhor Presidentc da República, condenando a venda deaviões brasileiros Tucano a Honduras e exigindo a anu­lação dcssa operação comercial". Rélator: DeputadoImpuan Costa Júnior. Parecer: pelo adiamento da apre­ciação da matéria para após a vinda, a este órgão técni­co, dos Senhores Embaixadores Rubens Ricupero e Co­ronel Olires Silva, conforme consta do item V da Ordemdo Dia. Sem discussão, é aprovado por unanimidade oparecer do Relator. A matéria, então, tem sua discussãoadiada. VII - Requerimento, do Senhor ,Deputado Is­rael Dias-Novaes, no sentido de que seja realizado, nesteórgão técnico, um simpósio sobre a política de indústriae comércio bélicos do nosso País. Em discussão, usa apalavra o Senhor Deputado Francisco Bcnjamin parasugerir que o tema seja inserido nq. "Simpósio sobre oComércio Exterior", a ser realizado por esta Comissão.Os Senhores Deputados Israel Dias-Novaes e BocayuvaCunha entendem preferível que O tema faça parte do"Simpósio sobre a Paz". Colocado o assunto em vo­tação, é decidida por unanimidade a inserção do tema"A polftica de indústria e comércio bélícos do nossoPaís" no. "Simpósio sobre a Paz". VIII - Relatório finaldo Simpósio "O Brasil na Antártica", realizado pela Co­missão de Relações Exteriores, de 23 a 26 de agosto de1983. O Relator, Deputado Tarcísio Burity, faz umasíntese do seu Relatório, que passa a integrar a presenteAta. O Presidente, Deputado Pedro Colin, felicita SuaExcelência pelo trabalho, e comunica que o mesmo serápublicado no DCN, já que integrará a Ata da presentereu~ião e, posteriormente, será editado um livro, por so­licitação desta Presidência, contendo os Anais do Simpó­sio. "O Brasil na Antártica". Em seguida, concede a pala­vra ao Senhor Deputado Márcio Santilli, que, em nomedo PMDB, aplaude o trabalho do Deputado TarcísioBuritye a contribuição do Simpósio no sentido da divul­gação de informações sobre a Antártica. Usa da palavra,a seguir, o Senhor Deputado Diogo Nomura, para lou­var a decisão do Senhor Presidente de publicar os Anaisdo Simpósio que, entende, se constituirá em fonte deconsulta sobre a Antártica. Felicita a si próprio por ha­ver indicado o Deputado Tarcísio Burity para Relator eo Deputado Daso Coimbra para Coordenador daqueleSimpósio e solicita seja consignado em Ata o aplausodesta Comissão ao Relatório apresentado pelo Deputa­do Tarcísio Burity. Em nome do PDS fala o Senhor De­putado Francisco Benjamin, também aplaudindo o tra­balho do Deputado Tarcisio Burity. Por fim, usa da pa­lavra o Senhor Deputado José Carlos Fonseca, que secongratula com a Comissão de Relações Exteriores ecom os Deputados Tarcísio Burity e Diogo N omura pelotrabalho apresentado e, em seguida, rcquer ao Presidenteseja reiterada a solicitação de informações ao IBC, refe­rentes à Mensagem n9 196/83. O Presidente DeputadoPedro Colin, informa a Sua Excelência que fará nova so­licitação, já agora em termos contundentes, pois n~o sqpode admitir tão grande falta de atenção daquele órgãd

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Agosto de 1984 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção}) Sá1?.Ildo 18•

8051. ,

para com o Poder Legislativo. Nada mais havendo a tra­tar, o Senhor Presidente encerra os trabalhos às onze ho­ras e quarenta minutos e, para constar, eu Regina Bea­triz Ribas Mariz, Secretária, lavrci a presente Ata quevai por mim assinada e pelo Senhor Presidente, sendo,após lida e aprovada, encaminhada à publicação. - Pe-

dro Colin, Presidente da Comissão.

Obs.: integra a presente Ata o Relatório do Deputado Tarcisio Buritysobre o Simpósio "O Brasil na Antârtica", em anexo.

SIMPÚSIO"O BRASIL NA ANTÁRTICA"

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES

ObjetivosA Comissão de Relações Exteriores realizou por inspi­

ração do seu presideote Deputado Diogo Nomura, de 23a 26 de agosto do corrente ano, o Simpósio, "O Brasil naAntártica", cujo objetivo foi o de reunir cientistas, juris­tas, técnicos e outros estudiOS'os da matéria para desen­volver o debate sobre o assunto, visando despertar aconsciência nacional acerca da urgente necessidade de sedesenvolver o Programa Antártico Brasileiro, que inte­ressa de perto aos objetivos da segurança continental eda exploração pacífica da Antártica em benefício da hu­manidade.

O Símposio contou com 230 participantes formalmen­te inscritos, do Distrito Federal e da maioria dos Estadosda Federação., Organização

O Simpósio realizado no audítório Pretrónío Portela,no Senado Federal, teve como presidente de honra o De­putado Flávio Marcílio, Presidente da Câmara dos De­putados, que dirigiu a sessão de instalação, e como con­vidados de honra, o Ministro das Relações ExteríoresSaraiva Guerreiro e O Almirante de Esquadra Maximia­no da Fonseca, Ministro da Marinha.

A coordenação dos trabalhos foi exercida pelo Depu­tado Daso Coimbra, cabendo ao Deputado Tercísio Bu­rity as funções de relator.

Usaram da palavra na sessão inaugural, o DeputadoFlávio Marcílio, o Deputado Diogo Numura e O Minis­tro Saraiva Guerreiro.

A parte operacional esteve a cargo da Secretária daComissão de Relações Exteriores, Edna Medeiros Barre·to.

O encerramento teve como conferencista o Sr. Minis­tro da Marinha, Maximiano da Fonseca.

ProgramaçãoOs trabalhos constaram de seis palestras e foram ex·

postos e debatidos os seguintes temas:I,. "O Brasil na Antártica"Expositor: Ministro Saraiva Guerreiro2,. "A participação do Instituto Oceanográfico da

Universidade de São Paulo na primeira expedíção brasi·leira à Antártica."

Expositores: Moyses Gonsalez' Tessler e Valdenír Ve-ronezi Furtado

3-.. "Regulamentação Jurídica da Antártica."Expositor. Prol" Vicente Marotta Rangel4... "Interesses do Brasil na Antártica"Expositor: Almirante Mucio Piragybe5... "O Brasil na Antártica"Expositor: Almirante de Esquadra Maximiano da

Fonseca.

Além das palestras e dos debates apresentados em ple­nário, a Comissão de Ralações Exteriores sentiu-se hon­rada com a participação assídua de estudantes de diver­sos estabelecimentos de ensino, de Senadores é Deputa­dos Federais, membros de embaixadas, e pessoas interes­sadas nos temas abordados, enriquecendo os trabalhosrealizados com perguntas e sugestões do mais alto nível.

Paralelamente ao Simpósio, a Comissão de RelaçõesExteriores realizou, de 23 de agosto a 22 de setembro, noSalão Negro do Congresso Nacional, uma Exposição

sobre a Antártica, com o .apoio do Ministério das Re­lações Exteriores, do Ministério da Marinha, do Minis­tério da Educação e Cultura e da Universidade de SãoPaulo.

Deve-se ressaltar a colaboração da KODAK para como Simpósio, que, através de projeções de slides, mostroua histórica viagem empreendida pelos brasileiros ao con­tinente gelado, a bordo dos navios.. "Barão de Teffé" e"Pro!" W. Besnard", com imagens tridímensionais sono­ras, demonstrando a todos os participantes do Simpósioa beleza inesperada da Antártica.

ConcluSões dos Trabalhos

Embora os textos integrais das conferências e os apa­nhados taquigráfieos dos debates constem dos anexosdeste relatório, torna-se de crucial importância a trans­crição embora resumidamente, de algums aspectos abor­dados pelos eminentes expositores.

Devemos ressaltar ainda as intervenções realizadas notranscorrcr das palestras proferidas, as quais, além de-dar ao Simpósio um caráter participativo, contribuiramde forma decisiva para o êxito do evento. Assim, registropara que constem nos anais deste Simpósio, as inter­venções realizadas pelos seguintes debatedores: Deputa­do Irapuan Costa Júnior, Israel Dias-Novaes e TarcisioBu;ity, Dr. Luis Ramos da Silva Filho, Professora LeilaForte Burashed, meteoroligista Francisco de Assis Di­niz, estuda!!tes Manoel Ricardo Olende, Eliane Bu­rashed e Denise Amaral, técnico Neilson José de Souza eestagiária Eliane de Aguiar Marquez, bem como as par­ticipações da Dr' Isabel Gurgel e do Comandante Eugê­nio Neiva que usaram da palavra a pedido dos palestran­tes, com a finalidade de esclarecer dúvidas suscitadas notranscorrer dos trabalhos.

Isto posto, vejamos, em síntese, as conclusões a qucchegaram os diversos conferencistas.

"O Brasil na Antártica"

I. Em sua palcstra proferida na abertura do Simpó­sio, Sua Excelência o Senhor Ministro das Relações Ex­"teriores, Saraivva Guerreiro, muito bem ressaltou o em­penho do Governo Brasileiro em desenvolver o Progra­ma Antártico Brasileiro, ao dizer:

" ... Após a adesão ao Tratado, o passo decisivoem nossa política antártica foi a decisão do SenhorPresidente da República de criar a Comissão Nacio­nal para Assuntos Antárticos (CONANTAR) en­carregada em assessorá·lo na matéria. Desde o anopassado, vcm a CONANTAR trabalhando paraque o Brasil tenha plena participação nos entendi­mentos internacionais sobre a Antártica, isto é, paraque se torne parte Consultiva do Tratado, em pé deigualdade com os demais quatorze países do grupo.A condição para tanto, como reza o Tratado, é de­senvolver substancial atividade de pesquisa científi­ca. Nessas condições, o instrumento básico da Polí­tica Nacional para Assuntos Antárticos tem de ser oPrograma Antártico Brasileiro (PROANTAR).Para planejá-lo e implementá-lo em época de singu­lar escassez de recursos, o Governo lançou mão desolução racional e eficaz. Ao invés de criar desde oinício uma nova instituição especializada, comoexiste em todos os demais países ativos na Antárti­ca, o Senhor Presidente da República confiou à Co­missão Interministerial para os Recursos do Mar(CIRM) a tarefa de elaborar e implementar oPROANTAR até que o desenvolvimento do Pro­grama venha a exigir' a implantação de uma insti·tuição específica."

E conclui:

" ... É fundamental o papel do Congresso no em­preendimento, desde a ratificação do Tratado, quedefiniu o quadro jurídico para a atuação do Brasil

na Antártica. Seu permanente 'interesse, debate_estímulo, de que é significativo exemplo o presenteSimpósio, é indispensável, pois, reflete o engaja­mento do povo brasileiro aqui representado."

A partieipaçilo do Instituto Oeeanográfieo da Universi·dade de Silo Paulo na p~imeira expediçilo brasileira à An·tártica

2. A expedição à Antártica, vinculada ã área do Insti­tuto Oceanográfico, teve como principal destaque o Pro­grama BIOMASS, ou Massa Biológica, cuja essência erao estudo das condições de desenvolvimento do krill,além de treinar as cquipes de trabalho em área antártica,saber como reagiriam os equipamentos brasileiros', assimcomo se a metodologia de trabalho que estamos acostu­mados a empregar em áreas tropicais se prestaria aos es­tudos antárticos.

Para que se pudesse. ter uma maior compreensão, oilustre expositor, Prol" Moyscs Gonsalez Tessler, prepa­rou uma rica seqilência de sUdes demonstrando o êxitoda missão e o valor científico dos trabalhos antárticospois, muito embora o programa fosse eminentementebiológico, as outras áreas de ciência vinculada ao mar,como a meteorologia química, física e a geologia,tornaram-se viáveis, concluindo o eminente Professorque não há motivo algum, do ponto de vista científico,quc impeça a participação brasileira, com calor, nos tra­balhos antárticos.

O Professor Valdenir Vcronesi Furtado, além de pro­jetar uma série de transparências para uma melhor visua·lização dos presentes ao trabalho, expôs com clareza oque temos que desenvolver em nossos laboratórios parasubmetê-los à comunidade internacional, objetivando aaceitação do trabalho científico brasileiro.

Definiu, da seguinte forma, o objetivo de treinamentoinicial, face às condições antárticas:

I. O treinamento no manuseio de equipamentos comos quais estamos acostumados em nossa costa, mas quena Antártica seriam utilizados pela primeira vez;

2. O treinamento dos oficiais de nossos navios em na­vegação em áreas antárticas;

3. O intercâmbio internacional que, no instituto ocea­nográfico, colocamos como um dos itens prioritáriosneste programa.

Disse ainda o Professor:" ...Todo esse programa BIOMASS se desenvol­

ve essencialmente nos levantamentos de estoque dekrill, que é o elo principal da cadeia trófica no ocea­no antártico. Dele depende uma série de organis.mos. Eles se alimentam dos organismos fitoplanctô­nicos e deles se alimentam pingilins, baleias, focas,formando toda a cadeia trófica. Então, essa coletade material para as análises do krill foi realizada e otrabalho está para ser impressQ,"

E concluiu sua eXposição dizendo:" ... Nossa proposta intrínseca de trabalho é esta.

O primeiro item refere-se à abundância e distri­buição do krill, o tamanho, a maturidade, etc., emrelação à ocear1ogràfia física e química, ou seja, me­dida de temperatura, salinidade e silicatos.... O se­gundo tópico seria a reprodução do krill. O outrotópico seria a identificação dos estoques de krill ...Eu só queria' complementar agora essa apresen­tação, dizendo que na verdade, estamos conseguin­do alguns rcsultados, mas não temos ainda con­dições ideais de trabalho na Antártica."

Regulamentação Jnrídica da Antártica

3. O Prol" Vicente Marotta Rangel em sua magníficaexposição, resumiu suas idéias em sete itens, a saber:

IQ Os espaços internacionais ocupam a maior parteda supcrfície de nosso planeta, bastando esse fato pararessaltar o interesse que reside no estudo e conhecimentode sua regulamentação jurídica.

29 Dos cinco espaços internacionais três deles têm re­gime jurídico semelhante: o alto mar, o espaço aéreo a

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ele superjacente e o espaço exterior ou planetário. Esseregime é ores communis internacional, causa comum detodos os Estados. Embora de fato apenas alguns Estadostenham capacidade tecnológica para freqüentar esses es­paços, o direito que todos usufruem é pleno, a todos ex­tensivo, baseado no princípio de igualdade jurídica dosEstados. .

3. A regulamentação jurídica dos fundos oceânicosobedece a modelo diferente, em que a causa comum in­ternacional tem como titular não o conjunto ou partedos Estados senão a própria humanidade. A humanida­de, como sujcito dc dircito intcrnacional, conquanto nc­cessite operar através de organização internacional, éinovação fecunda no âmbito do direito positivo. Essainovação já era perfilhada de certo modo por doutrinapioneira, com base na qual os astronautas passaram'à serqualificados - como aliás se explicita o Tratado de 1967,sobre Princípios Reguladores das Atividades dos Esta­dos na Exploração e Uso do Espaço Cósmico - comoenviados da humanidade nesse espaço.

4. Com exceção do espaço aéreo superjacente ao altomar, os espaços internacionais estão atualmcnte regula­mentados por tratados internacionais específicos. Emtais tratados constam princípios comuns. a saber: o dautilização pacífica dos espaços e de seus recursos; o daconseqüente proibição de quaisquer medidas de carátermilitar; o da proibição de explosões nucleares bem comoo lançamento ali de lixo ou de resíduos radioativos; o daliberdade de pesquisa científica.

5. A Antártica constitui, nos termos do tratado deWashington, consórcio de direito dos Estados origi­nários e aderentes, mas de fato apenas o é das partes con­sultivas. Esse Tratado tevc o intuito dc fazcr transcender- pelo menos para o período de tempo em que vigorar- árduas controvérsias a respeito de títulos jurídicosque Estados interessados pudessem invocar para funda­mentar suas pretensões sobre continente polar. Tem omérito, outrossim, de consignar dois objetivos precí­puos: 1) cooperação científica fundada na liberdade deinvestigação; 2) utilização permanente e exclusiva da An­tártica para fins pacíficos. Consigna ademais a proibiçãonela de explosões nucleares e a preserva do lançamentode lixo ou resíduos radioativos.

69 Sem embargo de outros, (j mecanismo institucio­nalizado pelo tratado de Washington é o único a vingarna atualidade. A adesão de nosso País ao Tratado e oempenho atual em ser guindado - graças ao seu interes­se e às suas expedições científicas - à condição de parteconsultiva, somente reclamam compreensão e aplauso.Esta condição é a única a se mostrar condigna do nívelcientífieo e do testemunho de substancial atividade depesquisa que no momento se projetam na direção dopólo sul.

7. O propósito de se converter em parte consultivafaz jús, outrossim, à elevação de propósitos que devem ecostumam inspirar a política exterior de nosso País, aqual não se tem guiado apenas em razão de interesses es­pecíficos mas também, dentro dc uma pcrspectiva con­digna de desdobramcnto funcional, em razão dos intc­resses superiores de terceiros e da própria comunidadeinternacional.

Interesses do Brasil na Antártica

4. O Almirante Múcio Piragybe, Secretário da Comis­são Interministerial para os Recursos do Mar, demons­trou, em sua brilhante palestra, razões importantes, alémdas jurídicas, que fundamentam os nossos interesses nes­sa região:

" ...Fatores estratégicos, fatores políticos justifi­cam a presença do Brasil no diálogo sobre o proble­ma da Antártica. Eu diria também que até fatoreseconômicos justificam isso, porque há um trinômioque preocupa a humanidade: as matérias-primas, aenergia e a ali~entação. Na conferência de Cancún,os países do Norte e Sul detectaram essas três neces-

DIÁRIO DO CONG~ESSONACIONAL (Seção I)

sidades básicas da humanidade, como aquela, que ahumanidade terá que perseguir num mundo cadavez mais ávido de alimentos, de matérias-primas ede energia. A Antártica é uma promessa, se explora­da racionalmente. E é exatamente por essas razõesque eu considero altamente oportuno que a Nação,através do Congresso Nacional, forme com os ór­gãos governamentais, para fazer o Brasil presenteno diálogo, juntamente com as nações antárticas.Nós não sabemos como serão explorados os recur­sos antárticos. É possível até que a Antártica não te­nha essas reservas de minerais, essas reserv~s de ali­mentos que se proliferam. Ela ainda está naquelafase de pesquisa científica, e é possível até que al­guns dados científicos estejam sendo escamoteados.Não nos esqueçamos de que o que permitiu a parti­cipação da África foi exatamente a pesquisa científi­ca feita previamente. A Ata de Bcrlim partilhou ocontinentc africano. E é possível que a revisão doTratado da Antártica em 1992, em 1993, ou no anoque as nações antárticas julgarem conveniente. ve­nha a fazer uma partilha política da Antártica.Qualquer que seja a solução na Antártica, acho queo Brasil, com sua capacidade de diálogo, com opouso de seuterritório, ele terá que estar presente."

E acrescenta:

"Não é só sobre o aspecto económico que eu fa­laria aqui, mas tamb1:m sob o aspecto científico. NaAntártica estão cnvolvidas as organizações científi­cas mais importantes do Planeta. E talvez, com oPrograma Antártico, com a participação brasileira,seja a primeira vez que este País terá oportunidadede seus cientistas dialogarem com cientistas de ou­tros países, fazendo ciência, debatendo aspectoscientíficos em igualdade de condições com cientistasalemães, argentinos, poloneses, franceses, america­nos e em equipes brasileiras em estações de paísesantárticos possam trocar conhecimentos, pontos devista, como temos recebido inúmeros pedidos e ofe­recimentos de participação brasileira em progra­mas. Agora mesmo em Bariloche há uma perspecti­va de um programa comum Brasil, Chile e Argenti­na, há perspectivas de intercâmbio Brasil-França,perspectiva de intercámbio Brasil-Inglaterra, pers­pcctiva de intercâmbio, já quase concreto, Brasil­Polônia. Então os senhores imaginem o que isto sig­nifica em termos de ciência brasileira para um Paísque ainda não aprendeu que tecnologia ningtlém dá,nem transfere, a não ser aquela obsoleta, ultrapassa­da. Tecnologia é conseqüência de ciência; ciência éconseqüência dc fator humano, de investimento emeducação, em universidades."

o Brasil na Antártica

5. Na sessão de encerramento do Simpósio, Sua Ex­celência o Senhor Almirante de Esquadra Maximiano daFonseca, Ministro da Marinha l ressaltou o entusiamo doGoverno brasileiro para com o Programa Antártico,cuja síntese é a seguinte:

"Quatro grandes razões são suficientes para des­fazer qualquer tendência à apatia que se pudessemanifestar em relação ao continente austral e queaqui enumeraremos: 1) a Antártica é um ambientegerador de fenômenos meteorológicos que afetam oterritório brasileiro; 2) o Oceano Antártico ofereceimensa riqueza de recursos ·vivos, capazes de supriras carências alimentares de uma população emcontínuo crescimento; 3) o subsolo antártico - aafinidade geológica a cada instante se comprova ­faz supor a existência de recursos minerais de inegá­vel importância e de que o mundo carecerá de formacrescente; 4) não se poderá aproveitar com segu­rança qualquer das perspectivas que antes enumera-

Agosto de 1984,

mos sem conhecer de forma mais perfeita o conti­nente antártico, para evitar desequilíbrios cujos efei­tos seriam sentidos, em primeiro lugar, pelos paísesdo Hemisfério Sul, que lhe são próximos, entre osquais está o Brasil."

E prossegue, dizendo:

"Ao se argüir a inoportunidade dos gastos com oPrograma Antártico, é preciso ter em mente, em pri­meiro lugar, esse horizonte temporal, distante pou­co mais de sete anos, e além do qual será provavel­mente muito mais difícil a concretização da preten­são brasileira de participar futuramente dos frutosda presente fase de esforço científico internacional.Ao se argüir a desproporção entre gastos e resulta­dos, é preciso lembrar que ela realmente existe, masno sentido de que, com recursos extremamente re­duzidos, o Pais garantirá sua participação em frutosvaliosíssimos, que lhe poderão ser oferecidos no fu­turo, frutos que resultarão da possibilidade de ex­plorar um continente cuja área é praticamente odobro da nossa, frutos que poderão aprcscntar-scsob a forma de recursos minerais. Pois. apesar de osreconhecimentos realizados até hoje terem sido rela­tivamente superficiais. há indícios de cobre detecta­dos em vários trechos da Península Antártica. Maisdo que isto, sabe-se, por exemplo, que determinadomaciço situado à margem do Mar dc Wcddell apre­senta composição idêntica às formações existentesna África do Sul, cujo subsolo guarda imensa rique­za. Frutos também poderão ser obtidos sob a formade petróleo, cujos indícios foram também constata­dos no Mar de Weddell e na Península Antártica."

Ao concluir, disse:

"Esse trabalho é de todos os brasileiros e, nestesentido, o seminário que hoje se encerra apresentaimenso valor, pois o Congresso Nacional é o am­bicnte onde cstão presentes todos os setores da opi­nião pública do País. É nesse ambiente de livre de­bate das questões nacionais, que se consolidam asopiniões, que se comprova a solidez dos argumentose, diante dos grandes interesses nacionais, que se po­dem climinar dissenções e sectarismos improduti­vos."

Considerações finais

A decisão do Governo brasileiro de aderir, em 16 demaio de 1975, ao Tratado da Antártica e, atualmente, deenviar expedição cientifica com o objetivo de aí promo­ver substancial atividade de pesquisa, demonstrando cla­ramente seu interesse por essa região polar, o que lhepermite pleitear a condição de parte consultiva, nos ter­mos do mesmo tratado, constituiu-se em fato do maisalto alcance para os interesses do Pais. Com efeito, oBrasil não poderia assistir passivamente à ação de váriospaíses numa região tão vital para a sua sobrevivência epara a própria segurança do continente sul-amel:"icano,de que é parte integrante, além das riquezas imensas a se­rem ainda exploradas no campo da alimentação, dasmatérias- primas, da energia, e do vasto campo que seabre à pesquisa científica.

Vários 'países "proclamam soberania" sobre parte daAntártica, tais como: Argentina, Austrália, Chile,França, Nova Zelândia, Noruega, Grã-Bretanha eURSS. os Estados Unidos não reivindicam nenbum se­tor, mas também não reconhecem direitos aos demaisEstados e propuseram a internacionalização sob o regi­me de tutela da Carta da ONU.

O Japão, pelo tratado de paz de 1951, renunciou àssuas reivindicações.

Variados são os títulos apresentados por esses paísespara justificarem suas reivindicações sobre a Antártica,

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tais como: direito de descoberta, ocupação efetiva de al­guma área, o uti possidetis de jure ou continuidade geoló­gica.

A chamada "teoria dos setores", tão eficazmente apli­cada no Ártico não pode ser aplicada à Antártica, emvirtude da distância entre ela e os demais continentes,impossibilitando a existência de "base continental" paraum país estabelecer o traçado do triângulo de reivindi­cação territorial, cuja base se apoiasse no território dequalquer desses países, c cujo vértice fosse o Pólo Sul.

O Tratado da Antática, assinado em Washington eml' de dezembro de 1959, foi uma posição de compromis­so entre duas tendências básicas, a saber: a da in,ternacio­nalização da Antártica e a do territorialismo. Na impos­sibilidade de um acordo definitivo relativamente às suaspretensões territoriais, os países signatários aceitaramum regime de internacionalização funcional, congelandotemporariamente o contencioso entre eles e, por isso,permitindo a cooperação internacional em matériacientífica.

A originalidade do sistema prende-se à própria nature­za do congelamento temporário do contencioso territo­rial, pois o Tratado mantém como que hibernado, o sta­tu quo dos direitos c posições jurídicas anteriormenteproclamados. É exatamente o qoc reza o artigo IV doTratado.. Se o Tratado enfoca aspectos positivos, tais como, a

utilização permanente e exclusiva da Antártica para finspacíficos, a proibição nela de explosões nucleares e dolançamento de lixo radioativo, a ínstitucionalização deum sistema de controle, o enunciado de normas sobre ju­risdição, a postergação de eventuais reivindicações de so­berania territorial, não deixa também de apresentar seusaspectos condenáveis. Com efeito, ele expressa sobretu­do, nas palavras do Prof. Marotta Rangel, a montagemde um clube de beneficiários, que se outorgam o direitode gerir vasta área do planeta. Em conseqüência, estabe­leceu distinções hierárquicas entre as Partes Contratan­tes classificando-as em três categorias: a dos originários(a mais privilegiada), a dos aderentes que foram admiti­dos como partes consultivas c a dos simplesmente ade­rentes. A intenção, portanto, de garantir a supremaciados países originários é evidente.

A fim de alcançar o nível de País Aderente Consultivo(segunda categoria), podendo ter acesso às reuniões con­sultivas, o Tratado estabelece as seguintes condições: a)que o Estado candidato adira ao Tratado (artigo 13 § I');b) demonstre seu interesse pela Antártica, mediante rea­lização de substancial atividade de pesquisa científica,como, por exemplo, estabelecimento ,de estação cientffi­ca ou o envio de expedição científica (artigo 9' § 2'); c)seja admitido à reunião por todos os Estados que delafaçam parte (artigo 13 §19).

Desejando ser membro consultivo, não poderia o Bra­sil deixar de enviar sua expedição à Antártica e aí estabe­lecer base permanente de pesquisa.

O Tratado prevê que, após trinta anos de sua vigência,vale dizer, a partir de 23 de junho de 1991, possa ele sermodificado.

Quais serão as circunstâncias internacionais nessa é­poca, não sabemos. Por isso, nenhuma garantia temos deque os objetivos a que visou, no sentido de postergar aspretensões territoriais e destinar a região para fins pura­mente pacíficos e de pesquisa científica em beneficio dahumanidade, irão ainda prevalecer.

De qualquer forma e, apesar das deficiências do Trata­do, O Brasil optou pelo caminho mais razoável, ao aderira ele e ao tomar as, providências para atender às con­dições de membro consultivo.

A partir de 1991, ou prevalecerá a corrente de interna­cionalização da .\ntártica (c, que seria o ideal), ou a ten­dência territorialista se i.,:porá, trazendo no seu bojo to­das as reivindkações de domínio exclusivo sobre parteda região,

A esse resreito, vale talvez relembrar alguns asrectosdas relações internacionais que o direito internacional

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

procura disciplinar. Dcsejo referir-me especialmente aum princípio basilar que informa todo o ordenamentojurídico das relações entre os Estados, qual seja o princí­pio da efetividade.

Na verdade, é princípio estabelecido desde os fins doséculo XVIII, que um determinado Estado, a fim de po­der exigir o respeito da parte dos outros Estados da Co­munidade internacional, deve fazer com que todo exerci­cio do poder corresponda a uma situação verdadeira­mente efetiva. E, no que se refere a manutenção da uni­dade do território nacional, a efetividade consiste em umconjunto de circunstâncias que permitem ao Estado emquestão de ter o território à sua disposição e de nele exer­cer seus direitos de soberania, de maneira real e constan­te.

Para que não fiquemos apenas num campo estrita­mente teórico, o estudo critico do problema poderá serfeito à base de uma análise abundante da jurisprudênciainternacional, apresentando, por conseqüência, o Direi­to das Gentes tal como se manifesta na realidade.

Assim, lemos na Sentença Arbitral do Rei da Itália re­lativa à soberania sobre a ilha de Clipperton, quc era dis­putada cntre a França e o México: "era ncccssário, paraque a tese do México fosse fundada, provar que a Espa­nha, não sÓ tinha o direito, enquanto Estado, de incor­porar a ilha às suas possessões mas ainda que o tinha efe­tivamente exercido". (Affaire de l'i1e de Clipperton, inRecueil des sentences arbitrales, voI. II p. 1109). E ainda:"é fora de dúvida que além do "animus occupandl". a to­mada de posse material e não simbólica é uma condiçãonecessária da ocupação" (idem, p. 1110).

Na célebre sentença arbitral relativa ao litígio entre osEstados Unidos e os Países Baixos sobre a ilha de Pal­mas, encontramos uma análise bastante detalhada doconceito de efetividade. O caso é interessante sobretudoem virtude de constituir, como sabemost um exemplotípico de conflito entre um título jurídico e uma situaçãode fato.

Na estrutura da referida senteça, está clara a idéia deque a efetividade é o fundamento mesmo do direito desoberania. Assim, o direito de soberania só existe na me­dida em que ele é exercido efetivamente. Da mesma ma­neira que para a aquisição da soberania em território"res Dullius" é necessário uma posse efetiva, assim tam­bém, em nossos dias, a soberania só se mantém medianteo seu exercício efetivo e constante. Escreve o árbitroMax H uber na célebre decisão '"The growing insistensewith which international law, ever since the middle of the18th Century, has demanded that oecupation shall be ef­fective world be inconceivable, if effeetiveness were re­quired only for the act of acquisition and not equally forthe maintenance ofthe right", ("Island ofPalmas Case",in recueil Des sentences "britrales, vol. II p.839).

O árbitro Max Huber, vai mais além em sua análise.Para ele, na hipótese de ter nascido um litígio por causado exercício dos direitos de soberania por um Estadosobre determinado território, não é suficiente ao outroEstado apenas apresentar um simples tftulo que, emdado momento, lhe havia conferido a soberania no terri­tório em questão. É necessário também, e sobretudo, queele prove que o exercício dos direitos de soberania sobreo aludido território sempre existiu e continuava a existirno momento crítico do litígio" ("Island of Palmas Ca­se", idem, idem, pp.838/839"). É o que podemos deno­minar de concepção dinâmica da soberania, em virtudeda efetividade que constitui o seu fundamento.

E essa concepção positiva da soberania resulta das exi­gências materiais e morais do mundo contemporânio.Continua o grande mestre do direito internacional:"Although municipal law, thanks to its complete judicialSystem, is able to recognize abstraet rights of propcrty asexisting apart from any material display of them, it hasnome the less F'1lited their effect by the prindples ofpre,scription and the protect.ion ofposse,sion, Internatio­nal law, the structure of which is not based on any super-

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state organization, can not be presumed to reduce a rightsuch as territorial sovereignty, with which almost ali in­ternational relations are bound up, to the category of anabstraet right, without concret manifestations" ("Islandof Palmas Case, idem, idem, p.839").

A Jurisprudência internacional ainda nos ensina que,diferentemente do instituto da prescrição aquisitiva doDireito Civil, a efetividade, no Direito Internacional,não é uma questão de prazo fixo, mas uma questão de fa­to. Com efeito, uma situação efetiva pode apresentar-secaracterizada, em pouco tempo ou após certa duração,tudo dependendo das circunstâncias em pauta, O DireitoInternacional jamais estabeleceu um prazo determinado,a fim de caracterizar as situações efetivas.

No "Minquiers and Ecrehos Case", por exemplo, otribunal Internacional de Justiça tomou como base desua decisão' o exercício efetivo da soberania inglesa nasaludidas ilhas, sobretudo durante a chamada fase "críti­ca" do litígio. Afirma o Tribunal: "Of the manifold factsinvoked by the United Kingdom Government, the Courtattaches, in particular, probative value to the acts whichrelate to the exercise of jurisdiction and local administra­tion and to legislation" (T. 1. J., Minquiers and EcrehosCase", Recueil, 1953, p.65).

No mesmo sentido, é a decisão do Tribunal Perma­nente de Justiça Internacional relativa ao litígio entre aDinamarca e a Noruega, a respeito da soberania naGroenlândia: "Même si l'on considere uniquement lapériode comprise entre 1921 et le 10 juillet 1931 (data"crítica"), sans se rélerer aux pério e des antêrieures, laconclusion à laquelle la Cour arrive cst que durant toutce temps, le Danemark s'est considerê comme possédantla souveraineté sur le Groenland tout entier, et qu'il amanifesté et exercé ses droits souverains dans une mesuresuffisant pour constituer um titre valable de souveraine­té" (T.J.!., "Affaire du Groenland Oriental", séria A/B,n9 53 pp. 63-64).

Vale também ressaltar que o conceito de efetividadefornecido pelo Direito Internacional, no que se refere àsoberania territorial, não constitui noçãÇl que se devaaplicar de maneira rígida e inflexível. Ao contrário, elapossui certos caracteres de plasticidade que se amoldamàs diversas variantes das situações jurídicas. São as cir­cunstâncias geográfiças, geológicas e até mesmo demo­gráficas que irão influenciar na determinação dos ele­mentos de continuidade e de estabilidade das situaçõesefetivas.

Na referida sentença arbitral relativa à ilha de Palmas,lemos o seguinte: "Manifestations of territorial sovereig­ty asseume, it is true, different forms, according to condi­tions of time and place. Although continuous in princi­pie, sovereignty cannot be exercised in fact at cvery mo­ment on every point of a territory. The intermittence anddiscontinuity compatible with the maintenance of theright necessarily differ according as inhahited or uninha­bited regions are involved, or regions enclosed withinterritories in which sovereignty is incontestably dis­played or again regions acessiblc from, for instanee, thehigh seas" ("Island ofPalmas Case", in: Recuei! des Sen­tences Arbitrales, vaI. 11, p. 840").

Por fim, é interessante lembrar que, de maneira geral eem situações normais, o reconhecimento constitui, alémde efetividade, a outra condição exigida para que uma"situação de fato" possa penetrar no campo juridico,vale dizer, a fim de que o fato se regularize.

Entretanto, se efetividad'e e reconhecimento devemunir-se para transformar uma pura "situação de fato"em "situação jurídica", nem sempre o mundo das re­lações internacionais se apresenta de maneira tão lógica.Com efeito, inúmeros são os casos de reconhecimentosem efetividade, ou de efetividade sem reconhecimento,sendo que o núcleo da "situação de fato" é, em qualquerhipótese, a efetividade. Conforme o Direito Internacio­nal, um reconhecimento sem efetividade não poderámanter-se, se a ~'situação de fato" reconhecida não

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manifestar-se posteriormente, com alguns" caracteres deefetividade. E uma "situação de fato", realmente cons­tante c efetiva, produzirá efeitos jurídicos, mesmo quenão venha seguida de reconhecimento. Existe, nas hipó­teses referidas, uma polarização do fator efetividade.

Os exemplos poderiam multiplicar-se na análise inter­pretativa da jurisprudência internacional. Apenas che­garíamos também a outras conclusões importantes, co­mo, por exemplo, a de que a efetividade não se confundecom a pura força material mas é uma idéia cujas cono­tações são fornecidas pelo próprio-Direito Internacional.Não tem como causa eficiente o tempo, mas é atravésdeste que se manifesta necessariamentc, pois apenas assituações de fato contínuas e ininterruptas são relevantespara O mundo jurídico internacional. A efetividade nãosó constitui o núcleo das situações de. fato, mas também(fato de extrema importáncia) a condição suficiente davalidade da norma jurídica internacional: as normas sãoválidas porque são efetivas e na medida desta efetivida­de.

O próprio Tratado da Antártica é consiçerado pelomestre internacionalista Chales de Visscher como exem~

pIo de aplicação do princípio de efetividade,("Les Effec­tivités du Droit International Public", Paris, Pedone,1967, pág. 63), Afirma o abalizado prqfessor;, "Le traitéreste dans les traditions les plus classiques du XIX siéelepar ['effectivité du rôle assumé par les douze Etats quil'ont conclu. Ce rôle fut celui d'un véritable directoirequi, par-delá les stipulations conventionnelles, assureleur suprématie dans l'avenir. Il s'en rapproche plus inti­mement encore par le caractér~" "objectif' c'est-à-direopposable à tous du statut institué. On a dit avcc raisonque ce régime eSl, "valable objectivement par lui-même,du seul fai! du rôle effectif que les Douze jouent dansl'Antarctique".

Por todas essas razões, estamos plenamente convictosdo acerto da decisão brasileira em aderir ao Tratado eem tomar as providências necessárias para marcar a suapresença efetiva na região, a fim de que não apenas possahabilitar-se a ser membro consultivo, como tambémpreparar-se para as eventualidades futuras por ocasiãoda revisão do Tratado, a partir de 1991.

Aliás, essa linha' dc ação em conformidade com oprincípio jurídico internacional da efetivídade tem sidouma constante em nossa história política, haja vista opróprio princípio do, "ut possidets de facto" que emba­sou a configuração de nossas atuais fronteiras e a decre­tação unilaretal do mar territorial de 200 milhas.

Para termos êxito na Antártica, precisamos, finalmen­te, a par de nossas opiniões jurídicas e de nossa ação di­plomática, criar uma verdadeira mentalidade marítima,nascida de uma perfeita compreensão do valor do marpor parte das lideranças nacionais de todos os partidos edo próprio povo brasileiro.

A adesão ao Tratado da Antártica e a prentensão desermos dele membro consultivo mediante nova expe­dição científica à região, foi, sem dúvida, medida domais alto alcance político. Resta-nos apenas mostrar quesomos capazes de manter nossas decisões, quando toma­das no sentido do exercício de nossos direitos e da salva­guarda dos supremos interesses da Nação.

AgradecimentosEste relatório não poderia ser encerrado sem uma

menção de reconhecimento às pessoas que emprestaramsua inestimável colaboração para a realização e êxito doSimpósio.

Ficam consignados os nossos agradecimentos ao Ex­celentíssimo Senhor Presidente da Câmara dos Deputa­dos, Deputado Flávio Marcílio, ao Excelentíssimo Se­nhor Ministro das Relações Exteriores, Chanceler Sarai­va Guerreiro, ao Excelentíssimo Senhor Ministro daMarinha, Almirante de Esquadra Maximiano da Fonse­ca, ao Magnífico Reitor e Mestres da Universidade deSão Paulo, aos prezados Congressistas, companheiros deComissão, bem como aos dedicados funcionários e a to-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

dos que colaboraram na organização deste Simpósio, eem geral aos que participaram dos trabalhos na condiçãode expositores, debatedores e ouvintes.

Na parte operacional, à Sr' Édna Medeiros Barreto,Secretária da Comissão de Relações Exteriores, assimcomo às senhoras Regina Beatriz Ribas Mariz, Tcrezi­nha Versiani Pitanguy, Wanda da Silva Salmhofer e aosenhor Ivo Pires Bezerra que, com competência e dedi­cação. constituíram pontos altos na eficiente realizaçãodos trabalhos.

Estendemos nossos agradecimentos ao Diretor Joli­mar Corrêa Pinto e ao chefe do Serviço de Adminis­tração do DECOM. Mauro Diniz Brumana, pelo apoiodado à realização do Simpósio.

Ao ilustre Senador Nilo Coelho, Presidente do SenadoFederal, nossos agradecimentos por nos ter cedido o Au­ditório Pctrônio Portela, uma vez que o Plenário da Co­missão de Relações Exteriores na Câmara não compor­taria o númcro de pessoas interessadas em participar doSimpósio.

Creditamos o êxito e o brilhantismo do Simpósio aoilustre Deputado Diogo Nomura, Presidente da Comis­são de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados,que, com seu dinamismo e dedicação, proporcionou atodos os brasileiros um conhecimento atualizado do Pro­grama Brasileiro na Antártica.

Brasilia, setemhro de 1983. - Deputado Tarcísio Du­rity, Relator.

ERRATA

Na Ata da 4' Reunião Ordinária da Comissão de Ser­viço Público, realizada em 27 de junho de 1984, no itemrelativo ao Projeto de Lei nO 3.472/84, onde se lê:

" "Parecer: Favorável, com emenda oferecida peloSr. Nilson Gibson e aceita pelo Relator.....,

Leia-se:

.. "Pare,cer: Favorável, com emenda oferecida peloSr. Nilson Gibson e aceita pelo relator, bem comoadoção de duas emendas oferecidas pela Comissãode Constituição e Justiça.....

Em, 14 de agosto de 1984. - Edson Nogueira da Ga­ma, Secretário.

COMISSÃO DE TRANSPORTES

Distribuiçij.o de Projetos em 16 de agosto de 1984Ao Senhor' Deputado Raul Bernardo:Projeto de Lei nO 1.440/83 -,. "Proíbe às empresas de

transporte coletivo utilizar a figura de motorista­cobrador, e dá outras providências". Autor: SenhorFrancisco Dias

Ao Senhor Deputado Marcos Lima:Projeto de Lei nO 1.512/83 -., "Permite a aquisição de

automóveis movidos a álcool adaptados para uso de pa­raplégicos, com isenção de Imposto sobre Produtos In­dustrializados". Autor: Senhor Denisar Arneiro.

Ao Senhor Deputado Denisar Arneiro:Projeto de Lei nO 2.191/83 -.. "Dispõe sobre gratuida­

de nos transportes coletivos a excepcionais, e dá outrasprovidências". Autor: Senhor Leônidas Sampaio.

Ao Senhor Deputado Horácio Ortiz:Projeto de Lei nO 2.739/83 -., "Exclui da aplicação do

dispostq nos artigos 60, inciso I, 164 e 169, do Código deProcesso Penal, os casos de acidentes de trânsito". Au­tor: Senhor José Carlos Teixeira.

Ao Senhor Deputado Manoel RibeirQ:Projeto de Lei nO 3.038/84 - .. "Dispõe sobre a

cobrança de reajuste nos preços das passagens aéreils":AutOr: Senhor Paulo Lustosa.

Ao Senhor Deputado José Fernandes:Projeto de Lei nO 3.130/84 - .. "Modifica a Lei n9

5.108, de 21 de setembro de 1966, que instituiu o Código

Agosto de 1984

NacionaI de Trânsito, para alterar e acrescentar disposi­tivo". Autor: Senhor Doreto Campanari.

Ao Senhor Deputado José Colagrossi:Projeto de Lei nO 3.131/84 -,-, "Denominll. "Aeroporto

Internacional Juscelino Kubitschek de Oliveira", o Ae­roporto dc Confins, no Distrito de Lagoa Santa, no Es­tado de Minas Gerais, e dá outras providências". Autor:Senhor Antônio Pontes.

Ao Senhor Dcputado Navarro Vieira Filho:Projeto de Lei n9 3.486/84 - Assegura aos ex­

combatentes da Segunda Guerra Mundial direito a pas­sagem gratuita nos transportes coletivos, rodoviários eferroviários, e dá outras providências". Autor: SenhorDjalma Falcão.

Ao Senhor Deputado Pedro Germano:Projeto de Lei nO 3.492/84 -,.. "Introduz alterações no

Decreto-lei n9 512, de 21 de março de 1969, que dispõesobre a política nacional de viação rodoviária". Autor:Senhor Léo Simões.

MESA5' Reunião da Mesa, realizada em 8-8-84

Aos oito dias do mês de agosto de hum mil novecentose oitenta e quatro, às 9 horas, reúne-se a Mesa da Câma­ra dos Deputados, sob a presidência do Senhor Deputa­do Flávio Marcílio, Presidente. Presentes os Senhors De­putados Paulino Cícero de Vasconcellos, Walber Gui­marães. Fernando Lyra, Ary Kffuri, Francisco Studart eAmaury 'Müller, respectivamente, 19 e 29 Vice­Presidentes, lO, 20, e 40Secretários. Havendo número le­gaI, o Senhor Presidente declara abertos os trabalhos. I- Pauta do Senhor Presidente. A Mesa resolve: a) No­mear Darcy Maria Gasparetto Camargo, Técnico Legis­lativo, Classe Especial, para exercer, no Gabinete doLíder do Partido Democrático Social, o cargo de Asses­sor Técnico, CD-DAS-I03.3, do Qu-adro Permanente daCâmara dos Deputados; b) Aprovar a 4' Reformulaçãodo Orçamento Analítico da Câmara dos Deputados parao exercício de 1984; c) Aprovar a prestação de contas doClube do Congresso, da parcela correspondente ao 19 tri­mestre do corrente exercício; d) Ratificar os despachosfavoráveis proferidos pelo Senhor Presidente ad referen­dum da Mesa, nos seguintes expedientes: I) Exoneraçãode Jarbas Alves Stelman, do Cargo de Assessor Técnico,CD-DAS-102.3, que exercia no Gabinete do 39 Secre­tário, a partir de 2 de julho do corrente ano; 2) No­meação de José Carlos dos Santos Araújo para exercer,no Gabinete do 30 Secretário, o cargo de Assessor Técni­co, CD-DAS-l02.3; 3) Participação de Maria Rosindada Silva no 111 Curso de Especialização em América La­tina, na Universidade de Brasília; 4) Proposta de pedidode crédito suplementar, no valor de 24.000.000.000,00(vinte e quatro bilhões de cruzeiros), para reforço dasdotações de outras despesas correntes e de capital; 5) Re­quisição.A) Raimundo Nonato Batista, das CentraisElétricas do Piauí S.A, sem prejuízo dos vencimentos evantagens do cargo que ocupa; b) Sonia MagalhãesHoltz, R.G. 506.099, Professor, Classe A, nível OI, doGoverno do Estado do Paraná, até 31-12-84, com ônuspara o órgão de origem; c) Filomena Rochelle FonteneleMoraes, Datilógrafa, Ref. 04, Cl. A da Prefeitura Muni­cipal de Fortaleza; d) Yaci de Andrade Guimarães Perei­ra, Registro n9 I17.260.3.00, Prof. I Grau - NI - Catom, Efetiva, da Prefeitura do Município de São Paulo,sem prejuízo dos vencimentos e vantagens do cargo queocupa; e) Alcina Alice de Melo Rubio, Registro n9311.327, Prof. Educ. Infantil, Padrão EM-OI-B, lotadaem SME-SUPEME, da Prefeitura do Município de SãoPaulo, sem prejuízo de vencimentos, direitos e demaisvantagens do seu cargo; t) Caio Márcio Seabra Jacob­son, servidor do Governo do Estado de Goiás, com ônuspara o órgão de origem, até 15 de março de 1987; g) Ene­as Camargo Neves, Técnico de Administração, matrícu­la n900.948-2, da Companhia Imobiliária de Brasilia ­TERRACAP, do Governo do Distrito Federal, até 31 de

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dezembro de 1984, sem prejuízo de seus salários. h)Fabíola Ferreira Magalhães, Professora do Governo doEstado de Minas Gerais; i) Ernani Gurgel de Lima, ser­vidor do Ministério da Justiça, sem prejuízo de suasfunções de Coordenador do Projeto Teixeira de Freitas,por 90 dias; j) Osvaldo Ferreira de Souza, Agente de Ad­ministração, matrícula n' 20/095.405-7, da Prefeitura daCidade do Rio de Janeiro, com ônus para o órgão de ori­gem; I) Liane Lidia Born, matrícula n' 20718390, da Es­cola de I' Grau Anne Frank - l' DE, do Governo doEstado do Rio Grande do Sul, pelo prazo de um ano,sem prejuízo dos respectivos vencimentos. 6) Prorro­gação de requisição. a) Arithozina Moreira da Silva, RGn' 062.660, Instrutora de Ensino Superior da Universida­de Estadual de Ponta Grossa. do Governo do Estado doParaná, com ônus para o órgão de origem, até 31-12-84;b) Adelise Maria Bretas, servidora do Governo do Esta­do de Minas Gerais, até 15 de julho de 1985, sem prejuí­zo do vencimento e vantagens do cargo; c) Jorge Paivado Nascimento, servidor das Centrais Elétricas do Nortedo Brasil S.A., até 1'-3-85, nas condições solicitadas; d)Maria Helena Ottoni Guedes, do Instituto Brasileiro doCafé, até 2-4-85; e) Manoel Alves de Castro, R.G. n'300.765/DF, Escriturário, padrão li-A, temporário, doGoverno do Distrito Federal, em caráter excepcional,sem prejuízo dos salários e das demais vantagens de suafunção-Atividade, até 31 de dezembro de 1984. Com apalavra, o Senhor Presidente apresenta à Mesa esboço deprí/jeto do Arquiteto Oscar Niemeyer, elevando de 420para 525 o número de Gabinetes de Deputados no Ane­xo IV, bem como, a construção de um auditório para 800pessoas, tendo em vista a deficiente capacidade existente.f). matéria fica sobrestada na Mesa. li - Pauta do Se­nhor l' Vice-Presidente. A Mesa aprova os pareceresproferidos por S. Ex', nos seguintes requerimentos de io­formaçao: a) Deputado Clemir Ramos - ao Senhor Mi­nistro da Fazenda, sobre pedido de importação efetuadopela Xerox do Brasil à Cacex - pelo encaminhamento;b) Deputado Osvaldo Melo - ao Senhor Ministro dasMinas e Energia, sobre a instalação de uma base de su­primento de inflamáveis, em Açailândia, Estado do Ma­ranhão - pelo encaminhamento; c) Deputado MárcioBraga - ao Senhor Ministro das Minas e Energia, sobreo balanço Consolidado da PETROBRÁS, referente aoexercício de 1983 - pelo encaminhamento; d) DeputadoAdemir Andrade - ao Senhor Ministro-Chefe da Secre­taria de Planejamento da Presidência da República,sobre critérios adotados pelo Conselho Interministerialde Preços nos aumentos do cimento, veículos automoto­res e medicamentos - pelo encaminhamento; e) Deputa­do Francisco Amaral - ao Senhor Ministro Chefe doGabinete Civil da Presidência da República, sobre a re­gulamentação da Lei n' 5.524, de 5 de novembro de 1968- pelo encaminhamento, excluindo-se os itens I, 2, 3,4e 5. f) Deputado Raymundo Asfora - ao Senhor Minis­tro da Justiça, sobre o convênio entre a União e o Estadoda Paraíba para construção de uma penitenciária emCampinha Grande - pelo encaminhamento.1I1 - Pau­ta do Senhor 2' Vice-Presidente. A Mesa aprova os pare­ceres proferidos por S. Ex', nos seguintes expedientes, re­ferentes a reembolso de despesas médico-hospitalares: a)Processo n' 8.494/84. Deputado Vingt Rosado•. "O De­putado Vingt Rosado requer o reembolso de despesasmédico-hospitalares no valor de Cr$ 701.071,25 (setecen­tos e um mil, setenta e um cruzeiros e vinte e cinco centa­vos), realizadas no Instituto Hilton Rocha, em Belo Ho­rizonte, MG. Os órgãos técnicos da Casa examinando oprocesso opinaram favoravelmente ao reembolso, sendoque o Fundo Rotativo glosou a importância de Cr$100.650,00 (cem mil, seiscentos e cinqüenta cruzeiros)por se tratar de despesas havidas com acompanhante eserviços extras. Assim, somos favoráveis ao deferimentodo pedido no valor de Cr$ 600.421,00 (seiscentos mil,quatrocentos e vinte e um cruzeiros)." b) Processo n'5.533/84. Deputado Pedro Colin. "O Deputado PedroColin requer o reembolso de despesas médico-

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

hospitalares no valor de Cr$ 4.105.075,00 (quatro mi­lhões, cento e cinco mil e setenta e cinco cruzeiros) reali­zadas no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Pau­lo - Capital. Os órgãos técnicos da Casa decidiram, emparecer final, que o processo está em ordem, sendo que oFundo Rotativo glosou a importância de Cr$ 18.000,00(dezoito mil cruzeiros) referente a despesas telefónicas.Assim sendo, somos favoráveis ao reembolso da quantiade Cr$ 4.087.075,00 (quatro milhões, oitenta e sete mil esetenta e cinco cruzeiros) a correr por conta do FundoRotativo da Câmara dos Deputados". c) Processo n'8.176/84. Deputado Nilton Alves.. "O Deputado NiltonAlves requer o reemboso de despesas médieo­hospitalares no valor de Cr$ 1.241.737,00 (hum millhão,duzentos e quarenta e um mil, setecentos e trinta e setecruzeiros), jã efetuadas as glosas apontadas pelo Encar­regado do Fundo Rotativo. Os órgãos técnicos da Casaopinaram favoravelmente ao reembolso do pedido eaceitando a glosa feita pelo referido Fundo, somos pelodeferimento do requerimento". d) processo n' 5.363/84.Deputado João Paganella... "O Deputado João Paganellarequer o reembolso de despesas havidas com tratamentomédico-hospitalar no valor de Cr$ 70.200,00 (setenta mile duzentos cruzeiros). O processo foi examinado pelosdiversos órgãos da Casa e recebeu informações favorâ­veis, assim sendo, opinamos pelo deferimento do pedi­do". e) Processo n' 7.144/84. Deputado Wagner Lago."O Deputado Wagner Lago requer o reembolso de des­pesas havidas com tratamento médico-hospitalar no va­lor de Cr$ 2.145.000,00 (dois milhões, cento e quarenta ecinco mil cruzeiros). O processo foi informado favora­velmente pelos órgãos técnicos da casa, com o que tam­bém estamos de acordo. Assim sendo, opinamos pejo de­ferimento do pedido". f) Processo n' 7.490/84. Deputa­do João Cunha." "O Deputado João Cunha requer oreembolso da quantia de Cr$ 4.690.000,00 (quatro mi'lhões, seiscentos e noventa mil cruzeiros) referente a des­pesas havidas com tratamento médico-hospitalar. O pro­cesso foi informado favoravelmente pelos órgãos técni­cos da Casa, com o que também estamos de acordo.Nosso parecer é pelo deferimento do pedido". IV ­Pauta do Senhor l' Secretário. A Mesa aprova os parece­res proferidos por S. Ex' nos seguintes expedientes: a)Aposentadoria. I) Processo n' 8.296/84. Hedésio anjosdas Neves, Técnico Legislativo Adjunto. Trata o Presen­te processo da áposentadoria do Hedésio Anjos das Ne­ves, ocupante do cargo de Técnico Legislativo Adjunto,Clãss<;."B", CD-AL-Oll, Referência NS-19, com o pro­vento correspondente ao vencimento da class~ "C" Refe­rência NS-22, da mesma Categoria Funcional. Segundoinforma o Departamento de Pessoal (fls. 6), o requerenteconta com o tempo de serviço necessário à concessão, oque foi demonstrado através do Mapa de Tempo de Ser­viço de fls. 4, podendo ser aposentado, conforme minutade Ato de fls. 5, nos termos dos artigos 101, item m e102, item 1, alíne';l "a", da Constituição da República Fe­derativa do Brasil, combinados com os artigos 183, itemII, alínea. "a", 186, item I, alínea. "a" e [93, item I, daResolução n' 67, de 9 de maio de 1982, com as vantagensprevistas no artigo 165, item VIII, da mesma Resoluçãon' 67, combinado com o artigo 5' da Resolução n' 38, de1983; no artigo 171 da Resolução n' 67, citada, combina­do com o artigo 3' da Lei n' 5.902, de 9 de julho de 1973;no artigo 7' da Resolução n' I, de 7 de março de 1980,observando-se o disposto no § 2' do citado artigo 102 daConstituição. Manifesto-me pelo deferimento do pedido,de acordo com as informações". 2) Processo n' 7.629/84.João Borges dos Passos. Técnico Legislativo Adjunto.

."Trata o presente processo da aposentadoria de JoãoBorges dos Passos, ocupante do cargo de Técnico Legis­lativo Adjunto, Classe .. "B", CD-AL-OII, ReferênciaNS-19, com o provento correspondente ao vencimentoda Classe. "C", Referência NS-22, da mesma CategoriaFuncional. Segundo informa o Departamento de Pessoal(fls. 5), o requerente conta com o tempo de serviço neces­sário à concessão, o que foi demonstr!,do através do

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Mapa de Tempo de Serviço de fls. 3, podendo ser apo­sentado, conforme minuta de Ato de fls. 4, nos termosdos artigos 101, item III, e 102, item I, alínell. "a", daConstituição da República Federativa do Brasil, combi­nados com os artigos 183, item 11, alínea "a", 186. item I,alínea "a" e 193, item I, da Resolução n' 67, de 9 de maiode 1962, com as vantagens previstas no artigo 165, itemVIII, da mesma Resolução n' 67, combinado com o arti­go 5' da Resolução n' 38, de 1983; no artigo 171 da Re­solução n' 67, citada, combinado com o artigo 3' da Lein' 5.902, de 9 dejulho de 1973; no artigo 7' da Resoluçãon' I, de 7 de março de 1980, observando-se o disposto no§ 2' do citado artigo 102 da Constituição. Manifesto-mepelo deferimento do pedido, de acordo com as infor­mações". b) Designação. I) Processo n' 8.279/84. Depar­tamento de Finanças.. "Trata o presente processo da in­dicaçào de Francisco Antonio Pereira da Silva, TécnicoLegislativo, Classe Especial, ponto n' 944 e Sueli BatistaMachado, Técnico Legislativo Adjunto, Classe" "An

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ponto n' 1.927, para que sejam designados, respectiva­mente, I' e 2' substitutos do Diretor da Coordenação deAdministração Financeira, CD-DAS-101.3, do Departa­mento de Finanças, em seus impedimentos eventuais, apartir de 14 de junho de 1984. Tendo em vista o dispostono § 2' do ar!. 136 da Resolução n' 67 de 1962, com anova redação que lhe foi dada pelo art. l' da Resoluçãon' 14, de 1975, a designação dos substitutos indicados,por não existir na Câmara a substituição automática, de­verá efetivar-se mediante ato expedido pela Mesa, nostermos da minuta de fls. 3, apresentada pelo Departa­mento de Pessoal. Manifesto-me pela aprovação do ato,de acordo com as informações": 2) Processos 8.952/84 e8.953/84. Departamento de Material e Património."Trata o presente processo da indicação de Itamar Cos­ta, Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n' 1.265,e Carlos Alberto Rêgo Azevedo, Técnico Legislativo,Classe Especial, ponto n' 1.438, para que sejam designa­dos, respectivamente, I' e 2' substituto do Diretor daCoordenação de Material e Património, CD-DAS-I01.3,do Departamento de Material e Patrimônio, em seus im­pedimentos eventuais, a partir de 5 de julho de 1984.Tendo em vista o disposto no § 2' do ar!. 136 da Reso­lução n' 67, de 1962, com a nova redação que lhe foidada pelo ar!. I' da Resolução n' 14, de 1975, a desig­naçào dos substitutos indicados, por não existir na Câ­mara a substituição automática, deverá efetivar-se me­diante ato expedido pelo Mesa, nos termos da minuta defls. 6, apresentada pelo Departamento de Pessoal.Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordo com asinformações". 3) Processos nOs 08.949/84 e 08.950/84.Departamento de Material e Patrimônio,. "Trata o pre­sente processo da indicação de José Gouveia Pereira,Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n' 784, c JdséRomero Pereira, Técnico Legislativo, Classe Especial,ponto n' 1.463, para que sejam designados; respectiva­mente, I' e 2' substitutos do Diretor de Coordenação deMaterial, CD-DAS-I01.3, do Departamento de Materiale Patrimônio, em seus impedimentos eventuais, a partirde 29 de junho de 1984. Tendo em vista o disposto no § 2'do art. 136 da Resolução n' 67, de 1962, com a nova re­dação que lhe foi dada pelo art. I' da Resolução n' 14, de1975, a designação dos substitutos indicados, por nãoexistir na Câmara a substituição· áutomátiea, deveráefetivar-se mediantcato expedido pela Mesa, nos termosda minuta de fls. 5, apresentada pelo Departamento dePessoal. Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordocom as informações". 4) Processos 8.919/84 e 8.920/84.Departamento de Material e Património... "Trata-se opresente processo da indicação de João Ribeiro da SilvaSobrinho, Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n'1.143, e Valdemir Pereira Rocha, Técnico Legislativo,Classe Especial, ponto n' 1.377, para que sejam designa­dos, respectivamente, I' e 2' substitutos da Diretora doDepartamento de Material e Patrimônio, CD-DAS­101.4, em seus impedimentos eventuais, a partir de 29 dejunho de 1984. Tendo em vista o disposto no § 2' do ar!.

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136 da Resolução n' 67, de 1962, com a nova redaçãoque lhe for dada pelo art. l' da Resolução n' 14, de 1975,a designação dos substitutos indicados, por não existirna Cámara a substituição automática, deverá efetivar-semediante ato'expedido pela Mesa, nos termos da minutade fls. 5, apresentada pelo Departamento de Pessoal.Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordo com asinformações". 5) Processo n' 8.502/84. Coordenação deApoio Parlamentar, "Trata o presente processo da indi­cação de Djalma Bezerra Pereira, Técnico LegislativoClasse Especial, ponto n' 593, para que seja designado 2'substituto do Diretor da Coordenação de Apoio Parla­mentar, CD-DAS-101.3, desta Secretaria, em seus impe­dimentos eventuais, a partir de 29 de junho de 1984. Ten­do em vista o disposto no § 2' do art. 136 da Resoluçãon' 67, de 1962, com a nova redação que lhe foi dada.peloart. I' da Resolução n' 14, de 1975, a designação dosubstituto indicado, por não existir na Câmara a substi:tuição automâtica, deverá efetivar-se mediante ato expe­dido pela Mesa, nos temos da minuta de fls. 03, apresen­tada pelo Departamento de Pessoal. Manifesto-me pelaaprovação do ato, de acordo com as informações". 6)Processo n' 8.701/84. Centro de Documentação e Infor­mação.. "Trata-se o presente processo da indicação deZilah Ferreira Motlinha, Técnico em Pesquisa Legislati­va, Classe Especial, ponto n' 1121, para que seja designa­da l' substituta da Diretora da Coordenação de Publi­cações, CD-DAS-101.3, do Centro de Documentação cInformação, em seus impedimentos eventuais, a partir de28 de junho de 1984. Tendo em vista o disposto no § 2'do art. 136 da Resolução n' 67, de 1962, com a nova re­dação que lhe foi dada pelo art. I' da Resolução n' 14, de1975, a designação da substituta indicada, por não existirna Câmara a substituição automática, deverá efetivar-semediante ato expedido pela Mesa, nos termos da minutade fls. 3, apresentada pelo Departamento de Pessoal.Manifesto-me pela aprovação do ato, de acordo com asinformações". 7) Processo n' 9.112/84. Assessoria de Di­vulgação e Relações Públicas•. "Trata-se o presente pro­cesso da indicação de Victor Eduardo Barrie Knapp,Técnico Legislativo, Classe Especial, ponto n' 1192, paraque seja designado I' substituto do Chefe de Serviço deDivulgação, da Assessoria de Divulgação e RelaçõesPúblicas, CD-DAS-101.3, em seus impedimentos even­tuais, a partir de 16 de julho de 1984. Tendo em vista odisposto no § 2' do art. 136 da Resolução n' 67, de 1962,com a nova redação que lhe foi dada pelo art. I' da Re­solução n' 14, de 1975, a designação do substituto indi­cado, por não existir na Cámara a substituição automáti­ca, deverá efetivar-se mediante ato expedido pela Mesa,nos termos da minuta de fls. 3, apresentada pelo Depar­tamento de Pessoal. Manifesto-me pela aprovação doato, de acordo com as informações". c) Dispensa de pon­to. Processo n' 8.310/84. Aldênia Teles Milfont e Cristi­na Alves de Oliveira Piza.. "A Coordenação de PessoalTrabalhista solicita, no presente processo, autorizaçãopara que as servidoras Aldênia Teles Milfont e CristinaAlves de Oliveira Piza, designadas por aquela Coorde­nação, participem do 5' Congresso Brasileiro de Alcoo­lismo, a realizar-se em São Paulo, no período de 6 a 9-9­84, assim como permaneçam naquela capital por maiscinco dias, a fim de conhecerem Centros de Recuperaçãoe programas relativos ao trabalho que vêm realizandonesta Casa. A matéria está regulada pelos Atos da Mesan' 16/75 e n' 93/78. A instrução do processo é no sentidode que seja concedid.a a autorização solicitada, uma vezque os conhecimentos a serem adquiridos pelas referidasservidoras deverão reverter em benefício do serviço daCasa, propondo, ainda, o Senhor Diretor-Geral, sejamaplicadas as Vantagens e observados os deveres estabele­.cidos no art. 11 do Ato da Mesa n' 16/75. Em face dasmanifestações favoráveis constantes do processo soupela concessão da dispensa de ponto solicitada, bemcomo pelo pagamento, pela Câmara, da taxa de ins­crição, na conformidade do disposto no art. 11, e seu §2'; do Ato da Mesa n'.16/75". Em seguida, a Mesa resol-

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ve: a) Aprovar os seguintes Projetos de Resolução: I) Al­tera o Anexo II à Resolução n' 36, de 24 de outubro de1983, e dá outras providências; 2) Introduz alterações naResolução n' 20, de 30 de novembro de 1971. b) Aprovaro Projeto de Lei quI). "reajusta os valores de vencimentos,salários e proventos dos servidores da Câmara dos De­putados e dá outras providências". V - Pauta do Senhor2' Secretário. A Mesa aprova os pareceres de S. Ex' pro­feridos nos seguintes projelos de Resolução: I) Autorizao Senhor Deputado Elquisson Soares a participar demissão cultural no exterior - pela aprovação; 2) Autori­za o Senhor Deputado Epitácio Cafeteira a participar demissão cultural no exterior - pela aprovação; 3) Autori­za o Senhor Deputado Flávio Flores da Cunha Bierren­bach a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 4) Autoriza o Senhor Deputado GastoneRighi a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 5) Autoriza o Senhor Deputado Hermes Za­netli a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 6) Autoriza o Senhor Deputado Jessé Freirea P~fticipar de missão cultural no exterior - pela apro­vação; 7) Autoriza o Senhor Deputado João Herculino aparticipar de missão cultural no exterior - pela apro­vação; 8) Autoriza o Senhor Deputado Luiz Henrique deOliveira a participar de missão cultural no exterior ­pela aprovação; 9) Autoriza o Senhor Deputado MarioJuruna a participar de missão cultural no exterior - pelaaprovação; 10) Autoriza a Senhora Deputada MyrthesBevilacqua a participar de missão cultural no exterior­pela aprovação; 11) Autoriza o Senhor Deputado NadyrRossetti a participar de missão cultural no exterior ­pela aprovação. 12) Autoriza o Senhor Deputado Nel­son Morro a participar de missão cultural no exterior­pela aprovação. 13) Autoriza o Senhor Deputado Pauli­no Cícero de Vasconcellos a participar de missão cultu­ral no exterior - pela aprovação. 14) Autoriza O SenhorDeputado Vieira da Silva a participar de missão culturalno exterior - pela aprovação. Em seguida, o Senhor 2'Secretário relata os seguintes expedientes, referentes a re­tificação de lista de presença; 1). "O Senhor DeputadoGuido Mocsch apresenta requerimento à Mesa solicitan­do retificação das listas de presença em que constam oseu não comparecimento às sessões da Câmara e doCongresso Nacional no dia 24 de maio próximo passado.Remei:fdoõ proéesso ao SetorCõmpêienie dõ Departa­mento do Pessoal para informar, ficou confirmada a suapresença na sessão extraordinária da Câmara (trabalhode Comissão) no dia mencionado. Assim, conforme de­termina o item IV do art. I' do Ato da Mesa n' 14/70,somos pela retificação da falta objeto do presend pro­cesso". A Mesa aprova o parecer; 2)."0 Senhor Deputa­do Pedro Corrêa apresen ta requerimento à Mesa solici­tando retificação de falta registrada no mês de junho docorrente ano. Remetido o proce~so ao setor competentede Departamento do pessoal para informar, ficou confir­mada a sua presença a todas as sessões realizadas naque­le mês, pois, embora no dia 3 tenha estado ausente às ses­sões da Cámara e do Congresso Nacional, recebeu pre­sença na sessão extraordinária destinada ao trabalho deComissão havida naquela data. Assim, conforme 'deter­mina o item IV do art. I' do Ato da Mesa n' 14/70, so- .mos pela retificação da falta objeto do presente proces­so". A Mesa aprova o parecer. Prossegui!!do, o Senhor2' Secretário devolve de vista o processo referente à re­presentação feita pelo Deputado Ulysses Guimarães epelo Senador Affonso Camargo, contra a prisão dos De­putados Aldo Arantes, Jacques D'Ornellas, feita peloGeneral Newton Cruz, e informa, oralmente, que, emprincípiQ, está de acordo com o parecer do relator, entre­tan to, gostaria que o referido parecer contivesse referên­cias à atuação do Presidente da Casa junto às autorida­des governamentais, quando da prisão dos DeputadosAldo Arantes e Jacques D'ümellas. Informa, ainda, quenão deu parecer escrito, dada a urgência da matêria. OSenhor 3' Secretário solicita vista, a qual é concedida.Nada mais havendo a tratar, às I1 horas, o Senhor Presi-

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dente suspende a reunião por 10 minutos, a fim de ser la­vrada a presente ata. Reaberta a reunião, é a ata lida eaprovada. Eu, Secretário-Geral da Mesa, lavrei a presen­te ata que vai à publicação. - Flávio Marcílio, Presiden­te da Câmara dos Deputados.

PORTARIA N' LT/FC/S7/84

O Diretor-Geral da Secretaria da Cámara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir Claudio Goldman, ponto n'33.667, de acordo com a Resolução n' 66, de 17 de marçode 1978, e o Ato da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de1983, para exercer, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho, a função de Auxiliar de Gabinete Par­lamentar, a partir de 22 de junho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral.

PORTARIA N' LT/FC/S8/84

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir Marcos Duarte Cardoso Alves,ponto n' 33.665, de acordo com a Resolução n' 66, de 17de março de 1978, e O Ato da Mesa n' 23, de 02 de de­zembro de 1983, para exercer, sob o regime da Consoli­dação das Leis do Trabalho, a função de Secretário deGabinete Parlamentar, a partir de 29 de junho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - AdeImar Sil­veira Sahino, Diretor-Geral.

PORTARIA N' LT/FC/S9/84

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho e de acordo com a Resolução n' 66, de17 de março de 1978, e o Ato da Mesa n'23, de 02 de de­zembro de 1983, os seguintes Assistentes de GabineteParlamentar: Martha Maria Nogueira Botelho, a partirde 02 de julho de 1984; Miguel Molina Prieto, a partir de31 de julho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral.

PORTARIA N' LT/FC/60/84

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho e de acordo com a Resolução n' 66, de17 de março de 1978, e o Ato da Mesa n' 23, de 02 de de­zembro de 1983, os seguintes Auxiliares de GabineteParlamentar: Manoel Ataíde de Melo Filho, a partir de02 de julho de 1984; Carlos André Elmer, a partir de 04de julho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral.

PORTARIA N' LT/FC/61/84

O Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve admitir, sob o regime da Consolidação dasLeis do Trabalho e de aeordo eom a Resolução n' 66, de17 de março de 1978, e o Ato da Mesa n' 23, de 02 de de­zembro de 1983, os seguintes SECRETÁRIOS DE GA­BINETE PARLAMENTAR: Joaquim Antônio Correa,Maria do Carmo Torres Braz e Ana Catarina RibeiroCunha, a partir de 02 de julho de 1984; Celina CondeRossetti, a partir de 05 de julho de 1984; Lilian Claudia

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Miranda de Souza e Maria José do Nascimento, a partirde 06 de julho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral

PORTARIA N' LT/FC/62/84

o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto noAto da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os se­guintes ASSISTENTES DE GABINETE PARLA-'MENTAR: José Por/Iria Fontenele de Carvalho, ponton' 32.509, a partir d,e 12 de julho de 1984; Luiz FredericoArgollo Leão, ponto n' 31.694, a partir de 30 de julho de1984; Rosana Rita Ruotolo, ponto n' 33.256, a partir de30 de julho de 1984; Sérgio Augusto Fagundes Salomão,ponto n' 31.863, a partir de 31 de julho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral

PORTARIA N' LT/FC/63/84

o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto' no

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Ato da Mesa nl" 23, de 02 de dezembro de 1983, os se­guintes SECRETÁRIOS DE GABINETE PARLA­MENTAR: Dayse da Fonseca Ribeiro Jacó, ponto n'32.909, a partir de 16 de julho de 1984; Ednora Riquiere,ponto n' 33.365, a partir de 16 de julho de 1984; Mauri­cio Cardoso, ponto n' 33.428, a partir de 17 de julho de1984; Elzenita Figueiredo Santos, ponto n' 33.584, a par­tir de 29 de julho de 1984; Marcus Moreira Borges, pon­to n' 33.582, a partir de 29 de julhQ de 1984; GeraldoBraga Pinto, ponto n' 33.641, a partir de 31 de julho de1984; José Moreita Kffuri, ponto n' 31.060, a partir de31 de julho de 1984; Shinji Imai, ponto n' 33.648, a partirde 31 de julho de 1984; Simone Lobão Melo Raulino,ponto n' 31.121, a partir de 31 dc julho de 1984; WilsonRoberto Magalhães, ponto n' 32.877, a partir de 31 dejulho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral

PORTARIA N' LT/FC/64/84

o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto noAto da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os se­guintes MOTORISTAS DE GABINETE PARLA-

SECRETARIA-GERAL DA MESA

1 9 8' 3

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES ENCAUINHADOS

EUEI/TA

Sábado 18 8063

MENTAR: Benedito Chavita de Souza, ponto n' 32.926,a partir de 30 de julho de 1984; Nilton Alves Gondim,ponto n' 32.422, a partir de 30 dc julho de 1984; MuriloSilva, ponto n' 33.479, a partir de 31 de julho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral

PORTARIA N' LT/FC/65/84

o Diretor-Geral da Secretaria da Câmara dos Deputa­dos, no uso das atribuições que lhe confere o art. 147,item XV, da Resolução n' 20, de 30 de novembro de1971, resolve dispensar, de acordo com o disposto noAto da Mesa n' 23, de 02 de dezembro de 1983, os se­guintes AUXILIARES DE GABINETE PARLAMEN­TAR: Carlos Gomes Matias, ponto n' 33.249, a partir de02 de julho de 1984; Maria Célia Silveira Magalhães,p'onto n' 33.630, a partir de 04 de julho de 1984; 01airMaricciri Moura, ponto n' 33.481, a partir de 12 de julhode 1984; Maria de Jesus Almeida Silva Castro, ponto n'33.357, a partir de 19 de julho de 1984; Nize MarinhoRamos, ponto n'33.592, a partir de 22 de julho de 1984;Adelina Rieger Horrmann, ponto n' 30.776, a partir de30 de julho de 1984; Suely Dantas Costa, ponto n'33.015, a partir de 31 de julho de 1984.

Diretoria Geral, 16 de agosto de 1984. - Adelmar Sil­veira Sabino, Diretor-Geral

DATA D.4 R~··::;SS.·~ AC G/...=:::~·~':Z C7:·~7.

PR~~!JE::·:CI.!" D.:; .~~?~='::'IC.~

2/83'

35/83

59/83

63/83

70/83

80/83

JOÃO HERCULINO

'FERREIRA MARTINS

WALL FERRAZ

FRANCISCO AMARAL

HtLIO DUQUE

EDUARDO MATARAZZOSUPLICY

Soticita informações à SEPLAN sobre os aumentos

dos'preçoB dos derivadoB de petróleo.

Soticita informaçõeB ao Sr. MINISTRO EXTRAORDINÁ­RIO PARA ASSUNTOS FUNDIÁRIOS sobr~ a arrecadação

pelo INCRA, nos exerctcios de '1978 a 1982, do Im­

posto Territorial Rupat.

Sol~cita informações ao MIBISTtRIO DA AGRICU~TURA

sobre a 1:mp~antação do Parque NacionaL 'da Capiva­

ra, em são Raimundo Nonato, no Piaut.

Solicita informações ao MINISTtRIO DA PREVIDENCIA

E ASSISTENCIA SOCIAL sobre os débitos em atraso

das. prefeituras municipais e sobre acordos para

pagamento parcetado,

Solicita informações à SECRETARIA DE PLANEJAMENTODA PRESIDENCIA DA REPOBLICA, sobre empresas brasi

Zeiras com sede própria ou alugada no exterio~.

Solicita informações ao MINIBTtRID 'DA "FAZENDA e àSECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESIDENCIA DA REPO. -BLICA, sobre facitidades de empréstimos junto aoBanco do Brasil e a Caixa Econômica Federal, ao

Grupo Coroa-Brastet.

Of. SGM-20, de 09.~3.83

Of. SGM-586, de 29.06.83

Of. SGM-822, de 04,10.83

.Of. SGM~826, de 04.10.83

Of. SGM-833, de 01.10.83

0f. SGM-1048,. de 17.11. 83

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8064 Sábado 18 DIÁRIO 00 CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETARIA-GERAL DA MESA

1 983

REQUERIUEllPOS DE INFORMAÇÔES ENCAUINHADOS

Agosto de 1984

81/83

83/83

84/83

85/83

89/83'

100/83

101/83

/,UTOR

BRANDÃO MONTEIRO

FRANCISI.:O AMARAL

EDU/,RVQ MATARAZZOSUPLICY

FRANCISCO AMARAL

AIRTON SOARES

EDUARDO MATARAZZOSUPLICY;

FRANCISCO AMARAL'

EUEIITA

Solioita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS E

ENERGIA, sobre a real situaçã; d~ Garimpo deSerra Pelada, no Estado do Pará.

Solioita informações ao MINISTtRIO DA PREVIDtN

CIA E ASSISTSNCIA SOCIAL, sobre débitos das pr~

fe.i turas Munioipai.s.·

Solioita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA,

sobre QS oontratos assinados pelas autoriadades

monetárias do GoVeT'no. brasileiro c"Qm os Bancos

oredores do Brasil, em 1982 e 1983.

Solioita informações ao MINIBTtRIO DA JUSTIÇA s~

bre estudos daquela Pasta a respeito da oriação

de novas Juntas de Conoiliação e Julgamento em

todo o Pats.

Solicita informações à SECRETARIA DE PLANEJAME~

TO DA PRESIDtNCIA DA REPOBLICA, sobre o pessoal

das Entidades Estatais.

Solioita infor~ações ao MINISTtRIO DA FAZENDA,

sobre a liquidez do Grupo Coroa-Brastel.

Solioita informações ao DASP' sobre d~~is$ões

ocorridas, de 1982 a 1983, n;s órgãos ,do go~e~

no Federal situados nos Estados, Territórios e

Distrito Federal.

Di1TA DA R~:·::;S5.!.. ~o G.:'=~::~::-E C.=-::-: ~.~

PR'5S1D;;!·lCI.s D..': .~~?;;·5DI C:~

Of.SGM-l049, de 17.11.83

Of. SGM-l051, de 17.11.83

·Of. SGM-1052, de 17.11.83

Of. SGM-l053, de 17.11.83

Of. SGM-j057, de 17.11.83

Df. SGM-1135, de 29.11.8.,

Df. SGM-1136, de 29.11.83

102/83

109/83

FARABULINI. JONIOR Solicita info~mações'à SEPLAN sobre prejuizos de

Empresas Estatais nos últimos 3 anos.

AMILCAR iJE QUEIROZ Solicita informações ao DASP sobre o total dIE ser, -vidores civis, que após a aplioação das medidas

de decorre.nte.s da Le1: ~9 6 .145/70~ retornaram àatividade. Of. 8G#-1144, de 29.22.83

112/83

122/83

126/83

SALLES Li':ITE

FRANCISCO AMARAL

SAMIR ACI/DA

Solicita informações ao MIJE sobre os 50 maiores e

50 menores salários pagos aos funcionários da El~

trobrás, Petrobrás, Interbrás, Cia. Vale do Rio

Do'ce, Nuclebrás e Itaipu Binacionai.

Solioita informações ao MPAS sobre a arreoadação

da taxa de custéio de salário-familia.

SoZicita informações ao MINIST&RIO DA FAZENDA so­

bl'e a fiscalização do Banco C~ntral junto a enti­

dades finance$ras.

Df. SGM-1147, de 29.11.83

Of. SGI·!-1l57, de 29; 11. 83

Of. SGM-1161, d. 29.11.83

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Agosto de 1984 DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETARIA-GERAL DA MESA

1 D 8 3

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES ENCAMINHADOS

Sábado 18 8065

128/83

134/83

136/83

140/83

139/83

141/83

AUTOR

SALLES LEITE

Dos Sra. L{deresdo nJDB. PTB.PDT e PT.

DJALI1A FALCÃO

AMAURY MIILLER

PEDRO NOVAIS

FREIT,lS IiOBRE

EMElJTA

Solicita infol'mações ao MINISTeRIO DA AERONÂUT!.

CA sobl'e 1:nfl'a-estl'utul'a ael'opol't!iál'ia.

Solicita infol'maçõ"" ao MINISTtRIO DA l'AZElIDA so

bre c~~ditQa 6btidos ou garantidos peZo Tesouro

Nacional.

So licita 1:nfol'maçõeS' aó I1RE sobl'e o dossiê d"no­

mi.nado "Re Zatório Saraiva Ir.

Solicita informações ao MPAS sobre a sitação

real das contas da Previdência.

SoZicita informações ao I.fINTER sobre 1"ecuY'sos do

FINOR. aplioados na agl'op"cuál'ia e na indústl'ia,

nOS últimos 5 anos.

solioita inf~rmações à SEPLAlI sobre os cortes nos

investimentos do Sistema TeZebrán.

DATA DA R2.!·!?:SSf... AO GA=I.::~~~ CI:":':' :.";'PRSSIlJE:;CI.:" D.~ _=f~?:·~~iC.";'

Df. S0I1-1163, de 2~.11.83

Df. SOM-0021, de 13.03.84

oj. SGM-0023. de 13.03.84

Df. SGM-0027, de 13.03.84

Of. SGM-0026. de 13.03.84

Df. 5GM-()028, de 13.03.84

1.51/83 OSWALDO LIMA FILHO solicita info.rmações. ao MINISTtRIO DA I1ARINHA sz.

bve os austos em cru~eiroB e em d5Zares das exp~

dições brasilei!'as à Antártida. Df. 50M-0038, de 13.D3.84

1.53/8$ .

157/83

FRANC!S,:O AI1ARAL

RAYMUNDO ASF(JRA

Solicita i1tfo!'mações ao MINISTr:'RIO DO 1!RABALJlO

sob!'e a r"guZame1ttaç~o da rrofiss;o de soci5Zogo.

Solicita informaç5es ao MME sobre as jazidas que

S8 encon~ram em processo de Za1Jra ?10 Estado da

PaI'aiba.

Df. 5GN-p040, d" 13.03.84

Df. SOM-0044/83, de 13.03.84

159/83

169/84

CHAOAS VASCONCELOS Solicita 1:nfoI'mações ,ao TRIBUNAL DE CONTAS DA

UNIífo sobre o repasse pelo Pode!' Exeoutivo das

pa'Y'c87~a8 do Iir e IPI- aos Estados e Munic{plos.

AI1ILC,;R JE QUEIROZ Solicita info!'mações' aO I1ME sobre a constru;:ão

de gasoduto Ugando o Alto Amazonas à oidade de

são Paulo.

Df. OP-0-354, de 13.01.84

Df. SGN-1C1. de 28.03.84

170/84

172/84

COUTItIHiJ JORGE

THOMAZ COELHO

Solicita informações ao MINISTtRIO DOS TRANSPOR­

TES e à SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DA PRESIDrNCIA

DA REPOBLICA, sob!'e o p!'ojeto as "Eclusas de Tu­

curut.

Solicita informações ao MINTER sobre projetos

apI'ovados pela SUDENE em 1983:

Df. SGM-11~, de 28.03.84

Of. S0I1-103. de 28.03.84

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8066 Sábado 18

:r;

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

Sr:CRET.4RIA-Gt.:RAfJ Dj~ !·!ESil

1 .9 B ;)

REQUERTt.jEtlTOS DE I:VFORf:!AÇÕES ENCAMINHADOS

Agosto de 1984

D.1'7'.'1 [iA R::::·:~:::::.~ ..~-':; G..j::::~:;; CI:-':: ...-'PR::SI !J;;·;C-"~.~ D/. p::?:;'~::'IC.';'

179/84 THOMAZ COELHO Sotioita informaç5es ao NINTER sobre a atuç~o do

TJNilC,c; em 1.983. Df. SGM-173, de 18.04.84

181/84 CHAGAS V,ISCONCELOS' soticita ,informações ao TCU sobre transferên­cia de r~oursos do Fundo de Partioipaç~o dos

Municipios refe~antes a seu Estado~ no mês de

março de 1984.Df. GP'-0-801, de 23.04.84(ao Te

185/84

186/84

,9/84

90/84

91/84

92/84

93/84

JOSÉ TAVARES

FRANCISCO AMARAL

JOSÉ CARLOSTEIXEIRA

AMAURY M!Ji.LF"R

AMAURY Mé/LL;:R

JosE TA~'A.PE:)

HÉLIO DUQUE

Solioita informações ao MINIBTtRIO DAS COMUNICA­

ÇVES sobre oritérios adotados para partioipação

das concessionárias no' denom1:nado Irpercentual"

!Jnico. sobre Tráfego Mútuo".

So~iaita info~mações ao UNE sobre reajustes dastarifas de energia etétrioa.

Soticita informações ao MIffISTtRIO DA FAZENDA so

bre d{vida em dótar das omppe.sas· privadas.

Sotic:ita info::mações ao MME sohl'e exploração de

riquezas minerais por empresas muZtinacionais.

Soticita informaçõeo ao ,liME sobre o batanço de

19.83 da PETROBRÁS.

Sotioita informações ao GABINETE CIVIL DA PRESI

DENCIA DA REP!JBLICA, sobre aB ",:aÇJenB do Presi­

dente da Repúbl.ica ao Marr1ocos e a Chin~.

80 lici ta infol>maçÕG8 ao GABINSTE CIVIL DA PRESI

DENCIA DA REPr!BLICA, sobre a' 1',:aÇJem do Presl:den

t~ João FigueiT~do ao Japão e a China.

Df. SGM-178, de 18.04.84

Of· SGM-n.", de 18.04.81

Of. SGM-328, ac 28.~S.84

df. SGI1-32D, dn 28.05.84

Of. SGM-330, dê 28.0S.84

Df. SGM-J31~ {:.; 28. D5. 81:

Df. SGM-332. cc 28.05.81

201/84 JOSE EUDE~

205/84 CHAGAS VAf.CONCELOB

206/84 CRISTIVA T~VARES

Solicita infopmaç3es ao MINI3TtRIO DAS RELAÇ3ES

EXTERIORES, sobpe quais as pl'oviriênc:ias a Gerem

tomadas pa lo GoVerno em t'n l.aç.2io aos nras i l.e {l'OS

desaparecidos na Argentina.

Solicita infol'mações ao I1INISTE':RIO DO INTERIOR,

sobre projetos de açudes a Gorem desenvoLvido;

peta DNOCS no Ccar5.

,soZicita info'Y'mações ao grl1J'IS'l'ÉRIO D/l INDúSTRIA

E DO COMERCIO, Bobre ati.nação de bcnn de r~o­

pri.edade. ào I.4A.1 "Localizados nOD EDtados de !.!-{,

na;:; Gerai:;;., são Paulo., Bahi.a) Pepnam'bucc., Ã{c:­

goas e Pa.:t.>a{ba.

Of. SGM-Z,::(I~ de 06. OB. E1

Of. s"-;r.1-E':i J Cf? ~18.0S.F·;

207/84E VIi t"lDR O

MOURAj·RES DE

SoZ.ic,(ta '1>zformaçães ao XINISTtRIO DA P/j?,Fl'/DA~

sobre financiamentos reaZizados 'la ~rea de 02'6-

dito rurar~ de Janeiro a abril de 1231.

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Agosto de 1984

:: ;; ÁU'i'OR

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRE2'ARIIl-GE'RAL DA MESA

1 983

REQUERII1ENTOS DE INFORléAÇÕES ENCAMINHADOS

EMENTA

Sábado 18 8067

DATA DA R:;.::::;SSA .';D G':'=I::~~~ c::·:: :.';PRESID;:',lC:.:' D.!. R~?~'=!.,~C.~

208/84 FERNANDO GOMES Solicita informações ao MIIlIsrtRIo DA AGRICULr~

RA~ sobre, funcionamento da Comissão E~eoutiva

do PZano da Lavoura Cacaueira- CEPLAC. Of. SGM-513, ce 08.05.84

209/81

210/84

211/84

213/8:1

214/84

215/84

216/84

217/84

218/84

219/84

FRANCIS,-'O AMARAL

FRAlIC [ser; AMARAL

JORGE vrANNA

NELSON DO CARMO

ODILON iJAUJORIA

ORESTE:I MUNIZ

ORESTE:: MUNIZ

PEDRO' UMJPAIO

RAYNUIIDO ASFORA

RAYMU!/[>O ASFORA

RAYNUNDO ASFORA

SoZicita informações ao IJINISTtRIO DA EDUCAÇÃO E

CULTURA, sobre Ziberação de recursos a Munic{­

pios para a construção d~ quadras de esportes e

salas de auZas.

Solicita infol'mações ao I.fINIST'tRIO DAS COMUNICA­

çDES, sobre apZicação de sobretaxa destinada ao

Fundo Nacional de TeZecomunicações, com exclusãodo item 3.

Solicita informações ao MINISTtRIO DA AGRICULTU­

RA, sobre alteração do atual regime jur{dic~

-administrativo. da CEPLAC.

Solicita informações ao MIN.rsrtRlo DA EDUCAÇÃO ECULTURA, sobre a não aplicação do Decreto-lei

n9 3.200, de 19 de abril de 1941, que concede de~

conto das anuidades esaoZares às famiZias com m~

ia -de um filho· no mésmo estabeZeoimel1.to de ensino.

SoZicita informações ao MINISTÉRIO DA FAZENDA,

sobre o.totaZ de empréstimo já contratado e por

contratar com o Japão para a impZ'ementação do

"Programa Nipo-Brasileiro de Cooperação para o

DesenvoZvimento Agr[aola do Ce>:'rado ".

SoZicita informações ao MINISTÉRIO DA FAZENDA,sobre o empréstimo do BrasiZ à Argentina.

Solicita informações ao MINISTtRIO DAS MINAS g

ENERGIA, sobre a utilização, pelo Estado de Ron­

dônia, da energia gerada pela Usina de Itaipu.

SoZicita informações ao MINISTtRIO DA FAZENDA,

sobre a atuação de companhias seguradoras estrangeiras no Brasil.

SoZicita informações ao MINISTCRIO DA AGRICULTU­

RA> sobre contrato; entre o Instituto Brasileiro

d.~Desenvolvi~~nto Florestal e'o Estado da Paraiba.

SoZicita informações ao MINISTÉRIO DO INTERIOR,

sobre a existêneia de recursos dç FINSOCIAL de~

tinados à aquisição de s~mentes para os Estadosdo Nordeste.

SoZicita informações ao MINISTÉRIO DOS TRANSPO~

TES J sobre a paralização das obras de construção

da ponte sob.Te. o R.1:0 são Francisco~ na Cidade de

Ibotirama, Bahia.

Of. SGM-S,", de 08.08.84

Df: SGM-545, de 08.08.84

Df. SGM-51?~ de' 08.08.84

Of. SGM-S1S, de 08.08.84

Df. SGM-SoA, de 08.08.8.

Of· SGM-SSO, de 08.0S.8'

Df. SGM-551, de 08.08.31

Df. SGM-5So> de.OR.C8.R1

Of. SGM-55.1 .. dq 08.08.31

Df. SOM-55., dg OS.OS.81

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8068 Sábado 18

220/84

221/84

222;84

22:>/84

224/84

225/84

LTOR

'RAYMUNDO ASFORA

RAYMUNDO ASFORA

RAYMUNDO ASFORA

RAYI1UNl'O ASFORA

RAYMUND'? A3FORA

RAY/·IU/iDO ASFORA

DIÂRIO DO CONGRESSO NACIONAL (Seção I)

SECRETARIA-GERAL DA MESA

1 .? 8 3

REQUERIMENTOS DE INFORMAÇÕES E/,Clil-fINIIADOS

E!.fF:ilTA

Solicita. informal'õcs ao i1INISTtRIO DA FAZENDA,

sobre aplicaç;o do Banco do Pl'asil no Nordeste,

de 197., a 1983.

SoliC1:ta informações ao MINIST2RIO DO INTERIOR,

sobre cobrança de Taxa do Ocupação, pelo BNli,

aos uSll~rios do conjunto habitacional' Atvaro'Gaudênaio, em Campina Grande, .Paraiba.

Solicita informações ao I1INIST2RIO DA' EDUCAÇÃO

E CULTURA, sobre comemorações a serem realizadas

pelo MEC para comemorar o 49 Centenário de Fund~

1';0 do Estado da Para{ba.

Solicita infol·mações ao MINISTÉRIO DO IN1'ERIOR,

sobre. a extinção do Programa de Criação de" Cen­

tros Sociais Urbanos.

Solicita informações ao UINISTtRIO DA EDUCAÇÃO E

CULTURA, sobre o desenyolvime~to do Programa

"P1"omoção da Saz7de da Nu1.hal~ e da Cl'·!:ança"" no

Estado da Paraiba.

Sclicita informações ac MINIST2RIO DA AGRICULTU­

RA, sob1"e quais as pro1l1:àênc7:as adotadas pe la E:!!..

presa Brasi Ze'l>f'a de Peaquiaa Agl'opecuária-EMBRAPA"

para ,solucionar o problema habitacional das fami­

lias dos antigos servidoPoB do"DNPM que ai11da,rc-"

side~ nas dependincias do CNfA, am Campina Gra~

de.

Agosto de 1984

DATA. DA RE:·:::S5A .,;0 GA3I.~::;':E c::::::~ . ­PR~SIE~::'CI!: D.; .~~:;=!:~c.':"

Df. SGM-555~ de 08.Q8.8~

Df. 33M-SE?, de Q8.C8.E~

Df. SGM-558~ de ~8.0B.84

Of. SGU-~E9, de ~a.08.Bf

Of. SGM-EG~~ da 08.68.F'

226/84 RAYMUilé',? ASPORA 801. 7:01: ta 1:nformações

sobre a desativaç;o. do

1za vegi~o do ÇU1'imat?~

ao MINISTflRIO.DO INTERIOR,

Projetó Ga1"impo implantado

parâ1:bano. of. SGM-SU1 1

227/84

228/84

229/84

RUY LTNO

SANTINlio? FURTADO

OSVALDO MELO

OSVALDO MELO

Solicita informações ao GOVERNO DO DISTRITO FEDE­

RAL, sobre critévios adotados peLa Seorotaria de

Viação e Obras em r~lação a arcas verdes em

alguns' setores residenciais de BraRiZia.

Soliclta informações ao IlINISTtRID DAS COMUNIC(!.

ÇêJES, sob,,,; crité"ios ut;iU"ados papa a f1:xaçõo

da pal,tic-ipaçáo das co}~~e$f]iOna1"ia3 no~ Fundo de

Participação Oniaa sob,'e o tráfego Mútuo.

SoUcita informações ao MINISTtRIO DA 'EDUC.1Çiio

E CULTUR.4, sobre ares tauY'l1ção do prédic do

llConjun to dos Mercedál'1:0B de Bc Zém".

Solicita infol'mal'ões ao 1.!I!!IST2RIO DA FAZENDA,

sobre as obras ~ Gerem executadas no pridio do

"Conjunto dos Uepcedárics de Eelim".

Df. SeM-Se", de 08.0~.81

Df. SGH-SG,), dr. 08. a8. 8.

Of· SGM-504, Cc 08.08.81

Df. SGM-5fE, de G8.0S.84

231/84 FRANCISCO AMARAL So~i(Jita informações ao MIllISTf!RIO DO INTE'RIORJ

r,obr~ o I'1"1(lg1'('[rr)a fla.r.n:ona7- d.e Ccnt:J'fJ[] /3pc7:a1:s'

Urbancs. O;. 8C;,[-,5(ê, de 08.GR."4

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MESALIDERANÇAS

Presidente:

Flávio Marcílio - PDS

1,<'-Vice-Presidente:

Paulino Cícero de Vasconcellos - PDS

2.°_Vice-Presidente:

Walber Guimarães - PMDB

LO-Secretário:

Fernando Lyra - PMDB

2.o-Secretáno:

Ary Kffuri. - PDS

3.o-Secretário:

Francisco Studart - PTB

4.o-8ecretáno:

Amaury Müller - PDT

SUPLENTES

Osmar Leitão - PDS

Carneiro Arnaud - PMDB

José Eudes - PT

Antônio Morais - PMDB

PDS

Líder:

Nelson Marchezan

Vice-Líderes:

Alcides FranciscatoAmaral NettoDjalma BessaEdison LobãoGióia Júnior

J oacil PereiraJorge ArbageRicardo Fiuza

Siqueira CamposCelso Barros

Nilson GibsonJosé Lourenço

Francisco BenjamimJosé Carlos FonsecaSaramago Pinheiro

Otávio CesárioAdhemar GhisiAugusto TreinAmaral Netto

PMDB

Líder:

Freitas Nobre

Vice-Líderes:

Egídio Ferreira LimaSinval Guazzelli

Francisco AmaralVirgildásio de senna.

Ronaldo CamposDjalma FalcãoAmadeu GearaHaroldo LimaHélio Duque

Djalma Falcão

João DivinoJosé Maria Magalhães

Walmor de LucaJoão Bastos

José Carlos VasconcelosFrancisco Amaral

Nelson WedekinRaymundo Asfora.

Denisar ArneiroJorge Vianna.

Roberto FreireJosé Mendonça de Morais

Arthur VirgUio NetoWalmor de Luca

Walmor Giavarina

PDT

Líder:

Brandão Monteiro

Vice-Líderes

Nadyr RossettiJG de Araújo JorgeOsvaldo Nascimento

Clemir Ramos

PTB

Líder:

Celso Peçanha

Vice-Líderes:

Mendes BotelhoRoberto Jefferson

PT

Líder:

Airton Soares

Vice-Líderes

Irma PassoniBete Mendes

DEPARTAMENTO DE COMISSÕES

COMISSÕES PERMANENTES1) COMISSÃO DE AGRICULTURA E

POLfTICA RURALPresidente: Ivo Vanderlinde - PMDB

Vice-Presidente: Geraldo Fleming - PMDBVice-Presidente: João Paganella - PDS

Titulares

PDS

Diretor: Luiz Carlos BabyLocal: Anexo n - Telefone 224-2848

Ramal 6278Coordenação de Comissões Permanentes

Diretora: Silvia Barroso MartinsLocal: Anexo II - Telefone: 224-5179

Ramais: 6285 e 6289

Olavo PiresOswaldo TrevisanPaulo MarquesPimenta da VeigaRaul Ferraz2 vagas

PDTMário JurunaSebastião Ataíde

PT

Suplentes

PDSRubens ArdenghiVago

Presidente: Jorge uequed - PMDBVice-Presidente: Fernando Cunha - PMDBVice-Presidente: Irineu Colato - PDS

Titulares

PDSBrasflio CaiadoVago

PMDB

Pacheco Chaves

Adail VettorazzoAntônio Florêncio

PTB

Eduardo MatarazzoSuplicy

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo li - Sala 11 - R.: 6293 e 6294secretário: José Maria de Andrade Córdova

Dirceu CarneiroJorge Vargas

2) COMISSÃO DE CI~NCIA ETECNOLOGIA

João DivinoJorge VargasManoel AffonsoManoel Costa JúniorMansueto de Lavor:N elson Aguiar

Arildo Teles.

Moacir Franco

Evaldo AmaralJoão RebeloJônathaz Nun'38

Estevam GalváoHumberto SoutoIsrael PinheiroJosé Carlos FagundesOsvaldo CoelhoOtávio CesáríoPedro GermanoPrisco VianaRubem MedinaSaUes Leitesebastião CurióVago

DOreto CampanariHélio DuqueIsrael Dias-NovaesJoão Bastos

PT

Lélio SouzaMárcio LacerdaMarcondes PereiraMattos LeãoMelo FreireO&waldo Lima FilhoRaul BelémSantinho Furtado

PDT

Sérgio Lomba

PMDB

Agenor MariaCarlos MosconiCasildo MaldanerDante de OliveiraDel Boseo AmaraI

Suplentes

PDS

Airton Soares

Afrlsio Vieira LimaAlceni GuerraAntônio DiasAntônio FariasAntônio FlorêncioAntônio MazurekAntônio UenoAssis CanutoCristino CortesDarcy PozzaDiogo NomuraEnoc VieiraEpitácio Bittencourt

Aldo PintoOsvaldo Nascimento

Fernando GomesHarry AmorimIturival NascimentoJorge ViannaJosé Mendonça de

MoraisJuarez BatistaJuarez Bernardes

Cardoso AlvesCarlos Vinagre

Gerardo RenaultHélio DantasJoão Carlos de CarliJonas PinheiroLevy DiasMaçao TadanoPedro CeolinReinhold StephanesRenato CordeiroSaramago PinheiroWildy Vianna2 vagas

PMDB

Airton SandovalAntônio CâmaraAroldo Moletta

Adauto PereiraAlcides LimaAntônio GomesBalthazar de Bem

e CantoBento PortoCelso CarvalhoEmídlo PerondiFabiano Braga CortesFrancisco ErseFrancisco SalesGeovani Borges

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3) COMISSAO DE COMUNICAÇÃO

4) COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO EJUSTIÇA

Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo li - Sala 12 - R.: 6295secretário: Luiz de Oliveira Pinto

João AgripinoJosé UlissesManoel AffonsoOdilon SaImoriaOswaldo TrevisanRalph BiasiPedro SampaioVago

Jonathas NunesOly FachinRita FurtadoSalvador JulianelliStélio Dias2 vagas

PT

PDT

PTB

PMDB

PMDBMiguel ArraesMúcio AthaydeNelson WedekinOswaldo Lima FilhoRenan CalheirosSebastião Rodrigues

JúniorVirgildásio de Senna2 vagas

Suplentes

PDS

Gerardo RenaultGerson PeresJosé BurncLtJosé CamargoJosé Carlos MartinezJOsé Luiz MaiaNagib HaickelNylton VelIosoOrlando BezerraRenato JohnssonVictor Trovão

Presidente: Genebaldo Carreia - PMDBVice-Presidente: Siegfried Heuser - PMDBVice-Presidente: Pratini de Morais - PDS

TitularesPDS

José LourençoJosé MouraJosé Thomaz NonôLuiz Antonio FayetOscar CorrêaRicardo FiuzaRubem MedinaSaulo QueirozSérgio Philomeno

Amaral NettoAntônio FariasAntônio OsórioCelso de BarrosEstevam GalvãoEtelvir DantasFernando CollorHerbert LevyJoão Alberto de SouzaJosé Jorge

Fernando Carvalho

Eduardo MatarazzoSu,plicy

Bocayuva Cunha

Alencar FurtadoAlberto GoldmanArthur Virgilio NetoCoutinho JorgeCristina TavaresDarcy PassosGustavo FariaHaroldo LimaHélio Duque

Adauto PereiraAlcides FranciscatoBalthazar de Bem e

CantoCarlos VirgilioDjalma BessaEduardo GalilEvandro Ayres de

MouraFelix MendonçaGeraldo BulhõesGeraldo Melo

Antônio CâmaraCarlos WilsonCid CarvalhoHenrique Eduardo

AlvesIrajá RodriguesIrapuan Costa JúniorJosé FogaçaMarcelo CordeiroMário Hato

PT

6) COMISSÃO DE ECONOMIA,I,NDúSTRIA E COM~RCIO

7) COMISSAO DE EDUCAÇÃO ECULTURA

José EudesReuniões:Terças, QU!lIltas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 2l) - R.: 6314Secretária: Delzuite Macedo de Avelar

Presidente: Rômulo Galvão - PDSVice-Presidente: Victor Faccioni - PDSVice-Presidente: Dionísio Hage - PMDB

TitularesPDS

PTBAldo Pinto

Ricardo Ribeiro

PDT

Alvaro ValleDarcilio AyresEnúlí{} HaddadEraldo TinocoFerreira MartinsJoão Faustino

PT

Theodoro MendesVaImor Giavarina

PDT

Walter Casanova

PTB

PDT

Nadir Rossetti

PTB

Renato BernardiSamir Achôa

PDS

Paulo Lustosavago

PT

Mário FrotaRonaldo Campos2 vagas

PDT

PMDB

Luiz LealMárcio MacedoMilton ReisRoberto FreireWagner Lago8 vagas

PMDB

Titulares

Suplentes

PDS

José Genoino

Gastone Righi

Raimundo LeiteRaymundo AsforaSérgio Murilo

Matheus Schmidt

Cardoso AlvesFrancisco AmaralIbsen PinheiroJorge LeiteJorge MedauarLélio SouzaLuiz Henrique

Airton Soares

Roberto Jefferson

Nilton Alves

Albino Coimbra Sérgio PhilomenoMozarildo Cavalcanti 3 vagas

PMDB

Clemir Ramos

Suplentes

PDS

celso Barros Lázaro CarvalhoDarcilio Ayres Magalhães PintoEdison Lobão Nelson MorroFrancisco Benjamim Ney FerreiraGOmes da Silva Osmar LeitãoGonzaga Vasconcelos Pedro CoUnHélio Correia Ricardo FiuzaJoão Paganella Ronaldo CanedoJ{}sé Carlos Fonseca Sarney FilhoJosé Mendonça Bezerra Tarcísio BuritiJosé Penedo Theodorico FerraçoJutahy Júnior

Aurélio PeresJosé Carlos

Vasconcellos

Reuniões

Terças, Quartas, Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo 11 - Sala 1'1 - Ramal 6308Secretário: Ruy Omar Prudência da Silva

5) COMISSÃO DE DErESA DOCONSUMIDOR

Presidente: França Teixeira - PDSVice-Presidente: Floriceno Paixão - PDTVice-Presidente: Del Bosco Amaral - PMDB

Aécio CunhaCláudio PhilomenoFigueiredo Filho

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo li - Ramal: 6379Secretária: Maria Júlia Rabello de Moura

Agenor MariaHélio ManhãesIrineu Brzesinski

Magno BacelarSiqueira CamposVieira da Silva

PDS

José BurnettJúlio MartinsMário AssadNatal GaleNilson GibsonOsvaldo MeloOctávio CesárioRondon Pacheco

PMDB

Sinval Guazzelli1 vaga

PTB

PTB

Pedro CeolinRômulo GalváoSaulo QueirozVingt Rosado

PMDB

Paulo ZarzurSamir Achôa.Sérgio Murilo

PDT

PMDB

João CunhaJoão DivinoJoão GilbertoJorge CaroneJosé MelloPimenta da VeigaPlínio Martins

1 vaga

Reuniões:

Cristina TavaresHorácio OrtizManuel Viana

Carlos VirgilioGióia JúniorJaime CâmaraJosé Carlos Martinez

PMDB

Alair FerreiraFernando CollorFrança TeixeiraManoel Ribeiro

Sebastião I1ery

Presidente: Anibal Teixeira· - PMDBVice-Presidente: Nelson do Carmo - PTBVice-Presidente: Salles Leite - PDS

Titulares

PDS

presidente: Leorne Belém - PDSVice-Presidente: Gorgônio Neto - PDSVice-Presidente: José Tavares - PMDB

Titulares

Antônio Morais Ibsen PinheiroCarlos Wilson Marcelo MedeirosHenrique Eduardo Alves Vago

PDT

JG de Araújo JorgeSuplentes

PDS

Carneiro ArnaudFreitas NobreHeráclito FortesMárcio 'Braga

Moacir Franco

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo li - Sala 6 - Ramais 6304 e 6300secretário: Iole Lazzarini

Afrísio Vieira LimaAntônio DiasArmando PinheiroBonifácio de AndradaDjaIma BessaEduardo GalilErnani SatyroGerson PeresGuido Moesch"Hamilton XavierJairo MagalhãesJoaci! PereiraJorgp. Arbage

Ademir AndradeAluizio camposAmadeu GearaArnaldo MacielBrabo de CarvalhoDjaIma FalcãoEgídio Ferreira Lima

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Moacir FrancoPT

PDTAbdias do Nascimento Walter Casanova

PTB

Brandão MonteiroSuplentes

PDS

Nagib HaickelNosser AlmeidaPaulo GuerraRita FurtadoRubens Ardenghi

PTB

Mendes Botelho

José Mendonça BezerraJosué de SouzaOtávio CesárioUbaldo BarémWildy ViannaVago

PMDB

João HerrmannJosé Carlos VasconcelosManoel Costa Jr.3 vagas

Orestes MunizRandolfo BittencourtRonaldo CamposSérgio CruzEduardo Matarazzo

Suplicy (PTl

Suplentes

PDS

PMDB

Carli José CarlosVasconcelos

José MaranhãoManoel Costa Jr.Mansueto de LavorMário FrotaOlavo PiresOrestes Muniz

Adhemar GhisiAlbino CoimbraAntoniO MazurekAssis CanutoBento Portol"rança Teixeira

Aldo ArantesDante ne OliveiraGilson de BarrosIbsen PinheiroLuiz GuedesMárcio Santilli

Jaime CâmaraJoão Batista FagundesJoão Paganel1aJosé FernandesManoel RibeiroMozarildo Cavalcante

PMDB

Coutinho JorgeDomingos LeonelliFreitas NobreHaroldo LimaIsrael Dias-Novaes

TitularES

PDS

Presidente: Mário Juruna - PDTVice-Presidente: Alcides Lima - PDSVice-Presidente:

PDS

Roberto Jeff.erson

Reuniões:

Terças-feiras, às 9,30 horasQuintas-feiras, às 9,30 horasLocal: Plenário da Comissão de RedaçãoSecretária: Mariza da Silva Mata: R.: 6391 e 6393

11) COMISSÃO DO rNDIO

Presidente; Gilton Garcia - PDSVice-Presidente: Assis Canuto - PDSVice-Presidente: :Raul Ferraz - PMDB

Titulares

12) COMISSÃO DO INTERIOR

PDTAbdias do Nascimento

Albérico Cordeiro Leur LomantoAngelo Magalhães Lúcia ViveirosAntônio Mazurek Manoel GonçalvesAntônio Pontes Manoel NovaesAugusto Franco Milton BrandãoClarck Platon Mczarildo Cavalcantecristina Cortes Nagib HaickelEvandro Ayres de Nylton Vel1oso

Moura Orlando BezerraGeraldo Melo Osvaldo CoelhoInocêncio Oliveira Paulo GuerraJoão Rebelo Pedro CorrêaJosé Luiz Maia Victor TrovãoJosé Mendonça Bezerra Vingt RosadoJosué de Souza Wanderley MarizJutahy Júnior

Carlos Alberto deCiro NogueiraDante de OliveiraDomingos LeonelliElquisson SoaresEpitácio CafeteiraHeráclito FortesJackson BarretoJorge Medauar

José Carlos FagundesRenato JohnssonVicente Guabiroba

Haroldo SanfordHumberto SoutoJoão Alves

PDT

PTB_

PTB

Múcio AthaydeSérgio CruzWalmor de Luca

PTB

PMDB

PDT

PMDB

Wilson VazVago

Jessé FreireRenato CordeiroThales RamalhoWanderley Mariz

PMDB

Nyder BarbosaRaul BelémWilson Vaz

PTB

PMDB

Siegfried Heuser3 vagas

PDT

Suplentes

PDS

Suplentes

PDS

Marcelo LinharesWilson Falcão2 vagas

Christóvam ChiaradiaFernando MagalhãesIbsen de CastroJayme Santana

Ademir AndradeDomingos JuvenilLuiz SefairMarcos Lima

Mendonça Falcão

Floriceno Paixão

Angelo MagalhãesCelso CarvalhoEtelvir DantasFerreira Martins

Irajá RodriguesLuiz BaccariniMoysés Pimentel

Alvaro GaudêncioAmilcar de QueirozAugusto TreinFurtado Leite

Milton FigueiredoRoberto RollembergUlysses Guimarães

9) COMISSÃO DE FINANÇAS

10) COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FI­NANCEIRA E TOMADA DE CONTAS

Presidente: Geraldo Bulhoos ~ PDSVice-Presidente: castejon Branco - PDSVice-Presidente: João Herculino - PMDB

Titulares

PDS

Aécio de BorbaJorge ArbageJosué de SouzaManoel Novaes

José Colagrossi

Nelson do Carmo

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Anexo II - Sala 16 - R.: 7151

Secretário: Jarbas Leal Viana

Presidente: Luiz Leal - PMDBVice-Presidente: Agnaldo Timóteo - PDTVice-Presidente: Aécio de Borba - PDS

-Titulares

PDS

Délio dos Santos

Alencar FurtadoFrancisco Pinto

Roberto Jefferson

RicardO Ribeiro

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 23 - R.: 6325 e 6328secretário: Geraldo da Silva

Simão SessimSiqueira CamposVictor Faccioni3 vagas

PDT

PT

Marcondes PereiraOctacílio AlmeidaPaulo MarquesRaimundo Asfora2 vagas

PDTSebastião Nery

PTB

PMDB

Nelson AguiarRandolfo BittencourtRaymundo UrbanoTobias AlvesWall Ferraz

PMDB

PMDBLuiz HenriqueRaul FerrazRoberto RollembergBete Mendes (PT)

França TeixeiraJosé Carlos MartinezJosé MouraManoel RibeiroPaulo Lustosa

PMDBJosé Eudes (PT)Manoel AffonsoMárcio Braga

PDT

SuplentesPDS

Norton MacedoOscar AlvesSimão SessimVieira da SilvaI) vagas

Arildo Teles

Albérico CordeiroBrasilio CaiadoCunha BuenoJairo MagalhãesLeur LomantoMagno Bacelar

Celso Peçanha

Irma Passoni

Aldo ArantesCasildo MaldanerFrancisco DiasHermes ZanetiJoão BastosMárcio Braga

Aloysio TeixeiraCiro NogueiraIbsen PinheiroJoão BastosLeônidas Sampaio

EJ.quisson SoaresFelipe CheiddeHélio ManhãesHenrique Eduardo

AlvC5

Agnaldo TimóteoReuniões:

Quintas-feiras, às 10 horasLocal: Plenário da Comissão de Defesa do

ConsumidorRamais: 6386 - 6387 e 6385Secretária: Maria Linda Morais de Magalhães

Carlos Sant'AnnaFrancisco AmaralGenebaldo CorreiaGenésio de BarrosIrineu BrzesinskiJoão Herculino

Luis DulciReuniões:Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 2:1 - R.: 6318Secretária: Tasmânia Maria de Brito Guerra

8) COMISSÃO DE ESPORTE ETURISMO

Presidente: Oly Fachin - PDSVice-Presidente: Milton Reis - PMDBVice-Presidente: Heráclito Fortes - PMDB

Titular,esPDS

Aécio de BorbaAécio CunhaAlbérico CordeiroAlércio DiasFernando Collor

Albino CoimbraFrancisco DiasJoão Carlos de CarliLéo SimoosMarcelo Linhares

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Irrnlll Passoni

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10 :00 horasLocal: Anexo II - Sala 28 - R.: 6330 e 6333secretário: Benfcio Mendes Teixeira

13) COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: Prisco Viana - PDS

Vice-Presidente: Jcão Batista Fagundes - PDSVice-PresIdente: F,ernando Santana - PMDB

Titulares

PDS

João AlvesJoão Batista FagundesJoão Carlos de CarliJosé Thomáz NonôLúcia ViveirosNosser AlmeidaOscar CorrêaOsvaldo MeloPaulo GuerraPaulo LustosaRaul BernardoSalvador JulianelliSaramago PinheiroSiqueira Camposvago

Miguel Arra.esMilton ReisNyder Barbosaoctacilio AlmeidaPaula MarquesRenato Loures BuenoRosa FloresSebastião Rodrigues

Júnior

Luiz GuedesManoel AffonsoManoel Costa Jr.Odilon SalmorillOrestes MunizPaes de AndradePedro SampaioRaymundo UrbanoTheodoro MendesTobias Alvesmysses Guimarães2 vagas

PT

PDT

Jacques D'OrnellasSérgio Lomba

PTB

Lúcio AlcântaraLudgero RaulinoMauro SampaioTapety Júnior2 vagas

PMDB

José Maria MagalhãesLeônidas SampaioLuiz GuedesMax Mauro

PDT

PMDB

Albino CoimbraAlceni GuerraJosé Lins de Albu­

querqUllLeônidas Rachid

Irapuan Costa JúniorIsrael Dias-NovaesJarbas VasconcelosJoão HerrmannJosé FogaçaJúnia MariseLuiz SefairMárcio MacedoMárcio Santilli

Vago

Anibal TeIxeiraArnaldo MacielArthur Virgilio NetoBorges da SilveiraCarlos Sant'AnnaDionisio HageDjalma FalcãoGustavo FariaJackson BarretoJoão CunhaJoão GilbertoJorge CaroneJuarez Bernardes

Ricardo Ribeiro

Fernando Carvalho

Suplentes

PDS

José EudesPT

PTB

Bocayuva CunhaJG de Araújo Jorge

PDT

Abdias do Nascimento José FrejatCiemir Ramos Nilton Alves

16) COMISSÃO DE SAúDEPresidente: Carlos Mosconi - PMDB

Vice-Presidente: Mário Hato - PMDBVice-Presidente: Oscar Alves - PDS

Titulares

PDS

Armando PinheiroAugusto FrancoBonifácio de AndradaCláudio PhilomenoErnani satyroFernando MagalhãesFurtado LeiteGilton GarciaGorgônio NetoHamilton XavierHélio DantasHomero Santos1talo ContiJaime CâmaraJayme SantanaJ oacil Pereira

Anselmo PeraroBorges da SilveiraCarneiro ArnaudCarlos Sant'AnnaDoreto Campanari

Bete Mendes

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 2 - R.: 6347 e 6348secretária: Regina Beatriz Ribas Mariz

Oswaldo Lima FilhoRoberto FreireVirgildásio de sennaWalmor de Luca3 vagas

PT

PDT

PTB

PMDB

Flávio BierrenbachFreitas NobreFUed Dib!ram saraiva

PMDB

Dilson Fanchin

PDT

Suplentes

José MachadoLevy DiasLuiz Antônio FayetManoel GonçalvesPratini de MoraesRondon Pacheco3 vagas

Suplentes

PDS

Siqueira CamposVago

PMDB

José Carlos VasconcelosMário Hato

PDT

Matheus Schmidt

Alberto GoldmanArthur Virgílio NetoCoutinho JorgeJoão HerrmannJorge CaroneJosé Tavares

Moacir Franco

Adhemar GhisiAécio CunhaBento PortoClark PlatonHaroldo SanfordJoão Alberto SouzaJosé FernandesJOSB Lourenço

Joacil PereiraPrisco Viana

Aloysio Teixeira

Sérgio Lomba

14) COMISSÃO DE REDAÇÃOPresidente: Daso Coimbra - PMDB

Vice-Presidente: Júnia Marise - PMDBVice-Presidente: Lúcia Viveiros - PDS

TItulares

PDSDjalma Bessa Rita FurtadoFrancisco Rollemberg

PMDB

15) COMISSÃO DE RELAÇOESEXTERIORES

Presidente: Pedro Colin - PDSVice-Presidente: Santos Filho - PDSVice-Presidente: José Carlos Teixeira - PMDB

Titulares

PDS

Adroaldo Campos Maluly NetoAntônio Ueno Marcelo LinharesDiago Nomura Nelson MorroCunha Bueno Norton MacedoEdison Lobão Ossian AraripeEnoc Vieira Paulo MalufEpitácio Bittencourt Rubens ArdenghiFrancisco Benjamin Sarney FilhoJessé Freire Tarcisio BurityJosé Camargo Thales RamalhoJosé Carlos Fonseca Theodorico FerraçoJosé Machado Ubaldo BarémJosé Penedo Wilson FalcãoJosé Ribamar Machado VagoMagalhães Pinto

Epitácio CafeteiraFreitas Nobre

Aluizio BezerraChagas VasconcelosDaso CoimbraFernando Santana

José Genoino

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 27 - R.: 6336 e 6339Secretária: Allia Felicio Tobias

Bocayuva Cunha

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 11 - R.: &341 e 6343Secretário: Mozart Vianna de Paiva

Hugo MardiniLéo SimõesMaurIcio CamposNelson Costa.Paulo MelroWolney Siqueira2 vagas

Marcelo CordeiroMárcio Lacerda.Milton FigueiredoPlínio MartinsRaimundo LeiteRandolfo BittencourtRenato ViannaRuben Figueiró~ vagas

PDT

José Frejat

PTBVago

PT

PT

Sinval GuazzelliVirgildásio de SennaWagner Lagovago

PDT

Nadyr Rossetti

PTB

PT

PDS

João FaustinoJonas PinheiroJosé JorgeJosé MouraJúlio MartinsLéo SimõesLeorne BelémLúcio Alcânta.raLudgero RaulinoMauro SampaioOssian AraripeRuy BacelarTapety JúniorVivaldo FrotaWilmar PallisVago

PMDB

PTB

PMDB

Manoel Costa Jr.Marcelo CordeiroMárcio LacerdaMarcos LimaPimenta da VeigaVicente Queiroz

PDT

Suplentes

José Eudes

Celso Amaral

NadY1' Rossettl

Ademir AndradeCeiso SabóiaCid CarvalhoDjalma FalcãoGenésio de BarrosJoão Agripino

Mário Juruna

Djalma Bom

Oswaldo MurtaPaulo BorgesRoberto FreireRonaldo Campos

Bayma JúniorCarlos EloyEmílio GalloEvaldo AmaralFelix MendonçaGonzaga VasconcelosHorácio Matos

Jorge Cury

Adroaldo CamposAlcides LimaAlércio DiasAntônio AmaralAntônio OsórioBayma JúniorCelso BarrosChristóvam ChiaradiaEurico RibeiroFabiano Braga CortesFrancisco ErseFlrancisco SalesGeovani BorgesHerbert LevyHugo Mardinilbsen de Castro

Aloysio TeixeIraAluizio Bezerra.Aluizio CamposAnibal TeixeiraAroldo MolettaDenisar ArneiroDilson FanchinFernando GomesHaroldo Lima.Harry AmorlmJolío HerrmannJoa.qulm RorizJosé Mello

Délio dos Santos

Page 43: imagem.camara.gov.brimagem.camara.gov.br/imagem/d/pdf/dcd18ago1984.pdf · DIÁRIO República Federativa do Brasil DO CONGRESSO NACIONAL SEÇÃO I ANO XXXIX::-N9 088 .CAPITAL FEDERAL

18) COMISSAO DE SERViÇOPOBLlCO

Suplentes

PDS

17) COMISSAO DE SEGURANÇANACIONAL

PDS

Navarro Vieira FIlhoPedro GermanoRaul BernardoRuy BacelarWilmar Pallis

Mauricio camposOsmar LeitãoPaulo MalufSantos FilhoStélio DiasVictor FaccioniWolney Siqueil:'aVago

Vago

PT

PT

Marcos LimaPaulo MincaroniPaulo ZarzurSérgio FerraraTidei de LimaVago

PDT

PTB

PDT

PMDB

PMDB

Luiz LealOrestes MunizPaulo BorgesRosa Flores4 vagas

Suplentes

José Colagrossi

Bete Mende.!!

Adail VettorazzoAmaràl NettoAugusto TreinCarlos EloyEdme TavaresEmidio PerondiEraldo TinocoLeõnidas RachidMaçao Tadano

Hélio CorreiaHomero SantosJairo AziJosé FernandesLázaro CarvalhoManoel Ribeiro

Denisar ArneiroDilson FanchinDomingos JuvenilFelipe CheiddeHorácio OrtizJoaquim Roriz

COORDENAÇÃO DE COMISSOESTEMPoRARIAS

Mendes Botelho

Diretor: Walter Gouvêa Costa

Local: Anexo II - Tel: 226-2912Ramal: 6401

Seção de OlImissóes Especiais

Chefe: SteUa Pràta da Silva Lopes

Local: Anexo II - Tel.: 223-8289Ramais: 6408 e 6409

Seção de Comissões Parlamentaresde Inquérito

Chefe: Lucy Stumpf Alves de Souza

Local: Anexo II - Tel. 223-7280Ramal 6403

Bocayuva Cunha

ReUniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 24 - R.: 6370 e 6371Secretário: Carlos Brasil de Araújo

Airton SandovalFrancisco DiasGeraldo FlemingJosé UlissesJuarez Batista

Darcy Pozza.Eurico Ribeiro

PMDB

Jorge UequedMoyses PimentelVago

PDT

PT

Ronaldo CanedoVivaldo Frota6 vagas

PMDB

Mário de OliveiraNelson WedekinRenan Calheiros2 vagas

PTB

Nelson CostaNilson GibsonPaulo MelroReinhold Stephanes2 vagas

Ivo VanderlindeMirthes Bevilacl::iuaPacheco ChavesVago

PTB

PDT

PMDB

Titulares

PDS

Titulares

PDS

Suplentes

PDS

AntÔnio GomesEm!1io GalloGióia JúniorMaluly NetoMário AssadNatal Gale

Jorge Cury

Aurélio PeresFrancisco AmaralJúlio CostamilanLuiz Henrique

sebastião Atalde

Floriceno Paixão

Mendes Botelho

Adhemar GhisiAntônio Amaral·Osmar Leitão

Epitácio CafeteiraFreitas NobreGilson de Barros

Reuniões:

Quartas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 15 - R: 6360Secretário: Edson Nogueira da Gama

20) COMISSÃO DE TRANSPORTES

Presidente: Simão sessim - PDSVice-Presidente: Carlos Peçanha - PMDBVice-Presidente: Celso Amaral - PTB

Presidente: Luis Duloi - PTVice-Presidente: Cássio Gonçalves - PMDBVice-Presidente: Edme Tavares - PDS

19) COMISSAO DE TRABALHO ELEGISLAÇAO SOCIAL

Djalma Bom

Reuniões:

Quartas-feiras, às 9:00 horasLocal: Anexo II - Sala 9 - R.: 6368Secretário: Ivan Roque Alves

Alair FerreiraAlcides Francisca.toAlércio Dias

Amadeu GearaBrabo de CarvalhoDarcy PassosDomingos LeonelliFernando CunhaIrineu Brzesinski

Rosemburgo Romano7 vagas

Pedro CorrêaRita FurtadoSalvador Julianelli3 vagas

José Tavares

PTB

PDT

PDT

PTB

Ney Ferreira

PMDB

Ruben Figueiró

PDT

3 vagas

PMDB

Paes de AndradeVago

Suplentes

PDS

Wildy ViannaVago

Flávio BierrenbachLuiz Baccarini

Farabulini Júnior

Gilson de Barros

Jorge ViannaMattos LeãoRenato Loures Bueno

Castejon BrancoFrancisco RollembergInocêncio OliveiraJairo AziNavarro Vieira Filho

PMDB

Vago

Reuniões:

Quartas e Quintas-feiras, às 10:00 horasLocal: Anexo II - Sala 19 - R.: 6350 e 6352Secretária: Iná Fernandes Costa.

ttalo Conti

Presidente: Renato Vianna - PMDBVice-Presidente: Myrthes Bevilacqua - PMDBVice-Presidente: Nasser de Almeida - PDS

Titulares

PDS

Francisco PintoJorge Leite

Gomes da Silva

Guido MoeschHorácio Matos01y Fachin

Suplentes

PDS

Antônio Pontes Milton BrandãoJosé Ribamar Machado Vicente Guabiroba

PMDB

Osvaldo Nascimento

Jacques D'Ornellas

Presidente: Francisco Rollemberg - PDSVice-Presidente: sebastião Curló - PDSVice-Presidente: Ruy Lino - PMDB

Titulares

PDa

Gastone Righi

Reuniões:Quartas e Quintas-feiras, às 10.:00 horasLocal: Anexo II - Sala 13 - R.: 6355 e 6358Secretário: Walter Flores Figueira

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Titulwres1) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 634175, DO PODER EXE·CUTIVO, QUE INSTITUI O CóDIGOCIVIL

Aldo ArantesHorácio OrtizVago

PMDB

VagoVago

PDT

João AlvesAlcides FranciscatoJosé Carlos Fonseca

PDS

Augusto Trein.Nosser Almeida

PDS

Anexo II - Sala 14 - Ramais: 6408 e 6409Secretário: Antonio Fernando Borges Manzan

Afrisio Vieira Lima Francisco RollembergFrancisco Benjamim

PMDB

SUPLENTES

PDS

Eurico Ribeiro Victor FaccioniJosé Ribamllr Machado Vivaldo FrotaOsmar Leitão

Fernando SantanaHélio Duque

Octávio CesárioPedro Colin

José FernandesJairo Magalhães

Márcio BragaRuben Figueiró

Flávio BierrenbaehJosé FogaçaJoão Cunha

PDT

Pratini de MoraesRicardo Fiuza

PDT

PDT

PMDB

PMDB

PMDB

PMDB

Suplentes

PDS

Sebastião Nery

Aldo ArantesAlencar FurtadoAnibal Teixeira

Reuniões:

Jacques D'Or,nellas

Djalma FalcãoEduardo Matarazzo

Suplicy

Adhemar GhisiJorge ArbageJosé Camargo

Reuniões:

T€rças-feiras, às 9:30 horasLocal: Plenário da Comissão de EconomiaSecretária: Marei Ferreira BorgesRamal: 6406

REQUERIMENTO N.a 08/83

Prazo: 16-8-83 a 10-9-84

Presidente: Alencar Furtado - PMDB/PRVice-Presidente: Sebastião Nery - PDT/RJ

Relator: S€bastião Nery - PDT/RJ

Titulares

PDS

5) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QU~RITO DESTINADA A APURARAS CAUSAS E CONSEQÜ~NCIAS DOELEVADO ENDIVIDAMENTO EXTER­NO BRASILEIRO, TENDO EM VISTAAS NEGOCIAÇõES COM O FUNDOMONETÃRIO INTERNACIONAL

Antonio MazurekLuiz Antonio FayetLúcio Alcântara

Nilton Alves

Suplentes

PDS

Quintas-feiras, às 9 :00 horas

Local: Plenário das CPIs

Secretário: Sebastião Augusto MachadoRamal 6405

Gustavo FariaIrajá RodriguesInna Passoni (PT)

Jorge ArbageRenato JohnssonJoão Batista Fagundes

Arthur Virgílio Neto Sérgio FerraraNelson Wedekin

Joacil PereiraMaçao Tadano

Sebastião Curió

Pimenta da VeigaTidei de Lima

PDS

PDT

PDT

PDS

PMDB

Airton Soares (PT)

Orestes Muniz

PMDB

Suplentes

Ademir AndradeCid CarvalhoFarabulini J(mior

Reuniões:

Antônio AmaralBento PortoEdison Lobão

João HerrmannIsrael Dias-NovaesLuiz Dulcí

4) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN­QUÉRITO DESTINADA A INVESTI­GAR OS EPISóDIOS QUE ENVOL­VERAM O BANCO NACIONAL DAHABITAÇÃO E O GRUPO DELFIN EQUE CULMINARAM COM A INTER­VENÇÃO DO BANCO CENTRAL NOREFERIDO GRUPO

Quintas-feiras, às 10 :00 horas

Local: Plenário das Comissões Parlamentaresde Inquérito - Anexo II

Secretária: Márcia de Andrade PereiraRamal 6407

3) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN­QU~RITO DESTINADA A INVESTI­GAR EM TODA A SUA PLENITUDEE CONSEQü~NCIAS AS ATIVIDA­DES DO GRUPO CAPEMI

Titulares

Presidente: Deputado Léo SimõesVice-Presidente: Deputado Siqueira Campos

Relator: Deputado Matheus Schmidt

REQUERIMENTO N.a 10/83

Prazo: 17-8-83 a 6-9-84

Presidente: Paulo Mincar<lneVice-Presidente: Bocayuva Cunha

Relator: Alberto Goldmam

REQUERIMENTO N.a 9/83

Prazo: 18-5-83 a 18-6-84

Sérgio Lomba

Israel PinheÍl'oSarn€y Filho

Clemir Ramos

Reuniã.o:

Anexo II - Ramais 640'81 e 6409Secretária: Symíra Palatinik

PDT

Navarro Vieira Filho

PMDB

Odilon SaImoria

PDT

Roberto Freire

PDT

Suplentes

I'DSGuido MoeschJorg€ ArbageVago

PMDB

Arnaldo MacielDjalma Falcão

Brabo de CarvalhoDarcy PassosJosé Melo

Vago

Reunião:

Flávio BierrenbachJorge Viaulla

Adhemar Ghisiítalo Conti

Celso BarrosGerson PeresGorgônio Neto

Math€us Schmidt

Cristina TavaresIsrael Dias-Novaes

Brandão Monteiro

2) COMISSÃO ESPECIAL DESTINADAA DAR PARECER AO PROJETO DELEI N9 3.289/84 (MENSAGEM N9 94,DE 1984, DO PO'DER EXECUTIVO),QUE "DISPÕE SOBRE O CÓDIGOBflASllEIRO DO AR"

Presidente: Bonifácio de Andrada - PDSVice-Presiciente: Manoel RibeIro - PDS

Vice-Presidente: José Maranhão - PMDBRelator-Geral: Jorge Vargas - PMDB

T:LTULARES

PDS

Presidente: Pimenta da Veiga - PMDBVice-Presidente: Elquisson Soares - PMDBVice-Presidente: Gilton Garcia - PDS

Relator-Geral: Ernani Satyro - PDS

Relatores Parciais:Dep. Israel Dias-Novaes -- Parte Geral - Pes­soas, Bens e Fatos JurídicosDep. Francisco Rollemberg - Livro I - ParteEspecial - ObrigaçõesDep. Francisco Benjamim - Livro II - ParteEspecial - Atividade NegociaIDep. Afrisio Vieira Lima - Livro lU - ParteEspecial - CoisasDep. Brandão Monteiro - Livro IV - ParteEspecial - FamíliaDep. Roberto Freire - Livro V - Parte Especial- Sucessões e Livro Complementar

Titulares

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6) COMISSÃO PARLAMENTAR DE IN·QUI!RITO DESTINADA A EXAMINARA UTILlZAÇAO DOS RECURSOS HI·DRICOS NO BRASIL

REQUERIMENTO N.o 12/83

Prazo: 27-9-83 a 20-6-84

Presidente: Deputado Osvaldo CoelhoVice-Presidente: Deputado Mendes Botelho

Relator: Deputado Coutinho Jorge

Titulares

PDSReuniões: Quintas-feiras, às 9:30 horas

Local: Plenário das CPls - Anexo IISecretária: Nelma Cavalcanti BonifácioAnexo II - Tel.: 213-6410

Adroaldo CamposAntônio FlorêncioEtelvir DantasEvandro Ayres de

Moura

Francisco BenjamimLudgero RaulinoOsvaldo Coelho

Coutinho JorgeJorge VargasMarcelo Cordeiro

Aldo Pinto

Mendes Botelho

Antonio GomesJessé FreireJosias LeiteManoel Novaes

PMDB

Randolfo BittencourtFernando SantanaVago

PDT

PTB

Suplentes

PDS

Marcelo LinharesMilton BrandãoVictor Trovão

Geraldo FlemingPaulo MarquesTidei de Lima

Osvaldo Nascimento

Vago

PMDB

Cardoso AlvesVagoVago

PDT

PTB

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olARIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA(Inclusa as despesas de correio)

Seção I (CAmara dos Deputados)

Via-Superfície:

Semestre .....AnoExemplar avulso

.............. Cr$. Cr$

......... Cr$

Seção II (Senado Federal)

Via-Superfície:

3.000,006.000,00

50,00

Sem estre Cr$Ano . Cr$Exemplar avulso Cr$

3.000,006.000,00

50,00

Os pedidos devem ser acompanhados de Cheque Visado, pagáveis em Brasília ou

Ordem de PagamentO pela Caixa Econômica Federal - Agência PSCEGRAF, Conta-Corrente n9

920001-2, a favor do:

Centro Gráfico do Senado Federal

Praça dos Três Poderes - Caixa Postal 1.203 - Brasília - DF

CEP 70.160

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VOTO DISTRITAL

o nQ 78 da Revista de Informação Legislativa, com 464 páginas. é dedicado ao estudo do votodistrital. contendo os seguintes artigos:

COLABORAÇÃO

Voto distrital e poder econômico - Senador Tarso

Dutra

Inadequação e inoportunidade do voto distrital - Jo­saphat Marinho

Ontem e hoje - o voto distrital no Brasil - Rosah Rus­

somano

O voto distrital e suas implicações juridico-pollticas ­

A. Machado Pauperio

A representação política e o sistema distrital misto ­

Manoel Gonçalves Ferreira Filho

Voto distrital: depoimento - Manoel de Oliveira Franco

Sobrinho

Preço do exemplar:

o voto distrital e a reabertura - Paulo Bonavides

Teoria e prática do voto distrital - José Alfredo de Oli­veira Baracho

Eleições e sistemas eleitorais - Nelson de Sousa Sam­

paio

Sistemas eleitorais - Hermann M. Gôrgen

Simulações de divisões distritais dos Estados brasilei­ros para as eleições federais de 1978 - David V.

Fleischer e Sérgio de Otero Ribeiro.

DOCUMENTAÇÃO

Voto distrital - Sara Ramos de Figueirêdo

Cr$ 1.000,00

Assinatura para 1983 - Cr$ 4.000,00 (n9s 7,7 a 80)

Encomendas mediante vale postal ou cheque visado (a favorda Subsecretaria de Edições Técnicas do Senado Federal).

Atende-se. também. pelo reembolso postal.

Subsecretaria de Edições Técnicas

SENADO FEDERAL

BrasHia. DF - CEP: 70160

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EDIÇÃO DE HOJE: 48 PÁGINAS

C~ntro Gráfico do Senado FederalCaixa POlltal 07/1203

Bruma - DF

IPREÇO DESTE EXEMPLAR: Cr$ 50,00 /