74
Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IV Professor: Marcelino Vieira Lopes, Me.Eng.

Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IV

Professor: Marcelino Vieira Lopes, Me.Eng.

Page 2: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

“Não há nada que seja maior evidência de insanidade do que fazer a mesma coisa dia após dia e esperar resultados diferentes...”

Esta

tíst

ica

I

2

Page 3: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

3

1. Introdução e Conceitos

2. Tipos de Motores

3. Funcionamento de motores

4. Regras Práticas para escolha de um motor

Page 4: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Exercício

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

4

Qual a diferença de um gerador para um motor elétrico?

Qual a diferença de corrente alternada para contínua?

Que é fator de potência?

Defina Potência Ativa, Reativa e Aparente?

Page 5: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Introdução

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

5

Motores Elétricos

Motor elétrico e a máquina destinada a transformar energia elétrica em energia mecânica.

O motor de indução e o mais usado de todos os tipos de motores, pois combina as vantagens da utilização de energia elétrica - baixo custo, facilidade de transporte, limpeza, simplicidade de comando - com sua construção simples e grande versatilidade de adaptação às cargas dos mais diversos tipos e melhores rendimentos.

Page 6: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Introdução

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

6

Motores Elétricos

a) Motores de corrente continua

São motores de custo mais elevado e, além disso, precisam de uma fonte de corrente contínua, ou de um dispositivo que converta a corrente alternada comum em contínua. Podem funcionar com velocidade ajustável entre amplos limites e se prestam a controles de grande flexibilidade e precisão. Por isso, seu uso e restrito a casos especiais em que estas exigências compensam o custo muito mais alto da instalação e da manutenção.

Page 7: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Introdução

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

7

Motores Elétricos

b) Motores de corrente alternada

Sao os mais utilizados, porque a distribuição de energia elétrica e feita normalmente em corrente alternada. Os principais tipos são:

Motor síncrono: funciona com velocidade fixa, ou seja, sem interferência do escorregamento; utilizado normalmente para grandes potências (devido ao seu alto custo em tamanhos menores).

Motor de indução: funciona normalmente com uma velocidade constante, que varia ligeiramente com a carga mecânica aplicada ao eixo. Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo custo, e o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para quase todos os tipos de máquinas acionadas, encontradas na prática. Atualmente e possível o controle da velocidade dos motores de indução com o auxílio de inversores de frequência.

Page 8: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Introdução

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

8

ROTACAO DO MOTOR TRIFASICO

Invertendo a rotação

Em qualquer motor trifasico, a inversao do sentido de rotacao e feita trocando-se na “alimentacao” duas fases quaisquer entre si (uma permanece inalterada).

Determinando a rotacão (rpm)

A rotacao de um motor eletrico trifasico (rotor tipo gaiola) e determinada pelo numero de polos do motor e pela frequencia da rede eletrica. A tensao eletrica nao influencia na rotacao (a menos que se aplique tensao muito inferior a nominal, o que refletira na potencia e no torque do motor, neste caso podendo ate queima-lo). Atencao: A quantidade de polos de um motor e por fase.

Page 9: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Introdução

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

9

ROTACAO DO MOTOR TRIFASICO

Velocidade síncrona (ns)

E a velocidade do campo magnético girante formado internamente no motor. Através dela pode-se saber o valor da rotação do motor.

A equação que determina a rpm (rotações por minuto) e:

• Calcule a rotação de um motor trifásico, 60Hz, que possui 6 polos:

22

3.3 ROTAÇÃO DO MOTOR TRIFÁSICO

3.3.1 Invertendo a rotação

Em qualquer motor trifásico, a inversão do sentido de rotação é feita trocando-se na

“alimentação” duas fases quaisquer entre si (uma permanece inalterada),

diferentemente dos motores monofásicos de fase auxiliar, onde é trocada a ligação

do motor (5 por 6).

3.3.2 Determinando a rotação (rpm)

A rotação de um motor elétrico trifásico (rotor tipo gaiola) é determinada pelo número

de pólos do motor e pela freqüência da rede elétrica. A tensão elétrica não influencia

na rotação (a menos que se aplique tensão muito inferior à nominal, o que refletirá

na potência e no torque do motor, neste caso podendo até queimá-lo).

Atenção: A quantidade de pólos de um motor é por fase.

3.3.3 Velocidade síncrona (ns)

É a velocidade do campo magnético girante formado internamente no motor. Através

dela pode-se saber o valor da rotação do motor.

A equação que determina a rpm (rotações por minuto) é:

ns = 2 · 60 · f

p

Onde: ns = velocidade síncrona em rpm

f = freqüência da rede em Hz

p = número de pólos.

Exemplo: Em um motor de 2 pólos em rede de 60 Hz a rotação será de 3600 rpm.

3.3.4 Velocidade assíncrona (n)

Um pouco inferior à velocidade síncrona, a velocidade assíncrona é a rotação

medida no eixo do motor. Em síntese, é a verdadeira rotação do motor, descontado-

se as perdas; daí o nome de motor assíncrono (em português assíncrono significa

fora de sincronismo, no caso entre a velocidade do campo magnético e a do eixo do

motor). O valor lido na placa dos motores, portanto valor nominal, é o valor da

velocidade assíncrona.

3.3.5 Escorregamento (s)

É a diferença entre a velocidade do campo magnético (velocidade síncrona) e a

rotação do motor, sendo também chamado de deslizamento.

Page 10: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Introdução

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

10

ROTACAO DO MOTOR TRIFASICO

Velocidade assincrona (n) Um pouco inferior a velocidade síncrona, a velocidade assíncrona e a rotação medida no eixo do motor. Em síntese, e a verdadeira rotação do motor, descontado- se as perdas; dai o nome de motor assíncrono (em portugues assincrono significa fora de sincronismo, no caso entre a velocidade do campo magnetico e a do eixo do motor). O valor lido na placa dos motores, portanto valor nominal, e o valor da velocidade assincrona.

Escorregamento (s) E a diferenca entre a velocidade do campo magnetico (velocidade sincrona) e a rotacao do motor, sendo tambem chamado de deslizamento.

O escorregamento de um motor normalmente varia em funcao da carga: quando a carga for zero (motor em vazio) o escorregamento sera praticamente nulo; quando for a nominal, o escorregamento tambem sera o nominal.

• Calcule a rotação de um motor trifásico, 60Hz, que possui 4 polos e a plena carga possui um escorregamento de 4%.

Page 11: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos: Tipos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

11

Motores

C.C.

Universal

C.A.

Monofásico

Linear

Trifásico

Síncrono

Assíncrono

Gaiola

Rotor Bobinado

Síncrono

Assíncrono

Gaiola de esquilo

Rotor Bobinado

Page 12: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

12

Page 13: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

13

Um motor simples consiste de uma bobina que gira entre dois ímãs permanentes. (a) Os polos magnéticos da bobina (representados como ímã) são atraídos pelos polos opostos dos ímãs fixos. (b) A bobina gira para levar esses polos magnéticos o mais perto possível um do outro mas, (c) ao chegar nessa posição o sentido da corrente é invertido e (d) agora os pólos que se defrontam se repelem, continuando a impulsionar o rotor. Crédito

http://www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor_teoria1.asp

Page 14: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

14

Esquema de um motor de Corrente Contínua

http://www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor_teoria1.asp

Page 15: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

15

http://www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor_teoria1.asp

Esquema de um motor UNIVERSAL

Page 16: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

16

Esquema de um motor de Passo

http://www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor_teoria1.asp

Page 17: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

17

Esquema de um motor CA Síncrono O motor síncrono AC usa eletroímãs como estatores para fazer girar o rotor que é um ímã permanente. O rotor gira com freqüência igual ou múltipla daquela da AC aplicada.

http://www.feiradeciencias.com.br/sala22/motor_teoria1.asp

Page 18: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

18

Esquema de um motor CA Assíncrono de Indução

Lei de Lenz: A corrente induzida é tal que tende a ir contra as causas que lhe deram origem.

Page 19: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

19

Esquema de um motor CA Assíncrono de Rotor bobinado

Usado para motores que precisam partir com carga 16

Figura 8 – Motores de três velocidades

2.2 MOTOR DE ANÉIS

O motor de anéis tem um rotor que não está fechado em curto-circuito. Nele o rotor é

bobinado e os terminais estão acessíveis externamente através de anéis coletores e

escovas (carvão).

Através das escovas (carvão), é inserida resistência ao circuito do rotor no instante

da partida, que é diminuída aos poucos, conforme o motor vai atingindo velocidade,

até que chegue a zero (curto). Neste momento, o comportamento é exatamente igual

a um motor tipo gaiola.

Figura 9 – Esquematização da ligação de um motor de rotor bobinado

1ª velocidade 3ª velocidade

1 2 3 4 5 6

motor com três enrolamentos comuns

7 8 9

2ª velocidade

motor com enrolamento Dahlander e comum

7

4

3 2

5

6

1

1ª velocidade / 2ª velocidade 3ª velocidade

8 9 10

rederede

M

3~

reostato

estator

rotor

coletorescovas

Page 20: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 3: Motores Elétricos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

21

Page 21: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Conjugado, Energia e Potência

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

22

CONJUGADO (TORQUE de um motor) O conjugado (tambem chamado torque ou momento) e a medida do esforco necessario para girar um eixo.

Pela experiencia pratica observa-se que para levantar um peso por um processo semelhante ao usado em pocos a forca F que e preciso aplicar a manivela depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a manivela, menor sera a forca necessaria. Se dobrarmos o tamanho E da manivela, a forca F necessaria sera diminuida a metade.

Especificação do Motor Elétrico 7

1.2 Conceitos Básicos

São apresentados a seguir os conceitos de algumas

grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para

melhor acompanhar as explicações das outras partes deste

guia.

1.2.1 Conjugado

O conjugado (também chamado torque ou momento) é a

medida do esforço necessário para girar um eixo.

Pela experiência prática observa-se que para levantar um

peso por um processo semelhante ao usado em poços

(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela

depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a

manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o

tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída

à metade.

No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro

do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de

20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do

eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na

manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o

dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.

Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o

eixo não basta definir a força empregada: é preciso também

dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.

O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da

força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado

vale:

C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm

C = F . E (N . m)

1.2.2 Energia e potência mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é

aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem

24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho

(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do

poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =

490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que

usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de

naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m)

OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

A potência exprime a rapidez com que esta energia é

aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total

pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor

elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,

a potência necessária será:

F . d

Pmec

= (W)

t

490

P1

= = 245 W

2,0

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de

realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária

será:

490

P2 = = 377 W

1,3

A unidade usada no Brasil para medida de potência

mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW

(unidade de medida utilizada internacionalmente para o

mesmo fim).

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv)

P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potências dos dois motores acima serão:

245 1 377 1

P1

= = cv P2 = = cv

736 3 736 2

Para movimentos circulares

C = F . r (N.m)

. d. n

v = (m/s)

60

F . d

Pmec

= (cv)

736 . t

onde: C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

1.2.3 Energia e potência elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar

de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma

rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que

irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia

elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma

de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da

rede e a transforma em energia mecânica disponível na

ponta do eixo.

Figura 1.1

www.weg.net

Page 22: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Conjugado, Energia e Potência

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

23

Energia e Trabalho No exemplo anterior, se o poço tem 24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho (W) realizado para trazer o balde do fundo ate a boca do poco e sempre a mesma, valendo:

W = F x d = 20 N x 24,5 m =490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, e a mesma que usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m) OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

Entender a diferença entre trabalho e conjugado

Page 23: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Introdução

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

24

Potência A potência exprime a rapidez com que esta energia e aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realiza-lo. Assim, se usarmos um motor elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária sera:

Especificação do Motor Elétrico 7

1.2 Conceitos Básicos

São apresentados a seguir os conceitos de algumas

grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para

melhor acompanhar as explicações das outras partes deste

guia.

1.2.1 Conjugado

O conjugado (também chamado torque ou momento) é a

medida do esforço necessário para girar um eixo.

Pela experiência prática observa-se que para levantar um

peso por um processo semelhante ao usado em poços

(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela

depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a

manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o

tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída

à metade.

No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro

do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de

20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do

eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na

manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o

dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.

Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o

eixo não basta definir a força empregada: é preciso também

dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.

O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da

força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado

vale:

C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm

C = F . E (N . m)

1.2.2 Energia e potência mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é

aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem

24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho

(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do

poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =

490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que

usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de

naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m)

OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

A potência exprime a rapidez com que esta energia é

aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total

pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor

elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,

a potência necessária será:

F . d

Pmec

= (W)

t

490

P1

= = 245 W

2,0

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de

realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária

será:

490

P2 = = 377 W

1,3

A unidade usada no Brasil para medida de potência

mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW

(unidade de medida utilizada internacionalmente para o

mesmo fim).

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv)

P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potências dos dois motores acima serão:

245 1 377 1

P1

= = cv P2 = = cv

736 3 736 2

Para movimentos circulares

C = F . r (N.m)

. d. n

v = (m/s)

60

F . d

Pmec

= (cv)

736 . t

onde: C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

1.2.3 Energia e potência elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar

de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma

rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que

irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia

elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma

de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da

rede e a transforma em energia mecânica disponível na

ponta do eixo.

Figura 1.1

www.weg.net

Especificação do Motor Elétrico 7

1.2 Conceitos Básicos

São apresentados a seguir os conceitos de algumas

grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para

melhor acompanhar as explicações das outras partes deste

guia.

1.2.1 Conjugado

O conjugado (também chamado torque ou momento) é a

medida do esforço necessário para girar um eixo.

Pela experiência prática observa-se que para levantar um

peso por um processo semelhante ao usado em poços

(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela

depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a

manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o

tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída

à metade.

No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro

do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de

20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do

eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na

manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o

dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.

Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o

eixo não basta definir a força empregada: é preciso também

dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.

O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da

força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado

vale:

C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm

C = F . E (N . m)

1.2.2 Energia e potência mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é

aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem

24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho

(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do

poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =

490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que

usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de

naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m)

OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

A potência exprime a rapidez com que esta energia é

aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total

pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor

elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,

a potência necessária será:

F . d

Pmec

= (W)

t

490

P1

= = 245 W

2,0

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de

realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária

será:

490

P2 = = 377 W

1,3

A unidade usada no Brasil para medida de potência

mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW

(unidade de medida utilizada internacionalmente para o

mesmo fim).

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv)

P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potências dos dois motores acima serão:

245 1 377 1

P1

= = cv P2 = = cv

736 3 736 2

Para movimentos circulares

C = F . r (N.m)

. d. n

v = (m/s)

60

F . d

Pmec

= (cv)

736 . t

onde: C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

1.2.3 Energia e potência elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar

de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma

rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que

irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia

elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma

de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da

rede e a transforma em energia mecânica disponível na

ponta do eixo.

Figura 1.1

www.weg.net

Page 24: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Conjugado, Energia e Potência

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

25

Potência A potência exprime a rapidez com que esta energia e aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total pelo tempo gasto em realiza-lo. Assim, se usarmos um motor elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos, a potência necessária sera:

A unidade usada no Brasil para medida de potencia mecanica e o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW (unidade de medida utilizada internacionalmente para o mesmo fim).

Relacao entre unidades de potencia:

P (kW) = 0,736 . P (cv) P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potencias dos dois motores acima serão:

Especificação do Motor Elétrico 7

1.2 Conceitos Básicos

São apresentados a seguir os conceitos de algumas

grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para

melhor acompanhar as explicações das outras partes deste

guia.

1.2.1 Conjugado

O conjugado (também chamado torque ou momento) é a

medida do esforço necessário para girar um eixo.

Pela experiência prática observa-se que para levantar um

peso por um processo semelhante ao usado em poços

(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela

depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a

manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o

tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída

à metade.

No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro

do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de

20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do

eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na

manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o

dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.

Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o

eixo não basta definir a força empregada: é preciso também

dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.

O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da

força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado

vale:

C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm

C = F . E (N . m)

1.2.2 Energia e potência mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é

aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem

24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho

(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do

poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =

490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que

usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de

naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m)

OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

A potência exprime a rapidez com que esta energia é

aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total

pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor

elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,

a potência necessária será:

F . d

Pmec

= (W)

t

490

P1

= = 245 W

2,0

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de

realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária

será:

490

P2 = = 377 W

1,3

A unidade usada no Brasil para medida de potência

mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW

(unidade de medida utilizada internacionalmente para o

mesmo fim).

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv)

P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potências dos dois motores acima serão:

245 1 377 1

P1

= = cv P2 = = cv

736 3 736 2

Para movimentos circulares

C = F . r (N.m)

. d. n

v = (m/s)

60

F . d

Pmec

= (cv)

736 . t

onde: C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

1.2.3 Energia e potência elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar

de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma

rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que

irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia

elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma

de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da

rede e a transforma em energia mecânica disponível na

ponta do eixo.

Figura 1.1

www.weg.net

Especificação do Motor Elétrico 7

1.2 Conceitos Básicos

São apresentados a seguir os conceitos de algumas

grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para

melhor acompanhar as explicações das outras partes deste

guia.

1.2.1 Conjugado

O conjugado (também chamado torque ou momento) é a

medida do esforço necessário para girar um eixo.

Pela experiência prática observa-se que para levantar um

peso por um processo semelhante ao usado em poços

(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela

depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a

manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o

tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída

à metade.

No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro

do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de

20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do

eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na

manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o

dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.

Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o

eixo não basta definir a força empregada: é preciso também

dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.

O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da

força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado

vale:

C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm

C = F . E (N . m)

1.2.2 Energia e potência mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é

aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem

24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho

(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do

poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =

490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que

usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de

naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m)

OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

A potência exprime a rapidez com que esta energia é

aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total

pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor

elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,

a potência necessária será:

F . d

Pmec

= (W)

t

490

P1

= = 245 W

2,0

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de

realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária

será:

490

P2 = = 377 W

1,3

A unidade usada no Brasil para medida de potência

mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW

(unidade de medida utilizada internacionalmente para o

mesmo fim).

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv)

P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potências dos dois motores acima serão:

245 1 377 1

P1

= = cv P2 = = cv

736 3 736 2

Para movimentos circulares

C = F . r (N.m)

. d. n

v = (m/s)

60

F . d

Pmec

= (cv)

736 . t

onde: C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

1.2.3 Energia e potência elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar

de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma

rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que

irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia

elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma

de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da

rede e a transforma em energia mecânica disponível na

ponta do eixo.

Figura 1.1

www.weg.net

Especificação do Motor Elétrico 7

1.2 Conceitos Básicos

São apresentados a seguir os conceitos de algumas

grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para

melhor acompanhar as explicações das outras partes deste

guia.

1.2.1 Conjugado

O conjugado (também chamado torque ou momento) é a

medida do esforço necessário para girar um eixo.

Pela experiência prática observa-se que para levantar um

peso por um processo semelhante ao usado em poços

(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela

depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a

manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o

tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída

à metade.

No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro

do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de

20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do

eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na

manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o

dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.

Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o

eixo não basta definir a força empregada: é preciso também

dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.

O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da

força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado

vale:

C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm

C = F . E (N . m)

1.2.2 Energia e potência mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é

aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem

24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho

(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do

poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =

490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que

usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de

naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m)

OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

A potência exprime a rapidez com que esta energia é

aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total

pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor

elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,

a potência necessária será:

F . d

Pmec

= (W)

t

490

P1

= = 245 W

2,0

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de

realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária

será:

490

P2 = = 377 W

1,3

A unidade usada no Brasil para medida de potência

mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW

(unidade de medida utilizada internacionalmente para o

mesmo fim).

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv)

P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potências dos dois motores acima serão:

245 1 377 1

P1

= = cv P2 = = cv

736 3 736 2

Para movimentos circulares

C = F . r (N.m)

. d. n

v = (m/s)

60

F . d

Pmec

= (cv)

736 . t

onde: C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

1.2.3 Energia e potência elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar

de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma

rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que

irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia

elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma

de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da

rede e a transforma em energia mecânica disponível na

ponta do eixo.

Figura 1.1

www.weg.net

Especificação do Motor Elétrico 7

1.2 Conceitos Básicos

São apresentados a seguir os conceitos de algumas

grandezas básicas, cuja compreensão é necessária para

melhor acompanhar as explicações das outras partes deste

guia.

1.2.1 Conjugado

O conjugado (também chamado torque ou momento) é a

medida do esforço necessário para girar um eixo.

Pela experiência prática observa-se que para levantar um

peso por um processo semelhante ao usado em poços

(figura 1.1) a força F que é preciso aplicar à manivela

depende do comprimento E da mesma. Quanto maior for a

manivela, menor será a força necessária. Se dobrarmos o

tamanho E da manivela, a força F necessária será diminuída

à metade.

No exemplo da figura 1.1, se o balde pesa 20 N e o diâmetro

do tambor é 0,20 m, a corda transmitirá uma força de

20 N na superfície do tambor, isto é, a 0,10 m do centro do

eixo. Para contrabalançar esta força, precisa-se de 10 N na

manivela, se o comprimento E for de 0,20 m. Se E for o

dobro, isto é, 0,40 m, a força F será a metade, ou seja 5 N.

Como vemos, para medir o “esforço” necessário para girar o

eixo não basta definir a força empregada: é preciso também

dizer a que distância do centro eixo a força é aplicada.

O “esforço” é medido pelo conjugado, que é o produto da

força pela distância, F x E. No exemplo citado, o conjugado

vale:

C = 20 N x 0,10 m = 10 N x 0,20 m = 5 N x 0,40 m = 2,0 Nm

C = F . E (N . m)

1.2.2 Energia e potência mecânica

A potência mede a “velocidade” com que a energia é

aplicada ou consumida. No exemplo anterior, se o poço tem

24,5 metros de profundidade, a energia gasta, ou trabalho

(W) realizado para trazer o balde do fundo até a boca do

poço é sempre a mesma, valendo 20 N x 24,5 m =

490 Nm

Nota: a unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que

usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de

naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

W = F . d (N . m)

OBS.: 1 Nm = 1 J = Potência x tempo = Watts x segundo

A potência exprime a rapidez com que esta energia é

aplicada e se calcula dividindo a energia ou trabalho total

pelo tempo gasto em realizá-lo. Assim, se usarmos um motor

elétrico capaz de erguer o balde de água em 2,0 segundos,

a potência necessária será:

F . d

Pmec

= (W)

t

490

P1

= = 245 W

2,0

Se usarmos um motor mais potente, com capacidade de

realizar o trabalho em 1,3 segundos, a potência necessária

será:

490

P2 = = 377 W

1,3

A unidade usada no Brasil para medida de potência

mecânica é o cv (cavalo-vapor), equivalente a 0,736 kW

(unidade de medida utilizada internacionalmente para o

mesmo fim).

Relação entre unidades de potência

P (kW) = 0,736 . P (cv)

P (cv) = 1,359 P (kW)

Então as potências dos dois motores acima serão:

245 1 377 1

P1

= = cv P2 = = cv

736 3 736 2

Para movimentos circulares

C = F . r (N.m)

. d. n

v = (m/s)

60

F . d

Pmec

= (cv)

736 . t

onde: C = conjugado em Nm

F = força em N

r = raio da polia em m

v = velocidade angular em m/s

d = diâmetro da peça em m

n = velocidade em rpm

1.2.3 Energia e potência elétrica

Embora a energia seja uma coisa só, ela pode se apresentar

de formas diferentes. Se ligarmos uma resistência a uma

rede elétrica com tensão, passará uma corrente elétrica que

irá aquecer a resistência. A resistência absorve energia

elétrica e a transforma em calor, que também é uma forma

de energia. Um motor elétrico absorve energia elétrica da

rede e a transforma em energia mecânica disponível na

ponta do eixo.

Figura 1.1

www.weg.net

Page 25: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Conjugado, Energia e Potência

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

26

Energia e potencia eletrica Embora a energia seja uma coisa so, ela pode se apresentar de formas diferentes. Se ligarmos uma resistencia a uma rede eletrica com tensao, passara uma corrente eletrica que ira aquecer a resistencia. A resistencia absorve energia eletrica e a transforma em calor, que tambem e uma forma de energia. Um motor eletrico absorve energia eletrica da rede e a transforma em energia mecanica disponivel na ponta do eixo.

Corrente Contínua P = U . I (W)

Page 26: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Ligação Estrela-Triângulo

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

27

U = Uf

U=220V

U = √3 . Uf

U=220V Uf=127V

Grandezas vetoriais

Uf1

Uf2

Uf3

Uf1 Uf2

Uf3

Linha

Fase

Page 27: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Ligação Estrela-Triângulo

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

28

I = If

IL = √3 . If

Grandezas vetoriais

If1

If2

If3

If1

If2

If3

Linha

Fase I1

Page 28: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Conjugado, Energia e Potência

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

29

Potencia eletrica CorrenteAlternada

1 ) Resistência (F.P. = 1)

Sistema Monofásico P = Uf . If (W)

Sistema trifásico P = 3Pf = 3 . Uf . If (W)

2 ) Cargas Reativas (F.P. < 1)

Page 29: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Conjugado, Energia e Potência

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

30

Rendimento O rendimento define a eficiência com que e feita a conversão da energia elétrica absorvida da rede pelo motor, em energia mecânica disponível no eixo. Chamando “Potencia util” Pu a potência mecânica disponível no eixo e “Potencia absorvida” Pa a potência elétrica que o motor retira da rede, o rendimento sera a relação entre as duas, ou seja:

Page 30: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Exercício

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

31

Um motor é conectado diretamente a um sarilho com um objetivo de içar em 20s uma carga de 1000N a uma altura de 60m. O Sarilho possui diâmetro de 0,3m. Sabendo-se que o rendimento do motor é de 80%, que a tensão usada é de 220V trifásico e o F.P. = 0,93 , calcule: 1. Conjugado do motor;

2. Trabalho (energia);

3. Potência mecânica;

4. Potência Ativa (elétrica);

5. Potência Aparente ;

6. Corrente de linha;

Page 31: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Regra Prática Para escolha de um motor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

32

Ao se especificar um motor deve-se considerar 1. Aplicação (motor CC, CA, Síncrono, Assíncrono, etc)

2. Potência / conjugado

3. Rotação (número de polos)

4. Tensao (127V / 220V / 380V / 440V / 4.16kV)

5. Frequencia (no Brasil: 60Hz)

6. Grau de protecao (ver tabela)

7. Carcaca: Formas construtivas / níveis de ruído (ver opções)

8. Classes de isolamento: e a especificacao do isolamento termico. Ou seja, ele especifica qual e a maxima temperatura que o bobinado do motor pode suportar continuamente sem que seja afetada sua vida util. Existem tres classes de isolamento: • B 135oC

• F 150oC

• H 180oC

9. Ventilacao (ver opçoes)

10. Fator de Serviço: reserva de potencia que da ao motor uma capacidade de suportar melhor o funcionamento em condicoes desfavoraveis (1,0 – 1,15 – 1,5)

Page 32: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Regra Prática Para escolha de um motor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

33

Carcaca Formas construtivas (ver opções dos fabricantes e normas)

Page 33: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Regra Prática Para escolha de um motor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

34

Carcaca / Formas construtivas

Page 34: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Regra Prática Para escolha de um motor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

35

Carcaca / Formas construtivas

Page 35: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Regra Prática Para escolha de um motor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

36

Carcaca / Formas construtivas

Page 36: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Regra Prática Para escolha de um motor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

37

Carcaca / Formas construtivas

Page 37: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Regra Prática Para escolha de um motor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

38

Grau de proteção (ver tabela)

Page 38: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Partidas de motores CA

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

39

• Partida Direta

• Partida Estrela-Triângulo

• Partida com Reversão

• Inversor de Frequência

Page 39: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Partidas de motores CA

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

40

• Partida Estrela-Triângulo

Page 40: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Partidas de motores CA

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

41

• Partida Estrela-Triângulo

Page 41: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Partidas de motores CA

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

42

• Inversor de Frequência

• Permite partida e parada em rampa;

• Controlar a rotação do motor;

• Monitora tensão, corrente, falta de fase...

• Possui diagnóstico;

• Comunicação com o PLC em rede;

Page 42: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Inversor

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

43 M

3 ~

C P U

DISPOSITIVO EXTERNO

V / f

R

S

T

22

3.3 ROTAÇÃO DO MOTOR TRIFÁSICO

3.3.1 Invertendo a rotação

Em qualquer motor trifásico, a inversão do sentido de rotação é feita trocando-se na

“alimentação” duas fases quaisquer entre si (uma permanece inalterada),

diferentemente dos motores monofásicos de fase auxiliar, onde é trocada a ligação

do motor (5 por 6).

3.3.2 Determinando a rotação (rpm)

A rotação de um motor elétrico trifásico (rotor tipo gaiola) é determinada pelo número

de pólos do motor e pela freqüência da rede elétrica. A tensão elétrica não influencia

na rotação (a menos que se aplique tensão muito inferior à nominal, o que refletirá

na potência e no torque do motor, neste caso podendo até queimá-lo).

Atenção: A quantidade de pólos de um motor é por fase.

3.3.3 Velocidade síncrona (ns)

É a velocidade do campo magnético girante formado internamente no motor. Através

dela pode-se saber o valor da rotação do motor.

A equação que determina a rpm (rotações por minuto) é:

ns = 2 · 60 · f

p

Onde: ns = velocidade síncrona em rpm

f = freqüência da rede em Hz

p = número de pólos.

Exemplo: Em um motor de 2 pólos em rede de 60 Hz a rotação será de 3600 rpm.

3.3.4 Velocidade assíncrona (n)

Um pouco inferior à velocidade síncrona, a velocidade assíncrona é a rotação

medida no eixo do motor. Em síntese, é a verdadeira rotação do motor, descontado-

se as perdas; daí o nome de motor assíncrono (em português assíncrono significa

fora de sincronismo, no caso entre a velocidade do campo magnético e a do eixo do

motor). O valor lido na placa dos motores, portanto valor nominal, é o valor da

velocidade assíncrona.

3.3.5 Escorregamento (s)

É a diferença entre a velocidade do campo magnético (velocidade síncrona) e a

rotação do motor, sendo também chamado de deslizamento.

Page 43: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Transforma Corrente Alternada em Contínua.

• Uso de diodos, os quais conduzem a corrente elétrica em somente um sentido.

• A Figura abaixo simboliza um diodo, o qual conduz a corrente somente no sentido de A para B, se o lado de A for positivo e o lado de B for negativo.

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

44

A B

Page 44: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Exemplo 1: Onda Incompleta

• Na figura abaixo, o diodo conduz apenas quando a senóide está no semi-ciclo positivo, trabalhando como se fosse uma chave fechada.

• Quando a senóide está no semi-ciclo negativo, o diodo funciona como uma chave aberta, portanto a tensão tem valo 0 ( Zero).

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

45

R

A B

Carga

Fonte

+ _

1 4 710131619222528313437404346495255586164677073

Page 45: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Exemplo 1: Onda Incompleta

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

46

A B

Carga

Fonte

+ _

1 4 710131619222528313437404346495255586164677073

+

-

Page 46: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Exemplo 1: Onda Incompleta

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

47

A B

Carga

Fonte

+ _

1 4 710131619222528313437404346495255586164677073

+

-

Page 47: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Exemplo 2: Onda Completa

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

48

A B

Carga

Fonte Monofásica

+ _

1 4 710131619222528313437404346495255586164677073

Page 48: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Exemplo 2: Onda Completa

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

49

A B

Carga

Fonte Monofásica

+ _

+

- 1 4 710131619222528313437404346495255586164677073

Page 49: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Exemplo 2: Onda Completa

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

50

A B

Carga

Fonte Monofásica

+ _

+

-

1 4 710131619222528313437404346495255586164677073

Page 50: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Retificador

• Exercício: Desenhe a forma de onda para o retificador abaixo alimentado por uma fonte trifásica.

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

51

Carga

Fonte Trifásica

+ _

Page 51: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Carga 135791113151719212325272931333537394143454749515355575961636567697173

Retificador

• Exercício: Desenhe a forma de onda para o retificador abaixo alimentado por uma fonte trifásica.

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

52

Fonte Trifásica

+ _ 135791113151719212325272931333537394143454749515355575961636567697173

Page 52: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Exercício

• Explique um motivo para se usar o capacitor abaixo.

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

53

C P U V / f

Inversor de Frequência

Page 53: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Exercício

• Explique um motivo para se usar o capacitor abaixo.

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

54

C P U V / f

Inversor de Frequência

135791113151719212325272931333537394143454749515355575961636567697173135791113151719212325272931333537394143454749515355575961636567697173

Page 54: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Inversor PWM • Transforma Corrente Contínua em Alternada, alterando a

frequência conforme a necessidade. • Usa a técnica conhecida como PWM (Pulse With Modulation). • Usa IGBT, os quais conduzem apenas quando recebem

comando. • Necessita de um sistema preciso de controle. • A Figura abaixo ilustra um IGBT, o qual funciona como uma

chave, que precisa de um comando para “fechar”.

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

55

Comando

+

Page 55: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Inversor PWM

• Exemplo de um Inversor PWM

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

56

+

+

+

+

+

+

M 3 ~

+

-

CPU ( Controle)

Page 56: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Saída do Inversor PWM

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

57

Page 57: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Saída do Inversor PWM

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

58

Page 58: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

59

1. Introdução e Conceitos

2. Tipos de Transformadores

3. Funcionamento dos Transformadores

Page 59: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

60

Definição:

Um dispositivo que por meio da indução eletromagnética, transfere energia elétrica de um ou mais circuitos (primário) para outro ou outros circuitos (secundário), usando a mesma frequência, mas, geralmente, com tensões e intensidades de correntes diferentes.

Page 60: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

61

Principio de funcionamento:

Todo transformador e uma máquina eletrica cujo principio de funcionamento esta baseado nas Lei de Faraday e Lei de Lenz. E constituido de duas ou mais bobinas de multiplas espiras enroladas no mesmo nucleo magnetico, isoladas deste, nao existindo conexao eletrica entre a entrada e a saida do transformador. Uma tensao variavel aplicada a bobina de entrada (primario) provoca o fluxo de uma corrente variavel, criando assim um fluxo magnetico variavel no nucleo. Devido a este e induzida uma tensao na bobina de saida (ou secundario), que varia de acordo com a razao entre os numeros de espiras dos dois enrolamentos.

Page 61: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

62

Principio de funcionamento:

Page 62: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

63

TRANSFORMADOR IDEAL

Para considerar um transformador ideal, as seguintes hipóteses devem ser assumidas:

• todo o fluxo deve estar confinado ao núcleo e enlaçar os dois enrolamentos;

• as resistências dos enrolamentos devem ser desprezíveis;

• as perdas no núcleo devem ser desprezíveis;

• a permeabilidade do núcleo deve ser tão alta que uma quantidade desprezível de fmm e necessária para estabelecer o fluxo.

Page 63: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

64

a: relação de transformação.

Page 64: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

65

Page 65: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

66

TRANSFORMADOR COM PERDA Ao contrario do transformador ideal, os transformadores reais apresentam perdas que devem ser consideradas, pois nem todo o fluxo esta confinado ao nucleo, havendo fluxo de dispersao nos enrolamentos. Da mesma forma, ha perdas ohmicas nos enrolamentos e ha perdas magneticas (histerese magnetica) no nucleo:

1. Perdas no cobre: resultam da resistencia dos fios de cobre nas espiras primarias e secundarias. As perdas pela resistencia do cobre sao perdas sob a forma de calor (Perdas Joule) e nao podem ser evitadas.

2. Perdas no ferro: a. por histerese: energia transformada em calor na reversao da polaridade

magnetica do nucleo transformador.

b. por correntes parasitas: quando uma massa de metal condutor se desloca num campo magnetico, ou e sujeita a um fluxo magnetico movel, circulam nela correntes induzidas. Essas correntes produzem calor devido as perdas na resistencia do ferro (perdas por correntes de Foucault).

Page 66: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

67

Regulacão de Tensão

Para manter na saida de um transformador, sob carga variavel, um nivel de tensao constante, e empregado um regulador que pode estar presente no proprio transformador, atraves de derivacoes na bobina do primario.

Como exemplo, seja o transformador com 1100 espiras no primario e 500 espiras no secundario apresentado na Figura abaixo:

220V 110V

a=2

Page 67: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Unidade 4: Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

68

Regulacão de Tensão

Para manter na saida de um transformador, sob carga variavel, um nivel de tensao constante, e empregado um regulador que pode estar presente no proprio transformador, atraves de derivacoes na bobina do primario.

Como exemplo, seja o transformador com 1100 espiras no primario e 500 espiras no secundario apresentado na Figura abaixo:

220V 122V

a=1,8

Page 68: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Transformadores Trifásicos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

69

Transformador Trifásico • Um transformador trifasico e constituido de pelo menos tres

enrolamentos no primario e tres enrolamentos no secundario, os quais podem estar conectados tanto em Y (estrela) quanto em ∆ (triangulo ou delta). A ligacao em Y ou ∆ dos enrolamentos e estabelecida atraves da conexao dos seus terminais, conforme mostra a Figura:

• Essas varias formas de conexao dao origem aos quatro tipos de ligacao dos transformadores trifasicos: Y-Y, Y-∆, ∆-Y e ∆-∆. Cada um desses tipos possui propriedades diferentes que determinam o uso mais adequado conforme a aplicação.

Page 69: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Transformadores Trifásicos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

70

RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

• Ligação Y - ∆

• Ligacao ∆ - Y

Page 70: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Transformadores Trifásicos

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

71

RELAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO

• Ligação ∆ - ∆ ou Ligacao Y - Y

• Uma caracteristica da associacao Y-∆ e o deslocamento angular de ± 30° que resulta entre as tensoes terminais correspondentes do primario e do secundario. O sentido da defasagem depende da sequencia das fases. Esse deslocamento pode ser percebido atraves de um diagrama fasorial.

• Portanto, e necessario tomar cuidado com as defasagens quando, por exemplo, deseja- se conectar dois transformadores trifasicos em paralelo.

Page 71: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Tipos de Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

72

TRANSFORMADOR DE CORRENTE Um transformador de corrente (abreviadamente TC ou TI) é um dispositivo que reproduz no seu circuito secundário, a corrente que circula em um enrolamento primário com sua posição vetorial substancialmente mantida, em uma proporção definida, conhecida e adequada. Os transformadores de corrente, também chamados de transformadores de instrumentos, utilizados em aplicações de alta tensão (situações essas onde circulam, frequentemente, altas correntes), fornecem correntes suficientemente reduzidas e isoladas do circuito primário de forma a possibilitar o seu uso por equipamentos de:

• medição,

• controle e

• proteção.

Page 72: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Tipos de Transformadores

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

73

Proteção:

Medição:

Page 73: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Exercício

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

74

1 - Um transformador trifásico de potência possui ligação Estrela-Triângulo. Os enrolamentos primários estão conectandos a uma rede de 23kV. Sabendo-se que a tensão do secundário é de 440V, que a carga alimentada no secundário é de 20kW e o FP da carga é de 0,95. Pede-se:

a. Corrente do secundário do transformador.

b. Relação de transformação deste transformador.

c. Corrente do primário do transformador.

Page 74: Disciplina: Instalações Elétricas II Unidades III e IVfiles.profmarcelino.webnode.com/200000073-e6e08e7dbe/3... · determinada pelo número de ṕlos do motor e pela freqü̂ncia

Exercício

Inst

alaç

ões

Elé

tric

as II

75

2 – Uma Subestação tem a tensão de entrada de 135kV. Esta SE possui um sistema de monitoramento da tensão de entrada, constituído por um transformador cujo relação de transformação é de um para dez mil. Um voltímetro está conectado no secundário deste transformador. Se este voltímetro indica uma tensão de 13 V, Qual será a tensão real de entrada?