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Disciplina: Motores a Combustão Interna Ciclos e Processos Ideais de Combustão

Disciplina: Motores a Combustão Interna · Ciclos de Potência dos Motores a Pistão • Aqui serão apresentados ciclos ideais de potência a ar para ... Ciclo – Padrão a Ar

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Disciplina:Motores a Combustão Interna

Ciclos e Processos Ideais de Combustão

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Ciclos de Potência dos Motores a Pistão

• Aqui serão apresentados ciclos ideais de potência a ar para ciclos onde o trabalho é realizado pelo movimento de pistões em cilindros.

• Os motores mais utilizados em automóveis operam com vários cilindros (3, 4, 6, 8 ou mais) e cada conjunto cilindro –pistão apresenta diâmetro nominal B.

• O pistão está conectado a um virabrequim (manivela) através de uma biela.

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Vela ou injetor de combustível

EscapamentoAdmissão

PMS

PMI

Rman

• O ângulo da manivela, , varia com a posição do pistão no cilindro.

• Curso do pistão:

푆 = 2.푅

• Volume deslocado:

푉 = 푁 푉 − 푉

• Relação de compressão:

푅퐶 =푉푉

O volume deslocado e a relação de compressão definem a geometria do motor.

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• O trabalho específico líquido em um ciclo completo é utilizado para definir a pressão média efetiva:

푤 = 푝푑푣 = 푝 푣 − 푣

• O trabalho líquido realizado por um cilindro, por sua vez:

푊 = 푝 푉 − 푉

• O qual pode ser usado para determinar a potência do motor:

푊̇ = 푝 푉 − 푉푅푃푀

60Obs.: A potência em motores 4 tempos é a metade desta, pois cada pistão realiza 2 revoluções para que o motor complete o ciclo.

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Ciclo – Padrão a Ar Otto

• O ciclo padrão a ar Otto é um ciclo ideal que se aproxima do motor de combustão interna de ignição por centelha.

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• O processo 1-2 é uma compressão isoentrópica do ar quando o pistão se move, do PMI para o PMS.

• Na etapa 2-3, calor é transferido a volume constante no instante em que o pistão se encontra em repouso no PMS. No motor real, este momento é correspondente à ignição da mistura ar-combustível.

• O processo 3-4 é uma expansão isoentrópica, e o processo 4-1 é o de rejeição de calor do ar, enquanto o pistão está no ponto morto inferior (PMI).

calor absorvido

calor removido

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• Como os processos são internamente reversíveis, as áreas nos diagramas p – V e T – S representam o trabalho e o calor envolvidos, respectivamente.

Área interna: trabalho obtido

calor absorvido

calor removido

calor absorvido

calor removido

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• Admitindo que o calor específico do ar seja constante durante o ciclo, o rendimento térmico pode ser expresso como segue:

휂 é =푄 − 푄푄

= 1 −푄푄

• QH : calor transferido no corpo em alta temperatura• QL : calor transferido no corpo em baixa temperatura

휂 é = 1 −푚푐 푇 − 푇푚푐 푇 − 푇

휂 é = 1 −푇 − 푇푇 − 푇

= 1 −푇 푇

푇 − 1

푇 푇푇 − 1

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• Como a etapa 1-2 é isoentrópica,

푠 − 푠 = 0 = 푐 푙푛푇푇

− 푅푙푛푝푝

ou

푙푛푇푇

=푅푐

푙푛푝푝

푇푇

=푝푝

→ 푇푇

=푝푝

pois푅푐

=푐 − 푐

푐=푘 − 1푘

R: cte universal dos gases perfeitoscp0: calor específico a pressão cte.k: razão entre calores específicos (cp/cv)

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• Ocorre que para gases perfeitos p1V1k = p2V2

k , portanto

푇푇

=푝푝

→ 푇푇

=푉푉

e푇푇

=푉푉

Como V1 = V4 e V2 = V3,

푇푇

=푉푉

=푇푇

=푉푉

V1 = V4V2 = V3

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• Assim푇푇

=푇푇

de modo que

휂 é = 1 −푇 푇

푇 − 1

푇 푇푇 − 1

= 1 −푇푇

como푇푇

=푉푉

então

휂 é = 1 −푉푉

= 1 − 푟

rv: razão de compressão (rv = V1/V2)

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• O rendimento é altamente dependente da razão de compressão!

휂 é = 1 − 푟

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Razão de compressão, rv

Ren

dim

ento

térm

ico,

rmic

o

Limite aproximado para razão de compressão utilizando gasolina (12)

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• Entretanto, o motor de ignição por centelha de ciclo aberto se afasta do ciclo-padrão devido a:

1. Os calores específicos dos gases reais não são constantes em relação à temperatura, aumentando com o aumento desta.

2. O processo de combustão substitui o processo de transferência de calor a alta temperatura e a combustão pode não ser completa.

3. Existe transferência de calor entre os gases e as paredes do cilindro.

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4. Cada ciclo mecânico do motor envolve um processo de alimentação e de descarga e, devido às perdas de carga dos escoamento nas válvulas, é necessária uma certa quantidade de trabalho para alimentar o cilindro com ar e descarregar os produtos da combustão no coletor de escape.

Ciclo real: a-b-c’-d’-e’-b-a

Taxa de compressão = 6:1

Volume relativo

Pres

são

[kPa

]

Pres

são

[psi

]

Percurso do pistão em vazio: a – b

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• O gráfico abaixo compara as eficiências indicadas de um motor de ignição por centelha (gasolina) com eficiências de um ciclo de ar ideal correspondente.

• Verifica-se que o ciclo de ar fornece uma boa previsão das tendências de eficiência versus razão de compressão.

F/Fc: razão combustível-ar dividida pelo estequiométrico

Combustível butano, 1200 rpm

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Ciclo – Padrão a Ar Diesel

• Abaixo encontra-se a representação do ciclo ideal para o motor Diesel, também conhecido como motor de ignição por compressão.

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• No ciclo de ar-padrão Otto (direita) é considerado que a adição de calor ocorre enquanto o pistão se encontra no PMS, a volume constante. Já no ciclo de ar-padrão diesel, considera-se que a adição de calor ocorre a pressão constante, iniciando-se quando o pistão atinge o PMS.

Ciclo padrão a ar: Diesel Ciclo padrão a ar: Otto

calor absorvido

calor removido

calor absorvido

calor removido

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• Assim como no caso do ciclo a ar-padrão Otto, neste ciclo ideal os processos são internamente reversíveis, de modo que as áreas nos diagramas p – V e T – S representam o trabalho e o calor envolvidos, respectivamente.

Área interna: trabalho obtido calor

absorvido

calor removido

calor absorvido

calor removido

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• Como já dito, na etapa 2-3 o calor é transferido para o gás a partir do momento em que o pistão alcança o PMS (ponto 2). Como o gás expande com o calor, durante o início do movimento do pistão (do ponto 2 até o ponto 3) a pressão permanece constante.

Ciclo padrão a ar: Diesel

calor absorvido

calor removido

2 3

• Este processo corresponde à injeção e queima do combustível no motor diesel real.

• A partir do ponto 3, a transferência de calor cessa.

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• Após cessar a transferência de calor no 3, o gás sofre uma expansão isoentrópica (etapa 3 – 4) até que o pistão atinja o PMI.

• A rejeição do calor ocorre a volume constante, ou seja, no momento em que o pistão se encontra no PMI (etapa 4 – 1).

Ciclo padrão a ar: Diesel

calor absorvido

calor removido

4

3

• A rejeição de calor na etapa 4 – 1 simula os processos de descarga e de admissão do motor real.

1

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• Assim como para o ciclo Otto, o rendimento térmico pode ser expresso como segue:

휂 é =푄 − 푄푄

= 1 −푄푄

• QH : calor transferido no corpo em alta temperatura• QL : calor transferido no corpo em baixa temperatura

• Entretanto, no ciclo Diesel a absorção de calor se passa a pressão constante, portanto

휂 é = 1 −푚푐 푇 − 푇푚푐 푇 − 푇

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• Como k = cp / cv, então

휂 é = 1 −푇 − 푇

푘 푇 − 푇

휂 é = 1 −푇 푇

푇 − 1

푘푇 푇푇 − 1

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• Observa-se que a relação de compressão (etapa 1 – 2) é maior do que a relação de expansão isoentrópica (etapa 3 – 4).

• Analisando-se a equação do rendimento térmico, verifica-se que, fixando o estado do fluido nos pontos 1 e 2, o rendimento diminui com o aumento da temperatura máxima (T3).

휂 é = 1 −푇 푇

푇 − 1

푘푇 푇푇 − 1

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• Sabe-se que p2 = p3 , então, considerando a equação de estado do gás ideal (p = .R.T), tem-se que

푇푇

=푉푉→ 푇 = 푇

푉푉

Ciclo padrão a ar: Diesel

calor absorvido

calor removido

4

3

1

2

• A razão V3/V2 é denominada de razão de corte rc, pois a partir de alcançado o volume V3 não haverá mais adição de calor, de modo que:

푇 = 푇 . 푟

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• Lembrando que, como a etapa 1 – 2 e 3 – 4 são isoentrópicas,

푇푇

=푉푉

= 푟 푒푇푇

=푉푉

=푟푟

Ciclo padrão a ar: Diesel

calor absorvido

calor removido

4

3

1

2

• Isto porque V1 = V4 , então:

푉푉

=푉푉

.푉푉

=푉푉

.푉푉

=푟푟

de modo que

푇푇

=푟푟

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• Utilizando estas equações e um pouco de esforço algébrico, o rendimento térmico pode ser expresso em função da razão de compressão e da razão de corte:

휂 é = 1 −1

푘. 푟푟 − 1푟 − 1

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24

rc = 1,5rc = 2rc = 3

Razão de compressão, r

Ren

dim

ento

térm

ico,

rmic

o

Região aproximada adequada para o ciclo diesel

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• O gráfico abaixo compara as eficiências indicadas de um motor diesel real com a eficiência de um ciclo de ar ideal correspondente. Verifica-se que o ciclo de ar fornece uma razoável previsão das tendências de eficiência versus razão ar/combustível.

lp: eficiência do ciclo de ar de pressão limitada, r = 16

: eficiência real, motor diesel, r = 16

F/Fc: razão combustível-ar

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Ciclo Diesel e Otto: Comparação

• É possível fazer comparações entre o ciclo Diesel e o Otto a partir dos respectivos ciclos-padrão a ar.

• Considere o ciclo Otto 1-2-3”-4-1 e o Diesel 1-2-3-4-1 abaixo.• Estes tem o mesmo estado

no início do curso de compressão, mesmo deslocamento volumétrico e mesma relação de compressão. Pode-se ver que, nestas condições, o ciclo Otto tem rendimento maior que o ciclo Diesel.

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• Ocorre que, na prática, o ciclo Diesel opera com taxas de compressão (de 11 a 22, aproximadamente) mais altas do o ciclo Otto (de 6 a 12, aproximadamente).

• Isto porque motores de ignição por centelha comprimem uma mistura de ar-combustível e a pré-detonação é um sério problema em altas taxas de compressão. Este problema não ocorre no motor Diesel porque somente ar é comprimido durante o processo de compressão.

0,4

0,45

0,5

0,55

0,6

0,65

0,7

5 7 9 11 13 15 17 19 21 23

OttoDiesel

Razão de compressão, r

Ren

dim

ento

térm

ico,

rmic

o

rc = 1,5

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Motores a Jato: Ciclo-Padrão

• Neste ciclo, o trabalho efetuado pela turbina é exatamente igual ao necessário para acionar o compressor.

Admissão de arSaída de gases aquecidos

combustível

difusor compressor turbina bocalcâmara de combustão

Esquema de motor turbo-jato puro, sem fan para by-pass (turbofan) ou pós-queimador

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• Os gases são expandidos na turbina até uma pressão tal que o trabalho da turbina é exatamente igual ao trabalho consumido no compressor (são interligados mecanicamente). Então, a pressão na seção de descarga da turbina será superior à do meio, e o gás pode ser expandido em um bocal até a pressão do meio ambiente.

Admissão de arSaída de gases aquecidos

combustível

difusor compressor turbina bocalcâmara de combustão

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• Como os gases saem do bocal a alta velocidade, estes apresentam uma variação de quantidade de movimento e disto resulta um empuxo sobre o avião no qual o motor está instalado.

Admissão de arSaída de gases aquecidos

combustível

difusor compressor turbina bocalcâmara de combustão

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• O ciclo padrão a ar é mostrado abaixo. Este ciclo opera de modo similar ao do ciclo de Brayton e a expansão no bocal é modelada como adiabática e reversível.

Câmara de combustão

turbinacompressor bocal

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• O rendimento do ciclo padrão pode ser expressado desta forma:

휂 é = 1 −푄푄

= 1 −푐 푇 − 푇푐 푇 − 푇

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• Sabendo-se que

푝푝

=푝푝

=푇푇

=푇푇

então

휂 é = 1 −푇푇

= 1 −1

푝푝

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휂 é = 1 −푇푇

= 1 −1

푝푝

• Observa-se que, quanto maior a diferença entre a temperatura da câmara de combustão e a do meio ambiente, maior a eficiência do motor a jato. Teoricamente, o limite superior desta temperatura seria dado pelo limite estequiométrico do combustível (para o JP4, seria cerca de 2400oC), mas a resistência dos materiais usados no compressor, estatores e turbina decai rapidamente em temperaturas acima de 960oC, de modo que a temperatura T2tem sido atualmente limitada por volta de 1300 a 1550oC.

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• Outra característica do motor a jato puro (turbojato) é que a potência no compressor pode representar de 40 a 80% da potência desenvolvida na turbina.

• Assim, no motor real, o rendimento global diminui rapidamente com a diminuição das eficiências do compressor e da turbina.

• Se estas eficiências caírem abaixo de 60%, será necessário que todo o trabalho realizado na turbina seja utilizado no acionamento do compressor, e o rendimento global será nulo.

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Bibliografia

Taylor, Charles F.Análise dos Motores de Combustão Interna, Vol.1, Editora Blücher, 1995.

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Bibliografia

Eugene A. Avallone, Theodore Baumeister, Ali Sadegh.Marks‘ Standard Handbook for Mechanical Engineers,

Editora McGraw-Hill Professional Publishing; 11a

edição, 2006.ISBN-10: 0071428674ISBN-13: 978-0071428675

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Bibliografia

Claus Borgnakke, Richard E. Sonntag.Fundamentals of Thermodynamics 7a Edição, Editora

Wiley; 2008.ISBN-10: 0470041927ISBN-13: 978-0470041925