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 Gabinete Psicopedagó gico Serviço de Psicologia e Orientação Dislexia O que é a Dislexia? A dislexia é uma i ncapacidade específica de aprendi- zagem. É caracterizada por dificuldades na correc- ção e/ou fluência na leitura de palav ras e por baixo competência leitora e ortográfica. Esta perturbaçã o manifesta-se igualmente em dificuldades de distin- ção ou memorização de letras ou grupo de letras e  problemas de ordenação de ritmo e estruturação das frases. A dislexia afecta: O Desenvolvimento do vocabulário e dos conheci- mentos gerais; A capacidade de discriminação perceptivo-visual; Os processos simbólicos relativos à leitura e escrita; A atenção; A competência social. Pode-se distinguir dislexia adquirida (por traumatis- mo ou lesão cerebral) de dislexia de desenvolvimen- to (desde a fase inicial de aprendizagem não conse- guem soletrar ler ou escrever com facilidade). Esta dificuldade de aprendizagem ocorre apesar de o ensino s er convencional, a inteligência adequada e as oportunidades socioculturais suficientes. COLÉGIO DE ALBERGARIA Reeducação Sabemos que uma criança disléxica será um adulto disléxico. Contudo, a autono- mização da criança é uma realidade e esta é a principal finalidade da Reeduca- ção. Deste modo, o principal objectivo, para os intervenientes no processo de reeducação, consiste no fornecimento de estratégias de compensação e promoção de adaptações curriculares, tendo em conta cada caso. Neste processo, a criança é o principal actor dando-se ênfase a estratégias acti- vas que permitirão a gestão das suas próprias dificuldades (tornar a criança mais consciente das suas áreas proble- máticas e desenvolver capacidades de auto-correcção).

Dislexia

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  • Gabinete Psicopedaggico Servio de Psicologia e Orientao

    Dislexia O que a Dislexia? A dislexia uma incapacidade especfica de aprendi-zagem. caracterizada por dificuldades na correc-o e/ou fluncia na leitura de palavras e por baixo

    competncia leitora e ortogrfica. Esta perturbao

    manifesta-se igualmente em dificuldades de distin-

    o ou memorizao de letras ou grupo de letras e

    problemas de ordenao de ritmo e estruturao das

    frases.

    A dislexia afecta:

    O Desenvolvimento do vocabulrio e dos conheci-

    mentos gerais;

    A capacidade de discriminao perceptivo-visual;

    Os processos simblicos relativos leitura e escrita;

    A ateno;

    A competncia social.

    Pode-se distinguir dislexia adquirida (por traumatis-

    mo ou leso cerebral) de dislexia de desenvolvimen-

    to (desde a fase inicial de aprendizagem no conse-

    guem soletrar ler ou escrever com facilidade).

    Esta dificuldade de aprendizagem ocorre apesar de o

    ensino ser convencional, a inteligncia adequada e

    as oportunidades socioculturais suficientes.

    C O L G I O D E A L B E R G A R I A

    Reeducao

    Sabemos que uma criana dislxica ser um adulto dislxico. Contudo, a autono-mizao da criana uma realidade e esta a principal finalidade da Reeduca-o. Deste modo, o principal objectivo, para os intervenientes no processo de reeducao, consiste no fornecimento de estratgias de compensao e promoo de adaptaes curriculares, tendo em conta cada caso. Neste processo, a criana o principal actor dando-se nfase a estratgias acti-vas que permitiro a gesto das suas prprias dificuldades (tornar a criana mais consciente das suas reas proble-mticas e desenvolver capacidades de auto-correco).

  • 1 Ano de escolaridade Dificuldade em associar as letras com os seus sons, como por exemplo dificuldade em associar a letra efe com o som f; Dificuldade em compreender que as palavras se podem segmentar em slabas e fonemas; Oposio, lentido e necessidade de apoio na realizao dos trabalhos na escola e em casa; Histria familiar de dificuldades de leitura e ortografia. 2 Ano de escolaridade Progressos lentos na aprendizagem da leitura e da ortografia; Necessidade de recorrer soletrao quando tem que ler palavras desconhecidas e com fone-mas e slabas semelhantes; Inclinao para adivinhar palavras baseando-se no contexto, em vez de as descodificar; Substituio de palavras por outras com sons, ou sentido, semelhantes; Ausncia de prazer na leitura recreativa. A partir do 2 ano de escolaridade Caligrafia irregular, imperfeita e por vezes ininteligvel; Os trabalhos de casa parecem no ter fim e os pais so muitas vezes recrutados como leitores; Dificuldade em terminar os testes no tempo previsto; Discurso pouco fluente, com pausas e hesita-es, com recurso frequente a palavras impreci-sas (ex.: a coisa, aquilo, aquela cena); Baixa auto-estima evidenciando sinais de sofrimento, que nem sempre so visveis. Jovens/Adultos Histria pessoal de dificuldades na leitura e escrita; Dificuldades em pronunciar palavras pouco comuns, estranhas, ou nicas, como nome de pessoas, de ruas, de lugares; No reconhecer palavras que leu ou ouviu quando as l ou ouve no dia seguinte; A ortografia mantm-se desastrosa preferindo utilizar palavras menos complexas e mais fceis de escrever; Confuso de palavras com pronncia seme-lhantes.

    SINAIS...

    Conselhos aos Pais

    O apoio dos pais, em colaborao com os profes-sores, fundamental! Ambos devem compreender e aceitar a natureza das dificuldades dos alunos

    dislxicos, facilitando o desenvolvimento pessoal e educativo da criana.

    importante os pais: 1- convencerem-se de que podem constituir uma ajuda preciosa para o seu filho; 2- fornecerem informaes relevantes, escola e aos tcnicos que acompanham as crianas, que possam contribuir para o progresso do seu filho (interesses especiais, preocupaes, problemas de sade, problemas familiares, entre outros); 3- proporcionarem um ambiente afectivo seguro e estimulador que apoie a aprendizagem. - Encorajar: Assinale, valorize e elogie os progressos e xitos do seu filho, tanto no plano escolar como extra-escolar; Ajude o seu filho a ter uma boa imagem de si prprio; Incentive-o a ser positivo (evite comparaes/ ameaas); Divida as tarefas em pequenas partes, assina-lando o final da realizao de cada uma delas como um xito; Quando o seu filho disser no sou bom em, diga-lhe o quanto melhorou e o que ainda tem de fazer para melhorar. - Motivar: Ajude o seu filho a contextualizar uma activida-de e a definir metas. Certifique que ele sabe o que tem de aprender ou fazer para atingir cada meta; Encoraje-o a pedir ajuda quando necessrio; Incentive-o quando a sua motivao comear a diminuir. - Complementaridade com a Escola A sua interveno junto do seu educando determinante. No desvalorize o trabalho dos pro-fessores! Tente formar com eles uma equipa que luta pelo mesmo objectivo.

    - Fazer um apanhado do dia Mostre interesse pelo que a criana vive na escola; Tente fazer um apanhado do que o seu filho aprendeu durante o dia na escola. - Trabalhos na escola No sacrifique a criana com muitos trabalhos de casa; Deixe o seu filho escolher o seu ambiente, (evitando sempre locais de confuso e rudo excessivo) e as suas regras de

    trabalho, para que se torne mais autnomo;

    Ajude o seu filho a aprender atravs dos sen-

    tidos (sons, gestos) de modo a estabelecer

    associaes e assim aumentar radicalmente as

    suas probabilidades de xito na aprendizagem e

    prazer pela escola;

    Para que a criana aprenda algumas palavras,

    no hesite em soletr-las no incio, para a aju-

    dar a decorar.

    - Ler com a Criana Procure reservar, diariamente com o seu filho,

    uma hora certa para a leitura;

    Ajude o seu educando, lendo o incio das fra-

    ses e deixando-o ler o fim, ou ento ler um

    pargrafo e convid-lo a ler o prximo.

    Pea ao seu filho para ler uma frase em siln-

    cio e depois mostrar-lhe onde comea e acaba a

    frase. Depois da criana ler, questione-a sobre o

    que compreendeu na frase e convide-a a ler em

    voz alta.

    - Fazer pequenos Jogos Se o seu filho tem necessidade de saber

    explorar o sentido de um texto, tem tambm

    necessidade de memorizar pequenas palavras, o

    que o ajudar a entrar mais facilmente no texto.

    Para isto, jogue com ele, por exemplo, a

    memria das palavras, o jogo dos sons, as

    palavras parecidas, entre outros.