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    MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA DO AMBIENTE

    READAPTAO DO SISTEMA DE GESTO

    DA QUALIDADE

    Filipa de Lurdes de Matos Rodrigues

    Dissertao de Mestrado

    Orientao:

    Professora Doutora Maria Arminda Costa Alves

    Engenheira Ana Isabel Rua Justo

    Julho de 2010

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    Filipa de Lurdes de Matos Rodrigues, 2010

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    RESUMO

    O trabalho apresentado neste documento incide sobre o projecto desenvolvido ao

    longo do estgio realizado na Ambisys, S.A., no mbito do desenvolvimento de uma

    dissertao de Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente, em ambiente empresarial.

    A Ambisys, S.A. tinha o reconhecimento de um Sistema de Gesto da Qualidade

    (SGQ) implementado segundo a Norma ISO 9001:2000 desde 2008, tendo em 2009 transitado

    para a ISO 9001:2008 com sucesso. No entanto, perante o crescimento da empresa a nvel do

    volume e diversidade de trabalhos adjudicados, foi necessrio proceder sua actualizao.

    O estgio realizado contemplou o estudo e anlise da situao actual da empresa, aidentificao de problemas e oportunidades de melhoria, e por fim a resposta s situaes

    detectadas a partir da criao, actualizao e optimizao de aspectos e documentos que

    suportavam o seu SGQ.

    O trabalho desenvolvido foi alvo de uma auditoria de certificao no dia 30 de Abril,

    na qual no se identificou qualquer no conformidade, o que se reflectiu na renovao

    imediata do certificado do SGQ da Ambisys, S.A..

    Palavras-chave : SGQ, qualidade, ISO 9001:2008.

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    ABSTRACT

    This thesis focuses on the project developed during an internship that took place in

    Ambisys, S.A., regarding the development of a dissertation in a corporative environment to

    obtain a master degree in Environmental Engineering.

    The Ambisys, S.A. had the recognition of a Quality Management System (QMS) that

    was implemented according to ISO 9001:2000 since 2008. In 2009 the company moved to the

    ISO 9001:2008 and it became successfully the bases to the QMS. However, due to company's

    growth in volume and diversity of contracted work, updating QMS was necessary.

    This internship involved the study and analysis of the companys current situation,

    identifying problems and improvement opportunities, and finally the response to detected

    situations from creation, updating and optimization of aspects and documents that support

    their QMS.

    The developed work was submitted to an certification audit on April 30th, in which it

    was not detected any non conformity; which reflected immediately in the QMSs certificate

    renewal of Ambisys, S.A..

    Keywords: QMS, quality, ISO 9001:2008

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    AGRADECIMENTOS

    Como esta dissertao diz respeito ao ltimo trabalho desenvolvido no mbito do

    Mestrado Integrado em Engenharia do Ambiente que estou a terminar, desejo deixar

    expressos os meus sinceros agradecimentos a uma srie de pessoas, que de uma forma ou de

    outra, contriburam para o encerramento desta etapa da minha vida.

    Comeo por agradecer Professora Doutora Arminda Alves, por todo o apoio,

    orientao, conselhos e disponibilidade demonstrada, que sempre respondeu prontamente a

    todas as minhas dvidas e questes colocadas.

    Agradeo Engenheira Ana Justo, que por mais atarefada que se encontrasse, semprese demonstrou disponvel para me apoiar e orientar ao longo de todo o trabalho desenvolvido.

    Embora o Pai Natal ainda no lhe tenha atendido ao pedido de todos os anos dias com mais

    de 24 horas, sempre arranjou tempo para efectuar intervenes e observaes brilhantes, que

    muito enriqueceram e contriburam para o sucesso de todo o trabalho realizado! Muito

    Obrigada Ana, por toda a orientao e boa disposio que sempre tornaram os dias

    vivenciados na empresa mais risonhos.

    Ao Engenheiro Merijn Picavet, que sempre respondeu prontamente s diversasquestes colocadas, agradeo a pacincia e compreenso.

    Ao Professor Doutor Jos Antnio Faria agradeo a disponibilidade que demonstrou

    quando o procurei para discusso de ideias.

    quela menina que dado a sua enorme contribuio (a vrios nveis) para a concluso

    deste trabalho, sempre mencionou que esperava uma pgina inteira de agradecimentos! E

    efectivamente merecia, por isso embora no se demonstre vivel realizar tal desejo, deixo pelo

    menos expresso o meu reconhecimento nesse sentido. Obrigado Dbora por todo o apoio,

    sugestes, pela boleia, companhia diria e por tambm tu tornares mais descontrados e

    risonhos os dias de trabalho vividos na empresa.

    Aos meus amigos da Residncia Universitria de Paranhos agradeo a amizade e

    companheirismo, deixando um obrigado especial ao Srgio, que vrias vezes me auxiliou com

    os seus conhecimentos informticos.

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    s meninas protagonistas do amigas for ever que me acompanharam ao longo

    destes anos, com as quais partilhei muitos momentos especiais que sempre sero recordados

    com uma enorme nostalgia! O meu sincero Obrigada.

    Agradeo ainda Pipa pelo alento quando precisei, e Cristina pelo incentivo eencorajamento realizao de um intercmbio, que acabei por realizar e que tanto me

    enriqueceu.

    Por tudo isto e muito mais, termino agradecendo aos meus PAIS, que sempre se

    esforaram por tornar possvel a concluso deste curso! Obrigada pelo apoio, compreenso,

    dedicao, esforo e amorA eles dedico esta dissertao!!

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    NDICE GERAL

    RESUMO ......................................................................................................................... III

    ABSTRACT ........................................................................................................................ V

    AGRADECIMENTOS ......................................................................................................... VII

    NDICE GERAL .................................................................................................................. IX

    NDICE DE FIGURAS ....................................................................................................... XIII

    NOMENCLATURA ............................................................................................................ XV

    INTRODUO ................................................................................................................... 1

    1.1. APRESENTAO DA EMPRESA......................................................................................... 1

    1.1.1. OGRUPO MONTEADRIANO................................................................................................. 1

    1.1.2. AEMPRESA -AMBISYS,S.A. ................................................................................................ 2

    1.2. ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS.................................................................................... 3

    1.3. ORGANIZAO DA TESE ................................................................................................ 4

    ESTADO DA ARTE .............................................................................................................. 7

    READAPTAO DO SISTEMA DE GESTO DA QUALIDADE ................................................ 15

    3.1. REDE DE PROCESSOS .................................................................................................. 17

    3.2. ELABORAO E OPTIMIZAO DE PROCEDIMENTOS........................................................... 20

    3.2.1. PROCEDIMENTOS ELABORADOS.......................................................................................... 24

    PAE. 02 - Consultoria ......................................................................................................... 25

    PAE.03 - Caracterizao de Efluentes, Resduos e Biomassa ............................................ 26

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    3.2.2. PROCEDIMENTOS OPTIMIZADOS......................................................................................... 28

    PAE.01 - Acompanhamento, Gesto e Explorao ........................................................... 29

    PCD.01 - Concepo e Desenvolvimento .......................................................................... 30

    PCD.02 Implementao .................................................................................................. 32

    3.3. ELABORAO E OPTIMIZAO DE FORMULRIOS .............................................................. 34

    FGS.036 - Planeamento do Trabalho ................................................................................. 34

    FNE.010 - Registo de Contacto Comercial ......................................................................... 36

    FAE.001 - Modelo de Relatrio ......................................................................................... 40

    3.4. ACTUALIZAO DOS MANUAIS ..................................................................................... 41

    Manual da Qualidade ........................................................................................................ 41

    Manual de Funes ........................................................................................................... 41

    Manual de Acolhimento .................................................................................................... 42

    3.5. OPTIMIZAO DE OUTROS ASPECTOS............................................................................. 43

    Monitorizao dos Objectivos ........................................................................................... 43

    CONCLUSES .................................................................................................................. 47

    AVALIAO DO TRABALHO REALIZADO ........................................................................... 49

    5.1. OBJECTIVOS REALIZADOS ............................................................................................ 49

    5.2. OUTROS TRABALHOS REALIZADOS................................................................................. 49

    5.3. LIMITAES E TRABALHOS FUTUROS .............................................................................. 49

    5.4. APRECIAO FINAL .................................................................................................... 50

    REFERNCIAS .................................................................................................................. 51

    ANEXOS ......................................................................................................................... 53

    ANEXO A:FORMULRIO BASE PARA ELABORAO DOS PROCEDIMENTOS ............................ 55

    ANEXO B:PROCEDIMENTOPAE.02................................................................................... 59

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    ANEXO C:PROCEDIMENTOPAE.03................................................................................... 69

    ANEXO D:PROCEDIMENTOPAE.01ANTIGO ...................................................................... 79

    ANEXO E:PROCEDIMENTOPAE.01EM VIGOR ................................................................... 87

    ANEXO F:PROCEDIMENTOPCD.01ANTIGO....................................................................... 97

    ANEXO G:PROCEDIMENTOPCD.01EM VIGOR.................................................................. 103

    ANEXO H:PROCEDIMENTOPCD.02ANTIGO ..................................................................... 113

    ANEXO I:PROCEDIMENTOPCD.02EM VIGOR ................................................................... 119

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    NDICE DE FIGURAS

    Figura 1: reas de Negcio do Grupo MonteAdriano. ................................................................ .............. 2

    Figura 2: Modelo de um sistema de gesto da qualidade baseado em processos [7]............................ 12

    Figura 3: Ciclo PDCA [9]. .......................................................................................................................... 12

    Figura 4: Metodologia utilizada. ............................................................................................................. 15

    Figura 5: Rede de Processos do SGQ da Ambisys [3]. ............................................................................. 17

    Figura 6: Procedimentos do processo AE. ............................................................... ................................ 20

    Figura 7: Modelo de boas prticas. ......................................................................................................... 22

    Figura 8: Formulrio criado ao suporte do planeamento do trabalho. .................................................. 35

    Figura 9: Formulrio que se encontrava em vigor para efectuar os registos de contacto comercial. .... 37

    Figura 10: Formulrio que se encontra actualmente em vigor. .............................................................. 39

    Figura 11: Organigrama funcional da Ambisys, S.A.. .............................................................................. 42

    Figura 12: Formulrio alusivo monitorizao dos objectivos. .............................................................. 43

    Figura 13: Exemplo da folha de clculo que se criou para a monitorizao dos objectivos de cada um

    dos processos contemplados no SGQ da Ambisys, SA. ........................................................................... 45

    http://c/Users/Lipa/Desktop/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado.docx%23_Toc266490705http://c/Users/Lipa/Desktop/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado.docx%23_Toc266490705http://c/Users/Lipa/Desktop/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado.docx%23_Toc266490709http://c/Users/Lipa/Desktop/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado.docx%23_Toc266490709http://c/Users/Lipa/Desktop/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado.docx%23_Toc266490709http://c/Users/Lipa/Desktop/Disserta%C3%A7%C3%A3o%20de%20Mestrado.docx%23_Toc266490705
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    NOMENCLATURA

    Siglas e Abreviaturas

    AE Acompanhamento, Gesto e Explorao

    APCER Associao Portuguesa de Certificao

    CBO5 Carncia Bioqumica de Oxignio ao fim de 5 dias

    CD Concepo, Desenvolvimento e Implementao de Solues

    CERB Caracterizao de Efluentes Resduos e Biomassa

    CQO Carncia Qumica de Oxignio

    DP Dono do Processo

    DQAS Departamento da Qualidade, Ambiente e Segurana

    ETA Estao de Tratamento de gua

    ETAR Estao de Tratamento de guas Residuais

    GS Gesto do Sistema

    NE Negocial

    PDCA PlanDoCheckAct

    RH Recursos Humanos

    SGQ Sistema de Gesto da Qualidade

    SST Slidos Suspensos Totais

    UM Universidade do Minho

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    Captulo 1

    INTRODUO

    1.1. APRESENTAO DA EMPRESA

    1.1.1. OGRUPO MONTEADRIANO

    O Grupo MonteAdriano, sediado na Pvoa de Varzim, nasceu em Janeiro de 2005 da

    fuso de dois grupos econmicos que detinham uma forte presena no sector da construo

    civil e obras pblicas, nomeadamente o Grupo Monte & Monte e o Grupo Adriano.

    Este grupo portugus, que em 2008 apresentava um volume de negcios de 331

    milhes de euros, j se encontra presente em mercados como a Espanha, Angola, Cabo Verde,

    Marrocos, Romnia, Brasil, Om e S. Tom, fazendo com que 40% do seu volume de

    negcios seja aferente sua actuao a nvel internacional [1].

    Actualmente, o Grupo MonteAdriano encontra-se estruturado em cinco reas de

    negcio (Figura 1), nomeadamente a Engenharia e Construo, Agregados e Indstria,

    Concesses, Promoo Imobiliria e Servios e a rea de Ambiente que constituda a nvel

    nacional por empresas como a Ecoviso, Lda., a Ambisys, S.A., a Gevrafi, Lda. e a Gintegral,

    S.A. e a nvel internacional pela Ecoviso Angola, Lda. e Resurb, Lda [2].

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    Figura 1: reas de Negcio do Grupo MonteAdriano.

    A dissertao aqui reportada foi desenvolvida em ambiente empresarial, tendo sido a

    Ambisys, S.A. (doravante designada por Ambisys) a empresa alvo.

    1.1.2. AEMPRESA -AMBISYS,S.A.

    A Ambisys, com sede na empresa-me, nasceu em 2007, fruto do interesse do Grupo

    MonteAdriano em diversificar e complementar a sua rea de negcio em ambiente e o desejo

    do Grupo de I&D em Biotecnologia Ambiental do Departamento de Engenharia Biolgica da

    Universidade do Minho (UM) de enveredar por uma actividade empresarial [3].

    Sendo uma empresa start-up da UM, a Ambisys um veculo de transferncia de

    tecnologia Universidade Empresa, dando simultaneamente resposta s necessidades do

    mercado nas suas reas de interveno.

    A Ambisys assim uma empresa de Biotecnologia Ambiental, que actua de forma

    integrada com os seus clientes, fornecendo para cada problema especfico a soluo mais

    efectiva, nas dimenses econmica, energtica e ambiental.

    Engenharia eConstruo

    MonteAdrianoEngenharia eConstruo, SA

    Betominho, SA

    GC, SAHabimarante, SA

    Fundasol, SA

    Constrotnel, SA

    Geoexperts, Lda

    MonteAdrianoEng. e Const.Angola, SA

    MonteAdrianoEng. e Const.Cabo Verde, SA

    MonteAdriano

    Eng. e Const.Bucaresti, SA

    GrupulPortughez deConstructii, SRL

    Concesses

    Aenor, SA

    Lusoscut GrandePorto, SA

    Lusoscut Costa

    de Prata, SALusoscut Beiras

    Litoral / Alta, SA

    Lusolisboa - GRLisboa, SA

    Agregados eIndstria

    MonteAdrianoAgregados, SA

    Descavanor, SA

    ICV, Lda

    Beto STP, Lda

    MonteAdrianoAgregados deAngola, Lda

    Ambiente

    Ecoviso, Lda

    Ambisys, SAAdicionagest, SA

    Hidrante, SAGevrafi, Lda

    Gintegral, SA

    Ecoviso Angola,Lda

    Resurb, Lda

    PromooImobiliria

    Imaca, Lda

    EP Construes,SA

    Imorobaina, SA

    Incentivo, SA

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    Com apenas 4 colaboradores, a Ambisys j uma empresa reconhecida no mercado

    pelo seu know-how no tratamento de gua, efluentes e resduos orgnicos, possuindo assim

    capacidade tcnica para conceber, projectar e realizar a implementao e acompanhamento

    dos seus processos de tratamento [3].

    Como servios prestados pela Ambisys pode-se citar por exemplo o dimensionamento,

    instalao, acompanhamento, gesto e explorao de Estaes de Tratamento de gua (ETA)

    para consumo humano, Estaes de Tratamento de guas Residuais (ETAR) e aterros

    sanitrios, actuando a qualquer nvel no mbito destes sistemas de tratamento e contemplando

    ainda o desenvolvimento de novas tecnologias dentro das suas reas de interveno.

    1.2. ENQUADRAMENTO E OBJECTIVOS

    Com a entrada no mercado, a Ambisys apercebeu-se que hoje em dia a adopo de um

    Sistema de Gesto da Qualidade (SGQ) funcionava como uma ferramenta competitiva frente

    forte intensificao da concorrncia. Este factor, em conjunto com a sua crescente

    preocupao pela melhoria da prestao dos seus servios e primordialmente com a satisfao

    dos seus clientes, serviu de incentivo para que a Ambisys seguisse em frente com a

    implementao e certificao de um SGQ, desde sempre ambicionado.

    A cultura do Grupo Monteadriano, assente na preocupao com os seus stakeholders

    (desde o cliente ao accionista, passando pelos colaboradores e pelas sociedades com que

    interage), com o respeito pela legislao em vigor e pela constante procura de melhoria

    contnua, demonstrou-se um ptimo suporte concretizao do objectivo ambicionado pela

    Ambisys [2]. Objectivo este, que rapidamente foi alcanado, com a implementao do SGQ

    segundo a NP EN ISO 9001:2000 e sua certificao em Junho de 2008 pela Associao

    Portuguesa de Certificao (APCER), fazendo da Ambisys uma das mais novas empresas

    certificadas do Grupo.

    Em 2009, a Ambisys transitou para a verso 2008 da Norma com sucesso, no entanto,

    com o seu reconhecimento no mundo do negcio, esta viu-se a prestar novos servios que

    estavam a ser realizados na ausncia de uma orientao documental. A consolidao desses

    servios no campo de actuao da empresa, em conjunto com a necessidade que se avizinhava

    de angariar novos colaboradores, fez com que a Ambisys desejasse documentar a operao de

    tais actividades com o intuito de garantir a qualidade dos seus prstimos.

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    Outra necessidade que surgiu com o crescimento da empresa no mercado, foi a de se

    redefinir a estrutura organizacional da empresa, tendo-se criado uma nova funo,

    nomeadamente a direco executiva.

    Estas alteraes implicavam a actualizao do Sistema face nova realidade daempresa, o que levou a Ambisys a sugerir o tema FEUP como projecto de desenvolvimento.

    A dissertao aqui desenvolvida teve assim como principais objectivos a

    aprendizagem dos conceitos relacionados com o SGQ, o estudo e compreenso do SGQ da

    Ambisys e sua respectiva actualizao. Actualizao que se fez sentir a nvel da

    documentao que suportava o Sistema da empresa, aspirando-se a criao de novos

    procedimentos alusivos a actividades que no eram contempladas pelo SGQ em vigor e a

    actualizao do manual de funes de acordo com as alteraes organizacionais que aempresa havia definido.

    1.3. ORGANIZAO DA TESE

    A presente tese encontra-se estruturada em cinco captulos.

    Neste captulo, referente Introduo, procedeu-se apresentao da empresa que

    suportou o desenvolvimento desta dissertao, assim como o enquadramento e objectivospropostos para este trabalho.

    Segue-se o captulo 2 com o Estado da Arte, no qual se comea por abordar os

    conceitos alusivos ao tema no que respeita ao SGQ e Norma ISO 9001:2008 e se termina

    descrevendo a metodologia apontada pela Norma como mtodo promissor na manuteno e

    melhoria do SGQ, nomeadamente o ciclo PDCA (Plan Do CheckAct), fazendo-se ainda

    referncia a outras metodologias com sucesso na busca pela qualidade.

    O captulo 3, Readaptao do Sistema de Gesto da Qualidade, contempla uma

    breve descrio da rede de processos da empresa alvo de estudo, nomeadamente a Ambisys,

    seguindo-se a descrio da documentao elaborada e optimizada ao nvel dos procedimentos

    e formulrios, assim como as actualizaes efectuadas a nvel dos manuais existentes e

    optimizaes de outros aspectos.

    O captulo 4 diz respeito Concluso, no qual so apresentadas as principais

    concluses retiradas da realizao deste trabalho.

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    Por ltimo, no captulo 5, referente Avaliao do Trabalho Realizado, efectuada

    uma avaliao do trabalho desenvolvido tendo em conta os objectivos realizados, as

    limitaes encontradas sua execuo e a previso de trabalhos futuros, terminando-se com

    uma apreciao final relativamente ao projecto desenvolvido.

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    Captulo 2

    ESTADO DA ARTE

    Actualmente, vivemos num mundo de economia globalizada, num mercado sem

    fronteiras e internacionalizado, o que leva as empresas a buscarem uma maior

    competitividade de seus produtos e/ou servios.

    Desta forma, a adopo de um SGQ, surgiu como uma estratgia oportuna na

    sobrevivncia das empresas diante da concorrncia acrescida do mercado[4].

    Existem vrios modelos de SGQ, sendo que o mais adoptado no mundo inteiro devido

    sua simplicidade e eficincia o modelo baseado nas normas da srie ISO 9000, que

    representam actualmente um consenso internacional de boas prticas de gesto [5].

    O SGQ segundo a International Organization for Standardization, um conjunto de

    elementos inter-relacionados e interactivos que permitem dirigir e controlar uma organizao,

    no que respeita qualidade, entendendo-se qualidade como o grau no qual um conjunto de

    caractersticas inerentes satisfaz a requisitos, sendo o conceito de caractersticas definido

    como uma propriedade diferenciadora e os requisitos como uma necessidade ou

    expectativa que expressa, geralmente, de forma implcita ou obrigatria [6].

    A srie ISO 9000 composta por quatro normas centrais, nomeadamente a NP EN

    ISO 9000:2005 Sistemas de gesto da qualidade. Fundamentos e vocabulrio., a NP EN

    ISO 9001:2008 Sistemas de gesto da qualidade. Requisitos., a ISO 9004:2009 Managing

    for the sustained success of an organization A quality management approach. e a NP EN

    ISO 19011:2003 Linhas de orientao para auditorias de sistemas de gesto da qualidade

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    e/ou de gesto ambiental., sendo que apenas a Norma NP EN ISO 9001 pode ser utilizada

    para efeitos de certificao [5].

    Deste modo, as organizaes que pretendam obter a certificao com base na srie

    ISO 9000, devem ser capazes de demonstrar a conformidade do seu SGQ de acordo com aNorma NP EN ISO 9001:2008.

    O objectivo principal da NP EN ISO 9001:2008 definir um conjunto de requisitos

    que visem assegurar a capacidade de uma organizao fornecer produtos e servios

    conformes, indo ao encontro dos requisitos dos seus clientes, estatutrios e regulamentares

    aplicveis, tendo sempre em vista o aumento da satisfao dos clientes [7]. Esta Norma

    suportada nos oito princpios de gesto da qualidade definidos na NP EN ISO 9000:2005,

    sendo eles a focalizao no cliente, a liderana, o envolvimento das pessoas, a abordagem porprocessos, a abordagem da gesto como um sistema, a melhoria contnua, a abordagem

    tomada de deciso baseada em factos e as relaes mutuamente benficas com fornecedores

    [6].

    Embora as empresas possam recorrer referida Norma apenas para implementar um

    SGQ, no objectivando a sua certificao, o facto que a certificao funciona como um

    convite de visita. Isto porque, a atribuio de um certificado reconhece o cumprimento dos

    requisitos definidos pela NP ISO 9001:2008, atribuindo assim confiana e segurana aoconsumidor de que a organizao em causa capaz de atender s suas necessidades e

    expectativas.

    A Norma em causa est dividida por seces, sendo que os seus requisitos encontram-

    se expressos ao longo das seces 4, 5, 6, 7 e 8, sendo elas o sistema de gesto da qualidade, a

    responsabilidade da gesto, a gesto de recursos, a realizao do produto e por fim a medio,

    anlise e melhoria, respectivamente. As restantes seces funcionam como um

    enquadramento, ajudando na compreenso das seces que lhes seguem.

    A seco 1, objectivo e campo de aplicao, d assim a conhecer o propsito da

    Norma e campo de emprego, referindo que os requisitos nela expressos so genricos e

    aplicveis a qualquer organizao, independentemente da dimenso, tipo ou produto que

    propiciem, podendo-se excluir as seces que no se apliquem ao modo de funcionamento das

    organizaes.

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    9

    A seco 2, referncia normativa, destaca a Norma ISO 9000:2005 como sendo um

    documento indispensvel compreenso e aplicao da Norma ISO 9001:2008.

    A seco 3, termos e definies, refere que os termos e definies aplicveis Norma

    aqui abordada, correspondem aos encontrados na ISO 9000:2005, da a seco 2 menciona-lacomo indispensvel compreenso da ISO 9001:2008.

    A seco 4, sistemas de gesto da qualidade, encontra-se dividida nas subseces

    Requisitos gerais e Requisitos da documentao, nas quais se menciona que a

    organizao deve:

    Estabelecer, documentar, implementar, manter e melhorar continuamente o seu SGQ,

    devendo para isso determinar quais os processos necessrios, a sua sequncia einteraco, definir as metodologias de operao e controlo desses mesmos processos e

    assegurar a existncia de recursos que suportem a sua operao, monitorizao,

    medio, anlise e melhoria contnua;

    Incluir na documentao do SGQ a poltica e os objectivos da qualidade, o manual da

    qualidade, os procedimentos documentados, os registos e outros documentos que se

    mostrem necessrios organizao do Sistema. A abrangncia da documentao do

    SGQ pode assim variar de uma organizao para outra, dependendo de factores como

    tamanho, sector de actuao, complexidade dos processos e em funo do grau de

    capacitao dos recursos humanos, sendo de referir que todos os documentos e

    registos do SGQ devem ser devidamente controlados.

    A seco 5, responsabilidade da gesto, compreende as subseces

    Comprometimento da gesto, Focalizao no cliente, Poltica da qualidade,

    Planeamento, Responsabilidade, autoridade e comunicao eReviso pela gesto, nas

    quais se refere que gesto de topo deve:

    Evidenciar o seu comprometimento e envolvimento na implementao,

    desenvolvimento e melhoria contnua do SGQ e garantir a orientao global da

    organizao para o aumento da satisfao do cliente;

    Assegurar que os requisitos do cliente so determinados e atendidos, visando sempre o

    aumento da sua satisfao;

    Garantir que a poltica da qualidade claramente entendida por todos os colaboradores

    da organizao, que inclui o compromisso com o cumprimento dos requisitos e com a

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    10

    melhoria contnua da eficcia do SGQ, que apropriada ao propsito da organizao e

    revista em intervalos de tempo planeados;

    Assegurar a definio de objectivos da qualidade mensurveis para todos os nveis e

    funes relevantes da organizao, devendo-se assegurar um planeamento da

    qualidade que v ao encontro do cumprimento desses mesmos objectivos e integridade

    do SGQ;

    Garantir a definio e comunicao das responsabilidades e autoridades de todos os

    colaboradores, devendo ainda assegurar processos apropriados de comunicao interna

    dentro da organizao e nomear um membro da gesto como responsvel por

    assegurar a implementao, manuteno e melhoria da eficcia do SGQ;

    Garantir a reviso peridica do SGQ com vista sua manuteno e melhoria.

    A seco 6, gesto de recursos, compreende as subseces Provises de recursos,

    Recursos humanos,Infra-estruturas e Ambiente de trabalho, nas quais se refere que a

    organizao deve:

    Disponibilizar os recursos necessrios para assegurar a implementao, manuteno e

    melhoria contnua do SGQ, assim como o aumento da satisfao dos clientes por

    atendimento dos seus requisitos;

    Assegurar a competncia, formao e consciencializao das pessoas de acordo com o

    servio que lhes directa ou indirectamente afecto;

    Assegurar a existncia e manuteno de infra-estruturas adequadas para o alcance da

    conformidade dos produtos;

    Identificar e gerir os aspectos do ambiente de trabalho que influenciem no alcance da

    sua qualidade.

    A seco 7, realizao do produto, compreende as subseces Planeamento darealizao do produto, Processos relacionados com o cliente, Concepo e

    desenvolvimento, Compras, Produo e fornecimento do servio, Controlo do

    equipamento de monitorizao e de medio, nas quais se refere que a organizao deve:

    Assegurar que os processos associados realizao do produto so planeados e

    desenvolvidos de modo a produzir produtos conformes;

    Determinar e compreender claramente todos os requisitos necessrios produo de

    um produto conforme, capaz de satisfazer as necessidades do cliente;

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    11

    Realizar todas as actividades necessrias concepo e desenvolvimento de produtos

    que atendem a esses mesmos requisitos, devendo-se planear, rever, verificar, validar e

    controlar o referido processo;

    Assegurar a conformidade dos produtos comprados, especificando os requisitos

    necessrios e verificando o seu atendimento, devendo-se posteriormente proceder

    avaliao dos respectivos fornecedores;

    Assegurar que todos os processos e operaes so efectuados de forma controla,

    devendo-se garantir a preservao do produto em todas as fases dos processos de

    produo e fornecimento, no esquecendo que tambm a propriedade do cliente deve

    ser alvo de controlo e preservao se estiver a ser utilizada pela organizao;

    Assegurar que qualquer equipamento usado para a monitorizao ou medio da

    conformidade do produto est apto a fornecer resultados vlidos.

    A seco 8, Medio, anlise e melhoria, compreende as subseces Generalidades,

    Monitorizao e medio, Controlo do produto no conforme, Anlise de dados e

    Melhoria, nas quais se refere que a organizao deve:

    Assegurar o planeamento e implementao dos processos de monitorizao, medio,

    anlise e melhoria necessrios para garantir a conformidade com os requisitos dos

    produtos, a conformidade do SGQ e melhoria contnua da sua eficcia;

    Monitorizar e medir os resultados em funo da satisfao do cliente e da

    conformidade dos seus produtos e processos, devendo-se em intervalos de tempo

    planeados realizar auditorias internas com vista avaliao da conformidade e eficcia

    do SGQ;

    Assegurar a identificao e controlo de produtos no conformes, de modo a evitar a

    sua utilizao ou entrega involuntria;

    Identificar, recolher e analisar os dados e informaes necessrias avaliao da

    adequabilidade e eficcia do SGQ e identificao de oportunidades de melhoria;

    Promover uma filosofia de melhoria contnua da eficcia do SGQ, empreendendo

    medidas correctivas e preventivas sempre que aplicvel.

    Como j foi mencionado anteriormente, a ISO 9001:2008 fomenta a adopo de uma

    abordagem por processos, encontrando-se ilustradas na Figura 2 as interligaes de processos

    apresentadas nas seces 4 a 8.

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    12

    Figura 2: Modelo de um sistema de gesto da qualidade baseado em processos [7].

    O SGQ baseado em processos assim um sistema de melhoria contnua assente no

    entendimento e gesto dos processos usados pela organizao para transformar os requisitos

    de entrada nos de sada, focando-se essencialmente nos requisitos dos clientes e satisfao dos

    mesmos.

    Como forma de gerir os processos, a Norma em questo faz referncia utilizao dametodologia PDCA como parte integrante do seu SGQ [7].

    A metodologia PDCA, inicialmente desenvolvido pelo americano Walter Shewhart e

    largamente utilizado pelo W. Edwards Deming, um ciclo dinmico de melhoria da

    qualidade, promovendo a sua evoluo contnua, ciclo aps ciclo (Figura 3) [8].

    Figura 3: Ciclo PDCA [9].

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    13

    Com ampla aplicao no controle e melhoria da qualidade, o ciclo PDCA utilizado

    por muitas organizaes como mtodo de gesto dos seus sistemas, suportado na interaco

    constante entre as suas 4 fases [10]:

    Planear compreende o estudo e a anlise da situao actual, a identificao dosproblemas e respectivas causas e posterior definio de um plano de aco, com vista

    resoluo dos problemas identificados e melhoria dos processos;

    Executardiz respeito execuo das aces definidas na etapa anterior;

    Verificar consiste em averiguar se as aces implementadas originam resultados

    desejveis como planeado;

    Actuar compreende a consolidao de padres perante o alcance de resultados

    apreciveis e a correco e aperfeioamento dos processos nos quais se detectemproblemas e/ou oportunidades de melhoria.

    Alm da metodologia PDCA como ferramenta para a gesto da qualidade, existem

    outras metodologias promissoras de serem postas em prtica pelas empresas na busca pela

    melhoria contnua dos seus sistemas, como o caso da metodologia 5S [11].

    O 5S uma metodologia de origem japonesa que apresenta como propsitos a

    organizao do local de trabalho, a reduo do desperdcio e das actividades que no

    acrescentam valor, bem como o aumento da segurana e melhoria a nvel de eficincia e

    qualidade.

    A metodologia em questo composta por cinco princpios ou sensos, que surgiram de

    cinco palavras japonesas que comeam com a letra S:

    Seiri (senso da utilizao) consiste em distinguir o que necessrio e eliminar do

    posto de trabalho tudo o que for intil;

    Seiton (senso da ordenao)consiste em organizar o espao de trabalho, dispondo os

    materiais, ferramentas e equipamentos de modo a permitir o seu fcil acesso e

    eficincia no fluxo do trabalho;

    Seiso (senso de limpeza) consiste em manter o local de trabalho limpo, devendo a

    limpeza ser vista como parte integrante do trabalho dirio e no como uma actividade

    ocasional;

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    14

    Seiketsu (senso da padronizao) consiste em criar normas e sistemticas a serem

    cumpridas pelos trabalhadores com o intuito de manter a ordem no trabalho, devendo

    por isso serem documentadas e de fcil acesso;

    Shitsuke (sendo da autodisciplina) consiste em disciplinar a prtica dos 4S

    anteriores mantendo os padres por eles atingidos.

    Outra metodologia vista como uma tcnica muito promissora na gesto das empresas

    a metodologia conhecida porbenchmarking[12].

    O benchmarking, reconhecido nos Estados Unidos da Amrica como uma das

    ferramentas mais importantes na melhoria da qualidade dos produtos, um mtodo cada vez

    mais usado pelas empresas que procuram aumentar e melhorar o seu desempenho no

    mercado. Suportado na comparao de processos e identificao das melhores prticas detrabalho, uma metodologia susceptvel de ser empregue tanto a nvel interno, comparando

    processos dentro da mesma empresa, como a nvel externo, efectuando comparaes com

    outras organizaes.

    Normalmente o processo de benchmarking composto por quatro fases, sendo elas:

    Planear: compreende a definio dos processos da empresa que devem ser alvo de

    estudo assim como definio do elemento que servir de base comparao

    (processos/sectores dentro da prpria empresa no caso de benchmarking interno ou

    processos de outras empresas no caso de benchmarkingexterno);

    Analisar: consiste na comparao entre os elementos definidos anteriormente, a fim de

    se identificar desvios e as respectivas causas responsveis, ou seja, visiona a

    identificao de lacunas no processo alvo em estudo, assim como a identificao das

    prticas responsveis pela melhor performance apresentada pelo referencial

    comparador;

    Integrar: consiste na definio de um plano de aco com vista a integrar melhorias no

    desempenho da empresa, tendo em conta os resultados obtidos na fase anterior;

    Actuar: consiste na implementao e monitorizao das aces.

    Estes so alguns exemplos de metodologias que se podem adoptar para melhorar a

    qualidade de uma empresa, sendo que para o desenvolvimento do trabalho aqui reportado,

    como mencionado anteriormente, recorreu-se metodologia qual a norma NP EN ISO

    9001:2008 faz referncia, nomeadamente o ciclo PDCA.

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    Captulo 3

    READAPTAO DO SISTEMA DE GESTO DA QUALIDADE

    CASO DE ESTUDO:AMBISYS,SA

    A metodologia utilizada para o desenvolvimento do trabalho aqui reportado foi a

    metodologia qual a Norma ISO 9001:2008 faz referncia, nomeadamente a metodologia

    PDCA. A Figura 4 assim representativa das aces que se sequenciaram ao longo deste

    projecto.

    Figura 4: Metodologia utilizada.

    Execuo das acesVerificao

    Estudo e Analise crtica

    Identificao deproblemas eoportunidade demelhorias

    Definio de aces aexecutar

    Correco

    Padronizao

    Comunicao

    Act Plan

    DoCheck

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    16

    O desenvolvimento de todo o trabalho aqui apresentado teve assim como ponto de

    partida a compreenso e anlise crtica do SGQ da empresa, a partir do estudo exaustivo de

    toda a sua documentao e registos associados, de questes aos colaboradores em caso de

    dvidas, assim como do presenciamento de reunies de acompanhamento dos trabalhos,

    sendo de referir, que a presena quotidiana na empresa tambm contribuiu de forma relevante

    para a percepo do modo de funcionamento da organizao.

    Aps o estudo e compreenso do funcionamento do SGQ da empresa, foi efectuada

    uma anlise crtica a todos os seus processos, procurando-se detectar falhas, desactualizaes

    e oportunidades de melhoria.

    Estando consolidado o conhecimento da situao inicial e levantamento das alteraes

    que se mostravam necessrias, foram definidas quais as aces a realizar de modo a alcanar ameta proposta para o projecto em questo, nomeadamente a actualizao e optimizao do

    SGQ da Ambisys.

    As aces a desenvolver passaram assim por:

    Elaborar um formulrio alusivo ao planeamento dos trabalhos;

    Elaborar os procedimentos referentes s novas actividades que a Ambisys se

    encontrava a prestar;

    Readaptar os procedimentos que se encontravam em vigor;

    Optimizar alguns aspectos relativos a formulrios existentes;

    Actualizar o organigrama funcional da empresa;

    Actualizar os manuais existentes (Manual de Funes, Manual da Qualidade,

    Manual de Acolhimento);

    Optimizar a actividade associada monitorizao dos objectivos.

    Depois de executadas todas as aces propostas na fase do planeamento, os seus

    resultados foram revistos pelos Donos dos Processos (DP) correspondentes e pelo responsvel

    do Departamento da Qualidade, Ambiente e Segurana (DQAS), a fim de darem o seu parecer

    quanto sua adequabilidade, tendo-se efectuando sempre que necessrio as devidas

    modificaes para atender s apreciaes promulgadas pelos mesmos.

    Aps dar resposta a todas as observaes apontadas pelo DP e pelo responsvel pelo

    DQAS, seguiu-se a aprovao por parte da administrao. Depois de aprovadas todas as

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    17

    3.1.

    intervenes efectuadas ao nvel do SGQ da Ambisys, procedeu-se ento comunicao e

    divulgao das mesmas, tendo-se procedido actualizao da rede interna da empresa,

    nomeadamente a intranet, qual todos os colaboradores tm acesso.

    De referir, que os documentos que se encontravam impressos foram tratadosconvenientemente de acordo com o procedimento Controlo de Documentos e Registos, de

    modo a evitar a utilizao despropositada de documentos que no se encontravam em vigor.

    REDE DE PROCESSOS

    Com o intuito de dar a conhecer o modo de funcionamento da empresa, possibilitando

    assim um melhor enquadramento no mbito do trabalho realizado, apresenta-se na Figura 5 a

    rede de processos identificada para o SGQ da Ambisys.

    Figura 5: Rede de Processos do SGQ da Ambisys [3].

    Como podemos observar, o SGQ estruturado perspectivando primordialmente a

    satisfao dos seus clientes, o que evidenciado na representao da sua rede de processos,

    cuja finalidade principal sem dvida a satisfao dos clientes, apontando os requisitos dos

    mesmos como fundamentais no desencadeamento da respectiva rede.

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    18

    Os processos existentes so diferenciados em processos operacionais e de gesto,

    sendo os operacionais os processos centrais da actividade de realizao do produto/servio e

    os de gesto aqueles que suportam os processos operacionais, facultando todas as condies

    necessrias para que as actividades operacionais se desenrolem da melhor maneira possvel,

    de modo que o resultado das mesmas possa atender e superar as necessidades e expectativas

    dos clientes.

    Como processos de gesto a Ambisys apresenta o processo de Gesto do Sistema

    (GS), que tem como principal objectivo assegurar a definio de polticas e objectivos que

    permitam conduzir a empresa ao atendimento das suas necessidades e principalmente s dos

    seus clientes, assim como assegurar a definio, implementao, melhoria e eficcia do SGQ,

    podendo contar com procedimentos como o Controlo de Documentos e Registos,

    Planeamento e Reviso do Sistema de Gesto da Qualidade, Auditoria Interna, Aces

    de Melhoria e Identificao dos Requisitos Legais e Outros Requisitos.

    Outro processo que a Ambisys identifica como um processo de gesto o de Recursos

    Humanos (RH), que visa assegurar o fornecimento de todas as condies necessrias ao bom

    desempenho dos seus colaboradores, podendo-se contar para isso com procedimentos como

    Medicina no Trabalho e Gesto da Formao.

    Considerando que os trabalhadores so o factor chave para o sucesso da empresa, aAmbisys aposta assim na sua formao e sade, apontando a valorizao dos colaboradores

    como um dos seus principais princpios [3].

    Como processos operacionais possui o processo Negocial (NE) referente ao

    departamento comercial da empresa e os processos de Concepo, Desenvolvimento e

    Implementao de Solues (CD) e de Acompanhamento, Gesto e Explorao (AE), que

    dizem respeito ao departamento tcnico.

    O processo NE funciona como ponte de contacto entre o mercado e a parte tcnica

    da empresa, usufruindo de um procedimento denominado por procedimento Negocial, que

    pretende assegurar a procura de clientes e angariao de novos contratos para a empresa.

    assim responsvel pela recepo e anlise de pedidos de propostas, elaborao,

    apresentao e negociao das mesmas, assim como recepo de adjudicaes e sua posterior

    transmisso, juntamente com toda a informao correspondente ao trabalho solicitado, para os

    processos de mbito tcnico, nomeadamente o CD e AE. De referir que o fluxo de informao

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    19

    entre o departamento comercial e o tcnico no acontece apenas aquando da adjudicao de

    um servio, dado que pelo menos durante a elaborao das propostas a troca de informao

    inevitvel.

    Alm do procedimento negocial, o processo NE possui tambm um procedimentodenominado por Subcontratao e Compras, que define todas as actividades inerentes

    subcontratao de servios e compras de equipamentos necessrios realizao dos trabalhos

    em carteira.

    O processo CD pretende assegurar que todas as fases e actividades de um processo de

    concepo, desenvolvimento e implementao, sigam os procedimentos necessrios para o

    cumprimento dos requisitos tcnicos e do cliente, tendo-se desenvolvido dois procedimentos

    no mbito deste processo, nomeadamente o de Concepo e Desenvolvimento de Soluese o de Implementao de Solues.

    O procedimento de concepo e desenvolvimento de solues pretende garantir a

    definio da soluo que melhor resolve o problema apontado, visando sempre o atendimento

    dos requisitos do cliente e especificaes tcnicas. Depois de encontrada a soluo para o

    problema, em caso de adjudicao segue-se a sua execuo, surgindo assim o procedimento

    de implementao de solues, que pretende garantir que a soluo encontrada

    implementada de acordo com o que foi definido e aprovado pelo cliente.

    A ttulo de exemplo, pode ser mencionado a solicitao dos servios da Ambisys para

    conceber um sistema de tratamento de efluentes, sendo que, em termos genricos o que se faz

    mediante as caractersticas do efluente em questo, procura-se o tratamento que se

    demonstre mais eficiente e que v mais ao encontro das necessidades do cliente,

    prosseguindo-se com a definio e dimensionamento do sistema e respectiva implementao,

    em caso de adjudicao.

    O processo AE pretende assegurar que as actividades desenvolvidas no mbito de um

    acompanhamento, gesto e/ou explorao de uma ETA, ETAR e/ou aterro sanitrio, garantam

    o controlo e funcionamento eficientes de todo o sistema de tratamento.

    Este processo contemplava um procedimento denominado por Acompanhamento,

    Gesto e Explorao, no entanto com o aparecimento de outros servios cujo procedimento

    em causa no abarcava, a Ambisys sentiu necessidade de criar mais dois procedimentos

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    20

    3.2.

    referentes s novas actividades que se haviam consolidado, tendo sido a sua elaborao alvo

    do estgio realizado.

    O processo em causa passou ento a contemplar 3 procedimentos, nomeadamente o

    procedimento de Consultoria e o de Caracterizao de Efluentes, Resduos e Biomassa,alm do procedimento mencionado anteriormente, que sero explicados mais claramente a

    seguir, aquando da sua abordagem.

    ELABORAO E OPTIMIZAO DE PROCEDIMENTOS

    A existncia de documentao adicional relativa operao dos processos

    identificados para o SGQ, permite assegurar que se encontra disponvel informao suficiente

    para possibilitar aos colaboradores o conhecimento e modo de funcionamento do Sistema, o

    conhecimento das suas funes no seu mbito e de como as desempenhar de uma forma

    consistente e direccionada ao atendimento dos objectivos estabelecidos pelos membros da

    administrao.

    Deste modo, a extenso da documentao do Sistema deve ser adequada dimenso

    de cada organizao, complexidade dos seus processos e competncia das pessoas que os

    realizam, no podendo no entanto, deixar de ser a suficiente para garantir que os processos e

    actividades relacionadas so operados de uma forma planeada, controlada e eficaz. Nesse

    sentido, mediante uma srie de factores j apontados, pode surgir a necessidade de

    documentar orientaes de trabalho atravs de documentos como os procedimentos.

    No caso da Ambisys, tal necessidade prendeu-se com o facto de se tratar de uma

    empresa ainda bastante pequena, mas com uma capacidade de crescimento espectvel. Da a

    Figura 6: Procedimentos do processo AE.

    Antes

    PAE.01

    Acompanhamento, Gesto eExplorao

    Depois

    PAE.01 Acompanhamento, Gesto eExplorao

    PAE.02 Consultoria

    PAE.03 Caracterizao de Efluentes,Resduos e Biomassa

    Processo AE

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    21

    necessidade apontada pela Ambisys em criar documentos que clarificassem qualquer novo

    colaborador perante o modo como conduzida a operacionalizao das novas actividade

    desenvolvidas pela organizao, permitindo dar respostas como quem,o que, quando e

    como as actividades ocorrem.

    No decorrer do estgio realizado, foi ento efectuada uma anlise crtica a todos os

    processos existentes, avaliando-se a necessidade de criar novos procedimentos e/ou alterar os

    j existentes. De referir que apenas os procedimentos integrantes dos processos operacionais

    demonstraram necessidade de interveno, sendo que os restantes, relativos aos processos de

    gesto, demonstraram-se adequados ao atendimento das necessidades da empresa e

    conduo eficiente do SGQ.

    O facto de os procedimentos definirem a sequncia de etapas a executar aquando daoperao de um determinado servio, faz destes documentos um suporte importantssimo na

    conduo eficiente dos trabalhos e consequente alcance do objectivo primordial apontado pela

    Norma ISO 9001:2008, nomeadamente o aumento da satisfao dos clientes.

    Neste sentido, no mbito da prestao dos servios realizados pela empresa,

    identificaram-se as aces desenvolvidas que contribuam para o atendimento do objectivo

    apontado anteriormente.

    Do conjunto das boas prticas detectadas, definiu-se ento uma sequncia de etapas a

    ter em conta, sempre que possvel, na prestao dos servios, que serviu assim de base

    elaborao e optimizao dos procedimentos que posteriormente se abordaram.

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    22

    Planeamento

    Execuo

    Verificao Interna

    Apreciao do Cliente Melhoria

    Melhoria

    Requisitos do Cliente

    Anlise do Servio

    Solicitado

    Finalizao do Trabalho

    Avaliao da Satisfao do

    Cliente

    Servio terminado

    Feedback do cliente

    Figura 7: Modelo de boas prticas.

    Como no poderia deixar de ser, a sequncia apresentada na Figura 7, aponta como

    entrada principal os requisitos do cliente, devendo as restantes etapas serem conduzidas

    visionando o seu atendimento.

    A documentao referente ao servio solicitado ento alvo de anlise com o intuitode se garantir a compreenso e conduo do servio em conformidade com o que foi

    requerido, realizando-se o respectivo planeamento do trabalho.

    Segue-se a execuo do servio de acordo com o que ficou estabelecido no

    planeamento, sendo posteriormente realizada a verificao interna e apreciao por parte do

    cliente.

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    23

    A verificao interna e apreciao do cliente so etapas que assumem um valor

    extremamente importante, dado que consoante o servio prestado, podem resultar em

    reformulaes e aperfeioamento do produto mediante os aspectos apontados tanto a nvel

    interno (por parte de colaboradores da empresa) como externo (por parte do cliente).

    Com a finalizao do trabalho, uma etapa que imprescindvel existir

    independentemente do servio prestado, a avaliao da satisfao dos clientes, dado que

    permite empresa ter uma noo dofeedbackdos clientes face aos trabalhos realizados.

    Na Ambisys esta avaliao efectuada por meio de inquritos que so enviados aos

    contratantes no final de cada servio. Estes inquritos representam assim inputs para a reviso

    do seu SGQ, sendo que os resultados apresentados podero ser impulsionadores de medidas

    de melhoria em qualquer um dos processos pertencentes ao Sistema.

    A avaliao da satisfao dos clientes assim uma etapa imprescindvel no

    atendimento de um dos requisitos primordiais da Norma, nomeadamente a procura incessante

    de melhorar o SGQ, reflectindo-se no agrado acrescido dos clientes e consequente sucesso da

    empresa.

    De referir que, aquando do estudo aos processos operacionais, constatou-se que

    embora alguns dos procedimentos existentes fizessem referncia a um planeamento,

    excepo do procedimento negocial, no existia um modelo padro para planear as

    actividades a desenvolver, o que levou criao de um formulrio prprio que contemplasse

    essa etapa to importante conduo eficiente de qualquer servio.

    Este planeamento, que ser abordado mais frente, padronizou algumas situaes no

    modo de actuar da empresa ao nvel da prestao de servios, tendo surgido novos conceitos

    como representante e tcnico responsvel. Embora os procedimentos tenham sidoelaborados e optimizados tendo em conta esses factores, optou-se por no abarcar tal assunto

    nesta seco, uma vez que a explicao dos elementos para os quais o formulrio criado

    remete, sero abordados futuramente.

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    1.3.1. PROCEDIMENTOS ELABORADOS

    Os dois procedimentos criados, como j foi mencionado anteriormente, so alusivos a

    duas actividades pertencentes ao processo AE, sendo elas a caracterizao de efluentes,

    resduos e biomassa e o servio de consultoria.Inicialmente o processo AE contemplava um nico procedimento, denominado pelo

    prprio nome do processo, nomeadamente de Acompanhamento, Gesto e Explorao,

    deste modo, antes de se prosseguir com a descrio relativa s duas novas actividades, achou-

    se por bem clarificar o tipo de actividade referente ao procedimento que j existia.

    O procedimento de acompanhamento, gesto e explorao diz respeito s actividades

    desenvolvidas no mbito de um acompanhamento, gesto e/ou explorao de uma ETA,

    ETAR ou aterro sanitrio, durante um determinado espao de tempo. Sendo assim, este

    procedimento contempla apenas a prestao de servios a clientes que solicitem o

    acompanhamento propriamente dito das suas instalaes, durante o qual a Ambisys explora,

    monitoriza e controla o correcto funcionamento dos sistemas de tratamento.

    Por exemplo, no mbito de um acompanhamento, gesto e explorao de um aterro

    sanitrio, a Ambisys pode ficar responsvel por toda a sua operao, ou seja, durante o

    perodo de tempo adjudicado pelo cliente, pode ficar a cargo da Ambisys o controlo da

    admisso dos resduos e sua correcta deposio em aterro, a selagem das clulas, a drenagem

    e aproveitamento do biogs, a drenagem e tratamento dos lixiviados, o controlo de odores

    assim como de todas as demais actividades que podem estar associadas operao do aterro

    em questo.

    O mesmo se sucede relativamente s ETAs e ETARs, nas quais a Ambisys pode ficar

    responsvel por toda a sua operao, sendo que uma das adjudicaes mais vulgares prende-

    se efectivamente pelo controlo dos parmetros de descarga do efluente no caso da ETAR, e

    controlo dos parmetros de consumo de gua no caso da ETA, por perodos de tempo, regra

    geral, superiores a um ano. Normalmente este tipo de servio compreende ento a recolha de

    amostras, o envio das mesmas para um laboratrio acreditado a fim de se realizarem as

    anlises necessrias, e a avaliao dos resultados obtidos aps recepo dos boletins analticos

    enviados pelo laboratrio contratado. Os resultados so assim comparados com os valores

    limites estabelecidos legalmente, sendo que em caso de extrapolao age-se correctivamente

    de modo que os parmetros se detenham dentro dos valores admissveis, sendo de referir, que

    alm das medidas correctivas tambm faz parte deste tipo de servio a induo e orientao

    3.2.1.

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    do cliente na prtica de medidas preventivas, para uma gesto mais eficiente dos seus

    sistemas de tratamento.

    No entanto, com o reconhecimento da Ambisys no mercado, comearam a surgir

    novos servios no mbito da operacionalizao de sistemas de tratamento de gua, efluentes eresduos, cujo acompanhamento, gesto e/ou explorao no se encontravam a cargo da

    Ambisys, o que tornava o procedimento existente no aplicvel.

    Os procedimentos elaborados surgiram assim para operacionalizar essas novas

    actividades, que a empresa percepciona que sejam cada vez mais solicitadas.

    Para definir os procedimentos referentes s novas actividade, comeou-se ento por

    estudar os dossis dos trabalhos j prestados e efectuar inquritos aos colaboradores

    envolvidos de modo a percepcionar o modo como estas se processavam na realidade.

    Prosseguiu-se com a representao da actividade em anlise por meio de um

    fluxograma, tendo-se definido a sequncia de etapas a adoptar na execuo da referida

    actividade com base no modelo apresentado anteriormente mas sobretudo tendo em conta o

    modo de actuao da empresa.

    Depois de determinado o fluxograma, procedeu-se ento elaborao do

    procedimento alusivo actividade em anlise, encontrando-se no Anexo B o procedimento

    PAE.02, referente consultoria, e no Anexo C o procedimento PAE.03, alusivo

    caracterizao de efluentes, resduos e biomassa.

    Para a elaborao dos procedimentos, recorreu-se ao formulrio existente para o

    referido efeito (Anexo A), no qual se encontrava definida a estrutura documental a adoptar,

    sendo de referir, que um dos elementos requeridos por este formulrio dizia respeito

    apresentao da actividade em causa por meio de um fluxograma, o que significa que nos

    procedimentos em Anexo podem-se encontrar os fluxogramas que se definiram.

    PAE. 02 - Consultoria

    Com a entrada da Ambisys no mercado de trabalho no mbito do acompanhamento,

    gesto e explorao de sistemas de tratamento de gua, efluentes e resduos, o seu trabalho

    comeou a ser reconhecido, o que fez com que as empresas passassem a recorrer Ambisys

    solicitando o seu apoio e orientao em questes pontuais que lhes iam surgindo.

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    Alm da solicitao dos seus servios por parte de empresas que j faziam parte da sua

    carteira de clientes, tambm empresas com as quais a Ambisys ainda no tinha trabalhado

    passaram a recorrer aos seus prstimos para consulta e auxlio em situaes casuais.

    O servio de consultoria mostrou-se portanto um tipo de servio bastante relevante narea de actuao da empresa, aparecendo em resposta a trabalhos solicitados que no se

    enquadravam no mbito de um acompanhamento, gesto e explorao.

    O servio de consultoria foi assim definido como qualquer actividade de apoio e

    orientao, diagnstico de problemas e identificao de solues e estudos de viabilidade

    tcnico-econmica no mbito do tratamento de gua, efluentes lquidos e resduos orgnicos.

    Como exemplos de servios de consultoria com os quais a empresa se deparou

    podemos citar por exemplo o estudo de viabilidade tcnico-econmica referente ao

    aproveitamento do biogs potencialmente valorizvel na zona envolvente de Sermonde. O

    trabalho em questo envolvia a identificao, localizao e quantificao de produtores de

    resduos orgnicos e de culturas energticas existentes na zona em questo, seguindo-se

    posteriormente o estudo de viabilidade econmica quanto ao potencial de produo de biogs

    atravs do processo de digesto anaerbia.

    Outro exemplo de consultoria foi a solicitao do auxlio da Ambisys com vista ao

    arranque biolgico de um sistema de tratamento de guas residuais instalado por uma empresa

    holandesa. O servio contemplou a formao dos operadores da ETAR em conjunto com a

    empresa holandesa e o fornecimento de orientaes na operao do reactor biolgico,

    terminando-se assim o servio com a emisso de um manual de operao da ETAR.

    Como podemos verificar so diversos os tipos de actividade que podem contemplar

    um servio de consultoria, acabando muitas vezes por diferirem completamente dependendo

    do tipo de servio que solicitado, como o caso dos dois exemplos apresentados

    anteriormente. Neste sentido, pensou-se em estabelecer um procedimento abrangente a

    qualquer tipo de trabalho solicitado, mas que padronizasse um modo de actuao que

    garantisse um resultado que conseguisse dar resposta aos requisitos e necessidades do cliente.

    PAE.03 - Caracterizao de Efluentes, Resduos e Biomassa

    A Caracterizao de Efluentes, Resduos e Biomassa (CERB) diz respeito

    caracterizao de um substrato de matria slida ou lquida, visando o conhecimento de

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    determinados parmetros por submisso a testes e anlises realizadas em laboratrios

    subcontratados para o efeito.

    Desde sempre que a Ambisys recorre a caracterizaes analticas no mbito do

    acompanhamento, gesto e explorao de sistemas de tratamento, para efeitos demonitorizao e controlo da sua eficincia, assim como no mbito da concepo e

    desenvolvimento de solues com o intuito de se determinar as caractersticas do substrato a

    ser tratado, a fim de se encontrar a soluo mais eficiente no seu tratamento.

    Com o desenvolvimento de uma ferramenta denominada de Biogas Driver, a Ambisys

    pode ainda incrementar a prestao dos seus servios com caracterizaes actividade

    microbiana de efluentes, resduos e biomassa.

    O Biogas Driver assim uma ferramenta de avaliao ao desempenho da comunidade

    microbiana em sistemas anaerbios, por realizao de testes de bioactividade e de toxicidade

    dos substratos. O produto Biogas Driver est portanto associado avaliao do desempenho

    de um reactor biolgico anaerbio e do potencial de produo de biogas de determinados

    substratos [13].

    O uso desta ferramenta no mbito de servios prestados teve assim bastante aceitao

    e reconhecimento no mercado, o que fez com que a Ambisys passasse a receber solicitaes

    deste servio desprendido de qualquer outro trabalho em execuo. O uso do Biogas Driver

    deixou assim de surgir apenas em resposta prestao de outros servios, o que acabou por

    impulsionar a elaborao de um procedimento que retratasse a prestao deste tipo de servio.

    No entanto, como a Ambisys necessitava de recorrer a testes e anlises laboratoriais

    que no os relacionados com a ferramenta Biogas Driver, pensou-se em definir um

    procedimento que respondesse tambm a essas situaes.

    Deste modo, embora o desejo de se documentar a actividade referente caracterizaode substratos tenha surgido com a introduo dos servios alusivos ferramenta Biogas

    Driver, o procedimento aferente ao servio de CERB foi pensado de modo a abordar todas as

    demais situaes.

    Sendo assim, o procedimento elaborado referente a qualquer tipo de caracterizao a

    efluentes, resduos e/ou biomassa, podendo se tratar de uma caracterizao biolgica,

    resultante dos testes que compreendem a ferramenta Biogas Driver ou de uma simples

    caracterizao analtica, resultante de analises a parmetros como a Carncia Bioqumica de

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    Oxignio ao fim de 5 dias (CBO5), a Carncia Qumica de Oxignio (CQO), os Slidos

    Suspensos Totais (SST), o pH, etc..

    Em termos genricos, a CERB compreende ento a recolha de amostras, o seu envio

    para um laboratrio (para caracterizaes analticas recorre-se subcontratao de umlaboratrio certificado e para as caracterizaes biolgicas recorre-se ao laboratrio da UM) e

    a recepo dos resultados. Dependendo das situaes, pode resultar num relatrio no qual se

    efectua a interpretao dos resultados obtidos ou na transmisso dos dados recebidos para o

    servio que impulsionou a execuo desta actividade, sem qualquer tipo de elaborao

    documental.

    1.3.2. PROCEDIMENTOS OPTIMIZADOS

    Como mencionado anteriormente, aps submeter os procedimentos existentes a uma

    anlise crtica, apenas os procedimentos operacionais mostraram necessidade de interveno,

    tendo-se detectado falhas e oportunidades de melhoria por comparao com o modo de

    operao e realidade da empresa e requisitos da Norma.

    Assim sendo, no decorrer da anlise realizada, tentou-se responder a uma srie de

    perguntas como por exemplo:

    Os procedimentos abrangem todas as etapas relevantes na execuo do

    servio em causa?

    Existem etapas em duplicado ou etapas que podem ser removidas dada a

    sua irrelevncia na conduo do servio?

    As etapas esto definidas tendo em vista a conduo ao atendimento dos

    requisitos da Norma ISO 9001:2008?

    A descrio das etapas de fcil compreenso? No surgem dvidas nemindues a erro na prestao do servio?

    Procedimento adequados realidade da empresa? necessrio a alterao,

    incluso ou excluso de algum aspecto?

    Aps esta anlise, procedeu-se ento alterao dos procedimentos que demonstraram

    necessidade de alterao, encontrando-se em Anexo os procedimentos antigos e os que agora

    se encontram em vigor resultantes das reformulaes efectuadas (Anexo DPAE.01 Antigo,

    3.2.2.

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    Anexo E PAE.01 em Vigor, Anexo F PCD.01 Antigo, Anexo G PCD.01 em Vigor,

    Anexo HPCD.02 Antigo, Anexo IPCD.02 em Vigor).

    PAE.01 - Acompanhamento, Gesto e Explorao

    Aps a anlise dos dossiers alusivos aos servios de acompanhamento, gesto e

    explorao que a Ambisys j havia desenvolvido e seu confronto com o procedimento

    aferente, nomeadamente o procedimento PAE.01, constatou-se que este no se aplicava a

    todas as situaes examinadas, necessitando de alteraes.

    De seguida, so descritas algumas das situaes detectadas e medidas correctivas e

    optimizadoras, que se realizaram de modo a tornar o procedimento mais adequado realidade

    actual da empresa.

    o O procedimento apenas fazia referncia s ETARs e aos aterros, nunca mencionando

    as ETAs, cujo processo AE tambm contemplava.

    Com a anlise dos dossiers alusivos a servios prestados pode-se concluir que

    efectivamente tratava-se de uma lacuna do procedimento em anlise, tendo-se

    procedido sua incluso no referido procedimento.

    o O procedimento apenas contemplava servios com perodos de operao anuais,

    estabelecendo a elaborao de relatrios mensais e anuais durante o acompanhamento

    dos sistemas de tratamento em causa. No entanto, perante a anlise dos dossiers,

    pode-se constatar a existncia de trabalhos de acompanhamento, gesto e explorao

    de ETAs e ETARs inferiores a um ano, assim como adjudicaes que embora anuais

    implicavam a emisso de relatrios semestrais/trimestrais em vez de mensais.

    Procedeu-se s adaptaes necessrias de modo a que o procedimento ficasse

    aplicvel a perodos de operao diferenciados e com uma periodicidade de

    elaborao de relatrios no estipulada, passando esta a ser definida aquando

    da elaborao da proposta comercial.

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    ao modo de actuao vivenciado actualmente, o procedimento PCD.01, referente concepo

    e desenvolvimento de solues, no apresentava esse tipo de problemtica. No entanto, este

    procedimento suscitou uma necessidade de interveno superior quela que se efectuou no

    procedimento PAE.01, pois tratava-se de um procedimento simplista demais, com carncias

    importantes a nvel da operao do servio em causa.

    So assim apresentadas a seguir algumas das situaes detectadas, assim como as

    intervenes que se efectuaram.

    o A Norma ISO 9001:2008 aponta o planeamento da concepo e desenvolvimento de

    um produto como um requisito a ser cumprido. Refere assim a necessidade de se

    elaborar planos de concepo e de desenvolvimento de produtos que contemplem as

    fases, pontos de controlo e colaboradores envolvidos medida que as actividades de

    concepo e de desenvolvimento progridem. No entanto, o procedimento aferente

    concepo e desenvolvimento de solues, no considerava nenhuma etapa referente

    ao planeamento das actividades a desenvolver.

    Inseriu-se assim uma etapa alusiva ao planeamento das actividades a executar

    ao longo da realizao do produto, tendo-se aplicado o formulrio criado para

    o planeamento dos trabalhos.

    o Outro requisito apontado pela Norma, relativamente actividade de concepo e

    desenvolvimento de um produto, a necessidade de validar o produto concebido

    antes da sua entrega ou implementao. No caso da Ambisys, embora a validao

    ocorresse efectivamente aquando da verificao da soluo tcnica, com a

    confirmao da adequabilidade e conformidade da soluo concebida, por parte de

    um elemento com bastante conhecimento na rea, desejou-se reforar esta fase com

    uma validao tambm por parte do cliente.

    Procedeu-se ento extenso do procedimento, que em vez de terminar com o

    envio da soluo tcnica do processo CD para o NE, passou a terminar com a

    validao da soluo por parte do cliente, mediante a sua adjudicao. Tal

    facto mostrou-se muito til, uma vez que permitiu abordar as fases que se

    seguem quando a no validao por parte do cliente se reflecte na

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    reformulao da soluo tcnica em questo, devendo esta ser sujeita

    novamente a reviso, verificao e validao.

    o Mediante a solicitao de uma soluo tcnica, os colaboradores da Ambisys

    procuram a soluo que atendendo s condies reais s quais ser empregue,

    responda de forma mais eficiente s necessidades apontadas pelo cliente. No entanto,

    so muitas as vezes em que aps a adjudicao da proposta, devido complexidade

    para a qual a sua implementao remete, necessria uma abordagem mais profunda

    da soluo concedida, com vista a se definir todos os critrios e aspectos necessrios

    sua efectiva implementao. Deste modo, nem sempre a soluo definida pode ser

    implementada directamente, devendo sempre que necessrio servir de base

    elaborao de um projecto que sirva de suporte sua efectiva execuo. Situao esta

    que tambm no era contemplada no procedimento que se encontrava em vigor.

    Continuou-se a estender o procedimento em causa, dando-se seguimento ao

    ponto anterior, que terminava com a validao da soluo tcnica. Assim

    sendo, mediante a validao de uma soluo tcnica, passou-se a considerar a

    necessidade de elaborar um projecto de execuo de suporte implementao

    da soluo concebida, contemplando-se ainda as fases essenciais ao alcance do

    seu desenvolvimento em conformidade.

    PCD.02Implementao

    As intervenes efectuadas no procedimento em questo surgiram com o intuito de

    complementar o procedimento existente, encontrando-se de seguida alguns dos aspectos

    introduzidos com vista sua optimizao.

    o Antes de mais, o procedimento em questo, nomeadamente o PCD.02, fazia referncia

    implementao da soluo tcnica, o que poderia conduzir a uma interpretao

    errada, dado que a reformulao do procedimento PCD.01 introduziu o conceito de

    projecto de execuo, alm do conceito de soluo tcnica que j existia.

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    O produto a ser implementado deixou de ser chamado de soluo tcnica

    para ser chamado de produto final, podendo este se tratar da soluo tcnica

    ou projecto de execuo proveniente do procedimento PCD.01, assim como de

    qualquer outro projecto no proveniente do procedimento PCD.01. A questo

    de abarcar a implementao de projectos que no os concebidos pela Ambisys,

    no se encontrava contemplada no procedimento em causa, no entanto,

    mediante a verificao dos documentos optimizados ao longo do estgio, este

    foi um dos aspectos apontados para ser corrigido.

    o Embora o procedimento em questo fizesse referncia elaborao de um

    planeamento de execuo dos trabalhos, no existia nenhum modelo pr-definido para

    a sua realizao.

    Foi introduzido o formulrio criado para o planeamento dos trabalhos, assim

    como os aspectos para os quais ele remete, que como mencionado

    anteriormente sero abordados posteriormente.

    o A compra de equipamentos conformes um factor importantssimo na prestao de

    qualquer servio que necessite de adquirir materiais, podendo influenciar fortemente o

    resultado de qualquer actividade, dado que a compra de equipamentos no conformes

    pode traduzir-se no desempenho deficiente do produto implementado. A Ambisys,

    consciente deste facto, sempre apresentou os cuidados necessrios para garantir a

    conformidade dos produtos comprados, no entanto, no procedimento em questo no

    se encontravam referncias a esse nvel.

    Contemplou-se assim a etapa referente compra de materiais, assim como asetapas a ela associadas com o intuito de se assegurar a conformidade do

    produto comprado.

    o Por mais experincia que uma empresa possa reter quanto implementao de

    produtos, surgem sempre situaes novas com as quais a empresa nunca se deparou,

    consoante a grandeza da obra, as condies de implementao, o objecto a ser

    implementado, etc..

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    Nesse sentido, criou-se uma etapa muito til ao aprimoramento desta

    actividade. Trata-se portanto de reunies de avaliao do servio, realizadas

    quando os trabalhos de implementao se do por terminados, na qual devem

    participar todos os colaboradores que estiveram envolvidos na prestao do

    servio em causa.

    Esta etapa foi pensada para possibilitar a identificao dos pontos negativos e

    positivos retirados da prestao de cada servio, com o intuito de se adoptar as

    boas prticas na preparao de futuras obras e de se evitar as aces que

    conduziram aos pontos negativos, procurando aspectos que conduzam sua

    melhoria. Deve assim concretizar-se sempre que se visione que da experincia

    da obra em causa resulte algum tipo de acrscimo, correco ou

    aprimoramento ao modo de funcionamento e operao da Ambisys e/ou

    respectivos colaboradores.

    1.4. ELABORAO E OPTIMIZAO DE FORMULRIOS

    FGS.036 - Planeamento do Trabalho

    O planeamento de qualquer prestao de servio assume uma importncia relevante na

    qualidade alcanada por qualquer empresa, na medida em que possibilita conduzir as

    actividades de forma controlada e consciente.

    Um planeamento adequado deve assim identificar todas as fases da prestao de

    determinado servio, as pessoas e/ou grupos responsveis por cada uma dessas

    fases/actividades, bem como as formas de anlise e controlo, tais como as revises everificaes dos trabalhos e respectivos participantes [14].

    Tendo em conta a importncia que o planeamento dos trabalhos assume na realizao

    de qualquer actividade, criou-se um formulrio alusivo a esta etapa, com o intuito de servir de

    suporte ao planeamento da prestao de qualquer tipo de servio. O formulrio criado foi

    assim pensado para dar resposta actuao a nvel dos processos operacionais,

    nomeadamente a nvel das actividades respeitantes ao processo AE e CD.

    3.3.

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    O formulrio contempla assim um plano de aco, no qual se identificam as

    fases/actividades de cada servio, assim como os respectivos responsveis e calendarizao

    das mesmas, e um plano de contacto, que se demonstrou um ptimo suporte na busca pela

    qualidade dos servios prestados, na medida em que a comunicao eficiente da empresa

    com o cliente que garante a conduo do servio no atendimento das necessidades e

    expectativas do contratante.

    Figura 8: Formulrio criado ao suporte do planeamento do trabalho.

    Como podemos verificar, os meios de comunicao entre o cliente e a empresa

    aparecem associados a um elemento denominado por representante.

    Os representantes de cada uma das partes representam a ponte de contacto entre o

    cliente e a empresa, funcionando como porta-voz da entidade que est a representar. Os

    representantes so assim os elemento que ficam encarregues de estabelecer o contacto ao

    longo da prestao do servio, ficando responsveis por defender os interesses da sua parte,

    esclarecer dvidas e questes que surjam, etc..

    Outro conceito novo introduzido pelo formulrio criado, foi o de tcnico responsvel

    pela prestao do servio, que embora na prtica existisse no era reconhecido formalmente

    como tal, no existindo qualquer referncia a esse respeito. Assim sendo, para cada servio

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    passou a ser nomeado um elemento responsvel pela sua prestao, ficando encarregue de

    assegurar que as actividades so realizadas conformemente, podendo estas serem ou no

    executadas por ele.

    A utilizao deste planeamento mostrou-se assim como um pilar importantssimo conduo das actividades de forma controlada e eficiente, o que fez com que este fosse

    inserido, como mencionado anteriormente, em todos os procedimentos operacionais do

    processo AE e CD. Assim sendo, todos esses procedimentos tiveram que ser alvo de reviso,

    tanto a nvel da etapa de planeamento como a nvel das restantes etapas , devido aquisio

    de novos conceitos como o de tcnico responsvel e o de representante.

    FNE.010 - Registo de Contacto Comercial

    No processo NE, nomeadamente na actividade responsvel pela angariao de novos

    clientes/trabalhos, recorre-se a um planeamento denominado de planeamento comercial.

    O planeamento comercial efectuado por trimestre, definindo-se os contactos a ser

    realizados com vista angariao de novos trabalhos, sendo que cada contacto efectuado deve

    ser alvo de registo, recorrendo ao formulrio existente para o referido efeito, nomeadamente o

    formulrio FNE.010.De seguida apresenta-se a verso do formulrio FNE.010 que se encontrava em vigor.

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    Figura 9: Formulrio que se encontrava em vigor para efectuar os registos de contacto

    comercial.

    Cada contacto comercial estabelecido dava assim lugar a um registo de contacto

    comercial, no qual se identificava a empresa, referia-se qual o objectivo do contacto, fazia-se

    referncia ao meio de comunicao utilizado, assinalava-se quais as actividades em que o

    cliente demonstrou interesse e o seguimento a dar ao processo, ou seja, se era necessrio

    voltar a contactar, se o cliente efectuou um pedido de proposta ou se no demonstrou

    interesse.

    A anlise dos registos aferentes a este processo permitiu detectar campos no

    formulrio FNE.010 desadequados neste tipo de abordagem, que acabavam por nunca serem

    preenchidos, assim como detectar situaes que evidenciavam o quanto que o formulrio em

    causa se demonstrava pouco prtico, como a que passo a citar:

    Um elemento do departamento comercial entra em contacto com um cliente para

    agendar uma reunio com vista apresentao dos servios da Ambisys e por qualquer razo

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    este no demonstra disponibilidade, solicitando que o volte a contactar noutra altura. O

    colaborador que efectuou a chamada procede assim ao registo da mesma recorrendo ao

    formulrio FNE.010, preenchendo todos os campos que o compreende, excepo do

    interesse demonstrado uma vez que no se tornou possvel abarcar tal assunto. O cliente

    ento alvo de novo planeamento comercial no trimestre referente data em que o mesmo

    apontou disponibilidade, realizando-se novo registo perante a realizao do respectivo

    contacto, esperando-se que deste tenha resultado o agendamento de uma reunio para

    apresentao das actividades desenvolvidas pela Ambisys. Aquando da respectiva reunio,

    efectua-se novo registo tornando-se aqui possvel a identificao das actividades pelas quais o

    cliente demonstrou interesse. Interesses estes que podem ser apontados como necessidades

    futuras, o que levar incluso deste cliente num novo planeamento comercial, que dar

    origem a um novo registo de contacto, e assim sucessivamente.

    Mediante a situao apresentada, e muito comum por sinal, pensou-se ento em

    adaptar o formulrio alusivo ao registo de contacto comercial de modo que este contemplasse

    todos os contactos efectuados por cliente num mesmo documento.

    De seguida apresenta-se ento a nova verso do formulrio FNE.010:

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    1.5. ACTUALIZAO DOS MANUAIS

    Com a redefinio da estrutura organizacional da empresa, a necessidade de se

    actualizar o manual de funes era evidente, tendo este sido um aspecto desde o incio

    apontado como um objectivo a cumprir.

    No entanto, o manual de funes no foi o nico manual alvo de alteraes, visto que

    tambm os restantes mostraram necessidade de actualizaes.

    Manual da Qualidade

    O manual da qualidade um documento no qual se descreve a empresa e o seu SGQ,

    constituindo assim um permanente referencial para a aplicao e manuteno do SGQ daorganizao.

    Deste modo, tendo em conta o tema da dissertao aqui reportada, que compreendia a

    actualizao e optimizao do SGQ da Ambisys, a necessidade de se actualizar este manual

    surgia como uma necessidade evidente.

    Foi assim actualizado o manual da qualidade da Ambisys, tendo-se efectuado

    actualizaes a nvel da descrio das reas de actuao, com a insero das novas actividades

    desenvolvidas pela empresa, a nvel da estrutura organizacional, com substituio do

    organigrama funcional e descrio da nova funo e a nvel da documentao associada a

    cada processo do SGQ com insero dos novos documentos elaborados.

    Manual de Funes

    O manual de funes um documento no qual se descreve todas as funes da

    organizao relevantes para a qualidade e funcionamento da empresa, estabelecendo as

    responsabilidades, autoridades, requisitos exigveis, relaes hierrquicas e poltica de

    substituio inerentes a cada funo.

    Com a redefinio da estrutura organizacional da empresa, mostrou-se necessrio a

    actualizao do organigrama funcional da Ambisys, assim como a descrio do novo cargo

    que se criou, nomeadamente a direco executiva, referindo-se as suas responsabilidades,

    3.4.

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    relaes hierrquicas com as demais funes existentes e os requisitos necessrias para

    assumir tal funo.

    De seguida ento apresentado o organigrama funcional da Ambisys, com a direco

    executiva enquadrada a nvel hierrquico.

    Administrao

    Direco de Serv. de GestoFinanceira, Contabilidade e

    Planeamento Fiscal

    Direco de Servios deTecnologia de Informao

    Coordenao Cientfica eI&D

    Direco de serviosJurdicos

    DepartamentoAdministrativo e Financeiro

    Direco de RecursosHumanos

    Departamento Administrativoe Financeiro

    Departamento de QualidadeAmbiente e Segurana

    Coordenao Tcnica

    Direco Executiva

    Departamento Tcnico

    Sistema de Tratamento degua, Efluentes e

    Resduos

    Desenvolvimento deTecnologia

    Departamento Comercial

    Figura 11: Organigrama funcional da Ambisys, S.A..

    Manual de Acolhimento

    O manual de acolhimento constitui um instrumento facilitador no processo de

    acolhimento e integrao de novos colaboradores, dando a conhecer em linhas gerais a

    empresa e o modo como ela funciona, a partir da apresentao das suas principais reas de

    actuao, o seu organigrama funcional, os principais princpios da poltica da qualidade,

    assim como direitos sociais dos colaboradores e horrio laboral. Deste modo, fruto das

    alteraes que se efectuaram a nvel do organigrama funcional e adopo de novos servios,

    tambm este manual necessitou de uma pequena interveno.

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    1.6. OPTIMIZAO DE OUTROS ASPECTOS

    Monitorizao dos Objectivos

    Para cada um dos processos existentes no SGQ da Ambisys so definidos objectivos e

    indicadores para efeitos de monitorizao e gesto dos referidos processos, sendo estes

    revistos e aprovados pela administrao periodicamente a cada reviso ao SGQ da empresa.

    Para cada objectivo so assim definidos indicadores acompanhados por uma

    determinada meta, de modo a permitir a quantificao mensurvel dos mesmos e avaliao

    quanto ao desempenho dos referidos processos.

    A monitorizao dos objectivos na Ambisys, efectuada trimestralmente, era realizadarecorrendo ao formulrio criado para o referido efeito, nomeadamente o FGS.017

    Monitorizao dos Objectivos, que se apresenta de seguida:

    Figura 12: Formulrio alusivo monitorizao dos objectivos.

    Perante a anlise da operao relativa monitorizao dos objectivos de cada