178
VANESSA PATERNOSTRO MELO TERCEIRO SETOR E INTERORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE CRÍTICA A PARTIR DA REALIDADE BAIANA Dissertação apresentada ao curso de Mestrado Acadêmico da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia como requisito parcial à obtenção do grau de Mestre em Administração Orientadora: Prof a . Dr a . Tânia Fischer Salvador 2002

dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

  • Upload
    lynga

  • View
    228

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

VANESSA PATERNOSTRO MELO

TERCEIRO SETOR E INTERORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE CRÍTICA A

PARTIR DA REALIDADE BAIANA

Dissertação apresentada ao curso de Mestrado

Acadêmico da Escola de Administração da

Universidade Federal da Bahia como requisito

parcial à obtenção do grau de Mestre em

Administração

Orientadora: Profa. Dra. Tânia Fischer

Salvador 2002

Page 2: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

VANESSA PATERNOSTRO MELO

TERCEIRO SETOR E INTERORGANIZAÇÕES: UMA ANÁLISE CRÍTICA A

PARTIR DA REALIDADE BAIANA

Dissertação para obtenção do grau de Mestre em Administração

Banca Examinadora:

Tânia Maria Diederichs Fischer ________________________________

Universidade Federal da Bahia

Fernando Guilherme Tenório __________________________________

Fundação Getúlio Vargas (EBAPE/RJ)

Maria Suzana de Souza Moura_________________________________

Universidade Federal da Bahia

Page 3: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

A minha família — meus pais e meus irmãos — que eu tanto amo. Em especial, a minha mãe,

Bernadete, por me amar tanto, por ser sempre tão mãe...

A Fabiano, pelo amor e companheirismo de tantos anos.

Page 4: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

AGRADECIMENTOS

A Prof. Tânia Fischer, pelo carinho e pelas oportunidades. Por confiar em mim.

A Paula Chies Schommer, sempre amiga e grande referência para mim na área do terceiro

setor.

A Renata Rossi, pelo sonho tão puro, bonito e contagiante na possibilidade de uma sociedade

mais justa e pelas contribuições para a pesquisa que deu origem a esta dissertação.

A Manuela Ramos, pela sua competência, amizade e presteza, sempre.

A Maria Suzana Moura, por ser tão especial — a quem não consigo mais colocar o título de

“Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas

antes de ser minha professora.

A todos os demais que fizeram parte de minha vida no NEPOL — Bernadete Bittencourt (que

me fez ingressar no NEPOL, ainda como bolsista de iniciação científica), Denise Dinigre,

Prof. Genauto, Prof. Marcelo, Prof. Pinho, Rocío, Carlos Milani, Bete Santos, Ludmila,

Vicente, Hanna e tantos outros. A Marlos e Sávio, que contribuíram com a pesquisa que deu

origem a esta dissertação.

Ao Prof. Rogério Quintella, por acreditar no meu potencial e oferecer-me uma oportunidade

de trabalho no Programa CPA, fundamental antes do meu ingresso no mestrado (o que para

ele era uma certeza).

A todos com quem convivi ou ainda convivo no Programa CPA — Eliana, Geovana, Fátima,

Cristina, Prof. Raimundo Leal, Prof. Francisco Teixeira —, onde me sinto tão à vontade e

muito querida.

Aos mestres que marcaram minha vida, ensinando-me muito além dos conteúdos formais.

Aos Professores Isaías, José Célio e Maria do Carmo, meus agradecimentos especiais.

Aos colegas de mestrado da Turma 2000, por compartilharem tantas alegrias e angústias

comigo.

A todos do NPGA e MPA, obrigada pela amizade e carinho.

Page 5: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Aos funcionários da EAUFBA, esta escola que me acolhe desde 1995 como aprendiz

(enquanto aluna e colaboradora).

A Fernando Fischer, por acreditar na pesquisa que deu origem a esta dissertação.

Ao pessoal do NUCINFO e aos Professores João Luiz Becker e Jair Soares, pelo apoio na

análise dos dados.

Às organizações que viabilizaram este estudo, concedendo entrevistas e permitindo o uso de

informações.

À CAPES, pelo incentivo à pós-graduação no Brasil.

Page 6: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

RESUMO

Esta dissertação buscou alcançar os seguintes objetivos: caracterizar o perfil das organizações do terceiro setor na Bahia e analisar a diversidade existente; identificar relações entre organizações e configurações interorganizacionais decorrentes; e contribuir para uma reflexão sobre o conceito de terceiro setor. Para tanto, foi desenvolvido um estudo apoiado em dados primários sobre 180 organizações da sociedade civil situadas em Salvador-Bahia e com base no referencial teórico sobre terceiro setor e sobre interorganizações. Em síntese, o estudo concluiu que há uma grande diversidade no campo do terceiro setor, gerando questionamentos sobre a legitimidade de algumas organizações pertencerem a esta esfera; mas observa-se, por outro lado, uma semelhança entre as organizações no que tange à atuação em mais de uma área e ao comprometimento com questões sociais, em geral. Além disto, detectou-se que o estabelecimento de relações interorganizacionais é importante para o desenvolvimento de projetos e ações sociais, que o nível de relacionamento de uma organização tem forte relação com os tipos de fontes financiadoras e que algumas organizações do terceiro setor podem ser caracterizadas por si só como interorganizações.

Page 7: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

ABSTRACT

This work has the following objectives: to characterize the profile of third sector organizations in Bahia-Brazil and to analyze its diversity; to identify relations among organizations and interorganizational patterns decurrent; and to contribute for a reflection on the concept of third sector. For that, it was developed a study supported in primary data on 180 organizations of the civil society situated in Salvador-Bahia and in third sector and interorganizations theories. In synthesis, the study concluded that it has a great diversity in the field of the third sector, what causes doubts on legitimacy about some organizations belonging to this sphere; on the other hand, there is a similarity among the organizations concerning to performance in more than one area and to the commitment with social matters. Moreover, it was detected that the establishment of interorganizational relations is important for the development of social projects and actions, that the level of relationship of an organization has strong relation with the types of financial sources and that some organizations of the third sector can by itself be characterized as interorganizations.

Page 8: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

SUMÁRIO

LISTA DE FIGURAS .............................................................................................................11

LISTA DE TABELAS ............................................................................................................12

1 INTRODUÇÃO................................................................................................................11

2 A CONDUÇÃO DO ESTUDO........................................................................................14

2.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ...............................................................14 2.2 AS ENTIDADES ESTUDADAS ..................................................................................19

3 O QUE É O TERCEIRO SETOR? ................................................................................26

3.1 ENTENDENDO A RECENTE VALORIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR ...........................................................................................................26 3.2 TERCEIRO SETOR: EM BUSCA DE UMA DEFINIÇÃO .....................................37 3.3 O USO DA EXPRESSÃO TERCEIRO SETOR NO BRASIL .................................42 3.4 ASPECTOS DE GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR .......46

4 TERCEIRO SETOR E INTERORGANIZAÇÕES .....................................................49

4.1 INTERORGANIZAÇÕES: UM LEVANTAMENTO TÉORICO...........................50 4.2 TERCEIRO SETOR: UM CAMPO FÉRTIL PARA A ANÁLISE DE INTERORGANIZAÇÕES ..................................................................................................62

5 O TERCEIRO SETOR EM SALVADOR-BAHIA ......................................................65

5.1 CARACTERIZANDO AS ORGANIZAÇÕES PESQUISADAS .............................65 5.2.1 REFLEXÕES NO CAMPO DO TERCEIRO SETOR...........................................83

5.2 CARACTERIZANDO AS INTERORGANIZAÇÕES PESQUISADAS .................87

6 CONCLUSÕES ................................................................................................................95

6.1 PROPOSIÇÕES PARA UMA AGENDA DE PESQUISA........................................98

REFERÊNCIAS....................................................................................................................100

APÊNDICE A – ROTEIRO DE ENTREVISTA COM REPRESENTANTES DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR....................................................................105

APÊNDICE B – QUESTÕES CRUZADAS PARA ANÁLISE ........................................110

APÊNCIDE C – FORMAS DE ATUAÇÃO/PROJETOS DAS ORGANIZAÇÕES PESQUISADAS ....................................................................................................................112

ANEXO A – TEXTO: “INSTITUTOS, FUNDAÇÕES, ONGS, OSCIPS E FILANTRÓPICAS (OU OS NOMES E OS FATOS)” .....................................................152

ANEXO B – COMPÊNDIO DE LEGISLAÇÃO SOBRE TERCEIRO SETOR FGV-SP (ÍNDICE SISTEMÁTICO) ..................................................................................................157

Page 9: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Mudanças na Gestão de Políticas Públicas no Brasil.

Figura 2 – Classificação Internacional de Organizações sem Fins Lucrativos.

Figura 3 – Representações do terceiro setor.

Figura 4 – Conjunto interorganizacional.

Figura 5 – Rede.

Figura 6 –Tipos de rede conforme Marcon & Moinet.

Figura 7 – Parceiros Internacionais das Organizações Pesquisadas.

Figura 8 – Fontes de Recursos Financeiros.

Figura 9 – Caracterização das Organizações Pesquisadas.

Figura 10 – Exemplo de Relações Estabelecidas Com Base no Financiamento.

Figura 11 – Relações Interorganizacionais Estabelecidas (1).

Figura 12 – Relações Interorganizacionais Estabelecidas (2).

Figura 13 – Modelo de Organização do MIAC.

Page 10: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Tipos de Organizações do Terceiro Setor Pesquisadas.

Tabela 2 – Áreas de Atuação das Organizações Pesquisadas.

Tabela 3 – Serviços Prestados pelas Organizações Pesquisadas.

Tabela 4 – Públicos Atendidos pelas Organizações Pesquisadas.

Tabela 5 – Perfil das Relações de Parcerias Estabelecidas pelas Organizações Pesquisadas.

Tabela 6 – Participação em Espaços de Articulação Interorganizacional.

Tabela 7 – Participação em Iniciativas de Desenvolvimento Local.

Tabela 8 – Principais Dificuldades Enfrentadas pelas Organizações Pesquisadas.

Page 11: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

1 INTRODUÇÃO

Este trabalho surgiu da inquietação em relação ao conceito de terceiro setor, ao papel das

organizações que o compõem, às configurações organizativas e aos processos de gestão que

nelas se desencadeiam, considerando que há elementos que diferenciam estas organizações. O

terceiro setor é constituído pelas organizações que não pertencem à esfera do Estado nem à

esfera do mercado. São todas as organizações sem fins lucrativos e não governamentais.

Assim, este campo abarca uma ampla gama de tipos organizativos.

Se por um lado constata-se que a diversidade organizacional é uma característica, por outro

lado há elementos que integram as organizações do terceiro setor enquanto uma esfera à parte,

além do Estado e do mercado.

Apesar do uso cada vez mais comum da expressão terceiro setor, pouco se conhece sobre as

organizações que o compõem. Fischer e Falconer (1998, p. 5), ao constatarem algumas

dificuldades na consolidação de parceria entre o Estado e organizações da sociedade civil,

argumentam que “parte desta dificuldade repousa na indefinição do que é este terceiro setor,

de como são as organizações que podem ser consideradas como componentes dele”. Deste

modo, ratificam a necessidade de se conhecer melhor este universo organizacional.

Na tentativa de compreender melhor o que é o campo das chamadas organizações da

sociedade civil, além de uma reflexão conceitual sobre o conceito em evidência de terceiro

setor, neste estudo foi também privilegiada a forma organizacional complexa que articula as

organizações desta esfera entre si, com o Estado e com o mercado, partindo-se do pressuposto

de que este é um espaço de cooperação e solidariedade na sua essência.

Neste contexto, buscou-se com este trabalho responder às seguintes perguntas:

Page 12: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(a) Como se caracterizam as organizações do terceiro setor na Bahia?

(b) Que relações se estabelecem entre organizações, configurando interorganizações?

Por se tratarem de questões amplas, foi necessário delinear dimensões a serem estudadas.

Foram privilegiadas as seguintes dimensões:

(a) Dimensão organizacional

Diagnóstico do universo organizacional quanto a: Tipos jurídico-organizativos; Ano

de fundação; Abrangência geográfica das ações; Áreas de atuação das organizações;

Serviços prestados; Públicos atendidos; Perfil do dirigentes; Perfil dos trabalhadores;

Orçamento anual; Inclusão digital; Parcerias estabelecidas; Fontes de financiamento;

Participação em “espaços de articulação interorganizacional” (conselhos, fóruns,

Agenda 21, planejamentos governamentais, orçamento participativo); Principais

dificuldades enfrentadas pela organização.

(b) Dimensão Interorganizacional

A partir das configurações evidenciadas no diagnóstico organizacional e de uma

análise mais aprofundada da parte qualitativa da pesquisa, foi possível uma reflexão

sob a perspectiva das relações interorganizacionais estabelecidas entre as organizações

da sociedade civil pesquisadas. As questões privilegiadas nesta etapa do trabalho

foram as seguintes: Parcerias estabelecidas; Projetos desenvolvidos; Fontes de

financiamento; Participação em “espaços de articulação interorganizacional”.

Diante deste cenário, os objetivos desta dissertação são os seguintes:

(a) Caracterizar o perfil das organizações do terceiro setor na Bahia e analisar a

diversidade existente;

(b) Identificar relações entre organizações e configurações interorganizacionais

decorrentes;

Page 13: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(c) Contribuir para uma reflexão sobre o conceito de terceiro setor.

Os seguintes pressupostos foram utilizados como guia para o estudo realizado:

(a) Os perfis organizativos são variados de acordo com as dimensões estudadas, uma

vez que o conceito terceiro setor é muito abrangente e, por isso mesmo,

controverso;

(b) Na maioria dos casos, as organizações são do tipo associação ou sociedade civil

sem fins lucrativos, voltadas para a área da educação — considerando que é um

dos principais problemas do Brasil e em particular, da Bahia — e com nível

elevado de relacionamento interorganizacional;

(c) As relações interorganizacionais são fundamentais ao desenvolvimento de ações na

esfera do terceiro setor, especialmente para as organizações de atendimento a

interesse público (e não tanto para aquelas do tipo member-serving, ou seja, que

atendem aos seus associados/membros).

Para fundamentar o estudo, tornou-se necessário adotar terceiro setor e interorganizações

enquanto principais referenciais teóricos. Este último referencial foi escolhido, vale ressaltar,

devido à importância das relações interorganizacionais para o desenvolvimento de ações de

caráter coletivo ou público, foco das organizações que compõem o terceiro setor.

No capítulo a seguir, serão detalhados os procedimentos metodológicos adotados na condução

deste estudo.

Page 14: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

2 A CONDUÇÃO DO ESTUDO

Neste capítulo, detalharam-se os procedimentos metodológicos adotados para a condução da

pesquisa que subsidiou esta dissertação. Por se tratar de um processo trabalhoso que envolveu

o esforço de um grupo de pesquisa, convém compartilhá-lo com os leitores.

2.1 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

Desde o final do ano de 2000 e com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento

Científico e Tecnológico (CNPq), o NEPOL – Núcleo de Estudos sobre Poder e Organizações

Locais da Escola de Administração da UFBA vem desenvolvendo uma pesquisa intitulada

“Instituições e Interorganizações: Construindo Parcerias entre o Estado e a Sociedade Civil”.

Tal estudo tem como foco um levantamento de informações sobre as organizações da

sociedade civil na Bahia. Consiste em mapear organizações da sociedade civil em cerca de 40

municípios baianos (Região Metropolitana de Salvador e os 30 mais populosos do Estado da

Bahia), com o intuito de elaborar um diagnóstico configuracional e identificar aquelas com

potencial para integrar redes interorganizacionais, absorver serviços de interesse público

desconcentrados pelo Estado e articular projetos de desenvolvimento local.

A pesquisa foi suscitada pelo Governo do Estado da Bahia. A partir da interação entre a

universidade e o governo, definiu-se o trabalho a ser desenvolvido. A metodologia, de modo

geral, foi discutida com membros de organizações que possuem experiência no assunto, como

é o caso do Instituto de Estudos sobre Religião (ISER), e com representante da Secretaria

Extraordinária de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Salvador (SEDE), para que

Page 15: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

os resultados da pesquisa pudessem estar integrados a políticas públicas de geração de

emprego e renda.

Em síntese, a metodologia proposta consiste em levantamento de dados secundários e

primários e contempla as seguintes atividades:

I. Levantamento e análise bibliográfica e documental: Consultas a livros, periódicos,

relatórios de pesquisa e sítios na Internet;

II. Levantamento de fontes de dados secundários: Coleta de cadastros (banco de dados)

de organizações da sociedade civil através de instituições do terceiro setor, do Estado e da

iniciativa privada;

III. Tratamento, cruzamento e análise dos dados secundários obtidos para produção de um

cadastro geral das entidades (nome das entidades, endereços, telefones, e-mails, pessoas para

contato) que serve de base para o trabalho de campo;

IV. Definição de variáveis e indicadores a serem mapeados no trabalho de campo,

contemplando: Informações cadastrais; Perfil organizacional; Acesso e Uso da Internet;

Desenvolvimento e Integração;

V. Realização de trabalho de campo: Coleta de informações junto às organizações

identificadas na Atividade III, através de entrevistas estruturadas;

VI. Tratamento, cruzamento e análise dos dados obtidos no trabalho de campo (análise

quanti-qualitativa e léxica através do software “Sphinx Léxica”);

VII. Produção de diagnóstico configuracional: Produção de relatório de caráter quantitativo

e qualitativo sobre as organizações pesquisadas;

VIII. Produção de banco de dados digital: Geração de banco de dados digital, com dados

cadastrais, a ser disponibilizado via sítio na Internet para constante atualização por parte das

organizações da sociedade civil;

Page 16: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

IX. Realização de seminário com pesquisadores do país e do exterior interessados no tema

interorganizações, instituições e organizações da sociedade civil, para discussão dos

resultados, aspectos metodológicos, relevância e perspectivas de pesquisas nesse campo de

conhecimento.

Para a construção de um cadastro geral de organizações, base para a pesquisa de campo,

foram obtidos dados através das seguintes instituições: Associação Brasileira de ONGs

(ABONG); Capacitação Solidária (Programa Comunidade Solidária); Secretaria de Ação

Social, Emprego e Renda da Prefeitura de Camaçari; Secretaria de Planejamento, Ciência e

Tecnologia do Estado da Bahia (SEPLANTEC); Centro de Voluntários da Bahia (CVB);

Rede de Informação sobre Terceiro Setor (RITS); Movimento de Intercâmbio Artístico

Cultural para a Cidadania (MIAC); Rotary Club; Instituto Kanitz; Cipó Comunicações;

Gazeta Mercantil; Federação Nacional das APAEs – Associações de Pais e Amigos dos

Excepcionais (FENAPAE); Secretaria do Trabalho e Ação Social do Estado da Bahia

(SETRAS); Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social da Prefeitura de Salvador

(SETRADS); Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (SEFAZ). A maioria dos dados foram

obtidos em meio eletrônico, via pesquisa em sítios de Internet destas instituições, envio de

banco de dados por correio eletrônico ou através de disquetes.

Para a seleção das organizações a serem visitadas para entrevista direta, foi adotado o

procedimento de amostra não-probabilística. O cadastro geral de organizações constituído,

com cerca de 600 organizações, foi considerado o universo amostral. O uso de amostra não-

probabilística deveu-se à inexistência de cadastros que contivessem toda a população de

organizações da sociedade civil no Estado da Bahia. A tentativa de obter essa informação

junto à Secretaria da Receita Federal, a partir do registro de organizações sem fins lucrativos,

e junto ao Ministério do Trabalho e Emprego, através do registro da RAIS – Relação Anual de

Informações Sociais, não foi bem sucedida.

Paralelamente à produção do cadastro geral de entidades, o instrumento para orientar a

pesquisa de campo estava sendo elaborado. A participação de um especialista em análise

quanti-qualitativa foi fundamental para permitir a formulação de questões passíveis de serem

analisadas de forma isolada e conjunta com outras questões. Além disto, a partir da

preocupação com a qualidade das informações obtidas durante as entrevistas, procurou-se

criar questões vinculadas para que os entrevistados respondessem de modo o mais fidedigno

Page 17: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

possível. Por exemplo, ao ser perguntado sobre a(s) área(s) de atuação e o(s) serviço(s)

prestado(s) pela organização onde trabalha, o entrevistado deveria mencionar e descrever

atividades ou projetos desenvolvidos que comprovassem a realidade prática.

Após elaborado o instrumento de coleta de dados primários, foi realizado um teste em duas

organizações de Salvador selecionadas aleatoriamente. Feito isto, o roteiro de entrevista foi

finalizado — Apêndice A —, considerando também algumas questões de interesse da Rede de

Informações sobre o Terceiro Setor (RITS), parceira do NEPOL na fase de pesquisa de

campo.

Deu-se início ao trabalho em campo. O município de Salvador foi escolhido para a aplicação

da metodologia proposta até a atividade VII, com o intuito de testá-la antes da ampliação aos

demais municípios selecionados. A partir daí, torna-se possível avaliar e revisar os

instrumentos adotados e estabelecer uma tecnologia que sirva de referência para a

continuidade do trabalho na Bahia e, se possível, em outros estados do Brasil.

A pesquisa de campo propriamente dita foi realizada em julho de 2001, com o apoio de onze

estudantes de graduação treinados e integrados à equipe de pesquisadores do NEPOL.

Percebeu-se a necessidade de identificar entrevistadores interessados no tema da pesquisa,

com sensibilidade para aplicar o questionário e colher as informações desejadas, o que foi

possível dentro da própria Escola de Administração da UFBA — alunos envolvidos com

entidades estudantis e/ou com pesquisa científica. Em seguida, foi elaborado um roteiro com

orientações gerais sobre o questionário, esclarecimentos sobre a pesquisa, seu objetivo, os

resultados esperados e sobre procedimentos de entrevista, bem como um glossário com os

termos mais utilizados no âmbito do terceiro setor. Foi feita uma reunião para discussão sobre

a atividade de campo, eliminação de dúvidas e distribuição das entidades a serem pesquisadas,

separadas por bairros, conforme a conveniência de cada entrevistador. Foram disponibilizadas

todas as formas de contato com os coordenadores da pesquisa para qualquer esclarecimento

ou solicitação.

Foram entrevistadas aquelas entidades possíveis de serem localizadas no mês de Julho de

2001, período definido em função dos interesses da RITS, financiadora desta etapa do estudo.

Algumas organizações não foram localizadas, provavelmente, por mudança de endereço ou

porque deixaram de atuar. Pode-se dizer que foi realizada uma pesquisa do tipo survey, que

Page 18: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

assemelha-se ao censo, mas aplica-se a uma amostra da população, com o objetivo de

descrever e, a partir de uma análise multivariada das respostas, de explicar algumas

evidências obtidas na pesquisa. Tal survey pode ser classificado com interseccional, pois os

dados foram colhidos num momento específico para descrever uma população maior, neste

mesmo momento. (BABBIE, 1999)

A maioria das organizações situam-se na região do centro do município de Salvador, que

engloba os bairros do Pelourinho, Centro, Barris, Campo Grande etc., mas também foram

pesquisadas organizações em outros bairros da cidade, como Rio Vermelho e Pituba.

A partir de uma revisão crítica dos dados obtidos nas entrevistas, foi necessário ratificar ou

retificar algumas respostas a fim de garantir a fidedignidade e a qualidade da pesquisa. Esta

etapa foi realizada através de telefonemas ou visitas a determinadas organizações, processo

que foi definido e finalizado até agosto de 2002. Um total de 180 organizações constitui o

cadastro de organizações pesquisadas.

A presente dissertação foi desenvolvida com base nos dados obtidos na fase piloto da

pesquisa, da qual pude participar como membro integrante da equipe de pesquisadores do

NEPOL. Trata-se, pois, de um estudo sobre 180 entidades do terceiro setor, situadas em

Salvador-Bahia, entrevistadas no período de julho de 2001 a agosto de 2002. As inferências e

conclusões obtidas a partir deste estudo não podem ser estendidas ao universo das

organizações do terceiro setor, uma vez que a amostra não foi probabilística nem foi feita uma

segmentação proporcional considerando os tipos organizacionais existentes no campo do

terceiro setor, em decorrência do desconhecimento do universo das organizações na Bahia.

O estudo parte de alguns pressupostos metodológicos. Compartilha-se da percepção de

Machado Neto (1966) de que não existe neutralidade científica no âmbito das ciências sociais,

sobretudo quando se trata de objetos culturais. Segundo a tipologia dos objetos científicos

proposta por ele, existem três tipos de objetos diferentes entre si: objetos ideais, naturais ou

culturais. Os primeiros não se dão na experiência e, portanto, são a-temporais e a-espaciais,

tendo em visto um processo de intelecção. Os segundos dão-se na experiência, no tempo e no

espaço, objetivando um processo de explicação. Ambos são neutros ao valor. Já os objetos

culturais são aqueles que dão-se na experiência, no tempo e no espaço e são carregados de

valor positivo ou negativo, uma vez que são frutos do homem. Neste caso, ocorre um

Page 19: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

processo de compreensão em torno do objeto. O objetivo do estudo é a compreensão do

fenômeno analisado, através de um método empírico dialético — entendido como um “ir e

vir” do espírito humano em busca da compreensão.

Com base em Abramo (1974), pode-se caracterizar este estudo como: exploratório, segundo o

objeto de investigação; e quanti-qualitativo, segundo os procedimentos adotados, uma vez que

há respostas a serem analisadas em termos de quantidade e de qualidade, objetivas e

subjetivas segundo a natureza dos dados levantados. Quanto à classificação de acordo com os

processos de estudo, pode-se afirmar que a pesquisa é do tipo: estrutural, através da análise

sistemática da forma, do funcionamento, dos elementos e suas inter-relações, da dinâmica

interna envolvendo as entidades estudadas; e comparativa, considerando que são verificados

elementos em comum e de diferenciação entre as organizações estudadas.

Foi um desafio muito grande fazer um estudo que envolve análise quanti-quantitativa de 180

organizações, considerando que a prática mais comum no campo das Ciências Sociais é a

realização de análises qualitativas em estudos de casos únicos ou, quando múltiplos, com uma

quantidade relativamente pequena de unidades de análise. Definitivamente, fazer inferências a

partir de dados mais objetivos não foi uma tarefa fácil, mas foi um processo importante de

aprendizagem. Ressalto que, certamente, este estudo possui limitações decorrentes da opção

de estudar uma grande quantidade de organizações e do desconhecimento do universo do

terceiro setor em Salvador, o que gerou uma amostra não estratificada, ou seja, sem considerar

de forma estratificada todos os diferentes tipos organizacionais existentes no campo do

terceiro setor. Por outro lado, esta dissertação abre portas para novos estudos, mais

aprofundados, a partir do levantamento e das reflexões feitas sobre as organizações

pesquisadas.

2.2 AS ENTIDADES ESTUDADAS

Foram estudadas 180 organizações sem fins lucrativos situadas em Salvador, dentre

associações, fundações, institutos, sindicatos, programas/projetos e organizações não

legalizadas. A seguir, estão listadas as organizações contempladas neste estudo:

1. Abrigo Mariana Magalhães (OFS)

Page 20: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

2. Afoxé Filhas de Gandhi

3. Afoxé Kori Efan (KORI EFAN)

4. Afro Gabinete de Articulação Institucional e Jurídica (AGANJU)

5. Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA)

6. Alcóolicos Anônimos da Bahia (AA)

7. Associação Bahiana dos Cronistas Desportivos (ABCD)

8. Associação Bahiana dos Profissionais de Salões de Beleza, Estética e Afins (ABPS)

9. Associação Baiana de Adolescência (ASBA)

10. Associação Baiana de Apoio a Prevenção, Terapia, Estudos e Pesquisas sobre Abuso de

Drogas (ABAPEQ)

11. Associação Baiana de Cegos (ABC)

12. Associação Baiana de Recuperação do Excepcional (ABRE)

13. Associação Baiana de Síndrome de Down (Ser Down)

14. Associação Beneficente Sócio-Cultural (ABSC)

15. Associação Brasileira de Capoeira Angola (ABCA)

16. Associação Brasileira de Enfermagem – Seção Bahia (ABEN)

17. Associação Campus Avançado Unipaz Bahia (Unipaz-BA)

18. Associação Comunitária de Apoio, Qualificação e Cultura dos Trabalhadores da Bahia

(ACAT)

19. Associação Comunitária Santo Antônio

20. Associação Cristã de Amparo Social

21. Associação Cultural Afoxé Filhas d'Oxum

22. Associação das Baianas de Acarajé do Estado da Bahia (ABA)

23. Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATRBA)

24. Associação de Docentes da UCSal (ADUCSal)

25. Associação de Moradores da Colina de São Lázaro (AMCSL)

26. Associação de Moradores da Rua Padre Eloy e Adjacências (AMPEA)

27. Associação de Moradores do Gantois Souza Uzel

28. Associação de Moradores do Primeiro Arco do Garcia (AMPAG)

29. Associação de Moradores e Amigos do Garcia (AMAG)

30. Associação de Moradores Parque São Braz (AMPSB)

31. Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do Estado da Bahia (APADA)

32. Associação de Pais e Amigos dos Exepcionais de Salvador (APAE – Salvador)

33. Associação do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia (MDCCB)

Page 21: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

34. Associação dos Artesãos do Centro Histórico

35. Associação dos Diabéticos de Salvador (ADISA)

36. Associação dos Educadores das Escolas Comunitárias da Bahia (AEECBA)

37. Associação dos Estudante de Itaberaba (AEI)

38. Associação dos Estudantes Ipiraenses (AEIPI)

39. Associação dos Estudantes Universitários e Secundaristas de Ubaí (AEUSU)

40. Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB)

41. Associação dos Guias de Turismo do Centro Histórico de Salvador (AGTURCHSA)

42. Associação dos Moradores e Amigos do Campo Grande, Canela e Vitória (ASCAVI)

43. Associação dos Proprietários de Padaria da Bahia (APPB)

44. Associação dos Servidores Públicos do Município de Salvador (ASPMS)

45. Associação Estudantil de Guanambi (REG)

46. Associação Internacional dos Estudantes de Ciências Econômicas e Com. de Salvador

(AIESEC Salvador)

47. Associação Júnior Achievement da Bahia (AJABA)

48. Associação Mensageira do Amor Cristão (AMAC)

49. Associação Movimento João de Barro (AMJB)

50. Associação Nacional de Ação Indigenista (ANAI)

51. Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB)

52. Associação Oficina de Investigação Musical da Bahia (OIMBA)

53. Associação para o Desenvolvimento Social Integrado (ADESOL)

54. Associação Santa Beatriz (ASB)

55. Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI)

56. Banda Escola Meninos do Pelô

57. Caritas Brasileira – Regional Nordeste 3

58. Casa de Formação São José

59. Casa de Oração Bezerra de Menezes (COBEM)

60. Casa Monte Alverne

61. Centro Arquediocesano de Animação Vocacional (CAAV)

62. Centro Comunitário da Pituba

63. Centro Cultural Oficina Reciclável (CCOR)

64. Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (CEDECA)

65. Centro de Educação e Cultura Popular (CECUP)

66. Centro de Estudos Exobiológicos Asthar Sheram (CEEAS)

Page 22: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

67. Centro de Estudos Sócio-Ambientais (PANGEA)

68. Centro de Formação Talita – Pastoral do Menor

69. Centro de Orientação Familiar (COFAM)

70. Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (CEPARH)

71. Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA)

72. Centro Ecumênico de Apoio ao Desenvolvimento (CEADE)

73. Centro Educacional de Tecnologia em Administração (CETEAD)

74. Centro Espírita União Amor e Luz (CEUAL)

75. Centro Social Monsenhor Amilcar Marques

76. Centro Social São José

77. Clube de Mães do Alto da Sereia (CMAS)

78. Colégio Marista de Salvador (UNBEC)

79. Comissão Pastoral da Terra – Bahia (CPT)

80. Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil na Bahia (PC do B)

81. Consórcio Intermunicipal do Vale de Jiquiriçá (CIVJ)

82. Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM)

83. Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE)

84. Creche Coração da Mamãe (CCDA)

85. Creche Escola Comunitária Frutos de Mãe

86. Diáspora Art Center

87. Educandário São Raimundo (ESR)

88. Escola Casa Belém

89. Escola Creche Adalgisa Souza Pinto

90. Escola Criativa Olodum

91. Escola Nossa Senhora da Luz

92. Escola Oficina Salvador (EOS)

93. Escola Vila Vicentina / Associação O Pão dos Pobres de Santo Antônio (APPSA)

94. Escritório de Ligação e Organização (ELO)

95. Federação das Mulheres da Bahia (FMBA)

96. Federação de Bandeirantes do Brasil (FBB)

97. Federação dos Clubes Carnavalescos da Bahia (FCCBA)

98. Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB)

99. Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (FENACAB)

100. Foco Usina de Artes Cênicas (FOCO)

Page 23: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

101. Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes (FCDD)

102. Fundação Clemente Mariani (FCM)

103. Fundação Dom Avelar Brandão Vilela

104. Fundação Mestre Bimba

105. Fundação Movimento OndAzul (OndAzul)

106. Grêmio Recreativo e Cultural Muzenza (MUZENZA)

107. Grêmio Recreativo, Educativo, Esportivo e Carnavalesco Furacão 2000

108. Grupo Ambientalista da Bahia (GAMBÁ)

109. Grupo Cultural Bagunçaço (GCB)

110. Grupo Cultural Olodum (OLODUM)

111. Grupo Cultural Os Formigões

112. Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS (GAPA)

113. Grupo de Recomposição Ambiental (GERMEN)

114. Grupo Gay da Bahia (GGB)

115. Grupo Tortura Nunca Mais – Bahia (GTNM-BA)

116. Hora da Criança (HC)

117. Instituto Baiano de Reabilitação (IBR)

118. Instituto Guanabara (IG)

119. Instituto Kardecista da Bahia (IKB)

120. Instituto Newton Rique

121. Instituto Nossa Senhora da Salette (INSS)

122. Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil (OMPAX)

123. Lar Franciscano Santa Isabel

124. Lar Maria Dolores

125. Legião da Boa Vontade (LBV)

126. Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (LABCMI)

127. Mosteiro de São Bento da Bahia (MSBB)

128. Movimento Afro-Cultural Girlene Santos Conceição

129. Movimento de Intercâmbio Artístico Cultural (MIAC)

130. Movimento Escalada

131. Movimento pela Paz Escoteiro Valter Hufnagel (MPP)

132. Museu Henriqueta Catarino/Fundação Instituto Feminino da Bahia (FIFB)

133. Núcleo de Assistência à Criança com Câncer (NACCI)

134. Obras Sociais Franciscanas (OSF)

Page 24: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

135. Obras Sociais Padre Gumercindo

136. Organização de Auxílio Fraterno (OAF)

137. Paróquia de Santana do Rio Vermelho

138. Paróquia de São Pedro

139. Paróquia São José de Amaralina

140. Pastoral Afro (CAAPA)

141. Pastoral Carcerária

142. Pastoral da Criança

143. Pastoral da Juventude (PJ)

144. Pastoral da Saúde (PS)

145. Pastoral do Menor (PAMEN)

146. Pastoral Universitária (PU)

147. Paulinas Livraria

148. Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e Família

149. Primeira Igreja Batista do Brasil (PIB do Brasil)

150. Projeto Ativação

151. Projeto Ibeji

152. Projeto Obé Lawó

153. Santa Casa de Misericórdia da Bahia (SCMBA)

154. Seminário Santa Terezinha do Menino Jesus (SSTMJ)

155. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (SEBRAE-BA

Sede Geral)

156. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (SEBRAE-BA

Agência Centro)

157. Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (SASOP)

158. Sinal Fechado

159. Sindicato do Guias de Turismo do Estado da Bahia (SINGTUR-BA)

160. Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado da Bahia

(SATED)

161. Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA)

162. Sindicato dos Guardadores de Veículos (SINDGUARDA)

163. Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (SINJORBA)

164. Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC)

165. Sindicato dos Professores no Estado da Bahia (SINPRO)

Page 25: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

166. Sindicato dos Securitários do Estado da Bahia (SINDSEBA)

167. Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (SINCOTELBA)

168. Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias e Empresas Petroquímicas da Bahia

169. Skindô

170. Sociedade Beneficente Cultural do Culto Afro Brasileiro

171. Sociedade Beneficente de Defesa dos Moradores da Federação e Adjacências

172. Sociedade Beneficente Monte Pio dos Artistas (SBMPA)

173. Sociedade Beneficente São Jorge

174. Sociedade Civil Bem Estar Familiar no Brasil (BEM FAM)

175. Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD)

176. Sociedade Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy

177. Teatro Vila Velha (TVV)

178. União dos Escoteiros do Brasil (UEB-BA)

179. União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO)

180. Vida Brasil

Page 26: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

3 O QUE É O TERCEIRO SETOR?

O terceiro setor pode ser entendido como o que não é Estado nem mercado, ou seja, constitui-

se de organizações que não integram o Estado nem a iniciativa privada com fins lucrativos. É

representado, portanto, por organizações da sociedade civil, sem fins lucrativos. Assim sendo,

o terceiro setor engloba organizações como associações, fundações privadas, institutos,

sindicatos, igrejas, federações, confederações, ONGs, entidades para-estatais e qualquer outro

tipo de organização privada, mas sem finalidade lucrativa. Pode ser chamado também do setor

das organizações sociedade civil.

A fim de entender o conceito de terceiro setor, primeiramente, é importante entender o

contexto do surgimento das organizações que o compõem, especialmente no Brasil, bem

como o atual cenário que o coloca cada vez mais em evidência.

Em seguida, é desenvolvida uma reflexão especificamente sobre o conceito de terceiro setor,

analisando-se o surgimento do termo e as restrições quanto ao seu uso, sobretudo no Brasil.

3.1 ENTENDENDO A RECENTE VALORIZAÇÃO DAS ORGANIZAÇÕES DO

TERCEIRO SETOR

Uma vez que o terceiro setor representa o setor das organizações da sociedade civil, convém

entender por que, no atual cenário, tais organizações estão cada vez mais em evidência.

Page 27: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

A ação organizada da sociedade civil não é algo recente historicamente. Inclusive porque, a

despeito da separação conceitual entre Estado x mercado x sociedade civil,

numa perspectiva clássica, poderia ser dito que o mercado é parte integrante da sociedade civil e que a própria expansão do Estado foi produto da luta coletiva da sociedade para a garantia de direitos de cidadania aos indivíduos, classes, grupos, categorias, gêneros etc.. Isto significa que a sociedade civil foi parte integrante da própria expansão do mercado e do Estado. (SCHIOCHET, 1994, p. 59)

Apesar deste entendimento, Schiochet (1994) coloca que a sociedade civil é uma esfera

autônoma, que não deve ser entendida apenas dentro de um contexto de confronto com o

mercado ou o Estado, numa perspectiva clássica. De forma autônoma, é uma esfera pública

que se pauta na discussão crítica da realidade, na solidariedade, que tem um papel

fundamental na consolidação da democracia e que não substitui a existência do Estado nem

do mercado. Neste sentido, Schiochet refere-se à ação organizada da sociedade civil. E alerta

que, apesar desta autonomia, “em realidades sociais como as vividas, por exemplo, na

América Latina, a ênfase dada à sociedade civil não pode ser acompanhada de uma

negligência para com a estruturação do Estado” (p. 62).

De fato, no Brasil, evidencia-se esta forte relação entre organizações da sociedade civil e

atuação do Estado. Landim (1993 apud MENDES, 1999b) aponta o papel da Igreja Católica

na configuração da sociedade brasileira1 e na legitimação do Estado colonizador, verificando-

se a sua presença na constituição de espaços, iniciativas e valores ligados à filantropia na

época colonial. “Onde havia, nos primeiros séculos da colonização, organizações

encarregadas da assistência social, do ensino, da saúde, vamos encontrar, juntos, a Igreja —

com o mandato do Estado — na sua promoção” (p. 3).

A relação com o Estado também fica clara no surgimento dos sindicatos e das chamadas

organizações não governamentais (ONGs) brasileiras. Em relação às ONGs, Herbert de Souza

(s.d. apud SANTANA, 1992) aponta o período entre os anos 1960 e 80 como o marco do seu

surgimento, nascidas em função da luta política da sociedade civil contra o regime autoritário

da ditadura militar que se implantou em 1964. Neste contexto, atuavam muito próximo da

clandestinidade, ligadas a movimentos sociais de base, Igreja — que assume uma posição de

crítica e oposição ao Estado ditatorial, atuando através da ação pastoral —, movimentos

1 As igrejas fazem parte do terceiro setor, assim como organizações não governamentais, sindicatos e todas as organizações sem fins lucrativos, que não pertençam à iniciativa privada nem ao Estado.

Page 28: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

sindicais e populares. Tinham uma ênfase claramente de oposição em relação ao governo,

expressa na terminologia “não governamental”.

No processo de surgimento das organizações não governamentais, também teve papel

fundamental a influência de organismos internacionais. Medina (1997) observa que em 1950-

60 organismos internacionais começaram a fomentar um processo de desenvolvimento

comunitário em países do Terceiro Mundo, pressupondo níveis maiores de participação da

comunidade. Dentre eles, pode-se destacar: a Organização das Nações Unidas (ONU), criada

após a II Guerra Mundial; o Programa de Desenvolvimento das Nações Unidades (PNUD); o

Banco Mundial; o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID); o Fundo das Nações

Unidas para a Infância (UNICEF); a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe

(CEPAL). Estes organismos internacionais legitimaram as organizações não governamentais,

pregaram a necessidade de apoio político e popular e o fortalecimento da administração local

para concretização do plano de desenvolvimento. Na prática, todo esse aparato era criado e

imposto pelos organismos, via controle técnico, econômico, ideológico e político — os

recursos financeiros eram, frequentemente, condicionados a prazos, cláusulas de compra de

pacotes tecnológicos e contratação de consultores estrangeiros, pondo em xeque a soberania

nacional. Houve, ainda, uma homogeneização das políticas por diversos países e,

consequentemente, inadequações, uma vez que as realidades são distintas. Outra crítica feita é

que, por serem assistencialistas, as políticas atacaram os efeitos dos problemas, não as causas.

Por outro lado, houve um aumento da capacitação de agentes sociais no trabalho comunitário.

Além de contextualizar o surgimento das organizações não governamentais, Medina (1997)

analisou o perfil dessas organizações ao longo do tempo na América Latina. Gohn (1997)

também fez uma análise neste sentido, voltada para a realidade brasileira especificamente, e

coloca que, nos anos 90, as ONGs ganharam importância por serem potenciais parceiras do

poder público, em decorrência de sua estruturação. Esta relação de parceria passou a ser

estimulada, uma vez que o discurso neoliberal pressupõe a retirada do Estado de uma série de

atividades e a primazia do mercado.

Ainda segundo Gohn (1997), nessa mesma época, houve uma reconfiguração do modelo de

financiamento às ONGs, passando-se do assistencialismo à auto-sustentabilidade. Observa-se

um fortalecimento de estruturas nacionais com a criação da ABONG (Associação Brasileira

de ONGs) e da CMP (Central de Movimentos Populares), bem como o desenvolvimento de

Page 29: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

movimentos internacionais no Brasil, a exemplo da ONG ambientalista Greenpeace. O foco

de ação das ONGs e dos movimentos sociais também sofre mudanças: da luta por transporte,

saúde, educação e moradia para a luta pela sobrevivência física (alimentos e terra); luta por

moral e ética política; luta por direito à pluralidade (movimentos de gênero, raça e idade); luta

por uma participação na política direta institucionalizada; perspectiva de parceria, não de

oposição ao governo; políticas formuladas para segmentos sociais. Gohn acrescenta que,

apesar de apregoarem autonomia e independência em relação ao Estado, os fundos públicos

permanecem como os grandes financiadores de suas demandas.

Verifica-se que a atuação das organizações da sociedade civil tomou um rumo diferente,

voltada agora não mais para a luta contra o autoritarismo do Estado, como ocorria nos anos

1960-80, mas para a democratização da sociedade (RANDOLPH, 1990 apud SANTANA,

1992). O contexto dos anos 90 colocou em evidência as organizações da sociedade civil (ou o

chamado terceiro setor), provavelmente, em decorrência das suas próprias conquistas e do

fortalecimento da perspectiva de parceria entre as esferas do Estado, mercado e sociedade

civil organizada.

Fazendo uma reflexão sobre essa recente valorização das organizações da sociedade civil,

pode-se destacar três fenômenos importantes:

(a) Transformações ocorridas no Estado Brasileiro: mudanças na gestão de políticas

públicas após os anos 80 e a reforma do aparelho do Estado nos anos 90

Até recentemente, a gestão das políticas públicas pautava-se num modelo centrado na

provisão estatal pela instância nacional (governo federal), baseado no Estado

Desenvolvimentista inspirado no Estado do Bem-Estar Social. Predominava uma

fragmentação institucional e um caráter setorial no tratamento das questões, havendo

sobreposição de agências e falta de coordenação/articulação. A sociedade civil não era

envolvida na formulação, implementação e/ou controle de políticas públicas.

Dos anos 80 em diante, sobretudo a partir da descentralização administrativa proposta

pela Constituição Federal de 1988, esse contexto é modificado. As esferas municipais

ganham papel fundamental na gestão de políticas públicas — o que não elimina a

necessidade de se preservar políticas de coordenação para projetos regionais e

Page 30: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

nacionais — e ascende a perspectiva de integração entre os órgãos governamentais em

prol de uma ação focalizada nos problemas. Enfatiza-se uma maior articulação com

atores da sociedade civil e do mercado, fora dos padrões clientelistas que

caracterizavam esta articulação, quando existia. Parcerias e novos arranjos

institucionais são valorizados neste cenário. (FARAH, 2001). Pode-se sintetizar as

transformações ocorridas na gestão de políticas públicas no Brasil da seguinte forma:

Período recente anterior aos anos 80 Anos 80 em diante Centralização decisória e financeira na esfera federal

Descentralização (protagonismo dos governos locais) e participação

Caráter setorial (especialização em áreas) Focalização à Estabelecimento de prioridades de ação

Exclusão da sociedade civil no processo de formulação de políticas, implementação de programas e controle da ação governamental à Insulamento burocrático

Busca de articulação com sociedade civil e mercado

Modelo centrado na provisão estatal Novas formas de gestão nas organizações estatais à Maior eficiência, efetividade e agilidade

Figura 1 – Mudanças na Gestão de Políticas Públicas no Brasil. Fonte: Elaboração própria baseada em

FARAH, 2001.

Estas transformações dão-se num contexto em que se fala de Estado Mínimo e, ao

mesmo tempo, em democratização; de neoliberalismo e, ao mesmo tempo, de revisão

do conceito minimalista a respeito do Estado. O fato é que se põe em evidência a

sociedade civil organizada e seu potencial na gestão de políticas públicas, juntamente

com o governo, bem como na provisão de serviços públicos. A ênfase em novos

arranjos institucionais, como redes e parcerias, são vistas como positivas porque

permitem uma maior sustentabilidade de políticas públicas a longo prazo, uma vez que

tendem a acontecer independentemente do período de gestão de cada governo eleito.

Exemplos desses arranjos institucionais, como Conselhos Gestores, Orçamento

Participativo e gestão/controle de recursos, são mencionados por Marta Farah (2001) e

Maria do Carmo A. A. Carvalho (1998).

Tais arranjos representam canais de participação. Villas Boas (1994) faz uma reflexão

sobre os canais de participação popular propostos via governo, que é o caso de

Conselhos de Gestão, Fóruns/Conselhos/Plenárias Regionais, Fóruns/Conselhos

Page 31: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Setoriais, Programas de Prestação/Produção de Serviços, Coordenação da Mulher, do

Negro, do Idoso, do Deficientes e Fóruns/Conselhos/Plenárias Municipais. Em suma,

esses canais visam favorecer a socialização das informações e constituir espaços de

formulação e deliberação de políticas. Em relação aos conselhos gestores, esses

espaços são fundamentais na representação formal dos interesses da sociedade civil

perante o poder executivo. “Têm como finalidade contribuir na gestão das políticas

sociais, caracterizando-se como nova estratégia de articulação concertada entre Estado

e Sociedade” (CARVALHO, M., 1998). Os conselhos são responsáveis por aprovar o

plano governamental de cada área e de fiscalizar a prestação de contas do poder

público. Porém, muitas são as dificuldades para que os canais de participação popular

gerem resultados efetivos, dentre elas: a falta de tradição democrática; choque entre

saber técnico e saber popular; dificuldades de definir representações ameaçam esvaziar

os espaços populares; choque entre a ação imediatista da administração e da ação lenta

do processo participativo; dificuldades do governo em negociar, o que põe em risco

seus projetos e a manutenção de poder. Essas dificuldades também são ressaltadas por

Carvalho et al. (1998). Portanto, a formalização dos canais de participação popular,

por si só, não garante a participação. No entanto, esta institucionalização — através de

regimento interno e projeto de lei — é fundamental para legitimar o processo no

governo, independente do governante. (VILLAS BOAS, 1994)

Outro fenômeno ocorrido no âmbito do Estado e que corrobora para uma valorização

das organizações da sociedade civil refere-se ao Plano de Reforma do Aparelho do

Estado Brasileiro, de 1995. Desde meados do século XX, em âmbito mundial, o

modelo de Estado do Bem Estar Social vem sendo questionado devido a uma crise de

governança decorrente, principalmente, de um contínuo déficit financeiro, atrelado a

um discurso de que existe uma gestão burocratizada e ineficiente e uma inadequação

organizacional do Estado para intervir nas atividades sociais e econômicas

(MORALES, 1999). Na tentativa de superar esta crise, o modelo de Estado vem sendo

repensado sob vários aspectos. Sobretudo, em relação ao escopo e à abrangência de

suas ações, conformando um processo de reforma estatal que assola, com maior ou

menor intensidade, todas as democracias ocidentais.

Neste contexto, não apenas o papel do Estado vem sendo redefinido, mas também a

atuação do mercado e da sociedade civil, num cenário em que a consolidação de

Page 32: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

parcerias torna-se estratégia-chave para a implementação de ações com fins públicos.

Estas tendências mostram-se claras no Plano de Reforma do Aparelho do Estado

Brasileiro (1995), segundo o qual o Estado busca delimitar sua atuação de acordo com

a divisão das atividades sócio-econômicas em três blocos: 1) atividades exclusivas do

Estado (voltadas para a oferta de serviços públicos propriamente ditos2, como defesa

nacional, segurança pública e criação de leis); 2) atividades não-exclusivas do Estado

(voltadas para o interesse público, mas não essenciais e, na maioria, pouco

interessantes em termos de lucratividade para a iniciativa privada, como serviços

sociais e científicos, devendo ficar a cargo de entidades públicas não-estatais sem fins

lucrativos); 3) produção de bens e serviços para o mercado, realizada por organizações

privadas, mas passíveis de regulação, controle e fiscalização por parte do Núcleo

Estratégico do Estado, que permanece com o poder de disciplinar as atividades

econômicas. (MORALES, 1999)

No contexto de reforma estatal, cabe ressaltar que, ao contrário do discurso que

preconiza o fim do Estado do Bem Estar Social, “existe o desejo contínuo de que o

welfare state continue a oferecer serviços, o que torna pouco viável a possibilidade de

seu desmantelamento” (COELHO, 2000, p. 51, baseado em Berger e Neuhaus). Para

tanto, o Estado vale-se de “estruturas mediadoras” entre ele e a sociedade civil, as

quais podem ser representadas pelas organizações da sociedade civil.

Em relação à atuação das organizações públicas não-estatais na provisão de serviços

sociais, Morales (1999) destaca algumas virtudes: permitem uma multiplicidade de

oferta com maior atenção às especificidades da demanda, a partir do contato com seus

beneficiários; possuem uma gestão baseada em objetivos, metas e resultados, em

decorrência das avaliações feitas por seus financiadores; possuem ampla capacidade

de articulação interorganizacional, pois atuam num ambiente de recursos escassos em

que a habilidade de negociação é fundamental; disseminam valores como

solidariedade, ética e participação social.

Sendo assim, a parceria público-privado é posta cada vez mais em evidência, seja em

relação às organizações privadas e com fins lucrativos que prestam serviços delegados

pelo poder público — a exemplo de serviços como distribuição de energia elétrica e

2 Ver MEIRELLES, 1991, p. 298.

Page 33: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

telecomunicações, recentemente privatizados no Brasil — ou em relação às

organizações privadas e sem fins lucrativos, mas com fins públicos – a exemplo de

ONGs e organizações comunitárias que atuam em áreas como educação, saúde, meio

ambiente e assistência social. Neste último caso, a criação pelo governo federal da Lei

9790/99 — Lei das OSCIP’s (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público)

— deixa claro o objetivo de favorecer a relação de parceria entre governo e

determinados tipos de organização da sociedade civil (ver Anexo A).

(b) Valorização do desenvolvimento local

A gestão de políticas públicas até a década de 70 não era protagonizada pelos gestores

locais3, uma vez que prefeitos e governadores eram nomeados pela Presidência da

República até a Constituição de 1988. Como foi colocado anteriormente, até pouco

tempo atrás a gestão das políticas públicas era centralizada no governo federal.

Obviamente, o mesmo acontecia em relação às ações voltadas ao desenvolvimento. As

ações com este objetivo eram concentradas no governo federal e aos gestores locais

cabia seguir as diretrizes traçadas, com uma autonomia bastante reduzida para a

tomada de decisão e proposição de ações que não fossem contempladas pelo projeto

de desenvolvimento nacional.

A partir da descentralização nos anos 80, o discurso do desenvolvimento local ganha

espaço no cenário nacional, entendido como um “processo endógeno de mobilização

das energias sociais em espaços de pequena escala (municípios, localidades,

microrregiões) que implementam mudanças capazes de elevar as oportunidades

sociais, a viabilidade econômica e as condições de vida da população” (BUARQUE,

2000). Os pilares desta proposta são a justiça social, a eficiência econômica e a

prudência ecológica, numa perspectiva de sustentabilidade — satisfação das

necessidades do presente sem comprometimento da capacidade de gerações futuras

satisfazerem as suas — e de integração entre Estado, mercado e sociedade civil.

A definição de desenvolvimento local difundida pelo governo federal brasileiro4 deixa

clara esta preocupação. Desenvolvimento local integrado e sustentável (DLIS) é visto

3 Gestão local equivale a gestão municipal ou de um espaço de pequena escala. 4 Gestão do Presidente Fernando Henrique Cardoso.

Page 34: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

como uma forma de promoção de desenvolvimento focada na sustentabilidade das

comunidades, ou seja, capacidade que elas têm de: suprir suas necessidades imediatas;

diagnosticar e incentivar suas vocações locais, desenvolvendo suas potencialidades;

fomentar o intercâmbio externo tendo em vista suas vocações. O DLIS é um processo

que se dá por meio de parceiras entre Estado e Sociedade, no qual ocorrem ações multissetoriais integradas, convergentes numa localidade, segundo uma metodologia que prevê, no mínimo: capacitação para a gestão; diagnóstico e planejamento participativos; articulação da oferta pública de programas com a demanda social da localidade; monitoramento e avaliação; fomento ao empreendedorismo e criação de uma nova institucionalidade participativa. (COMUNIDADE ATIVA, 1999, p.7).

Vale ressaltar que diversas são as qualificações dadas ao que se denomina de

desenvolvimento local. Destacam-se as seguintes: desenvolvimento local integrado e

sustentável (DLIS), desenvolvimento local sustentável (DLS) ou simplesmente

desenvolvimento local (DL). Porém, conforme salienta MOURA et al (2001),

percebemos que, em termos de discurso, não há discrepâncias significativas entre as concepções apresentadas. De modo geral, todas elas apregoam que, para o êxito de qualquer processo de DL, é necessário haver: capacitação para mo bilização e participação da comunidade; cooperação e construção de parcerias; visão abrangente e integrada de desenvolvimento, considerando-se aspectos econômicos, sociais, políticos, culturais e ambientais; e monitoramento/avaliação do processo.

Todas essas concepções de desenvolvimento local enfatizam a parceria entre Estado,

mercado e sociedade civil, através das organizações que representam essas três esferas

em articulações complexas traduzidas por novos formatos organizativos.

(c) Aprofundamento das desigualdades sociais e resgate da gestão social

Seja no âmbito das organizações estatais, do mercado ou da sociedade civil, tem-se

enfatizado bastante a importância de valores éticos e solidários, traduzidos na prática

através de ações sociais. Tal realidade decorre do cenário de desigualdades e

problemas sociais, cada vez mais gritante, sobretudo no Brasil.

Gohn (1997) coloca que o discurso do combate à fome e à miséria torna-se forte não

apenas devido à força da sociedade civil, a partir de conquistas de grupos e

movimentos sociais, mas também a partir das necessidades do próprio mercado, uma

Page 35: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

vez que a pobreza, a fome, o analfabetismo e a violência tornam-se obstáculos à

lucratividade.

Independentemente das motivações, verifica-se que no mundo de hoje,

responsabilidade social corporativa e investimento social empresarial são temas

recorrentes, trazendo a noção de que a atividade empresarial envolve compromissos

com toda a cadeia produtiva da empresa: clientes, funcionários e fornecedores, além

das comunidades, ambiente e sociedade (SCHOMMER, 2000). Assim sendo, as

empresas vêm investindo sistematicamente em ações sociais através de estruturas

organizacionais diversas, que Schommer (2000) classificou em quatro grupos: 1)

empresas que atuam na área social através de outras organizações, articuladas por um

setor dentro da própria empresa (por exemplo, da gerência de ação social ou da

diretoria de assuntos corporativos); 2) estruturas voltadas para a ação social e

estruturas organizacionais empresariais são juridicamente distintas, mas

compartilhadas em tantos aspectos que se confundem; 3) organizações dedicadas à

ação social mantêm forte relação com as mantenedoras, mas possuem autonomia em

vários aspectos; 4) empresas estão inseridas na estrutura organizacional de

organizações sem fins lucrativos. No primeiro grupo, as empresas atuam na área social

através de apoio ou parceria com organizações do terceiro setor, não havendo a

constituição de uma organização sem fins lucrativos para tal finalidade. A partir do

segundo grupo, já se configuram organizações do terceiro setor para a atuação na área

social, atuando de forma cooperativa com as empresas. Os dois grupos intermediários

implicam a criação, por parte das empresas, de fundações ou institutos para o

desenvolvimento de ações sociais; porém, em um deles não se caracteriza a autonomia

organizacional da instituição criada e juridicamente separada e a relação entre empresa

e entidade aproxima-se de uma relação hierárquica. No último grupo apresentado, a

lógica muda: são organizações do terceiro setor que constituem empresas (com fins

lucrativos) a fim de garantir sua sustentabilidade financeira.

Já nos anos 20 do século passado, Mary Parker Follett visualizava e defendia o papel

social dos cidadãos e das empresas, num cenário onde a visão dominante era de

empresa enquanto instituição econômica. Ela via a empresa como um serviço à

sociedade.

Page 36: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Se um homem pensa a respeito de sua empresa como um serviço, certamente não aumentará seus lucros particulares à custa do bem público. Além disso, a “empresa como um serviço” tende a acabar com aquela concepção que era muito infeliz. Antigamente, havia a idéia de que um homem ganhava dinheiro durante o dia. À noite, prestava seu serviço à comunidade, por se sentar à mesa de direção da escola ou de algum comitê cívico. De outro modo, ele poderia ocupar sua vida durante a juventude, a ganhar dinheiro, passando a prestar seu serviço mais tarde, por gastar seu dinheiro de modo útil para a comunidade. Isso, se não morresse antes! A idéia muito mais salutar, que temos agora, é a de que nosso trabalho em si deve ser nosso maior serviço para a comunidade. (GRAHAM,1997, p. 286-87)

Follett entendia o gerenciamento como uma função, não como uma ferramenta. O

gerenciamento, em qualquer organização — fosse em uma empresa tradicional, uma

associação, uma escola ou no governo — tinha como finalidade tornar a sociedade

mais justa (GRAHAM, 1997, p. 20). Se entendemos organização desta forma, as

diferenças entre organizações do mercado, da sociedade civil e do Estado tornam-se

bastante tênues, pois a finalidade de todas elas é a mesma.

Uma outra contribuição de Follett refere-se à importância da visão integral e

interdisciplinar em torno dos problemas, o que caracteriza a abordagem

contemporânea de gestão e, sobretudo, quando se trata de questões sociais. Ela

defendia que não se deve departamentalizar o pensamento com referência a cada

problema.

“Não creio que temos que lidar com problemas psicológicos, econômicos e éticos. Temos problemas humanos, com aspectos psicológicos, éticos e econômicos, e tantos outros mais como se queira.” (FOLLET apud CLUTTERBUCK e CRAINER, 1993, p. 46)

Observa-se na atualidade um resgate de Mary Parker Follett no campo dos estudos

organizacionais que, por si só, já trouxe à tona o maior debate em torno das

organizações não lucrativas e não governamentais e sobre o conceito de gestão social,

que pode ser definido como “o processo intersubjetivo que preside a ação da cidadania

tanto na esfera privada quanto na esfera pública.” (TENÓRIO, 1998, p. 22)

Tratando-se da realidade brasileira, constata-se que tem havido um aumento do

número de produção científica e uma valorização da área nos últimos anos. O II

ENEO – Encontro Nacional de Estudos Organizacionais (Brasil) e o XXXVII

CLADEA – Congresso Latino-americano de Escolas de Administração, por exemplo,

criaram em 2002 área temática específica para Gestão Social, para fomentar a

Page 37: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

discussão de questões como gestão de ONGs, responsabilidade social, economia

solidária e papéis das empresas, da sociedade civil e do Estado.

Todo o cenário apresentado — transformações ocorridas no Estado Brasileiro, valorização do

desenvolvimento local, aprofundamento das desigualdades social e resgate da “gestão

social”— implica uma valorização das organizações da sociedade civil.

3.2 TERCEIRO SETOR: EM BUSCA DE UMA DEFINIÇÃO

Apesar de já não ser mais novidade, o termo terceiro setor ainda provoca dúvidas e confusões

acerca de seu significado. Representando as organizações da sociedade civil e sem fins

lucrativos, esta conceituação pressupõe a existência do primeiro setor, representado pelo

mercado, e do segundo setor, representado pelo Estado5. O setor governamental seria

caracterizado por ações legitimadas e organizadas via poderes coercitivos. O mercado, por

ações que visam ao lucro. Deste modo, o terceiro setor pode ser caracterizado por atividades

nem coercitivas nem voltadas para o lucro, mas que visam ao atendimento de necessidades

coletivas ou públicas. (COELHO, 2000)

Segundo Coelho (2000), o termo terceiro setor começou a ser utilizado nos Estados Unidos, a

partir da década de 70. Nos anos 80, passou a ser adotado também na Europa. No Brasil, tal

fato ocorreu década de 90, a partir de pesquisadores como Leilah Landim e Rubem César

Fernandes.

Sobre o surgimento e a atuação do terceiro setor, algumas teorias procuram relacioná-los com

a escala de ação do Estado de Bem-Estar Social. A teoria da falência do Estado/falência do

mercado defende que a ação das organizações sem fins lucrativos é uma alternativa na

provisão de serviços públicos quando o Estado não consegue fazê-lo: uma vez que apenas a

opinião do eleitor médio é considerada, há demandas que o Estado não consegue atender,

caracterizando as falhas de Estado. O Estado, por sua vez, surgiu em decorrência de falhas do

mercado em satisfazer a demanda por bens públicos. Já a teoria da falência do voluntariado

pressupõe que, historicamente, a atuação do terceiro setor antecedeu ao surgimento do Estado

5 Esta conceituação é americana. Aqui no Brasil, costuma-se chamar o Estado de primeiro setor e o mercado de segundo setor.

Page 38: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

e, portanto, o Estado surgiu em função da incapacidade do primeiro em atender às demandas

públicas6 (WEISBROD, 1977; JAMES; 1987 apud ALVES, 2002). A teoria da parceria

propõe uma relação direta entre gastos do governo e extensão da ação de entidades sem fins

lucrativos, ambos se complementando (SALAMON e ANHEIER, 1999). Outras teorias são

apresentadas nos trabalhos de Alves (2002) e Falconer (1999). Ressalta-se que a relação entre

Estado, mercado e origem do terceiro setor vai depender da realidade histórica de cada país.

Segundo Soares (2000), o termo terceiro setor é mais classificatório e excludente do que

descritivo, mas é adequado na medida em que elimina a carga de preconceitos que se

projetariam sobre categorias já conhecidas, como filantropia que, dificilmente, livra-se das

críticas de paternalismo promotor de acomodação e reprodutor de desigualdades.

Em busca de uma definição sobre o terceiro setor, Salamon e Anheier (1992) fazem uma

reflexão sobre o uso de termos análogos, como Organizações não governamentais (ONGs),

Setor sem fins lucrativos, Setor Independente, Setor de Caridade, Setor Voluntário, Setor

Isento de Impostos, Setor Associativo, Economia Social. Estes pesquisadores atestam que

cada um dos termos enfatiza um aspecto da realidade representada pelas organizações que o

compõem, o que provoca limitações no seu uso. Deste modo, terceiro setor é um termo mais

abrangente, representativo da diversidade que caracteriza esse universo organizacional.

Nenhum dos termos anteriormente mencionados podem ser usados como sinônimo de terceiro

setor, a exemplo das ONGs que, como orienta Tenório (2001), buscam atender as

necessidades de base popular e “sua sobrevivência independe de mecanismos de mercado ou

da existência de lucro.” (WILLIAMS, 1990 apud TENÓRIO, 2001, p. 11). As ONGs,

portanto, fazem parte do terceiro setor.

De acordo com a finalidade, o terceiro setor divide-se em dois grupos7:

(a) organizações constituídas para atender os interesses de seus membros (member-

serving organizations), como é o caso dos sindicatos, das associações

profissionais, das associações de bairro, associações empresarias;

6 Como já foi colocado anteriormente, este não foi o caso dos países da América Latina (com base em SCHIOCHET, 1994). 7 Com base em RODRIGUES, 1998.

Page 39: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(b) organizações de interesse público e/ou coletivo, a exemplo de entidades que

apóiam vítimas de discriminação, portadores de determinadas doenças ou

deficiência física, instituições de caridade e organismos de proteção ao meio-

ambiente.

Assim, o terceiro setor é composto de tipos organizativos variados, composto desde

organizações de base comunitária, sindicatos e igrejas a hospitais, escolas e universidades.

Tendo em vista a necessidade de realizar comparações internacionais entre organizações desta

natureza, Salamon e Anheier (1992) propõem uma definição estrutural-operacional que

caracterize o terceiro setor de forma ampla. Assim sendo, definem enquanto organizações do

terceiro setor aquelas que são:

(a) Formais: têm algum grau de institucionalização, o que não implica ser legalizada.

Reuniões regulares, regras de procedimentos ou algum nível de organização

caracteriza esta formalidade. Ficam excluídos do universo do terceiro setor, por

exemplo, os movimentos sociais efêmeros;

(b) Privadas: não podem ser parte integrante do governo nem dirigida

predominantemente por membros do governo;

(c) Não-distributivas de lucros: podem gerar lucro, mas não podem dividir entre os

membros. Os lucros devem ser investidos na missão da organização, não

distribuídos entre seus “donos” ou dirigentes;

(d) Autônomas: devem ter seus próprios procedimentos de governança e não devem

ser controladas por entidades externas;

(e) Voluntárias: devem envolver algum grau de participação voluntária, nem que seja

somente no âmbito da diretoria.

Para ser considerada parte do terceiro setor, uma organização tem que perpassar por todos

estes cinco critérios. Ao proporem esta definição, os autores supracitados fazem uma análise

crítica de outras formas existentes para definir quais são as organizações pertencentes ao

Page 40: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

terceiro setor, como: definição legal (são aquelas que a lei determina); definição econômico-

financeira (são organizações não governamentais cujos recursos financeiros não decorrem, em

sua maioria, da venda de produtos ou serviços); definição funcional (são as organizações que

têm o propósito de servir populações negligenciadas ou excluídas, melhorar suas condições de

vida, provocar transformações sociais). Todas estas definições são consideradas incompletas

ou inadequadas pelos referidos autores para realização de estudos comparativos entre países,

pois cada país tem sua realidade.

O esforço na busca de parâmetros universais que propicie uma análise comparativa das

organizações do terceiro setor em todo mundo é válido e tem contribuído para a ampliação

dos estudos nesta área. Por outro lado, esta definição estrutural-operacional não caracteriza as

instituições quanto a sua função, abrindo um espaço para que uma ampla gama de

organizações sejam enquadradas na esfera do terceiro setor8. Assim, fazem parte do terceiro

setor figuras como associações civis sem fins lucrativos dos mais diversos tipos, institutos e

fundações privadas, (con)federações, sindicatos, partidos políticos, entidades para-estatais,

igrejas, universidades, faculdades, escolas e hospitais. Segundo Salamon e Anheier (1992), as

cooperativas populares, apesar da finalidade lucrativa, enquadram-se no universo do terceiro

setor devido ao seu caráter específico de beneficiar a própria comunidade.

Esses mesmos autores propuseram uma Classificação Internacional de Organizações sem Fins

Lucrativos (International Classification of Nonprofit Organizations – ICNPO), a seguir:

8 Falconer (1999) coloca que, na obra “America’s Nonprofit Sector: A Primer”, de 1992, Salamon inclui uma sexta característica especificamente ao terceiro setor americano, que seria a finalidade pública. Segundo esta característica, apenas as organizações que beneficiam público externo a ela podem ser consideradas parte do terceiro setor. Ficariam excluídos do terceiro setor, portanto, os sindicatos, as associações profissionais, cooperativas e entidades mutualistas.

Page 41: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Grupo 1 Cultura e Recreação

1 100 cultura e artes 1 200 recreação 1 300 clubes de serviço

Grupo 2 Educação e Pesquisa 2 100 educação primária e secundária 2 200 educação superior 2 300 outra educação 2 400 pesquisa

Grupo 5 Meio Ambiente 5 100 meio ambiente 5 200 proteção de animais

Grupo 6 Desenvolvimento e Habitação 6 100 desenvolvimento econômico, social e comunitário 6 200 habitação 6 300 emprego e formação

Grupo 7 Direito Civis, Defesa de Direitos, Política 7 100 organizações de defesa de direitos civis 7 200 leis e serviços legais 7 300 partidos políticos

Grupo 3 Grupo 4

Saúde 3 100 hospitais e reabilitação 3 200 asilos 3 300 saúde mental e intervenção crítica 3 400 outros serviços de saúde Serviços Sociais 4 100 assistência social 4 200 apoios emergenciais 4 300 apoios econômicos

Grupo 8 Intermediários Filantrópicos e Promoção do Voluntariado

Grupo 9 Internacional Grupo 10 Business, Associações

Profissionais, Sindicatos Grupo 11 Religião Grupo 12 Outros

Figura 2 – Classificação Internacional de Organizações sem Fins Lucrativos. Fonte:

FERNANDES, 1994, p. 27 e 28.

Conforme reflexão de Fernandes (1994), esta classificação, como qualquer outra, encontra

problemas ao estabelecer limites, “pois os casos fronteiriços variam de significação conforme

o contexto histórico e cultural” (p. 27). Além disso, a classificação em uma ou outra categoria

desconsidera o fato de uma organização poder atuar em mais de uma área ou prestando mais

de um serviço, o que dificulta uma classificação 100% fiel à sua atuação. Por isso, a

classificação ICNPO não foi adotada no instrumento de coleta de dados utilizado na parte

empírica deste estudo.

Fernandes (1994) define o terceiro setor da seguinte forma:

[...] pode-se dizer que o terceiro setor é composto de organizações sem fins lucrativos, criadas e mantidas pela ênfase na participação voluntária, num âmbito não governamental, dando continuidade às práticas tradicionais de caridade, filantropia e do mecenato e expandindo o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação do conceito de cidadania e de suas múltiplas manifestações na sociedade civil. (p.27)

Esta definição incorpora a dimensão funcional das organizações, sendo mais representativa da

percepção que as pessoas têm, de modo geral, sobre o que é o terceiro setor. Nesta

Page 42: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

perspectiva, o termo deixa de ser apenas uma classificação baseada na exclusão do que não é

mercado e do que não é Estado.

3.3 O USO DA EXPRESSÃO TERCEIRO SETOR NO BRASIL

No Brasil, a falta de consenso em torno do termo “terceiro setor” tem explicação na sua

própria origem. Originário dos Estados Unidos, o termo reflete a realidade deste país, “onde a

relação a uma tradição de Estado Social não aparece como primordial na sua história”

(FRANÇA FILHO, 2001, p.52). Nos EUA, o Terceiro Setor tem forte relação com a

filantropia empresarial, tendo surgido a partir da iniciativa privada. Já no Brasil, a relação

com o Estado é clara desde as origens, como já foi colocado anteriormente (Herbert de Souza,

s.d. apud SANTANA, 1992).

Falconer (1999, p. 10) coloca que

tampouco foi a identidade das tradicionais filantrópicas, ou mesmo as associações comunitárias e de base que deu o tom deste recém-descoberto setor. Mais problemática ainda é a atribuição do fenômeno à sociedade civil (...). A construção do terceiro setor brasileiro, pode-se afirmar com segurança, deu-se de fora para dentro: de fora do país e de fora do setor para dentro dele.

Neste sentido, é notória a fragilidade do termo terceiro setor. Não é que o terceiro setor

brasileiro tenha surgido efetivamente “de fora do país e de fora do setor para dentro dele”,

mas talvez o uso do termo terceiro setor para se referir à realidade brasileira o tenha.

Prevalece a noção de que o termo terceiro setor abarca todo tipo de organização que não

possui fins lucrativos, independente do foco em questões sociais, do interesse público ou

coletivo.

Outro questionamento refere-se ao fato de que o papel do terceiro setor seria preencher

lacunas deixadas pelo Estado ou pelo mercado, existindo à reboque destas duas esferas e,

portanto, atuando numa perspectiva funcionalista. Como surgiu nos Estados Unidos, o termo

terceiro setor está bastante atrelado à teoria do market failure/government failure, como parte

da estratégia do neoliberalismo (FRANÇA FILHO, 2001, p. 52 e 58). Em sua tese de

doutorado, Alves (2002) coloca alguns questionamentos sobre o uso da terminologia terceiro

Page 43: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

setor para designar as organizações da sociedade civil e atesta que se deve ao Johns Hopkins

Center for Civil Society Studies, dos EUA e sob a liderança de Lester Salamon, o

renascimento e a ampla divulgação da expressão para todo o mundo.

É fato que algumas organizações não simpatizam com a idéia de se identificar enquanto

terceiro setor. Foi o caso da ABONG (Associação Brasileira de Organizações não

governamentais) que, em 1998, declarou: “Nós não nos reconhecemos como parte do terceiro

setor. Não achamos que esse modelo teórico contempla quem nós somos e o que fazemos”.

(Silvio Caccia Bava, então presidente da ABONG, apud FALCONER, 1999, p. 10).

Certamente, há uma dimensão política no termo ONG (organização não governamental) que

não existe na expressão “terceiro setor”, daí a restrição ao seu uso por parte de alguns

representantes de organizações não governamentais. Tal fato é compreensível, uma vez que o

termo terceiro setor existe mais por exclusão — o que não é Estado nem mercado — do que

por uma questão identitária das organizações. Afinal, comparativamente à realidade das

organizações do Estado e do mercado, não é nada comum, ao menos no Brasil, empresas se

referirem a elas próprias enquanto segundo setor ou o Estado se identificar como primeiro

setor.

Com base em Fernandes (1997), na América Latina e, especificamente, no Brasil, é comum o

uso da expressão organização da sociedade civil (OSC) para se referir a organizações que se

distinguem do Estado e do mercado. Considerando a definição existente sobre terceiro setor,

tanto faz falar OSC ou terceiro setor, pois ambos os termos representam a mesma coisa.

Diante desse contexto, por que se referir a organizações da sociedade civil como terceiro

setor? Porque em torno dele há mais controvérsias e, por isso mesmo, mais discussões a

respeito atualmente. Além disto, se admitirmos que fundações e institutos constituídos a partir

da iniciativa empresarial não podem ser consideradas organizações da sociedade civil (pois

não surgem da sociedade civil, enquanto esfera autônoma), tais organizações seriam excluídas

deste estudo, o que não ocorreu.

Retomando a questão de imprecisão conceitual e restrições ao uso da expressão terceiro setor,

vale ressaltar que Leilah Landim, uma das principais responsáveis pela introdução do termo

terceiro setor no Brasil a partir de uma parceria com o Johns Hopkins, veio a criticar o termo

em 1999 (p. 9), colocando que

Page 44: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

[...] evocando não o conflito, mas a colaboração e a positividade da interação, o termo terceiro setor tende a esvaziar as dinâmicas politizadas que marcam, pela força das circunstâncias, a tradição associativista das últimas décadas e talvez da história do Brasil.

Analisando esta crítica cuidadosamente, verifica-se que, de fato, a restrição não se refere ao

termo terceiro setor em si, mas talvez ao fato de esta esfera englobar organizações bastante

diversas entre si e de o discurso em torno do terceiro setor ser permeado pela cooperação com

organizações das demais esferas (Estado e mercado), o que pode acarretar cooptação. Porém,

ao que me parece, esta realidade ocorre independentemente da denominação ser terceiro setor,

organizações da sociedade civil (OSCs) ou, até mesmo, organização não governamentais

(ONGs).

Alves (2002, p. 308 e 309) faz uma crítica semelhante ao dizer que

[...] apesar de “incorporar” diversas vozes, o discurso do Terceiro Setor é, antes de tudo monólogico, voltado para os interesses de uma elite que pretende — acima de tudo — criar ambientes “business friendly”. Para isso, procura assimilar uma linguagem que é muito cara a pessoas e grupos que efetivamente procuram transformar a sociedade, destituindo-a de seus significados originais.

De fato, é preciso sempre lembrar que terceiro setor engloba todo tipo de organização sem fim

lucrativo e que, portanto, não é uma esfera homogênea. Assim sendo, é preciso ponderar

comparações, por exemplo, entre uma ONG ambientalista como o Greenpeace e uma

entidade sem fim lucrativo criada e mantida por uma determinada empresa e que atua com

projetos sociais para fins de marketing.

Cabe destacar que a falta de uma definição consensual precisa ocorre mesmo dentro do setor

mais restrito das ONGs, conforme aponta Vakil (1997 apud ROESCH, 2002), que encontrou

dezoito denominações diferentes para este grupo de organizações. Segundo esta autora, tal

variedade ocorre devido à natureza multidimensional destas organizações, à natureza

interdisciplinar inerente na literatura a seu respeito e na diversidade destas organizações.

Seguindo as orientações de Fernandes (1994, p. 32),

Pensar “terceiro setor” significa reunir sob uma mesma classe conceitual atividades tão distintas que, no passado, costumavam ser vistas como contraditórias ou mesmo antagônicas. Perceber a relevância desta possibilidade de agrupamento ideal implica dar um passo no sentido de torná-lo eficaz e, neste sentido, acenar para a passagem do possível ao real.

Page 45: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

A opção por estudar o campo do terceiro setor permite conhecer e compreender a diversidade

que o permeia e diferenciá-lo do que seja Estado e mercado dentro da lógica do chamado

modelo tri-setorial, considerando que a separação em setores não elimina a interface entre

eles. Scherer-Warren (1999), baseada em Cohen e Arato (1992), coloca que a sociedade civil

é o espaço onde nascem e se desenvolvem associações voluntárias como movimentos sociais

ou populares, ONGs, grupos de mútua ajuda, entidades filantrópicas, entre outras. Mas alerta

que é preciso lembrar que o indivíduo carrega consigo a síntese da vivência e das relações que

estabelece com o mercado e com o Estado. “Por isso, não é possível entender as ações

coletivas da sociedade civil sem pensá-las em seus relações com as outras duas esferas

mencionadas” (p. 43).

Na tentativa de ilustrar o terceiro setor, alguns desenhos expressos por uma das principais

organizações do terceiro setor no país, a RITS – Rede de Informação sobre Terceiro Setor,

deixam evidente esta imbricação entre os três setores:

Figura 3 – Representações do terceiro setor. Fonte: www.rits.org.br (Acesso em 05/09/2000).

Do desenho 1 ao desenho 4 (na Figura 3), percebe-se uma evolução no sentido da articulação

entre as esferas do mercado, do Estado e do terceiro setor. No desenho 1, não existe

articulação entre atores. No desenho 2, o terceiro setor é entendido como a interseção entre

Estado e mercado. No desenho 3, a esfera do terceiro setor já é entendida separadamente e

articulada com o Estado e com o mercado. Mas é no desenho 4 que é incluída toda a gama de

organizações existentes em algum contexto, seja no Estado, no mercado, no terceiro setor ou

as interseções entre eles, numa perspectiva de articulação. Fernandes (1994) colocou que a

inclusão dos partidos políticos no universo de organizações não governamentais seria algo

Page 46: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

questionável, uma vez que os partidos políticos são organizados em função do Estado e

alternam-se em seu controle. Do mesmo modo ele refletiu sobre a inclusão dos sindicatos e

associações patronais, que cumprem também funções de mercado. Pensamento similar pode

ser estendido para as fundações e institutos privados criados e instituídos por empresas pois,

muitas vezes, as ações sociais são utilizadas para fins de promoção da imagem empresarial e,

consequentemente, aumento do lucro. Todos esses exemplos seriam melhor ilustrados não no

campo do terceiro setor puramente, mas nos campos de interseção entre Estado e terceiro

setor ou entre mercado e terceiro setor. Isso ocorre porque as relações interorganizacionais

estão presentes, caracterizando em maior ou menor intensidade as organizações.

3.4 ASPECTOS DE GESTÃO DE ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR

Complementando a reflexão até aqui feita sobre terceiro setor, cabem algumas colocações a

respeito da gestão das organizações que o compõem.

O’Neill (apud FALCONER, 1999) define algumas especificidades relativas às organizações

que o compõem, em comparação com as empresas, e que têm impacto sobre os processos de

gestão desenvolvidos:

(a) Missão: o propósito central das organizações é a provisão de algum bem ou

serviço, não é o lucro, diferentemente do ocorre na iniciativa privada de modo

geral;

(b) Valores: os valores ocupam uma posição central para a missão das organizações,

orientando decisivamente sua atuação;

(c) Resultados: o entendimento e a mensuração dos resultados alcançados pelas

organizações não seguem as práticas empresariais convencionais. Por exemplo, os

indicadores econômicos adotados no mundo empresarial não fazem sentido para

medir o desempenho de uma organização que se propõe a atuar em relação às

mulheres da comunidade local na prevenção de câncer de colo de útero. Medir

impactos sociais não é uma tarefa fácil;

Page 47: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(d) Perfil do trabalhador: os trabalhadores das organizações do terceiro setor podem

ou não ser remunerados. A gestão de voluntários envolve o desafio de manter os

voluntários assíduos na organização, motivados e comprometidos com as

atividades e responsabilidades assumidas;

(e) Ambiente legal: a legislação que regulamenta as organizações do terceiro setor é

diferenciada e possui particularidades em relação a aplicação de recursos e

tributação9;

(f) Governança: diferentemente da iniciativa privada, não existem acionistas ou

sócios via de regra. Portanto, as pessoas não têm poder com base no percentual de

participação das ações ou cotas que possuem. A estrutura de poder e os processos

decisórios atribuem um papel importante aos conselhos das organizações, que

devem ser formados por pessoas voluntárias e não remuneradas;

(g) Aquisição de recursos: diferentemente das empresas, que obtêm seus recursos

essencialmente financeiros através da venda de produtos ou serviços, e do

governo, cujos recursos advêm substancialmente através da tributação, as

organizações do terceiro setor tendem a possuir fontes variadas de recursos:

doações institucionais; doações individuais; recursos governamentais,

empresariais, de outras organizações do terceiro setor; venda de bens ou serviços;

verba de organismos internacionais etc. Por outro lado, tais recursos são mais

incertos, irregulares, requerendo uma capacitação para captação e geração de

recursos;

(h) Complexidade organizacional: as organizações do terceiro setor são tipicamente

mais complexas em decorrência da variedade de serviços prestados, de públicos

atendidos, de fontes de recursos financeiros etc.

Sobre os desafios enfrentados na gestão de organizações do terceiro setor, o trabalho de

Teodósio (2001) é bastante elucidativo quanto aos dilemas e perspectivas vivenciados pelos

gestores de organizações do terceiro setor, desmitificando alguns mitos e evidenciando a

9 No Anexo B pode ser verificado um levantamento sobre legislação referente ao terceiro setor, feito pela Fundação Getúlio Vargas em 2001.

Page 48: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

existência de conflitos em torno de suas ações. Exemplo disso são os dilemas entre: a

necessidade de cumprir prazos e metas a curto prazo e a necessidade de gestão participativa

— que leva tempo — tendo em vista transformações sociais mais amplas; os valores

organizacionais próprios e os valores das organizações financiadoras, que podem tentar uma

cooptação; assegurar auto-sustentação através de produção/venda de produtos/serviços e

conseguir manter o foco na sua missão social — ao invés do foco nas questões comerciais.

Tenório (2001) aponta como principais desafios gerenciais das organizações não

governamentais: contribuírem para o desenvolvimento macro a partir da experiência no

âmbito micro; serem mais transparentes com a sociedade, divulgando suas ações e propostas;

diminuírem a resistência e atuarem de forma participante com o Estado e com o mercado;

estabelecerem diálogo com as esferas governamental e empresarial; obter financiamento

diante do maior direcionamento de recursos para regiões mais necessitadas, como África e

Leste Europeu. Na visão do autor, a superação destes desafios envolve a incorporação de

novos instrumentos gerenciais, tais como: a criação de mecanismos de controle adequados à

avaliação de impacto das ações; a busca de visibilidade pela sociedade (publicidade das

ações); a identificação de áreas de atuação, produto/serviço oferecido e cidadãos-

beneficiários; e a ação por meio de redes. Teodósio (2001) ratifica a formação de parcerias e a

ação em redes, por parte das organizações do terceiro setor, como forma de superação de

limitações operacionais.

Nesse contexto, percebe-se que a noção de parceria, ação conjunta ou rede é sempre colocada

em evidência na atualidade, como fica claro em O’Neill (apud FALCONER, 1999), Teodósio

(2001), Tenório (2001) e em autores citados anteriormente, como Farah (2001), Morales

(1999) e Moura et al. (2001). Diante desse quadro, segue-se uma reflexão sobre terceiro setor

e interorganizações.

Page 49: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

4 TERCEIRO SETOR E INTERORGANIZAÇÕES

Como ficou evidenciado até aqui, a perspectiva de relacionamento interorganizacional do

terceiro setor com o Estado e com o mercado tem aumentado nos últimos anos. Sobre o

relacionamento entre Estado e sociedade civil organizada, com base em Falconer (1999),

alguns autores argumentam que o Estado tem mais poder na relação e, assim sendo, põe em

risco a autonomia, a legitimidade e a proximidade à base popular que caracterizam, de modo

geral, as organizações da sociedade civil. Ou seja, a cooptação pelo Estado seria um processo

inevitável. Diante desta possibilidade, não é na oposição à relação entre Estado e sociedade

civil que os problemas vão se resolver. Pelo contrário, de nada adianta a oposição ao Estado

quando a sociedade deseja ser não um espectador, mas participar ativamente na execução e,

mais do que isto, na elaboração de políticas públicas. Neste processo, o terceiro setor tem

papel fundamental devido ao seu “potencial de inclusão social e política no quadro da

cidadania” (NEDER apud MENDES, 1999a). Com relação ao mercado, pode-se dizer que o

risco de cooptação também existe, uma vez algumas organizações do terceiro setor são

financiadas por empresas ou até mesmo criadas por elas.

O fato é que as relações interorganizacionais acontecem. Mais do que isto, elas acabam por

influenciar nos tipos organizativos que se constituem e, em muitos casos, as instituições do

terceiro setor, do Estado ou do mercado não podem ser consideradas do tipo “puras”,

caracterizando-se então enquanto interorganizações. Mas o que são as relações

interorganizacionais? O que são as interorganizações?

Page 50: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

4.1 INTERORGANIZAÇÕES: UM LEVANTAMENTO TÉORICO

Segundo Fischer (2001), as interorganizações estão presentes no ideário das organizações

complexas estudadas desde os anos 30, por Mary Parker Follet, e em clássicos como Amitai

Etzioni, neo-funcionalistas como Nohria e Eccles, neo-institucionalistas como Weick, March

e Olsen, téoricos de redes como Alter, Hage e Alexander. Todos têm em comum o conceito

recorrente de intersetorialidade e da interorganização como requisito para a

institucionalização de sistemas complexos.

As organizações de hoje estão cada vez mais complexas e articuladas. Como salienta Fischer

(1997), o campo dos estudos organizacionais até pouco tempo se preocupava em estudar

unidades discretas, o que não é mais o caso de qualquer organização contemporânea. “O

processo de desenvolvimento é mobilizado por organizações que trabalham juntas ou por

interorganizações cuja principal característica é a hibridização ou a complexidade”.

(FISCHER, 2002, p. 19). Fischer orienta ainda que a “boa gestão” de hoje remete ao conceito

de governança, que consiste em poder compartilhado ou ação coletiva gerenciada e, portanto,

está “associada a conceitos como participação, parceria, aprendizagem coletiva [...]” (2002, p.

26). Assim sendo, envolve ação interorganizacional.

Entende-se por interorganizações as relações estabelecidas entre organizações necessárias

para o alcance de determinados objetivos. Considera-se, ainda, o conceito de

interorganizações como o “espaço de confluência e interseção de organizações” (FISCHER,

1999). A fim de esclarecer melhor este conceito e as motivações que levam ao

estabelecimento de relações interorganizacionais, torna-se fundamental fazer um apanhado

sobre as teorias acerca deste assunto.

A obra de Alter e Hage (1993) é uma referência neste campo. Estes autores apontam alguns

acontecimentos que colocaram o comportamento cooperativo em evidência, como:

(a) a mudança de foco da eficiência por quantidade (escala) para eficiência por

flexibilidade e inovação. Assim, a grande empresa verticalizada dá lugar a firmas

menores e mais ágeis, atuando de forma interrelacionada;

Page 51: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(b) a integração de objetivos econômicos e políticos, a partir de um reconhecimento

de que o mercado não é apolítico e de que o Estado tem um papel importante na

economia, através, por exemplo, das políticas nacionais de saúde e bem-estar da

população;

(c) a valorização da cultura de confiança a partir da realidade japonesa e das

experiências do Vale do Silício e Itália, baseadas em redes empresariais;

(d) o aumento do nível de complexidade educacional e de cognição, o que facilita ao

indivíduo compreender as redes e implementá-las, quebrando a orientação egoísta

e estabelecendo parcerias para o alcance de metas coletivas;

(e) o rápido avanço do conhecimento e da nova tecnologia, fazendo com que as

organizações unam-se para dividir custos com pesquisas e riscos diversos.

Diante deste cenário, Alter e Hage (1993) relacionam algumas teorias que buscam explicar a

formação de relações interorganizacionais. Primeiramente, destacam a Teoria da Ecologia

Populacional. Esta perspectiva busca explicar porque as organizações crescem ou declinam ao

longo do tempo, de acordo com mudanças ambientais. Neste processo, os sistemas de redes

interorganizacionais funcionam como uma forma institucional que representa uma estratégia

de adaptação e sobrevivência. Quatro estratégias coletivas podem ser adotadas por

organizações para gerenciar seus ambientes (ASTLEY e FOMBRUN, 1983 apud ALTER e

HAGE, 1993):

(a) aglomeração, segundo a qual organizações pequenas com baixa interação

articulam-se em relação às elites políticas para que elas regulem a atuação dos

competidores de larga escala;

(b) confederação, na qual ocorre uma união de indústrias concentradas para que

alcancem metas que, sozinhas, não alcançariam. Por exemplo, pressionarem o

governo na adoção de políticas favoráveis ao grupo;

Page 52: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(c) conjugação, que representa um esforço de organizações de diferentes setores

econômicos no compartilhamento de recursos ou informações que melhorem os

resultados de cada organização;

(d) orgânica, estratégia que envolve o nível mais maduro de relacionamento, do tipo

simbiótico, traduzindo-se em cadeias de organizações trabalhando juntas para o

alcance de um resultado comum.

Já numa abordagem neoclássica, a Teoria da Mão Invisível pressupõe que a cooperação

ocorre, mesmo que não intencionalmente, porque é a base da ordem institucional. As pessoas

cooperam entre si porque sabem que se fizerem diferente, o parceiro pode retaliar. Assim,

surge uma espécie de controle social. Por outro lado, a Teoria da Escolha Racional não

acredita que o equilíbrio é espontâneo, mas decorre de uma escolha. Os indivíduos não

esperam obter ordem social e se afeiçoam ao comportamento “carona”, ou seja, tirar proveito

das vantagens obtidas pelo esforço do outro. Neste caso, o que motiva a ação coletiva é a

solidariedade grupal. As pessoas sentem-se obrigadas a agir de acordo com as normas de

conduta coletivas para ter acesso aos recursos coletivos, abrindo mão de recursos individuais,

deliberadamente.

Outra teoria existente é a Teoria dos Custos de Transação, proposta por Williamson, a qual

pressupõe que os gestores calculam os pontos positivos e negativos das diversas

possibilidades de arranjo institucional, numa atitude consciente e racional. Segundo Etzioni

(1988 apud ALTER e HAGE, 1993), contudo, o cálculo consciente é uma exceção, pois a

racionalidade do ser humano é limitada. Outros fatores influenciam além da performance,

como a complexidade tecnológica ou o simples compromisso de ajudar, o que ele chama de

dimensão moral. Catherine Alter e Jerald Hage ratificam esta dimensão e colocam evidências

da existência de indivíduos que buscam atingir metas coletivas mesmo quando eles próprios

não são beneficiados, dando o exemplo de médicos que se submeteram a um programa

educacional que diminuiu sua autoridade tendo em vista que esta atitude melhoraria o

atendimento aos pacientes. E analisam: “We believe that is an expression of the moral

dimension of human activity” (p. 33). Obviamente, esta perspectiva vai de encontro às teorias

anteriores, pois é desinteressada em termos individuais.

Page 53: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Considerando as teorias expostas até aqui, percebe-se que os principais fatores que motivam a

cooperação interorganizacional são: a predisposição para cooperar; a necessidade de

expertise; a necessidade de recurso financeiro e de compartilhamento de riscos (na

instabilidade, as redes reduzem a incerteza); a necessidade de eficiência adaptativa.

Oliver (1990) propõe uma definição de relações interorganizacionais como sendo transações,

fluxos e ligações relativamente duradouras que ocorrem entre uma organização e uma outra

ou mais organizações no ambiente onde se encontra. Baseada em um levantamento da

literatura sobre o assunto desde os anos 60, ela define seis contingências críticas que podem

determinar o relacionamento interorganizacional:

(a) Necessidade: as relações interorganizacionais são motivadas por ordens emitidas

por autoridades maiores (ex.: legislação). Assim, não ocorrem voluntariamente,

mas por pressão. Ocorrem também relações interorganizacionais voluntárias por

necessidade, em função da escassez de recursos (abordagem da dependência de

recursos);

(b) Assimetria: as relações interorganizacionais são estimuladas pelo potencial de

exercer poder ou controlar outra organização ou os seus recursos. Teorias de

economia política, dependência de recursos, hegemonia de classe/elitismo e

controle financeiro atribuem motivos de poder e controle para o estabelecimento

de relações interorganizacionais;

(c) Reciprocidade: ao contrário da contingência acima (assimetria), uma boa parte da

literatura assume que a formação de relacionamentos baseia-se na reciprocidade.

Neste sentido, cooperação, colaboração e coordenação são mais enfatizados do que

dominação, poder e controle;

(d) Eficiência: a motivação para a formação de relações interorganizacionais é interna

à organização e relaciona-se com o desejo de melhorar a eficiência. A teoria dos

custos de transação tem relação com este fator motivacional, uma vez que as

relações interorganizacionais são formadas com a finalidade de economizar nos

custos de transação;

Page 54: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(e) Estabilidade: outra contingência apontada por Oliver é a estabilidade, ou seja, a

formação de relações interorganizacionais é uma resposta adaptativa para a

amenizar as incertezas do ambiente;

(f) Legitimidade: o estabelecimento de relações interorganizacionais se dá com o

objetivo de a organização demonstrar ou aumentar sua reputação, imagem,

prestígio ou congruência com as normas existentes em seu ambiente institucional.

Oliver coloca que, apesar de cada fator mencionado ser suficiente para, sozinho, motivar um

relacionamento interorganizacional, a decisão de iniciar relações com outras organizações

pode se basear em contingências múltiplas. Por exemplo, legitimidade e reciprocidade podem

ocorrer simultaneamente. Da mesma forma, eficiência pode interagir com estabilidade e

reciprocidade; por exemplo, para aumentar a eficiência, uma organização pode manter

relações estáveis com outra de modo que esta estabilidade facilite a aquisição de recursos

adicionais.

Alter e Hage (1993) avançam a reflexão para a perspectiva de rede, e colocam que as redes

permitem interações interorganizacionais de intercâmbio, ação concertada e produção

conjunta, representando aglomerados organizativos que, por definição, são coletivos não-

hierárquicos de unidades legalmente separadas.

Na concepção de rede, a ausência de hierarquia entre os parceiros é fundamental. O termo

rede deriva do latim rete, que significa entrelaçamento de fios, cordas, cordéis, arames, com

aberturas regulares fixadas por malhas, formando uma espécie de tecido10. Dois elementos

essenciais compõem as redes: os nós e seus respectivos entrelaçamentos.

Cada nó do tecido é estratégico, é fundamental para o todo, mas eles só formam o tecido quando interligados entre si pelas linhas. Além disso, como encarnam em si as idéias de origem e de destino, os nós limitam e, ao mesmo tempo, são pontos a partir dos quais a rede se expande. A transformação da rede dá-se, apenas, pela expansão. Por isso, não há, também, diferenças hierárquicas entre linhas e nós. Só há diferenças de função entre eles – ligação e sustentação, respectivamente – para formar o tecido. (MOURA, 1997, p. 67)

Esta terminologia transpôs-se para o campo das Ciências Sociais, uma vez que os atores e as

organizações podem ser organizados em rede. Moura (1997), através de uma ampla revisão

10 Definição extraída do Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa.

Page 55: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

sobre o tema nesse campo, constatou que diversas são as adjetivações que o termo recebe, a

depender da aplicação:

Da antropologia ressaltam-se, por exemplo, as redes primárias para indicar formas específicas de interação entre indivíduos de um agrupamento. Da sociologia destacam-se as redes sociais, para denominar as múltiplas relações tecidas a partir das ações coletivas. Na geografia têm-se as redes urbanas, que indicam níveis de interdependência e de fluxos entre cidades. (p. 67)

A perspectiva não-hierárquica da rede fica evidenciada, ainda, na classificação e nos desenhos

propostos por Van de Ven (apud HALL, 1984), segundo os quais as relações

interorganizacionais podem ser do tipo:

(a) aos pares (A ⇔ B);

(b) conjunto interorganizacional: a relação dá-se aos pares, entre organizações e um

centro, todas relacionando-se indiretamente em conjunto para atingir um objetivo;

Figura 4 – Conjunto interorganizacional. Fonte: Van

de Ven apud HALL, 1984.

(c) rede: “o padrão total de inter-relações entre um aglomerado de organizações que se

entrelaçam num sistema social para atingir metas coletivas e de auto-interesse ou para

solucionar problemas específicos numa população-alvo”.

Figura 5 – Rede. Fonte: Van de Ven apud HALL,

1984.

A

B

C D

E

A

B

C D

E

Page 56: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Crozier e Ehrard (1977 apud BALESTRIN e VARGAS, 2002) alertam que uma rede ocorre

sobre um campo de ação social anteriormente estruturado e, assim, nenhum ator ocupa

posição neutra dentro de campo de ação da rede. Acrescentam, ainda, que não há modelo

universal de rede — sua forma vai depender das características de campo de ação coletivo

onde se insere — e que a rede é o centro do processo coletivo de aprendizagem que ocorre

dentro do campo de ação coletivo. Machado e Machado (1999, p. 19), numa perspectiva

similar, destacam que

Las redes son el medio más efectivo de lograr una estructura social sólida, armónica, participativa, democrática y verdaderamente orientada al bienestar común (...). Las redes son 'instituciones escuela' en las que sus integrantes aprenden a convivir en paz y democracia, no obstante las naturales diferencias de pensamientos y objetivos.

Marcon e Moinet (2000 apud BALESTRIN e VARGAS, 2002) chamam de rede um conjunto

de pessoas ou organizações interligadas direta ou indiretamente Na tentativa de melhor

compreender a diversidade no campo das relações interorganizacionais, propuseram um mapa

de orientação conceitual baseado em quatro variáveis: hierarquia (rede vertical), cooperação

(rede horizontal), contrato (rede formal) e conivência (rede informal).

(a) Hierarquia: algumas redes têm claramente uma estrutura hierárquica. Por exemplo,

as redes de distribuição que adotam a estrutura de redes verticais para ter uma

maior proximidade do cliente. Este tipo de relação geralmente é estabelecida entre

distribuidor e cadeia de distribuição e entre matriz e filial;

(b) Cooperação horizontal: neste tipo de rede, as organizações envolvidas têm

independência em relação às outras, mas optam por atuarem em rede para criação

de novos mercados, compartilhar custos e riscos etc. São exemplos os consórcios

de compra, as associações profissionais e as redes de lobbying;

(c) Contrato: as redes são constituídas formalmente via contrato, no qual são

estabelecidas regras de conduta para os atores envolvidos. É o caso, por exemplo,

das franquias e das joint-ventures;

(d) Conivência: as redes de conivência são informais, permitindo o encontro de atores

que têm preocupações comuns com base na livre participação.

Page 57: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Assim, esses autores propõem uma tipologia de redes assumindo que a diversidade existente

pode ser contemplada no seguinte modelo:

Figura 6 –Tipos de rede conforme Marcon & Moinet (BALESTRIN e VARGAS, 2002).

Alter e Hage (1993) também demonstram uma preocupação no sentido de compreender as

redes tendo em vista a diversidade existente, e propõem uma análise baseada em cinco

propriedades estruturais das redes: centralidade, tamanho, complexidade, diferenciação e

conectividade.

(a) Centralidade: há a premissa de que as redes interorganizacionais, quando

focalizadas na performance do sistema, desenvolvem núcleos centrais dominantes.

Esta centralidade pode ser detectada, por exemplo, pelo volume de informação que

passa por um dos atores (o centro). Alter e Hage analisaram um sistema de saúde

em rede e constataram que, quando os recursos vêm de uma única fonte, então a

fonte quer controlar as decisões para que possa regular objetivos e custos da

atividade, caracterizando-se como o centro da rede11. Com base em Aiken e Hage

(1968 apud ALTER e HAGE, 1993), também colocam que quanto mais o

orçamento é vinculado a uma fonte única, menor é a inovação;

11 No âmbito do terceiro setor, Hudson (1999) salienta que a fonte principal de recursos financeiros de uma organização impacta a sua liberdade estratégica. As financiadas por doações têm liberdade para determinar o que fazer e de que forma, enquanto aquelas financiadas por contratos e aquelas que recebem subsídios têm maiores restrições. Assim, a abrangência geográfica das ações, o tipo de serviços e as qualificações, por exemplo, podem ser predeterminados.

Rede vertical

Rede horizontal

Rede informal Rede formal

Page 58: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(b) Tamanho: refere-se à quantidade de membros na rede. Alter e Hage levantam as

hipóteses de que quando os sistemas da rede são verticalmente dependentes, há

uma tendência de a rede ter maior tamanho para que possa prover o mix de

serviços requerido, e o mesmo ocorre quando o volume de tarefas é alto;

(c) Complexidade: a complexidade de uma rede é determinada pelo número de setores

de serviços ou produtos diferentes representados pelas organizações membros da

rede. Alter e Hage levantam as mesmas hipóteses referentes à propriedade de

tamanho para a propriedade de complexidade, ou seja, quando os sistemas da rede

são verticalmente dependentes ou quando o volume de tarefas é alto, há uma

tendência de a rede ter maior complexidade;

(d) Diferenciação: é o grau de especialização funcional e de serviço entre as

organizações membros de um rede;

(e) Conectividade: é o número total de ligações entre as organizações da rede. As

hipóteses levantadas para as propriedades de tamanho e complexidade valem

contrariamente para a propriedade de conectividade, ou seja, quando os sistemas

da rede são verticalmente dependentes ou quando o volume de tarefas é alto, há

uma tendência de a rede ter menor conectividade.

Complementando, Alter e Hage defendem a hipótese de que quanto maior a centralidade, o

tamanho, a complexidade e a diferenciação, maiores os níveis de conflito. Porém, quanto

maior a conectividade, menores os níveis de conflito.

No âmbito das redes, tendo em vista a mobilização de recursos e os arranjos voltados para o

interesse público ou coletivo, conforme levantamento feito por Moura (1997), são adotadas

adjetivações como: redes sistêmicas (ALTER e HAGE, 1993); redes de inserção local

(MAUREL, 1991); redes políticas (1994); redes de solidariedade (RANDOLPH, 1994); e

redes de movimentos (SCHERER-WARREN, 1994). Sobre redes sistêmicas, Alter e Hage

(1993) salientam que elas emergiram nos EUA não entre firmas da iniciativa privada, mas

entre organizações de serviço público. São redes que têm como meta solucionar problemas de

ordem supra-sociedade e na qual as interações interorganizacionais são essenciais,

envolvendo, por exemplo, organizações voluntárias para captação de recursos, agências

Page 59: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

estatais locais, organizações de serviço não-lucrativo e empresas. Redes de inserção local

representam uma recomposição das políticas sociais e do papel do Estado e da sociedade civil,

tendo em vista uma articulação dos diversos atores em torno de uma ação pública. Já as redes

políticas representam processos de interação regulares mas pouco formalizados envolvendo os

diversos atores interessados e impactados numa determinada política pública; assim, a rede

constitui um meio para a formulação e negociação de políticas envolvendo o processamento

de divergências e conflitos. Os conceitos de redes de movimentos e de redes de solidariedade

têm relação com processos de transformação social (MOURA, 1997).

Scherer-Warren (1999, p. 50) define as redes de movimentos:

[...] são interações horizontais e práticas sócio-políticas pouco formalizadas ou institucionalizadas, entre organizações da sociedade civil, grupos e atores informais, engajados em torno de conflitos ou de solidariedades, de projetos políticos ou culturais comuns, construídos ao redor de identidades e valores coletivos.

Esta autora defende que a organização em torno de redes significa a superação da visão

tradicional dicotômica de uma sociedade dividida em dois grupos de conflito, ou seja,

significa “[...] admitir a complexidade do social, composto de setores e agrupamentos sociais

heterogêneos, campos de múltiplas contradições, diversidades e discursos plurais, em que

opera não apenas a lógica do conflito, mas também da cooperação e da solidariedade” (p. 51).

Neste contexto, o trabalho de Inojosa (1999) também é bastante elucidativo. Ela propõe uma

tipologia de redes baseada na relação entre os parceiros e no foco de atuação. Quanto à

relação entre os parceiros, as redes podem ser do tipo:

(a) Subordinada: os entes não têm autonomia, são parte de um sistema maior

caracterizado por uma interdependência de objetivos. A articulação independe da

vontade, a exemplo de uma cadeia de lojas;

(b) Tutelada: Os entes têm autonomia e articulam-se por vontade própria, mas

relacionam-se sob a égide de um deles. A interdependência depende da

persistência do ente mobilizador, que tende a ser o locus de controle. Esta relação

tutelada caracteriza a maioria das redes que nascem sob a égide do governo;

Page 60: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(c) Autônoma ou Orgânica: Os entes têm autonomia e a interdependência existe

porque há uma força-mobilizadora por parte de todos. A rede é aberta a quem tem

vontade de pactuar e o controle é compartilhado. Redes comunitárias tendem a

este perfil.

Quanto ao foco de atuação, as redes podem ser de mercado ou de compromisso social:

(a) De Mercado: Têm foco na produção e/ou apropriação de bens e serviços. O

objetivo é complementar ou potencializar os parceiros frente ao mercado, e as

relações oscilam entre a cooperação e o conflito. A relação entre os parceiros

tende à subordinação ou tutela;

(b) De Compromisso Social: Têm como foco questões sociais. O objetivo é

complementar a ação estatal ou suprir sua ausência na solução de problemas

sociais. Os parceiros estão interligados a partir de uma visão comum da

necessidade de ação solidária. Demandam estratégias de mobilização constante

das parcerias e de reedição. A relação entre os parceiros tende a ser autônoma ou

orgânica.

Conforme Inojosa (1999), as redes de compromisso social são tecidas a partir da mobilização

social, a partir da percepção de um problema que rompe ou põe em risco o equilíbrio da

sociedade ou as perspectivas de desenvolvimento social, numa percepção ampliada da

sociedade. Um problema tem diversas facetas, requerendo uma ação interdisciplinar. Alter e

Hage (1993), analisando um arranjo interorganizacional no âmbito da saúde, também apontam

esta abordagem, colocando que os indivíduos e as famílias têm múltiplos problemas e

precisam, portanto, de múltiplos serviços ou tratamentos. Pode-se dizer, então, que se as

organizações oferecem serviços específicos e têm públicos delimitados (foco de atuação),

somente um sistema de referência complexa do beneficiário e a colaboração

interorganizacional tornam possível um atendimento abrangente e efetivo.

Percebe-se que os autores mencionados até então adotam os termos interorganizações,

relações interorganizacionais e rede sob perspectivas ora diferentes, ora convergentes. Rose

Inojosa (1999), por exemplo, assume que rede equivale a relação interorganizacional. Tanto é

assim que ela chama de rede tutelada o que Van de Ven (apud HALL, 1984) denomina

Page 61: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

conjunto interorganizacional e que, para ele, é diferente do conceito de rede. Num conjunto

interorganizacional, não há total ausência de hierarquia nas relações, condição esta necessária

para que ocorra uma relação em rede. Postura semelhante à de Inojosa é adotada por Marcon e

Moinet (2000, apud BALESTRIN e VARGAS, 2002), que chamam de rede um conjunto de

pessoas ou organizações interligadas direta ou indiretamente, não importando se há ou não

hierarquia. Outra curiosidade quando comparadas as definições e os conceitos propostos pelos

autores: as redes de compromisso social, terminologia adotada por Inojosa (1999),

assemelham-se às redes de movimentos propostas por Scherer-Warren (1999).

Diante das diversas visões sobre redes, o termo redes pode ser adotado enquanto metáfora

para as diversas interações entre organizações, sem levar em conta a qualidade destas

interações, mas sim o desenho de rede.

Acrescentando mais uma perspectiva na discussão sobre interorganizações, o trabalho de

Forni (2002) resgata autores como Granovetter, Thorelli, Perrow, Poldony e Page, Powell e

Trist para tratar do conceito de organização-rede ou rede interorganizacional. “Uma

organização-rede é aquela na qual um número de sujeitos mantém relações de intercâmbio

entre si de forma reiterada, duradoura e, simultaneamente, carece de autoridade estabelecida

para arbitrar e resolver disputas que possam surgir durante o intercâmbio” (baseado em

POLDONY e PAGE, 1998 apud FORNI, 2002, p. 3). Nesta abordagem, princípios de

confiança e reciprocidade são a base das relações, uma vez que não existem contratos nem

aspectos legais formalmente envolvidos. As redes interorganizacionais seriam diferentes de

meras relações interorganizacionais porque elas “constituem sistemas sociais funcionais que

ocupam uma posição no espaço social entre a sociedade como um todo e a organização

individual”. (baseado em TRIST, 1983 apud FORNI, 2002, p. 3)

Aproxima-se da idéia de organização-rede o que Pfeffer e Nowak (1976, apud HALL, 1984,

p. 175) chamam de empreendimento conjunto, ou seja, “a criação de uma nova organização

por organizações que se reúnem numa sociedade.”

Finalizando esta seção, cabe esclarecer a seguinte questão: por que se optou por estudar as

organizações do terceiro setor sob a perspectiva interorganizacional? Os argumentos

elencados por Nohria (1992), expostos a seguir, servem para justificar a opção:

Page 62: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(a) Todas as organizações estão em redes sociais de relacionamento e precisam ser

entendidas e analisadas como tais;

(b) O ambiente organizacional pode ser visto como uma rede de outras organizações;

(c) As ações (atitudes e comportamentos) dos atores nas organizações podem ser

melhor explicadas em termos de suas posições nas redes de relacionamento que

estabelecem;

(d) Redes definem ações e, por outro lado, são modeladas por elas;

(e) A análise comparativa de organizações deve levar em conta suas características de

rede.

4.2 TERCEIRO SETOR: UM CAMPO FÉRTIL PARA A ANÁLISE DE

INTERORGANIZAÇÕES

O terceiro setor, entendido como um espaço privilegiado de solidariedade, tem na cooperação

um componente essencial. Não que os conflitos não existam, mas a lógica principal, ao menos

em tese, é da cooperação. Se o interesse no lucro não existe e o foco é atender às demandas

sociais, as organizações deste universo podem estabelecer parceria não apenas com

organizações que tenham competências distintas, mas com uma entidade semelhante para, por

exemplo, encaminhar usuários que sua capacidade não permite atender. Esta atitude não é tão

comum no âmbito da iniciativa privada, pois equivaleria a encaminhar potenciais clientes para

um concorrente e arriscar-se a perder participação de mercado.

Um argumento que favorece o estudo do terceiro setor sob a perspectiva das interorganizações

é o fato de que, quando se trata de resolver problemas e atender a demandas sociais, deve

haver interdisciplinariedade e, como já foi colocado anteriormente, somente um sistema de

referência complexa do beneficiário torna possível um atendimento abrangente e efetivo. Para

tanto, a cooperação interorganizacional torna-se necessária.

Page 63: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Alter e Hage (1993), ao analisarem uma rede de organizações nos EUA, verificaram que as

organizações de serviço público sofrem o problema de falta de capital/fundos, o que força

uma busca por recursos junto ao governo e à comunidade. Portanto, há uma necessidade de

estabelecer relações interorganizacionais por questões financeiras. Esta é a realidade que

assola grande parte das organizações do terceiro setor, que dependem de recursos financeiros

em maior ou menor grau a depender do serviço prestado e do público atendido.

Ademais, o próprio surgimento de muitas organizações do terceiro setor remete a uma

reflexão no âmbito das redes, ainda que não seja necessariamente numa perspectiva

interorganizacional. Com base em Fontes (1999), verifica-se que muitas organizações surgem

a partir da construção de redes sociais centradas nos processos de sociabilidade vividos pelos

indivíduos em seu cotidiano. Ele se baseia em autores como Granovetter e Goudbout, que

refletem sobre a estruturação dos laços sociais a partir dos indivíduos, os quais originam os

processos da dádiva caracterizados por laços fortes e estruturam as redes de reciprocidade.

Estas redes de reciprocidade são redes de solidariedade que constituem instrumento

importante para enfrentar situações adversas de pobreza, insegurança econômica e crise na

prestação de serviços públicos pelo Estado.

Scherer-Warren (1999) contribui bastante para uma percepção do terceiro setor sob a ótica das

interorganizações. Em seus estudos sobre redes de movimentos, ela atribui algumas causas

para o surgimento de inúmeras redes de ONGs e movimentos sociais a partir dos anos 90,

destacando as seguintes:

- as transformações nos sistemas políticos latino-americanos, permitindo a busca de visibilidade pública das ONGs mais militantes, juntamente com o interesse em ampliar a atuação da sociedade civil num momento de democratização;

- fatos históricos relevantes com impacto social, que têm estimulado a autodeterminação da sociedade civil em participar na solução de problemas sociais e políticos (como o terremoto no México, em 1985; a programação da Eco-92 para o Brasil; o processo de impeachment do Presidente Collor etc.);

- o desenvolvimento tecnológico que tem agilizado a comunicação e a formação de redes informatizadas, permitindo o uso de correios eletrônicos, formação de banco de dados e publicações produzidas de forma mais rápida e econômica;

- a crise das utopias tradicionais da esquerda e dos respectivos paradigmas de interpretação, que atribuíam centralidade a um sujeito histórico privilegiado e agora abrem espaço para a busca de novas formas de atuação política por intermédio de atores plurais;

- um movimento internacional que vem estimulando e apoiando a formação de redes transnacionais entre ONGs e movimentos sociais. (p. 51)

Page 64: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Analisando a realidade na América Latina, Scherer-Warren propõe uma classificação para as

redes considerando os diversos tipos de articulação envolvendo ONGs:

(a) Redes temáticas: as organizações são conectadas em torno de temas específicos,

como ecologia, saúde, mulher, negro, infância etc.

(b) Fóruns de ONGs: as ONGs de determinada região (escalas local, regional,

nacional ou mesmo mundial) articulam-se através de seus representantes para a

articulação interorganizacional de programas de ação, estratégias, projetos comuns

etc.;

(c) Associações de ONGs: várias ONGs se filiam a uma associação para se

articularem e promoverem intercâmbios, semelhante ao que ocorre nos fóruns.

Neste caso, contudo, há uma maior institucionalização;

(d) Redes de informação e de reflexão: criadas para a difusão de informações para

ONGs, movimentos sociais e cidadãos, a exemplo das agências alternativas de

notícias, boletins eletrônicos, websites diversos, publicações etc. São exemplos a

RITS – Rede de Informação sobre Terceiro Setor (www.rits.org.br) e a ISTR –

International Society for Third Sector Research (www.istr.org);

(e) Interface de experiências: significa a união de ONGs locais, representantes de

problemas diversos, para o desenvolvimento de um projeto comum (ex.: projeto de

reforma urbana). Este tipo de rede se assemelha bastante ao fórum de ONGs,

porém, não é uma articulação esporádica.

Ainda segundo Scherer-Warren (1999, p. 52), as ONGs que participam de redes podem

participar de múltiplas redes simultaneamente. Deste modo, ocorre um “fenômeno de

articulações que assume a forma de uma rede de redes”.

Assim sendo, o universo organizacional do terceiro setor mostra-se bastante rico para uma

reflexão sobre o tema das interorganizações. Segue-se, pois, uma análise de organizações com

ênfase no referencial apresentado sobre terceiro setor e, consideradas as limitações do estudo,

sobre interorganizações.

Page 65: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

5 O TERCEIRO SETOR EM SALVADOR-BAHIA

5.1 CARACTERIZANDO AS ORGANIZAÇÕES PESQUISADAS

As 180 organizações elencadas no capítulo “A Condução do Estudo” foram analisadas

conforme as questões constantes no Apêndice A12 e considerando, ainda, o cruzamento de

questões proposto no Apêndice B. Além delas, mais duas organizações constavam no rol de

organizações pesquisadas, mas foram eliminadas da análise por se tratarem de cooperativas

não populares e, portanto, não integrantes do terceiro setor — Cooperativa de Profissionais

das Artes (COOPERARTE) e Cooperativa Nacional de Assessoria e Planejamento (CONAP).

Segue um quadro com os tipos de organização pesquisadas:

Tipo de organização Quant. % Sociedade civil sem fins lucrativos ou associação civil sem fins lucrativos 102 56,7 Igrejas ou associações religiosas 32 17,8 Sindicatos ou associações profissionais 19 10,6 Institutos privados 06 3,3 Federações ou congregações 05 2,8 Fundações privadas 04 2,2 Partido político 01 0,6 Não possui registro na Receita Federal (CNPJ), ou seja, não são legalizadas 09 5,0 Programa/projeto independente (ligado a uma organização formal para fins de gestão financeira de recursos)

02 1,1

Total 180 100

Tabela 1 – Tipos de Organizações do Terceiro Setor Pesquisadas

12 Nem todas as questões constantes no roteiro foram analisadas para efeito desta dissertação. É o caso, por exemplo, das questões referentes a “Acesso e Uso da Internet”.

Page 66: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Observa-se que a maioria das organizações pesquisadas são do tipo sociedade civil sem fins

lucrativos ou associação civil sem fins lucrativos. Apenas um partido político foi entrevistado,

o que certamente não é representativo do universo.

Considerando a legislação vigente13, algumas figuras constantes na Tabela 1 não existem

juridicamente. É o caso dos institutos que, juridicamente, podem ser registrados como

sociedade civil sem fins lucrativos, associação civil sem fins lucrativos ou fundação privada.

Além disto, foram entrevistadas organizações que não possuem registro formal na Receita

Federal, mas que atuam com regularidade e são institucionalizadas.

Em síntese, as organizações foram entrevistadas quanto a dados cadastrais gerais, abrangência

geográfica das ações, áreas de atuação, serviços prestados, projetos desenvolvidos, públicos-

alvo atendidos, perfil dos trabalhadores, perfil do principal dirigente, inclusão digital,

consolidação de parcerias, fontes de recursos financeiros, orçamento anual, participação em

“espaços de articulação interorganizacional” e principais dificuldades enfrentadas.

Em relação ao ano de fundação das organizações, 21,6 % foram criadas até 1959, sendo que

apenas quatro surgiram antes de 1900 e duas delas, de cunho religioso, são do século XVI

(Mosteiro de São Bento – 1582 e Santa Casa de Misericórdia da Bahia – 1549). Foram

constituídas entre 1960 e 1979, 18,3% das organizações pesquisadas; de 1980 a 1989, 23,9%

das organizações; a partir de 1990, foram criadas 36,1% do total pesquisado. Percebe-se que a

realidade constatada condiz com estudos anteriores que apontam que o crescimento do

terceiro setor no Brasil ocorreu após os anos 60 e que a Constituição Federal de 1988 e a

Reforma do Estado proposta em 1995 podem ter contribuído para o surgimento de novas

organizações. Este fenômeno se relaciona também com o fortalecimento do discurso

neoliberal, ou seja, de que o Estado está reduzindo sua atuação e, neste contexto, o terceiro

setor cresce para atender a demandas sociais não atendidas pelo Estado.

Quanto à abrangência geográfica das ações, a maioria das organizações atua no âmbito

estadual (39,4%), o que é compreensível uma vez que a pesquisa foi realizada na capital do

Estado da Bahia e que a grande parte das organizações de atuação nacional e internacional

13 Para esclarecimentos sobre algumas figuras jurídicas do terceiro setor, ver Anexo A.

Page 67: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

encontram-se no eixo Rio de Janeiro – São Paulo14. Em nível nacional, atuam 18,3% das

organizações; 16,7% atuam no âmbito municipal; 16,1%, na própria comunidade onde a

organização está situada e, em geral, são associações de bairro ou associações comunitárias;

5,6% atua no âmbito internacional e 3,9% atua na Região Metropolitana de Salvador, que

engloba 10 municípios.

Em relação às áreas de atuação das organizações, foram dadas múltiplas respostas tendo em

vista que a efetividade das ações, muitas vezes, requer a atuação em mais de uma área

específica. Deste modo, as organizações atuam conforme o quadro a seguir:

Área de atuação Quant. % Educação/Profissionalização/Capacitação 126 70,0 Cidadania 100 55,6 Infância e Adolescência 76 42,2 Arte e cultura 75 41,7 Saúde 68 37,8 Assistência social 67 37,2 Direitos humanos/civis ou Justiça 66 36,7 Organização e participação popular 52 28,9 Combate à violência 48 26,7 Lazer 47 26,1 Religião/Ecumenismo 47 26,1 Prevenção/combate às drogas 44 24,4 Geração de trabalho e renda 42 23,3 Voluntariado 42 23,3 Políticas públicas 39 21,7 Comunicação 35 19,4 Meio ambiente 32 17,8 Desenvolvimento local sustentável 27 15,0 Gênero 18 10,0 Relações internacionais 13 7,2 Economia popular 11 6,1 Questão agrária/Movimentos rurais 11 6,1 Outros 4 2,2

Tabela 2 – Áreas de Atuação das Organizações Pesquisadas15

14 Segundo Kanitz e Engel, a distribuição das entidades beneficentes segue a lógica da distribuição de renda no Brasil, ou seja, “estão concentradas no eixo Rio-São Paulo, longe dos bolsões de pobreza do Norte e Nordeste.” (Stephen Kanitz e Wanda Engel. In: terceiro setor herda distorções do Brasil. Jornal Folha de S. Paulo, 01/04/2001, Especial 6) 15 A opção “Questões Urbanas” foi colocada no instrumento de coleta de dados a pedido da RITS, parceira nesta fase da pesquisa. Contudo, não foi considerada nesta análise por se tratar de uma resposta vaga e abrangente.

Page 68: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Apenas 15 organizações pesquisadas apontaram apenas uma única área de atuação. As demais

apontaram duas ou mais áreas de atuação.

Percebe-se que a maioria das entidades atua na área de Educação, Profissionalização e/ou

Capacitação, perfazendo um total de 70%. Uma análise léxica dos exemplos de projetos

fornecidos pelas organizações mostra que a palavra “educação” é a que mais aparece, seguida

de “criança”, “capacitação” e “curso”. A opção “Questão agrária/Movimentos rurais” só foi

indicada por organizações que atuam nos âmbitos internacional, nacional ou estadual, o que

condiz com o fato de Salvador, capital do Estado, ser uma cidade urbana.

No âmbito dos serviços prestados pelas organizações, também foram fornecidas respostas

múltiplas, conforme quadro a seguir:

Serviços Prestados Quant. % Capacitação profissional 88 48,9 Campanhas de esclarecimento/Mobilização 72 40,0 Atenção à saúde/Combate a doenças 66 36,7 Educação popular 66 36,7 Combate à discriminação/preconceito 65 36,1 Defesa dos direitos 59 32,8 Organização comunitária 58 32,2 Capacitação de lideranças 49 27,2 Pesquisas e estudos 46 25,6 Assessoria 43 23,9 Alfabetização 40 22,2 Banco de dados/Documentação/Informação 22 12,2 Crédito/microcrédito 9 5,0 Experimentação/Difusão de tecnologia 7 3,9 Desenvolvimento tecnológico 6 3,2 Educação à distância 6 3,3 Outros 25 13,9

Tabela 3 – Serviços Prestados pelas Organizações Pesquisadas

Apenas 18 organizações pesquisadas apontaram apenas um único tipo de serviço prestado. As

demais apontaram dois ou mais tipos de serviços.

Cabe esclarecer que o item “Educação popular” abarca atividades diversas com foco na

educação, como por exemplo oficinas de arte-educação, aulas de percussão, dança, capoeira.

Das organizações que atuam combatendo a discriminação ou o preconceito e especificaram a

atuação, a maioria atua contra a discriminação existente em relação à raça negra, tendo em

Page 69: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

vista a reduzir a desigualdade social; em segundo lugar, está o combate à discriminação contra

o portador de deficiência; em seguida, encontra-se o combate ao preconceito aos portadores

do vírus da AIDS; as demais causas citadas são combate ao preconceito contra “meninos de

rua”, ex-presidiários, usuários de drogas, mulheres e prostitutas. O item “Outros” envolve

serviços como: creche, alojamento de estudantes, abrigo para idosos, doações de roupas e/ou

alimentos, ensino fundamental, ensino médio, clube de lazer.

O público-alvo atendido pelas organizações, assim com as áreas de atuação e os serviços

prestados, também pode ser diversificado.

Beneficiários Quant. % Adolescentes/Jovens 99 55,0 Sociedade em geral 80 44,4 Adultos 68 37,8 Crianças 67 37,2 Estudantes 58 32,2 Moradores do local 51 28,3 Mulheres 50 27,8 Membros da própria entidade 43 23,9 Homens 36 20,0 Classe trabalhadora 34 18,9 Idosos 34 18,9 Negros 33 18,3 Lideranças 30 16,7 Desempregados 29 16,1 Deficientes/Portadores de necessidades especiais 24 13,3 Vítimas de violência 23 12,8 Vítimas de discriminação 22 12,2 Homossexuais 17 9,4 Portadores de DST/HIV (AIDS) 16 8,9 Usuários/Dependentes de drogas 14 7,8 Presidiários 9 5,0 Comunidade indígena 7 3,9 Outros 13 7,2

Tabela 4 – Públicos Atendidos pelas Organizações Pesquisadas

Do total pesquisado, 48 organizações atuam com apenas um público-alvo específico. Deste

número, 18 organizações atendem à sociedade em geral, 10 atendem a moradores do local e

sete atendem a classe trabalhadora, categorias que são abrangentes por si só.

Page 70: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Cabe ressaltar que a categoria “membros da própria organização” foi mencionada não apenas

por organizações do tipo member-serving, mas também por entidades que desenvolvem ações

com público externo e, secundariamente, promovem ações voltadas a seus colaboradores. Na

categoria “Outros” foram mencionados as famílias e, em seguida, os turistas.

Perguntadas sobre a quantidade de beneficiários atendidos, 89% soube especificar a

quantidade de pessoas beneficiadas pelas suas ações, ainda que muitas organizações o

soubessem de forma fragmentada, em relação a uma parte dos projetos implementados.

Sobre o perfil de trabalhadores das entidades, verificou-se que 40,6% das organizações não

possuem contratados no seu quadro de pessoal. Das que mais possuem voluntários, destacam-

se o Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil na Bahia, com 4 mil, a Primeira Igreja

Batista do Brasil, com 1 mil e a Pastoral do Menor, com 700 voluntários. Das organizações

que possuem mais de 100 voluntários, mais de 60% têm cunho religioso. Por outro lado, 25%

das organizações declararam não possuir nenhum trabalhador voluntário.

Analisando o perfil dos dirigentes, identificou-se que:

- 66,7% dos dirigentes das organizações são do sexo masculino;

- Quanto ao nível de escolaridade, 63,9% têm nível superior completo, 3,9% têm curso

técnico profissionalizante, 25% têm o 2o grau, 6% têm o 1o grau e um dirigente (0,6% das

respostas) tem apenas a alfabetização. Quanto à idade, 30,6% têm entre 41 e 50 anos,

22,8% têm entre 51 e 60 anos, 20,6% têm entre 31 e 40 anos e 20% possuem mais de 60

anos. Um dos dirigentes possui 20 anos e trabalha numa organização situada no ambiente

universitário, voltada para intercâmbio de estudantes no nível internacional;

- Cerca de 35% dos dirigentes das 180 organizações pesquisadas têm como principal

atividade profissional a gestão da própria instituição.

Em relação ao orçamento anual das organizações (ano base: 2001), 32,2% dos entrevistados

não quiseram revelar a informação — esta foi a questão com maior índice de não resposta.

Cerca de 5,6% das organizações trabalham com um orçamento inferior a 10 mil reais; 14,4%

têm um orçamento entre R$ 10 e R$ 50 mil; 12,8%, maior ou igual a R$ 50 e menor que 100

mil; 8,3% têm um orçamento entre R$ 100 e 200 mil; 10,6%, entre 200 e 500 mil; 7,2%

Page 71: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

trabalham com recursos financeiros iguais ou superiores a R$ 500 mil e inferiores a R$ 1

milhão e 8,9% trabalham com R$ 1 milhão ou mais. A média de orçamento das organizações

é de R$ 1,7 milhões, mas há duas organizações que provocam distorção: a Santa Casa de

Misericórdia da Bahia (SCMBA), com orçamento anual de R$ 90 milhões (sobretudo devido

aos recursos referentes ao Hospital Santa Isabel, que lhe pertence); o SEBRAE-BA Sede

Geral, organização para-estatal cujos recursos (R$ 67 milhões) são oriundos de contribuições

sociais repassadas pelo governo federal. Ao retirar estas duas organizações da análise, a média

orçamentária é de R$ 482 mil.

As organizações também foram entrevistadas quanto ao nível de inclusão digital. Apenas

duas organizações não forneceram nenhum número de telefone para contato, mas uma

quantidade maior não tem linha telefônica própria da organização. Em relação a informática,

76,1% das entidades possui computador, sendo que quatro delas, também no grupo das de

maior orçamento, possuem mais de 50 equipamentos. Percentual igual utiliza a Internet, e

deste grupo 84% tem computador conectado na própria organização; as demais têm acesso à

Internet de outros lugares, a maioria das residências dos próprios membros da organização e

uma parcela menor das pessoas acessa em organizações parceiras, centro público, cibercafé

ou no ambiente trabalho, quando tem outra atividade profissional.

Em se tratando das relações interorganizacionais, apesar de evidenciarmos a sua

importância no campo do terceiro setor, verifica-se que ainda existem organizações (11,7%)

que afirmaram não trabalhar em parceria com outras para desenvolverem ações e projetos. As

demais organizações estabelecem parcerias conforme o quadro abaixo:

Organizações Parceiras Quant. % ONGs, associações ou organizações comunitárias 99 55,0 Órgãos da administração pública municipal 80 44,4 Órgãos da administração pública estadual 78 43,3 Empresas privadas 69 38,3 Órgãos da administração pública federal 56 31,1 Redes, fóruns ou federações de organizações 49 27,2 Organismos internacionais 38 21,1 Sindicatos ou associações profissionais 38 21,1 Empresas públicas 34 18,9 Outros 19 10,6 Nenhuma 21 11,7

Tabela 5 – Perfil das Relações de Parcerias Estabelecidas pelas Organizações Pesquisadas16

16 Uma organização não respondeu esta questão.

Page 72: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Apenas 27 organizações das que realizam parceria mencionaram somente um tipo de

organização parceira; todas as outras estabelecem parceria com dois ou mais tipos

organizacionais distintos e, portanto, marcaram mais de uma opção na questão sobre

organizações parceiras.

Dos organismos internacionais mencionados, destacam-se a União Européia, com quatro

respostas, a Ágata Esmeralda (Itália) e a Misereor (Alemanha), atuando em parceria com três

organizações, e organismos como Childhope (Inglaterra), Adveniat (Alemanha), Handicap

International, Ministério das Relações Exteriores da Itália e USAID (EUA), todos citados

duas vezes diferentes como parceiros. A Alemanha e a Itália aparecem como os países que

mais se relacionam com as organizações pesquisadas, considerando os organismos

internacionais por elas destacados.

Page 73: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

- ABC - ACAT - Adveniat (Alemanha) - Agência Internacional de Cooperação do

Campo Ecumênico - Agências internacionais relacionadas com o

combate/controle da AIDS - Associação Mundial dos Bandeirantes - Associação Nossa Senhora Aparecida -

ANSA (EUA) - Banco Mundial - BID - Bureau Internacional de Escotismo - Cáritas Alemã - Cáritas Belga - Cáritas Holanda - Cáritas Itália - Cáritas Suiça - Childhope (Inglaterra) - Children´s Project Germany (Alemanha) - Christian Aid (Reino Unido) - CISS - Cities Aliance - Communities Foundation of Texas - Conferência Episcopal Americana - CRS

(EUA) - Conferência Episcopal Italiana - CEI (Itália) - Consulado do Japão - Cooperativa Sueca para o Terceiro Mundo –

UVB - ECLOF (Suíça) - Estrela

- Fundação de Cegos da Espanha - Fundação para o Desenvolvimento da

Comunidade (Moçambique) - Fundacion de France - Für Favelaking (Suíça) - Handicap Internacional - Hospital de Lombardia (Itália) - ICEM - KAMA - Kirch in Not (Alemanha) - Legambiente - Lions Club - MFC (América Latina) - Ministério das Relações Exteriores -

MAE (Itália) - Misereor (Alemanha) - Movimento Missionário - NOVIBI - ONU - OPAN (Itália) - Pão para o mundo - Brat fur die welt

(Alemanha) - POMMAR/USAID - Projeto Ágata Esmeralda (Itália) - The Friends of Bagunçaco (New

York/EUA) - The Winged Horse Trust - UICN - UNAIDS - União Européia - UNICEF - USAID

Figura 8 – Parceiros Internacionais das Organizações Pesquisadas

No grupo “Outros parceiros”, as universidades17 são mencionadas como parceiros por 14

organizações.

Em relação às fontes de recursos financeiros, as organizações obtêm recursos para

financiarem seus projetos e a própria instituição conforme o gráfico seguinte:

17 As universidades públicas também foram consideradas no grupo “Outros Parceiros”, e foram maioria nas respostas em relação a universidades privadas.

Page 74: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Figura 8 – Fontes de Recursos Financeiros das Organizações Pesquisadas18

Há uma grande diversidade em relação às fontes de recursos financeiros. Há, por exemplo,

seis organizações que vivem com recursos exclusivamente oriundos de organismos

internacionais (agências, ONGs, fundações), incluindo neste universo desde organizações

com abrangência das ações no âmbito nacional até entidades que atuam restritamente no nível

local/comunitário. Além disto, mais três organizações pesquisadas têm 90% dos recursos

oriundos de organismos internacionais e uma outra organização tem 95%, caracterizando-se

também uma forte situação de dependência financeira nesse âmbito.

Existem cinco organizações que se sustentam apenas com recursos financeiros oriundos do

governo federal, como é o caso das organizações para-estatais pesquisadas que recebem

recursos oriundos de arrecadação tributária, legalmente previstos. A maioria das organizações

ambientalistas pesquisadas recebe algum recurso do governo federal, através do Ministério do

Meio Ambiente. Os órgãos mais mencionados na instância federal foram o Ministério da

Saúde e o Ministério do Meio Ambiente, financiando, respectivamente, 23,5% e 14,7% das

organizações que possuem parceria com o governo federal. Outros ministérios foram

mencionados em menor grau (Ministério da Justiça, Ministério da Cultura, Ministério da

Previdência e Assistência Social e Ministério do Trabalho). Foi também mencionado, por

18 Quatorze organizações não informaram as fontes financiadoras.

55,0%

31,7%

20,0%

19,4%

18,9%

17,2%

13,9%

11,7%

2,8%

2,8%

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

Doações e contribuições (pessoa física ou associados)

Fabricação/Venda de produtos ou serviços

Organismos internacionais

Governo estadual

Governo federal

Governo municipal

Empresas privadas nacionais

Outras fontes

Fundações ou institutos privados nacionais

Fundações ou institutos privados internacionais

Page 75: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

35,3% do total que mantém parceria com o governo federal, o Programa Comunidade

Solidária, que se caracteriza pelo foco na parceria entre Estado e sociedade civil. Na maioria

dos casos, os recursos foram destinados para atividades de capacitação de jovens. Vale

salientar que a lógica deste programa centra-se nas relações interorganizacionais: o governo

federal financia os gastos de infra-estrutura do Conselho do Comunidade Solidária, mas os

recursos destinados ao financiamento das ações e projetos são captados junto a parceiros

públicos e privados19.

Do total de organizações que recebe recursos financeiros do governo estadual, 25,7%

menciona a Secretaria da Fazenda como órgão doador. A maioria desses recursos provêm do

Programa “Sua Nota é um Show de Solidariedade”, que tem como objetivo principal

aumentar a arrecadação tributária do Estado incentivando a população a cobrar as notas fiscais

dos estabelecimentos. Quanto mais notas fiscais emitidas, maior é a arrecadação tributária e o

repasse financeiro às instituições cadastradas no programa. Em seguida, 22,8% das

organizações que mantêm parceria com o governo estadual destacam a Secretaria de Trabalho

e Ação Social (SETRAS), 11,4% destacam a Secretaria de Cultura e Turismo (SCT) e

percentual equivalente destaca a Empresa Baiana de Turismo (Bahiatursa). Outras secretarias

foram indicadas como financiadoras, mas em menor nível — Secretaria de Saúde (SESAB),

Secretaria de Educação, Secretaria da Administração (SAEB), Secretaria de Planejamento e

Tecnologia (SEPLANTEC). Vale salientar que a Secretaria de Cultura e Turismo do Governo

da Bahia possui um programa intitulado FazCultura (mencionado por três organizações)

articulado diretamente com a Secretaria da Fazenda e com empresas privadas através de

repasse de ICMS e de recursos privados para projetos culturais. Este tipo de financiamento

segue a lógica interorganizacional, pois envolve órgãos do governo articulados entre si e com

empresas para patrocinar o terceiro setor.

No âmbito do governo municipal, 45% dos que recebem recursos da prefeitura municipal

identificaram a Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (SETRADS) como órgão

financiador. Das 31 organizações que recebem recursos oriundos da prefeitura, cerca de 13%

destacou a Secretaria Municipal de Educação.

Das organizações financiadas por empresas nacionais privadas, três são mantidas apenas por

esses recursos. Dentre o restante, interessante notar que a organização que mais possui

19 Fonte: www.comunidadesolidaria.org.br. Acesso em Ago./2002.

Page 76: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

empresas privadas como doadores de recursos (nove foram citadas) atua no âmbito do

jornalismo. Não é possível afirmar que as empresas sejam atraídas para a parceria em busca

de visibilidade, mas isso é provável, considerando o poder de divulgação e formação de

opinião que a imprensa possui.

Das entidades que recebem recursos de fundações ou institutos privados nacionais, duas

mencionaram o Instituto Airton Senna e outras duas, o Instituto C & A. Sobre as organizações

financiadas por fundações ou institutos privados internacionais, duas mencionaram a

Fundação Ford e organizações como Fundação MacArthur, Communities Foundation of

Texas e Fundação Humana Progresso (Itália) também foram destacadas.

As organizações da sociedade civil que fabricam ou vendem produtos ou serviços

mencionaram como principais atividades: venda de camisas ou artigos diversos em lojas

(nove organizações), venda de livros (oito organizações), mensalidade de alunos (sete

organizações), aluguel de imóvel (sete organizações), realização de eventos (sete

organizações), realização de cursos/seminários (sete organizações). Outras atividades diversas

foram citadas, como realização de shows, bloco carnavalesco, taxa de retorno decorrente de

empréstimo, realização de bazar, serviços típicos de Igreja (casamentos, missas, batismo) etc.

O fabrico ou a venda de produtos ou serviços constitui única fonte de recursos financeiros de

17 organizações pesquisadas. Deste total, 35% refere-se a escolas, as quais recebem recursos

financeiros através da cobrança de mensalidades de alunos, e 23,5% refere-se a aluguel de

imóvel ou espaço físico. A maioria das organizações que fabricam ou vendem produtos ou

serviços exerce tal atividade para garantir a sustentação da sua missão social. Por outro lado,

não se evidencia missão social em alguns casos. Cabe destacar uma organização, que tem

recursos financeiros decorrentes de atividades de elaboração e execução de projetos de

consultoria e treinamento para empresas e não mencionou no rol de projetos nenhum com

foco social específico. Apesar de viver exclusivamente da venda de serviços que não têm

caráter social no sentido da filantropia nem da geração de algum benefício social aos

membros que a constituem, esta organização é registrada como uma organização da sociedade

civil sem fins lucrativos e, por isso, consta em cadastros de organizações do terceiro setor. De

fato, assemelha-se muito mais a uma organização da iniciativa privada.

Page 77: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Das entidades que recebem recursos através de doações de pessoa física ou contribuições de

associados, 39 mantêm-se com 100% de recursos desta natureza, quatro entidades recebem

95% de recursos também desta forma e cinco organizações têm 90% dos recursos financeiros

obtidos via doações de pessoa física ou contribuições de associados. A autonomia delas não

fica prejudicada, uma vez que são muitas as pessoas que colaboram, no caso de doações de

pessoa física, e que há uma garantia estatutária no caso de contribuição de associados.

Finalmente, as “Outras fontes” mencionadas referem-se a empresas públicas como a CAIXA

e a Petrobrás e outras organizações do terceiro setor, como Igrejas e entidades religiosas, a

Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), o Serviço Social da Indústria (SESI), o Centro

Educacional de Tecnologia em Administração (CETEAD) e o Serviço de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas (SEBRAE). Percebe-se que algumas organizações pesquisadas foram

mencionadas como fontes de financiamento de outras.

Vê-se que a análise das fontes de recursos financeiros das organizações, assim como a

existência de parcerias para o desenvolvimento de ações e projetos, revela a existência de

relações interorganizacionais. Outra questão que reflete neste ponto é a participação em

“espaços de articulação interorganizacional”20, como é o caso de fóruns, conselhos

(municipal, estadual ou federal), orçamento público participativo e Agenda 21 (iniciativa para

discussão sobre desenvolvimento sustentável).

Espaço de Articulação Interorganizacional Participa Apenas conhece Não conhece Conselho 39 (21,7%) 27 (15,0%) 114 (63,3%) Fórum 39 (21,7%) 26 (14,4%) 115 (63,9%) Agenda 21 17 (9,4%) 18 (10,0%) 145 (80,6%) Orçamento Público Participativo 3 (1,7%) 29 (16,1%) 148 (82,2%) Planejamento municipal 15 (8,3%) 26 (14,4%) 139 (77,2%) Planejamento Regional/Estadual 9 (5,0%) 17 (9,4%) 154 (85,6%) Planejamento Federal 8 (4,4%) 15 (8,3%) 157 (87,2%) Outras Iniciativas 12 (6,7%) 6 (3,3%) 162 (90,0%)

Tabela 6 – Participação em Espaços de Articulação Interorganizacional

Do total de organizações pesquisadas, verifica-se que:

20 Neste grupo estão inclusos os diversos tipos de articulação entre ONGs propostos por Scherer-Warren (1999).

Page 78: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

• 97 delas (54%) declaram não participar de nenhum dos tipos de espaços de articulação

interorganizacional constantes na Tabela 6, sendo que a maioria deste grupo não conhece

nenhuma dessas iniciativas;

• 49 organizações participam de apenas um dos tipos de espaço de articulação

interorganizacional constantes na Tabela 6;

• 19 organizações participam de dois dos tipos de espaço de articulação interorganizacional;

• oito organizações participam de três tipos diferentes de espaço de articulação

interorganizacional. São elas: União dos Escoteiros da Bahia (UEB-BA), Associação

Baiana de Recuperação do Excepcional, Grupo Ambientalista da Bahia (GAMBÁ),

Serviços de Assessoria a Organizações Populares Rurais (SASOP), Centro de Educação e

Cultura Popular (CECUP), Grupo de Recomposição Ambiental (GERMEN), Associação

Campus Avançado Unipaz Bahia (Unipaz-BA) e Projeto Ibeji;

• cinco organizações participam de quatro tipos diferentes de espaço de articulação

interorganizacional. São elas: Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia

(AFPEB); Escola Nossa Senhora da Luz; Consórcio Intermunicipal do Vale de Jiquiriçá

(CIVJ); Grêmio Recreativo e Cultural Muzenza; Associação Baiana de Adolescência

(ASBA);

• uma organização — Fundação Movimento OndAzul — participa de cinco tipos diferentes

de espaço de articulação interorganizacional;

• uma organização — Sindicato dos Jornalistas do Estado da Bahia (SINJORBA) —

participa de seis tipos diferentes de espaço de articulação interorganizacional.

Um percentual de 21,7% das organizações pesquisadas participa de conselhos gestores no

âmbito municipal, estadual e/ou federal. O mais citado, com participação de 30,7% deste total

de 39 entidades, foi o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente

(CMDCA). Em seguida, com quatro organizações participantes, o Conselho Municipal de

Assistência Social (CMAS) e, com três citações, o Conselho Estadual dos Direitos da Criança

e do Adolescente (CECA). Também foram mencionadas instâncias como o Conselho Estadual

Page 79: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

do Meio Ambiente, Conselho Estadual de Entorpecentes, Conselho Nacional de

Entorpecentes (CONEN), conselhos voltados para as entidades negras e para as mulheres e

Conselho Tutelar.

Ocorre também uma participação de 21,7% das organizações em fóruns diversos, espaços

onde se articulam entidades da sociedade civil entre si e/ou com entidades do Estado e/ou do

mercado para discussão sobre problemas comuns, busca por direitos etc. É o caso, por

exemplo, do Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Centro de Salvador, onde atores das

três esferas e de áreas diversas (educação, saúde, comércio, arte e cultura etc.) discutem ações

para o desenvolvimento da localidade. Participam desta iniciativa seis organizações

pesquisadas. Do Fórum Comunitário de Combate à Violência, articulado pela Universidade

Federal da Bahia, participam cinco organizações. Do Fórum de ONGs da Associação

Brasileira de ONGs (ABONG) fazem parte quatro organizações. O Fórum Estadual de

Direitos Humanos e o Fórum de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (FDCA/BA)

foram citados, cada um, por três entidades pesquisadas. Três organizações também

mencionaram o Movimento de Intercâmbio Artístico Cultural pela Cidadania (MIAC) como

fórum de participação. Outros fóruns mencionados foram: Fórum de Desenvolvimento

Sustentável da Península Itapagipana (Salvador), Fórum Nacional de Entidades de Defesa do

Consumidor, Fórum de Educação Indígena, Fórum de Defesa do Rio São Francisco, Fórum

Nacional de Defesa da Escola Pública, entre outros.

Do universo pesquisado, 9,4% participa da Agenda 21 Local, uma importante iniciativa de

desenvolvimento sustentável que existe em torno de um movimento nacional. Em relação a

participação em orçamentos públicos, apenas cinco organizações pesquisadas afirma

participar de iniciativa desta natureza. Tal fato é compreensível, uma vez que a Bahia não tem

tradição nesta área. Nenhuma delas refere-se à capital do Estado, mas a municípios do interior

onde ocorre a prática de orçamentos públicos participativos.

As organizações foram questionadas também quanto a participação em iniciativas de

desenvolvimento local. Obviamente, o entendimento sobre o conceito de desenvolvimento

local é variável e subjetivo a cada respondente. A fim de amenizar este problema, as

organizações tiveram que mencionar o(s) nome(s) da(s) iniciativa(s). Das 180 organizações

pesquisadas, 35 afirmaram participar de uma ou mais iniciativa(s) de desenvolvimento local.

No quadro a seguir, segue a quantidade de citações das iniciativas:

Page 80: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Iniciativa Quant % Atuação da própria entidade 12 27,4 Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Centro de Salvador 4 9,1 Fórum DLIS/BA 3 6,8 Agenda 21; Fórum de Desenvolvimento Sustentável da Península Itapagipana; Projeto Ribeira Azul

2 4,5

Altos das Pombas; Assentamento Terra Vista; Comissão de Geração de Emprego e Renda - Secretaria da Indústria e Comércio; Conselho Institucional de Saúde (CIADEBA); Engenho Velho da Federação; Escola Santo Antônio das Malvinas; Fórum Nacional de Entidades de Defesa do Consumidor; Fórum Regional da Região do Sobradinho/BA; Nordeste de Amaralina; Pastorais da Criança (Pero Vaz, Candeias, Liberdade); Pracatum; Programa Comunidade Solidária; Programa do Patrimônio Histórico; Programa Faz Cidadão; Projeto "Páginas Amarelas"; Projeto de Desenvolvimento de Empreendimentos Econômicos Populares; Projeto de Desenvolvimento Sustentável do Município de Cabeceiras do Paraguaçu; Projeto Reflorar – Recomposição Florestal em Áreas Rurais; Projeto Vetor Norte

1 2,3

Tabela 7 – Participação em Iniciativas de Desenvolvimento Local

Verifica-se que o entendimento ou a afinidade com o conceito de desenvolvimento local não é

uma realidade de todos os respondentes da pesquisa. Por exemplo, quanto à participação em

espaços de articulação interorganizacional, 17 organizações declararam participar da Agenda

21 Local, mas apenas duas a ilustraram enquanto iniciativa de desenvolvimento local,

desenvolvimento local sustentável ou desenvolvimento local integrado e sustentável da qual

participam. Provavelmente, a participação na Agenda 21 não é feita pelo respondente da

pesquisa — que, por isso, desconhece os seus fundamentos. O mesmo problema ocorreu em

relação ao Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Centro de Salvador, mencionado por

seis organizações na questão sobre participação em espaços de articulação

interorganizacional, mas apenas por quatro enquanto iniciativa de desenvolvimento local.

Quase 1/3 das organizações que participam de alguma iniciativa de desenvolvimento local

ilustrou a atuação da própria entidade como uma iniciativa de desenvolvimento local, o que é

interessante na medida em que revela a conscientização do seu papel para o desenvolvimento

local. Algumas destas organizações têm programas estruturados no âmbito do

desenvolvimento local. É o caso das duas instituições SEBRAE, que atuam através do

Programa Especial de Emprego e Renda (PRODER); da Caritas Brasileira – Regional

Nordeste 3, que ilustra no rol de projetos várias ações com ênfase no desenvolvimento local,

em especial o Programa de Convivência com o Semi-árido; da Associação Voluntários para o

Page 81: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Serviços Internacional (AVSI-Brasil) e da Cooperação para o Desenvolvimento e Morada

Humana (CDM), organizações que desenvolvem projetos em parceria e, no âmbito do

desenvolvimento local, destaca-se o Projeto de Recuperação Ambiental e Promoção Social de

Novos Alagados21. As demais entidades que destacaram a atuação da própria organização

enquanto iniciativa de desenvolvimento local foram: o Grupo Gay da Bahia (GGB); a

Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE); o Grupo Tortura Nunca Mais – Bahia

(GTNM-BA); o Projeto Ativação; a Associação do Movimento de Donas de Casa e

Consumidores da Bahia (MDCCB); a Escola Criativa Olodum; (PANGEA); o Centro

Educacional de Tecnologia em Administração (CETEAD); o Centro de Estudos Sócio-

ambientais (PANGEA); a Associação dos Educadores das Escolas Comunitárias da Bahia

(AEECBA). Analisando todos os projetos listados no Apêndice C, fica claro que muitas

outras organizações atuam diretamente na promoção do desenvolvimento local.

Provavelmente, ao serem perguntadas se participam de alguma iniciativa de desenvolvimento

local, entenderam que deveriam mencionar iniciativas oficiais (por exemplo, o Programa

Comunidade Ativa, o Programa FazCidadão etc.).

O Fórum de Desenvolvimento Sustentável do Centro de Salvador é uma iniciativa que

envolve diversas instituições. Formalmente denominado de Fórum Municipal para o

Desenvolvimento Sustentável da Cidade Alta, Comércio e Baixa dos Sapateiros, é formado

por representantes: da classe empresarial (AECASA, AECOM e ALBASA); de lojistas; de

baianas de acarajé (ABA); de ambulantes (ASINDFERP e Sindicato dos Vendedores

Ambulantes e Feirantes de Salvador); de associações de bairros (ASCAVI); do Governo do

Estado da Bahia (SETRAS e SICM); da Prefeitura Municipal de Salvador (SEMPI, SEPLAM,

SESP, EMTURSA); do SEBRAE; da UFBA; da CAIXA; do Banco do Nordeste etc.. Enfim,

é fruto da articulação entre atores da sociedade civil, do mercado e do Estado22.

Sobre as principais dificuldades que as organizações enfrentam, segue quadro síntese abaixo.

21 Novos Alagados é um bairro de Salvador. Das organizações pesquisadas, declararam atuar nesta região: AVSI, CDM, Grupo Cultural Bagunçaço (GCB), Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e Família, Sociedade Beneficente São Jorge, União dos Escoteiros do Brasil (UEB-BA). 22 Informações mais detalhadas sobre esta iniciativa podem ser encontradas em Castro e Melo, 2001.

Page 82: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Dificuldade % das citações

Dificuldades financeiras 32 Dificuldades materiais/infra-estruturais 20 Dificuldades de relacionamento/consolidação de parceria 19 Dificuldades de pessoal 11 Dificuldades de gestão 10 Dificuldades conjunturais/externas à organização 8

Tabela 8 – Principais Dificuldades Enfrentadas pelas Organizações Pesquisadas

Em relação às principais dificuldades mencionadas, natural que a maioria delas tenha

colocado a falta de recursos financeiros como principal dificuldade, uma vez que predomina a

vontade de fazer cada vez mais pelo social a despeito dos recursos existentes. Em seguida, a

falta de recursos materiais, problemas com espaço físico e infra-estrutura foram as principais

queixas.

Quanto às dificuldades de consolidação de parceria, a maior citação foi em relação ao

governo, mas algumas organizações também apresentam dificuldades em obter apoio da

própria comunidade local; em menor grau, reclamou-se da dificuldade de se consolidar

parcerias com empresas privadas.

Outra dificuldade mencionada foi a falta de profissionais capacitados e a falta de treinamento.

Uma análise das respostas evidencia problemas de gestão que vivem muitas organizações do

terceiro setor na atualidade, além de uma busca por profissionalização. “As organizações não

governamentais variam entre si [...] mas hoje todas coincidem em que têm que gerir

eficientemente seus recursos humanos, materiais e financeiros para conseguir atingir os

objetivos para as quais foram criadas” (CARVALHO, 2000, p. 9). Tenório (1999, p. 11)

também discute esta questão e alerta que o terceiro setor corre o risco de tornar-se muito

semelhante ao mercado, ou seja, passar “de uma referência singularmente fundada em teorias

sociais que referenciam processos democráticos na busca da justiça social, da solidariedade,

para uma prática mercantil, assentada em teorias organizacionais que buscam resultados”.

Assim, é preciso conciliar a profissionalização, numa perspectiva gerencialista, com a prática

da gestão social, numa perspectiva dialógica que fortaleça do exercício da cidadania.

Page 83: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

5.2.1 REFLEXÕES NO CAMPO DO TERCEIRO SETOR

A definição do universo pesquisado, como já foi colocado, teve como base cadastros já

existentes de organizações. A construção de um cadastro único para balizar a pesquisa de

campo refletiu a diversidade organizacional característica do terceiro setor e evidenciada a

partir deste estudo.

Além de diversidade organizacional, evidenciou-se com o estudo um questionamento sobre a

legitimidade de todas as organizações encontradas e pesquisadas pertencerem à esfera do

terceiro setor. Retomando a definição proposta por Salamon e Anheier (1992) que, como já

foi colocado anteriormente, não considera a dimensão funcional das organizações, as

organizações do terceiro setor devem ser: formais, privadas, não-distributivas de lucro,

autônomas e voluntárias. Até que ponto esta definição abarca a realidade de Salvador e,

consequentemente, da Bahia, do Brasil e do mundo, de modo geral?

No universo pesquisado, foram encontradas organizações de acordo com o desenho abaixo:

Figura 9 – Distribuição das Organizações Pesquisadas (conforme critérios Salamon e Anheier)

A maioria das organizações, efetivamente, encontra-se no centro da figura, ou seja, no ponto

de interseção entre os cinco critérios definidos (X).

Entretanto, apesar de poucas, algumas organizações estão fora deste contexto. Analisando as

fonte de recursos financeiros das entidades pesquisadas, os dados indicam que uma

quantidade razoável de organizações (38,9% do total pesquisado) obtêm seus recursos

X X

Formais e Privadas

Voluntária Autônoma

Não-distributivas de lucro

X

X

Page 84: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

financeiros de um único tipo de fonte de financiamento. Deste total, 80% refere-se a venda de

produtos/serviços e/ou doações de pessoa física/contribuições de associados. Quanto às 20%

restantes, cabe destacar que: todas as seis organizações que recebem recursos somente de

fontes internacionais (agências ou fundações) mencionaram apenas uma fonte mantenedora;

das cinco organizações que recebem recursos exclusivamente do governo federal, três

recebem recursos através de parcerias específicas com programas governamentais e, portanto,

não têm nenhuma garantia de continuidade no recebimento dos recursos; duas das três

organizações que recebem recursos exclusivamente de empresas privadas têm apenas uma

entidade mantenedora, podendo ficar à mercê de estratégias empresariais. Assim sendo, esse

grupo de 11 organizações tem uma autonomia questionável.

Sobre o trabalho voluntário, retomando dados já apresentados anteriormente, 25% das

entidades afirmaram não possuir trabalhador voluntário no quadro. Isto pode ser atribuído a

um desconhecimento dos respondentes sobre a existência de trabalho voluntário, ao menos no

âmbito de diretoria ou de conselho, talvez pelo fato de essas organizações terem semelhança

com uma empresa convencional, onde todos são remunerados.

Há que se ter cuidado com o critério de “não distribuição de lucro” proposto na definição

estrutural-operacional. Ao menos no caso do Brasil, onde a permissão para uma organização

ser do tipo sem fins lucrativos é ampla e independe de seu propósito de atuação. Tal fato ficou

evidente após uma consulta feita à seção jurídica da RITS e respondida pelo Sr. Paulo Haus

Martins em 03/06/2002:

Pergunta: Para uma organização ser sem fim lucrativo, basta apenas ela prever a não-distribuição de lucro entre os membros, mas o investimento na própria organização? Ou isso depende de sua ação social? Resposta: Em matéria de direito a finalidade não lucrativa depende apenas do destino que se dá ao lucro e ao patrimônio da instituição. Não há nada que vincule essa finalidade com ação social. Um clube de dança de salão, por exemplo, limitado a certos sócios, pode ser sem finalidade econômica e sem finalidade lucrativa, sem que seja caracterizado por qualquer ação social.

Uma organização pesquisada, apesar de autônoma e de possuir voluntários na cúpula

organizacional (Conselho Deliberativo), não pode ser caracterizada enquanto não-distributiva

da mesma forma que as demais. Apesar de não haver a distribuição do lucro formalmente, tal

organização se sustenta com a venda de projetos de consultoria e treinamento empresarial,

com um foco que não é necessariamente social e remunerando todos os seus funcionários — o

Page 85: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

trabalho voluntário restringe-se às exigências legais para ser uma entidade sem fins lucrativos.

Então, por que esta organização encontra-se nos cadastros de organizações do terceiro setor?

Pelo simples fato de ser registrada juridicamente como uma organização sem fins lucrativos.

O mesmo parece acontecer com algumas das escolas pesquisadas, que não mencionaram, por

exemplo, se têm algum programa de bolsa para alunos carentes ou algum investimento

voltado para a comunidade e vivem exclusivamente das mensalidade cobradas dos alunos.

A revisão de literatura e a pesquisa de campo permitiram identificar a existência de

controvérsias e questionamentos sobre o campo do terceiro setor. Tomando as palavras de

Thompson (1997), “o problema de definir e compreender o que é e para que serve não é,

entretanto, exclusivo do terceiro setor” (p. 42). Nas últimas décadas, de modo geral, todas as

instituições estão enfrentando graves problemas de identidade em busca de um papel a

cumprir diante do cenário recente de transformações. No caso do terceiro setor, esta crise de

identidade é agravada pelas tendências a uma maior profissionalização das organizações, que

se aproximam da lógica da eficácia e da eficiência nos moldes empresariais. Verifica-se,

contudo, que muitas organizações do terceiro setor já possuem esta lógica “empresarial”

desde o seu surgimento — é o caso das organizações de consultoria, projetos e treinamentos e

de algumas escolas, como já foi mencionado.

Assim sendo, ainda que determinadas organizações sigam formalmente os cinco critérios

adotados por Salamon e Anheier (1992) na definição estrutural-operacional, sua legitimidade

enquanto pertencente à esfera do terceiro setor pode ser questionada. Isto porque a definição

estrutural-operacional negligencia o propósito da organização. Se assumimos que é também

fundamental ter interesse público ou coletivo para uma organização ser considerada do

terceiro setor e, além disto, reconhecemos este interesse enquanto a ação social explícita e

prioritária da organização, a partir dos projetos por ela desenvolvidos, encontramos um viés

objetivo para entender e diferenciar as organizações entre o mercado e o terceiro setor. A

despeito disso, fica evidenciado que na prática o terceiro setor é entendido como o conjunto

de organizações sem fins lucrativos, não governamentais, que têm algum grau de

voluntariado, independente da finalidade pública. Assim, é importante ter claro que há uma

grande diversidade neste conjunto, ou seja, que o terceiro setor não é um todo homogêneo,

com características idênticas e evidenciadas no mesmo grau23. Enfim, quando se fala em

23 Ratifico aqui a opinião de Alves (2002, p. 308).

Page 86: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

organizações do terceiro setor, não necessariamente se está falando de organizações que

atuam em prol do social.

Feita essa análise, cabe destacar ainda duas evidências relevantes sobre a atuação das

organizações do terceiro setor, além das colocações já feitas durante a caracterização das

organizações pesquisadas em Salvador:

• Verificou-se, a partir da análise da forma de atuação e dos projetos desenvolvidos pelas

organizações pesquisadas (Apêndice C), que algumas organizações do tipo member-

serving organizations, como é o caso de sindicatos, estão atuando de forma ampla, não

apenas para os seus membros. Por exemplo, o Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias

e Empresas Petroquímicas da Bahia prestam serviços no âmbito do combate à

discriminação e apoio à organização comunitária. O Sindicato dos Policiais Civis do

Estado da Bahia (SINDPOC) realiza um amplo trabalho na área de segurança pública e

combate à violência, voltado para toda a sociedade; além disto, possuem acervo

(documentos, artigos etc.) disponível à sociedade e buscam influenciar políticas públicas

através da proposição de projetos de lei na área. Já o Sindicato dos Jornalistas

Profissionais no Estado da Bahia (SINJORBA), apesar de não elencar no rol de projetos

nenhum voltado para outro público além dos próprios jornalistas, colocou que uma das

principais dificuldades da instituição é adequar a estrutura sindical para as novas

demandas sociais, o que denota o interesse por ampliar o escopo da atuação. Contudo,

analisando a sua participação em espaços de articulação interorganizacional, verifica-se

que o SINJORBA é a organização que mais participa de espaços diferenciados de

articulação interorganizacional, estando engajado no Conselho Estadual de Defesa dos

Direitos Humanos, no Conselho Estadual de Entorpecentes, no Fórum Comunitário de

Combate à Violência – UFBA e no Planejamento Urbano de Salvador. Portanto, de fato,

ele atua em outras áreas (diretos humanos, combate às drogas e à violência).

• Outra constatação interessante é que praticamente todas as organizações pesquisadas

atuam em mais de uma área. Ou seja, dificilmente uma organização do terceiro setor que

atende a interesse público fica restrita a apenas uma área de atuação na medida em que a

percepção sobre o beneficiário tende a ser integral. E ainda que ela mesma não atue

diretamente em determinadas áreas, a organização pode indicar o beneficiário a outras

organizações. Por exemplo, a Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes (FCDD), ao

Page 87: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

atuar na área de assistência social, promove o encaminhamento de deficientes a órgãos

competentes para determinados serviços, como o Centro de Prevenção e Reabilitação do

Deficiente (CEPRED) — que doa bengalas, cadeira de rodas, aparelho auditivo —, o

Instituto Baiano de Reabilitação (IBR), o Instituto de Cegos etc..

5.2 CARACTERIZANDO AS INTERORGANIZAÇÕES PESQUISADAS

A caracterização feita referente a relações interorganizacionais, a fontes de recursos

financeiros e a participação em espaços de articulação interorganizacional evidencia aspectos

referentes às relações interorganizacionais estabelecidas pelas organizações pesquisadas.

Entretanto, uma caracterização específica no âmbito das interorganizações merece destaque.

Verificou-se que o tipo de organização com a qual mais se estabelece parcerias são as ONGs,

as associações ou organizações comunitárias. Portanto, o terceiro setor relaciona-se mais

frequentemente entre si do que com outras esferas. Interessante observar esta possibilidade se

considerarmos um estudo feito por Rubem César Fernandes em 1988 (apud SANTANA,

1992), um dos mais importantes e pioneiros sobre entidades sem fins lucrativos no Brasil.

Neste trabalho, ele ressaltou que essas organizações, em relação às demais, posicionavam-se

numa situação de “evitação”, cruzando-se continuamente, mas cada uma cuidando de seu

negócio e evitando explicitar os interesses que a distinguiam.

Das 21 organizações que não estabelecem parcerias para o desenvolvimento de suas ações, 10

são sociedades civis sem fins lucrativos, sete pertencem ao grupo das Igrejas ou associações

religiosas, duas são organizações não legalizadas, uma é fundação privada e uma é associação

profissional. Ao contrário do que se esperava encontrar, não foi verificada relação entre a falta

de parceria e o fato de a organização ser do tipo member-serving. Das organizações que não

estabelecem parcerias, cerca de ¼ são do tipo member-serving: três entidades são associações

de moradores, outra é associação de classe profissional e a quinta organização é uma

associação que viabiliza a estudantes de um município baiano virem estudar em Salvador.

Pode-se dizer que o estabelecimento ou não de parcerias tem relação com a forma com que as

organizações obtêm seus recursos financeiros: todas as organizações que declararam não

estabelecer parcerias obtêm esses recursos exclusivamente através da

fabricação/comercialização de produtos/serviços e/ou através de doações de pessoa

Page 88: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

física/contribuição de associados. Assim, não se relacionam com organismos internacionais,

empresas, ONGs e outras organizações que, muitas vezes, constituem-se fonte de recursos

financeiros, materiais e de pessoal. Não se quer dizer, com isso, que todas as organizações que

obtêm recursos exclusivamente através da fabricação/comercialização de produtos/serviços

e/ou através de doações de pessoa física/contribuição de associados necessariamente não

estabelecem parcerias, mas sim que todas as organizações que declararam não estabelecer

parcerias obtêm recursos financeiros através da fabricação/comercialização de

produtos/serviços e/ou através de doações de pessoa física/contribuição de associados.

Procurou-se verificar se a consolidação de parcerias tem alguma relação com a existência ou

não de registro no cadastro nacional de pessoa jurídica, formalização que em tese é necessária

para realização de convênios e contratos e recebimento de recursos financeiros. Das 11

organizações que não possuem registro no CNPJ (nove organizações não legalizadas e dois

programas/projetos): duas efetivamente não estabelecem parcerias para o desenvolvimento de

projetos e ações; uma não respondeu à pergunta sobre existência de parceiros, mas recebe

seus recursos financeiros exclusivamente através de doações de pessoa física, o que pode

indicar a inexistência de parcerias; outras três organizações destacaram como parceiros

organizações do terceiro setor (ONGs e/ou sindicatos e/ou redes/federações), mas não

recebem recursos financeiros dos parceiros; finalmente, as cinco entidades restantes do grupo

das que não possuem CNPJ tanto realizam parcerias quanto recebem recursos financeiros de

instituições diversas (empresas privadas, órgãos governamentais, fundações/institutos

nacionais e/ou até organismos internacionais). Para receberem recursos, certamente,

articulam-se com outra organização para formalizar a documentação necessária ao repasse.

Este deve ser o caso: da Escola Oficina Salvador, que atua como um projeto de extensão da

UFBA; do Movimento de Intercâmbio Artístico-Cultural (MIAC), que provavelmente recebe

recursos através de uma ou mais instituições que o constituem — uma vez que o MIAC é uma

organização formada de organizações; do Movimento Escalada; do Projeto Ativação.

Assim, tomando por base as dimensões propostas por Marcon e Moinet (2000 apud

BALESTRIN e VARGAS, 2002), pode-se dizer que o recebimento de recursos requer a

existência da dimensão contratual no processo de estabelecimento da relação de parceria. No

entanto, verifica-se que esta dimensão contratual pode ocorrer como uma mera formalidade,

para atender a requisitos formais. Na prática, a existência de objetivos comuns e a confiança

entre os parceiros pode prevalecer independente da legalização ou não da entidade, o que não

Page 89: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

descarta a existência do contrato. Já em espaços de articulação interorganizacional como

fóruns e iniciativas de desenvolvimento local, as relações interorganizacionais se estabelecem

com base na informalidade, na conivência, ou seja, a partir de preocupações comuns com base

na livre participação.

A análise das fontes de financiamento também ressaltou a diversidade e as interorganizações

existentes no campo do Terceiro Setor. Muitas entidades financiadoras são também

instituições do Terceiro Setor. Na pesquisa realizada, como já foi colocado anteriormente,

fundações e institutos empresariais nacionais e internacionais, organizações como a

Coordenadoria de Serviço Ecumênico (CESE), a Federação de Órgãos para a Assistência

Social e Educacional, o Centro Educacional de Tecnologia em Administração (CETEAD), o

Serviços Social da Indústria (SESI), o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas

(SEBRAE) e entidades religiosas foram destacadas como fontes de recursos financeiros.

Assim, em alguns casos, estabelecem-se relações interorganizacionais indiretamente entre os

organismos de financiamento dessas instituições doadoras e as entidades receptoras de

recursos. Por exemplo:

Figura 10 – Exemplo de Relações Estabelecidas com base no Financiamento

Uma pequena parte dos recursos recebidos pela AEECBA e pelo GCB são captados junto à

CESE que, por sua vez, recebe a grande maioria dos seus recursos (90%) da Agência

Internacional de Cooperação Ecumênica. Assim, indiretamente, esta agência está investindo

nos projetos e ações desenvolvidos pela AEECBA e pelo GCB.

É interessante enfatizar algumas evidências que contribuem bastante para a compreensão

sobre interorganizações. Ao analisar as relações que cada organização mantém com outras

verifica-se que, mesmo indiretamente, muitas organizações estão ligadas entre si através de

parceiros comuns. Na exemplificação de formas de atuação e projetos desenvolvidos, em

alguns casos, as organizações explicitaram suas relações de parceria. Assim, os projetos são

importantes links de parceria. Uma análise léxica dos exemplos de projetos dados pelas

Agência Internacional de Cooperação

Ecumênica

Coordenadoria Ecumênica de

Serviço (CESE)

Associação das Escolas Comunitárias da Bahia

(AEECBA)

Grupo Cultural Bagunçaço (GCB)

Page 90: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

organizações mostra que a palavra “parceria” está entre as mais mencionadas. Isso denota a

importância da parceria para que as organizações desenvolvam ações e projetos. A palavra

“rede” também é mencionada, mas em menor grau.

A partir das descrições dos projetos e formas de atuação das organizações fornecidas pelos

entrevistados (Apêndice C), construíram-se figuras que buscam evidenciar as relações

interorganizacionais estabelecidas. A figura 11 evidencia relações interorganizacionais mais

restritas, isoladas, podendo ser representadas à parte das relações interorganizacionais

estabelecidas pela maioria do grupo de organizações que, na exemplificação de seus projetos

e formas de atuação, mencionaram parceiros existentes (Figura 12).

As figuras 11 e 12 não esgotam todas as relações interorganizacionais existentes, uma vez que

o depoimento dos entrevistados sobre esta questão durante a exemplificação de seus projetos e

formas de atuação foi espontâneo, não solicitado pelos entrevistadores. Os quadros em azul

representam organizações que foram entrevistadas; os quadros em preto, organizações citadas

como parceiras que não fazem parte do grupo das organizações pesquisadas. As setas foram

colocadas apenas para deixar claro o sentido de quem citou para quem é citado como parceiro,

não significando relação de subordinação.

Figura 11 – Relações Interorganizacionais Estabelecidas (1)

Escola Creche Adalgiza Souza Pinto

Projeto Ágata Esmeralda

Sec. Mun. Educação

SEBRAE (Ag. Centro e Sede)

Fund. Roberto Marinho

CMAS Banco do

Brasil

Ser Down

SEFAZ

ADESOL

Prefeitura Camaçari

Assoc. de Moradores do Gantois Souza Uzel

Projeto ED 10

COFAM

SCMBA

UCSal

Page 91: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

FCM

UFBA

Lar Maria Dolores

Comunidade Solidária

Colégio Sagrado Sacramento

ADRA

APADA

ABEN Soc. Beneficente Cultural do Culto Afro-Brasileiro

Assoc. Santa Beatriz

SINPRO

Inst. Guanabara

SETRAS

MPP

AMAG

Afoxé Filhas de Gandhi

Fund. José Silveira

UNEB

ABA

Escola Criativa Olodum

APAE

SETRADS MEC

GTNM-BA

CEDECA GAPA

CEPRED

FCDD

IBR Inst. dos Cegos

PAMEN

Caritas Belga

Vida Brasil OIMBA

ECA IBEJI CAMA

OAF CEEBA OIM

Paróquia São Pedro

FIFB

AVSI ↑↓

CDM

CONDER SEPLANTEC

MAE

UNICEF

BID

Banco Mundial

BNDES

CEI União

Européia

Fund. Humana Progresso

Igreja Católica Itália

Eliane Cerâmica ASFASB

Assoc. Baiana Mulheres

COELBA

Soc. 1o de Maio

Creche João Paulo II

Fund. Dom Avelar Brandão

Vilela

Casa Cultura e Fé

SESAB

Pontifício Inst. João Paulo II Estudos sobre o

Matrimônio e Família CAIXA

PMS

Soc. Benef. São Jorge

CECUP

GCB

AEC

OAB

CEAFRO

CDI

POMMAR

SCT

CRIA

Maxitel

Circo Picolino

Casa das Filarmônicas

CESE

GERMEN

NAI

SINJORBA

SENAC

Escola Vila Vicentina

Sec. Est. Educação

FMBA

Obras Irmã Dulce

AESO

SINGTUR

EOS

CETEAD

Inst. Mauá

Diáspora

Caritas NE3

Pastoral Rua

Reciclarte Misereor

CRS

Cáritas estrangeiras

Pastoral Criança

Figura 12 - Relações Interorganizacionais E

stabelecidas (2)

ABSC

Page 92: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

É interessante notar a teia de relações que se estabelece entre organizações. A partir das

figuras 11 e 12, verifica-se que a maioria das organizações com as quais as entidades

pesquisadas se articulam para desenvolver projetos são também do terceiro setor. Em seguida,

são mencionadas organizações do Estado e apenas cinco empresas (uma delas pública) foram

mencionadas no rol de projetos enquanto parceiras das organizações entrevistadas que deram

exemplos de projetos/formas de atuação. O Programa Comunidade Solidária foi mencionado

por diversas organizações como parceiro.

Cabe destacar algumas figuras (inter)organizacionais observadas. Uma delas é o Movimento

de Intercâmbio Artístico Cultural pela Cidadania (MIAC), que engloba organizações da área

de arte-educação, funcionando segundo a lógica da ação em rede. Esta organização por si só

já se caracteriza como uma interorganização enquanto espaço “de confluência e interseção de

organizações” (FISCHER, 1999). Neste caso, seria o que Pfeffer e Nowak (1976, apud

HALL, 1984, p. 175) chamam de empreendimento conjunto, ou seja, “implica a criação de

uma nova organização por organizações que se reúnem numa sociedade”. Também se

aproxima da idéia de organizações-rede (FORNI, 2002).

Apesar de ter a palavra “movimento” no seu nome e de não ser legalizado juridicamente, o

MIAC existe enquanto instituição desde 1997 e atua com regularidade, caracterizando-se

como organização. Segundo a classificação de Scherer-Warren (1999), pode-se dizer que é a

institucionalização de uma rede temática, aproximando-se da idéia de interface de

experiências. Não pode ser caracterizado enquanto fórum de ONGs24, pois é mais do que um

espaço de discussão, é um espaço de ação; nem como associação de ONGs, porque não há

filiação a uma associação existente e de modo formalizado.

O MIAC funciona fisicamente na sede de outra instituição também pesquisada neste trabalho,

o Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA), e define o seu modelo de

organização conforme a figura abaixo:

24 Apesar dis to, o MIAC foi citado por três organizações como um Fórum do qual fazem parte.

Page 93: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Figura 13 – Modelo de Organização do MIAC. Fonte: Adaptado de www.miac.org.br (Acesso em 11/11/2002).

Na figura 12, observa-se que a Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil

(AVSI) e a Cooperação para a Morada Humana (CDM) acabam se confundindo como uma

única organização. Possuem os mesmos parceiros e desenvolvem os mesmos projetos. A

estratégia mundial da AVSI é aliar-se a uma organização existente nos países onde atua e, no

Brasil, escolheu a CDM. Portanto, apesar de a CDM possuir figura jurídica própria, seus

projetos são desenvolvidos em parceria executiva e financeira com a AVSI.

Também se verificou uma forte relação entre a Vida Brasil e a OIMBA. Estas organizações

estão interligadas a partir de um projeto comum, o Bloco Buscapé, viabilizado em conjunto

pelas organizações Vida Brasil, OIMBA, OAF, APADA, IBEJI, CAMA, ECA, CEEBA,

OIM, entre outras, para sensibilizar crianças e adolescentes quanto a arte, educação e

cidadania. Este projeto trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco ou

moradores de bairros periféricos de Salvador, desenvolvendo atividades artístico-culturais,

culminando num desfile de um bloco no sábado de Carnaval. Durante todo o ano, tem oficina

de música/percussão e discussões temáticas interagindo com instituições parceiras (sobre

drogas, política, economia, DST, cidadania etc.). A iniciativa do Bloco Buscapé segue a

mesma lógica do MIAC, apesar de ser considerado um projeto e não, uma organização.

Outra organização interessante é o Consórcio Intermunicipal do Vale do Jiquiriçá (CIVJ),

entidade criada para gerir um consórcio de prefeituras de 25 municípios situados em torno da

bacia hidrográfica do Jiquiriçá, na Bahia, que se propõe a articular Estado, sociedade civil e

mercado tendo em vista o desenvolvimento de um planejamento microrregional. Muitos são

Núcleo de Comunicação

Núcleo de Produção Cultural

Núcleo de Gestão

Conselho Político-Pedagógico Secretarias Estaduais

Ministérios

Secretarias Municipais

Imprensa Instituições e órgãos apoiadores

Legenda: Parceiros potenciais e reais

Núcleos Regionais

Page 94: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

os desafios a ser enfrentados neste processo, sobretudo em relação à efetiva participação

popular na gestão das águas, processo que é encorajado pelo Ministério do Meio Ambiente do

Governo Federal através da institucionalização dos comitês de bacias hidrográficas — órgãos

colegiados, que contam com a “participação dos usuários, da sociedade civil organizada, de

representantes de governos municipais, estaduais e federal. Esse ente é destinado a atuar como

‘parlamento das águas’, posto que é o fórum de decisão no âmbito de cada bacia

hidrográfica”25. Certamente, articular interesses dos diversos atores (prefeitos, empresários,

comunidade local) dos 25 municípios, numa perspectiva de rede, é algo bastante complexo26.

Outro aspecto importante: a participação em espaços de articulação interorganizacional como

conselhos gestores, fóruns e Agenda 21 (ver Tabela 6) é indicativa de uma predisposição para

a ação em rede, uma vez que as discussões devem ocorrer de forma horizontal e democrática.

Por mais que na prática existam dificuldades, é importante destacar o aprendizado que as

redes possibilitam, como alertam Machado e Machado (1999). Contudo, como foi verificado,

54% das organizações pesquisadas declararam não participar de nenhum espaço de

articulação interorganizacional e a maioria deste grupo sequer conhece iniciativas desta

natureza.

25 Fonte: www.mma.gov.br (Acesso em 11/11/2002). 26 Uma análise da experiência do CIVJ já foi feita neste sentido (ver MELO et al, 2002).

Page 95: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

6 CONCLUSÕES

O estudo apresentado permitiu uma reflexão crítica sobre o campo do terceiro setor e das

interorganizações. Através dele, foi possível desmitificar alguns conceitos e preconceitos,

permitindo colocar as organizações do terceiro setor num plano não idealizado para o bem —

as organizações “do bem” — ou para o mal — as organizações que servem o mal,

incorporado no neoliberalismo (perspectiva funcionalista). Apesar de não ter sido esse o foco

do estudo, pode-se afirmar, pela análise dos perfis organizativos encontrados, que são

organizações como outras quaisquer, sujeitas a contradições e críticas; e que podem ser

organizações mais ou menos próximas da lógica predominante no Estado — servir o interesse

público — ou do mercado — servir o interesse de particulares.

A pesquisa realizada contribuiu para a percepção de que o termo terceiro setor pressupõe

diversidade organizacional. Entretanto, a despeito da diversidade e das diferenças existentes

entre os tipos organizacionais encontrados, as organizações do terceiro setor parecem estar se

tornando mais semelhantes entre si nos seguintes aspectos: quase todas as organizações atuam

em mais de área e a maioria das organizações atua em parceria com outras organizações,

denotando uma busca pela ação integrada e pela interdisciplinariedade; mesmo organizações

do tipo member-serving atuam em prol de questões sociais mais amplas, voltadas para outros

públicos além dos seus membros. É possível que esta semelhança esteja ocorrendo entre todas

as organizações, no sentido de que todas elas, independentemente da esfera (Estado, mercado

ou terceiro setor), estejam mais preocupadas e engajadas com as questões sociais.

Por outro lado, em decorrência da diversidade organizacional do campo, é compreensível o

fato de muitas organizações não quererem ser chamadas de terceiro setor, pois ficam inclusas

num universo muito amplo — que mistura organizações “quase do mercado” (como escolas

particulares) e fundações e institutos de origem empresarial com organizações de base

Page 96: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

comunitária, de luta política etc.. Portanto, aliado ao fato de ser um termo decorrente da

negação do que seja Estado e do que seja mercado, o termo não expressa um valor identitário

das organizações que o compõem, só podendo ser entendido num contexto de confrontação

com os termos Estado e mercado.

No campo das interorganizações, convém salientar que o fato de o estudo ter sido realizado no

campo do terceiro setor foi relevante. A diversidade organizacional e a necessidade

primordial, para grande parte das organizações, de estabelecer relações de parceria com outras

organizações para concretizarem seus projetos, independentemente da motivação, fazem do

terceiro setor um campo fértil para a reflexão sobre interorganizações.

Além dos arranjos interorganizacionais mapeados na caracterização das interorganizações

pesquisadas, muitos outros devem existir e permear o universo das organizações pesquisadas,

considerando que a exemplificação das parcerias estabelecidas não foi diretamente solicitada

aos respondentes. A partir do mapeamento das relações interorganizacionais observadas nas

figuras 11 e 12, seria interessante um estudo mais aprofundado sobre a qualidade destas

relações, a fim de verificar, por exemplo: as propriedades estruturais das redes (centralidade,

tamanho, complexidade, diferenciação e conectividade — Alter e Hage, 1993); se são

conjuntos interorganizacionais ou redes, conforme a proposta de Van de Ven (apud HALL,

1984) etc..

Apesar dessa limitação, verificou-se que a maioria das organizações pesquisadas estabelecem

relações interorganizacionais. Esta realidade, contrariando o pressuposto estabelecido no

início da pesquisa, independe do fato de a organização ser do tipo member-serving ou de

interesse público e/ou coletivo. Por outro lado, o estudo apontou que o estabelecimento ou

não de parcerias tem relação com a forma com que as organizações obtêm seus recursos

financeiros.

Evidenciou-se, ainda, que algumas configurações organizativas encontradas no terceiro setor,

por si só, já são uma contribuição no campo das interorganizações. A dificuldade de perceber

algumas das organizações como pertencentes exclusivamente à esfera do terceiro setor denota

que o relacionamento interorganizacional (e inter-esferas) é marcante num campo que

extrapola a esfera do terceiro setor: o campo da gestão social, orientado pelo e para o social e

caracterizado pela articulação interorganizacional entre sociedade civil, Estado e mercado.

Page 97: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Sobre as críticas feitas em relação à cooperação interorganizacional que permeia a esfera do

terceiro setor e que, muitos acreditam, pode “corromper” as organizações, cabe uma ressalva:

por trás desse raciocínio está a pressuposição de que as organizações do terceiro setor são

todas solidárias, pautadas na racionalidade substantiva e “boazinhas” por natureza, enquanto

não o são as demais organizações. Ainda que esta pressuposição fosse verdadeira27, se por um

lado há o risco da lógica empresarial ou estatal se sobrepor sobre a autonomia de organizações

do terceiro setor em decorrência do estabelecimento de determinadas relações

interorganizacionais, por outro lado é também através destas relações que a lógica das

organizações do terceiro setor pode permear as organizações das outras esferas. O fato é que a

interação entre as organizações é uma realidade, como pôde ser constatado nesta pesquisa.

Em síntese, as principais conclusões desta pesquisa foram as seguintes:

• Ser uma organização do terceiro setor não implica atuação social;

• A autonomia, o voluntariado e/ou a não-distribuição de lucro de algumas organizações do

terceiro setor são questionáveis;

• Terceiro setor não é um todo homogêneo: há uma grande diversidade organizacional;

• Há uma semelhança entre organizações do tipo member-serving (ex.: sindicatos) e

organizações de interesse público/coletivo;

• Há um alto nível de atuação em mais de uma área/serviço/público-alvo atendido, o que

denota uma tentativa de atendimento integral às demandas sociais;

• Há um alto nível de relacionamento interorganizacional entre organizações do terceiro

setor e outras organizações, sobretudo do próprio terceiro setor;

• Algumas organizações do terceiro setor, por si só, são interorganizações (seja envolvendo

outras esferas — ex.: fundações empresariais, que ficam entre o terceiro setor e o Estado

— ou seja dentro do próprio terceiro setor — ex.: organização MIAC);

• Há uma necessidade de estudos mais aprofundados sobre a qualidade das relações

interorganizacionais evidenciadas neste estudo.

27 Considero o trabalho de Alves (2002) elucidativo na desmitificação de alguns discursos maniqueístas em torno do terceiro setor.

Page 98: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Convém salientar uma última reflexão. Terceiro setor, mercado e Estado. Mais importante do

que separar as organizações em esferas é perceber que, de fato, as três são interligadas e

devem ser regidas por princípios comuns, valores éticos e práticas de gestão social. Afinal,

independente da esfera, somos todos sociedade civil constituindo organizações que têm como

objetivo maior — ou deveriam ter, como orientou Mary Parker Follett — a felicidade e o

bem-estar da própria sociedade.

6.1 PROPOSIÇÕES PARA UMA AGENDA DE PESQUISA

Com base nas reflexões que este estudo proporcionou e que, devido às limitações de escopo

do trabalho, não puderam ser objeto de análise, destacam-se a seguir algumas possibilidades

de pesquisa consideradas interessantes para ampliar e consolidar o rol existente sobre terceiro

setor, ONGs, organizações da sociedade civil, gestão social, interorganizações:

- Desafios na gestão de projetos interorganizacionais: Quais são os desafios e conflitos

existentes em processos de gestão de projetos interorganizacionais? Uma pesquisa desta

natureza pode ser feita sob a perspectiva do poder ou de análise crítica das propriedades

de rede propostas por Alter e Hage (1992), por exemplo;

- Liderança em organizações da sociedade civil: Que contribuições um estudo sobre líderes

de organizações da sociedade civil pode trazer no campo das teorias sobre liderança?

Tannenbaum (1965 apud HALL, 1984) salienta, por exemplo, que há uma tendência de os

líderes sindicais obterem rendas mais elevadas do que os trabalhadores a quem

representam. Michels (1962 apud HALL, 1984) alerta que, no âmbito de organizações

voluntárias, há uma tendência de o grupo que está no poder tentar se manter nos cargos;

- Ética na gestão do terceiro setor: Que princípios e valores norteiam a gestão de

organizações do terceiro setor? Esta é uma questão interessante para ser estudada nos

diferentes tipos organizacionais do terceiro setor (associações, sindicatos, fundações

privadas, institutos privados etc.) e considerando a gestão da organização em si e, nos

casos em que são auto-sustentáveis, dos “negócios” por elas gerenciados. Um estudo da

motivação dos gestores de organizações ou um estudo de racionalidade nas organizações

Page 99: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

do terceiro setor podem servir de base para a discussão. Outra questão interessante no

âmbito da ética na gestão do terceiro setor seria uma pesquisa sobre organizações

filantrópicas que, na verdade, servem como fachada para negócios escusos ou negociações

ilícitas. Neste caso, a discussão pode ocorrer com base em matérias/reportagens de

jornais/revistas e levar em conta a existência (ou falta) de controle/fiscalização dessas

organizações;

- Relações entre Estado e organizações da sociedade civil: De que forma o Estado vem

consolidando parcerias com organizações da sociedade civil? Esta questão permite uma

investigação sobre a qualidade das relações estabelecidas e, além disso, permite verificar

os critérios que o Estado vem adotando na seleção de instituições parceiras para

desenvolver programas e projetos. Um estudo desta natureza pode identificar, por

exemplo, em que medida: o Estado vem “aproveitando” as iniciativas da sociedade civil já

existentes para estabelecer parcerias e, assim, otimizar recursos e oferecer melhores

serviços à sociedade; o Estado vem induzindo a criação de organizações da sociedade civil

com vistas ao estabelecimento de parcerias; o Estado cria organizações da sociedade civil

com o intuito de reduzir sua estrutura etc.. Outra questão interessante seria saber em que

medida a sociedade civil organizada participa da formulação e da execução de políticas

públicas e se, quando isto acontece, a sociedade, com toda a sua diversidade e

contemplando todas as classes sociais, é efetivamente representada.

Page 100: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

REFERÊNCIAS

ABRAMO, Perseu. Pesquisa em Ciências Sociais: Um Guia para Estudantes. Salvador: Núcleo de Recursos Didáticos da UFBA, 1974.

ALTER, Catherine; HAGE, Jerald. Organizations Working Together. Newbury Park: SAGE, 1993.

ALVES, Mário Aquino. Terceiro Setor: O Dialogismo Polêmico. 2002. Tese (Doutorado em Administração) – FGV/EAESP, Fundação Getúlio Vargas, São Paulo, 2002.

BABBIE, Earl. Métodos de Pesquisas de Survey. Belo Horizonte: UFMG, 1999.

BALESTRIN, Alsones; VARGAS, Lilia Maria. Evidências Teóricas para a Compreensão das Redes Interorganizacionais. In: Encontro Nacional de Estudos Organizacionais (ENEO), II, 2002, Recife. Anais... Recife: Observatório da Realidade Organizacional, PROPAD/UFPE, ANPAD.

BUARQUE, Sérgio C. Material didático. Disciplina “Tecnologias de Gestão do desenvolvimento Local”. Mestrado Profissional em Administração – MPA/NPGA, Salvador, 2000.

CARVALHO, Cristina Amélia Pereira. A Transformação Organizacional das ONGs no Brasil: Um Processo de Isomorfismo com as ONGs do Norte. In: Encontro Nacional de Estudos Organizacionais (ENEO), I, 2000, Recife. Anais... Recife: Observatório da Realidade Organizacional, PROPAD/UFPE, ANPAD.

CARVALHO, Juvenilda, CASTRO, Rocío, REGO, Vinícius & MASSOQUETE, Bernadete. Conselhos Municipais: sua Contribuição para o Desenvolvimento Local. In: Encontro da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Administração (ENANPAD), XXII, 1998, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: ANPAD.

CARVALHO, Maria do Carmo A. A.. Participação Social no Brasil Hoje. Pólis Papers , São Paulo, p. 42-45, Nov. 1998.

CASTRO, Rócio; MELO, Vanessa Paternostro. A Cultura Tecendo as Redes Sociais para o Desenvolvimento Local: o Fórum para a Revitalização do Centro de Salvador/Bahia. In: Congresso da Associação Latino-americana de Sociologia (ALAS), XXIII, 2001, Ciudad de Guatemala. Anais... Guatemala: ALAS.

CLUTTERBUCK, David; CRAINER, Stuart. Grandes administradores: homens e mulheres que mudaram o mundo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1993.

COELHO, Simone de Castro Tavares. Terceiro Setor: Um Estudo Comparado entre Brasil e Estados Unidos. São Paulo: Senac, 2000.

COMUNIDADE ATIVA. Uma Estratégia de Indução ao Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável. Brasília: Comunidade Solidária, set. 1999.

Page 101: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

FALCONER, Andrés Pablo. A Promessa do Terceiro Setor: Um estudo sobre a construção do papel das organizações em fins lucrativos e do seu campo de gestão. 1999. Dissertação (Mestrado em Administração) – Faculdade de Administração, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1999.

FARAH, Marta. Parcerias, novos arranjos institucionais e políticas públicas no nível local de governo. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, FGV, Jan/Fev 2001.

FERNANDES, Rubem César. Privado porém Público: o Terceiro Setor na América Latina. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1994.

______. O Que é Terceiro Setor? In: IOSCHPE, Evelyn Berg (org.). 3o Setor: Desenvolvimento Social Sustentado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

FISCHER, Rosa Maria; FALCONER, Andrés Pablo. Desafios da Parceria Governo-Terceiro Setor. Rio de Janeiro: I Encontro da Rede de Pesquisas sobre o Terceiro Setor na América Latina e Caribe – ISTR, 1998. Disponível em <http://www.rits.org.br> Acesso em 7 Abr. 2000.

FISCHER, Tânia. Gestão Contemporânea, Cidades Estratégicas: Aprendendo com Fragmentos e Reconfigurações do Local. In: ______ (org.). Gestão Contemporânea: Cidades Estratégicas e Organizações Locais. Rio de Janeiro: Editora Fundação Getúlio Vargas, 1997.

______. Interorganizações e Instituições como Recursos ao Desenvolvimento Local. Projeto de Pesquisa apresentado ao CNPq. Salvador: Escola de Administração da UFBA, NEPOL, 1999.

______ et al. Capacitação Avançada em Regulação: Desafios Institucionais às Interorganizações do Setor de Energia Elétrica no Brasil e Alternativas Críticas à Retórica da Competência. In: Encontro da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Administração (ENANPAD), XXV, 2001, Campinas. Anais... Campinas: ANPAD.

______. Poderes Locais, Desenvolvimento e Gestão: Introdução a uma Agenda. In: ______ (org.). Gestão do Desenvolvimento e Poderes Locais: Marcos Teóricos e Avaliação. Salvador: Casa da Qualidade, 2002.

FONTES, Breno Augusto Souto Maior. Capital Social e Terceiro Setor: sobre a estrutura das redes sociais e associações voluntárias. Caderno CRH, Salvador, n. 30/31, p. 239-264, jan./dez. 1999.

FORNI, Pablo. Las Redes Inter-organizacionales y sus implicaciones en el desarrollo de las Organizaciones Comunitarias de los Pobres y Excluidos: estudios de caso em el Gran Buenos Aires durante la década del noventa. In: Encontro de Estudos Organizacionais (ENEO), II, 2002, Recife. Anais... Recife: Observatório da Realidade Organizacional, PROPAD/UFPE, ANPAD.

Page 102: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

FRANÇA FILHO, Genauto Carvalho de. Esclarecendo Terminologias: As Noções de Terceiro Setor, Economia Solidária e Economia Popular em Perspectiva. Revista de Desenvolvimento Econômico, Salvador, Ano II, n. 5, p.51-59, Dez. 2001.

GOHN, Maria da Glória. Movimentos Sociais e ONG’s no Brasil na Era da Globalização. In: ______. Teoria dos Movimentos Sociais. Paradigmas clássicos e contemporâneos. São Paulo: Edições Loyola, 1997

GRAHAM, Pauline (org.). Mary Parker Follett: Profeta do Gerenciamento – Uma Celebração aos Escritos dos Anos 20. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1997.

HALL, Richard H. Organizações: Estrutura e Processos. Rio de Janeiro: Prentice-Hall do Brasil, 1984. HUDSON, Mike. Administrando Organizações do Terceiro Setor: o Desafio de Administrar sem Receita. São Paulo: Makron Books, 1999.

INOJOSA, Rose Marie. Redes de Compromisso Social. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, FGV, v. 33, n. 5, p. 115-41, Set./Out. 1997.

LANDIM, Leilah; BERES, Neide. As Organizações sem Fins Lucrativos no Brasil: Ocupações, Despesas e Recursos. Rio de Janeiro: Nau, 1999.

LOIOLA, Elizabeth; MOURA, Suzana. Análise de Redes: Uma Contribuição aos Estudos Organizacionais. In: FISCHER, Tânia (org.). Gestão Contemporânea: Cidades Estratégicas e Organizações Locais. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1997.

MACHADO, Antonio L. Itriago; MACHADO, Miguel Angelo Itriago. Las redes como instrumentos de transformación social. RITS, Caracas, 1999. Seção Acervo. Disponível em: <http://www.rits.org.br>. Acesso em 04 jul. 2000.

MACHADO NETO, A. L.. Problemas Filosóficos das Ciências Humanas. Brasília: Universidade de Brasília, 1966.

MEDINA, Miriam. Participação e Espaço Urbano no Contexto Colombiano. 1997. Dissertação (Mestrado em Arquitetura e Urbanismo) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 1997.

MEIRELLES, Helly Lopes. Direito administrativo brasileiro. Revista dos Tribunais, São Paulo, cap. VI, p. 289-353, 1991.

MENDES, Luís Carlos Abreu. Visitando o “Terceiro Setor” (ou Parte Dele)”. IPEA. Texto para Discussão No 647. Brasília, 1999. Disponível em <http://www.ipea.gov.br>. Acesso em 10 Abr. 2000.

______. Estado e Terceiro Setor: Uma Análise de Duas Iniciativas de Aproximação. In: Encontro da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Administração (ENANPAD), XXIII, 1999, Foz do Iguaçu. Anais... Foz do Iguaçu: ANPAD.

Page 103: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

MELO, V. et al. Consórcio Intermunicipal do Vale do Jiquiriçá: Uma Análise sob a Ótica das Redes. In: Encontro Nacional de Estudos Organizacionais (ENEO), II, 2002, Recife. Anais... Recife: Observatório da Realidade Organizacional, PROPAD/UFPE, ANPAD.

MELO, V. et al. Interorganizações e instituições baianas: construindo parcerias entre o Estado e a sociedade civil. TECBAHIA – Revista Baiana de Tecnologia, CEPED, Salvador, v. 16, n. 2, p. 118-126, Maio/Ago. 2001.

MOURA, Maria Suzana. Redes na Gestão Pública. In: ______. Cidades Empreendedoras, Cidades Democráticas e Redes Públicas: Tendências à Renovação na Gestão Local. 1997. Tese (Doutorado em Administração) – Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1997.

______ et al. Desenvolvimento Local Sustentável: O que sinalizam as Práticas. In: Congresso da Associação Latino-americana de Sociologia (ALAS), XXIII, 2001, Ciudad de Guatemala. Anais... Guatemala: ALAS.

NOHRIA, Nitin; ECCLES, Robert G. Networks and Organizations – Structure, Form and Action. Massachusetts: Harvard Business School Press, 1992.

OLIVER, Christine. Determinants of Interorganizational Relationships: Integration and Future Directions. Academy of Management Review, v. 15, n. 2, p. 241-265, 1990.

RODRIGUES, Maria Cecília Prates. Demandas sociais versus crise de financiamento: o papel do terceiro setor no Brasil. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, FGV, v. 32, n. 5, p. 25-67, Set./Out. 1998.

ROESCH, Sylvia. Gestão de ONGs – Rumo a uma Agenda de Pesquisas que Contemple a sua Diversidade. In: Encontro da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Administração (ENANPAD), XXVI, 2002, Salvador. Anais... Salvador: ANPAD.

SALAMON, Lester M.; ANHEIER, Helmut K. In Search of the non-profit sector I: The question of definitions. Voluntas, v. 3, n. 2, 1992.

______. The Third World’s Third Sector in Comparative Perspective. In: Lewis, D. (ed.) International Perspectives on Voluntary Action: Rethinking the Third Sector" London: Earthscan, 1999.

SANTANA, Maria das Graças Firpo Sandes. Organizações não-governamentais no Brasil: Um Estudo de Caso. 1992. Dissertação (Mestrado em Administração) – Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 1992.

SCHIOCHET, Valmor. Sociedade Civil e Democracia: Dimensão histórica e normativa da sociedade civil como uma esfera autônoma em relação ao mercado e ao Estado. Caderno do CEAS, Salvador, n. 151, p. 59-72, maio/jun. 1994.

SCHERER-WARREN, Ilse. ONGs Latino-americanas Construindo Redes Cidadãs. In: Cidadania sem Fronteiras: Ações Coletivas na Era da Globalização. São Paulo: Hucitec, 1999.

Page 104: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

SCHOMMER, Paula Chies. Investimento Social das Empresas: Cooperação Organizacional num Espaço Compartilhado. 2000. Dissertação (Mestrado em Administração) – Escola de Administração, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2000.

SOARES, Luiz Eduardo. Muito Além do Mercado. In: COELHO, Simone de Castro Tavares. Terceiro Setor: Um Estudo Comparado entre Brasil e Estados Unidos. São Paulo: Senac, 2000.

TENÓRIO, Fernando G. (org.). Gestão de ONGs: Principais Funções Gerenciais. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 2001.

______. Um Espectro Ronda o Terceiro Setor: O Espectro do Mercado. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, FGV, v. 33, n. 5, p. 85-102, Set./Out. 1999.

______. Gestão Social: Uma Perspectiva Conceitual. Revista de Administração Pública, Rio de Janeiro, FGV, v. 32, n. 5, p. 7-23, Set./Out. 1998.

TEODÓSIO, Armindo dos Santos de Sousa. Pensar o Terceiro Setor pelo Avesso: Dilemas e Perspectivas da Ação Social Organizada na Gestão Pública. In: Encontro da Associação Nacional de Programas de Pós-graduação em Administração (ENANPAD), XXV, 2001, Campinas. Anais... Campinas: ANPAD.

THOMPSON, Andrés. In: IOSCHPE, Evelyn Berg (org.). 3o Setor: Desenvolvimento Social Sustentado. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1997.

VILLAS BOAS, Renata. Os Canais Institucionais de Participação Popular. In: VILLAS BOAS (org.) Participação Popular nos Governos Locais. São Paulo: Pólis, 1994.

Page 105: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

APÊNDICE A – Roteiro de Entrevista com Representantes de Organizações do Terceiro

Setor

Preenchido por: __________________________________________ Data: __________________ Informações Gerais 1. Nome da Organização: ________________________________________________________

2. Razão Social: ________________________________________________________________

3. Sigla: _________________ 4. CNPJ: __________________ 5. Ano de fundação: _________

6. Endereço (Rua, Av., No, apto. etc.): ________________________________________________

_______________________________________________________________________________

7. Bairro: _____________________________________ 8. CEP: __________________________

9. Cidade: Salvador 10. Estado: Bahia

11. Cx. Postal: ______________________________ 12. CEP Cx. Postal: ___________________

13. Tipo: 1.( ) Sede/matriz 2.( ) Representação/filial/unidade de apoio

DDD Número Complemento

Telefone(s): 14.

15.

DDD Número Complemento

16. Fax:

17. E-mail da org.: _________________________ 18. Pág./site na Internet: _________________

19. Respondente: ________________________________________________________________

20. Cargo/Função: _______________________________________________________________

Perfil da Organização 21. Qual a abrangência geográfica de atuação da sua organização? (Marque apenas uma alternativa) 1.( ) Internacional 3.( ) Estadual 5.( ) Local/comunitário 2.( ) Nacional 4.( ) Municipal 6.( ) Metropolitano 22. Sua organização é identificada/registrada como: (Marque apenas uma alternativa) 1.( ) Soc. civil sem fins lucrativos/Associação 6.( ) Sindicato ou associação profissional 2.( ) Fundação privada 7.( ) Federação ou congregação 3.( ) Igreja ou associação religiosa 8.( ) Partido político 4.( ) Instituto 9.( ) Programa/Projeto 5.( ) Cooperativa 10.( ) Outro. Qual? __________________________ 23. Sua organização possui título de utilidade pública ou certificado? (Marque uma ou mais alternativas) 1.( ) Não possui 2.( ) título federal - MJ 3.( ) título estadual - Assembléia Leg. 4.( ) título municipal – Câmara de Vereadores 5. ( ) certificado de filantropia - MPAS 24. Indique as principais áreas de atuação da sua organização: (Marque uma ou mais alternativas) 1.( ) arte e cultura 13.( ) geração de trabalho e renda 2.( ) comunicação 14.( ) cidadania 3.( ) meio-ambiente 15.( ) economia popular 4.( ) direitos humanos/civis ou justiça 16 ( ) desenvolvimento local sustentável 5.( ) gênero 17.( ) organização e participação popular 6.( ) educação/profissionalização/capacitação 18.( ) prevenção/combate às drogas 7.( ) voluntariado 19.( ) questões urbanas

Page 106: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

12.( ) Membros da própria entidade 13.( ) Moradores do local 14.( ) Mulheres 15.( ) Negros 16.( ) Deficiente/port. necessidade especial 17.( ) Portadores de DST/HIV (AIDS) 18.( ) Presidiários 19.( ) Sociedade em geral 20.( ) Usuários/dependentes de droga 21.( ) Vítimas de discriminação 22.( ) Vítimas de violência 23.( ) Outros. Qual(is)? _________________

8.( ) infância e adolescência 20.( ) relações internacionais 9.( ) religião/ecumenismo 21.( ) lazer 10.( ) questão agrária/ movimentos rurais 22.( ) políticas públicas 11.( ) saúde 23.( ) assistência social 12.( ) combate à violência 24.( ) outros. Qual? _____________________ 25. Indique os principais serviços prestados pela sua organização: (Marque uma ou mais) 1.( ) capacitação de lideranças 9.( ) combate à discriminação/preconceito 2.( ) alfabetização 10.( ) assessoria 3.( ) defesa de direitos 11.( ) desenvolvimento tecnológico 4.( ) capacitação profissional 12.( ) banco de dados/documentação/informações 5.( ) educação à distância 13.( ) campanhas de esclarecimento/mobilização 6.( ) educação popular 14.( ) organização comunitária 7.( ) pesquisas e estudos 15.( ) experimentação/difusão de tecnologias 8.( ) atenção à saúde/combate a doenças 16.( ) crédito e microcrédito

17.( ) outros. Qual(is)? __________________

- Para cada serviço indicado, mencione um exemplo de forma de atuação/projeto: (usar o verso, se necessário)

26. Qual(is) o(s) público(s)-alvo/beneficiários atendido(s) pela sua organização? (Marque uma ou mais alternativas) 1.( ) Adolescentes/Jovens 2.( ) Adultos 3.( ) Classe trabalhadora. Qual? _______________ 4.( ) Crianças 5.( ) Desempregados 6.( ) Estudantes 7.( ) Homens 8.( ) Homossexuais 9.( ) Idosos (terceira idade) 10.( ) Comunidade Indígena/Índios 11.( ) Lideranças 27. Quantos são os beneficiários diretos: ____________________ 28 . Quantas pessoas são contratadas com carteira de trabalho/são efetivos: ___________ 29 Quantas pessoas são temporárias ou prestadoras de serviços: ___________ 30. Quantas pessoas são estagiários ou bolsistas: ___________ 31. Quantas pessoas são voluntárias: ___________ - Algumas perguntas sobre o principal dirigente da organização

Forma de atuação/Nome do Projeto: Breve Descrição: Recursos Necessários (materiais e humanos):

Forma de atuação/Nome do Projeto: Breve Descrição: Recursos Necessários (materiais e humanos):

Page 107: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

4. ( ) Organização parceira 5. ( ) Cibercafé 6. ( ) Centro público de acesso à Internet 7. ( ) Em suas residências/casas 8. ( ) Outros. Especifique: ____________________________

3.( ) 2º grau 4.( ) 1º grau 5.( ) alfabetização 6.( ) sem escolaridade

32. Nome: _____________________________________________ 33. Sexo: 1.( ) F 2.( ) M 34. Grau de Escolaridade: (Marque apenas uma alternativa)

0.( ) não sabe 1.( ) Superior 2.( ) Curso técnico-profissionalizante

35. Qual a idade do principal dirigente:

0.( ) não sabe ou não respondeu 1.( ) até 20 anos 2.( ) 21-30 anos 3.( ) 31-40 anos

36. Qual a principal atividade profissional do dirigente: _________________________________________________________________________________ 37. Quanto é orçamento previsto para o ano de 2001 (em R$): ____________________________ Acesso e Uso da Internet 38. Sua organização possui computadores(s)? 1. ( ) Sim. Quantos? _____________ 2. ( ) Não 39. Sua organização utiliza Internet? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não [Neste caso, marque a opção 0 (zero) das questões 43, 44 e 45] 40. Há computadores conectados à Internet na sua organização? 1. ( ) Sim. Quantos? ____________ [Neste caso, marque a opção 0 (zero) das questões 41 e 42] 2. ( ) Não 41. Se a sua organização tem computadores, mas não tem acesso à Internet, quais as razões para vocês não estarem conectados: (Marque uma ou mais alternativas) 0. ( ) Nós temos acesso (marque a opção 0 (zero) também na questão 42) 1. ( ) Nós consideramos que ter acesso à Internet na nossa entidade é desnecessário 2. ( ) Nossos computadores são insuficientes ou inadequados 3. ( ) Não temos linha telefônica para conectar os micros à Internet 4. ( ) Não há provedores de acesso à Internet na nossa região 5. ( ) Não sabemos como fazer para acessar a Internet 6. ( ) Nossos funcionários precisariam realizar cursos de capacitação para poder usar a Internet 7. ( ) Não temos recursos financeiros para acessar a Internet 8. ( ) Outros. Especifique:________________________________________________________ 42. Caso não haja acesso à Internet na sua organização, como os funcionários fazem para utilizá-la? (Marque uma ou mais alternativas) 0. ( ) Nós temos acesso 1. ( ) Órgão público 2. ( ) Biblioteca 3. ( ) Escola 43. Se a organização possui acesso, qual(is) a(s) principal(is) forma(s) utilizadas para conectar os computadores à Internet? (Marque uma ou mais alternativas) 0. ( ) Não temos acesso à Internet na organização 1. ( ) Chamada telefônica local 2. ( ) Chamada telefônica interurbana 3. ( ) Linha telefônica dedicada (conectada diretamente com a Internet) 4. ( ) Conexão via cabo unilateral (apenas cabo) 5. ( ) Conexão TV a cabo bidirecional (linha e cabo) 6. ( ) Conexão via rádio digital (sem cabo)

4.( ) 41-50 anos 5.( ) 51-60 anos 6.( ) acima de 60 anos

Page 108: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

44. Para que a Internet é utilizada em sua organização? (Marque uma ou mais alternativas) 0. ( ) Não temos acesso à Internet na organização 1. ( ) Pesquisa/busca de informação 2. ( ) Comunicação entre/com funcionários 3. ( ) Comunicação com organizações parceiras 4. ( ) Comunicação com comunidade/usuários/clientes 5. ( ) Realização de trabalhos coletivos/em grupo/em rede 6. ( ) Divulgação de informações, serviços e atividades 7. ( ) Realização de campanhas de mobilização 8. ( ) Treinamento/capacitação 9. ( ) Prestação de serviços

10. ( ) Outros. Especifique: _______________________________________________________ 45. Quais os principais recursos/serviços que sua organização utiliza na Internet? (Marque uma ou mais alternativas) 0. ( ) Não temos acesso à Internet na organização 1. ( ) E-mail (correio eletrônico) 2. ( ) Fóruns/listas de discussão 3. ( ) Chats, ICQ, Mirc, Paltalk ou outros sistemas online 4. ( ) Navegação/pesquisa em sites da rede (www) 5. ( ) Página de Internet da própria organização (home-page própria) 6. ( ) Disponibilização de informações através de Bancos de Dados online 7. ( ) Outros. Especifique: ________________________________________________________ Desenvolvimento e Integração 46. Com que tipo de organização sua entidade mais estabelece parcerias para desenvolver suas ações/projetos? (Marque uma ou mais alternativas) 0. ( ) Não estabelecemos parcerias 1. ( ) Administração pública/órgãos governamentais

Especifique: 10. ( ) Nível municipal 11. ( ) Nível estadual 12. ( ) Nível federal

2. ( ) Empresas públicas 3. ( ) Empresas privadas 4. ( ) Associações/organizações comunitárias (marque a opção 6) 5. ( ) Sindicatos/associações profissionais 6. ( ) ONGs (organizações não governamentais) 7. ( ) Redes/fóruns/federações de organizações 8. ( ) Agências multilaterais/internacionais. Quais?_____________________________________ 9. ( ) Outros. Especifique: ________________________________________________________ 47. Qual a participação de cada fonte de recursos financeiros no orçamento da sua organização?

Fonte

% do total recursos

Qual(is):

1. Fontes internacionais de cooperação 2. Fundações ou institutos internacionais 3. Órgãos do governo federal 4. Órgãos do governo estadual 5. Órgãos do governo municipal 6. Empresas privadas nacionais 7. Fundações ou institutos privados nacionais 8. Venda de produtos e serviços/Ativ. produtivas 9. Contribuições/Doações de pessoa física 10. Outros

Page 109: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

48. Sua organização conhece e/ou participa de alguma das iniciativas abaixo? [Marque 0 (zero) para Não e 1 (um) para Sim nos espaços indicados]

Iniciativa Conhece Participa Especifique:

1. Conselhos ( ) ( ) 2. Fóruns ( ) ( ) 3. Planos/Planejamentos municipais ( ) ( ) 4. Planos/Planejamentos regional ( ) ( ) 5. Agenda 21 local ( ) ( ) 6. Orçamentos públicos participativos ( ) ( ) 7. Planos/Planejamentos federais ( ) ( ) 8. Outras. Quais? ( ) ( ) 49. Você tem conhecimento de iniciativas de Desenvolvimento Local (DL) ou Desenvolvimento Local Sustentável (DLS) ou Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS), etc.? 1. ( ) Sim. Qual(is)?______________________________________________________________ 2. ( ) Não 50. Participa de alguma iniciativa? 1. ( ) Sim. Qual(is)? _____________________________________________________________ 2. ( ) Não 51. Membros de sua organização já receberam algum tipo de capacitação, treinamento ou curso ou relacionados ao tema “Desenvolvimento Local Integrado e Sustentável (DLIS)”? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 52. Sua organização ou membros dela atuam ou já atuaram como multiplicadores em processos de desenvolvimento local (em capacitação comunitária, por exemplo)? 1. ( ) Sim 2. ( ) Não 53. Mencione as principais dificuldades que sua organização enfrenta para executar suas atividades: (usar o verso, se necessário)

54. Indique outras entidades sociais, associações, ONGs da sua comunidade: (usar o verso, se necessário)

Organização Contato Tel. 55. Espaço livre para sugestões e comentários: (usar o verso, se necessário)

- Escolha um LOGIN e uma SENHA para o cadastro da sua instituição na página da pesquisa (Internet). Em breve, eles serão remetidos para você por correio, tel. ou por e-mail, assim como instruções para atualização das suas informações. Obrigado!

56. Login: _____________________________ 57. Senha: _______________________________

Page 110: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

APÊNDICE B – Questões Cruzadas para Análise

Questão Com questão Objetivo: Verificar se... 22 o surgimento dos tipos organizacionais tem relação com o ano de

fundação 24 a atuação em determinadas áreas tem relação com o ano de

fundação 25 a prestação de determinados serviços tem relação com o ano de

fundação

5

26 o foco em determinados públicos tem relação com o ano de fundação

14 46 as organizações que não têm parceria são as mesmas que não possuem telefone

17 46 as organizações que não têm parceria são as mesmas que não usam e-mail

22 a abrangência geográfica das ações tem relação com os tipos de organização

24 a abrangência geográfica das ações tem relação com as áreas de atuação

25 a abrangência geográfica das ações tem relação com os serviços prestados

26 a abrangência geográfica das ações tem relação com os públicos atendidos

47 a abrangência geográfica das ações tem relação com as fontes de recursos

48 a abrangência geográfica das ações das organizações tem relação com os espaços de articulação interorganizacional de mesma abrangência geográfica

21

50 determinada(s) abrangência(s) geográfica(s) das ações tem relação com a participação em processos de desenvolvimento local

24 o tipo organizacional tem relação com áreas de atuação 25 o tipo organizacional tem relação com serviços prestados 26 o tipo organizacional tem relação com foco em determinados

públicos 27 o tipo organizacional tem relação com o saber especificar a

quantidade de beneficiários (noção de impacto das ações) 28 a 31 a relação entre o tipo organizacional e o perfil dos trabalhadores 32 a 36 a relação entre o tipo organizacional e o perfil dos dirigentes

37 a relação entre o tipo organizacional e o orçamento 38 o tipo organizacional tem relação com a (não) posse de

computadores 46 o tipo organizacional tem relação com determinadas parcerias 47 o tipo organizacional tem relação com as fontes de recursos 48 o tipo organizacional tem relação com os espaços de articulação

interorganizacional

22

50 o tipo organizacional tem relação com a participação em processos de desenvolvimento local

Page 111: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Questão Com questão Objetivo: Verificar se...

25 a relação entre áreas e serviços prestados 26 a relação entre áreas e públicos atendidos

28 a 31 a relação entre as áreas de atuação e o perfil dos trabalhadores 32 a 36 a relação entre as áreas de atuação e o perfil dos dirigentes

37 a relação entre as áreas de atuação e o orçamento 46 as áreas de atuação têm relação com determinadas parcerias 47 as áreas de atuação têm relação com as fontes de recursos 48 as áreas de atuação têm relação com os espaços de articulação

interorganizacional

24

50 as áreas de atuação têm relação com a participação em processos de desenvolvimento local

26 a relação entre os serviços prestados e públicos atendidos 38 a 31 a relação entre os serviços prestados e o perfil dos trabalhadores 32 a 36 a relação entre os serviços prestados e o perfil dos dirigentes

37 a relação entre os serviços prestados e o orçamento 46 os serviços prestados têm relação com determinadas parcerias 47 os serviços prestados têm relação com as fontes de recursos 48 os serviços prestados têm relação com os espaços de articulação

interorganizacional

25

50 os serviços prestados têm relação com a participação em processos de desenvolvimento local

38 a 31 a relação entre os públicos atendidos e o perfil dos trabalhadores 32 a 36 a relação entre os públicos atendidos e o perfil dos dirigentes

37 a relação entre os públicos atendidos e o orçamento 46 os públicos atendidos têm relação com determinadas parcerias 47 os públicos atendidos têm relação com as fontes de recursos 48 os públicos atendidos têm relação com a participação nos espaços

de articulação interorganizacional

26

50 os públicos atendidos têm relação com a participação em processos de desenvolvimento local

37 a relação entre perfil dos trabalhadores e orçamento da organização

28 a31

47 a relação entre o perfil dos trabalhadores e as fontes de recursos 37 a relação entre perfil dos dirigentes e orçamento da organização 47 o perfil dos dirigentes tem relação com as fontes de recursos 48 o perfil dos dirigentes tem relação com os espaços de articulação

interorganizacional

32 a 36

50 o perfil dos dirigentes tem relação com a participação em processos de desenvolvimento local

47 (não) ter parcerias e os tipos de parcerias tem relação com as fontes de recursos

48 (não) ter parcerias e os tipos de parcerias tem relação com a participação nos espaços de articulação interorganizacional

46

50 (não) ter parcerias e os tipos de parcerias tem relação com a participação em processos de desenvolvimento local

Page 112: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

APÊNCIDE C – Formas de Atuação/Projetos das Organizações Pesquisadas28

Abrigo Mariana Magalhães (OFS) Projeto 1: Moradia, alimentação e atenção à saúde Descrição: O abrigo presta serviços ao público idoso fornecendo moradia, alimentação e auxílio à saúde Recursos necessários: Voluntários, alimentos e vestuário doados Afoxé Filhas de Gandhi Projeto 1: Doação de Alimentos Descrição: Conjuntamente com a Fundação José Silveira fornecem pão e leite de soja para pessoas carentes, todas as sextas-feiras Projeto 2: Capacitação Solidária Descrição: Cursos de percussão, conjuntamente com a UNEB, para 30 mulheres aproximadamente. Duração 5 meses Recursos necessários: Instrumentos de percussão, professores e músicos, apostilas, cópias, professores do 2º grau Afoxé Kori Efan (KORI EFAN) Projeto 1: Cursos diversos Descrição: Cursos de dança folclórica, capoeira (2 níveis: angola e regional); curso de língua (iorubá) e candomblé Recursos necessários: 6 professores Projeto 2:Ensino à população carente Descrição: Ensino abrange áreas culturais como dança, maculelê Recursos necessários: Professores, apostilas e equipamento de som Afro Gabinete de Articulação Institucional e Jurídica (AGANJU) Projeto 1: Assistência jurídica Descrição: Trabalho com assistência jurídica a vítimas de discriminação racial Recursos necessários: Advogados Projeto 2: Conscientização Descrição: Trabalho contra a discriminação e conscientização da população negra no período do carnaval. Recursos necessários: Material gráfico, camisas, pessoas capacitadas para o trabalho Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos Assistenciais (ADRA) Projeto 1: Capacitação Profissional e Desenvolvimento Tecnológico Descrição: Possui um centro comunitário no Engenho Velho de Brotas, onde realizam projetos ligados ao artesanato. Dão cursos de manutenção de computadores (Programa Capacitação Solidária) Recursos necessários: Voluntários, computadores, estrutura física do Centro Comunitário Projeto 2: Alfabetização / Campanha de esclarecimento/ Combate à doença Descrição: Alfabetização de adultos durante a noite no Centro; projeto de saúde comunitária(Saúde no Bairro), que possui atendimento odontológico para crianças; palestras sobre DST e AIDS, Hipertensão; implantação do projeto "AIDS em Cena" Recursos necessários: Professores voluntários, clínica móvel, dentistas, etc. Alcoólicos Anônimos da Bahia (AA) Projeto 1: Programas de recuperação de dependentes alcoólicos Descrição: Forma grupos de dependentes alcóolicos visando a recuperação dos mesmos Recursos necessários: Espaço físico (salas), voluntários, cadeiras Associação Bahiana dos Cronistas Desportivos (ABCD) Projeto 1: Defesa de direitos Descrição: Defende os associados juridicamente Recursos necessários: Advogados Projeto 2: Clube de Lazer Descrição: Destinado aos cronistas desportivos e familiares, aberto nos finais de semana. Recursos necessários: Profissional de Relações Públicas Projeto 3: Confecção de carteiras profissionais

28 Nem todas as organizações exemplificaram a forma de atuação. Por isso, não estão ilustradas as 180 organizações.

Page 113: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Confeccionam carteiras de identificação dos cronistas desportivos associados para entrada em estádios Associação Bahiana dos Profissionais de Salões de Beleza, Estética e Afins (ABPS) Projeto 1: Cursos Profissionalizantes Descrição: Cursos gerais ministrados por profissionais da área Recursos necessários: Palestrantes, produtos, utensílios de salão Associação Baiana de Adolescência (ASBA) Projeto1: Organização de Conferências e Palestras Descrição: Voltado para profissionais que trabalham com adolescentes. São exemplos: VIII Congresso Brasileiro de Saúde do Adolescente, VII Congresso Internacional de Saúde na Adolescência, III Congresso da ASBRA (Associação Brasileira de Adolescência) e I Congresso Internacional de Adolescentes; Jornadas Científicas Multidisciplinares realizadas na Associação Baiana de Medicina Recursos necessários: Parceiros; Profis sional de secretaria; Contabilista; Administrador (staff); Estrutura física; Material de Escritório; Computador; Assessoria em Informática Projeto 2: Consultoria/Assessoria Descrição: Em relação a questões ligadas a infância e adolescência Projeto 3: Oficinas Culturais Descrição: Realizadas em bibliotecas públicas para adolescentes Recursos necessários: Instrutores; Transporte Projeto 4: Publicação em revistas Descrição: Parceria com a Revista "Adolescência Latino-americana", na qual publicam e recebem desconto para assinatura Recursos necessários: Recurso financeiro para assinatura; Apoio gráfico para publicação própria Associação Baiana de Apoio à Prevenção, Terapia, Estudos e Pesquisas sobre Abuso de Drogas (ABAPEQ) Projeto 1: Educação Popular/Saúde Descrição: Trabalho de agentes de saúde informando para as comunidades, através de palestras e apresentação de material didático Recursos necessários: Agentes de saúde, material didático Projeto 2: Assessoria Descrição: Apoio à informação de outros centros, em outras cidades e outros estados Associação Baiana de Cegos (ABC) Projeto 1: Defesa dos Direitos/Campanhas de esclarecimento Descrição: Oferece orientação jurídica aos associados; seminários oferecidos sobre o tema da deficiência física (cegueira) Recursos necessários: Advogados, folhetos, palestrantes voluntários Projeto 2: Capacitação profissional Descrição: Possui sala de informática, sala de massagem terapêutica Recursos necessários: Recursos de áudio e vídeo, salas de artesanato, computadores Associação Baiana de Recuperação do Excepcional (ABRE) Projeto 1: Campanha de prevenção da deficiência Recursos necessários: Cartilha, apoio da mídia e palestrantes Projeto 2: Campanha de abuso de crianças portadoras de deficiência mental Recursos necessários: Cartilha, apoio da mídia e palestrantes Projeto 3: Reabiliatação com equipe multi e interdisciplinar Recursos necessários: Equipamentos, profissionais (psicólogo, médicos, fisioterapeutas, assistente social e terapeuta ocupacional) Associação Baiana de Síndrome de Down (Ser Down) Projeto 1: Grupo Pais Apoio Descrição: Atuação na maternidade ou residência dos pais de pessoas com síndrome de down Recursos necessários: cartilhas (material gráfico, criação), pais que já viveram a situação, parceiros Projeto 2: Quem é Igual a Quem? Descrição: Peça de teatro para divulgar e conscientizar as pessoas sobre inclusão portadores de síndrome de down. Inaugurada no dia 04/08/01 no Espaço Xis. Projeto apresentado em escolas públicas e particulares. Pretende-se torná-la oficina permanente

Page 114: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Transporte, cachês, figurino, cenário, iluminação, parceiros Projeto 3: Projeto Educação Descrição: Formação de educadores com cursos de formação sobre inclusão, preparando professores (voluntários) para serem multiplicadores Projeto 4: Plantão de Educação Descrição: Feito uma vez por semana com os professores/multiplicadores formados via Projeto Educação. Estes multiplicadores também participam de debates no final da peça "Quem é Igual a Quem", motivando a discussão Projeto 5: Formação de voluntariado Descrição: Todo o pessoal da SerDown é voluntário Projeto 6: Incentivo à criação de outras associações em outros municípios Descrição: Através de palestras, contatos e assessoria Projeto 7: Promoção de eventos Descrição: Palestras, encontros sobre inclusão do portador de síndrome de down Projeto 8: Oficina "Um Show de Inclusão" Descrição: Para o processo de contagem das notas doadas para a campanha estadual "Sua Nota é um Show", incluem seis adolescentes e adultos portadores da síndrome de down para que tenham uma atividade, trabalhem em grupo, trabalham a motricidade e com o objetivo de construção da cidadania Projeto 9: Plantão de Pais Descrição: Todas as quartas-feiras à noite, pais de portadores de síndrome de down realizam um plantão para atendimento ao público Projeto 10: Publicação de boletim trimestral Descrição: Voltado, principalmente, para os profissionais de saúde. Recursos necessários: gráfica voluntária, edição, redação Projeto 11: Biblioteca Descrição: Possuem e disponibilizam ao público uma mini-biblioteca, para pesquisas e estudos Recursos necessários: Livros, estantes Associação Beneficente Sócio-Cultural (ABSC) Projeto 1: Projeto de Desenvolvimento Social Descrição: Educação de crianças, jovens, adultos e idosos Recursos necessários: Psicólogos, pediatra Projeto 2: Cursos profissionalizantes Descrição: Cabeleireiro, manicure, confecção de peças íntimas, artesanato, congelamento que já fizeram em parceria com o SENAC e estão abertos A parcerias Recursos necessários: Instrutores, material didático Projeto 3: Assessoria jurídica Associação Brasileira de Capoeira Angola (ABCA) Projeto 1: Aperfeiçoamento em capoeira Descrição: Curso de aperfeiçoamento em capoeira angola, reciclagem a partir de trenel até mestre, rodas, miniloja (produção de berimbau) Recursos necessários: 8 mestres em cada curso, papel para certificado, cerimônia de abertura e encerramento dos cursos, cartucho para impressora Projeto 2: Fábrica e escola Descrição: Aulas de canto e de produção de instrumentos Recursos necessários: Cabaça, tinta, lixa, prego Associação Brasileira de Enfermagem - Seção Bahia (ABEN) Projeto 1: Congresso Bahiano de Especialidades em Enfermagem Descrição: Organização da categoria em especialidades, em sociedade e associações especialistas. Reflexão da prática profissional no Sistema Único de Saúde Recursos necessários: 3 funcionários e enfermeiras; materiais para palestras e cursos Projeto 2: Curso de capacitação para pessoal e atividade de limpeza hospitalar (Comunidade Solidária) Descrição: Teve como público os jovens do Nordeste de Amaralina com os quais se discute diversos temas como combate ao uso de drogas. Recursos necessários: 6 docentes, 1 secretária, 1 coordenadora pedagógica; material de ensino Associação Camp us Avançado Unipaz Bahia (Unipaz-BA) Projeto 1: Oficinas Profissionalizantes para Jovens Descrição: Formação holística de jovens, nas áreas de reciclagem de lixo, informática e massoterapia

Page 115: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Móveis e utensílios para reciclagem, lixos recicláveis (papel, plástico), educadores, transporte Projeto 2: Seminários de Conscientização Descrição: "A Arte de Vivem em Paz" (Educação para a Paz e Não-violência). Trabalho realizado com jovens, em favelas, presídios etc. Recursos necessários: Papel flipchart, papel para transparências, material didático, transporte Projeto 3: Revista Meta Descrição: Edição trimestral da Revista Meta (revista holística transdisciplinar). É nacional, mas feita pelo campus da Bahia Recursos necessários: Impressão gráfica Associação Comunitária de Apoio, Qualificação e Cultura dos Trabalhadores da Bahia (ACAT) Projeto 1: Arte de Servir Descrição: Qualificação para garçom e barman Recursos necessários: Voluntários, ex-garçons, membros da associação; instalações da associação e apostilas do SENAC Projeto 2: Jovem Artista Descrição: Engloba todas as artes: plásticas, dramática, pintura e elaboração de sandálias de couro. São os itens mais bem aceitos pelos turistas Recursos necessários: Apoio do Comunidade Solidária; freezer, fogão, geladeira, pincéis, tintas e cavaletes Projeto 3: Palestras Descrição: Realização de palestras para a comunidade envolvendo temas como saúde, gravidez e drogas Recursos necessários: Espaço para as palestras, especialistas nos temas e capacitação de palestrantes Associação Cristã de Amparo Social Projeto 1: Curso de Formação Profissional Culinária Descrição: Cursos de culinária e cabeleireiro Recursos necessários: Salas, professores, estudantes de nível superior Associação Cultural Afoxé Filhas d'Oxum Projeto 1: Fabricação de instrumentos Descrição: Arte de fabricar atabaque, arte do traçado, dança, percussão, ministrar curso de pintura em vidro (em projeto). Com o intuito de tirar as crianças das ruas, bem como projetos para idosos visando lazer, passeios, eventos e danças Recursos necessários: Carteiras, mesas, material didático; 5 instrutores Projeto 2: Rainha do Ouro Descrição: Projeto Cultural - Escolha da Rainha do Carnaval Recursos necessários: Espaço, sonorização, fotos, filmagem, orquestra, decoração, serviços (hotel, garçom), segurança, convite, troféus, flores, atração, banda, brindes, computação gráfica, assessoria de imprensa, buffet, montagem, transporte e recepcionistas Associação das Baianas de Acarajé do Estado da Bahia (ABA) Projeto 1: O que é que a baiana tem? (Capacitação Solidária) Descrição: Capacita filhos de baianas de acarajé - culinária, direitos humanos, aulas de inglês e espanhol Recursos necessários: panelas, formulários para os cursos, talheres, pratos, 5 professores Há um projeto esperando aprovação destinado a prevenção a AIDS em que serão distribuídos preservativos masculinos e femininos Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais (AATRBA) Projeto 1: Capacitação de Lideranças Descrição: Cursos específicos e programas de formação de lideranças preferencialmente rurais Recursos necessários: Cientistas políticos, economistas, psicólogos, assistentes sociais, computadores, projetores Projeto 2: Assessoria Descrição: Assessora juridicamente grupos de trabalhadores rurais Recursos necessários: Advogados Associação de Docentes da UCSal (ADUCSal) Projeto 1: Assessoria política e jurídica Associação de Moradores da Rua Padre Eloy e Adjacências (AMPEA)

Page 116: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 1: Orientação e difusão do exercício da cidadania Recursos necessários: Educadores, orientadores, roupas, livros Projeto 2: Alfabetização de adultos Projeto 3: Conscientização para palestras e encontros Projeto 4: Trabalhos de valorização da cultura africana Projeto 5: Campanha de combate ao zoonose contra ratos, sobre saneamento básico através de divulgação com folhetos Recursos necessários: Material educativo, técnicos da área de saúde Associação de Moradores do Gantois Souza Uzel Projeto 1: Palestras sobre saúde Descrição: Realizam palestras sobre hipertensão há cerca de 01 ano, com caráter preventivo Recursos necessários: Médicos e assistentes sociais voluntários para palestra Projeto 2: Atividades culturais e formadoras Descrição: Parceria com o Projeto "Ed 10" (organização do jogador de futebol Edilson). Envolve aulas de dança, capoeira, palestras etc. Recursos necessários: Professores, espaço físico Associação de Moradores e Amigos do Garcia (AMAG) Projeto 1: Realização de palestras Breve Descrição: Realizam palestras para associados e moradores do bairro, com celebridades como Cid Moreira, entre outros Recursos necessários: Palestrantes, auditório Projeto 2: Capacitação Profissional Breve Descrição: Oferecem treinamento, através do Programa Capacitação Solidária (Projeto Fotovida - curso de fotografia; Projeto Arte e Reciclagem de Papel) Recursos necessários: Instrutores; material didático Projeto 3: Esclarecimentos à comunidade local Breve Descrição: Vão de casa em casa dando informações sobre alguns assuntos de interesse coletivo e público, que se constitui problema (ex.: epidemia da dengue - educação para a saúde; conscientização sobre coleta de lixo) Recursos necessários: Voluntários (instrutores); cartilhas educativas Projeto 4: Mobilização junto ao Poder Público Breve Descrição: Vão de casa em casa dando informações sobre alguns assuntos de interesse coletivo e público, que se constitui problema (ex.: epidemia da dengue - educação para a saúde; conscientização sobre coleta de lixo) Recursos necessários: Salas para discussão; transporte Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do Estado da Bahia (APADA) Projeto 1: Inserção do surdo na sociedade Descrição: Educar e capacitar o deficiente com foco em educação, mercado de trabalho e família Recursos necessários: 31 profissionais (psicólogos, pedagogos, fonoaudiólogas, intérpretes, apoio, administração); espaço físico, material didático e de escritório Projeto 2: SETRAS e Comunidade Solidária Descrição: Capacitação profissional do deficiente (panificação, cabeleireiro e pintura) Recursos necessários: Profissionais da entidade; material didático Projeto 3: Fita de vídeo para surdos Descrição: Um membro visita escolas passando fitas de vídeo direcionadas para surdos, abordando temas educacionais Projeto 4: Caminhadas e passeios Descrição: Caminhadas, passeios a praças, clubes, praias e viagens a outras cidades Recursos necessários: Transporte e alimentação Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Salvador (APAE – Salvador) Projeto 1: Capacitação profissional Descrição: Aulas ministradas por professores em parceria com Comunidade Solidária; Convênio com SETRAS e SETRADS; convênios com MEC e MI (CORDE) Recursos necessários: Professores, material didático, infra-estrutura Projeto 2: Atenção a Saúde Descrição: Serviço de rastreamento neonatal (teste do pezinho); Laboratório de análises clínicas; Centro médico

Page 117: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Atividade auto-sustentável. Profissionais da área de saúde e espaço físico próximo à sede da organização e equipamentos para os exames Projeto 3: Defesa de direitos Descrição: Esclarecendo a população dos direitos dos portadores de deficiência Recursos necessários: Folders, palestras Associação do Movimento de Donas de Casa e Consumidores da Bahia (MDCCB) Projeto 1: Cursos profissionalizantes Descrição: Qualificação de mão-de-obra de jovens para jardinagem e empregada doméstica Recursos necessários: sala cedida, material didático, palestrantes consultores Projeto 2: Defesa de Direitos Descrição: curso dos direitos do empregador doméstico e direito e defesa do consumidos e educação para o consumo Recursos necessários: sala cedida, material didático, palestrantes consultores Associação dos Artesãos do Centro Histórico Projeto 1: Oficina de Arte e Vivência Descrição: Junto com a feira Malê do Livro, trabalham com crianças e adolescentes que vivem nas ruas de Salvador, oficina de arte, capoeira, berimbau, estamparia, com apoio do SESI Recursos necessários: 10 instrutores, tinta, tecido, caderno, lápis, berimbau, cabaça, roupa de capoeira, pincel, papel Projeto 2: Capacitação Solidária Descrição: Formação de guias turísticos em três fases (módulo básico, específico e vivência). Curso de profissionalização em cartonagem para 25 alunos Recursos necessários: 6 instrutores, vale-transporte, alimentação, material didático Associação dos Diabéticos de Salvador (ADISA) Projeto 1: Oficina Múltipla Descrição: Arte culinária, artesanato, corte e costura, bordados, pintura. Recursos necessários: 3 professores voluntários, alimento, tecidos, linha, agulha, tinta. Projeto 2: Internacional LAIOS Clube Descrição: Projeto de consultório odontológico e oftalmológico Recursos necessários: Equipamentos oftalmológicos, 1 endocrinologista, 2 ginecologistas, 1 geriatra, 1 genontóloga Associação dos Educadores das Escolas Comunitárias da Bahia (AEECBA) Projeto 1: Manutenção de Escolas Comunitárias: Descrição: Capacitação de professores, manutenção da escola, merenda escolar, remuneração do professor e material didático Recursos necessários: Profissionais, convênios com prefeitura e material didático Projeto 2: Construção de sede própria Descrição: Centro catalisador das idéias de formação do movimento, reuniões de conselhos Recursos necessários: Computador, material de escritório, secretária, arquivos Associação dos Estudante de Itaberaba (AEI) Projeto 1: Alojamento para estudantes Descrição: Aloja estudantes provenientes do interior do estado (Itaberaba) Recursos necessários: Verbas municipais e apoio/mensalidades dos associados Projeto 2: Formação cívica Descrição: O estatuto da associação prevê a interação dos estudantes com idéias de civismo e o retorno profissional/técnico para o município Recursos necessários: Os associados Associação dos Estudantes Ipiraenses (AEIPI) Projeto 1: Alojamento de Estudantes Descrição: A associação recebe estudantes provenientes do interior do estado (Ipirá) Recursos necessários: Verbas da prefeitura e contribuição dos associados Associação dos Estudantes Universitários e Secundaristas de Ubaí (AEUSU) Projeto 1: Educação

Page 118: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Apoio para estudantes do município de Ubaí para estudar em Salvador Projeto 2: Campanhas de esclarecimento Descrição: Realização de palestras sobre os mais variados temas Associação dos Funcionários Públicos do Estado da Bahia (AFPEB) Projeto1: Defesa de direitos do quadro social Descrição: Defende associados em casos jurídicos. Busca a atuação dos direitos dos Servidores Públicos Recursos necessários: Advogados, materiais jurídicos Projeto 2: Curso Ginasial (Ensino Fundamental) Descrição: Oferece ensino gratuito à associados e à população em geral Recursos necessários: Professores, material escolar, espaço físico Associação dos Guias de Turismo do Centro Histórico de Salvador (AGTURCHSA) Projeto 1: Atividade de guiamento histórico cultural Descrição: Explicação sobre os movimentos históricos, ruas, praças, ajudando turistas e população local. Os guias têm pontos fixos, como igrejas, onde são cobradas taxas que variam de acordo com o guia Recursos necessários: Sala de cursos, professores de história, museologistas, material didático, impressão, folder Projeto 2: Divulgação da cidade de Salvador em Porto Alegre Descrição: Com o objetivo de limpar a imagem do evento greve da polícia militar (ocorrida em junho de 2001) e para divulgar a cidade de Salvador Recursos necessários: hospedagem, viagem, material de divulgação, camisetas, uniformes para os associados, credencial Associação dos Moradores e Amigos do Campo Grande, Canela e Vitória (ASCAVI) Projeto 1: Pressão junto ao poder público Descrição: Lutam pelo saneamento básico, segurança etc. dos bairros do Canela, Vitória e Campo Grande. Recentemente, por exemplo, conseguiram junto à Prefeitura Municipal a reforma da Praça do Campo Grande, o que vai beneficiar a população de toda a cidade (não apenas os moradores do local). Outro exemplo de atuação: pressão para a construção do viaduto Canela-Graça e pela ladeira Vale do Canela-Campo Grande em sentido mão dupla) Recursos necessários: voluntários Associação dos Proprietários de Padaria da Bahia (APPB) Projeto 1: Assessoria jurídica a pessoa física Descrição: Assessora os sócios juridicamente em casos de aquisição de casas, por exemplo Recursos necessários: Advogados Projeto 2: Salão Social Descrição: Oferece um salão de jogos para os seus sócios Recursos necessários: Salão, mesas, cadeiras, jogos Associação dos Servidores Públicos do Município de Salvador (ASPMS) Projeto 1: Capacitação profissional Descrição: Oferece curso de profissionalização, como por exemplo, corte e costura, cabeleireiro Recursos necessários: Professores, médicos, salas de aula, consultórios médicos Projeto 2: Microcrédito Descrição: Concessão de pequenos empréstimos para associados Recursos necessários: Recursos financeiros, tesoureiro Projeto 3: Clube de lazer Associação Estudantil do Guanambi (REG) Projeto 1: Capacitação Profissional / Alojamento Descrição: Agrega estudantes do interior para formação superior ou técnica. Serve de alojamento para os mesmos Recursos necessários: Verbas da Prefeitura de Guanambi Associação Internacional dos Estudantes de Ciências Econômicas e Com. de Salvador (AIESEC Salvador) Projeto 1: Intercâmbio Profissional Descrição: Seleção de estudantes universitários e recém-formados para realização de estágio remunerado no exterior, em todo o mundo

Page 119: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Material gráfico, computador, profissionais de RH, Internet, parcerias com organizações para receber os estagiários Associação Júnior Achievement da Bahia Projeto 1: Projeto Mini-empresa Descrição: É um projeto de educação econômica prática que através do método "aprender fazendo", proporciona ao estudante experiência de negócios na Organização e operação de uma empresa. São quinze jornadas para turmas de vinte e cinco alunos, ministradas em colégios parceiros Recursos necessários: Material didático padrão e quatro orientadores voluntários (empresários, executivos) Projeto 2: Projeto Introdução ao Mundo dos Negócios Descrição: São atividades para o desenvolvimento de plano de negócios, contratação de funcionários, comparação de métodos de produção, propaganda e vendas. São cinco jornadas para turmas regulares da quinta série do ensino fundamental Recursos necessários: Material didático padrão e orientador voluntário Associação Mensageira do Amor Cristão (AMAC) Projeto 1: Assistência na Área de Educação Descrição: Recolhem, através do Conselho Tutelar, as crianças e as encaminham para a escola (conveniada com a Secretaria de Saúde), para que prestem o serviço. Porém na Associação elas recebem noção de educação doméstica e várias atividades de recreação Recursos necessários: Pediatra, pedagogas, professores de Capoeira, brinquedos, livros, aparelhos de som Projeto 2: Projeto de Psico-Motricidade Relacional Descrição: Para crianças em idade pré-escolar Recursos necessários: Pedagogas e material reciclado Associação Movimento João de Barro (AMJB) Projeto 1: Capacitação para a Produção de Hortas Orgânicas e Paisagismo Descrição: Educação associativa de adolescentes em ambiente de produção de horta orgânica com foco no desenvolvimento sustentável Recursos necessários: espaço físico adequado para a produção agrícola; pessoas capacitadas (5 profissionais) Projeto 2: Capacitação em Gestão Associativa (Metodologia João de Barro) Descrição: Processo de educação seqüencial em gestão associativa, com foco no empreendedorismo social e no desenvolvimento sustentável Associação Nacional de Ação Indigenista (ANAI) Projeto 1: DST/AIDS Descrição: Orientam mulheres indígenas no Norte e Sul da Bahia (700 mulheres) Recursos necessários: Computador, material de expediente, máquina fotográfica, filme, gravador, 4 pessoas, 1 coordenador para aplicar pesquisas, 1 digitador e manuseador de banco de dados, consultores na elaboração de relatórios Projeto 2: Banco de dados Descrição: Existe um banco de dados com informações diversas envolvendo peculiaridades e causas indigenistas Recursos necessários: Voluntários para manipular os dados Projeto 3: Assessoria para demarcação de terras Descrição: Na ANAI a prioridade é a política de demarcação de terras. Isso se faz assessorando índios em suas questões e devolvendo esse direito a eles Recursos necessários: Viagens e advogados, basicamente Associação Nacional dos Funcionários do Banco do Brasil (ANABB) Projeto 1: Defesa de Direitos Descrição: Como entidade auxiliar da organização sindical, ajuda na mobilização e substituição processual dos associados Recursos necessários: 5 pessoas Projeto 2: Combate a Discriminação/Preconceito Descrição: Na mesma linha do projeto anterior Associação Oficina de Investigação Musical da Bahia (OIMBA) Projeto 1: "Nossos Filhos" Descrição: Parceria com a SETRADS (Secretaria de Ação Social da Prefeitura de Salvador) visando profissionalizar crianças para confeccionar instrumentos musicais

Page 120: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Couro, cabaça, beriba, sementes, cola, lixa, verniz, máquina de cortar madeira, serrote, tinta, facas, professores Projeto 2: Bloco Buscapé (Arte-educação) Descrição: Parceria com a OAF, APADA, IBEJI, CAMA, ECA, Vida Brasil, CEEBA, OIM e outras entidades para sensibilizar crianças e adolescentes quanto a arte, educação e cidadania. Este projeto trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco ou moradores de bairros periféricos de Salvador, desenvolvendo atividades artístico-culturais, culminando num desfile de um bloco no sábado de Carnaval. Durante todo o ano, tem oficina de música, de percussão, discussões temáticas interagindo com instituições parceiras (sobre drogas, política, economia, DST, cidadania etc.). Há inclusão de portadores de deficiência física, através de parceria com as Obras Sociais Irmã Dulce, a AESO (deficientes visuais) e organizações voltadas para surdo-mudo Recursos necessários: Camisetas, som, microfone, automóvel, madeira, tinta para maquilagem, instrumentos musicais, material reciclável, músicos, voluntários diversos (nas áreas de arte, saúde, jurídica; pedagogos, psicólogos etc.) Associação para o Desenvolvimento Social Integrado (ADESOL_) Projeto 1: Capacitação para Culinária Internacional Descrição: Capacitação profissional de 30 jovens, no município de Camaçari em parceria com a Prefeitura local Recursos necessários: 10 profissionais (professores, coordenador e apoio), material didático-pedagógico Projeto 2: Capacitação para Auxiliar de Consultório Odontológico Descrição: Capacitação profissional de 30 jovens, no bairro de São Caetano (Salvador). Envolve a montagem de um consultório ao final do projeto, incluindo dentista voluntário com atendimento gratuito Recursos necessários: 10 profissionais (professores, coordenador e apoio), material didático-pedagógico Associação Santa Beatriz (ASB) Projeto 1: Educação infantil e alfabetização (Creche) Descrição: Educação de crianças do bairro, preferencialmente filhos de mães solteiras, além do encaminhamento periódico dessas crianças para acompanhamento médico pediátrico Recursos necessários: Toda a infra-estrutura de uma escola; 12 profissionais (4 professores, 3 auxiliares, secretárias, 2 diretores) Projeto 2: Cursos de iniciação profissional Descrição: Datilografia, corte e costura, instalação e manutenção de microcomputadores em parceria com o Programa Comunidade Solidária Recursos necessários: Professores, pagos pelo IAC (Instituto Ação Comunidade) Projeto 3: Orientação das pessoas da comunidade sobre seus direitos diante de situações de discriminação ou preconceito Associação Voluntários para o Serviço Internacional – Brasil (AVSI) Projeto 1: Projeto de Recuperação Ambiental e Promoção Social de Novos Alagados Descrição: Fruto de uma parceria desde 1993 entre a AVSI, o Governo do Estado da Bahia, a SEPLANTEC e a CONDER, com apoio do Banco Mundial, este projeto envolve a recuperação física da área dos Alagados, um dos bairros mais pobres de Salvador, através de realização de trabalhos de infra-estrutura básica; realização de serviços urbanos e sociais essenciais; remoção de palafitas (sobre as quais moravam 38% da população local) e relocação das famílias em casas sobre terra firme, com auto-construção orientada; melhoria das habitações sobre terra firme; regularização fundiária. Também envolve um plano de ação social e educação ambiental. A metodologia adotada abrangeu a realização de um diagnóstico da comunidade, projeto urbanístico, projeto de reassentamento e melhoria habitacional, plano de regularização fundiária e plano de monitoramento e avaliação da intervenção. Entidades parceiras: Ministério de Relações Exteriores da Itália - MAE, Conferência Episcopal Italiana, União Européia, Caritas, Comunidade Solidária, BNDES, BIRD/Banco Mundial, BID, UNICEF (entidades internacionais ou locais); Região Lombardia, Província di Trento, Região di Trento, Prefeituras (instituições italianas descentralizadas); Fundação Humana Progresso e Igreja Católica (Itália); pessoas físicas que adotaram o projeto à distância Recursos necessários: Técnicos em áreas diversas para elaboração e avaliação de projetos, organismos financiadores Projeto 2: COMONAL(Cooperativa de Moradores de Novos Alagados) Descrição: Cooperativa de Habitação, Produção e Serviços dos Moradores de Novos Alagados, existente desde 1997. Até o momento, a COMONAL já executou 150 intervenções nas casas do bairro, realizando ampliações, reformas e construção de unidades sanitárias. Envolve moradores da comunidade maiores de 21 anos e só pode ser admitido na cooperativa 01 morador por domicílio. Ela tem como objetivos não apenas o uso da mão-de-obra dos sócios da cooperativa, mas concessão de crédito para compra de materiais de construção diversos. Financiada pela AVSI

Page 121: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Material para construção civil, recursos para financiar projetos Projeto 3: CEDEP(Centro de Educação Desportiva e Profissional) Descrição: Curso de profissionalização na área de manutenção predial e trabalhos cerâmicos. Envolve adolescentes e jovens entre 16 e 20 anos. Organizações parceiras: Região Lombardia, Comunidade Solidária, Eliane Cerâmica, CDM, AVSI (financiadores); ASPASB - Ação Social da Paróquia de São Brás, OAF - Org. de Auxílio Fraterno, Associação Bahia Mulheres (entidades locais); SEPLANTEC, CONDER (governo) Recursos necessários: Computadores e equipamentos Projeto 4: Centro Educativo João Paulo II Descrição: Parceria com a Creche João Paulo II e outras situadas em Novos Alagados para atendimento a 150 crianças de 0 a 7 anos, desde 1993. Em 1999, foi finalizada a obra do Centro Educativo (com recursos doados pela Fundação Humana Progresso), para ampliar o atendimento também a 400 jovens de 7 a 15 anos. O Centro envolve biblioteca, sala de reuniões para encontro com as famílias, salas de aula, quadra esportiva, cozinha, instalações sanitárias e vestiários. São desenvolvidas atividades de reforço escolar, atividades de ambulatório médico-odontológico, esporte/lazer, curso profissionalizante em informática, música, teatro, leitura e refeições. Recursos necessários: Material Escolar, livros, brinquedos, alimentos, médicos, professores, administradores Projeto 5: Agente da Comunidade COELBA Descrição: Desenvolvido de Abril/1999 a Dezembro/2001, o projeto visou a conscientização da população para consumo racionalizado de energia elétrica (parceria com a COELBA). Foram feitas visitas sócio-educativas de orientação à redução do consumo, encaminhamento de demandas feitas pela comunidade e realização de palestras e peças teatrais. Executado pela CDM Projeto 6: Promoção da Saúde Materno-infantil na favela de Novos Alagados Descrição: Envolve cursos de formação para a equipe do projeto, pesquisa epidemiológica, formação de grupos temáticos (Gestantes, Combate à Desnutrição, Educação Sanitária, Higiênica e Alimentar), realização mensal de encontros e seminários teóricos e práticos com as mulheres inscritas nos grupos, formação de agentes de saúde, realização de visitas domiciliares, incentivo à população para vacinação, distribuição de alimentos, tratamento e cura de doenças incidentes nas crianças (diarréias, verminoses etc.), acompanhamento do desenvolvimento das crianças e das gestantes, seminários de avaliação e planejamento operativo. Entidades parceiras: CDM, Sociedade Primeiro de Maio, Creche João Paulo II, Fundação Dom Avelar Brandão Vilela, Casa Cultura e Fé, Fundação Humana Progresso, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, UFBA, CONDER Projeto 7: Adoção à distância Descrição: Iniciado em 1995, consiste na "adoção" de crianças por famílias italianas, através do envio de recursos financeiros (R$ 500,00 - cota anual) para crianças carentes do Brasil. Na Bahia, são atendidas cerca de 1.000 crianças, 500 delas na comunidade de Novos Alagados. O recursos vêm da AVSI Itália Projeto 8: Projeto COF (Centro de Orientação da Família) Descrição: Apoio a famílias nas suas diferentes necessidades, através de um consultório com serviços de orientação familiar (aconselhamento psicológico, orientação sexual, planejamento familiar, atendimento jurídico/mediação familiar, orientação espiritual, orientação na educação dos filhos, assistência social, orientação para adolescentes, orientação vocacional e profissional), curso de formação para educadores, curso de formação para grupos de famílias ou entidades que trabalham com as mesmas. Entidades parceiras: CEI (Comunidade Episcopal Italiana), CDM, Instituto Superior de Estudos para Matrimônio e Família, AVSI (entidades financiadoras); CDM (executora) Recursos necessários: psicólogos, palestrantes Projeto 9: Programa de Redução da Pobreza Urbana na área da Ribeira Azul Descrição: Ribeira Azul significa um conjunto de bairros situados no subúrbio compondo uma área de 4 km quadrados de extensão, uma das áreas mais degradadas da cidade. O programa começou a ser esboçado em 1996. Contempla: recuperação da área do ponto de vista turístico e ambiental; apoio ao desenvolvimento sócio-econômico da população local; criação de metodologia para intervenção em outras áreas. Envolveu preparação da comunidade para a intervenção, fotografia aérea, montagem de cartografia da área, controle do uso e ocupação, numeração de domicílios, cadastro físico e sócio-econômico, retrato da comunidade e sistema de informação geo-referenciada,, levantamento topográfico, sondagens, projeto urbanístico, de infra-estrutura, de desenvolvimento social e ambiental, de regularização fundiária, de reassentamento, de equipamentos comunitários e a execução dos projetos. Entidades parceiras: Governo do Estado da Bahia, Prefeitura de Salvador, Banco Mundial, BID, CAIXA, MAE (Min. das Relações Exteriores da Itália), AVSI (entidades financiadoras); CDM (executora); SEPLANTEC, CONDER (governo)

P.S. A AVSI atua em cada país com uma ONG, em uma rede (Network AVSI). No Brasil atua com a CDM, por isso os projetos são essencialmente os mesmos. A matriz da AVSI e da CDM ficam em Belo Horizonte.

Banda Escola Meninos do Pelô Projeto 1: Escola de percussão

Page 122: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Participação de aproximadamente 20 meninos de 7 a 17 anos, duas vezes por semana, aprendendo a tocar percussão e pagode Recursos necessários: Instrumentos musicais, instrumentos de sopro, espaço físico, professores de música Projeto 2: Curso de Capacitação profissional para o futuro Descrição: capacitação profissional para aproximadamente 40 meninos por vez Recursos necessários: Professores (sapateiro, marceneiro, eletricista, mecânicos, enfermagem, costureira, culinária, dança) Caritas Brasileira - Regional Nordeste 3 Projeto 1: População de Rua Descrição: Localidade: Salvador; Resumo: Faz parte do Fórum Nacional de Estudos sobre População de Rua e foi o agente mobilizador dos catadores e moradores de rua da Bahia para o Encontro Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis e Marcha Nacional da População de Rua, que aconteceu em Brasília em junho de 2001.Em março de 2002, o Regional foi sede do Encontro Nacional de População de Rua; Objetivo: Propor ações que visam a organização da população de rua na defesa de seus direitos e valorização de suas potencialidades. Período: articulação iniciada em abril de 2001 (aproximadamente); Público: Catadores e moradores de rua da Bahia; Entidades Parceiras: Pastoral de Rua, Conselho Regional de Psicologia (8ª Região) e Reciclarte Recursos necessários: R$ 14.764,29 Projeto 2: Projetos Sociais, Educação Popular Solidária e Políticas Públicas Descrição: Localidades: Está ganhando abrangência em quase todas as 20 dioceses e 3 arquidioceses. Há projetos e ações concretas em Livramento, Senhor do Bonfim, Ruy Barbosa, Estância, Própria, Amargosa, Barra, Salvador, Ilhéus, entre outras; Resumo: Nos dias 17 a 19 de maio, realiza o I Seminário Regional de Políticas Públicas. Em 2001, realizou o I Encontro Regional de Desenvolvimento Sustentável e Políticas Públicas para o Semi-árido. No ano de 2002, está implantando o projeto de segurança alimentar, que envolve a criação de galinhas caipiras para consumo e comércio de ovos na intenção de criar uma fonte de renda para os acampados e incentivando a criação da cooperativa de produtores de Feira de Santana, entre outras ações. Está elaborando a cartilha sobre PP e DS; Objetivo: incentivar e apoiar lutas e marchas das famílias rurais sem terra, visando uma intervenção das políticas públicas pela reforma agrária e agrícola. Priorizar o atendimento e auxiliar os assentamentos através de projetos de geração de trabalho e renda nas áreas de produção agrícola, criação de animais de pequeno e médio porte, pequenas indústrias, artesanato, captação de água e energia solar. Incentivar intervenções participativas nas políticas públicas por parte das camadas sociais em exclusão, em geral, como a população do semi-árido; Período: desde 1984; Público: cooperativa de produtores, acampados dos assentamentos, população que vive no semi-árido, crianças e adolescentes, portadores de HIV/Aids, trabalhadores rurais e moradores de rua; Entidades Parceiras: Misereor (Alemanha) Recursos necessários: R$ 137.241,67 (em 2001) Projeto 3: Programa de Convivência com o Semi-árido Descrição: Localidade: 13 dioceses (Feira de Santana, Ruy Barbosa, Barra, Paulo Afonso, Livramento, Senhor do Bonfim, Estância, Própria, Irecê, Bom Jesus da Lapa, Alagoinhas, Caetité e Juazeiro); Resumo: A Cáritas faz parte do Fórum Permanente de Controle do Projeto de Transposição das Águas do São Francisco, que se opõe ao Projeto São Francisco, do Ministério da Integração, e coloca o assunto em discussão na mídia. Também viabiliza a construção de cisternas, recuperação de recursos hídricos e realização de cursos de capacitação para garantir a qualidade da água e a convivência com a região seca. Este ano, a equipe regional nas dioceses está iniciando as oficinas para correto uso de cisternas. Além disto, está firmando um convênio com a Secretaria de Recursos Hídricos de Sergipe para apresentar uma proposta de diagnóstico para a Bacia do Rio Piauí, que abastece parte da população sergipana; Objetivo: Promover ações para melhoria de vida das comunidades do semi-árido, buscando resolver o problema da água para consumo e facilitando o acesso a estruturas e equipamentos de captação da água da chuva e de aproveitamento sustentável de mananciais hídricos. Possibilita formação e capacitação para a convivência sustentável com áreas secas; Período: a partir de 2000; Público: população que convive com o semi-árido; Entidades: Cáritas Suíça, Alemã e Itália Recursos necessários: R$ 97.082,62 Projeto 4: Programa de Solidariedade e Esperança AIDS Descrição: Localidade: Dioceses de Feira de Santana, Vitória da Conquista, Ilhéus e Estância e Arquidioceses de Salvador e Aracaju; Resumo: Promove a formação e capacitação de agentes para a prevenção da AIDS e atendimento de portadores do HIV nas Dioceses. Atualmente, o programa conta com 150 voluntários, que atuam como agentes diretamente, frente aos portadores de HIV e seus familiares. Este ano, a equipe regional e a CRS, entidade parceira, está elaborando um projeto integrado, que prevê a ampliação do PSE, fortalecendo suas ações e ganhando mais duas novas equipes: Paulo Afonso e Propriá; Objetivo: O objetivo geral é propiciar e intervir na transformação social da sociedade civil, Igreja e órgãos públicos frente aos desafios psicossociais e econômicos causados pela contaminação do HIV; Período: desde 1988; Beneficiados: Portadores do HIV e seus familiares;

Page 123: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Entidades parceiras: CRS - Catholic Relief Services. Questões relativas a gênero, relações de gênero, identidade, papéis sociais, comportamento (ex.: uso de drogas) são abordadas Recursos necessários: R$ 65.474,12 Projeto 5: Programa Criança e Adolescente Descrição: Localidades: Dioceses de Ilhéus, Estância, Salvador, Vitória da Conquista, Ruy Barbosa, Amargosa e Senhor do Bonfim; Resumo: Na Diocese de Bonfim, desenvolve ações de destaque com o Programa de Combate ao Trabalho Infantil na região sisaleira. Em Ilhéus, Salvador e Estância faz trabalho específico com crianças em situação de risco social para o resgate da auto-estima. Em 2001, o Regional foi sede da Oficina Nacional de Protagonismo Infanto-Juvenil. As dioceses onde atua estão promovendo este ano encontros de sensibilização para implementar o programa, para formação de grupos de trabalho locais e fortalecimento ou articulação de novos parceiros; Objetivo: contribuir para erradicação do trabalho infantil, para o combate da exploração sexual dos menores e atuar com entidades e movimentos sociais em defesa dos direitos da criança e do adolescente e no fortalecimento da sociedade civil para intervir nas políticas públicas; Período: Desde 2000; Público: Crianças de rua e filhos de portadores de HIV (Ilhéus e Salvador), crianças da região sisaleira, dentro do Programa de Combate ao Trabalho Infantil (Diocese de Bonfim); Entidades Parceiras: Cáritas Suíça, Cáritas Alemã, Pastoral da Criança, Pastoral do Menor Recursos necessários: R$ 86.598,86 Projeto 6: Informação Descrição: Boletim Eletrônico (e-mail) e Informativo BASE (1000 exemplares, bimensal) para criar transparência e alimentar meios de comunicação diocesanos e católicos. Utilizam cartazes e folders para fazer campanhas (ex.: Campanha pela Convivência com o Semi-árido) e apóiam lançamento de livros (ex.: livro "Água da Chuva") Projeto 7: Mobilização Descrição: Participam de movimentos como o "Grito dos Excluídos" (7 de Setembro) Projeto 8: Cursos de capacitação Descrição: Cursos de apicultura, inseminação artificial, conservação do solo, agricultura, conservação de forragem Projeto 9: Fundo rotativo Descrição: Concessão de recursos para empreendimentos rurais comunitários (hortas, criação de caprinos, agricultura etc.) Recursos necessários: Analistas de projetos, recursos financeiros para repasse Casa de Formação São José Projeto 1: Formar mulheres que têm interesse em servir e/ou seguir a vida religiosa Casa de Oração Bezerra de Menezes (COBEM) Projeto 1: Capacitação de liderança em suas diversos segmentos dos funcionários da creche Recursos necessários: Psicólogos, apostilas Projeto 2: Creche para apoio a comunidade de Brotas e adjacências Recursos necessários: Alimentos e medicamentos Casa Monte Alverne Projeto 1: Abrigo para idosos Descrição: Moradia, trabalhos manuais com idosos (crochê) Recursos necessários: Linha, pano, plástico; voluntários Centro Arquediocesano de Animação Vocacional (CAAV) Projeto 1: Formação de agentes e equipes vocacionais Descrição: Forma agentes que trabalham em campo buscando na juventude futuros padres Recursos necessários: Material didático, psicólogos, assistentes sociais (profissionais das ciências humanas) Centro Comunitário da Pituba Projeto 1: Escola para empregadas domésticas Descrição: Ocorre diariamente no período da noite Recursos necessários: Espaço e professores, material didático Projeto 2: Cursos de capacitação profissional ministrados a população carente em culinária e costura Centro Cultural Oficina Reciclável (CCOR) Projeto 1: Oficinas de Arte

Page 124: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Oficinas de arte integrada com crianças e adolescentes atuando como multiplicadores em outros bairros, aulas de capoeira, reciclagem, futebol, música e teatro Recursos necessários: Tinta, lixo, pincel, farda, 4 instrutores, arame; psicólogo e coordenador pedagógico Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (CEDECA) Projeto 1: Acompanhamento Jurídico, homicídios criança e adolescente Recursos necessários: Advogado, sala, material de escritório Projeto 2: Campanhas de Mobilização Social Descrição: Campanhas feitas em parceria com ONGs, Poder público, Agentes financiadores Recursos necessários: Material publicitário Centro de Educação e Cultura Popular (CECUP) Projeto 1: Defesa de Direitos Humanos Descrição: Participação nos fóruns de direitos humanos das crianças e adolescentes Recursos necessários: Profissionais e voluntários com especialização nesta área, computadores, biblioteca, vídeos, filmadoras, sala Projeto 2: Formação de educadores Descrição: Forma educadores na região Projeto 3: Combate à discriminação Descrição: Realização de palestras, curso, seminários, publicações. Fazem parte da Coordenação Nacional de Entidades Negras Projeto 4: Campanhas de Esclarecimento Descrição: Um exemplo é a campanha contra a redução da idade criminal dos adolescentes Projeto 5: Organização Comunitária Descrição: Apoio e assessoria a grupos populares Centro de Estudos Exobiológicos Asthar Sheram (CEEAS) Projeto 1: Educação alimentar para a Paz Descrição: Capacitar jovens para produzir alimentos vegetarianos para gerar renda familiar Recursos necessários: Material didático para a cozinha e preparação de alimentos, equipe CEAS Projeto 2: Sementes de luz Descrição: Educação para crianças, teatro e origami Recursos necessários: Equipe e material adquirido por doação Centro de Estudos Sócio-Ambientais (PANGEA) Projeto 1: Projeto de Educação Ambiental e Sanitária Descrição: Formação de núcleos de planejamento local, Educação ambiental em escolas públicas e linha paralela de formação de cooperativas. Diagnósticos sócio-econômico participativos Recursos necessários: Profissionais interdisciplinar, nas áreas de humanas e exatas, material de comunicação Projeto 2: Juventude do Vale - Arte-educação para a Cidadania Descrição: Utilização da arte (dança, teatro, entre outros), como forma de educação Recursos necessários: Instrutores, professores, material de comunicação (cartazes, panfletos) Centro de Formação Talita – Pastoral do Menor Projeto 1: Apoio a Conselhos de Direito Tutelar Projeto 2: Famílias Unidas Projeto 3: Gravidez Precoce Projeto 4: Abrigo Projeto 5: Formulação e Controle de Políticas Públicas Recursos necessários (de modo geral): Palestrantes, folders, espaço físico, preservativos Centro de Orientação Familiar (COFAM) Projeto 1: Pós-graduação em Terapia Familiar Descrição: Feito na Universidade Católica do Salvador, com parceria do COFAN Recursos necessários: Educadores, psicólogos, espaço físico Projeto 2: Atendimento psicológico Descrição: Atendimento psicológico de acordo a demanda familiar, podendo ser grupal, familiar, individual, com faixa etária a partir dos 3 anos Recursos necessários: Psicólogos, educadores, estudantes universitários, material didático, espaço físico (emprestado pela Santa Casa de Misericórdia)

Page 125: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 3: Centro de Pesquisa Científica na área de família Descrição: Biblioteca própria Recursos: Livros, publicações, estantes, bibliotecário(a) Projeto 4: Cursos sobre Relações Familiares Descrição: Voltado para a prevenção de problemas e para a orientação. Divide-se em 5 módulos, que tratam de questões como o ciclo vital na família, o poder, o recasamento etc., referindo-se a todo tipo de família (monoparental etc.) Recursos necessários: Educadores, psicólogos, espaço físico Centro de Pesquisa e Assistência em Reprodução Humana (CEPARH) Projeto 1: Campanha de Doenças Sexuais Descrição: Palestras de Planejamento familiar e doações de contraceptivos Recursos necessários: Enfermeiro, coordenador e material hospitalar Projeto 2: Pesquisas científicas para vasectomia perlutar e artovastotina Recursos necessários: Médicos e laboratório especializado Centro de Referência Integral de Adolescentes (CRIA) Projeto 1: Formação de Formadores Descrição: Os vários espaços de formação do CRIA (núcleo de teatro, de saúde, de desenvolvimento escolar, comunicação e produção) capacita multiplicadores para uma atuação nas comunidades Recursos necessários: Didáticos, visuais, ticket alimentação, vale-transporte Centro Ecumênico de Apoio ao Desenvolvimento (CEADe) Projeto 1: Crédito para Cooperativas, Associações e Movimentos Populares Descrição: Tem amplitude nacional, desenvolve e encaminha roteiro de projetos para estas entidades. Faz-se também análise de impacto social Recursos necessários: 1 técnico (caso o crédito seja de alto valor, há um comitê para aprovar estes créditos), micros e economistas Projeto 2: Microcrédito (voltado para o setor urbano informal) Descrição: Tem amplitude municipal. Há um banco de dados de quem utiliza ou utilizou recursos do CEADE. Os agentes vão ao local e tem contato direto com o negócio Recursos necessários: 4 agentes, 1 técnico responsável (administrador), computadores, panfletos Centro Educacional de Tecnologia em Administração (CETEAD) Projeto 1: Qualificação/Requalificação de trabalhadores Descrição: Como exemplo, realizam o Projeto "Mãos à Obra" para a SETRAS (Governo da Bahia). De 1996 a 2000, foram 17.765 participantes Recursos necessários: Instrutores Projeto 2: Elaboração e execução de projetos diversos no campo da administração Descrição: Modernização organizacional; Suporte a sistema de informação; Treinamentos; Implantação de Programa de Qualidade; Elaboração de material didático para capacitação; Formulação de política de RH; Pesquisa de mercado; Pesquisa de satisfação; Planejamento estratégico, tático e operacional; Auditoria e Controladoria; Programa de Desenvolvimento Organizacional; Desenvolvimento de sistemas, banco de dados e atendimento (ex.: sistema de matrícula 2000 da rede estadual de ensino); Padronização de procedimentos; Programa de Educação Ambiental; Projetos na área de agronegócios etc. Recursos necessários: Consultores Centro Espírita União, Amor e Luz (CEUAL) Projeto 1: Creche-Escola Allan Kardeck Descrição: Educação infantil de crianças de 2 a 6 anos Recursos necessários: 8 Professores, 11 auxiliares de ensino, 1 Diretoria pedagógica-administrativa, 1 coordenador de projetos, 1 estagiário, 1 cozinheira, 4 serviços gerais e 1 secretária; material didático, material de limpeza, cadeiras, estrutura física para ensino Projeto 2: Missão Religiosa Descrição: Fornecimento de leite para crianças de 0 a 2 anos, palestras, atendimento espiritual e distribuição de enxoval Recursos necessários: Diretoria do Centro, colaboradores e comunidade Centro Social Monsenhor Amilcar Marques Projeto 1: Assistência ao Idoso

Page 126: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Cursos (ex.: corte e costura), cesta básica, doação de óculos/remédios etc. Projeto 2: Assistência financeira aos idosos cadastrados Descrição: Custeiam pequenas despesa dos idosos que estão cadastrados Projeto 3: Aulas de catecismo Descrição: Promoviam aulas de catecismo para os idosos da comunidade Centro Social São José Projeto 1: Alfabetização de crianças entre 04 e 12 anos Descrição: Alfabetização de crianças e assistência às mães das crianças do centro de Salvador Clube de Mães do Alto da Sereia (CMAS) Projeto 1: Projeto BB Educar Descrição: Parceria com o Banco do Brasil para alfabetização de crianças, adolescentes e adultos Recursos necessários: 12 pessoas (1 professora, 2 líderes comunitários e 9 alunos); material didático dado pelo banco Projeto 2: Recenseamento Descrição: Recadastramento de pessoas para revitalizar a entidade, para poder voltar a atuar junto a comunidade e junto ao Estado Recursos necessários: 2 pessoas; cadernos, canetas Projeto 3: Atividades recreativas/lazer Descrição: Encontro de idosos, festas juninas e festa do dia das crianças e das mães Recursos necessários: Materiais em geral Projeto 4: Trabalho pastoral Descrição: Funcionam como agentes de saúde, acompanhando o peso das crianças, acompanhamento de gestantes, orientação para alimentação alternativa e evangelização de crianças e adultos Recursos necessários: Já existe parceria com uma igreja, diocese Projeto 5: Reforço escolar para voluntários/ palestras Descrição: Pessoas da comu nidade recebem reforço escolar, desde que sejam voluntários no serviço da comunidade, além disso promovem palestras sobre drogas e DST Recursos necessários: Materiais didáticos e pessoas gabaritadas para ministrarem as palestras Comissão Pastoral da Terra – Bahia (CPT) Projeto 1: Organização Comunitária Descrição: Organizam comunidades agrárias em prol da resolução de questões do campo Recursos necessários: Voluntários, padres Projeto 2: Defesa dos Direitos Descrição: Atua também na resolução de conflitos agrários Recursos necessários: Advogados Comitê Estadual do Partido Comunista do Brasil na Bahia (PC do B) Projeto 1: Direitos Humanos/Educação Popular/Pesquisas e Estudos Descrição: Campanhas de combate aos grupos de extermínio; conscientização popular; pesquisa sobre história e economia do Estado da Bahia Recursos necessários: Recursos televisivos, impressos, assessores contratados, pessoas filiadas ao partido Projeto 2: Combate à discriminação e Organização comunitária Descrição: Defesa da igualdade social através de promoção de palestras; incentivo à formação de associações de moradores Recursos necessários: Recursos televisivos, impressos, assessores contratados, pessoas filiadas ao partido Consórcio Intermunicipal do Vale de Jiquiriçá (CIVJ) Projeto 1: Sistema de Informação Popular Descrição: Pesquisa de dados de material existente e também em campo Recursos necessários: Equipe de pessoas, computadores, telefone, Internet Projeto 2: Fóruns Locais Descrição: Montando fóruns de usuários de água em cada localidade, inclusive para acessar informações do sistema de informação popular Recursos necessários: Computadores, telefone, Internet Projeto 3: Erradicação do analfabetismo adulto Cooperação para o Desenvolvimento e Morada Humana (CDM)

Page 127: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 1: Projeto de Recuperação Ambiental e Promoção Social de Novos Alagados Descrição: Fruto de uma parceria desde 1993 entre a AVSI, o Governo do Estado da Bahia, a SEPLANTEC e a CONDER, com apoio do Banco Mundial, este projeto envolve a recuperação física da área dos Alagados, um dos bairros mais pobres de Salvador, através de realização de trabalhos de infra-estrutura básica; realização de serviços urbanos e sociais essenciais; remoção de palafitas (sobre as quais moravam 38% da população local) e relocação das famílias em casas sobre terra firme, com auto-construção orientada; melhoria das habitações sobre terra firme; regularização fundiária. Também envolve um plano de ação social e educação ambiental. A metodologia adotada abrangeu a realização de um diagnóstico da comunidade, projeto urbanístico, projeto de reassentamento e melhoria habitacional, plano de regularização fundiária e plano de monitoramento e avaliação da intervenção. Entidades parceiras: Ministério de Relações Exteriores da Itália - MAE, Conferência Episcopal Italiana, União Européia, Caritas, Comunidade Solidária, BNDES, BIRD/Banco Mundial, BID, UNICEF (entidades internacionais ou locais); Região Lombardia, Província di Trento, Região di Trento, Prefeituras (instituições italianas descentralizadas); Fundação Humana Progresso e Igreja Católica (Itália); pessoas físicas que adotaram o projeto à distância Recursos necessários: Técnicos em áreas diversas para elaboração e avaliação de projetos, organismos financiadores Projeto 2: COMONAL (Cooperativa de Moradores de Novos Alagados) Descrição: Cooperativa de Habitação, Produção e Serviços dos Moradores de Novos Alagados, existente desde 1997. Até o momento, a COMONAL já executou 150 intervenções nas casas do bairro, realizando ampliações, reformas e construção de unidades sanitárias. Envolve moradores da comunidade maiores de 21 anos e só pode ser admitido na cooperativa 01 morador por domicílio. Ela tem como objetivos não apenas o uso da mão-de-obra dos sócios da cooperativa, mas concessão de crédito para compra de materiais de construção diversos. Financiada pela AVSI Recursos necessários: Material para construção civil, recursos para financiar projetos Projeto 3: CEDEP(Centro de Educação Desportiva e Profissional) Descrição: Curso de profissionalização na área de manutenção predial e trabalhos cerâmicos. Envolve adolescentes e jovens entre 16 e 20 anos. Organizações parceiras: Região Lombardia, Comunidade Solidária, Eliane Cerâmica, CDM, AVSI (financiadores); ASPASB - Ação Social da Paróquia de São Brás, OAF - Org. de Auxílio Fraterno, Associação Bahia Mulheres (entidades locais); SEPLANTEC, CONDER (governo) Recursos necessários: Computadores e equipamentos Projeto 4: Centro Educativo João Paulo II Descrição: Parceria com a Creche João Paulo II e outras situadas em Novos Alagados para atendimento a 150 crianças de 0 a 7 anos, desde 1993. Em 1999, foi finalizada a obra do Centro Educativo (com recursos doados pela Fundação Humana Progresso), para ampliar o atendimento também a 400 jovens de 7 a 15 anos. O Centro envolve biblioteca, sala de reuniões para encontro com as famílias, salas de aula, quadra esportiva, cozinha, instalações sanitárias e vestiários. São desenvolvidas atividades de reforço escolar, atividades de ambulatório médico-odontológico, esporte/lazer, curso profissionalizante em informática, música, teatro, leitura e refeições. Recursos necessários: Material Escolar, livros, brinquedos, alimentos, médicos, professores, administradores Projeto 5: Agente da Comunidade COELBA Descrição: Desenvolvido de Abril/1999 a Dezembro/2001, o projeto visou a conscientização da população para consumo racionalizado de energia elétrica (parceria com a COELBA). Foram feitas visitas sócio-educativas de orientação à redução do consumo, encaminhamento de demandas feitas pela comunidade e realização de palestras e peças teatrais. Executado pela CDM Projeto 6: Promoção da Saúde Materno-infantil na favela de Novos Alagados Descrição: Envolve cursos de formação para a equipe do projeto, pesquisa epidemiológica, formação de grupos temáticos (Gestantes, Combate à Desnutrição, Educação Sanitária, Higiênica e Alimentar), realização mensal de encontros e seminários teóricos e práticos com as mulheres inscritas nos grupos, formação de agentes de saúde, realização de visitas domiciliares, incentivo à população para vacinação, distribuição de alimentos, tratamento e cura de doenças incidentes nas crianças (diarréias, verminoses etc.), acompanhamento do desenvolvimento das crianças e das gestantes, seminários de avaliação e planejamento operativo. Entidades parceiras: CDM, Sociedade Primeiro de Maio, Creche João Paulo II, Fundação Dom Avelar Brandão Vilela, Casa Cultura e Fé, Fundação Humana Progresso, Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, UFBA, CONDER Projeto 7: Adoção à distância Descrição: Iniciado em 1995, consiste na "adoção" de crianças por famílias italianas, através do envio de recursos financeiros (R$ 500,00 - cota anual) para crianças carentes do Brasil. Na Bahia, são atendidas cerca de 1.000 crianças, 500 delas na comunidade de Novos Alagados. O recursos vêm da AVSI Itália Projeto 8: Projeto COF (Centro de Orientação da Família) Descrição: Apoio a famílias nas suas diferentes necessidades, através de um consultório com serviços de orientação familiar (aconselhamento psicológico, orientação sexual, planejamento familiar, atendimento jurídico/mediação familiar, orientação espiritual, orientação na educação dos filhos, assistência social, orientação

Page 128: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

para adolescentes, orientação vocacional e profissional), curso de formação para educadores, curso de formação para grupos de famílias ou entidades que trabalham com as mesmas. Entidades parceiras: CEI (Comunidade Episcopal Italiana), CDM, Instituto Superior de Estudos para Matrimônio e Família, AVSI (entidades financiadoras); CDM (executora) Recursos necessários: psicólogos, palestrantes Projeto 9: Programa de Redução da Pobreza Urbana na área da Ribeira Azul Descrição: Ribeira Azul significa um conjunto de bairros situados no subúrbio compondo uma área de 4 km quadrados de extensão, uma das áreas mais degradadas da cidade. O programa começou a ser esboçado em 1996. Contempla: recuperação da área do ponto de vista turístico e ambiental; apoio ao desenvolvimento sócio-econômico da população local; criação de metodologia para intervenção em outras áreas. Envolveu preparação da comunidade para a intervenção, fotografia aérea, montagem de cartografia da área, controle do uso e ocupação, numeração de domicílios, cadastro físico e sócio-econômico, retrato da comunidade e sistema de informação geo-referenciada, levantamento topográfico, sondagens, projeto urbanístico, de infra-estrutura, de desenvolvimento social e ambiental, de regularização fundiária, de reassentamento, de equipamentos comunitários e a execução dos projetos. Entidades parceiras: Governo do Estado da Bahia, Prefeitura de Salvador, Banco Mundial, BID, CAIXA, MAE (Min. das Relações Exteriores da Itália), AVSI (entidades financiadoras); CDM (executora); SEPLANTEC, CONDER (governo)

P.S. A CDM é a parceira nacional da AVSI no Brasil. Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE) Projeto 1: Apoio financeiro e técnico a projetos sociais Descrição: A CESE colabora mobilizando os recursos necessários (financeiros e humanos) para a execução de projetos sociais apresentados por organizações do movimento popular e social Creche Coração da Mamãe (CCDA) Projeto 1: Escola-Creche Centro Comunitário Irmão Daniel Albuquerque Descrição: Educação de adultos, adolescentes, crianças e idosos Recursos necessários: 20 profissionais (professores, auxiliares, pedagogos etc.); material de ensino, estrutura física escolar Creche Escola Comunitária Frutos de Mãe Projeto 1: Atenção à Saúde Descrição: A pediatra do posto médico Virgílio de Carvalho vai à instituição toda semana (verificar condições das crianças, solicitar exames etc.). Em época de vacinação, passa de 2 a 3 dias na creche dedicada a isso Recursos necessários: Remédios, médicos Projeto 2: Eventos Descrição: Fazem eventos de aniversariantes do mês, datas comemorativas (ex.: Dia das Mães - as crianças fazem lembrancinhas para suas mães, realiza-se novena; Dia do Índio - todos se vestem de índio e conhecem a história deste povo). Na formatura da alfabetização, realizam um coral Recursos necessários: Papel (A4, cartolina etc.), hidrocor, giz de cera, tesoura, cola, cola colorida, fantasias, professor de educação artística, professor de música Projeto 3: Cursos Profissionalizantes Descrição: Na creche, são feitos cursos profissionalizantes com capacitação na área de pedreiro, para que ajudem na própria da creche. Muitos são aproveitados em outras obras, a exemplo do Metrô de Salvador Recursos necessários: instrutor, cimento, tijolo etc. Projeto 4: Combate à Violência Descrição: São realizadas palestras sobre Violência/Paz e dão apoio a adolescentes envolvidos com violência (por exemplo, vão a juizados e delegacias depor, em busca do resgate do jovem). Acolhem ex-presidiários adolescentes nos cursos profissionalizantes Recursos necessários: Transporte, palestrante, material informativo Projeto 5: Combate ao uso de drogas Descrição: Dão palestras sobre drogas e encaminham crianças e adolescentes para a instituição "Nossos Filhos", na Barroquinha, para receberem o tratamento adequado Recursos necessários: Palestrante, transporte, material informativo Diáspora Art Center Projeto 1: Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI Descrição: Envolve diversas ações em busca da cidadania (cursos de dança, mobilização, aulas de artesanato, culinária, prevenção ao uso de drogas etc.) voltadas para as crianças e adolescentes (7 a 14 anos). Além disso, o

Page 129: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

PETI, através de voluntários, desenvolve atividades de reforço escolar (140 beneficiários). Todos os dias, antes das aulas, são promovidas atividades culturais (capoeira, dança, canto e percussão) Recursos necessários: Instrumentos musicais, uniformes, instrutores voluntários com didática, quadro, giz, tabuada, água, computador, geladeira, móveis escolares Projeto 2: Curso de Dança Afro-brasileira Descrição 2: Atende cerca de 140 pessoas, ocorre de segunda a sexta com o apoio do Governo do Estado e da Prefeitura Municipal. Voltado para adultos, cerca de 90 % de estrangeiros, envolve ainda aulas de percussão. Os estrangeiros vêm a Salvador já direcionados para o curso, através de relações internacionais mantidas diretamente pelo presidente da Diáspora, que morou nos EUA por dez anos Recursos necessários: Espaço físico, infra-estrutura para a sala (espelhos, barras, som, caixas de som), professores de dança Educandário São Raimundo (ESR) Projeto 1: Educandário Descrição: Educação à população carente, abrangendo áreas pré-escolar, semi-internato Recursos necessários: Irmãs, espaço físico da Congregação, material escolar, alimentação Escola Casa Belém Projeto1: Realização das atividades através da Comunidade Solidária Descrição: Projeto na área de profissionalização ( pescado, culinária, restauração, bijouteria, corte e costura) Recursos necessários: Pessoas, material de ensino Projeto 2: Projeto Escola-Casa Belém Descrição: Funciona com 180 crianças de famílias carentes que cursam da alfabetização até a quarta série. Realizam refeições, recebem atendimento odontológico Recursos necessários: Professores, 3 serviços gerais, 1 coordenação, 2 cozinheiras e as irmãs Projeto 3: Acompanhamento das crianças e adolescentes da Escola e promoção de atividades que tratam de assuntos como violência, uso de drogas e discriminação. Palestras de esclarecimento também para os pais e para a comunidade Recursos necessários: Professores, projetor, televisão, vídeo-cassete, flipchart Escola Creche Adalgisa Souza Pinto Projeto 1: Assistência à saúde Descrição: Uma Escola é mantida em convênio com a Secretaria Municipal de Educação. O centro presta assistência a saúde disponibilizando atendimento às crianças no próprio local Projeto 2: Assistência a Família Descrição: Parceria com um Projeto Italiano chamado Ágata Esmeralda no qual se dá apoio às famílias dos alunos e também à comunidade paroquial (Paróquia da Lapinha) Projeto 3:Reciclagem de papel Descrição: Projeto que conscientiza as pessoas em relação a importância da reciclagem de papel Recursos necessários: Vídeo, TV, parabólica, fitas, paisagista ou ambientalista e um técnico em reciclagem Projeto 4:Jornal Ecológico Jornal que informa a comunidade sobre temas relacionados a ecologia, poluição Projeto 5: Projeto de cultura de Salvador Descrição: Projeto que aborda cultura de Salvador, com temas como: histórico da cidade, civilização, cultura local, a figura do índio e sua cultura, identidade da cidade de Salvador. Isso é exposto para comunidade através de vídeos e painéis Recursos necessários: Vídeo, TV, parabólica, fitas, técnico em arte e cultura. Capacitação para professores Escola Criativa Olodum Projeto 1: Salvador Encanto Descrição: Curso de informática, dança afro, teatro, música, percussão. Financiado pelo AAPCS (Associação de Apoio ao Programa de Comunidade Solidária). Voltado para crianças de 16 a 21 em defasagem escolar e de baixa renda Recursos necessários: 5 professores, 1 cozinheiro, 1 coordenador, papel, tinta, alimentação Escola Nossa Senhora da Luz Projeto 1: Oficina do conhecimento e Feira do livro Descrição: Autores de livros fazem palestras e são entrevistados Recursos necessários: Palestrantes voluntários Projeto 2: Feira de ciências/gincana

Page 130: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Os alunos fazem pesquisa e desenvolvem projetos, maquetes Escola Oficina Salvador (EOS) Projeto 1: Oficinas Profissionalizantes Descrição: Formação de mão-de-obra de jovens de 18 a 22 anos de idade que estão em situação de risco social e econômico, para a restauração de edifícios e construção civil. Nas áreas de cantaria, carpintaria, marcenaria, estuque, ferro forjado, pedreiro e pintura. Metodologia do aprender fazendo Recursos necessários: Madeira, ferramentas e utensílios (serrote etc.), gesso para estuque, cimento, cal, vergalhões de ferro, granito bruto, tinta etc. Projeto 2: Capoeira Arte-educação Descrição: Prática da capoeira como arte-educação. O grupo se apresenta em eventos diversos, como ocorreu no SBPC 2001 Recursos necessários: Professor de capoeira, roupas, instrumentos musicais Projeto 3: Escola Noturna de Ensino Fundamental Descrição: Funciona no próprio canteiro de obras e tem como princípio garantir o domínio de conceitos e habilidades básicas (leitura, escrita, operações matemáticas, compreensão do meio ambiente e da realidade sócio-cultural; Parâmetros curriculares Nacionais - PCN) Escola Vila Vicentina / Associação O Pão dos Pobres de Santo Antônio (APPSA) Projeto 1: Escola Vila Vicente Descrição: Educação primária para crianças carentes em convênio com a Secretaria Estadual de Educação Recursos necessários: Profissionais de educação e material escolar Projeto 2: Clube das Mães Deus é Amor Projeto 3: Educação Sexual e Preventiva / Assistência Social Recursos necessários: Palestrantes, folder, material didático e informativo Escritório de Ligação e Organização (ELO) Projeto 1: Acompanhamento de projetos Descrição: Avaliação de projetos ex-ante e ex-post, acompanhamento, assessoria às entidades parceiras da organização internacional Pão para o Mundo (Alemanha) Recursos necessários: Consultores Projeto 2: Organização de eventos Descrição: Organização de seminários, cursos, oficina etc. Recursos necessários: Espaço físico, palestrantes, material didático Projeto 3: Intermediação financeira de recursos Descrição: Repasse de recursos da organização internacional Pão para o Mundo (Alemanha) para organizações, com monitoramento e avaliação de auditorias externas Recursos necessários: Parcerias com agências internacionais, auditores Federação das Mulheres da Bahia (FMBA) Projeto 1: Projeto Sede-Escola Mulher Cidadã 2001 Descrição: Integrar a luta das mulheres pelos seus direitos políticos civis e básicos de vida, seja preenchendo lacunas na falta de políticas públicas que atendam a mulher e/ou viabilizando parcerias com esses poderes, condicionando uma democratização e possibilitando o acesso dessas mulheres, em especial às de baixa renda, às ações do Estado. Envolve, também, palestras de conscientização sobre discriminação, DST etc. Além disso, envolve capacitação profis sional (cursos de camareira, corte e costura, garçonete etc., em parceria com a SETRAS (Governo Estadual) Recursos necessários: Advogados, médicos, enfermeiros, pedagogos, orientadores, computadores, mobília para computadores, máquinas de costura, aparelho de fax, bebedouro, armários, mesas para escritório, cadeiras, xerox, carteiras escolares, bancada para corte e costura Projeto 2: Campanha Nacional - 1994 (Mulher: Educar e Alfabetizar para uma vida melhor) Descrição: Alfabetizar cerca de 2.500 mulheres Recursos necessários: Material didático, carteiras escolares, quadro de giz, giz, cadernos, cópias xerográficas, materiais de consumo e limpeza Projeto 3: Aja Bahia Descrição: Alfabetização de jovens e adultos em parceria com a Secretaria de Educação do Estado da Bahia. Estão firmando convênio com Prefeitura de Salvador para fortalecer a ação Recursos necessários: Material didático, carteiras escolares, quadro de giz, giz, cadernos, cópias xerográficas, materiais de consumo e limpeza

Page 131: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Federação de Bandeirantes do Brasil (FBB) Projeto 1: Aprender Fazendo Descrição: Para coordenadores (coordenam trabalhos com crianças, jovens e adultos), e "Treino para Dirigentes" mais voltado para os dirigentes da organização (presidente,secretária, tesoureira e coordenadora regional) Recursos necessários: 5 palestrantes (da própria federação ou convidados), projetor, vídeos, flipchart, cartazes e som Projeto 2: Ouça, Aprenda, Viva Descrição: Voltada para a sociedade e trata de esclarecimentos sobre DST. Desenvolvido em parceria com o GAPA Recursos necessários: 1 advogado, 1 enfermeira, 1 psicólogo, 1 médico, vídeos, flipchart, cartazes, som, projetor, transparências Federação dos Clubes Carnavalescos da Bahia (FCCBA) Projeto 1: Eventos carnavalescos Descrição: Através de projetos a organização atua na área carnavalesca Recursos necessários: Espaço para eventos, decoradores, palestrantes Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB) Projeto 1: Atenção básica à saúde Descrição: Consultas médicas e de enfermagem para a população carente do Pelourinho; distribuição gratuita de remédios, recebem e repassam por doação; serviços de curativos aos indigentes; distribuição de enxovais a gestantes Recursos necessários: Materiais de assepsia, medicamentos, instrumental odontológico, dentistas e médicos Projeto 2: Biblioteca Circulante Descrição: Empréstimo de livros espiritualistas e espíritas para qualquer pessoa do município Recursos necessários: Livros, bibliotecários, computador Projeto 3: Capacitação Técnica de Lideranças Espirituais Descrição: Através da excelência na comunicação da doutrina espírita e da monitoria de estudo sistematizado de espiritismo Recursos necessários: Salas de aula, material didático, espírita com formação em pedagogia Projeto 4: Nossas Crianças Descrição: Ação social espírita para crianças da comunidade da Polêmica envolvendo educação moral, apoio à família carente, alimentação básica e reforço pedagógico Recursos necessários: Cesta básica de alimentos, salas de aula e voluntários interessados na promoção humana Projeto 5: Assessoria aos Centros Espíritas Descrição: Assessoria técnica e institucional para registro das entidades espíritas e enquadramento nas leis vigentes no país Recursos necessários: Contadores e advogados Federação Nacional do Culto Afro-Brasileiro (FENACAB) Projeto 1: Curso de línguas africanas Descrição: Iorubá, kigongo, para maiores de idade Recursos necessários: Material didático, projetor, cópias xerográficas, vídeo-cassete, professores Projeto 2: Curso de relações públicas e higiene para as vendedoras de acarajé Recursos necessários: Material didático, projetor, cópias xerográficas, vídeo-cassete, professores Foco Usina de Artes Cênicas (FOCO) Projeto 1: Aulas de teatro e percussão Descrição: Através das aulas de teatro e percussão, os alunos saem capacitados ou pré-capacitados para o mercado de trabalho Recursos necessários: Dez pessoas, espaço físico, aparelho de som, de iluminação, guarda-roupas, banco de textos, ferramentas de cenografia e carpintaria, equipamentos de costura, figurino e adereços Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes (FCDD) Projeto 1: Cursos de capacitação de lideranças Recursos necessários: Profissionais da área de saúde e coordenadores da entidade Projeto 2: "Salvador é uma Cidade Deficiente" Descrição: Trabalho de melhoria de áreas públicas no que diz respeito às dificuldades dos deficientes em geral, para tornar a cidade acessível. Este projeto é feito em parceria com os membros da Comissão Civil de Acessibilidade, da qual faz parte entidades como o IBR - Instituto Baiano de Reabilitação

Page 132: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Arquitetos, teólogos, pedagogos, administradores, material gráfico em geral Projeto 3: Atuação ecumênica Descrição: A Fraternidade tem cunho espiritual na divulgação de diretrizes e de perigos a evitar (proselitismo, desrespeito à diversidade, discriminação religiosa etc.) Projeto 4: Palestras Descrição: Fazem palestras sobre sexualidade, auto-estima, estigmas, combate à violência, drogas, enfim, questões diversas que podem estar relacionadas à deficiência, como causa (ex.: uma criança pode ser deficiente porque sua mãe usou droga durante a gravidez) ou problema decorrente. As palestras são direcionadas ao público atendido e para os voluntários da organização Projeto 5: Assistência Social Descrição: A Fraternidade promove o encaminhamento de deficientes a órgãos competentes para assistência, como CEPRED, IBR, Instituto de Cegos etc.. Por exemplo, o CEPRED - Centro de Prevenção e Reabilitação do Deficiente atua com doação de bengalas, cadeira de rodas, aparelho auditivo Projeto 6: Influência nas políticas públicas Descrição: Participam da Comissão Civil de Acessibilidade e influenciaram na formação do Conselho Estadual de Atenção aos Portadores de Deficiência, participando da elaboração do projeto de lei, em vias de aprovação pela Câmara Projeto 7: Apoio a organização comunitária Descrição: Atuam em grupos em diferentes bairros (ex.: Plataforma) incentivando as comunidades a se organizarem, promovendo reuniões e discussões Projeto 8: Manifestações Públicas Descrição: Fazem passeata no dia 21 de setembro (Dia Nacional da Luta contra a Deficiência) e no dia 03 de dezembro (Dia Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência) Fundação Clemente Mariani (FCM) Projeto 1: Biblioteca Especializada Descrição: Possuem acervo disponível ao público para pesquisas, estudos e informação Recursos necessários: Estantes, espaço físico, livros, periódicos Projeto 2: PRADEM - Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Educação Municipal Descrição: Realizado em parceria com a UFBA, o programa possui 05 eixos de atuação. O Eixo 1 refere-se ao Assessoria dado a municípios na área de educação municipal (elaboração de plano municipal de educação, parâmetros curriculares, parâmetros de avaliação, organização administrativa de secretarias de educação municipais, elaboração de planos de carreira e remuneração do magistério). O Eixo 2 refere-se a Formação de professores (aperfeiçoamento, qualificação/capacitação em nível de extensão). O Eixo 3 refere-se a Formação de equipes de suporte pedagógico à docência (aperfeiçoamento/capacitação de diretores, supervisores e funcionários da área de orientação pedagógica). O Eixo 4 é a Formação de Conselheiros Municipais da área de Educação (aperfeiçoamento/capacitação de conselheiros da área de educação municipal, como Conselho de Educação, Conselho do FUNDEF). O Eixo 5 refere-se à realização de seminários temáticos e intermunicipais na área de educação Projeto 3: Seminários junto à Comunidade Descrição: São realizados seminários para identificar necessidades das comunidades em relação a educação e formação de grupos de lideranças Recursos necessários: Instrutores, transporte Projeto 4: Formação de consultores para o PRADEM (Projeto 2) Projeto 5: Programa de Estagiários Descrição: Recrutam/selecionam estagiários para trabalhar na FCM, objetivando ajudar na formação de pessoas na área do Terceiro Setor. Recursos necessários: Bolsas de estudo Projeto 6: Núcleo de Apoio Técnico aos Municípios Descrição: Dão apoio aos municípios em relação aos projetos do MEC, legislação sobre educação etc. Funcionam como intermediadores Prefeituras x MEC. Fundação Dom Avelar Brandão Vilela Projeto 1: Assistência nas áreas de comunicação social Fundação Mestre Bimba Projeto 1: Capoerê Descrição: São ministradas aulas de capoeira, berimbau e canto para crianças de 6 a 14 anos Recursos necessários: 50 calças, 50 camisas, 2 professores, 2 auxiliares e material de escritório

Page 133: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Fundação Movimento OndAzul (OndAzul) Projeto 1: Projeto Vetor Norte Descrição: Formação de Consórcio Intermunicipal dos municípios da Costa dos Coqueiros (BA) para gestão ambiental na área Recursos necessários: Profissionais em urbanismo, geólogo, advogado, sociólogo, veículos, computador Projeto 2: Projeto Cairu Descrição: Diagnóstico e desenvolvimento de modelo para a gestão ambiental dos recursos naturais da Vila de Garapuá. Envolve geração de renda e educação ambiental Recursos necessários: Biólogos, geógrafos, administradores Grêmio Recreativo e Cultural Muzenza (MUZENZA) Projeto 1: Autonomia Artística Descrição: Capacitação artística de jovens e adolescentes com o intuito de formação através do toque e da dança Recursos necessários: Funileiro, professores escolares, professores de dança e de ritmo, computador, cadeiras escolares, material didático e instrumentos musicais Projeto 2: Fábricas de instrumentos de percussão Descrição: Cerca de cinco instrutores, trinta jovens e cinco técnicos, produzindo uma média de 100 instrumentos musicais por mês Recursos necessários: Local, infra-estrutura e instrutores Grêmio Recreativo, Educativo, Esportivo e Carnavalesco Furacão 2000 Projeto 1: Ensino à população carente Descrição: Ensino à população. Abrange várias áreas como dança, língua portuguesa, confecção, sensibilidade, cidadania Recursos necessários: Quatro professores, apostilas, equipamentos de som, alimentação, transporte Grupo Ambientalista da Bahia (GAMBÁ) Projeto 1: Centro de Documentação e Informação Descrição: Disponibilização de material bibliográfico sobre meio ambiente e desenvolvimento Recursos necessários: Documentação, bibliotecária Projeto 2: Defesa da Mata Atlântica Grupo Cultural Bagunçaço (GCB) Projeto 1: Bandas Musicais de Latas Descrição: As Bandas Musicais de Latas utilizam instrumentos confeccionados por seus participantes, transformando latas de manteiga, de doces, tonéis, descargas sanitárias usadas em repiques, surdos e guitarras. Assim, várias bandas surgiram e se associaram para formar o Grupo Cultural Bagunçaço. As de Latas Sociais são: Mirim do Bate Estaca; Império; Estrago; Estrela Cadente; Império Mirim;, Atitude; Cia Feminina; Suiçano; Coração; D' Afro' D; Sambahia; JMD; Vulcão; Nova Explosão Banda da Paz; Chega Mais (Belmonte/BA); Humildes do Cabrito (Bairro do Cabrito); Simbaleiros da Luz (Cruz das Almas/BA). As Bandas e grupos musicais sócio-comerciais são: Sucatamania e Percucia, caracterizadas por um caráter sócio-comerciais pois visam, além de divulgar o trabalho sócio/educativo do Grupo Bagunçaço, fazer captação de recursos através de shows e oficinas dentro e fora do país. Recursos necessários: Latas, professores de música/percussão, transporte para viagens, espaços para apresentações Projeto 2: Grupos de Dança Descrição: Grupos Habibi, Recicla Dance e The Crazy, envolvendo capacitação e apresentações Recursos necessários: Professores de dança, espaços para apresentação Projeto 3: Intervenções e Projetos Ecológicos Descrição: Intervenção ecológica para a preservação da Ilha do Rato, última restante na Península Itapagipana (1995); Projeto Bagunçando a Primavera e segunda intervenção ecológica na Ilha do Rato, última restante na Península Itapagipana, com exposição de materiais reciclagem em parceria com o Centro de Serviço Ecumênico - CESE (1997); Recepção no Porto de Salvador do Green Peace quando veio fazer o levantamento de agressão ambiental na Baía de Todos os Santos (1999); Intervenção e Administração do Parque São Bartolomeu de Pirajá, área de preservação ambiental do município de Salvador, em parceria com a Prefeitura Municipal de Salvador - Superintendência de Parque e Jardins (2000); Ocupação da antiga Creche Comunitária Anízio Gonçalves, atual sede do Grupo Cultural Bagunçaço em comodato cedido URBIS órgão do Governo do Estado da Bahia (2001) Recursos necessários: Parceiros Projeto 4: Cursos

Page 134: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Em 1999: Realização do curso de Culinária e Identidade Afro-baiana para 25 jovens, em parceria com a Sociedade Beneficente São Jorge e o Governo Federal através do Programa de Capacitação Solidária; Realização do curso de Educador Cultural para 25 jovens, em parceria com a Sociedade Beneficente São Jorge e o Governo Federal através do Programa de Capacitação Solidária; Realização do curso de Bagun'mídia para formação de 25 jovens em Produção de Vídeo, em parceria com a Sociedade Beneficente São Jorge e o Governo Federal através do Programa de Capacitação Solidária. Em 2000: Realização do curso de Transculturalidade para formação de 25 jovens Atores de Teatro de Rua em parceria com a Sociedade Beneficente São Jorge e o Governo Federal através do Programa de Capacitação Solidária. Em 2001: Realização do curso de Bagun'Cidadão - formação de Agente de Justiça e Auxiliar de Escritório para 31 jovens, para atuarem junto com a comunidade no encaminhamento dos problemas relacionados com a justiça através da criação do Balcão de Atendimento Comunitário -BAC, em parceria com a Ordem dos Advogados da Bahia, Centro de Estudos Afros - CEAFRO, Conselho Tutelar da Criança e do Adolescentes e o Governo Federal através do Programa de Capacitação Solidária. Em 2000 e 2001: Realização do curso de informática para 200 adolescentes e jovens da comunidade de Alagados e adjacência em parceria com a Sociedade Beneficente São Jorge e Comitê para a Democratização da Informática - CDI Recursos necessários: Parceiros, salas para os cursos, instrutores, computadores e materiais diversos para cada curso Projeto 5: Oficinas Descrição: Realização de oficinas de percussão, dança, canto, expressão corporal, para crianças e adolescentes, participantes da bandas e grupos de dança do Grupo Cultural Bagunçaço em parceria com o Projeto POMMAR/PARTNERS/USAID (1996); Realização de oficinas de percussão, canto, composição musical, para crianças e adolescentes, participantes da bandas e grupos de dança do Grupo Cultural Bagunçaço em parceria com o Projeto POMMAR/PARTNERS/USAID (2000); Realização de oficinas de percussão, canto, composição musical, contador de história para crianças e adolescentes, participantes da bandas e grupos de dança do Grupo Cultural Bagunçaço em parceria com o Projeto POMMAR/PARTNERS/USAID (2001) Recursos necessários: Instrutores, instrumentos musicais, espaço físico Projeto 6: Tournées Internacionais Descrição: Realização de shows em clubes e festivais, intercâmbio sócio-cultural através de oficinas de dança, percussão e artes plásticas. 1996 - França, Luxemburgo; 1998 - Alemanha, Suécia, França, Luxemburgo em parceria com a Cooperativa Sueca para o Terceiro Mundo - UBV; 1999 - Itália, Bélgica Dinamarca e Suécia (também em parceria com a Cooperativa Sueca para o Terceiro Mundo - UBV), Suíça ( realização da Campanha Pão para Todos) e Ilha de Malta - Mediterrâneo (realização da Campanha para Levantamento de Fundos na África e no Brasil); 2001 - Dinamarca e Suécia (duas tournees) em parceria Cooperativa Sueca para o Terceiro Mundo - UBV; 2002 - Suécia (tour) com participação no THE WORLD'S CHILDREN'S PRIZE Projeto 7: Tournées Nacionais e Regionais Descrição: Realização de shows em clubes e festivais, intercâmbio sócio-cultural através de oficinas de dança, percussão e artes plásticas com escolas publicas e associações comunitárias. 1999 - Bacia de Campos Rio de Janeiro, com participação no Projeto Expor Reciclar do Petrobrás S.A.; 2000 - Costa do Descobrimento (Porto Seguro, Belmonte, Canavieiras) realização do Projeto Limpa Brasil; 2001 - Tour no interior baiano (Ilhéus, Itabuna, Feira de Santana, Barreiras, Jequié, Vitoria da Conquista, Juazeiro) realização no Programa Maxitel ArtEducAção em parceria com o Governo do Estado da Bahia (FAZCULTURA), Maxitel, Casa das Filarmônicas, Organização de Auxilio Fraterno - OAF, Centro de Referencia Integral de Adolescentes - CRIA e Circo Picolino; 2002 - Apresentação no Encontro Internacional de Governadores do BIRD - Fortaleza/CE Projeto 8: Intercâmbios Sócio-Culturais Descrição: 1998 - Realizado na sede do Grupo Bagunçaço, o intercâmbio sócio-cultural, com 16 jovens de bairros populares da França, Espanha e Argentina, foram desenvolvidas oficinas de percussão, confecção de instrumentos com sucatas, artes plásticas e vivência comunitária; 2000 - Realização de oficinas afro-peruanas de percussão, dança e apresentações artísticas do Grupo Del Ritmo, formado por músicos e dançarinos do Peru, Argentina, Uruguai e Brasil; 2000 e 2001 - realização de oficinas de percussão e dança e vivência comunitária com 16 adolescentes dinamarqueses da Escola Aarhus Friskole; 2000 e 2001 - realização de oficinas de percussão e dança vivência comunitária com jovens do Encontro Regional da Juventude do Movimento dos Trabalhadores Rurais - MST na cidade de Itamarajú-BA; 2001 - visitação das instalações do Bagunçaço e apresentação artísticas de adolescentes da Troupe da Saúde do Grupo Afro Reggae do Rio de Janeiro; 2001 - realização de oficinas de percussão e dança e vivência comunitária com 28 adolescentes dos grupos Pé no Chão e Darue Malungo de Pernambuco Recursos necessários: Parceiros, passagens aéreas e terrestres, instrumentos musicais, professores e orientadores Projeto 9: Documentários Descrição: 1993 - Histórias da Bahia - BBC de Londres; 1997 - Brasil Alternativo - TV Cultura e USP; 1998 - Historia do Grupo Bagunçaço - Liceu de Arte e Oficio da Bahia; 1999 - Tour pela América - TV Canadense; 1999 - Produção do vídeo "PEIDOX" realizado pelos alunos do curso Bagun'mídia, com a participação no

Page 135: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Festival de Cinco Minutos realizado pela Fundação Cultural do Estado da Bahia; 2001 - Arte e Educação - Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB); 2001 - Não me Chame de Menino de Rua - Documentário do BIRD Projeto 10: CDs Descrição: Em 2001, foram gravados 03 CDs promocionais das Bandas Dilatasom, Percucia e Sucatamania. Projeto 11: Participação em Festivais Descrição: 1996 a 2002 - Realização do BAGUN'FEST'LATAS (Festival das Bandas de Latas), no mesmo é comemorado o aniversário do Grupo com oficinas, palestras, intercâmbio com bandas de latas de outras cidades e região e apresentação de convidados. Projeto 12: Carnaval de Salvador Descrição: 1997 - Bloco Bagunçaço em parceria com o Centro de Defesa da Criança e do Adolescentes da Bahia (CEDECA-BA), no circuito oficial do Carnaval, divulgando a Campanha "Contra a Exploração Sexual Infanto-juvenil"; 1998 - Bloco Bagunçaço no circuito oficial do Carnaval divulgando a Campanha "Caminhando Contra o Vento pela Paz e Cidadania"; 1999 - Apresentação no Carnaval de Salvador do Grupo Bagunçaço com a Companhia de Dança Tradicional Natsuki Hayashi de Tóquio - Japão; 2001 - Bloco Bagunçaço em parceria com o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (CEDECA-BA), no circuito oficial do Carnaval, divulgando a "Campanha contra a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes" Recursos necessários: Parceiros, material informativo O Grupo Bagunçaço atua através: do BAGUN'MOVIMENTO, responsável pelo atendimento das crianças e adolescentes até os 18 anos com atendimento primário, as bandas de latas, grupos de dança, junto com o trabalho de acompanhamento da pedagoga e assistente social e realização de Workshop e Palestra para reforço da formação; e do BAGUN'EMPREENDIMENTO, responsável pelo trabalho de vendas das produções artísticas culturais do Grupo como show das bandas e souvenirs, no mesmo é realizado com os jovens maiores de 18 anos trabalho de acompanhamento de preparação para o primeiro emprego Grupo Cultural Olodum (OLODUM) Projeto 1: Escola Criativa Olodum Descrição: Idealizada pelo Grupo Cultural Olodum para ser um espaço permanente de participação e expressão da comunidade negra, a Escola Criativa Olodum tem a finalidade de complementar os conhecimentos adquiridos no sistema formal de ensino, com informações que exercite a prática da democracia, os direitos do cidadão, tomando como referência suas experiências de vida, ritmo e interesses próprio, contribuindo para a formação de valores sociais e morais, que permita a convivência qualitativa com todos os segmentos sociais a que se tem acesso, particularmente no campo das artes. Essa iniciativa tem como referência o projeto Rufar dos Tambores, desenvolvido em 1984, pelo Grupo Cultural Olodum, composto de aulas gratuita de percussão de bloco afro, visando atender uma solicitação da comunidade do Maciel/Pelourinho, para que fosse formada uma banda de percussão integrada por crianças e adolescentes do bairro, que viviam em situação de risco social e quase sem perspectivas de integrar-se socialmente. O resultado dessa experiência é a Banda Mirim Olodum, conhecida nacional e internacionalmente, que vem sociabilizando e integrando crianças e adolescentes de baixa renda, possibilitando-os a participar de eventos culturais de grande porte. O projeto foi ampliado com uma proposta que envolve educação, ciência e tecnologia. Tem capacitado os afro descendentes para o mercado de trabalho, particularmente no campo artístico, utilizando a arte e a cultura como meio para construir uma nova idéia de educação, que ofereçam subsídios que contribuam para a liberdade expressão e para o exercício da cidadania. Envolve cursos de capacitação: Percussão (Utilizam a força e o poder de aglutinação dos tambores OLODUM como ferramenta estratégica para formação de indivíduos lúcidos e autônomos, preparando-os para enfrentar os desafios propostos pelo mercado de trabalho no campo artístico, respeitando as diferenças individuais. Proporcionam aos nossos alunos uma visão de quatro aspectos da origem da percussão brasileira: o candomblé, a percussão popular, a capoeira e os blocos afro, treinando-os na arte musical, salientando o valor e a origem de cada instrumento e assim estimulamos o processo de criativo em composições coletivas ou individuais.); Dança (A dança é estudada a partir da danças dos orixás, respeitando toda a parte religiosa, informando sobre a riqueza de movimentos nela embutida, seguindo até as diversas modalidade das danças populares, ampliando e explorando os movimentos simbólicos. Exploram a percepção justas da forma, do espaço, do tempo, ou seja, dá-se conta do como, do onde e quando se sucedem as modificações corporais, desenvolvendo a coordenação motora e a percepção rítmica, a fim de perceber a diferença dos rimos, movimentos e qualidade das danças populares e resgatar elementos representativos da cultura afro brasileira, propiciando o intercâmbio de idéias sobre o papel social da dança africana. Teatro (O teatro apresenta-se como o espaço onde o educando pode expressar-se representando o mundo percebido, reunindo as diversas linguagens artísticas. Entendem as Artes Cênicas como reconstrutora da identidade. Através da adaptação de texto, exercitamos o conteúdo programático possibilitando ao educando formar uma consciência crítica da sua realidade cotidiana. Trabalham em grupo, jogos teatrais de expressão e comunicação, visando a socializar e desinibir, disciplinar e concentrar o alunado; Informática (Permitir o acesso ao modernos meios tecnológicos, facilitando a apreensão de informações culturais

Page 136: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

e conhecimentos técnico cientifico de forma prazerosa, gerando qualificação da mão de obra para inserção no mercado de trabalho e melhoria da qualidade de vida dos jovens. A cultura local é utilizada como ferramenta no processo de aprendizagem, estimulando pesquisa entre adolescentes e adultos através da Internet para reforçar os mecanismos de participação em sociedade. Recursos necessários: Instrumentos musicais, material didático, professores de dança e percussão e pedagogas Projeto 2: Projeto-piloto: Desenvolvimento da Cidadania e Preservação da Cultura Negra através das Artes Descrição: Tem como áreas de atuação: a educação complementar, utilizando a cultura e a arte para construção da identidade cultural, oferecendo cursos de Percussão de Bloco Afro, Dança Afro e Informática cultural Básica como meio de possibilitar iniciação profissional visando inserção no mercado de trabalho; a produção de eventos e divulgação de informações culturais e conhecimentos técnicos e científicos para o desenvolvimento de tecnologia alternativas, que possibilite a integração e sociabilização da comunidade afro descendente. O público-alvo são crianças e adolescentes em situação de desigualdade social. O objetivo geral é desenvolver as potencialidades humanas a partir do ritmo e interesse de cada um, a fim de contribuir para construção da identidade nacional, garantindo, gratuitamente, espaço de participação e expressão de manifestações da cultura local. Os objetivos específicos são: construir na prática pedagógica, proposta de mudança, normas disciplinares, trabalhando a auto-estima e respeito mútuo, considerando as diferenças e a diversidade cultural; criar condições para o exercício da liberdade de expressão, estimular a criatividade, introduzindo novos métodos, utilizando a força e o poder de aglutinação dos tambores do Olodum como veículo atrativo para a Educação global; interagir na formação de cidadãos conscientes e capazes de enfrentar as desigualdades, rompendo as armadilhas dos preconceitos raciais e sociais garantindo o espaço participativo, radicalizando a democracia e a conquista de direitos no combate às exclusões; oferecer a clientela alvo conhecimentos adicionais àqueles adquiridos na escola formal proporcionando-lhes uma formação cultural ampla, que enfatizem a prática dos direitos humanos e a defesa dos interesses da democracia visando melhor qualidade de vida; oportunizar de vivências em encontros, seminários, intercâmbios nacionais e internacionais, visando reduzir as desigualdades, bem como refletir sobre sua condição no mundo Projeto 3: Centro de documentação e pesquisa Olodum Descrição: Em 1999, foi criado o Centro de Documentação e Memória Olodum que objetiva coletar, organizar, sistematizar e registrar toda a produção cultural e política do Olodum, no que se refere ao processo de construção da identidade afro brasileira e que possa ser acessado pela sociedade como um todo, oportunizando os educandos a praticarem os conhecimentos adquiridos ao longo do curso. Há sempre a presença de um orientador que se interponha entre o aluno e seus anseios, filtrando, organizando, selecionando e dando significados às experiências trazidas pelo educandos Recursos necessários: Computadores, impressoras, scanners e material didático. Estagiários e profissionais para a digitação de dados Projeto 4: Campanha contra a violência urbana Projeto 5: Campanha contra qualquer forma de discriminação Projeto 6: Bando de Teatro Olodum Descrição: Em 1990, foi criado o Bando de Teatro Olodum, elegendo como critério de seleção dos atores, o seu envolvimento com a cultura e as questões da comunidade negra. Assim, há dez anos, o Bando, dirigido por Márcio Meirelles e Chica Carelli, vem desenvolvendo uma linguagem muito própria, transpondo cenicamente sua cultura e realidade sócio-econômica sempre de modo contemporâneo, o que o torna um diferencial no teatro baiano. Nesses 10 anos, o Bando fez cerca de 15 espetáculos - além de cinema e TV - e ganhou expressão nacional. É também prática do grupo desenvolver trabalhos com outras companhias ou com atores convidados e também ministrar oficinas em busca de novos atores e repassar suas experiências. Assim o Bando se recicla, une, troca, descobre o outro e se redescobre Projeto 7: Banda Olodum Descrição: Os shows da Banda Olodum, realizados durante o ano no Brasil e no exterior, permite que os músicos da Banda Olodum recebam recursos diretamente para sustentação de suas famílias, em um nível bem acima do padrão médio de renda regional, sendo que os cantores e os músicos da banda são o setor do Olodum mais bem remunerados. Das receitas da Banda Olodum, 70 % destina-se ao pagamento da Banda e os 30% restantes apoiam as atividades sem fins lucrativos que o Olodum desenvolve durante o ano inteiro Grupo Cultural Os Formigões Projeto 1: Capacitação Profissional Descrição: Treinamento de pessoas carentes nas áreas de informática, costura, pintura e arte Recursos necessários: Computadores, impressoras, flipchart, pincéis, máquinas de costura Projeto 2: Educação popular Descrição: Alfabetização de Matemática, Português, Sociologia, Filosofia Grupo de Apoio à Prevenção à AIDS (GAPA)

Page 137: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 1: Defesa de Direitos/ Atenção à saúde Descrição: Fornece assistência jurídica e psicológica aos portadores do HIV; projetos de assistência à pessoas em hospitais e fornecimento de medicamentos Recursos necessários: Advogados, psicólogos, medicamentos Projeto 2: Combate à discriminação/Campanha de esclarecimento Descrição: Campanhas no rádio e na TV, anualmente, com temáticas relacionadas à prevenção da AIDS; projetos em comunidades carentes Recursos necessários: Jornalistas, comunicadores, voluntários, art istas Grupo de Recomposição Ambiental (GERMEN) Projeto 1: Diagnóstico Sócio-Ambiental da Baía de Todos os Santos Descrição: Diagnosticar a degradação e os problemas sócio-ambientais da Baía e de 14 municípios no entorno. Resultou na publicação de um livro e dois mapas: um, de qualidade ambiental, com o apoio da UFBA Recursos necessários: Barcos, Biólogos, Ambientalistas, Geólogos, Antropólogos, Educadores, Historiadores, Arquitetos, Policiais, Geógrafos Projeto 2: Projeto contra a pesca predatória Descrição: Contou com o apoio da UFBA (Instituto de Biologia) e de outros órgãos (CRA, COPPA). Resultou no trabalho contra a pesca predatória do IBAMA, Marinha e da população. Este trabalho foi realizado em 1996 Recursos necessários: Pescadores, barcos escunas, policiais Projeto 3: Capacitação profissional Descrição: Inserido no Programa Capacitação Solidária, promoveram a formação de agentes ambientais e guardiães do patrimônio ambiental Projeto 4: Combate a discriminação racial Descrição: Participam de movimentos em torno do combate à discriminação racial, dando apoio. Participam de reuniões, discussões com outras ONGs parceiras no NAI (Núcleo de Articulação Interistitucional) Projeto 5: Projeto VerdeTrem Descrição: Promovem viagens de trem com a filofosofia de revitalizar o transporte ferroviário, que se caracteriza pela tecnologia limpa. Ocorria anualmente, mas atualmente ocorre em espaço de tempo maior. Envolve um processo de conscientização ecológica e atividades de lazer, também (expedição à lavagem de Santo Amaro, por exemplo) Projeto 6: Participação de atividades comunitárias Descrição: Participam de diversas atividades comunitárias, a exemplo da CAMPI (Comissão de Articulação e Mobilização da Península de Itapagipe, desde 1997) e do NAI (Núcleo de Articulação Interinstitucional, formado por organizações como CONDER, AR II, AMAI - Associação de Moradores e Amigos de Itapagipe, Limpurb, órgãos do governo) Grupo Gay da Bahia (GGB) Projeto 1: Projeto Travesti Descrição: Prevenção e elevação da auto-estima, distribuição de folhetos e preservativos Recursos necessários: Coordenadores preparados através de cursos, material gráfico, preservativos Grupo Tortura Nunca Mais – Bahia (GTNM-BA) Projeto 1: Assistência Jurídica a Presos Descrição: Assistência a presos já condenados, no sentido de ajudá-los com a revisão das penas, condicional e direitos da família Recursos necessários: 1 advogado, 2 estagiários de direito, assistente social, carro, fax, computador, biblioteca Projeto 2: Assistência a famílias de presos políticos Descrição: Localização, reconhecimento do estado, acompanhamento jurídico, para tentar achar o familiar desaparecido. Orientação às famílias referente a questões diversas (saúde - DST/HIV, trabalho, auto-estima etc.). Muitas atividades são feitas em parceria com NEIM/UFBA (quando a mulher é público-alvo), CEDECA (foco na criança), GAPA (foco no portador de HIV) etc. Recursos necessários: Viagens, hospedagem, alimentação, 1 advogado, estagiários de direito, assistente social Projeto 3: Oficinas de Conscientização Descrição: Realizadas uma vez por mês nos bairros, voltadas para as famílias dos presidiários (perfil médio do presidiário: 19 a 29 anos, semi-alfabetizado, pobre, negro, desempregado, morador de favela) Recursos necessários: Palestrante, transporte, cartilhas Projeto 4: Banco de dados/informações Descrição: Cadastro de presos/situação, inclusive, lista de mortos/desaparecidos em website Internet. Possuem documentos/relatórios disponíveis ao público Recursos necessários: Pesquisadores, banco de dados

Page 138: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 5: SOS Tortura Descrição: Serviço 0800 (0800 707 5551) para denúncias sobre tortura Recursos necessários: Linha 0800, atendentes Hora da Criança (HC) Projeto 1: Oficinas Artísticas Descrição: Aulas de dança, música, teatro, canto/coral, artes plásticas Recursos necessários: Instrumentos musicais, materiais de arte (papel, tinta, pincel, prancheta, tela), bola, bambolê Instituto Baiano de Reabilitação (IBR) Projeto 1: Oficinas Terapêuticas Descrição: Por intermédio de uma parceria com o Instituto Mauá que vêm ao IBR aplicar atividades artesanais aos pacientes do IBR. Os produtos servem como geradores de recursos Recursos necessários: 2 terapeutas ocupacionais (coordenar); Tecido, tinta, tesoura, linha, pincel, flores, cacos Projeto 2: Oficinas de Órtese-Prótese Descrição: Treinam funcionários que trabalham dentro do IBR fabricando estes aparelhos para serem vendidos no IBR Recursos necessários: Técnicos em Órtese-Prótese / resina, espuma de poliuretano, fibra de carbono, fibra comum, resina poliéster, cola forte, madeira, cortiça, malha tubular, catalisador, micro-esfera, espuma, talco industrial, barras/chapas de alumínio, vaqueta natural de 3mm, vaqueta comum, forro de carneiro, linha de nylon, articulações de duro alumínio de tornozelo, joelho e quadril, chapas de polipropileno de 1,4,5,6 e 8mm, fluido silicone, gesso, tinner, leite PS: devido ao material tóxico que os funcionários trabalham, torna-se necessário beber leite frequentemente Projeto 3: Escola Erwin Mongerolh Descrição: O Instituto encaminha os alunos (crianças e jovens de até 20 anos) a uma Escola (Erwin Mongerolh) que é conveniada com o Estado e funciona dentro do IBR Projeto 4: Atendimento a portadores de deficiência Descrição: Recebem pacientes em geral portadores de deficiência (físicas e mentais) com doenças neurológica, reumáticas para atendimento ambulatorial Recursos necessários: 1 fisiatra, 1 urologista, 1 neurologista, 1 reumatologista, 1 ortopedista, 1 clínico geral, 1 pediatra, 1 dentista, 1 fisioterapeuta, 1 enfermeiro, 1 nutricionista, 1 terapeuta ocupacional, 1 assistente social, 1 musicoterapeuta, 1 psicólogo; Cadeira de rodas, equipamento fisioterápico, material ambulatorial Projeto 5: Incentivo à atuação profissional do público atendido Descrição: Através de convênio efetuado com os Correios, encaminham pessoas atendidas pelo IBR para ocupação profissional Recursos necessários: Mais organizações dispostas a receber profissionais portadores de necessidades especiais Projeto 6: Influência em Políticas Públicas Descrição: Participam da Comissão Civil de Acessibilidade de Salvador, com mais de 14 entidades atuantes. Fazem parte, ainda, da Federação Brasileira de Entidades que Trabalham com Excepcionais (FEBIEX) Instituto Guanabara (IG) Projeto 1: Projeto da Comunidade Solidária para profissionalização Recursos necessários: Cabeleireiros, manicures, artes e bijouterias Projeto 2: Projetos na área de reabilitação de portadores de deficiência envolvendo equipe multidisciplinar e transdisciplinar Recursos necessários: Psicólogo, médico, pediatra, assistente social, neurologista, fonoaudiólogo, psicomotricista Instituto Kardecista da Bahia (IKB) Projeto1: Escolinha João Liro Descrição: Alfabetização de 100 crianças em convênio com a Prefeitura Recursos necessários: Material didático, carteiras, infra-estrutura, professores, serventes Projeto 2 : Curso de corte e costura Descrição: Apoio a 12 gestantes para confeccionarem seu próprio enxoval (todas as quartas-feiras). Além de orientações sobre a maternidade - exigência do pré-natal, documentação e vacinas das crianças Projeto 3: Mingau Fraterno Descrição: Doação de cobertores, alimentos, roupas para a comunidade carente todas as segundas-feiras. E para os pais dos alunos da Escola, uma vez por mês. Palestras sobre cidadania, tóxico e outros temas sugeridos Recursos necessários: Cobertores, alimentos, roupas e trabalho voluntário

Page 139: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Instituto Newton Rique Projeto 1: Programa de Incentivo à Leitura Descrição: Consolidação de uma metodologia de incentivo à leitura nas escolas da rede pública com pré-adolescentes, para melhorar o rendimento escolar do aluno e o desempenho dos professores. Em parceria com a Secretaria de Educação. Envolve capacitação dos professores e consiste em 1 hora/aula de leitura, equivalendo a uma disciplina. Requer acompanhamento e avaliação Recursos necessários: Pessoal qualificado, melhoria da estrutura, materiais de escritório, livros, estrutura de biblioteca Projeto 2: Influência nas políticas públicas relativas à educação Descrição: Participam de reuniões com representantes do Ministério de Educação para interferir nos parâmetros curriculares nacionais, com o objetivo de posicionar a leitura no seu devido campo: o campo da arte Projeto 3: Programas de Capacitação Descrição: Desenvolvem programas de capacitação voltados para áreas diversas, como Direitos Humanos, Marketing Social (para gerentes do Shopping, lideranças etc.) Recursos necessários: instrutores Projeto 4: Mini-biblioteca Descrição: Possuem um acervo sobre Terceiro Setor, arte-educação etc., o qual está disponível na sede para interessados Projeto 5: Orientação de leitura Descrição: Incentivam leituras que abordem questões com violência, drogas etc. Instituto Nossa Senhora da Salette (INSS) Projeto 1: Moradia, alimentação e atenção à saúde Descrição: O abrigo presta serviços ao público idoso fornecendo moradia, alimentação e auxílio à saúde Recursos necessários: Voluntários, alimentos e vestuário doados Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil (OMPAX) Projeto 1: Ampliação da Percepção Visual através do Mosaico Descrição: Trabalho de formação educacional, formando pessoas para formação de mosaicos Recursos necessários: Técnicos especializados, artistas plásticos, educadores; objetos de cerâmica, material de consumo (lápis, azulejo, vidros) Projeto 2: Mulheres em Movimento Descrição: Educação e Prevenção de Doenças Sexualmente Transmissíveis em subdistrito de Feira de Santana e Oficinas com temas específicos Recursos necessários: Equipamentos, televisão, vídeo cassete e máquinas; Equipe do próprio Instituto Lar Franciscano Santa Isabel Projeto 1: Atenção à saúde/combate a doenças Descrição: Possui um conjunto de especialista (nutricionistas, fisioterapeuta, geriatra etc.) que atua regularmente no departamento hospitalar do Lar Recursos necessários: Nutricionistas, fisioterapeutas, geriatra, medicamentos etc. Projeto 2: Atividades Recreativas Projeto 3: Projeto Bazar de Costura Descrição: Em uma semana do ano é realizada uma feira onde os internos apresentam seus artefatos para venda e conseqüente arrecadação de fundos Recursos necessários: Materiais para a produção dos artefatos Lar Maria Dolores Projeto 1: Capacitação Profissional Descrição: Promoção de atividades profissionalizantes com o auxílio financeiro e alimentício do governo federal (Programa Capacitação Solidária) Recursos necessários: Recursos financeiros do governo federal e pessoas especializadas Projeto 2: Doações de roupas e alimentação Descrição: Todo mês são doados mantimentos por pessoas voluntárias e materiais para recém-nascidos; Sopão todas as terças e quintas Recursos necessários: Voluntários, alimentos e produtos de vestuário Projeto 3: Cursos diversos Descrição: Oferecem cursos de capacitação profissional em confecção de bijouterias, corte e costura, escultura em frutas e verduras (para decoração de buffet). Além disto, na área física do colégio Sagrado Sacramento, em

Page 140: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Nazaré, são oferecidas aulas de capoeira e balé às crianças do Lar, com o apoio de Miriam Bacelar. Também há voluntários para dar aulas de computação (ganharam dois computadores recentemente). Recursos necessários: instrutores, professores (balé, capoeira), material didático (se for o caso) Projeto 4: Atividades de cultura e lazer Descrição: Como atividade esporádica, Miriam Bacelar, colaboradora da instituição, leva cerca de 15 crianças ao teatro. No Natal, é feita ceia de na Páscoa, almoço comemorativo. Quando podem, levam os meninos para passeios/atividades de lazer Recursos necessários: Voluntários dispostos a ajudar, comida, transporte Legião da Boa Vontade (LBV) Projeto 1: Alfabetização/Capacitação Profissional Descrição: Professores voluntários capacitados dão aulas no Centro Comunitário e Educacional da LBV no Bairro da Ribeira; supletivo e reforço escolar; cursos de computação, culinária, artesanato Recursos necessários: Voluntários, computadores e a estrutura do Centro Projeto 2: Atenção à saúde/Combate ao preconceito/Campanhas de esclarecimento/mobilização Descrição: Mutirão da saúde conta com a participação de profissionais convidados para desenvolvimento de atendimentos no Centro da Ribeira; promoção de campanhas no rádio e na TV combatendo o preconceito e alertando sobre o uso das drogas Recursos necessários: Médicos, voluntários, medicamentos, estação de rádio própria Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil (LABCMI) Projeto 1: Atenção à saúde/combate a doenças Descrição: Atua no sentido de diminuir a mortalidade infantil e combater doenças infantis através do Hospital Martagão Gesteira Recursos necessários: Médicos, enfermeiras, outros profissionais da saúde, medicamentos e aparelhos hospitalares Mosteiro de São Bento da Bahia (MSBB) Projeto 1: Projeto de Saúde Descrição: Trabalho de educação sobre noções básicas de saúde, prevenção Recursos necessários: Professores, freis, espaço físico do mosteiro, médico, enfermeiros Projeto 2: Educação Voluntária Descrição: Projeto, para a educação e alfabetização de jovens e adolescentes Recursos necessários: Professores, espaço físico do mosteiro Projeto 3: Colégio São Bento Descrição: Da alfabetização ao 2o. grau Projeto 4: Biblioteca Projeto 5: Apoio a movimentos no âmbito social Projeto 6: Apoio a portadores de DST/HIV Descrição: Através de assistência médica e/ou doação de remédios Recursos necessários: Medicamentos e profissionais da saúde (voluntários) Projeto 7: Apoio a Desempregados Descrição: Cesta básica e auxílio no pagamento de contas Recursos necessários: Alimentos Movimento Afro-Cultural Girlene Santos Conceição Projeto 1: Projeto Procambo Descrição: Capacitação de profissionais na área de informática, cidadania, teatro, capoeira, grupo de ginga com arte Recursos necessários: Vídeo, TV, Cadeiras, Quadro Profissionais, Ventiladores, Material Educativo Projeto 2: Celebração da Consciência Negra, no dia 20 de novembro em reverência a Zumbi dos Palmares Recursos necessários: Roupas, instrumentos musicais, panfletos, faixas, profissionais de dança, alimentação Movimento de Intercâmbio Artístico Cultural (MIAC) Projeto 1: Formação em Comunicação e Produção Cultural: Descrição: Capacitação de jovens para atuar na comunidade a fim de promover discussão/mobilização para a melhoria da educação e saúde pública através da arte Recursos necessários: Papel, lápis, material didático, computador, educadores, profissionais em comunicação e produção cultural

Page 141: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 2: Quarto Festival do MIAC-2001, vamos contar outra história (IV Festival Miac: O adolescente e a arte pelos direitos) Descrição: São 3 dias de festival, momento de integração máxima de todos os envolvidos com oficinas de arte, grupos temáticos, shows, mostras artístico-culturais Recursos necessários: Material didático, artístico, reciclável, de limpeza, alimentação, camisetas; artistas, arte-educadores e jovens Movimento Escalada Projeto 1: Encontros e palestras Descrição: Encontros e palestras com jovens, convívio de grupos abordando diversos temas. Movimento pela Paz Escoteiro Valter Hufnagel (MPP) Projeto 1: Campanhas de Esclarecimento/Mobilização Descrição: Conferências sobre temas ligados a crianças e adolescentes sobretudo divulgando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) Projeto 2: Capacitação de lideranças Descrição: Capacitam adolescentes e líderes comunitários em relação a temas específicos como o ECA (que é o carro chefe), procurando dinamizar as organizações locais. Ex.: trabalho no município de Coração de Maria em parceria com a prefeitura local e a comunidade. Recursos necessários: Transportes, instrutores, material didático Projeto 3: Realização de oficinas culturais Descrição: em escolas públicas para atividades como origami, papel reciclado, poesia Recursos necessários: Profissionais especializados, educadores, materiais didáticos Projeto 4: Peça teatral "Em busca da Paz" Descrição: Possuem um núcleo de jovens na área de teatro. A peça é para divulgar o ECA e aborda questões, também, para o alerta sobre as drogas, DST Recursos necessários: Coreógrafo, profissional de teatro, cenário, figurino, transporte, espaço físico Projeto 5: Divulgação dos Conselhos Municipais: Descrição: Divulgar em eventos diversos os Conselhos da criança e do adolescente Recursos necessários: Cartilhas educativas Projeto 6: Encontros e seminários sobre criança e adolescente Descrição: Já se realizaram 3 encontros anuais intitulados, "Conversando com os jovens sobre o ECA" junto a escolas. Realizaram o seminário "9 anos do ECA", em parceria com a Faculdade de Educação da UFBA. Foram pioneiros na articulação entre a Polícia Militar para falar sobre o ECA e a violência. Realizaram o primeiro seminário contra a violência. Recursos necessários: auditório, material de divulgação, profissionais especializados Museu Henriqueta Catarino/Fundação Instituto Feminino da Bahia (FIFB) Projeto 1: Projeto Museu Escola Descrição: Atendimento a Escolas de 1º e 2º graus Recursos necessários: Pessoal especializado na área de museologia e educação, apoio áudio-visual e divulgação Projeto 2: Pesquisa e Estudos Descrição: Junto com a Universidade Federal da Bahia, através de convênios. Junto à Escola de Belas Artes / Mestrado em Artes Visuais, e Seminário de Música, para banco de dados da coleção de partituras musicais da Biblioteca Marieta Alves Projeto 3: Missas semanais Descrição: Realizadas todas as quartas-feiras na capela da entidade Projeto 4: Trabalho do grupo Betânia Descrição: Reunião semanal de grupo de senhoras da sociedade para confecção de roupinhas e sapatinhos para doação Recursos necessários: Tecido, linha de crochê, agulha etc. Projeto 5: Concessão de Cestas Básicas Recursos necessários: Doação de cestas básicas a pobres, pautando-se nos princípios cristãos da piedade diante de quem passa necessidade Projeto 6: Exposições com motivos cristãos Descrição: No Natal, Páscoa, datas cristãs, quase todos os anos, são feitas exposições de arte sobre as temáticas Núcleo de Assistência à Criança com Câncer (NACCI) Projeto 1: Educação momentânea Descrição: Educa as crianças de forma esporádica, pois este serviço acontece quando a criança está na casa

Page 142: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Doações voluntárias e voluntários Projeto 2: Combate ao Câncer Descrição: Criam condições para que as crianças levem a termo o seu tratamento Recursos necessários: Doações (cestas básicas, transporte, medicamento etc.) e voluntários Obras Sociais Franciscanas (OSF) Projeto 1: Assistência a pessoas carentes Descrição: Todos os dias, cerca de cento e cinqüenta pessoas recebem café da manhã, almoço, banho e cobertores Recursos necessários: Doação de alimentos, dinheiro, roupas cobertores sapatos e também de voluntários Projeto 2: Capacitação de profissionais e Assistência Médica Descrição: Duas vezes por ano com duração de seis meses, juntamente com cursos de catequese, cursos de manicure, cabeleireiro, corte e costura, datilografia e outros. Dão assistência médica a través aos alunos Recursos necessários: Materiais de manicure, materiais de costura, papel ofício e outros. Professores de corte e costura, médico e professores de catequese Projeto 3: Creche Descrição: Voltada para crianças Obras Sociais Padre Gumercindo Projeto 1: Assistência a Desnutridos Descrição: Assistência a gestantes (150) e crianças desnutridas (750) Recursos necessários: 2 médicos, auxiliares de enfermagem; balança, maca, mesa, armários, remédios Projeto 2: SOS Nordeste de Amaralina Descrição: Suprir o cancelamento do Programa do Leite por parte da Prefeitura Recursos necessários: 8 voluntários; leite, óleo de soja, frutas, verduras, pão, lanche, sopão, transporte Organização de Auxilio Fraterno (OAF) Projeto 1: Escola Carlos Chagas Novarese Descrição: Escola que atende crianças jovens até a 8º serie e é mantida em convênio com a secretaria de educação Municipal Projeto 2: Criação do banco do Projeto Nossos Filhos Descrição: Criação de um banco de dados que funciona em rede, buscando informações sobre crianças e adolescentes Projeto 3: Projeto Abrigo Casa Lar Paróquia de Santana do Rio Vermelho Projeto 1: Agentes de Limpeza Descrição: Treinamento para capacitar pessoas para serem agentes de limpeza Recursos necessários: Parceiros, voluntários Paróquia de São Pedro Projeto 1: Formação Missionária Descrição: Formação de pessoas para evangelização Recursos necessários: Missionários da igreja Projeto 2: Pastoral da Criança Descrição: Cada paróquia da Arquidiocese assume atividades relativas à Pastoral da Criança. A Paróquia São Pedro atua na Pastoral da Criança na região da Gamboa (Salvador). Atuam na área de saúde, com pesagem de bebês e crianças, alimentação alternativa (multimistura) etc. Recursos necessários: Médicos, enfermeiros, educadores Projeto 3: Missas Descrição: Para a difusão da fé e dos princípios cristãos Recursos necessários: Padre, auxiliares, flores etc. Projeto 4: Assistência a meninos de rua Descrição: A Igreja da Lapa, pertencente à Paróquia de São Pedro, através do Centro Madre Joana Angélica, faz um trabalho para tirar os meninos da rua e combater o uso de drogas Recursos necessários: Psicólogos e educadores voluntários, casas para abrigo Projeto 5: Doação de alimentos e roupas Descrição: A quem precisa e ao Instituto de Cegos (parceiro) Projeto 6: Atividades de lazer e arte e cultura

Page 143: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Descrição: Realizadas no âmbito dos grupos de Terceira Idade, Grupo de Artes Manuais e outros. Realizam festas em datas comemorativas, trabalhos artesanais etc. Recursos necessários: Salões de festas, papéis diversos, tesoura, cola, linha, agulha, tecido etc. Projeto 7: Pastoral da Comunicação Descrição: Divulgam o trabalho da Paróquia através de jornais, informativos, Folha de São Pedro. A jornalista responsável é Maria Alcina, da TVE Recursos necessários: Apoio com material gráfico, criação, jornalistas voluntários Projeto 8: Irmãs Hoblatas Redentoras Descrição: Trabalham com mulheres marginalizadas do Centro Histórico, sobretudo, menores prostituídas Recursos necessários: Educadores, psicólogos Paróquia São José de Amaralina Projeto 1: Alfabetização e Cursos de Capacitação Descrição: Alfabetização de capacitação profissional Recursos necessários: material didático específico, transporte, fardamento Projeto 2: Curso relacionado a doutrina religiosa da paróquia Descrição: Desenvolver a moral e os bons costumes Recursos necessários: Voluntários Pastoral Afro (CAAPA) Projeto1: Voz da negritude (Programa de rádio) Descrição: Desenvolve consciência crítica com assuntos referentes à comunidade negra, funciona como um espaço de cidadania e auto-estima Recursos necessários: 5 membros, rádio excelsior (infra-estrutura) Projeto 2: Curso de saúde alternativa Descrição: Projeto pré-vestibular para afro-descendentes e carentes. Funciona em Sussuarana e Plataforma Recursos necessários: 23 professores e módulos cedidos Pastoral Carcerária Projetos 1: Ressocialização em Parceria com a Casa de Acolhimento Descrição: trabalho de acolhimento e de reintegração total do ex-presidiário na sociedade Recursos necessários: informativos, voluntários(assistentes sociais, psicólogos, advogados). Alimentos, espaço físico para o acolhimento Projeto 2: Creche Nova Semente Descrição: Promover e educar buscando sensibilização e conscientização da família numa atitude de libertação Recursos necessários: Psicólogos, enfermeiros, professores, todo o material necessário para se atender uma creche escola Pastoral da Criança Projeto 1: Capacitação de Voluntários Recursos necessários: Profissionais para capacitação (saúde, computação, assistência social, medicina, pedagogia, psicologia), material de escritório, transporte Projeto 2: Alfabetização de Jovens e Adultos Descrição: Voltado para pessoas a partir de15 anos Recursos necessários: Transporte para monitores e supervisores de alfabetização Projeto 3: Encontros nas famílias Descrição: Para discussão dos direitos da criança e defesa dos seus direitos Recursos necessários: Transporte Projeto 4: Cursos Profissionalizantes Descrição: Cursos voltados para corte e costura, confecção de tapetes de pano e linha etc. Recursos necessários: Transporte, material didático, material para costura, alimentação para os alunos Projeto 5: Prevenção de doenças para crianças Descrição: Trabalho desde a gestante, com acompanhamento das crianças de 0 a 6 anos, tendo me vista a prevenção de doenças Recursos necessários: Material educativo, para capacitar lideranças, transporte Projeto 6: Conscientização de famílias Descrição: Família como agente de transformação. Envolve campanhas para orientar as mães quanto à prevenção de doenças, sobre pré-natal, saber sobre seus direitos etc. Recursos necessários: Material educativo, para capacitar lideranças, transporte

Page 144: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Pastoral da Juventude (PJ) Projeto 1: EFAP (Escola de Formação de Agentes Pastorais) Descrição: Formação de jovens de 16 a 23 anos (voluntários) para atuarem como agentes pastorais. Cada turma tem cerca de 70 alunos e o curso dura 5 meses. Atuam em Salvador e RMS. O curso aborda quatro dimensões: sócio-política (inclui defesa de direitos), teológico-bíblica, psico-afetiva e metodológica (formação de lideranças) Recursos necessários: Educadores, material didático, espaço físico, transporte Projeto 2: Oficinas de Formação de Lideranças Descrição: Abordam as mesmas temáticas do EFAP, mas com duração menor Recursos necessários: Educadores, material didático, espaço físico, transporte Projeto 3: Assessoria Descrição: Dão assessoria nas bases (paróquias e foranias) Projeto 4: Semana Bíblica Catequética Descrição: Realizada no período de férias escolares (Janeiro e Julho) com o propósito de trabalhar o espírito de multiplicadores, objetivando a transformação da realidade social (incentivo a mutirões, combate à miséria etc.). Cada Semana Bíblica Catequética dura 12 dias Recursos necessários: Transporte e material para divulgação, educadores Projeto 5: Participação em Campanhas da Igreja Descrição: "Campanha da Fraternidade" e "Grito dos Excluídos" (7 de Setembro) Pastoral da Saúde (PS) Projeto 1: Cursos de Capacitação para novos agentes da Pastoral da Saúde Descrição: Trabalho de conscientização e formação para que os agentes de saúde da pastoral acompanhem pacientes de hospitais da rede pública e associados, ajudando-os para encaminhamentos de exames entre outros Recursos necessários: Assistentes sociais, enfermeiros, material gráfico em geral Projeto 2: Palestras e Cursos Descrição: Dão palestras abordando a questão da saúde, prevenção a doenças com ênfase no saneamento, DST, uso de drogas, combate a violência etc. Dão curso também, como por exemplo, na área de primeiros socorros Recursos necessários: Palestrantes, transporte, espaço físico Projeto 3: Fórum de Saúde Descrição: Promovem um Fórum de Saúde uma vez por ano, integrando outras organizações do Terceiro Setor, Governo e usuários de serviços na área de saúde. Criam uma comissão pós-fórum para cobrar os compromissos firmados por parte do poder público Recursos necessários: Auditório ou sala grande, recursos áudio-visuais, facilitadores da discussão Projeto 4: Manifestações públicas Descrição: No dia 07 de setembro, realizam uma manifestação pública "Grito dos Excluídos" Recursos necessários: Adeptos, faixas e cartazes, panfletos Pastoral do Menor (PAMEN) Projeto 1: Análise de projetos e apoio financeiro através de repasse de verba Descrição: Financiamento para micro projetos (reforma de escolas, aquisição de equipamentos etc.) através de verba repassada pela Caritas Belga Recursos necessários: Analista de projeto, entidades financiadoras Projeto 2: Formação para Educadores de Crianças Descrição: Interparoquial, envolvendo todas as entidades ligadas à Pastoral. Reúnem-se de 2 em 2 meses para discussão de temas comuns aos educadores, como violência doméstica, alimentação alternativa etc. Recursos necessários: Espaço físico, facilitadores Projeto 3: Encontros mensais de Redes Descrição: Encontros mensais da Rede Escola, com coordenadores dos centros comunitários, das Casas Lares e entidades ligadas à Pastoral. O foco desta rede é a educação de crianças. Existe também os encontros mensais da Rede Adolescente, com foco na educação de adolescentes Recursos necessários: Espaço físico, facilitadores Projeto 4: Boletins informativos Descrição: Bimensal. Para divulgação do trabalho da Pastoral e das comunidades Recursos necessários: Profissional de comunicação/jornalismo, gráfica Projeto 5: Influência em políticas públicas Descrição: Participam do CMDCS com direito a voto Projeto 6: Participação em mobilizações Descrição: Como exemplo, participam do "Grito dos Excluídos" (7 de Setembro), juntamente com todas as pastorais

Page 145: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 7: Assessoria Descrição: Orientação na legalização de organizações da sociedade civil Pastoral Universitária (PU) Projeto 1: Seminários Descrição: Realização de seminários Recursos necessários: O próprio dirigente da organização, como instrutor Paulinas Livraria Projeto 1: Livraria Descrição: Venda de produtos culturais com fins religiosos Recursos necessários: Espaço físico, livros, CDs, vídeos, cartões, vendedores Projeto 2: Cursos Descrição: Promove cursos dinâmicos de literatura, na área bíblica e na área de comunicação Recursos necessários: Assessores, salão, cadeiras, quadros, vídeos, TVs Pontifício Instituto João Paulo II para Estudos sobre o Matrimônio e Família Projeto 1: Família e Pobreza no Bairro dos Novos Alagados Descrição: Conhecer a realidade local, os recursos utilizados pela população para o fortalecimento da família, das instituições que lá atuam Recursos necessários: 8 pesquisadores, 6 bolsistas de iniciação científica; bibliografia e material de pesquisa, equipamentos de informática Projeto 2: Curso de Mestrado que aborda temas relacionados à família (questão de gênero, religião, educação familiar) Recursos necessários: Professores, Secretária Executiva, auxiliar de Secretaria, Bolsista de iniciação científica, Faxineira, Vigia Primeira Igreja Batista do Brasil (PIB do Brasil) Projeto 1: Faculdade Centro Evangélico Unificado Descrição: Formação de pessoas nas áreas de Educação, Filosofia e Teologia. É aberta a quem quiser prestar o vestibular e existe há cerca de 10 anos Recursos necessários: Carteiras de estudante; Ar-condicionado/Sistema de ventilação; Acervo bibliográfico Projeto 2: Casa de Recuperação para Drogados Descrição: Atende cerca de 80 homens simultaneamente. A maioria das pessoas saem encaminhados para um trabalho. O valor cobrado, quando é o caso, depende da situação financeira da família Recursos necessários: Doações de roupas, alimentos, material de limpeza etc.; Edificação para criação de um abrigo para mulheres Projeto 3: Entrega Mensal de Cestas Básicas Descrição: Destinada a pessoas carentes, a entrega de cestas atualmente restringe-se a Salvador, mas prevê-se ampliação. Apesar de que, atualmente, a indicação das pessoas tem sido feita via membros da Igreja, não é preciso ser batista para ser beneficiário Recursos necessários: Alimentos Projeto 4: Entrega Mensal de Enxoval para Bebês Carentes Descrição: Destinada a futuras mães carentes Recursos necessários: Enxovais (usados e/ou novos) Projeto 5: Cursos Profissionalizantes Descrição: São realizados cursos nas áreas de Cabeleireiro, Manicure, Artesanato e Culinária. É formada cerca de uma turma por semestre em cada curso Recursos necessários: Equipamentos/materiais relacionados com as oficinas; Instrutores voluntários Projeto 6: Evangelização Projeto Ativação Projeto 1: Projeto de capacitação em técnicas de teatro e circo Descrição: Realização de oficinas de capacitação, que atende comunidades Recursos necessários: Técnicos na área de artes, material ligado a área de artes Projeto 2: Cortejo de teatro popular e cidadania nos bairros Descrição: iniciar a população dos bairros na arte popular, informação sobre doenças, sindicatos, diretores Recursos necessários: Grupos de teatro, publicações, material gráfico Projeto IBEJI

Page 146: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 1: Projeto Curumins e Ibejis Descrição: Atua numa vertente artística e em outra socio-pedagógica, com arte-educadores, arte plásticas, reciclagem, teatro, esportes e temas transversais. Recursos necessários: Pedagogos, psicólogos, assistentes sociais, técnico social, professor nível médio Projeto Obé Lawó Projeto 1: Cursos profissionalizantes Descrição: Cursos de cinco meses nas áreas de cozinha e barman para jovens carentes de 17 a 21 anos com encaminhamento a estágios e mercado Recursos necessários: Espaço físico, material didático, ingredientes, eletrodomésticos, equipamentos de cozinha, pedagogo, professores de cozinha, de garçons e gerentes administrativo-financeiros Santa Casa de Misericórdia da Bahia (SCMBA) Projeto 1: Escola de Enfermagem Descrição: Capacitação de auxiliares de enfermagem Recursos necessários: Educadores, médicos, material didático Projeto 2: Hospital Santa Isabel Descrição: Proteção de serviços na área de saúde à população em geral Recursos necessários: Médicos e enfermeiros Projeto 3: Creche Seminário Santa Terezinha do Menino Jesus (SSTMJ) Projeto 1: Atuação na formação de seminaristas Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (SEBRAE – BA Sede Geral) Projeto 1: Capacitação de Lideranças/ Empretec Descrição: Trata-se de um treinamento que procura desenvolver e estimular as características individuais do empreendedor, de forma a propiciar sua competitividade no mercado Recursos necessários: 1 selecionadora, 3 facilitadores, 1 trainee, cartazetes, flippers, tesoura, cola, pastas, material didático Projeto 2: Educação à distância/ Aprender a empreender Descrição: É um curso voltado para o empreendedorismo via TV, em parceria com a Fundação Roberto Marinho, apresentado na Rede Globo e no canal Futura Recursos necessários: Livro para acompanhamento, elaboradores de roteiro e articuladores Projeto 3: Pesquisas e Estudos/ Sondagem Conjuntural Descrição: O SEBRAE realiza periódicas pesquisas na Região Metropolitana de Salvador, avaliando a conjuntura do comércio e da indústria, fazendo quadras comparativos Recursos necessários: Questionários, pesquisadores, digitadores e tabuladores; relatório da pesquisa que é feito pelo técnico responsável para fazer a análise dos dados Projeto 4: Banco de Dados/ NTI Descrição: O núcleo de Tecnologia se destina, entre outros projetos, a fazer pesquisas e atualização de informações e dados do interesse do público interno e externo, que são disponibilizados pelas ferramentas de comunicação Recursos necessários: Cerca de quinze pessoas trabalham neste setor, utilizando computadores com Internet, Intranet e trabalhando com o apoio de técnicos em informática para a manutenção de equipamentos e instalação de Softwares Projeto 5: Organização Comunitária/ DLIS Descrição: O SEBRAE participa de DLIS em 50 municípios do Estado da Bahia, usando a metodologia deste tipo de iniciativa, envolvendo a comunidade local para que haja desenvolvimento e melhoria na qualidade de vida local Recursos necessários: Equipes de técnicos, que participam de Conselhos; verba aplicada na região, Marketing (núcleo do SEBRAE) para a divulgação do DLIS Projeto 6: Crédito e Microcrédito/ CREDSUL Descrição: O SEBRAE dá apoio financeiro e técnico a este tipo de iniciativa e, através de parcerias, encaminhando o empresário a entidades que possuem programas de microcrédito. O CREDSUL é um projeto que atua em 9 municípios do Baixo -Sul do Estado da Bahia, para o qual o SEBRAE disponibilizou R$34 mil para a compra de equipamentos e instalação física e para que sirva de laboratório para outros projetos Recursos necessários: Técnicos para dar treinamento a agentes de crédito; 2 técnicos para dar suporte e 1 consultor externo da área

Page 147: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado da Bahia (SEBRAE – BA Agência Centro) Projeto 1: Sebrae Ideal Descrição: Visa desenvolver a capacidade de lideranças Recursos necessários: Material didático, instrutores, espaço físico Projeto 2: Aprender a Empreender Descrição: Parceria com a Fundação Roberto Marinho e o Programa Brasil Empreendedor. Oferece educação à distancia Recursos necessários: TV, material didático, espaço físico Projeto 3: Projefat Descrição: Oferece consultoria externa. Elabora projetos de viabilidade econômico-financeira visando o crédito pelo banco Recursos necessários: Consultores, fichas de cadastro, sistema apropriado Serviço de Assessoria a Organizações Populares Rurais (SASOP) Projeto 1: Programa de Desenvolvimento Local no Semi-árido Descrição: Fortalecimento da agricultura familiar através do desenvolvimento de sistemas de produção sustentáveis da segurança alimentar e do fortalecimento das organizações populares na proposição de políticas públicas Recursos necessários: 3 técnicos e 1 secretária Projeto 2: Projeto de pesquisa em guias de campo para o resgate da biodiversidade Descrição: Elaboração de manuais metodológicos para o resgate e o estudo da biodiversidade em comunidades rurais por técnicos e agricultores Recursos necessários: 2 profissionais Sinal Fechado Projeto 1: Sinal Fechado Descrição: Atendimento à crianças e adolescentes que trabalham nas ruas, objetivando erradicação do trabalho infantil e das situações de risco. Fornecimento de alimentação balanceada. Apoio sócio-familiar. Atendimento pedagógico com reforço escolar Recursos necessários: Cozinha equipada, sala com biblioteca, TV, vídeo, mural para divulgação de campanhas, cozinheiras, assistente social, professores, educadores Sindicato dos Guias de Turismo do Estado da Bahia (SINGTUR-BA) Projeto 1: Biblioteca multimídia Descrição: Com o apoio do Programa Estadual FazCultura (Secretaria de Cultura e Turismo), instituíram a Biblioteca Multimídia Petró Aragão, desde 1999 Recursos necessários: Vídeos, livro e uma bibliotecária Projeto 2: Assessoria jurídica Descrição: Representam juridicamente os associados Recursos necessários: Advogados Projeto 3: Curso para formação de guias Descrição: Capacitação para guias turísticos. Estão concluindo uma turma de 80 alunos em 2002 Projeto 4: Banco de dados Descrição: No website, constam todos os guias cadastrados no SINGTUR, para acesso do público. Também constam informações com legislação, congressos e eventos na área etc. Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos e Diversões do Estado da Bahia (SATED) Projeto 1: Regulamentação Descrição: Regulamenta a profissão de artistas e técnicos, mediante comprovantes e curriculum. Existe também o atestado de capacitação Recursos necessários: Es pecialistas em artes e materiais diversos Projeto 2: Assistência para sindicalizados Descrição: Assistência médica, jurídica e odontológica para sindicalizados. também possui convênios para agências de modelo Recursos necessários: Recursos financeiros e materiais diversos Sindicato dos Bancários da Bahia (SBBA) Projeto 1: Defesa de Direitos Descrição: Defender os direitos dos trabalhadores de todas as áreas; luta pela igualdade social

Page 148: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 2: Organização Comunitária Descrição: Esclarecimentos nos bairros populares Sindicato dos Guardadores de Veículos (SINDGUARDA) Projeto 1: Defesa de Direitos Descrição: Possuem advogados para defesa dos guardadores de carro em eventualidades e na relação com a Previdência Social Recursos necessários: Advogados e verba das anuidades Projeto 2: Capacitação profissional Descrição: Curso de inglês básico e de habilidades p/ o trabalho Recursos necessários: Professores Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (SINJORBA) Projeto 1: Capacitação profissional Descrição: O sindicato, a Secretaria do Trabalho e o SENAC promovem cursos para a própria categoria. Cursos de Informática, redação, línguas e outros Recursos necessários: Computadores, professores, apostilas, livros, canhão Projeto 2: Encontro de jornalis tas no interior da Bahia Descrição: Chegando de 200 a 300 jornalistas com o intuito de integração dos jornalistas que trabalham no interior, além de tratar de questões específicas da área Projeto 3: Assessoria aos jornalistas Descrição: Atendimento aos membros do sindicato e divulgação de notícias em website e jornais informativos Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC) Projeto 1: Seminários Descrição: Fazem seminários regularmente. O mais recente, por exemplo, abordou a temática "Segurança pública: uma colcha de retalhos", envolvendo questões como violência, segurança etc. e destinando-se a um público variado (policiais, universitários, professores etc.) Recursos necessários: Palestrantes, transporte, material de divulgação Projeto 2: Conscientização do Policial Descrição: Através de boletins, jornais etc., abordam questões diversas e a luta pelos direitos da classe Recursos necessários: Recursos gráficos e de criação Projeto 3: Combate à discriminação Descrição: A maioria dos policiais é negra e mora na periferia. O SINDPOC atua contra a discriminação racial e de classe em relação aos policiais, por exemplo, nos seminários Projeto 4: Grupo GAS (Grupo de Assistência ao Sindicato) Descrição: Articulação por parte de policiais de nível superior para assessorar o sindicato, que mobiliza esta ação junto aos policiais Projeto 5: Luta pelos direitos da classe Descrição: Através de jornais, boletins internos e, também, da publicação de matérias em jornais de circulação estadual, por exemplo Projeto 6: Acervo disponível à sociedade Descrição: Possuem documentos e artigos disponíveis para pesquisa por parte de interessados Recursos necessários: Estrutura de biblioteca (estantes, bibliotecário) e doações de bibliografia relacionada à ação do SINDPOC Projeto 7: Sede de Praia Descrição: Clube social para policiais civis, para integração da classe e familiares entre si Recursos necessários: Espaço físico, funcionários Projeto 8: Influência em políticas públicas Descrição: Criaram e propuseram um Projeto de Lei Orgânica da Polícia Única Estadual Recursos necessários: Pessoas para discussões críticas e acesso ao poder público Sindicato dos Professores do Estado da Bahia (SINPRO) Projeto 1: Condições de Trabalho e Saúde dos Professores da Rede Particular de Ensino Descrição: Pesquisa sobre as condições de trabalho e saúde dos professores. Constatam um alto índice de doença ocupacional Recursos necessários: 1 médico, 1 diretora, departamento de saúde; da UFBA, 1 médico e 10 estudantes de medicina; questionário Sindicato dos Securitários do Estado da Bahia (SINDSEBA)

Page 149: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Projeto 1: Assessoria jurídica Descrição: Assessoria jurídica para os securitários, que são autônomos Recursos necessários: Advogados Projeto 2: Capacitação Profissional Descrição: Cursos diversos são promovidos pelo sindicato com verbas do FAT para a formação dos securitários Recursos necessários: Verbas do FAT Sindicato dos Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (SINCOTELBA) Projeto1: Boletins informativos Recursos necessários: Papel, gráfica Projeto 2: Reuniões Setoriais Projeto 3: Passeatas Recursos necessários: Carro de som Projeto 4: Congressos/Seminários/Assembléias Recursos necessários: Auditório e Palestrantes Projeto 5: Oficinas Projeto 6: Defesa de direitos dos associados Descrição: Assessoria jurídica aos associados. Possuem diretorias específicas para abordar a questão da mulher e questão racial (discriminação, cota) Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias e Empresas Petroquímicas da Bahia Projeto 1: Defesa de direitos/assessoria/campanhas de esclarecimento Descrição: Possui assessores jurídicos, econômicos e assistentes sociais que atendem aos associados; realizam panfletagem e confeccionam boletins de informação/esclarecimento Recursos necessários: Advogados, economistas, jornalistas e assistentes sociais; utilizam gráfica própria e a Internet Projeto 2: Combate à Discriminação/Organização Comunitária Descrição: Denúncias de discriminação; instituição de secretarias próprias p/ gênero e raça; prestação de ajuda à associações de bairro (como a de Cajazeiras) Recursos utilizados: Idem Skindô Projeto 1: Curso de Serigrafia, arte em couro e informática: Descrição: Técnicas em pinturas (a pincel) para 52 pessoas em 90 dias em média Recursos necessários: Couro, plástico, curvin, madeira, pincel, tinta, solvente, tecido, malha, xerox, filme, rubi, emulsão, chassis, munil, grampeador, rocoma, linha de overloque, cartucho, papel para impressão, disquete, papelão para modelagem, giz de cera, material para desenho (régua, compasso etc.), zíper, cabeçote, tesoura, agulha; professores de informática, de serigrafia, corte e costura Sociedade Beneficente Cultural do Culto Afro-Brasileiro Projeto 1: Oroniilá Descrição: Formação de menores na educação, artesanato Recursos necessários: membros da entidade e professores; palestrantes; Programa Capacitação Solidária Projeto 2: Alaky Koysan Descrição: Formação de menores na educação, mecânica e parcerias Recursos necessários: membros da entidade e professores; palestrantes; Programa Capacitação Solidária Projeto 3: Combate às drogas Descrição: Palestras com psicólogos para os jovens da comunidade Projeto 4: Lazer no final de semana Descrição: Passeios a museus, praias e prática de música Recursos necessários: Transporte, merenda e pessoas responsáveis Sociedade Beneficente Monte Pio dos Artistas (SBMPA) Projeto 1: Assessoria Descrição: Diretores dão assessoria e disponibilizam livros para pesquisa de interessados Projeto 2: Doação de alimentos e recursos financeiros Descrição: Doam ao Hospital da Criança com Câncer (mensalmente), aos associados que necessitam e outras instituições solicitantes. Ajudam quem pede ajuda Projeto 3: Atendimento médico Descrição: Para os associados, que podem ser de qualquer categoria profissional, basta o interesse em associar-se

Page 150: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Recursos necessários: Convênio com hospitais e clínicas Projeto 4: Apoio cultural Descrição: Apóiam lançamento de livros, disponibilizam salão nobre para eventos e palestras Projeto 5: Cursos de arte Descrição: Estão criando cursos de balé, coral etc. Sociedade Beneficente São Jorge Projeto 1: CISAL - Centro Integrado de Saúde de Alagados Descrição: Centro de saúde que atua com foco na prevenção, com 02 médicos (homeopatas e naturistas). Trabalham com fitoterapia e eles mesmos fabricam os remédios, com plantas medicinais. Sempre que possível, não adotam halopatia. Têm voluntários e tinham convênio, até pouco tempo, com o Mosteiro de São Bento (Botica da Terra). Trabalham também com hidroterapia e geoterapia (argila). Oferecem ginástica e têm uma barraca de vendas dos produtos fitoterápicos (Barraca Pró-Saúde). O CISAL inclui, ainda, cursos e palestras na área de saúde preventiva Recursos necessários: Médicos, voluntários (professores de ginástica, fabricantes de fitoterápicos etc.), espaço físico Projeto 2: Escola Popular de Alagados Descrição: A EPA tem CNPJ próprio, mas surgiu do sei da Soc. Beneficente São Jorge a atuam em parceria. É uma escola comunitária, associada à AEC e ao CECUP. Promovem da alfabetização à 4ª série, com material produzido na própria escola e alunos (baseados na metodologia de Paulo Freire). Envolve também atividades lúdicas, capoeira e ensino sobre religião. Fazem alimentação "alternativa" e conscientização ecológica Recursos necessários: Professores (de ensino pré e primário; de capoeira, educação física), recursos didáticos, alimentos Projeto 3: Creche Comunitária Flora Gomes Descrição: Creche que atende a cerca de 140 crianças, na linha comunitária. As crianças também são atendidas pelo CISAL. Fazem alimentação alternativa, não usam apenas o que o governo fornece. Promovem reunião com os pais, com as famílias, para integração. Muitos pais prestam serviço voluntário para cuidar da creche e conhecer a realidade dos filhos Recursos necessários: Pedagogos, alimentos, assistente social Projeto 4: Bagunçaço Descrição: O Grupo Cultural Bagunçaco tem CNPJ próprio mas nasceu da Sociedade Beneficente São Jorge e ainda hoje ocupa 01 sala da paróquia. Envolve 15 bandas de lata que, além de orientação musical, recebem orientação cultural e ecológica. Realizam oficinas de sucata com material reciclável, oficinas de teatro, sobre sexualidade etc., voltadas para jovens e adolescentes Recursos necessários: Professor de música, teatro, instrumentos musicais Projeto 5: Auditório Descrição: Para as atividades da comunidade Projeto 6: Ecumenismo/Religião Descrição: Tratam da religião (todas elas) na escola e realizam missas católicas Sociedade Civil Bem Estar Familiar no Brasil (BEM FAM) Projeto 1: Treinamento em saúde sexual e reprodutiva Descrição: Realizados por meio de convênios com Prefeituras, Secretarias, Sindicatos etc., os treinamentos destinam-se a médicos, enfermeiros e agentes de saúde Recursos necessários: 1 assistente social, 1 pedagoga, fitas de vídeo, TV, projetor, flipchart Projeto 2: Esclarecimento/Informação Descrição: Trabalho com material de informação, educação e comunicação em saúde sexual e reprodutiva. Atua em nível direto com o público-alvo Recursos necessários: Assistente social, pedagoga Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD) Projeto 1: Ajuda às mulheres viúvas Descrição: Oferecem pensão às viúvas associadas, ajudam com remédios e no combate a doenças. Recursos necessários: Remédio, auxílio médico (1 médico), papel para documentação Projeto 2: Curso para instalação telefônica Descrição: Através de recursos governamentais, foi oferecido curso para instalação básica de linha telefônica Recursos necessários: Instrutor (técnico) e material didático/prático Projeto 3: Defesa de Direitos Descrição: Defesa jurídica dos associados. Atualmente, está desativada por falta de recursos Recursos necessários: Advogado voluntário

Page 151: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Sociedade Recreativa e Carnavalesca Filhos de Gandhy Projeto 1: Gandhy Mirim Descrição: Abrange 600 crianças, filhos de associados e periferia onde são ministrados cursos de inglês, silk screen, capoeira e percussão Recursos necessários: 2 professores de capoeira, 2 percussionistas, 3 para aulas de inglês, material didático cedido pelos professores Projeto 2: Plano de curso de informática Descrição: Curso básico de informática para faixa etária de 16 a 21 anos Recursos necessários: 16 computadores, 4 professores, espaço físico Teatro Vila Velha Projeto 1:Tomaládacá Descrição: Acolhimento de grupos produzidos por comunidades os quais participam de oficinas, direcionamento de pesquisa, entre outros. Parceria com universidades Recursos necessários: Profissionais ligados ao teatro. Utilização de todo o espaço do teatro Projeto 2: Oficinas de Verão Descrição: Formação de atores, iluminadores, e outras profissões ligadas ao teatro. Aberto ao público Recursos necessários: Profissionais do Teatro União dos Escoteiros do Brasil (UEB-BA) Projeto 1: Capacitação de lideranças/ educação à distância/ combate à discriminação Descrição: Capacitação através de cursos e atividades, módulos de avaliação à distância, consciência da igualdade racial através de palestras Recursos necessários: Voluntariado, recursos financeiro dos membros, curso com módulos e loja escoteira Projeto 2: Campanha escolares/ organização comunitária Descrição: Promoção de campanhas para jovens, fazendo trabalhos com a comunidade de Alagados Recursos necessários: Voluntariado, recursos financeiros dos membros, cursos com módulos União dos Negros pela Igualdade (UNEGRO) Projeto 1: Prevenção a DST e AIDS Descrição: Distribuição de camisinhas e palestras ligadas a comunidade afro-descendente Recursos necessários: preservativos, material de divulgação (adesivos e folhetos), 2 palestrantes e uma pessoa para distribuir os preservativos Vida Brasil Projeto 1: Bloco Buscapé (Arte-educação) Descrição: Parceria com a OAF, APADA, IBEJI, CAMA, ECA, OIMBA, CEEBA, OIM e outras entidades para sensibilizar crianças e adolescentes quanto a arte, educação e cidadania. Este projeto trabalha com crianças e adolescentes em situação de risco ou moradores de bairros periféricos de Salvador, desenvolvendo atividades artístico-culturais, culminando num desfile de um bloco no sábado de Carnaval. Durante todo o ano, tem oficina de música, de percussão, discussões temáticas interagindo com instituições parceiras (sobre drogas, política, economia, DST, cidadania etc. Recursos necessários: Pedagogos, psicólogos, cartazes, panfletos, propagandas em jornais e vídeos Projeto 2: "Salvador é uma Cidade Deficiente" Descrição: Tem como objetivo geral dar condições de sociabilidade ao ambiente urbano na cidade de Salvador para qualquer cidadão Recursos necessários: Pesquisas, divulgação na mídia, jornais, seminários, consultas com o público. Reuniões com entidades ligadas as questões do deficiente Projeto 3: "Artes Mãos" Descrição: Trabalham na comunidade Cajazeiras, voltados para vítimas de hanseníase e portadores de deficiência física em decorrência da doença (seqüelas). O público é basicamente feminino, sendo oferecidos cursos de corte e costura e artesanato. Também fazem feiras e eventos que promovam o escoamento da produção. Recursos necessários: instrutores, monitores

Page 152: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

ANEXO A – Texto: “Institutos, Fundações, ONGs, OSCIPs e Filantrópicas (ou os

Nomes e os Fatos)”

Autor: Paulo Haus Martins

Fonte: www.rits.org.br – Seção Legislação – Acesso em 17/03/2002

Introdução

Este texto não é para ser longo ou profundo. Na verdade, durante todos os anos que

mantivemos este nosso serviço, uma das principais dúvidas de quem nos procura é, de fato,

uma enorme mistificação acerca do que vêm a ser ‘Institutos’, ‘Fundações’, ‘ONGs’,

‘OSCIPs’ e ‘Filantrópicas’. Já ouvi de tudo. Certa vez uma senhora bastante convicta me

disse que o contador dela tinha assegurado que, ao sua entidade completar três anos de

existência, poderia pleitear o status de ONG. Ela estava profundamente comprometida em

cumprir com rigor todas as etapas necessárias e esperar por mais um ano (era o que faltava)

para poder se dizer ONG. Confesso que tacitamente assenti. O que mais poderia fazer? Ao

menos era alguém feliz por ter um objetivo certo e defintivo, e isso não é de se desprezar.

Num país onde o Judiciário executa por liminares, o Legislativo julga por CPIs e o Executivo

legisla por Medidas Provisórias, quem atua no campo do direito sabe bem que nosso futuro,

além de incerto, faz algum tempo virou provisório. Algumas coisas estão mesmo de cabeça

para baixo.

Contudo, mais uma vez, vale a pena falar sobre o tema e, quem sabe, sem correr o risco de

desfazer a felicidade alheia, satisfazer-me simplesmente com o pesar das futuras gerações face

às incertezas reais.

Institutos

Institutos são institutos. E, como o mundo do direito somente se socorre de cultura, história e

precedência, reporto-me a Machado de Assis, na eloqüência de Brás Cubas, no capítulo

CXXXIX de suas Memórias Póstumas. No mundo do direito privado, que é onde se encontra

o Terceiro Setor em matéria societária, não conheço definição legal para Instituto. Pode-se

Page 153: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

fazer uma fundação com nome de instituto, uma cooperativa, uma ONG, uma OSCIP, enfim,

qualquer coisa. Instituto é um nome, uma designação, não uma figura jurídica. Vale dizer que

conheço institutos em estruturas universitárias públicas, em organismos internos de

ministérios etc. Mas isso não é limitação a ser observada a seres humanos normais,

especialmente aos que moram abaixo do Equador, onde todo pecado conta com indulgência

de valor equivalente ao qüantum debeatur, corrigido pela TJLP. Enfim, qualquer instituição

de microcrédito dá conta.

Fundações

Fundações são pessoas jurídicas de direito privado, mas não são sociedades. Sociedades

nascem da vontade das pessoas em se associar, também conhecida como Affectio Societatis

em direito clássico. Ninguém se associa para fazer uma fundação. Fundações nascem de uma

doação, de um ato de doação de um instituidor que reserva certo patrimônio e o grava para a

execução de certo objetivo. Uma vez constituída a fundação, é necessário que o instituidor lhe

determine um estatuto, suas regras de funcionamento e um grupo que irá se responsabilizar

em gerir esse patrimônio segundo seus objetivos. Do momento em que instituída, o doador

(instituidor) perde o controle do patrimônio, que passa a ser genericamente considerado como

de toda a sociedade civil. As características próprias das fundações podem ser encontradas no

Código Civil, do artigo 24 em diante.

No direito brasileiro existe a diferença entre fundações públicas e privadas. As fundações

privadas são aquelas sobre as quais discorremos acima, já as públicas seriam instituídas por

lei, pelo setor público, e gozam de certas limitações e privilégios legais próprios. Considero

que essa distinção é uma aberração à tradição do direito brasileiro, mas isso pouco importa,

por se tratar de discussão já havida e resolvida, onde vermelho virou azul – e que ninguém

diga o contrário. De qualquer sorte, não é objeto de nossa pesquisa, porque toda cumbuca tem

fundo e eu não estou interessado em botar minha mão nessa, por enquanto.

ONGs

ONG é sigla de Organização Não-Governamental. Sua designação negativa (não-

governamental) de fato revela um cunho bastante interessante de independência e ocupação

do espaço público por quem não é do governo. Não há no direito brasileiro qualquer

Page 154: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

designação de ONG, não há uma espécie de sociedade chamada ONG no Brasil, mas um

reconhecimento supralegal, de cunho cultural, político e sociológico que está em vigor mundo

afora. Algumas as quais conhecemos não merecem o termo ‘organização’ (uma quantidade

alarmante!), outras são profundamente governistas ou governamentais, já ouvi até falar de

ODGs ou organizações dependentes de governos... Enfim, não há regra, mas há um conceito.

As regras da maior parte dessas organizações são internas, dispostas em um estatuto, o que

lhes dá um cunho institucional, distinto da natureza meramente contratual das sociedades de

responsabilidade limitada, por exemplo. Os tipos societários brasileiros, em sua maioria, são,

em essência, sociedades pessoais, ou de pessoas, o que quer dizer que gravitam em torno dos

interesses das pessoas que compõem seu quadro societário. Já as sociedades institucionais têm

um objetivo, regras de administração interna e critérios para a admissão de novas pessoas aos

quadros sociais. Isso significa dizer que as pessoas, ao invés de submeterem a pessoa jurídica

a seus interesses pessoais (como nas sociedades profissionais, por exemplo), aderem aos

interesses da sociedade (ou associação), submetendo-se às suas regras internas. O movimento

é justamente o inverso. Portanto, por institucionais compreendem-se aquelas pessoas jurídicas

que têm uma existência para o cumprimento de determinado fim, que está acima dos

interesses pessoais dos sócios. Assim, em geral, são associações, e não sociedades, embora

esse último conceito jurídico também não seja determinado por lei, mas por entendimento

doutrinário jurídico.

Em geral, as ONGs são constituídas para fins não econômicos e finalidade não lucrativa.

Nada impede, contudo, que tenham fins econômicos ou atividades de cunho econômico, mas

cumpre saber distingui-las das sociedades comerciais, cuja característica é ter atividade

econômica, produzir lucro e dividi-lo entre os sócios. Por isso, em sua maior parte, sua

natureza é civil.

Todas as ONGs que conheço e assim reconheço são, na verdade, veículos para a participação

dos indivíduos em atividades e finalidades de caráter público. Logo, muitas vezes, são

veículos de democracia direta, de ocupação do espaço público, de mobilização da sociedade

civil para executar tarefas e atividades que beneficiam a todos genericamente, a todo o

planeta.

Page 155: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Em resumo: ONGs não existem em nosso ordenamento jurídico. São um fenômeno mundial

onde a sociedade civil se organiza espontaneamente para a execução de certo tipo de atividade

cujo cunho, o caráter, é de interesse público. A forma societária mais utilizada é a da

associação civil (em contrapartida às organizações públicas e as organizações comerciais).

São regidas por estatutos, têm finalidade não econômica e não lucrativa. Fundações também

podem vir a ser genericamente reconhecidas como ONGs.

OSCIPs

OSCIP é sigla de Organização da Sociedade Civil de Interesse Público, conforme disposto

pela lei 9790/99. Trata-se de grupo e subgrupo, gênero e espécie. A OSCIP é reconhecida

como tal por ato do governo federal, emitido pelo Ministério da Justiça, ao analisar o estatuto

da instituição. Para tanto é necessário que o estatuto atenda a certos pré-requisitos que estão

descritos nos artigos 1, 2, 3 e 4 da lei 9790/99.

As OSCIPs são o reconhecimento oficial e legal mais próximo do que entendo modernamente

por ONG, especialmente porque são marcadas por uma extrema transparência administrativa.

Contudo, são uma opção institucional, não são uma obrigação. Em geral, o poder público

sente-se muito à vontade para se relacionar com esse tipo de instituição, porque divide com

toda a sociedade civil o encargo de fiscalizar o fluxo de recursos públicos em parcerias.

Assim, pode-se dizer que OSCIPs são ONGs, criadas por iniciativa privada, que obtêm um

certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de certos

requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de transparência administrativas.

Como as associações civis não têm formato específico e são bastantes livres em estipular suas

regras internas, em geral esse tipo de ONG tem um ônus administrativo maior. Em

contrapartida, podem celebrar com o poder público termos de parceria, que são uma

alternativa interessante aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar

contas.

Vários textos já foram escritos sobre esse tema, tanto por nós como por outros. Vale a pena

dar uma olhada no manual elaborado pessoal do Conselho da Comunidade Solidária, que

pode ser baixado por download no nosso site, assim como os nossos textos.

Page 156: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

Filantrópicas

Instituições filantrópicas são reconhecidas em senso comum como aquelas que teoricamente

se dedicam à prestação de serviços de caráter assistencial e direto às populações em estado de

exclusão social.

Na terminologia própria do terceiro setor, filantrópicas são aquelas que têm o certificado de

beneficência de assistência social emitido pelo CNAS e que antigamente tinha o título de

certificado de fins filantrópicos.

Até 2004, por conta do artigo 18 da lei 9790/99, uma entidade poderá ser OSCIP e manter

também o certificado do CNAS. Mas, se isso ocorre, em 23/03/2004 se verá optar por um dos

dois certificados.

Fora o que foi descrito no parágrafo anterior, não há nenhum impedimento jurídico para que

uma OSCIP tenha o certificado de beneficência de assistência social, assim como não há, em

qualquer circunstância, mesmo após 23/03/2004, impedimento para que seja inscrita no

CNAS.

Page 157: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

ANEXO B – Compêndio de Legislação sobre Terceiro Setor FGV-SP (Índice Sistemático)

Blocos de assunto:

- aspectos gerais das pessoas jurídicas - certificados, títulos e declarações - defesa do consumidor, sorteios e brindes - diretrizes, políticas e programas nacionais - fundos, recursos e conselhos - imunidades, isenções e incentivos fiscais - procedimentos administrativos e judiciais - relações trabalhistas e previdenciárias Índice FEDERAL assunto tipo número data ementa ou resumo aspectos gerais das pessoas jurídicas

Constituição Federal

05.10.88 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - princípios e disposições gerais

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Lei (Código Civil)

3017 01.01.16 Pessoas Jurídicas - associações, sociedades civis e fundações - Doações - disposições gerais, tipos, formas, encargos e revogação

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Lei 5764 16.12.71 Cooperativas - define regime jurídico das cooperativas e a Política Nacional do Cooperativismo

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Lei 6404 15.12.76 Consórcio - definido na lei das sociedades anônimas

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Lei 6435 15.07.77 Previdência Privada - define entidades de previdência privada

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Lei 6462 09.11.77 Previdência Privada - altera dispositivos da lei 6435/77 que define entidades de previdência privada

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Lei 8958 20.12.94 Educação - dispõe sobre relações entre instituições federais de ensino superior, de pesquisa científica e tecnológica e fundações de apoio

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Lei 9867 10.11.99 Cooperativas sociais - dispõe sobre a criação e o funcionamento de Cooperativa Social, visando à integração social dos cidadãos

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Decreto-lei (Lei de Introdução ao Código Civil)

4657 04.09.42 Internacional - dispõe sobre organizações estrangeiras com filiais no Brasil

aspectos gerais das pessoas jurídicas

Decreto 3441 26.04.00 Internacional - delega competência ao Ministro de Estado da Justiça para autorizar o funcionamento no Brasil de organizações estrangeiras destinadas a fins de interesse coletivo, na forma prevista no art. 11 do Decreto-Lei nº 4.657/42

Page 158: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

certificados, títulos e declarações Lei 91 28.08.35 Utilidade Pública - dispõe sobre requisitos para obtenção do título de Declaração de Utilidade Pública

certificados, títulos e declarações Lei 6639 08.05.79 Utilidade Pública - altera dispositivo sobre remuneração de dirigentes (alínea c do art. 1 da Lei 91/35)

certificados, títulos e declarações Lei 9429 06.12.96 CEFF - dispõe sobre prazo para renovação de Certificado de Entidades de Fins Filantrópicos certificados, títulos e declarações Lei 9637 15.05.98 OS - dispõe sobre a qualificação de entidades como organizações sociais e a criação do

Programa Nacional de Publicização certificados, títulos e declarações Lei (Lei das

OSCIP´s) 9790 23.03.99 OSCIP´s - dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas de direito privado, sem fins

lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, institui e disciplina o Termo de Parceria

certificados, títulos e declarações Decreto 50517 02.05.61 Utilidade Pública - regulamenta Lei 91/35 que dispõe sobre a Declaração de Utilidade Pública certificados, títulos e declarações Decreto 60931 04.07.67 Utilidade Pública - altera decreto regulamentador 50517/61 da Lei 91/35 certificados, títulos e declarações Decreto 2344 09.10.97 OS - dispõe sobre a instauração de processo de inventário em entidades em extinção, cujas

atividades serão absorvidas por organizações sociais certificados, títulos e declarações Decreto 2536 06.04.98 CEFF - dispõe sobre requisitos para concessão do certificado de entidade de fins filantrópicos certificados, títulos e declarações Decreto 3100 30.06.99 OSCIP´s - regulamenta a Lei n° 9.790/99, que dispõe sobre a qualificação de pessoas jurídicas

de direito privado, sem fins lucrativos, como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público

certificados, títulos e declarações Decreto 3504 13.06.00 CEFF - altera dispositivos do Decreto nº 2.536/98, que dispõe sobre a concessão do CEFF certificados, títulos e declarações Portaria MJ 361 27.07.99 OSCIP´s - dispõe sobre o pedido de qualificação como Organização da Sociedade Civil de

Interesse Público certificados, títulos e declarações Resolução CNAS 31 24.02.99 CNAS - dispõe sobre regras para concessão de registro certificados, títulos e declarações Resolução CNAS 263 05.10.99 CEFF - dispõe que em caso de cisão de entidades as mesmas poderão usar tempo anterior na

contagem para obtenção de novo título certificados, títulos e declarações Resolução CNAS 177 10.08.00 CEFF - concessão ou renovação do certificado (revoga a Resolução 32/99) certificados, títulos e declarações Resolução CNAS 178 10.08.00 CEFF - dispõe sobre obrigatoriedade de placa exposta exibindo texto que a entidade possui o

certificado de entidade de fins filantrópicos certificados, títulos e declarações Medida

Provisória 2143-32 02.05.01 OSCIP - prorrogado para 5 anos prazo de convivência da OSCIP com outros títulos

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Lei (Código de Defesa do Consumidor)

8078 11.09.90 Código de Defesa do Consumidor - dispõe sobre regras de proteção ao consumidor e cláusulas abusivas

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Lei 5768 20.12.71 Sorteio - dispõe sobre prêmios, sorteios, vale-brindes e concursos a título de propaganda

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Lei 7691 15.12.88 Sorteio - altera lei 5768/71 que dispõe sobre prêmios, sorteios, vale-brindes e concursos a título de propaganda

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Lei 8522 11.12.92 Sorteio - extingue taxas de distribuição de prêmios e exploração de loterais entre outras

Page 159: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Lei 9791 24.03.99 Consumidor - dispõe sobre obrigatoriedade de as concessárias de serviços públicos estabelecerem ao consumidor datas opcionais para vencimento de seus débitos

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Decreto 70951 09.08.72 Sorteio - regulamenta lei 5768/71 que dispõe sobre prêmios, sorteios, vale-brindes e concursos a título de propaganda

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Decreto 5389 26.05.92 Sorteio - altera artigos do Decreto 70951/72 que dispõe sobre prêmios, sorteios, vale-brindes e concursos a título de propaganda

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Portaria MJ 628 16.10.96 Sorteio - disciplina o pedido de autorização para distribuição gratuita de prêmios

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Portaria MJ 1285 19.12.97 Sorteio - regulamenta a autorização para realização de sorteios por entidades filantrópicas

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Portaria MJ 407 26.05.98 Sorteio - altera redação da alínea f do art. 7º da Portaria MJ 1285/97

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Portaria SEAE/MF

90 03.10.00 Sorteio - dispõe sobre pedido de autorização para distribuição gratuita de prêmios, a título de propaganda

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Portaria SDE/MJ 3 15.03.01 Consumidor - complementa o elenco de cláusulas abusivas do art. 51 do Código de Defesa do Consumidor

defesa do consumidor, sorteios e brindes

Resolução CEP 3 23.11.00 Brindes - regras sobre o tratamento de presentes e brindes aplicáveis às autoridades públicas abrangidas pelo Código de Conduta da Alta Administração Federal

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei Complementar

108 29.05.01 Previdência Social - dispõe sobre entidades fechadas de previdência complementar

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei Orgânica da Previdência Social)

3807 26.08.60 Previdência Social - define termos e regras para aplicação de Política da Previdência Social

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 3.924 26.07.61 Cultura - dispõe sobre monumentos arqueológicos e pré-históricos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Código Florestal)

4.771 15.09.65 Meio Ambiente - dispõe sobre a política das florestas existentes em território nacional

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 4845 19.11.65 Cultura - proíbe saída para o exterior de obras de arte e ofícios produzidos no país até fim do período monárquico

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Código de Caça)

5.197 03.01.67 Meio Ambiente - dispõe sobre a política de proteção à fauna

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei de Imprensa)

5.250 09.02.67 Cultura - regula a liberdade de manifestação de pensamento e de informação

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 5471 09.07.68 Cultura - proíbe a exportação de livros antigos brasileiros ou sobre o Brasil, editados nos séculos XVI a XIX

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 5.579 15.05.70 Cultura - institui o Dia da Cultura e da Ciência e dá outras providências

Page 160: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 5694 23.08.71 Previdência Social - altera Lei 3807/60 (Lei Orgânica da Previdência Social)

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 5988 14.12.73 Cultura - dispõe sobre direitos autorais

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Estatuto do Índio)

6.001 19.12.73 Direitos Humanos - dispõe sobre política de proteção ao Índio

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 6.803 02.07.80 Meio Ambiente - dispõe sobre diretrizes básicas para zoneamento industrial das áreas críticas de poluição

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 6.902 27.04.81 Meio Ambiente - dispõe sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 6.938 31.08.81 Meio Ambiente - dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente e cria o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 7405 12.11.85 Direitos Humanos - PPD - torna obrigatória a colocação do Símbolo Internacional de Acesso em todos os locais e serviços que permitam a utilização por pessoas portadoras de deficiência

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 7.661 16.05.88 Meio Ambiente - dispõe sobre o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 7.670 08.09.88 Saúde - AIDS - Estende aos portadores da doença a concessão de licença para tratamento, aposentadoria, auxílio-doença entre outros

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 7.804 18.07.89 Meio Ambiente - altera a Lei 6902/81 e a 6938/81 que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (CORDE) 7853 24.10.89 Direitos Humanos - PPD - apoio através da CORDE, tutela jurisdicional de interesses difusos, atuação do MP e definição de crimes

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei Orgânica da Saúde)

8.080 19.09.90 Saúde - dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Estatuto da Criança e do Adolescente)

8069 13.07.90 Direitos Humanos - Criança e Adolescente - dispõe sobre a proteção integral à criança e ao adolescente

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 8160 08.01.91 Direitos Humanos - PPD - dispõe sobre símbolo das pessoas portadoras de deficiência auditiva

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 8213 24.07.91 Previdência Social - dispõe sobre Plano de Benefícios da Previdência Social

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 8.246 22.10.91 Saúde - autoriza o Poder executivo a instituir o Serviço Social Autônomo Associação Pioneiras Sociais

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei Rouanet)

8.313 23.12.91 Cultura - institui o Programa Nacional de Apoio à Cultura

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 8.401 08.01.92 Cultura - Audiovisual - dispõe sobre o controle de autenticidade de cópias de obras audiovisuais em videograma posta em comércio

Page 161: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei do Audiovisual)

8.685 20.07.93 Cultura - cria mecanismos de fomento à atividade audiovisual e dá outras providências

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei Orgânica da Assistência Social)

8742 07.12.93 Assistência Social - dispõe sobre a organização da Assistência Social, Política de Seguridade Social não contributiva e dá outras providências

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 8842 04.01.94 Direitos Humanos - Idoso - dispõe sobre a Política Nacional do Idoso e cria o Conselho Nacional do Idoso

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 8.899 29.06.94 Direitos Humanos - PPD - concede passe livre às ppd´s no sistema coletivo de transporte interestadual

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 8.977 06.01.95 Cultura - dispõe sobre o serviço de tv a cabo, prevendo canal gratuito para entidades sem fins lucrativos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9045 18.05.95 Direitos Humanos - PPD - editoras deverão permitir a reprodução de obras sem remuneração para imprensa braille, credenciada pelo MEC e MINC

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9.313 13.11.96 Saúde - AIDS - dispõe sobre distribuição gratuita de medicamentos aos pacientes com HIV

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei de Diretrizes e Bases da Educação)

9394 20.12.96 Educação - dispõe sobre Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9.433 08.01.97 Meio Ambiente - institui a Política Nacional de Recursos Hídricos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9536 11.12.97 Educação - regulamenta art. 49 da LDB que dispõe sobre a transferência exofficio

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei de Direitos Autorais)

9610 19.02.98 Cultura - altera, atualiza e consolida a legislação de direitos autorais

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9612 19.02.98 Telemática - Rádio Comunitária - Institui o Serviço de Radiodifusão Comunitária

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei (Lei Pelé) 9615 24.03.98 Esportes - institui normas gerais sobre desporto

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9656 03.06.98 Saúde - dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9720 30.11.98 Assistência Social - altera Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9.795 27.04.99 Meio Ambiente - institui a Política Nacional de Educação Ambiental

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9807 13.07.99 Direitos Humanos - institui o Programa Federal de assistência a Vítimas e a testemunhas Ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham colaborado com

Page 162: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

nacionais Ameaçadas e dispõe sobre a proteção de acusados ou condenados que tenham colaborado com a investigação criminal

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9.836 23.09.99 Saúde - acrescenta dispositivos à lei 8080/90 - Lei Orgânica da Saúde

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9.841 05.10.99 Microempresa - institui o Estatuto da Microempresa e da Emp resa de Pequeno Porte, dispondo tratamento jurídico diferenciado

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9870 23.11.99 Educação - dispõe sobre valor total das anuidades escolares

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9966 28.04.00 Meio Ambiente - dispõe sobre a prevenção, o controle e a fiscalização da poluição causada por lançamento de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas em águas sob jurisdição nacional

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9970 17.05.00 Direitos Humanos - Criança e Adolescente - Institui o dia 18 de maio como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9975 23.06.00 Direitos Humanos - Criança e Adolescente - acrescenta artigo ao ECA sobre crimes de submissão à prostituição e/ou exploração sexual

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9981 14.07.00 Esportes - altera Lei 9615/98 (Lei Pelé) que instituiu normas gerais sobre desporto

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 9985 18.07.00 Meio Ambiente - institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 10048 08.11.00 Direitos Humanos - dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica - ppd´s, idosos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 10098 19.12.00 Direitos humanos - PPD - estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 10165 27.12.00 Meio Ambiente - altera a Lei nº 6.938/81, que dispõe sobre a Política Nacional de Meio Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação

diretrizes, políticas e programas nacionais

Lei 10216 06.04.01 Direitos humanos - PPD - dispõe sobre proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto-lei 25 30.11.37 Cultura - organiza proteção do patrimônio histórico e artístico nacional

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 80.978 12.12.77 Cultura - promulga Convenção Relativa à Proteção do Patrimônio Mundial, Cultural e Natural de 1972

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 84.631 09.04.80 Cultura - institui a Semana Nacional do Livro e da Biblioteca (de 23 a 29 de outubro)

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 89336 31.01.84 Meio Ambiente - dispõe sobre as Reservas Econômicas e Áreas de Relevante Interesse Ecológico

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 97632 10.04.89 Meio Ambiente - dispõe sobre a regulamentação do artigo 2°, inciso VIII, a Lei n° 6.938/81

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 99274 06.06.90 Meio Ambiente - regulamenta a Lei n° 6.902/81, e a Lei n° 6.938/81, que dispõem, respectivamente, sobre a criação de Estações Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental e

Page 163: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

sobre a Política Nacional do Meio Ambiente

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 229 11.10.91 Saúde - aprova a estrutura regimental do INAMPS

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 371 20.12.91 Saúde - institui o Serviço Social Autônomo Associação Pioneiras Sociais

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 519 13.05.92 Educação - institui o Programa Nacional de Incentivo à Leitura - PROLER

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 567 11.06.92 Cultura - Audiovisual - regulamenta Lei 8401/92 que dispõe sobre o controle de autenticidade de cópias de obras audiovisuais em videograma posta em comércio

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 974 08.11.93 Cultura - regulamenta lei de fomento à atividade audiovisual

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 1.141 19.05.94 Meio Ambiente - dispõe sobre as ações de proteção ambiental, saúde e apoio às atividades produtivas para as comunidades indígenas

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 1.282 19.10.94 Meio Ambiente - regulamenta os arts. 15, 19, 20 e 21, da Lei nº. 4.771/65

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 1.904 13.05.96 Direitos Humanos -institui o Programa Nacional dos Direitos Humanos (PNDH)

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 1948 03.07.96 Direitos Humanos - Idoso - regulamenta a lei que dispõe sobre a Política Nacional do Idoso

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 2.120 13.01.97 Meio Ambiente - Dá nova redação aos arts. 5, 6, 10 e 11 do Decreto No. 99.274, de 6 de junho de 1990, que regulamenta as Leis No. 6.902, de 27 de abril de 1981, e 6.938, de 31 de agosto de 1981

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 2.206 14.04.97 Cultura - aprova regulamento do serviço de tv a cabo, dispondo sobre canal gratuito para entidades sem fins lucrativos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 2.208 17.04.97 Educação - regulamenta o § 2 º do art. 36 e os arts. 39 a 42 da Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 2.494 10.02.98 Educação - Regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional - LDB

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 2.561 27.04.98 Educação - altera a redação dos arts. 11 e 12 do Decreto nº 2.494/98, que regulamenta o disposto no art. 80 da Lei nº 9.394/96, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 2.615 03.06.98 Telemática - Rádio Comunitária - aprova o regulamento do Serviço de Radiodifusão Comunitária

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 2.788 28.09.98 Meio Ambiente - altera dispositivos do Decreto nº 1.282, de 19 de outubro de 1994

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 3048 06.05.99 Previdência Social - regulamento da previdência social - isenção da contribuição da empresa destinada ao financiamento da aposentadoria especial

diretrizes, políticas e programas Decreto 3265 29.11.99 Previdência Social - altera o Regulamento da previdência Social, aprovado pelo Decreto nº

Page 164: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

nacionais 3.048, de 6 maio de 1999 diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 3276 06.12.99 Educação - dispõe sobre a formação em nível superior de professores para atuar na educação básica

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 3298 21.12.99 Direitos Humanos - PPD - regulamenta a Lei 7853/89 (CORDE) e dispõe sobre a política nacional de integração da pessoa portadora de deficiência

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 3551 04.08.00 Cultura - institui o registro de bens culturais de natureza imaterial que constituem patrimônio cultural brasileiro e cria o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 3691 19.12.00 Direitos Humanos - regulamenta a Lei 8.899/94, que dispõe sobre o transporte de pessoas portadoras de deficiência no sistema de transporte coletivo interestadual

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 3769 08.03.01 Projetos Sociais - diretrizes para execução de projetos voltados para a área social e cria o Comitê de Gestão e Acompanhamento do Projeto Alvorada

diretrizes, políticas e programas nacionais

Decreto 3811 04.05.01 Cultura - fixa o número de dias para a exibição de obras cinematográficas brasileiras durante o ano de 2001

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria interministerial MS/MTE

869 11.08.92 Saúde - AIDS - proíbe no Serviço Público federal a exigência de teste para detecção do vírus de imonodeficiência adquirida

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria MC/MCT

147 31.05.95 Telemática - cria o Comitê Gestor Internet no Brasil (CG)

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria Interministerial MEC/MINC/MC/MCT

166 29.04.96 Telemática - prevê benefício de tarifa especial em serviços de acessos à internet, com vistas à utilização acadêmica, para entidades de natureza cultural, de pesquisa ou instituições de ensino

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria MC/MCT

391 07.08.97 Telemática - altera composição do Comitê Gestor Internet no Brasil (CG)

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria MC 141 28.04.98 Telemática - institui o Serviço de Caixa Postal Comunitária - CPC

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria MC 191 06.08.98 Telemática - aprova a Norma Complementar do Serviço de Radiodifusão Comunitária nº 2/98

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria MINC 500 18.12.98 Cultura - disciplina elaboração, formalização, análise e execução de projetos audiovisuais e radiofônicos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria MC/MCT

188 23.11.99 Telemática - altera composição do Comitê Gestor Internet no Brasil (CG)

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria SEAS/MPAS

1111 06.06.00 Assistência Social - estabelece diretrizes para Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria SEAS/MPAS

2917 12.09.00 Assistência Social - estabelece diretrizes e normas para o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI

diretrizes, políticas e programas nacionais

Portaria MS 39 19.04.01 Saúde - regulamenta a operacionalização e remuneração do Cadastramento de Usuários do Sistema Único de Saúde

Page 165: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CONAMA

5 15.06.89 Meio Ambiente - institui o Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar - PRONAR

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CONAMA

1 08.03.90 Meio Ambiente - dispõe sobre emissão de ruídos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CONAMA

2 08.03.90 Meio Ambiente - institui o Programa Nacional de Educação e Controle de Poluição Sonora

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CONAMA

3 28.06.90 Meio Ambiente - dispõe sobre padrões de qualidade do ar as concentrações de poluentes atmosféricos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CONAMA

8 06.12.90 Meio Ambiente - estabelece limites máximos de emissão de poluentes do ar para processos de combustão externa

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CFM 1.359 11.11.92 Saúde - AIDS - dispõe sobre o atendimento a pacientes com HIV

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CG 1 15.04.98 Telemática - dispõe sobre registros de domínio, terminações possíveis (org.br) e cancelamentos

diretrizes, políticas e programas nacionais

Resolução CG 2 15.04.98 Telemática - atribui à FAPESP a competência para registros de domínio, distribuições de Ips e manutenção na internet brasileira

diretrizes, políticas e programas nacionais

Instrução Normativa SSP/MC

1 14.12.00 Telemática - disciplina os procedimentos para a implementação de Agência de Correios Comunitária pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT

fundos, recursos e conselhos Lei Complementar

79 07.01.94 Penal - cria o Fundo Penitenciário Nacional (FUNPEN)

fundos, recursos e conselhos Lei 4.319 16.03.64 Direitos Humanos - institui o Conselho de Defesa dos Direitos da Pessoa Humana fundos, recursos e conselhos Lei 4.320 17.03.64 Recursos - dispõe sobre subvenções econômicas e sociais fundos, recursos e conselhos Lei (Estatuto do

Estrangeiro) 6.815 19.08.80 Estrangeiro - define a situação jurídica do estrangeiro e cria o Conselho Nacional de Imigração

(CNIG) fundos, recursos e conselhos Lei 6.964 09.12.81 Estrangeiro - altera artigos 13, 14, 16, 24 e 30 da Lei 6815/80 fundos, recursos e conselhos Lei 7347 24.07.85 Meio Ambiente - Disciplina Ação Civil Pública e cria o Fundo de Defesa de Direitos Difusos

(FDDD) fundos, recursos e conselhos Lei 7353 29.08.00 Direitos Humanos - Mulher - cria o Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) fundos, recursos e conselhos Lei 7.560 19.12.86 Direitos Humanos - Drogas - criação do Fundo de Prevenção, Recuperação e de Combate às

Drogas de Abuso (FUNCAB) fundos, recursos e conselhos Lei 7596 10.04.87 Recursos - altera dispositivos do decreto-lei 200/67 fundos, recursos e conselhos Lei 7797 10.07.89 Meio Ambiente - regulamenta a lei 7.797/89 que cria o Fundo Nacional do Meio Ambiente

(FNMA) fundos, recursos e conselhos Lei 7998 11.01.90 Trabalho - criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e respectivo Conselho

Deliberativo (CODEFAT) fundos, recursos e conselhos Lei 8019 11.04.90 Trabalho - altera legislação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) fundos, recursos e conselhos Lei 8142 28.12.90 Saúde - dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde

(SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde

Page 166: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

(SUS} e sobre as transferências intergovernamentais de recursos financeiros na área da saúde

fundos, recursos e conselhos Lei 8242 12.10.91 Direitos Humanos - Criança e Adolescente - criação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA)

fundos, recursos e conselhos Lei 8352 28.12.91 Trabalho - altera art. 9º da Lei 8.019/90 fundos, recursos e conselhos Lei 8.436 25.06.92 Educação - institucionaliza o Programa de Crédito Educativo para estudantes carentes e altera

art. 26 da Lei 8212/91 fundos, recursos e conselhos Lei 9008 21.03.95 Meio Ambiente - cria no Ministério da Justiça o Conselho Federal gestor do Fundo de Defesa

de Direitos Difusos fundos, recursos e conselhos Lei 9096 19.09.95 Partido Político - dispõe sobre Fundo Especial de Assistência Financeira aos Partidos Políticos

(Fundos Partidário) e obriga aplicação de 20% em instituição ou fundação de pesquisa e educação política

fundos, recursos e conselhos Lei 9424 24.12.96 Educação - Dispõe sobre o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

fundos, recursos e conselhos Lei 9477 24.07.97 Direitos Humanos - Idoso - institui o Fundo de Aposentadoria Programada Individual - FAPI e o Plano de Incentivo à Aposentadoria Programada Individual

fundos, recursos e conselhos Lei 9604 05.02.98 Assistência Social - prestação de contas de aplicação de recursos fundos, recursos e conselhos Lei 9755 16.12.98 Contas públicas - dispõe sobre a criação de "homepage" na internet pelo TCU para divulgação

dos dados que especifica fundos, recursos e conselhos Lei 9.874 23.11.99 Cultura - altera artigos 3, 4, 9, 18, 19, 20, 25, 27, 28 e 30 da Lei Rouanet definindo regras

especiais de incentivo para doações ou patrocínios na produção cultural fundos, recursos e conselhos Lei (Lei de

Diretrizes Orçamentárias)

9.995 25.07.00 LDO - Recursos - estabelece requisitos para inclusão na lei orçamentária de dotações a títulos de subvenções sociais as entidades sem fins lucrativos para 2001

fundos, recursos e conselhos Lei 9.998 17.08.00 Telemática - Institui o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) fundos, recursos e conselhos Lei 9.999 31.08.00 Cultura - aumenta para três por cento a arrecadação bruta das loterias federais e concursos

destinados ao FNC (art. 5º, VIII da Lei Rouanet) fundos, recursos e conselhos Lei 10.052 28.11.00 Telemática - institui o Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico das Telecomunicações

(FUNTTEL) fundos, recursos e conselhos Lei 10.179 06.02.01 Cultura - audiovisual - dispõe sobre os títulos da dívida pública de responsabilidade do

Tesouro Nacional, consolidando a legislação em vigor sobre a matéria. fundos, recursos e conselhos Lei 10.194 14.02.01 Microcrédito - OSCIPS dedicadas a sistemas alternativos de crédito poderão obter recursos

financeiros fundos, recursos e conselhos Decreto-lei 200 25.02.67 Recursos - dispõe sobre prestação de contas e fiscalização das subvenções sociais fundos, recursos e conselhos Decreto 93.872 23.12.86 Recursos - dispõe sobre subvenções econômicas e sociais fundos, recursos e conselhos Decreto 840 22.06.93 Estrangeiro - dispõe sobre a organização e o funcionamento do Conselho Nacional de

Imigração fundos, recursos e conselhos Decreto 1.196 14.07.94 Direitos Humanos - Criança e Adolescente - dispõe sobre Fundo Nacional para a Criança e o

Adolescente (FNCA)

Page 167: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

fundos, recursos e conselhos Decreto 1306 09.11.94 Meio Ambiente - regulamenta o Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDDD) fundos, recursos e conselhos Decreto 1494 17.05.95 Cultura - regulamenta a Lei Rouanet 8313/91 fundos, recursos e conselhos Decreto 1.605 25.08.95 Assistência Social - regulamenta o Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS) fundos, recursos e conselhos Decreto 1744 05.12.95 Direitos Humanos - PPD e Idoso - regulamenta o benefício de prestação continuada devido à

pessoa portadora de deficiência e ao idoso fundos, recursos e conselhos Decreto 2.290 04.08.97 Cultura - regulamenta o disposto no art. 5º, inciso VII da Lei Rouanet 8313/91 fundos, recursos e conselhos Decreto 2.298 12.08.97 Assistência Social - altera o decreto 1605/95 que dispõe sobre o Fundo Nacional de

Assistência Social (FNAS) autorizando repasse extraordinário fundos, recursos e conselhos Decreto 2.529 25.03.98 Assistência Social - dispõe sobre transferência de recursos do Fundo Nacional de Assistência

Social (FNAS) para os fundos estaduais e municipais fundos, recursos e conselhos Decreto 2.585 12.05.98 Cultura - dá nova redação ao art. 10 do decreto 1494/95 que dispõe sobre a administração do

Fundo Nacional de Cultura (FNC) fundos, recursos e conselhos Decreto 3.524 26.06.00 Meio Ambiente - regulamenta Lei 7.797/89 que criou o Fundo Nacional do Meio Ambiente fundos, recursos e conselhos Decreto 3.574 23.08.00 Estrangeiro - altera composição do Conselho Nacional de Imigração fundos, recursos e conselhos Decreto 3.613 27.09.00 Assistência Social - acrescenta dispositivo ao decreto 1605/95 que regulamenta o Fundo

Nacional de Assistência Social (FNAS) autorizando repasse direto fundos, recursos e conselhos Decreto 3.737 30.01.01 Telemática - Dispõe sobre a regulamentação do Fundo para o Desenvolvimento Tecnológico

das Telecomunicações - FUNTTEL fundos, recursos e conselhos Portaria MINC 23 18.03.96 Cultura - dispõe sobre recursos referidos na Lei do Audiovisual fundos, recursos e conselhos Portaria MINC 184 25.11.96 Cultura - dispõe sobre utilização dos recursos provenientes das Notas do Tesouro Nacional fundos, recursos e conselhos Portaria MJ 537 01.10.99 Direitos Humanos - PPD - aprova funcionamento do Conselho Nacional dos Direitos da

Pessoa Portadora de Deficiência (CONADE) fundos, recursos e conselhos Portaria MESPT 38 10.05.00 Esporte - prevê alocação de recursos para implantação do projeto "Esporte Educacional" em

parceria com ONG´s fundos, recursos e conselhos Portaria MINC 409 06.10.00 Cultura - Audiovisual - dispõe sobre recursos provenientes da conversão de títulos

representativos da dívida externa brasileira por Notas do Tesouro Nacional fundos, recursos e conselhos Resolução

BACEN 1840 16.07.91 Meio Ambiente - institui plano de conversão da divida externa para fins ambientais

fundos, recursos e conselhos Resolução CNS/MS

33 23.12.92 Saúde - recomendações para a Constituição e Estruturação de Conselhos Estaduais e Municipais de Saúde

fundos, recursos e conselhos Resolução CODEFAT

194 23.09.98 Trabalho - estabelece critérios para transferência de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT

fundos, recursos e conselhos Resolução CODEFAT

196 27.10.98 Trabalho - altera a Resolução 194/98 que estabelece critérios para transferência de recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT

fundos, recursos e conselhos Resolução CODEFAT

200 04.11.98 Trabalho - dispõe sobre o pagamento da bolsa qualificação profissional com recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT

fundos, recursos e conselhos Resolução CFC 837 02.02.99 Contabilidade - NBC T 10 - aprova aspectos contábeis específicos em entidades diversas (fundações)

Page 168: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

fundos, recursos e conselhos Resolução CFDD 7 25.06.99 Meio Ambiente - define critérios para aplicação dos recursos do Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDDD)

fundos, recursos e conselhos Resolução BACEN

2627 02.08.99 Microcrédito - dispõe sobre as sociedades de crédito ao microemprendedor

fundos, recursos e conselhos Resolução CFDD 8 26.10.99 Meio Ambiente - aprova manual para apresentação e análise de projetos ao Fundo de Defesa de Direitos Difusos (FDDD)

fundos, recursos e conselhos Resolução CODEFAT

223 09.12.99 Trabalho - altera art. 3º, 10º e 11 da Resolução nº 194/98

fundos, recursos e conselhos Resolução CD/FNDE/MEC

8 08.03.00 Educação - dispõe sobre a transferência, pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), de recursos financeiros em favor das escolas públicas do ensino fundamental das redes estadual e municipal e escolas de educação especial, mantidas por ONG´s

fundos, recursos e conselhos Resolução CONANDA/MJ

63 29.03.00 Direitos Humanos - ECA - parceria CONANDA e MET, através do INDESP, para captação ao Fundo Nacional da Criança e do Adolescente (FNCA) para projetos esportivos sociais

fundos, recursos e conselhos Resolução CONANDA/MJ

64 29.03.00 Direitos Humanos - ECA - dispõe sobre os critérios para repasse de recursos e o Plano de Aplicação do FNCA em 2000

fundos, recursos e conselhos Resolução CODEFAT

234 27.04.00 Trabalho - altera art. 2º, 3º e 13º da Resolução nº 194/98

fundos, recursos e conselhos Resolução CD/FNDE/MEC

11 02.05.00 Educação - especifica documentos e isenta ONG´s de contrapartida de recursos financeiros para projetos educacionais

fundos, recursos e conselhos Resolução CD/FNDE/MEC

13 31.05.00 Educação - Programa Nacional de Saúde Escolar 2000 que identifica e corrige as dificuldades visuais e auditivas da 1ª série

fundos, recursos e conselhos Resolução BACEN

2.771 30.08.00 Microcrédito - aprova regulamento que disciplina a constituição e o funcionamento de cooperativas de crédito

fundos, recursos e conselhos Resolução CD/FNDE/MEC

3 18.12.00 Educação - dispõe sobre a arrecadação direta ao FNDE da contribuição social do Salário-Educação

fundos, recursos e conselhos Resolução CD/FNDE/MEC

4 18.12.00 Educação - dispõe sobre o atendimento pelo estabelecimento particular de ensino fundamental aos alunos beneficiários do programa Sistema de Manutenção de Ensino Fundamental – SME nas modalidades Aquisição de Vagas e Escola Própria

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa CVM/MF

186 17.03.92 Cultura - constituição, funcionamento e administração dos Fundos de Investimento Cultural e Artístico (FICART)

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa DRF/MF

85 03.07.92 Cultura - disciplina recolhimento de receitas relativas ao Fundo Nacional de Cultura (FNC)

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa SRF

87 31.12.96 Recursos - aprova modelo de declaração, a ser prestada pelas entidades civis, de responsabilidade na aplicação integral dos recursos, recebidos mediante doação nos termos do art. 13, § 2º, inciso III, da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995.

Page 169: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa STN

1 15.01.97 Recursos – disciplina a celebração de convênios de natureza financeira cujo objeto seja a execução de projetos ou realização de eventos

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa MF

260 09.04.97 Cultura - dispõe sobre emissão e distribuição de Certificados de Investimento para produção, distribuição, exibição e infra-estrutura técnica de obras audiovisuais

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa do MINC

1 03.05.00 Cultura - acompanhamento e auditoria independente externa para os projetos culturais, artísticos e audiovisuais

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa INSS

28 29.06.00 Educação - fiscalização da execução de programas e projetos financiados pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento de Educação (FNDE) e das empresas optantes do SME

fundos, recursos e conselhos Instrução Normativa STN

1 04.05.01 Convênios - Disciplina o cumprimento das exigências para transferências voluntárias, constantes da Lei Complementar no 101, de 4 de maio de 2000, institui o Cadastro Único dessas exigências (CAUC)

fundos, recursos e conselhos Medida Provisória

2089-28 17.05.01 Microcrédito - exclui da medida as OSCIPS que trabalham com sistema alternativo de crédito

fundos, recursos e conselhos Medida Provisória

2085-36 17.05.01 Cooperativas - Dispõe sobre o Programa de Revitalização de Cooperativas de Produção Agropecuária - RECOOP, autoriza a criação do Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo - SESCOOP

fundos, recursos e conselhos Medida Provisória

2100-32 24.05.01 Educação – dispõe sobre o repasse de recursos financeiros do Programa Nacional de Alimentação Escolar e institui o Programa Dinheiro Direto na Escola

fundos, recursos e conselhos Regimento Interno CNAS 24.03.94 Assistência Social - regimento interno do Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS

fundos, recursos e conselhos Regimento Interno CONAMA

326 15.11.94 Meio Ambiente - regimento interno do Conselho Nacional de Meio Ambiente - CONAMA

fundos, recursos e conselhos Regimento Interno CFDDD

11 05.01.96 Meio Ambiente - regimento interno do Conselho Federal de Defesa de Direitos Difusos

fundos, recursos e conselhos Regimento Interno CNE

99 09.07.99 Educação - regimento interno do Conselho Nacional de Educação

fundos, recursos e conselhos Regimento Interno CODEFAT

236 27.04.00 Trabalho - regimento interno do Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei (CTN) 5172 25.10.66 Código Tributário Nacional - dispõe sobre a imunidade tributária e estabelece requisitos a serem observados pelas entidades

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei Complementar

70 30.12.91 Contribuições - institui contribuição para financiamento da seguridade social e eleva alíquota da contribuição social sobre o lucro das instituições financeiras

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei Complementar

102 11.07.00 Imposto - ICMS - altera dispositivos da Lei Complementar 87/96, que dispõe sobre o imposto de circulação de mercadorias e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal de comunicação

imunidades, isenções e Lei 4613 02.04.65 Imposto - II – PPD - isenta de Imposto de Importação os veículos especiais destinados aos

Page 170: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

incentivos fiscais deficientes físicos imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 7689 15.12.88 Imposto – Institui Contribuição Social Sobre o Lucro das pessoas jurídicas

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 7691 15.12.88 Imposto – dispõe sobre pagamentos de tributos e contribuições federais

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 7713 22.12.88 Imposto - IR – alteração da legislação de Imposto sobre a Renda

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8010 29.03.90 Imposto - II e IPI - dispõe sobre isenção na importações de bens destinados à pesquisa científica e tecnológica

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8032 12.04.90 Imposto - II - isenta o Imposto de Importação

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8212 24.07.91 Contribuições Sociais - isenta as entidades de assistência social das contribuições de que trata a Lei

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8383 30.12.91 Imposto - IR - institui a Unidade Fiscal de referência, altera legislação de Imposto sobre a Renda e dá outras providências

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8541 23.12.92 Imposto - IR – alteração da legislação de Imposto sobre a Renda

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8687 20.07.93 Imposto - IR - PPD - isenta de Imposto sobre a Renda os deficientes mentais

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8.849 28.01.94 Cultura – altera legis lação do Imposto sobre a Renda dispondo sobre limite da soma de deduções entre a Lei Rouanet e do Audiovisual

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 8989 24.02.95 Imposto - IPI - dispõe sobre isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados na aquisição de automóveis a ser utilizado por pessoas portadoras de deficiência

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9064 20.06.95 Imposto - IR - alteração da legislação do Imposto sobre a Renda

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9249 26.12.95 Imposto - IR e CSLL - alteração da legislação do Imposto sobre a Renda das pessoas jurídicas, bem como da Contribuição Social Sobre o Lucro

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9250 26.12.95 Imposto - IR - alteração da legislação do Imp osto sobre a Renda

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9311 24.10.96 Contribuições - CPMF - institui a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9317 05.12.96 Micorempresa - dispõe sobre regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte e institui o SIMPLES

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9.323 05.12.96 Cultura - altera limite de dedução de que trata o § 2º do art. 1º da Lei do Audiovisual

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9.393 19.12.96 Imposto - ITR - dispõe sobre o Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural - ITR, sobre pagamento da dívida representada por Títulos da Dívida Agrária

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9430 27.12.96 Imposto - IR - alteração da legislação tributária federal, as contribuições para a seguridade social e o processo administrativo de consulta

Page 171: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

incentivos fiscais social e o processo administrativo de consulta

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9.532 10.12.97 Imposto - IR - alteração da legislação do Imposto sobre a Renda

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9.718 27.11.98 Imposto - IR - alteração da legislação - ampliou base de cálculo da COFINS

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9732 11.12.98 Contribuições Sociais - altera dispositivos da 8.212 e 8.213, ambas de 1991 e Lei 9.317, de 1996

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9766 18.12.98 Salário-Educação - Altera a legislação que rege o Salário-Educação

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 9876 26.11.99 Contribuição Previdenciária - dispõe sobre contribuinte individual e cálculo do benefício, e altera as leis 8212 e 8213, ambas de 1991

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 10034 24.10.00 Microempresa - altera a lei 9317/96, que institui o SIMPLES

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Lei 10182 12.02.01 IPI - restaura a vigência da Lei no 8.989, de 24 de fevereiro de 1995, que dispõe sobre a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) na aquisição de automóveis destinados ao transporte autônomo de passageiros e ao uso de portadores de deficiência física, reduz o imposto de importação para os produtos que especifica

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto-lei 37 18.11.66 Imposto - II - dispõe sobre o Imposto de Importação e reorganiza os serviços aduaneiros

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto-lei 2.303 21.11.86 Imposto - altera a legislação tributária federal

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto 91.030 05.03.85 Imposto - II - regulamento aduaneiro isenta imposto de importação sobre aparelhos destinados às ppd´s, esportes, entre outros

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto 794 05.04.93 Imposto - IR - estabelece limite de dedução do Imposto sobre a Renda das pessoas jurídicas que fizerem doações ao Fundo de amparo à Criança e ao Adolescente

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto 1.359 30.12.94 Imposto - fixa valor absoluto do limite global de deduções relativas aos patrocínios e doações beneficiados pelos incentivos fiscais (Lei 8313/91)

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto 1.493 17.05.95 Imposto - altera dispositivo do decreto 1359/94

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto 2.219 02.05.97 Imposto - IOF - regulamenta o Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Decreto 3.000 26.03.99 Imposto - IR - Regulamento do Imposto sobre a Renda - RIR

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Portaria MEC 0 15.10.98 Imposto - II - dispõe sobre procedimento para os pedidos de isenção do imposto de importação por instituição de educação

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Resolução CNAS 116 19.05.99 Contribuições Sociais - dispõe sobre requisito de gratuidade de que trata inciso III da Lei 8.212/91

Page 172: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

56 18.07.94 Cultura - disciplina procedimentos para fins dos benefícios fiscais instituídos pela Lei do Audiovisual

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa MINC/MFAZ

1 13.06.95 Cultura - dispõe sobre acompanhamento, controle e avaliação na utilização de benefícios fiscais

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

62 21.12.95 Cultura - altera artigos 2º e 3º da IN SRF nº 56/94 que disciplina procedimentos para fins dos benefícios fiscais instituídos pela Lei do Audiovisual

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

65 05.12.96 Imposto - IR - dispõe sobre dedutibilidade de despesas com instrução, aparelhos ortopédicos e próteses ortopédicas no Imposto sobre a Renda

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

69 21.07.98 Educação - estabelece procedimentos a serem obervados no controle dos incentivos ficais previstos nas Leis 8010, 8032 de 1990 e 8248 de 1991

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

113 21.09.98 Educação - dispõe sobre as obrigações de natureza tributária das instituições de educação

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

127 30.10.98 Pessoa jurídica - institui a Declaração Integrada de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica - DIPJ

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

133 13.11.98 Educação - altera IN 113 que dispõe sobre instituições de educação imunes

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

40 09.04.99 Cultura - dispõe sobre despacho aduaneiro de bens de caráter cultural

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

67 14.06.99 CPMF - dispõe sobre a não incidência de Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) no caso de entidades beneficentes de assistência social.

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

113 14.09.99 IPI - dispõe sobre regimes especiais de substituição tributária relativos ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

133 16.11.99 Educação - altera IN 69 que dispõe sobre procedimentos dos incentivos ficais que especifica

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa

145 09.12.99 Cooperativas - dispõe sobre contribuição para o Programa de Integração Social e de Formação do Patrimônio do Servidor Público - PIS/PASEP e da Contribuição para Seguridade Social -

Page 173: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

SRF/MF COFINS devidas pelas sociedades cooperativas em geral

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

32 23.03.00 IPI - dispõe sobre a aquisição de automóveis com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

88 08.09.00 IPI - altera IN 32/00 que dispõe sobre a aquisição de automóveis com isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

15 06.02.01 IR - PPD - normas de tributação de isenção para pessoa portadora de deficiência

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Instrução Normativa SRF/MF

44 02.05.01 CPMF - dispõe sobre a Declaração de Não Incidência da Contribuição Provisória sobre a Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF), no caso de entidades beneficentes de assistência social

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Medida Provisória

2113-31 24.05.01 Imposto - IR - PIS/COFINS - OSCIP - altera a legislação e prevê possibilidade de dedução fiscal na doação para OSCIP

imunidades, isenções e incentivos fiscais

Medida Provisória

2128-10 25.05.01 Imposto - IR - altera legislação do Imposto sobre a Renda no que se refere aos incentivos fiscais de isenção e redução

procedimentos administrativos e judiciais

Decreto-lei (Código Penal)

2848 07.12.40 Responsabilidade - Código Penal - equiparação de empregados aos servidores públicos para fins criminais

procedimentos administrativos e judiciais

Lei (Código de Processo Civil)

5869 11.01.73 Fiscalização - trata da fiscalização pelo Ministério Público e sua função na reforma dos estatutos das fundações (Código de Processo Civil)

procedimentos administrativos e judiciais

Lei Complementar

75 20.05.93 Fiscalização - Lei Orgânica do Ministério Público da União

procedimentos administrativos e judiciais

Lei Complementar

101 04.05.00 Responsabilidade - Lei de Responsabilidade Fiscal - normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal

procedimentos administrativos e judiciais

Lei (Lei de Assistência Judiciária)

1060 05.01.50 Assistência Jurídica - concede benefícios de justiça gratuita para os carentes financeiros

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 1.390 03.07.51 Racismo - inclui, entre as contravenções penais, a prática de atos resultantes de preconceito de raça ou de cor

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 1.533 31.12.51 Mandado de Segurança - Altera disposições do Código do Processo Civil relativas ao Mandado de Segurança

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 4132 10.09.62 Desapropriação - dispõe sobre desapropriação por interesse social

procedimentos administrativos e judiciais

Lei (Lei de Ação Popular)

4.717 29.06.65 Ação Popular - disciplina a ação que possibilita a qualquer cidadão pelitear a anulação de ato lesivo ao patrimônio do Estado

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 5.540 28.11.68 Educação - fixa normas de organização e funcionamento do ensino superior e sua articulação com a escola média

Page 174: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

procedimentos administrativos e judiciais

Lei (Lei dos Registros Públicos)

6015 31.12.73 Registro Público - dispõe sobre regras de escrituração, pessoas jurídicas e estatutos sociais

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 6404 15.12.76 Responsabilidade - fazer Assembléia Geral Ordinária uma vez por ano para aprovar as contas da entidade; responsabilidade do administrador e deveres do Conselho Fiscal

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 6.453 17.10.77 Responsabilidade - dispõe sobre responsabilidade civil por danos nucleares e criminal por atos relacionados com atividades nucleares

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 6.513 20.12.77 Ação Popular - altera art. 1º e 5º da Lei de Ação Popular e cria áreas especiais de interesse turístico

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 7.300 27.03.85 Cultura - equipara às empresas jornalísticas, para fins de responsabilidade civil e penal, empresas cinematográficas

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 7.437 20.12.85 Racismo - inclui, entre as contravenções penais, a prática de atos resultantes de preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado civil

procedimentos administrativos e judiciais

Lei (Lei do Colarinho Branco)

7.492 16.06.86 Finanças - define crimes contra o Sistema Financeiro Nacional

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 7.542 26.09.86 Meio Ambiente - dispõe sobre exploração, remoção e demolição de coisas ou bens afundados, submersos, encalhados e perdidos em águas sob jurisdição nacional, em terreno de marinha e seus acrescidos e em terrenos marginais, em decorrência de sinistro, alijamento ou fortuna do mar

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 7.716 05.01.89 Racismo - define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor, proíbe discriminação racial no acesso ao emprego nas empresas porivadas e da administração pública

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 7.802 11.07.89 Fiscalização - legitimidade para requerer cancelamento ou impugnação do registro de agrotóxicos e afins arguindo prejuízos ao meio ambiente, à saúde humana e aos animais

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8.429 02.06.92 Responsabilidade - dispõe sobre sanções aplicáveis aos agentes públicos nos casos de enriquecimento ilícito e improbidade administrativa

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8.443 16.07.92 Fiscalização - dispõe sobre regras de fiscalização de contas públicas (Lei Orgânica do Tribunal de Contas da União)

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8625 12.02.93 Fiscalização - Institui a Lei Orgânica Nacional do Ministério Público, dispõe sobre normas gerais para a organização do Ministério Público dos Estados e dá outras providências

procedimentos administrativos e judiciais

Lei (Lei das Licitações)

8666 21.06.93 Licitações - dispõe sobre hipóteses de dispensa do processo licitatório

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8883 08.06.94 Licitações - altera Lei 8666/93, que dispõe sobre Licitações

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8.906 04.07.94 Registro - Estatuto - atos e contratos constitutivos de pessoas jurídicas só podem ser registrados visados por advogados (Estatuto da OAB)

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8.909 06.07.94 Assistência Social - dispõe sobre a prestação de serviços por entidades de assistêncial social e estabelece procedimentos para recadastramento junto ao CNAS

Page 175: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8.934 18.11.94 Registro - Junta Comercial - arquivamento de documentos relativos à constituição, alteração e extinção de cooperativas

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8.935 18.11.94 Registro - regulamenta o art. 236 da CF dispondo sobre serviços notariais e de registro

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 8987 13.02.95 CPSP - dispõe sobre regime de concessão e permissão de serviços públicos

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9042 09.05.95 Registro - Estatuto - altera art. 121 da Lei de Registros Públicos

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9074 07.07.95 CPSP - dispõe sobre outorgas e prorrogações de concessão e permissão de serviços públicos

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9080 19.07.95 Finanças - acrescenta dispositivos a lei 7492/86 e 8317/90

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9099 26.09.95 Processo - dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9.192 21.12.95 Educação - altera dispositivos da Lei nº 5.540/68, que regulamentam o processo de escolha dos dirigentes universitários

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9.455 07.04.97 Tortura - define o crime de tortura

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9.459 13.05.97 Racismo - altera redação do art. 1º da Lei 7716/89

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9605 12.02.98 Crimes Ambientais - dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9648 27.05.98 Licitações - altera Lei das Licitações, dispensando o processo licitatório na celebração de contratos com organizações sociais

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9784 29.01.99 Processo - regula o processo administrativo no âmbito da Administração Pública Federal

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9785 29.01.99 Desapropriação - altera o Decreto-lei que dispõe sobre desapropriação por utilidade pública

procedimentos administrativos e judiciais

Lei 9983 14.07.00 Responsabilidade - altera o Código penal acrescentando dispositivos sobre crimes previdenciários

procedimentos administrativos e judiciais

Decreto-lei 3365 21.06.41 Desapropriação - dispõe sobre a desapropriação por utilidade pública

procedimentos administrativos e judiciais

Decreto-lei 41 18.11.66 Dissolução - dispõe sobre a extinção de sociedades civis assistenciais

procedimentos administrativos e judiciais

Decreto-lei 772 19.08.69 Fiscalização - dispõe sobre auditoria externa a que ficam sujeitas as entidades dotadas de personalidade jurídica de direito privado, que recebam contribuições para fins sociais

procedimentos administrativos e judiciais

Decreto 1.916 23.05.96 Educação - regulamenta o processo de escolha dos dirigentes de instituições federais de ensino superior, nos termos da Lei n° 9.192, de 21 de dezembro de 1995

Page 176: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

procedimentos administrativos e judiciais

Portaria MINC 113 24.05.94 Cultura - dispõe sobre adaptação de obra audiovisual estrangeira no Brasil

procedimentos administrativos e judiciais

Portaria MPAS 3.015 15.02.96 Assistência social - uniformiza procedimentos no INSS e no Conselho de Recursos da Previdência Social

procedimentos administrativos e judiciais

Portaria MINC 71 08.05.96 Cultura - dispõe sobre normas para apresentação e exame de projetos audiovisuais cinematográficos na forma do art. 3º da Lei do Audiovisual

procedimentos administrativos e judiciais

Portaria MINC 88 01.06.96 Cultura - dispõe sobre registro de contratos em obras audiovisuais

procedimentos administrativos e judiciais

Portaria MINC 63 11.04.97 Cultura - dispõe sobre normas para apresentação e exame de projetos audiovisuais na forma do art. 1º da Lei do Audiovisual

procedimentos administrativos e judiciais

Portaria MEC 1.679 02.12.99 Licenciamento - Instituições de ensino - dispõe sobre requisitos de acessabilidade de ppd´s para instrução de processos de autorização e de reconhecimento de cursos

procedimentos administrativos e judiciais

Resolução CONAMA

9 03.12.87 Meio Ambiente - Licenciamento - dispõe sobre audiência pública podendo ser requerida por entidade civil

procedimentos administrativos e judiciais

Resolução CNAS 20 06.02.77 Assistência Social - dispõe sobre pedido de manifestação do Conselho

procedimentos administrativos e judiciais

Resolução CONAMA

237 19.12.97 Meio Ambiente - Licenciamento - define conceitos e regras básicas para procedimento administrativo

procedimentos administrativos e judiciais

Instrução Normativa do MTE

3 01.09.97 Fiscalização - dispõe sobre a fiscalização do trabalho nas empresas de prestação de serviços a terceiros e empresas de trabalho temporário

procedimentos administrativos e judiciais

Instrução Normativa da SRF

1 12.01.00 Licenciamento - aprova instruções para a prática de atos perante o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ)

procedimentos administrativos e judiciais

Instrução Normativa da SIT

1 23.03.00 Fiscalização - procedimentos a serem adotados pelos Auditores-Fiscais do Trabalho nas ações para erradicação do trabalho infantil e proteção ao trabalhador adolescente

procedimentos administrativos e judiciais

Instrução Normativa da STN

5 08.06.00 Convênios - regulamenta o art. 25 da Lei 101/00 que dispõe sobre transferência voluntária de recursos

relações trabalhistas e previdenciárias

Decreto-lei (Consolidação das Leis do Trabalho)

5452 01.05.43 Direitos Humanos - Mulher - tem tratamento especial na Consolidação das Leis do Trabalho e trata de trabalho em geral

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 6019 03.01.74 Trabalho - dispõe sobre trabalho temporário nas empresas urbanas

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 6494 07.12.77 Estágio - estudantes de estabelecimento de ensino superior e ensino profissionalizante

Page 177: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 7070 20.12.82 Direitos Humanos - PPD - dispõe sobre pensão especial para pessoas portadoras de deficiência

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8036 11.05.90 FGTS - dispõe sobre o Fundo de Garantia ao Trabalhador

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8112 11.12.90 Direitos Humanos - PPD - dispõe sobre reserva de 20% das vagas oferecidas em concurso público

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8540 22.12.92 Contribuição - dispõe sobre a contribuição do empregador rural para a seguridade social e determina outras providências alterando dispositivos da Lei 8212 de 1991

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8620 05.01.93 Benefício previdenciário - altera dispositivos da Lei 8212 e 8213 de 1991

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8686 20.07.93 Direitos Humanos - PPD - dispõe sobre o reajustamento da pensão especial aos deficientes físicos portadores da Síndrome de Talidomida

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8859 23.03.94 Estágio - modifica dispositivos da Lei 6494/77, estendendo aos alunos de ensino especial o direito à participação em atividades de estágio

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8870 15.04.94 Contribuição e salário - altera dispositivos das leis 8212 e 8213 de 1991

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 8949 09.12.94 Cooperativa - acrescenta parágrafo a CLT declarando não haver vínculo empregatício entre a sociedade cooperativa e seus associados

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 9029 13.04.95 Mulher - proíbe a exigência de atestado de gravidez e esterilização para admissão ou permanência

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 9032 28.04.95 Benefício previdenciário - altera dispositivos da Lei 8212 e 8213 de 1991

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 9063 14.06.00 Cooperativa - dispõe sobre contribuição previdenciária e altera dispositivos da Lei 8212 e 8213 de 1991

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 9129 20.11.95 Benefício previdenciário - auxílio-acidente - autoriza o parcelamento do recolhimento de contribuições previdenciárias devidas pelos empregadores em geral e altera dispositivos da Lei 8212/91

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 9504 30.09.97 Direitos Humanos - Mulher - estabelece normas para eleições reservando o mínimo de trinta por cento de candidaturas do mesmo sexo

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 9601 21.01.98 Trabalho - dispõe sobre contratos, convenções e acordos coletivos

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei (Lei do Voluntariado)

9608 18.02.98 Voluntários - prevê a obrigatoriedade de contrato de adesão

relações trabalhistas e previdenciárias

Lei 10029 20.10.00 Voluntários - estabelece normas gerais para a prestação voluntária de serviços administrativos e de serviços auxiliares de saúde e de defesa civil

relações trabalhistas e previdenciárias

Decreto 76.900 23.12.75 RAIS - Relatório Anual de Informações Sociais - institui o relatório e dá outras providências

relações trabalhistas e Decreto 87497 18.08.82 Estágio - regulamenta a lei 6494/77

Page 178: dissertacao Vanessa Melo - UFBA - Escola de Administração · “Professora” antes do nome porque se tornou tão amiga que parece que já éramos amigas ... A Marlos e Sávio,

previdenciárias relações trabalhistas e previdenciárias

Decreto de 20.03.96 20.03.96 Discriminação - cria no MTE o GT para Eliminação da Discriminação no Emprego e na Ocupação - GTEDEO

relações trabalhistas e previdenciárias

Decreto 2172 05.03.97 Direitos Humanos - PPD - a empresa com 100 ou mais empregados deverá preencher de 2 a 5% do quadro com ppd´s habilitados

relações trabalhistas e previdenciárias

Decreto 2490 04.02.98 Trabalho - regulamenta lei 9601/98 que dispõe sobre contrato de trabalho por prazo determinado

relações trabalhistas e previdenciárias

Portaria MPAS 4478 04.06.98 Direitos Humanos - PPD - regula benefícios pagos pela previdência social e impõe multa variável por infração ao RBPS de R$ 636,17 a 63.617,35

relações trabalhistas e previdenciárias

Portaria MPAS 4479 04.06.98 Direitos Humanos - PPD - regula alíquotas de contribuição dos segurados a partir de junho de 1998

relações trabalhistas e previdenciárias

Portaria MPAS 4677 29.07.98 Direitos Humanos - PPD - estabelece proporcionalidade de dois a cinco por cento de empregados ppd, dependendo do nº de empregados da empresa

relações trabalhistas e previdenciárias

Portaria MTE 772 26.08.99 Direitos Humanos - PPD - dispõe sobre trabalho da pessoa portadora de deficiência em entidades sem fins lucrativos de natureza filantrópica

relações trabalhistas e previdenciárias

Portaria MTE 1998 03.12.99 RAIS - Relatório Anual de Informações Sociais - dispõe sobre instruções gerais para ano-base de 1999

relações trabalhistas e previdenciárias

Portaria MTE 604 01.06.00 Discriminação - cria nas DRT´s os núcleos de Promoção da Igualdade de Oportunidades e Combate à discriminação

relações trabalhistas e previdenciárias

Resolução CNIG/MTE

21 10.11.98 Estrangeiro - altera regras para concessão de visto permanente para diretor ou administrador de entidade de assistência social

relações trabalhistas e previdenciárias

Resolução CING/MTE

39 28.09.99 Estrangeiro - concessão de visto a estrangeiro que vem ao Brasil para prestar serviços junto a entidades religiosas ou de assistência social

relações trabalhistas e previdenciárias

Resolução CNIG/MTE

47 16.05.00 Estrangeiro - concessão de visto a estrangeiro que vem ao Brasil exercer atividades de assistência social

relações trabalhistas e previdenciárias

Instrução Normativa MPAS

33 31.07.00 Direitos Humanos - Mulher - institui que o requerimento e concessão do benefício de salário-maternidade poderá ser feito via internet

relações trabalhistas e previdenciárias

Medida Provisória

2129-9 21.05.01 Previdência - reajuste dos benefícios mantidos pela Previdência Social e alteração do nome do certificado de CEFF para CEBAS

relações trabalhistas e previdenciárias

Medida Provisória

2076-36 24.05.01 Trabalho temporário - Altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, para dispor sobre o trabalho a tempo parcial, a suspensão do contrato de trabalho e o programa de qualificação profissional, modifica as Leis nos 4.923, de 23 de dezembro de 1965, 6.321, de 14 de abril de 1976, 6.494, de 7 de dezembro de 1977, 7.998, de 11 de janeiro de 1990, e 9.601, de 21 de janeiro de 1998