24
Revista Distinção 1

Distinção 10

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Revista do parana de empreendedorismo e empresas

Citation preview

Page 1: Distinção 10

Revista Distinção • 1

Page 2: Distinção 10

2 • Revista Distinção

Page 3: Distinção 10

Revista Distinção • 3

EXPEDIENTE

GP EDIÇÕES ESPECIAIS LTDAwww.issuu.com/revistadistincaoTIRAGEM DE 5 MIL EXEMPLARESCNPJ 15.126.830/0001-37

(distribuição gratuita a todas as associações comerciais e industriais do PR, prefeituras, cooperativas, órgãos dos governos estadual e federal, federações, associações e também nas cidades de Balneário Camboriú, Navegantes e Itajaí)

EDITOR:Victor Grein [email protected] (41) 9191-3296

DEPTO COMERCIAL:Jaime de Souza [email protected] (41) 8431-3379

Paulo Victor [email protected](41) 3356-3430 e (41) 9641-9928 CURITIBA:Rua Vicente Spisla, 238 - cj 2Fone (41) 3319-8754 LONDRINA:Rua Cambará, 670 - 4º andar,Cj 44 – centro

ARTE GRÁFICA:Humberto GreinFone (47) 9984-8125

NOSSA CAPA

Hidrelétricas: uma história de 130 anos no Brasil

Crown Embalagens, Indústria do Ano

Jaguariaíva no rastro do progresso

CHARGE

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO:Página 04 • Cataguases e sua glória

Página 06 • Amido? É com o Paraná

Página 09 • Ponta Grossa: fábrica de cimento

Página 10 • Crown Embalagens, Indústria do Ano

Página 08 • Mais energia para Londrina

Página 20 • Jaguariaíva e suas indústrias

Página 14 • 130 anos de Hidrelétricas

Página 22 • Empresas & Empreendimentos

MANDIOCA E AMIDO NO PARANÁ“Os dados indicam que na cadeia da mandioca não há

monopólios, entretanto, é necessário estabelecer um fórum

de negociação, direta e positiva, para otimizar os benefícios

a todos os seus agentes e tornar os produtos da

mandioca paranaense mais competitivos”.

(recomendação do IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná)

Page 4: Distinção 10

4 • Revista Distinção

CATAGUASES

Cataguases e os anos de glória, beleza e glamourForam anos de muita luz em Cataguases, Zona da Mata, Minas Gerais. Luz que, na verdadeira acepção da palavra, chegou a cidade em 1908 – foi uma das primeiras, no Brasil, a dispor de energia elétrica e iluminação pública. Mas luz, principalmente, em forma de cultura e obras de arte. A arquitetura modernista, por exemplo, teve na cidade, entre as décadas de 40 e 60, um dos seus berços. Tanto que até hoje Cataguases é visitada por arquitetos, artistas plásticos, estudantes, professores universitários, que vem conhecer as muitas obras deixadas na cidade por gente como Candido Portinari, Oscar Niemeyer, Djanira, Burle Marx, Joaquim Tenreiro, Carlos Azevedo Leão, Aldary Henriques Toledo, irmãos Roberto,Luzimar Góes Telles, Francisco Bolonha, Emeric Marcier, Anísio Medeiros, Bruno Giorgi, Jan Zach, Paulo Werneck, Edgar Guimarães do Valle. A importância da cidade é tanta que em 1994 o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN -, reconhecendo toda essa obra de arquitetura moderna produzida ali, efetuou o tombamento individual de 16 edificações e estabeleceu um perímetro de tombamento de conjunto urbano para a cidade.

Antes, na década de 20, Cataguases transformou-se em importante pólo de produção cinematográfica, graças a um de seus filhos ilustres, Humberto Mauro, pioneiro do

cinema mudo nacional, autor de dezenas de filmes (curtas ou longas), que chegou a ter uma produtora própria na cidade, a Phebo Sul America Film, junto com o sócio Agenor Cortes de Barros. Acontecia a Semana de Arte de 22, que tinha repercussão nas páginas de uma importante revista cultural cataguasense, a Verde. A pequena cidade mineira fez história, com o chamado Ciclo Cataguases. Uma das primeiras musas do cinema mudo brasileiro, Eva Nil, que era natural do Egito, mas residia em Cataguases desde os seis anos de idade, foi uma presença marcante na sétima arte brasileira mesmo atuando em poucos filmes. Seu primeiro papel foi no curta Valadião, o Cratera, realizado por Humberto Mauro e seu pai, o fotógrafo Pedro Comello em 1925. No ano seguinte, estrelou seu primeiro longa metragem, Na Primavera da Vida, também sob a direção de Humberto Mauro.

4 • Revista Distinção

Painel Tiradentes, obra de Portinari

Na frente da Igreja, trabalho de Djanira

“As Fiandeiras”, obra de Candido Portinari no Monumento a José Inácio Peixoto

Page 5: Distinção 10

Revista Distinção • 5

AGITOPor conta da agitação cultural, Cataguases recebia, seguidamente, importantes personalidades do mundo artístico. A família Peixoto, proprietária da Cia. Industrial Cataguases (tecelagem), financiava boa parte das obras modernas da cidade. Nessa lista, estavam suas próprias residências, algumas das moradias para os funcionários das indústrias e diversos edifícios públicos como escola, cineteatro, hospital, monumentos, praças. O escritor Marques Rebelo, amigo da família, influenciou e concebeu muitas das idéias para a Cataguases moderna – que perdurou até o final da década de 60. Conforme o “Guia

Revista Distinção • 5

Colégio Cataguases, projeto de Niemeyer. Aqui estudaram Chico Buarque, Osório Duque

Estrada, Carlos Imperial, Dori Caymmi...

Hotel Cataguases

da Arquitetura modernista de Cataguases”, sob a coordenação de Paulo Henrique Alonso, pode-se dizer que o marco inicial da arquitetura moderna na cidade aconteceu quando Francisco Inácio Peixoto, diretor da Cia. Industrial e um dos integrantes da revista “Verde”, encomendou a Oscar Niemeyer, em 1940, o projeto de sua residência. Além de Niemeyer, participaram da obra Roberto Burle Marx, Jan Zach e José Pedrosa, com móveis de Joaquim Tenreiro. Conforme o guia, “a partir daí a cidade se transforma num laboratório modernista”.

Em 1951 era inaugurado o Hotel Cataguases, outra obra modernista, projeto de Aldary Henriques Toledo e Gilberto Lyra de Lemos, com participações de Carlos Perry e Jan Zach. Ali os artistas se hospedavam, se reuniam, congratulavam-se.

Eva Nil

e algumas

cenas

Page 6: Distinção 10

6 • Revista Distinção

MANDIOCA DO PR

Paraná produz 72% da féculade mandioca brasileiraA produção brasileira de fécula em 2012 foi praticamente igual à do ano anterior, totalizando 519,67 mil toneladas, segundo informações apuradas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca (Abam).

Assim como em anos anteriores, a produção de fécula de mandioca continuou concentrada no Paraná, onde foram produzidas 374,3 mil toneladas, representando 72% do total nacional. Mato Grosso do Sul ficou em segundo no ranking, com 88,2 mil toneladas e 17% do total. No estado de São Paulo, a produção totalizou 48 mil toneladas, 9,2% do total. Somados, os estados de Santa Catarina, Pará e Bahia produziram 9 mil toneladas, representando 1,7% do total nacional. Entre 2011 e 2012, o Paraná teve o maior avanço em termos de produção. A industrialização, representada por dezenas de indústrias de grande, médio e pequeno porte, avança em modernidade. A Indemil (do grupo Yoki), que já havia lançado há alguns anos o xarope de glicose a partir do amido (para as indústrias de doces e sorvetes), sendo a primeira indústria da América Latina a fabricar essa matéria prima, anuncia novos investimentos na região, num total de R$ 20 milhões. Outras indústrias, de importância nacional, também tem sede nas cidades do Noroeste, como Pinduca, Yamakawa, Amafil, Zadimel, Inpal, DSI International. Muitas cooperativas do Estado dedicam-se igualmente a industrialização da mandioca, como Copagra, Lar, C-Vale.

O segmento atacadista continuou como o principal deman-dante de fécula de mandioca, absorvendo 25% da produção

total de 2012. As vendas de fécula para o setor de massa, biscoito e panificação avançaram 25,6% e, em 2012, esse setor se destacou como segundo principal mercado, consumindo 18,6% da produção de fécula.

A principal região produtora no Paraná é a Noroeste, tendo como centro Paranavaí. A concentração no Estado é tanta que a Associação Brasileira dos Produtores de Amido de Mandioca – ABAM – tem sede na cidade.

A FÉCULAA lista de produtos que utilizam a fécula de mandioca como matéria-prima é extensa, servindo as indústrias químicas, alimentícias,frigoríficas,têxteis, farmacêuticas, madeireiras,metalúrgicas, de papel. Inclui desde a fabricação de medicamentos; pasta de dentes; sabões e detergentes; colas e gomas; tintas e vernizes; papéis; resinas e plásticos (embalagens biodegradáveis e / ou compostáveis); tecidos (conferem resistência, fixam cores e dão brilho e acabamento aos tecidos); moldes para fundição; componente de equipamentos para perfurações de poços de petróleos; mineração; adubos e fertilizantes; secagem de concreto e tijolos; pisos isolantes de som; amaciante de couro em curtumes; fraldas absorventes; xampu; talcos anti-sépticos para pés; antibióticos (penicilina, etc); vitaminas (A, B, C); hormônios (insulina, etc), vacinas, compostos em eletrodos. Os frigoríficos, as indústrias de papel e papelão, as atacadistas e as de mas-sas, biscoitos e panificação são os principais consumidores da fécula brasileira. Juntos consomem 81% da produção.

A Indemil, do grupo Yoki

O amido é quase exclusividade paranaense

Page 7: Distinção 10

Revista Distinção • 7

Paraná produz 72% da féculade mandioca brasileira

O Brasil é o segundo maior produtor mundial da raiz com 25,5 milhões de toneladas, o equivalente a 60% da quantidade da Nigéria, maior produtora.São derivados da planta, além do amido, fécula, polvilho, sagu e tapioca.

NOVAS CULTIVARESO IAPAR – Instituto Agronômico do Paraná - lançou em 2012 duas linhagens promissoras de mandioca. A IPR União (nome fantasia) é dirigida ao setor industrial, já que tem alto teor de amido. “Isso é tão importante que as empresas remuneram o produtor de acordo com ele”, diz o pesquisador do Iapar Mario Takahashi.

Ele salienta que a IPR União produz em torno de 20% a mais de amido que a média das outras variedades, o que pode representar ganhos na comercialização de até 30%. “Não é porque produz 20% a mais de amido que o produtor vai receber, necessariamente, 20% a mais no valor. Pode ser maior dependendo do produto”, explica.

Takahashi afirma também que a linhagem é considerada tardia porque o ideal é que seja colhida entre 15 e 24 meses após o plantio. Em relação à produtividade o pes-quisador faz uma ressalva. “A União produz praticamente a mesma coisa que outras variedades. Mas como o mais im-portante é o teor de amido, ela cumpre bem o seu papel”.

A outra linhagem nova é voltada ao consumidor final. Conhecida como Ivar, em homenagem ao produtor que cedeu material básico para pesquisas, ela leva em torno de 20 minutos para cozinhar, quando a média é de 30. “O consumidor sempre prefere a que fica pronta mais rápido”, salienta o pesquisador (texto extraído da assessoria de Imprensa do IAPAR).

PARANÁ, 2º PRODUTOR DE MANDIOCAAlém de dominar quase que totalmente o mercado de amido de mandioca, o Paraná apresentou a maior evolução nos níveis de produção do tubérculo, passando de 8º lugar para o 2º no ranking nacional – sendo suplantado pelo Estado do Pará. São cerca de duzentos mil hectares plantados, com uma produção superior a 4.500.000 toneladas de raiz.

A mandioca no Paraná é cultivada com duas finalidades: para atender o consumo industrial, que representa a maior parcela, podendo atingir até 70% da produção da raiz e a menor parcela que é destinada à alimentação animal e humana.

As maiores áreas com a exploração da mandioca estão localizadas nas regiões noroeste, centro-oeste e oeste do Estado, embora o seu cultivo se faça presente em todos os demais municípios. Sua concentração maior está nos Núcleos Regionais de Umuarama, Paranavaí, Toledo e Campo Mourão. Nestes regionais, a exploração é mais tecnificada, com objetivos de produção comercial.

A nova variedade, IPR União

Page 8: Distinção 10

8 • Revista Distinção

COPEL EM LONDRINA

Copel reforça rede elétrica em LondrinaA Copel começou a instalar uma subestação no Jardim Maringá, em Londrina, para atender 36 mil domicílios próximos à região central da cidade. A obra, orçada em R$ 25 milhões, inclui linha de transmissão e oito circuitos alimentadores de distribuição. A subestação faz parte do conjunto de investimentos da Copel em Londrina, que chegam a R$ 85 milhões. “São investimentos importantes para melhorar cada vez mais o fornecimento de energia em Londrina”, diz o governador Beto Richa. A subestação no Jardim Maringá operará na tensão de 138 mil volts e será interligada às unidades Igapó e Jardim Bandeirantes 2. A linha de transmissão que fará a integração das três subestações terá 10,8 quilômetros de extensão, operando no mesmo nível de tensão. O conjunto aumentará a disponibilidade de energia elétrica e a confiabilidade de operação do sistema a partir de sua conclusão, prevista para dezembro. Segundo o diretor de Distribuição da Companhia, Vlademir Santo Daleffe, esta é uma obra considerada estratégica. “Nosso objetivo é conectar as subestações para garantir alternativas de abastecimento em uma eventual falha na fonte principal”, explica. Ele acrescenta que a operação da nova subestação será totalmente automatizada, o que reduz o tempo de resposta no caso de desligamentos. A nova unidade terá dois transformadores, com potência de 20 megavolt-ampère cada, o que aumentará a quantidade de energia elétrica disponível para o crescimento do município e possibilitará a instalação de novas cargas na região, que registra crescimento exponencial, principalmente nos setores residencial e comercial. A energia elétrica será distribuída a cada endereço por oito circuitos alimentadores, a partir da nova subestação, orçados em R$ 2,9 milhões. A subestação tem custo previsto de R$ 14,5 milhões, e a linha de transmissão, R$ 7,6 milhões.

MEIO AMBIENTE Todo o empreendimento foi projetado de modo a reduzir possíveis impactos ambientais. A nova subestação

será construída em modelo abrigado, semelhante a uma construção predial convencional. Para atenuar e prevenir os impactos socioambientais decorrentes da instalação e operação da subestação, serão executados seis programas ambientais. Adicionalmente, como medida compensatória pela cons-trução da subestação, foram plantadas, em julho de 2012, 1.250 mudas de árvores às margens do Lago Igapó 3, em uma área de 7.500 metros quadrados. O plantio é mantido pela empresa, que em janeiro deste ano fez o replantio de 250 mudas no local, substituindo exemplares que não se desenvolveram ou foram danificados por vandalismo. Ainda serão plantadas pelo menos 744 mudas, em caráter compensatório pela construção da linha de transmissão. O empreendimento conta com certidões do Instituto de Pes-quisa e Planejamento Urbano de Londrina - Ippul, parecer técnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, licença de instalação e autorizações ambiental e florestal do IAP.

INVESTIMENTOS

De acordo com o diretor de Engenharia da Copel, Jorge Andriguetto Junior, as obras ligadas à subestação no Jardim Maringá fazem parte de um grande conjunto de investimentos em andamento. “Estamos trabalhando paralelamente na ampliação de subestações e construção de novas linhas. O objetivo é tornar o sistema elétrico que atende Londrina e região metropolitana mais robusto e confiável”, afirma. Entre as unidades que estão recebendo ampliação, estão as subestações Londrina, Londrina Eletrosul, Igapó e Vera Cruz, além da construção de outras quatro linhas de transmissão que interligarão unidades do município com outras localizadas em Ibiporã, Rolândia e Figueira. O investimento nessas obras deve somar aproximadamente R$ 60 milhões, com previsão de conclusão para agosto de 2014.

Page 9: Distinção 10

Revista Distinção • 9

PONTA GROSSA

590 milhões para uma nova fábrica de cimento em Ponta GrossaA InterCement, que integra o grupo Camargo Corrêa, tem projeto de investir R$ 590 milhões na implantação de uma unidade em Ponta Grossa, no distrito de Itaiaco-ca. A empresa que, com a aquisição da Cimpor, de capi-tal português, passou a dominar 20% do mercado nacio-nal de cimento, quer abocanhar mais fatias desse bolo, fazendo parte do projeto a construção de três fábricas, com investimento total de R$ 2,5 bilhões. O Paraná, até o momento, é atendido pela fábrica pioneira do grupo (inaugurada em 1974), localizada em Apiaí (SP).

Também faz parte do plano a sustentabilidade. A InterCement patrocina um centro de pesquisa em construção sustentável na Escola Politécnica da Uni-versidade de São Paulo (Poli-USP), em São Paulo. Um prédio antigo do Departamento de Engenharia Civil foi totalmente reformado para ganhar equipamentos de última geração. O projeto inovador de pesquisa com foco na indústria da construção civil foi planejado para comportar 30 professores, mestrandos e doutorandos e será coordenado pelos doutores em Engenharia Civil Vanderley John e Rafael Pileggi. Uma pesquisa pioneira na área de concreto ecoeficiente foi escolhida para estrear o novo equipamento de estudos da Poli. “A InterCement procura adotar soluções sustentáveis na cadeia de valor e para isso tem investido cada vez mais em projetos inovadores, como o do concreto ecoefi-ciente”, diz Adriano Nunes, diretor de Inovação e Sustentabilidade da InterCement.

O produto já chegou a ser desenvolvido em ambiente controlado pela USP. O desafio, agora, é aplicar um processo produtivo em larga escala e de forma competitiva. O concreto ecoeficiente tem baixo impacto ambiental, com redução significativa de emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera e consumo de energia. O produto deve apresentar ganho de desempenho do cimento na aplicação realizada pelo consumidor.

O método realiza de forma mais racional o controle, seleção e combinação das matérias-primas usadas para produzir o cimento, aumentando a qualidade e a maleabilidade do produto e permitindo substituir grande parte do material responsável pela emissão de CO2, podendo reduzir as emissões em até 40%. Segundo o professor John, a técnica desenvolvida na Poli amplia a produção sem investir em mais fornos e, consequentemente, aumentar o consumo de combustível e emissão de gases na operação.

O cimento é o segundo produto mais consumido no mundo. A estimativa é de que mais de 2,5 bilhões de toneladas sejam produzidas por ano. O nível elevado de produção coloca o setor como um grande produtor de dióxido de carbono. Apesar disso, algumas iniciativas tem conseguido minimizar o impacto. A Fundação Getúlio Vargas concedeu a InterCement no ano passado, por exemplo, o Selo Ouro do Programa Brasileiro GHG Protocol pelo inventário de gases de efeito estufa. A taxa da empresa ficou em 531 kg CO2/tonelada, quando a média mundial entre as empresas do setor participantes do Cement Sustainability Initiative (CSI) é de 656 kg CO2 por tonelada.

Maquete do centro de pesquisa da Poli-USP

Page 10: Distinção 10

10 • Revista Distinção

Crown Embalagens é homenageada como “Indústria do Ano” em Ponta GrossaA coordenadoria regional da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep-PG) homenageou a Crown Emba-lagens como a “Indústria do Ano” de 2013, com a entrega de um bonito troféu em uma solenidade comemorativa ao Dia da Indústria, no dia 24 de maio. De acordo com a coordenadora regional da Fiep, Indianara Prestes Mattar Milléo, a empresa foi indicada pelo Conselho Gestor da coordenadoria, levando em conta diversos indicadores de desempenho, com destaque para ações de responsabilida-de social. Esta homenagem a empresas que se destacam em seu cenário de atuação já acontece há mais de 40 anos, em Ponta Grossa.

A fábrica pontagrossense iniciou suas operações em Ja-neiro de 2011. Conta com 28.000 m2 de área construída e 500.000 m2 de área total, situada no distrito industrial da cidade. É dotada da mais moderna tecnologia na produção de latas de alumínio para bebidas, como refrigerantes, cervejas e sucos, nos tamanhos 12 oz (350ml) e 16oz (473ml) e 9.1oz (269ml). Possui capacidade produtiva de até 2 bilhões de latas/ano, direcionada principalmente para os mercados da região Sul e Sudeste.

CROWN CORK

A EMPRESA

A CROWN está presente no Brasil desde o início do século passado. Durante mais de quatro décadas (dos anos 40 aos 70) a CROWN foi a principal produtora de rolhas metálicas no Brasil (as famosas tampinhas para garrafa). A CROWN também se destacou no mercado nacional pela produção de latas e tampas de aço para vários tipos de aplicação.

Foi em 1995, após parceria entre a CROWN Holdings e o grupo nacional Petropar S/A, que a empresa ingressou no mercado de latas de alumínio no Brasil, constituindo-se a CROWN EMBALAGENS. Portanto, há 18 anos.

Adotando modernos conceitos de gestão, é considerada referência mundial em termos de eficiência, qualidade,

Unidade da Crown em Ponta Grossa

Indianara Milléo, da coordenadoria da Fiep, entregando o convite ao gerente da Crown em

Ponta Grossa, Ricardo Fontebasso

Page 11: Distinção 10

Revista Distinção • 11

Crown Embalagens é homenageada como “Indústria do Ano” em Ponta Grossa

PLANTA DA 1ª FASE DA FÁBRICA EM PONTA GROSSA

custos, meio ambiente, saúde e segurança do trabalho e rentabilidade.

A empresa possui quatro unidades fabris, localizadas em Cabreúva-SP (Latas), Estância-SE(Latas), Ponta Grossa-PR (Latas), Manaus-AM (Tampas) e Santa Izabel do Pará (Latas). A Crown preza uma relação próxima e de confian-ça com seus clientes. Por isso, quando a Crown assina um contrato com um cliente, o envolvimento da empresa vai além de simplesmente fornecer o insumo. Isso implica no desenvolvimento de uma verdadeira parceria, com a troca de experiências, conhecimento e tecnologia, visando sem-pre às necessidades atuais e futuras do consumidor final.

Para a Crown, compromisso com a preservação do meio ambiente e prevenção da poluição são partes fundamentais de sua filosofia empresarial.

A empresa atua com políticas e práticas empresariais que visam reduzir o impacto das operações industriais e administrativas sobre o meio ambiente.

O sistema de Gestão Ambiental da Crown é baseado na norma ISO 14001 e representa o comprometimento com melhoria contínua, o desenvolvimento sustentável e o atendimento à legislação, obtendo uma série de benefí-cios econômicos e ambientais.

Esse compromisso é posto em prática não só nas ações que tem implementado ao longo dos anos, mas também através da participação em programas corporativos que vão além das regulamentações legislativas vigentes.

Page 12: Distinção 10

12 • Revista Distinção

NOVOS TIPOS DE LATASRinaldo Lopes, presidente da Crown Embalagens e da Abralata, afirma que, dentre os desafios para este ano, a necessidade de consolidar os investimentos feitos para atender a demanda nos próximos anos e oferecer ao mercado embalagens diferenciadas, atingindo a expectativa de crescimento de 7 a 8%. Ele vê também a “necessidade de motivar o consumo de latas especiais em mercados embrionários e atender a demanda interna para que não haja mais importação”.

A Crown está apostando nos canais de vendas específicos e na quebra de paradigmas, com os fabricantes investindo em flexibilidade de produção em todo o país, com mais opções e variedades de tamanhos. Para Rinaldo Lopes “haverá uma diminuição do custo e maior motivação e incentivo às latas especiais na conquista de novos mercados. Hoje temos 20% da participação de latas especiais e acreditamos que poderemos chegar a 30%”.

LATAS DE CERVEJA: UMA HISTÓRIA DE 80 ANOSHá exatos 80 anos era confeccionada a primeira lata de cerveja no planeta Terra. Obra da American Can Company para a Cervejaria Krueger, saiu da cidade de Newark, New Jersey em 1933.Foi uma pequena quantidade para teste, mas tornou-se um sucesso. A quantidade era tão pouca, que não sobrou um único exemplar para enriquecer a História.

A cervejaria começou a enlatar em larga escala em janeiro de 1935, principalmente para atender os

mercados mais distantes. Logo depois, foram lançadas duas versões, a Krueger Cream Ale, que era verde e a Krueger Finest Beer, vermelha.

A Krueger não era a principal cervejaria americana. No topo, estava a Pabst que, observando o êxito alcançado pelas latinhas da concorrrente, também passou a utilizar-se da nova e revolucionária embalagem.

Na Europa, as latinhas começaram a surgir no final de 1935, mas já em julho de 1936 nada menos que 11 cervejarias encomendavam o produto. A primeira lata comemorativa de que se tem notícia foi produzida pela Cervejaria Felinfoel, em maio de 1937, para marcar a coroação do rei George VI.

AVANÇOSA partir de 1940 começava o desenvolvimento do processo eletrolítico para o estanhamento de folhas-de-flandres. A Crown Cork lançava a Crown Tainer, que apresentava a lata feita em duas partes, enquanto as flat-tops e cone-tops, que então dominavam o mercado, eram feitas de três partes (tampa, corpo e fundo).

No início dos anos 60 começava a substituição da solda a base de chumbo por solda elétrica.

Em 1960, era inventada a lata de alumínio fácil de abrir, sistema easy-open.

Em 1961, refrigerantes enlatados começavam a ser vendidos em máquinas.

Em 1962, surgem as latas Pull-Tabs (com puxador).

A primeira lata de bebidas de alumínio foi manufaturada pela Reynolds Metals Company, nos Estados Unidos, em 1963 – embalava um refrigerante de cola diet chamado “Slenderella”. A Royal Crown adotou a lata de alumínio em 1964, sendo seguida em 1967 pela Pepsi e Coca-Cola. Foi uma importante evolução, porque a lata era feita somente de duas partes, um corpo e uma tampa, possibilitando a impressão em 360º no corpo do produto, chamando a atenção dos consumidores por causa das belas e coloridas impressões.

Em 1974 foi introduzida a tampa stay-on-tab – anel que não solta da tampa.

NO BRASILAs primeiras latas para bebidas foram fabricadas no Brasil em folhas de flandres na Metalúrgica Matarazzo, a pedido da Skol International Beer, em 1968. Visava-se atender os mercados distantes de São Paulo.

Existiam apenas duas fábricas de latas para cervejas e refrigerantes no país, a Metalúrgica Matarazzo e a Rheen.

CROWN CORK

O presidente da Crown e da Abralata,

Rinaldo Lopes

Page 13: Distinção 10

Revista Distinção • 13

Essa lata no centro, de 1935, é a mais antiga das latas de cerveja conhecidas, porque as fabricadas em 1933 sumiram do mapa...

Page 14: Distinção 10

14 • Revista Distinção

HIDRELÉTRICAS

Usinas hidrelétricas: há 130 anosimpulsionando o progresso do BrasilParece fácil: uma usina hidrelétrica é um conjunto de obras e equipamentos cuja finalidade é a geração de energia elétrica, através de aproveitamento do potencial hidráulico existente num rio. Levou muitos anos, porém, para o homem construir a sua primeira usina hidrelétrica. Na antiguidade, os gregos, romanos e chineses utilizavam a roda d´água – mas só a roda d´água - para girar ma-quinários. Durante a era medieval, na Europa, a água em movimento impulsionava rodas d´água para moer milho ou trigo. No início do século XVII esses moinhos de água alimentavam fábricas de tecidos na Inglaterra e Nova Inglaterra. O desenvolvimento de uma turbina movida a vapor tornou a energia da água ainda mais eficiente.

Em 1867, um francês, Aristides Berges, aproveitou pela primeira vez a força hidráulica para gerar energia elétrica.

Em 1878, Cragside, a residência do inventor britânico Lord Armstrong em Northumberland, tornou-se a primeira casa alimentada por uma usina hidrelétrica. Dois anos depois, a cidade de Grand Rapids, no Michigan, conectou uma turbina de água a um dínamo Brush, um tipo antigo de gerador elétrico desenvolvido por Charles F. Brush. Essa combinação criou energia suficiente para iluminar teatros e fachadas de lojas. Em 1881, outro dínamo Brush conec-tado a uma turbina em um moinho de farinha forneceu iluminação de rua em Niagara Falls, Nova York. A primeira usina de energia hidrelétrica foi aberta em Appleton, Wisconsin, em 1882, no Rio Fox.

A energia hidrelétrica cresceu rapidamente depois disso. Em 1886, havia 45 usinas hidrelétricas nos Estados Unidos. Em 1889, 200 usinas estavam gerando eletricidade usando água para produzir parte ou toda a energia.

No Brasil, tudo começou em Diamantina, Minas Gerais, apenas 16 anos depois do feito de Aristides Berges. Em 1883 entrava em operação, ali, a nossa primeira usina hidrelétrica. Estava situada no Ribeirão do Inferno, um afluente do rio Jequitinhonha. A usina, do tipo fio d’água, foi instalada em uma queda bruta de cinco metros e pos-suía apenas dois dínamos Gramme, com 4 e 8 HP, que ge-ravam energia capaz de movimentar bombas d’água para desmonte das formações nas minas de diamante. Além de representar a primeira iniciativa brasileira na área de geração de energia, quando esta ainda engatinhava em todo o mundo, a pequena Ribeirão do Inferno detinha

outro grande feito para a época: possuía a maior linha de transmissão do mundo, com 2 km de extensão.

Em 1883 acontecia a instalação de iluminação elétrica em vias públicas – geração termelétrica - na cidade de Campos, RJ. Em 1889, a hidreletricidade passava a ser um serviço público, iluminando cidades da região de Juiz de Fora, com a construção da usina Marmelos Zero, no rio Paraibuna. Em 1905, na cidade de Cataguases, MG, era fundada a Companhia Força e Luz Cataguases-Leopoldina que, três anos depois, fornecia iluminação para São João de Nepomuceno, Cataguases, Leopoldina e Rio Novo. Antes disso, porém, em 1879, o Imperador D. Pedro II permitia que o norte-americano Thomas Alva Edison introduzisse no país aparelhos e processos inventados por ele, destinados à utilização da eletricidade na iluminação pública. A primeira instalação de iluminação elétrica permanente foi inaugurada na Estação Central da Estrada de Ferro D. Pedro II, atual Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro.

USINA DE ITAIPU, UMA DAS MAIORES DO MUNDOEm duas ocasiões o Brasil teve a maior usina hidrelétrica do mundo. Em 1907, acontecia o início de operação da usina de Fontes, a maior do mundo na época, no Rio de Janeiro. Mais atualmente, antes do surgimento da Usi-na Yang-Tsé (rio Azul), na China, a maior era a Usina de Itaipu, na divisa do Brasil, Argentina e Paraguai. A chinesa tem 32 turbinas, contra 20 da brasileira-paraguaia.

Page 15: Distinção 10

Revista Distinção • 15

A Usina de Itaipu (“pedra que canta”, na linguagem indígena) impressiona pelo gigantismo. O volume de água no nível máximo normal do reservatório é de 29 bilhões de metros cúbicos. Extensão: 170 km. Nível máximo normal (cota): 220 metros. Área no nível máximo nor-mal: 1.350 km2. O vertedouro tem vazão máxima de 62,2 mil m3 por segundo, capacidade máxima de descarga de 162.200 m3/s, comprimento de 483 metros, comportas com 14 unidades (dimensões de 21 m/altura e 20 m/lar-gura). A barragem tem uma altura de 196 metros, com-primento total de 7.919 metros. Bacia hidrográfica: área de 820.000 km2, precipitação média anual de 1.650 mm, vazão média afluente de 11.663 m3/s.

São 20 unidades geradoras, potência de 700 MW, tensão de 18 kV, freqüência de 50 e 60 Hz, queda de 118,4 m, vazão nominal de 690 m3/s, peso de 6.600 toneladas. A Casa de Força tem 968 m de comprimento, largura de 99 m, altura máxima de 112 m. Os condutos forçados são em número de 20, comprimento de 142 m, diâmetro interno de 10,5m, descarga nominal de 690 m3/s. As turbinas tem vazão nominal de 690 m3 de água/s. O volume de escavações de terra para sua implantação chegou a 23,6 milhões de m3. O volume de concreto utilizado chegou a 12,7 milhões de m3.

A construção da usina foi uma verdadeira epopéia, uma operação bélica. Inaugurada em novembro de 1982, teve o primeiro acampamento pioneiro de trabalhadores inaugurado no segundo semestre de 1974. Durante as obras, a procura por mão de obra provocava filas imensas nos centros de triagem dos consórcios construtores. Entre 1978 e 1981 até cinco mil pessoas eram contratadas por mês. No pico da construção da barragem foram mobiliza-dos cerca de 40 mil trabalhadores. Em 1980 o transporte de materiais para a Itaipu Binacional mobilizou 20.113 caminhões e 6.648 vagões ferroviários.

MUSEU EM CATAGUASESO Museu da Eletricidade, inaugurado no dia 6 de julho de

1985, conserva, em dois espaços físicos distintos, a história da Companhia Força e Luz Cataguases-Leopol-dina e da eletricidade no país. O espaço tecnológico que funciona no antigo prédio da Usina Maurício, localizado em Leopoldina, é um museu vivo, no qual as máquinas da usina estão em perfeito estado de conservação e funcionamento. O segundo espaço físico do museu é o espaço documentário, localizado no centro de Cataguases0- em um casarão em estilo art nouveau cuja construção data de 1915. Nesse espaço existe um centro didático e interativo sobre o uso da eletricidade, além de diversos objetos, fotos e documentos importantes que guardam a história da Companhia.

HIDROELETRICIDADE As matrizes renováveis de energia têm uma série de vantagens: a disponibilidade de recursos, a facilidade de aproveitamento e o fato de que continuam disponíveis na natureza com o passar do tempo. De todas as fontes deste tipo, a hidrelétrica representa uma parcela significativa da produção mundial, cerca de 16% de toda a eletricidade gerada no planeta. Conforme a Eletrobrás, no Brasil, além de ser um fator histórico de desenvolvimento da econo-mia, a energia hidrelétrica desempenha papel importante na integração e no desenvolvimento de regiões distantes dos grandes centros urbanos e industriais. A Eletrobrás destaca que o potencial técnico de aproveitamento da energia hidráulica do Brasil está entre os cinco maio-res do mundo: o país tem 12% da água doce superficial do planeta e condições adequadas para exploração. O potencial hidrelétrico é estimado em cerca de 260 GW, dos quais 40,5% estão localizados na Bacia Hidrográfica do Amazonas – para efeito de comparação, a Bacia do Paraná responde por 23%, a do Tocantins, por 10,6% e a do São Francisco, por 10%. Contudo, apenas 63% do potencial foi inventariado. A Região Norte, em especial, tem um grande potencial ainda por explorar.

Page 16: Distinção 10

16 • Revista Distinção

HIDRELÉTRICAS

Algumas das usinas em processo de licitação ou de obras na Amazônia vão participar da lista das dez maiores do Brasil: Belo Monte (que terá potência instalada de 11.233 megawatts), São Luiz do Tapajós (8.381 MW), Jirau (3.750 MW) e Santo Antônio (3.150MW). Entre as maiores em funcionamento estão Itaipu (14 mil MW, ou 16,4% da energia consumida em todo o Brasil), Tucuruí (8.730 MW), Ilha Solteira (3.444 MW), Xingó (3.162 MW) e Paulo Afonso IV (2.462 MW).

As novas usinas da região Norte apresentam um desafio logístico: a transmissão para os grandes centros, que ficam distantes milhares de quilômetros. Este problema vai ser solucionado pelo Sistema Integrado Nacional (SIN), uma rede composta por linhas de transmissão e usinas que operam de forma integrada e que abrange a maior parte do território do país.

PEQUENAS CENTRAIS De acordo com a resolução 394, de 04/12/1998,da Agên-cia Nacional de Energia Elétrica, PCH (Pequena Central Hidrelétrica) é toda usina hidrelétrica de pequeno porte cuja capacidade instalada seja superior a 1 MW e infe-rior a 30 MW. Além disso, a área do reservatório deve ser inferior a 3 km². Uma PCH típica normalmente opera a fio d’água, isto é, o reservatório não permite a regulariza-ção do fluxo d´água. Com isso, em ocasiões de estiagem a vazão disponível pode ser menor que a capacidade das turbinas, causando ociosidade. Em outras situações, as vazões são maiores que a capacidade de engolimento das máquinas, permitindo a passagem da água pelo vertedor. Por esse motivo, o custo da energia elétrica produzida pelas PCHs é maior que o de uma usina hidrelétrica de grande porte (UHE-Usina Hidrelétrica de Energia), onde o reservatório pode ser operado de forma a diminuir a ociosidade ou os desperdícios de água. Entretanto as PCH´s são instalações que resultam em menores impactos ambientais e se prestam à geração descentralizada.

Todavia, está havendo demora, atualmente, na liberação dos processos de licenciamento ambiental para novas PCH´s, ameaçando os empreendimentos de transmissão previstos para 2013 e para os próximos anos. Segundo a Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de Energia Elétrica (Abrate), há já uma perda acumulada de R$ 2 bilhões em receitas que seriam geradas pelas novas linhas.

Os investimentos em novas linhas de transmissão e subestações até 2017 devem alcançar R$ 14,6 bilhões, segundo cálculo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE). As projeções da EPE incluem 10,5 mil quilômetros de novas linhas e 21 subestações entre 2013 e 2017.

Segundo a Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica -, existem no Brasil, atualmente, 458 Pequenas Usinas Hidrelétricas, com uma potência instalada de 4.444.005,30 kW.

HIDRELÉTRICAS REVERSÍVEIS Cada vez mais, em todo o mundo, os países estão recor-rendo ao potencial das usinas hidrelétricas reversíveis, pois elas abrem caminho para o aumento da utilização de energias renováveis. A Voith, uma das maiores forne-cedoras mundiais para o setor, explica que “o princípio de funcionamento das usinas hidrelétricas reversíveis é ao mesmo tempo simples e engenhoso. Sua característica especial: são acumuladores de energia usinas hidrelétri-cas em um só empreendimento. Havendo um excedente de energia na rede, a usina hidrelétrica reversível passa para o modo de bombeamento: um motor elétrico aciona as turbinas-bomba, que bombeiam a água de um reser-vatório inferior para um reservatório superior. Já no caso de um aumento de demanda de energia na rede, a água do reservatório superior é descarregada ao reservatório inferior por meio de um conduto forçado. A água então provoca a rotação das turbinas-bomba, que agora passam

Hidrelétrica reversível de Bath Country, na Virgínia, EUA

Page 17: Distinção 10

Revista Distinção • 17

a operar em modo de turbina, acionando os geradores. Dentro de alguns segundos, a energia é produzida e inje-tada na rede”. As maiores potências instaladas em usinas hidrelétricas reversíveis encontram-se nos Estados Unidos, China, Japão e Europa Ocidental.

EMPRESAS No começo da construção de hidrelétricas, as iniciativas partiam de pequenos produtores e agricultores, que desejavam a autossuficiência energética. Logo, porém, esse panorama começava a mudar e gran-des empresas passaram a dominar o cenário. Em 1899 foi criada em São Paulo a Railway Light and Power Company, empresa canadense que daria origem ao grupo Light. Uma outra empresa que dominou o mercado foi a American & Foreigh Power Company – Amforp.

A Light construiu grandes hidrelétricas, como a de Fontes, em 1908, em Piraí, no Rio de Janeiro. Com potência insta-lada de 24 MW, isso era muitas vezes superior ao consumo carioca. A Light construiu ainda a Nilo Peçanha, considera-da a maior usina subterrânea da América do Sul. Em 1962, a Light inaugurou Ponte Coberta, que depois se chamaria Pereira Passos.Em 1999, era inaugurada a Santa Branca, no rio Paraíba do Sul.

Já a Amforp ampliava a hidrelétrica Chaminé e instalava pequenas usinas termelétricas.

Em 1957, durante o governo de Juscelino Kubistchek, era criada a Central Elétrica de Furnas, encarregada de construir a usina de mesmo nome, que seria inaugurada em 1963.

Em 1971, com a construção de outras usinas, como, por exemplo, Estreito, surgia a Furnas Centrais Elétricas que, atualmente, é responsável pela geração de 9.292 MW,

incluindo dez hidrelétricas e três termelétricas, represen-tando 15% do total de energia produzida no país, incluin-do 10 hidrelétricas e três termelétricas, que representam 15% do total de energia produzida no País.

Além de Furnas, nas décadas de 50 e 60 foram criadas várias empresas de energia, como a Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel) em 1954, a Espírito Santo Centrais Elétricas (Escelsa), em 1953, a Centrais Elétricas de Minas Gerais (Cemig) em 1952, a Centrais Elétricas de Goiás (Celg), em 1955, a Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (Coelba), em 1960 e a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern), em 1962, entre outras.

Em 1966, com a fusão de onze empresas (centrais elétri-cas do Rio Pardo CHERP, usinas elétricas de Paranapanema USEIPA e centrais elétricas de Urubupungá CELUSA), foi criada a Cia. Energética de São Paulo – CESP.

AS MAIORES HIDRELÉTRICAS DO BRASIL01 - Usina Hidrelétrica de Itaipu Rio Paraná - Paraná - 14 000 MW

02 - Usina Hidrelétrica de Belo Monte Rio Xingu - Pará - 11 233 MW (em construção)

03 - Usina Hidrelétrica São Luiz do Tapajós Rio Tapajós - Pará - 8 381 MW (em construção)

04 - Usina Hidrelétrica de Tucuruí Rio Tocantins - Pará - 8 370 MW

05 - Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira Rio Paraná - São Paulo - 3 444 MW

06 - Usina Hidrelétrica de Jirau Rio Madeira - Rondônia - 3 300 MW (em construção)

07 - Usina Hidrelétrica de Xingó Rio São Francisco - Alagoas e Sergipe - 3 162 MW

08 - Usina Hidrelétrica Santo Antônio Rio Madeira - Rondônia - 3 150 MW (em construção)

09 - Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso IV Rio São Francisco - Bahia - 2 462 MW

10 - Usina Hidrelétrica Jatobá Rio Tapajós - Pará - 2 338 MW (projetada)

Usina Hidrelétrica de Fontes, inaugurada em 1908

Page 18: Distinção 10

18 • Revista Distinção

HIDRELÉTRICAS

Seguem: Usina Hidrelétrica de Itumbiara - Rio Paranaíba - 2.082 MW, Usina Hidrelétrica Teles Pires - Rio Teles Pires - 1.820 MW, Usina Hidrelétrica de São Simão - Rio Parana-íba - 1.710 MW, Usina Hidrelétrica de Foz do Areia - Rio Iguaçu (Paraná) - 1.676 MW,Usina Hidrelétrica de Jupiá - Rio Paraná - 1.551 MW, Usina Hidrelétrica de Itaparica - Rio São Francisco - 1.500 MW, Usina Hidrelétrica de Itá - Rio Uruguai - 1.450 MW, Usina Hidrelétrica de Marimbon-do - Rio Grande - 1.440 MW, Usina Hidrelétrica de Porto Primavera - Rio Paraná (entre Paraná e São Paulo) - 1.430 MW, Usina Hidrelétrica de Salto Santiago - Rio Iguaçu (Paraná)- 1.420 MW, Usina Hidrelétrica de Água Verme-lha - Rio Grande - 1.396 MW, Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa - rio das almas - 1.275 MW, Usina Hidrelétrica de Segredo - Rio Iguaçu (Paraná)- 1.260 MW, Usina Hidrelétri-ca de Salto Caxias - Rio Iguaçu (Paraná)- 1.240 MW, Usina Hidrelétrica de Furnas - Rio Grande - 1.216 MW, Usina Hidrelétrica de Emborcação - Rio Paranaíba - 1.192 MW, Usina Hidrelétrica de Machadinho - Rio Pelotas - 1.140 MW, Usina Hidrelétrica Estreito - Rio Tocantins - 1.087 MW, Usina Hidrelétrica de Salto Osório - Rio Iguaçu (Para-ná)- 1.078 MW, Usina Hidrelétrica Luiz Carlos Barreto - Rio Grande - 1.050 MW, Usina Hidrelétrica de Sobradinho- rio São Francisco- 1.050 MW. A lista prossegue com uma série de usinas com menos de 1.000 MW.

USINAS-PLATAFORMAAs usinas-plataforma são um novo conceito de construção e operação de hidrelétricas adotado pela Eletrobras para tornar esses empreendimentos ainda mais sustentáveis. Inspiradas no modelo de exploração de petróleo em alto-mar, as usinas-plataforma causarão impacto mínimo no meio ambiente.

A idéia é que essas usinas sejam cercadas de floresta por todos os lados. Durante a construção, as equipes de fun-cionários se revezarão em turnos, como acontece

nas plataformas de petróleo, e não haverá grandes canteiros de obras associados a vilas de trabalhadores. Quando as obras chegarem ao fim, o canteiro será totalmente desmontado e será promovido um reflorestamento radical do local.

Durante a fase de funcionamento da hidrelétrica, o trabalho por turnos continuará, com os trabalhadores sendo transportados para o local por helicóptero ou por terra. Boa parte da operação será automatizada e a estrada de acesso à usina será controlada para evitar o surgimento de vilas e cidades no seu entorno.

As cinco hidrelétricas que formam o Complexo Tapajós - São Luiz do Tapajós, Jatobá, Cachoeira dos Patos, Cachoeira do Caí e Jamanxim - serão construídas usando o conceito de usinas-plataforma, nos rios Tapajós e Jamanxim, no Pará.

MATARAZZO TINHA SUA PRÓPRIA HIDRELÉTRICAAs Indústrias Reunidas Francisco Matarazzo e a família Matarazzo tem em Jaguariaíva, no Paraná, a história preservada. O palacete, construído em 1924 para abrigar a família em suas esporádicas vindas à cidade (em função do frigorífico – que depois transformou-se em tecelagem -, ali instalado), tendo nos fundos a moradia dos empregados, transformou-se no Museu Histórico Municipal Conde Francisco Matarazzo. A área e as construções foram doadas ao município em 2002 pela empresa Inpacel Agroflorestal. Ali, entre as muitas fotos e objetos da época, algumas dessas fotos mostram a usina hidrelétrica que as IRFM construíram no Lago Azul na década de 30, para fornecer energia ao frigorífico (depois a tecelagem) e também à cidade.

Page 19: Distinção 10

Revista Distinção • 19

CONDOR

Condor: sétima maiorrede de supermercados Com um crescimento de 23,16% e um faturamento de R$ 2,627 bilhões em 2012, o Condor Super Center subiu duas posições no ranking da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) e passou a ser a sétima maior rede supermercadista do Brasil. A pesquisa destacou que, em 2012, as vendas do autosserviço ficaram próximas de R$ 250 bilhões, percentual 11,03% superior que em 2011, em valores nominais.

O Condor cresceu mais do que o dobro da média nacional, resultado do investimento de R$ 120 milhões na inauguração de três novas lojas – um hipermercado na cidade de Pinhais, um supermercado no bairro Campo Comprido, em Curitiba, e outro no Centro de Paranaguá –, além da revitalização do Hiper Condor de Londrina e da aquisição de algumas áreas para a construção de futuros empreendimentos.

O Condor possui 9 mil funcionários e conta com 35 lojas, entre super e hipermercados, em 14 cidades do Paraná, além de duas centrais de distribuição. Para este ano, a rede tem a meta de crescer 28%, com a inauguração de novos hipermercados em Maringá e Londrina, a conclusão

da ampliação da sede administrativa, além da revitalização de algumas lojas.

“Por sermos uma rede 100% paranaense e que atua exclusivamente no ramo supermercadista, recebemos a notícia deste crescimento expressivo com muita alegria e emoção, pois é o reconhecimento de um trabalho árduo e planejado por uma equipe comprometida e determinada”, afirma o presidente do Condor, Pedro Joanir Zonta.

A meta da rede é chegar em 2016 com 45 lojas entre super e hipermercados e um faturamento de R$ 4 bilhões, além de expandir sua atuação para outros estados e também se manter entre as dez maiores redes supermercadistas do Brasil. Para atingir este objetivo, precisará contar com uma equipe de mais de 12 mil empregados diretos, sendo assim um dos maiores empregadores do Paraná.

HISTÓRIAA história do Condor Super Center teve início em 13 de março 1974, quando o jovem empreendedor Pedro Joanir Zonta adquiriu um pequeno mercado de 110m2 no bairro do Pinheirinho, em Curitiba, e iniciou suas atividades com 5 funcionários. Em 1998, com a venda da principal rede de supermercados do Paraná para um grupo estrangeiro, Joanir Zonta viu a oportunidade para consolidar-se no mercado. Ele tinha dois caminhos: ceder ao assédio das redes estrangeiras e vender a empresa ou aproveitar e conquistar os consumido-res descontentes com a nova forma de operação. A opção foi modernizar as lojas, informatizar a empresa e adotar práticas inovadoras de gestão e marketing, conquistando assim os “ór-fãos” daquela que tinha deixado de ser a rede dos paranaen-ses. A expansão da empresa de forma planejada, com recursos próprios e do BNDES, e o constante treinamento de seus colaboradores foram fundamentais para esta consolidação.

Page 20: Distinção 10

20 • Revista Distinção

JAGUARIAÍVA

Jaguariaíva, no centro do eixo madeireiroJuntamente com Telêmaco Borba, Piraí do Sul, Sengés e Arapoti (e, brevemente, Ortigueira, por causa da nova fábrica da Klabin), Jaguariaíva (“rio da onça brava”, no tupi-guarani) integra o chamado Eixo Madeireiro do Paraná e experimenta novo surto de desenvolvimento. Acontece que quase todas as indústrias instaladas no seu parque industrial estão tendo obras de ampliação. A Norske Skog Pisa, que é a única fabricante de papel jornal do país, está produzindo 180 mil toneladas por ano e fornece para cerca de 30% do mercado nacional de publicações, entre jornais, gráficas, listas telefônicas e outros setores.

A Arauco implanta uma nova fábrica para produzir placas de madeira tipo MDF, com investimentos da ordem de

R$ 272 milhões e gerando 120 novos empregos. A capacidade de produção aumentará de 315.000 m3 para 815.000 m3 por ano. Também constrói uma linha para produzir 280 mil m3 por ano de MDF revestido.

A BrasPine igualmente amplia a oferta de produtos destinados ao acabamento da construção civil, como molduras sólidas e finger joint, cut stocks, blanks, painéis, vigas laminadas, madeiras aplainadas e componentes de portas e janelas. Quase tudo vai para a exportação.

Jaguariaíva vista do alto

A Norske, única fabricante de papel jornal do Brasil

A Arauco amplia produção de 315 para 815 mil m3 por ano

A BrasPine

Page 21: Distinção 10

Revista Distinção • 21

Antigas instalações da Matarazzo

A Rodolinea, do Grupo Hubner, que funciona com duas linhas de implementos rodoviários (Canavieiro e Carrega Tudo), vai implantar mais duas linhas de produção, além de uma nova cabine de pintura.

INCENTIVOSA Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Turismo, na atual gestão do prefeito Otélio Renato Baroni, oferece incentivos para a atração de novas empresas ao município. A cerca de 5 km de distância do centro urbano, a Municipalidade disponibiliza área de até três milhões de m2 para as fábricas. O secretário Pedro Delgado diz que “está havendo muita demanda por mão de obra qualificada e, porisso, nos preocupamos com a formação. Temos aqui uma unidade do Sesi/Senai e em breve veremos o início de construção do primeiro módulo do edifício que abrigará o Instituto Federal do Paraná, que irá ofertar cursos técnicos de nível médio e superior”.

Para as pequenas empresas a Prefeitura está aproveitando as instalações do antigo complexo industrial Matarazzo (que funcionavam como frigorífico e, depois, tecelagem) para abrigá-las, assim como alguns setores da administração pública.

Jaguariaíva tem localização estratégica para a atração de indústrias. Além de integrar o Eixo Madeireiro do Paraná, está próxima da divisa com São Paulo e fica ligada com Curitiba (230 Km), o Porto de Paranaguá (300 km) e o Aeroporto Afonso Pena (252 km) por rodovia quase que totalmente duplicada – faltam apenas 40 km.

Rodolínea cresce no município

Aqui começa a ser construído o Instituto Federal do Paraná

Page 22: Distinção 10

22 • Revista Distinção

Empresas & EmpreendimentosVictor Grein Neto ([email protected]) Com uso de computador e netbook POSITIVO

EVONIK JÁ PENSA

EM AMPLIAÇÃOA multinacional alemã Evonik está construin-

do em Castro uma moderna unidade industrial, investindo cerca de R$ 260 milhões, para produ-ção biotecnológica de Byolys, insumo dedicado ao mercado de nutrição animal. E, ainda estando na fase de fundação, a nova fábrica já pode ser am-pliada. Esse é o projeto da direção da empresa.

OPERAÇÃO GIGANTESCAUma barcaça com 80 metros de cumprimen-

to e 16 de largura, com capacidade para carregar até duas mil toneladas, está em Foz do Iguaçu, para o transporte de peças gigantes da Petro-bras. A maior delas pesa 740 toneladas e tem 8,4 metros de altura. A operação, que começou no final de abril, deverá se estender até o final de agosto. As peças, fabricadas na China, serão uti-lizadas em uma fábrica de fertilizantes agrícolas no município de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul. Para o transporte, foi necessário montar uma megaoperação, que conta com o apoio da Itaipu Binacional. A jornada representa também um desafio logístico: como as peças estão vindo de Buenos Aires, na Argentina, por via fluvial, foi preciso superar os 120 metros de desnível a montante e a jusante da barragem da usina. O consórcio CTM, responsável pela construção da fábrica, promoveu a retificação de algumas vias e o alargamento das curvas mais fechadas, para permitir a passagens dos caminhões. A Co-pel também fez a elevação de algumas linhas da rede pública. No local do desembarque, foi construída uma rampa de concreto – que depois poderá ser utilizada por Itaipu nas operações de segurança e monitoramento hidrológico. Itaipu, com isso, será beneficiada com uma nova estru-tura de acesso para embarcações.

AGORA É FRÍSIAPor falar em Castrolanda, ocorre entre 27 de

maio a 1 de junho a ExpoFrísia, que antes se cha-mava ExpoCarambeí. Frísia é o nome da indústria de leite da cooperativa, inaugurada recentemen-te. Durante a exposição, criadores e expositores de bovinos leiteiros da raça holandesa irão expor animais de qualidade em tipo e produção. Em-presas do setor mostrarão tecnologias, serviços e produtos visando o aumento da produção, me-lhoramento genético e redução de perdas com sustentabilidade nos processos produtivo

KLABIN: 7 BI O governador Beto Richa assinou dois protocolos de intenções com

a Klabin para enquadrar no programa Paraná Competitivo investimen-tos que somam cerca de R$ 7 bilhões. O primeiro é para implantação de uma nova unidade de celulose em Ortigueira. O projeto Puma, como a empresa denomina, terá investimento de R$ 6,8 bilhões. O outro proto-colo, de R$ 230 milhões, é para modernização da unidade de Telêmaco Borba. A nova unidade de Ortigueira irá criar 8,5 mil empregos diretos e indiretos na fase de construção, e 1.400 postos para a operação da fábrica. Pelo acordo, 12 municípios com baixo Índice de Desenvolvi-mento Humano (IDH) vão repartir o Imposto sobre Circulação de Mer-cadorias e Serviços (ICMS). Ortigueira, sede da indústria ficará com 50% do tributo e os 50% restantes serão partilhados entre todos os mu-nicípios fornecedores de matéria prima. São eles: Cândido de Abreu, Congoinhas, Curiúva, Imbaú, Reserva, Rio Branco do Ivaí, São Jerôni-mo da Serra, Sapopema, Telêmaco Borba, Tibagi e Ventania. A fábrica da Klabin tem produção projetada de 1,5 milhão de toneladas de celu-lose por ano.O governador Beto Richa destacou também que o Estado fará investimentos diretos de R$ 250 milhões em ações de urbanização, habitação, saúde, trabalho, educação, segurança, saneamento, cultura e desenvolvimento social nos 12 municípios envolvidos no projeto de instalação da nova unidade da Klabin no Paraná. “O objetivo é dar su-porte ao crescimento que será alavancado pelo novo empreendimento da Klabin em Ortigueira”, disse. O secretário da Fazenda, Luiz Carlos Hauly, disse que além dos recursos diretos do Estado, a Klabin fará investimentos de R$ 598 milhões para a melhoria da infraestrutura e logística na região da fábrica. Os recursos aplicados pela empresa serão descontados do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que a unidade passará a recolher quando estiver operando.

PORTO DE ANTONINA: AMPLIAÇÃOO Governo do Estado passa a ser oficialmente proprietário de

duas áreas nobres no Porto de Antonina, que não constavam no inventário da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). São dois terrenos, um de quase 21 mil metros quadrados e outro de 47 mil. Algumas intenções já manifestadas por empresas para exploração dessas áreas seriam para atividade de metal-mecâ-nica (estaleiros) e armazenagem de açúcar e fertilizantes.

Page 23: Distinção 10

Revista Distinção • 23

CCS EM PALMEIRAO governador Beto Richa assinou protocolo de

intenções com a empresa CCS Tecnologia e Servi-ços para a implantação de uma unidade industrial em Palmeira.O grupo investirá R$ 30 milhões na nova fábrica, que deve criar 180 empregos dire-tos. A CCS é uma das fornecedoras da Caterpillar, que implanta fábrica em Campo Largo e fornece-rá peças e equipamentos para a Paccar, montadora norte-americana de caminhões (DAF) que está se instalando em Ponta Grossa. Fundada em 1995, a CCS é especializada na produção de peças metáli-cas, sistemas e subsistemas montados, reconhecida no Brasil e no exterior, a partir de soluções comple-tas em corte a laser, corte por puncionadeira, cor-te a plasma, dobras CNC, conformação de tubos, usinagem, calandras CNC, soldas, pintura líquida e pintura eletrostática a pó e montagem final.

INVESTIMENTOS DA FIATA Fiat está anunciando um plano de investimen-

tos no Brasil de R$ 15 milhões entre 2013 e 2016. No Paraná, acontece a expansão da fábrica de tratores CNH (Case IH) de Curitiba, com sua capacidade au-mentada de 70 para 100 unidades por dia, entre co-lheitadeiras da linha Axial-Flow e tratores das linhas Farmall, Maxxum e Magnum. Em Campo Largo, a unidade da FPT - Powertrain Technologies - também será ampliada. Ali são fabricados os motores E-TorQ, de alta tecnologia (baixos níveis de ruidos, emissões de poluentes e consumo interno de energia - devido ao reduzido peso de suas peças móveis).

CASTROLANDA E SUSTAGEN Está lançado o novo produto da multinacional

Mead Johnson Nutrition, em parceria com a Coopera-tiva Castrolanda: o Nutriferro, versão líquida do Sus-tagen, pronto para beber. Para a diretora de marke-ting da Mead, Daniela Degani, “ao desenvolver esse projeto no Brasil, focado na nutrição infantil, fomos buscar, a nível nacional, parceiros que tivessem alto padrão de tecnologia e notamos que a Cooperativa Castrolanda cumpria todos esses padrões, que ela era tão preocupada com a qualidade quanto nós”.

ROYAL DE HEUS

COMPRA ROMAGNOLIA empresa holandesa de nutrição animal Royal

de Heus adquiriu a paranaense Romagnoli, espe-cializada em suplementos para bovinos de leite e corte, sediada em Apucarana, pelo valor de US$ 11 milhões. A Romagnoli foi fundada em 2002, produ-zindo rações e concentrados para o rebanho leiteiro e gado de corte, atuando ainda no segmento de ovi-nos. Os projetos da multinacional visam a amplia-ção e modernização da fábrica apucaranense.

MAIOR DE ENSINOCom a fusão ocorrida entre a Kroton e a

Anhanguera, foi criada a maior empresa de en-sino do Brasil, com mais de 1 milhão de alunos. Sobre os cursos, 73% serão de ensino superior presenciais, 23% de ensino a distância e 4% de atividades sobre educação básica. A UNOPAR, de Londrina, considerada a maior unidade de ensi-no a distância do país, faz parte do grupo.

GRUPO PÃO DE AÇÚCAR NO PREm três meses, o Grupo Pão de Açúcar vai inau-

gurar em Londrina uma loja da bandeira atacadista Assaí. São cerca de 6,4 mil metros de área de venda – de 20 a 30 caixas - e 12 mil metros de área construída, na Avenida Tiradentes, próximo à Cacique de Café Solúvel. No terreno, o grupo está investindo mais de R$ 35 milhões e vai gerar 250 empregos diretos e indiretos. Há poucos dias, foi inaugurada a Assaí de Maringá, primeira loja da rede no Paraná, onde foram investidos também R$ 35 milhões.

LONDRINA GANHA MAIS UM SHOPPING A Sonae Sierra Brasil inaugurou no dia 3 de maio o Boulevard

Londrina Shopping, com 47,8 mil m2 de Área Bruta Locável, 216 lojas (6 âncoras, 3 semiâncoras, 3 restaurantes, 31 fast-foods, hiper-mercado (Wal Mart), ampla área de lazer e entretenimento, 7 salas de cinema e um boliche. O estacionamento pode abrigar 2.400 ve-ículos, sendo 1.800 cobertos. O Boulevard Londrina Shopping é a grande âncora do Complexo Marco Zero, localizado em uma região estratégica que está sendo totalmente revitalizada e já conta com a Leroy Merlin, inaugurada no ano passado. O complexo terá ainda um teatro com duas salas para 1,2 mil pessoas, uma unidade do Ho-tel Ibis, além de 16 torres, divididas entre residenciais e comerciais.O novo shopping tem decoração temática e homenageia Londres, por causa da origem de Londrina, “Pequena Londres”. Estão lá cabines telefônicas vermelhas, soldados da Guarda da Rainha, luminárias inspiradas na London Eye, imagens do espião James Bond e do investigador Sherlock Holmes, do relógio Big Ben. A ambientação dos sanitários foi inspirada em quatro conhecidos temas britânicos: a história de Alice no País das Maravilhas, o investigador Sherlock Holmes, a Guarda da Rainha, o London Black and White.

Page 24: Distinção 10

24 • Revista Distinção