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Revista Distinção 01

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revista empreendedorismo

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EXPEDIENTE

Rua Vicente Spisla 238, cj 2 Fone (41) 3319-8754 CURITIBA - PR.

Rua Cambará 670, bloco 4, cj 44 - centro LONDRINA - PR.

Em Santa Catarina: FÁTIMA FRACARI [email protected] Fone (47) 9609-2665 BALNEÁRIO CAMBORIÚ - SC

Editor: Victor Grein Neto

Depto Comercial: Jaime de Souza [email protected] Fone (41) 8431-3379 Arte gráfica: Humberto Grein (47) 9984.8125

NOSSA CAPA

Na parte superior, parque industrial de Ponta Grossa

Na inferior, instalações da Cooperativa Bom Jesus, na Lapa

CHARGE

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO:Página 04 • Ponta Grossa

Página 06 • Móveis de Arapongas

Página 08 • Marco Zero em Londrina

Página 12 • Cooperativa Bom Jesus

Página 18 • Entrevista Gleisi Hoffmann

Página 17 • Great Brazil

Página 15 • Nova Rodoviária em Curitiba

Página 20 • Empresas & Empreendimentos

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Tudo está vindo para Ponta Grossa

Ponta Grossa

Pela sua condição de um dos mais importantes entroncamentos rodoferroviários do país, com estrutura de universidades e cursos profissionalizantes, Ponta Grossa está sendo a “bola da vez” da industrialização do Paraná. O início das obras de implantação da montadora de caminhões Paccar (DAF), com investimentos da ordem de US$ 360 milhões e geração de 500 empregos, evidencia essa boa fase. O prefeito Pedro Wosgrau Filho diz que “uma empresa do porte da Paccar gera riqueza, salários, emprego, crescimento, progresso. Sempre que chega uma empresa assim, não é só a cidade que ganha, mas todo seu entorno: mais indústrias, mais empregos para todos”.

Na atual gestão, com os trabalhos desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, o parque industrial pontagrossense ampliou em 50% o número de indústrias instaladas no Distrito Industrial. Para Adilson Strack, diretor de desenvolvimento industrial e comercial da Prefeitura, “nossa economia é forte e não dependemos apenas de um segmento. Temos uma diversidade industrial invejável, que vai desde a transformação da madeira às indústrias de tecnologia de ponta”.

Maior arrecadaçãoO secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, João Luiz Kovaleski, afirma que o PIB de Ponta Grossa vai aumentar consideravelmente. A previsão é que a cidade, que figura no Paraná em sétimo lugar em arrecadação, passe em breve para o terceiro lugar. “Isso é apenas o começo de um ciclo virtuoso”, diz Kovaleski. “A previsão é de que nos próximos seis anos o orçamento do município passe de R$ 400 milhões para R$ 1 bilhão”. O secretário destaca a política desenvolvida pela atual administração. “Temos um projeto ambicioso. Não ficamos esperando que os investimentos venham até nós. Estamos preparando o terreno para que os investidores vejam que Ponta Grossa é o seu lugar e o seu destino. Há anos estamos investindo na formação

de mão-de-obra, em qualificação de pessoal, em infra-estrutura e em condição de vida”. Kovaleski cita o próprio nome de sua secretaria, Secretaria de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, como evidência da inovação implantada. “A qualificação tem que andar junta com o trabalho de atração de indústrias”, destaca.

Preocupação regionalJá o diretor de Indústria da Associação Comercial, Industrial e Empresarial de Ponta Grossa, Jarbas Góes (ex-coordenador da Fiep na região e atual conselheiro), diz que “nossa preocupação é que os investimentos não fiquem só em Ponta Grossa, mas se alastrem por toda a região, que tem algumas cidades com o IDH mais baixo do Estado”. Jarbas lembra que o processo de industrialização de Ponta Grossa começou em 1970, quando na administração Cyro Martins foram atraídas para a cidade grandes complexos industrializadores de soja. “Depois, houve um arrefecimento e grandes investimentos voltaram a acontecer durante o período do Governo Jaime Lerner, quando para cá vieram empresas como Masisa, Tetra Pak, Kaiser”. O diretor da ACIPJ diz que “Ponta Grossa vive novamente um bom momento. A cidade se preparou para isso e aproveita a condição de ser entroncamento, dotada de centros de excelência em Educação, de escolas profissionalizantes e da logística, como proximidades com o Porto de Paranaguá, Aeroporto, etc.”

No dia 29 de junho, assumiu a coordenadoria da Fiep a empresária Indianara Prestes Mattar Milléo, que atua nos ramos de confecções, agronegócios e construção civil. Ela promete “fortalecer a indústria da região”. Lembre-se que, em janeiro deste ano, com o apoio da Fiep, foi inaugurada em Ponta Grossa a Casa da Indústria, uma iniciativa de três sindicatos, Sindimadeira, Sindimetal e Sindiminerais. Visa-se fortalecer a representatividade do setor produtivo pontagrossense.

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Novas indústrias

Nos últimos anos, instalaram-se em Ponta Grossa e estão funcionando a Crown (embalagens de alumínio para cervejas e refrigerantes), a Braslar (fogões a gás, fornos elétricos e a lenha), Continental Correias Transportado-ras, Makita (ferramentas elétricas), Frísia (da Cooperativa Batavo, laticínios), Planair (aeronaves agrícolas). Em fase de implantação, estão a B.O. Packaging (copos e recipien-tes), Paccar (caminhões), Inocbras (inoculantes agríco-las), Hennipmann (máquinas para colheitas de batatas), Oleoplan (biodiesel para a Petrobras), Inovex (produtos antiderrapantes), Chemin (pré-formas de embalagens PET), GM Logística, Nidera (transformação de grãos agrícolas), Scheffer (móveis para escritório), Cooperativas Batavo-Castrolanda-Capal (moinho de trigo). Em fase de duplicação, encontram-se a Masisa, a Sadia, a Tetra Pak, a Praimer (revestimentos andiaderentes).

Outros grupos econômicos tem vindo a Ponta Grossa para es-tudar investimentos, como o de empresários japoneses que desejam instalar uma indústria que atua na área automotiva, podendo gerar mais de 1.000 empregos. Um outro grupo, de origem chinesa, tem Ponta Grossa como candidata a receber uma grande indústria de trens (vagões, metrôs). A AMBEV estaria aguardando uma solução do Governo do Estado sobre a alíquota do ICMS para se implantar no Distrito Industrial. Já a CIMPOR (do grupo Camargo Correa), que é dona de área de terreno no distrito de Itaiacoca, teria estudos para construir uma moderna fábrica de cimento no local. Também ao redor da Paccar devem instalar-se diversas indústrias fornecedoras da multinacional.

O secretário da Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, João Luiz Kovaleski, destaca ainda as ações para a implantação do Parque Eco Tecnológico e do Parque de Confecções. O primeiro, em área de 750 mil m2, deve atrair até duzentas empresas de base tecno-lógica em áreas de 1.000 a 1.500 m2. O segundo, “uma alavanca para o empreendedorismo da cidade”, vai reunir em área com 57 mil m2, indústrias de confecções de médio porte e um Centro Atacadista.

Continental

Heineken

Makita

Masisa

Tetra Pak

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Móveis de Arapongas

Polo moveleiro de arapongas: 45 anos gerando tecnologia, beleza, progressoO parque industrial de móveis de Arapongas surgiu em 1966, por meio de incentivos da Prefeitura Municipal pela Lei n.o 654, que fomentou a implantação de novas indústrias e a ampliação das existentes, mediante a doação de terrenos e a concessão de isenção de impostos municipais. O objetivo dessa política pública foi o de promover a atividade industrial e diversificar a economia do município, que era dependente da agricultura, particularmente da cultura do café. O prefeito na época era José Colombino Grassano.

Nesse período, foram adquiridos os primeiros imóveis nas margens da BR-369, onde se instalaram as primeiras empresas moveleiras. A primeira delas foi a Moval, do empresário João Martins Cava Filho, criada a 20/01/1967, portanto há 45 anos. Antes dela, existia a Móveis Petereite, com trabalho quase que artesanal.

Passados 45 anos, Arapongas, que é forte também na fabricação de doces e colchões, reúne 163 fábricas de móveis, gerando 14.343 empregos diretos e indiretos. A conhecida “Cidade dos Pássaros”, que tem as ruas com nomes de pássaros, caracteriza-se não pelo canto sonoro das aves, mas pelo ruído das muitas máquinas industriais. No total, o polo de Arapongas abriga 841 indústrias, com 18.076 empregos diretos e 4.480 indiretos. Em 2011, o pólo - que detém 9,88% do PIB nacional de móveis - faturou R$ 1,356 bilhão no mercado interno e US$ 103,9 milhões no exterior.

O que se possa imaginar em termos de móveis, sai de Arapongas. São dormitórios, roupeiros, guarda-roupas, estantes, recks, cozinhas,estantes, salas de jantar, home-theaters, móveis para escritório, bar, móveis tubulares, armários de aço. Ao redor das fábricas, implantaram-se outras indústrias ou empresas distribuidoras, para garantir o fornecimento de máquinas, matérias primas, embalagens,madeiras. Cerca de 70% da economia de Arapongas, que tem 110 mil habitantes e um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 1,9 bilhão, gira em torno do parque moveleiro. O parque industrial é o maior consumidor de chapas de madeira aglomerada do país, com 1,2 milhão de metros cúbicos por ano.

Movelpar, FIQ e Expoara Em anos intercalados, de dois em dois anos os fabricantes de móveis araponguenses promovem a Movelpar – Feira de Móveis do Paraná -, cuja próxima edição se dará de 11 a 15 de março de 2013 e a FIQ – Feira Internacional da Qualidade em Máquinas, Matérias-primas e Acessórios para a Indústria Moveleira - , cuja próxima edição vai ser de 11 a 14 de março de 2014. A FIQ tem projeção mundial e concentra um elevado número de produtos diferencia-dos. Além de promover as empresas expositoras, atrai um público de milhares de visitantes entre profissionais do setor e industriais, que vêm em busca das inovações do mercado moveleiro.

Para abrigá-las, existe o Expoara, um dos maiores centros de exposição do país, com área coberta de 44 mil m2, em terreno com 120 mil m2, estacionamento com 5 mil vagas. Destaque-se que a cidade de Arapongas está a 30 quilômetros de Londrina e ligada a mais de 30 cidades, num raio de 50 quilômetros, numa região com boa estru-tura hoteleira, gastronômica e de transporte.

CETEC, SIMFLORA CETEC – Central de Tratamento de Resíduos Industriais - foi fundada em 2001 com a finalidade de resolver conflitos ambientais causados pelo pólo moveleiro.Ao todo, são aproximadamente 350 toneladas/dia de resíduos produzi-dos exclusivamente pela cidade, sendo 90% de madeiras, serragens e pó-de-serra. Com esse material, são produ-

O EXPOARA

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Polo moveleiro de arapongas: 45 anos gerando tecnologia, beleza, progresso

zidos briquetes e pellets. A capacidade é de 270 tone-ladas/dia de briquetes e de 60 toneladas/dia de pellets, utilizados nas próprias cal-deiras do parque industrial.

Já o SIMFLOR – Programa de Auto Sustentabilidade de matéria-prima para o Pólo Moveleiro do Norte do Paraná - teve início em novembro de 1997 através da parceria entre o SIMA – Sindicato das Indústrias de Móveis de Arapongas - e a EMATER–Pr - Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural - , autarquia vinculada à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, para buscar a auto sustentabilidade de matéria prima e oferecer oportunidade de investimento, diversificação, sustentabilidade e renda às propriedades rurais, situadas num raio de 90 quilômetros de Arapongas. O maior pólo moveleiro do sul do país consome anualmente 420.000 m³ de produtos madeiráveis, dos quais 30% é madeira serrada, demanda esta que, para ser suprida necessita de um plantio anual de 3.000 hectares de florestas na região. Portanto, o objetivo é evitar agressões a florestas nativas por meio dos produtores locais.

Moval, a pioneiraFundada no dia 20 de janeiro de 1967, a Moval foi a primeira empresa a se instalar no polo moveleiro de Arapongas. Especializada em dormitórios, a fábrica tem 116 mil m2 de área total, com 54 mil m2 de área construída. Gera mais de 600 empregos diretos. A empresa tem um centro de distribuição com capacidade para estocar 67 mil roupeiros. A capacidade de carrega-mento, na fábrica, é de 23 carretas por dia. Em dezembro do ano passado, a Moval promoveu uma festa reunindo diretores e funcionários para comemorar o recorde de produção: 50 mil unidades.

Novas indústrias Em julho de 2011 a Copel entregou a nova subestação Tangará, que permitirá atender a crescente demanda por energia elétrica de Arapongas. O empreendimento inclui duas linhas de transmissão e absorveu investimentos de aproximadamente R$ 17 milhões. Na cerimônia de inau-guração, o presidente da Copel, Lindolfo Zimmer, afirmou que a obra dará plena sustentação à expansão da atividade econômica da região. “Vamos garantir energia de qualidade para a expansão dos negócios e para as novas indústrias que queiram se instalar em Arapongas”. A nova unidade está equipada com dois transformadores, somando uma potência de 63 MVA (megavolts-ampères), que suprirá um terço dos domicílios instalados no município. Totalmente automatizada, a subestação é operada e controlada em tempo real por comando remoto. Além de ampliar a disponibilidade de energia para consumo na região, a subestação contribui para a flexibilidade operacional do sistema, aumentando as opções de manobras em situações de emergência e servindo como alternativa para restabelecer o suprimento aos consumidores na eventualidade de uma pane.

8 • Revista Distinção

Marco Zero em Londrina

Natural de Assaí, onde nasceu em 1953, Raul Fulgêncio começou a trabalhar em Londrina em 1972, portanto há 40 anos, como angariador de imóveis para uma imobiliária local. Depois, foi alçado a posição de corretor. Subindo os degraus, passou a ser gerente. Depois, sócio. E, em 1998, implantou a Raul Fulgêncio Imobiliária.Foi pequena no começo, mas hoje é uma das gigantes do setor imobiliário do Norte do Paraná. Há poucos dias, seu controle acionário foi comprado pelo grupo LPS Consulto-ria de Imóveis (marca Lopes), de São Paulo, por R$ 36,7 milhões. Raul diz que “vendemos 51% das ações, a gestão permanece minha e a negociação abre novas perspecti-vas”. E conclui: “a Idéia é trazer grandes empresas para Londrina, ainda mais com a queda da Lei da Muralha”. A Lei da Muralha existente na “Capital do Norte” proíbe a construção de supermercados ou outras empresas com mais de 1.500 m2 no perímetro urbano da cidade, atin-gindo o perímetro que vai até a rodovia PR-445 ao sul e a Avenida Henrique Mansano ao norte.Sempre irrequieto – sempre empreendedor -, Raul implan-tou projetos que criaram oportunidades de investimento. As empresas que se instalam em Londrina passaram a encontrar na sua imobiliária uma parceira. Do estudo de mercado até a construção do imóvel adequado ao perfil da atividade, a Raul Fulgêncio integra proprietários de imóveis, empresas, construtoras e investidores, numa visão única de bons resultados na locação comercial. Foi constituído um fundo imobiliário de investidores, um setor

de investimentos e desenvolvimento imobiliário, para oferecer soluções inovadoras de negócios e para canalizar a grande força de Londrina como polo regional em reais oportunidades de investimento. Assim, por exemplo, foi construído o Mercado Palhano, primeiro prédio verde do Norte do Paraná e o primeiro mercado verde do Brasil, que ganhou o Prêmio Nacio-nal de Ecologia, categoria Empreendimento Imobiliário, depois de 361 projetos analisados pela Editora Abril (na final, estavam concorrendo empresas como Natura, Banco Itaú, Hospital Sirio Libanês e Construtora Walter Torre). O maior dos projetos, porém, foi o Marco Zero. Uma área de 257 mil m2, ponto de colonização de Londrina nos anos 30, onde funcionava uma unidade industrial da Anderson Clayton, um vazio urbano perto do Terminal Rodoviário da cidade, foi adquirida pelos investidores. Do total, 39 mil m2 foram doados para a Prefeitura, inclusive uma mata com três minas de água. Uma outra área, de 20 mil m2, foi também doada para a construção do Teatro Municipal.

Mercado Palhano Inaugurado em 2011, o Mercado Palhano (foto) é o primeiro mercado ecológico do Brasil. O investimento, de R$ 18 milhões, reúne, num local muito charmoso, um centro de compras comportando desde a distribuição de produtos naturais a opções de gastronomia (bares, restaurantes), com boxes de grande variedade de produtos. O projeto contempla o aproveitamento da água da chuva e da luz solar; paredes vivas; câmara fria para depósito de lixo; utilização de tinta hidrossolúvel. A edificação tem 4 níveis, sendo 2 subsolos de garagem, 1 piso com boxes para lojistas e 1 piso-terraço, num total de 11.338 m2. Outros detalhes: permeabilidade máxima para auxiliar na infiltração das águas, lavatórios e mictórios dos sanitários com sensor infravermelho, bacias sanitárias e válvulas economi-zadoras de duplo fluxo, iluminação natural e maximização da ventilação natural através de grandes aberturas nas fachadas e utilização de domus em vários setores, aquecimento solar.

Raul Fulgêncio, um empreendedor

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O Marco Zero No Marco Zero, o grupo Sonae Sierra Brasil está construindo o Boulevard Londrina Shopping, com 47,8 mil m2 de ABL, 237 operações, 6 ân-coras, 8 semiâncoras, 3 restaurantes, 31 lojas de fast-food, 1 hipermercado (Wal Mart), 2.400 vagas de estacionamento, 7 salas de cinema, área de lazer e entretenimento. A inauguração está prevista para março de 2013. Conforme Raul Fulgêncio, os investimentos no Marco Zero devem ultrapassar a casa do R$ 1 bilhão. Já em setembro deste ano deverá ser inaugurado ali uma grande loja de materiais de construção da Leroy Merlin, em área de 23 mil m2.

Para 2013 está prevista a inauguração do Hotel Ibis, 132 apartamentos, em área com 3 mil m2 e investimentos da ordem de R$ 12,6 milhões.

Em dezembro deste ano os empreendedores vão entregar um boulevard com 680 metros de comprimento por 27 metros de largura – na verdade, um moderníssimo Calçadão.

Raul Fulgêncio destaca que a iniciativa privada foi res-ponsável, no empreendimento, por um dos maiores projetos de saneamento básico.

No entorno dessas obras, há projetos para a construção de 11 torres de 35 andares cada, algumas para residên-cias e outras para escritórios, numa áarea com 35 mil m2. Um acordo de parceria foi firma-do com o Grupo A. Yoshii que atuará no local com as construções tendo os selos de qualidade A. Yoshii e Yticon.

Mercado Palhano Inaugurado em 2011, o Mercado Palhano (foto) é o primeiro mercado ecológico do Brasil. O investimento, de R$ 18 milhões, reúne, num local muito charmoso, um centro de compras comportando desde a distribuição de produtos naturais a opções de gastronomia (bares, restaurantes), com boxes de grande variedade de produtos. O projeto contempla o aproveitamento da água da chuva e da luz solar; paredes vivas; câmara fria para depósito de lixo; utilização de tinta hidrossolúvel. A edificação tem 4 níveis, sendo 2 subsolos de garagem, 1 piso com boxes para lojistas e 1 piso-terraço, num total de 11.338 m2. Outros detalhes: permeabilidade máxima para auxiliar na infiltração das águas, lavatórios e mictórios dos sanitários com sensor infravermelho, bacias sanitárias e válvulas economi-zadoras de duplo fluxo, iluminação natural e maximização da ventilação natural através de grandes aberturas nas fachadas e utilização de domus em vários setores, aquecimento solar.

Maquete do Shopping Boulevard.

Estágio atual das obras

A foto aérea mostra a área verde doada para a Prefeitura

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Iapar

Iapar chega aos 40 anos e lança cursos de pós-graduaçãoO Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR – está comemorando 40 anos de existência. Criado em 1972, foi o resultado da mobili-zação e esforço de técnicos, produtores e lideranças políticas e empresariais ligadas à agricultura. “O setor produtivo e a socie-dade perceberam que o ciclo da monocultura cafeeira chegava ao fim e era urgente construir uma agricultura moderna e diver-sificada”, diz o diretor-presidente Florindo Dalberto. O projeto foi viabilizado pelo da Organização Internacional do Café (OIC) e pelo extinto Instituto Brasileiro do Café (IBC). Com sede em Londrina, está presente em todo o Paraná. São cinco unidades regionais de pesquisa (Curitiba, Ponta Grossa, Paranavaí, Pato Branco e Santa Tereza do Oeste), 19 estações experimentais, quatro unidades de beneficiamento de sementes, 25 laboratórios de diferentes áreas de especialidade e 23 estações agrometeoro-lógicas (também utiliza dados de outras 37 estações do Sistema Meteorológico do Paraná-Simepar). A instituição conta atualmen-te com 700 funcionários, sendo 111 pesquisadores – 53 mestres e 58 doutores. E opera com outros cerca de 700 colaboradores, entre trabalhadores temporários, voluntários, bolsistas e estagi-ários. O Governador Beto Richa autorizou há dias a nomeação de 160 servidores aprovados em concurso público para o quadro de pessoal. São 32 pesquisadores (5 para a sede e 27 para a unidade de Santa Tereza do Oeste) e 128 agentes de ciência e tecnologia.Uma das ações comemorativas do aniversário foi o lançamento de duas variedades: o café IPR 100 e a aveia branca IPR Afrodite, que se somam às 150 cultivares desenvolvidas pela instituição ao longo de 40 anos de trabalho, todas com utilização de métodos convencionais de melhoramento genético vegetal.

PesquisasInvestindo também em biotecnologia,o instituto trabalhou no sequenciamento do genoma do café, em parceria com entidades nacionais e internacionais. Atualmente, busca o desenvolvimen-to de cultivares com características de bebida que o mercado consumidor exige.Vale lembrar que o Iapar é pioneiro em varie-dades de maçã para regiões menos frias, como o Norte do Para-ná, São Paulo, Minas Gerais e até Bahia, e ainda uma cultivar de feijão resistente ao mosaico dourado, uma das doenças que mais afeta a cultura.O pioneirismo se estendeu ainda aos citros, por meio de estudos que viabilizaram a convivência com o cancro cítrico e possibilitaram a inserção do Paraná no mapa da produ-ção nacional dessas frutas.Na pecuária, o Iapar criou a primeira raça totalmente paranaense. O Purunã é um bovino composto formado a partir de quatro raças (Caracu, Charolês, Canchim e Aberdeen Angus) para a produção de carne com baixo custo em reduzido tempo de abate. Recentemente foi criada a Associação de Criadores de Purunã e está em andamento o registro da raça.O Iapar foi um dos precursores nas pesquisas com plantio direto. Inclusive lançou um livro recentemente com o apoio da FAO

(entidade das Nações Unidas para agricultura e alimentação). E atua também nas pesquisas para uma agricultura menos agres-siva ao meio ambiente através do manejo integrado de pragas (uma das bases para a agricultura orgânica).A instituição desenvolve 14 programas de pesquisa: agroeco-logia, agroenergia, algodão, café, cereais de inverno, culturas diversas, feijão, fruticultura, manejo do solo e água, milho, pro-dução animal, propagação vegetal, recursos florestais e sistemas de produção. Nesses programas estão 252 grandes projetos de investigação científica, que implicam a condução de mais de 600 experimentos de campo espalhados por todo o Estado, trabalho feito em estações experimentais próprias e também em parce-rias com cooperativas, associações de produtores, universidades e outros centros de pesquisa.

Cursos de pós-graduçaãoO Iapar deve abrir em 2013 seu primeiro curso de pós-gradua-ção, que será ligado à área de agricultura conservacionista. Ao criá-lo, serão seguidos os passos de outros centros de pesquisa agrícola, como o Instituto Agronômico do Campinas. Segundo o diretor-adjunto de pesquisas da instituição, Augusto Guilherme de Araújo, “a grade curricular e linhas de pesquisas privilegia-rão temas ligados à agricultura conservacionista em nível de mestrado e, posteriormente, em uma segunda etapa, também de doutorado”. Os encaminhamentos legais e administrativos estão avançados e ele acredita que será possível abrir a primeira turma no início de 2013. Ainda não há definição sobre o número de vagas que serão ofertadas. Segundo Araújo, o ingresso da instituição na área acadêmica não é exatamente uma novidade, mas a formalização de um trabalho amadurecido no dia a dia da instituição. “Há anos nossos pesquisadores acolhem estagiários de iniciação científica e pós-graduandos de mestrado e doutora-do que desenvolvem seus trabalhos de dissertação nos campos experimentais e laboratórios da instituição”, explica.

A sede do Instituto, em Londrina

Josoé de Carvalho

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Cooperativa Bom Jesus

Cooperativa Bom Jesus: 60 anos de progressoA Cooperativa Agroindustrial Bom Jesus está comemorando 60 anos de existência. Tudo começou no dia 13 de julho de 1952, quando foi fundada por 18 empreendedores rurais na Colônia Municipal, a 14 quilômetros da Lapa. A sede era um velho barracão. Com o sucesso da experiência cooperativista, foi transferida em 1964 para a sede urbana. Passadas seis décadas, a Bom Jesus congrega 3.900 associados, sendo referência de empreendedorismo no Paraná. Exercendo forte função social, reúne especialmente mini e peque-nos produtores, que cultivam soja, milho, cevada, feijão, trigo, fumo, batata, erva mate e frutas. Os associados dedicam-se ainda a apicultura, pecuária de corte, pecuária de leite, suinocultura e avicultura. A área de atividade foi se expandindo para além da Lapa e atinge os municípios de Contenda, Quitandinha, São Mateus do Sul, São João do Triunfo, Palmeira, Paulo Frontin, Irati,

Rebouças, Mallet, Antonio Olinto e Balsa Nova. A história dos 60 anos tem como principais protagonistas os associados, conselheiros, diretores, colaboradores e parceiros.

Dia de CampoTodos os anos a Bom Jesus promove o Dia de Campo. Em 2012 foi realizada a sétima edição. Trata-se do maior evento de tecnologia rural da região. Quase 3 mil produtores participam, observando as últimas novidades sobre cultura do milho, soja e feijão; uso de defensivos agrícolas e adjuvantes, de fertilizantes de base e foliares e de insumos para a linha pecuária. Além disso, conhecem os lançamentos de máquinas e equipamentos agrícolas. A Cooperativa procura desenvolver, validar e difundir tecnologias agropecuárias de baixo impacto ambiental, adequadas a região e promover o desenvolvimento sustentável do agronegócio dos cooperados.

Crescimento de 22%A Cooperativa Agroindustrial Bom Jesus faturou R$ 317 milhões em 2011, conquistando um crescimento de 22% em relação a 2010. “Os acontecimentos de 2011

O Dia do Campo

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foram uma oportunidade para demonstrar que a gestão profissional e transparente na cooperativa mantém o crescimento sustentável”, diz o presidente Luiz Roberto Baggio – referindo-se ao fato de conduzir um negócio mesmo com um cenário econômico internacional desfavorável, a exemplo da Europa e os problemas climáticos que afetam a agricultura.

A cooperativa obteve também um cresci-mento de 6% no quadro social, chegando a 3.900 associados, além de conquistar uma rentabilidade interessante sobre o patrimônio. “Nos últimos anos, a Bom Jesus devolveu ao seu cooperado mais de R$ 37 milhões entre cota capital e devolu-ções em dinheiro, o que realça sua capa-cidade de geração de resultado e transfe-rência ao cooperado”, destaca Baggio.

Para 2012, os principais norteadores são a expansão geográfica, aumento de participação no mercado, busca na melhoria da rentabilidade e a criação de uma cadeia de valor em intercooperação, que permita apresentar ao cooperado uma alternativa de renda. É o caso do Projeto Leite, implementado em parceria com a cooperativa Castrolanda.

O Dia do Campo

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Prataformas

Construção de plataformas de petróleo em Pontal do ParanáTeve início em Pontal do Paraná,no canteiro da Techint recen-temente rebatizado de Unidade Offshore Techint – UOT -, a construção de duas plataformas de petróleo pela multinacional italiana Techint Engenharia e Construção. A empresa prevê investimento de R$ 1 bilhão no projeto, com a geração de 10 mil empregos diretos e indiretos. Trata-se do primeiro empreendi-mento ligado à exploração de petróleo da camada pré-sal a en-trar em funcionamento no Estado. Na cerimônia, o Governador Beto Richa fez a primeira solda numa das estruturas. “Esse é um momento histórico para todo o Litoral, que ganha uma grande oportunidade de desenvolvimento e geração de trabalho e ren-da”, afirmou o governador. O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, representou o governo federal na solenidade. Também estiveram no evento o secretário de Infraestrutura e Logística, José Richa Filho; o presidente do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Luiz Tarcísio Mossato Pinto; os deputados estaduais Mauro Moraes e Cleiton Kielse; o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividi-no; o secretário de Indústria Comércio e Assuntos do Mercosul Ricardo Barros e o diretor do porto de Antonina, Paulo Scalco. Segundo o diretor-presidente da Techint, Roberto Vidigal, a uni-dade paranaense da empresa deverá operar por pelo menos 20 anos para atender a área do pré-sal. “É uma oportunidade para todo o povo do Paraná. Teremos aqui atividades contínuas como o treinamento de mão de obra e a atração de pequenas empre-sas que se somarão a todo o processo”, disse. A multinacional italiana vai construir e montar as plataformas fixas de petróleo WHP-1 e WHP-2. Cada uma delas terá 26 mil toneladas e capacidade para a perfuração de 30 poços. Serão gerados mais de 2,5 mil empregos diretos e 7,5 mil indiretos. As plataformas foram encomendadas pela OSX Brasil S/A, empre-sa de petróleo do grupo do empresário Eike Batista. A Techint também terá uma extensão das atividades da construção das plataformas em Antonina. Em uma área de 100.000 metros quadradas, localizada no Porto de Antonina, serão montadas estruturas metálicas. No município serão gerados mais 2 mil empregos. Conforme informações da Techint, Como parte da preparação para aquele que será o maior projeto da história da empresa no Brasil, teve início, no mês de outubro, a adequação do canteiro de obras da Techint no município de Pontal do Para-ná, onde serão construídas duas plataformas fixas de petróleo, a WHP-1 e WHP-2 para o cliente OSX.

Novos empreendimentosA Techint informa que “com a reforma, a área atual do canteiro passará dos atuais 160 mil metros quadrados para 200 mil me-tros quadrados. Os trabalhos começaram no dia 6 de outubro e a obra consiste na realização de serviços como demolição, refor-ma e construção de novas edificações, arruamento, iluminação, distribuição de energia elétrica (inclusive na área operativa), construção de duas novas subestações, instalação e ampliação de redes de água potável, redes de reuso de água e sistema de incêndio.O escopo da adequação ainda prevê o serviço de drenagem, dados e esgoto e aterro de retroárea de 42.800 m²,

construção de blocos temporários para edificação das jaquetas e top sides, carreiras para load out das jaquetas e carreiras e cais para load out dos top sides. Atualmente, 297 colaboradores estão trabalhando no canteiro. A última etapa da adequação, a construção do Cais de atracação e Load Out dos Top Sides das plataformas, terminará em fevereiro de 2013”.Na visita ao canteiro da Techint, o Governador Beto Richa destacou que outras empresas do setor de construção pesada já solicitaram ao Instituto Ambiental do Paraná (IAP) a emissão de licença ambiental de instalação para unidades no Litoral parana-ense, o que reforça a necessidade de implementação do Pontal do Pré-sal. Entre as empresas que já apresentaram solicitações de licenças ao Governo do Estado estão as brasileiras Odebrecht (montagem de navios) e a Queiroz Galvão Óleo e Gás (cons-trução de plataformas), e a norueguesa Subsea 7 (produção de cabos de transporte), que já possui área no Litoral. O Pontal do Pré-sal é uma ação de articulação do Governo do Estado com os setores público e privado para colocar o Paraná como um dos principais fornecedores de materiais e serviços de suporte à exploração do pré-sal. Richa disse que o início da construção das plataformas vai viabilizar o investimento de outras empresas do setor petrolífero na região. “O Estado do Paraná não poderia ficar de fora deste grande projeto de desen-volvimento para todo o País”, destacou.Já a empresa Melport Terminais Marítimos pretende construir um novo Terminal Marítimo em Pontal do Paraná, na localidade de Ponta do Poço. Através do protocolo 07.957.111-3, deu entrada no IAP – Instituto Ambiental do Paraná – do Estudo de Impacto Ambiental – EIA – e seu respectivo Relatório do Impacto Ambien-tal – RIMA. O projeto prevê um píer de atracação e instalações de caldeiraria e montagens mecânicas em aço para uso em plataformas e equipamentos navais. A Melport tem escritório em Paranaguá e já contratou estudo da macrofauna bentônica ao largo do terreno. Esses serviços foram executados pela empresa Benthos, Ciência e Tecnologia em Meio Ambiente.

Autoridades no lançamento da Techint

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Nova Rodoviária

Vai surgir uma nova Rodoviária em CuritibaComeçaram as obras de reforma e modernização da Rodoviária de Curitiba, as maiores da História. O prefeito Luciano Ducci diz que “nossa Rodoviária voltará a ser modelo em modernidade, operação e qualidade de aten-dimento aos usuários” e que esta é uma obra cujo benefício vai além da Copa de 2014. Teremos uma Rodoviária moderna e de qualidade para atender os curitibanos e as pessoas que visitam a cidade, incluindo os turistas que vierem em função da Copa do Mun-do”. Marcelino José da Silva, da Caixa Econômica, destaca o cuidado que a cidade tem com suas obras e seu patrimônio. Ele disse que, graças a isso, Curitiba é referência no Brasil com relação às obras do PAC da Copa, caso da reforma da Rodoviária. “Há um empenho, uma parceria importantes no andamento dos projetos da cidade junto à Caixa”, disse. Marcelino Silva destacou que este é o papel da Caixa Econômica – ser agente de desenvolvimen-to de políticas públicas – e que Curitiba é referência em políticas públicas que buscam a melhoria contínua da qualidade de vida.As obras, no valor de R$ 34.478.403,24 estão a cargo da Sial Construções Civis Ltda. O projeto original da Rodoviária, do arquiteto Rubens Meister, será preservado.

ObrasA reforma do terminal, inaugurado em novembro de 1972, há 40 anos, inclui novos sanitários, nova área de embarque, praça de alimentação climatizada, restaurante, novos estacionamen-tos, salas de espera climatizadas, adequação do sistema viário do entorno, elevadores, escadas rolantes e nova passarela com plataforma elevatória para uso de pessoas com deficiência. Também será feita revitalização do paisagismo; reforma de instalações elétrica e hidráulica, modernização tecnológica do sistema de controle e operação do terminal, nova comunicação visual e ampliação do monitoramento de segurança. Entre as obras também está prevista a implantação de área exclusiva de desembarque, com 10 novas plataformas; e faixa de acumulação com 300 metros de extensão para estacio-namento dos ônibus. A faixa existente hoje tem 30 metros de extensão.

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Rio + 20

Desenvolvimento sustentável:poucos avanços na Rio + 20 “Em questões tão complexas como as ambientais, pretender um documento entre dezenas de países, que traga apenas o que é consenso, é proposta de quem não quer proposta alguma”. Esta é a maior crítica do deputado estadual Luiz Eduardo Cheida (PMDB) à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.

Cheida, que é presidente da Comissão de Ecologia e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa do Paraná, representou o Poder Legislativo na Rio+20. Ele vê com reservas a sistemática adotada pela ONU nos debates, que não trouxeram soluções e propostas definitivas. “Tivemos poucos avanços em relação a mudanças urgentes que a situação exige. Há coisas que não podem mais esperar. Adiá-las é marcar um encontro com catástrofes ambientais onde as vítimas serão também os humanos”. O deputado se refere ao adiamento dos acordos em questões como o clima, o desmatamento, os oceanos, as energias sustentáveis, entre outros.

O parlamentar encara que o Brasil perdeu a grande chance de efetivar-se como líder mundial da sustentabilidade ao não exigir medidas claras, com prazos concretos, para que os países desenvolvidos reduzam seu exagerado consumo e a também exagerada emissão de gases de efeito estufa. “Os ricos dizem querer ajudar os pobres a enfrentar os desafios ambientais. Eu gostaria de perguntar: quem é que vai ajudar os ricos a consumir e poluir menos?”

Apesar de todas essas ressalvas, Cheida acredita que a Rio+20 contribuiu para difundir a preocupação com a proteção ambien-tal. “Um evento dessas proporções é a oportunidade de atrair a atenção de quem ainda não se sensibilizou com o tema. E nisso os resultados foram bons. Jamais houve tanta participação da sociedade organizada em um evento da ONU”.

Vinte anos depoisA Rio+20 aconteceu no Rio de Janeiro entre os dias 13 e 22 de

junho, exatamente 20 anos depois da Eco92. Cheida compara

os dois momentos: “Na Eco92 tivemos um texto final avançado

quanto às questões sociais e compromissos estratégicos, como a

criação da Agenda 21 e a Carta da Terra. Desta vez as discussões

sobre direitos humanos refluíram. Por isso, o desafio continua

sendo o mesmo: conciliar desenvolvimento com inclusão

social e preservação ambiental”.

Os compromissos de Cheida com as causas ambientais vêm de longe. Ele participou da Eco92 quando vereador e presidente da Comissão de Meio Ambiente da Câmara Municipal de Londrina. Nesta época, também presidia a Associação Paranaense de Pro-teção e Melhoria ao Meio Ambiente.

O deputado lembra que um dos principais objetivos da Rio+20, estabelecer claros compromissos entre os líderes mundiais e suas nações, não teve sucesso. “Estes 20 anos mostraram onde está o entrave: é preciso cooperação entre os países para que tratados importantes possam funcionar na prática. Um exemplo é o Protocolo de Kyoto, que possui metas para a redução dos gases de efeito estufa, condição fundamental para que se possa intervir nas mudanças climáticas em curso. Os Estados Unidos, no entanto, a maior economia do planeta, portanto, a que mais polui, até hoje não se submeteram às suas diretrizes. Sem estes objetivos concretizados, estaríamos voltando há 20 anos?”

Expectativas do ParanáO deputado Cheida levou à Rio+20 uma carta de propostas do Paraná, que foram levantadas em plenárias e audiências públicas realizadas em várias regiões do estado. Os encontros ouviram mais de 10 mil pessoas. “O documento dialoga sobre muitos temas. Por representarmos um estado agrícola, que é o maior produtor de grãos do Brasil, uma das principais preocupações é em relação à agricultura sustentável, que muda a forma econômica de se produzir, a forma de se consumir e, em última instância, traz vida boa e com saúde para todos!”, explica o parlamentar.

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Great Brazil

Viagem de trem, um luxo só Começaram as obras de reforma e modernização da Rodoviária de Curitiba, as maiores da História. O prefeito Luciano Ducci diz que “nossa Rodoviária voltará a ser modelo em modernidade, opera-ção e qualidade de atendimento aos usuários” e que esta é uma obra cujo benefício vai além da Copa de 2014. Teremos uma Rodoviária moderna e de qualidade para atender os curitibanos e as pessoas que visitam a cidade, incluindo os turistas que vierem em função da Copa do Mundo”. Mar-celino José da Silva, da Caixa Econômica, destaca o cuidado que a cidade tem com suas obras e seu patrimônio. Ele disse que, graças a isso, Curitiba é referência no Brasil com relação às obras do PAC da Copa, caso da reforma da Rodoviária. “Há um empenho, uma parceria importantes no andamen-to dos projetos da cidade junto à Caixa”, disse. Marcelino Silva destacou que este é o papel da Caixa Econômica – ser agente de desenvolvimento de políticas públicas – e que Curitiba é referência em políticas públicas que buscam a melhoria con-tínua da qualidade de vida. As obras, no valor de R$ 34.478.403,24 estão a cargo da Sial Construções Civis Ltda. O projeto original da Rodoviária, do arquiteto Rubens Meister, será preservado.

ObrasA reforma do terminal, inaugurado em novembro de 1972, há 40 anos, inclui novos sanitários, nova área de embarque, praça de alimentação climati-zada, restaurante, novos estacionamentos, salas de espera climatizadas, adequação do sistema viário do entorno, elevadores, escadas rolantes e nova passa-rela com plataforma elevatória para uso de pessoas com deficiência. Também será feita revitalização do paisagismo; reforma de instalações elétrica e hidráulica, modernização tecnológica do sistema de controle e operação do terminal, nova comunicação visual e ampliação do monitoramento de segurança. Entre as obras também está prevista a implantação de área exclusiva de desembarque, com 10 novas plataformas; e faixa de acumulação com 300 metros de extensão para estacionamento dos ônibus. A faixa existente hoje tem 30 metros de extensão.

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Entrevista

Entrevista EXCLUSIVA com GLEISI HOFFMANN, Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência Porque que “Aqui no Paraná tem um Brasil melhor”? Isso quer dizer que por meio do Pro-grama de Aceleração do Crescimento, o governo federal melhora a qualida-de de vida do povo paranaense, com ações de planejamento e execução de grandes obras de infraestrutura social, urbana, logística, com aumento do in-vestimento público e privado em obras fundamentais para o Estado. Quais as obras do PAC que estão sendo executadas no Estado? Como estão elas? São obras diversas. Temos adequação de rodovias, que ao todo somam R$ 91,6 milhões já empenhados, com-preendido o período de 2007 a 2011, e R$ 53,1 milhões pagos, a exemplo do Contorno Rodoviário – Município de Curitiba (Leste), na BR 116; Tra-vessia Urbana no Município de Cas-cavel/Guaíra, na BR 163; adequação do trecho rodoviário Km 443/União da Vitória/Divisa PR-SC, na BR 153. Temos obras de construção e pavi-mentação rodoviária, como Contorno Rodoviário no Município de Cascavel, nas BRs 163/277/467/369; construção do trecho rodoviário Porto Camargo-Campo Mourão, na BR 487 e do trecho Ventania-Alto do Amparo, na BR 153, entre outras. Em relação à construção e pavimentação foram empenhados R$ 510,4 milhões e pagos R$ 362 milhões. Além destas obras, o Estado está passando por manutenção da malha rodoviária federal, cujo valor total pago é de R$ 427,3 milhões. Estes são

apenas alguns exemplos. Alguma nova obra programada para o Aeroporto de Londrina? O aeroporto de Londrina tem obras previstas até 2016. Este ano já está contratada a obra de recapeamento da pista de pouso e decolagem. Para o ano que vem, por exemplo, está em fase de elaboração o termo de referência da obra de implantação do módulo operacional no processamento de embarque. Também para 2013 está previsto um projeto de ampliação da pista de pouso e decolagem. O total de investimentos previsto até 2016 é de R$ 78,7 milhões. O que a sra pode falar sobre o projeto Arco Norte, pretendido por prefeitos norte paranaenses e em-presários do Norte do Paraná? Não tenho dúvida de que o projeto Arco Norte incrementará o desenvolvi-mento econômico do Norte do Para-ná, promovendo a competitividade e atraindo grandes investimentos para a região. É uma pauta prioritária, um projeto de extrema importância que pode ser um marco para o Norte do Estado. Como está o Minha Casa, Minha Vida no Paraná? Quantas casas estão sen-do construídas?

Já são 121.233 unidades contratadas no Paraná. Desse total, 81.693 estão

concluídas, sendo 79.466 já entregues. Ainda temos 31.797 unidades que já estão em construção. O relacionamento entre prefeitos, Governador e Governo Federal, no Paraná, é bom, apesar das eleições? Sim. Acredito que a busca pelo enten-dimento é o melhor caminho quando se tem em comum o anseio pelo desen-volvimento do país. O Paraná é um Estado muito importante, que influen-cia decisões nacionais. E aqueles que participam dessas decisões, que tem o papel e a responsabilidade de auxiliar a presidenta Dilma na condução do país, devem sim manter uma boa re-lação, equânime, para que se atinja o bem comum, do crescimento econômi-co, da distribuição de renda e geração de emprego, da redução da pobreza, do desenvolvimento industrial. Enfim, independente de filiação partidária, o desafio é olhar todas as demandas do povo brasileiro e trabalhar muito, com dedicação e seriedade para satisfazê-las. Como estão as obras de ampliação e modernização doa aeroportos de Curitiba (para a Copa) e Foz do Iguaçu? Já estão em obras no aeroporto de Curitiba a ampliação do pátio, a restauração das pistas de pouso e decolagem, e a ampliação do terminal de cargas. E já encontra-se em ação preparatória o projeto de construção da 3ª pista de pouso e a ampliação do

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Entrevista EXCLUSIVA com GLEISI HOFFMANN, Ministra-Chefe da Casa Civil da Presidência

terminal de passageiros e sistema viá-rio. Em Foz do Iguaçu está em fase de licitação de obra a reforma e amplia-ção do terminal de passageiros. O que o Governo Federal tem feito para que a industrialização do Para-ná avance? O governo federal, por meio do Progra-ma Brasil Maior, incentiva um conjunto de medidas para dar mais condições de competitividade à indústria brasileira. Por exemplo, a ação reduz a zero a alíquota de 20% para o INSS de setores sensíveis ao câmbio e à concorrência internacional e intensivos em mão de obra, como confecções, calçados, móveis e softwares. Ainda prevê uma série de ações que vão desde a desone-ração das exportações, com a criação do Reintegra, até a regulamentação da Lei de Compras Governamentais, pas-sando pelo fortalecimento da defesa comercial e pela criação de regimes especiais setoriais, com redução de impostos. Enfim, são medidas para es-timular o nosso desenvolvimento, por meio de uma indústria forte, inovadora e competitiva. E o Plano Brasil Maior é uma dessas ações que vem estimular a produção nacional e o emprego, deso-nerando tributos, defendendo a indús-tria brasileira da concorrência desleal e da guerra cambial, garantindo um mercado interno sólido e produtivo, que gera a riqueza do nosso Brasil. Como estão os investimentos fede-rais no ensino superior paranaense? Falar sobre as universidades da Fronteira Sul e de Integração Latino-

Americana, Unila. Entre 2003 e 2010 foram criados oito câmpus no Paraná e um entre 2011 e 2012. Temos quatro universidades fe-derais: do Paraná (UFPR); da Fronteira Sul (UFFS); da Integração Latino-ame-ricana (Unila); e Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR). Se considerarmos a expansão de matrículas, vagas e cur-sos no período de 2006 a 2012 dessas universidades, percebemos que foram criados um total de 258 novos cursos, com investimento e custeio, do Pro-grama Reuni, alcançando a cifra de R$ 241,2 milhões somente este ano. A UFFS e a Unila, que são universida-des novas, também foram contempla-das pelo Reuni. A UFFS abriu 41 novos cursos com investimento em 2011 de R$ 101, 5 milhões e em 2012 de R$ 65,7 milhões. Já a Unila contou com orçamento na faixa de R$ 87,2 milhões

em 2011 e de R$ 93,5 milhões este ano. Vale mencionar também que de 2005 até agora o Paraná teve 90.373 bolsas concedidas pelo Prouni. Outro grande avanço tivemos no campo da educação profissional e tecnológica. Este ano já foram implantadas no Estado 13 novas escolas nos municípios de Londrina, Apucarana, Francisco Bel-trão, Toledo, Guarapuava, Paranaguá, Foz do Iguaçu, Jacarezinho, Paranavaí, Telêmaco Borba, Umuarama e Palmas. Até o final de 2014 estão previstos 10 novos câmpus para o Instituto Federal do Paraná. O investimento total do plano de expansão no Estado desde 2005 é da ordem de R$ 84,3 milhões, somente em infraestrutura física. Quando estiverem em pleno funcio-namento as unidades da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica no Paraná devem ofertar, juntas, 33 mil vagas.

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Empresas & EmpreendimentosVictor Grein Neto ([email protected])

Pen drive em LondrinaA empresa TMT Memory Group lançou a pedra fundamental da fábri-ca que vai implantar em Londrina, em área com 100 mil m2. Espe-cializada na produção de pen drives, a TMT edificará ali 58 mil m2, com investimentos de R$ 125 milhões, gerando até 3 mil empregos. A empresa fornece gigantes como a Sandisk, Duracell, Toshiba.

Zaeli em São PauloA Alimentos Zaeli anunciou durante a SIAL do Brasil (Feira Interna-cional de Alimentos e Bebidas) a chegada dos produtos da marca ao mercado de São Paulo. Hoje a empresa conta com 16 represen-tantes na capital, 1 no Vale do Paraíba e 1 na Baixada Santista. “Estamos confiantes e preparados para atender a demanda de São Paulo”, conta o presidente da empresa, Valdemir Zago.

Cimento Itambé: forno 3 Depois de dois anos de obras e investimento total de R$ 369 milhões, a Cimento Itambé inaugurou em Balsa Nova a nova linha de produção (Forno 3), instalada em uma área de cerca de 30 mil m2. A empresa ampliou, assim, a ca-pacidade instalada de produção de cimento de 1,5 milhão para 2,8 milhões de toneladas ano. O objetivo maior é reforçar o atendimento em toda a região sul. O novo com-plexo industrial é composto por uma série de equipamen-tos que agregam muitas inovações tecnológicas.

Lançamentos A Bonyplus está divulgando a nova coleção de esmaltes Pin-up (foto), espe-cialmente criada para o outono-inverno 2012 e que surge com oito novas cores em versões cremosas, cintilantes e metálica. A empresa paranaense, que tem como garota propaganda a apresentadora Anna Hickman, lança também a linha Beauty Color MAKE UP, que conta com cem itens que abrangem todas as fases da maquiagem. Entre os seus produtos estão bases cremosas; corretivos em bastão; pós compactos; blushes; batons; gloss labial; lápis para os lábios; sombras nas versões uno, duo, trio e quarteto; máscaras para cílios, e pincéis especiais.

Foz: evolução no turismoO Ministério do Turismo e o Sebrae premiaram em Foz do Iguaçu durante o Festival Internacional de Turismo Cataratas, os municípios que mais evo-luíram e os que alcançaram as maiores notas no Índice de Competitividade do Turismo Nacional 2011. O indicador mede o estágio de desenvolvimento dos destinos turísticos brasileiros. No total, foram contempladas 13 capitais e 11 não capitais avaliadas nas 13 dimensões pesquisadas.As maiores notas ficaram com São Paulo (SP), Recife (PE) e Foz do Iguaçu (PR). Os destinos de maior evolução, na média geral, foram Porto Velho (RO), como capital, e Balneário Camboriú (SC), como não capital. Outros 19 municípios tam-bém foram premiados entre os destinos de maior evolução nas diversas dimensões que compõem Índice de Competitividade. O estudo compara os resultados da pesquisa de campo realizada em 2010 com os de 2011.

Estradas de ferroA Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S.A. publicou o Edital nº 3/2012 que abre a licitação para contratar a elaboração de estudos de viabilidade técnica, econômica e ambiental (EVTEA) da ligação ferroviária entre a Ferroeste, em Cascavel e Maracaju, no Mato Gros-so do Sul (lote 03 - EF – 484). O edital também contempla dois trechos da Ferrovia Norte-Sul (FNS). O primeiro liga Panorama, no interior de São Paulo, a Chapecó, Oeste de Santa Catarina, passando pelo terri-tório do Paraná (lote 01 - EF – 151). O segundo trecho une Chapecó ao Porto Rio Grande, no Rio Grande do Sul (lote 02 - EF – 151).

Officer em LondrinaA maior distribuidora de informática do Brasil, a Officer Distribui-dora, vai se instalar em Londrina, num empreendimento de R$ 10 milhões. A empresa vai construir um centro de armazenagem e distri-buição, que deve entrar em operação em abril do próximo ano e tem previsão de faturamento de R$ 600 milhões.

Suco de laranjaO grupo francês Dreyfus Commodities começou a operar a fábrica de suco de laranja em Paranavaí, que tem capacidade anual de processamento de 7 milhões de caixas. A Dreyfus atua há mais de 20 anos na produção de sucos no estado de São Paulo e agora se expande para o Paraná, em função do potencial para produção de laranja na região noroeste do Estado. O Paraná tem ainda uma fábrica de sucos em Rolândia, pertencente a Cooperativa Cocamar. Uma outra está sendo construída em Uraí, perto de Londrina, pela Cooperativa Integrada. A produção anual será de 6.000 toneladas por ano. Os investimentos serão de R$ 15 milhões.

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Victor Grein Neto ([email protected])

Vapza nos EUA A Vapza Alimentos S.A.,indústria produtora de alimentos cozidos a vapor e embalados a vácuo, com fábrica em Castro, participou da 58ª edição da feira Summer Fancy Food Show 2012, em Wa-shington, nos Estados Unidos. A feira é considera-da a maior no segmento de alimentos e bebidas da América do Norte. Presente no mercado desde 1995, a Vapza produz alimentos cozidos a vapor e embalados a vácuo. O processo realizado permite cozinhar os produtos dentro da própria embala-gem, evitando o uso de conservantes e mantendo as propriedades do produto – como sabor, textu-ra, cor e nutrientes – preservadas. São mais de 40 produtos de varejo e food service que dispensam refrigeração, dentre eles a Carne Seca Desfiada, Frango Desfiado, Batata Inteira e Canjica.

Cursos no Senai PrComeçam no dia 23 de julho as aulas dos 13 cursos ofertados pelas faculdades Senai em Curitiba, Telêmaco Borba, Londrina, Maringá, Cascavel e Toledo. Os cursos têm duração de três anos. O ensino superior ofertado pelo Senai é volta-do, exclusivamente, ao atendimento das demandas das indústrias. Os cursos su-periores de Tecnologia se caracterizam por serem focados em determinada área e, normalmente, realizados em um tempo menor que os outros cursos superio-res, como bacharelados e licenciaturas. São os seguintes: Faculdade Tecnológica da CIC (Curitiba) -Fabricação Mecânica e Processos Ambientais. Faculdade Tec-nológica do Jardim Botânico (Curitiba)- Controle de Obras e Design de Moda Fa-culdade Tecnológica de Cascavel - Manutenção Industrial e Gestão da Produção Industrial Faculdade Tecnológica de Toledo - Alimentos Faculdade Tecnológica de Telêmaco Borba - Papel e Celulose e Automação Industrial Faculdade Tecnológica de Maringá - Controle de Obras e Alimentos Faculdade Tecnológica de Londrina - Fabricação Mecânica e Manutenção Industrial

Paraná: liderança no comércioA performance dos últimos 12 meses, encerrados em abril deste ano, retrata aumento de 8,8% na comercialização das unidades varejistas no Paraná, versus 6,0% para o Brasil, o que manteve a liderança entre os estados mais desenvol-vidos do País, ancorada em móveis e eletrodomésticos (19,4%), artigos farma-cêuticos e de perfumaria (19,3%), artigos de uso pessoal e doméstico (12,7%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (12,5%), material de construção (11,8%) e hipermercados e supermercados (9,7%).

Energia ao social em Laranjeiras do SulA Tractebel Energia mantem duas usinas hidrelétricas no Paraná, que são a Sal-to Santiago, em Saudade do Iguaçu, com capacidade instalada de 1.420 MW e a Salto Osório em Quedas do Iguaçu, com 1.078 MW. A empresa está colaborando com a ACILS – Associação Comercial e Empresarial de Laranjeiras do Sul - , jun-to com o Sesi/Senai e Sebrae, na qualificação profissional básica de auxiliar de eletricidade predial. São 30 alunos, uma carga horária de 160 horas.

Bematech na Automatom A Bematech, empresa paranaense que é líder em soluções de tecnologia para o varejo, está apresentando suas solu-ções completas de hardware, software e serviços. Dentre as novidades e lança-mentos, a empresa mostra as soluções completas em tecnologia para o comér-cio, desenvolvidas para atender, cada vez mais, as necessidades dos varejis-tas. Destaques para a nova impressora fiscal MP-4200 TH FI (foto), o computa-dor RC-8100, o Monitor Touch TM-15, as soluções do segmento AIDC – Automatic Identification and Data Capture.

Óleo Coamo: destaque O óleo de soja refinado Coamo, produto que com-põe a linha de Alimentos Coamo, é novamente destaque em vendas na pesquisa Mix de Marcas da revista Supermercado Moderno, uma das mais conceituadas do país. Neste ano, o produto da maior cooperativa singular da América do Sul apa-rece como o 4º mais vendido no ranking nacio-nal, 3º mais vendido no interior de São Paulo e em 2º lugar na região Sul. Essa pesquisa avalia empresas de todo o país, junto aos fornecedores e tem como intuito analisar a qualidade e a cons-tância do fornecimento das marcas e categorias existentes nos supermercados. O óleo de soja Co-amo começa pela qualidade da semente comer-cializada ao associado, seguindo-se a plantação dos grãos com todo suporte da assistência técnica da cooperativa, depois a forma de recebimento e estocagem do produto, tecnologia industrial em-pregada. São fatores que garantem um produto diferenciado, sem odor, que não faz fumaça na hora de fritar o alimento e a sua cor em um tom de amarelo claro e levemente dourado, determi-na a qualidade da soja e do produto.

22 • Revista Distinção

Criatividade

Como enfrentar crisese a desindustrializaçãoMARINA SELL BRIK (Jornalismo Corporativo)

Para evitar que a crise que atinge a Europa contamine a economia nacional, o governo brasileiro anunciou uma série de medidas para ampliar o crédito e incentivar o consumo. Mas será que isso é suficiente? Como a indústria nacional conseguirá se proteger de uma possível crise financeira? “Infelizmente ainda não vemos investimentos na educação, no conhecimento. Somente através da criatividade e inova-ção é que conseguiremos ser mais competitivos. É preciso estabelecer uma gestão da inovação nas empresas”, opina Ronaldo Duschenes, empresário e presidente do conselho administrativo da Flexiv – Escritórios de Sucesso, empresa especializada em mobiliário corporativo fundada em 1985 e com fábrica em Pinhais. Duschenes ainda destaca a questão da desindustrialização, processo que transforma a indústria nacional em mera montadora de produtos, já que grande parte da matéria-prima é originária da China. Ou seja, a indústria não produz seus componentes internamente, o que acaba impactando na geração de empregos e crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).Maurílio Schmitt, coordenador do departamento econômico da FIEP (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) ressalta a importância de uma série de estratégias e ações para o setor industrial: “a ausência de um plano de voo e os evidentes gargalos e entraves que estão sendo gerados pela reduzida capacidade político-administra-tiva de conduzir reformas estruturantes (nas áreas de infra-estrutura, tributação, previdência, etc.) é que empurram o Brasil a experimentar um processo de desindustrialização sem ainda sequer ter atingido a maturidade do seu modelo de industrialização”.

Inovação e Sustentabilidade

E enquanto estas medidas não são tomadas, como as empresas podem se prepa-rar para as oscilações do mercado? “Temos que investir na melhoria do produto nacional. Através da inovação conseguimos mudar os processos da indústria. É um processo a longo prazo, que requer também o investimento em educação, como nas parcerias entre empresa e universidade.

Empresas que inovam vão sempre bem, perduram. No setor moveleiro em especial, o design é peça-chave, por isso precisamos investir em criatividade e evitar a cópia. O design acaba levando à inovação tecnológica e quando os processos intelectuais estão no país, a nação nunca perde”, argumenta Ronaldo Duschenes. A Flexiv, empresa onde Ronal-do é sócio-fundador, conta com um Estúdio de Design, núcleo de inteligência interna que está sempre ligado na inovação e design, grandes diferenciais da marca. “Como exemplo mais recente de produto criado internamente e reconhecido internacionalmente posso citar a Mesa Dumont, assinada pelo Estúdio de Design.

Fabricada pela Flexiv e composta 100% por peças nacionais, leva em sua composição matéria-prima abundante no país, como o alumínio e o eucalipto”, explica Duschenes. A Mesa Dumont recebeu o prêmio IDEA Brasil em 2011 (troféu Ouro na categoria Escritórios), edição nacional do maior prêmio de design dos Estados Unidos, o International Design Excellence Awards. Além de se destacar pelo design, o móvel também está em sintonia com a questão da sustentabilidade, pois utiliza matéria-prima certificada (eucalipto renovável), conta com verniz e cola à base d’água, tirantes em inox e conexões em alumínio (recicláveis) e tem reduzido a emissão de CO2 proveniente do transporte, já que utiliza produção local.

É a prova concreta de que prestigiar a indústria nacional não só traz benefícios para a economia do país como também para o meio ambiente.

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EDIFÍCIO MARIA RACHEL

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