Distorção Da ImaDistorção da imagem corporal e tríade da mulher atleta em bailarinas clássicasgem Corporal e Tríade Da Mulher Atleta Em Bailarinas Clássicas

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Embora neste estudo tenha sido constatada a presença da tríade por completo em somente uma bailarina, ou seja,a presença simultânea dos três componentes que caracteriza a tríade da mulher atleta, o fato destas jovensapresentarem em sua maioria pelo menos um destes fatores isoladamente é igualmente preocupante, pois estepoderá desenvolver o segundo e possivelmente o terceiro componente, ou seja, a tríade por completo.

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    15/02/2015 Distoro da imagem corporal e trade da mulher atleta em bailarinas clssicas

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    Distoro da imagem corporal e tradeda mulher atleta em bailarinas clssicas

    Distorsin de la imagen corporal y la trada de la mujer atleta en bailarinas clsicasBody image distortion and female athlete triad in classic ballerinas

    *Acadmicos do curso de Educao Fsica doCentro Universitrio Luterano de Ji-Paran (CEULJI/ULBRA), Ji-Paran, RO

    **Mestre em Cincia da Motricidade HumanaProfessor do CEULJI/ULBRA, Ji-Paran, RO

    ***Professor Doutor da Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ, PQ-CNPQ****Mestre em Cincia da Motricidade Humana

    Professora do Centro Universitrio Augusto Motta (UNISUAM),Rio de Janeiro, RJ

    (Brasil)

    Iraci de Oliveira Pereira*Alisson Padilha de Lima*

    Fabrcio Cardoso**Glauber Lameira de Oliveira**

    Jos Fernandes Filho***Talita Ado Perini****

    [email protected]

    Resumo O crescente interesse e participao de mulheres na prtica regu lar de atividade fsica tm despertado interesses da comunidade cientfica acerc a dos seusefeitos na sade da praticante. Estudos tm enfatizado que praticantes de atividade fsica em que h uma preocupao com a esttica corporal como no ballet clssicotem desenvolvido a sndrome da Trade da Mulher Atleta (TMA), que engloba trs diferentes componentes: transtornos alimentares, amenorria e osteoporose. Opresente estudo se props avaliar a presena dos componentes da TMA em bailarinas clssicas no-profissionais. Participaram do estudo 12 bailarinas (14,61,8 anos/55,18,7Kg/ 1,60 6,4 m) oriundas do Teatro Municipal da cidade de Ji-Paran, no estado de Rondnia Realizou-se uma investigao, por auto-relato, da presena dedisfunes menstruais, de diagnstico de osteoporose, pela incidncia de pelo menos trs fraturas sseas nos ltimos dois anos, alm do registro da rotina de ensaios(nas bailarinas) por meio de uma anamnese. A fim de identificar a presena transtornos alimentares comportamentos bulmicos e distoro da autoimagem corporalforam aplicados o Eating Attitudes Test (EAT-26), Bulimic Investigatory Test Edinburgh BITE e Body Shape Questionnaire BSQ respectivamente. Todos osinstrumentos foram utilizados em suas verses validadas e traduzidas para o portugus. A anlise dos dados foi feita no Excel 2000. Foi constatada a presenasimultnea dos trs componentes que caracterizam a TMA em 8,3% das bailarinas avaliadas. Foi observada prevalncia de respostas positivas para dois dos trscomponentes da TMA, simultaneamente: disfuno menstruale osteoporose (25%, n=3). Alm da prevalncia de um componente isoladamente: disfuno menstrual:amenorria secundria (66,7%, n= 8), transtornos alimentares (8,3%, n=1) e osteoporose (41,5% n=5), resultado preocupante, j que a presena de um delestorna a jovem vulnervel ao desenvolvimento dos demais. Foi constatada a presena da TMA em 8,3% das bailarinas avaliadas. Observou-se a presena de pelo menosum dos componentes da trade isoladamente, em maior parte das bailarinas, sendo recomendado que se faa uma interveno no planejamento de ensaios, porprofissionais especializados a fim de adequ-lo em intensidade e freqncia aos limites fisiolgicos deste grupo de danarinas. Haja vista, que a presena de pelomenos um dos fatores poder contribuir para o desenvolvimento dos demais, e a instalao da trade por completo. Unitermos:Ballet clssico. Disfuno menstrual. Transtornos alimentares.

    Abstract The growing interest and participation of women in the practice of regular physical activity have aroused interests from the scientific community about itseffects on the health of the practitioner. Studies suggests that physical activity practitioners where there is a worry about the body esthetic like in classical ballet havedeveloped the syndrome of Athlete Woman Triad (AWT), which includes three different components: eating disorders, amenorrhea and osteoporosis. This studyaimed to evaluate the presence of components of the AWT in professional ballet dancers. Twelve ballet dancers (14.6 1.8 years / 55.1 8.7 kg / 1.60 6.4 cm) fromthe City Theater of Ji-Paran, state of Rondnia, participated in the study. By self-report, an investigation was made about the presence of menstrual dysfunction,diagnosis of osteoporosis, the incidence of at least three broken bones in the last two years and Moreover, the record of the routine of tests (of the ballet dancers) byanamnesis. In order to identify the presence of eating disorders, bulimia and distortion of body self-image, were used the Eating Attitudes Test (EAT-26), BulimicInvestigatory Test Edinburgh - BITE and Body Shape Questionnaire - BSQ respectively. All instruments were used in their validated versions and translated intoPortuguese. The data analysis was done in Microsoft Excel 2000. Were found the simultaneous presence of three components that characterize the AWT on 8.3% ofthe ballet dancers evaluated. The prevalence of positive responses was observed to two of the three components of the AWT, simultaneously: menstrual dysfunctionand osteoporosis (25%, n = 3). Moreover, was observed the prevalence of one component alone: menstrual dysfunction: secondary amenorrhea (66.7%, n = 8),eating disorders (8.3%, n = 1) and osteoporosis (41.5%, n = 5). It is a worrying result, since the presence of one component makes the young ballet dancer

    vulnerable to the development of the other components. The presence of AWT was found in 8.3% of the ballet dancers evaluated. The presence of at least one of thecomponents of the triad alone was observed in the most of the dancers., An intervention is recommended in the planning of the training, by specialized professionals,in order to adequate it in intensity and frequency to the of physiological limits of the ballet dancers group, considering that the presence of at least one of the factorscan contribute to the development of others, and the installatioonof the triad altogether. Keywords: Classical ballet. Menstrual dysfunction. Eating disorders.

    http://www.efdeportes.com/EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ao 15, N 149, Octubre de 2010. http://www.efdeportes.com/

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    Introduo

    O ballet clssico surgiu no sculo XVI, na Itlia, associado primeiramente ao canto, msica e dana (MOURA,2001). Atualmente, esta atividade requer do praticante beleza fsica, e um bom desempenho tcnico atravs da levezae delicadeza dos gestos. Qualquer alterao no peso corporal de um bailarino clssico pode refletir negativamente no

    seu desempenho e aparncia visual, quesitos indispensveis para uma boa apresentao. A busca pelo perfeccionismopelo bailarino pode ser um fator motivador da preocupao constante com a sua autoimagem.

    Segundo Silva e colaboradores (2009), a preocupao com a imagem corporal entre bailarinos clssicos, faz comque os mesmos convivam freqentemente com uma grande presso por manter um peso corporal irreal, exigidos

    mailto:[email protected]://www.efdeportes.com/http://www.efdeportes.com/mailto:[email protected]
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    nesta atividade, assumindo intenso treinamento fsico e condutas alimentares inadequadas. Adicionalmente, asociedade moderna preconiza um esteretipo de beleza apresentado como padro calcado no corpo esqulido eescultural, o que aumenta a presso pela imagem corporal ideal.

    Os primeiros estudos sobre imagem corporal foram realizados no mbito esportivo, onde foi evidenciada grandeassociao entre a prtica de esportes que valorizam a beleza, com grande prevalncia de atletas com o diagnsticode uma sndrome, reconhecida pelo American College Sports Medicine (2007) como a Trade da Mulher Atleta,composta pela presena simultnea de trs fatores: transtornos alimentares, osteoporose e disfunes menstruais.Hoje, sabe-se que esta sndrome no restringe-se somente a este meio, est presente na sociedade em geral, entre

    jovens praticantes e no praticantes de atividade fsica, que se preocupam com sua autoimagem(PERINI & OLIVEIRA,2009).

    Para Tosatti et al(2007) na populao geral, as mulheres jovens so mais vulnerveis s presses da sociedadepela beleza, e compem igualmente um grupo de risco de instalao de pelo menos um dos fatores da trade, ostranstornos alimentares (TA), que compreendem a anorexia e/ou bulimia. O agravante entre jovens bailarinas aassociao de duplo risco aos componentes da TMA, haja vista que so praticantes de uma atividade quesupervaloriza a beleza fsica e de um gnero onde h maior vulnerabilidade s imposies da sociedade no que tangea esteretipos corporais.

    Para Thrash e Anderson (2000), a primeira manifestao da trade esta associada a uma baixa ingesto de energiaresultante de comportamentos alimentares inadequados. Esta atitude compromete o funcionamento correto do sistema

    reprodutor, alterando a secreo de GnRh, que perturba o funcionamento da hipfise na produo de FSH e LH(ZANKER, 2006). A baixa concentrao destes hormnios causa a disfuno menstrual como amenorria, outrocomponente da trade. Os reduzidos nveis de energia deprimem a secreo de estrognio, causando aumento na taxade reabsoro ssea conduzindo a progressiva reduo na densidade mineral ssea e conseqente desenvolvimentoda osteoporose, mais um dos trs componentes desta sndrome.

    Para Warren (2002), uma insuficiente ingesto calrica relativamente ao dispndio energtico resultante de umtranstorno alimentar, funciona como ponto de partida para o desenvolvimento de amenorria, e conseqenteosteoporose, outros dois componentes da TMA. Portanto, o surgimento de um dos componentes pode desencadearfacilmente o surgimento de outro ou simplesmente agrav-lo.

    No se pode negar que a trade da mulher atleta, embora no se restrinja ao mbito esportivo, entre atletas que

    necessitam de uma imagem corporal perfeita, que so mais prevalentes (PERINI et al, 2009).

    Estudos nesta rea vm enfatizando que o risco do desenvolvimento da TMA no o mesmo nas diferentesatividades fsicas (TORSVEIT E SUNDGOT BORGEN, 2005). A presena desta sndrome mais comum em atividadesque preconizam leveza dos movimentos, imagem corporal, composio corporal, flexibilidade, e domnio do corpo emespecial, como o ballet clssico. Essas atividades se tornam mais vulnerveis a atitudes que condizem com anecessidade de manuteno do seu peso corporal, por razes estticas ou otimizao da performance (PERINI, 2008OLIVEIRA et al, 2003). Sendo assim, o principal desafio entre estas jovens manterem-se saudveis, em um meiofacilitador do desenvolvimento dos componentes da sndrome da Trade da Mulher Atleta. Destarte, o objetivo desteestudo foi investigar a presena dos componentes que caracterizam a trade da mulher atleta em bailarinas clssicasna cidade de Ji-Paran.

    Metodologia

    Foram includas no presente estudo 12 bailarinas clssicas no-profissionais de faixa etria compreendida entre 12e 19 anos (mdia: 14,3 anos) do sexo feminino, oriundas do Teatro Municipal Dominguinhos, da cidade de Ji-Paran(RO), com mdia de 7,4 anos e 8,9 horas semanais de ensaio.

    Quatro questionrios foram adotados como forma de levantamento de informaes das diferentes abordagens queforam desenvolvidas nesta pesquisa.

    1. Anamnese Foi realizada a investigao, por auto-relato, contendo 12 perguntas sobre dadospessoais, presena de disfunes menstruais, diagnstico de osteoporose, histrico de leses sseas,alm do registro da rotina de treinamento.

    2. A fim de avaliar a presena de atitudes alimentares inadequados, utilizou-se oEating AttitudesTest (EAT 26) validado por Bighetti (2003), composto de 26 questes distribudas em diferentesaspectos: Fator I (dieta), fator II (bulimia nervosa) e fator III (controle oral) (NUNES 2001). ParaCords (1994), atribui-se o escore 3 para a resposta 1 (sempre), o escore 2 (muito frequentemente), oescore 1 para a resposta 3 (frequentemente), o escore 1 para a resposta 3 (frequentemente), o escore

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    0 para as respostas 4 (s vezes), 5 (raramente) e 6 (nunca), em todos os itens do questionrio, comexceo do item de nmero 4, onde se atribui o escore inverso, ou seja, escore 3 para a resposta 6(nunca), o escore 2 para a resposta 5 (raramente), o escore 1 para as resposta 3 (frequentemente), 2(muito frequentemente) e 1 (sempre). Obtem-se o resultado deste instrumento, somando-se todos osescores das respostas dos 26 itens do questionrio. Se o total do escore for igual ou maior que 21, oEAT-26 considerado positivo (EAT -26), confirmada a presena de sndromes precursoras dodesenvolvimento de Transtornos Alimentares(TA).

    3. A presena de comportamentos bulmicos e sua intensidade foram avaliadas adotando-se o

    Bulimic Investigatory Test Edinburgh BITE, com 33 questes e duas sub-escalas, sendo umavoltada para sndromes e a outra para a gravidade dos mesmos CORDS (1994). Este permite identificarcomedores compulsivos alm de obter dados sobre aspectos cognitivos e comportamentos destedistrbio.

    4. Para averiguar o grau de distoro e possvel insatisfao com a autoimagem corporal, seusantecedentes e conseqncias, foram aplicados o Body Shape Questionnaire BSQ validado por DiPietro (2002) composto de 34 questes apresentando 6 possibilidades de respostas variando desempre a nunca. Resposta 1 (nunca), 2 (raramente), 3 (s vezes), 4 (frequentemente), 5 (muitofreqente) e 6 (sempre). De acordo com a resposta marcada, o valor do nmero correspondente opo feita no item computado como escore para a questo, logo os escores so: nunca =1,raramente =2, s vezes= 3, freqentemente= 4, muito freqentemente = 5 e sempre = 6. O total deescore do instrumento BSQ computado, a partir do somatrio de escores obtidos de todos os 34 itensrespondidos. A classificao dos resultados feita pelo total de escores obtidos, e reflete os nveis depreocupao com a AIC. Obtendo resultado menor ou igual a 80 pontos constatado um padro denormalidade e tido como ausnciade distoro da AIC. Resultado entre 81 e 110 pontos classificadocomo grau leve de distoro da AIC, entre 111 e 140 classificado como graumoderado dedistoro da

    AIC e acima de 140 pontos a classificao de presena de gravegraudedistoro da AIC (DI PIETRO,2002).Todos os instrumentos foram utilizados nas verses traduzidas para o portugus e validadas(CORDS, 1994). Adicionalmente a essa anlise foi verificada a percepo indireta da massa corporaltotal (MCT) das avaliadas pela diferena do MCT medida (atual) pelos avaliadores e a declarada comoideal pelas mesmas. Obteve-se a freqncia em que as avaliadas declararam como massa corporal idealum valor maior (> 2kg) do que a medida (=desejo de engordar) massa corporal ideal um valor menor

    (< 2kg) do que a massa medida (=desejo de pesar menos) e massa corporal ideal, semelhante ao pesoaferido ( 2kg da massa medida) (NUNES, 2001).

    Ressalta-se, que estes so instrumentos de auto-relato, utilizados na clinica mdica para triagem e definio dequadro de sndromes precursoras de comportamento alimentar e de outras co-morbidades psiquitricas, porm, osparticipantes do estudo no foram submetidos entrevista com fins de diagnstico clnico.

    Posteriormente aplicao dos questionrios utilizados, as atletas foram submetidas avaliao antropomtrica demodo a se obter os parmetros atuais para composio corporal e compar-los com a autopercepo das avaliadas.

    As medidas antropomtricas foram tomadas no local de treinamento das bailarinas, precisamente no TeatroMunicipal Dominguinhos em um dia especfico destinado para este fim, adotando-se a padronizao da International

    Society for Advancement in Kinanthropometry (ISAK) (NORTON & OLDS, 2000).As seguintes medidas foramregistradas: espessura de dobras cutneas (peito, trceps, bceps, subescapular, supra-ilaca, abdominal, mdia axilar,coxa e perna - CESCORF, 0,1mm) permetro corporal (bceps relaxado e contrado, coxa, perna, cintura e quadril - fitametlica flexvel - CARDIOMED, 1cm) dimetro sseo (punho, joelho e cotovelo paqumetro, 1mm) estatura(estadimetro, FILIZOLA 1mm) e massa corporal total(balana eletrnica FILIZOLA, 50g).

    A partir destas, foram calculados diversos parmetros, sendo considerados no estudo: o ndice de Massa Corporal(IMC = massa corporal total/estatura, kg/m) (COLE, 2000) e o percentual de gordura (%G) (SLAUGHER, 1988).

    O presente estudo foi aprovado pelo Comit de tica do CEULJI/ULBRA (Centro Universitrio Luterano de Ji-Paran/Universidade Luterana do Brasil) obtendo-se nmero de protocolo 232/09, cumprindo a determinao da resoluo doconselho nacional de sade n 196/96, de 10 de outubro de 1996, incluindo a assinatura do termo de consentimento

    livre (TCLE)e esclarecido pelo participantes.

    Todos os avaliadores foram submetidos a um treinamento prvio para aplicao dos questionrios e padronizaoda tomada de medidas antropomtricas, obtendo-se um erro tcnico aceitvel (PERINI et al, 2005 NORTON & OLDS,2000) garantindo a fidedignidade da pesquisa.

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    A estatstica descritiva dos dados, os clculos dos parmetros, prevalncia das variveis, parmetros e dosquestionrios aplicados foram realizados no programa Excel (Microsoft 2000).

    Resultados e discusso

    Esto dispostos na Tabela 1, abaixo, os valores mdios, mnimos, mximos e desvio padro de diferentes variveisantropomtricas, bem como as que caracterizam o grupo de bailarinas.

    Tabela 1.Valores da mdia, desvio-padro, mnimo e mximo, de diferentes

    variveis antropomtricas e gerais que caracterizam o grupo de bailarinas clssicas

    Variveis Bailarinas (n= 12)

    Media DP

    Idade (anos) 14,3 1,8 Min:12,0 Mx:19,0

    Estatura (cm) 160,2 6,4 Min:150,0 Mx:172,0

    Massa Corporal Total (kg) 55,1 8,7 Min:44,5 Mx:67,0

    Percentual de gordura corporal (%) 21,1 3,0 Min:16,4 Mx:26,2

    ndice de Massa Corporal (Kg/m2) 21,4 3,0 Mn. 17,6 Mx.26,4

    Idade de Menarca (anos) 13,0 1,5 Min:11,0 Mx:16,0

    Tempo de Treinamento/ensaio (anos) 7,4 2,7 Mn. 2,0 Mx.12,0

    Treinamento/ ensaio semanal (h/sem) 8,9 4,9 Min 3,0 Mx.15,0

    Classificao do IMC (COLE, 2000) e %G para adolescentes (SLAUGTHER, 1988).

    DP= d esvio padro Min=mnimo Mx= mximo n= n de ind ivduos

    Valores positivos e negativos em percentual (%)

    Comparando-se os dados apresentados pelas rondonienses avaliadas neste estudo, com os valores obtidos em umestudo com jovens paulistas estudantes de ballet clssico de mesma faixa etria, pode-se afirmar que a carga horriade ensaio semanal apresentada pelas jovens rondonienses est abaixo da apresentada pelas bailarinaspaulistas(22,5h/s), o que justifica o mais elevado percentual de gordura apresentado pelas mesmas(SILVA et al,2009). Quanto s demais variveis antropomtricas as bailarinas paulistas apresentaram IMC e massa corporal total

    de 18,4 Kg/m2, 44,9 Kg respectivamente, abaixo dos apresentados pelas bailarinas rondonienses e mais prximos dosvalores de bailarinas profissionais.

    Um outro estudo realizado da cidade de Florianpolis com bailarinas clssicas de nvel intermedirio, de 9,53 anosde ensaio, maior do que no presente estudo, evidenciou que as jovens avaliadas apresentaram ndice de massa

    corporal e massa corporal total mais baixos que as bailarinas avaliadas neste estudo, com valores de 19,6kg/m2

    e51,32kg, respectivamente(NASCIMENTO E SIMAS, 2006).

    Considerando que as bailarinas rondonienses so submetidas a uma carga horria de ensaio semanal baixa, osvalores mdios antropomtricos das mesmas j eram esperados, retratando a pouca interferncia dos ensaios nascaractersticas fsicas das praticantes.

    Em relao ao perfil preconizado do bailarino clssico, como leveza, preciso e coordenao dos seus movimentose beleza corporal, pode-se afirmar que o grupo avaliado no possui caractersticas antropomtricas necessrias eespecficas para este fim. Este resultado pode justificar-se pelo fato de estas praticantes no serem profissionais, ondeo rigor adequao aos quesitos do ballet clssico no serem evidentes.

    Estudos afirmam, que para melhor rendimento no ballet clssico necessrio que a praticante adolescente,apresente um reduzido percentual de gordura corporal, entre 8 e 10%, ndice preconizado por instrutores, maisevidentemente das categorias profissionais (PUJOL, 2000). Este quadro capaz de tornar a bailarina vulnervel aodesenvolvimento de TA, um dos trs componentes da TMA, principalmente durante a fase de temporada comapresentao de sucessivos espetculos, onde dever apresentar as habilidades especficas do ballet clssico que emsua maioria esto relacionadas com a magreza (SIMAS E GIMARES, 2002). Ressalta-se que as avaliadas do presente

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    estudo embora classificadas como bailarinas clssicas no-profissionais, onde as presses pela reduo do pesocorporal so menos evidentes, apresentaram prevalncia de insatisfao com a auto-imagem corporal, como dispostona Tabela 3.

    Um estudo realizado por Pierce e Daleng (1998), com o objetivo de avaliar a insatisfao e distoro da imagemcorporal em um grupo de 10 bailarinas clssicas de uma companhia profissional, verificou que evidente a presenade distoro e insatisfao da imagem corporal entre elas, semelhante ao foi detectado no presente estudo. Issoremete ao fato de que mesmo entre nveis no-profissionais, onde no comum observar a rigorosidade quanto amagreza, nota-se igualmente a insatisfao com a autoimagem corporal entre essas bailarinas.

    Um estudo realizado com 43 bailarinas da regio sul do Brasil, observou que 76,8% delas apresentaram-seinsatisfeitas com sua forma fsica e desejavam emagrecer (NASCIMENTO E SIMAS, 2006). Da mesma forma, foiobservado no presente estudo que entre 75% das bailarinas insatisfeitas com sua autoimagem corporal, 66% delas,relatam o desejo de emagrecer (Tabela 4).

    Para Vaisman e colaboradores (1996), o ballet clssico pode vir a impulsionar seus praticantes a buscaremsubsdios para que venham alcanar um peso corporal abaixo do considerado normal, podendo estimular condutasinadequadas para o emagrecimento e conseqente TA.

    Tabela 2.Prevalncia de respostas positivas e negativas referentes

    presena de disfunes menstruais e osteoporose de bailarinas clssicas

    Distrbios sseos (Osteoporose) Disfunes Menstruais

    Grupo

    Comprovada

    por Exame

    Histrico de

    Fratura por

    estresse

    Amenorria

    Primria

    Amenorria

    Secundria Oligomenorria

    Sim No Sim No Sim No Sim No Sim No

    Bailarinas

    (n= 12) 0% 100% 41,6% 58,4% 0% 100% 33,3% 66,7% 66,7% 33,3%

    A partir dos dados dispostos na Tabela 2, pode-se inferir que o grupo de bailarinas apresentou-se em risco de estarcom o distrbio sseo, como osteoporose, haja vista que no mesmo foi observada elevada prevalncia de fraturas(41,6%) sseas nos ltimos dois anos (igual ou maior que trs) entre as bailarinas. Similarmente, as bailarinasapresentam elevada prevalncia de distrbios menstruais, entre eles a oligomenorria (66,7%), e a amenorriasecundaria (33,3%), esta ltima a mais agravante. Este resultado pode em parte justificar pela presena de fraturasfreqentes observadas nas avaliadas.

    Segundo Boleas et al (2002) a associao de elevada prevalncia de fraturas por estresse entre jovens praticantesde atividade fsica sistemtica e disfunes menstruais pode ser um indicativo da presena ou desenvolvimento da

    osteoporose precoce, resultante de um treino intenso e/ou alimentao restrita, podendo contribuir para o aumento dafragilidade ssea. O fato das bailarinas rondonienses terem apresentado uma carga horria semanal de 8,9 horas detreino/ensaio pode ter contribudo para a presena de disfuno e fragilidade ssea. Esta assertiva ratificada porTorsveit e Sundgot-Borgen (2005), que afirmam que entre mulheres submetidas atividade fsica intensa comanormalidades menstruais h um risco de desenvolvimento de fraturas sseas 7 vezes maior do que a populaonormal.

    Segundo Oliveira e Perini (2009), a prevalncia quanto presena de amenorria primaria 2 a 8,5% na populaoem geral e 3,4 a 66% entre mulheres submetidas a atividade fsica sistemtica, sendo as bailarinas, foco desteestudo, mais propcias a fraturas decorrente a estresse, como constatado neste estudo.

    Sabe-se que a estrutura ssea, sofre alteraes no decorrer das fases da vida, e que durante a maturidade sexual

    um elevado percentual da massa ssea adquirido, haja vista que nesta fase o acmulo de clcio triplicado,podendo alcanar de 80 a 85% de sua massa ssea at os 18 anos de idade (WEST, 1998 OLIVEIRA & PERINI,2009).

    Para Wiggins e Wiggins(1997), o pico de massa ssea na populao geral de ambos os gneros ocorre entre 18 e

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    25 anos de idade. Precisamente, no sexo feminino, ocorre por volta dos 20 anos entre jovens que no apresentarampuberdade precoce (menarca anterior h 12,6 anos) e aos 16 anos entre aquelas que apresentam menarca anterior mdia populacional.

    Foi desenvolvido um estudo longitudinal com adolescentes da cidade de Florianpolis a fim de verificar a idadeprecisa do pico de massa ssea com jovens femininas com idade variando de 12 a 30 anos. Para tanto, foi avaliada adensidade mineral ssea (DMO) vertebral entre as avaliadas e constatado um aumento significativo da mesma at os17 anos e aps esta idade nenhuma mudana foi observada, identificando esta idade como a de pico ideal (OLIVEIRA& PERINI, 2009). Pode-se observar que as bailarinas avaliadas no presente estudo podem estar vulnerveis ao

    desenvolvimento da osteoporose precoce, em uma fase de vida que seria favorvel ao ganho de massa ssea, j queestas possuem idade mdia de 14, 3 anos (Tabela 1).

    Para Crebs (2001), a vulnerabilidade a fraturas comum somente aps os 30 anos, onde normal ocorrer umprocesso de depleo ou perda da massa ssea, em torno de 0,3% a 0,5% por ano, podendo ser aumentado 10vezes, aps a menopausa, chegando at 3%. Porm, ressalta-se que neste estudo foi constado que quase 50% dasbailarinas avaliadas apresentaram tal fragilidade, mesmo estando em uma fase do desenvolvimento no propcia a talocorrncia, o que pode estar relacionado presena de disfuno menstrual, j que um levado percentual destas

    jovens apresentou igualmente amenorria secundria, o mais agravante.

    De acordo com uma pesquisa realizada no Japo com 64 bailarinas profissionais, 15,6% delas eramoligomenorricas e 18,7% amenorricas secundrias, disfunes igualmente constatadas neste estudo (TO et al.,

    1997).

    West (1998) ressalta que entre as jovens amenorricas h uma perda de massa ssea anormal, em torno de 2% a6% por ano, sendo consideravelmente acelerada a partir dos 30 anos, podendo nesta fase apresentar a massa sseasemelhante de uma mulher de 60 anos, pelo fato destas jovens atingirem um pico de massa ssea aqum doesperado durante a adolescncia. Esta assertiva torna mais agravante os resultados obtidos neste estudo, pois duranteo perodo da adolescncia j foi verificada fragilidade ssea, que provavelmente impossibilitou que maior parte dasadolescentes atingisse o pico de massa ssea ideal, talvez por apresentam pelo menos uma das disfunes no ciclomenstrual, tornando-as susceptveis, a dois dos trs componentes da Trade da Mulher Atleta.

    Tabela 3.Prevalncia de respostas normais e anormais aos instrumentos: EAT-26 e BSQ de bailarinas clssicas

    Valores em percentual (%) BSQ= Body shape q uestionnaire EAT-26= Eating Attitudes Test AIC= autoimagem corporal

    Mediante a anlise dos dados expostos na Tabela 3 acima, pode-se afirmar quanto distoro de autoimagemcorporal, que mais da metade no nmero de avaliadas (58,4%) apresentaram algum tipo de distoro nos graus: leve,moderada e grave, sendo o segundo grupo o mais prevalente.

    Para Hoek et al (1995), h uma relao direta entre a presso para reduzir a massa corporal total e odesenvolvimento de transtornos alimentares, sendo a distoro da autoimagem corporal apontada como umapredisposio para a adoo de condutas inadequadas de controle de massa corporal total. Porm, neste estudo, noforam observados valores de prevalncia elevada para condutas que retratam a presena de transtornos alimentares.

    notrio observar, que embora a minoria das avaliadas apresente positividade para esta anlise, ressalta-se queestas jovens so praticantes de ensaios sistemticos, com carga horria pr-definida (Tabela 2), o que poderia seragravado com a adoo deste tipo de conduta, mesmo de forma principiante. Constata-se que grande parte dasbailarinas deste estudo apresentou-se em risco, ou seja, esto na iminncia de desenvolver tais condutas alimentares,incompatveis com a sade (Tabela 3).

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    Segundo o American College Sports Medicine(2007) indivduos submetidos exerccios sistemticos h umaexigncia energtica compatvel com o mesmo. O fato de estas jovens apresentarem restrio energtica comprometeseu desempenho no ballet e sua sade em geral.

    Para Oliveira e Perini (2009), a baixa ingesto energtica associada a prtica de atividade fsica sistemticaocasionar um balano energtico negativo, que poder resultar na presena de distrbios menstruais e outroscomponentes da trade.

    Para Moura (2001) o ballet clssico ainda muito mistificado na atualidade, e impositora de padro corporal, que

    condiz com o que preconizado pela sociedade moderna. Portanto, o fato de uma jovem est inserida nesta prticapoder torn-la mais aceita socialmente, haja vista, que vivemos em uma sociedade em que tais padres de belezaparecem essenciais para grande parte da populao, principalmente entre adolescentes do sexo feminino que seencontram ligadas a rea do ballet, que precisam expressar livremente seus corpos em busca de boa performanceesttica. Dessa forma, esse processo tem um impacto negativo sobre auto-imagem corporal entre praticantes deballet clssico, que se sentem obrigadas a atenderem a tal padro de um corpo magro, impostos pela preceitos danaclssica.

    Shilder (1999) ressalta, que a fim de obter um bom desempenho no bllet muitas jovens podem desenvolver umaobsesso pelo corpo magro podendo chegar ao extremo com a presena da distoro da imagem corporal, e possveldesenvolvimento de transtornos alimentares.

    Um estudo desenvolvido por Nascimento e Simas (2006) com bailarinas no profissionais, como na presentepesquisa, com o objetivo de avaliar a presena de insatisfao e transtornos alimentares, comprovou que mais dametade do grupo expressou desejo de emagrecer (76,8%) retratando insatisfao com a forma fsica, mesmo noapresentando valores elevados para transtornos alimentares (9,2%), resultado semelhante ao deste estudo. Mesmoassim, ressalta-se que h uma grande prevalecia de jovens que esto em risco, resultado preocupante, pois podem vira desenvolver este transtorno mais adiante.

    Tabela 4. Prevalncia de respostas que retratam a satisfao com a auto-imagem corporal de bailarinas clssicas rondonienses

    Desejo

    GRUPOS GANHAR MCT PERDER MCT MANTER MCT

    Bailarinas (n=12) 8,3% 66,7% 25,0%

    A predominncia de jovens que expressam desejo de perder massa corporal total, exposta na Tabela 4 acima,demonstra que h uma grande insatisfao com a autoimagem corporal, que pode em parte est associada distoro da mesma (Tabela 3). Esta constatao pode ser reflexo da busca incessante pela beleza perfeita, e desejoem obter um corpo perfeito. Isto impossibilita que estas bailarinas tenham conscincia de sua real imagem levando-as ao grande confronto interno, ou psquico, causado pelo distrbio de sua verdadeira imagem corporal (MORGAN etal, 2002). A existncia deste processo reafirmada por Tosatti et ali (2007), que destaca que adistoro da imagemcorporal impede uma percepo real de si mesma.

    A pretenso por uma imagem corporal perfeita e inalcanvel, sustentada por idias irracionais e percepesirreais, produz graves distores que levam a uma permanente insatisfao, principalmente quando a jovem estatrelada a um mbito que valoriza a beleza, como o ballet, profisso que refora a demanda por um corpo muitomagro.

    Por meio da anlise da Figura 1, abaixo possvel verificar que apenas uma bailarina apresentou a prevalnciasimultnea dos trs componentes que caracterizam a sndrome da trade da mulher atleta. O estudo constatou quegrande parte das bailarinas avaliadas apresentou prevalncia em pelo menos um, dos trs instrumentos que compe atrade da mulher atleta.

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    Figura 1.Nmero de casos e prevalncia de cada um dos trs componentes da trade da mulher atleta (TMA)

    (osteoporose transtornos alimentares e distrbios menstruais) em bailarinas clssicas.

    necessrio, portanto, que haja a divulgao e esclarecimento dos efeitos negativos do desenvolvimento da tradeda mulher atleta, a fim de que os rgos competentes utilizem destas informaes a fim de assumir uma aointervencionista conscientizando e tratando os grupos profissionais de risco, aqueles que supervalorizam o padroesttico, minimizando e eliminando esta sndrome da sociedade.

    Concluso

    Embora neste estudo tenha sido constatada a presena da trade por completo em somente uma bailarina, ou seja,a presena simultnea dos trs componentes que caracteriza a trade da mulher atleta, o fato destas jovensapresentarem em sua maioria pelo menos um destes fatores isoladamente igualmente preocupante, pois estepoder desenvolver o segundo e possivelmente o terceiro componente, ou seja, a trade por completo.

    Sugerem-se estudos do mesmo cunho em outros grupos profissionais com componentes do sexo feminino, a fim demapear outros grupos de risco e possibilitar a comparao com os resultados obtidos neste estudo.

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