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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA BENTO GONÇALVES, 02 DE ABRIL DE 2012 Diretoria do Clube Esportivo de Bento Gonçalves Estrutura de clube é com sócios que se faz.

DISTRIBUIÇÃO GRATUITA - Aaron Simms67.23.254.18/~integracaodaserr/edicoes_anteriores/pdfs/edicao_130.pdf · patrocínio. Para sair desse círculo vicioso não é fácil. O departamento

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Diretoria do Clube Esportivo de Bento Gonçalves

Estrutura de clube é com

sócios que se faz.“

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Kátia Bortolini

Por Kátia Bortolini e Rodrigo De Marco

O

Diretoria do Esportivo busca o retorno à primeira divisão através da gestão continuada

Integração - O que o levou a as-sumir o cargo de presidente do Clube Esportivo?

Oselame - Foram vários motivos. Um, é porque eu já estava fazendo parte da direção, no ano passado, como vice-presidente de patrimônio. Eu entendo que o ideal é dar uma sequência. Sempre que se tem uma sequência, se consegue manter o trabalho e dar certa ordem na organi-zação. Além disso, sempre sonhei ser Presidente do Esportivo. Na minha in-fância, meu pai me levava para assistir aos jogos do Esportivo no Estádio da Montanha. Dessa maneira, criei um vínculo bem forte com o Esportivo. Quando caímos para a segunda divi-são, em 2010, resolvi me oferecer para atuar na diretoria, tinha convicção de que poderia ajudar de alguma forma. Quando me perguntam para que time torço, sempre respondo que é para o Esportivo. Mas, não sou uma pessoa muito representativa social-mente. Talvez, o clube precisasse de uma pessoa mais representativa.

Integração - Como assim?Oselame - Penso que o Esportivo

precisava alguém que tivesse mais abertura com os grandes patroci-nadores, para ter resultados mais rapidamente. Mas, talvez essa missão seja pra mim mesmo, e vou fazer de tudo, vou dar ao máximo para reer-guer esse clube.

Integração - Várias pessoas com representatividade social e financeira foram Presidentes do Esportivo ao longo dos quase cem anos de exis-tência do clube. Muitas reclamam que exerceram o cargo tirando dinheiro do bolso e acabaram sendo acusados de desvio de recursos. Afirmam, como você, ter assumido o posto de coração aberto com o único objetivo de aju-dar o clube. Você tem conhecimento dessas histórias? Não tem medo de ficar com o mesmo estigma?

Oselame - Conheço sim essas histórias, mas não tenho medo de

serviço durante o jogo, bar funcionando bem. Falta trazer a comunidade para assim os patrocinadores virem. O Esportivo fechou as categorias de base, isso foi um elo rompido com a comunidade. Fechando-se a escolinha, as crianças não vêm e nem os pais que acompanhavam. Foi uma grande perda, as categorias de base ficaram suspensas por três anos. É por isso que agora estamos voltando com a escolinha, o sub -15, estamos selecionando jo-vens. No segundo semestre, ocorrem as competições oficiais. A seleção é para os garotos do sub -15 em diante. Para as crianças não tem seleção, é só chegar e se inscrever.

Integração - A previsão era de um público maior no Estádio Montanha dos Vinhedos, mas não é o que

está acontecendo. Por quê?Oselame - Os resultados recentes

de campo não ajudam. Precisamos de bons resultados em campo e aí certamente a torcida voltará, sabe-mos que o bom futebol é que atrai as pessoas e a mídia positiva que tanto o clube precisa. As pessoas têm que entender que temos apenas um in-teresse, promover o Clube Esportivo e levá-lo de volta ao lugar que nunca devia ter saído que é a 1ª divisão do futebol gaúcho.

Integração - O clube conta com quantos sócios?

Oselame - Conta com aproxi-madamente 600 sócios. Teria que ter cerca de dois mil, no mínimo. Seiscentas pessoas correspondem a meio por cento da população, chega a ser ridículo. As mensalidades são de R$ 20 reais para arquibancada e R$ 50 para a cadeira, mas a maioria paga R$ 20.

“Acredito que vamos conseguir ser uma das

subsedes, porque temos boa infraestrutura

hoteleira e o Montanha dos Vinhedos, para os

treinos”.

Clube Esportivo completa 93 anos no dia 23 de agosto de 2012, com uma história marcada por altos e baixos. Da década de1950 até a de 1980, torcer pelo Alviazul, no Es-

tádio da Montanha, era um dos programas preferidos de muitas famílias de Bento Gonçalves. Entre elas, a do engenheiro eletricista Luís Delano Luchese Oselame, que ia com o pai Jandir ao estádio torcer pelo Esportivo.

As boas lembranças de infância relacionadas ao Esportivo é um dos motivos alegados por Oselame para ter assumido com Florindo Portaluppi, Vladimir Santos de Oliveira, Edson Casagran-da, Giuliano Fornazier, Mauricy Jacobs, Nelson Maragno, Rodrigo Terra de Souza e Sérgio Panizzi, a diretoria do Alviazul na missão de reconduzir o clube para a primeira divisão. Leia, na entrevista de sobrecapa desta edição, sobre o trabalho desenvolvido pela atual diretoria para o Esportivo voltar a ser um dos orgulhos de Bento Gonçalves.

Saiba mais sobre a história do clube no site www.clubeesportivo.com.br

ser acusado de algum tipo de atitude ilícita. Sei que a maioria do meu tem-po na presidência será enfrentando dificuldades. O prefeito Roberto Lunelli, em certa ocasião, disse que sou uma pessoa corajosa por ter as-sumido a presidência do Esportivo, certamente porque o clube não tem o faturamento necessário para montar uma grande equipe e pelo histórico recente do clube.

“... sempre sonhei ser Presidente do Esportivo”

Integração - Que imóveis o Esportivo recebeu da prefeitura em troca do Estádio da Montanha?

Oselame - Os prédios das antigas secretarias municipais da Fazenda e da Ação Social, localizados no centro da cidade. O que sediava a Fazenda está alugado, gerando uma renda de cerca de 12 mil reais. A casa que sediava a Ação Social foi vendida para investimentos em melhorias no patrimônio do Montanha dos Vi-nhedos e também para quitação de dívidas. Parte do valor foi investido na conclusão dos alojamentos e do refeitório, racionalizando custos.

Integração - O Esportivo ainda tem muitas dívidas?

Oselame - Não, atualmente o Es-portivo não tem mais dívidas ativas. A que existia com o INSS foi negociada para ser paga em vinte anos. Mensal-mente temos que pagar os atletas, os funcionários, os prestadores de serviço, entre outros custos fixos, mas nada fora do controle.

Integração - Como está o fluxo de caixa do Esportivo?

Oselame - Ainda há uma dife-rença significativa entre entrada de recursos e despesas decorrentes das atividades administrativas, patrimo-

niais e de futebol mas estamos per-manentemente buscando recursos para equilibrar essa relação.

Integração - Não havia no clube um departamento comercial?

Oselame - Não. Foi criado em dezembro de 2011 e está funcionan-do. O departamento comercial está vendendo placas de patrocínios e propagandas. Está atrás também de patrocinadores para camisas, placas de campo e de muro. Não é fácil, porque o Esportivo, com o passar do tempo, desgastou sua imagem pe-rante a comunidade. Não temos um torcedor fiel também em função dos resultados no campo. Sem dinheiro é difícil ter bons atletas. Sem equipe não há resultados, mídia, torcida e patrocínio. Para sair desse círculo vicioso não é fácil. O departamento está tendo resultados contínuos mas pequenos, porque estamos focando também nos patrocinadores meno-res. Conseguimos uma série de novos patrocinadores de até RS 500 mensais o que ajuda, mas é claro que seria me-lhor conseguir 10 patrocinadores de R$ 5 mil. Fazem muita falta os grandes patrocinadores.

“Não temos um torcedor fiel também

em função dos resultados no campo”.

Integração - Clubes grandes, com o Internacional e o Grêmio, entre outros, trabalham com planejamen-to estratégico e contam com depar-tamento de marketing. O Esportivo tem planejamento estratégico?

Oselame - Recentemente con-

cluímos nosso planejamento estra-tégico, que está sendo lentamente implementado, porque não temos setores profissionalizados no clube para podermos agilizar. O único setor profissional do clube é o futebol. No momento, contamos apenas com seis funcionários. As pessoas não enten-dem isso. Perguntam porque o Espor-tivo nunca faz nada, indagam sobre a organização do clube, mas não é fácil, há um longo caminho para percorrer. Nestes 92 anos poderíamos ter uma estrutura maior. Estrutura de clube é com sócios que se faz. Eles que dão a tranquilidade de ter um gestor ad-ministrativo, pessoas para trabalhar e marketing profissionalizado.

“O Clube conta com aproximadamente 600

sócios. Teria que ter cerca de dois mil, no mínimo. Seiscentas

pessoas correspondem a meio por cento da

população, chega a ser ridículo”.

Integração - As empresas gran-des que apoiavam o Esportivo na década de 70 e 80, hoje não apoiam mais, por quê?

Oselame - Talvez porque o Es-portivo tenha que oferecer uma contrapartida, algo mais, ele tem que ser atrativo. Estamos tratando disso. É claro que não se consegue de uma hora pra outra. Estamos cientes disso. Conseguimos oferecer um estádio com boas acomodações, estacionamento para sócios, um bom

Estamos abertos a quem queira se oferecer para trabalhar, seja homem ou mulher.

Integração - Existem projetos paralelos para difundir a marca Es-portivo?

Oselame - Estão acontecendo. De 2 a 10 de abril deste ano uma delegação do Esportivo formada por crianças nascidas entre 1999 e 2000, de no máximo 13 anos, participa do Campeonato da Paz em Roveretto, província de Trento, norte da Itália, através do gemellagio que Bento Gonçalves tem com comunidades da região. São 18 meninos represen-tando o Esportivo na Itália, divulgan-do a escolinha. Para eles, será uma experiência inesquecível, de boas lembranças aliadas ao Esportivo. O único gasto para o Esportivo foi com o fardamento para o frio.

“O Esportivo é um dos poucos times que não consegue contar com renda de bilheteria”.

Integração - O Esportivo, hoje, está na segunda divisão do cam-peonato gaúcho, como está sendo o desempenho da equipe e qual a perspectiva?

Oselame - Infelizmente, estamos amargando essa segunda divisão, mas não há o que fazer, é a realida-de. Queremos voltar o ano que vem à primeira divisão do Gauchão. O campeão e o vice da segunda divisão tem o direito de subir para a primeira. São vinte times e o campeonato é muito parelho, é bem difícil chegar a final, enfrentamos muito times com estádio pequenos, aí a pressão é ain-da maior, a arbitragem acaba sendo influenciada. É aproximadamente 30 jogos para conseguir o acesso à primeira divisão. A final acontecerá no dia 30 de julho.

Integração - No segundo semes-tre deste ano o Esportivo participara de alguma competição?

Oselame - Sim, a principio pre-tendemos participar da Copa RS, organizada pela federação gaúcha de futebol FGF, mas precisamos primei-ramente nos focar no campeonato atual para depois decidir participação em outro campeonato, não podemos esquecer da responsabilidade finan-ceira, pois uma competição exige muitas despesas. O campeão da Copa RS ganha uma vaga para disputar a Copa do Brasil ou a série D, aí é uma escolha que cabe ao clube fazer.

Integração - Como está a oferta de atletas?

Oselame - Os salários aumen-taram muito, porque os times da primeira divisão recebem da Fede-ração cerca de R$ 1.000.000,00 por

campeonato. Consequentemente, os salários de atletas da segunda divisão também sobem. O nosso plantel precisa ainda de reforços, sabemos disso, e para a segunda fase, em maio, pretendemos buscá-los.

Integração - O que falta no es-tádio Montanha dos Vinhedos para Bento Gonçalves ser uma das subse-des na Copa do Mundo de 2014?

Oselame - Em termos de estádio estamos bem. Sabemos de antemão que falta um espaço apropriado para imprensa, melhorias no gramado e adequações de vestiários para rece-ber os atletas. O padrão FIFA é muito exigente. Acredito que vamos conse-guir ser uma das subsedes, porque temos boa infraestrutura hoteleira e o Montanha dos Vinhedos, para os treinos.

Integração - A capacidade do estádio Montanha dos Vinhedos é para quantos torcedores?

Oselame - Em torno de 13 mil pessoas. A média atual de público está em torno de mil pessoas por jogo, é muito baixa. Praticamente os mesmos torcedores. O Esportivo é um dos poucos times que não consegue contar com renda de bilheteria. O time tem que ganhar, passar de fase para as pessoas começarem a ir ao estádio.

Integração - Nesses 92 anos de existência do Clube Esportivo, quais foram os fatos que mais marcaram?

Oselame - Tem a história que fi-cou, em 1969, aquela campanha que botou o Esportivo pela primeira vez, na primeira divisão. Em 1979, vice-campeão gaúcho, mas em termos de organização é muito difícil falar, faltou uma estrutura administrativa que naturalmente vai dando continui-dade. O que falta para o Esportivo é uma gestão continuada.

tem uma pessoa apenas para essa função. Recentemente contratamos uma máquina de perfuração de gramado para deixar o colchão mais macio. Pagamos R$ 8 mil para um dia de trabalho dessa máquina, mais um investimento pós-perfuração. Gastamos com o gramado, em um ano, mais de R$ 30 mil. Tem o salário da pessoa que trabalha, a adubação, a manutenção do trator que corta o gramado, a água. É muita água, pode chegar até a 50 mil litros por dia.

“A gente sabe que muitas pessoas daqui

não pagam pra ver, elas primeiro veem para

depois pagar”.

Luís Delano Luchese Oselame, presidente do Clube Esportivo

Integração - Por que não tem nenhuma mulher na diretoria?

Oselame - No ano passado tínha-mos a Alessandra Salton. Ela ganhou um bebê faz pouco tempo. Gostaria que ela tivesse continuado. Ela era muito participativa, e importante nas decisões administrativas do clube.

Integração - O que o Esportivo é juridicamente, um clube, uma so-ciedade?

Oselame - É um clube social. O nosso foco é o futebol, mas temos também outros esportes no estatuto. Podemos ajudar a desenvolver tam-bém esportes amadores.

Integração - Vocês pensam em locar o espaço do estádio para apre-sentações artísticas ou shows?

Oselame - Não, a principio não. Precisamos preservar o gramado. Es-ses eventos podem estragar a grama. Já é difícil mantê-lo em bom estado,

“O Esportivo vai fazer agora o campo

suplementar com recursos da lei de

incentivo ao esporte”.

Integração - O Esportivo tem utilizado a lei de incentivo ao esporte para captação de recursos?

Oselame - Sim. O Esportivo vai fazer agora o campo suplementar com recursos da lei de incentivo ao esporte. Captamos em torno de 20% de um projeto aprovado pela lei, em Brasília, de cerca de R$ 900 mil. O campo suplementar servirá como opção para os treinos, para preservar-mos o principal. Atualmente, usamos gramados emprestados, do São Paulo do Borgo, da Fundação Geremia, da sede campestre do Clube Botafogo. Mas aí tem despesas de ônibus. O campo suplementar vai ter as medi-das do oficial, de 65 metros de largura por 95 a 100 metros de comprimento. O investimento para o campo suple-mentar está orçado em cerca de R$ 170 mil. A obra inicia no próximo mês de maio, com previsão de término para o final deste ano.

Integração - Dê razões para a população de Bento Gonçalves ir ao estádio Montanha dos Vinhedos, prestigiar o time oficial do municí-pio.

Oselame - Não tem razão de clube existir sem torcida. Eu já me senti assim, é muito chato isso, traba-lhar e não ter um retorno. O que eu sempre digo para as pessoas é que observem o trabalho do Esportivo e que venham conferir. Tem muita gente que não sabe nem como funciona e nem conhece o estádio Montanha dos Vinhedos. A gente sabe que muitas pessoas daqui não pagam pra ver, elas primeiro veem para depois pagar. Temos uma ótima estrutura. O Esportivo é o único time profissional da cidade. Precisamos de todos torcendo cada vez mais pelo sucesso desse clube. O Esportivo, em boa situação, é uma ótima fonte de mídia espontânea para o município. Está na hora de rever conceitos, por-que, se o Esportivo ganha, a cidade também ganha.

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Kátia Bortolini

Por Kátia Bortolini e Rodrigo De Marco

O

Diretoria do Esportivo busca o retorno à primeira divisão através da gestão continuada

Integração - O que o levou a as-sumir o cargo de presidente do Clube Esportivo?

Oselame - Foram vários motivos. Um, é porque eu já estava fazendo parte da direção, no ano passado, como vice-presidente de patrimônio. Eu entendo que o ideal é dar uma sequência. Sempre que se tem uma sequência, se consegue manter o trabalho e dar certa ordem na organi-zação. Além disso, sempre sonhei ser Presidente do Esportivo. Na minha in-fância, meu pai me levava para assistir aos jogos do Esportivo no Estádio da Montanha. Dessa maneira, criei um vínculo bem forte com o Esportivo. Quando caímos para a segunda divi-são, em 2010, resolvi me oferecer para atuar na diretoria, tinha convicção de que poderia ajudar de alguma forma. Quando me perguntam para que time torço, sempre respondo que é para o Esportivo. Mas, não sou uma pessoa muito representativa social-mente. Talvez, o clube precisasse de uma pessoa mais representativa.

Integração - Como assim?Oselame - Penso que o Esportivo

precisava alguém que tivesse mais abertura com os grandes patroci-nadores, para ter resultados mais rapidamente. Mas, talvez essa missão seja pra mim mesmo, e vou fazer de tudo, vou dar ao máximo para reer-guer esse clube.

Integração - Várias pessoas com representatividade social e financeira foram Presidentes do Esportivo ao longo dos quase cem anos de exis-tência do clube. Muitas reclamam que exerceram o cargo tirando dinheiro do bolso e acabaram sendo acusados de desvio de recursos. Afirmam, como você, ter assumido o posto de coração aberto com o único objetivo de aju-dar o clube. Você tem conhecimento dessas histórias? Não tem medo de ficar com o mesmo estigma?

Oselame - Conheço sim essas histórias, mas não tenho medo de

serviço durante o jogo, bar funcionando bem. Falta trazer a comunidade para assim os patrocinadores virem. O Esportivo fechou as categorias de base, isso foi um elo rompido com a comunidade. Fechando-se a escolinha, as crianças não vêm e nem os pais que acompanhavam. Foi uma grande perda, as categorias de base ficaram suspensas por três anos. É por isso que agora estamos voltando com a escolinha, o sub -15, estamos selecionando jo-vens. No segundo semestre, ocorrem as competições oficiais. A seleção é para os garotos do sub -15 em diante. Para as crianças não tem seleção, é só chegar e se inscrever.

Integração - A previsão era de um público maior no Estádio Montanha dos Vinhedos, mas não é o que

está acontecendo. Por quê?Oselame - Os resultados recentes

de campo não ajudam. Precisamos de bons resultados em campo e aí certamente a torcida voltará, sabe-mos que o bom futebol é que atrai as pessoas e a mídia positiva que tanto o clube precisa. As pessoas têm que entender que temos apenas um in-teresse, promover o Clube Esportivo e levá-lo de volta ao lugar que nunca devia ter saído que é a 1ª divisão do futebol gaúcho.

Integração - O clube conta com quantos sócios?

Oselame - Conta com aproxi-madamente 600 sócios. Teria que ter cerca de dois mil, no mínimo. Seiscentas pessoas correspondem a meio por cento da população, chega a ser ridículo. As mensalidades são de R$ 20 reais para arquibancada e R$ 50 para a cadeira, mas a maioria paga R$ 20.

“Acredito que vamos conseguir ser uma das

subsedes, porque temos boa infraestrutura

hoteleira e o Montanha dos Vinhedos, para os

treinos”.

Clube Esportivo completa 93 anos no dia 23 de agosto de 2012, com uma história marcada por altos e baixos. Da década de1950 até a de 1980, torcer pelo Alviazul, no Es-

tádio da Montanha, era um dos programas preferidos de muitas famílias de Bento Gonçalves. Entre elas, a do engenheiro eletricista Luís Delano Luchese Oselame, que ia com o pai Jandir ao estádio torcer pelo Esportivo.

As boas lembranças de infância relacionadas ao Esportivo é um dos motivos alegados por Oselame para ter assumido com Florindo Portaluppi, Vladimir Santos de Oliveira, Edson Casagran-da, Giuliano Fornazier, Mauricy Jacobs, Nelson Maragno, Rodrigo Terra de Souza e Sérgio Panizzi, a diretoria do Alviazul na missão de reconduzir o clube para a primeira divisão. Leia, na entrevista de sobrecapa desta edição, sobre o trabalho desenvolvido pela atual diretoria para o Esportivo voltar a ser um dos orgulhos de Bento Gonçalves.

Saiba mais sobre a história do clube no site www.clubeesportivo.com.br

ser acusado de algum tipo de atitude ilícita. Sei que a maioria do meu tem-po na presidência será enfrentando dificuldades. O prefeito Roberto Lunelli, em certa ocasião, disse que sou uma pessoa corajosa por ter as-sumido a presidência do Esportivo, certamente porque o clube não tem o faturamento necessário para montar uma grande equipe e pelo histórico recente do clube.

“... sempre sonhei ser Presidente do Esportivo”

Integração - Que imóveis o Esportivo recebeu da prefeitura em troca do Estádio da Montanha?

Oselame - Os prédios das antigas secretarias municipais da Fazenda e da Ação Social, localizados no centro da cidade. O que sediava a Fazenda está alugado, gerando uma renda de cerca de 12 mil reais. A casa que sediava a Ação Social foi vendida para investimentos em melhorias no patrimônio do Montanha dos Vi-nhedos e também para quitação de dívidas. Parte do valor foi investido na conclusão dos alojamentos e do refeitório, racionalizando custos.

Integração - O Esportivo ainda tem muitas dívidas?

Oselame - Não, atualmente o Es-portivo não tem mais dívidas ativas. A que existia com o INSS foi negociada para ser paga em vinte anos. Mensal-mente temos que pagar os atletas, os funcionários, os prestadores de serviço, entre outros custos fixos, mas nada fora do controle.

Integração - Como está o fluxo de caixa do Esportivo?

Oselame - Ainda há uma dife-rença significativa entre entrada de recursos e despesas decorrentes das atividades administrativas, patrimo-

niais e de futebol mas estamos per-manentemente buscando recursos para equilibrar essa relação.

Integração - Não havia no clube um departamento comercial?

Oselame - Não. Foi criado em dezembro de 2011 e está funcionan-do. O departamento comercial está vendendo placas de patrocínios e propagandas. Está atrás também de patrocinadores para camisas, placas de campo e de muro. Não é fácil, porque o Esportivo, com o passar do tempo, desgastou sua imagem pe-rante a comunidade. Não temos um torcedor fiel também em função dos resultados no campo. Sem dinheiro é difícil ter bons atletas. Sem equipe não há resultados, mídia, torcida e patrocínio. Para sair desse círculo vicioso não é fácil. O departamento está tendo resultados contínuos mas pequenos, porque estamos focando também nos patrocinadores meno-res. Conseguimos uma série de novos patrocinadores de até RS 500 mensais o que ajuda, mas é claro que seria me-lhor conseguir 10 patrocinadores de R$ 5 mil. Fazem muita falta os grandes patrocinadores.

“Não temos um torcedor fiel também

em função dos resultados no campo”.

Integração - Clubes grandes, com o Internacional e o Grêmio, entre outros, trabalham com planejamen-to estratégico e contam com depar-tamento de marketing. O Esportivo tem planejamento estratégico?

Oselame - Recentemente con-

cluímos nosso planejamento estra-tégico, que está sendo lentamente implementado, porque não temos setores profissionalizados no clube para podermos agilizar. O único setor profissional do clube é o futebol. No momento, contamos apenas com seis funcionários. As pessoas não enten-dem isso. Perguntam porque o Espor-tivo nunca faz nada, indagam sobre a organização do clube, mas não é fácil, há um longo caminho para percorrer. Nestes 92 anos poderíamos ter uma estrutura maior. Estrutura de clube é com sócios que se faz. Eles que dão a tranquilidade de ter um gestor ad-ministrativo, pessoas para trabalhar e marketing profissionalizado.

“O Clube conta com aproximadamente 600

sócios. Teria que ter cerca de dois mil, no mínimo. Seiscentas

pessoas correspondem a meio por cento da

população, chega a ser ridículo”.

Integração - As empresas gran-des que apoiavam o Esportivo na década de 70 e 80, hoje não apoiam mais, por quê?

Oselame - Talvez porque o Es-portivo tenha que oferecer uma contrapartida, algo mais, ele tem que ser atrativo. Estamos tratando disso. É claro que não se consegue de uma hora pra outra. Estamos cientes disso. Conseguimos oferecer um estádio com boas acomodações, estacionamento para sócios, um bom

Estamos abertos a quem queira se oferecer para trabalhar, seja homem ou mulher.

Integração - Existem projetos paralelos para difundir a marca Es-portivo?

Oselame - Estão acontecendo. De 2 a 10 de abril deste ano uma delegação do Esportivo formada por crianças nascidas entre 1999 e 2000, de no máximo 13 anos, participa do Campeonato da Paz em Roveretto, província de Trento, norte da Itália, através do gemellagio que Bento Gonçalves tem com comunidades da região. São 18 meninos represen-tando o Esportivo na Itália, divulgan-do a escolinha. Para eles, será uma experiência inesquecível, de boas lembranças aliadas ao Esportivo. O único gasto para o Esportivo foi com o fardamento para o frio.

“O Esportivo é um dos poucos times que não consegue contar com renda de bilheteria”.

Integração - O Esportivo, hoje, está na segunda divisão do cam-peonato gaúcho, como está sendo o desempenho da equipe e qual a perspectiva?

Oselame - Infelizmente, estamos amargando essa segunda divisão, mas não há o que fazer, é a realida-de. Queremos voltar o ano que vem à primeira divisão do Gauchão. O campeão e o vice da segunda divisão tem o direito de subir para a primeira. São vinte times e o campeonato é muito parelho, é bem difícil chegar a final, enfrentamos muito times com estádio pequenos, aí a pressão é ain-da maior, a arbitragem acaba sendo influenciada. É aproximadamente 30 jogos para conseguir o acesso à primeira divisão. A final acontecerá no dia 30 de julho.

Integração - No segundo semes-tre deste ano o Esportivo participara de alguma competição?

Oselame - Sim, a principio pre-tendemos participar da Copa RS, organizada pela federação gaúcha de futebol FGF, mas precisamos primei-ramente nos focar no campeonato atual para depois decidir participação em outro campeonato, não podemos esquecer da responsabilidade finan-ceira, pois uma competição exige muitas despesas. O campeão da Copa RS ganha uma vaga para disputar a Copa do Brasil ou a série D, aí é uma escolha que cabe ao clube fazer.

Integração - Como está a oferta de atletas?

Oselame - Os salários aumen-taram muito, porque os times da primeira divisão recebem da Fede-ração cerca de R$ 1.000.000,00 por

campeonato. Consequentemente, os salários de atletas da segunda divisão também sobem. O nosso plantel precisa ainda de reforços, sabemos disso, e para a segunda fase, em maio, pretendemos buscá-los.

Integração - O que falta no es-tádio Montanha dos Vinhedos para Bento Gonçalves ser uma das subse-des na Copa do Mundo de 2014?

Oselame - Em termos de estádio estamos bem. Sabemos de antemão que falta um espaço apropriado para imprensa, melhorias no gramado e adequações de vestiários para rece-ber os atletas. O padrão FIFA é muito exigente. Acredito que vamos conse-guir ser uma das subsedes, porque temos boa infraestrutura hoteleira e o Montanha dos Vinhedos, para os treinos.

Integração - A capacidade do estádio Montanha dos Vinhedos é para quantos torcedores?

Oselame - Em torno de 13 mil pessoas. A média atual de público está em torno de mil pessoas por jogo, é muito baixa. Praticamente os mesmos torcedores. O Esportivo é um dos poucos times que não consegue contar com renda de bilheteria. O time tem que ganhar, passar de fase para as pessoas começarem a ir ao estádio.

Integração - Nesses 92 anos de existência do Clube Esportivo, quais foram os fatos que mais marcaram?

Oselame - Tem a história que fi-cou, em 1969, aquela campanha que botou o Esportivo pela primeira vez, na primeira divisão. Em 1979, vice-campeão gaúcho, mas em termos de organização é muito difícil falar, faltou uma estrutura administrativa que naturalmente vai dando continui-dade. O que falta para o Esportivo é uma gestão continuada.

tem uma pessoa apenas para essa função. Recentemente contratamos uma máquina de perfuração de gramado para deixar o colchão mais macio. Pagamos R$ 8 mil para um dia de trabalho dessa máquina, mais um investimento pós-perfuração. Gastamos com o gramado, em um ano, mais de R$ 30 mil. Tem o salário da pessoa que trabalha, a adubação, a manutenção do trator que corta o gramado, a água. É muita água, pode chegar até a 50 mil litros por dia.

“A gente sabe que muitas pessoas daqui

não pagam pra ver, elas primeiro veem para

depois pagar”.

Luís Delano Luchese Oselame, presidente do Clube Esportivo

Integração - Por que não tem nenhuma mulher na diretoria?

Oselame - No ano passado tínha-mos a Alessandra Salton. Ela ganhou um bebê faz pouco tempo. Gostaria que ela tivesse continuado. Ela era muito participativa, e importante nas decisões administrativas do clube.

Integração - O que o Esportivo é juridicamente, um clube, uma so-ciedade?

Oselame - É um clube social. O nosso foco é o futebol, mas temos também outros esportes no estatuto. Podemos ajudar a desenvolver tam-bém esportes amadores.

Integração - Vocês pensam em locar o espaço do estádio para apre-sentações artísticas ou shows?

Oselame - Não, a principio não. Precisamos preservar o gramado. Es-ses eventos podem estragar a grama. Já é difícil mantê-lo em bom estado,

“O Esportivo vai fazer agora o campo

suplementar com recursos da lei de

incentivo ao esporte”.

Integração - O Esportivo tem utilizado a lei de incentivo ao esporte para captação de recursos?

Oselame - Sim. O Esportivo vai fazer agora o campo suplementar com recursos da lei de incentivo ao esporte. Captamos em torno de 20% de um projeto aprovado pela lei, em Brasília, de cerca de R$ 900 mil. O campo suplementar servirá como opção para os treinos, para preservar-mos o principal. Atualmente, usamos gramados emprestados, do São Paulo do Borgo, da Fundação Geremia, da sede campestre do Clube Botafogo. Mas aí tem despesas de ônibus. O campo suplementar vai ter as medi-das do oficial, de 65 metros de largura por 95 a 100 metros de comprimento. O investimento para o campo suple-mentar está orçado em cerca de R$ 170 mil. A obra inicia no próximo mês de maio, com previsão de término para o final deste ano.

Integração - Dê razões para a população de Bento Gonçalves ir ao estádio Montanha dos Vinhedos, prestigiar o time oficial do municí-pio.

Oselame - Não tem razão de clube existir sem torcida. Eu já me senti assim, é muito chato isso, traba-lhar e não ter um retorno. O que eu sempre digo para as pessoas é que observem o trabalho do Esportivo e que venham conferir. Tem muita gente que não sabe nem como funciona e nem conhece o estádio Montanha dos Vinhedos. A gente sabe que muitas pessoas daqui não pagam pra ver, elas primeiro veem para depois pagar. Temos uma ótima estrutura. O Esportivo é o único time profissional da cidade. Precisamos de todos torcendo cada vez mais pelo sucesso desse clube. O Esportivo, em boa situação, é uma ótima fonte de mídia espontânea para o município. Está na hora de rever conceitos, por-que, se o Esportivo ganha, a cidade também ganha.

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3º Mulher Show apresentou talentos femininos em várias formas artísticas

A Coordenadoria da Mulher pro-moveu no anfiteatro da Fundação Casa das Artes, no último dia 31 de março, a terceira edição do “Mulher Show”, para divulgar o talento das mulheres de Bento Gonçalves.

Mais de 300 pessoas prestigia-ram o evento, que teve a a entre-ga de troféu de participação para cada apresentação e também uma homenagem à advogada Eliana Nunes Boniatti, falecida neste ano, que participava das atividades da Coordenadoria da Mulher. O filho de Eliana, Vinícius Boniatti, que recebeu o troféu “Mulher Show”, da titular da Coordenadoria, primeira dama Irmaci

Gisele Garcia

Apresentação do grupo Ricordare e Vivere

Sinigaglia Lunelli, lembrou o empe-nho e o trabalho de Eliana nesta e em outras áreas.

O evento foi marcado por apre-sentações musicais e dança nos mais variados estilos, com a participação de vários grupos de mulheres da cidade e do interior. Integrantes da Associação dos Deficientes Visuais de Bento Gonçalves apresentaram recital com as poesias: “Deficiência (Mario Quintana), “Obstáculo” (Fernando Pessoa), “Quando Chegar” (Martha Medeiros), “As sem razões do amor” (Carlos Drummond de Andrade), “Credo em Ti Amico” (Helena Oshiro) e “El Vino” (autor desconhecido).

Movergs obtém isenção doIPI para móveis até junho

O primeiro trimestre de 2012 encerrou com boas notícias para o setor moveleiro – e perspectivas de crescimento nas vendas para as indústrias do segmento. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, isen-tou, até junho deste ano, o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para móveis. A taxa aplicada até então era de 5%.

Com o corte da alíquota e o repasse imediato do benefício para o preço final praticado ao consu-midor, a expectativa é de aumento de 15% nas vendas nos meses de vigência da isenção – no compara-tivo com o mesmo período do ano passado. Segundo o presidente da Associação das Indústrias de Mó-veis do Estado do Rio Grande do Sul (Movergs), Ivo Cansan, preços menores significam móveis mais acessíveis para a população, incen-tivando o consumo. Ele acrescenta que assim, as indústrias nacionais ganham um bônus no quesito competitividade na disputa pelo mercado. Também foram benefi-ciados pela medida revestimentos e luminárias, com redução de 15% para 5% e os laminados (incluindo PET), com queda de 15% para zero, além dos eletrodomésticos de linha branca (geladeiras, fogões, máqui-nas de lavar roupa e tanquinhos),

cuja isenção foi prorrogada.

Anúncio esperado Movergs e Abimóvel têm, já há

tempo, pleiteado a isenção do IPI como medida capaz de fomentar os negócios para a cadeia produti-va de madeira e móveis. Por isso o anúncio feito no final do último mês de março foi recebido como um ato de grande importância, por parte do governo Federal, para estimular o fortalecimento das indústrias e a representatividade de seus negó-cios no mercado interno.

Entenda o casoA interlocução da Movergs

junto aos governos Estadual e Fe-deral visando à redução do IPI data de 2001, em uma força-tarefa que seguiu com ações de reivindicações até gerar os primeiros resultados concretos em 2009. Em dezembro daquele ano, o setor obteve a isenção do IPI. Em abril de 2010, o setor comemorou com a redução da alíquota de 10% para 5%. Desde então, a entidade gaúcha vinha mo-bilizando esforços para promover novas medidas de incentivo simila-res a essa. “Agora, vamos concentrar esforços a fim de que essa isenção temporária seja transformada em permanente”, diz Ivo Cansan.

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ANO 10 | Nº 130 | MARÇO / ABRIL 2012 | www.integracaodaserra.com.brDistribuiçãoGRATUITA

Editorial

Página 07

Ortodontia | Implantes Dentários

Página 20

Página 15

Desde 1980, Bento Gonçalves nãorecebe mais Presidentes da República

Desigualdade acentuada entre duas coisas. É essa a primeira definição da palavra contraste no dicionário. Na vida, faz tempo que ouvimos esta citação como sobrenome de nosso país: Brasil, um país de contrastes. Por aqui, conforme reportagens desta edição, pode-se dizer que, para um município com apenas um hospital, há problemas na saúde. Os 142 mil atendimentos que as Unidades Básicas de Saúde realizam bateram de frente com uma postura, no mínimo, du-vidosa. A Secretaria Municipal de Saúde diz que deficiente incomoda ao procurar atendimento. Ao mesmo tempo, comerciante reclama do SAMU. Veja matérias nas páginas 17 e 18. Em uma cidade que andou rápido em setores como o do turismo, indústria, comércio e construção espera-se, pelo menos, mais um hospital.

Contraste também significa a diferença, em intensidade, entre as partes claras e escuras da imagem de uma fotografia. Assunto que o fotógrafo Fabiano Mazzotti domina e, como um ensinamento, a quem vier, deixa claro: fico esperando a melhor luz sempre. Confira na editoria Artistas.

Confira também como a diretoria do Esportivo está se superando ao levar à frente este patrimônio, que é nosso clube. Na sobrecapa.

Aproveitamos para desejar a nossos colaboradores, clientes, leitores e amigos uma feliz e abençoada Páscoa!

Boa leitura!

Contrastes

Meio ambiente congregará mais de 300 empresas na Fiema Brasil 2012

Verão 2011/2012 foi o mais ensolarado dos últimos nove anos

Páginas 17 e 18

Usuários reclamam da saúde pública

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02 Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 2012Opinião

Os artigos publicados com assinatura são

de inteira responsabilidade do autor

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do Jornal. Suas publicações obedecem ao

propósito de refletir as diversas tendências

e estimular o debate dos problemas de in-

teresse da sociedade. Por razões de clareza

ou espaço, os e-mails poderão ser publicados

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Pinto Bandeira, São Pedro, Vale dos Vinhedos, São Valentim, Tuiuty e Faria Lemos.

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Parabéns por mais uma edição, está muito boa, matérias interessantíssimas. Estou lhe devendo uma visita, mas o sistema me pregou a peça da correria, menos mal que é para ajudar a coletividade e não as vaidades.Gilnei Rigotto, Bento Gonçalves

Li o Integração - 129. Gostei da Opinião do médico Antonio Carlos Koff.Olivio Guisso, Bento Gonçalves

Adorei a edição e gostaria que continuassem a me enviar. Obrigado.Gilson Ramos, via e-mail

Venho agradecer a oportunidade de estar com vocês na edição 129 e parabe-nizar pelo excelente trabalho que estão realizando. Sabe um jornal íntegro, honesto e cheio de arte? É assim que vejo! Muito obrigado de coração e espero que possamos estar sempre ligados!Rodrigo Soltton, Bento Gonçalves

Ficamos felizes em salientar a bela forma de compor/redigir o Integração. Basta ler o editorial de fev/março, para termos uma ideia da beleza do português que permeia o jornal. Achamos de muito fôlego o artigo do filósofo, humanista e médico Dr. Antonio Carlos Koff (Ed. 129).Wilson e Marlene Sperotto, Bento Gonçalves

O crédito das fotos da editoria Artistas - edição 129 - é de André Pellizzari / Real Color Fotografias

Se me perguntarem se tenho medo de morrer, direi que eu não tenho, po-rém tenho medo de morrer antes que meu filho consiga viver bem sem mim, e medo de morrer sem dignidade.

Morrer dignamente é sem dor, sem medo, sem humilhação, sem precisar de ajuda para ir ao banheiro!

Digo isso, porque tenho visto muita gente jovem ou com mais idade, sofrer imensamente para morrer. Tratamentos dolorosos e degradantes, que nada mais são que tentativas de prolongar o inevitável. Vou morrer, certo? Não tem cura? Deixe-me quieta e confortável. Deixe que as pessoas guardem a me-lhor lembrança de mim: lúcida, bonita, arrumada e sorrindo.

Neste momento me vem a cabeça o que seria uma solução: a eutanásia.

Eutanásia é uma forma de apressar a morte de um doente incurável, sem que esse sinta dor ou sofrimento. A ação é praticada por um médico com o consentimento do doente, ou da sua família. Mas, esse não é um assunto tranquilo e aceito por todos.

No Brasil, a eutanásia é considerada homicídio. Questiona-se se alguém tem direito de por fim a sua própria vida ou de decidir o fim da vida de outra pessoa. Ao mesmo tempo, será correto permitir que um doente viva num estado estáti-co de dor e de sofrimento?

Os próprios médicos concordam que nenhum tratamento deve ser im-posto coercivamente, há consenso de que não se deve ministrar tratamentos desproporcionados, ou seja, “um trata-mento fútil”, aquele que nunca alcan-çará o seu objetivo, tornando-se uma má prática médica e profundamente onerosa, onde só quem lucra são os hospitais.

O doente aceita o “valor da vida” e o médico deve zelar pela “qualidade de vida”.

O termo eutanásia, na verdade, pro-vém do grego e significa “morte doce” ou “morte tranquila”. A eutanásia pode ser ativa quando, por exemplo, se ad-ministra uma substância que provoca

a morte do paciente, e passiva quando é efetuada através de uma omissão, quando o médico deixa de usar os recursos terapêuticos para manter o paciente vivo. Uma terceira forma de eutanásia é o suicídio assistido, quando um médico ou outra pessoa fornece ao paciente a substância que causará sua morte e ensina o paciente a matar-se, mas sem participar diretamente do ato.

Assisti ao filme “You Don’t Know Jack”, ou simplesmente Dr. Morte, que conta a luta de um médico para lega-lizar a eutanásia. Visto como monstro por uns e como um salvador misericor-dioso por outros, ele passou a assistir o suicídio de pacientes com doenças terminais, no início da década de 80, e criou duas máquinas para facilitar o procedimento.

Neste filme, muito mais que a discussão dos pontos de vista emba-sados pela ciência, outros dirigidos por crenças religiosas, ele mexe com a percepção de quem está pronto para tentar entender a motivação do outro. É conseguir se colocar no lugar do outro, ou seja, do doente e de quem o ama.

Meus amigos e familiares sabem do meu desejo e decisão. Quero morrer dignamente. Na forma da canção na voz de Mercedes Sosa, que diz...

“ Yo tengo tantos hermanos / Que no los puedo contar / En El Valle, lá montaña / En La pampa y en El mar “... Enquanto eu digo... Eu tenho tantos sentimentos que também não posso contar. Um deles morreu em meus braços há poucos dias, foi uma morte matada, uma eutanásia consentida, uma morte bonita... uma leve contra-ção muscular, um fechar de olhos, um coração parado. Morte sem culpa, sem tristeza, sem choro, mágoa ou rancor. Contudo, dele a saudade ficou, não uma saudade doída, mas uma saudade boa de sentir... E que descanse em paz.”

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0302 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra Agricultura

Manejo de pomaresThompsson DidonéTécnico ASCAR/RS - EMATER BG

Bento Gonçalves é um dos municí-pios de maior produção de frutíferas do Estado, com uma área superior a 8.000 hectares (IBGE), tendo como destaque a produção de uvas, pêssegos, ameixa, caqui, e outros, abastecendo mercados do Rio Grande do Sul, Centro-Oeste do país, entre outros estados.

As frutas aqui produzidas são de excelente qualidade, o que se conse-gue em virtude do clima propício e do trabalho quase que artesanal de nossos agricultores, com a aplicação de tecno-logias apropriadas para cada cultivo.

Neste período, algumas práticas de manejo de pomares são fundamentais para que o próximo período vegetativo possa ter início com as melhores condi-ções fitossanitárias das plantas.

É importante, no pós-colheita, que o agricultor faça uma vistoria nos pomares para verificar a presença de algumas pragas, tais como cochonilhas, que se instalam em videiras e pesse-gueiros e podem passar o período de outono-inverno se alimentando da seiva das plantas, o que pode acarretar o secamento de galhos, brotação defi-ciente e enfraquecida e, até mesmo, a morte de plantas.

A realização de uma poda loca-lizada nas fruteiras pode eliminar as cochonilhas. Já, na videira, é necessário fazer tratamentos localizados.

Nas fruteiras de caroço, tais como pessegueiros, ameixeiras e nectarina, o produtor pode fazer uma poda de limpeza e retirada dos galhos “ladrões”, prática que adianta os trabalhos da poda seca do início da primavera e serve também para a retirada de ga-lhos atacados por doenças e pragas, melhorando a sanidade da planta para

o início da brotação.Outra prática importantíssima que

o produtor deve fazer é o manejo ou plantio de plantas de cobertura de solo.

Em nosso relevo, que em sua grande maioria é bastante declivoso, o manejo de plantas de cobertura de solo traz uma série de vantagens, como:

l Evitam a erosão do solo;l Facilitam a infiltração de água

no solo;l Mantém e elevam o teor de ma-

téria orgânica;l Reduzem as oscilações de tempe-

ratura no solo;l Rompem as camadas compac-

tadas do solo, melhorando a estrutura deste solo;

l Podem reciclar e fornecer nutrien-tes às frutíferas;

l Reduzem ou eliminam o uso de herbicidas nos pomares.

Esta é a época ideal para a semea-dura de aveia (100 kg de semente/ha), ervilhaca (70 kg de semente/ha), nabo forrageiro (20 kg de semente/ha ), entre outras plantas.

Nos meses de junho e julho, é mui-to importante que sejam feitas duas a três pulverizações nas plantas, com caldas bordalesa ou sulfocálcica, com o objetivo de diminuir ou eliminar o inóculo de fungos patogênicos, prin-cipalmente em vinhedos ou pomares que tiveram uma forte incidência de doenças. Podem também ser usados outros produtos à base de hidróxido de cobre, oxicloreto de cobre ou óxido cuproso em substituição ao sulfato de cobre. Para mais informações procure um escritório da Emater ou técnico de sua confiança.

A Associação dos Vinicultores de Garibaldi (AVIGA), temerosa pelo desa-parecimento dos pequenos cantineiros, solicitou a ajuda da Associação dos Municípios da Encosta Superior do Nordeste (AMESNE). O presidente da AVIGA, Mario Verzeletti e o secretário da entidade, Francisco Vaccaro, participaram, no último dia 23 de março, de reunião da AMESNE, na sede da entidade, em Bento Gonçalves. O objetivo foi sensibilizar os Prefeitos, principalmente os que têm em sua base da economia a cadeia produtiva a uva e o vinho, sobre as preocu-pações dos pequenos cantineiros.

De acordo com Verzeletti, as pequenas empresas não estão conseguindo competir com as grandes, em função do emprego da mesma política para ambos os portes. “A carga tributária incidente sobre o vinho ultrapassa 50%. As gran-des empresas estão conseguindo comercializar a produção em função de suas estruturas. O mesmo não acontece com as familiares, que estão acumulando estoques da bebida. Na última safra, muitos vitivinicultores de pequenas can-tinas entregaram uva para as grandes”, explica ele. Verzeletti também salienta que o ICMS no Rio Grande do Sul é de 17% . Acrescenta que muitos estados têm isenção para o vinho e outros, como Santa Catarina e Espírito Santo, dão crédito para compensar os importados.

Também aponta como problemas o preço baixo do vinho a granel, as san-grias e coquetéis sem controle e a não inclusão do setor no Simples Nacional. “Se de fato não pudermos sensibilizar as autoridades políticas de estado e do Brasil, os pequenos cantineiros estarão fadados a desaparecerem”, afirma o presidente da AVIGA. A AMESNE congrega 32 municípios da região da Serra, a maioria produtores de uva e vinho.

“Esta foi a melhor safra que o Vale dos Vinhedos já viu”. A afirmação é do diretor técnico da Associação de Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Apro-vale), Daniel Dalla Valle, mas a avaliação é unânime e a comemoração é geral. Do início ao fim, a vindima teve excelente desempenho devido ao comportamento favorável do clima. As uvas chegaram a atingir 22º babo, o que resultou em uma produção alcoólica natural de 14,5º no caso do Merlot, por exemplo.

Viticultores, enólogos e cantineiros do Vale já projetam vinhos e espumantes com qualidade superior. Os atributos contemplam todas as uvas, mas o destaque ficou com as emblemáticas uvas da região, a branca Chardonnay e a tinta Merlot, variedades que simbolizam e representam a identidade do Vale dos Vinhedos e são predominantes na Denominação de Origem.

Os primeiros espumantes e vinhos brancos mais jovens começarão a chegar ao mercado ainda no final deste ano, mas é em 2014 que os grandes vinhos do Vale poderão ser degustados na taça. “O brinde da Copa do Mundo de 2014 já está assegurado. Agora só falta a seleção brasileira fazer a sua parte”, festeja Dalla Valle, que já treina a comemoração de muitos gols para o setor vitivinícola do Vale.

Pequenas cantinas podem sumirpor causa da política igualitária

Vale dos Vinhedos comemoraa melhor safra de sua história

Lucinara Masiero

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04 Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 2012Entidades

A CDL Jovem promove, na noite de 8 de maio deste ano, palestra motiva-cional com o consultor Márcio Mancio, intitulada “Supere-se e Faça +” . O evento acontece a partir das 20 horas, no Clube Ipiranga, em preparação ao Dia das Mães, segunda melhor data do ano em vendas para o comércio. A expectativa é da participação de mais de 500 pessoas.

Durante a palestra, Már-cio Mancio abordará temas relacionados a atitudes de resultado, motivação, au-tomotivação e fatores que determinam a realização de metas. Também enfatizará

O Centro da Indústria, Comércio e Serviços está preparando a 41ª edição da Revista Panorama Socioeconômi-co de Bento Gonçalves. As empresas têm até o próximo dia 16 de abril para retornar os dados do questionário à entidade, para que a análise seja iniciada. A publicação vem crescen-do a cada ano. Na edição passada, o aumento da representatividade foi de 20%, o equivalente a 58% do Produto Interno Bruto.

O CIC/BG aposta na conscienti-zação das empresas quanto à valo-rização da publicação como instru-mento de consulta do potencial e representatividade socioeconômica do município. Os dados são mantidos em sigilo pela entidade passando por

O prefeito de Monte Belo do Sul, Adenir José Dallé (PMDB), foi eleito presidente da Associação dos Municí-pios da Encosta Superior do Nordeste (Amesne) para o mandato 2012/2013. A oficialização aconteceu no último dia 23 de março, na sede da entidade, em Bento Gonçalves. Ele substitui o prefeito de Veranópolis, Waldemar De Carli (PMDB). Dallé adianta que dará continuidade às bandeiras assumidas pela Amesne, entre elas a federaliza-ção da RSC 470 e a instalação de um campus da UFRGS na Serra Gaúcha. “A Amesne não medirá esforços para que a região da Serra realmente seja con-templada com um campus da UFRGS, independente do município escolhido para a instalação. O importante é que o projeto se concretize”, ressalta Dallé. Ele acrescenta que a entidade também trabalhará em prol das pavimentações da estrada que liga Santa Tereza a Anta Gorda, conhecida como Rota do Pão e

A sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) – Subseção Bento Gonçalves, situada na Avenida Presidente Costa e Silva, 484, bairro Planalto, está passando por uma série de reformas estruturais. O prédio, construído há pouco mais de cinco anos, apresentava infiltração. Devido ao proble-ma, um andar estava totalmente desativado. A infiltração também estava atingindo a fachada e os outros dois andares.

Uma equipe contratada pela diretoria da entidade efetuou a troca da estrutura de sustentação e também das telhas, além de toda a parte de funilaria. “As calhas e o encanamento existentes não davam vazão. A equi-pe realizou ainda a limpeza das fossas, com retirada de dejetos orgânicos”, destaca a vice-presidente, Leila Giacomello, que acompanhou o andamento das obras durante as férias do presidente Felipe Panizzi Possamai.

Todo trabalho foi realizado com recursos próprios da Subseção. “A intenção agora é dar continuidade, com melhorias na estrutura externa e interna das salas atingidas pela infiltração”, enfatizam os integrantes da diretoria.

Prefeito de Monte Belo do Sul assume presidência da AmesneDivulgação

do Vinho, e de trechos da RS 431, entre Guaporé e Bento Gonçalves.

Mediante a possibilidade do Rio Grande do Sul ser contemplado com uma unidade da Embrapa voltada à pesquisa de leite, Dallé também está se propondo, através da entidade, a reivindicar a instalação do empreen-dimento na Serra Gaúcha. O novo presidente da Amesne adianta ainda que em função das eleições municipais de outubro deste ano a entidade pro-moverá seminários de orientação sobre legislação para os prefeitos em fim de mandato e para os que concorrerão outra vez.

Adenir José Dallé está na segunda gestão à frente da prefeitura de Monte Belo do Sul. Ele foi reeleito com 67,8% dos votos de Monte Belo do Sul. Antes foi vereador em dois mandatos e vice-prefeito, também em duas gestões. Numa delas, assumiu a Secretaria Mu-nicipal da Saúde.

Adenir José Dallé, prefeito de Monte Belo do Sul

Sede da OAB, Subseção de BentoGonçalves, está sendo reformada

CDL Jovem promove palestra em preparação ao Dia das Mães

a importância do bom humor e do en-tusiasmo. A CDL Jovem está promoven-do a palestra com o objetivo de mostrar o impacto direto das atitudes positivas sobre os resultados desejados e res-saltar a responsabilidade e o papel de cada um quanto à definição de metas.

Através da palestra, a CDL Jovem quer salientar ainda a importância do uso cons-tante da automotivação dentro e fora do trabalho. Informações e ingressos podem ser obtidos pelo te-lefone (54) 3455.0573, com Neusa. Associados pagam R$ 25,00. Não associados, R$ 35,00.

CIC/BG prepara a 41ª edição da Panorama Socioeconômico

um sistema de codificação. A Revista Panorama Socioeconômico de Bento Gonçalves é a única publicação que retrata a economia do município, sua evolução e representatividade nos setores da indústria, comércio e serviços. A análise das informações será desenvolvida pela Universidade de Caxias do Sul (UCS).

De acordo com o diretor tesou-reiro do CIC, Antônio Carlos Paludo, que está coordenando a comissão organizadora da publicação, em 2011, a entidade simplificou parte das questões da pesquisa para pros-pectar mais empresas participantes. Acrescenta que a medida, por ter refletido positivamente no resultado, está sendo mantida neste ano.

Márcio Mancio

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0502 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra Empresas & Cia

Foi inaugurada a Nova Horos no Bairro São Bento. Um sonho concre-tizado de uma história familiar esta-belecida desde 1997 no comércio de Bento Gonçalves e região. O evento organizado pelas proprietárias Tula e Aidana Czarnecki, contou com a participação de convidados especiais, imprensa e amigos.

A loja situada na Rua Herny Hugo Dreher é especializada em sapatos,

A Arvy lançou na Movelsul os produtos de sua nova marca ACERTO. Outro lançamento da empresa na feira foi a Mesa Diretiva Conecta, concebida a partir de concurso de co-criação na internet.

A ACERTO chega para atender aos consumidores da chamada nova clas-se média, com perfil de pessoas bem informadas, empreendedores de seus próprios negócios e/ou seus primeiros escritórios, mas que dispõem de recur-sos financeiros limitados.

Os móveis da marca ACERTO se ca-racterizam pelas soluções criativas em design, funcionalidade e economia. “Esstamos tendo retornos altamente positivos. O mercado aprovou a pro-posta da ACERTO de combinar design e preço,” observa o diretor da Arvy Móveis, Marcos Lazzarotto.

A Mesa Diretiva Conecta foi de-

O Studio Marta Manente Design e Assessoria, há sete anos, presta serviços no desenvolvimento de pro-dutos, comunicação visual e material gráfico, atendendo empresas, que atuam nos mais diversos segmentos de mercado. Para as empresas Móveis Sul, de Lagoa Vermelha, a Serpil Mó-veis, com sede em Pinhalzinho, Santa Catarina, Oggi e Estobel presentes na Feira Movelsul Brasil 2012, o Studio realizou desenvolvimento de produ-tos, além da comunicação visual dos estandes.

Também, foram desenvolvidos projetos paralelos à feira. É o caso da decoração do showroom da em-

Atendimento rápido e eficiente. Este é um dos diferencias nos dois endereços das lojas da Surdinas Fontana, um em Bento Gonçalves, na rua Fiorello Bertuol, nº 875, bairro Progresso e outro em Garibal-di, na rua General Osório, 95, centro. De acordo com o administrador da loja de Bento Gonçalves, Rodrigo Fontana, a empresa trabalha com estoque de esca-pamentos e seus respectivos acessórios, podendo efetuar o serviço de troca de peças na maioria das vezes na hora, sem agendamento, evitando assim, que o cliente espere por muito tempo para efetuar o conserto de seu automóvel. Outros diferenciais são o serviço de busca de veículos e a opção de pagamento com cartão de crédito.

A Surdinas Fontana, especializada em esca-

Nova Horos: calçados femininos em espaço contemporâneo

Nova HorosRua Herny Hugo Dreher, 379/01 – (54) 3701.1718 – De segundas as

sextas-feiras – das 10 às 20 horas - Sábados - das 10 às 19 horas Domingos – das 10 às 13 horas

Evandro Soares

botas, bolsas, jaquetas em pelica e acessórios. Tudo com muito requinte, num espaço moderno e amplo. Com atendimento em horários diferenciados para maior conforto e acessibilidade à comunidade local e ao turista. Con-tando, também, com Espaço Gourmet apoiado pela Vinícola Salton.

A nova Horos inaugura com ideias e projetos novos, como: chá de sapatos e recepção a grupos para eventos.

Lançamentos da Arvy: sucessode público na Movelsul Brasil

Divulgação

senvolvida a partir de um processo de co-criação proposto pelo concurso de Ideias e Design Meu Arvy, desenvolvido no site da empresa. Inovador no mer-cado moveleiro. O concurso propôs a geração de novas ideias a partir de uma ampla troca entre internautas sobre as melhores soluções para ambientes de trabalho. Participaram arquitetos, estudantes e usuários em geral.

A mesa Conecta é inovadora em design e na tecnologia embarcada, contando com conexão para USB, tele-fone, internet, leito para smartphone, através de uma caixa elétrica acoplada em sua estrutura.

Os móveis Acerto e a nova cole-ção Conecta Arvy são produzidos no parque industrial da Arvy Móveis, em Bento Gonçalves, com padrão inter-nacional de qualidade ISO 14001 e ISO 9000.

Studio Marta Manente assina produtos expostos na Movelsul

Produto desenvolvido pelo Studio Marta Manente para a empresa Móveis Sul

presa Sofisticato e da renovação do showroom da Tecnoarte Móveis. A assessoria lançou ainda o catálago de produtos da Sofisticato e uma revista como estratégia de divulgação duran-te a Movelsul para a Tecnoarte.

O Studio é responsável por incor-porar design e inovação a suas cria-ções. Agregando-se ao seu portfólio a loja Vitrina Store, uma loja contendo produtos das três marcas do Grupo Tecnovidro: Tecnovidro, Saint Claire e Casa Vitra. Tanto a decoração da loja, quanto os materiais gráficos da marca Saint Claire e a definição da identidade visual da Vitrina Store foram realizados pelo Studio Marta Manente.

Studio Marta Manente Design e Assessoria, Tel.: (54) 3452 7916www.martamanente.com.br

Atendimento diferenciado e eficiente nas duas lojas da Surdinas Fontana

Div

ulga

ção

Kátia Bortolinipamentos de carros de passeios e caminhões de pequenos porte, também atua fazendo adaptações em veículos fora de linha, e na manutenção de sus-pensão e freio. O horário de atendimento, nas duas lojas, de segunda a sexta-feira, é das 8 às 11h45min e das 13h30min às 18 horas. Nos sábados, das 8 às 11h30min. O serviço de leva e traz, na loja de Bento Gonçalves, pode ser solicitado pelo fone 3451 3540. Na loja de Garibaldi, onde além de escapamentos, a empresa trabalha com a venda e manutenção de radiadores e intercoolers para toda a linha leve e pesada, o contato é feito através do número 54 3462 2388.

Mais informações www.surdinasfontana.com.br ou [email protected].

Uilliam Villa, Francisco Boeira, Rodrigo Fontana e Redovino Fontana

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06 Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 2012Trânsito

A Secretaria Municipal de Mo-bilidade Urbana está estudando o fluxo de veículos na avenida Planalto para a colocação na via, até o final do segundo semestre deste ano, de uma rotatória ou um semáforo.

As duas últimas rotatórias im-plantadas em Bento Gonçalves, uma na rua Guilherme Fasolo e outra na Avenida Oswaldo Aranha, causaram controvérsias de opiniões. A medi-da foi elogiada por uns e criticada por outros. “As rotatórias são uma excelente solução de engenharia de trânsito, por proporcionar mais segu-rança e não interromper o trânsito, como no caso do semáforo”, ressalta o Secretário Municipal de Mobilidade Urbana, Heber Moacir dos Santos. Ele acrescenta que a sinaleira abre uma

Mobilidade Urbana analisa colocação de rotatória ou semáforo na avenida Planalto

fase enquanto outra fica parada e na rotatória há um fluxo permanente. “Quem entrar primeiro nela tem a preferência. Antes de entrar, tem que parar para ver se não há ninguém fazendo a rotatória. Se não houver, pode entrar que a preferência é sua”, explica o secretário.

Na opinião dele, as rotatórias são mais eficazes do que semáforos. “Na esquina da Treze de Maio com a Flo-rianópolis colocamos duas rotatórias em sequência. O conjunto acabou com os problemas no cruzamento”, afirma. O Secretário ressalta que os motoristas tem que se habituar a dirigir nas rotatórias. Acentua que, em cidades como Gramado e Carlos Barbosa, elas predominam.

No entender do Secretário, as

pessoas que não se habituarem as rotatórias devem refazer o curso de formação de condutores. “Não há

nenhum demérito em você admitir que não sabe e querer aprender”, diz Santos.

Rotatória implantada na rua Guilherme Fasolo

Rodrigo De Marco

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0702 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra Clima

Páscoa é recomeço, é renascimento. É dizer sim ao amor e à vida.Feliz Páscoa!

Fones (54) 3451.1919 | 3451.5212Faz parte da sua vida.

Trav. Tuiuty, 48 - Cidade Alta - Bento Gonçalves - RS

O frio está chegando com força. No último dia 28 de março, a tempe-ratura mínima registrada em Bento Gonçalves, segundo o Setor de Mete-orologia da Embrapa Uva e Vinho, foi de 5,7ºC, a menor do mês dos últimos 49 anos. Temperatura inferior a essa no mês aconteceu em 1964, com 5ºC. A menor temperatura em março de que o Setor tem registro (a partir de

Após tórrido verão, outono iniciou com cara de inverno1922) é de 1936, com 3,2ºC.

A entrada do outono contrastou significativamente com o que se teve na estação anterior. O verão que fin-dou no último dia 20, foi um dos mais ensolarados dos últimos nove anos, nos registros da Embrapa Uva e Vinho. Com 758,7 horas de insolação total, ele só fica atrás, em tal quesito, dos verões 2004/2005, com 771,3 horas,

e 2003/2004, com 761 horas.Outro aspecto em que o verão

passado se diferencia é nas tempe-raturas médias máximas: com 28ºC, trata-se da segunda maior média desde 2003 – ficando atrás apenas de 2004/2005, com 28,7ºC.

Por fim, em relação à umidade relativa média, também se teve um verão diferenciado, com 73,55%:

novamente, apenas em 2004/2005, o índice foi menor, com 66,91%.

Confira tabela e gráficos elabo-rados pelo Setor de Meteorologia da Embrapa Uva e Vinho, com um pano-rama do último verão. A unidade de pesquisa adota como referência para verão o período compreendido entre 21 de dezembro e 21 de março, para fins de uniformização dos dados.

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“ Às vezes eu pressinto e é como uma saudadeDe um tempo que ainda não passou.

08

Prazer em todos os detalhes

SocialJornal Integração da Serra | 02 de abril de 2012

Lenine “

Camila Zardo com os pais Diva e Clainor Zardo na inauguração de seu novo empreendimento, a Academia Curves

Os aniversariantes Daian Nodari, Ronan Fracalossi e Daniel Nodari, tios e sobrinho comemoraram troca de idade em março

Primeira turma de formandos do Programa Florescer da Abraçaí com o professor homenageado Vanderlei De Toni, a paraninfa Maurien Randon Barbosa, o

Presidente Jovino Demari e Eliana Casagrande Lorenzini

A proprietária da Estrellicia Chic, Elaine Ourives veste Rosa Po, marca que será apresentada em desfile de modas no Bangalô, no próximo dia 19 de abril, com o lançamento da coleção Balada e Outono/Inverno

Diretoras da escola de inglês Influx, Marlei Tomedi e Cristiane Formentini dão as boas-vindas aos alunos 2012

Divulgação

Arquivo Pessoal

Jaqueline Tonietto e Roseli Munari Focchi em evento comemorativo ao Dia da Mulher

Divulgação

Janete Nodari

Divulgação

Janete Nodari

BingoOba! Tem bingo! Beneficente à

Associação Gota D´Água. Será no dia 19 de maio de 2012, às 20 horas, no Salão da Comunidade de Santa Marta. Informações com Eliziane ou Mira (3453. 2581).

Convite 2Tem convite! Para a Cerimônia de

Abertura dos Salões de Tecnologia Vi-notech, Envase Brasil, Techlac e Multi Agro. Dia 10 de abril, às 15 horas, no Pavilhão E, do Parque de Eventos de Bento Gonçalves. A Semana Interna-cional Brasil Alimenta ocorre de 10 a 13 de abril de 2012. Obrigada pelo convite.

Convite 1As portas da loja Charm estarão abertas a partir do dia 12 de abril, na Rua Xingú, em Bento Gonçalves. Os empresários Luize Faccio e Diego Dalla Cor-te apresentarão a coleção Inverno 2012 das marcas Reserva Natural, Lucy in the Sky, Angeliká Favo-retto, Verty, entre outras.

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Social 0902 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra

[email protected]

JaneteNodari

A união dos noivos Letícia Magnaguagno e Cleper Ravanello na

Igreja Cristo Rei, com a bênção dos pais Senorino e Maria Magnaguagno e Perci e Cleri Ravanello no último dia

11 de fevereiro

Diretoria da FIMMA Brasil 2013: Ivo Cansan e Maristela Cusin Longhi, conselheiros; Cacildo Tarso, presidente; Tais A. Scotton Alberton, diretora de serviços; Juarez José Piva, diretor comercial; Paulo César Franzoni, diretor de divulgação; Volmir Dias, diretor industrial; Marcos Troes, diretor de assuntos

internacionais

Evandro Soares

Arquivo Pessoal

Oclênio e Agueda Scarduelli em seus 50 anos de casados, em cerimônia realizada na Igreja Santo

Antônio, que contou com a presença do Bispo Dom Alessandro Ruffinoni

Últimos preparativos para a data esperada do casal Michelli Kruger e Klayton Pastore

No dia 17 de março, Roberta Pértile e Breneval Zanini uniram-se na Igreja Matriz de Garibaldi. Os convidados

foram recepcionados no Clube Botafogo

NovidadeTula, Aidana e Débora Czar-

necki, à frente da Nova Horos, trazem uma ideia moderna e sur-preendente. É o Chá de Sapatos e Acessórios, com pré-lista na loja, na Rua Herny Hugo Dreher.

André Pellizzari / Real Color Fotografias

André Pellizzari / Real Color Fotografias

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As férias de Tchê e Tchó

Rua Dom José Baréa, 11 | Cidade Alta | Bento Gonçalves | 54 3452 3455 | 9977 2053 | [email protected] | www.leximoveis.com.br

Localizado em um dos mais novos bairros de Bento Gonçalves. Em meio à natureza, entre o verde dos parreirais, no coração da comunidade de São Valentim. Realização

CRECI - 782

Solidez em urbanismo

(*) Enfrentar a situação que se apresenta. O mesmo que peitaço, aceitar o risco de uma atitude corajosa.

(*) “O Príncipe”, de Nicolau Maquiavel - livro escrito em 1513 e lançado postumamente em 1532. Obra de grande influência, que entre muitas interpretações, defende a centralização do poder.(**) O engenheiro químico norueguês, Erik Rotheim, inventou a lata de tinta spray, em 1926. Porém, o produto só se popularizou na década de 40.

Fone/Fax (54) 3453.2922Rua Florianópolis, 569 - Botafogo - Bento Gonçalves - RS

Crediário facilitadoem até 58 vezes

l Caixa Federall Sicredil Banco do Brasill Bradesco

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Por Janete Nodariwww.oblogdajanete.blogspot.com

12 Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 2012Artistas

Ele pensou em cursar Educação Física. Foi mesmo ser jornalista. E dos bons. Começou como repórter esportivo e pedindo a máquina fotográfica emprestada. Mas, com planejamento e com várias profissões no currículo, entre elas, professor primário, atendente de loja de materiais de construção, diagramador, fotógrafo da prefeitura municipal, ele chega a 2012 com vários projetos e um livro a sair. Mazzotti também trabalhou com o futebol amador de Bento Gonçalves e como assessor de impren-sa do Clube Esportivo, sendo essas atividades de muito impacto na vida do fotógrafo.

“Tenho andado pelo interior, conversado com os moradores. O objetivo do livro é resgatar as informa-ções e perpetuar a história para as futuras gerações,” relata Mazzotti. Ele acrescenta que o livro “Amém, Bento Gonçalves – igrejas e capelas desta terra” contará com imagens de 83 igrejas católicas seguidas de textos de autoria do Padre Izidoro Bigolin.

FotojornalismoA fotografia é linguagem não-verbal. Com muitos

adeptos. Há pessoas que preferem ver a ler. Daí, a impor-tância do fotojornalismo, área que Mazzotti domina. Ele possui um acervo de fotos que alimenta as assessorias de imprensa da cidade e da região. Foi no jornal local em que trabalhou que Mazzotti dedicou-se a essa arte. Fotografando automobilismo, motociclismo e eventos. Desses momentos, os mais marcantes foram: fotografar o Presidente Luis Inácio Lula da Silva, em Veranópolis, por ocasião da inauguração da usina; acompanhar o

Foto

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Publicações2010 - Bento Gonçalves em foto e poesia2011 - Passo Velho- História da Colonização de Bento GonçalvesA sair - Amém, Bento Gonçalves – igrejas e capelas desta terra

FABIANO MAZZOTTI

O fotógrafoda estrada

Viajar, olhar, captar o momento. Ele faz isso muito bem. O jornalista e fotógrafo Fabiano Mazzotti percorre lugares pouco povoados em busca da imagem perfeita.

Rally dos Sertões, em 2003, 2004 e 2006, o segundo maior rally do mundo e estar no Estádio do Maracanã, em 2005, quando o Clube Esportivo de Bento Gonçalves jogou contra o Fluminense pela Copa do Brasil. Outros instantâneos são captados quando a dupla Gre-Nal vem se hospedar em nossa cidade. Nesses casos, eu sempre busco o diferente, não o óbvio”, diz Mazzotti.

A era digitalSegundo Mazzotti, o processo digital democratizou

a fotografia, mas também marginalizou a magia de tirar fotos. “No passado, se pensava mais e se fotografava menos. Hoje, as pessoas não pensam. É um clic atrás do outro. Depois é só excluir. Banalizou-se o valor de fotografar. Na fotografia com filme, havia a necessidade de se compor a imagem,“ argumenta ele. “Outro fator é que tínhamos que pagar para ver a foto. Era necessário mandar revelar em um laboratório e esperar. Talvez daí, o cuidado com as imagens”.

ConhecimentoO fotógrafo tem orgulho de conhecer bem as locali-

dades do interior da Serra Gaúcha. “No final de semana chego a fazer 50 quilômetros de moto, me identifico muito com o pessoal da colônia. Gosto de acompanhar o trabalho na parreira, a safra da uva e, principalmente, as paisagens nas quatro estações. “Chego a ficar obser-vando a cena por mais de 30 minutos. Tenho que esperar a luz e as sombras, “ finaliza Mazzotti. Por essas imagens detalhadas e eternas, nós só temos a agradecer.

Quem é Fabiano?Nome completo: Fabiano Laércio MazzottiIdade: 34 anosFiliação: Jussara e Valério MazzottiIrmãos: um (Cristiano)Formação: Jornalismo (UCS) Pós-graduando em Produção Cultural (Castelli)Gosta de: motos, praia, filmes, futebol com os amigos e paisagensDetesta: barulhoBento Gonçalves: é referênciaA realizar: viagensModelo: Sebastião Salgado e vários fotojornalistas

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02 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra Turismo 13

A diretoria e a equipe do Hotel Villa Michelon, do Vale dos Vinhedos, estão comemorando a ocupação do primeiro trimestre de 2012. O empre-endimento registrou um aumento de 20% em suas hospedagens, em comparação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com o diretor geral do Hotel, Moysés Michelon, a colheita da uva e os eventos corporativos são os principais motivos que contribuíram para esse resultado. Ele projeta um ano favorável para o setor. “O au-mento do fluxo de turistas é notável, assim como os eventos corporativos, que têm atraído ainda mais visitan-tes para o Vale. O próprio tráfego no roteiro está mais intenso, o que não acontecia em anos anteriores”,

Bento lança guia para celulares

Bento Gonçalves está contando com guia turís-tico oficial para celulares. O aplicativo está disponí-vel para aparelhos do sistema iPhone e Android. O projeto, uma parceria entre a Secretaria Municipal de Turismo e o Bento Convention Bureau, é pioneiro no Rio Grande do Sul e um dos primeiros do Brasil. O benefício é o fácil acesso a informações através de um aparelho móvel. O usuário terá informações de cerca de 200 pontos turísticos e estabelecimentos comerciais de Bento Gonçalves. A ferramenta ainda permite traçar rotas por meio da geolocalização, o que permite ao usuário obter mapas. O conteúdo será atualizado a cada seis meses e está disponível também em inglês, o que reforça a preparação do município para receber turistas estrangeiros, espe-cialmente durante a Copa do Mundo de 2014.

O presidente do Bento Convention Bureau, Gilberto Durante, destaca que a iniciativa é mais um modelo de negócios para Bento Gonçalves. “Agora o turista de lazer ou de negócios chega a nossa cidade e tem a facilidade de se deslocar para qualquer ponto do município. Esta possibilidade de dizer para onde quer ir sendo auxiliado por um aplicativo é uma forma inteligente de aplicar a ferramenta”, explica.

O Bento em Vindima 2012 atingiu as expectati-vas: aumentou o número de turistas na cidade nos meses de verão, em comparação ao ano passado. O evento, promovido pela prefeitura, através da Secretaria Municipal de Turismo, com o apoio de entidades do trade turístico, foi realizado de 13 de janeiro a 11 de março, com ações para celebrar a colheita da uva.

Os reflexos foram percebidos em todos os setores do turismo, como restaurantes, vinícolas, demais estabelecimentos comerciais e na ocupação hoteleira, que registrou aumento médio de 12,4% no período. “A nossa maior dificuldade ainda é

Hotel Villa Michelon comemora aumento de 20% na ocupaçãoDivulgação Villa Michelon

observa. Michelon destaca, ainda, que esse resultado também é fruto da construção entre iniciativa privada e poder público. “Começamos a colher o que vem sendo plantado há anos. Estamos no caminho certo”, afirma.

Segundo a Associação dos Pro-dutores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos (Aprovale,) em 2011, o Vale dos Vinhedos recebeu 228.579 visitantes. Já de janeiro a março deste ano, ainda de acordo com a entidade, foram 44.764 visitantes. A Aprovale estima um aumento de 15% este ano em relação a 2011. Depois do inverno, a melhor época do ano para o roteiro em termos de movimentação turística é a vindima, de janeiro a março, que cresce a cada ano, apoiada no apelo da colheita da uva.

l Taxa de ocupação hoteleira Janeiro/2011: 43,13% Janeiro/2012: 51,73% Fevereiro/2011: 35,74% Fevereiro/2012: 39,51%l Aula show com o chefe de cozinha francês Claude Troisgros: 300 participantesl Cursos de degustação de vinhos e espumantes: 300 participantel Jantar Sob as Estrelas (público): 900 participantesl Estabelecimentos com ações no Jantar sob as Estrelas: 15 do setor gastronômi- co e de entretenimento; 3 lojas comerciais; 1 agência de turismol Distribuição de uvas na praça Via del Vino: 1.680 Kgl Concurso de melhor vitrine: 14 lojas participantesl Degustação de vinhos e espumantes oferecida nas lojas: 22 lojas participantesl Concurso Fotografando a Vindima: 14 participantes; 68 fotosl Rústica Vale dos Vinhedos: 323 participantesl Ciclo de Cinema: 240 participantes

Bento em Vindima 2012 atingiu expectativaspromover eventos que façam o turista permanecer na cidade, e não apenas passar o dia aqui. O Bento em Vindima, que em 2012 chegou a 3ª edição, está se consolidando devido ao número de atrações re-alizadas no período”, avalia a secretária de Turismo, Ivane Fávero.

Ela acrescenta que deverão ser realizados outros eventos como o Bento em Vindima durante o ano. “Neste inverno, o visitante não irá apreciar apenas as belas paisagens da estação. Estamos preparando uma programação para os meses de alta temporada, o que deverá aumentar a permanência do turista na cidade”, antecipa.

Números do Bento em Vindima

Hotel Villa Michelon

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A Associação Bento-Gonçalvense de Proteção ao Ambiente Natural (ABEPAN), no último mês de março, atuou junto a centenas de estudantes do município, através de palestras, debates e projeções de vídeos. No dia 1º, foram apresentados os principais projetos e campanhas desenvolvidas pela entidade a alunos do curso Técni-co em Meio Ambiente, da Cadmax.

No dia 22, estudantes do 4º ano do Colégio Scalabriniano Nossa Se-nhora Medianeira foram informados sobre etapas da construção da horta

14 Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 2012Meio Ambiente

Equipe da ABEPAN atua junto a estudantese empresas através de palestras e debates

Fotos: Emerson Luis de Paulaecológica, diferenças e separação correta do lixo orgânico e inorgânico, utilização e produção de adubo orgâ-nico e destinação do lixo doméstico. A explanação foi seguida de debate. Já no dia 27 foram dadas duas palestras para estudantes do 5º ano e da 8ª série da Escola Municipal de Ensino Fundamental Maria Margarida Zam-bon Benini.

Nas explanações, ensinamen-tos sobre separação correta do lixo doméstico, diferenças entre aterro sanitário e lixão, destinação do lixo e etapas da reciclagem foram aborda-dos com apresentação de slides. Os eventos também foram marcados por oficinas de separação do lixo, debate e projeção de vídeo. As palestras e os trabalhos foram conduzidos pelos gestores da ABEPAN.

No último dia 30, foi a vez de pa-lestrar para a equipe da Companhia Energética Rio das Antas – CERAN, durante a Semana Interna de Pre-venção de Acidentes (SIPAT), sobre o tema “A relação sobre o homem e o meio ambiente”, na Casa da Cultura, em Veranópolis.Oficina na Escola Maria Zambon Benini

Palestra para alunos do Colégio Medianeira

Palestra para equipe da Ceran

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1502 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra Meio Ambiente

A 5ª edição da Feira Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente (Fiema Brasil 2012), presidida pelo empresário Márcio Chiaramonte, acontece entre 24 e 27 de abril deste ano, nos pavilhões da Fundaparque, em Bento Gonçalves, diariamente, das 10 às 19 horas, numa promoção da Fundação Proamb. A Fiema Brasil, feira internacional de negócios foca-da no meio ambiente, reunirá 350 empresas e instituições nacionais e internacionais, em 12 segmentos voltados à gestão ambiental e à sus-tentabilidade.

A Fundação Proamb, com 20

Modelo de Casa Sustentável da edição 2010 foi doada para sediar a Gota D’Água. A Associação recebeu sua nova sede no últi-mo dia 2 de abril, Dia Mundial de Conscien-tização do Autismo. A construção foi remon-tada em um terreno doado pela prefeitura, entre o Ginásio de Esportes e o CTG Laço Velho.

Fiema Brasil 2012 reunirá mais de 300 expositores

Congresso Internacional de Tecnologia para o Meio Ambiente: Em sua terceira edição, o Congresso tem a meta de fomentar o debate e abrir espaço para pesquisas da atualidade relacionados ao tema ecoeficiência dos processos.

Seminário de Segurança no Trabalho: Em sua segunda edição, o seminário levará para o palco de debate temas de vanguarda do segmento, que a cada dia mais une Segurança do Trabalho e Gestão Ambiental.

Seminário de Gestão Ambiental na Agropecuária: A terceira edição tem a meta de apresentar formas que minimizem os impactos ambientais decorrentes da atividade agropecuária no país e que busquem a sustentabilidade do setor. Isso, além de discutir a problemática ambiental relacionando o campo à cidade.

Meeting Empresarial: Em sua edição de estreia, está sendo formatado para abordar a temática da gestão dentro dos pilares da sustentabilidade. O objetivo do evento é estimular a integração entre o empresariado dentro da feira, promover a atualização e multiplicar técnicas e cases de sucesso na área.

Rodada de Negócios: Reuniões de curta duração, com objetivo de promoção de produtos e serviços entre as empresas visitantes e as empresas ofertantes.

Salão de Arte Ambiental: Maior e com novos nuances, o evento mantém os objetivos de criar situação de aprendizagem em um espaço lúdico, proporcionar aos visitantes da feira momentos de reflexão sobre a transformação da natureza através da arte e fazer um contato direto com pessoas preocupadas com o am-biente.

Viva a Natureza: O projeto busca, através da educação ambiental, desenvolver nas crianças e jovens uma consciência por meio da vivência, transformando as di-ferentes realidades. Este ano o projeto tem como tema o Consumo Consciente.

Construção sustentável: Uma rua comercial ou aproveitamento de meio de quarteirão ou um condomínio de parceiros que se unem para dividir algumas facilidades, multiplicar iniciativas e somar interesses.

anos de trajetória ligada às questões ambientais e ao desenvolvimento sustentável, tem na Fiema Brasil uma das suas três unidades de ne-gócio – as outras duas são disposição final de resíduos e assessoria técnica ambiental. Com a feira, a entidade facilita a aproximação de tecnologias e conhecimentos do mercado, além de reforçar sua proposta de negócio, que é oferecer soluções ambientais, contando no evento com a participa-ção das mais importantes empresas, instituições e órgãos nacionais e internacionais de vários segmentos nesse trabalho.

Eventos simultâneos

Divulgação

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Saúde16 Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 2012

Dores nas costas, dores articulares, dor de cabeça, hérnia de disco, bico de papagaio, dores relacionadas ao nervo ciático, cólicas menstruais, insônia, tensão muscular, entre outros problemas, são alguns que a quiropraxia pode ajudar.

A quiropraxia tem como objetivo tratar disfunções do sistema músculo esquelético. De forma mais clara, a quiropraxia trata através de técnicas manuais problemas em todas as articulações do corpo humano, sem o uso de medicamentos ou cirurgias. Quando sua coluna apresenta desa-linhamentos os nervos provenientes dessas regiões podem estar compri-midos gerando dor, formigamentos, perda de força e outros sintomas, fazendo com que o fluxo nervoso en-tre o cérebro e o corpo não funcione adequadamente.

Esses desalinhamentos articula-res, ou subluxação, como os quiro-praxistas denominam, podem ocorrer com pequenos hábitos errados, que se acumulam ao longo da vida, como por exemplo ao erguer um objeto pesado da forma incorreta, sentar-se incorretamente, levantar-se da cama, virar-se ou abaixar-se da maneira errada, ficando em posturas inade-quadas, ou até mesmo por traumas mais sérios como acidentes e quedas, podendo ocasionar esses desalinha-mentos articulares.

Todas as pessoas são potenciais pacientes para a quiropraxia, desde o recém nascido ao idoso. Além de

QuiropraxiaGisele Marin*ABQ 0384 [email protected]

atuar no diagnóstico e tratamento dessas subluxações, a quiropraxia atua fortemente na prevenção das alterações músculo esqueléticas e suas consequências no organismo, podendo gerar um maior conforto e uma melhor qualidade de vida aos pacientes.

O melhor jeito de começar a pre-venir essas subluxações é dormindo de forma correta. Deitar-se para dormir é uma atividade importante para a manutenção da saúde e o bem-estar da coluna. A postura ao dormir e o tipo de colchão utilizado têm grande influência sobre a saúde de sua coluna, uma vez que um terço da vida é passada dormindo. Este des-canso ajuda a manter as articulações lubrificadas e saudáveis.

Isto significa que devemos pres-tar atenção ao dormir: é correto dormir de lado, com o travesseiro do tamanho correto, que preencha a distância entre o ombro e nosso pescoço, deixando assim a cabeça ali-nhada com o resto da coluna. Colocar um travesseiro entre os joelhos é uma boa opção para manter o afastamen-to dos mesmos, assim mantendo o alinhamento do quadril. Dormir de bruços não é recomendado, pois esta posição coloca um estresse muito grande sobre o pescoço e a coluna lombar, impedindo um bom descan-so da coluna vertebral.

Marque umavaliação com a qui-ropraxista Gisele Marin pelos fones 3454 4152 ou 9993 0951.

*Graduada pelo Centro Universi-tário Feevale em Novo Hamburgo

INSTITUTOSANTO ANTÔNIO

PATOLOGIA MÉDICA

l CITOPATOLOGIAl BIÓPSIASl COLPOSCOPIAl PENISCOPIA

Fone (54) 3055.3471

Câncer em animais domésticos

Dr. Rogério ChultzMédico - Patologista

Câncer é um termo que define os tumores malignos. Os cães e gatos es-tão também propensos a desenvolver este tipo de patologia. De forma geral, constatamos que, com o passar dos anos, a casuística de tumores em bióp-sias veterinárias, vistas em nosso labo-ratório, tem aumentado. Isto porque a expectativa de vida das espécies de companhia também tem aumentado.

Cânceres mais comunsDentre todos os tipos de cânce-

res podemos destacar os carcinomas cutâneos (tumores malignos de pele), comuns tanto nos cães como nos gatos, principalmente nos felinos despigmen-tados, isto é, animais que não possuem pigmentação protetora à incidência so-lar, sendo as áreas sem pêlos da face as mais vulneráveis. Os sarcomas (tumores malignos originados do tecido muscu-lar, adiposo e ósseo) também apresen-tam uma incidência relativamente alta, porém, em nossa casuística brasileira, são mais vistos em cães, assim como os carcinomas de mama em cadelas em uso de hormônios esteróides. Os tumores do tecido hematopoiético, assim como os linfomas e leucemias, também acometem tanto cães como gatos, principalmente gatos infectados pelo vírus da leucemia felina (FeLV). Finalmente, os tumores do sistema nervoso são menos frequentes.

TratamentoO tratamento dos cânceres em ani-

mais, assim como em humanos, pode ser inicialmente dividido em terapêuti-ca curativa e paliativa. Os métodos da terapêutica curativa são a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia. O trata-mento paliativo diz respeito a tratar os sintomas e ou disfunções da patologia base (ex: alívio de dor, correção de alterações metabólicas, remoção de obstruções, etc). O fato de um paciente ser portador de um tumor não passível de cura, não necessariamente indica que este animal deva ser submetido à eutanásia, desde que o mesmo apre-sente boa qualidade de vida.

Cirurgia Sim. A cirurgia é o método de

tratamento que oferece os melhores resultados de cura (exceto nos casos de tumores hematopoiéticos), porém a técnica cirúrgica deve compreender a remoção tumoral com margens de segurança (remoção de tecido sadio periférico junto ao tumor) e, se neces-sário, exérese dos linfonodos regionais que drenam a área. O resultado estético nestes casos não é o mais importante.

QuimioterapiaA quimioterapia é o tratamento de

eleição para os linfomas e leucemias.

Rua José Mário Mônaco, 349 | Sl 201 | Bento Gonçalves

Também utilizamos a quimioterapia como tratamento adjuvante para os tumores com potencial de metástase, por exemplo: osteossarcoma, heman-giossarcoma, melanoma, etc. Em alguns casos é utilizada como neoadjuvante (antes da cirurgia) para diminuir o ta-manho da massa tumoral, tornando-a operável e menos mutilante.

Efeitos colateraisOs efeitos colaterais são menos se-

veros do que os vistos em humanos. Isto porque, em medicina humana, a cura é o principal objetivo do tratamento, enquanto que em veterinária, muitas vezes, a qualidade de vida do paciente é mais importante do que a cura da doença. Para isso, utilizam-se doses menores em protocolos menos agres-sivos. A alopecia (queda de pêlos) em pacientes veterinários ocorre de forma localizada, sendo que as raças que apre-sentam crescimento contínuo de pêlos (poodle, cocker) são as mais afetadas. Os efeitos colaterais inespecíficos da quimioterapia mais importantes do que a alopecia, são: vômitos, anorexia, diar-réia, perda de peso, alterações estas que podem ser controladas com medicação. Os efeitos colaterais considerados es-pecíficos dizem respeito à toxicidade de um determinado órgão pelo uso de certas drogas, como: cardiotoxicidade consequente da utilização de doxorru-bicina, e nefrotoxicidade pelo uso da cisplatina.

CrioterapiaA crioterapia é o método pelo qual

podemos causar a morte de células ne-oplásicas por meio de congelamento. Os principais tumores sensíveis a este tratamento são pequenas lesões cutâ-neas ou localizadas nas mucosas oral ou perianal, como papilomas (tumores cutâneos benignos), carcinomas baso-celular e espinocelular, mastocitomas cutâneos ou mesmo lesões remanes-centes do tumor venéreo transmissível canino (TVT) após quimioterapia.

Qual a importância da biópsiae exame citopatológico no câncer veterinário?É importante salientar que o diag-

nóstico precoce é o desejado. Por ra-zões óbvias, é muito mais fácil alcançar a cura em casos iniciais. Para isso, é necessário que o clínico ou cirurgião veterinário tenha consciência que os procedimentos de biópsia são impor-tantes, mesmo que trate de pequenos nódulos, aparentemente benignos. As informações provenientes de um laudo histopatológico (biópsia), associadas às informações clínicas, são pontos impor-tantes na determinação da conduta terapêutica, seja ela clínica, cirúrgica ou combinada.

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Saúde 1702 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra

Por Rodrigo De [email protected]

O instalador telefônico Reinaldo Alaor Rodrigues, 48 anos, morador do bairro Zatt, que ficou tetraplégico, em 2007, por causa de um acidente de automóvel, em janeiro deste ano obteve tratamento de fisioterapia pelo SUS através de uma ação judi-cial, inédita no município. O estado liberou para Rodrigues 132 sessões de fisioterapia. Estão sendo feitas cinco sessões semanais.

Rodrigues diz que o serviço es-pecializado de Bento Gonçalves em terapia ocupacional e acessibilidade deixa muito a desejar por falta de cumprimento das leis. “A lei federal 7853, de 1988, que ampara os defi-cientes físicos em saúde e inclusão social nas esferas municipal, estadual e federal, até hoje, foi ignorada no município por todos os Prefeitos.” Tem a Coordenadoria de Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiên-cia (CAISPEDE) que é um programa federal sobre inclusão social para os deficientes físicos, lançado em 1999, com a destinação de uma verba milionária do governo federal, que não funciona”, afirma Rodrigues. Ele acrescenta que já questionou a pre-feitura e autoridades do Estado sobre esse programa, sem nenhum retorno,

Chefe de gabinete da Secretaria da Saúde diz que deficiente “incomoda”

Segundo a chefe de gabinete da Secretaria Municipal da Saúde, Marinês Lazzaron, Rodrigues conta com o auxílio do SUS para suas despesas diárias. “Já foram feitas reuniões com a Associação dos Deficientes Físicos de Bento Gonçalves (ADEF) e também com outros órgãos, ocasiões em que discutimos a situação do Reinaldo. Ele recebeu sessões de fisioterapia além das solici-tadas pelo médico”, salienta ela. Marinês acrescenta que Rodrigues conta com o apoio da Secretaria para seus contratempos diários. “Ele teve auxílio até mesmo de psicólogo e sempre que precisou do transporte de uma am-bulância pode contar. Porém ele sempre está insatisfeito e diz que não tem a ajuda que realmente merece. Há anos nos incomoda reclamando do SUS, então realmente não sei o que fazer”, diz ela.

“O Reinaldo ganhou uma ação judicial contra o Estado, obtendo o direito de fazer 132 sessões. Eu estou chegando após cinco anos do acidente, e algumas enfermidades e deformidades já se instalaram, alte-rações que após esse tempo é difícil de reverter. Mas desde o começo do tratamento já houve uma boa me-lhora, é claro que se tivesse tido um tratamento adequado desde o início teríamos um quadro bem melhor”, diz a fisioterapeuta Aline Motter Brutto-lin. Ela acrescenta que as expectativas de melhora, hoje, para um tetraplégi-

Tetraplégico consegue acesso à fisioterapiaatravés de ação judicial inédita no município

Fotos: Rodrigo De Marcotanto na esfera municipal, como na estadual. “Em Bento Gonçalves a pre-feitura faz muita publicidade sobre suas prestação de serviços, mas os da saúde, para o caso dos tetraplégicos, não funciona”, desabafa ele. Acen-tua que em Bento Gonçalves não há um cadastro que indique quantos tetraplégicos acamados dependem do SUS. Acrescenta que o cadastro existente inclui mudos, surdos, autis-tas, paraplégicos e tetraplégicos. “São deficiências diferentes, então tem que ter cadastro e estatísticas específicas”, observa.

Rodrigues atribui a sua lenta recuperação a falta de cuidados adequados nos seis primeiros me-ses após o acidente. “Os primeiros meses são fundamentais para o tratamento de qualquer acidentado que tenha alguma paralisia. Porém, não foi o que aconteceu comigo, eu só consegui um tratamento digno, porque a minha família e eu fomos atrás. Reivindiquei o tratamento através de ação judicial há cerca de dois anos, amparado pelas leis que descobri, mas consegui apenas no último mês de janeiro. As pessoas que estão na mesma situação que a minha procure seus direitos, lutem, não se acomodem, porque indo atrás, com determinação, se consegue tudo”, emociona-se. Fisioterapeuta atesta demora no atendimento

co são bem grandes. Também salienta que o objetivo da fisioterapia é dar à pessoa o máximo de independência. “Ele, na verdade, é um guerreiro, usa a Internet através de um adaptador nos dedos para conseguir digitar. O que também poderia ajudá-lo bastante seria uma cadeira motorizada para a locomoção, mas infelizmente não temos”, observa ela.

Aline comenta que os tetraplé-gicos menos favorecidos econo-micamente enfrentam bem mais dificuldades, em função do contexto local de educação e cultura.

Reinaldo Alaor Rodrigues em sessão de fisioterapia

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Saúde Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 201218

dos Estados Unidos, da marca Hill Labs, sendo a primeira e exclusiva no Rio Grande do Sul.

O equipamento é totalmente au-tomatizado, faz flexão na lombar e cervical, tração axial que ajuda a se-parar as vértebras, e sistema de ‘drops’ pneumáticos. Esse sistema, junto com a Quiropraxia, é um dos mais eficientes sistemas de tratamento para patologias da coluna vertebral, principalmente para a região lombar.

A principal patologia que merece destaque no tratamento com o auxílio do equipamento são as hérnias discais, seguido por artroses, espondilolisteses e discartroses, além, lógico de outras

Novo tratamento para hérnia de discopatologias que podem gerar dor, seja lombar ou cervical.

Quando em tratamento, após a cor-reção dos desalinhamentos articulares da coluna e reequilíbrio das estruturas musculares é dada continuidade no trabalho utilizando o equipamento que possibilita ao quiropraxista controle sobre a mobilidade da coluna vertebral do paciente, permitindo movimento de flexão, extensão, látero-flexão e rotação. É regulada velocidade e quan-tidade de movimento, e o quiropraxista irá ajustar conforme a necessidade do paciente, tornando o tratamento mais confortável e preciso. O paciente per-manece deitado durante o tratamento, o equipamento é capaz de ser ajustado à posição antálgica para que o trata-mento seja totalmente indolor. Com o sistema de drop pneumático pode-se realizar manipulações diretas sobre o paciente sem risco de lesão.

Os efeitos da técnica são de au-mentar o espaço entre as vértebras (aumentar a altura do disco), reduzindo a pressão exercida no disco interverte-bral e, consequentemente, liberando o nervo pinçado, associado aos efeitos de reduzir a saída do núcleo do disco

intervertebral, alongar os tecidos ao redor da coluna, relaxar os músculos e mobilizar as articulações, são os gran-des de reduzir as dores localizadas na coluna, tanto lombar, quanto cervical, assim como as dores irradiadas para membros inferiores ou superiores.

Recente pesquisa publicada na revista BMC MusculosKeletal Disorders mostrou que 76% dos pacientes com hérnia de disco melhoraram dos sin-tomas, somente com o uso da flexão e distração. E que, dos 57 pacientes envolvidos na pesquisa, apenas duas tiveram que passar por cirurgia. Em es-tudos publicados nas revistas Reumato-logy International Journal e Journal of Orthopaedic & Sports Physical Therapy concluíram que a flexão-distração aju-da a melhorar os sintomas produzidos por discos herniados.

Os resultados das técnicas de ajustamento manual, pela técnica de quiropraxia, aliado à mesa de flexão-distração demonstram que cirurgias para hérnia de disco estão cada vez mais raras. Os resultados são anima-dores sendo que a melhora aparece rapidamente em torno de 10 a 15 dias podendo chegar a dois meses em casos mais graves, uma observação importante é que não há dor neste tratamento, visando sempre o confor-to, pois a redução da compressão será obtida, o que abrevia os efeitos deleté-ricos sobre a raiz nervosa, diminuindo os efeitos da inflamação.

Para mais informações entre em contato com a quiropraxista Jordana Oselame, fone 3052-0044 ou na Dr. Antunes, 85 sala 702, no centro de Bento Gonçalves.

Divulgação

Quiropraxista Jordana Oselame utilizando o novo equipamento

Divulgação

Jordana Oselame

ABQ 0291

Por Rodrigo De [email protected]

A comerciante Maria Rosane Ra-mos, 41 anos, está indignada com o serviço prestado pelo Serviço de Aten-dimento Móvel de Urgência (SAMU) em Bento Gonçalves. Ela conta que, no último dia 3 de março, começou a passar mal por volta das 12 horas, com dificuldades para se mexer, por causa de dores no abdômen.

“Ligamos umas dez vezes para o SAMU em Porto Alegre, que ficou de acionar a unidade de Bento, mas não foi o que aconteceu. Simplesmente negaram nosso pedido de socorro.

Comerciante reclama de atendimento do SAMU

Segundo a coordenadora de en-fermagem do SAMU de Bento Gon-çalves, Marcela Dachery, a Central de Regulação do 192 em Porto Alegre tem a gravação de dois chamados recebidos dos familiares da comer-ciante. De acordo com a coordena-dora, nas duas ligações a situação foi avaliada pelo médico regulador em conversa com a solicitante. Ela acres-centa que nesta avaliação o caso não foi considerado uma emergência.

Diz ainda que a família foi orien-tada sobre as providências a serem tomadas. “Os casos considerados eletivos não exigem uma equipe e ambulância equipada. Isso não significa que o paciente não precise de uma avaliação médica. Para a consulta dos casos não considerados urgentes, o paciente pode ser levado com calma por meios próprios. Se a

Ligamos também para os bombeiros, mas eles disseram que não recolhem mais pessoas doentes. Que agora o serviço é prestado pelo SAMU. Depois de uma hora ligando para o SAMU, e as crianças chorando, vendo a mãe na-quela situação, pedimos ajuda para os funcionários do Supermercado Grepar, mais alguns vizinhos, para levarmos a Maria ao hospital. Foram em torno de oito pessoas auxiliando, em função do sobrepeso dela. Ela não conseguia nem se mexer”, conta a comerciária Eda Maria Frans Somagli, cunhada de Maria. No Hospital Tacchini, foi constatado que a comerciante estava com uma crise renal.

“Os bombeiros agiam rápido”, diz comercianteSegundo a comerciante, com os bombeiros o atendimento era maravilho-

so. Ela acrescenta que os bombeiros agiam rápido. “Seria bom que colocassem uma central do SAMU em Bento, sem ter que ligar para Porto Alegre, porque isso faz com que o atendimento atrase mais ainda. Se fosse algo grave, eu podia ter morrido. Estava com uma pedra localizada no canal da urina. Graças a Deus, não precisei fazer cirurgia”, relata ela.

Caso não foi considerado de urgênciapessoa está com limitação física ou dependente de oxigênio e precisa de uma consulta médica, poderá solicitar à Secretaria Municipal da Saúde uma ambulância branca para o transporte”, ressalta Marcela. Segundo ela, o SAMU do município atende mais de 300 chamadas por mês, com um tempo médio de 8 a 10 minutos para chegar à vítima. O SAMU, instituído pelo Mi-nistério da Saúde, está funcionando há um ano em Bento Gonçalves. Na Serra Gaúcha, apenas Caxias do Sul tem uma central. Para um munícipio poder ter uma central é necessário ter pelo menos 400 mil habitantes. Em Bento Gonçalves, o SAMU conta com duas ambulâncias, uma equipe formada por 26 profissionais, entre seis médicos, cinco enfermeiros, nove condutores socorristas e seis técnicos de enfermagem.

A quiropra-xista Jordana Oselame acaba de adquirir um novo equipa-mento, com-pleto e moder-no, destinado ao tratamento das diversas afecções da co-luna vertebral, proveniente

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Esportes da TerraSilvio dos Santos [email protected]

Rua Olavo Bilac, 777 - Fones (54) 3451.6166 | 3451.2688 - Bento Gonçalves - [email protected] | www.milaniautomoveis.com.br

Alexandre54 8119.9698

Silvio54 8431.3040

Esportes02 de abril de 2012 | Jornal Integração da Serra 19

Avenida, Cruzeiro, Canoas, Cerâ-mica, Caxias, Internacional, Juventude, Novo Hamburgo, Grêmio, Lajeadense, Pelotas, Santa Cruz, São José, São Luiz, Veranópolis eYpiranga - uma pena não ter o Esportivo nesta lista! A peleia é boa e a Taça Piratini ficou com o Ca-xias. Resultado mais do que justo para quem mostrou bom resultado, garra e determinação, tudo que se espera ver no Campeonato Gaúcho. Nesse período o Estado não se divide apenas em azul e vermelho, mas ganha outras cores e bandeiras. O Gauchão reflete um pouco do que somos: vários sota-

IV Copa ExpoBento – No último dia 29 de março, no Complexo Esportivo José Fasolo (SESI ) e na presença de um público aproximado em torno de 700 pessoas, representantes de 29 agremia-ções e atletas, órgãos de imprensa local e de diversas autoridades do município, onde, entre elas, destacamos o Prefeito Municipal de Bento Gonçalves, Roberto Lunelli, com os presidentes das feiras Expobento 2011 e 2012, André Sain e Roberto Carraro respectivamente, os quais deram o pontapé inicial à quar-ta edição da IV Copa ExpoBento de Futebol de Campo 2012, considerado através de pesquisas, como sendo o maior Campeonato de Futebol Amador do Estado. Na oportunidade, como jogo de abertura, se enfrentaram as equipes da Panizzi Veículos x Paysandu, tendo como resultado final a vitória da equipe Panizzi Veículos pelo placar de 2 x 1. No sábado, 31 de março, aconteceram no campo da Associação Santa Helena dois jogos: 1º Jogo: Guarani Sta. Helena x Planalto F.C., 2º Jogo: Colorado Sta. Helena x Vinhedos F.C. e, em Monte Belo do Sul, no Estádio Municipal em jogo único: Rosário da Linha Armênia x Primavera de São Valentin do Sul. No domingo, como complemento da 1ª rodada, aconteceram mais doze jogos em diversos locais diferentes. IMPORTANTE: assim que tivermos os

respectivos resultados, prontamente informaremos, pois até o fechamento desta edição, não tínhamos dados refe-rentes aos mesmos. Mais informações: www.secretariadeesportes-bg.com.

Distrital de Futsal: Em comum acordo e através de diversas solicitações e reivindicações, alterou-se o nome do Campeonato Colonial de Futsal 2012, ou seja, para o amigo leitor entender melhor: antes era Campeonato Colo-nial de Futsal – 2012. Agora, passa a chamar-se, Campeonato Distrital de Futsal - 2012. Por sinal, teve o seu início e sua abertura na sexta-feira (30/03) no Ginásio da Sociedade Barracão, com os seguintes confrontos e resultados: 1º Jogo: Canarinho de São Valentin 4 x 1 Inter da Eulália; 2º Jogo: Ipiranga da Paulina 4 x 5 São Valentin; 3º Jogo: Cruzeiro - Linha Cruzeiro 9 x 4 Alcântara; 4º Jogo: S.E.C Barracão 4 x 0 Palmeiras da Busa. A próxima rodada acontece na localidade de São Pedro, com mais quatro jogos.

Esportivo: Não poderia deixar de falar no Esportivo. Vi o Esportivo atuar frente ao Sapucaiense, na quarta-feira, 28 de março, em casa (Parque Monta-nha dos Vinhedos). Gostei do resultado final (vitória), gostei do segundo tempo de jogo. Sinceramente, não gostei do

primeiro tempo, sofrível, decepcionan-te e preocupante. Falei em outras opor-tunidades, aqui, em minha coluna e volto a reforçar. Sinal de alerta ligado:

1º) Um time que almeja subir para a divisão especial, não pode em hipóte-se alguma se dar ao luxo de sofrer “gol” ou ter falta de atenção nos minutos iniciais ou nos minutos finais de uma partida, como tem acontecido;

2º) Ouço em entrevistas alguns jogadores dizendo coisas do tipo: “foi falta de atenção nossa”, “nos descui-damos”, “falhamos no momento em que não podíamos falhar”, “temos que ter mais atenção”, “vamos ver o que o professor tem para nos dizer e procu-rar corrigir isso”, enfim, são várias as explicações que a gente ouve e fica se questionando.

3º) Usar tranca de ferro depois que a porta for arrombada, não resolve mesmo. Tem que manter o “ritmo”, a mesma “pegada”, a “atenção” , estar “li-gado” nos dois tempos de jogo, durante os 90 minutos. Difícil? Sim,eu sei que é

difícil , mas é o ônus que se paga quan-do se traçam determinados objetivos, pois não vejo nenhum time superior ao Esportivo, mas também vejo times mais vibrantes, com seus objetivos definidos e um pouco mais comprometidos do que o nosso Esportivo.

O Esportivo pela sua história e tra-dição, que me desculpem - com todo o respeito -, não pode e nem deve se abater a determinadas equipes, como tem acontecido. Sabemos, é segunda divisão, jogos duros, mas é o campeo-nato em que o Esportivo se encontra no momento, e para reverter tal situação, tem que se sobrepor aos seus adver-sários, principalmente dentro de casa. Dentro da minha modesta opinião, que fique destacado alguns pontos positivos, pois minha intenção é ver o Esportivo - subir - e não sucumbir a de-terminados adversários inferiores a ele. Avante Esportivo, tu és forte e tem que se mostrar mais forte ainda, para poder galgar o topo e conquistar teus objeti-vos. Acredito e torço por esse time.

Da arquibancadaCristiane [email protected]

Ilustração: Márcia Guimarães Spies

ques, gritos de torcidas e assim como temos estações do ano bem definidas, temos preferências bem definidas: so-mos azul, vermelho, amarelo, verde e grená. A luta deveria ser justa, mas nem sempre é. Mas surgem jogadores que vejo futuro, técnicos que podem seguir na carreira e dar um ar novo aos estilos que já estão no mercado. As torcidas que estavam adormecidas por quase um ano, surgem esbeltas, renovadas, assim como nós voltamos de férias. Não tem jogo fácil, nem jogo ganho. Tem disputa, talento, sorte, força, técnica e até falta dela. Os jogos são “pegados” e tem time que surpreende. Agora vem aí a Taça Farroupilha e as peças, como num jogo de tabuleiro, se inverteram

um pouco. Tem time que se encontrou em campo e outros quase jogando a toalha. Mas esse é nosso Campeonato Gaúcho: jogo para os fortes, decisões inesperadas, craques sur-gindo em gramados nem sempre tão verdes. Aliás, se eu fosse diretora de um time maior ficaria de olho em muita gente boa que está jogando por aí. E diferente de ma-tadores, vingadores vindos de outros recantos, com salários altos, são daqui, conhecem nosso jogo e estão loucos por uma grande chance. Tudo bem, pode ser apenas um devaneio, porque na prática não é bem assim. Mas se

eu fosse diretora, pegaria meu mate, esperava o churrasco ficar pronto e chamaria esses pias cheios de talentos pro meu time.

*Essa coluna eu dedico ao meu pai. Graças a ele, amo esse esporte.

Graças a ele, sou jornalista. Não é um gol. Mas essa eu dedico exclusivamen-

te para ele!

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Retrospectiva Jornal Integração da Serra | 02 de abril de 201220

Foi na IV Festa Nacional do Vinho (Fe-navinho) que a cidade de Bento Gonçalves recebeu a visita do General João Baptista de Oliveira Figueiredo - 30º Presidente do Brasil (1979 a 1985). O último presidente do período da ditadura militar e também o último a visitar a Capital do Vinho.

A festa realizou-se de 1 a 19 de fe-vereiro de 1980, sob a presidência de Nelton Callegari, tendo três vice-presidentes, José Ernesto Morgan Oro, Reinaldo Cestilio Dal Pizzol e Valério Pomper-mayer. Naquela ocasião, foi inaugurada a Casa do Agri-cultor, no interior do Parque

O vice-presidente da IV Fenavinho, José

Oro o Presidente da República, João

Figueiredo e a comitiva presidencial

Por Janete Nodariwww.oblogdajanete.blogspot.com

Memória daCidade

Foto

s: A

cerv

o de

José

Oro

O último presidente a visitar Bento Gonçalves

Presidente da República João Baptista de Oliveira Figueiredo e o Governador do Estado Amaral de Souza na abertura da IV Fenavinho

O Presidente João Figueiredo acompanhou o preparo da figada na IV Fenavinho, em 1980

de Eventos. Conforme Oro, o presidente Figueire-

do ficou admirado com as lides da colônia, entre elas, o costume de se fazer chimia no tacho. O presidente provou a famosa figada com pão colonial feito na hora pelas “mammas” e “nonnas”. Diferenciais da ver-dadeira identidade de uma festa dedicada ao agricultor e ao vinho.