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Turismo Fotografia Mergulho Técnico Naufrágios Cavernas Equipamentos Meio Ambiente Novidades EXPLORAÇÃO: NOVOS CENOTES DESCOBERTOS DIVEMAG International Dive Magazine www.divemag.org Feita por quem mergulha !! CUBA: JARDINES DE LA REINA + Fotógrafo Convidado: Marcos Paravella Edição 15 - 2013 Foto Sub Resultado Pelagos 2013 DIVE EDITORA paixão pelo mar Meio Ambiente CITES 2013 mantas e 4 espécies de tubarões protegidos

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Revista de mergulho mensal gratuita em formato PDF

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Turismo Fotografia Mergulho Técnico Naufrágios Cavernas Equipamentos Meio Ambiente Novidades

EXPLORAçãO: NOvOs cENOtEs dEscObERtOs

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Feita por quem mergulha !!

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Edição 15 - 2013

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2013-1 Caribbean - Diving-184.jpgpor Julian Cohen

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Scalefin anthia (13)por Paul Flandinette

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Dual Banded Tomato…por Okinawa Nature Photography

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MARçO dE 2013

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divEMAGinternational dive MagazineA DIVEMAG está disponível para ser visua-lizada em qualquer tablet ou smartphone com capacidade de ler arquivos em PDF, iPad, Android e outros. É simples e grátis: baixe a revista no seu device, entre no site da DIVEMAG selecione a edição e faça o donwload, assim que terminar, a revista será exibida no seu navegador e você po-derá optar por gravá-la em sua biblioteca de arquivos. Ex: iBooks ou similar depen-dendo da plataforma que você utiliza.

Agora é só aproveitar a sua edição da re-vista, colecionar ou enviar para os amigos, e o melhor: sem custo e sem limites.

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CONTEÚDO

SOCIAL

EDITOR KADU PINHEIRO

Feita por quem mergulha !!

>> Nesta edição <<

Caros leitores,

Como sempre uma edição cheia de novidades: essa um tanto especial pois tem a cobertura de uma verdadeira exploração de um cenote em Tulum no México, do qual fiz parte, e onde descobrimos tesouros pale-ontológicos de inestimével valor. Mostramos um pouco do universo dos exploradores de caverna, que levam o mergulho ao limite, descobrindo lugares intocados e nunca antes visitados, capsulás do tempo que tive-mos o prazer de abrir e desfrutrar depois de milhares de anos, sem que nenhum ser humano sequer imaginasse sua exsitência.

Uma matéria sobre um dos destinos mais cobiçados da atualidade: Jar-dines de la reina em CUBA, um dos lugares mais selvagens e intocados de todo o Caribe, um paraíso de tubarões com muita vida e cor nas águas quentes e cristalinas da terra de Fidel.

Comemoramos uma vitória histórica na CITES, com a proteção de 4 es-pécies de tubarão além das raias mantas, um ótimo começo na longa jornada da preservação dessas espécies.

Nosso fotógrafo convidado é um italiano de Genova, um talento promis-sor que está começando a explorar o mundo da fotografia submarina, e já mostra a que veio, participante ativo do nosso grupo no Facebook Marco Paravella nos brinda nessa edição com seu belo portfólio.

Tudo isso e muito mais nessa edição da Divemag.

Águas claras e boa leitura.

Kadu Pinheiro>> Editor <<

15.ExPLORAÇãO

15 :: México Exploração >> Tulum Cenotes 34 :: Rebreather MK VI 40 :: Cuba >> Jardines de La Reina 64 :: Foto Sub >> Equipamentos 67 :: Medicina do mergulho 71 :: Competição >> Pelagos 2013 81 :: Especial Shark Finning >> Parte IV 87 :: Sea Shepherd 90 :: Fotógrafo Convidado: Marco Paravella100 :: Certificadoras e mercado

40.JARDINES DE

LA REINA

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PRESIDENTE: Flávio [email protected]

REDAÇãO

DIRETOR DE PRODUTO E EDITOR: Kadu Pinheiro [email protected]

JORNALISTA RESPONSÁVEL:Kadu Pinheiro

Colaboraram nesta Edição: Marco Paravella, Raquel Rossa, Gabriel Ganme, Kadu Pinheiro, Dan Brasil, Reinaldo Alberti, Milton Marinho Jr., Fracesco Pacienza.

REVISãO FINAL: Reinaldo AlbertiTRADUÇãO ESPANHOL: Hector MañonTRADUÇãO INGLÊS: José Truda Palazzo

PUBLICIDADEGERENTE: ReinaldoAlberti [email protected]

ATENDIMENTO AO LEITOR SAC :: [email protected]

DIVEMAG é uma publicação on-line mensal e gratuita da Editora Dive Ltda.

Abril de 2013. Ar ti gos as si na dos não re pre sen tam ne ces sa ri a men te a opi ni ão da re vis ta.

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Conselho Editorial

O conselho editorial foi formado com o intuito de manter a revista alinhada com as melhores publicações de mergulho mundiais. Os membros do nosso conselho são referências junto ao mercado de mergulho, figuras publicamente conhecidas que representam nossa atividade perante a mídia e o trade.

Foto capa: Kadu Pinheiro

cristian dimitrius

Lawrence Wahba

carolina schrappe

Reinaldo Alberti

Rodrigo Figueiredo

ExPEDIENTE

Abril 2013

Ed.15

[email protected]

ATENDIMENTO

Gabriel Ganme

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DiveMagfevereiro2013.pdf 1 3/13/2013 10:56:03 AM

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INFO

RME PUBLIC

ITÁRIO

| DIVEMA

G.org | Scuba Point

Calendário-divemag-fevereiro-2013.pdf 1 3/13/2013 10:30:21 AM

A escola paulista de mergulho Scuba Point ganhou o certificado de execelência de qualidade em 2012 da PADI, em reconhecimento a todo o trabalho desenvolvido nos últimos anos na formação e treina-mento de seus mergulhadores.

Toda a equipe da DIVEMAG deseja dar os Parabéns ao Ricardo Lalo Meurer e a equipe da Scuba Point, por esse prêmio, e por todo o tra-balho que vêm realizando pelo mergulho no Brasil nos últimos 20 anos.

Mercado | Novidades| Por Redação

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Mergulhar em cavernas é uma atividade extrema, aventura e emoção em doses cavalares, muito treinamento, muita dedi-cação e muita técnica envol-vidas, para a grande maioria dos mergulhadores de caverna, praticar sua atividade em luga-res previamente explorados e cabeados é o top, mas ainda existe um nível acima.

tAN cHAc HAExplorando novos cenotes em Tulum | Texto e Fotos: Kadu Pinheiro

15DIVEMAGTechnical Dive

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Aqui sou obrigado a recorrer a uma ana-logia com uma outra atividade: o mon-tanhismo, escalada no gelo e conquista de cumes que ninguém nunca jamais es-calou, hoje o montanhismo vive a nos-talgia das grandes escaladas do século passado, sendo que o desafio é conse-guir chegar ao cume de uma montanha, usando uma via ou caminho mais difícil, praticamente não existem mais monta-nhas a serem exploradas, são raros os lugares na superfície da terra que ainda não foram conquistados, talvez alguns pontos de selva inóspitos e remotos.

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DESTINO | México - Tulum | Texto e fotos: Kadu PinheiroDIVEMAGTechnical Dive

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Mas em se tratando de cavernas a história é outra, existem milhares de cavernas (ou ce-notes termo usado no México e américa central para se referir a cavernas alagadas) inex-ploradas ainda, milhares de quilômetros de passagens totalmente desconhecidas ao ser humano, intocadas por milhares de anos, cápsulas do tempo que muitas vezes guardam segredos arqueológicos e paleontológicos inestimáveis, e são poucos os mergulhadores com treinamento, coragem e predisposição para explorar esses tesouros esquecidos.

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DESTINO | México - Tulum | Texto e fotos: Kadu PinheiroDIVEMAGTechnical Dive

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DESTINO | México - Tulum | Texto e fotos: Kadu PinheiroDIVEMAGTechnical Dive

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Obtive a oportunidade de conhecer alguns des-ses exploradores no México, Bil Phillips e Robert Schmittner (Robbie) que nos forneceu toda a estrutura e acompanhamento para realizarmos a expedição xibalba, em 2012, durante os dias que passamos com Robbie ele nos colocou a par de suas explorações junto com seu amigo Bil Phillips sobre os planos de encontrar a cone-xão entre 2 dos maiores sistemas de cavernas do mundo Sac Actum e Ox Bel Ha, o que se confir-mado; resultará no maior sistema de cavernas alagadas de todo o mundo.

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| Texto e fotos: Kadu Pinheiro

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Technical Dive

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El Faro: Mergulho típico caribenho com muita vida, corais e esponjas. Mergulho noturno aqui é obrigatório!

Blue Hole: Um dos melhores mergu-lhos de San Andres, formado por um pequeno canion, que desemboca em uma espetacular parede, normal-mente se avista tubarões caribenhos de recife saindo do canion, e em nos-so mergulho ainda tivemos a oportu-nidade de ver um enorme grupo de golfinhos nariz de garrafa que ficou nos rodeando e brincando conosco mais da metade do mergulho, dica não vá em grupos muito grande se deseja ter um encontro mais íntimo com os tubas, grupos grandes com muitas bolhas intimidam os animais.

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UM bREvE HistóRicO dA EXPLORAçãOSistema Sac Actun (em Maya significa “Sistema Caverna Branca”) é um sistema de caverna subaquáticas situadas ao longo da costa caribenha da península de Yucatán com passagens para o norte e oeste da vila de Tulum. A exploração começou a partir do Gran Cenote (20 ° 14 ‘47 “N 87 ° 27’ 51” W) 5 km a oeste de Tulum. O conjunto do sistema de cavernas exploradas atualmente encontra-se dentro do município de Tulum (estado de Quintana Roo).

DESTINO | México - Tulum | Texto e fotos: Kadu PinheiroDIVEMAGTechnical Dive

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No início de 2007, o sistema Nohoch Nah Chich foi co-nectado ao sistema de Sac Actun tornando-o o mais lon-go sistema de cavernas sub-marinas exploradas no mun-do até então, o Sistema de Sac Actun mede atualmente 220,6 km (após ter sido co-nectado ao Sistema Aktun Hu com 34 quilômetros, em janeiro de 2011) e atualmen-te é o segundo tendo sido ul-trapassado pelo Sistema Ox Bel Ha com 242,4 km.

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| Texto e fotos: Kadu Pinheiro

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Estes dois sistemas de cavernas desde 2007 têm alternado frequentemente o título de maior caverna subaquática do mundo. Incluindo dois outros sistemas co-nectados de cavernas secas (Sistema Yax Muul e Sistema Pierre′s East) que fazem parte do Sistema Sac Actun com 220,6 km sendo a segunda maior caverna no Mé-xico e a sexta maior em todo o mundo.

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Em setembro de 2012 estava acompanhando um grupo de mergulhadores em caverna do Diving College de São Paulo, junto com meu instrutor e men-tor João Paulo Pavani Franco o “Jonnhy”, e após quase 10 dias de mergulhos, explorando diver-sos cenotes muito pouco visita-dos e explorados, já tínhamos reunido material suficiente para algumas matérias ao longo do ano, e foi aí que um convite es-pecial foi feito ao Jonnhy com extensão a mim.

Robbie estava querendo explo-rar um novo cenote o qual havia descoberto a algumas semanas, e nos convidou para participar da expedição.

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| Texto e fotos: Kadu Pinheiro

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Um mergulho de exploração dessa na-tureza requer um outro tipo de logística e preparo, o cenote estava localiza-do em uma fazenda no meio da sel-va, seria necessário a contratação de 2 carregadores para nos ajudar com o transporte de todo equipamento até um ponto próximo a entrada do ceno-te, todos os clientes já haviam partido e teríamos 2 dias para explorar, o primeiro dia de mergulhos foi feito só com o Jon-nhy e o Robbie, e eu fiquei no apoio de superfície, uma caminhada exaustiva de quase 1 quilometro em meio a mata fechada, com um calor de 40 graus e muita umidade, carregando tralhas, câmeras e tudo o mais, pingávamos como se estivéssemos em uma sauna a vapor, aproveitei para registrar todo o processo do preparo dos mergulhos e finalmente no segundo dia, tendo já uma prévia do que iríamos encontrar pela frente, me juntei ao time para con-tinuar a exploração e registrar as des-cobertas que viríamos a fazer.

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Ser o primeiro ser humano a nave-gar por aquelas águas em milhares de anos, é uma expectativa de tirar o sono de qualquer aventureiro, ter a oportunidade de ser o primeiro a registrar tal feito é o sonho de muitos fotógrafos de aventura no mundo todo, e dessa vez tive minha grande chance, para nossa surpresa o ceno-te está repleto de ossadas de animais pré-históricos, e acabamos por en-contrar uma enorme mandíbula de mastodonte, um animal que deve ter caído no cenote a milhares e milha-res de anos, ou até mesmo morrido na caverna quando ela ainda era seca, o coração bate mais forte e a boca fica seca de emoção ao con-templar o fóssil, somos os primeiros a vislumbrar o esqueleto, um pedaço da história do planeta registrado e in-tocado bem ali na nossa frente, para-fraseando outro famoso explorador, Steve Bogaerts: nós mergulhadores somos os “olhos e as mãos” dos ge-ólogos, químicos, biólogos, hidrólogos e outros cientistas que também estão fascinados por estes sistemas subter-râneos naturais, que sustentaram a ci-vilização Maya durante séculos.

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Ainda nesse mergulho localizamos uma outra entrada, isto é um outro cenote, o qual foi batizado de Yumi Ha (Dona da Água em Maya), fachos dourados de luz passavam pela boca do cenote localizado no meio da selva, escondido e provavelmente quase inacessível por terra, o mergulho apresentou um perfil variado chegando em alguns trechos a 21 metros de profundidade com passagens bem estreitas onde o uso da configuração de side mounting é obrigatório para conseguir passagem. Passar com a câmera nesses lugares requer uma dose de paciência e calma adicionais, para evitar danificar o equipamento, além de levantar partículas (silt) que poderiam prejudicar a visibilidade colocando todos em risco.

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Após o mergulho segurar a onda na sensação indes-critível de missão cumprida e de conquistador do mundo foi difícil, explodimos em comentários e co-memorações pelo feito e pelo registro inédito desse episódio no universo de explorações, coisa corriquei-ra para o Robbie, mas significativa para mim princi-palmente, ter meu nome registrado como explorador nos autos da Quintana Roo Speleological Survey foi um certificado da aventura que poderia enfeitar a minha parede do escritório.

Resultado da brincadeira: Sistema Tam Chac Ha, 572 metros de passagens mapeadas -20.1 metros de pro-fundidade e 2 (entradas) cenotes registrados.

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Voltando a realidade e deixando o complexo de Indiana Jones de lado, participar e registrar com qualidade esse tipo de exploração possibilita um entendimento muito maior e fornece material de referência e divul-gação desses heróis que arriscam suas vidas para desbravar as últimas fronteiras inexploradas do nosso planeta, um agradecimento especial a todos os mergulhadores e exploradores de caverna que tive a oportuni-dade de conhecer nessa jornada, além de um outro especial agradeci-mento ao Francisco e ao Ricardo, que nos ajudaram a transportar toda a tralha de equipamentos nessa empreitada.

Para quem quer ir mais fundo e conhecer os cenotes:

A pousada e operadora xibalba possui toda a infraestrutura para mergulhadores e seus acompanhantes confira:

Robert Schmittner (Robbie)http://www.xibalbadivecenter.com/

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Vou terminando aqui meu texto e me pre-parando para voltar ao México, pois mui-tos cenotes ainda me aguardam, temo que fui contaminado pelo bichinho da exploração e documentação desses am-bientes tão fascinantes e inóspitos, até a próxima pessoal, voltarei com muitas novi-dades e imagens dessa nova expedição que está só começando.

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HISTóRIA

Fundada em 1958 por Ingvar Elvström, com o ob-jetivo de resolver uma série de problemas relacio-nados aos equipamentos de mergulho, a Poseidon Diving Systems AB é uma empresa Sueca que com sua visão inovadora e criativa foi responsável por uma série de inovações que revolucionaram o mer-cado de equipamentos de mergulho. A empresa ainda carrega o legado de Ingvar, e o seu mais novo lançamento é o Rebreather MK VI Discovery da POSEIDON.

Rebreather MK vi discovery da POsEidON.Texto: Milton Marinho Jr. | Fotos: Divulgação Poseidon

O Discovery é um Rebreather de circuito fechado totalmente auto-mático (CCR), seu desenvolvimento e lançamento representa um marco para a comunidade de mergulho, depois de muitas déca-das sem grandes inovações. Certamente você terá o mais longo, calmo e silencioso mergulho da sua vida, uma experiência única. Será capaz de se integrar ao ambiente marinho, deixado por nossos ancestrais a mais de 440 milhões de anos.

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O EqUiPAMENtO:O Discovery não é o primeiro rebreather do mercado. Mas é o primeiro que esta ver-dadeiramente ao alcance de mergulhadores recreativos - e para a Poseidon, é um sonho que se torna realidade.

Queríamos produzir um rebreather que qualquer um pudesse usar. Um que fosse fácil de operar, eficaz, acessível e, acima de tudo, seguro. Isso significava não só a criação de tecnologia de ponta, mas também encontrar formas de produzir uma tecnologia acessível economicamente a todos.

O Discovery é um rebreather totalmente automático, o sistema inclui um circuito de respiração (bocal, mangueiras, contra-pulmões e scrubber) com um módulo eletrô-nico associado, e dois cilindros de gás independentes. Um contém oxigênio a 100% comprimido que é adicionado à linha de respiração conforme o consumo do mergu-lhador . O segundo cilindro de ar comprimido contém um “diluente” para compen-sar a compressão do circuito de respiração, a medida que o mergulhador vai mais fundo. O diluente é também um sistema de backup, que contém gás suficiente para o mergulhador respirar diretamente em caso de uma emergência, usando a válvula de Bail Out (BOV) ou uma fonte alternativa de gás ligada ao regulador do diluente.

MKVI Poseidon tem cinco grandes vantagens sobre o equipamento do circuito tradi-cional aberto: 3 horas de tempo de mergulho , mais seguro e mais fácil de usar, mais leve e menor, Sem paradas de descompressões e uma operação silenciosa, fazendo do mergulhador parte do ambiente e não apenas um visitante.Além disso ele apresenta duas vantagens extras sobre os outros rebreathers:

Primeiro: teste pré mergulho totalmente automático, alertando o mergulhador caso algo esteja errado com a máquina.

Segundo: peso reduzido, cerca de 14 quilos em condição de mergulho (sem o cole-te), ou seja o mesmo que um equipamento de circuito aberto standard.O pacote ainda acompanha uma das três opções de colete equilibrador: Rebrea-ther BCD (jacket stile), One Harness (softharness com asa) e Rebreather Wing (back plate e asa).

Por último, o Discovery MK VI Poseidon já recebeu a aprovação na norma CE Stan-dards (EN14143), necessária para sua qualificação e emprego nos cursos PADI type R.

EQUIPAMENTO |Rebreather MK VI Discovery da POSEIDON. | Milton Marinho Jr.

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O TREINAMENTO

Seguindo a linha de facilidade de utilização, o treinamento é focado em co-nhecimento e habilidades gerais para se mergulhar com rebreathers e pontos específicos do uso da unidade Discovery MK VI.

Atualmente, 3 certificadoras usam o Discovery como plataforma dos seus cur-sos, PADI, SSI e IANTD.

A PADI divide o programa em Rebreather Diver (18 metros) e Advanced Re-breather Diver (30 metros). Ao se qualificar como mergulhador, sua certifica-ção permite o uso específico da unidade MK VI.

A Poseidon, através do seu representante no Brasil, está montando uma es-trutura, não somente de venda de rebreathers e seus acessórios, mais que também inclui : serviços e manutenção, venda de cartuchos de Sofnodive 797 (filtro), venda de equipamentos de circuito aberto, aluguel de máquinas e operações de turismo e curso dedicadas aos mergulhadores de rebreathers.

Inicialmente este projeto conta com um Rebreather Resort , quatro cen-tros de mergulho e service center. A formação de mergulhadores e instru-tores será coordenada inicialmente pelo Instructor Trainer Milton Marinho, Jr, mas ao final do primeiro ano de operações novos instrutores e estru-turas de mergulho terão se formado.

EQUIPAMENTO |Rebreather MK VI Discovery da POSEIDON. | Milton Marinho Jr.

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Page 37: DIVEMAG | Edição 15 | International Dive Magazine

FICHA TéCNICA

• Tamanho: 53 x 41 x 18 cm• Peso: 18 kg pronto para mergulhar, incluin-

do o colete equilibrador e acessórios• Cal Sodada: Sofnodive 797• Autonomia: 3 horas de mergulho• Profundidade operacional: Ar 40 metros /

Trimix 48 metros• Características principais: totalmente auto-

mâtico, regulador com válvula BOV, ADV e CC integradas e válvula OPV no loop.

• Computador de mergulho integrado, aler-ta HUD (head up display) com vibrador, sensor de oxigênio com calibração auto-mática, pre teste de mergulho automático.

• Temperatura de operação: + 4oC a 32oC• Norma: este equipamento cumpre a Nor-

ma CE (EN14143).

Milton Marinho Jr. é o responsável pelo escritório de treinamento e consultoria Alliance IDC, trabalha como Instructor Trainer PADI nas áreas de formação PADI Pro, Rebreather, TecRec e EFR e representa a marca Poseidon Diving Systems no Brasil.

EQUIPAMENTO |Rebreather MK VI Discovery da POSEIDON. | Milton Marinho Jr.

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Page 38: DIVEMAG | Edição 15 | International Dive Magazine

ACQUAMAR: acquamar.com.br | BAHIA SCUBA: bahiascuba.com.br | BELLSUB: bellsub.com.br | DIVING COLLEGE: divingcollege.com.br | KEEP DIVING: keepdiving.com.br |

LITORAL SUB: litoralsub.com.br | MAR A MAR: maramar.com.br | MARSUB: marsubsantos.com.br | OCEAN: ocean.com.br |

POSEIDON MERGULHO: poseidonmergulho.com.br | SCAFO (São Paulo): scafo.com.br/sp/ | SCUBALAB: scubalab.com.br |

Page 39: DIVEMAG | Edição 15 | International Dive Magazine

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JARdiNEs dE LA REiNAO paraíso perdido de CUBA | Texto e Fotos: Por Kadu Pinheiro

UM CARIBE COMO NOS TEMPOS DE COLOMBO

Se descrever um lugar como os Jardines de La Reina é uma tarefa gratificante, é também muito complicada. É um lu-gar intocado pelo homem, preservado em meio a tanta exploração e degradação dos oceanos. Uma verdadeira jóia, uma pérola no mar do Caribe, situada cerca de 48 milhas ao sul do litoral de Cuba, é uma imensa barreira de recifes que se estende por mais de 360 km. Um conjunto de mais de 600 ilhas e Ilhotes (chamados de cayos) – divi-dido em 3 grandes grupos. O Labirinto das Doze Léguas é o mais importante e se estende desde o golfo de Guaca-nayabo até a baia de Casilda, na parte meridional da ilha de Cuba. Os Jardines de La Reina foram descobertos por Cristóvão Colombo em sua segunda visita ao novo mundo e seu nome é uma homenagem à Rainha Isabel de Castilla.

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PRESERVAçãO

A preservação apoiada por medidas de protecionismo do governo Cubano é o segredo desse milagre. Preservação as-sociada à distância da costa, ausência de população local e o ciclo das marés na região que descarrega várias vezes ao dia uma sopa de nutrientes que abastece e garante a base de uma riquíssima cadeia alimentar. Sem a intervenção do homem, não existem detritos de nenhuma natureza – não avistamos nenhum tipo de lixo durante nossos mergulhos.

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A preservação é total. A parceria entre um grupo de Italianos e o Governo Cubano é um excelente exemplo de sustentabilidade: o governo cedeu a concessão de explora-ção da região 12 anos atrás e a partir de en-tão se iniciou uma verdadeira cruzada para criar o parque marinho e medidas que ga-rantissem a proteção da região. A Avalon, empresa Italiana responsável pelas opera-ções no local, ajuda a manter uma base de guardas-parque responsáveis pela fiscaliza-ção e manutenção da região fornecendo infra-estrutura e apoio na fiscalização.

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No parque, que abrange uma área de aproximadamente 1.400 km², são proi-bidas a pesca e qualquer atividade de extração que prejudique o eco-sistema sendo permitido apenas a pesca esportiva, com soltura do peixe, e o mergu-lho. Aliás, a pesca esportiva é o grande chamariz da região e oferece experi-ências inesquecíveis aos seus aficionados.

Ainda assim, são poucos os privilegiados – este é um destino que limita o aces-so de turistas e recebe pouco mais de 300 felizardos por ano – que usufruem um mar com águas turquesas e cristalinas, um verdadeiro espelho d’água en-volvendo formações de coral que chegam a ter vários metros de altura! Es-tão catalogadas aqui mais de 165 espécies de invertebrados marinhos, 60 de esponjas, 77 de corais, 167 espécies de peixes na zona recifal e mais de 58 nas regiões de mangue! A densidade de peixes é mais que o dobro do que encontramos em outras regiões de CUBA, um nível de Biomassa surpreendente mesmo comparado com outras regiões de proteção marinha do mundo.

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O grande indicativo de saúde dos recifes e grande atrativo para os mergulhadores – e para mim, em parti-cular – é a enorme quantidade de tubarões de diversas espécies que povoam a região, sempre os primeiros a sucumbir quando há desequilíbrio do eco-sistema.

Em nosso primeiro dia partimos do porto de Jucaro, na província de Camaguey, rumo a nossa base de ope-rações nos próximos dias: o hotel flutuante La Tortuga. Nosso grupo multinacional era composto pelo staff da Avalon, dois ingleses, dois espanhóis, um alemão e dois brasileiros, todos mergulhadores experientes e com um vasto currículo de imersões pelo mundo todo – percebi que seria difícil impressionar a galera!

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Apos conversar com os guias Noel e Fausto – difícil agradecê-los o suficiente pela imensa disponibilidade e carinho – decidimos fazer nosso mergulho de reconhecimento ainda naquela mesma tarde. Por volta das 15h partimos em nossa lancha rumo a um ponto do recife mais raso e calmo para que pudéssemos nos ajustar ao lugar, acertando lastro, equipamentos, máquinas e afins.

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A PRIMEIRA IMPRESSãO é A QUE FICA ...

A primeira impressão ao se colocar a cabeça na água foi a de um sonho, uma explosão de vida em meio a um imenso jardim de esponjas e corais de ta-manho descomunal, verdadeiras catedrais por onde circulavam centenas de espécimes de peixes recifais, moréias, arraias, tartarugas ... Barracudas bem criadas, chegando a medir 1 m de comprimento, patrulhavam calmamente o recife logo abaixo de nossos pés. Isso para não falar das enormes garoupas e meros gigantes epinephelus itajara. Ainda deslumbrados pela diversidade e grandiosidade do lugar voltamos a nossa lancha após cerca de uma hora de mergulho e seguimos em busca de uma inesperada surpresa.

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Nós não sabíamos que o nosso piloto havia avistado ao longe um enorme cardume de atuns, o que significava a possível presença de convidados especiais. Mal acreditei quando o guia Noel apontou freneticamente para uma enorme sombra logo a frente do barco, um tubarão ba-leia!!! Snorkel, nadadeiras e câmera em punho, caímos na água, um momento de puro êxtase vendo aquele gigante passando bem a nossa frente. O encontro foi Rápido, o sol já estava baixando no horizonte e nosso piloto recomendou que voltássemos para a base flutuante. Nada mal para as primeiras 3 horas em Jardines de La Reina (mal sabíamos o que nos aguardava os próximos dias)!

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Definimos nossa programação de três mergulhos para o segundo dia com os guias: tubarões cinzentos de recife carcharinus perezei, tubarões sedosos carcharinus fal-ciformis ou “silky sharks”, como são mais comumente conhecidos, e algum recife de corais à tarde.

Partimos do Tortuga navegando pelos braços de mar em meio ao manguezal. A maioria dos pontos fica a menos de 20 minutos de navegação da base. A navega-ção já é uma aventura em si: voamos sempre em alta velocidade, por canais de águas rasas, cheios de curvas acentuadas, um brinquedo de parque de diversões! Nem preciso comentar a perícia do piloto do barco!

Ruínas Maya em tulum

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De repente a corrida chega ao fim e o barco corta o motor em meio a um azul infinito e cristalino. Estamos em black coral II e olhando para baixo podemos ver o fundo de areia e formações rochosas forradas de corais. Um olhar mais atento para o fundo revela a silhueta de pelo menos três tubarões caribenhos patru-lhando o recife, circulando logo abaixo do barco. Confesso que a excitação foi grande ao cair na água com um olho para baixo e outro para cima para pegar minha câmera. Ao descer percebi que não eram apenas três e sim mais de dez tubarões nas redon-dezas, indo e vindo calmamente através das formações.

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Para manter os tubarões por perto os guias usam um recurso interessante e polêmico: escondem um peixe conge-lado em um buraco ou dentro de um coral. A vantagem desse método é que assim atraem os tubarões sem que o comportamento dos animais se alte-re para aquele frenesi típico das sessões de alimentação praticadas em outras regiões do Caribe. Para reduzir a po-lêmica vale destacar que mesmo esta prática menos agressiva foi adotada apenas em poucos dos nossos pontos de mergulho e mesmo sem as “iscas” encontramos tubarões em pratica-mente 90% das imersões realizadas. Na verdade, os tubarões são tão freqüen-tes que é difícil realizar uma foto de ga-roupa ou de tartaruga ou até mesmo de uma paisagem sem a interferência de nossos amigos dentuços.

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Quanto às sensações provocadas por mergulhar com mais de 20 tubarões, alguns com quase 3 metros de comprimento ... a emoção toma conta de nossos corpos, a atenção é total, a adrenalina sobe muito quando percebemos que estamos cercados! Os tubarões tem esse comportamento investigativo, nos rodeiam e passam tão perto que chegam a esbarrar em nosso corpo ou na câmera. Cheguei a afastar delicadamente vários de-les ao ver que estavam muito interessados nos meus flashs! Permanecemos na área cerca de 25 minutos e depois seguimos por várias formações e cânions, quase sempre seguidos de perto pelos tubarões, sempre indo e vindo, ainda curiosos com nossa presença.

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Antes do intervalo de superfície, uma dica im-portante para os mergulhos: não deixe pés e mãos descobertos, pois os tubarões podem confundi-los com pequenos peixes prateados. Leve e use meia de neoprene e luvas (ou bo-tas para quem usa nadadeiras abertas). O mo-mento de maior atenção é o retorno ao barco: sempre com cerca de vinte tubarões passan-do bem próximos, logo abaixo de você, é bom subir rápido, se possível equipado - deixe para tirar as nadadeiras a bordo.

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Durante o intervalo de superfície fomos a uma ilhota próxi-ma para um descanso em areias brancas e finas. A ilhota é habitada apenas por uma pequena espécie de roedor parecido com a capivara, alguns lagartos que se aproxi-mam curiosos e a outra atração do lugar: crocodilos de água salgada, que podem ser observados tomando sol em praias mais distantes dentro das formações do man-gue. Este cenário, digno de um filme de náufragos, é ape-nas uma das centenas de ilhotas que formam a linha de recifes da região: isolada, selvagem e intocada.

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Um desses crocodilos, carinhosamente apelidado de Franco “the croc”, habita uma pequena caverna bem próxima ao Tortuga. O “pequeno e delicado” animal tem mais de 3 m de comprimento, adora frango e foi adotado pelo staff como mascote oficial. Noel, nosso divemaster, já efetuou diversos mergulhos no mangue na com-panhia do Franco. Confesso que fiquei bem pilhado para mergulhar com o crocodilo, mas a única vez que o avistamos foi numa noite, quando ele se aproximou do Tortuga e ficou rondando por mais de 1 hora, até ganhar uma carcaça de frango de aperitivo de nosso co-zinheiro. Realmente impressionante.

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Após o intervalo seguimos para Farallon, destino do segundo mergulho do dia, a área onde são efetu-ados os mergulhos com os silky sharks. A maioria dos pontos onde os tubarões são mais freqüentes está localizada na entrada das passagens que li-gam os dois lados da zona de mangues. Os tuba-rões usam esses corredores que interligam o mar aberto com a face mais abrigada, voltada para a ilha de Cuba.

Chegando ao ponto, motor desligado. Novamen-te a superfície é um espelho quase perfeito, rom-pido apenas uma ou outra vez por uma nadadei-ra dorsal. Novamente diversos tubarões rodeando o barco. Diferente dos cinzentos, os tubarões silky que habitam este ponto preferem águas mais ra-sas e ficam rodeando o barco a meia água, bem curiosos, se aproximando bastante dos mergulha-dores. Fazemos o mergulho seguindo por diver-sas formações com pequenas cavernas e grutas chegando a 35 m de profundidade. A paisagem e a quantidade de vida são impressionantes, ga-roupas tigre, meros, grandes barracudas e toda a sorte de peixes coloridos, alem de cardumes de di-versas espécies.

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O retorno ao barco é feito com alguma antecedência, pois a gran-de atração é a parada de segurança que realizamos rodeados por dezenas de tubarões silky. São um pouco menores que os cinzen-tos, mas podem chegar a 2 m com facilidade. Seu comportamento é menos agressivo e se movimentam de forma mais lenta e investi-gativa. É uma sensação incrível estar rodeado por essa quantidade de tubarões! Estava fotografando alguns deles próximos ao barco quando percebi um pequeno silky passando muito próximo do nosso guia. Numa fração de segundos, Noel pegou a cauda do tubarão e o virou em um movimento preciso que provocou um fenômeno cha-mado de imobilidade tônica, uma paralisia temporária do tubarão, algo do tipo “fingir de morto”.

Nesse momento me aproximei e aproveitei para fazer um close-up da situação chegando quase a abraçar o tubarão que estava nas mãos de Noel. Emocionante! Após alguns segundos Noel liberou nos-so amigo que seguiu nadando calmamente como se nada tivesse acontecido. Foi uma atitude um tanto polemica visto que houve manipulação intencional, mas aparentemente não causa nenhum stress ao animal.

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De volta ao Tortuga, após uma ducha, com as baterias recarregadas e o cartão de memória descarregado, nossa cozinheira chama para o almoço servido no salão de refeições do barco. É um almoço re-quintado com diversas opções de peixe, lagosta, batatas e frutas de sobremesa, um verdadeiro banquete! Por volta das 15h saímos para o terceiro mergulho, completando nossa rotina que seria repetida ao longo dos próximos cinco dias a bordo do Tortuga. Quando retorna-mos do último mergulho ao fim da tarde, somos recepcionados com mojitos e pizza caseira feita na hora, apenas um lanchinho para sa-borear o pôr do sol e enganar a fome até a hora da janta, por sinal outro banquete, regado a bons vinhos chilenos que acompanham os três tipos de peixes e dois tipos de lagostas servidas com uma sofis-ticação encontrada apenas nos melhores e mais caros restaurantes.

São inúmeros os atrativos de Jardines. Um mergulho que nos impres-sionou muito por sua beleza foi Octopus Cave, um ponto onde pode-mos encontrar tubarões cinzentos de recife e uma grande caverna, que está sendo mapeada e cabeada pelo Noel. A grande entrada da caverna fica repleta de cardumes de vários tipos de peixes. Os tubarões também são freqüentes, é claro, patrulhando a entrada e muitas vezes as áreas mais profundas da caverna. Como não estáva-mos preparados para incursões mais profundas, nos contentamos em apreciar as formações desde a grande entrada até o estreitamento que leva a outros sistemas, que segundo Noel devem desembocar numa ilha próxima.

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Five Seas também merece destaque pela incrível formação de cânions, pequenas gru-tas, passagens e um pequeno naufrágio desmantelado, onde ainda é possível observar entre os destroços, relógios e medidores, objetos que se estivessem em outro local a muito já teriam sido retirados do fundo. O grande barato do mergulho entre essas forma-ções é ser constantemente acompanhado por tubarões cinzentos, indo e vindo como numa grande rodovia de duas mãos. Tarpões, peixes muito apreciados por pescadores esportivos e escassos em outras regiões do Caribe, são muito comuns aqui, passeando em grandes cardumes a meia água ou pelas passagens submarinas.

Para quem gosta de fotografia macro, La Cana é um ponto imperdível, com minúsculos camarões, nudibrânquios, crustáceos, pequenos peixes coloridos, moréias, corais e gor-gônias das mais variadas cores e tamanhos.

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Enfim, são tantos atrativos que é muito complicado decidir o que fotografar. Confesso também que é meio difícil olhar para o resto da paisagem com dezenas de tubarões de diferentes espécies rondando você durante todo o mergulho. Além dos silky, cinzentos, tubarões lixa e tubarão baleia, podemos encontrar o tubarão martelo gigante sphyrna mokar-ran, espécie rara, chegando a medir mais de 4 m e que pode ser visto com certa facilidade nas zonas próximas aos pare-dões, nadando no azul em busca de alimento, tubarões tigre também podem ser vistos em alguns pontos mais distantes, alcançados apenas pelos ocupantes das quatro embarcações para live aboard operadas pela Avalon na região (eu, particularmente, prefiro o La Tortuga pelo conforto e versatilidade da operação uma vez que boa parte dos pontos feitos pelos live aboards também podem ser alcançados de lancha rápida a partira do Tortuga sem muita dificuldade)

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Alguns anos atrás assisti na National Geografic um documentário de David Doubilet sobre os Jardines de La Reina. Desde então sonho em conhecer esse lugar, entre cético e impressionado com as des-crições e fotos que havia visto. Agora, ao retornar de viagem, ciente de que é impossível imaginar com clareza o quão preservada e especial é essa região, fico aqui pensando como será daqui a al-guns anos quando finalmente Cuba se abrir para o mundo. Será que o mesmo empenho em preser-var e manter essa área intocada não sucumbirá a interesses econômicos mais fortes? Torço para que não. Rezo para que o bom senso e a razão ilumi-nem as mentes dos próximos governantes e gesto-res da região.

Enquanto isso ... coloque esse destino na sua lista de desejos!

Quanto a mim ... ainda não consigo acreditar que no Caribe exista um lugar como esse, só me resta agradecer a Luisa Sacerdote da Avalon e ao Mar-celo Rossi da Squallo a oportunidade de poder re-gistrar e compartilhar com os leitores as maravilhas desse lugar.

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INFORMAçõES GERAIS:

La Tortuga é um hotel flutuante com 7 cabines/apartamentos e capacidade para 22 mergu-lhadores ou pescadores. As cabines contam com ar condicionado individual, banheiros pri-vativos e muito conforto. Os geradores e a pra-ça de recarga e manutenção de equipamen-tos ficam distantes do hotel e o barulho não incomoda os hóspedes. As 4 embarcações de live aboard foram recentemente reformadas e tem capacidade média para 12 mergulhado-res cada.

A estrutura de mergulho dispõe de cilindros de 12 e 15 litros e equipamento para locação.

Em Havana existem excelentes hotéis no cen-tro velho (totalmente restaurado), próximos da maioria dos principais pontos turísticos. Uma opção 5 estrelas é o Hotel Melia próximo ao Malecón.

COMO CHEGAR:

Parte aérea com a Copa Airlines (via Panamá) até Havana; traslado em ônibus (7horas) até Jucaro; embarque em lancha rápida (4 horas) até o La Tortuga.

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DICAS:

Melhor época: Novembro á AgostoMoeda local: Peso CubanoTemperatura da água: entre 26 e 30 grausMaioria dos lugares não aceita cartão de crédito, leve euros ou dólaresCompras: Charutos e RumNão deixe de visitar o centro velho e a residência de Ernest HemingwaySe desejar conhecer um pouco mais de Cuba alugue um carro em Cierro da Ávila, próximo ao local de desembarque, e vá dirigindo até havana, 5 dias são suficientes para conhecer algumas cidades, reserve 2 dias no mínimo para Havana, no caminho Cienfuegos e Playa Giron oferecem bons mergulhos também.

Em geral as estradas são bem sinalizadas e bem asfaltadas, cuidado especial com animais, bicicletas e motonetas que dividem o espaço com os poucos carros que cir-culam pelas rodovias.

QUEM LEVA:

CUBA: Avalon - Dive Center: www.divingincuba.com - www.jardinesdelareina.com.br/Ou seu Representante oficial no Brasil: Squallo - Dive Expeditions: www.squallo.com.br

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RECIFE/PEMEGULHO NOTURNO - VAPOR PIRAPAMA

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cANON LANçA 2 NOvAs dsLRFOTOGRAFIA | EQUIPAMENTOS | Redação

A Canon anúnciou 2 lança-mentos esse mês: a Canon EOS Rebel T5i ou 700D, que entra no lugar da recém aposentada T4i.

A nova câmera DSLR trás um sensor APS-C de 18 MP, proces-sador DIGIC 5, autofoco com 9 pontos de foco, ISO 100-12800 (expansível para 25600) e 5 fps em disparo contínuo.

Assim como a Rebel SL1, a EOS Rebel T5i, combinada com uma lente com sistema STM, será ca-paz de filmar em 1080p Full HD beneficiado pelo Movie Servo AF, que mantém o assunto em foco, mesmo em movimento. Outra novidade do sistema STM (Stepping Motor), é que ela gra-vará som em stereo, e inclusive,

possui um ajuste manual do áudio stereo para aumentar sua qualidade.

Seu display de LCD móvel de 3 polegadas é sensível ao toque, facilitando muito alguns comandos como o zoom das imagens, e também é possível prever o uso de alguns filtros criativos existentes na própria câmera.

Previsto para o mês de abril, os preços estimados para a T5i serão U$ 749,99 para o corpo apenas, U$ 899,99 com o kit EF-S 18-55mm f/3.5-5.6 IS STM e U$ 1.099,00 como kit EF-S 18-135mm f/3.5-5.6 IS STM. O valor da objetiva EF-S 18-55mm f/3.5-5.6 IS STM avulsa será de U$ 249,99.

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REbEL t5i EOs 700d

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A maior Barreira de Corais do Caribe, praias paradisíacas e um resort exótico.Centro PADI 5 Estrelas, centro de fotografia, câmara hiperbárica própria.Mergulhos com golfinhos, tubarões,tartarugas, naufrágios e milhares depeixes. Passeios a cavalo, caiaque,passeios pela selva, canopy ousimplesmente relaxar embaixo daspalmeiras. No AKR, as aventurassurgem naturalmente. Roatan • Bay Islands

Honduras

[email protected] | anthonyskey.com/divemag | 954.929.0090

Suas sonhadas férias viram realidadeem um lugar maravilhoso.

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Fotos: Kadu Pinheiro

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A nova EOS Rebel SL1, a filha caçula das câmeras DLSR, menor e mais leve que qualquer outra no mercado, segundo a própria Canon.

A Canon Rebel SL1 possui sensor CMOS (APS-C) de 18 MP, combinado com o processador DIGIC 5 para maior velocidade e qualidade, ISO 100-12800 (expan-sível para 25600), capacidade de tirar 4 fps, autofoco com 9 pontos de foco e vídeo em Full HD.

Seu display LCD, além de ter 3 polegadas, é sensível ao toque e com fácil operação, podendo aumentar ou diminuir a imagem (zoom) com toque de dois de-dos, ou passar as imagens, entre outras opções como pequenas edições e alguns efeitos com filtros criativos, podendo salvar o resultado separadamente.

Junto com a nova câmera, a Canon anunciou tam-bém uma atualização da objetiva do kit 18-55mm, que agora passa a ter o sistema STM, que em modo vídeo auxilia o usuário a captar imagens com o Movie Servo AF, que mantém o foco em assuntos em movimento.

As dimensões da Rebel SL1 são 117 x 91 x 69 mm, apro-ximadamente 25% menos que a câmera EOS Rebel T4i e pouco maior que a série mirrorless como a EOS M.

A câmera EOS Rebel SL1 Digital SLR estará disponível para compra a partir do mês de abril pelo preço esti-mado de U$ 649,99 para o corpo somente, ou U$ 799,99 com a objetiva EF-S 18-55mm f/3.5-5.6 IS STM.

Na Europa a mesma câmera será chamada de EOS 100D, não há previsão para lançamento no Brasil. Mais informações podem ser vistas no site oficial da Canon.

cANON LANçA MENOR dsLR dO MUNdO FOTOGRAFIA | EQUIPAMENTOS | Redação

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INFO

RME PUBLIC

ITÁRIO

| DIVEMA

G.org | SSI

Caro mergulhador, é com prazer que começo esta coluna mensal, que diferente-mente de diversos artigos que escrevi no decorrer dos anos, é feito a diversas mãos (neste caso, mais de 3400 mãos, ou 1700 membros). A cada edição, faremos uma discussão do assunto mais comentado no mês, com os diversos pontos de vista e conclusão final, quando cabível, pelo grupo, e conclusão ditatorial (soy latino ame-ricano), quando cabível por mim!!

Brincadeiras `a parte, o post que mais gerou e vem gerando questões, é a real con-sequência do foramen oval patente no risco do mal descompressivo no mergulho.

O QUE é

Durante a vida fetal, nossos pulmões estão fechados, e as trocas gasosas se fazem através da circulação materna. Devido ao sentido da circulação (o coração do feto funciona já no início da gravidez), as átrios e ventrículos estão abertos, e o san-gue passa direto do lado direito do coração para o lado esquerdo. No nascimento, o cordão umbilical é cortado (acabou a mamata) e com isto o nível de CO2 (gás carbônico) vai subindo, até que o centro respiratório dispara o alarme, e UUUUEEEE, acontece o milagre do nascimento e da ventilação.Neste momento, fica muito mais fácil para o sangue passar pelos pulmões, e como a pressão do lado esquerdo do coração fica maior que a do direito, estas comuni-cações em forma de “folhas” se fecham.Em cerca de 1/3 das pessoas, elas se fecham, mas não se colam, e em certas si-tuações, onde a pressão do lado direito do coração fica maior que a do lado es-querdo (por exemplo manobra de Valsalva), a comunicação pode se abrir, o que caracteriza o foramen oval (patente, porque não é constante).

MEdiciNA dO MERGULHO E dO EXERcíciO O qUE sE FOFOcA POR Aí??

MEDICINA DO MERGULHO | POR GABRIEL GANME

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O PROBLEMA

É sabido que basicamente em todos os mergulhos temos formação de microbolhas nos tecidos e na circulação venosa, que acabam sendo filtradas na circulação pulmonar, sem consequências. Agora, em raros casos, com portadores de foramen oval patente, estas bolhas podem cruzar direto do átrio direito para o átrio esquerdo, sem filtragem, levando `a formas sérias de Mal descompressivo

SIMPLIFICANDO

Apesar de 1/3 da população apresentar o FOP, a incidência de Mal descompressivo é baixíssima, cer-ca de 0.03 por 1000 mergulhos.

A discussão do grupo se baseou na importância de se fazer pesquisa de foramen oval, especialmente em candidatos `a mergulho técnico, que poderiam ter mais risco de sofrer mal descompressivo.

Alguns colegas argumentaram pontos contra e `a favor do procedimento, e ficou claro que o assunto é polêmico e ainda faltam estudos. A DAN vem coletando, através do PDE (Project Dive Exploration) a maior quantidade de mergulhos possível, e até agora não vê importância neste tipo de triagem, e precisamos aprender muito mais sobre o Mal Descompressivo.

O QUE FAZER

Existem basicamente duas situações, o mergulhador que decidiu buscar pêlo na cabeça de ovo, e descobriu ter um foramen oval patente, assintomático e que nunca causou consequências, e muito mais raramente, casos de Mal Descompressivo grave, onde se constatou a posteriori a presença do FOP. E agora??A melhor conduta no primeiro caso é discutir com o cardiologista o tamanho e a quantidade de bo-lhas que podem passar, pois o procedimento para fechamento do FOP, embora relativamente sim-ples, não é isento de riscos.Neste caso, e até porque um FOP de grande tamanho pode facilitar o risco de fenômenos embólicos mesmo fora de mergulhos, é bem provável que o portador seja aconselhado a fazer a correção do FOP

Isto é só o começo de uma série de artigos que serão gerados a partir do seu interesse e feedback. O assunto é extenso demais para ser esgotado aqui, e a DiversAlertNetwork, ou DAN.ORG é uma exce-lente fonte de pesquisa a respeito

Abraços

Gabriel Ganme e um montão de colaboradores

MEDICINA DO MERGULHO | POR GABRIEL GANME

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foto: Kadu Pinheiro

Venha mergulhar em Curaçao. Escolha um destes hotéis e experimente O melhor tratamento à brasileiros em todo o Caribe !!!

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Fotos: Kadu Pinheiro

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Mergulhe no fantástico mundo subaquático de Curaçao

Curaçao é uma ilha formada originalmente por pedras vulcânicas onde os corais se formaram ao longo dos séculos. Isto pode ser visto imediatamente no primeiro mergulho. Na costa do lado direito da ilha os mergulhadores poderão observar belos recifes de corais. Essa é uma das razões que tornou Curaçao um dos destinos mais populares de mergulho do mundo. Fauna e flora subaquática de rara beleza formada ao longo de milhões de anos.

• Destino top para mergulhadores – você não achará no mundo um local de tamanha beleza e variedades para prática de mergulho.

• Seleção de três grandes áreas para mergulho – Curaçao é cercada por fantásticas áreas para mergulho.

• Curaçao também é um fantástico destino para a prática de snorkel – até mesmo da superfície pode-se observar as belezas do mundo subaquático de Curação.

• Um destino para todos – Além do fantástico mundo subaquático, Curaçao oferece muita diversidade para os que preferem ficar em terra – compras, lazer, esportes, praias, cultura e gastronomia.

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Roma 20-24 fev 2013por Francesco Pacienza

Há 15 anos, o “Festival Internazionale del Mare” é o evento mais importante, sobre o tema marinho na Itália e na Europa, depois do Festival Mondial de l’Image Sousmarine com o qual mantém uma relação bem estreita.

Todos os anos os fotógrafos subaquáticos mais populares e bem sucedidos italianos e europeus, e algumas vezes de outras partes do mundo, conquistam este prestigiado prêmio.

Um dos mais prestigiados eventos da fotografia subaquática, com 1.500 me-tros quadrados de espaço para exposição das fotografias concorrentes, bem como espaços reservados para exposições temáticas, incluindo o prestigiado Concurso Foto Oasis, e exposições de fotógrafos individuais.

FEstivAL iNtERNAciONAL dO MAR

O diretor artístico do Concurso de Fotografia e Vídeo com alguns juízes

FOTOSUB | COMPETIçãO | Francesco Pacienza

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Os participantes do concurso de fotografia, ocupam uma grande área do pavilhão.

A participação neste concurso é totalmente gratuita e não tem nenhum custo, as fotos de-vem ser impressas, em 30x40 ou 30x45 cm.

O júri, formado de profissionais prestigiados, teve a difícil tarefa de avaliar as mais de 400 fo-tos participantes da competição, a comissão foi presidida pelo Prof Francesco Paolo Cinelli, juntamente com Sabina Cupi, ex-diretor do “ Mondo Sommerso “Francesco Pacienza, fotó-grafo subaquático e colaborador de revistas e Zuccari Mario, conhecido fotógrafo subaquá-tico e campeão dos anos 60 e 70, Maria Pia Pezzali, fotógrafo subaquático e jornalista.

A alta qualidade das fotos do concurso colo-cou muita pressão sobre o júri na hora de atri-buir os resultados. Além de participar do con-curso fotógrafos subaquáticos conhecidos, alguns dos quais fazem parte do “Clube Azzur-ro” de fotografia subaquática, bem como atletas do Campeonato Italiano de Fotografia Subaquática, sublinhando o enorme prestígio e o crédito que o evento tem a nível nacional e internacional.

Um grande sucesso que se renova e se expan-de a cada ano, e a esperança para a edição 16 é que o número de participantes de fora da Europa aumente mais e mais, trazendo, as-sim, novas idéias e participantes.

CATEGORIA: ÁGUA

Primeiro lugar: Nicola Bomardini;Segundo lugar: Riccardo Pascucci;

Terceiro lugar: Giordano Cipriani

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FOTOSUB | COMPETIçãO | Francesco Pacienza

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MEIO AMBIENTE e grande angular

Primeiro lugar: Isabella Maffei;Segundo lugar: Alessio Viora;

Terceiro lugar: Amedeo AltomareMACRO

Primeiro lugar: David Salvatori;O segundo lugar, ex-aequo: Alex Varani e Fábio Strazzi;

Terceiro lugar: David Salvarori

FOTOSUB | COMPETIçãO | Francesco Pacienza

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FOTOSUB | COMPETIçãO | Francesco Pacienza

REPORTAGEM DO MEDITERRÂNEO

Primeiro lugar: Alessio Viora;Segundo lugar: Marco Anzidei;Terceiro lugar: Davide Lopresti

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Reparem como os meninos estão pouco a vontade

Realizado em Fernando de Noronha, o Campeo-nato Brasileiro de fotografia submarina 2013 teve o seguinte resultado geral:

1º lugar: Áthila Bertoncini Andrade2º lugar: Carlos Montechi3º lugar: João Paulo Cauduro Filho

REsULtAdO dO cAMPEONAtO bRAsiLEiRO dE FOtO sUb 2013

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PRiMEiRO LUGAR: ÁtHiLA bERtONciNi ANdRAdE Grande Angular Ambiente

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FOTOSUB | CAMPEONATO BRASILEIRO 2013sEGUNdO LUGAR: cARLOs MONtEcHi

tERcEiRO LUGAR: JOãO PAULO cAUdURO FiLHO

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Espécies de tubarão ameaçadas têm acordo internacio-nal para proteção. 12/mar/2013.

A comunidade internacional decidiu nesta segunda-fei-ra (11) regulamentar a comercialização de quatro espé-cies tubarão cobiçadas por suas barbatanas e cujas es-pécies estão ameaçadas, apesar da oposição de vários países interessados na exploração da pesca.

Os 178 países membros da Convenção sobre o Comér-cio Internacional de Espécies Ameaçadas (Cites), reuni-dos há mais de uma semana em Bangcoc, decidiram proteger o tubarão oceânico de galhas brancas e três espécies de tubarão martelo.

Nas duas votações secretas, que exigiam maioria de dois terços, o tubarão oceânico recebeu 92 votos a favor da proteção, 42 contrário e oito abstenções. As três espé-cies de tubarão martelo receberam 91 votos a favor, 39 contrários e oito abstenções.

Os resultados foram celebrados com muitos aplausos.

As quatro espécies foram incluídas no anexo II de la Ci-tes, que permite regulamentar o comércio de uma es-pécie para impedir sua superexploração. Estas medidas entrarão em vigor em 18 meses caso sejam confirmadas em reunião plenária.

Vários países da Ásia, com o Japão à frente, eram con-trários à medida. Tóquio alega que as organizações de pesca, e não a Cites, devem administrar as espécies ma-rinhas comerciais.

A cada ano quase 100 milhões de tubarões são mortos no mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), que calcula que 90% destes animais desapareceram em um século.

citEs: 4 EsPéciEs dE tUbARõEs E ARRAis MANtAs PROtEGidAs OFiciALMENtE

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MEIO AMBIENTE | REDAçãO

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sHARK FiNNiNG Parte iv Por: RAqUEL ROssA

A qUEstãO bRAsiLEiRANa CEAGESP, em São Paulo, maior entreposto comercial de produtos hortículas e de pescados do país, semanalmente são comercializados entre 150 e 300 tone-ladas de carne de tubarão. O cação-anjo (Squatina guggenheim) protegido por lei, é facilmente encontrado dentro da CEAGESP e com a mesma facilidade nas prateleiras refrigeradas dos supermercados. Na maioria, entretanto, são animais não identificados, que já chegam sem cabeças e sem as nadadeiras, vindos de pesqueiros espanhóis, costarriquenhos e panamenhos. “Estamos lavando as mãos

Foto: Gary Stokes/www.oceaniclove.com

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da indústria do finning desses países”, afirma Carlos “Crow” Francisco, fotógrafo e mergulhador, diretor voluntário do núcleo de SP do Instituto Sea Shepherd Bra-sil. Segundo ele, “a barbatana é um negócio que hoje atinge todos os portos brasileiros, sem passar pelo fisco”.

Wendell Estol, biólogo e diretor geral voluntário do Instituto Sea Shepherd Brasil, complementa: “no Brasil, a indústria pesqueira está baseada nos locais onde existem portos de grande porte”. Isso facilita as operações de desembarque, beneficiamento e exportação do pescado. Os tubarões já vêm limpos, sem ca-beça e sem nadadeiras. “A situação no porto em si é favorável, porque as bar-batanas são cortadas ainda na embarcação”, diz ele. Dessa maneira, a menos que se trate de alguma espécie de fácil identificação visual, a identificação só poderá ser feita através da análise de amostras do material genético.

Normalmente, esses animais não entram em estimativas populacionais alguma. Como afirma o pesquisador Otto Gadig “em mares brasileiros são observadas com frequência pescarias ilegais, sem regulamentação, cuja produção é prati-camente excluída das estatísticas”. Segundo ele, as estatísticas produzidas por órgãos governamentais não indicam capturas de tubarões que em alguns anos poderão levar várias espécies a sua extinção total. Para se ter uma ideia, as estatísticas de capturas mundiais feitas pela FAO (Organização para a Agricul-tura e Alimentação, das Nações Unidas) seriam até 4 vezes menores do que a realidade. Por que será que essas informações não são confiáveis? “Depende a quem você pergunta”, me disse Alex Cornelissen. Em março deste ano, o jornalista Frank Pope, do London Times, publicou uma entrevista com Dr. Giam Choo-Hoo, membro da Convenção para o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora (CITES), órgão das Nações Unidas que lista as espécies em perigo extinção. Além desse cargo, veio à tona que Dr. Giam é um representante da indústria de barbatanas de Singapura (especificamente a antiga Shark Fin & Marine Products Association, renomeada como Associação de Produtos Marinhos). A CITES proibe, no entan-to, que os membros do Comitê Animal representem a sua própria região – no caso de Dr. Giam, a Ásia, coincidentemente a maior consumidora de barba-tanas de tubarão no mundo. Segundo Alex, “na CITES apenas três espécies de tubarão estão em perigo, mas agora sabemos a razão por trás disso”.

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Carlos “Crow” relata que na CEAGESP, o comércio funciona como um acordo de cavalheiros: “na quarta vende a Kowalski, na quinta, a Pesca Viva, e assim por diante”. Há dois galpões, um grande e um pequeno. No maior são vendidos os grandes peixes marinhos; no menor, a pesca de água doce. Ao redor há vá-rios boxes, como minigalpões, onde as indústrias pesqueiras fazem suas vendas. Quem cuida desses boxes são os atravessadores para o comércio, Carrefour, por exemplo. Os encarregados chegam com as ordens de compra e fazem ne-gócio com os galpões maiores. Segundo ele, funciona como um leilão: o preço começa num valor x e vai aumentando. “Higiene zero”, afirma. Os peixes são carregados em carrinhos de mão ou caixas plásticas e se caem, eles simples-mente pegam e jogam novamente nos carrinhos. E a ANVISA não fiscaliza. O que a indústria da pesca vende por cinco, o comércio vende por, no mínimo, sete. “Você vai ser preso por isso que você está segurando, é ilegal”, é o papo entre os funcionários. Quase 90% das pessoas que controlam os galpões de pes-ca são orientais, principalmente japoneses, chineses e coreanos. É uma máfia. As grandes indústrias pesqueiras estão nas mãos dos orientais. Os brasileiros são muito poucos e ocupam os galpões pequenos. Muitos ainda são “laranjas” do grande mercado.

O finning já atravessa direto da embarcação para o container, muitas vezes não passa nem pela indústria de beneficiamento. “Vai ser processado fora”, diz Carlos “Crow”. A Marinha brasileira faz o controle das milhas náuticas – 200 milhas náuticas correspondem à zona econômica exclusiva; 300 milhas com o pré-sal). Entretanto, ela não pode fiscalizar o que está sendo levado pela embarcação, apenas a documentação. Fiscalizar a carga da embarcação é responsabilidade do IBAMA, que também fiscaliza as operações de mergulho. Porém, se há espécies em extinção, a responsabilidade já passa ao ICMBio. Fer-nando de Noronha é fiscalizada pelo ICMBio porque é uma Unidade de Con-servação. Mesmo assim, é só passagem para toda carga ilegal de barbatanas seguir seu destino rumo ao oriente.

Suspeita-se que haja portos particulares na costa brasileira como também ocor-rem na Costa Rica. Gerentes de indústrias pesqueiras na CEAGESP insinuam que algumas embarcações repassam a carga da pesca em portos particulares, sem passar pelo porto normal e legal. Esse desembarque ocorre muitas vezes em alto mar, onde embarcações menores recolhem a carga ilegal e chegam até a costa. Embarcações de arrasto começam a passar a rede com o porão lotado e caso apareça algum peixe de valor comercial maior, as espécies de importância econômica mais baixa são descartadas. Como as embarcações já estão lotadas, para dar espaço às cargas mais lucrativas, elas descarregam

MEIO AMBIENTE | SHARK FINNING | RAQUEL ROSSA

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são, coincidentemente, os maiores mercados consumidores de barbatanas de tubarão. Esse fator dificulta a execução de sentenças judiciais, uma vez que os sócios brasileiros são os únicos que podem ter os seus bens penho-rados em casos de execução. Wendell cita o estaleiro que será construído no porto de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, para atender exclusivamen-te embarcações pesqueiras estrangeiras que pescam em águas brasileiras. O tamanho do investimento: o estaleiro comportará 6 mil embarcações de pesca industrial por ano.

Navios de pesca de atum deixam que os pescadores assalariados a bordo pratiquem o finning. Wendell declara que o acordo existente entre o coman-dante da embarcação, também chamado de armador, e a tripulação é que o lucro das barbatanas vá diretamente para os pescadores. Dessa ma-neira, o custo com o pagamento dos salários cai. Sem falar na vantagem em se armazenar barbatanas, pois ocupam menos espaço nas embarcações. Outra tática usada para burlar a legislação e se isentar das responsabilidades é através da figura dos pescadores artesanais. Estes, muitas vezes, são utili-zados como bodes expiatórios pelas grandes indústrias pesqueiras. “Grande parte dos que se dizem pescadores artesanais são na verdade contratados das grandes indústrias”, dessa maneira, “as empresas não se expõem a pro-cessos judiciais e a inquéritos policiais por crimes ambientais”, afirma o biólo-go. Isso acontece porque a fiscalização é feita nas embarcações artesanais e, caso ocorra algum crime ambiental, a responsabilidade será do “pobre pescador”. Wendell enfatiza que esse acaba valendo-se da vulnerabilidade social para sensibilizar autoridades e, principalmente, a população. Por con-ta desse vulnerabilidade, há a tolerância de crimes e o abrandamento de punições legais.

MEIO AMBIENTE | SHARK FINNING | RAQUEL ROSSA

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o que há por cima. Para se pescar um quilo de camarão pela técnica do arrasto, mata-se cerca de 5 kg de outras espécies que não são alvo da pesca. Apesar de ser obrigatória a presença de dispositivos de es-cape de tartarugas, o TED, essas portinholas não impedem a morte de tantas outras espécies, entre elas, os tubarões. Esse é um dos motivos pelos quais, hoje em dia, a pesca de arrasto seja economicamente inviável.

Porém, infelizmente, continua acontecendo. Em Recife, Pernambuco, cidade conhecida mundialmente por ser a atual campeã em ataques de tubarão, a pesca de arrasto do camarão rosa possue 8 traineiras que despejam diariamente uma tonelada de peixe morto no mar. Se-gundo Daniel Botelho, mergulhador e fotojornalista, isso é um enorme engodo. “Quando eu jogo uma tonelada de peixe morto na água eu estou atraíndo tubarões”, diz ele. Além dos demais fatores que alçaram a praia da Boa Viagem a este título indesejado, como a construção do porto de Suape e um matadouro clandestino que existia na área, a pesca de arrasto também alimenta este problema. Responsável pela maior parte dos ataques na praia da Boa Viagem, o tubarão cabeça chata (Carcharhinus leucas) teve os seus hábitos drasticamente altera-dos com a criação do porto de Suape. O cabeça chata caracteriza-se por ser o animal com os mais altos níveis de testosterona do planeta. É portanto um animal de comportamneto agressivo. Para se ter uma ideia, uma fêmea desta espécie tem índices de testosterona maiores do que um elefante macho em período reprodutivo. Além de habitar águas quentes tropicais e subtropicais, o cabeça chata é uma das únicas espécies de tubarão que adentra estuários, baías e rios, normal-mente para a fêmea dar à luz aos seus filhotes. A construção do porto teve alto impacto ambiental, destruíndo várias regiões de manguezais e inclusive mudando o curso de dois rios, o Ipojuca e o Merepe. Conse-quentemente, alterou o curso natural dos tubarões cabeça chata em Recife. “Não tenho dúvidas em afirmar que o finning é uma atividade crimino-sa”, declara o biólogo Wendell Estol. Segundo ele, os principais braços desse negócio são “contrabandistas das máfias asiáticas que só exis-tem para abastecer o mercado de luxo asiático. Esta é uma maneira de “lavar” grandes somas de dinheiro obtidas ilegalmente”, comple-menta. Aproximadamente 90% das indústrias pesqueiras instaladas em território brasileiro possuem capital asiático. “As grandes empresas pos-suem em sua constituição sócios chineses, japoneses e coreanos”, que

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Outra questão limitante na fiscalização do finning em territó-rio brasileiro é a ausência de embarcações próprias. Tornou-se prática comum o arrendamento de embarcações, inclusive com incentivos do próprio governo. Ele lembra que, há pouco tempo, no Rio Grande do Norte, 17 embarcações asiáticas de grande porte foram arrendadas para a pesca de atum no litoral do nordeste brasileiro, embora os grandes estoques desse pei-xe encontrem-se no litoral sul do país. “Pergunto”, questiona-se Wendell, “faz sentido investir em 17 embarcações para pescar atuns em um local onde estas espécies não são abundantes?”. Obviamente, o foco dessas empresas não é o atum, mas os tu-barões. É igualmente óbvio que o problema vai além. Quem regula a pesca internacional de tubarões é a ICCAT (Comissão Interna-cional para a Conservação do Atum do Atlântico). Isto se deve ao fato de tubarões serem considerados subproduto da pesca do atum. Segundo Paulo Guilherme Cavalcanti, o Pinguim, am-bientalista, profissional do mergulho e fundador da organização Divers for Sharks, é “essa entidade comercial internacional que regulamenta a pesca dos tubarões, como o faz a CIB (Comis-são Internacional Baleeira) no caso das baleias”. Segundo o biólogo Marcelo Szpilman, um recente estudo re-alizado por pesquisadores da Universidade New Southeastern, na Flórida (EUA), detectou a origem de 21% das barbatanas à venda nos mercados de Hong Kong: o Oceano Atlântico Oci-dental, área que inclui o Brasil. Essa análise foi feita com o ma-terial genético de 177 tubarões martelo (gênero Sphyrna) da costa brasileira, do Caribe, do Golfo do México e dos Oceanos Pacífico e Índico. Esses dados foram confrontados com o DNA de 62 nadadeiras de tubarões da mesma espécie encontra-dos à venda em Hong Kong, onde uma barbatana de tubarão martelo pode custar US$ 700 o quilo. Marcelo declara: “existem pescadores no Brasil participando da pesca ilegal e do tráfico de barbatanas de tubarão”.

MEIO AMBIENTE | SHARK FINNING | RAQUEL ROSSA

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Page 86: DIVEMAG | Edição 15 | International Dive Magazine

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Page 87: DIVEMAG | Edição 15 | International Dive Magazine

UMA FAcE tRistE dOs PARqUEs MARiNHOs

Quando assistimos golfinhos, baleias e focas, brincando tranquilamente nas piscinas dos parques marinhos, espalhados pelo mundo, temos a nítida impressão de que eles estão em paz, bem alimentados, cuidados e felizes. Os golfinhos, mais especificamente, pare-cem sorrir ao brincar com bolas, argolas e peixes jogados por seus tratadores. Infelizmente

a realidade é outra. O “sorriso” destes cetáceos esconde um olhar triste e sofrido, de um animal pessimamente alimentado (muitas vezes sua ração é alterada com medicamentos,

antidepressivos e antibióticos), estressado e subjulgado a fazer estripulias, para alegrar uma horda de turistas ávidos por diversão, em troca de míseros peixes como recompensa.

Duran- te o último PADI Festival 2013, maior evento de mergulho da América Latina, realizado em São Paulo (SP), o ativista ambiental e voluntário do Instituto Sea Shepherd Brasil (ISSB) e da Sea Shepherd Conservation Society (SSCS), Guilherme Pirá, expôs de forma direta esta situação lamentável. Pirá, que trabalha na ONG desde 2011, fez parte da “Operação Paciência Infinita”, que visa defender e preservar os golfinhos na cidade de Taiji, no Japão, local onde mi-lhares de golfinhos são mortos e capturados. No ano passado, Pirá passou cinco meses, na cidade japonesa. O local se tornou bastante conhecido depois do documentário “The Cove”, que expõe a matança de cetáceos pela comu-nidade local. Esta produção recebeu o Oscar de melhor documentário, em 2010.

“O que vemos nos parques marinhos não condiz com a realidade. Os animais estão sofrendo. Sua captura é brutal e sua realidade, nestes locais de entretenimento, é torturante. Seu calvário começa na sua apreensão. Diversos barcos pesqueiros encurralam bandos inteiros de golfinhos em uma enseada denominada Hatariji Bay, também conhecida como “The Cove”, onde são mortos e capturados. Aqueles que são mortos servirão para serem consumidos como alimento, apesar de sua carne não ser popular no Japão. Os que são capturados irão para os parques marinhos”, de-núncia Pirá.

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Fotos: Sea Shepherd / Cove Guardians87

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Os próprios tratadores, muitos deles biólogos marinhos, pessoas que deveriam proteger estas espécies, mergulham ao lado dos barcos pes-

queiros japoneses para selecionarem os animais mais fortes e jovens para serem adestrados. “Estes “alegres” tratadores, sorridentes nas suas

apresentações, são os mesmos que mergulham em um mar de sangue para realizarem a triagem dos animais que serão levados aos parques. Du-rante minha estadia em Taiji, pude ficar cara a cara com estes elementos. A vergonha estampada em suas faces é visível. Porém os interesses econômi-cos, que esta atividade gera, são mais forte que suas consciências”, revela Pirá.

Cada golfinho capturado, no mercado da “diversão marinha”, pode ultra-passar 200 mil dólares.

Um negócio lucrativo, que envolve grandes empresas e, até mesmo, a má-fia japonesa. “Em alguns casos estes animais morrem durante o translado e o manejo até as piscinas de treinamento. Morrem de fome, ressecados (sua pele é sensível e precisa ser umedecida constantemente), feridos ou por estresse”.

Infelizmente o governo japonês acoberta esta ação. “Durante minha esta-dia, em Taiji, eu e meus companheiros da SSCS fomos alvo de perseguições, truculência e ameaças de morte. Até mesmo uma delegacia, especial para ativistas, foi montada na cidade. Nosso principal objetivo é atrapa-lhar este negócio, sempre de forma pacifica e responsável. Jamais usamos violência ou força física para impedirmos esta caça. Nossos métodos visam tornar este negócio financeiramente inviável para esta indústria da “diver-são marinha”. Se impedirmos que as cotas de caça e captura sejam atin-gidas, faremos que o lucro seja reduzido. Talvez quando “eles” sentirem no bolso, tenham um pouco de sensibilidade e parem com esta atividade”, esclarece Pirá.

Outra forma de tentarmos impedir esta prática é pressionando as embaixa-das e consulados do Japão, no mundo inteiro. “Se cada pessoa, sensibiliza-da por esta situação, enviar um e-mail ou uma carta para as embaixadas e consulados do Japão, faremos que nossa voz seja escutada. Essa pressão gerará resultado. As próprias autoridades japonesas afirmam que somente uma ação global poderá cessar este pratica sanguinária”, finaliza Pirá.

Guiga Pirá. Foto: Carlos Crow88

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FOtóGRAFO cONvidAdO: MARcO PARAvELLA

O Fotógrafo Marco Paravella, nasceu em Génova, na Itália, trabalhando na área de comércio de peças e equipamentos para o setor automotivo e de motocicletas acabou entrando para o mergulho em 1992, ainda meio inseguro e encoraja-do por alguns amigos acabou encontrando a paixão da sua vida no fundo do mar.

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Com muitos mergulhos rea-lizados em vários lugares do mundo, gosta de desvendar seu próprio caminho no mun-do das águas descobrindo seus mistérios.

FOTÓGRAFO CONVIDADO | MARCO PARAVELLA |

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Marco é instrutor assistente da PADI com diversas especialidades.

FOTÓGRAFO CONVIDADO | MARCO PARAVELLA |

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | MARCO PARAVELLA | divEMAGinternational dive Magazine

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Aproximou-se da fotografia subaquática so-mente em 2009, quando um amigo lhe em-prestou uma pequena camera compacta e realizou suas primieras fotos.

FOTÓGRAFO CONVIDADO | MARCO PARAVELLA |

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Usa dois flashes Sea & Sea YS-110, suas lentes preferidas são a Nikkor, 105 macro, Tokina 10-17 e uma Nikkor 16-85mm.

Tendo em mente que nunca havia fotogra-fado nem acima da água, iniciou um lon-go processo de aprendizagem em 2009, e acabou comprando sua primeira camera em 2010 uma EPL-1 da Olympus, e já no final de 2011 acabou migrando para uma DSLR da Nikon: uma D7000 com caixa Subal.

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | MARCO PARAVELLA |

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Tendo viajado por vários lugares do mundo acabou elegendo o Mar Vermelho, especialmente o Sudão, como seus destinos preferidos.

FOTÓGRAFO CONVIDADO | MARCO PARAVELLA |

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Efetivamente tem foto-grafado muito no Medi-terrâneo e pretende visitar em breve Bornéu, Malásia ou Indonésia.

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FOTÓGRAFO CONVIDADO | MARCO PARAVELLA |

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MERGULHADORES DE TODAS AS AGêNCIAS SãO BEM VINDOS EM NOSSAS PALESTRAS!!!

SÁBADO:

• 13:00hs - Apresentação IANTD – Palestrante: Luis Augusto Pedro IANTD Brasil Licensee Owner• 13:30hs - Advanced Cave Side Mount – Palestrante: João Paulo P. Franco (IANTD IT)• 14:30hs - In Water Recompression Diver – Palestrante: Joseph Dituri (IANTD HQ VP)• 15:30hs - O Desafio de Filmar e Editar os Novos DVDs de Treinamento da IANTD Brasil – Palestran-

te: Fernando Clark (Dolphin Eye)• 16:30hs - Divers Wake Up Call – Dr. Eduardo Vinhaes (IANTD Instructor)

DOMINGO:

• Manhã das 08:00 as 12:00 Update somente para Instrutores Renovados• 13:00hs – Rebreathers Hollis – Palestrante: Luis Augusto Pedro (IANTD ITT)• 14:00hs – Tema a ser definito – Roberto Trindade (IANTD IT)• 15:00hs – Programa de Photo Sub IANTD – Palestrante Kadu Pinheiro (IANTD Instructor)• 16:00hs – Formar Mergulhadores é o que a IANTD faz de Melhor – Palestrante: André Gusson

(IANTD IT)• 17:00hs – Encerramento. Apresentação do mais novo lançamento da Hollis o Rebreather Explorer para Mergulho recreativo.

www.naui.com.br

INFORMATIVO MENSAL | NAUI |

JOsEPH ditURi (IANTD HQ VP) em palestra inédita no Brasil

ALcidEs FALANGHE LANçA dvd dE FOtO sUb EM EvENtO NA NAUi Foi realizado no dia 28 de fevereiro de 2013 em Jundiaí, um WORK SHOP DE FOTO E VÍDEO SUB ministrado pelo fotógrafo subamrino Alcides Falanghe (NAUI Instructor #51892) e a cinegrafista submarina Tatiana Zanardi (NAUI Rescue Diver) o evento foi realizado em uma pizzaria e teve a emissão de certificados NAUI para os participantes, durante o evento Alcides lançou seu DVD do curso de Foto Sub com preço especial para os participantes.

Fotos do evento: Rosângela Gonçalves

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??VOCÊ

SABIA

Quando pensamos em animais marinhos de grande porte logo vem à mente as baleias eos tubarões, e assim acabamos esquecendo das outras espécies.

A lula colossal é um grande exemplo, retratada desde os tempos mitológicos, sendo consi-derada o maior invertebrado em termos de massa do planeta de que se tem conhecimento. Algumas podem ultrapassar os 15 metros de comprimento e pesar mais de 400 quilos, egeralmente vivem nas profundezas do Oceano Antártico. A lula colossal também possui os maiores olhos do reino animal medindo o tamanho deum prato de comida, têm dois bicos enormes e afiados, garras giratórias em forma de gan-chos, profundamente fixadas em seus tentáculos.

Para atrair e capturar suas presas ela usa o recurso da bioluminescência, que nada maisé que a produção e emissão de luz (sistema parecido aos dos vagalumes).

Embora tenha tamanho e robustez gigantes, ainda pouco se sabe sobre o comportamentoe os hábe os hábitos desse animal, que é considerado por estudiosos como raro e de difícil acesso.

Lula colossal: A MAIOR lula do mundo.

INFO

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TIVO M

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L | SSI |IN

FORM

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INFO

RMA

TIVO M

ENSA

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www.danbrasil.org.brwww.danbrasil.org.br

Bahia

Shark Dive

Apecatu Expedições

O� Way

Atlantes Guarapari Cia do Mergulho

Acqua Sub

County Divers DiveLife

Mergulho Ambiental

Aquaticos

Acquanauta Mergulho

Deep Trip

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X Divers

Caju Divers Corais de Maracajau

Mathaaus Adventure

Jornada Sub Mergulho CNM Dive

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Mergulhadores ajudando mergulhadores Associe-se a DAN Brasil

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Minas Gerais

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Rio Grande do Norte

Santa Catarina

São Paulo - Grande São Paulo

São Paulo - Interior

Paraíba

Estas Empresas são parceiras da DAN Brasil

Horizonte AbertoBahia Scuba

Mato Grosso do SulLagoa Misteriosa - Rio da Prata

Atlantis Divers

Scubasul

Barracuda - Cabo Frio

DiversTec

Litoral SubMar do MundoOcéanSandMar Nitrox

Rio de Janeiro

Amigos do JoeAqualander MergulhoAquaventuraBaritur Viagens

Mergulhando na Estrada

Oxigenação Turismo

ScubalabSea Way

Koka SubMar & Ar

Scubapura

Portal Maracajau

AcquacampCaptain Dive

Scuba Du

Planeta MergulhoRio Grande do Sul

Blue Shark Dive

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A DIVEMAG e a Webventure tem o prazer de anunciar uma parceria, que vai trazer para você leitor, conteúdos exclusivos, mais informações sobre mergulho e muitas fotos exclusivas. Nosso editor Kadu Pinheiro está assumindo a coluna so-bre mergulho no site da webventure, aguardem muitas novidades em breve !

divEMAGinternational dive Magazine

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GAbRiEL GANME - # 83730 cAROLiNA scHRAPPE - # 1526322

www.danbrasil.org.br • 19-3707-1569A DAN Brasil é a única organização sem fins lucrativos dedicadas à segurança do mergulho e registrada no Ministério da Justiça como

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP (reconhecida em 2012).

*Todos os benefícios de transporte aéreo de emergência serão considerados somente entre instalações médicas ou de um aeroporto a outro, não estão inclusos salvamento marítimo ou onde não haja aeroporto ou instalações médicas no local. O benefício do transporte será considerado somente caso haja necessidade médica e com a prévia aprovação da DAN.

Você sabia que?O seu Plano de Saúde pode não cobrir os custos de um tratamento hiperbárico,

E a maioria dos planos não cobre transporte aéreo*

“Final de domingo, no final do terceiro mergulho apaguei ao chegar á superfície. A DAN foi acionada e recebemos ajuda até a minha ida a Câmara Hiperbárica. Eu me senti seguro e amparado no dia e nos tratamentos posteriores ao episódio. Recomendo fortemente a associação a DAN Brasil!”

— Paulo Francisco da Silva (Big Paul)

Benefícios para Associados da DAN Brasil:•Remoçãoaéreainter-hospitalar*tantoparaemergências

de mergulho quanto para outras emergências; •Benefíciosparadespesasmédicascomtratamento

em Câmara Hiperbárica em todo o mundo;

•DANHotline24horas,7diasporsemana;•Informaçõessobresegurançanomergulho;•EMUITOMAIS!

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