DL 243_2015, de 19Out

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    9054 Dirio da Repblica, 1. srie N. 204 19 de outubro de 2015

    PRESIDNCIA DO CONSELHO DE MINISTROS

    Secretaria-Geral

    Declarao de Retificao n. 47/2015

    Nos termos das disposies da alnea h) do n. 1 doartigo 4. e do artigo 11. do Decreto-Lei n. 4/2012 de 16de janeiro, alterado pelo Decreto-Lei n. 41/2013 de 21de maro, declara-se que o Decreto-Lei n. 181/2015, de28 de agosto, publicado noDirio da Repblica n. 168,1. srie, de 10 de agosto de 2015, saiu com a seguinteinexatido que, mediante declarao da entidade emitente,se retifica:

    Na alneaf) do n. 1 do artigo 7., onde se l:

    f) A indicao do destino da resina, nacional ou im-portada, com identificao do operador de resina recetore meno da residncia ou sede, o nmero de identifi-cao fiscal e o local ou locais de receo da pinha.;

    deve ler-se:

    f) A indicao do destino da resina, nacional ou im-portada, com identificao do operador de resina recetore meno da residncia ou sede, o nmero de identifi-cao fiscal e o local ou locais de receo da resina..

    Secretaria-Geral, 12 de outubro de 2015. A Secretria--Geral Adjunta, Catarina Maria Romo Gonalves.

    MINISTRIO DA ADMINISTRAO INTERNA

    Decreto-Lei n. 243/2015

    de 19 de outubro

    No seu Programa, o XIX Governo Constitucional as-sume como prioridade de primeira linha da sua ao aadoo de polticas e de medidas concretas que contribuam

    para fazer de Portugal um Pas mais seguro com o objetivode reforar a autoridade do Estado e a eficcia e prestgiodas foras de segurana, reconhecendo que este um dom-nio em que o investimento apresenta, tanto a curto, como amdio e longo prazo, vantagens e benefcios exponenciais.

    A eficcia e o prestgio das foras de segurana estdependente, naturalmente, da previso e concretizao de

    medidas adequadas a responder cabalmente s exignciasatuais relacionadas com o desempenho da misso. Assim,pretende-se atravs do presente decreto-lei fornecer meca-nismos e instrumentos que permitam garantir aos polciascondies adequadas no desempenho das funes queestatutariamente lhes so cometidas.

    Por outro lado, a realidade existente demonstra que oregime previsto no Decreto-Lei n. 299/2009, de 14 deoutubro, alterado pelo Decreto-Lei n. 46/2014, de 24 demaro, reclama uma reviso que possibilite prever a regu-lamentao de diversas matrias no abrangidas por essediploma. Com efeito, considerando as alteraes legis-lativas aplicveis aos funcionrios que exercem funes

    pblicas, em particular a Lei Geral do Trabalho em Funes

    Pblicas, aprovada pela Lei n. 35/2014, de 20 de junho,alterada pela Lei n. 82-B/2014, de 31 de dezembro, decujo mbito de aplicao o pessoal com funes policiaisda Polcia de Segurana Pblica (PSP) se encontra exclu-do, sem prejuzo do disposto nas alneas a) e e) do n. 1

    do artigo 8. e do respeito pelos princpios aplicveis aovnculo de emprego pblico, torna-se necessrio rever oatual diploma estatutrio no sentido de prever o regimejurdico aplicvel aos polcias.

    No sentido de materializar os objetivos acima identifi-cados, foi assumido como propsito do presente decreto-

    -lei proceder valorizao da carreira dos polcias e salvaguarda das suas especificidades, acautelando a suacompatibilizao com o atual contexto legal. Assim, socriadas duas novas categorias, uma na carreira de agente depolcia e outra na carreira de chefe de polcia, permitindoque os polcias com mais experincia possam desempenharfunes de superviso e assessoria. Procede-se, igualmente, alterao dos tempos mnimos de antiguidade como con-dio de promoo, tendo em vista prever uma adequadaprojeo da carreira dos polcias.

    Por outro lado, e salvaguardando-se na ntegra as exi-gncias de ingresso na carreira de oficial de polcia, permite--se que os oficiais no habilitados com o curso de formaode oficiais de polcia, que constituem atualmente um gruporeduzido e perfeitamente delimitado, possam progredirnormalmente na carreira.

    Consagra-se, no presente decreto-lei, o mecanismo depassagem automtica situao de pr-aposentao, desdeque reunidos os requisitos estatutariamente previstos para oefeito, o que ser concretizado atravs do reforo e renova-o de efetivos por meio da abertura de concursos regularesde ingresso na PSP, em cumprimento de um dos propsitosgizados no Programa do XIX Governo Constitucional.

    Tendo em vista valorizar o papel e o estatuto da PSP eassegurar que as funes dos polcias so desempenhadasde forma adequada, fixado um nmero mnimo de horasde formao a frequentar por todos os polcias, procurando-

    -se, assim, assegurar que, em relao s matrias relevantespara o desempenho da funo, todos os polcias recebem,anualmente, formao atualizada e adequada categoriaem que se encontram.

    No que respeita ao apoio judicirio, esclarece-se que ospolcias gozam de um direito a apoio judicirio em virtudede factos praticados no exerccio das suas funes ou porcausa delas, o que constitui uma inovao em relao ao re-gime previsto no Decreto-Lei n. 299/2009, de 14 de outu-

    bro, alterado pelo Decreto-Lei n. 46/2014, de 24 de maro.Tambm o regime de uso e porte de arma previsto no Decreto-

    -Lei n. 299/2009, de 14 de outubro, alterado pelo Decreto--Lei n. 46/2014, de 24 de maro, sofreu algumas alteraes,tendo em vista adequar a previso realidade e concreta

    situao do polcia (ativo, pr-aposentao ou aposentao).Foram cumpridos os procedimentos previstos na Lei

    n. 14/2002, de 19 de fevereiro, tendo sido realizadas asaudies obrigatrias dos sindicatos e associaes sindicaisdo pessoal com funes policiais da PSP.

    Assim:Nos termos da alnea a) do n. 1 do artigo 198. da Cons-

    tituio, o Governo decreta o seguinte:

    CAPTULO I

    Disposies gerais

    Artigo 1.

    Objeto

    O presente decreto-lei aprova o estatuto profissionaldo pessoal com funes policiais da Polcia de SeguranaPblica (PSP).

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    Artigo 2.

    mbito de aplicao

    O presente decreto-lei aplica-se ao pessoal com fun-es policiais da PSP, adiante designado por polcias, emqualquer situao.

    Artigo 3.

    Polcias

    Para efeitos do disposto no presente decreto-lei,considera-se polcia o elemento que integra o corpo deprofissionais da PSP, constitudo em carreira especial,com funes policiais, armado e uniformizado, sujeito condio policial, com vnculo de nomeao e formaoespecfica, prevista no presente decreto-lei.

    Artigo 4.

    Condio policial

    1 A condio policial define as bases gerais a queobedece o exerccio de direitos e o cumprimento de deverespelos polcias em qualquer situao.

    2 A condio policial caracteriza-se:

    a) Pela subordinao ao interesse pblico;b) Pela defesa da legalidade democrtica, da segurana

    interna e dos direitos fundamentais dos cidados, nos ter-mos da Constituio e da lei;

    c) Pela sujeio aos riscos decorrentes do cumprimentodas misses cometidas PSP;

    d) Pela subordinao hierarquia de comando naPSP;

    e) Pela sujeio a um regulamento disciplinar prprio;f) Pela disponibilidade permanente para o servio, bem

    como para a formao e para o treino;g) Pela restrio ao exerccio de direitos, nos termos

    previstos na Constituio e na lei;h) Pela adoo, em todas as situaes, de uma conduta

    pessoal e profissional conforme aos princpios ticos edeontolgicos da funo policial;

    i) Pela consagrao de direitos especiais em matriade compensao do risco, sade e higiene e segurana notrabalho, nas carreiras e na formao.

    3 Os polcias assumem o compromisso pblico derespeitar a Constituio e as demais leis da Repblica e

    obrigam-se a cumprir os regulamentos e as determinaesa que devam respeito, nos termos da lei.

    CAPTULO II

    Deveres e direitos

    SECO I

    Disposies especiais

    Artigo 5.

    Regime especial

    1 Os polcias esto sujeitos aos deveres e gozamdos direitos previstos no presente decreto-lei e demaislegislao aplicvel.

    2 Nas matrias no reguladas pelo presente decreto--lei, aplicvel aos polcias o regime previsto para os

    demais trabalhadores em funes pblicas com vnculode nomeao.

    3 As competncias inerentes qualidade de emprega-dor pblico previsto na Lei Geral do Trabalho em FunesPblicas, aprovada pela Lei n. 35/2014, de 20 de junho,alterada pela Lei n. 82-B/2014, de 31 de dezembro, so

    exercidas pelo diretor nacional da PSP.

    Artigo 6.

    Regime deontolgico e disciplinar

    Os polcias regem-se por cdigo deontolgico e porregulamento disciplinar prprios.

    Artigo 7.

    Regime de continncias e honras policiais

    1 Os polcias esto sujeitos a um regime de conti-nncias e honras policiais prprio aprovado por portariado membro do Governo responsvel pela rea da admi-nistrao interna.

    2 As normas relativas a ordem unida, apresentao eaprumo so aprovadas por despacho do diretor nacional.

    SECO II

    Garantias de imparcialidade

    Artigo 8.

    Incompatibilidades e impedimentos

    1 Os polcias esto sujeitos ao regime geral de in-compatibilidades, impedimentos, acumulaes de funes

    pblicas e privadas e proibies especficas aplicvel aostrabalhadores que exercem funes pblicas, sem prejuzodo disposto no artigo seguinte.

    2 O regime de impedimentos, recusas e escusas pre-visto no Cdigo de Processo Penal aplicvel, com asdevidas adaptaes, aos polcias enquanto rgo de polciacriminal, sem prejuzo do disposto no nmero seguinte.

    3 A declarao de impedimento e o seu requerimento,bem como o requerimento de recusa e o pedido de escusa,so dirigidos ao diretor nacional.

    Artigo 9.

    Acumulao de funes

    1 A acumulao de funes na estrutura orgnica daPSP pode ser determinada, a ttulo excecional, por despa-cho fundamentado do diretor nacional.

    2 O despacho que determinar a acumulao de fun-es publicado em ordem de servio.

    SECO III

    Deveres

    Artigo 10.

    Deveres profissionais

    1 Os polcias devem dedicar-se ao servio com leal-dade, zelo, competncia, integridade de carcter e esp-rito de bem servir, utilizando e desenvolvendo de formapermanente a sua aptido, competncia e formao pro-fissional.

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    2 Os polcias que tenham conhecimento de factosque constituam crime devem comunic-los imediatamentes entidades competentes, sem prejuzo das disposiesprocessuais penais aplicveis.

    3 Os polcias, ainda que se encontrem fora do perodonormal de trabalho e da rea de responsabilidade da su-

    bunidade ou servio onde exeram funes, devem, at interveno da autoridade de polcia criminal competente,tomar as providncias necessrias e urgentes, dentro dasua esfera de competncia, para evitar a prtica ou paradescobrir e deter os autores de qualquer crime de cujapreparao ou execuo tenham conhecimento.

    4 Os polcias no podem fazer declaraes que afe-tem a subordinao da PSP legalidade democrtica, adependncia da instituio perante os rgos do Governo,a sua iseno poltica e partidria, a coeso e o prestgioda instituio, ou que violem os princpios da hierarquiade comando e da disciplina.

    5 O disposto no nmero anterior extensivo a de-claraes ou comentrios pblicos sobre matrias ou pro-cedimentos operacionais da PSP.

    Artigo 11.

    Poder de autoridade

    1 Os polcias esto investidos do poder de autoridadenos termos e limites previstos na Constituio e na lei.

    2 Os polcias que desempenhem funes de comandoe direo exercem o poder de autoridade inerente a essasfunes, bem como a correspondente competncia disci-plinar.

    Artigo 12.

    Dever de disponibilidade

    1 Os polcias devem manter permanente disponibili-dade para o servio, ainda que com sacrifcio dos interessespessoais.

    2 Os polcias devem ter residncia habitual na loca-lidade onde predominantemente prestam servio ou emlocal que diste at 50 km daquela.

    3 Os polcias podem ser autorizados, por despachodevidamente fundamentado do diretor nacional, a residirem localidade situada a mais de 50 km do local onde pre-dominantemente prestam servio ou, no caso das regiesautnomas, a residir em ilha diferente, independentementeda distncia entre ilhas, quando as circunstncias o per-

    mitam e no haja prejuzo para a disponibilidade para oservio, nem acrscimo de encargos oramentais.

    4 Os polcias devem comunicar e manter permanen-temente atualizados o local da sua residncia habitual e asformas de contacto.

    Artigo 13.

    Deveres especiais

    So deveres especiais dos polcias:

    a) Garantir a proteo das vtimas de crimes, dos de-tidos e das pessoas que se encontrem sob a sua custdiaou proteo, no respeito pela honra e dignidade da pessoa

    humana;b) Atuar sem discriminao em razo de ascendncia,

    sexo, raa, lngua, territrio de origem, religio, convicespolticas ou ideolgicas, instruo, situao econmica,condio social ou orientao sexual;

    c) Exibir previamente prova da sua qualidade quando,no uniformizados, aplicarem medidas de polcia ou emi-tirem qualquer ordem ou mandado legtimo;

    d) Observar estritamente, e com a diligncia devida,a tramitao, os prazos e os requisitos exigidos pela lei,sempre que procedam deteno de algum;

    e) Atuar com a deciso e a prontido necessrias, quandoda sua atuao dependa impedir a prtica de um danograve, imediato e irreparvel, observando os princpiosda adequao, da oportunidade e da proporcionalidade nautilizao dos meios;

    f) Agir com a determinao exigvel, mas sem recorrer fora mais do que o estritamente necessrio para cumpriruma tarefa legalmente exigida ou autorizada.

    Artigo 14.

    Segredo de justia e profissional

    1 Os atos processuais de investigao criminal e de

    coadjuvao das autoridades judicirias esto sujeitos asegredo de justia, nos termos da lei.2 As matrias objeto de classificao de segurana e

    os processos contraordenacionais, disciplinares, de inqu-rito, de sindicncia, de averiguaes e de inspeo, assimcomo qualquer dado ou informao obtida por motivo deservio, esto sujeitos ao segredo profissional, nos termosda lei.

    3 Qualquer informao relativa ao planeamento, exe-cuo, meios e equipamentos empregues em operaespoliciais est sujeita ao dever de sigilo, sendo vedada asua divulgao.

    4 A divulgao restrita da informao referida no

    nmero anterior apenas pode ocorrer nos casos em que odiretor nacional autorize ou a lei assim o determine.

    Artigo 15.

    Aptido fsica e psquica e competncias tcnicas

    1 Os polcias devem manter sempre as necessriascompetncias tcnicas e as condies fsicas e psquicasexigveis ao cumprimento da misso.

    2 A avaliao e a certificao das competncias tcni-cas e das condies fsicas e psquicas referidas no nmeroanterior so fixadas por despacho do diretor nacional.

    3 Sem prejuzo da realizao de testes aleatrios,nos termos gerais, para efeitos do disposto no n. 1, emato de servio e desde que existam fundados indcios, os

    polcias podem ser submetidos a exames mdicos, a testesou outros meios apropriados, designadamente, para deteodo consumo excessivo de bebidas alcolicas, do consumode produtos estupefacientes, substncias psicotrpicas oudopantes, esteroides ou anabolizantes ou substncias comefeitos anlogos.

    4 Os procedimentos relativos execuo dos examesreferidos no nmero anterior so fixados por despachodos membros do Governo responsveis pelas reas daadministrao interna e da sade.

    Artigo 16.

    Uso de uniforme e armamento

    1 Os polcias exercem as suas funes devidamenteuniformizados e armados, sem prejuzo do disposto nonmero seguinte.

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    2 Para o exerccio de funes operacionais ou deapoio, que pela sua natureza e especificidade assim o exi-

    jam, pode ser dispensado o uso de uniforme ou armamento,nas condies fixadas por despacho do diretor nacional.

    Artigo 17.

    Utilizao de armamento e equipamentos

    Os polcias utilizam o armamento e os equipamentos,fornecidos ou autorizados pela PSP, necessrios execuodas tarefas de que esto incumbidos e zelam pela respetivaguarda, segurana e conservao.

    Artigo 18.

    Identificao

    1 Os polcias consideram-se identificados quandodevidamente uniformizados.

    2 Os polcias devem exibir, prontamente, a carteirade identificao policial, sempre que solicitada e as cir-cunstncias do servio o permitam, para certificarem asua qualidade.

    3 Quando no uniformizados e em ato ou misso deservio, os polcias identificam-se atravs de quaisquermeios que revelem, inequivocamente, a sua qualidade.

    Artigo 19.

    Dispensa temporria de identificao

    1 Os polcias podem ser temporariamente dispensa-dos da necessidade de revelar a sua identidade e qualidade,meios materiais e equipamentos utilizados.

    2 Aos polcias envolvidos em aes policiais ou em

    aes determinadas por autoridade judiciria competentepode ser determinado o uso de um sistema de codificaoda sua identidade policial, sem prejuzo da sua descodifi-cao para fins processuais.

    3 A dispensa temporria de identificao e a codifica-o a que se referem os nmeros anteriores so reguladas

    por portaria do membro do Governo responsvel pela reada administrao interna.

    4 As autorizaes da dispensa temporria de iden-tificao e da codificao referidas nos n.os1 e 2 so dacompetncia do diretor nacional.

    SECO IV

    Direitos

    SUBSECO I

    Direitos especiais

    Artigo 20.

    Livre-trnsito e direito de acesso

    1 Aos polcias, quando devidamente identificadose em misso de servio, facultada a entrada livre emestabelecimentos e outros locais pblicos ou abertos aopblico para a realizao de aes policiais.

    2 Para a realizao de diligncias de investigao

    criminal ou de coadjuvao judiciria, os polcias, quandodevidamente identificados e em misso de servio, tmdireito de acesso a quaisquer reparties ou servios pbli-cos, empresas comerciais ou industriais e outras instalaes

    pblicas ou privadas, em conformidade com as disposies

    relativas segurana interna, organizao da investigaocriminal e ao processo penal.

    Artigo 21.

    Higiene e segurana no trabalho

    Os polcias tm direito a beneficiar de medidas e aesde medicina preventiva e esto sujeitos a exames mdicosperidicos obrigatrios, cujos pressupostos, condies,natureza e periodicidade so fixados por despacho do di-retor nacional.

    Artigo 22.

    Utilizao dos meios de transporte

    1 Aos polcias, quando devidamente identificados eem misso de servio, facultado o livre acesso, em todoo territrio nacional, aos transportes coletivos terrestres,fluviais e martimos.

    2 Os polcias tm direito utilizao gratuita dostransportes coletivos terrestres, fluviais e martimos nasdeslocaes dentro da rea de circunscrio em que exer-cem funes e entre a sua residncia habitual e a localidadeem que prestam servio, at distncia de 50 km.

    3 Os encargos decorrentes do exerccio do direitoreferido no nmero anterior so suportados pela PSP.

    4 O regime de utilizao dos transportes coletivos objeto de portaria dos membros do Governo responsveispelas reas das finanas, da administrao interna e dostransportes.

    Artigo 23.

    Documento de identificao e carteira de identificao policial

    1 Os polcias tm direito ao uso de documento deidentificao e, quando nas situaes de ativo e de pr--aposentao na efetividade de servio, de carteira deidentificao policial.

    2 Os documentos de identificao a que se referemos nmeros anteriores contm, obrigatoriamente, a situ-ao do titular e constituem ttulo bastante para provar aidentidade do seu portador em territrio nacional, substi-tuindo, para esse efeito, o documento de identificao decidado nacional.

    3 Os alunos dos cursos ministrados no Instituto Su-perior de Cincias Policiais e Segurana Interna (ISCPSI)

    e na Escola Prtica de Polcia (EPP), para ingresso nascarreiras de oficial de polcia e de agente de polcia, res-petivamente, tm direito ao uso de documento de identi-ficao prprio.

    4 Os polcias a quem seja aplicada pena disciplinarexpulsiva perdem o direito previsto no n. 1.

    5 O direito previsto no n. 1 suspenso de imediatoquando seja aplicada medida disciplinar de suspenso defunes.

    6 Os modelos do documento de identificao e dacarteira de identificao policial referidos no presenteartigo so aprovados por portaria do membro do Governoresponsvel pela rea da administrao interna.

    Artigo 24.Uniformes

    1 Os polcias tm direito dotao inicial do farda-mento, aprovado por portaria do membro do Governo res-

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    ponsvel pela rea da administrao interna, no momentodo ingresso na PSP.

    2 A PSP participa nas despesas com a aquisio defardamento efetuadas pelos polcias na efetividade de ser-vio, atravs da atribuio de uma comparticipao anualno valor de 600, com a natureza de prestao social.

    3 A comparticipao anual referida no nmero an-terior s assegurada decorridos dois anos sobre a datade ingresso na PSP.

    4 Os polcias, quando nomeados para integraremmisses internacionais ou de cooperao policial, podembeneficiar de uma dotao complementar de fardamentoe equipamento.

    5 A dotao prevista no nmero anterior determi-nada por despacho do diretor nacional, tendo em conta anatureza da misso, designadamente a sua durao e ascaractersticas ambientais locais.

    6 O regulamento de uniformes da PSP aprovadopor portaria do membro do Governo responsvel pela reada administrao interna.

    Artigo 25.

    Uso e porte de arma

    1 Os polcias tm direito ao uso e porte de armas emunies de qualquer tipo, desde que distribudas peloEstado, e esto sujeitos a um plano de formao e de certi-ficao constitudo por provas tericas e prticas de tiro.

    2 O plano de formao e de certificao referidono nmero anterior fixado por despacho do diretor na-cional.

    3 O direito a que se refere o n. 1 suspenso, pordespacho fundamentado do diretor nacional, devendo as

    armas e munies detidas ser entregues na respetiva uni-dade, subunidade ou servio, nas seguintes situaes:

    a) Quando tenha sido aplicada medida judicial de in-terdio do uso de armas ou medida disciplinar de desar-mamento;

    b) Durante o cumprimento de medida ou pena disciplinarde suspenso ou medida de coao de suspenso do exerc-cio de funes, salvo se, por razes fundamentadas, puderestar em causa a sua segurana e integridade fsica;

    c) Por motivos de sade, designadamente quando exis-tam fundados indcios de perturbao psquica ou men-tal;

    d) Quando no tenha sido obtida a certificao referida

    no n. 1;e) Quando existam fundados indcios de se encontrarsob a influncia de bebidas alcolicas, de estupefacientes,de substncias psicotrpicas, ou de outros produtos deefeitos anlogos.

    4 Na situao prevista na alnea c) do nmero an-terior, o polcia a quem tenham sido retiradas as armas emunies, a ttulo cautelar, pode submeter-se avaliaode um mdico ou da junta mdica da PSP, no sentido deobter parecer mdico ou relatrio mdico-legal, elaboradona sequncia de uma percia mdico-legal, que ateste a suacondio psquica e mental.

    5 Na situao prevista no nmero anterior, na hip-

    tese de o polcia solicitar a avaliao das suas condiesa uma entidade distinta da junta mdica da PSP, e casovenha a apresentar um parecer mdico ou um relatriomdico-legal em que se ateste que no apresenta pertur-baes psquicas e mentais, o diretor nacional solicita

    junta mdica da PSP que proceda avaliao das condi-es psquicas e mentais do polcia, e, nessa sequncia,decide definitivamente quanto devoluo das armas emunies retiradas.

    6 O polcia na situao de ativo ou de pr--aposentao tem direito deteno, uso e porte de arma,

    independentemente de licena, sem prejuzo do seu obri-gatrio manifesto quando da mesma seja proprietrio,seguindo, para o efeito, o regime jurdico das armas esuas munies, aprovado pela Lei n. 5/2006, de 23 defevereiro.

    7 O polcia na situao de aposentao tem direito deteno, uso e porte de arma, independentemente delicena, mediante apresentao, ao diretor nacional da PSP,a cada cinco anos, de certificado mdico que ateste aptidopara a deteno, uso e porte de arma, bem como se est naposse de todas as suas faculdades psquicas, sem historialclnico que deixe suspeitar poder vir a atentar contra asua integridade fsica ou de terceiros, observando-se oregime jurdico das armas e suas munies, aprovado pelaLei n. 5/2006, de 23 de fevereiro, sem prejuzo do seuobrigatrio manifesto quando da mesma seja proprietrio,seguindo, para o efeito, o referido regime.

    8 O direito previsto no nmero anterior suspensoautomaticamente quando se verifiquem as circunstnciasreferidas nas alneas a) a c) do n. 3 ou quando o polciana situao de aposentao no apresente o atestado m-dico exigido.

    9 O prazo de cinco anos previsto no n. 7 conta -sea partir da data do documento oficial que promova a mu-dana de situao do polcia ou do momento da aquisioda arma.

    10 Os polcias a quem tenha sido aplicada pena dis-

    ciplinar expulsiva ou que se encontrem na situao de li-cena sem remunerao de longa durao ficam sujeitos aoregime geral de licenciamento do uso e porte de arma.

    Artigo 26.

    Apoio jurdico

    1 Aos polcias concedido apoio jurdico, queabrange a contratao de advogado, o pagamento de ta-xas de justia e demais encargos do processo judicial,sempre que intervenham em processo penal, processosde natureza cvel ou processos de natureza administrativa,nos quais sejam pessoalmente demandados, em virtude

    de factos praticados no exerccio das suas funes ou porcausa delas.2 Aos polcias que intervenham em processo penal

    por ofensa sofrida no exerccio das suas funes, ou porcausa delas, concedido apoio jurdico.

    3 Para efeitos do disposto nos nmeros anteriores, oapoio jurdico concedido, aos polcias que o requeiram,por despacho fundamentado do diretor nacional.

    4 Nos casos em que tenha sido concedido apoiojurdico nos termos do presente artigo e resulte provado,no mbito do processo judicial, que os polcias agiramdolosamente ou fora dos limites legalmente impostos, aPSP exerce o direito de regresso.

    Artigo 27.Regime penitencirio

    1 O cumprimento da priso preventiva e das penase medidas privativas de liberdade, por polcias, ocorre em

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    estabelecimento prisional legalmente destinado ao inter-namento de detidos e reclusos que exercem ou exerceramfunes em foras ou servios de segurana.

    2 Nos casos em que no seja possvel a observnciado disposto no nmero anterior, o estabelecimento pri-sional assegura o internamento em regime de separao

    dos restantes detidos ou reclusos, o mesmo sucedendorelativamente sua remoo e transporte.

    Artigo 28.

    Incapacidade fsica

    1 aplicvel aos polcias o regime legal em vigorpara os deficientes das Foras Armadas.

    2 Os polcias a quem tenha sido reconhecido o es-tatuto de equiparado a deficiente das Foras Armadas po-dem ser admitidos frequncia dos cursos ministradosnos estabelecimentos de ensino da PSP, em igualdade decircunstncias com os demais candidatos, com dispensade algumas ou de todas as provas fsicas a que houverlugar, de acordo com as condies a fixar por despachodo diretor nacional.

    3 O disposto no nmero anterior extensivo aospolcias a quem a Junta Superior de Sade (JSS) tenhaatribudo incapacidade parcial permanente por motivo deacidente de trabalho, resultante de ato diretamente relacio-nado com o exerccio de funes policiais.

    4 S podem beneficiar do disposto nos n.os 2 e 3 ospolcias que sejam considerados clinicamente curados epossam prestar todas as demais provas no dependentesda sua capacidade fsica.

    5 A PSP deve, sempre que as infraestruturas o permi-tam e desde que no seja colocada em causa a prestao doservio pblico de segurana, adequar o posto de trabalhodos polcias portadores de deficincia.

    Artigo 29.

    Direito a habitao

    O diretor nacional, os diretores nacionais-adjuntos, oinspetor nacional, os comandantes e segundos comandantesdos comandos territoriais, o comandante e o 2. coman-dante da Unidade Especial de Polcia (UEP), os diretorese diretores-adjuntos dos estabelecimentos de ensino, os

    comandantes das subunidades operacionais da UEP e oscomandantes das subunidades dos comandos territoriaistm direito a habitao por conta do Estado quando tenhamresidncia habitual a mais de 50 km da sede da respetivaunidade, subunidade ou servio.

    Artigo 30.

    Assistncia religiosa

    1 Aos polcias que professem religio legalmentereconhecida no pas garantida assistncia religiosa.

    2 Os polcias no so obrigados a assistir ou partici-par em atos de culto prprios de religio diversa daquela

    que professem, sem prejuzo do disposto no nmero se-guinte.

    3 Os polcias, por razes de servio, podem ser no-meados para misses policiais que decorram em conjuntocom cerimnias religiosas.

    SUBSECO II

    Frias, faltas e licenas

    Artigo 31.

    Regime de frias, faltas e licenas

    Os polcias esto sujeitos ao regime de frias, faltas elicenas aplicvel aos trabalhadores que exercem funespblicas, com as especificidades constantes do presentedecreto-lei.

    SUBSECO III

    Frias

    Artigo 32.

    Direito a frias

    1 Os polcias tm direito a um perodo de friasremuneradas em cada ano civil, que se vence no dia 1 dejaneiro.

    2 O perodo anual de frias tem a durao de 22 dias teis.3 Ao perodo de frias previsto no n. 1 acresce um

    dia til de frias por cada 10 anos de servio efetivamenteprestado.

    4 A durao do perodo de frias pode, ainda, seraumentada no quadro do sistema de recompensa do de-sempenho.

    5 Salvo nos casos previstos no presente decreto-lei,as frias devem ser gozadas no decurso do ano civil emque se vencem.

    6 O direito a frias irrenuncivel e o seu gozo efe-tivo no pode ser substitudo por qualquer compensao

    econmica, ainda que com o acordo do interessado.7 Durante as frias no pode ser exercida qualqueratividade remunerada, salvo se a mesma j viesse sendolegalmente exercida.

    8 Para efeitos de frias, so teis os dias da semanade segunda-feira a sexta-feira, com exceo dos dias deferiado, no podendo as frias ter incio em dia de descansodo polcia.

    Artigo 33.

    Casos especiais de durao do perodo de frias

    1 No ano civil de ingresso, os polcias tm direito a

    dois dias teis de frias por cada um dos meses completosde servio efetivo prestado at 31 de dezembro desse ano.2 O gozo de frias a que se refere o nmero anterior

    pode ter lugar aps seis meses completos de efetividadede servio.

    3 No caso de o ano civil terminar antes de decorridoo prazo referido no nmero anterior, as frias so gozadasat 31 de dezembro do ano subsequente.

    Artigo 34.

    Mapa de frias

    1 Os polcias comunicam as frias a gozar em cadaano at 31 de maro, sendo o mapa de frias aprovado at

    15 de abril e dele dado conhecimento aos polcias.2 Salvo nos casos previstos no presente decreto-lei,

    o mapa de frias s pode ser alterado, posteriormente a 15de abril, por acordo entre os servios e os polcias, semprejuzo do disposto nos artigos 36. e 37.

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    Artigo 35.

    Marcao das frias

    1 As frias so marcadas de acordo com os interessesdas partes, sem prejuzo de se assegurar, em todos os casos,o regular funcionamento dos servios.

    2 Na fixao das frias devem ser rateados, se ne-cessrio, os meses mais pretendidos, de modo a beneficiaralternadamente cada interessado, em funo dos perodosgozados nos dois anos anteriores.

    3 As frias podem ser gozadas seguida ou interpo-ladamente, no podendo um dos perodos ser inferior a11 dias teis consecutivos.

    4 Na falta de acordo, o perodo referido no nmeroanterior fixado pelo dirigente do servio, entre 1 de maioe 31 de outubro.

    5 Sem prejuzo do disposto nos nmeros anteriores,aos cnjuges, bem como s pessoas que vivam em uniode facto ou economia comum, nos termos previstos emlegislao especfica, que exeram funes na PSP, dada

    preferncia, sempre que possvel, na marcao coincidentede frias.

    6 A preferncia prevista no nmero anterior igual-mente conferida aos cnjuges, bem como s pessoas quevivam em unio de facto ou economia comum nos termos

    previstos em legislao especfica, que sejam funcionriospblicos e que, pela natureza do servio, comprovada-mente, s possam gozar frias em determinados perodosdo ano.

    Artigo 36.

    Acumulao de frias

    1 As frias respeitantes a determinado ano podem,por convenincia de servio ou por acordo entre as partes,ser gozadas no ano civil subsequente, seguidas ou no dasfrias vencidas no incio desse ano.

    2 No caso previsto no nmero anterior, as frias sogozadas at 31 de dezembro do ano subsequente.

    3 No caso de acumulao de frias por conveninciade servio, os polcias no podem, salvo acordo nessesentido, ser impedidos de gozar 11 dias de frias a quetiverem direito no ano a que estas se reportam.

    4 A invocao da convenincia de servio deve ser,casustica e adequadamente, fundamentada.

    Artigo 37.Alterao do perodo de frias por convenincia de servio

    1 Por exigncia imperiosa de servio, mediante des-pacho fundamentado do diretor nacional, pode ser alteradoou interrompido o perodo de frias j marcado.

    2 A alterao ou a interrupo das frias deve permitiro gozo seguido de 11 dias a que os polcias tm direito.

    3 No caso previsto no n. 1, os polcias tm direitoa ser reembolsados pelas despesas j comprovadamenteefetuadas, em resultado da alterao ou interrupo doperodo de frias, por exigncia imperiosa do servio.

    Artigo 38.

    Alterao do perodo de frias por motivo de impedimento

    1 O gozo das frias no se inicia, ou suspende-se,quando os polcias estejam temporariamente impedidos pordoena ou outra situao legalmente prevista, desde que

    o superior hierrquico competente seja, imediatamente,informado desse facto.

    2 No caso referido no nmero anterior, salvo incon-veniente para o servio, o gozo das frias tem lugar apso termo do impedimento, na medida do remanescente dosdias compreendidos no perodo marcado, devendo o per-

    odo correspondente aos dias no gozados ser marcado poracordo ou, na falta deste, pelo dirigente do servio.3 Em caso de impossibilidade total ou parcial do

    gozo de frias por motivo de impedimento dos polcias,estes tm direito ao respetivo gozo at 31 de dezembro doano subsequente, bem como ao subsdio correspondente.

    4 A prova da doena referida no n. 1 feita porestabelecimento hospitalar, por declarao do centro desade ou por atestado mdico.

    5 Para efeitos de verificao da situao de doena, odirigente do servio pode requerer a designao de mdicoda PSP, ou de mdico da rea da residncia habitual dopolcia indicado pela segurana social quando aplicvel,dando-lhe conhecimento do facto na mesma data, podendotambm, para aquele efeito, designar um mdico que notenha qualquer vnculo contratual anterior PSP.

    6 Em caso de desacordo entre os pareceres mdicosreferidos nos nmeros anteriores, pode ser requerida, porqualquer das partes, a interveno de junta mdica daPSP.

    7 Em caso de no cumprimento do dever de comu-nicao previsto no n. 1, bem como da oposio, semmotivo atendvel, fiscalizao da doena, os dias daalegada doena so considerados dias de frias.

    SUBSECO IV

    Faltas

    Artigo 39.

    Conceito de falta

    1 Considera-se falta a ausncia dos polcias do localem que deviam desempenhar a atividade durante o perodonormal de trabalho dirio.

    2 Em caso de ausncia dos polcias por perodos in-feriores ao perodo normal de trabalho dirio, os respetivostempos so adicionados para determinao da falta.

    Artigo 40.

    Tipos de faltas1 As faltas podem ser justificadas ou injustifica-

    das.2 So consideradas faltas justificadas:

    a) As dadas, durante 15 dias seguidos, por altura docasamento;

    b) As motivadas por falecimento do cnjuge, parentesou afins;

    c) As motivadas pela prestao de provas em estabele-cimento de ensino;

    d) As motivadas por impossibilidade de prestar trabalhodevido a facto que no seja imputvel aos polcias, nomea-damente observncia de prescrio mdica no seguimento

    de recurso a tcnica de procriao medicamente assistida,doena, acidente ou cumprimento de obrigao legal;

    e) As motivadas pela prestao de assistncia inadivele imprescindvel a filho, a neto ou a membro do agregadofamiliar dos polcias;

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    f) As motivadas por deslocao a estabelecimento deensino de responsvel pela educao de menor por motivoda situao educativa deste, pelo tempo estritamente neces-srio, at quatro horas por trimestre, por cada menor;

    g) As dadas para o exerccio de funes sindicais, nostermos e de acordo com os fundamentos previstos na lei

    que regula o exerccio da liberdade sindical;h) As dadas por candidatos a eleies em cargos p-blicos, durante o perodo legal da respetiva campanhaeleitoral, nos termos da correspondente lei eleitoral;

    i) As motivadas pela necessidade de tratamento ambu-latrio, realizao de consultas mdicas e exames comple-mentares de diagnstico, que no possam efetuar-se fora doperodo normal de trabalho e s pelo tempo estritamentenecessrio;

    j) As motivadas por isolamento profiltico;k) As dadas para doao de sangue;l) As motivadas pela necessidade de submisso a mto-

    dos de seleo em procedimento concursal interno;

    m) As dadas por conta do perodo de frias;n) As autorizadas ou aprovadas pelo superior hierr-quico competente, quando resultem da compensao decrdito horrio;

    o) As que por lei sejam como tal consideradas.

    3 O disposto na alnea i) do nmero anterior exten-sivo assistncia ao cnjuge ou equiparado, ascendentes,descendentes, adotando, adotados e enteados, menoresou deficientes, quando comprovadamente o polcia seja apessoa mais adequada para o fazer.

    4 As faltas previstas no n. 2 tm os seguintes efei-tos:

    a) As dadas ao abrigo das alneas a) a h) e o) tm osefeitos previstos no Cdigo de Trabalho;b) Sem prejuzo do disposto na alnea anterior, as dadas

    ao abrigo das alneas i) a l) e n) no determinam a perdade remunerao;

    c) As dadas ao abrigo da alnea m) tm os efeitos previs-tos para os demais trabalhadores em funes pblicas.

    5 So consideradas injustificadas as faltas no pre-vistas no n. 2.

    Artigo 41.

    Faltas por conta do perodo de frias

    1 Os polcias podem faltar dois dias por ms porconta do perodo de frias, at ao mximo de 13 dias porano.

    2 As faltas previstas no nmero anterior relevam,segundo opo do interessado, no perodo de frias doprprio ano ou do ano seguinte.

    3 As faltas por conta do perodo de frias so obri-gatoriamente comunicadas com a antecedncia mnimade 24 horas e esto sujeitas a autorizao, que pode serrecusada se forem suscetveis de causar prejuzo para onormal funcionamento do servio, por deciso devida-mente fundamentada.

    4 Nos casos em que as faltas determinem perda de

    remunerao, as ausncias podem ser substitudas pordias de frias, a requerimento do polcia, na proporode um dia de frias por cada dia de falta, desde que sejasalvaguardado o gozo efetivo de 20 dias de frias ou dacorrespondente proporo, se se tratar do ano de admisso,

    mediante comunicao expressa do interessado ao superiorhierrquico competente.

    Artigo 42.

    Comunicao de falta

    1 A ausncia, quando previsvel, comunicada porescrito ao superior hierrquico competente, acompanhadada indicao do motivo justificativo, com a antecednciamnima de cinco dias teis.

    2 A ausncia, quando imprevisvel, comunicada deimediato ao superior hierrquico competente e formalizadalogo que possvel, no prazo mximo de cinco dias teis,acompanhada da indicao do motivo justificativo.

    3 A comunicao reiterada em caso de ausnciaimediatamente subsequente prevista na comunicaoreferida num dos nmeros anteriores.

    4 O incumprimento do disposto no presente artigodetermina que a ausncia seja injustificada.

    Artigo 43.

    Prova da falta justificada

    1 O superior hierrquico pode, nos 15 dias seguintes comunicao referida no artigo anterior, exigir ao polciaprova dos factos invocados para a justificao.

    2 A prova da situao de doena prevista na alnea d)do n. 2 do artigo 40. feita por estabelecimento hospi-talar, posto mdico da PSP, por declarao do centro desade ou por atestado mdico.

    3 A situao de doena referida no nmero anteriorpode ser fiscalizada por mdico da PSP, ou por mdicoindicado pela segurana social quando aplicvel.

    4 No caso da segurana social no indicar o mdicoa que se refere o nmero anterior no prazo de 24 horas, aPSP designa um mdico para efetuar a fiscalizao.

    5 Em caso de desacordo entre os pareceres mdicosreferidos nos nmeros anteriores, pode ser requerida ainterveno de junta mdica da PSP.

    6 Em caso de incumprimento das obrigaes pre-vistas no artigo anterior e nos n.os1 e 2, bem como deoposio, sem motivo atendvel, fiscalizao referida nosn.os3 a 5, as faltas so consideradas injustificadas.

    7 fiscalizao das faltas por doena dos polciasso aplicveis as regras previstas para os trabalhadoresem funes pblicas.

    Artigo 44.

    Efeitos de falta justificada

    1 As faltas justificadas no implicam reduo deremuneraes nem a perda ou prejuzo de quaisquer outrosdireitos dos polcias, exceto nas situaes previstas nosnmeros seguintes.

    2 Sem prejuzo do disposto em lei especial, as fal-tas por doena determinam a perda de remunerao dospolcias:

    a) Desde que beneficiem de um regime de seguranasocial de proteo na doena; e

    b) Relativamente aos que no estejam abrangidos peloregime previsto na alnea anterior, nos seguintes termos:

    i) A perda da totalidade da remunerao diria no pri-meiro, segundo e terceiro dias de incapacidade temporria,nas situaes de faltas seguidas ou interpoladas;

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    ii) A perda de 10 % da remunerao diria, a partir doquarto dia e at ao trigsimo dia de incapacidade tempo-rria;

    iii) A contagem dos perodos de trs e 27 dias a que sereferem, respetivamente, as subalneas anteriores inter-rompida sempre que se verifique a retoma da prestao

    de trabalho;iv) A aplicao do disposto na subalnea anterior de-pende da prvia ocorrncia de trs dias sucessivos e nointerpolados de faltas por incapacidade temporria nostermos da alnea anterior;

    v) As faltas por motivo de doena no implicam a perdada remunerao base diria nos casos de internamentohospitalar, por motivo de cirurgia ambulatria e doenapor tuberculose;

    3 As faltas por doena descontam na antiguidade paraefeitos de carreira quando ultrapassem 30 dias seguidosou interpolados em cada ano civil.

    4 As faltas por doena implicam sempre a perda dosubsdio de refeio.

    5 O disposto nos nmeros anteriores no prejudicao recurso a faltas por conta do perodo de frias.

    6 O disposto nos nmeros anteriores no se aplicas faltas por doena dadas por pessoas com deficincia,quando decorrentes da prpria deficincia.

    7 As faltas previstas nas alneas e),g), h),j), l) e n)do n. 2 do artigo 40. so consideradas como prestaoefetiva de servio.

    SUBSECO V

    Licenas e dispensa

    Artigo 45.

    Conceito de licena

    Considera-se licena a ausncia prolongada do serviomediante autorizao.

    Artigo 46.

    Modalidades

    1 Aos polcias podem ser concedidas as licenas pre-vistas para os demais trabalhadores em funes pblicas,com as especialidades constantes dos artigos seguintes.

    2 As modalidades de licenas sem remunerao

    compreendem:a) Licena sem remunerao de curta durao;b) Licena sem remunerao de longa durao;c) Licena sem remunerao para acompanhamento do

    cnjuge colocado no estrangeiro;d) Licena sem remunerao para o exerccio de funes

    em organismo internacional.

    3 A concesso das licenas a que se refere a alnea a)do nmero anterior da competncia do diretor nacional,mediante despacho fundamentado.

    4 A concesso das licenas a que se refere a alnea b)do n. 2 da competncia do membro do Governo respon-

    svel pela rea da administrao interna, mediante propostado diretor nacional.

    5 A licena sem remunerao para acompanhamentodo cnjuge colocado no estrangeiro rege-se pelo regimeprevisto na Lei Geral do Trabalho em Funes Pblicas,

    aprovada pela Lei n. 35/2014, de 20 de junho, alteradapela Lei n. 82-B/2014, de 31 de dezembro.

    Artigo 47.

    Licena sem remunerao de curta durao

    1 A licena sem remunerao de curta durao concedida por perodo igual ou superior a 30 dias e infe-rior a um ano.

    2 O diretor nacional pode recusar a concesso dalicena prevista no nmero anterior nas seguintes situa-es:

    a) Quando, nos ltimos 12 meses, o polcia j tiverbeneficiado de licena sem remunerao por 90 dias, se-guidos ou interpolados;

    b) Quando exista prejuzo para o servio;c) Quando no tenha sido requerida com uma antecedn-

    cia mnima de 30 dias em relao data do seu incio;d) Quando ao polcia tenha sido proporcionada, nos

    ltimos 24 meses, formao de promoo ou de especia-lizao;

    e) Quando a antiguidade do requerente na PSP sejainferior a trs anos;

    f) Quando se trate de titulares de cargos de direo oucomando, no seja possvel a sua substituio durante operodo da licena e haja grave prejuzo para o funciona-mento do servio.

    Artigo 48.

    Licena sem remunerao de longa durao

    1 A licena sem remunerao de longa durao

    concedida por perodos de um ano at cinco anos.2 A licena prevista no nmero anterior s pode serrequerida:

    a) Decorridos 10 anos aps o ingresso na carreira deoficial de polcia;

    b) Decorridos cinco anos aps o ingresso nas restantescarreiras.

    3 O diretor nacional pode recusar ou no propor aomembro do Governo responsvel pela rea da adminis-trao interna a concesso da licena prevista no n. 1 nasseguintes situaes:

    a) Quando ao polcia tenha sido proporcionada, nos lti-mos 24 meses, formao especializada ou de promoo;

    b) Quando, nos ltimos 12 meses, o polcia j tiverbeneficiado de licena sem remunerao por 90 dias, se-guidos ou interpolados;

    c) Quando exista prejuzo para o servio;d) Quando no tenha sido requerida com uma antecedn-

    cia mnima de 60 dias em relao data do seu incio;e) Quando se trate de titulares de cargos de direo ou

    de comando, no seja possvel a sua substituio duranteo perodo de licena e esse facto cause prejuzo srio parao funcionamento do rgo ou servio.

    4 As frias vencidas at data do incio da licena

    sem remunerao de longa durao, incluindo as relativasao trabalho prestado no prprio ano, so gozadas obriga-toriamente antes do incio da licena.

    5 Ao polcia que regresse da licena prevista no n. 1 aplicvel o regime de frias no ano de ingresso.

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    6 O pedido de regresso antecipado efetividade deservio feito mediante requerimento dirigido ao diretornacional.

    7 Da deciso proferida para efeitos do disposto nonmero anterior dado conhecimento ao membro do Go-verno responsvel pela rea da administrao interna.

    8 O decurso do perodo de durao mxima da li-cena sem remunerao de longa durao, sem que o po-lcia solicite o regresso ao ativo, determina a cessao darelao jurdica de emprego pblico.

    9 Sempre que a licena tenha durao superior a umano, o regresso efetividade de servio depende da verifi-cao prvia das seguintes condies cumulativas:

    a) Inspeo mdica favorvel, nos termos do dispostono artigo 15.;

    b) Comprovao de aptido tcnica e fsica, e prova deidoneidade, nos termos previstos em despacho do diretornacional, em cumprimento do disposto no artigo 15.;

    c) Existncia de vaga no mapa de pessoal, para efeitos

    do disposto no artigo 111.

    10 A licena sem remunerao de longa durao porperodo igual ou superior a um ano determina a aberturade vaga no mapa de pessoal.

    Artigo 49.

    Efeitos das licenas

    1 A concesso de licena sem remunerao determinaa suspenso do vnculo de emprego pblico.

    2 O perodo de tempo da licena sem remuneraono conta para efeitos de antiguidade na carreira, sem

    prejuzo do disposto no nmero seguinte.3 Nas licenas previstas para acompanhamento decnjuge colocado no estrangeiro, bem como para o exer-ccio de funes em organismos internacionais e noutraslicenas fundadas em circunstncias de interesse pblico,o polcia tem direito contagem do tempo para efeitos deantiguidade e pode continuar a efetuar descontos para osubsistema de assistncia na doena da PSP, com base naremunerao auferida data do incio da licena.

    4 Quando regressa ao servio, o polcia colocadoem posto de trabalho compatvel com a sua categoria, nosseguintes termos:

    a) Preferencialmente, na mesma subunidade ou servioonde desempenhava funes, no caso da licena sem re-munerao de curta durao;

    b) Na direo nacional, nas restantes situaes.

    5 Na situao de licena sem remunerao, os po-lcias podem requerer que lhes continue a ser contadoo tempo para efeitos de aposentao e sobrevivncia,mediante o pagamento, nos termos legais aplicveis, dasrespetivas quotas.

    6 Na situao de licena sem remunerao, os po-lcias ficam privados do uso de uniformes, distintivos einsgnias da PSP e devem, at data prevista do incio dalicena, proceder entrega do armamento e equipamento

    na sua posse ou guarda, bem como do documento de iden-tificao e da carteira de identificao policial.

    7 Na situao de licena sem remunerao de longadurao, os polcias no podem candidatar-se a qualquerprocedimento de promoo ou ingresso em carreira.

    Artigo 50.

    Licena sem remunerao para o exerccio de funesem organismos internacionais

    A licena sem remunerao para o exerccio de funesem organismos internacionais pode ser concedida aos po-

    lcias, revestindo, conforme os casos, uma das seguintesmodalidades:

    a) Licena para o exerccio de funes com carcterprecrio ou experimental, com vista a uma integraofutura no respetivo organismo;

    b) Licena para o exerccio de funes em quadro deorganismo internacional.

    Artigo 51.

    Licena para exerccio de funes com carcter precrioou experimental em organismo internacional

    1 A licena prevista na alnea a) do artigo anterior

    tem a durao do exerccio de funes com carcter pre-crio ou experimental para que foi concedida, implicandoa cessao das situaes de requisio ou de comisso deservio.

    2 A licena prevista na alnea a) do artigo anteriorimplica a perda total da remunerao, contando, porm, otempo de servio respetivo para todos os efeitos legais.

    3 Durante o perodo da licena prevista na alnea a)do artigo anterior, o polcia pode continuar a efetuar osdescontos legalmente devidos com base na remuneraoauferida data do incio da licena.

    4 O polcia deve gozar as frias a que tem direitono ano civil de passagem situao de licena prevista na

    alnea a) do artigo anterior, antes do incio da mesma.5 No ano de regresso e no seguinte, o polcia temdireito a um perodo de frias proporcional ao tempo deservio prestado no ano da suspenso de funes.

    6 O disposto no nmero anterior no prejudica o gozode um perodo mnimo de oito dias teis de frias.

    7 A concesso de licena prevista na alnea a) doartigo anterior, por perodo superior a dois anos, deter-mina a abertura de vaga, tendo o polcia, no momento doregresso, direito a ser provido em vaga da sua categoriae ficando como supranumerrio do quadro enquanto amesma no ocorrer.

    8 O regresso do polcia da situao prevista na al-nea a) do artigo anterior faz-se mediante despacho domembro do Governo responsvel pela rea da adminis-trao interna.

    Artigo 52.

    Licena para exerccio de funes como funcionrioou agente de organismo internacional

    1 A licena prevista na alnea b) do artigo 50. con-cedida pelo perodo de exerccio de funes e determinaa abertura de vaga.

    2 O polcia tem, aquando do seu regresso, direito aser provido em vaga da sua categoria, ficando como supra-numerrio do quadro enquanto a mesma no ocorrer.

    3 aplicvel licena prevista na alnea b) do ar-tigo 50. o disposto nos n.os 2 e 3 do artigo anterior.

    4 O polcia em gozo de licena sem vencimento delonga durao s pode requerer o regresso ao servio aofim de um ano nesta situao, cabendo-lhe uma das va-

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    gas existentes ou a primeira da sua categoria que venha aocorrer no servio de origem.

    5 O regresso do polcia da situao de licena pre-vista na alnea b) do artigo 50. faz-se mediante despachodo membro do Governo responsvel pela rea da admi-nistrao interna.

    6 O polcia deve gozar as frias a que tem direitono ano civil de passagem situao de licena prevista naalnea b) do artigo 50., antes do incio da mesma.

    7 Aps o regresso ao servio, o polcia tem direitoa gozar frias.

    Artigo 53.

    Concesso das licenas

    1 O despacho de concesso das licenas sem ven-cimento para exerccio de funes em organismos inter-nacionais da competncia dos membros do Governoresponsveis pelas reas dos negcios estrangeiros e daadministrao interna.

    2 O exerccio de funes nos termos do artigo 50.implica que o polcia faa prova, no requerimento a apre-sentar para concesso da licena ou para o regresso, dasua situao face organizao internacional, mediantedocumento comprovativo a emitir pela mesma.

    Artigo 54.

    Licena de mrito excecional

    1 A licena de mrito excecional destina-se a premiaros polcias que no servio revelem dedicao acima docomum ou tenham praticado atos de reconhecido relevo.

    2 A concesso de licena de mrito excecional da com-

    petncia do membro do Governo responsvel pela rea da ad-ministrao interna, mediante proposta do diretor nacional.3 A licena de mrito excecional tem o limite mximo

    de 15 dias seguidos, sendo gozada no prazo de 12 meses apartir da data em que foi concedida, considerando-se equi-parada, para todos os efeitos, a prestao efetiva de servio.

    4 O gozo da licena referida nos nmeros anteriorespode ser suspenso, no caso de imperiosa necessidade deservio, por determinao da entidade competente para aconceder, mediante despacho fundamentado.

    Artigo 55.

    Dispensa por motivo de instalao

    1 Os polcias movimentados pelos instrumentos demobilidade interna ou por comisso de servio, que sejamcolocados no continente, em localidade que diste mais de50 km da sua residncia habitual, ou entre ilhas na mesmaregio autnoma, e mudem efetivamente de residncia,tm direito a dispensa do servio para instalao, at cincodias teis.

    2 Quando as colocaes referidas no nmero anteriorocorram do continente para as regies autnomas ou entreelas ou destas para o continente, a durao da dispensa doservio pode prolongar-se at 10 dias teis.

    3 O direito referido nos nmeros anteriores exer-cido, obrigatoriamente, no perodo imediatamente anterior

    data fixada para a apresentao.4 Em casos excecionais, devidamente fundamen-

    tados, o diretor nacional pode autorizar o exerccio dodireito de dispensa em perodo diferente do previsto nonmero anterior.

    5 A demonstrao da mudana efetiva de residnciadeve ser efetuada atravs de qualquer meio de prova ad-missvel em direito.

    CAPTULO III

    Regime de trabalho

    Artigo 56.

    Servio permanente

    1 O servio da PSP de carcter permanente e obri-gatrio.

    2 Os polcias no podem recusar-se, sem motivojustificado, a comparecer no seu posto de trabalho ou anele permanecer para alm do perodo normal de trabalho,nem eximir-se a desempenhar qualquer misso de servio,desde que compatvel com a sua categoria.

    Artigo 57.Horrio e durao semanal de trabalho

    1 O perodo normal de trabalho de 36 horas, nele seincluindo os perodos destinados a atividades complemen-tares de aperfeioamento tcnico-policial, designadamenteaes de formao e treino.

    2 Podem ser constitudos servios de piquete, emnmero e dimenso adequados situao, para garantiro permanente funcionamento dos servios ou sempre quecircunstncias especiais o exijam.

    3 A prestao de servio para alm do perodo pre-visto no n. 1 compensada pela atribuio de crditohorrio, nos termos a definir por despacho do diretor na-

    cional.4 Na PSP vigoram a modalidade de horrio rgido e

    a modalidade de horrio em regime de turnos, nos termosprevistos no presente decreto-lei, sem prejuzo da aplicaode outras modalidades de horrios previstos na lei geral.

    5 O disposto nos nmeros anteriores no pode pre-judicar, em caso algum, o dever de disponibilidade per-manente, nem o servio da PSP.

    6 Os polcias nomeados para prestao de servio emorganismos sediados fora do territrio nacional, ou nomea-dos para misses internacionais ou misses de cooperaopolicial internacional, regem-se pelos horrios e duraosemanal de trabalho aplicveis s referidas misses.

    Artigo 58.

    Horrio de trabalho rgido

    Horrio de trabalho rgido aquele que, exigindo ocumprimento da durao semanal do trabalho, se repartepor dois perodos dirios, com horas de entrada e de sadafixas idnticas, separados por um intervalo de descanso.

    Artigo 59.

    Regime de turnos

    1 Considera-se trabalho por turnos qualquer modode organizao do trabalho em que os polcias, integrados

    numa escala de servio, ocupem sucessivamente os mes-mos postos de trabalho, a um determinado ritmo, incluindoo ritmo rotativo, que pode ser do tipo contnuo ou descon-tnuo, podendo executar o trabalho a horas diferentes nodecurso de um dado perodo de dias ou semanas.

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    2 O regime de turnos :

    a) Permanente, quando o trabalho prestado nos setedias da semana;

    b) Semanal prolongado, quando prestado em todos oscinco dias teis e no sbado ou no domingo;

    c) Semanal, quando prestado apenas de segunda-feiraa sexta-feira.

    3 O regime de turnos total quando prestado em,pelo menos, trs perodos de trabalho dirio e parcialquando prestado apenas em dois perodos.

    4 A durao de trabalho de cada turno no podeultrapassar os limites mximos dos perodos normais detrabalho, salvo nos casos excecionais autorizados por des-pacho do diretor nacional.

    5 Os polcias com idade igual ou superior a 55 anosso dispensados de trabalhar por turnos de servio no pe-rodo noturno, mediante requerimento dirigido ao diretornacional da PSP, sem prejuzo do disposto no artigo 150.

    Artigo 60.

    Responsabilidade de gesto

    Ao diretor nacional compete:

    a) Fixar os perodos de funcionamento e atendimentodos servios da PSP;

    b) Determinar os regimes de prestao de trabalho e osrespetivos horrios;

    c) Aprovar o nmero de turnos e a respetiva durao;d) Autorizar os servios de piquete.

    CAPTULO IV

    Regime de carreiras

    SECO I

    Hierarquia, carreiras, cargos e funes

    Artigo 61.

    Hierarquia de comando

    1 Os polcias esto sujeitos hierarquia de comando,nos termos previstos na respetiva lei orgnica.

    2 A hierarquia de comando tem por finalidade esta-belecer, em todas as circunstncias de servio, relaes deautoridade e subordinao entre os polcias e determinadapelas carreiras, categorias, antiguidades e precednciasprevistas na lei, sem prejuzo das relaes que decorremdo exerccio de cargos e funes policiais.

    Artigo 62.

    Carreiras e categorias

    1 As carreiras dos polcias so carreiras pluricatego-riais, caraterizadas em funo do nmero e designao dascategorias em que se desdobram, dos contedos funcionais,graus de complexidade funcional e nmero de posiesremuneratrias de cada categoria, de acordo com o anexo Iao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.

    2 Os polcias esto integrados, por ordem decrescentede hierarquia, nas seguintes carreiras e categorias:

    a) Oficial de polcia, que compreende as categoriasde superintendente-chefe, superintendente, intendente,subintendente, comissrio e subcomissrio;

    b) Chefe de polcia, que compreende as categorias chefecoordenador, chefe principal e chefe;

    c) Agente de polcia, que compreende as categorias deagente coordenador, agente principal e agente.

    Artigo 63.

    Contagem da antiguidade

    1 A antiguidade em todas as categorias reportada data fixada no despacho de promoo que determine amudana de categoria.

    2 No caso de ingresso na carreira de oficial de po-lcia e na carreira de agente de polcia, a antiguidade nacategoria reporta os seus efeitos data do incio do perodoexperimental da nomeao definitiva, tendo em conta odisposto no n. 7 do artigo 94.

    3 No caso de ingresso na carreira de chefe de polcia,a antiguidade na categoria reporta os seus efeitos datado despacho de nomeao.

    Artigo 64.

    Lista de antiguidade

    1 As listas de antiguidade dos polcias so organiza-das por categoria e publicadas anualmente, com referncia situao a 31 de dezembro do ano anterior.

    2 Os polcias so ordenados, dentro de cada catego-ria, por ordem decrescente de antiguidade.

    3 A ordenao relativa dos polcias com a mesmaantiguidade de servio e categoria fixada com base naclassificao nos respetivos concursos ou, nos casos doingresso na carreira de oficial de polcia, de chefe de po-lcia e de agente de polcia, na classificao final obtidanos respetivos cursos de ingresso ministrados no ISCPSIe na EPP.

    4 Os polcias graduados so sempre consideradosde menor antiguidade que os polcias promovidos a ca-tegoria igual.

    Artigo 65.

    Cargos policiais

    1 Consideram-se cargos policiais os postos de tra-balho fixados na estrutura orgnica da PSP a que corres-ponde o desempenho das funes previstas no presentedecreto-lei.

    2 So, ainda, considerados cargos policiais os postosde trabalho na modalidade de nomeao, existentes emservios do Estado ou em organismos internacionais, aque correspondam funes policiais.

    Artigo 66.

    Funes policiais

    1 Consideram-se funes policiais as que implicamo exerccio de competncias legalmente previstas para ospolcias.

    2 As funes referidas no nmero anterior classificam--se como:

    a) Funes de comando e direo;b) Funes de inspeo;c) Funes de assessoria;d) Funes de superviso;e) Funes de execuo.

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    3 A funo de comando e direo traduz-se no exer-ccio da autoridade que conferida a um polcia para co-mandar, dirigir, chefiar, coordenar e controlar unidades,subunidades, estabelecimentos, rgos e servios da PSP,no plano estratgico, operacional e ttico, de acordo coma respetiva complexidade, sendo responsvel pelo cum-

    primento das misses e resultados alcanados.4 A funo de inspeo traduz-se no exerccio docontrolo interno da atividade de todos os servios da PSPnos domnios operacional, administrativo, financeiro etcnico, nos termos do respetivo regulamento interno.

    5 A funo de assessoria consiste na prestao deapoio tcnico ao comandante ou diretor sobre matriaspoliciais e traduz-se, designadamente, na elaborao deestudos, informaes e propostas com vista a contribuirpara o processo de deciso.

    6 A funo de superviso traduz-se na coordena-o direta de funes de execuo para cumprimento dasmisses atribudas PSP e de competncias legais dosservios.

    7 A funo de execuo traduz-se na realizao detarefas e aes, no mbito das unidades, subunidades,estabelecimentos, rgos e servios, para cumprimentodas misses atribudas PSP e das competncias legaisdos servios, bem como na satisfao dos compromissosinternacionais assumidos, nomeadamente a participaoem operaes de gesto civil de crises, a representao ecooperao policial e a colaborao em outras misses deinteresse pblico.

    Artigo 67.

    Natureza das funes

    De acordo com a sua natureza, as funes policiaisclassificam-se como:

    a) Funes operacionais, quando implicarem, essencialou predominantemente, a utilizao de conhecimentos e aaplicao de tcnicas policiais;

    b) Funes de apoio operacional, quando implicarema conjugao de conhecimentos e tcnicas policiais comoutras reas de conhecimento.

    Artigo 68.

    Desempenho de funes

    1 Os polcias exercem, em regra, funes correspon-

    dentes ao contedo funcional da sua categoria.2 O desempenho de funes em categorias superio-res, fora dos casos previstos no regime do recrutamentoexcecional e na graduao, tem carter excecional e apenas

    pode ser reconhecido para efeitos curriculares, nos termosa definir por despacho do diretor nacional, sem prejuzodo disposto nos nmeros seguintes.

    3 O desempenho de funes nos termos do nmeroanterior s reconhecido para efeitos remuneratrios seexceder o perodo de 60 dias seguidos.

    4 Na situao prevista no nmero anterior, o desem-penho de funes em categorias superiores precedido dedespacho fundamentado do diretor nacional que reconheaa excecionalidade da situao e est limitado ao perodo

    de quatro meses.5 Dentro da mesma carreira, o contedo funcional

    das categorias superiores integra o das que lhe sejam infe-riores, sem prejuzo do princpio da adequao das funess aptides e qualificaes profissionais.

    6 A descrio do contedo funcional das categoriasno constitui fundamento para o no cumprimento do deverde obedincia, nem prejudica a atribuio aos polcias defunes no expressamente mencionadas, que lhe sejamafins ou funcionalmente ligadas, para as quais detenhamqualificao e que no impliquem desvalorizao profis-

    sional.

    Artigo 69.

    Exerccio de cargos

    1 Os polcias no podem ser nomeados para cargoa que corresponda categoria inferior que possuem, nemestar subordinados a polcias de menor categoria.

    2 Os polcias com formao e experincia adequa-das podem ser nomeados para cargo a que correspondacategoria superior que possuem, nos termos previstosno presente decreto-lei e na lei orgnica da PSP.

    SECO II

    Recrutamento

    SUBSECO I

    Disposies gerais

    Artigo 70.

    Recrutamento para categorias de ingresso

    1 A constituio das relaes jurdicas de empregopblico dos polcias depende do preenchimento dos re-quisitos previstos no presente decreto-lei e na legislao

    que regula as condies de acesso ao Curso de Formaode Oficiais de Polcia (CFOP) e ao Curso de Formaode Agentes (CFA).

    2 O CFOP um ciclo de estudos integrado de mes-trado em cincias policiais, ministrado no ISCPSI e rege--se por diploma prprio.

    3 O CFA ministrado na EPP e rege-se por diplomaprprio.

    4 O recrutamento para ingresso na carreira de chefede polcia feito exclusivamente de entre os polcias dacarreira de agente de polcia.

    Artigo 71.

    Categorias de ingresso

    1 O ingresso nas carreiras da PSP faz-se:

    a) Na carreira de oficial de polcia, na categoria de sub-comissrio, para os elementos habilitados com o CFOP;

    b) Na carreira de chefe de polcia, na categoria de chefe,para os polcias habilitados com o Curso de Formao deChefes (CFC), ministrado na EPP;

    c) Na carreira de agente de polcia, na categoria deagente, para os elementos habilitados com o CFA.

    2 A nomeao em categorias de acesso do pessoalcom funes policiais da competncia do diretor na-

    cional.3 A ordenao dos oficiais, chefes e agentes nas cate-

    gorias de ingresso das respetivas carreiras feita segundoa classificao final dos cursos a que se refere o n. 1 e,em caso de igualdade de classificao, de harmonia com

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    os critrios de desempate previstos nos regulamentos dosrespetivos cursos.

    4 O ingresso nas categorias a que se refere o nmeroanterior faz-se na primeira posio remuneratria da cate-goria respetiva, salvo o disposto no nmero seguinte.

    5 O posicionamento dos polcias na categoria de

    subcomissrio e na categoria de chefe tem lugar na primeiraposio remuneratria ou na posio a que correspondanvel remuneratrio imediatamente superior, no caso dej ser auferida remunerao base igual ou superior quelaque corresponde ao nvel remuneratrio da posio paraa qual transitariam.

    SECO III

    SUBSECO I

    Promoo

    Artigo 72.Promoo

    1 A promoo faz-se de acordo com as disposies dopresente decreto-lei e processa-se para a primeira posioremuneratria da categoria ou para posio a que corres-

    ponda um nvel remuneratrio imediatamente superior, nocaso de j ser auferida remunerao base igual ou superiorquela que corresponde ao nvel remuneratrio da posiopara a qual transitariam.

    2 A promoo do polcia arguido, em processo criminalou em processo disciplinar, fica suspensa at deciso final.

    3 A promoo tem lugar se aos factos denunciadoscorresponder pena disciplinar no superior a multa.

    4 O despacho de promoo a que se refere o nmeroanterior precedido de parecer favorvel do Conselho deDeontologia e Disciplina (CDD).

    5 O polcia cuja promoo tenha ficado suspensa promovido logo que cessem os motivos que determinarama suspenso na promoo, independentemente da exis-tncia de vacatura, ocupando na escala de antiguidade nanova categoria a mesma posio que teria se a promooocorresse sem a suspenso.

    Artigo 73.

    Promoo por distino

    1 A promoo por distino consiste no acesso acategoria ou carreira imediatamente superior, independen-temente da existncia de posto de trabalho e da satisfaodas condies de acesso, e tem por finalidade premiar:

    a) Polcias que tenham cometido feitos de extraordi-nria valentia ou de excecional abnegao na defesa depessoas e bens ou do patrimnio nacional, com risco daprpria vida;

    b) Polcias que tenham demonstrado ao longo da carreiraelevada competncia tcnica e profissional, demonstrativade notvel capacidade de comando, direo ou chefia, ouque tenham prestado servios relevantes que contribuampara o prestgio da PSP e do pas.

    2 As promoes referidas nos nmeros anterioresso da competncia do membro do Governo responsvelpela rea da administrao interna, mediante proposta dodiretor nacional e parecer favorvel do CDD.

    3 O processo de promoo por distino organizadonas condies a fixar por despacho do membro do Governoresponsvel pela rea da administrao interna.

    4 A promoo por distino pode ter lugar a ttulopstumo.

    5 A promoo prevista no presente artigo no implica

    a valorizao remuneratria dos restantes elementos dacategoria para a qual se deu a promoo.

    Artigo 74.

    Condies de promoo

    1 A promoo consiste no acesso a categoria superiordentro da mesma carreira.

    2 A promoo, salvo no caso de promoo por distin-o, depende da existncia de posto de trabalho no mapa de

    pessoal, da aprovao em procedimento concursal pelo m-todo de avaliao curricular ou em curso especfico e da veri-ficao dos pr-requisitos previstos no presente decreto-lei.

    3 Os pr-requisitos de promoo, a que se refere onmero anterior, e os respetivos fatores de ponderao so:

    a) A experincia, ponderada em funo da avaliao dotempo mnimo na categoria;

    b) O desempenho, ponderado pelas avaliaes de de-sempenho, de acordo com os nveis mnimos exigidospara cada categoria;

    c) A competncia tcnica, ponderada pela aquisio deum mnimo de crditos de formao geral e especializada;

    d) A classe de comportamento, ponderada de acordo comas regras previstas em regulamento disciplinar prprio;

    e) O exerccio especfico de funes, ponderado emfuno do exerccio mnimo de funes correspondentesao contedo funcional da categoria;

    f) A frequncia de curso de promoo ou de ao deformao com aproveitamento, consoante as condiesde promoo fixadas no presente decreto-lei.

    4 A inexistncia de avaliao do desempenho no cons-titui fundamento para excluso no procedimento concursal.

    5 A situao prevista no nmero anterior regu-lada pela portaria que aprova o sistema de avaliao dodesempenho.

    6 O tempo mnimo de servio efetivo na categoria contabilizado nas funes e cargos exercidos na PSP, nosservios no mbito do Sistema de Segurana Interna ou emcargos para os quais os polcias sejam nomeados por despa-

    cho dos membros do Governo competentes ou pelo diretornacional e, como tal, sejam legalmente equiparados.7 Para efeitos do disposto no nmero anterior,

    fixado em 40 % o perodo obrigatrio de prestao deservio efetivo, na categoria e na PSP, como pr-requisitoa que se refere a alnea a) do n. 3, aos polcias que, porsua iniciativa, tenham concorrido e sido nomeados para oexerccio de funes noutro organismo da administraocentral, regional e local do Estado, bem como no setorpblico empresarial.

    Artigo 75.

    Parmetros de avaliao

    1 Nos procedimentos de promoo, os parmetrosgerais de avaliao e respetiva ponderao so fixados nosseguintes termos:

    a) Avaliao de desempenho, com uma ponderao de10 %;

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    b) Antiguidade na carreira, com uma ponderao de75 %;

    c) Registo disciplinar, com uma ponderao de 15 %.

    2 Nos procedimentos em que a habilitao com cursoconstitua condio de acesso ao procedimento de promoo

    e seja atribuda uma classificao aos polcias, a ordenaofinal do procedimento concursal resulta da classificao dorespetivo curso, com a ponderao de 40 %, e da classifi-cao da avaliao curricular prevista no nmero anterior,com a ponderao de 60 %.

    3 Nos procedimentos em que a frequncia de umaao de formao com aproveitamento constitua condiode promoo, os polcias so avaliados como aptos ouno aptos.

    Artigo 76.

    Tramitao do procedimento concursal

    1 A tramitao do procedimento concursal pelo m-todo de avaliao curricular para promoo, bem como oscritrios em caso de desempate so fixados por portariados membros do Governo responsveis pelas reas daadministrao interna e da Administrao Pblica.

    2 Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, acomposio e nomeao do jri do procedimento concursalobedecem aos seguintes termos:

    a) O jri integrado por polcias de categoria igual ousuperior que objeto do procedimento, podendo integrartrabalhadores de outros rgos ou servios quando se revelea sua convenincia;

    b) A nomeao do jri feita por despacho do diretor

    nacional.

    3 Na portaria a que se refere o n. 1, podem ser auto-rizados procedimentos concursais destinados a constituirreservas de recrutamento para os postos de trabalho pre-vistos e aprovados no mapa de pessoal, em cada ano civil.

    Artigo 77.

    Despachos de promoo

    1 A promoo dos polcias da competncia domembro do Governo responsvel pela rea da adminis-trao interna.

    2 Os extratos dos despachos de promoo so publi-cados na 2. srie do Dirio da Repblica.

    Artigo 78.

    Graduao

    1 Os polcias podem ser graduados em categoriasuperior, por despacho do membro do Governo responsvel

    pela rea da administrao interna, sob proposta do diretornacional, com carcter excecional e temporrio:

    a) Quando, sendo admissvel o recrutamento excecional,o respetivo processo esteja em curso e ainda no tenha sidoproferida deciso final;

    b) Quando, para o desempenho de cargos em organismosinternacionais de reconhecido interesse nacional constituapr-requisito a deteno de determinada categoria e o po-lcia tenha sido nomeado para o cargo por despacho dosmembros do Governo competentes;

    c) Noutras situaes fixadas no presente decreto-lei ouem legislao especial.

    2 A graduao em categoria superior tem a duraomxima de seis meses, renovvel uma vez, exceto nassituaes previstas na alnea b) do nmero anterior, em

    que a durao mxima corresponde ao termo fixado nodespacho de nomeao.3 Os polcias nomeados para cargo a que corres-

    ponda categoria superior que possuem so investidos,enquanto nessa situao, da autoridade correspondentequela categoria.

    4 Os polcias graduados gozam dos direitos e regaliascorrespondentes categoria atribuda, com exceo dosdecorrentes do tempo de permanncia nessa categoria paraefeitos de antiguidade.

    5 O direito remunerao s se constitui quando nohaja titular para o cargo a desempenhar e a graduao sejaefetuada nos termos previstos no presente decreto-lei.

    6 O processo de graduao em categoria superiorsegue a tramitao prevista para o processo de recruta-mento excecional.

    7 A graduao cessa quando:

    a) O polcia seja exonerado das funes que a moti-varam;

    b) O polcia seja promovido categoria em que foigraduado;

    c) O polcia seja recrutado excecionalmente, nas hip-teses previstas nas alneas b) e c) do n. 1;

    d) Terminem as circunstncias que lhe deram origem.

    8 Cessada a graduao, no pode a mesma ser in-

    vocada para efeitos de obteno de quaisquer vantagensou benefcios.

    9 Nos casos previstos na alnea b) do n. 1 e pordespacho do diretor nacional, pode ser autorizado o usodos distintivos policiais correspondentes categoria agraduar.

    SUBSECO II

    Carreira de oficial de polcia

    Artigo 79.

    Contedo funcional da carreira de oficial de polcia

    1 A carreira de oficial de polcia uma carreira es-pecial de complexidade funcional de grau 3.

    2 Os oficiais de polcia desempenham, essencial-mente, funes de comando, direo ou chefia e de ins-peo e assessoria e desenvolvem atividades de naturezaespecializada e instruo prprias das respetivas categorias,na estrutura orgnica da PSP ou em outros organismosnacionais ou internacionais.

    3 O contedo funcional das categorias da carreirade oficial de polcia o descrito no anexo I ao presentedecreto-lei.

    Artigo 80.

    Superintendente-chefe

    1 A promoo a superintendente-chefe feita me-diante procedimento concursal, de entre superintendentes,pelo mtodo de avaliao curricular da carreira, ponde-

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    rados os parmetros de avaliao previstos no n. 1 doartigo 75.

    2 So condies cumulativas de acesso ao proce-dimento concursal para a categoria de superintendente--chefe:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de quatro anos deservio efetivo na categoria de superintendente;

    b) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    c) Ter, pelo menos, um ano de exerccio de cargos oufunes previstas para o contedo funcional de superin-tendente ou categoria superior.

    Artigo 81.

    Superintendente

    1 A promoo a superintendente feita medianteprocedimento concursal, de entre intendentes, pelo mtodode avaliao curricular da categoria, ponderados os par-

    metros de avaliao previstos no n. 1 do artigo 75.2 So condies cumulativas de acesso ao procedi-mento concursal para a categoria de superintendente:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de cinco anos deservio efetivo na categoria de intendente;

    b) Estar habilitado com o Curso de Direo e EstratgiaPolicial (CDEP);

    c) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    d) Ter, pelo menos, um ano de exerccio de cargos oufunes previstas para o contedo funcional de intendenteou categoria superior.

    3 O CDEP ministrado no ISCPSI e rege-se pordiploma prprio.4 A ordenao final do procedimento concursal re-

    sulta da classificao do CDEP, com a ponderao de40 %, e da classificao da avaliao curricular, com aponderao de 60 %.

    Artigo 82.

    Intendente

    1 A promoo a intendente feita mediante procedi-mento concursal, de entre subintendentes, pelo mtodo deavaliao curricular da categoria, ponderados os parme-tros de avaliao previstos no n. 1 do artigo 75.

    2 So condies cumulativas de acesso ao procedi-mento concursal para a categoria de intendente:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de cinco anos deservio efetivo na categoria de subintendente;

    b) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    c) Ter frequentado, na categoria, um mnimo de 75 horasde formao policial ou de outras formaes reconhecidascomo de interesse para as competncias da PSP;

    d) Ter, pelo menos, um ano de exerccio de cargos oude funes previstas para o contedo funcional de subin-tendente ou categoria superior.

    Artigo 83.Subintendente

    1 A promoo a subintendente feita mediante pro-cedimento concursal, de entre comissrios, pelo mtodo

    de avaliao curricular da categoria, ponderados os par-metros de avaliao previstos no n. 1 do artigo 75.

    2 So condies cumulativas de acesso ao procedi-mento concursal para a categoria de subintendente:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de cinco anos deservio efetivo na categoria de comissrio;

    b) Estar habilitado com o Curso de Comando e DireoPolicial (CCDP);

    c) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    d) Ter, pelo menos, um ano de exerccio de funesprevistas para o contedo funcional de comissrio ou ca-tegoria superior.

    3 O CCDP ministrado no ISCPSI e rege-se pordiploma prprio.

    4 A ordenao final do procedimento concursal re-sulta da classificao do CCDP, com a ponderao de40 %, e da classificao da avaliao curricular, com a

    ponderao de 60 %.Artigo 84.

    Comissrio

    1 A promoo a comissrio feita mediante proce-dimento concursal, de entre subcomissrios, pelo mtodode avaliao curricular da categoria, ponderados os par-metros de avaliao previstos no n. 1 do artigo 75.

    2 So condies cumulativas de acesso ao procedi-mento concursal para a categoria de comissrio:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de cinco anos deservio efetivo na categoria de subcomissrio;

    b) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    c) Ter frequentado, na categoria, um mnimo de 90 horasde formao policial ou de outras formaes reconhecidascomo de interesse para as competncias da PSP;

    d) Ter, pelo menos, um ano de exerccio de funesprevistas para o contedo funcional de subcomissrio oucategoria superior.

    3 A ordenao final do procedimento concursalresulta da classificao do CFOP, com a ponderao de40 %, e da classificao da avaliao curricular, com aponderao de 60 %.

    4 Os subcomissrios no habilitados com o CFOP

    ministrado no ISCPSI so ordenados de acordo com aclassificao da avaliao curricular, com a ponderaode 100 %.

    Artigo 85.

    Subcomissrio

    So nomeados na categoria de subcomissrio os aspiran-tes a oficial de polcia habilitados com o CFOP ministradono ISCPSI, nos termos do disposto no artigo 94.

    SUBSECO III

    Carreira de chefe de polcia

    Artigo 86.Contedo funcional da carreira de chefe de polcia

    1 A carreira de chefe de polcia uma carreira espe-cial de complexidade funcional de grau 2.

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    2 Os chefes de polcia desempenham, essencial-mente, funes de comando ou chefia, de natureza exe-cutiva, de carcter tcnico, administrativas ou logsticase desenvolvem atividades de natureza especializada einstruo prprias das respetivas categorias, na estruturaorgnica da PSP ou em outros organismos nacionais ou

    internacionais.3 O contedo funcional das categorias da carreirade chefe de polcia o descrito no anexo I ao presentedecreto-lei.

    Artigo 87.

    Chefe coordenador

    1 A promoo a chefe coordenador feita medianteprocedimento concursal, de entre chefes principais, pelomtodo de avaliao curricular da carreira, ponderados osparmetros de avaliao previstos no n. 1 do artigo 75.

    2 So condies de acesso ao procedimento concur-sal para a categoria de chefe coordenador:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de oito anos deservio efetivo na categoria de chefe principal;

    b) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    c) Ter, pelo menos, um ano de exerccio de funes decomando ou chefia previstas para o contedo funcionalde chefe principal.

    3 Aps a avaliao curricular, notificado para fre-quentar uma ao de formao de promoo categoriao nmero de polcias correspondente ao nmero de vagasfixado para o procedimento concursal acrescido de 10 %,arredondado por excesso que apresentem a classificao

    mais elevada.4 A ao de formao referida no nmero anterior regulada por diploma prprio e, aps a respetiva frequn-cia, o polcia classificado como apto ou inapto.

    5 Os polcias classificados como no aptos so ex-cludos do procedimento de promoo.

    Artigo 88.

    Chefe principal

    1 A promoo a chefe principal feita medianteprocedimento concursal, de entre chefes, pelo mtodo deavaliao curricular da categoria, ponderados os parme-tros de avaliao previstos no n. 1 do artigo 75.

    2 So condies cumulativas de acesso ao procedi-mento concursal para a categoria de chefe principal:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de oito anos deservio efetivo na categoria de chefe;

    b) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    c) Ter frequentado, na categoria, um mnimo de 120 ho-ras de formao policial ou de outras formaes reconhe-cidas como de interesse para as competncias da PSP.

    Artigo 89.

    Chefe

    1 A promoo a chefe feita de entre os polcias dacarreira de agente que tenham, no mnimo, cinco anos deservio efetivo e concluam com aproveitamento o CFC,por ordem da respetiva classificao.

    2 O CFC rege-se por diploma prprio.

    SUBSECO IV

    Carreira de agente de polcia

    Artigo 90.

    Contedo funcional da carreira de agente de polcia

    1 A carreira de agente de polcia uma carreira es-pecial de complexidade funcional de grau 2.

    2 Os agentes de polcia desempenham, essencial-mente, funes de natureza executiva, de carcter tcnico,administrativas ou logsticas e desenvolvem atividades denatureza especializada e instruo prprias das respetivascategorias, na estrutura orgnica da PSP ou em outrosorganismos nacionais ou internacionais.

    3 O contedo funcional das categorias da carreirade agente de polcia o descrito no anexo I ao presentedecreto-lei.

    Artigo 91.

    Agente coordenador

    1 A promoo a agente coordenador feita me-diante procedimento concursal, de entre agentes princi-pais, pelo mtodo de avaliao curricular da categoria,ponderados os parmetros de avaliao previstos no n. 1do artigo 75.

    2 So condies cumulativas de acesso ao procedi-mento concursal para a categoria de agente coordenador:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de 14 anos deservio efetivo na categoria de agente principal;

    b) Estar na classe de comportamento exemplar ou na

    1. classe de comportamento.3 Aps a avaliao curricular, notificado para fre-

    quentar uma ao de formao de promoo categoriao nmero de polcias correspondente ao nmero de vagasfixado para o procedimento concursal acrescido de 10 %,arredondado por excesso que apresentem a classificaomais elevada.

    4 A ao de formao referida no nmero ante-rior regulada por diploma prprio e, aps a respetivafrequncia, o polcia classificado como apto ou noapto.

    5 Os polcias classificados como no aptos so ex-

    cludos do procedimento de promoo.Artigo 92.

    Agente principal

    1 A promoo a agente principal feita por anti-guidade, na sequncia de procedimento de verificao do

    preenchimento das condies fixadas no nmero seguintee sujeito ao nmero de vagas fixado.

    2 So condies de promoo para a categoria deagente principal:

    a) Ter, pelo menos, o tempo mnimo de seis anos deservio efetivo na categoria de agente;

    b) Estar na classe de comportamento exemplar ou na1. classe de comportamento;

    c) Ter frequentado, na categoria, um mnimo de 90 horasde formao policial ou de outras formaes reconhecidascomo de interesse para as competncias da PSP.

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    Artigo 93.

    Agente

    So definitivamente nomeados na categoria de agenteos alunos habilitados com o CFA, sem prejuzo do dispostono artigo seguinte.

    CAPTULO V

    Nomeao e mobilidade

    SECO I

    Nomeao

    Artigo 94.

    Modalidades da relao jurdica

    1 A relao jurdica de emprego pblico dos polcias

    constitui-se por nomeao, nos termos da lei geral e dopresente decreto-lei.

    2 A nomeao definitiva dos polcias inicia