DL_228_2012_CCDRpdf

Embed Size (px)

Citation preview

  • 7/26/2019 DL_228_2012_CCDRpdf

    1/6

    Dirio da Repblica, 1. srie N. 207 25 de outubro de 2012 6033

    qualquer alterao ulteriormente introduzida aos documen-tos referidos no nmero anterior.

    Artigo 34.

    Reporte de dados estatsticos relativos redeextrajudicial de apoio a clientes bancrios

    1 As entidades que integram a rede extrajudicial de apoioa clientes bancrios esto obrigadas a proceder ao reporte tri-mestral de dados estatsticos agregados Direo-Geral doConsumidor, relativos ao tratamento de pedidos de informa-o, de apoio e de acompanhamento dos clientes bancrios.

    2 Com base nesses elementos, a Direo-Geral doConsumidor elabora um relatrio com periodicidade se-mestral que comunicado ao membro do Governo res-ponsvel pela defesa do consumidor.

    Artigo 35.

    Avaliao da execuo

    1 A implementao dos princpios e regras consagra-das no presente diploma avaliada pelo Banco de Portu-gal, devendo os resultados dessa avaliao ser objeto depublicao peridica.

    2 Sem prejuzo do disposto no nmero anterior, aDireo-Geral do Consumidor responsvel pela avaliaoda rede extrajudicial de apoio a clientes bancrios, devendoas entidades que integram esta rede prestar todos os es-clarecimentos e informaes que lhes sejam solicitadospela Direo-Geral do Consumidor no prazo fixado parao efeito, o qual no pode ser inferior a 10 dias.

    Artigo 36.

    Regime sancionatrio

    1 Constitui contraordenao punvel nos termos daalnea m) do artigo 210. e do artigo 212. do RGICSF a vio-lao pelas instituies de crdito do disposto no n. 1 doartigo 7., nos artigos 8. e 9., nos n.os2, 4 e 5 do artigo 10.,nos artigos 11. e 13., nos n.os1 a 4 do artigo 14., nos n.os1,2, 4 e 5 do artigo 15., nos n.os1 e 2 do artigo 16., nos n.os2e 3 do artigo 17., nos artigos 18. a 21. e no artigo 33.

    2 A negligncia punvel, sendo os limites mnimose mximos das coimas reduzidos para metade.

    3 A tentativa punvel com a coima aplicvel con-traordenao consumada, especialmente atenuada.

    Artigo 37.

    Fiscalizao

    1 Compete ao Banco de Portugal a fiscalizao documprimento das obrigaes decorrentes do presente di-ploma para as instituies de crdito, bem como a apli-cao, se for caso disso, das respetivas coimas e sanesacessrias.

    2 A aplicao das coimas e sanes acessrias segueo processo institudo pelo RGICSF.

    Artigo 38.

    RegulamentaoSem prejuzo das competncias que lhe so especifi-

    camente atribudas, compete ao Banco de Portugal esta-belecer as normas regulamentares necessrias execuodo presente diploma.

    Artigo 39.

    Aplicao no tempo

    1 So automaticamente integrados no PERSI e sujei-tos s disposies do presente diploma os clientes bancriosque, data de entrada em vigor do presente diploma, se

    encontrem em mora relativamente ao cumprimento deobrigaes decorrentes de contratos de crdito que perma-neam em vigor, desde que o vencimento das obrigaesem causa tenha ocorrido h mais de 30 dias.

    2 Nas situaes referidas no nmero anterior, a insti-tuio de crdito deve, nos 15 dias subsequentes entradaem vigor do presente diploma, informar os clientes ban-crios da sua integrao no PERSI, nos termos previstosno n. 4 do artigo 14.

    3 Os clientes bancrios que, data de entrada emvigor do presente diploma, se encontrem em mora quantoao cumprimento de obrigaes decorrentes de contratosde crdito h menos de 31 dias so integrados no PERSInos termos previstos no n. 1 do artigo 14.

    Artigo 40.

    Entrada em vigor

    O presente diploma entra em vigor no dia 1 de janeirode 2013.

    Visto e aprovado em conselho de Ministros de 13 desetembro de 2012. Pedro Passos Coelho Vtor LouRabaa Gasparlvaro Santos Pereira.

    Promulgado em 15 de outubro de 2012.

    Publique-se.

    O Presidente da Repblica, ANBALCAVACOSILVA.Referendado em 22 de outubro de 2012.

    O Primeiro-Ministro,Pedro Passos Coelho.

    MINISTRIO DA AGRICULTURA, DO MAR,DO AMBIENTE E DO ORDENAMENTO DO TERRITRIO

    Decreto-Lei n. 228/2012

    de 25 de outubro

    No mbito do Compromisso Eficincia, o XIX GovernoConstitucional determinou as linhas gerais do Plano deReduo e Melhoria da Administrao Central (PREMAC),afirmando que o primeiro e mais importante impulso doPlano deveria, desde logo, ser dado no processo de prepa-rao das leis orgnicas dos ministrios e dos respetivosservios.

    Trata-se de algo absolutamente estruturante, por umlado, para o incio de uma nova fase da reforma da Ad-ministrao Pblica, no sentido de a tornar eficiente eracional na utilizao dos recursos pblicos, e, por outro,para o cumprimento dos objetivos de reduo da despesapblica a que o pas est vinculado. Com efeito, mais do

    que nunca, a concretizao simultnea dos objetivos deracionalizao das estruturas do Estado e de melhor uti-lizao dos seus recursos humanos crucial no processode modernizao e de otimizao do funcionamento daAdministrao Pblica.

  • 7/26/2019 DL_228_2012_CCDRpdf

    2/6

    6034 Dirio da Repblica, 1. srie N. 207 25 de outubro de 2012

    Importava decididamente repensar e reorganizar a estru-tura do Estado, no sentido de lhe dar uma maior coernciae capacidade de resposta no desempenho das funes quedever assegurar, eliminando redundncias e reduzindosubstancialmente os seus custos de funcionamento.

    Na prossecuo desses objetivos, a Lei Orgnica do

    Ministrio da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Orde-namento do Territrio (MAMAOT), aprovada pelo Decreto--Lei n. 7/2012, de 17 de janeiro, prev que as comissesde coordenao e desenvolvimento regional (CCDR) seadequem s atribuies do MAMAOT. As CCDR prosse-guem atribuies no domnio do desenvolvimento regio-nal e fundos comunitrios e prestam apoio s autarquiaslocais e s suas associaes, funcionando como principalinterlocutor junto dos cidados e das suas organizaes,de forma a assegurar uma maior relao de proximidade.

    Neste sentido, as CCDR so interlocutoras privilegiadaspara a nova dinmica que se pretende imprimir s polticasde ambiente, de ordenamento do territrio, de desenvolvi-mento regional e de administrao local, articulando aesconcretas com os servios locais dos organismos centraliza-dos, promovendo a atuao coordenada dos servios descon-centrados de mbito regional e o apoio tcnico s autarquiaslocais e s suas associaes, num quadro potenciador demaior eficincia na gesto dos recursos pblicos.

    Atendendo a que se encontra em curso o processo dereviso das NUTS III opta-se por definir em anexo aopresente decreto-lei a circunscrio de municpios quecorrespondem s reas de atuao das CCDR, sem queesta opo represente qualquer alterao face s atuaisreas de atuao.

    O presente decreto-lei procede, assim, definio domodelo organizacional destes servios perifricos da ad-

    ministrao direta do Estado.Assim:Nos termos da alneaa) do n. 1 do artigo 198. da Cons-

    tituio, o Governo decreta o seguinte:

    Artigo 1.

    Natureza e mbito territorial

    1 As comisses de coordenao e desenvolvimentoregional, abreviadamente designadas por CCDR, so servi-os perifricos da administrao direta do Estado, dotadosde autonomia administrativa e financeira.

    2 A definio das orientaes estratgicas e a fixao

    de objetivos para as CCDR, no domnio do apoio s autar-quias locais e s suas associaes, bem como o acompanha-mento da sua execuo, so articulados entre os membrosdo Governo responsveis pelas reas do ambiente, do orde-namento do territrio e das autarquias locais.

    3 A definio das orientaes estratgicas e a fixaode objetivos para as CCDR, em matria de desenvolvi-mento regional e de respetivos fundos comunitrios, bemcomo o acompanhamento da sua execuo, so articuladosentre os membros do Governo responsveis pelas reas doambiente, do ordenamento do territrio, da economia e doemprego e das autarquias locais.

    4 A rea geogrfica de atuao de cada CCDR corres-ponde circunscrio de municpios constante do anexo I

    do presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.5 Para os efeitos do presente decreto-lei, cada uma

    das reas geogrficas de atuao das CCDR, determinadasnos termos do nmero anterior, doravante designadaregio.

    6 So institudas as seguintes CCDR:

    a) Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Re-gional do Norte (CCDR Norte), com sede no Porto;

    b) Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Re-gional do Centro (CCDR Centro), com sede em Coimbra;

    c) Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Re-gional de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT), com sedeem Lisboa;

    d) Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Re-gional do Alentejo (CCDR Alentejo), com sede em vora;

    e) Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regio-nal do Algarve (CCDR Algarve), com sede em Faro.

    7 A rea de atuao das CCDR Centro, Alentejo eLisboa e Vale do Tejo, para efeitos do exerccio das com-petncias que lhes forem atribudas no mbito do Quadrode Referncia Estratgico Nacional (QREN), correspondes circunscries territoriais das NUTS II do Centro, doAlentejo e de Lisboa e Vale do Tejo, respetivamente, esta-

    belecidas pelo Decreto-Lei n. 46/89, de 15 de fevereiro,alterado pelos Decretos-Leis n.os 163/99, de 13 de maio,317/99, de 11 de agosto, e 244/2002, de 5 de novembro,e pela Lei n. 21/2010, de 23 de agosto.

    8 As CCDR dispem de servios sub-regionais des-concentrados.

    Artigo 2.

    Misso e atribuies

    1 As CCDR tm por misso executar as polticasde ambiente, de ordenamento do territrio e cidades e dedesenvolvimento regional, ao nvel das suas respetivasreas geogrficas de atuao, e apoiar tecnicamente as

    autarquias locais e as suas associaes.2 As CCDR prosseguem, no mbito das circunscri-

    es territoriais respetivas, as seguintes atribuies:

    a) Contribuir para a definio das bases gerais da pol-tica de desenvolvimento regional, no mbito da poltica dedesenvolvimento econmico e social do Pas, dinamizandoe participando nos processos de planeamento estratgicode base territorial, bem como fomentar parcerias entreagentes regionais e elaborar programas integrados visandoa coeso e a competitividade territoriais;

    b) Executar, avaliar e fiscalizar, ao nvel regional, aspolticas de ambiente e de ordenamento do territrio,articulando-se, para o efeito, com os outros servios eorganismos do MAMAOT;

    c) Garantir a elaborao, acompanhamento e avaliaodos instrumentos de gesto territorial e assegurar a suaarticulao com o Programa Nacional da Poltica de Or-denamento do Territrio;

    d) Assegurar o cumprimento das responsabilidades degesto que lhe esto confiadas no mbito da poltica decoeso e de outras polticas da Unio Europeia;

    e) Dinamizar a cooperao inter-regional e transfron-teiria e assegurar a articulao entre instituies da ad-ministrao direta do Estado, autarquias locais e entidadesequiparadas, contribuindo para a integrao europeia doespao regional e para o reforo da sua competitividade

    interna e externa com base em estratgias de desenvolvi-mento sustentvel de nveis regional e local;

    f) Apoiar tecnicamente as autarquias locais e as suasassociaes, em articulao com a Direo-Geral das Au-tarquias Locais;

  • 7/26/2019 DL_228_2012_CCDRpdf

    3/6

    Dirio da Repblica, 1. srie N. 207 25 de outubro de 2012 6035

    g) Promover e garantir uma adequada articulao in-tersectorial entre os servios desconcentrados de mbitoregional, em termos de concertao estratgica e de planea-mento das intervenes de natureza ambiental, econmicae social, numa tica de desenvolvimento regional;

    h) Dinamizar e promover, na respetiva regio, as neces-

    srias polticas pblicas com o objetivo de contribuir paraa sua competitividade econmica e social.

    3 As CCDR integram a rede de pontos focais do Ob-servatrio do Ordenamento do Territrio e do Urbanismo eparticipam no desenvolvimento do Sistema Nacional de In-formao Territorial.

    Artigo 3.

    rgos

    1 Cada CCDR dirigida por um presidente, coadju-vado por dois vice-presidentes, cargos de direo superior

    de 1. e 2. graus, respetivamente.2 So ainda rgos das CCDR:

    a) O fiscal nico;b) O conselho de coordenao intersectorial;c) O conselho regional.

    Artigo 4.

    Presidente

    1 Sem prejuzo das competncias que lhe sejam con-feridas por lei ou que nele sejam delegadas ou subdelega-das, compete ao presidente da CCDR:

    a) Exercer as funes de gesto do programa operacio-

    nal regional, nomeadamente superintendendo a respetivaestrutura de apoio tcnico, nos termos da lei;

    b) Participar nos rgos e mecanismos de governaoda poltica de coeso e outras polticas da Unio Europeia,nos termos da lei;

    c) Presidir ao conselho de coordenao intersectorial.

    2 Os vice-presidentes exercem as competncias que lhesejam delegadas ou subdelegadas pelo presidente, devendoeste identificar a quem compete substitu-lo nas suas faltase impedimentos.

    Artigo 5.

    Fiscal nico

    1 O fiscal nico o rgo responsvel pelo controloda legalidade, da regularidade e da gesto financeira epatrimonial da CCDR.

    2 O fiscal nico designado por despacho dos mem-bros do Governo responsveis pelas reas das finanas e doambiente, obrigatoriamente de entre os auditores registadosna Comisso do Mercado de Valores Mobilirios ou, quandotal no se mostrar adequado, de entre os revisores oficiais decontas ou sociedades de revisores oficiais de contas inscritosna respetiva lista da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas.

    3 Compete ao fiscal nico:

    a) Emitir parecer sobre o relatrio de atividades e aconta de gerncia;

    b) Acompanhar com regularidade a gesto, atravs dosbalancetes e mapas demonstrativos da execuo ora-mental;

    c) Manter informado o presidente e os membros doGoverno competentes sobre o resultado de verificaesou de exames a que proceda;

    d) Propor a realizao de auditorias externas quando asmesmas se revelarem necessrias ou convenientes;

    e) Dar parecer sobre a participao da CCDR em asso-

    ciaes ou empresas;f) Pronunciar-se sobre qualquer outra matria no do-mnio da gesto econmica e financeira, sempre que lheseja solicitado pelos membros do Governo competentesou pelo presidente da CCDR.

    4 O fiscal nico exerce as suas funes com inde-pendncia tcnica e funcional e no estrito respeito dosdeveres de imparcialidade, iseno e sigilo sobre os factosde que tenha conhecimento no exerccio ou por causadessas funes.

    Artigo 6.

    Conselho de coordenao intersectorial

    1 O conselho de coordenao intersectorial o rgoque promove a coordenao tcnica da execuo das pol-ticas da administrao central, escala da regio.

    2 O conselho de coordenao intersectorial com-posto pelo presidente da CCDR, que preside, pelos diri-gentes mximos dos servios locais desconcentrados daadministrao central do Estado e dos servios perifricosda administrao direta e indireta do Estado para as reasda agricultura, florestas, mar, ambiente, ordenamento doterritrio, economia, emprego e formao profissional,administrao interna, igualdade, sade, obras pblicas,transportes, energia, educao, desporto, juventude, cin-cia, defesa nacional e cultura e pelos presidentes das juntas

    metropolitanas e das comunidades intermunicipais.3 O conselho de coordenao intersectorial pode, emrazo das matrias a tratar, chamar a participar nos seustrabalhos entidades externas ao conselho.

    4 Os membros do conselho de coordenao intersec-torial so designados, sob proposta dos respetivos membrosdo Governo, pelo membro do Governo de que dependemas CCDR.

    5 Compete ao conselho de coordenao intersec-torial:

    a) Acompanhar a elaborao e a execuo das polticaspblicas nacionais desconcentradas;

    b) Dinamizar a articulao intersectorial em termos de

    concertao estratgica, de ordenamento do territrio ede planeamento das intervenes de natureza econmica,social e ambiental, numa tica de desenvolvimento regionalintegrado e sustentvel;

    c) Propor medidas tendentes compatibilizao dasatuaes sectoriais da administrao central na regio;

    d) Propor s entidades e servios competentes as ini-ciativas que entender adequadas resoluo de problemasdetetados nas reas da sua competncia;

    e) Promover o planeamento estratgico, tendo em vistao desenvolvimento regional integrado;

    f) Pronunciar-se sobre o oramento de investimentoatribudo regio;

    g) Propor medidas de racionalizao da administrao

    desconcentrada, bem como de melhoria dos procedimentosde articulao intersectorial, no sentido de reforar a eficcia,eficincia e proximidade da ao do Estado na regio;

    h) Aprovar o respetivo regulamento de funciona-mento.

  • 7/26/2019 DL_228_2012_CCDRpdf

    4/6

    6036 Dirio da Repblica, 1. srie N. 207 25 de outubro de 2012

    6 A participao no conselho de coordenao inter-sectorial no remunerada.

    Artigo 7.

    Conselho regional

    1 O conselho regional o rgo consultivo da CCDRrepresentativo dos vrios interesses e entidades relevantespara a prossecuo dos seus fins.

    2 O conselho regional composto por:

    a) Presidentes das cmaras municipais abrangidas narea geogrfica de atuao da respetiva CCDR;

    b) Dois representantes das freguesias da rea de inter-veno da respetiva CCDR, indicados pela AssociaoNacional de Freguesias (ANAFRE);

    c) Um representante de cada entidade com assento nacomisso permanente de concertao social do ConselhoEconmico e Social, por elas indicado;

    d) Dois representantes das universidades sediadas naregio, indicados pelo conselho de reitores;

    e) Um representante dos institutos politcnicos sedia-dos na regio, indicado pelo Conselho Coordenador dosInstitutos Superiores Politcnicos;

    f) Um representante das entidades regionais de turismo,por elas indicado;

    g) Dois representantes das organizaes no--governamentais do ambiente, indicados pela respetivaconfederao nacional;

    h) Dois representantes das associaes de desenvolvi-mento regional, indicados pela Associao Nacional dasAgncias de Desenvolvimento Regional;

    i) Um representante das associaes de desenvolvimento

    local, indicado pela Federao Portuguesa de Associaesde Desenvolvimento Local;

    j) Um representante das associaes cvicas com expres-so regional, indicado pela Associao Portuguesa para oDesenvolvimento Local;

    k) At duas individualidades de reconhecido mrito naregio, indicados sob proposta do presidente da CCDR.

    3 Participam no conselho regional, sem direito devoto, o presidente da CCDR e os membros do conselhode coordenao intersectorial.

    4 A designao dos membros do conselho regional

    efetuada por despacho do membro do Governo de quedependem as CCDR.5 Considera-se constitudo o conselho regional

    quando se encontrar designada metade dos membros comdireito de voto.

    6 Sob proposta do presidente do conselho regional,podem ser convidadas a assistir e participar nas reuniesdo conselho entidades ou personalidades cuja audio e

    participao sejam consideradas relevantes, atenta a natu-reza das questes constantes da ordem de trabalhos.

    7 Compete ao conselho regional:

    a) Aprovar o seu prprio regimento;b) Eleger, de entre os seus membros, o presidente, o

    vice-presidente e os restantes membros da comisso per-manente;

    c) Acompanhar as atividades da CCDR e pronunciar--se, quando assim o entender, sobre todos os assuntos quecorrem no seu mbito;

    d) Acompanhar a execuo dos programas operacio-nais e avaliar os resultados em funo do interesse paraa regio;

    e) Pronunciar-se sobre os projetos de relevncia nacionala instalar na regio;

    f) Dar parecer sobre a coordenao dos meios de ao

    existentes para as atividades de carter regional, bemcomo sobre as prioridades dos investimentos de carterregional;

    g) Pronunciar-se sobre aes intersectoriais de interessepara a regio;

    h) Dar parecer sobre os planos e programas de desen-volvimento regional, nomeadamente sobre os planos eprogramas de investimentos da administrao central naregio;

    i) Formular propostas no mbito do processo de ela-borao do oramento de investimento da administraocentral na regio;

    j) Dar parecer sobre os relatrios de execuo de pro-

    gramas e projetos de interesse para a regio;k) Pronunciar-se sobre os planos sectoriais com inci-dncia territorial na regio e sobre os planos regionais doordenamento do territrio;

    l) Pronunciar-se sobre as medidas de descentralizao edesconcentrao administrativa que sejam suscetveis de

    possuir impacte no modelo e na organizao territorial daspolticas pblicas de nveis regional e local;

    m) Eleger os representantes das autarquias locais da reade atuao da respetiva CCDR para o Conselho Econmicoe Social, de acordo com a alneal) do n. 1 do artigo 3.da Lei n. 108/91, de 17 de agosto, alterada pelas Leisn.os 80/98, de 24 de novembro, 128/99, de 20 de agosto,12/2003, de 20 de maio, e 37/2004, de 13 de agosto.

    8 A participao no conselho regional no remu-nerada.

    Artigo 8.

    Tipo de organizao interna

    A organizao interna das CCDR obedece ao seguintemodelo estrutural misto:

    a) Na rea de apoio tcnico atividade desenvolvidapelo conselho de coordenao intersectorial e nas reasoperacionais de desenvolvimento regional, do ordenamentodo territrio e ambiente, o modelo de estrutura matricial;

    b) Nas restantes reas, o modelo de estrutura hierar-quizada.Artigo 9.

    Receitas

    1 As CCDR dispem das receitas provenientes dedotaes que lhes forem atribudas no Oramento do Es-tado.

    2 As CCDR dispem ainda das seguintes receitasprprias:

    a) As taxas devidas pelos servios de licenciamento,autorizao ou participao opinativa em procedimentoadministrativo ou outros, quando legalmente exigidos;

    b) O produto da venda de bens ou da prestao de ser-vios, no mbito das suas atribuies;

    c) Os subsdios, donativos ou comparticipaes atri-budas por instituies pblicas ou privadas, nacionais ouinternacionais;

  • 7/26/2019 DL_228_2012_CCDRpdf

    5/6

    Dirio da Repblica, 1. srie N. 207 25 de outubro de 2012 6037

    d) Os juros das aplicaes financeiras efetuadas juntodo Tesouro ou a remunerao de concesses ou licenasde bens pblicos cuja administrao lhes esteja atribuda;

    e) As transferncias relativas a fundos, intervenes ouprojetos no mbito das atribuies das CCDR, designada-mente dos fundos estruturais;

    f) O produto da venda de objetos ou materiais apreendi-dos e declarados perdidos a seu favor por deciso transitadaem julgado em processos de contraordenao ambiental;

    g) O produto de coimas que lhes seja legalmente atri-budo;

    h) Quaisquer outras receitas que por lei, contrato ououtro ttulo lhes sejam atribudas.

    3 As receitas referidas no nmero anterior obede-cem ao regime de tesouraria do Estado e so consignadas realizao de despesas das CCDR durante a execuodo oramento do ano a que respeitam, podendo os saldosno utilizados transitar para o ano seguinte, nos termos do

    decreto-lei de execuo oramental anual.4 O elenco dos servios prestados pelas CCDR, refe-ridos na alneab) do n. 2, bem como o montante das taxasa cobrar pela sua prestao, definido por portaria dosmembros do Governo responsveis pela rea das finanase de que dependem as CCDR.

    Artigo 10.

    Despesas

    Constituem despesas da CCDR as que resultem de en-cargos decorrentes da prossecuo das atribuies que lheesto cometidas.

    Artigo 11.Mapa de cargos de direo

    Os lugares de direo superior de 1. e 2. graus e dedireo intermdia de 1. grau constam do mapa anexo IIdo presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.

    Artigo 12.

    Estatuto remuneratrio dos chefes de equipas multidisciplinares

    Aos chefes de equipa multidisciplinares atribudo umestatuto remuneratrio equiparado a chefe de diviso.

    Artigo 13.Poderes de autoridade

    1 Para a prossecuo das suas atribuies, as CCDRexercem os poderes de autoridade do Estado na rea geo-grfica de atuao, nomeadamente no que respeita:

    a) liquidao e cobrana, voluntria ou coerciva,de taxas que lhes sejam devidas nos termos da lei e, bemassim, dos rendimentos provenientes da sua atividade;

    b) execuo coerciva das decises de autoridade, nostermos da lei geral;

    c) defesa dos bens do domnio pblico sob a suaadministrao;

    d) preveno, ao controlo de infraes e aplicaode sanes por atividades ilcitas, designadamente nosdomnios do ambiente, do ordenamento do territrio eda urbanizao e edificao, de acordo com a legislaoaplicvel;

    e) competncia para requerer a declarao de utilidadepblica, com ou sem carter de urgncia, para o efeito deexpropriao de bens e direitos nos termos da lei;

    f) Ao reconhecimento de capacidade judiciria para efei-tos da efetivao de responsabilidade civil extracontratualvisando a reparao de danos causados ao ambiente ou aos

    interesses gerais do ordenamento do territrio.

    2 Os trabalhadores das CCDR que exeram funesde fiscalizao e vigilncia nas reas do ambiente e doordenamento do territrio so detentores dos decorrentespoderes de autoridade e, no exerccio dessas funes, go-zam das seguintes prerrogativas, sem prejuzo de outrasconstantes da legislao especfica:

    a) Solicitar a colaborao das autoridades policiaisquando necessrio imposio de comportamentos le-galmente devidos, preveno de infraes lei ou sal-vaguarda da inviolabilidade de bens pblicos e interessesgerais no mbito das atribuies das CCDR;

    b) Determinar, a ttulo preventivo, e com efeitos ime-diatos, mediante ordem escrita e fundamentada, a suspen-so ou cessao de atividades lesivas ou potencialmentedanosas para o ambiente, o encerramento de instalaesquando da no aplicao dessas medidas possa resultarrisco iminente para a proteo da sade pblica e parasegurana de pessoas e bens;

    c) Identificar quaisquer pessoas ou entidades que vio-lem disposies legais e regulamentares nos domnios doambiente e do ordenamento do territrio;

    d) Intimar imediata remoo de ocupaes ilegais embens do domnio pblico sob a administrao das CCDR edeterminar o embargo de quaisquer construes em reas de

    ocupao proibida ou condicionada em zonas de proteoestabelecidas por lei ou em violao da lei, dos regulamentosou das condies de licenciamento ou autorizao.

    3 Os trabalhadores das CCDR que desempenhemfunes de fiscalizao e vigilncia usam um documentode identificao prprio, de modelo a aprovar pelo membrodo Governo de que dependem as CCDR.

    Artigo 14.

    Norma revogatria

    revogado o Decreto-Lei n. 134/2007, de 27 deabril.

    Artigo 15.

    Entrada em vigor

    O presente decreto-lei entra em vigor no 1. dia do msseguinte ao da sua publicao.

    Visto e aprovado em Conselho de Ministros de 26 dejulho de 2012. Pedro Passos Coelho Vtor LouRabaa Gaspar Miguel Fernando Cassola de MirandaRelvas lvaro Santos Pereira Maria de AssunoOliveira Cristas Machado da Graa.

    Promulgado em 15 de outubro de 2012.

    Publique-se.O Presidente da Repblica, ANBALCAVACOSILVA.

    Referendado em 22 de outubro de 2012.

    O Primeiro-Ministro,Pedro Passos Coelho.

  • 7/26/2019 DL_228_2012_CCDRpdf

    6/6

    6038 Dirio da Repblica, 1. srie N. 207 25 de outubro de 2012

    ANEXO I

    (a que se refere o n. 4 do artigo 1.)

    Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regionaldo Norte (CCDR Norte)

    Arcos de Valdevez, Caminha, Melgao, Mono, Pa-redes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valena,Viana do Castelo e Vila Nova de Cerveira.

    Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras de Bouroe Vila Verde.

    Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimares, Mondim deBasto, Pvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova deFamalico e Vizela.

    Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto, Pvoade Varzim, Santo Tirso, Trofa, Valongo, Vila do Conde eVila Nova de Gaia.

    Amarante, Baio, Castelo de Paiva, Celorico de Basto,Cinfes, Felgueiras, Lousada, Marco de Canaveses, Paosde Ferreira, Paredes, Penafiel e Resende.

    Arouca, Santa Maria da Feira, Oliveira de Azemis, SoJoo da Madeira e Vale de Cambra.

    Alij, Armamar, Carrazeda de Ansies, Freixo de Espada Cinta, Lamego, Meso Frio, Moimenta da Beira, Mura, Pe-nedono, Peso da Rgua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguio,So Joo da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuao, Tarouca, Torrede Moncorvo, Vila Real e Vila Nova de Foz Coa.

    Alfndega da F, Boticas, Bragana, Chaves, Macedode Cavaleiros, Miranda do Douro, Mirandela, Mogadouro,Montalegre, Ribeira de Pena, Valpaos, Vila Flor, VilaPouca de Aguiar, Vimioso e Vinhais.

    Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regionaldo Centro (CCDR Centro)

    Cantanhede, Coimbra, Condeixa-a-Nova, Figueira daFoz, Mealhada, Mira, Montemor-o-Velho, Mortgua, Pe-nacova e Soure.

    gueda, Albergaria-a-Velha, Anadia, Aveiro, Estarreja,lhavo, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vougae Vagos.

    Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Ro-drigo, Guarda, Manteigas, Meda, Pinhel, Sabugal e Tran-coso.

    Castelo Branco, Idanha-a-Nova, Penamacor e Vila Velhade Rdo.

    Belmonte, Covilh e Fundo.

    Aguiar da Beira, Carregal do Sal, Castro Daire, Man-gualde, Nelas, Oliveira de Frades, Penalva do Castelo,Santa Comba Do, So Pedro do Sul, Sto, Tondela, VilaNova de Paiva, Viseu e Vouzela.

    Alvaizere, Ansio, Arganil, Castanheira de Pera, Fi-gueir dos Vinhos, Gis, Lous, Miranda do Corvo, Oli-veira do Hospital, Pampilhosa da Serra, Pedrgo Grande,Penela, Tbua e Vila Nova de Poiares.

    Oleiros, Proena-a-Nova, Sert e Vila de Rei.Batalha, Leiria, Marinha Grande, Pombal e Porto de

    Ms.Fornos de Algodres, Gouveia e Seia.

    Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regional

    de Lisboa e Vale do Tejo (CCDR LVT)

    Amadora, Cascais, Lisboa, Loures, Odivelas, Oeiras,Sintra, Vila Franca de Xira e Mafra.

    Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela,Seixal, Sesimbra e Setbal.

    Almeirim, Alpiara, Azambuja, Benavente, Cartaxo,Chamusca, Coruche, Goleg, Rio Maior, Salvaterra deMagos e Santarm.

    Abrantes, Alcanena, Constncia, Entroncamento, Fer-reira do Zzere, Mao, Ourm, Sardoal, Tomar, TorresNovas e Vila Nova da Barquinha.

    Alcobaa, Alenquer, Arruda dos Vinhos, Bombarral,Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinh, Nazar, bidos,Peniche, Sobral de Monte Agrao e Torres Vedras.

    Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regionaldo Alentejo (CCDR Alentejo)

    Alccer do Sal, Grndola, Odemira, Santiago do Cacme Sines.

    Alter do Cho, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelode Vide, Crato, Elvas, Fronteira, Gavio, Marvo, Mon-forte, Mora, Nisa, Ponte de Sor e Portalegre.

    Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, vora,Montemor-o-Novo, Mouro, Portel, Redondo, Reguengos

    de Monsaraz, Sousel, Vendas Novas, Viana do Alentejo eVila Viosa.Aljustrel, Almodvar, Alvito, Barrancos, Beja, Castro

    Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mrtola, Moura, Ou-rique, Serpa e Vidigueira.

    Comisso de Coordenao e Desenvolvimento Regionaldo Algarve (CCDR Algarve)

    Albufeira, Alcoutim, Aljezur, Castro Marim, Faro, La-goa, Lagos, Loul, Monchique, Olho, Portimo, So Brsde Alportel, Silves, Tavira, Vila do Bispo e Vila Real deSanto Antnio.

    ANEXO II

    (a que se refere o artigo 11.)

    Mapa de pessoal dirigente

    Designao dos cargosdirigentes

    Qualificao dos cargosdirigentes Grau

    Nmerode lugares

    Presidente. . . . . . . . . . . . Direo superior . . . . . 1. 5Vice-presidente . . . . . . . Direo superior . . . . . 2. 10Diretor de servios. . . . . Direo intermdia. . . 1. 25

    MINISTRIO DA SADEPortaria n. 340/2012

    de 25 de outubro

    O Programa do XIX Governo prev a adoo de umconjunto de medidas no mbito da poltica do medicamentoque permitam controlar a utilizao de medicamentos atra-vs do desenvolvimento de orientaes teraputicas, aadoo da prescrio por denominao comum interna-cional (DCI) e promover a utilizao de medicamentosgenricos.

    Atravs da prescrio por DCI incentiva-se uma pres-

    crio mais racional e sustentada pela evidncia farmaco-lgica e, em simultneo, amplia-se a liberdade de escolhado utente para a promoo de poupanas na utilizao demedicamentos sem afetar a acessibilidade, qualidade ousegurana na utilizao de medicamentos.