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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS LAURA ARANTES LAURA BASSO TAMARA FERREIRA BELLEZA DMAE BITARTARATO E TALASFERAS DE VITAMINA C NA ATENUAÇÃO DOS SINAIS DO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO FERNANDÓPOLIS 2012

Dmae bitartarato e talasferas de vitamina c na atenuação dos sinais do envelhecimento cutâneo

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FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS FACULDADES INTEGRADAS DE FERNANDÓPOLIS

LAURA ARANTES

LAURA BASSO

TAMARA FERREIRA BELLEZA

DMAE BITARTARATO E TALASFERAS DE VITAMINA C NA

ATENUAÇÃO DOS SINAIS DO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

FERNANDÓPOLIS 2012

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LAURA ARANTES

LAURA BASSO

TAMARA FERREIRA BELLEZA

DMAE BITARTARATO E TALASFERAS DE VITAMINA C NA

ATENUAÇÃO DOS SINAIS DO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

Trabalho de conclusão de curso apresentado à

Banca Examinadora do Curso de Graduação em

Farmácia da Fundação Educacional de

Fernandópolis como exigência parcial para obtenção

do título de bacharel em farmácia.

Orientador: Profa. Esp. Vanessa Maria Rizzato

Silveira

FUNDAÇÃO EDUCACIONAL DE FERNANDÓPOLIS

FERNANDÓPOLIS – SP

2012

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LAURA ARANTES

LAURA BASSO

TAMARA FERREIRA BELLEZA

DMAE BITARTARATO E TALASFERAS DE VITAMINA C NA

ATENUAÇÃO DOS SINAIS DO ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

Trabalho de conclusão de curso aprovado como

requisito parcial para obtenção do título de bacharel

em farmácia.

Aprovado em: __ de novembro de 20__.

Banca examinadora Assinatura Conceito

Profa. Esp. Vanessa M. R. Silveira

Profa. Esp. Rosana K. Motta

Prof. Esp. Marcos S. Rodrigues

Profa. Esp. Vanessa Maria Rizzato Silveira

Presidente da Banca Examinadora

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Dedicamos este trabalho primeiramente a Deus, pois

sem ele, nada seria possível, e nossos sonhos não

seriam concretizados.

Aos nossos pais, que sempre nos deram apoio, e

estiveram presentes acreditando em nosso

potencial, nos incentivando na busca de novas

realizações e descobertas.

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AGRADECIMENTOS

Às voluntárias que se aceitaram participar e colaborar para a realização deste

trabalho.

À professora Vanessa Rizzato que disponibilizou seu tempo e deu todo apoio

para a realização do mesmo e passou todo seu conhecimento para nos orientar.

À harmonia do grupo, que soube dividir as tarefas igualmente, foi

compreensivo e companheiro em todos os momentos.

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A realização de um sonho depende de dedicação.

Há muita gente que espera que o sonho se realize

por mágica, mas toda mágica é ilusão, e a ilusão

não tira ninguém de onde está. Em verdade a ilusão

é combustível dos perdedores, pois quem quer fazer

alguma coisa, encontra um meio.

“Quem não quer fazer nada, encontra uma

desculpa.”

Roberto Shinyashiki

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RESUMO

O desenvolvimento de novos cosméticos com propriedade antienvelhecimento cutâneo está em evidência pela indústria cosmética. O DMAE bitartarato e as Talasferas de vitamina C são produtos cosméticos utilizados com a finalidade de atenuar e prevenir os sinais do envelhecimento cutâneo através do combate aos radicais livres e a produção e manutenção das fibras elásticas e colagenosas da pele. Este trabalho teve como objetivo avaliar da eficácia do DMAE bitartarato e Talasferas de Vitamina C no combate de linhas de expressão facial. As voluntárias foram divididas em 3 grupos de diferentes faixas etárias. Cada grupo foi composto por 2 pessoas, sendo uma destinada a utilizar o DMAE bitartarato e outra a Talasferas de vitamina C. O método de análise foi através de imagens fotográfica obtidas no inicio e no final do tratamento e questionários pré e pós-tratamento. No final dos 90 dias de tratamento foi possível analisar que as voluntarias que utilizaram o DMAE bitartarato em todos os grupos obtiveram uma resposta mais satisfatória que as que utilizaram as Talasferas de vitamina C, podendo ser confirmado através do questionário pós-tratamento. A instabilidade da vitamina C frente a altas temperaturas e a luz pode ter comprometido o resultado. As voluntárias do grupo 3 de ambos os produtos apresentaram o resultado mais expressivo. Palavras-chave: Envelhecimento cutâneo; DMAE; Vitamina C.

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ABSTRACT

The development of new cosmetics with property of antiaging cutaneous are evident in the cosmetic industry. The “DMAE” bitartrate and the Talasferas of C vitamin are cosmetics products used with a purpose to attenuate and to avoid antiaging cutaneous signs through combating free radicals, and the production and maintenance of collagenous and elastic fiber of the skin. This study has the main goal to evaluate the effectiveness of “DMAE” Bitartrate and the Talsferas of C vitamin on combating the face expression lines. The volunteers were divided in 3 groups of different ages. Each group are composed of 2 people, and one person is destined to use the DMAE Bitartrate and the other is destined to use the Talasferas of C vitamin. The methodology of this analysis were through photographic pictures taken at the beginning and at the end of this processing and also pre and post processing questionnaires. At the end of 90 days of processing, it was possible to analyze that all volunteers that used the DMAE bitartrate in all of the groups were more satisfactory than the ones that used the Talasferas of C vitamin, which it was confirmed by the questionnaire post processing. The instability of C vitamin against the high temperatures and illumination can undertake the results.

Key-Words: Cutaneous aging; DMAE; C vitamin.

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LISTA DE FIGURAS OU GRÁFICOS

Figura 1 - Representação esquemática da estrutura da pele humana. 14

Figura 2 - Camadas da pele humana em corte histológico em microscopia de

luz aumentada em 400x. 16

Figura 3 - Camada papilar e reticular da derme no corte histológico da pele

humana em microscopia de luz aumentada em 100x. 18

Figura 4 - Representação de alguns tipos de colágeno presente na membrana

basal. 21

Figura 5 - Esquema do envelhecimento cronológico segundo diferentes faixas

etárias. 26

Figura 6 - Penetração da radiação solar na pele. 28

Figura 7 - Estrutura química do ácido ascórbico. 31

Figura 8 - Etapas químicas da melanogênese. 32

Figura 9 - Demonstração da estrutura de um lipossoma. 34

Figura 10 - Comparação da estrutura química do dimentilaminoetanol (DMAE),

colina e acetilcolina. 35

Figura 11 - Representação esquemática do possível mecanismo de ação do

DMAE. 36

Figura 12 - Foto frontal ilustrativa de pré e pós-tratamento, grupo 1 utilizando

Talasferas de vitamina C. 40

Figura 13 - Foto frontal ilustrativa de pré e pós-tratamento, grupo 3, utilizando

Talasferas de vitamina C. 41

Figura 14 - Foto frontal ilustrativa de pré e pós-tratamento, grupo 1, utilizando

DMAE bitartarato. 43

Figura 15 - Foto frontal ilustrativa de pré e pós-tratamento, grupo 2, utilizando

DMAE bitartarato. 44

Figura 16 - Foto frontal ilustrativa de pré e pós-tratamento, grupo 3, utilizando

DMAE bitartarato.

45

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Figura 17 - Foto de perfil ilustrativa de pré e pós-tratamento, grupo 3, utilizando

DMAE bitartaráto. 46

Figura 18 - Questionário pré-tratamento. Cosméticos utilizados pelas

voluntárias. 48

Figura 19 - Questionário pré-tratamento. Utilização de produtos cosméticos

faciais. 48

Figura 20 - Questionário pré-tratamento. Frequência da utilização do protetor

solar. 49

Figura 21 - Questionário pós-tratamento. Resultado – DMAE bitartarato pela

análise das voluntárias. 50

Figura 22 Questionário pós-tratamento. Resultados Talasferas de vitamina C

pela análise das voluntárias. 51

11

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 12

1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO .......................................................................... 14

1.1 PELE................................................................................................................ 14

1.1.1 Epiderme .................................................................................................. 15

1.1.2 Derme ....................................................................................................... 17

1.2 COLÁGENO .................................................................................................... 19

1.2.1 Tipos de colágeno ................................................................................... 20

1.2.2 Envelhecimento do colágeno ................................................................. 22

1.3 FIBRAS ELÁSTICAS ....................................................................................... 22

1.4 ENVELHECIMENTOS DA PELE ..................................................................... 23

1.4.1 Envelhecimento Intrínseco ..................................................................... 23

1.4.2 Envelhecimento Extrínseco ................................................................... 24

1.5 CARACTERÍSTICAS DA PELE ENVELHECIDA ............................................. 24

1.6 PROTEÇÃO E PREVENÇÃO DO FOTOENVELHECIMENTO DA PELE ....... 26

1.7 FILTRO SOLAR ............................................................................................... 27

1.8 RADICAIS LIVRES .......................................................................................... 28

1.9 ANTIOXIDANTES ............................................................................................ 29

1.9.1 Vitamina C ................................................................................................ 30

1.9.1.1 Derivados da vitamina C ...................................................................... 32

1.9.1.1.1 Talasferas de vitamina C .................................................................. 33

1.9.2 DMAE (dimetilaminoetanol) .................................................................... 34

1.9.2.1 Derivados do DMAE ............................................................................. 36

1.9.2.1.1 DMAE bitartarato ............................................................................... 36

OBJETIVOS .............................................................................................................. 37

2.1 OBJETIVO GERAL .......................................................................................... 37

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................ 37

3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 38

3.1 MATERIAIS ..................................................................................................... 38

3.2 MÉTODOS ....................................................................................................... 38

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ............................................................................. 40

6 CONCLUSÃO ........................................................................................................ 52

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 53

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INTRODUÇÃO

Com o avanço da idade e as mudanças hormonais, a pele começa a sofrer

alterações que modificam gradativamente seu aspecto, aparecendo, então, as

marcas do envelhecimento cutâneo. Em decorrência disso a busca pela beleza é

procurada pela maioria das mulheres (HIRATA; SATO; SANTOS, 2004).

Os responsáveis em manter a aparência de uma pele rejuvenescida são as

fibras de colágeno e fibras elásticas. As fibras encontram-se dispostas na derme de

tal maneira a formarem uma rede de sustentação (LIMPIANGKANAN;

LIMPIANGKANAN, 2010). Com o envelhecimento, os níveis de colágeno vão

diminuindo (AZULAY, 2008).

O envelhecimento cutâneo é resultado das ações de fatores individuais,

exposição solar crônica, tabagismo, estresse emocional, repercussões de doenças

cutâneas e sistêmicas entre outras (KEDE; SABATOVICH, 2009).

Os principais causadores desse envelhecimento são os radicais livres, sendo

que seu envolvimento nos danos causados pela radiação ultravioleta (UV) já estão

bem estabelecidos. Os cuidados com a radiação UV tornaram-se vitais, uma vez que

a exposição desprotegida ao sol causa diversos efeitos prejudiciais à saúde,

causando danos à pele (RIBEIRO et al.,2004).

Para se proteger da radiação UV o organismo possui processos de defesa

natural que leva o aumento da pigmentação, ocasionando manchas. O que justifica

a necessidade de estudos de princípios ativos com caráter despigmentante, sendo

eficaz no tratamento dos danos provocados pela radiação solar (ARAUJO; SOUZA,

2008).

À medida que a expectativa de vida aumentou, as pessoas começaram a se

preocupar com o retardamento no processo do envelhecimento cutâneo. Com isso

um número cada vez maior de pessoas está se conscientizando dos fatores

externos implicados no envelhecimento precoce. O mercado cosmético está

crescendo em decorrência desta necessidade de se proteger e principalmente pela

grande procura por parte das mulheres na busca de uma pele rejuvenescida. Com

base nisso desenvolvem cosméticos que atuam simultaneamente as manchas e

sinais do envelhecimento cutâneo (BAUMANN, 2004).

13

Com efeito, na hidratação cutânea, atenuação de manchas e ação

antioxidante, a aplicação tópica da vitamina C e seus derivados têm sido observados

por profissionais da área cosmética e dermatológica (CAMPOS; SILVA, 2000).

A vitamina C (ácido ascórbico) é um antioxidante que ocorre na natureza

incorporada aos cosmecêuticos com o proposito de prevenir e tratar a pele

danificada pelo sol, doa elétrons de modo sequencial, neutraliza os radicais livres e

protege as estruturas intracelulares do estresse oxidativo (DRAELOS, 2009).

Quando utilizada topicamente a vitamina C pode diminuir a quebra do colágeno,

aumentar a síntese de colágeno tipo I, conferir elasticidade e firmeza à pele e reduzir

a síntese de melanina (DRAELOS, 2009; KEDE; SABATOVICH, 2009).

Pelo fato da vitamina C apresentar-se como um princípio ativo instável, foram

sintetizadas derivados desse principio ativo. Esses derivados buscam manter a

bioatividade da vitamina C, no entanto apresentando maior estabilidade (CAMPOS

et al., 2000). Um exemplo desses derivados é a Talasferas de vitamina C.

A Talasferas de vitamina C é uma vitamina lipossomada, que é um sistema

industrial de encapsulamento que visa proteger o princípio ativo, aumentar a

absorção e transportar para o interior da epiderme (DERMAGE, 2008).

Outro cosmético produzido pela indústria, com a mesma finalidade da

vitamina C é o dimetilaminoetanol (DMAE) (BAUMANN, 2004).

O DMAE é uma substância naturalmente encontrada em peixes marinhos, tais

como sardinha e salmão, é também produzido em pequenas quantidades no sistema

nervoso central. É um análogo de colina, uma substancia precursora do

neutrotransmissor acetilcolina, levando a uma hipertonicidade muscular. Os seus

derivados são as formas de utilização pela indústria cosmética. O DMAE bitartarato

é um antioxidante e estabilizador de membrana, fazer com que a membrana se torne

mais resistente ao estresse oxidativo e se estabilize (PERRICONE, 2001).

14

1 DESENVOLVIMENTO TEÓRICO

1.1 Pele

A pele é um órgão complexo e heterogêneo que reveste a superfície do corpo

e apresenta-se constituída por uma porção epitelial de origem ectodérmica, a

epiderme, e uma porção conjuntiva de origem mesodérmica, a derme. Abaixo e em

continuidade com a derme encontra-se a hipoderme, que não faz parte da pele,

entretanto a mantém unida a órgãos subjacentes (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).

A pele é o maior órgão do corpo humano, ocupando uma área de mais de 1m²

de superfície, e corresponde a 20% do peso corporal, formando uma barreira

protetora dos tecidos mais profundos contra ação de agentes físicos, químico e

bacterianos (MARTINS, 2003).

A pele na sua complexidade conta com componentes celulares que lhe

permite realizar funções importantes como, excretar água e produtos metabolizados

que participam da regulação da temperatura corporal, contém terminações nervosas

sensitivas, protege o organismo contra ferimentos e realiza defesa contra

organismos patógenos (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004). A figura 1 representa a

pele humana esquematicamente.

Figura 1. Representação esquemática da estrutura da pele humana.

Fonte: Adaptado de MARQUES, 2010.

15

1.1.1. Epiderme

A epiderme é um epitélio de revestimento estratificado pavimentoso com

variações estruturais e funcionais significativas dependendo do seu sítio anatômico

(FRANCESCHINI, 1994; AZULAY, 2011). Tem como principal função a produção de

camadas de células córneas que nos envolve inteiramente e constitui desta forma a

nossa proteção contra as agressões do meio exterior (FRANCECCHINI, 1994).

Neste tecido são encontrados 4 tipos celulares: queratinócitos, e as

dentríticas, melanócitos, células de Langerhans e células de Merkel (RABE et al.,

2006). As células dentríticas também estão presentes na epiderme e o melanócito é

uma delas, ele é o responsável pela produção do pigmento da pele; a melanina,

sendo responsável pela absorção das radiações ultravioleta. Outro tipo de célula

dendrítica é a célula de Langerhans, que é um dos principais componentes do

sistema imunológico da pele, e a célula de Merkel derivada de uma célula-tronco

epidérmica localizada aderida aos desmossomos que funciona como

mecanorreceptores de adaptação lenta em locais de alta sensibilidade tátil

(AZULAY, 2011).

Os queratinócitos são células epiteliais que formam o sistema ceratinocítico,

estes por sua vez são responsáveis pelo corpo da epiderme e de seus anexos. É

caracterizado pela disposição lado a lado de suas células e por sua constante

renovação. A renovação da camada mais profunda, chamada camada basal, fornece

as células que à partir da camada basal vão se diferenciando e migrando para

superfície, formando a camada espinhosa, caracterizada pela presença de

queratinócitos com intensa atividade mitótica e presença de células tronco (AZULAY,

2011).

Na camada espinhosa os queratinócitos sofrem contínuas e importantes

modificações, passando a ser desde células poliédricas a pavimentosas, possui

queratinócitos em mitose, mas em menor número que na camada anterior

(GARTNER; HIATT, 2007). As células passam a ter citoplasma acidófilo e ricos em

desmossomos, tendo função importante na união entre as células da epiderme e na

resistência ao atrito, sendo denominadas de células de Malpighi ou células

espinhosas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004; AZULAY, 2011).

16

Quando as células espinhosas seguem em direção à superfície as células

passam por um estágio em que se seu citoplasma se apresenta mais basofílico e

granuloso e morfologia achatada constituindo a camada granulosa (AZULAY, 2011).

As células da camada granulosa possuem em seu citoplasma grânulos

revestidos por membranas denominados corpos lamelares que são constituídos

principalmente por lipídeos. Estes corpos lamelares são semelhantes a lipossomos,

e estão dispostos em grande número nesta camada. O conteúdo destes grânulos

será liberado no espaço intercelular durante a transição da camada granulosa para a

córnea, quando, sob ação das hidrolases, será remodelado e seus lipídeos

transformados em ceramida (45%), colesterol (25%), ácidos graxos (15%),

triglicerídeos e outros. Todos estes se depositarão em torno de cada célula,

originando a grande barreira lipídica sendo a principal responsável pela

impermeabilidade e composição do manto lipídico da pele (AZULAY, 2011;

GARTNER; HIATT, 2007; JUNQUEIRO; CARNEIRO, 2004).

Por fim na camada mais superficial da epiderme as células se transformam

em células anucleadas (corneócitos), mortas e achatadas, sem organelas e com

citoplasma repleto de queratina, sendo eliminada para o meio ambiente na camada

mais externa da epiderme, a camada córnea (JUNQUEIRO; CARNEIRO, 2004;

AZULAY, 2011).

Figura 2. Camadas da pele humana em corte histológico em microscopia

de luz, aumentada em 400x.

Fonte: Adaptado de BRINGEL, 2011.

17

A renovação completa, desde a divisão na camada basal até a eliminação na

camada córnea, faz-se em 52 a 75 dias (AZULAY, 2011). A variação da intensidade

de multiplicação dessas células se deve a predisposição genética, ao local, a idade

e a estímulos exógenos. Isto permite uma renovação fisiológica do epitélio (figura 2)

(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).

1.1.2 Derme

A derme tem uma constituição bastante diferente da epiderme. É composta

basicamente por tecido conjuntivo e um sistema integrado de estruturas fibrosas,

filamentosas, redes vasculares e terminações nervosas sensíveis à temperatura,

pressão e dor, bem como glândulas e anexos que derivam epiderme (AZULAY,

2011; SAMPAIO; RIVITTI, 1988).

Estruturalmente, os componentes do tecido conjuntivo podem ser divididos

em: células residentes e migratórias, além de matriz extracelular. As células

residentes são formadas localmente e permanecem no tecido conjuntivo como,

fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos e células adiposas. Vindo pelo

sangue por migração (diapedese) através da parede de capilares e vênulas, os

leucócitos são constituintes do tecido conjuntivo. Este processo de diapedese

aumenta durante as invasões locais de microorganismos, já que os leucócitos são

as células especializadas na defesa (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).

A matriz extracelular (MEC), também conhecida como substância intercelular

ou substância fundamental, é um complexo viscoso composto por

glicosaminoglicanos (GAGs), fibras colágenas e elastinas, proteoglicanos (PGs),

glicoproteínas adesivas e diversos íons. Sendo viscosa ela preenche os espaços

entre as células e fibras do tecido conjuntivo e atua ao mesmo tempo como

lubrificante e barreira à penetração de microorganismos (JUNQUEIRA; CARNEIRO,

2004). Os GAGs, fibras colágenas e de elastina são os principais constituintes do

tecido conjuntivo dérmico (SAMPAIO; RIVITTI, 1988). As glicoproteínas adesivas se

ligam a proteínas receptoras (integrinas) presentes na superfície de células, e da

matriz, conferindo assim, força tênsil e rigidez a matriz. As redes de fibras elásticas e

de colágeno sustentam a derme e a une ao tecido subcutâneo ou hipoderme

(JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004).

18

A derme caracteriza-se pela superfície irregular onde se observam saliências

que acompanham as reentrâncias correspondentes na epiderme conhecidas como

papilas dérmicas. Estas por sua vez aumentam a área de contato da derme com a

epiderme reforçando a união das duas camadas (SAMPAIO; RIVITTI, 1988;

FRANCESCHINI, 1994).

Figura 3. Camada papilar e reticular da derme no corte histológico da pele humana

em microscopia de luz, aumento 100X.

Fonte: adaptado de BRINGEL, 2011.

A derme é constituída por duas camadas de limites pouco distintos: a papilar

(superficial,) e a reticular (mais profunda) (Figura 3). A derme papilar é a parte que

se encontra junto à membrana basal da epiderme (FRANCESCHINI, 1994). É

constituída por numerosos fibroblastos e abundante substância fundamental,

formando as papilas dérmicas. É rica em vasos sanguíneos e terminações nervosas,

com fibras de colágeno tipo III, fibras elásticas e fibrilas de colágeno tipo IV, essas

últimas fazem a adesão da epiderme à derme. A camada papilar corresponde a 10%

da espessura da derme (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2004; SAMPAIO; RIVITTI,

1988). A camada reticular é mais espessa constituída por tecido conjuntivo denso

não-modelado, redes de fibras elásticas entrelaçadas e fibras de colágeno tipo I e III,

responsáveis pelo mecanismo de resistência da pele. Contem ainda, vasos

sanguíneos e linfáticos, nervos e estruturas derivadas da epiderme como, folículos

19

pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas (JUNQUEIRA; CARNEIRO,

2004; SAMPAIO; RIVITTI, 1988).

1.2 Colágeno

O colágeno é o componente estrutural primário da derme e a proteína mais

abundante encontrada em seres humanos colágeno, são responsáveis por conferir

força e apoio para a pele humana (BAUMANN, 2007).

O colágeno é a proteína mais abundante em mamíferos, constituindo a quarta

parte do seu peso total. É o principal elemento fibroso da pele, osso, tendão,

cartilagem, vasos sanguíneos e dentes, sendo encontrado em quase todos os

órgãos do corpo humano (STRYER, 1996). É sintetizado intracelularmente em

pequenas porções e exportado para fora da célula, onde, através da atuação de

enzimas polimerizantes, é definido com a estrutura própria de colágeno, em hélice-

tripla (STRYER, 1996).

Ao contrário da maioria das proteínas, o colágeno é composto por moléculas

de colagenio na maturidade, constituindo uma malha de fibras ricos em

aminoácidos, lisina, prolina, hidroxiprolina e hidroxilisina (BAUMANN, 2007).

Em quase todas as moléculas de colágeno, um terço é composto pelo

aminoácido glicina e a sequência glicina-prolina-hidroxiprolina é repetida com muita

frequência. Além disso, o colágeno contém dois aminoácidos que são encontrados

em muito poucas outras protéinas: 4-hidroxiprolina e 5-hidroxilisina (ROSS;

ROWRELL, 1993).

No corpo humano, desempenha muitas funções, por exemplo, unido e

fortalecendo os tecidos. Com o passar dos anos, o corpo pode sofrer algumas

privações desta substância, principalmente na alimentação atual, muitas vezes

deficiente de vitaminas e proteínas. Durante os primeiros anos até a puberdade,

essas carências não são tão visíveis e nem mostram suas evidências. A falta de

colágeno vai se tornar mais notável quando passa para fase da maturidade, onde

nessa etapa da vida começam aparecer às rugas, pois a pele não possui mais a

mesma elasticidade de antes (BAUMANN, 2007).

O colágeno é produzido normalmente no nosso organismo desde que

nascemos, porém a partir dos 30 anos há um declínio na sua produção o que pode

levar a diminuição da elasticidade da pele, rugas e maior fragilidade óssea. Ele

20

trabalha juntamente com a elastina. Essa combinação é essencial e ocorre em

diferentes partes do corpo, tais como ossos, pulmões ou vasos sanguíneos

(BAUMANN, 2007).

A pele humana contém vários tipos de colágeno, sendo o tipo I e III os mais

abundantes fornecidos pela nossa pele. Os outros tipos são menos abundante, mas

também apoiar o seu trabalho é importante para o corpo humano (AZULAY;

AZULAY, 2008).

1.2.1 Tipos de colágeno

Em 2007, Baumann classificou os tipos de colágeno em:

Colágeno tipo I: é o mais comum; aparece nos tendões, no tecido conjuntivo

frouxo, tecido conjuntivo denso (onde é predominante sobre os outros tipos),

sempre formando fibras e feixes, ou seja, está presente nos ossos, tendões e

pele;

Colágeno tipo II: é produzido por condrócitos, aparece na cartilagem hialina e

na cartilagem elastina. Não produz feixes. Presente nos discos intervertebrais,

olhos e cartilagem;

Colágeno tipo III: constituem fibras reticulares, presente em músculo liso,

endoneuro e nas trabéculas dos órgãos hematopoiéticos (baço, nódulos

linfáticos, medula óssea vermelha); artérias, fígado, útero e camadas

musculares do intestino. Abundante no tecido conjuntivo frouxo. Ocorre

rapidamente em crescimento de tecidos, por exemplo, no tecido de feridas,

nas suas fases iniciais de recuperação, depois é substituído por colágeno de

tipo I;

Colágeno tipo IV: presente na lâmina basal, constituintes da membrana basal

dos epitélios. Aparecem nas lentes da cápsula ocular, glomérulos;

Colágeno tipo V: aparecem nos ossos, tendões e sangue. Similar ao tipo I;

Colágeno tipo VI: presente no sangue, camada íntima da placenta.

Geralmente trabalha junto com o tipo I;

Colágeno tipo VII: forma o epitélio do trato gastrointestinal e do trato urinário.

Presente nas membranas corioaminióticas e na placenta;

Colágeno tipo VIII: constituí o endotélio, formando os vasos sanguíneos;

21

Colágeno tipo IX: função de manter as células unidas e é o principal

componente proteico de órgãos;

Colágeno tipo X,XI e XII: estão presente na cartilagem.

Alguns tipos de colágeno pode ser verificado na figura 4.

Figura 4. Representação de alguns tipos de colágeno presentes na membrana basal.

Fonte: BRINGEL, 2011.

Além desta classificação Limpiangkanan e Limpiangkanan em 2010

classificou o colágeno em outros três tipos:

Colágeno que formam longas fibrilas: as fibrilas de colágeno são formadas

pela agregação de moléculas do tipo I, II, III, IV e V que são visíveis ao

microscópio eletrônico. O tipo I é o mais abundante. Ocorre como estrutura

classicamente denominada de fibras de colágeno que formam ossos, dentina,

tendões, cápsula de órgãos, derme e etc;

Colágeno associados a fibrilas: são estruturas curtas que ligam as fibrilas de

colágeno umas ás outras e a outros componentes da matriz extracelular.

Pertencem a este grupo os colágenos do tipo IX e XII;

Colágeno que forma rede: tipo IV e VII se associa para formar rede. O tipo IV

é um dos principais componentes estruturais das lâminas basais, onde tem o

papel de aderência e de filtração. O tipo VII forma dímeros que se reúnem em

estruturas especializadas denominadas fibrilas de ancoramento. As fibrilas de

22

ancoramento auxiliam a conexão da lâmina basal do epitélio de múltiplas

camadas ao tecido conjuntivo subjacente e, portanto são especialmente

abundantes na pele.

1.2.2 Envelhecimento do colágeno

Com o envelhecimento, os níveis de colágeno vão diminuindo. Nas crianças é

abundante a presença de colágeno tipo III, com isso, possui uma aparência de pele

flexível e macia. O colágeno do tipo III diminui com o tempo, mas o do tipo I continua

aumentar durante o crescimento e para a cerca de 35 anos, quando atinge seu

máximo de força (AZULAY, R; AZULAY, L, 2008).

De acordo com o mesmo, os níveis do tipo I começam a declinar. Embora os

efeitos do declínio em outros tipos de colágeno não são claras no processo de

envelhecimento, é certo que os níveis de colágeno com sessenta anos diminuíram

significativamente.

1.3 Fibras elásticas

São encontradas na periferia dos feixes de colágenos que permitem a

característica de recuo elástico na pele (LIMPIANGKANAN, Wikunda;

LIMPIANGKANAN, Wichuda, 2010).

As fibras elásticas maduras consistem basicamente de elastina e microfibrilas,

sendo a elastina seu maior componente. As fibras encontram-se dispostas na derme

de tal maneira a formarem uma rede, podendo ser divididas em três tipos: as mais

superficiais são as oxitalânicas em formato de taça com a concavidade voltada para

a face inferior da epiderme; fibras elaunínicas com disposição perpendicular á

epiderme e por fim, as fibras elásticas verdadeiras (ou maduras), dispostas

paralelamente á epiderme localizando-se mais abaixo das fibras elaunínicas

(LIMPIANGKANAN, Wikunda; LIMPIANGKANAN, Wichuda, 2010).

É considerada insolúvel pelas ligações covalentes complexas dependentes de

cobre, são chamadas desmosinas, especula-se que no momento da distensão da

fibra, os grupos hidrofóbicos da elastina sejam colocados em meio aquoso, para que

23

haja uma energia que gera uma contração da fibra á partir dos grupos não polares

(LIMPIANGKANAN, Wikunda; LIMPIANGKANAN, Wichuda, 2010).

1.4 Envelhecimentos da pele

O envelhecimento da pele é um processo biológico complexo que constitui um

conjunto de modificações fisiológicas irreversíveis e inevitáveis, onde o mesmo

participa das alterações involutivas que ocorrem em diversos setores do organismo

(KEDE; SABATOVICH, 2009).

À medida que a expectativa de vida aumentou, as pessoas começaram a se

preocupar com o retardamento no processo do envelhecimento cutâneo. Com isso

um número cada vez maior de pessoas está se conscientizando dos fatores

externos implicados no envelhecimento prematuro (BAUMANN, 2004).

O envelhecimento cutâneo é resultado das ações de fatores individuais,

exposição solar crônica, tabagismo, estresse emocional, repercussões de doenças

cutâneas e sistêmicas entre outras (KEDE; SABATOVICH, 2009).

As consequências da exposição solar crônica são facilmente evidentes quando

se compara com pele exposta (face, mãos, ou pescoço) e a pele não exposta

(nádegas, parte interna da coxa e do braço), mas o sol não é a única causa do

envelhecimento da pele e sim temos que se lembrar de diversos componentes

endógenos e exógenos (BAUMANN, 2004).

O envelhecimento da pele pode ser classificado de duas formas:

envelhecimento intrínseco e o extrínseco onde pode ser chamado de

fotoenvelhecimento (DRAELOS, 1999).

Segundo Kede e Sabatovich, (2009) o envelhecimento intrínseco pode ser

classificado de outras duas formas como verdadeiro ou cronológico.

1.4.1 Envelhecimento Intrínseco

O envelhecimento intrínseco afeta a pele de maneira a agredir

simultaneamente vários órgãos, devido à deficiência na replicação do DNA, onde

24

perdem parte de suas sequências, onde supõe - se que essa perda seja um fator de

limitação para a capacidade replicativa celular (HIRATA; SATO; SANTOS, 2004).

A pele intrinsecamente envelhecida é lisa e sem deformidades, com algumas

linhas de expressões bem exageradas, mas dentro dos padrões geométricos

normais da pele, onde suas fibras de colágenos estão aumentadas somente no

número e não na espessura (BAUMANN, 2004).

1.4.2 Envelhecimento Extrínseco

O envelhecimento extrínseco é proporcionado por fatores externos como o

uso excessivo de álcool, má nutrição e exposição ao sol, tabagismo que podem ser

amenizada com um esforço pessoal. É considerado que esse envelhecimento seja

de 80% por exposição solar (BAUMANN, 2004).

A pele envelhecida extrinsecamente é predonimante nas áreas expostas

como face, tórax e superfícies extensoras dos antebraços. São efeitos da exposição

à radição ultravioleta. A predominância da pele fotoenvelhecida é a presença de

rugas, lesões pigmentadas como sardas e lentigos e áreas de hiperpigmentação, e

lesões despigmentadas (AZULAY, 2008).

Outros sinais de envelhecimento da pele incluem a perda do tônus e

elasticidade, fragilidade cutânea aumentada, áreas de púrpura causada por fraqueza

dos vasos sanguíneos e lesões benignas, tais como ceratoses, telangiectasias e

plicomas da pele (BAUMANN, 2004).

1.5 Características da pele envelhecida

Independentemente das causas do envelhecimento facial a muitas

características importantes que devem ser levadas em conta. Estas alterações

ocorrem em todas e extensão da pele que resultam em alterações de longo alcanço

na topografia da pele, como mostra na figura 5 (BAUMANN, 2004).

O envelhecimento intrínseco causa mudanças em todas as camadas da pele

e é inevitável. Na epiderme há uma diminuição progressiva da renovação das

células epidérmicas que, na pele envelhecida aumenta de 28 para até 60 dias,

25

provocando uma diminuição na espessura da pele assim altera a função de barreira.

Os corneócitos se acumulam na superfície dando uma textura rugosa e aparência

escamosa a pele. Com a idade a uma redução no número de melanócitos, deixando

a pele mais desprotegida do sol, já que a melanina estará diminuída e não

conseguirá absorver toda radiação UV. A disfunção destes melanócitos também

ocorre como pigmentações, sardas e lentigos (BAUMANN, 2007).

Figura 5. Esquema do envelhecimento cronológico segundo diferentes faixas etárias

Fonte: KEDE; SABOTOVICH, 2009

Na derme, ocorre uma diminuição no número de fibroblasto, bem como de

colágeno e elastina, resultando no aparecimento de rugas e perda de elasticidade e

26

irrigação dérmica, reduzindo o fornecimento de sangue á pele contribuindo para

atrofia da pele. O nível de exposição solar é proporcional a hiperplasticidade da pele.

O envelhecimento extrínseco esta sobreposto ao intrínseco. A exposição solar é o

principal causador do envelhecimento extrínseco e é o responsável pela maioria das

mudanças relacionadas com os “sinais do tempo” como rugas, hiperpigmentação e

perda da tonicidade da pele (BAUMANN, 2007).

1.6 Proteção e prevenção do fotoenvelhecimento da pele

Embora a ciência da regeneração da pele venha evoluindo rápido a proteção

é ainda a palavra chave mais importante, pois sem prevenção, qualquer recurso

pode ser menos eficaz do que quando se tem uma prevenção adequada

(LIMPIANGKANAN; LIMPIANGKANAN, 2010).

Os principais raios emitidos pelo sol na região ultravioleta são: UVC (200- 290

nm), UVB (290-320 nm) e UVA (320-400 nm) (DAVOLOS; CORREA, 2007).

O reconhecimento de que a proteção dos raios ultravioletas tanto o UVA

quanto o UVB podem diminuir e possivelmente reconhecer os efeitos do

fotoenvelhecimento da pele gerando uma conscientização e um aumento do uso de

filtros solares no dia a dia das pessoas (DRAELOS, 1999).

Para uma proteção mais eficaz é necessária utilizar uma quantidade

suficiente de protetor solar. A maioria das pessoas utiliza menos da metade da

quantidade necessária para uma prevenção eficaz, onde a proteção correta pode

ajudar a reduzir a aparência de rugas, manchas, diminuição de riscos de queratoses

actínicas e de células cancerígenas (LIMPIANGKANAN; LIMPIANGKANAN, 2010).

Com o reconhecimento de que a proteção ao sol pode vim a diminuir e

possivelmente reverter os efeitos do fotoenvelhecimento tem elevado à inclusão de

filtros solares no dia a dia das pessoas (DRAELOS, 1999).

Atualmente a melhor forma de prevenir danos à pele atrás de raios UV e o

uso de filtros solares, onde é a forma mais pratica e viável para a proteção da

epiderme e de suas células (BAUMANN, 2007).

27

1.7 Filtro Solar

O surgimento dos protetores solares ocorreu a partir do momento que se

observou que existiam substâncias capazes de prevenir a queimadura da pele pelos

raios solares (UVA, UVB e UVC), onde são capazes de absorver a energia

eletromagnética na faixa denominada ultravioleta e emiti-la de outra forma na

maioria das vezes na faixa infravermelho, gerando assim sensação de calor

(RIBEIRO, et al, 2004).

De acordo com Davolos e Correa, (2007) os danos provocados nas fibras de

colágeno pela radiação UVA, quando comparados do UVB são maiores. A radiação

UVB causa uma resposta inflamatória maior.

A região UVC também conhecida como região germicida ou bacteriana

apresenta uma energia maior e um tamanho de onda menor, que penetra apenas na

epiderme que se torna prejudicial ao homem causando efeitos carcinogênicos e

mutagênicos (BAGATIN, 2009).

A radiação UVB apresenta comprimento de onda intermediário com menor

poder de penetração na pele sendo absorvido pela epiderme (BAGATIN, 2009), que

são responsáveis pelos danos agudos e crônicos à pele como manchas,

vermelhidão, descamação e câncer de pele (ARAUJO; SOUZA, 2008).

Figura 6. Penetração da radiação solar na pele

Fonte: GUILLEN, 2007.

28

Já a radiação UVA, de maior comprimento de onda, são menos energéticas,

mas penetram mais profundamente na pele atingindo a derme (BAGATIN, 2009) que

geram radicais livres oxidativos, sendo responsáveis pelo envelhecimento cutâneo

precoce (ARAUJO; SOUZA, 2008). O que pode ser visualizado na figura 6.

Os filtros solares podem ser divididos em dois tipos: bloqueadores solares

químicos e bloqueadores solares físicos. (DRAELOS, 1999)

Mas segundo Cabral et al (2011) os filtros solares podem ser classificados da

seguinte maneira: filtros solares físicos ou inorgânicos, filtro solares químicos ou

orgânicos e filtros solares naturais.

A eficácia de cada filtro solar depende de sua capacidade de absorção da

energia radiante, onde é proporcional à sua concentração. A determinação do fator

de proteção solar (FPS) avalia a capacidade dos filtros para a proteção dos raios

ultravioletas. A associação de diferentes filtros em formulações também é um

recurso para melhorar a eficácia do mesmo (RIBEIRO et al, 2004).

1.8 Radicais livres

Os radicais livres são espécies químicas tóxicas constituídas de um átomo ou

associação dos mesmos, possuindo um elétron desemparelhado na sua órbita mais

externa e que por isso procura se ligar a outras moléculas para emparelhar o seu

elétron livre, acabando por danificar as células. Nestas células causam sérios danos

estruturais cuja consequência será o seu mau funcionamento e a morte (HIRATA;

SATO; SANTOS, 2004; CANCELA, 2007).

A fonte dos radicais livres pode ser endógena e exógena, onde a endógena é

a reação de oxidação da mitocôndria, fagocitose durante o processo de inflamação e

ativação do metabolismo do acido araquidônico. A fonte exógena é devido a

radiação ultravioleta (UVA), que reage com fotossensibilizadores e com macrófagos

da pele como a melanina (HIRATA; SATO; SANTOS, 2004) poluição ambiental,

hábitos tóxicos (álcool e drogas), má alimentação, exposição a substâncias tóxicas

(fertilizantes e pesticidas), o metabolismo de algumas drogas e estresse físico ou

psicológico. Alguns desses fatores podem ser controlados, como, hábitos

alimentares mas, outros estão além do controle da pessoa, por exemplo, a poluição

ambiental e exposição contínua à radiação (CANCELA, 2007).

29

A produção de radicais a partir de fontes exógenas como radiação ultravioleta

e poluição podem danificar a pele no nível celular e tecidual (CHEN; HU; WANG,

2012)

Embora o corpo possua um sistema de defesa para prevenir os danos dos

radicais, este sistema inato pode ser sobrecarregado e levar a um estado de

estresse oxidativo ou imunossupressão, e podem mesmo provocar carcinogênese.

A suplementação tópica de antioxidantes pode proporcionar uma proteção

adicional para neutralizar os radicais livres a partir de ambas as fontes endógenas e

exógenas.

1.9 Antioxidantes

Antioxidantes são moléculas capazes de inibir a oxidação de outras

moléculas. Embora as reações de oxidação sejam essenciais para a vida, podem

também ser prejudiciais. Antioxidantes são para proteger a células da pele contra os

efeitos nocivos dos radicais livres, tais como o oxigénio singleto, superóxido, os

radicais peroxil, radicais hidroxila e peroxinitrito. O estresse oxidativo induzido

na pele tem sido associado ao câncer, envelhecimento, inflamação e

fotoenvelhecimento (ORESAIO, 2012).

O sistema de defesa pode ser classificado em dois grupos: antioxidantes

enzimáticos e os antioxidantes não enzimáticos (VIEIRA, 2007; HIRATA; SATO;

SANTOS, 2004).

De acordo com os autores citados acima os antioxidantes enzimáticos são

enzimas regeneradoras de antioxidante (glutation-peroxidase (GP-x),

superoxidodismutase (SOD) e catalase), que agem reduzindo substratos utilizados

na neutralização de radicais livres, reciclando, portanto subprodutos dessa reação

em substratos reutilizáveis. O acumulo destes subprodutos pode ser toxico para

célula. Os exportadores em geral de enzimas carreadoras participam na proteção

celular transportando o excesso de subprodutos para o meio extracelular.

Antioxidantes não enzimáticos são capazes de prevenir o dano oxidativo por

interações diretas e indiretas com os radicais livres. O mecanismo indireto envolve a

quelação de metais de transição. As moléculas que agem diretamente permitem

doar um elétron ao radical oxigênio. Agindo desse modo, eles podem captar o

30

radical prevenindo o ataque do alvo biológico, dentre os quais, podemos citar

vitamina C hidrossolúvel, vitamina E lipossolúvel, betacaroteno e cisteína (VIEIRA,

2007; HIRATA; SATO; SANTOS, 2004).

A atual eficácia de um antioxidante aplicado topicamente é limitada por sua

penetração em concentrações relevantes (HIRATA; SATO; SANTOS, 2007).

Estudos já comprovaram que os antioxidantes têm grande capacidade de combater

os mesmos diminuindo as alterações que os radicais livres causam a pele

(BAUMANN, 2004).

A epiderme possui uma atividade antioxidante extremamente eficiente

superior a da maioria dos tecidos, e a redução na eficiência nesse sistema tem sido

encarada como um fator importante no envelhecimento cutâneo (VIEIRA, 2007).

1.9.1 Vitamina C

A vitamina C (ácido ascórbico) é um antioxidante que ocorre na natureza

incorporada aos cosmecêuticos com o proposito de prevenir e tratar a pele

danificada pelo sol, onde doa elétrons de modo sequencial, neutraliza os radicais

livres e protege as estruturas intracelulares do estresse oxidativo (figura 7). Em

humanos, a vitamina C não pode ser sintetizada em função da incapacidade de

produzir L-glucono-gama-lactona oxidase, a enzima necessária para sua produção

(DRAELOS, 2009) e tem sua maior efetividade no extrato córneo (TSAI, 2012).

Figura 7. Estrutura química do ácido ascórbico.

Fonte: GUILLEN, 2007.

31

A vitamina C é hidrossolúvel presente em grande parte dos vegetais e frutos e

desempenham papel fundamental nas reações oxido-redução nas células, agindo

como um transportador de hidrogênio ou como um captor de moléculas isoladas de

oxigênio (ALMEIDA; GAIO; BAHIA, 2008).

A vitamina C é conhecida por sua via de biossintese do colágeno. A vitamina

C destaca-se por participar como co-fator da hidroxilação da hidroxiprolina,

importante aminoácido do tecido conjuntivo e das fibras de colágeno, assim, ele

contribui de forma significativa para formação de novas fibras colágeno, melhorando

a elasticidade e a firmeza cutânea (CAMPOS et al, 2000).

Quando utilizada topicamente a vitamina C pode diminuir a quebra do

colágeno, aumenta a síntese de colágeno tipo I, conferindo elasticidade e firmeza à

pele e reduzindo a síntese de melanina (DRAELOS, 2009; KEDE; SABATOVICH,

2009).

A melanina é produzida nos melanócitos através do processo chamado

melanogênese, que são encontrados na camada basal da epiderme. Nos

melanossomas a enzima tirosinase é quem controla a melanogênese, convertendo a

tirosina em eumelanina (preta) ou feomelanina (amarelada ou avermelhada). Os

melanossomas são metabolizados no processo de queratinização. Em indivíduos de

pele branca, os melanossomas se desintegram a medida que migram para

superfície, já nos indivíduos de pele negra, a melanina está presente até na

camadas mais superficiais da pele (NICOLETTI, 2002).

Figura 8. Etapas químicas da melanogênese.

Fonte: adaptado de GUILLEN, 2007.

32

Em vista disso estudos demonstram que a vitamina C tenha indicado

eficiência na despigmentação da pele através da inibição da tirosinase (figura 8)

(DRAELOS, 2009).

Também atua na despigmentação pele reversão da reação de oxidação que

converte DOPA em melanina tornando lento o primeiro passo da oxidação

(transformação de DOPA em dopaquinona) (NICOLETTI, 2002).

Têm efetiva ação na inibição ultravioleta aguda, danos de eritema,

queimadura solar e bronzeamento, excelente no fotoenvelhecimento sendo tambem

um ótimo agente despigmentante (BURKE, 2007; DRAELOS, 2009). Para ser efetiva

na fotoproteção a vitamina C deve ser aplicada 60 minutos antes da exposição para

promover o seu efeito protetor (DRAELOS, 2009; MOISON, 2002).

A vitamina C também pode influir na biossíntese de elastina quando for

formada a partir de fibroblastos, sendo útil na redução do acúmulo de elastina que é

característico da pele fotoenvelhecida (DRAELOS, 2009).

Para formular cosméticos de formas segura com vitamina C é importante um

controle rígido de pH, o uso adequado de agentes conservantes para prevenir e

controlar a degradação. O oxigênio deve ser estritamente proibido nesse tipo de

formulação. Essas formulações devem ser condicionadas em embalagens livres de

oxigênio e luz (THORMAHLEN, 2000).

Pelo fato da vitamina C apresentar-se como um princípio ativo instável, foram

sintetizados derivados desse principio ativo.

1.9.1.1 Derivados da vitamina C

Esses derivados buscam manter a bioatividade da vitamina C, no entanto

apresentando maior estabilidade (CAMPOS et al, 2000). É valido relatar que é

limitada sua estabilidade química a presença de água, luz, elevadas temperaturas,

alto pH e oxigênio dissolvidos no meio aceleram a degradação da vitamina C em

formulação cosmética (RIBEIRO, 2006).

A vitamina C encapsuladas apresenta varias formas, lipossomada, talasfera,

nanoesfera e glicoesfera que se diferem pelo tamanho e pela constituição da

capsula. Kede e Sabatovich (2009) classificaram os derivados da vitamina C como:

VC-PMG (ascorbil fosfato de magnésio); ascorbosilane C; talasferas de vitamina C;

33

glicosferas de Vitamina C (nanosferas contendo ácido ascóbico); éster de vitamina C

(nikkol VC-IP); palmitato de asorbila.

1.9.1.1.1 Talasferas de vitamina C

A talasfera de vitamina C englobada em microesferas de colágeno marinho

recoberta por glicosaminoglicanas (BATISTUZZO; ITAYA; ETO, 2002).

A Talasferas de vitamina C é uma vitamina lipossomada, que é um sistema

industrial de encapsulamento da vitamina para proteger, ser bem absorvida e

transportada para o interior da epiderme (figura 9). A talasfera é a forma mais

compatível da vitamina C, aceita quase todas as associações e possui boa

solubilidade em água. As fosfatases cutâneas reagem com a pele para liberar

moléculas de vitamina C, liberando o ácido ascórbico para pele (DERMAGE, 2008).

Utilizada em concentração entre 1% a 3% apresentando maior estabilidade

em pH 5 e 6 e são incompatível com ácidos (DERMAGE, 2008).

As vantagens de encapsulação são a inibição da interação da vitamina C com

outros ativos; maior estabilidade; proteção contra oxidação; maior estabilidade ao

calor e luz; aplicação cosmética ideal com melhor aspecto sensorial, sem a

percepção de cristais (DERMAGE, 2008).

Figura 9. Demonstração da estrutura de um lipossoma.

Fonte: adaptado de POZZOBON; LINS, 2011.

34

1.9.2 DMAE (dimetilaminoetanol)

O 2-dimetilaminoetanol (DMAE) também conhecido como deanol é uma

substância naturalmente encontrada em peixes marinhos, tais como sardinha e

salmão além de ser produzido em pequenas quantidades no sistema nervoso

central. É um análogo de colina, uma substancia precursora do neurotransmissor

acetilcolina (figura 10) (PERRICONE, 2001)

Figura 10. Comparação da estrutura química do dimetilaminoetanol (DMAE), colina e

acetilcolina.

Fonte: GROSSMAN, 2005.

Quando administrado oralmente permite que a colina livre se acomode no

sangue e atinja o sistema nervoso central estimulando os receptores colinérgicos

(PERRICONE, 2001).

Em 1970 o DMAE era utilizado para mal de Alzheimer e autismo, devido a

melhora da cognição e memória. A terapia oral melhorava o quadro clínico em

crianças hiperativas com dificuldades de aprendizado e problemas de

comportamento, na fala, leitura, coordenação motora (BATISTUZZO; ITAYA; ETO,

2002).

Em 1996 o interesse sobre o DMAE foi despertado quando Nicholas

Perricone, dermatologista americano patenteou e divulgou um produto contendo

DMAE, éster de vitamina C e outras vitaminas e minerais como um cosmético

35

antiidade e promotor do aumento do tônus cutâneo, quando observou de forma

acidental em terapia oral com DMAE que seus pacientes apresentavam queixas de

pescoço duro e pele repuxada (PERRICONE, 2001).

O mecanismo de ação do DMAE se dá pelo aumento da síntese de

acetilcolina, que é um neurotransmissão responsável contração muscular, levando a

potencialização do seu efeito, já que os níveis de acetilcolinesterase se mantêm em

niveis fisiológicos levando a uma hipertonicidade muscular (figura 11) (PERRICONE,

2001). Embora os mecanismos de ação na pele não estão completamente

esclarecidos, a evidência sugere que a pele é um sítio ativo da síntese de

acetilcolina, devido à presença de receptores de acetilcolina na derme, levando ao

aumenta da firmeza da pele, o efeito “lifiting”, principalmente na área dos olhos,

pálpebras, contorno facial e pescoço (GROSSMAN, 2005; KEDE; SABATOVICH,

2009). DMAE pode agir também diretamente sobre a síntese de colágeno da derme,

que também possui receptores colinérgicos, não restringindo sua ação

exclusivamente sobre a placa motora (HENRIFARMA, 2000).

Figura 11. Representação esquemática do possível mecanismo de ação do DMAE.

Fonte: LOURENÇO, 2006.

O DMAE é sintetizado a partir do oxido de etileno e dimetilamina. Os seus

derivados são formados a partir de reações do grupo anima do DMAE com ácidos

minerais e carboxílicos formando sais, eles vem sendo mundialmente utilizados em

preparações tópicas. Quando utilizados em associações promove um “lifting”

instantâneo, conferindo firmeza à pele, além de melhorar sua maciez e reduzir as

36

linhas de expressão. Esse efeito pode se mantém por algum tempo (GROSSMAN,

2005).

1.9.2.1 Derivados do DMAE

Os derivados são DMAE benzoato, DMAE citrato, DMAE bitartarato, DMAE

Lactato e DMAE gliclolato (MANSTEN, 2002).

1.9.2.1.1 DMAE bitartarato

O DMAE bitartarato foi o produto de estudo deste trabalho, é formado a partir

da reação do dimetilaminoetanol com o ácido tartárico (MANSTEN, 2002). É o mais

comum e o mais fácil de trabalhar em preparações cosméticas, firma a pele quase

que instantaneamente, em apenas poucos minutos pode-se ver a melhora chamado

de efeito “Cinderela” que pode se estender por 24horas e confere resultados

duráveis com seu uso constante (HENRIFARMA, 2000).

Os resultados mais perceptíveis são devido ao tratamento por 3 meses ou

mais e não apresenta irritações nem sensibilização alérgica.

Segundo Perricone (2001) o DMAE bitartarato é um antioxidante e

estabilizador de membrana, devido a sua estrutura especial ele realmente se

espalha tornando-se parte integral da membrana plasmática da célula, pois assim a

membrana se torna mais resistente ao estresse oxidativo e se estabiliza.

37

2 OBJETIVOS

2.1 OBJETIVO GERAL

Avaliar a eficácia do DMAE bitartarato e Talasferas de Vitamina C na

atenuação de sinais de envelhecimento cutâneo

2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Avaliar a eficácia do DMAE bitartarato e Talasferas de vitamina C em 3

grupos de mulheres de diferentes faixas etárias;

Analisar através de imagens na atenuação de sinais do envelhecimento

cutâneo entre DMAE bitartarato e Talasferas de vitamina C;

Analisar os resultados em forma de relatos através dos questionários pré e

pós-tratamento.

38

3 MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 MATERIAIS

Foi disponibilizado para as voluntárias:

DMAE bitartarato a 5% em base creme não iônico

Talasferas de vitamina C a 5% em base creme não iônico

Protetor solar FPS 30 gel creme (manipulado)

3.2 MÉTODOS

Este trabalho foi realizado com 6 voluntárias organizadas em 3 grupos, sendo 2

voluntárias em cada grupo. Em todos os grupos uma voltuntária foi escolhida para

fazer aplicação do DMAE bitartarato e outra para Talasferas de Vitamina C:

Grupo 1 – 2 mulheres de 25 a 35 anos

Grupo 2 – 2 mulheres de 36 a 45 anos

Grupo 3 – 2 mulheres acima de 45 anos

O teste dos produtos foi iniciado no dia 10 de Julho de 2012 e teve seu término

no dia 07 de outubro de 2012. As participantes assinaram um Termo de

Consentimento Livre e Esclarecido (apêndice I) dando o consentimento para a

obtenção de fotos antes do início da utilização do creme e após 90 dias de

tratamento.

A aplicação do produto teste foi realizada antes de dormir. Foi explicado para as

voluntárias lavar o rosto e pescoço com sabonete neutro antes da aplicação, e ao

acordar no dia seguinte depois da aplicação. Antes de sair passar o protetor solar

disponibilizado. As fotos foram no período da tarde.

39

As fotos obtidas de cada voluntárias:

Vista frontal;

Vista de perfil direito;

Vista de perfil esquerdo.

Os critérios avaliados nas fotos foram:

Manchas na pele;

Linhas de expressão obscular dos olhos;

Edema abaixo dos olhos;

Linhas glabelar;

Linhas nasogenianas;

Linhas da região frontal;

Área do pescoço;

Hidratação.

As voluntárias também foram avaliadas segundo 2 questionários, um pré-

tratamento e outro pós-tratamento (apêndice II e III).

40

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Avaliação comparativa da Talasferas de vitamina C obtiveram os seguintes

resultados:

- Análise fotográfica Grupo 1 (25 – 35 anos):

Figura 12. Vista frontal ilustrativa do antes e depois do tratamento, grupo 1.

Utilizando Talasferas de vitamina C.

Fonte: Elaboração própria.

Na figura 12 acima se pode observar a diminuição do edema abaixo dos

olhos, e atenuação da coloração da olheira.

A voluntária relatou melhora na hidratação da pele.

41

- Análise fotográfica Grupo 2 (36 – 45 anos):

A voluntária deste grupo desistiu devida o desenvolvimento de uma reação

alérgica apresentada em seu rosto na primeira semana do tratamento. No foi

substituída para evitar interferências.

- Análise fotográfica Grupo 3 (acima de 46 anos):

Figura 13. Vista frontal ilustrativa do antes e depois do tratamento, grupo 3.

Utilizando Talasferas de vitamina C.

Fonte: Elaboração própria.

Na figura 13 acima se pode perceber a atenuação na linha glabelar e

homogeneidade da coloração da pele. A voluntária relatou a melhora na hidratação

da pele.

42

Os resultados observados nas voluntárias que utilizaram a vitamina C,

quando utilizado a 5%, como a melhora na coloração de olheiras, na hidratação e na

atenuação de rugas foram confirmados pela bibliografia (DRAELOS, 2009; BURKE,

2007). Os autores confirmam essa ação, mas apenas citam a vitamina C e seus

derivados sem especificá-los.

Pesquisas indicam que a melhora no fotoenvelhecimento observado com a

vitamina C tópica é devido a sua capacidade antioxidante, aumentando a proteção

da pele contra o estresse oxidativo causado pelos radicais livres induzidos pela

exposição solar (BURKE, 2007; MOISON et al, 2002).

Segundo Vieira (2007) e Burke (2007) a vitamina C tópica a 5% mostrou

aumento de colágeno tipo I e III, além da prevenção de futuros danos. O mecanismo

pelo qual a vitamina C aumenta a síntese de colágeno é complexo, mas pode ser

devido ao aumento do nível de RNAm dos colágenos tipo I e III, suas enzimas de

conversão e o inibidor de metaloproteinases (enzimas que degradam colágeno), na

derme (AZULAY et al, 2003).

O derivado utilizado nesse trabalho apresentou poucos resultados quando

comparados ao derivado de vitamina C fosfato de ascorbil de magnésio (VC-PMG)

citado por Vieira (2007), o que não era esperado já que a Talasferas de vitamina C é

um derivado mais estável que o vitamina C (CAMPOS et al., 2000).

Entretanto, a vitamina C é pouco eficaz quando aplicada topicamente porque

tem a estabilidade comprometida quando exposto ao ar e a luz e sua fórmula

molecular não é absorvida e metabolizada eficazmente (BURKE, 2007). Mas a

Talasesras de vitamina C diminui esta instabilidade já que protege a vitamina C

destes fatores, e ainda assim as voluntárias foram instruídas à armazenar em

ambiente refrigerado e ao abrigo da luz, fato que não pode ser assegurado.

Quanto a ação dos produtos nas diferentes faixas etárias, a voluntária do

grupo 3, de maior idade, teve um resultado mais expressivo por ser mais visível

quando comparada a do grupo 1, de menor idade, e resultados menos visíveis. O

que não quer dizer que a eficácia não tenha sido na mesma proporção.

A desistência da voluntária do grupo 2 foi devido a uma irritação que a mesma

teve no dia posterior ao uso do produto. Ela também relatou ser alérgica a

maquiagem, e havia utilizado também anteriormente.

43

Avaliação comparativa da DMAE bitartarato obtiveram os seguintes

resultados:

- Análise fotográfica grupo 1 (25 – 35 anos):

Figura 14. Vista frontal ilustrativa do antes e depois do tratamento, grupo 1 utilizando

DMAE bitartarato.

Fonte: Elaboração própria.

Na figura 14 acima se pode perceber a atenuação nas linhas obscular dos

olhos; uma pequena atenuação na linha glabelar e frontal.

A voluntária relatou melhora na hidratação da pele.

44

- Análise fotográfica grupo 2 (36 – 45 anos):

Figura 15. Vista frontal ilustrativa do antes e depois do tratamento, grupo 2 utilizando

DMAE bitartarato.

Fonte: Elaboração própria.

Na figura 15 acima foi possível visualizar a diminuição do edema abaixo dos

olhos; homogeneidade de pequenas manchas pouco visíveis na foto, mas relatada

satisfatoriamente pela voluntária; atenuação da linha glabelar também relatada pela

voluntária.

45

- Análise fotográfica grupo 3 (acima de 46 anos):

Figura 16. Vista frontal ilustrativa do antes e depois do tratamento, grupo 3 utilizando

DMAE bitartarato.

Fonte: Elaboração própria.

Na figura 16 acima se pode perceber uma melhora nas linhas glabelar,

obscular dos olho, nasogeniana.

Também houve a homogeneidade das manchas deixando a pele mais

uniforme, melhor hidratação o que foram confirmados no relato da voluntária.

46

Figura 17. Vista de perfi esquerdo ilustrativa do antes e depois do tratamento, grupo

3 utilizando DMAE bitartarato.

Fonte: Elaboração própria.

Na figura 17 acima pode-se perceber a homogeneidade de manchas

deixando a pele mais uniforme; atenuação da linha obscular dos olhos.

Todas estas observações constatadas foram confirmadas pelo relato da

voluntária, além a atenuação da “papada” abaixo do queixo.

47

Os resultados observados nas voluntárias que utilizaram o DMAE foram

atenuação de linhas obscular dos olhos, na glabelar, homogeneidade de manchas,

atenuação da linha nasogeniana, melhora na hidratação e firmeza da pele.

Aumento na firmeza da área dos olhos, lábios e bochechas, bem como na

diminuição de linhas horizontais também observados pelas voluntárias está

confirmado por Grossman (2005). Resultados como levantamento natural das

pálpebras, aumento do tônus da área ao redor dos lábios melhora as linhas de

expressão na testa e apresentando efeito tensor na região das bochechas também

são relatados por Uhoda et al. (2002).

Quanto ao clareamento de manchas observado pelas voluntárias foi verificado

por Grossman (2005) quando utilizaram concentrações de 1 a 10% sendo eficaz no

tratamento de manchas na pele.

A hidratação observada pelas voluntaria pode ser devido ao aumento da

espessura dérmica e das fibras de colágeno (TADINI; CAMPOS, 2009).

Dentre os resultados observados pelas voluntárias o aumento na firmeza da

pele foi confirmado por Uhoda et al. (2002), quando avaliou o uso tópico do DMAE

observou que o aumento na firmeza da pele de voluntárias pode estar relacionado a

um aumento de retenção de água na derme papilar, através de um equipamento

especializado.

Os autores confirmam os resultados, mas apenas citam o DMAE e seus

derivados sem especificá-los.

Quanto a ação dos produtos nas diferentes faixas etárias, a voluntária do

grupo 3, de maior idade, teve um resultado mais expressivo por ser mais visível

quando comparada a do grupo 2 e 1, já que elas apresentaram resultados na

mesma proporção, já que a faixa etária é muito próxima.

Uhora et al. (2002), ao avaliar as características da pele utilizou um

equipamento chamado Reviscometer® que analisa as camadas internas da pele

semelhante a um aparelho de ultra-som. Com esse equipamento pode se ter certeza

das mudanças estruturais nas camadas da pele, logo constataria a eficácia dos

produtos testados.

48

- Análise gráfica dos questionários do pré e pós-tratamento:

Figura18. Questionário pré-tratamento. Cosméticos utilizados pelas voluntárias.

Fonte: Elaboração própria.

No questionário antes do início da utilização dos produtos pode-se perceber

com a figura 18, que a minoria fazia o uso de cosmético facial com propriedades

antienvelhecimento quando perguntadas se utilizavam algum produto cosmético

facial. Isto pode retratar o hábito das voluntárias em utilizar este tipo de produto e

assim fazer adesão ao tratamento deste trabalho.

Figura 19. Questionário pré-tratamento. Utilização de produtos cosméticos facial.

Fonte: Elaboração própria.

49

Quando perguntadas quanto à frequência desta utilização, 67% utilizavam ás

vezes e 33% das voluntárias relataram utilizar com frequência (figura 19). Isto

também pode indicar o hábito das voluntárias em utilizar este tipo de produto e

garantir a adesão ao tratamento deste trabalho.

Figura 20. Questionário pré-tratamento. Frequência da utilização de protetor solar.

Fonte: Elaboração própria.

O uso do protetor solar facial é um fator importante para o sucesso deste

tratamento já que é um fator causador do envelhecimento da pele e foi

disponibilizado nesta pesquisa. Os cuidados com a radiação UV tornaram-se vitais,

uma vez que a exposição desprotegida ao sol causa diversos efeitos prejudiciais à

saúde, causando danos à pele (RIBEIRO et al.,2004).

Quando as voluntárias foram questionadas quanto à utilização do protetor

solar apenas metade relatou utilizar com frequência o protetor solar facial (figura 20).

50

Figura 21. Questionário pós-tratamento. Resultados – DMAE bitartarato pela análise

das voluntárias.

Fonte: Elaboração própria.

Os resultados mais expressivos observados tanto pela análise fotográfica

quanto pelo questionário pós-tratamento foi nas voluntarias utilizadoras do DMAE

bitartarato. Todas as voluntárias observaram resultados satisfatórios.

O clareamento de manchas e a melhora na firmeza da pele foram os

resultados mais relatados, além da diminuição de linhas na testa, seguido pela

diminuição de linhas nas áreas dos olhos e na hidratação e por último a diminuição

no “bigode chinês”. Estes resultados estão ilustrados na figura 21.

Todas as voluntárias passaram a confiar em cosméticos manipulados e

continuariam o tratamento e até indicariam para outras pessoas.

51

Figura 22. Questionário pós-tratamento. Resultados – Talasferas de vitamina C pela

análise das voluntárias.

Fonte: Elaboração própria.

As voluntárias que utilizaram a Talasferas de vitamina C notaram apenas um

resultado, sendo esse melhora na hidratação da pele. Relataram também a

dificuldade da utilização porque a vitamina C é sensível à temperatura e a luz e

precisa ser armazenada em geladeira, passando a ser um incomodo as voluntárias.

A confiança no cosmético contendo a Talasfera de vitamina representou 50%

das voluntárias.

52

6 CONCLUSÃO

Com base nos resultados pode se verificar que o DMAE bitartarato teve

resultados visíveis mais relevantes que a vitamina C entre as diferentes faixas

etárias. Os dois produtos utilizados apresentaram resultados mais visíveis na faixa

etária acima de 45 anos (grupo 3).

Em contra partida não podemos relatar que a vitamina C não possua nenhum

efeito, já que seu armazenamento compromete a estabilidade do produto final.

Análise fotográfica ficou comprometida por consequência da falta de

padronização ser difícil, já que o horário, a luz, o local a timidez das voluntárias

colaboram para a má qualidade das fotos.

Por mais que a análise fotográfica não demonstrou todos os resultados,

através dos relatos das voluntarias e do questionário pós-tratamento foi possível

verificar a satisfação do tratamento.

O programa Reviscometer® é capaz de avaliar as mudanças estruturais na

pele mais profudamente, mas não tivemos acesso ao programa que poderia

confirma as mudanças visíveis nas fotos.

53

REFERÊNCIAS

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57

APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Professora responsável: Profª. Esp. Vanessa Maria Rizzato Silveira

Pesquisadoras: Laura Arantes, Laura Basso e Tamara Belleza

Estamos convidando você para participar, como voluntária, em uma pesquisa

para o trabalho de conclusão de curso do curso de Farmácia da Fundação

Educacional de Fernandópolis, que pretende verificar a eficácia de dermocosméticos

contentendo dimetilaminoetanol (DMAE) ou vitamina C glicosilada na pele de

voluntárias. As formulações serão fornecidas sem nenhum custo. As informações

serão confidenciais e somente serão utilizadas neste trabalho.

Após ser esclarecida sobre as informações a seguir, no caso de aceitar fazer

parte do estudo, assine ao final deste documento, que está em duas vias.

Caso tenha alguma duvida em relação à pesquisa e o procedimento, ou não quiser

mais fazer parte do mesmo, poderá entrar em contato com as pesquisadoras através

dos telefones: (17) 3843-1396, (17) 9632-0265.

Informações sobre a pesquisa:

A pesquisa será realizada em 90 dias, sendo coletadas as informações em forma de

fotos, antes do inicio da aplicação, 45 dias após o inicio da aplicação e com 90 dias

de uso do produto para o rejuvenescimento da pele, na amenização de linhas de

expressão e manchas.

Teste de irritabilidade:

1 – Passar o produto atrás da orelha antes de se deitar.

2 – No outro dia verificar possíveis irritações.

Caso não tenha apresentada nenhum sinal de irritação, iniciar as aplicações

seguindo as informações abaixo.

Procedimento de uso:

1 – Lavar o rosto antes da aplicação.

2 – Aplicar o produto antes de dormir.

3 – Lavar o rosto ao acordar e aplicar o protetor solar disponibilizado.

58

TERMO DE CONSENTIMENTO

Eu ______________________________, portadora do R.G

nº__________________, abaixo assino, acredito ter sido suficientemente

esclarecido (a) sobre a pesquisa e tendo recebido as informações contidas neste

termo de consentimento, e ciente dos meus direitos abaixo relacionados, concordo

em participar como voluntário da pesquisa citada.

1 – A garantia de receber a resposta a qualquer pergunta ou esclarecimento sobre

os procedimentos, riscos, benefícios e outro relacionados com a pesquisa e o

tratamento a que serei submetido;

2 – A liberdade de retirar meu consentimento a qualquer momento, e deixar de

participar do estudo sem eu isso me traga alguma penalidade ou prejuízo à

continuação do meu cuidado e tratamento;

3 – A segurança de que não serei identificado e que será mantido o caráter

confidencial da informação relacionada com a minha privacidade;

4 – Que se ocorrerem reações adversas na pele como alergia, irritações e outras,

decorrentes da aplicação local das formulações, os voluntários deverão interromper

imediatamente o uso destas.

______________________________________

Voluntária

__________________________ _______________________

Profª Esp. Vanessa Rizzato Laura Arantes

__________________________ _______________________

Laura Basso Tamara Belleza

59

APÊNDICE II QUESTIONÁRIO PRÉ – TRATAMENTO

1 – Você já fez o uso de produtos cosméticos no rosto?

( ) Sim

( ) Não

( ) As vezes

2 – Quais são?

( ) Produtos para limpeza da pele

( ) Produto antienvelhecimento

( ) Outros

3 – Com que frequência?

( ) As vezes

( ) Sempre

4 – Você faz o uso de protetor solar facial?

( ) sim

( ) Não

( ) As vezes

5 – Com que frequência?

( ) As vezes

( ) Sempre

60

APÊNDICE III

QUESTIONÁRIO PÓS – TRATAMENTO

DMAE ( ) Vitamina C ( ) Grupo :

1- Notaram melhorias?

( ) Sim ( ) Não

2- Quais as melhorias que notaram?

( ) Clareamento de manchas

( ) Diminuição de linhas na testa

( ) Diminuição de linhas dos olhos

( ) Diminuição de linha “ Bigode “

( ) Melhor hidratação

( ) Melhor firmeza da pele

3- Passou a confiar em cosméticos manipulados?

( )Sim ( ) Não

4- Continuaria a utiliza-lo?

( )Sim ( ) Não

5- Recomendaria para alguém?

( ) Sim ( ) Não

6- Alguma reclamação?

( ) Sim ( ) Não

7- Se sim, quais?

8- Como foi a adesão?

( ) Nunca ( ) As vezes ( ) Sempre