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Deliberação Normativa COPAM n.º 58, de 28 de Novembro de 2002 Estabelece normas para o licenciamento ambiental de loteamentos do solo urbano para fins exclusiva ou predominantemente residenciais, e dá outras providências. (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/12/2002) O Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, no uso de suas atribuições legais e tendo em vista o disposto no art. 2° da Resolução CONAMA nº 001/86, nas Leis Federais n° 6.766/79 e 9.985/2000, na Lei Estadual nº 10.793/92, no Decreto n° 39.424/98 e na Deliberação COPAM nº 01/90, modificada pela Deliberação COPAM nº 036/99, 1[1] 1 [1] A Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 17/02/1986) dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o relatório de Impacto Ambiental - RIMA. A Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Publicação - Diário Oficial da União - 20/12/1979) dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano. A Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Publicação - Diário Oficial da União - 19/07/2000) regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A Lei Estadual nº 10.793, de 2 de julho de 1992 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 03/07/1992) dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao abastecimento público no Estado. O Decreto Estadual nº 39.424, de 5 de fevereiro de 1998 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 06/02/1998) altera e consolida o Decreto nº 21.228, de 10 de março de 1981, que regulamenta a Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais. A Deliberação Normativa COPAM nº 01, de 22 de março de 1990 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/04/1990) estabelecia os critérios e valores para indenização dos custos de análise de pedidos de licenciamento ambiental. Posteriormente a Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 02/10/2004) revogou aquela Deliberação Normativa, passando a estabelecer critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual. A Deliberação Normativa COPAM nº 036, de 07 de julho de 1999 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" -

DN COPAM 58-02 LOTEAMENTOS

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Deliberação Normativa COPAM n.º 58, de 28 de Novembro de 2002 

Estabelece normas para o licenciamento ambiental de loteamentos do solo urbano para fins exclusiva ou predominantemente residenciais, e dá outras providências.

 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/12/2002)

 O Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM, no uso de suas

atribuições legais e tendo em vista o disposto no art. 2° da Resolução CONAMA nº 001/86, nas Leis Federais n° 6.766/79 e 9.985/2000, na Lei Estadual nº 10.793/92, no Decreto n° 39.424/98 e na Deliberação COPAM nº 01/90, modificada pela Deliberação COPAM nº 036/99, 1[1]

 DELIBERA: 

Art. 1º. - A atividade de loteamento do solo urbano para fins exclusiva ou predominantemente residenciais no Estado de Minas Gerais é passível de licenciamento ambiental, nos termos desta Deliberação Normativa. 

Art. 2º. - Fica vedado o parcelamento do solo: 

I - em sub-bacias hidrográficas enquadradas na classe especial e classe I , de acordo com o que estabelece o art. 1º e o inciso VI do art. 4º da Lei Estadual nº 10.793, de 02 de julho de 1992;2[2]

1 [1] A Resolução CONAMA nº 1, de 23 de janeiro de 1986 (Publicação - Diário Oficial da União - 17/02/1986) dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para o relatório de Impacto Ambiental - RIMA. A Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Publicação - Diário Oficial da União - 20/12/1979) dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano. A Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Publicação - Diário Oficial da União - 19/07/2000) regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza. A Lei Estadual nº 10.793, de 2 de julho de 1992 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 03/07/1992) dispõe sobre a proteção de mananciais destinados ao abastecimento público no Estado. O Decreto Estadual nº 39.424, de 5 de fevereiro de 1998 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 06/02/1998) altera e consolida o Decreto nº 21.228, de 10 de março de 1981, que regulamenta a Lei nº 7.772, de 8 de setembro de 1980, que dispõe sobre a proteção, conservação e melhoria do meio ambiente no Estado de Minas Gerais. A Deliberação Normativa COPAM nº 01, de 22 de março de 1990 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/04/1990) estabelecia os critérios e valores para indenização dos custos de análise de pedidos de licenciamento ambiental. Posteriormente a Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 02/10/2004) revogou aquela Deliberação Normativa, passando a estabelecer critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual. A Deliberação Normativa COPAM nº 036, de 07 de julho de 1999 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 08/07/1999) dá nova redação aos itens constantes da Tabela A-3 do Anexo I da Deliberação Normativa nº 01/90, de 22 de março de 1990.2 [2] O artigo 1º e o inciso VI do artigo 4º da Lei Estadual nº 10.793, de 2 de julho de 1992 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 03/07/1992) dispõem que : "Art. 1º - Ficam considerados mananciais, para os efeitos desta Lei, aqueles situados a montante do ponto de captação previsto ou existente, cujas águas estejam ou venham a estar classificadas na Classe Especial e na Classe I da Resolução nº 20, de 18 de junho de 1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA -, e na Deliberação Normativa nº 10, de 16 de dezembro de 1986, do Conselho Estadual de Política

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 II - em zona de amortecimento de unidades de conservação de proteção

integral, conforme artigo 49 da Lei Federal nº9.985, de 18 de julho de 2000.3[3]

 § 1º - Os empreendimentos implantados até a data de publicação dessa

Deliberação Normativa nas áreas a que se refere o caput deste artigo deverão requerer licenciamento corretivo, nos termos do artigo 12 do Decreto Estadual nº 39.424, de 5 de fevereiro de 1998.4[4]

 § 2º - No licenciamento dos empreendimentos a que se refere o

parágrafo anterior deverão ser adotadas medidas mitigadoras e compensatórias, respeitada a função ambiental das áreas especificadas nos incisos I e II deste artigo. 

Art. 3º. - Dependem de licenciamento ambiental os empreendimentos que:  

I - qualquer que seja o porte, estiverem localizados, total ou parcialmente em: 

a) área limítrofe de municípios ou em área pertencente a mais de um município; 

b) áreas naturais protegidas, definidas pela legislação federal ou estadual, conforme exemplificado na listagem constante do Anexo I desta

Ambiental - COPAM." Art. 4º - Fica vedada a instalação, nas bacias de mananciais, dos seguintes projetos ou empreendimentos que comprometam os padrões mínimos de qualidade das águas: VI - parcelamento de solo: a) loteamento;b) conjunto habitacional."3 [3] O artigo 49 da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Publicação - Diário Oficial da União - 19/07/2000) dispõe que: "Art. 49. A área de uma unidade de conservação do Grupo de Proteção Integral é considerada zona rural, para os efeitos legais. Parágrafo único. A zona de amortecimento das unidades de conservação de que trata este artigo, uma vez definida formalmente, não pode ser transformada em zona urbana."4 [4] O artigo 12 do Decreto Estadual nº 39.424, de 5 de fevereiro de 1998 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 06/02/1998) dispõe que: " Art. 12 - Caso a etapa prevista para a obtenção de Licença Prévia (LP) ou Licença de Instalação (LI) esteja vencida, a mesma não será expedida, não desobrigando o interessado da apresentação ao COPAM dos estudos ambientais cabíveis, para a obtenção da Licença de Operação (LO). § 1º - ainda que ultrapassada a etapa correspondente à Licença de Instalação (LI), o estudo de impacto ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA, deverão ser elaborados segundo as informações disponíveis, sem prejuízo das adicionais que forem exigidas pelo COPAM para o licenciamento, de modo a poder tornar públicas as características do empreendimento e suas conseqüências ambientais. § 2º - Para o empreendimento que entrou em operação a partir de 17 de fevereiro de 1986, sua regularização dar-se-á mediante a obtenção da Licença de Operação (LO), para a qual será necessária a apresentação de estudo de impacto ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA contendo, no mínimo, a descrição do empreendimento, os impactos positivos e negativos provocados em sua área de influência, as medidas de proteção ambiental e as mitigadoras dos impactos negativos, adotadas ou em vias de adoção, além de outros estudos ambientais já realizados. § 3º - Para o empreendimento que entrou em operação anteriormente a 17 de fevereiro de 1986, sua regularização dar-se-á mediante a obtenção da Licença de Operação (LO), condicionada à apresentação de Plano de Controle Ambiental - PCA, a ser aprovado pela competente Câmara Especializada do COPAM. § 4º - Na hipótese do parágrafo anterior, a inobservância de Plano de Controle Ambiental acarretará o automático cancelamento da licença e a suspensão da atividade pelo Plenário do COPAM ou, ad referendum deste, pelo seu Presidente."

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Deliberação Normativa. 

II - enquadrarem-se na classificação constante do Anexo II desta Deliberação Normativa. 

§ 1º- Nos casos de empreendimentos localizados em áreas naturais protegidas, com área total inferior a 25 (vinte e cinco) hectares, para a obtenção da Licença Prévia, será solicitada a apresentação de Relatório de Controle Ambiental simplificado conforme termo de referência a ser apresentado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM. 

§ 2º - Nos casos de empreendimentos classificados como de grande porte no Anexo II, ou de médio porte, desde que enquadrados no inciso I, alínea b, deste artigo, será exigida do empreendedor a apresentação de Estudos de Impacto Ambiental - EIA e respectivo Relatório de Impacto Ambiental -RIMA, de acordo com termo de referência fornecido pela FEAM. 

§ 3º - Se o parcelamento do solo urbano não tiver área superior a 100 ha (cem hectares), poderá ser dispensada a apresentação de EIA/RIMA, a critério da FEAM, exigindo-se a apresentação de RCA e manifestação prévia da Câmara Especializada do COPAM. 

§ 4º - Para os empreendimentos classificados como de médio porte no Anexo II desta Deliberação Normativa, será exigida a apresentação de Relatório de Controle Ambiental - RCA, de acordo com termo de referência a ser apresentado pela FEAM. 

§ 5º - Para os empreendimentos classificados como de pequeno porte no anexo II desta Deliberação Normativa será exigida a apresentação de Relatório de Controle Ambiental, que poderá ser simplificado, de acordo com termo de referência a ser apresentado pela FEAM, desde que não enquadrados no inciso I, alíneas a e b, deste artigo. 

§ 6º - Na análise do licenciamento ambiental dos loteamentos de que trata esta Deliberação Normativa serão observados os dispositivos previstos nos artigos 2º e 3º da Lei Federal 4.771, de 15 de setembro de 1965 e na Lei Estadual 14.309, de 19 de junho de 2002 relativos às Áreas de Preservação Permanente, bem como os termos da autorização expedida pelo órgão competente.5[5]

5 [5] Os artigos 2º e 3º da Lei Federal nº 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Publicação - Diário Oficial da União - 16/09/1965) dispõem que: "Art. 2º Consideram-se de preservação permanente, pelo só efeito desta Lei, as florestas e demais formas de vegetação natural situadas: a) ao longo dos rios ou de qualquer curso d'água desde o seu nível mais alto em faixa marginal cuja largura mínima seja: 1) de 30 (trinta) metros para os cursos d'água de menos de 10 (dez) metros de largura; 2) de 50 (cinqüenta) metros para os cursos d'água que tenham de 10 (dez) a 50 (cinqüenta) metros de largura; 3) de 100 (cem) metros para os cursos d'água que tenham de 50 (cinqüenta) a 200 (duzentos) metros de largura; 4) de 200 (duzentos) metros para os cursos d'água que tenham de 200 (duzentos) a 600 (seiscentos) metros de largura; 5) de 500 (quinhentos) metros para os cursos d'água que tenham largura superior a 600 (seiscentos) metros; b) ao redor das lagoas, lagos ou reservatórios d'água naturais ou artificiais; c) nas nascentes, ainda que intermitentes e nos chamados "olhos d'água", qualquer que seja a sua situação topográfica, num raio mínimo de 50 (cinqüenta) metros de largura; d)

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 § 7º - A Licença de Instalação do COPAM precederá a concessão da

anuência prévia estadual a que se refere o artigo 13, da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, nos termos do artigo 1º do Decreto Estadual nº 39.585/98.6[6]

 Art. 4º. - Para o licenciamento ambiental previsto no artigo anterior é

necessária a apresentação da documentação constante do Anexo III, desta Deliberação Normativa, nas respectivas fases do licenciamento. 

no topo de morros, montes, montanhas e serras; e) nas encostas ou partes destas, com declividade superior a 45º, equivalente a 100% na linha de maior declive; f) nas restingas, como fixadoras de dunas ou estabilizadoras de mangues; g) nas bordas dos tabuleiros ou chapadas, a partir da linha de ruptura do relevo, em faixa nunca inferior a 100 (cem) metros em projeções horizontais; h) em altitude superior a 1.800 (mil e oitocentos) metros, qualquer que seja a vegetação. i) nas áreas metropolitanas definidas em Lei. Parágrafo único. No caso de áreas urbanas, assim entendidas as compreendidas nos perímetros urbanos definidos por lei municipal, e nas regiões metropolitanas e aglomerações urbanas, em todo o território abrangido, observar-se-á o disposto nos respectivos planos diretores e leis de uso do solo, respeitados os princípios e limites a que se refere este artigo. Art. 3º Consideram-se, ainda, de preservação permanentes, quando assim declaradas por ato do Poder Público, as florestas e demais formas de vegetação natural destinadas: a) a atenuar a erosão das terras; b) a fixar as dunas; c) a formar faixas de proteção ao longo de rodovias e ferrovias; d) a auxiliar a defesa do território nacional a critério das autoridades militares; e) a proteger sítios de excepcional beleza ou de valor científico ou histórico; f) a asilar exemplares da fauna ou flora ameaçados de extinção; g) a manter o ambiente necessário à vida das populações silvícolas; h) a assegurar condições de bem-estar público. § 1º A supressão total ou parcial de florestas de preservação permanente só será admitida com prévia autorização do Poder Executivo Federal, quando for necessária à execução de obras, planos, atividades ou projetos de utilidade pública ou interesse social. § 2º As florestas que integram o Patrimônio Indígena ficam sujeitas ao regime de preservação permanente (letra g) pelo só efeito desta Lei." A Lei Estadual nº 14.309, de 19 de junho de 2002 (Publicação - Diário Do Executivo - Minas Gerais - 20/06/2002) dispõe sobre as políticas florestal e de proteção à biodiversidade no Estado. 6 [6] O artigo 13 da Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Publicação - Diário Oficial da União - 20/12/1979) dispõe que: "Art. 13 - Aos Estados caberá disciplinar a aprovação pelos Municípios de loteamentos e desmembramentos nas seguintes condições: I - Quando localizados em áreas de interesse especial, tais como as de proteção aos mananciais ou ao patrimônio cultural, histórico, paisagístico e arqueológico, assim definidas por legislação estadual ou federal; II - Quando o loteamento ou desmembramento localizar-se em área limítrofe do município, ou que pertença a mais de um município, nas regiões metropolitanas ou em aglomerações urbanas, definidas em lei estadual ou federal; III - Quando o loteamento abranger área superior a 1.000.000 m² (um milhão de metros quadrados). Parágrafo único - No caso de loteamento ou desmembramento localizado em área de município integrante de região metropolitana, o exame e a anuência prévia à aprovação do projeto caberão à autoridade metropolitana." O artigo 1º do Decreto Estadual nº 39.585, de 11 de maio de 1998 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 12/05/1998) que estabelece normas sobre o exame e anuência prévia do Estado para aprovação de projetos de loteamento e desmembramento urbano pelos Municípios, dispõe que: " Art. 1º - A aprovação, pelos Municípios, de loteamento e desmembramento, para fins urbanos, dependerá de exame e anuência prévia do Estado, quando: I - localizados em áreas de interesse especial, definidas por legislação federal ou estadual, em área limítrofe de município ou em área pertencente a mais de um município; II - localizados em região metropolitana ou em área de aglomeração urbana, definidas em lei federal ou estadual; III - abranger área superior a 1.000.000 m2 (um milhão de metros quadrados). Parágrafo único - Para fins de controle de sua ocupação, nos termos do artigo 13, inciso I, Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979, ficam declaradas como de interesse especial as áreas: I - localizadas no interior de Área de Proteção Ambiental, definida na legislação estadual e federal; II - localizadas até 2 Km (dois quilômetros) do limite de unidade de conservação de uso indireto, definida na legislação estadual e federal; III - localizadas em

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Art. 5º. - A ocupação de lotes por edificações para fins residenciais configura, para efeito desta Deliberação Normativa, a operação do empreendimento. 

Art. 6º. - Os empreendimentos tratados por esta Deliberação Normativa ficam dispensados da revalidação da Licença de Operação a que se refere o artigo 3º da Deliberação Normativa nº 17, de 17 de dezembro de 1996.7[7]

 Art. 7º - Independentemente da celebração do convênio a que se refere

a Deliberação Normativa COPAM nº 29, de 9 de setembro de 1998 , competirá ao município o licenciamento ambiental de projetos de parcelamento do solo de natureza urbana exclusiva ou predominantemente residenciais com área e densidades inferiores às previstas pela Deliberação Normativa nº 1, de 22 de março de 1990, condicionando a sua aprovação à apresentação, pelo empreendedor, de medidas de controle conforme determinado pelo órgão municipal competente.8[8]

 Art. 8º. - No caso de empreendimento localizado em Área de Proteção

Ambiental - APA, conforme o inciso XVIII do art. 2º e art. 25 da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2.000, a concessão de Licença Prévia - LP dependerá de manifestação favorável do órgão gestor da APA ou da unidade de conservação.9[9]

área definida na legislação estadual ou municipal como passível de ser ocupada mediante a implantação de projeto de urbanização, com área superior a 50 ha (cinqüenta hectares) e densidade igual ou superior a 150 hab/ha (cento e cinqüenta habitantes por hectare).7 [7] O artigo 3º da Deliberação Normativa COPAM nº 17, de 17 de dezembro de 1996 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais"- 21/12/1996) que dispõe sobre prazo de validade de licenças ambientais e sua revalidação determina que: Art. 3º - A Licença de Operação será revalidada por período fixado nos termos do art. 1º, III e parágrafo único, mediante análise de requerimento do interessado acompanhado dos seguintes documentos: I - relatório de avaliação de desempenho ambiental do sistema de controle e demais medidas mitigadoras, elaborado pelo requerente, conforme roteiro por tipo de atividade aprovado pela respectiva Câmara Especializada. II - cópia da publicação do pedido de revalidação; III - cópia da publicação da Licença de Operação vigente; IV - comprovante de recolhimento do custo de análise; V - certidão negativa do débito financeiro de natureza ambiental (Resolução COPAM 01/92). Parágrafo Único - No caso de Licença de Operação para atividade de pesquisa mineral, referida no Art. 1o, inciso III, poderá haver uma única prorrogação pelo prazo estabelecido para a validade do alvará de pesquisa mineral, mediante requerimento acompanhado dos seguintes documentos: a) cópia do alvará de pesquisa expedido pelo DNPM; b) relatório de acompanhamento do plano de controle ambiental elaborado pelo requerente, conforme roteiro fornecido pela Secretaria Executiva do COPAM; c) documentos indicados nos incisos II a V deste artigo.8 [8] A Deliberação Normativa COPAM nº 029, de 9 de setembro de 1998 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 16/09/1998) estabelece diretrizes para a cooperação técnica e administrativa com os órgãos municipais de meio ambiente, visando ao licenciamento e à fiscalização de atividades de impacto ambiental local. A Deliberação Normativa COPAM nº 01, de 22 de março de 1990 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 04/04/1990) estabelecia os critérios e valores para indenização dos custos de análise de pedidos de licenciamento ambiental. Posteriormente a Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 02/10/2004) revogou aquela Deliberação Normativa, passando a estabelecer critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual.9 [9] O inciso XVIII do artigo 2º e o artigo 25 da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Publicação - Diário Oficial da União - 19/07/2000) dispõem que: " Art. 2º Para os fins previstos nesta

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 Art. 9°. O licenciamento ambiental a que se refere esta Deliberação

Normativa dependerá de anuência prévia dos municípios onde se instalarem as atividades no que se refere à adequação dos sistemas de esgotamento sanitário e de destinação de resíduos sólidos. 

§ 1º - Para fins de controle ambiental dos sistemas de esgotamento sanitário e de destinação de resíduos sólidos dos empreendimentos a que se refere esta Deliberação Normativa, ficam os municípios convocados a declararem, nos termos da anuência prévia, a adequação dos projetos apresentados à FEAM com as políticas, planos ou programas de saneamento municipais, bem como sua responsabilidade pela gestão destes sistemas a partir da fase de operação dos empreendimentos, relativamente a cada licenciamento de loteamentos a se instalarem nos respectivos territórios. 

§ 2º - A manifestação a que se refere o caput deste artigo será exigida em qualquer caso para a obtenção da Licença de Instalação. 

Art. 11. O Plano de Controle Ambiental- PCA, exigido por esta Deliberação Normativa, deverá ser apresentado de acordo com o termo de referência da FEAM. 

Art. 12. – (REVOGADO)10[10]

 Art. 13. Os empreendimentos urbanísticos instalados irregularmente em

áreas rurais serão objeto de licenciamento, nos termos desta Deliberação Normativa, após regularização perante a legislação pertinente. 

Parágrafo único - A FEAM encaminhará aos municípios e ao Ministério Público as denúncias por ela recebidas relativamente aos empreendimentos a que se refere o caput deste artigo.

Lei, entende-se por: XVIII - zona de amortecimento: o entorno de uma unidade de conservação, onde as atividades humanas estão sujeitas a normas e restrições específicas, com o propósito de minimizar os impactos negativos sobre a unidade. Art. 25. As unidades de conservação, exceto Área de Proteção Ambiental e Reserva Particular do Patrimônio Natural, devem possuir uma zona de amortecimento e, quando conveniente, corredores ecológicos. § 1º O órgão responsável pela administração da unidade estabelecerá normas específicas regulamentando a ocupação e o uso dos recursos da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos de uma unidade de conservação. § 2º Os limites da zona de amortecimento e dos corredores ecológicos e as respectivas normas de que trata o § 1º poderão ser definidas no ato de criação da unidade ou posteriormente."10 [10] A Deliberação Normativa COPAM nº 74, de 9 de setembro de 2004 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 02/10/2004) passou a estabelecer critérios para classificação, segundo o porte e potencial poluidor, de empreendimentos e atividades modificadoras do meio ambiente passíveis de autorização ou de licenciamento ambiental no nível estadual. O artigo 12 tinha a seguinte redação original: “Art. 12. O item 91.10.009, da Deliberação Normativa COPAM nº 1, de 22 de março de 1990 passa a vigorar com a seguinte forma:

"91.10.00.9 - Loteamento do solo urbano para fins exclusiva ou predominantemente residenciais Pot. Poluidor/Degradador: Ar:P Água:G Solo: G Geral:G Porte: 25 £ AT £ 50 e D £ 70 :pequeno25 £ AT £ 50 e D > 70 ou 50 < AT < 100 e D £ 70 : médio 50 < AT <

100 e D> 70 ou AT ³ 100 : grande"Parágrafo único – Fica criada, na Tabela A-3, a legenda D, expressa em habitantes por

hectare, significando Densidade Populacional Bruta”

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  Art. 14. Esta Deliberação Normativa entra em vigor na data de sua

publicação e revoga as disposições em contrário. 

ANEXO IListagem mínima de áreas de relevante interesse ambiental

 1 - Unidades de Conservação de Uso Sustentável previstas pelo artigo

14 da Lei Federal 9.985, de 18 de julho de 2000.11[11]

 2 - Área Especial de Interesse Turístico (tais como as criadas conforme

a Lei Federal 6.513, de 20 de setembro de 1977) 12[12]

 3 - Áreas Naturais Tombadas (tais como as criadas pelo Decreto-Lei

25/1937) 13[13]

 4 - Áreas de Interesse Especial (conforme Decreto n° 39.585, de 11 de

maio de 1998 e Lei Federal n° 6.766, de 19 de dezembro de 1979)14[14]

 5 - Áreas de Proteção do Patrimônio Cultural, Histórico, Paisagístico e

Arqueológico  

6 - Áreas de Proteção Ambiental ( tais como as previstas pela Lei Federal 9.985, de 18 de julho de 2000) 15[15]

 ANEXO II

TIPO DE ATIVIDADE: Loteamentos exclusiva ou predominantemente residenciais  

CRITÉRIOS DE PORTE PARA ENQUADRAMENTO NO LICENCIAMENTO AMBIENTAL

D (hab/há) AT(ha) D £ 70 D > 70

25 £ AT £ 50 P M

11 [11] O artigo 14 da Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Publicação - Diário Oficial da União - 19/07/2000) dispõe que: " Art. 14. Constituem o Grupo das Unidades de Uso Sustentável as seguintes categorias de unidade de conservação: I - Área de Proteção Ambiental; II - Área de Relevante Interesse Ecológico; III - Floresta Nacional; IV - Reserva Extrativista; V - Reserva de Fauna; VI - Reserva de Desenvolvimento Sustentável; e VII - Reserva Particular do Patrimônio Natural.12 [12] A Lei Federal nº 6.513, de 20 de dezembro de 1977 (Publicação - Diário Oficial da União - 22/12/1977) dispõe sobre a criação de Áreas Especiais e de Locais de Interesse Turístico.13 [13] O Decreto-lei nº 25, de 30 de novembro de 1937 (Publicação - Diário Oficial da União 03/11/1966) organiza a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.14 [14] O Decreto Estadual nº 39.585, de 11 de maio de 1998 (Publicação - Diário do Executivo - "Minas Gerais" - 12/05/1998) estabelece normas sobre o exame e anuência prévia do Estado para aprovação de projetos de loteamento e desmembramento urbano pelos Municípios. A Lei Federal nº 6.766, de 19 de dezembro de 1979 (Publicação - Diário Oficial da União - 20/12/1979) dispõe sobre o Parcelamento do Solo Urbano.15 [15] A Lei Federal nº 9.985, de 18 de julho de 2000 (Publicação - Diário Oficial da União - 19/07/2000) regulamenta o art. 225, § 1º, incisos I, II, III e VII da Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza.

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50 < AT < 100 M G

AT ³ 100 G G

 LEGENDA: 

P= Pequeno M= Médio G= GrandePop= População (habitantes) prevista para ocupar o empreendimento na

sua condição de saturação.AT (ha) = área total, em hectares, utilizada pelo empreendimento,

compreendendo as áreas loteadas e as demais áreas destinadas ao sistema de circulação, à implantação de equipamento urbano e comunitário, à composição paisagística, a espaços livres de uso público etc.

D= Densidade populacional bruta (= Pop / AT), expressa em habitantes por hectare (hab / ha) e estimada a partir dos parâmetros urbanísticos a serem adotados para o empreendimento. 

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ANEXO III 

TIPO DE LICENÇA DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

LICENÇA PRÉVIA - LP (fase de planejamento do empreendimento)

1 - Formulário de Caracterização do Empreendimento -FCE, acompanhado do histórico dos títulos de propriedade do imóvel, abrangendo os últimos 20 (vinte) anos.

  2 - Requerimento da LP.

  3 - Cópia da publicação do pedido de LP.

  4 - Estudos de Impacto Ambiental e respectivo Relatório de Impacto Ambiental - EIA/RIMA, Relatório de Controle Ambiental.

  5 - Declaração da Prefeitura, comprobatória da conformidade da localização do empreendimento à legislação de uso do solo ou ambiental do Município.

  6 - Comprovante de recolhimento do custo de licenciamento.

  7 - Anuência ou parecer técnico prévio expedido pelo órgão ambiental competente, quanto à localização do empreendimento em área de relevante interesse ambiental.

  8 - Parecer técnico do Instituto Mineiro de Gestão das Água - IGAM quanto ao uso de recursos hídricos.

  9 - Declaração do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico -IEPHA sobre a existência de patrimônio histórico, arqueológico e espeleológico na área do empreendimento.

  10- Apresentação das diretrizes para o parcelamento , uso e ocupação do solo fornecidas pelo órgão estadual, metropolitano ou municipal competente.

  11 - Certidão negativa de débito financeiro de natureza ambiental.

  12 - ARTs dos técnicos responsáveis pelos projetos e pelo licenciamento ambiental.

b) LICENÇA DE INSTALAÇÃO - LI 1- Requerimento da LI.(fase de instalação do empreendimento)

2- Cópia da publicação do pedido de LI.

  3- Cópia da publicação da concessão da LP

  4- Plano de Controle Ambiental -PCA.

  5- Cópia da licença para desmate expedida pelo órgão competente, quando for o caso.

  6 - Outorga do IGAM para uso da água ,quando for o caso.

  7- Anuência prévia municipal a que se refere o artigo 9º desta Deliberação Normativa

  8- Comprovante de recolhimento do custo de licenciamento.

  9- Certidão negativa de débito financeiro de natureza ambiental.

c) LICENÇA DE OPERAÇÃO - LO Requerimento da LO.(fase de operação ou ocupação do empreendimento)

Cópia da publicação do pedido de LO.

  Cópia da publicação da concessão da LI.

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  Comprovante de recolhimento do custo de licenciamento.

  Termo de verificação da execução das obras exigidas pela legislação pertinente ao assunto, emitida pela Prefeitura Municipal.

  Certidão negativa de débito financeiro de natureza ambiental.

 Belo Horizonte, 28 de novembro de 2002.

 Celso Castilho de Souza Secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

Presidente do COPAM