Doc 169 Perguntas e Respostas

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Dúvidas sobre solos.

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  • ISSN 1517-2627

    Novembro, 2014

  • Documentos 169

    Moema de Almeida BatistaDenise Werneck de PaivaAlexandre MarcolinoOrganizadores

    Solos para TodosPerguntas e Respostas

    Rio de Janeiro, RJ

    2014

    ISSN 1517-2627

    Novembro, 2014

    Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria Embrapa SolosMinistrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento

  • Embrapa SolosRua Jardim Botnico, n 1.024 Bairro Jardim BotnicoCEP: 22460-000, Rio de Janeiro, RJFone: (21) 2179-4500Fax: (21) 2179-5291http://www.embrapa.br/cnpssac: https://www.embrapa.br/fale-conosco

    Comit de Publicaes da Embrapa SolosPresidente: Jos Carlos PolidoroSecretrio-Executivo: Jacqueline Silva Rezende MattosMembros: Ademar Barros da Silva, Ademir Fontana, Adriana Vieira de Camargo de Moraes, Alba Leonor da Silva Martins, Enyomara Loureno Silva, Joyce Maria Guima-res Monteiro, Luciana Sampaio de Araujo, Maria Regina Capdeville Laforet, Maurcio Rizzato Coelho, Moema de Almeida Batista.

    Revisores Tcnicos: Ademir Fontana, Aline Pacobahyba de Oliveira, Caio de Teves In-cio, Eliane de Paula Clemente Almeida, Humberto Gonalves dos Santos, Paulo Csar Teixeira, Ricardo Trippia dos Guimares Peixoto.

    Superviso editorial: Jacqueline Silva Rezende MattosReviso de texto: Andr Luiz da Silva LopesNormalizao bibliogrfica: Luciana Sampaio de AraujoEditorao eletrnica: Moema de Almeida BatistaCapa: Eduardo Guedes de Godoy

    1a edio1a impresso (2014): online

    Todos os direitos reservadosA reproduo no-autorizada desta publicao, no todo ou em parte, constitui violao

    dos direitos autorais (Lei no 9.610).

    Dados Internacionais de Catalogao na Publicao (CIP)Embrapa Solos

    Embrapa 2014

    Solos para todos : perguntas e respostas / organizadores, Moema de Almeida Batista, Denise Werneck de Paiva, Alexandre Marcolino. - Dados eletrnicos. - Rio de Janeiro : Embrapa Solos, 2014. 87 p. : il. color. - (Documentos / Embrapa Solos, ISSN 1517-2627 ; 169).

    Sistema requerido: Adobe Acrobat Reader. Modo de acesso: . Ttulo da pgina da Web (acesso em 24 nov. 2014).

    1. Solo. 2. Fertilidade do solo. 3. Nutrio vegetal. 4. Compostagem. I. Batista, Moema deAlmeida. II. Paiva, Denise Werneck de. III. Marcolino, Alexandre. IV. Embrapa Solos. V. Srie.

    CDD 631.4 (23. ed.)

  • Errata

    BATISTA, M. de A.; PAIVA, D. W. de; MARCOLINO, A. (Org.). Solos para todos: perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2014. 87 p. (Embrapa Solos. Documentos, 169).

    Onde se l:

    Leia-se:

    Pg. 78

    186 - Como posso elevar o pH das pilhas do composto?Dependendo do tipo de resduo misturado, se for realmente necessrio aumentar o pH da pilha, com preocupaes sanitrias, prefervel misturar um pouco de calcrio (cerca de 2%), alertamos que a uria no deve ser utilizada para este objetivo, j que em pH elevado h risco de srias perdas de N em forma gasosa.

    186 - Existe alguma restrio no uso do percolado diretamente nas plantas? O percolado, quando diludo em uma soluo de at 5%, pode ser usado como biofertilizante e aplicado diretamente nas plantas, sendo sempre prudente fazer testes preliminares de diluio em algumas plantas. Para isso, recomenda-se consultar um profissional capacitado para essa prtica. O chorume ou percolado tambm pode ser utilizado para molhar as pilhas durante o reviramento das mesmas, atuando como fonte de microrganismos benficos e de nutrientes solveis.

  • Moema de Almeida BatistaMestrado em Administrao, Analista, Embrapa Solos. E-mail: [email protected].

    Denise Werneck de PaivaDoutorado em Eng. Produo, Analista, Embrapa Solos. E-mail: [email protected]

    Alexandre MarcolinoMestrando em Cincia da Informao.E-mail: [email protected]

    Organizadores

  • Aos revisores tcnicos, pela dedicao e valiosa contribuio:

    Ademir FontanaAline Pacobahyba de OliveiraCaio de Teves IncioEliane de Paula Clemente AlmeidaHumberto Gonalves dos SantosPaulo Csar TeixeiraRicardo Trippia dos Guimares Peixoto

    Agradecimentos

  • Apresentao

    Esta publicao resultado do Projeto Organizao da in-formao da Embrapa Solos para a Transferncia de Tecnologia, a partir dos questionamentos recebidos pelo Servio Automatiza-do de Atendimento ao Cidado da Embrapa Solos - SAC. Em seu contedo, apresentam-se as perguntas e respos-tas, redigidas em linguagem didtica, aos questionamentos di-versificados recebidos pelo SAC, do pblico acadmico, tcnico, pequenos produtores rurais, associaes de produtores, exten-sionistas rurais e da sociedade em geral, tanto nacionais quanto internacionais. Esperamos com esta publicao disponibilizar aos interes-sados um compndio de conhecimentos bsicos sobre solo, um recurso fundamental de sustentao da vida, agregados em diver-sos tpicos, como classificao, fertilidade, fertilizantes, manejo, recuperao de reas degradadas e outros temas relativos aos solos.

    Daniel Vidal PrezChefe Geral da Embrapa Solos

  • Sumrio

    Captulo 1 - Estudo do Solo ........................................................11Captulo 2 - Fertilidade do solo e nutrio de plantas .........51Captulo 3 - Compostagem ........................................................65Anexo I - Solos do Brasil .............................................................87

  • I - Estudo do SoloHumberto Gonalves dos Santos Cludio Lucas CapecheMrio Luiz Diamante glioMaurcio Rizzato CoelhoSebastio Barreiros CalderanoJos Coelho de Arajo FilhoMarcelo Francisco Costa SaldanhaAdemir FontanaAna Paula Dias TurettaCsar da Silva ChagasEliane de Paula Clemente AlmeidaFernando Cezar Saraiva do AmaralJorge de Souza Lima Jos Francisco LumbrerasJos Ronaldo de MacedoNilson Rendeiro PereiraSilvio Barge Bhering

    1 - O que so camadas de solo?Camadas so sees no perfil pouco ou nada afetadas pelos pro-cessos pedogenticos.

    2 - O que determina a classificao de um solo?A classificao de um solo determinada pela interpretao de caractersticas morfolgicas e propriedades fsicas, qumicas e mi-neralgicas descritas em campo e analisadas em laboratrio, res-pectivamente.

    3 - Onde encontrar a distribuio dos solos no Brasil?A distribuio pode ser encontrada no mapa de solos do Brasil no documento: Mapa de Solos do Brasil, 1:5.000.000. Embrapa Solos (SANTOS et al., 2011).

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    4 - Como os solos so formados na natureza?O solo formado e se desenvolve como resultado do efeito de fatores ambientais ativos, como o clima e organismos, sobre o material de origem, em uma posio da paisagem e por um per-odo de tempo. Como consequncia, o solo passa por sucessivas fases de evoluo, desde o estdio inicial de intemperismo do material de origem (juvenil) at alcanar o equilbrio (maturidade), no se alterando quanto caracterstica selecionada com o passar do tempo. Em uma anlise conjunta, a gnese do solo se d a par-tir de duas fases distintas: Fase A - Deposio e/ou acumulao do material de origem (substrato), que representa a base para a formao, desenvolvimento e evoluo dos diferentes solos. Fase B - Formao e diferenciao dos horizontes de solos (pedogne-se), que representa a ao coletiva ou isolada dos mecanismos (ao fsica, qumica e biolgica) sobre o material de origem, cuja intensidade de atuao condicionada pelos fatores de forma-o e que iro direcionar os diferentes processos de formao. A combinao entre os mecanismos e fatores promove ou retarda a diferenciao e a evoluo dos horizontes, ou seja, a expresso dos processos de formao, dando origem a diferentes solos.

    5 - Qual a composio do solo?Em nvel bem elevado, a composio bsica do solo matria s-lida (orgnica e mineral), lquida e gasosa.

    6 - O que so e como so separados os horizontes do solo?Horizontes so sees distribudas no perfil de solo, os quais re-presentam os processos de formao, guardando a relao gen-tica entre si (pedognese). Podem ser separados uns dos outros pela diferena de cor, textura, estrutura ou consistncia.

    7 - Quais so os horizontes do solo?Os horizontes se subdividem em horizontes superficiais O, H e A; e horizontes subsuperficiais, representados pelas letras E, B, C, F e R.

  • 13Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    8 - Qual a constituio dos principais horizontes do solo?Os horizontes O e H so de constituio orgnica, sendo O re-lacionado a ambiente de altitude ou clima frio e H de ambiente com presena de gua na maior parte do tempo (alagado ou mal drenado).

    Os horizontes A, E, B e C so de constituio mineral. O horizon-te A apresenta maior relao com a atividade biolgica e matria orgnica, de cor mais escura e estrutura granular, enquanto o horizonte E representa aquele que perdeu argila, ferro, alumnio e material orgnico, sendo de maneira geral mais claro que os demais horizontes. O horizonte B apresenta cores mais intensas, onde o processo pedogentico mais acentuado. O horizonte C apresenta em parte a constituio da rocha ou arranjo.

    9 - Como e porqu determinada a cor do solo?A cor uma caracterstica morfolgica determinada em torres de cada horizonte do solo, segundo a caderneta de cores (Munsell Soil-Color Charts (MUNSELL, 2009).

    A observao da cor do solo baseada em trs elementos bsi-cos, que regem o sistema de cores de Munsell:

    Matriz (Hue) - a cor pura, descrita entre vermelho (R), amarelo (Y), etc.

    Valor (Value) - o tom de cinza presente na cor (claridade da cor), variando entre branco (valor 10) ou preto (valor 0).

    Croma (Chroma) - proporo da mistura da cor fundamental com a tonalidade de cinza. Variando tambm de 0 a 10.

    A cor pode indicar algumas caractersticas do solo de forma ime-diata, como por exemplo, contedo de matria orgnica, presena de xidos de ferro, minerais que compem a argila, processo de gleizao, em funo do regime hdrico (drenagem) etc. Contribui para a separao dos horizontes e em alguns casos para a classi-ficao taxonmica.

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    10 - Como so classificados os solos no Brasil?A classificao de um solo feita pelo Sistema Brasileiro de Clas-sificao de Solos, que representa uma classificao com base em caractersticas morfolgicas e genticas descritas nos horizon-tes do solo, sendo contemporizadas em sistema de chave taxon-micas. O sistema nacional classifica os solos em seis nveis dife-rentes correspondendo, cada nvel, a um grau de generalizao ou detalhe, so eles: Ordem, Subordem, Grande Grupo, Subgrupo, Famlia e Srie (ainda em discusso). O sistema completo com to-dos os tipos de solos est publicado no livro Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SANTOS et al., 2013a). Ver a distribuio de solos no Brasil no Anexo 1.

    11 - O que solo?A definio de Solo vai depender essencialmente do enfoque dado, ou seja, do olhar que se tem da sua utilizao, do estudo a ser realizado. Na pedologia, uma coleo de corpos naturais, constitudos por partes slidas, lquidas e gasosas, tridimensionais, dinmicos, formados por materiais minerais e orgnicos, contendo matria viva e ocupando a maior poro do manto superficial das extenses continentais do planeta. Contm matria viva e pode ser vegetado na natureza onde ocorrem e, eventualmente, modificados por interferncias antrpicas. produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformao se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo. Demais definies, com outros sentidos podem ser observadas no Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SANTOS et al., 2013a).

    12- Qual a funo do solo?O solo serve para dar sustentao s plantas, age como armaze-nador de gua e um filtro natural de poluentes, alm de ser um meio de vida para o homem, onde se produz alimentos, constru-o de casas, estradas e demais necessidade humanas.

    13 - Como feito o estudo do solo?O estudo do solo feito atravs de seu perfil (perfil do solo), que

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    pode ser definido como um corte vertical que se estende da su-perfcie at uma determinada profundidade. O perfil do solo pode ser estudado em trincheiras (grandes buracos abertos no campo) ou em barrancos em beira de estradas, definindo-se os horizontes desde a superfcie at uma profundidade de 2,0 m. Nos horizontes realizada a caracterizao morfolgica: profundidade, espessu-ra, cor, textura, estrutura, transio entre horizontes, presena de razes, atividade biolgica, presena de minerais, entre outras. Ainda, so coletadas amostras de solo para anlises qumicas, fsicas, mineralgicas e micromorfolgicas.

    14 - Quais propores granulomtricas determinam as diferentes texturas do solo?A textura do solo determinada a partir da proporo de areia e argila, sendo:

    Textura arenosa: quando tiver um teor de areia de 70% ou mais e um teor de argila de 15% ou menos;

    Textura mdia: quando tiver um teor de argila inferior a 35% e um teor de areia superior a 15%;

    Textura argilosa: quando tiver um teor de argila entre 35% e 60%;

    Textura muito argilosa: quando tiver um teor de argila supe-rior a 60%;

    Textura siltosa: quando tiver um teor de argila menor que 35% e um teor de areia menor que 15%.

    A quantidade de silte determinada pela diferena entre a quantidade de areia (grossa mais fina) e a quantidade de argila.

    15 - O que estrutura do solo e qual a sua importncia para o solo e as plantas?Por estrutura, entende-se a agregao das partculas primrias do solo em unidades estruturais compostas, separadas, entre si,

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    pelas superfcies de fraqueza. A sua importncia se reflete prin-cipalmente na infiltrao de gua no solo, na quantidade de ar disponvel para trocas gasosas do sistema radicular e atividade biolgica (macro e microrganismos).

    16 - O que e para que serve a porosidade do solo? a proporo de espao poroso, variando de acordo com a densi-dade do solo, serve para armazenamento de gua e ar.

    17 - Qual a finalidade das anlises qumicas, fsicas, mi-neralgicas e micromorfolgicas do perfil do solo?Os resultados dessas anlises, associadas s informaes com-plementares sobre relevo, clima e vegetao, permitiro a classifi-cao dos diferentes tipos de solos, indicando, ainda, a aptido de uso de cada tipo de solo para as atividades na agricultura, pecu-ria, florestal e construo civil.

    18 - Quais os dados fsicos, qumicos e mineralgicos dos tipos de solos do territrio brasileiro?O atual Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SANTOS et al., 2013a) traz a definio quanto aos aspectos fsicos, qumi-cos e mineralgicos das classes de solos encontradas no Brasil. No entanto, essas caractersticas so variveis em funo de al-guns fatores que atuam no espao e no tempo de forma conjunta, em propores variadas. So eles o material de origem, o clima, o relevo e os organismos.

    19 - Como definir um topsoil?Por definio um topsoil corresponde camada superior de um solo, normalmente com bons teores de nutrientes disponveis s plantas, com matria orgnica (cores escuras) e atividade biolgica.

    Topsoil um termo de engenharia referente camada superficial do solo. Em pedologia denominado de horizonte A. Possibilita a classificao de um solo, ou, uma camada superficial de um solo antrpico, em processo de recuperao, em uma rea alterada

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    que contenha bons teores de nutrientes. Em geral todos os so-los que no sofreram remoo ou adio acentuada de material apresentam este tipo de horizonte. A profundidade corresponde, normalmente, aos primeiros 30 cm, mas dependendo do horizonte A pode ser maior ou menor.

    20 - Quais as principais caractersticas dos horizontes superficiais do solo?Apresentam, normalmente, maior teor de matria orgnica (restos vegetais e animais decompostos ou em decomposio); cor mais escura; maior atividade biolgica (minhocas, formigas, microorga-nismos); maior fertilidade (mais nutrientes para as plantas).

    21 - Quais as principais caractersticas dos horizontes subsuperficiais do solo?Apresentam, normalmente, cor amarelada e avermelhada e ainda cinza, em vrias tonalidades; menor fertilidade; menor atividade biolgica; baixo teor de matria orgnica; entre outras.

    22 - Quais documentos ou endereos eletrnicos em que posso conseguir informaes sobre os diversos ti-pos de classes de solos existentes no Brasil?Basta consultar na pgina da Embrapa, a Agncia Embrapa de Informao Tecnolgica - Ageitec, o link www.agencia.cnptia.embrapa.br/gestor/solos_tropicais/Abertura.html e acessar as informaes sobre a diversidade de solos encontrados no Brasil, numa estrutura ramificada em forma de rvore hiperblica, por hipertexto ou pelo servio de busca (ZARONI, 2013).

    23 - Tenho interesse em abrir um laboratrio de anlise de solo. O que devo fazer? Existe algum curso a ser feito? No h treinamento necessrio para o empresrio abrir e legalizar um laboratrio de anlises de solos. Ser necessrio um profissio-nal que possa assumir a responsabilidade tcnica junto ao Conse-lho Regional de Qumica - CRQ. Recomenda-se, no entanto, que

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    contrate pessoal qualificado para o funcionamento do laboratrio (tcnicos em qumica, tcnicos agrcolas) com um mnimo de ex-perincia em anlise de solos.

    24 - A Embrapa possui um software para recomenda-o e interpretao de anlise de solo? Sugerimos consultar o software para interpretao de anlise de solo no link www.agrosistemas.ufv.br. E sobre Gerenciamento Agrcola: www.emater.df.gov.br.

    25 - Qual anlise de solo e o tempo necessrio para caracterizar uma determinada rea de solo a fim de ela-borar um Estudo de Impacto Ambiental - EIA? Para a elaborao de um EIA-RIMA, o estudo deve abranger as descries de perfis pedolgicos da rea de estudo. Nesse caso, as amostras devem ser caracterizadas quanto s propriedades qumicas e fsicas do solo, respeitando os diferentes horizontes. Essas anlises devem complementar as informaes contidas nas descries morfolgicas do perfil. A profundidade do perfil deve ser de no mnimo 150 cm ou at o encontro da rocha (ma-terial de origem) ou de presena de lenol fretico. Alm disso, anlises complementares de fertilidade e de granulometria do solo (nas profundidades de 0 - 20 cm e 20 - 40 cm) podem ser feitas. O tempo para a realizao dessas anlises varia em torno de 30 dias.

    26 - Existe procedimento especfico para a entrada de amostras de solos no Brasil? A Secretaria de Relaes Internacionais da Embrapa orienta que necessrio um documento oficial (laudo) do pas de origem, infor-mando que so amostras de solos para fins de pesquisa, para que o produto no fique preso na alfndega em uma possvel quaren-tena para averiguao.

    27 - Para fazer uma pesquisa com amostras de solo em outro pas preciso obter algum tipo de autorizao?

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    A sugesto se dirigir ao Departamento de Recursos Minerais - DRM e Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria Anvisa. Certamente ser emitida uma autorizao. Procure tambm se informar sobre a legislao do pas para o caso, pois varia de pas para pas.

    28 - O que laterita?O termo laterita muito usado em geologia para designar uma for-mao superficial ferruginosa e aluminosa endurecida, e pode se referir ao produto residual da alterao que se realiza em qualquer tipo de rocha. Este termo tambm se refere ao solo fortemente li-xiviado por intemperismo qumico, pobre em nutrientes e com alta concentrao residual de xidos e hidrxidos de Ferro e de Alum-nio. O processo que leva formao da laterita denomina-se late-ritizao ou laterizao e tpico de regies de climas tropicais e sub-tropicais midos. A alta concentrao residual acompanhada do ressecamento dos xidos e hidrxidos de Fe e de Al, pouco so-lveis, levam formao de uma crosta latertica muito resistente eroso. Em Cincia do Solo o termo est em desuso. Para se referir s crostas e couraas ferruginosas, usa-se a denominao de Petroplintita.

    29 - Qual e a relao do ciclo das rochas com a fertili-dade natural do solo?A princpio no existe uma relao direta entre os dois assun-tos, pois so temas de ambientes muito diferentes, relacionados aos domnios onde atuam os processos endgenos (responsveis pela formao e transformao das rochas) e exgenos, que agem na crosta terrestre. Quando expostas na superfcie da terra ou prximas superfcie, as rochas so submetidas ao dos processos exgenos como o intemperismo. O produto de altera-o das rochas oriundo do intemperismo, retrabalhado ou no, se constitui no material de origem dos solos, sobre o qual agiro os processos pedogenticos na diferenciao dos horizontes e formao das diversas classes de solos conhecidas e classifica-das no Sistema Brasileiro de Classificao. A fertilidade natural

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    do solo diz respeito sua capacidade de suprir os nutrientes es-senciais ao desenvolvimento das plantas. A fertilidade natural se relaciona principalmente aos processos pedogenticos atuantes na formao do solo. Pode ser influenciada pela natureza do ma-terial de origem e depende das interaes entre as propriedades fsicas, qumicas, mineralgicas e biolgicas do solo.

    30 - Existe algum aparelho que indique o material existente dentro do solo, como grafite, ferro, ouro, e outros mine-rais?No existe um aparelho de leitura direta assim. Descobrir minrios requer investimentos em pesquisa mineral, anlises qumicas e mineralgicas de solos e rochas, alm de conhecimento geolgi-co bsico da regio onde se quer atuar e autorizao dos rgos responsveis.

    31 - Podem sugerir sites para consultas especficas em rochas?Sugerimos consultar o Servio Geolgico do Brasil: www.cprm.gov.br e o Departamento Nacional de Produo Mineral: www.dnpm.gov.br.

    32 - Quais as principais caractersticas dos Argissolos?A caracterstica marcante destes solos o desenvolvimento de cores diferenciadas, estrutura e diferenciao textural da superf-cie para baixo. Os Argissolos formam uma classe bastante hetero-gnea que, em geral, tem em comum um aumento substancial no teor de argila, variando a partir da superfcie de arenosa a argilosa, e de mdia a muito argilosa; so bem estruturados, apresentam profundidade varivel e cores predominantemente avermelhadas ou amareladas, sua fertilidade natural varivel, com predomnio de solos de relativa pobreza de nutrientes, embora ocorram reas de tima fertilidade natural. Em sntese, so solos constitudos por material mineral, apresentando horizonte B textural imediatamen-te abaixo dos horizontes A ou E.

  • 21Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    Foto 1: Sebastio Barreiros Calderano.Local: Cruzeiro do Sul-AC.Material de Origem: sedimentos argilo-arenosos da Formao Solimes Inferior.

    Figura 1 : Ocorrncia de Argissolos no Brasil.Fonte: Santos et al.(2013b).

    33 - Onde esto presentes os Argissolos no Brasil?Esse tipo de solo pode ser encontrado em praticamente todas as regies brasileiras em diversas condies de clima e relevo. Representam aproximadamente 24% da superfcie do pas. Em termos de extenso geogrfica ocupam a segunda posio, depois dos Latossolos.

    Argissolo

    34 - Quais as principais caractersticas dos Cambissolos?As caractersticas destes solos variam muito de um local para outro. No entanto, a mais comum o incipiente estgio de evoluo do horizonte subsuperficial, apresentando, em geral, fragmentos de rochas permeando a massa do solo e/ou minerais primrios, fraco desenvolvimento de estrutura e cor, pequeno ou nulo incremento de argila entre os horizontes superficiais e subsuperficiais e teores relativamente mais elevados de silte em profundidade. Por vezes, o teor de argila no horizonte subsuperficial pode ser menor do que no horizonte superficial. O horizonte B incipiente ocorre abaixo de horizonte superficial de cor escura, rico em matria orgnica e muito frtil.

  • 22 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    Foto 2: Marcos Gervasio Pereira.Local: gua Doce-SC.Material de Origem: produtos da decom-posio de riodacitos.

    Figura 2: Ocorrncia de Cambissolos no BrasilFonte: Santos et al.(2013b).

    Cambissolo

    35 - Onde esto presentes os Cambissolos no Brasil?Distribuem-se por todo o territrio nacional, ocupando cerca de 2,5% da rea do pas. So particularmente importantes na parte oriental dos planaltos do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paran, pelos elevados teores de matria orgnica e contedos de alumnio extra-vel. Cambissolos de elevada fertilidade natural so comuns na regio nordestina e no Estado do Acre. reas significativas de Cambissolos ocorrem tambm na regio Sudeste, desenvolvidos a partir de rochas cidas e na regio Centro-Oeste, a partir de arenitos e quartzitos.

    36 - Quais as principais caractersticas dos Chernossolos?So solos com evoluo no muito avanada, caracterizando-se pela presena de um horizonte A normalmente espesso, escuro, bem estruturado, moderadamente cidos a fortemente alcalinos, ricos em carbono e matria orgnica, muito frteis, com elevados teores de clcio e magnsio. Geralmente pouco profundos poden-do ou no apresentar aumento de teor de argila em profundidade.

  • 23Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    37 - Onde esto presentes os Chernossolos?Estes solos tm pequenas ocorrncias no Sul e no Nordeste do Brasil e pequenas reas no Centro-Oeste, totalizando aproximada-mente 0,5% do territrio nacional.

    Chernossolo

    Foto 3: Sergio Shimizu.Local: Corumb - MS.Material de Origem: produtos da altera-o de tufas calcrias. Figura 3: Ocorrncia de Chernossolos no Brasil.

    Fonte: Santos et al.(2013b).

    38 - Quais as principais caractersticas dos Espodossolos?So predominantemente arenosos, desde a superfcie, com acmulo de matria orgnica associada a compostos de alumnio em profundidade, imediatamente abaixo do horizonte E, A, ou horizonte orgnico, podendo ou no conter compostos de ferro. So muito pobres e muito cidos, com altos teores de alumnio trocvel.

    39 - Onde esto presentes os Espodossolos?Distribuem-se de maneira muito esparsa nos domnios da restinga e por toda a costa brasileira, bem como nas reas interioranas da Amazonia Ocidental, onde so bastante expressivos. Estima-se sua ocorrncia em aproximadamente 2% do territrio nacional.

  • 24 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    40 - Quais as principais caractersticas dos Gleissolos?Solos constitudos por material mineral com horizonte glei, po-pularmente conhecido como tabatinga. Caracteriza-se pela forte manifestao de cores predominantemente acinzentadas, inician-do-se dentro dos primeiros 150 cm da superfcie, imediatamente abaixo do horizonte A ou E ou de horizonte orgnico. Material predominantemente argiloso e muito argiloso que passou por pro-cessos de oxidao e reduo em ambiente hidromrfico saturado por gua, mal ou muito mal drenados. Geralmente esto associa-dos ao material sedimentar recente nas proximidades de cursos dgua.

    41 - Onde esto presentes os Gleissolos?So encontrados em todas as reas midas do territrio brasileiro, como nas proximidades dos cursos dgua, vrzeas e baixadas. Esto presentes na plancie amaznica, nos estados de Gois, Tocantins, Rio de Janeiro e So Paulo e s margens das lagoas

    Espodossolo

    Foto 5: Maria de Lourdes Mendona Santos.Local: Quissam-RJ.Material de Origem: sedimentosarenosos marinhos.

    Figura 5: Ocorrncia de Espodossolos no Brasil.Fonte: Santos et al.(2013b).

  • 25Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    dos Patos, Mirim e Mangueira no Rio Grande do Sul, ocupando cerca de 4% da rea do Brasil.

    Gleissolo

    Figura 6: Ocorrncia de Gleissolos no Brasil.Fonte: Santos et al.(2013b).

    Foto 6: Humberto Gonalves dos Santos.Local: Casimiro de Abreu-RJ.Material de Origem: sedimentosargilosos e orgnicos.

    42 - Quais as principais caractersticas dos Latossolos?Apresentam Horizonte subsuperficial uniforme em cor, textura e estrutura (horizonte B latosslico). So solos profundos, em geral muito pobres, ocupando as superfcies mais velhas e estveis da paisagem. A intemperizao intensa dos constituintes minerais re-sulta na maior concentrao relativa de argilo-minerais resistentes (xidos e hidrxidos de ferro e de alumnio). So de textura vari-vel, de mdia a muito argilosa, porosos, macios e permeveis, apre-sentando pequena diferena no teor de argila em profundidade e, comumente, so de baixa fertilidade natural. Existem variados tipos de Latossolos, que se diferenciam, dentre vrios outros atributos, pela sua cor, fertilidade natural, teor de xidos de ferro e textura.

    43 - Onde esto presentes os Latossolos?So tpicos das regies equatoriais e tropicais, em antigas superf-

  • 26 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    cies de eroso, sedimentos e terraos fluviais antigos, normalmente em relevo suavemente ondulado e plano. So os solos mais repre-sentativos do Brasil, ocupando aproximadamente 39% da rea to-tal do pas e distribudos praticamente por todo o territrio nacional.

    Latossolo

    Figura 7: Ocorrncia de Latossolos no Brasil.Fonte: Santos et al.(2013b).

    Foto 7: Maria de Lourdes Mendona Santos.Local: Gro-Mogol-MG.Material de Origem: sedimentos argiloosos de cobertura.

    44 - Quais as principais caractersticas dos Luvissolos?So solos com horizonte B textural, alta saturao por bases e argila de atividade alta. Evoluo pedogentica conjugada pro-duo de xidos de ferro e mobilizao de argila da parte mais superficial com acumulaes em horizonte subsuperficial. Eram denominados anteriormente de Brunos No Clcicos. Normalmen-te so pouco profundos, de colorao avermelhada ou amarelada, com estrutura bem desenvolvida e alta fertilidade natural.

    45 - Onde esto presentes os Luvissolos?reas expressivas so encontradas no nordeste brasileiro, onde se distribuem principalmente na zona semirida. Estima-se em 3% a rea de ocorrncia no territrio brasileiro.

  • 27Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    46 - Quais as principais caractersticas dos Neossolos?Solos pouco evoludos, sem horizonte B diagnstico definido, seja pela reduzida atuao dos processos de formao ou por carac-tersticas inerentes ao material originrio. Pouca diferenciao de horizontes, com individualizao de horizonte A, seguido de hori-zontes C ou R (rocha), apresentando predomnio de caractersti-cas herdadas do material originrio. So pouco evoludos, jovens, constitudos por material mineral, ou por material orgnico com menos de 20 cm de espessura. Os Neossolos se subdividem em nveis de classificao mais baixos em Neossolos Litlicos (hori-zonte superficial diretamente sobre rocha s ou semidecomposta, ou horizonte C ou Cr); Regolticos (solos com material superficial assente sobre rocha ou horizonte C ou Cr a mais de 50 cm de pro-fundidade, com ocorrncia de minerais primrios); Flvicos (deri-vados de sedimentos aluviais) e Quartzarnicos (solos arenosos, de textura areia ou areia franca).

    Luvissolo

    Foto 8: Jos Francisco Lumbreras.Local: Cabrob-PE.Material de Origem: saprolito de micaxis-tos e gnaisses. Figura 8: Ocorrncia de Luvissolos no Brasil.

    Fonte: Santos et al.(2013b).

  • 28 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    Neossolo

    Foto 9: Maria de Lourdes Mendona Santos.Local: Lagoa Formosa-MG.Material de Origem: produtos da decom-posio de tufitos.

    Figura 9: Ocorrncia de Neossolos no Brasil.Fonte: Santos et al.(2013b).

    47 - Onde esto presentes os Neossolos?Ocorrem aproximadamente em 15% do territrio brasileiro.

    48 - Quais as principais caractersticas dos Nitossolos?So solos de textura argilosa ou muito argilosa que apresentam pouco ou nenhum incremento de argila em profundidade. So normalmente profundos, bem drenados, estruturados e de colorao variando de vermelho a brunada, moderadamente cidos e de fertilidade natural muito varivel. Em geral, so moderadamente cidos, com saturao por bases de baixa a alta, argila de atividade baixa e s vezes contendo elevados contedos de alumnio extravel. Em sntese, so solos constitudos por material mineral com 350 g/kg ou mais de argila, com horizonte subsuperficial imediatamente abaixo do horizonte A, com pouca diferenciao textural e estrutura bem desenvolvida e cerosidade bastante ntida.

    49 - Onde esto presentes os Nitossolos?As maiores reas contguas esto nos estados sulinos. No entanto,

  • 29Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    no Estado de So Paulo, extensas reas so encontradas nos planaltos baslticos que se estendem at o Rio Grande do Sul. A rea de ocorrncia no Brasil de aproximadamente 1,5%.

    50 - Quais as principais caractersticas dos Organossolos?So solos orgnicos (solos com predominncia de material orgnico sobre material mineral) pouco evoludos, com elevados teores de carbono. De colorao preta, cinzenta muito escura ou brunada, resultantes de acumulao de restos vegetais, em graus variveis de decomposio, em condies de drenagem restrita (ambientes mal a muito drenados), ou em ambientes midos de altitudes elevadas, saturados com gua por apenas poucos dias durante o perodo chuvoso. Em sntese, so solos com elevados teores de carbono, com 80 g/kg ou mais de carbono orgnico no solo.

    51 - Onde esto presentes os Organossolos?Ocorrem de forma muito dispersa, em pequenas manchas, no

    Nitossolo

    Foto 10: Sergio Shimizu.Local: Bodoquena-MS.Material de Origem: produtos da altera-o de calcrios. Figura 10: Ocorrncia de Nitossolos no Brasil.

    Fonte: Santos et al.(2013b).

  • 30 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    constituindo reas representativas em escala pequena.

    Organossolo

    Figura 11: Ocorrncia de Organossolos no Brasil.Fonte: Santos et al.(2013b).

    Foto 11: Ademir Fontana.Local: Indianpolis-MG.Material de Origem: depsitos orgnicos.

    52 - Quais as principais caractersticas dos Planossolos?So solos com horizonte superficial de textura mais leve, em geral arenosa, que contrasta abruptamente com o horizonte subsuper-ficial imediatamente subjacente, adensado e extremamente endu-recido quando seco, geralmente de acentuada concentrao de argila, bem estruturado e de permeabilidade muito lenta, apresen-tando visveis sinais de hidromorfismo que se manifesta nos atri-butos de cores acinzentadas ou variegadas. Em sntese, so solos constitudos por material mineral com horizonte A ou E seguidos de horizonte B mais pesado, hidromrficos ou no.

    53 - Onde esto presentes os Planossolos?Esses solos ocorrem predominantemente em reas de relevo pla-no ou suave ondulado, muito utilizados com arroz irrigado no Rio Grande do Sul e com pastagem na regio Nordeste do pas e no Pantanal. Ocupam aproximadamente 2% da rea do pas.

  • 31Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    54 - Quais as principais caractersticas dos Plintossolos?A caracterstica mais importante desses solos a presena de manchas ou mosqueados avermelhados (plintita), geralmente compondo um emaranhado de cores cinzentas, vermelhas e ama-reladas no padro variegado, bem contrastante com a matriz do solo, podendo ou no conter ndulos ou concrees de petroplin-tita (plintita endurecida irreversivelmente), os quais so constitu-dos por uma mistura de argila, pobre em carbono orgnico e rica em ferro, ou ferro e alumnio, com quartzo e outros materiais. Frequentemente so cidos e com baixa reserva de nutrientes.

    55 - Onde esto presentes os Plintossolos?Encontram-se em relevo plano e suave ondulado, em reas de-primidas, plancies aluvionais e teros inferiores de encosta, si-tuaes que impliquem no escoamento lento da gua do solo. As maiores extenses se encontram na regio Amaznica (alto Amazonas do territrio brasileiro), Amap, Ilha de Maraj, baixada

    Planossolo

    Figura 12: Ocorrncia de Planossolos no Brasil.Fonte: Santos et al.(2013b).

    Foto 12: Jos Coelho de Arajo Filho.Local: Municpio de Quixad-CE. Material de Origem: produtos de decom-posio de gnaisses e granitos.

  • 32 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    Maranhense, norte do Piau, Sudeste de Tocantins e Nordeste de Gois, Pantanal Mato-Grossense e baixadas da regio da Ilha do Bananal e em bordas de chapadas do Planalto Central. Ocupam aproximadamente 6% da rea do territrio nacional.

    Plintossolo

    Foto 13: Manoel Batista de Oliveira Neto.Local: Goiana-PE.Material de Origem: sedimentos argilo-areno-sos da Formao Barreiras. Figura 13: Ocorrncia de Plintossolos no Brasil.

    Fonte: Santos et al.(2013b).

    56 - Quais as principais caractersticas dos Vertissolos?A caracterstica mais importante a pronunciada mudana de vo-lume conforme a variao do teor de umidade devido ao elevado teor de argilas, superior a 300 g/kg, tendo como feio morfolgi-ca caracterstica e facilmente identificvel, a presena de fendas de retrao largas e profundas que se abrem desde a superfcie do solo nos perodos secos. So de colorao acinzentada ou preta, sem diferena significativa no teor de argila entre a parte superfi-cial e a subsuperficial do solo. So de elevada fertilidade qumica, relacionados aos calcrios e sedimentos argilosos ricos em clcio, magnsio e rochas bsicas, mas apresentam problemas de natu-reza fsica, como baixa permeabilidade, textura muito pesada e drenagem lenta.

  • 33Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    57 - Onde esto presentes os Vertissolos?Ocorrem, predominantemente, na zona seca do Nordeste, no Pantanal Mato-grossense, na Campanha Gacha e no Recncavo Baiano, totalizando cerca de 2% da rea do Brasil.

    Vertissolo

    Foto 14: Sergio Shimizu.Local: Corumb-MS.Material de Origem: produtos da altera-o de calcrio. Figura 14: Ocorrncia de Vertissolos no Brasil.

    Fonte: Santos et al.(2013b).

    58 - Como verificar a equivalncia da nomenclatura de classes de solos entre as classificaes antiga e atual?Esta correspondncia no direta e simples. Para atualizar uma classificao so necessrios os dados dos perfis que deram origem a classificao antiga para reclassificar o perfil novamente. Entretanto, uma correspondncia geral pode ser encontrada no Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SANTOS et al., 2013a) na pgina 339, Anexo F.

    59 - O que caracterizao pedolgica?A caracterizao pedolgica refere-se a caracterizao de um perfil de solo ou de um pedon, pode ser dividida nas seguintes etapas: (1) exame e descrio morfolgica de perfis de solos;

  • 34 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    (2) coleta de amostras de solos, geralmente de horizontes pedolgicos; (3) anlise laboratorial das amostras (atributos, qumicos, fsicos, mineralgicos); (4) interpretao dos resultados para fins, por exemplo, de classificao dos solos no sistema de classificao de solos vigente no pas; no nosso caso, no Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SANTOS et al., 2013a). A caracterizao pedolgica, por meio do exame morfolgico do perfil de solo e de seus dados analticos, possibilita, como sugere o procedimento, caracterizar um solo e classific-lo segundo o sistema de classificao de solos vigente. Portanto, pode ser um estudo pontual, de um nico perfil de solo, ou de perfis de uma topossequncia de solos para fins, por exemplo, de estudo de gnese de solos.

    60 - Qual a importncia de efetuar a caracterizao do solo?Pela caracterizao do solo diversas correlaes podem ser obtidas, dentre elas a capacidade produtiva, estgio de desenvolvimento dos solos, da degradao ou da recuperao, alm da classificao taxonmica dos solos para diversos fins.

    61 - O que o levantamento pedolgico?O levantamento pedolgico representa um prognstico da distribuio geogrfica dos solos como corpos naturais. O levantamento de solos identifica solos que passam a ser reconhecidos como unidades naturais, prev e delineia suas reas nos mapas em termos de classes definidas de solos. No levantamento pedolgico, a caracterizao e classificao dos solos so reunidos em classes (grupos de indivduos semelhantes), que, por sua vez, combinadas, com informaes do meio ambiente (relevo, vegetao, material de origem, etc.), constituem a base fundamental para composio das manchas de solos nos mapas pedolgicos, denominadas de unidades de mapeamento. Esses mapas mostram a distribuio espacial, extenso e limites das unidades de mapeamento. Ainda, compem um levantamento pedolgico um memorial sobre os solos da rea estudada, descrevendo-os e classificando-os detalhadamente, alm de

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    conter informaes ambientais e porcentagem de distribuio das diferentes classes de solos presentes na rea de estudo.

    62 - Como composto o mapa pedolgico?O mapa pedolgico, produto do levantamento de solos, com-posto de duas partes: o mapa de solos e o boletim descritivo. O primeiro possibilita a representao cartogrfica e visualizao espacial dos agrupamentos de solos em uma rea de estudo, con-tendo o mapa pedolgico propriamente dito, a legenda de solos e smbolos para identific-los no mapa. O segundo trata-se de um memorial sobre os solos da rea estudada, descrevendo-os e classificando-os detalhadamente, alm de conter informaes ambientais e porcentagem de distribuio das diferentes classes de solos presentes.

    63 - Como identifico no mapa a caracterstica do solo?Primeiro preciso localizar o ponto de interesse no mapa e verifi-car qual o solo, em seguida, consultar o relatrio e identificar a caracterstica do mesmo.

    64 - Como determino a grafia de nomes de classes de solos?A grafia do nome das classes de solos padronizada conforme as publicaes da Revista Brasileira de Cincia do Solo, utilizando-se letra maiscula somente nas primeiras letras dos nomes at o 3 nvel e minsculas no 4 nvel, por exemplo, Latossolo Vermelho Distrfico tpico. Esta forma considerada mais esttica e tambm mais utilizada em textos clssicos sobre solos no Brasil e em peridicos internacionais. O SiBCS preconiza caixa alta no 1 e no 2 nveil, apenas a inicial maiscula no 3 nvel e letras minsculas a partir do 4 nvel categrico. Exemplo de grafia at o 4 nvel categrico: ARGISSOLO AMARELO Distrfico plntico (SANTOS et al., 2013a).

    65 - Quando usar termos HPLICO, RTICO E TPICO, qual a sequncia na chave de classificao do solo?Hplico - quando necessrio, usado sempre no 2o nvel categrico

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    (Subordem). Hplico significa - o mais simples. Em uma chave taxonmica aquela classe ou indivduo que no apresenta a(s) caracterstica(s) que qualifica(m) classes ou indivduos que lhe antecedem na sequncia da chave. rtico - quando necessrio, usado sempre no 3o nvel categrico (Grande Grupo). rtico significa verdadeiro, o mais comum. No 3o nvel, as classes so separadas com base em caractersticas diagnsticas definidas por tipo e arranjamento de horizontes, atividade da argila, saturao por bases ou por alumnio ou por sdio ou por sais solveis, entre outras. A inexistncia de caracterstica diagnstica prevista na sequncia leva a classe, por excluso, ao Grande Grupo rtico. Tpico - usado sempre no 4o nvel categrico (Subgrupo). Tpico significa que o solo no possui caractersticas extraordinrias ou intermedirias em relao a outras classes. O tpico representa o conceito central da classe, geralmente no definido, por desconhecimento de todas as classes existentes. Nenhum destes termos definido por caractersticas prprias, constituindo sempre aquelas classes ou indivduos reconhecidos por excluso, segundo a lgica utilizada na chave de classificao do SiBCS (SANTOS et al., 2013a).

    66 - Solos de ambientes estuarinos so contemplados no Sistema Brasileiro de Classificao de Solos (SiBCS)?Sim. Se houver dados morfolgicos, fsicos e qumicos de solos neste ambiente que permitam a aplicao do SiBCS.

    67 - Na classificao das terras para irrigao, pode-se ver os Podzis. Revendo as classes dos solos no site, os Podzis no aparecem. Essa classe no existe mais?O Sistema Brasileiro de Classificao de Terras para Irrigao (SiBCTI) foi estruturado tendo como foco as propriedades e caractersticas do solo avaliadas de forma estratificada, a fim de decodificar este ambiente e, agregar a ele informaes como sistemas de irrigao, qualidade da gua de irrigao, custo de captao etc. (AMARAL, 2011). Quanto ao Sistema Brasileiro de Classificao de Solos - SiBCS (SANTOS et al., 2013a), os

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    antigos Podzis so classificados como Espodossolos. Mas recomendado que se faa uma reclassificao deste solo com base nas anlises, e no de forma direta apenas consultando a tabela de correspondncia de solos do sistema antigo para o atual.

    68 - Como saber se o solo identificado em uma deter-minada regio do Brasil como Planossolo, Regossolo ou outro tipo cido, pobre ou rico em nutrientes?Nesses casos necessrio consultar um levantamento de solos da rea em questo e ver as descries dos solos mencionados. Qualquer um dos tipos de solo, Planossolo, Regossolo etc. podem ter caractersticas muito diversas, podem ser cidos, ricos ou pobres, dependendo do material originrio e clima local. preciso localizar precisamente a rea que se quer, uma regio, ou um municpio por exemplo.

    69 - Qual a proporo (%, ha ou outra unidade) de La-tossolo Vermelho Distrofrrico no Brasil?Com base no mapa de solos do Brasil, 2001, IBGE/EMBRAPA (escala 1:5.000.000), a rea de Latossosolo Vermelho Distrofrrico (ex.: Latossolo Roxo Distrfico) estimada em 156.103 km2, correspondendo a 1,83% do pas (MAPA..., 2001). A porcentagem est bem aproximada, pode-se considerar correta nesta escala.

    70 - Como se caracteriza a ocorrncia do solo Durip?O durip um horizonte fortemente cimentado por compostos silicosos. Solos que apresentam o durip so mais frequentes em ambiente semirido. Neste caso ocorrem em Neossolos Regolti-cos e raramente em Planossolos. importante lembrar que no am-biente dos Tabuleiros Costeiros tambm ocorrem solos (Argisso-los e Espodossolos) com horizonte fortemente cimentado parecido com o durip. Mas, como a cimentao devida a compostos aluminosos, este horizonte reconhecido com o termo drico e no Sistema Brasileiro de Classificao de Solos denominado de carter drico (SANTOS et al., 2013a). Nesses ambientes os

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    horizontes fortemente cimentados causam impedimento drena-gem e ao crescimento de razes.

    71 - O solo durip agricultvel? Tm-se dois aspectos a ser considerados, o positivo e o negativo. Primeiro: quando o durip ocorre em profundidade maior que 1 m o solo acumula gua que poder ser til s culturas. Neste caso, funciona como uma barragem subterrnea. Segundo: se o durip for pouco profundo ou raso (dentro de 1 m de profundidade), a pode causar encharcamento no perodo das chuvas e impedir drasticamente o crescimento de razes. Portanto, o solo com durip, para ser usado com agricultura vai depender da profundidade do mesmo. O solo com durip raso a pouco profundo (dentro de 1 m), no recomendado para culturas convencionais. Se o solo tiver durip profundo (> 1 m de profundidade), poder ser usado com culturas adaptadas a solos com essa condio, isto , solo que poder estar com algum excesso de umidade no perodo chuvoso ou que poder simplesmente armazenar gua em profundidade.

    72 - Qual classe, pelo menos at o 3 nvel, devo clas-sificar os solos de mangue. Pensei em colocar como Neossolos Quartzarnicos, mas fiquei em dvida qual o nvel e porque alguns trabalhos mais recentes apenas adotam a classificao do Projeto RADAMBRASIL que classifica como solos indiscriminados de mangue. Devo fazer a mesma coisa?Os solos de mangue so muito diversificados e altamente vari-veis. Na nova classificao (SANTOS et al., 2013a), eles so GLEISSOLOS, em nvel de Ordem. Podem ser Gleissolos Tiomrfi-cos ou Gleissolos Slicos, em nvel de Subordem, dependendo se h material sulfdrico ou condutividade eltrica - CE > 7 dS/m. Se Tiomrficos podem ser Hmicos ou rticos, se Slicos podem ser Sdicos ou rticos e assim por diante. Deve-se entrar na chave de classificao e interpretar os dados morfolgicos, fsicos e mine-ralgicos at o nvel de Subgrupo, que podem ser sdicos, slicos, soldicos ou tpicos. Consulte o Sistema Brasileiro de Classifica-

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    o de Solos (SANTOS et al., 2013a).

    73 - Onde encontro o padro de Cores para Mapas de Solos at o Segundo Nvel Categrico?Essa informao est disponvel no atual SiBCS, p. 336, Anexo D e no Blog do SiBCS (SANTOS et al., 2013a).

    74 - Como fao para adquirir a carta de Munsell?A mesma encontra-se disponvel na pgina da Amazon www.amazon.com. No Brasil, procure a livraria Intercincia, a Sonda-Terra ou a Canuto para importao. Os dados so: Munsell Soil Color Charts with genuine Munsell color chips Year 2009 Year Re-vised / 2010 Production (Produced by Munsell Color x.rite) (MUN-SELL, 2009). Uma verso mais completa do Sistema Munsell est disponvel em: www.colormunki.com/munsell.

    75 - Onde encontrar os mapas de solos do Brasil produzidos pela Embrapa Solos?Os mapas de solos produzidos pela Embrapa Solos nos formatos editvel e pdf, bem como sua legenda descritiva, esto dispon-veis para download em http://mapoteca.cnps.embrapa.br. O ban-co de dados de solos est em: www.bdsolos.cnptia.embrapa.br/consulta_publica.html.

    76 - Quais os primeiros estudos de solo realizados no Estado do Cear?Um dos primeiros estudos de solos cobrindo todo Estado do Cear foi o realizado pelo convnio de mapeamento MA/DNPEA-SUDE-NE/DRN, na poca da criao da Embrapa. O mapa de solos est publicado na escala 1:600.000 e acompanha dois volumes de tex-tos (JACOMINE et al., 1973). Este estudo est disponvel em bi-bliotecas e na Funceme-CE. Existem, tambm, estudos realizados pelo projeto RADAMBRASIL, na escala de 1:1.000.000, cobrindo todo territrio nacional. O ttulo do trabalho realizado pelo conv-nio de mapeamento MA/DNPEA-SUDENE/DRN : Levantamento Exploratrio - Reconhecimento de Solos do Estado do Cear.

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    77 - Como acessar os mapas disponveis no Geoportal da Embrapa Solos?Os mapas de solos, aptido agrcola das terras, zoneamento agro-ecolgico, por cultura, pedoclimticos, uso da terra entre outros, em diversas escalas, nos formatos editvel e pdf, bem como seus relatrios, esto disponveis para consulta em mapoteca.cnps.em-brapa.br. Para download necessrio um breve cadastro: acesse o Geoportal e em Gerncia (acima direita do GeoPortal) cadas-tre-se como novo usurio, concordar com os termos, avanar, preencher os dados, e a senha ser 12345 que dever ser altera-da. O seu acesso ao Geoacervo estar liberado.

    78 - Encontro a distribuio geogrfica dos diferentes tipos de solos no livro Sistema Brasileiro de Classificao de Solos? No, o livro Sistema Brasileiro de classificao de Solos (SiBCS) oferece os conceitos, as definies e a chave para classificar solos em qualquer ponto do pas, mas no mostra a distribuio geogrfica de tipos de solos do Brasil. Isto s possvel saber consultando os mapas de solos existentes por estado ou regio ou municpio. O SiBCS uma base referencial para classificar solos, somente (SANTOS et al., 2013a).

    79 - Est disponvel o mapa de solos do Brasil com limitao de Al e/ou Ca e Mg, e sem limitao?No temos mapeamento de Al para o Brasil. Em relao ao Ca e Mg, sim, a publicao Uso de Sistemas de Informao Geogrfica para o Mapeamento de reas com Potencial de Aplicao da Magnesita Calcinada no Brasil, com Enfoque no Sudoeste de Gois. - Srie Documentos 95, TURETTA et al., 2007). Disponvel em www.bdpa.cnptia.embrapa.br/busca.

    80 - Estou utilizando os mapas disponibilizados no link www.uep.cnps.embrapa.br/solos. Quando consulto a le-genda do mapa, aparecem legendas de Latossolo Ama-relo (LA), Solos Litlicos (R). Mas no mapa aparecem

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    distines entre os latossolos amarelos, por exemplo, LA29, LA03, LA8, LA27. Isto ocorre para os demais tipos de solo tambm. Onde encontro a legenda para estas abreviaes: LE2, PVc27, PV05, A2, R1, R06, R2, R16, LA03, LA29, LA24, LA8, LA26, LA27 e LA17?Os mapas disponibilizados tm a funo de dar uma viso rpida aos usurios sobre os solos do Nordeste do Brasil. Com relao s legendas vigentes nos polgonos dos mapas (LA29, LA03, LA8, LA27), so legendas originais de antigos trabalhos publicados na forma de boletins de pesquisa, no disponveis em meio digital. Para obteno das mesmas, basta informar o estado do Nordeste de seu interesse para que seja providenciada cpia e envio do arquivo.

    81 - Como obter o acesso s bases cartogrficas, em especial quelas em formato editvel?As bases cartogrficas dos estados esto a cargo do IBGE, DSG e Fundao Cide.

    82 - Como obter a quantificao das classes, tipo de vegetao, mangue ou mata, ano a ano, para o mape-amento da variao desses dados na regio da Mata Atlntica?No caso de rea de Mata Atlntica tem o atlas atualizado da SOS Mata Atlntica www.sosma.org.br. Tambm, na base Sidra do IBGE www.sidra.ibge.gov.br. Mas para obter tais informaes necessrio ter conhecimento em geoprocessamento e anlise ambiental, para cruzar as informaes e obter respostas a essa pesquisa.

    83 - Onde encontrar mapas geolgicos de determinadas regies do Brasil?O rgo responsvel por este acervo o Servio Geolgico do Brasil (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais - CPRM).

    84 - A Embrapa Solos tem o mapa de solos da regio de

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    Braslia?No. H apenas os documentos relacionados a seguir: A Regio Geoeconmica de Braslia: III. regionalizaco agropecuria, A re-gio Geoeconmica de Braslia: II. Zoneamento agrcola e socioe-conmico. A regio geoeconmica de Braslia: I. ocupao Agr-cola. Mais detalhes envie uma mensagem para [email protected].

    85 - Onde encontrar o mapa de solos de Gois?A Embrapa Solos no dispe de levantamento de solos para o estado de Gois. Sugere-se pesquisar no site do Sistema Estadual de Estatstica e Informaes Geogrficas do Estado de Gois - SIEG - www.sieg.go.gov.br.

    86 - Onde encontrar o mapa de solos de Minas Gerais?Para o estado de Minas Gerais, dispomos no Geoportal (mapote-ca.cnps.embrapa.br) o mapa de solos na escala de 1:1.000.000. Informamos ainda que a Universidade Federal de Viosa UFV e parceiros lanaram o mapa de solos do estado de Minas Gerais, na escala 1:650.000, disponvel para download naquela instituio.

    87 - Qual o material cartogrfico e a metodologia utili-zada no levantamento de solos do Estado do Paran?O trabalho contm 22 cartas de solos do PR na escala 1:250.000, publicado no fim de 2008, uma compilao, ou seja, no um trabalho original, apenas uma atualizao taxonmica de acordo com a segunda edio do SiBCS. Nesse sentido, a metodologia descrita apenas a que faz parte do Livro com a Legenda Atualizada. Na bibliografia dos Levantamentos realizados para o estado do Paran, encontra-se a descrio metodolgica detalhada. No geral, utilizando mtodos convencionais como a fotointerpretao a metodologia de trabalho apresenta pouca variao. Consulte tambm Procedimentos Normativos de Levantamentos Pedolgicos publicado pela Embrapa Solos (SANTOS et al., 1995).

  • 43Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    88 - Onde obter dados de cidades do Estado do Rio de Janeiro referentes a Geoprocessamento?No GeoPortal Digital esto disponveis para download os arquivos em formato editvel (shapefile) os seguintes mapas: Carta de re-conhecimento de baixa intensidade dos solos do estado do Rio de janeiro; Carta de Aptido Agrcola das terras do estado do Rio de Janeiro. Aps o cadastro no sistema, verifique o cdigo da carta de 1:250.000 que recobre o municpio desejado e efetue o down-load dos arquivos terminados por .ZIP.

    89 - Quais so os tipos de solos encontrados no Estado do Rio de Janeiro?Ocorrem quase todas as classes de solos no estado do Rio de Ja-neiro: nas terras altas predominam Argissolos, Latossolos, Cam-bissolos Hplicos, Luvissolos; Neossolos Litlicos e Neossolos Regolticos; nas terras baixas predominam Gleissolos, Neossolos Flvicos, Cambissolos Flvicos, Neossolos Quartzarnicos, Espo-dossolos, Planossolos e Organossolos.

    90 - Onde encontrar o mapa de solos do municpio do Rio de Janeiro?Para o municpio do Rio de Janeiro, consultar no Geoportal Digital os ttulos: Mapa Semidetalhado de solos do municpio do Rio de Janeiro Solos-Zip 2004 e Mapeamento pedolgico e inter-pretaes teis ao planejamento ambiental do municpio do Rio de Janeiro, 2004. Contm texto e mapa color, escala 1:75.000 (LUMBRERAS; GOMES, 2004). (Embrapa Solos. Livro). Disponvel em: www.bdpa.cnptia.embrapa.br/busca.

    91 - Onde encontrar o mapa de solos do Rio Grande do Sul?Este mapa pode ser visualizado e baixado no site do IBGE http://mapas.ibge.gov.br/tematicos/solos.

    92 - Onde encontrar o mapa de solos do Estado de So Paulo?

  • 44 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    O mapa de solos do Estado de So Paulo, escala nominal 1:500.000 (tambm em formato editvel), pode ser obtido no Instituto Agronmico de Campinas - IAC www.iac.br.

    93 - possvel disponibilizar dados em formato editvel sobre aptido agrcola no territrio nacional?No. O melhor consultar o livro Uso Agrcola dos Solos Brasi-leiros (MANZATTO et al., 2002), disponvel em pdf para acesso livre no link www.bdpa.cnptia.embrapa.br/busca.

    94 - Preciso de maiores orientaes referentes ao pro-cesso de zoneamento. Qual o procedimento? Antes de qualquer iniciativa, deve-se fazer um levantamento do material disponvel na rea, como por exemplo, Levantamento de solos, em que escala, bases cartogrficas, Geologia, Geomorfolo-gia, Uso etc. Enfim, todo o material necessrio para a elaborao de um zoneamento; no caso de se utilizar ferramentas de web-gis, todas estas bases devem obedecer normas cartogrficas de ge-orreferenciamento, tipo de projeo, para que a partir delas voc possa gerar modelos e fazer os cruzamentos necessrios para elaborao do zoneamento.

    95 - Quais os mtodos de anlise de solos adotados pela Embrapa Solos?Os mtodos so os de caracterizao qumica, fsica e mineral-gica e esto disponveis para consulta em nossa pgina, na publi-cao Manual de mtodos de anlise de solo (DONAGEMMA et al., 2011).

    96 - Qual o mtodo de anlise de granulometria utiliza-do pela Embrapa Solos?A Embrapa Solos utiliza o mtodo convencional de anlise textural (mtodos da pipeta e do densimetro).

    97 - Onde posso encontrar uma metodologia de amos-tragem de solo para fim de projeto de revegetao em

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    recuperao de rea degradada causada por obras de conteno de encostas e revitalizao de estradas? Entre as informaes que busco esto: procedimento de amos-tragem e parmetros a serem analisados.No temos uma metodologia especfica de amostragem de solo para a recuperao de rea degradada (RAD), causada por obras de conteno de encostas e revitalizao de estradas. Como so reas muito alteradas seja pelo desmoronamento/deslizamento natural ou pelo uso de mquinas (condies em que os horizontes superficiais se perderam ou esto misturados com os subsuper-ficiais), o que costumamos fazer nas aes de RAD da Embrapa Solos coletar o solo das reas mais homogneas (cor e textura principalmente), e fazer a anlise de rotina. Como as caracters-ticas de fertilidade nessas condies so, normalmente, muito desfavorveis em termos de contedo de nutrientes, se faz uma adubao bsica com adubo orgnico, fosfato natural, micronu-trientes, calcrio, potssio e nitrognio (caso no sejam utilizadas leguminosas inoculadas com rhizobium). Os parmetros bsicos a serem observados so, principalmente, os teores de clcio, mag-nsio, fsforo e potssio alm do pH e alumnio. Na parte fsica, a textura: arenosa, mdia, siltosa e argilosa/muito argilosa.

    98 - Existe um mtodo de irrigao acessvel aos pe-quenos e mdios agricultores familiares e orgnicos?Certamente sim, mas a Embrapa Solos no atua na rea de irriga-o. O que temos para orientar nesse contexto o Sistema Brasi-leiro de Classificao de Terras para Irrigao SiBCTI, que uma metodologia que permite a classificao do ambiente: solo, gua, sistema de irrigao e cultura escolhida, em base sustentvel e de forma automtica, eliminando o risco da avaliao pessoal do res-ponsvel ou usurio. Sendo aplicvel a qualquer tipo de agricultor independente do seu porte (AMARAL, 2011).

    99 - O que se entende por solo degradado?A degradao do solo a deteriorao ou desgaste de suas ca-ractersticas qumicas, fsicas, morfolgicas e biolgicas, como

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    por exemplo, a perda da quantidade de solo e de seus nutrientes, a distribuio da matria orgnica, a compactao, a poluio causada por adubos qumicos e pesticidas etc. (CAPECHE, 2004).

    100 - Quais os fatores que levam degradao do solo? So muitos os fatores que levam degradao do solo, no s no meio rural como nas cidades. Por exemplo: desmatamentos, queimadas, preparo excessivo do solo agrcola e no sentido morro abaixo, plantio de monocultura durante muito tempo, adubaes em doses erradas e sem a recomendao da anlise qumica, uso indiscriminado de agrotxicos, construo de residncias e pr-dios em reas sujeitas a desmoronamento, despejo de lixo e re-jeitos industriais em locais imprprios, colocando em risco o meio ambiente e a sade da populao.

    101- Como ocorre a eroso? A eroso ocorre quando a superfcie do solo est sem cobertura vegetal, favorecendo o ataque de dois agentes causadores da ero-so: o vento e a gua da chuva.

    102 - O que e como surgem as voorocas? A vooroca um tipo de eroso que provoca grandes perdas de solo. Ela causada, em geral, pela concentrao de um grande volume de gua em determinado ponto do terreno que serve de escoamento da gua. Normalmente, no incio ocorre a eroso la-minar que quase no perceptvel, pois a perda do solo acontece superficialmente. Com o passar do tempo, essa eroso laminar pode transformar-se em eroso por sulco, medida que a gua comea a concentrar-se em caminhos preferenciais no terreno, evoluindo para a vooroca.

    103 - O que fazer para controlar a vooroca? O principal evitar que a gua da chuva, que escorre sobre o solo, caia dentro da vooroca e provoque o desbarrancamento de suas paredes, o que se consegue construindo, ao redor da vooroca, barreiras fsicas para desviar a enxurrada, de preferncia, terraos

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    (murundus com valas) ou apenas valas. Estas no podem ter um caimento muito grande e devem ser vegetados para no causar eroso. Caso o volume de gua desviada pelos terraos seja muito grande, deve-se construir bacias de captao para reteno dessa gua, at ela infiltrar no solo ou evaporar. O nmero e espaa-mento entre as bacias depender do tamanho e declividade do terreno a ser protegido.

    104 - O que fazer para recuperar a rea da vooroca? Deve-se adequar a inclinao das paredes da vooroca de modo que elas fiquem com uma conformao de talude, permitindo o plantio da vegetao recomendada e, dessa forma, a vooroca possa ser revegetada. Dentro da vooroca podem tambm ser colocados obstculos nos caminhos formados pelas guas, de maneira a reduzir sua velocidade de escorrimento. Aos poucos ir acumulando terra trazida pela enxurrada, ao invs do solo ir parar em rios, audes etc.

    105 - Como se d o planejamento conservacionista do solo? O planejamento conservacionista da propriedade, nada mais do que planejar todas as atividades agrosilvipastoris, de acordo com a vocao ou aptido agrcola dos solos. Cada solo apresenta uma caracterstica qumica, fsica, morfolgica e biolgica que, relacio-nadas com o relevo, lhe dar uma capacidade de produo, a qual deve ser respeitada.

    106 - O que e quais so as prticas conservacionistas?Prticas conservacionistas so tecnologias utilizadas no controle da eroso que visam a reduzir e/ou impedir o impacto direto das gotas de chuva sobre a superfcie do solo, melhorar a fertilidade do solo e aumentar a infiltrao da gua da chuva e da irrigao. As prticas podem ser vegetativas, edficas e mecnicas:

    Prticas vegetativas: aes que envolvem o plantio e o ma-nejo da vegetao.

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    Prticas edficas: servem para melhorar a fertilidade do solo e condies de plantio.

    Prticas mecnicas: visa a evitar o escorrimento da gua de chuva, chamada de enxurrada.

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    Referncias

    AMARAL, F. C. S. do (Ed.). Sistema brasileiro de classificao de terras para irrigao: enfoque na regio semirida. 2. ed. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2011. 164 p.

    CAPECHE, C. L.; MACEDO, J. R. de; MELO, A. da S.; ANJOS, L. H. C. dos. Parmetros tcnicos relacionados ao manejo e conservao do solo, gua e vegetao: perguntas e respostas. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2004. 16 p. (Embrapa Solos. Comunicado tcnico, 28).

    DONAGEMA, G. K.; CAMPOS, D. V. B. de; CALDERANO, S. B.; TEIXEIRA, W. G.; VIANA, J. H. M. (Org.). Manual de mtodos de anlise de solo. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2011. 230 p. (Embrapa Solos. Documentos, 132). Disponvel em: . Acesso em: 24 nov. 2014.

    JACOMINE, P. K. T.; ALMEIDA, J. C.; MEDEIROS, L. A. R. Levantamento exploratrio - reconhecimento de solos do Estado do Cear. Recife: SUDENE-DRN; Braslia, DF: MA-Diviso de Pesquisa Pedolgica, 1973. 2 v. (MA-DNPEA. Boletim tcnico, n. 28; SUDENE-DRN. Srie pedologia, n. 16).

    LUMBRERAS, J. F.; GOMES, J. B. V. Mapeamento pedolgico e interpretaes teis ao planejamento ambiental do municpio do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2004. 331 p. 1 mapa, color. Escala 1:75.000.

    MANZATTO, C. V.; FREITAS JUNIOR, E. de; PERES, J. R. R. (Ed.). Uso agrcola dos solos brasileiros. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2002. 174 p. il.

    MAPA de solos do Brasil. Rio de Janeiro: IBGE: Embrapa Solos, 2001. 1 mapa, color. Escala 1:5.000.000.

    MUNSELL, A. H. Munsell soil-color charts. Grand Rapids, MI, 2009.

  • 50 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    SANTOS, H. G. dos; CARVALHO JNIOR, W. de; GLIO, M. L. D.; SILVA, J. S.; DART, R. de O.; PARES, J. G.; FONTANA, A.; MARTINS, A. L. da S.; OLIVEIRA, A. P. de. Mapa de Solos do Brasil. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2011. 1 mapa, color. Escala 1:5.000.000.

    SANTOS, H. G. dos; HOCHMLLER, D. P; CAVALCANTI, A. C.; RGO, R. S.; KER, J. C.; PANOSO, L. A.; AMARAL, J. A. M. do. Procedimentos normativos de levantamentos pedolgicos. Braslia, DF: EMBRAPA-SPI; Rio de Janeiro: EMBRAPA-CNPS, 1995. 108 p.

    SANTOS, H. G. dos; JACOMINE, P. K. T.; ANJOS, L. H. C. dos; OLIVEIRA, V. A. de; LUMBRERAS, J. F.; COELHO, M. R.; ALMEIDA, J. A. de; CUNHA, T. J. F.; OLIVEIRA, J. B. de. Sistema brasileiro de classificao de solos. 3. ed. rev. e ampl. Braslia, DF: Embrapa, 2013a. 353 p. il.

    SANTOS, M. de L. M.; SANTOS, H. G. dos; GLIO, M. L. D.; SOUZA, J. R. S.; GODOY, E. G. Calendrio de Solos do Brasil 2013. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2013b. 16 p. Disponvel em: http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/77525/1/calendario-de-solos-2013.pdf>. Acesso em: 17 nov. 2014.

    TURETTA, A. P. D.; PRADO, R. B.; BALIEIRO, F. C.; POLIDORO, J. C.; BENITES, V. M.; FERREIRA, C. E. Uso de sistemas de informao geogrfica para o mapeamento de reas com potencial de aplicao da magnesita calcinada no Brasil, com enfoque no Sudoeste de Gois. Rio de Janeiro: Embrapa Solos, 2007. 21 p. (Embrapa Solos. Documentos, 95). Disponvel em: . Acesso em: 19 nov. 2014.

    ZARONI, M. J. (Ed.). Solos tropicais. Braslia, DF: Embrapa, 2013. Disponvel em: . Acesso em: 18 nov. 2014.

  • II - Fertilidade do solo e nutrio de plantasVincius de Melo BenitesCludio Lucas CapecheJos Carlos PolidoroWenceslau Geraldes TeixeiraMarcelo Francisco Costa SaldanhaDaniel Vidal PrezJos Ronaldo de Macedo

    107 - Como fao para o solo ficar mais produtivo?Com relao a melhorar a fertilidade de um solo para possibilitar que ele seja mais produtivo na agricultura, necessrio a aplica-o de corretivos de pH e nveis txicos de alumnio (calcrio e/ou gesso), e de fertilizantes minerais (ureia, superfosfato, cloreto de potssio, micronutrientes), orgnicos (cama de avirio, esterco de boi ou cavalo, adubao verde com leguminosas) ou organo-minerais. Importante salientar que antes de se fazer esses proce-dimentos necessrio fazer a anlise de fertilidade do solo em laboratrios especializados e credenciados. Esse princpio vlido para qualquer tipo ou classe de solo (amarelo, vermelho, cinza, preto, marrom), em qualquer regio do Brasil.

    108 - Quais as orientaes para a retirada da terra a ser analisada, existe alguma restrio?As reas que se deseja analisar devem ser as mais homogneas possveis e estarem separadas conforme algumas caractersticas como: tipo de solo (mesma cor, arenoso/argiloso, com muita matria orgnica ou no); relevo (topo de morro, alto, meio ou baixa encosta, baixada, vrzea); condio de umidade (rea que encharca periodicamente, rea irrigada, rea seca); tipo de cultivo

  • 52 Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    culturas anuais (milho, feijo, hortalias), culturas perenes (fruticultura, reflorestamento, caf) ou pastagem; locais em que se utiliza adubao e nos que no utilizam, etc. No devem ser coletadas amostras para anlise locais prximos a residncias, galpes, estradas, formigueiros, depsitos de adubos etc.

    109 - Qual o tamanho da rea a ser amostrada?O tamanho da rea a ser amostrada vai depender de sua homoge-neidade e varia conforme as caractersticas da mesma. Podem ser coletadas desde espaos pequenos, como canteiros para hortas e jardinagem, at reas com grandes dimenses (10.000 m2 ou mais).

    110 - Como so classificadas as amostras retiradas do solo?As amostras so classificadas em simples (sub-amostras) e com-postas. Primeiramente so coletadas as amostras simples que, aps reunidas em um recipiente plstico limpo, so misturadas bem para resultarem na amostra composta que ser enviada ao laboratrio para anlise.

    111 - Qual a quantidade de amostras simples devo retirar na rea rural?Na rea rural recomendada a retirada de 10 a 15 amostras sim-ples em uma rea de at 2 hectares (1 hectare igual a 10.000 m ou um campo oficial de futebol). Em locais de grande homoge-neidade, a rea pode se estender at 4 hectares.

    112 - Qual o procedimento correto de coletar as amostras simples?As amostras simples so coletadas caminhando-se em zigue-za-gue pelo terreno, e devem ser acondicionados num recipiente plstico limpo para evitar contaminao por outros produtos (Ex.: balde de 5-10 litros ou saco plstico bem forte). No utilizar sacos de adubo ou de rao, bem como outros que possam contaminar a amostra e mascarar o resultado da anlise.

  • 53Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    113 - Qual a profundidade adequada para coleta de amostras de solo para anlise fsica, qumica e granu-lomtrica, as amostras devem ser separadas para cada tipo de anlise?A profundidade de coleta de amostras de solos depende do estudo que se deseja fazer, e tambm da cultura que est sendo estudada. Culturas cujas razes no sejam profundas, como por exemplo pastagens, olercolas, feijo etc, necessitam apenas da profundidade de 0 - 20 cm. Outras culturas, como caf, frutferas, etc devem ter a coleta realizada tambm na profundidade de 20 - 40 cm. A mesma amostra que utilizada para fins de anlise de fertilidade ser usada para a granulometria, ambas na frao 2 mm de terra fina seca ao ar ou terra fina seca em estufa.

    114 - Com que frequncia devo realizar anlise do solo na rea de cultivo?O intervalo das anlises pode variar de acordo com o tipo de ma-nejo de solo e sistema de produo/plantio a ser adotado, sendo, na maioria das vezes, realizado anualmente. Deve ser feito com pelo menos dois a trs meses antes do plantio, para dar tempo, quando for necessrio se utilizar calcrio para alterar o pH, deste corretivo reagir com o solo.

    115 - Preciso realizar anlise de caracterizao de terra preta (terra para jardim)?O que se chama de terra preta, vendida em lojas de plantas, uma terra rica em matria orgnica e fsforo. No necessrio realizar sua caracterizao para utiliz-la em jardins, pois em geral os teores de nutrientes so adequados s necessidades das plantas, e o volume comprado/utilizado pequeno, e funciona normalmente como substrato. O ideal seria que o produto viesse rotulado com os nveis de garantia, que so os teores de nutrientes presentes no produto. Sendo vendido a granel, e produzido de maneira informal, os teores de nutrientes normalmente no so apresentados.

    116 - Quero comprar medidor de pH de solo para uso

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    prprio no meu jardim. Qual produto confivel e onde encontrar? No recomendamos o uso de medidores de pH que fazem a medi-o diretamente no solo. O conhecimento do pH do solo sem que se saiba os nveis de outros parmetros relevantes para a fertili-dade do solo so de pouca valia. mais recomendvel retirar uma amostra de solo de sua propriedade e levar a um laboratrio de anlise de solos, para verificar a fertilidade do mesmo, fazendo-se, a partir dos resultados, a adequada correo e adubao do solo.

    117 - Qual a implicao da calagem para o cultivo de plantas nativas?A calagem sempre melhora as condies qumicas do solo, sendo especialmente necessria para os cultivos de plantas com fins comerciais em que o desenvolvimento vegetal deve ser maximiza-do. No caso de espcies nativas de Mata Atlntica, a origem das sementes deve ser avaliada. Se provm de zona com solos frteis, possvel que apresentem sintomas de deficincia em solos mais pobres, mais ainda naqueles com nveis muito altos de saturao de alumnio (>80%).

    118 - A calagem do solo pode ser feita aps o plantio das mudas nativas?Em geral as plantas nativas se adaptam bem maioria dos solos, sendo desnecessria a calagem para a correo da acidez e da neutralizao de alumnio. recomendvel a aplicao de calcrio muito mais para o suprimento de clcio e magnsio do que para elevao do pH. aconselhvel que seja aplicado na cova, mas pode tambm ser aplicado em cobertura sem maiores problemas.

    119 - Existe uma tcnica para aplicar o calcrio sem remover a grama, uma vez que no temos condies de plant-la novamente?Para a correo da acidez o correto aplicar e incorporar o calcrio, porm como voc no quer remover a grama, faa uma mistura de calcrio dolomtico com gesso agrcola na proporo de 3:1.

  • 55Solos para Todos - Perguntas e Respostas

    O gesso vai promover a percolao do ctions clcio e magnsio para profundidades maiores, neutralizando a acidez do solo.

    120 - O gesso utilizado na construo civil pode ser aplicado na correo de solo?Como na sua composio consta papel, fibras de vidro, agentes espumantes, dispersantes e hidro-repelentes, no se recomenda o seu uso na agricultura como condicionador de solo. Para correo do solo, o recomendado a aplicao de calcrio, especialmente o dolomtico.

    121 - Qual a diferena na composio do gesso agrcola e do gesso de alvenaria?O gesso agrcola subproduto da fabricao do cido fosfrico, que necessrio produo de superfosfato triplo e fosfatos de amnio (MAP e DAP). O gesso agrcola, sulfato de clcio (CaSO4 - 2H2O) pode ser utilizado como condicionador de solo e fonte de clcio e enxofre. O sulfato, solvel em gua, leva ctions at as camadas mais profundas do solo, diminui a saturao por alumnio e torna o ambiente mais apropriado para o crescimento das razes. J o gesso usado como revestimento diretamente sobre alvenaria ou para rebaixamento de teto denominado de gesso acartona-do e sua composio difere da do gesso agrcola. A composio tpica do gesso acartonado mais complexa. A parcela predomi-nante de gesso natural hidratado (gipsita), papel (referencias mencionam entre 4% a 12%), fibras de vidro, vermiculita, argilas (at 8%), amido, potassa (KOH), agentes espumantes (sabes), dispersantes, hidro-repelentes nas placas resistentes gua.

    122 - Como produzir fertilizante base de zelita em minha propriedade?Para produzir o fertilizante base de zelita de forma artesanal na sua propriedade, basta misturar as zelitas em p com o fertilizan-te numa proporo de cerca de 5:1 e aplicar ao solo. recomen-dado que se faa um teste antes da compra de maiores quantida-des, embora a produtividade possa no aumentar, a quantidade

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    de fertilizantes gasta poder, eventualmente, ser menor.

    123 - Existe a possibilidade de se produzir fertilizante mineral a partir de cloreto ferroso?H sim possibilidade de produzir fertilizantes com cloreto ferroso para aplicao foliar como fertilizantes simples ou mesmo para fertilizantes complexos (considerado mais adequado), para potencializar a ao de outros nutrientes ou mesmo de defensivos agrcolas.

    124 - Como produzir fertilizante a partir de dejetos de sunos?O projeto Agrosuno da Embrapa Solos trata da produo industrial de fertilizantes a partir do composto orgnico obtido pela mistura entre dejetos de sunos e bagao de cana. O processo industrial envolve as fases de enriquecimento mineral do composto com a adio de fontes de fsforo, granulao mecnica, secagem e classificao do fertilizante. Todo o processo conduzido em uma planta industrial utilizando equipamento de grande escala. O custo da infraestrutura para esse processo gira em torno de 5 milhes de reais, sendo a maior parte do investimento em equipamentos e infraestrutura, e exige no mnimo, 50 toneladas/dia de dejetos para se tornar vivel economicamente. No recomendamos esse processo para a produo de fertilizantes para produo em pequena escala.

    125 - vivel utilizar o bagao de cana triturado mis-turado aos dejetos de sunos para produzir fertilizante?O bagao de cana um excelente material para ser misturado com os dejetos de sunos, sendo que trabalhos realizados mostraram excelentes resultados. A relao encontrada em volume foi de 2 para 1, ou seja, dois metros cbicos de bagao para cada metro cbico da poro slida do dejeto. Como o dejeto sai na forma lquida, devido grande quantidade de gua que utilizado no processo de limpeza das baias, ter que passar antes por uma peneira rotativa que extrai uma pasta, com cerca de 70% de umidade.

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    126 - uma boa alternativa utilizar cama de frango mis-turada com fsforo na adubao dos pastos?O uso de cama sem dvida uma tima opo para pastagens, sendo uma boa fonte de alguns nutrientes como o N alm de micronutrientes e matria orgnica. O enriquecimento da cama com fontes de fsforo permite o uso de menor quantidade desse resduo por hectare, facilitando o manejo.

    127 - Qual a maior rea (ha) por amostras de solo para anlise de fertilidade em reas de pastagens bem uniformes?A rea recomendada para a coleta de amostras para a formao da amostra composta, especialmente em reas homogneas, de 10 ha.

    128 - Que alternativas tenho para a cama de frango na melhoria da pastagem?Alm da cama de frango, existem outras alternativas de baixo custo para adubao de pastagens, como algumas rochas fosf-ticas consideradas reativas, que esto chegando no mercado bra-sileiro a um custo competitivo. O livro "Cerrado: uso eficiente de corretivos e fertilizantes em pastagens" (MARTHA JNIOR et al., 2007) oferece muitas dicas interessantes para um melhor manejo da fertilidade de sua pastagem.

    129 - Existe regulamentao para uso de ureia em grande quantidade com fins de uso em capina qumica?Considerando os trabalhos existentes at o momento sobre as perdas de N a partir de ureia, no coerente pensar em ureia para fazer capina qumica. A questo no legal, econmica. Exis-tem tantos herbicidas de comprovada eficincia e baixo custo, que no tem cabimento usar um fertilizante caro e do qual depen-demos fortemente das importaes para se fazer uma capina.

    130 - A Embrapa tem estudos sobre o uso da moinha de carvo vegetal como adubo ou seu consrcio com

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    lixo orgnico para a produo de adubo?O uso de finos de carvo (moinha) vem sendo feito j alguns anos pela Embrapa, tendo alguns resultados na forma de teses e trabalhos publicados, especialmente no uso como componente de substrato para mudas.

    131 - O que o extrato pirolenhoso?O extrato pirolenhoso basicamente um vinagre de madeira. composto predominantemente por gua e a parte orgnica basicamente cido actico.

    132 - Posso jogar extrato pirolenhoso no solo em subs-tituio ao calcrio?O extrato pirolenhoso no condicionador de solos e no subs-titui de forma alguma o calcrio. O extrato pirolenhoso no tem nutrientes minerais na sua composio.

    133 - Posso usar o extrato pirolenhoso como fungicida?Desconhecemos estudos que mostrem eficincia do extrato piro-lenhoso como fungicida ou inseticida, embora existam relatos da sua ao como repelente de insetos. Mas no podemos garantir essa funo.

    134 - Posso usar o extrato pirolenhoso como herbicida 1x1?O extrato pirolenhoso nas concentraes que se apresenta no tem ao herbicida. Estudos especficos sobre esse efeito foram conduzidos pelo Dr. Dcio Karan da Embrapa Milho e Sorgo.

    135 - possvel fazer adubao com fosfato no perodo da seca ou melhor esperar as chuvas?A poca de adubao para qualquer cultura, independentemente do nutriente a ser aplicado, deve ser sempre feita no perodo das chuvas, pois para que a planta possa absorver os nutrientes apli-cados, eles devem estar disponveis na soluo do solo.

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    136 - Como conseguir uma licena para usar um produto como adubo foliar?Por tratar-se de um produto comercial, existem normas que regu-lamentam a produo e o tipo de adubo. A solicitao deve ser encaminhada ao escritrio do Ministrio da Agricultura, no estado em que a empresa est situada.

    137 - Qual a diferena entre o uso do acar e outras fontes de carbono para melhoria do solo?O acar uma forma de carbono rapidamente consumida pelos microrganismos. Da, ele no fica muito tempo no solo. Alm disso, os microrganismos malficos, especialmente os responsveis por causar doenas, tambm se beneficiam de uma fonte rpida de carbono. Por isso, se estimula a adubao orgnica, com compostos orgnicos variados derivados de resduos vegetais e animais. Essas formas de carbono tero tempos diferentes de decomposio, permitindo aos microrganismos se estabelecerem de forma mais harmnica e equilibrada.

    138 - Como os microrganismos do solo afetam as plantas?Existem vrias formas: 1) Existem microrganismos, fungos em sua maioria, que "mineram" o solo e liberam nutrientes, especial-mente o fsforo, que fica mais prontamente disponvel para ser absorvido pelas razes; 2) Existem microrganismos que controlam outros microrganismos que causam doenas as plantas; 3) Exis-tem microrganismos que produzem substncias orgnicas que es-timulam o crescimento da planta etc.

    139 - Em um solo composto basicamente de turfa, casca de pinus, vermiculita etc, seria vivel adicionar carvo vegetal de diferentes tamanhos para fornecer O2 ao solo?A adio de carvo vegetal ao solo funciona como condicionador do solo, aumentando potencialmente a reteno de minerais e de gua e a aerao. As cinzas geralmente esto associadas a

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    aumento do pH e fornecimento de K, Ca, Mg e minerais, mas seu uso deve ser parcimonioso pois as cinzas elevam muito rapida-mente o pH do solo.

    140 - Com o carvo de churrasco eu poderia "sequestrar carbono" do ambiente e fornecer para a planta?A questo do termo "sequestro de carbono" complexa e envolve um estudo mais elaborado. Quanto a fornecer C para planta via carvo no possvel e no necessrio, pois a planta absorve o CO2 do ar.

    141 - Existe algum meio de tornar o solo mais aerado usando carvo vegetal ou produtos orgnicos?Sim. Veja na bibliografia recomendada alguns trabalhos com o uso de carvo vegetal para aumentar a aerao em substrato para mudas: SOUZA, G. K. A. de; TEIXEIRA, W. G.; REIS, A. R.; CHA-VES, F. C. M.; XAVIER, J. J. B. N. Growth of crajiru (Arrabidaea chica Verlot) in different growing media. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, v. 8, p. 61-65, 2006. NUNES, M. M. Carvo vegetal como componente de substrato para produo de mudas de castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa H. B.K) em substrato argiloso e arenoso. 2010. Dissertao (Mestrado em Agronomia Tropical) - Universidade Federal do Amazonas.

    142 - Como se d o processo do uso do biochar para a retirada do carbono da atmosfera e sequestr-lo no solo?Muitos confundem reduo de emisses com sequestro de carbono. O uso de resduos carbonizados como condicionador do solo seria um mecanismo de sequestro, no caso de se plantar ou utilizar resduos repetidamente para a carbonizao (biochar). Nos regulamentos do IPCC e ONU para o sequestro, fala-se em controle de 20 anos (para floresta plantadas por exemplo como mecanismo de sequestro). Como os resduos carbonizados tem um tempo de vida (molculas recalcitrantes e resistentes ao ataque por microrganismo e liberao do carbono), voc acabaria sequestrando

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    carbono (retirando o que est na atmosfera) e acumulando no solo. No link a seguir, veja mais esclarecimentos no captulo do livro sobre Terras Pretas de ndio, em especial o Captulo 22: www.biochar.org/joomla/images/stories/Cap_22_Vinicius.pdf.

    143 - Posso usar cinzas de caldeira para adubao, existem parmetros para a sua utilizao, e qual a legislao que ampara esta atividade?A composio qumica das cinzas pode variar bastante de acordo com o material utilizado na carbonizao e a taxa de carboniza-o. Temos vrios trabalhos utilizando carvo vegetal e fino de carvo vegetal como condicionadores de solo e os resultados so agronomicamente interessantes, embora sejam economicamente inviveis dado o custo do carvo. As cinzas normalmente contm grande quantidade de carvo alm de cinzas propriamente ditas. Algumas cinzas so muito ricas em potssio e outras so ricas em fsforo. Por exemplo, em cinzas de caldeira de algumas fbricas de processamento de carnes de sunos e aves, aonde se queima a borra (lodo primrio), os teores de P2O5 podem ser superiores a 12%, o que as caracteriza como excelente fonte desse nutriente. Contudo, da mesma forma que as cinzas concentram nutrientes, elas podem concentrar alguns contaminantes como metais pesa-dos e principalmente sdio. Deve ser encaminhada uma amostra para anlise a fim de verificar o contedo de metais pesados e de sdio nessas cinzas. Existe uma instruo normativa do Ministrio da Agricultura Pecuria e Abastecimento - MAPA que determina o limite de contaminantes em fertilizantes e esse valor pode balizar o uso de cinzas.

    144 - Como a Embrapa se posiciona sobre o tema longevidade das reservas mundiais de fsforo, o que tem levantado no planeta, quais as pesquisas relacionadas com o desenvolvimento de plantas de baixo consumo de fsforo, e, quais as pesquisas relacionadas a outras formas de fertilizantes fosfatados que anulem ou atenuem as grandes perdas no solo, como as atuais em

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    uso: DAP, MAP, e superfosfatos. O que se determinou na recente reunio internacional sobre o tema?A pergunta muito ampla. Existem pginas na internet que podero atender de maneira geral os interessados no tema, como:

    a) A base de dados da pesquisa agropecuria nacional:

    b) A seo brasileira do IPNI (International Plant Nutrition Institute)

    c) A Associao Nacional para Difuso de Adubos (ANDA)

    145 - Gostaria de saber sobre a eficincia do Calcrio Lquido. Qual a durabilidade deste produto no solo?No existe nenhuma comprovao cientfica da eficcia desse produto e por tudo que sabemos, pode-se afirmar que se trata de produto enganoso. Alguns anunciantes se utilizam de forma ilegal do nome da Embrapa para tentar associar a imagem do produto imagem da Embrapa, legitimando um produto sem eficincia ou de eficincia duvidosa em relao propaganda feita. preciso divulgar essa informao e banir do mercado esse tipo de fraude. A Embrapa s recomenda o uso de materiais corretivos de acidez que atendam s exigncias legais do Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento, contidas na Instruo Normativa N 35/2006 (BRASIL, 2006).

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    Referncias

    BRASIL. Ministrio da Agricultura, Pecuria e Abastecimento. Secretaria de Defesa Agropecuria. Instruo normativa n 35, de 4 de julho de 2006. Aprova as normas sobre especificaes e garantias, tolerncias, registro, embalagem e rotulagem dos corretivos de acidez, de alcalinidade e de sodicidade e dos condicionadores de solo, destinados agricultura, na forma do Anexo a esta Instruo Normativa. Dirio Oficial [da] Repblica Federativa do Brasil, Braslia, DF, 12 jul. 2006. Seo 1.

    MARTHA JNIOR, G. B.; VILELA, L.; SOUSA, D. M. G. de (Ed.). Cerrado: uso eficiente de corretivos e fertilizantes em pastagens. Planaltina, DF: Embrapa Cerrados, 2007. 224 p.

    Literatura recomendada

    CAPECHE, C. L.; MACEDO, J. R. de; MELO, A. da S.; ANJOS, L. H. C. dos. Parmetros tcnicos relacionados ao manejo e conservao do solo, gua e vegetao: perguntas e respostas. Rio de Janeir