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1 Assembleia de Governadores do Fundo Monetário Internacional A reforma do FMI Siomara de Morais Murta Diretora Allan Quaresma Diretor Assistente Clara Silberschneider Diretora Assistente Fernanda Araújo Diretora Assistente

Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

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Assembleia de

Governadores do Fundo

Monetário Internacional

A reforma do FMI

Siomara de Morais Murta

Diretora

Allan Quaresma

Diretor Assistente

Clara Silberschneider

Diretora Assistente

Fernanda Araújo

Diretora Assistente

Page 2: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

1

SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE ..................................................................................... 2

2 APRESENTAÇÃO DO TEMA ........................................................................................ 4

2.1 Introdução ........................................................................................................................ 4

2.2 A Crise Financeira de 2008 ............................................................................................ 5

3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ .................................................................................... 7

3.1 Histórico do FMI e tema da reunião ............................................................................. 7

3.2 O Fundo Monetário Internacional .............................................................................. 10

3.2.1 Histórico do FMI ....................................................................................................... 10

3.2.2 Estrutura e Funcionamento do FMI ........................................................................ 14

3.3 A Assembleia dos Governadores e seu processo decisório .......................................... 15

3.4 Como Funciona o Comitê em Dupla ............................................................................ 18

4 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES ....................................................................... 18

4.1 Estados Unidos da América ......................................................................................... 18

4.2 Países que almejam a redistribuição de cotas ............................................................. 19

4.3 Países Desenvolvidos .................................................................................................... 19

5 QUESTÕES RELEVANTES .......................................................................................... 20

REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 20

ANEXOS ............................................................................................................................ 22

TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES ................................................... 30

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1 APRESENTAÇÃO DA EQUIPE

Caros delegados,

Sejam bem-vindos ao 12º MINIONU e à Assembleia de Governadores do Fundo

Monetário Internacional! O tema que iremos simular este ano é muito atual e de extrema

relevância. Espero que vocês gostem do comitê da mesma forma que eu e os diretores

assistentes gostamos.

No semestre do MINIONU estarei cursando o 8º período de Relações Internacionais

na PUC Minas. Foi durante o meu 6º período no curso, no qual cursei diversas matérias de

caráter econômico, que me apaixonei pela área de economia internacional e em especial pelas

organizações financeiras internacionais como o FMI.

Este será o meu quinto MINIONU entre participações diretas e indiretas, e esta é a

primeira vez que participo de um comitê de caráter econômico. Meu primeiro MINIONU foi

o da 8ª edição, onde participei da Assembleia Geral. Depois participei do comitê da União

Européia, onde fui diretora assistente e da FAO no ano subseqüente, também como diretora

assistente, embora eu tenha deixado o MINIONU meses antes do evento. No ano passado não

participei diretamente do evento, mas fiz parte da equipe MINIONU na sala de aula, onde

pude ajudar alguns alunos no treinamento para o evento.

Os diretores assistentes do comitê serão Allan Quaresma, Clara Silberschneider e

Fernanda Araújo, que se apresentam:

“Sou Allan Quaresma, cursei o 2º período de Relações Internacionais no primeiro

semestre de 2011. Minhas experiências com o MINIONU sempre foram bastante

enriquecedoras. Participei como delegado da Bulgária no Conselho da União Européia em

2008 e em 2010, como voluntário de logística na décima primeira edição. Tenho certeza que o

12° MINIONU terá um nível altíssimo de discussões e, como diretor assistente do FMI, darei

o meu máximo para que o evento seja exemplo em excelência.”

“Sou Fernanda Araújo, esta é minha quinta experiência em simulações e a terceira no

MINIONU. No segundo ano do ensino médio fui delegada, representando a Bélgica no comitê

da OMC. Essa experiência foi muito significativa, agregou tamanho conhecimento e vontade

de questionar e entender as relações humanas que movem o mundo, que se tornou a

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motivação que faltava para consolidar a escolha do meu curso superior. Ao ingressar na PUC,

fui voluntária no comitê da União Européia e agora me tornei diretora assistente do FMI.

Tenho certeza que este será um dos melhores comitês da 12º edição.”

“Sou Clara, também estudante de Relações Internacionais e curso o segundo período.

Minhas expectativas para o comitê do FMI são muito boas e tenho certeza de que será

enriquecedor para todos, tanto para nós, diretores, quanto para vocês delegados. Já participei

como voluntária de comitê na edição passada e de outras simulações enquanto cursava o

Ensino Médio.”

Espero que vocês se empenhem na busca por informações acerca do tema. Creio que

não haverá dificuldades, dado que o tema tem sido discutido nas últimas reuniões do Fundo e

vem tendo bastante destaque na mídia.

Peço que nos procurem caso tenham qualquer dúvida e que consultem nosso blog,

onde encontrarão um glossário1 que os auxiliará a compreender o guia de estudos e o FMI.

Siomara de Morais Murta – [email protected]

Allan Quaresma, Clara Silberschneider e Fernanda Araújo

Blog: http://fmiminionu.wordpress.com/

Facebook: http://www.facebook.com/pages/FMI-12%C2%BA-Minionu/191887030842387

(FMI - 12º MINIONU)

Orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=111829869 (FMI - 12º MINIONU)

Twitter: http://twitter.com/fmi_12minionu (fmi_12minionu)

1 É imprescindível ter o glossário ao alcance para realizar a leitura do guia.

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2 APRESENTAÇÃO DO TEMA

2.1 Introdução

O Fundo Monetário Internacional foi criado no Sistema Bretton Woods2 em 1945,

após a Segunda Guerra Mundial, com o intuito de manter equilibradas as taxas de câmbio e as

balanças de pagamento dos países afetados pelas duas guerras mundiais. Sua função seria

basicamente fornecer aos países assistência técnica e financeira através da fiscalização das

políticas nacionais e do financiamento aos países para que os mesmos evitassem riscos na

tentativa de equilibrar suas balanças de pagamento.

Com o fim do sistema Bretton Woods, em 1969, o fundo teve sua principal função

alterada, se tornando durante os anos 80 um financiador, em última instância. Já em 2004, o

FMI se configurava como uma instituição que deveria assegurar o sistema contra possíveis

crises financeiras que viessem ameaçar o sistema financeiro mundial, promovendo

empréstimos.

Dadas as bruscas alterações ocorridas quanto às funções do fundo, especialistas,

governantes e membros do FMI chegaram a um consenso, o de que o fundo deveria passar por

mudanças profundas em sua estrutura, de forma a se ajustar às alterações que ocorreram no

sistema internacional desde a criação do mesmo.

Durante os anos de 2006 e 2008, nas reuniões do Comitê Financeiro e Monetário3

passos foram dados em direção à reestruturação do FMI, o que foi refletido em reuniões da

Assembleia dos Governadores. Entretanto, as alterações promovidas não foram suficientes, o

que foi reforçado pela crise iniciada ao longo de 2008 e que teve como conseqüências novas

alterações quanto ao comportamento dos Estados frente ao FMI. Em 2010 uma outra reunião

do Comitê Financeiro e Monetário estabeleceu, então, que no próximo ano a Assembleia

deverá se reunir novamente para discutir possíveis reformas.

Este comitê reforça a idéia de que o FMI necessita de ajustes em sua estrutura. Esta é

uma questão que deve ser discutida com cautela, pois são alterações que influenciam em todo

2 Resultado de conferências realizadas em julho de 1944 na cidade de Bretton Woods (EUA) com o objetivo de

gerenciar a economia internacional, estabelecendo regras para as relações comerciais e financeiras entre os

países considerados desenvolvidos. 3 Comitê que possui a função de dar diretrizes ao órgão decisório do fundo que é a Assembleia dos

Governadores

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o sistema de Estados. Desse modo, discutiremos no âmbito da Assembleia de Governadores,

novas alterações que deverão ser realizadas no interior do FMI, tendo com ponto principal a

alteração do sistema de cotas.

2.2 A Crise Financeira de 2008

Para entender a crise de 2008 é preciso, primeiramente, entender a chamada “Crise dos

Sub-Prime” que ocorreu nos Estados Unidos. Esse “terremoto” foi o grande motivo que

devastou o mercado financeiro mundial no final daquele ano.

A Crise dos Sub-Prime teve origem no mercado imobiliário norte-americano. Para este

mercado funcionar são necessários três atores principais, os proprietários de um imóvel

residencial qualquer (como uma casa), os investidores e os bancos. Os proprietários de casa

representam suas hipotecas, os investidores representam seu dinheiro (fundos de pensões,

companhias de seguro, fundos de riqueza, fundos mútuos, etc.) e, unindo estes dois, há os

bancos (banqueiros e corretores, também referidos simplesmente como Wall Street).

Os investidores, a fim de expandirem seus lucros, geralmente compram títulos4 da

Reserva Federal, por serem considerados investimento seguro5. Porém, com a redução dos

juros (taxa de retorno6) a 1%, os investidores preferiram não recorrer à Reserva. Já para os

banqueiros, os juros a 1% significam uma grande oportunidade para pegar dinheiro

emprestado e utilizarem o chamado Leverage (quando um banqueiro pega uma alta quantia

emprestada, compra algum bem e vende este bem por uma quantia muito maior para quando

pagar sua dívida à Reseva, ter um lucro muito elevado).

No sistema imobiliário acontece o seguinte: uma família recorre a um corretor em

busca de um imóvel; o corretor conecta a família a uma financiadora que empresta uma

hipoteca; um banqueiro compra várias hipotecas da financiadora e começa a receber o

pagamento das famílias no lugar da financiadora; este dinheiro é colocado na chamada

Obrigação de Crédito Colaterizada (OCD), que é dividida em Investimento Seguro,

Investimento Bom e Investimento Arriscado7; o dinheiro da OCD é qualificado de acordo

4 Consultar glossário.

5 Consultar glossário.

6 Consultar glossário.

7 Consultar glossário.

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6

com suas taxas de juros (tendo o Investimento Seguro uma taxa menor e o Arriscado a maior)

e é vendido para os investidores; os bancos faturam e pagam suas dívidas para a Reserva

Federal; os investidores compram cada vez mais “pedaços” do OCD; os banqueiros recorrem

a mais hipotecas; e os corretores a mais famílias.8

Porém, as famílias que possuíam poder aquisitivo (os Prime) para realizar o

financiamento de hipotecas já tinham casas. Logo, as financiadoras tendo em mente a

constante valorização imobiliária, começaram a financiar hipotecas à famílias com menor

poder aquisitivo (os Sub-Prime), exigindo menos responsabilidades, por exemplo pagamento

antecipado, comprovante de renda, entre outros documentos. Por outro lado, essas famílias, ao

observarem que este era um negócio que gerava lucro em um curto espaço de tempo, também

se interessaram e financiaram novas casas.

No entanto, o valor dos imóveis que já havia subido anteriormente, se elevou ainda

mais, fazendo com que não fosse mais interessante adquirir novos imóveis. Com isso, a classe

média alta, que constituía os Sub-prime, não conseguiu obter lucro com a casa hipotecada,

nem fazer um refinanciamento a um valor menor.

Então, as famílias Sub-Prime deixaram de pagar suas hipotecas e este foi o início da

avalanche. Os bancos, que compraram as hipotecas das financiadoras, param de receber os

pagamentos das famílias, tomaram a casa e colocaram novamente à venda. Mas com tantas

famílias parando de pagar, houve mais oferta de imóveis no mercado do que procura, fazendo

com que o preço desses imóveis caísse drasticamente (ver Gráfico 1 em anexo), resultando em

prejuízo aos bancos. Assim, os bancos ficaram com seus OCD‟s desvalorizados e os

investidores preferiram não comprar seus “pedaços” dos OCD‟s.

Os banqueiros não conseguiram mais vender seus investimentos dos OCD‟s, os

investidores que já haviam comprado seus pedaços, agora desvalorizados, não conseguiram

vendê-los e as financiadoras não acharam demanda para suas hipotecas. Ou seja, ninguém

compra nada de ninguém, as empresas ficaram em uma situação financeira muito ruim e

algumas chegaram a declarar falência. O primeiro banco a declarar falência foi o norte-

americano Lehman Brothers Holdings Inc., em 15 de setembro de 2008.

A falência do Lehman Brothers Holdings Inc. foi seguida pelo colapso de uma das

maiores seguradoras do país, American International Group (AIG), uma empresa tradicional

nos Estados Unidos. A quebra dessas importantes instituições levou à falência de outras

empresas e bancos que possuíam negociações, e foi se alastrando em um „efeito dominó‟,

8 No blog há um esquema explicativo.

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atravessando as fronteiras dos Estados Unidos e atingindo diversos países como Suíça,

Islândia, Alemanha, dentre outros em curto espaço de tempo.

3 APRESENTAÇÃO DO COMITÊ

3.1 Histórico do FMI e tema da reunião

O FMI entrou em vigor em maio do ano de 1946, com apenas 39 países-membros.

Atualmente, ele possui 187 membros e passou a ser alvo de criticas após a entrada de vários

membros e das alterações decorrentes da economia mundial desde sua criação. Essas críticas

são principalmente sobre o poder decisório no FMI, a divisão das cotas e sobre a existência do

poder de veto concentrado em um único Estado.

No início dos anos 2000, vários países aderiram ao FMI e conjuntamente com as

mudanças ocorridas nos métodos de atuação da instituição e nas alterações ocorridas na

economia mundial levantaram questionamentos sobre o Fundo. De acordo com estadistas,

economistas e membros do FMI, a instituição não conseguiu acompanhar as mudanças que

ocorreram na economia mundial desde a sua criação, em 1940, principalmente no que diz

respeito ao processo de decisão adotado pelo Fundo. Os questionamentos foram originados

principalmente pelo grupo de países em desenvolvimento, o G249, que se perceberam como

sub-representados dento do Fundo, pelo fato de que suas cotas são muito menores do que seu

papel na economia mundial.

Algumas das críticas ao FMI vieram de países como Índia e Brasil, também membros

do G-24, que são países que estão entre os dez maiores índices de PIB (Produto Interno

Bruto), mas que ainda assim permanecem com cotas reduzidas, que não chegam a 2% de

votos cada.

Após a crise de 2008, houve a intensificação dessas críticas, que foram incorporadas a

agenda do Fundo e que agora necessitam ser discutidas e resolvidas. As principais

reclamações vêm de países que ultimamente se tornaram extremamente importantes no

9 Os membros do G-24 são: África do Sul, Argélia, Argentina, Brasil, China (membro observador), Colômbia,

Costa do Marfim, Egito, Etiópia, Filipinas, Gabão, Gana, Guatemala, Índia, Irã, Líbano, México, Nigéria,

Paquistão, Peru, Síria, Sri Lanka, República Democrática do Congo, Trinidad e Tobago e Venezuela.

Page 9: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

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cenário econômico internacional, principalmente pós-crise de 2008. Alguns países desse

grupo estão entre os dez maiores Produto Interno Bruto (PIB) mundial, como o Brasil, que

possui apenas 1,49% de votos.

Com o aumento de reivindicações, o FMI tentou resolvê-las aumentando, durante a

reunião de 2006, as cotas de quatro países em desenvolvimento, sendo eles: China, Coréia do

Sul, México e Turquia. Vale ressaltar aqui que apenas dois destes são membro do G-24,

China e México. Este aumento se deu em caráter provisório e tinha a previsão de ratificação

para o ano 2008.

Entretanto, tal proposta também foi criticada pelos demais membros do grupo, que

consideraram injusto o aumento das cotas de apenas parte dos países do grupo em detrimento

dos demais, pois o aumento das cotas ocorreram dada a redução das cotas dos outros países.

Outras reivindicações feitas pelos membros do G-24 foi a do aumento dos votos

básicos, que todos os membros possuem, independentemente de sua cota e sobre o processo

de nomeação do presidente do Fundo, que é escolhido seguindo um acordo informal entre

EUA e os países europeus, que faz com que o presidente do Banco Mundial seja sempre um

americano e o diretor-geral do FMI sempre um europeu. Os ocupantes dos dois cargos são

escolhidos num processo com pouca transparência e onde os demais membros não participam,

o que fazia sentido durante a criação das instituições, quando os EUA e a Europa ocidental

respondiam pela maior parte da economia mundial.

Algumas críticas destinadas a estrutura do FMI dizem que sua estrutura se tornou

obsoleta diante das alterações na economia mundial, ela era adequada ao contexto do imediato

pós Guerras Mundiais, mas não reflete mais a atual economia mundial, que passou por

diversas transformações. Assim, um dos principais desafios do FMI é como se adequar a essas

mudanças e quais reformas devem ocorrer na instituição, principalmente no que diz respeito

ao poder de voto e ao processo de nomeação do diretor-geral.

O FMI necessita de recursos para atingir seus objetivos. Esses recursos são

constituídos, principalmente, por contribuições dos próprios membros. A partir disso, a cota

de cada país é calculada, após a analise de seu desempenho econômico10

. Quanto mais rico e

maior for a participação no comércio mundial, maior a cota, sendo que esta pode aumentar ou

diminuir, de acordo com o aumento da prosperidade de cada Estado.

10

Os principais indicadores são: renda nacional, reservas internacionais, montante do comércio exterior e

relação comércio/PIB

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9

Essas cotas servem como base de cálculo para o montante de recursos disponíveis para

empréstimo aos membros com dificuldades em seus balanços de pagamentos11

e quanto maior

a contribuição de um país, maior será seu limite de crédito no Fundo. Outra função das cotas é

servir de referência para as votações internas do FMI. O voto é diretamente proporcional à

participação do país no volume total de recursos recebidos. Isso justifica os Estados Unidos

terem tanta influência na formulação de políticas dessa organização, pois ele é o país que mais

contribui.

Quando o FMI foi criado, os norte-americanos subscreveram cerca de 30% do fundo

inicial, o que foi alterado com a entrada de outras nações, levando a participação dos EUA a

ser reduzida para 18% aproximadamente. Porém, o país ainda continua a ser o que mais

contribui, detendo maior poder de veto nas decisões da organização. Cada decisão no Fundo

exige a aprovação correspondente a 85% dos votos, os Estados Unidos são o país de maior

peso, por ter uma porcentagem maior de votos.

O poder norte-americano fica mais salientado quando percebemos que em segundo

lugar na subscrição do fundo ficavam Alemanha e Japão, com 5,67% cada. Assim, ficam os

países menos favorecidos absolutamente dependentes, mesmo que indiretamente, dos países

ricos.

A ponderação das cotas no FMI tem um duplo sentido: político e técnico. Por um lado,

ela determina o poder de voto dentro da instituição, que representa o papel de cada membro

na economia internacional. Através das cotas o FMI define quais países receberão

empréstimos, sob quais condições e as receitas de política econômica para os países com

problemas econômicos. Sendo assim, ter poder de influenciar as decisões do FMI significa ter

poder dentro do sistema monetário internacional.

O aspecto técnico e econômico a ser considerado diz respeito ao fato de que o FMI

funciona como um banco, em que os países são acionistas. As cotas representam qual deve ser

a contribuição de cada país ao orçamento do fundo. Sendo assim, não se pode dar uma cota

excessiva a um país que não possua condições de contribuir. Além disso, é preciso considerar

a estrutura econômica mundial, em que EUA e Europa Ocidental ainda representam grande

parte da economia mundial, apesar de não serem tão predominantes atualmente.

11

O Balanço de Pagamentos é o conjunto de transações do país com exterior, e é composto por balança

comercial (exportações menos importações), movimento de capitais e de divisas. O país sempre busca ter um

equilíbrio no balanço de pagamentos, e se, por exemplo, tem um déficit na balança comercial, deve recorrer a um

empréstimo (entrada de capital) para alcançar esse equilíbrio.

Page 11: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

10

É necessário lembrar que apesar de ser do interesse de todos os países possuir maior

importância política para si, deve-se considerar que o Fundo funciona como um banco em que

os países são acionistas. As cotas representam qual deve ser a contribuição daquele país ao

orçamento do Fundo e, portanto, não se pode dar uma cota excessiva para um país que não

pode realmente contribuir para o FMI.

As reformas do FMI devem ser pensadas com cautela em relação aos setores em que

esta deverá ser aplicada, para onde deverá ser estendido ou até mesmo extinto o poder de veto

entre os países membros (a fim de se reajustarem à conjuntura internacional), mas também à

realidade do que é cabível de ser feito.

3.2 O Fundo Monetário Internacional

3.2.1 Histórico do FMI

O FMI surgiu após a conferência de Bretton Woods com o objetivo de reorganizar a

economia mundial, que se encontrava arruinada pelas duas Guerras Mundiais. A conferência

tinha como finalidade alcançar equilíbrio econômico, o pleno emprego e criar uma ordem

econômica mundial estável (GILPIN, 1987).

Assim, a Conferência tratava de três temas principais: a reconstrução pós Segunda

Guerra Mundial, o comércio internacional e o sistema monetário internacional. Como

resultado houve a criação do Banco Mundial, do Acordo Geral sobre Tarifas e Comércio

(GATT, sigla em inglês), que posteriormente deu origem à Organização Mundial do

Comércio (OMC) e do Fundo Monetário Internacional (FMI).

A criação do fundo foi uma estratégia de defesa daqueles países que tinham como

interesse a manutenção de um sistema financeiro estável, devido ao fato de que muitos países

estavam no momento criando novas políticas voltadas à eliminação dos déficits12

que

possuíam em suas balanças de pagamentos13

usando como instrumento o câmbio ajustável14

.

12

Ver glossário. 13

Ver glossário. 14

Ver glossário.

Page 12: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

11

Um dos objetivos principais era construir um novo sistema para substituir o padrão ouro15

, em

vigor até então, além disso, o fundo criou também um sistema de financiamento16

a fim de

adequar os países à nova ordem financeira17

, contribuindo para a cooperação internacional

quanto aos problemas financeiros existentes nas relações monetárias.

A estabilidade monetária internacional é garantida por cinco funções: manter um

mercado de bens de primeira necessidade, prover empréstimos contra-cíclicos18

, garantir um

sistema de troca entre moedas estável19

, garantir a coordenação de políticas

macroeconômicas20

e prover empréstimos de ultima instância21

em caso de crises financeiras.

Sendo assim, o FMI foi criado para garantir o funcionamento do novo sistema monetário

internacional e como conseqüência seus objetivos seriam, resumidamente, os de: promover

cooperação monetária internacional, promover a estabilidade das taxas de câmbio, assistir o

estabelecimento de um sistema multilateral de pagamentos22

, fornecer empréstimos a países

com desajustes no balanço de pagamentos (KINDLEBERGER, 1986).

No início o FMI possuía recursos escassos, considerando que estes não eram

suficientes para financiar todos os déficits resultantes do desequilíbrio do sistema monetário.

Os recursos do fundo vinham de contribuições dos próprios membros da organização e os

países, para conseguirem empréstimos oferecidos pelo FMI, necessitavam preencher uma

série de requisitos. Dentre eles exigia-se que estes alterassem suas políticas domésticas e

externas, além disso uma das condições para o recebimento do financiamento era que este

seria de acordo com o índice de contribuição do país com Fundo. Isso quer dizer que os países

teriam uma cota-limite de empréstimos disponível, analisada com base nos seus indicadores

econômicos e que quanto maior fosse a contribuição, maior seria o acesso a empréstimos e

benefícios que os mesmos poderiam adquirir.

15

Ver glossário. 16

Ver glossário. 17

Ver glossário. 18

Empréstimos contra-cíclicos são aqueles que ajudam a amenizar uma crise. Os empréstimos cíclicos

aumentam quando a economia cresce e diminui em períodos de crise, quando os empréstimos são mais

necessários. Os empréstimos contra-cíclicos agem na direção oposta, aliviando os países com dificuldades em

momentos de crise. 19

Exemplos de sistema de troca são o padrão-ouro, que era mantido principalmente pelo Reino Unido, e o

padrão ouro-dólar, que era mantido pelos Estados Unidos, através do FMI. Ver glossário. 20

Para enfrentar crises, é preciso que todos os países ajam em conjunto. Para garantir que suas políticas

econômicas estejam em sintonia, é preciso um hegêmona, uma espécie de líder, que estimule todos os países a

agirem assim. 21

Ver glossário. 22

Ver glossário.

Page 13: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

12

O valor de contribuição de cada membro era, e ainda é, definido através de cotas pré-

estabelecidas, determinadas, por sua vez, de acordo os seguintes fatores: o Produto Interno

Bruto23

, as reservas internacionais24

e as transações correntes25

. As cotas também são

responsáveis por definir o poder de voto de cada país na instituição, sendo o número de votos

proporcional à cota. Estas cotas possuem a função de: determinar as contribuições dos

membros aos recursos do fundo, determinar o acesso dos membros aos recursos do FMI,

decidir a quantidade de Direitos Especiais de Saque (DES)26

e determinar o poder de voto.

Todos os países têm 250 votos básicos27

e mais um voto a cada 100.000 DES dados em

contribuição ao Fundo (JHA; SAGGAR, 2000).

Outra função do Fundo era a da coleta de informações acerca da situação da economia

mundial diante dos mercados financeiros, observando o desenvolvimento econômico dos

Estados, individualmente e em seus grupos econômicos, e analisando a situação econômica

mundial, apresentando uma prévia das evoluções econômicas nas relações financeiras entre os

Estados:

Com essas análises o FMI contribui para uma avaliação comum diante de situações

de crises pelos governos dos Estados-membros, assim como por bancos e bolsas de

investimentos que podem ser freqüentemente cruciais para ações preventivas.

(RITTBERGER; ZANGL, 2006; p.166; tradução nossa)28

.

Apesar de o Fundo ter sido criado com o objetivo de manter a estabilidade do sistema

estabelecido em Bretton Woods (padrão ouro-dólar29

), o sistema é extinto em 1971 e mesmo

assim, a instituição sobrevive e ainda:

Nos anos 70 o FMI se tornou supérfluo como o estocador de moeda e desde os anos

80 se tornou um financiador de último recurso em um contexto de uma ordem

23

Ver glossário. 24

Ver glossário. 25

Ver glossário. 26

O Direitos Especiais de Saque (DES) é uma cesta de moedas compostas pelas principais moedas no mundo e é

usada pelo FMI para captar recursos de seus membros e fornecer empréstimos. Ver glossário. 27

Os votos básicos são para manter algum poder de voto mesmo para os países menores e a proporcionalidade

entre os votos e a cotas serve para que os maiores contribuintes tenham o maior poder de voto 28

Original em Inglês: “With these reports the IMF contributes to a common evaluation in a crisis situation by

the governments of member states as well as banks and investments houses, which can often be of decisive

importance for remedial action.” (RITTBERGER; ZANGL, 2006; p.166). 29

Os Estados Unidos manteriam o dólar atrelado ao ouro e os demais países do mundo fixariam suas moedas em

relação ao dólar, com possibilidade de ajustarem suas taxas de câmbio.

Page 14: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

13

financeira e monetária sem o controle nos movimentos capitais (RITTBERGER;

ZANGL, 2006; p. 162; tradução nossa)30

.

Em 1971, os EUA romperam com a conversibilidade ouro-dólar, extinguindo o padrão

ouro-dólar desenvolvido em Bretton Woods, estabelecendo um “não-sistema” (GILPIN,

2001). A partir de então, as taxas de câmbio poderiam ser alteradas livremente e as reservas

internacionais passaram a ser constituídas por qualquer moeda forte. Nesse contexto, o FMI

passou a estabelecer suas cotas baseadas em DES. Considerando a extinção do Sistema

Bretton Woods e que o Fundo tinha como função principal coordenar os países para mantê-lo,

conclui-se que o FMI perdeu sua função essencial e que ele sobreviveu como uma instituição

desenvolvente, dedicada à estabilidade financeira de países em vias de desenvolvimento.

Uma outra alteração que ocorreu no Fundo foi em relação ao destino de seus

empréstimos: como todas as economias avançadas européias já haviam se recuperado da

Segunda Grande Guerra e promovido a estabilização econômica, os empréstimos realizados

pelo FMI mudaram de destino, eles passaram a se destinar a países subdesenvolvidos que

possuíam problemas no balanço de pagamentos. A função do FMI, que era de ajudar países

europeus com pequenos problemas no balanço de pagamentos, passou a ser fornecer

empréstimos a países em desenvolvimento com desequilíbrios externos.

A instituição passa a sofrer de uma “crise de identidade”, uma vez que houve declínio

de sua influência sobre os países aos quais prestava ajuda. Estes, por sua vez, mostram-se

mais dispostos a recorrer a empréstimos disponibilizados por outros órgãos ou por outros

países, em que não teriam de cumprir uma série de requisitos e em que encontrariam menores

taxas de juros. A partir de então o FMI começa a apresentar dificuldades em prover os bens

públicos (prestação de informação e análise aos governos, e também conselhos de

coordenação política e empréstimos de emergência) que deveria.

Neste momento, questionamentos sobre a função do FMI no sistema começaram a ser

levantados e formou-se um consenso em diversos setores (governo, academia e dentro da

instituição) de que o Fundo necessita passar por certas mudanças estruturais, sendo elas

direcionadas ao sistema de votos e à maior transparência na sua estrutura burocrática para que

se evite que sua manutenção deixe de ser interessante e faça com que ele caia em desuso.

30

Original em Inglês: “In the 1970s the IMF had become superfluous as a currency buffer and since the 1980s it

has been functioning as a lender of last resort in the framework of a liberal financial and currency order largely

without controls on capital movements” (RITTBERGER; ZANGL, 2006; p.162).

Page 15: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

14

Em relação à mais recente crise dos mercados financeiros, já pode ser observada a

atuação do FMI no sentido de aconselhar medidas a serem tomadas. O Fundo defendeu

medidas mais fortes, como respostas rápidas dos governos aos primeiros sinais de perda no

setor financeiro, (a fim de evitar repercussões sistêmicas), que as intervenções do governo

sejam temporárias e evitar que os interesses do contribuinte sejam protegidos.

3.2.2 Estrutura e Funcionamento do FMI

O mais alto órgão de decisão do FMI é a Assembleia de Governadores. Cada país

membro é representado por um governador e um vice, em geral o ministro das finanças e

presidente do Banco Central. A Assembleia se reúne uma vez por ano, e decide as diretrizes

gerais da instituição no período. O poder de voto de cada governador é definido de acordo

com as cotas de cada país, como explicado anteriormente, cada um possui 250 votos básicos,

e mais votos de acordo com a contribuição destinada ao FMI. O valor dessas cotas não pode

ser alterado livremente, e a distribuição de cotas é definida pela Assembleia dos

Governadores. Para qualquer decisão ser aprovada, é preciso no mínimo 85% dos votos, e o

único país com poder de veto é os EUA, que possui mais de 16% dos votos. O trabalho da

Assembleia dos governadores é auxiliado pelo Comitê Financeiro e Monetário e pelo Comitê

Conjunto FMI–Banco Mundial para o Desenvolvimento.

Abaixo da Assembleia dos Governadores está a Diretoria Executiva. Dela, fazem parte

representantes de 24 dos países membros, que são determinados da seguinte maneira: oito dos

maiores cotistas (Alemanha, Arábia Saudita, China, Estados Unidos, França, Japão, Reino

Unido e Rússia) têm representação permanente e as demais vagas são preenchidas por

membros eleitos com mandato de dois anos, que representam os votos de um grupo de países.

A Diretoria Executiva mantém o voto ponderado da Assembleia dos Governadores, sendo que

os países que não possuem diretores delegam seus votos para algum dos membros da

diretoria.

O órgão funciona de forma permanente na sede da instituição, em Washington, e cuida

do funcionamento do dia-a-dia do Fundo, além de colocar em pauta os temas que serão

discutidos na Assembleia dos Governadores. A Diretoria Executiva é presidida pelo Diretor-

Geral, que é tecnicamente eleito pela Assembleia dos Governadores, mas, por um arranjo

Page 16: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

15

informal estabelecido em Bretton Woods, é sempre um europeu. A Diretoria Executiva é

auxiliada pelo Comitê Interino e pelo Comitê de Desenvolvimento, que se reúnem duas vezes

ao ano. O comitê que simularemos é uma reunião da Assembleia dos Governadores.

3.3 A Assembleia dos Governadores e seu processo decisório

A Assembleia de Governadores é a autoridade máxima do FMI e se reúne uma vez por

ano, com o intuito de tomar decisões a respeito das atividades do Fundo. O poder de voto de

cada país é definido pelo número de cotas que o mesmo possui. A distribuição de cotas é

definida pela própria Assembleia de Governadores, não podendo ser alterada livremente pelos

países membros. Vale lembrar que toda decisão tomada por este órgão deve obter no mínimo

85% dos votos e o único país com poder de veto é os EUA.

Com a dinâmica da economia mundial, e a mudança constante da posição dos Estados

no Sistema Internacional, os membros do FMI concordam que a quantidade de cotas por cada

país necessita de ajuste. Entretanto, como explicado acima, a Assembleia de Governadores

precisa de 85% dos votos para poder efetivar qualquer decisão, inclusive a de mudança na

estrutura de cotas.

As cotas são distribuídas, teoricamente, de acordo com a contribuição financeira do

país para o Fundo Monetário. Países emergentes, como a China, o Brasil, a Índia e a Coréia

vêm crescendo economicamente na última década, mas não houve nenhuma mudança no

sistema de cotas que levasse em conta a nova realidade econômica desses países. Por isso, não

só os emergentes, como outros contribuintes, prezam pelo reajuste das cotas que os coloque

num nível de paridade com os países europeus e demais desenvolvidos que fazem parte do

FMI.

TABELA 1: Países da Assembleia dos Governadores e Cotas por grupo

PAÍS

VOTOS

INDIVIDUAIS

PAÍSES QUE

REPRESENTA

TOTAL

DE

VOTOS

DO

GRUPO

Alemanha 146,394 --- 146,394

Argélia 13,286 Marrocos, Paquistão, Gana, 41,373

Page 17: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

16

Tunísia, Rep. Islâmica do

Afeganistão

Arábia Saudita 70,594 --- 70,594

Bélgica 46,791

Áustria, Belarus, República

Tcheca, Hungária, Kosovo,

Luxemburgo, República da

Eslováquia, Eslovênia,

Turquia

122,566

Brasil 43,244

Colômbia, República

Dominicana, Equador,

Guiana, Haiti, Panamá,

Suriname, Trinidade e

Tobago

70,179

Canadá 64,431

Antígua e Barbuda,

Bahamas, Barbados,

Irlanda, Jamaica, Belize,

Dominica, Granada, Sta.

Lúcia, São Vincent e os

Grenadines, São Kitts e

Nevis

90,696

Chile 9,3 Argentina, Bolívia,

Paraguai, Peru, Uruguai 46,329

China 95,998 --- 95,998

Cingapura

14,820 Tailândia

29,965

Coréia do Sul 34,403

Austrália, Kiribati, Ilhas

Marshall, Estados

Federados da Micronésia,

Mongólia, Nova Zelândia,

Palau, Papua-Nova Guiné,

Samoa, Seychelles, Ilhas

Salomão, Tuvalu,

Uzbequistão, Vanuatu

91,332

Egito 10,176 Iraque, Líbia, Kuwait 49,325

Emirados Árabes Unidos 6,856

Bahrain, Jordânia, Líbano,

República das Maldivas,

Omã, Qatar, Síria

29,354

Estados Unidos da

América

421,963 --- 421,963

Federação Russa 60,193 --- 60,193

França 108,124 --- 108,124

Gabão 2,282

Burkina Faso, Camarões,

Cabo Verde, República

Centro-Africana, Chade,

Comores, República

Democrática Do Congo,

República do Congo, Costa

do Marfim, Djibouti, Guiné

39,017

Page 18: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

17

Equatorial, Guiné-Bissau,

Mali, Mauritânia, Maurícia,

Níger, Ruanda, São Tomé e

Príncipe, Senegal, Togo

Índia

58,954

Bangladesh, Sri Lanka,

Butão

70,701

Indonésia

21,533

---

21,533

Itália 79,562

Albânia, Grécia, Malta,

Portugal, San Marino,

Timor Leste

107,07

Japão 157,024 ---

157,024

Malásia 18,478

Brunei, Camboja, Fiji, Laos,

Mianmar, Nepal, Filipinas,

Tonga, Vietnã

46,157

México 36,996

Costa Rica, El Salvador,

Guatemala, Honduras,

Nicarágua, Espanha,

Venezuela

117,045

Nigéria 18,271

Angola, Botsuana, Burundi,

Eritréia, Etiópia, Gâmbia,

Quênia, Moçambique,

Namíbia, Libéria, Malauí,

Lesoto, Serra Leoa, África

do Sul, Sudão, Tanzânia,

Uganda, Zimbábue, Zâmbia

81,064

Noruega 19,576

Dinamarca, Estônia,

Finlândia, Islândia, Latívia,

Lituânia, Suécia

85,344

Reino dos Países Baixos 52,363

Armênia, Bósnia e

Herzegovina, Bulgária,

Croácia, Chipre, Geórgia,

Israel, República Iugoslávia

da Macedônia, Moldova,

Montenegro, Romênia,

Ucrânia

113,809

Reino Unido 108,124 --- 108,124

Rep. Islâmica do Irã

15,712

---

15,712

Suíça 35,324 Cazaquistão, Polônia, 69,834

Page 19: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

18

Turcomenistão, Sérvia,

Azerbaijão, Tajiquistão,

República do Quirguistão

TOTAL

1770,412

---

2506,819

Fonte: Elaborada pelos autores

3.4 Como Funciona o Comitê em Dupla

Para um melhor andamento das discussões neste comitê as delegações serão formadas

por duplas. Isso é extremamente importantes considerando a densidade dos assuntos tratados

no Fundo Monetário Internacional

É de suma importância a cooperação e a concordância entre os dois representantes nos

assuntos pautados, para que um agregue excelência no argumento do outro, o que resultará em

uma delegação forte.

Sugerimos o encontro e o debate prévio, que auxiliarão na boa oratória e na construção

de argumentos de ambos. Vocês devem se atentar na concordância com o outro no momento

de expor seus argumentos. É permitido que ambos falem em um mesmo discurso, fica a

critério de cada dupla decidir qual será a melhor maneira de se pronunciar no comitê.

A formação em dupla reflete o funcionamento da Assembleia dos Governadores, que é

constituída pelo Ministro da Fazenda e o Presidente do Banco Central de todos os países

membros.

A ausência de um dos delegados no comitê não implica em ausência da delegação,

que será contabilizada como presente em todas as votações.

4 POSIÇÃO DOS PRINCIPAIS ATORES

4.1 Estados Unidos da América

Page 20: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

19

Os EUA já se demonstraram a favor de certa redistribuição no poder de voto se a nova

redistribuição do peso de votos se mantiver calculada no valor do PIB dos países membro do

FMI. Apesar de favoráveis à redistribuição de cotas, os EUA não estão dispostos a perder o

direito de veto e buscam nos países da União Européia uma cessão quanto à parte da

influência que eles possuem, ou seja, diminuição do poder de voto da UE. Além disso, os

Estados Unidos propõe a diminuição da Diretoria Executiva de 24 membros para apenas 20.

4.2 Países que almejam a redistribuição de cotas

Os principais países que almejam a reforma do FMI, principalmente no quesito que diz

respeito ao processo decisório, são países em desenvolvimento, liderados pelo grupo do G-24,

que possuem como membros mais ativos e principais críticos do atual sistema Argentina,

Brasil, Egito e Índia.

Estes Estados alegam que a força econômica possuída por eles, frente à economia

internacional não está representada de forma fidedigna pelas cotas que os mesmos possuem.

De acordo com estes países, o problema da sub-representação se estende pela maior parte das

regiões que cresceram significativamente nas últimas décadas, como países asiáticos, latino-

americanos e do Oriente Médio. Estes afirmam que seu poder de voto está muito distante do

que seria justo, se considerado o peso econômico que cada um possui em relação a outros

países.

A partir dessa insatisfação, os países em desenvolvimento sugerem uma redistribuição

do peso dos votos e uma alteração na forma de determinar as cotas, calculada de acordo com

uma lista mais ampla baseada nos aumentos de cotas dos mercados emergentes, além de

considerar variáveis como: PIB, saldo comercial e reservas internacionais; defendem ainda o

aumento nos votos básicos ou até o sistema de “um país, um voto”.

4.3 Países Desenvolvidos

Os países desenvolvidos, em geral, recriminam os critérios pelos quais as cotas são

definidas e o peso significativo que os Estados Unidos possuem dentro das decisões do

Page 21: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

20

Fundo. Estes países são contrários, principalmente quanto à consideração do PIB como

critério de definição das cotas, pois eleva o peso de países asiáticos dentro do Fundo.

Aqueles que possuem uma grande economia não são favoráveis à cessão precipitada

de capital e direito de voto no Fundo, principalmente à países em desenvolvimento. Estes

defendem que a reforma deve ser realizada de forma cautelosa e justa, de modo que os novos

critérios sejam mais transparentes e que consigam representar de forma mais autêntica a

posição de cada país na economia mundial.

5 QUESTÕES RELEVANTES

Tendo em vista a crescente discussão a cerca da reforma do FMI, podemos ressaltar os

seguintes tópicos que poderão ser discutidos e analisados durante os debates:

● Em quais setores do FMI serão realizadas reformas, além da reforma em relação as

cotas?

● Deverá ser extinto o poder de veto existente no Fundo?

● Se não for extinto, o poder de veto deve ser estendido a outros Estados? Quais? Qual

seria o novo critério para que um Estado tenha poder de veto?

● Haverá novos critérios para o sistema de empréstimos do FMI?

● Quais novas medidas deverão ser tomadas para maior e melhor regulação do sistema

financeiro internacional?

REFERÊNCIAS

BMG Bullion. Disponível em: <www.bmgbullion.com>. Acesso em: 25 mai. 2011.

BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. FMI – Fundo Monetário Internacional.

Disponível em: <www2.mre.gov.br/fmi.htm>. Acesso em: 02 abr 2011.

BRICS fixam meta de cotas para emegentes no FMI e no

Bird. BBC Brasil, 2009. Disponível em: <http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2009/09/

090904_brics_g20_fmi_dg.shtml>. Acesso em: 23 abr. 2011.

Page 22: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

21

INTERNATIONAL MONETARY FUND. Site oficial. Disponível em: <www.imf.org>.

Acesso em: 17 mar. 2011.

INTERNATIONAL MONETARY FUND. IMF Crisis lending. Disponível em: <http://

www.imf.org/external/np/exr/facts/crislend.htm>. Acesso em: 23 abr 2011.

G-24. Site Oficial. Disponível em: <www.g24.org>. Acesso em: 31 mar 2011.

GILPIN, Robert. Global Political Economy. Princeton: Princeton University Press,

2001.

GILPIN, Robert. The Political Economy of International Relations. Princeton:

Princeton University Press, 1987.

JHA, Raghbendra; SAGGAR, Mridul K. Towards a More Rational IMF Quota

Structure: Suggestions for the Creation of a New International Financial

Architecture. Development and Change, 2000, vol. 31, n.3, p.579.

KINDLEBERGER, Charles. The World in Depression 1929-1939. Londres: University of

California Press, 1986.

RITTBERGER, Volker; ZANGL, Bernhard. International Organization: Polity, Politics

and Policies. Palgrave Macmillan, 2006.

SHAH, Anup. Global Financial Crisis. Global Issues, 2010. Disponível em:

<www.globalissues.org/article/768/global-financial-crisis>. Acesso em: 25 mai. 2011.

SOUZA, Marcílio. G-30 defende revisão de cotas do FMI a cada 4 anos. Agência Estado,

2009. Disponível em: <http://www.estadao.com.br/noticias/economia,g-30-defende-revisao-

de-cotas-do-fmi-a-cada-4-anos,446030,0.htm>. Acesso em: 23abr 2011.

Page 23: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

22

ANEXOS

ANEXO A - Orientações para pesquisa

Para pesquisar sobre as informações necessárias ao nosso comitê, vale a pena acessar o

site oficial do FMI (http://www.imf.org), que, infelizmente, só possui versões em inglês,

espanhol e francês.

Para que vocês compreendam o guia com maior facilidade e consigam entender os

termos econômicos, postamos um glossário no blog (http://fmiminionu.wordpress.com/). É

estritamente necessário que vocês leiam o guia acompanhados por este glossário.

Cada delegado também pode acessar o site do ministério da Fazenda e Ministério das

Relações Exteriores de seu respectivo país e conferir se há alguma informação sobre a política

financeira e fiscal do país que ajude na discussão do tema do comitê.

Outras fontes relevantes são:

www.pucminas.br/conjuntura: site desenvolvido por alunos e professores do curso de

Relações internacionais da PUC-MG, possui informações e análises sobre as reformas e

estruturas do FMI.

http://www.brettonwoodsproject.org/: site com artigos recentes sobre o FMI, além de conter

informações sobre a história e estrutura do Fundo (em inglês e espanhol).

Para pesquisas sobre reportagens do FMI, sites como http://www.folha.uol.com.br/e

http://www.bbc.co.uk/portuguese/ são muito interessantes para os delegados se manterem

atualizados sobre o que acontece no Fundo.

Page 24: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

23

ANEXO B – Gráfico 1: Desvalorização imobiliária nos Estados Unidos em 2008

Fonte: International Monetary Found

ANEXO C – Tabela 2: Distribuição de votos e cotas entre os 187 membros do FMI

Director Alternate Casting Votes of Votes by

Country Total Votes1

Percent of Fund

Total2

Appointed

Meg Lundsager Douglas A. Rediker

United States 421,963 421,963 16.80

Mitsuhiro Furusawa Tomoyuki Shimoda

Japan 157,024 157,024 6.25

Hubert Temmeyer Stephan von Stenglin

Germany 146,394 146,394 5.83

Ambroise Fayolle Aymeric Ducrocq

France 108,124 108,124 4.30

Alexander Gibbs Robert James Elder

United Kingdom 108,124 108,124 4.30

Director Alternate Casting Votes of Votes by

Country Total

Votes1

Percent of Fund

Total2

Elected

Willy Kiekens (Belgium) Johann Prader (Austria)

Austria 21,878

Belarus 4,603

Belgium 46,791

Page 25: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

24

Czech Republic 10,761

Hungary 11,123

Kosovo 1,329

Luxembourg 4,926

Slovak Republic 5,014

Slovenia 3,489

Turkey 12,652 122,566 4.88

Carlos Perez-Verdia (Mexico) Jose Alejandro Rojas Ramirez (Venezuela, República Bolivariana de)

Costa Rica

2,380

El Salvador 2,452

Guatemala 2,841

Honduras 2,034

Mexico 36,996

Nicaragua 2,039

Spain 40,973

Venezuela, República Bolivariana de 27,330 117,045 4.66

Age F.P. Bakker (Netherlands) Yuriy G. Yakusha (Ukraine)

Armenia 1,659

Bosnia and Herzegovina 2,430

Bulgaria 7,141

Croatia 4,390

Cyprus 2,321

Georgia 2,242

Israel 11,350

Macedonia, former Yugoslav Republic of 1,428

Moldova 1,971

Montenegro 1,014

Netherlands 52,363

Romania 11,041

Ukraine 14,459 113,809 4.53

Arrigo Sadun (Italy) Panagiotis Roumeliotis (Greece)

Albania 1,226

Greece 11,757

Italy 79,562

Malta 1,759

Page 26: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

25

Portugal 11,036

San Marino 909

Timor-Leste 821 107,070 4.26

Der Jiun Chia (Singapore) Aida S. Budiman (Indonesia)

Brunei Darussalam 2,891

Cambodia 1,614

Fiji, Republic of 1,442

Indonesia 21,532

Lao People's Democratic Republic 1,268

Malaysia 18,478

Myanmar 3,323

Nepal 1,452

Philippines 9,538

Singapore 14,819

Thailand 15,144

Tonga 808

Vietnam 5,346 97,655 3.89

Jianxiong He (China) Yang Luo (China)

China 95,998 95,998 3.82

Christopher Y. Legg (Australia) Heenam Choi (Korea)

Australia 33,103

Kiribati 795

Korea 34,403

Marshall Islands 774

Micronesia, Federated States of 790

Mongolia 1,250

New Zealand 9,685

Palau 770

Papua New Guinea 2,055

Samoa 855

Seychelles 848

Solomon Islands 843

Tuvalu 757

Uzbekistan 3,495

Vanuatu 909 91,332 3.64

Thomas Hockin (Canada) Antigua and Barbuda 874

Page 27: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

26

Stephen O'Sullivan (Ireland)

Bahamas, The 2,042

Barbados 1,414

Belize 927

Canada 64,431

Dominica 821

Grenada 856

Ireland 13,315

Jamaica 3,474

St. Kitts and Nevis 828

St. Lucia 892

St. Vincent and the Grenadines 822 90,696 3.61

Benny Andersen (Denmark) Audun Gronn (Norway)

Denmark 19,653

Estonia 1,391

Finland 13,377

Iceland 1,915

Latvia 2,160

Lithuania 2,578

Norway 19,576

Sweden 24,694 85,344 3.40

Moeketsi Majoro (Lesotho) Momodou Bamba Saho (Gambia, The)

Angola

3,602

Botswana 1,617

Burundi 1,509

Eritrea 898

Ethiopia 2,076

Gambia, The 1,050

Kenya 3,453

Lesotho 1,088

Liberia 2,031

Malawi 1,433

Mozambique 1,875

Namibia 2,104

Nigeria 18,271

Sierra Leone 1,776

South Africa 19,424

Page 28: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

27

Sudan 2,436

Swaziland 1,246

Tanzania 2,728

Uganda 2,544

Zambia 5,630

Zimbabwe 4,273 81,064 3.23

A. Shakour Shaalan (Egypt) Sami Geadah (Lebanon)

Bahrain 2,089

Egypt 10,176

Iraq 12,623

Jordan 2,444

Kuwait 14,550

Lebanon 3,403

Libyan Arab Jamahiriya 11,976

Maldives 839

Oman 3,109

Qatar 3,765

Syrian Arab Republic 3,675

United Arab Emirates 6,856

Yemen, Republic of 3,174 78,679 3.13

Arvind Virmani (India) P. Nandalal Weerasinghe (Sri Lanka)

Bangladesh

6,072

Bhutan 802

India 58,954

Sri Lanka 4,873 70,701 2.81

Ahmed Abdulkarim Alkholifey (Saudi Arabia) Ahmed A. Al Nassar (Saudi Arabia)

Saudi Arabia

70,594 70,594 2.81

Paulo Nogueira Batista, Jr. (Brazil) Maria Angelica Arbelaez (Colombia)

Brazil

43,244

Colombia 8,479

Dominican Republic 2,928

Ecuador 3,762

Guyana 1,648

Haiti 1,558

Page 29: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

28

Panama 2,805

Suriname 1,660

Trinidad and Tobago 4,095 70,179 2.79

Rene Weber (Switzerland) Katarzyna Zajdel-Kurowska (Poland)

Azerbaijan

2,348

Kazakhstan 4,396

Kyrgyz Republic 1,627

Poland 17,623

Serbia 5,416

Switzerland 35,324

Tajikistan 1,609

Turkmenistan 1,491 69,834 2.78

Aleksei V. Mozhin (Russian Federation) Andrei Lushin (Russian Federation)

Russian Federation

60,193 60,193 2.40

Jafar Mojarrad (Iran, Islamic Republic of) Mohammed Dairi (Morocco)

Afghanistan, Islamic Republic of

2,358

Algeria 13,286

Ghana 4,429

Iran, Islamic Republic of 15,711

Morocco 6,621

Pakistan 11,076

Tunisia 3,604 57,085 2.27

Alfredo Mac Laughlin (Argentina) Pablo Garcia-Silva (Chile)

Argentina 21,910

Bolivia 2,454

Chile 9,300

Paraguay 1,738

Peru 7,123

Uruguay 3,804 46,329 1.84

Kossi Assimaidou (Togo) Ngueto Tiraina Yambaye (Chad)

Benin 1,358

Burkina Faso 1,341

Cameroon 2,596

Cape Verde 835

Page 30: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

29

Central African Republic 1,296

Chad 1,405

Comoros 828

Congo, Democratic Republic of the 6,069

Congo, Republic of 1,585

Côte d'Ivoire 3,991

Djibouti 898

Equatorial Guinea 1,262

Gabon 2,282

Guinea-Bissau 881

Mali 1,672

Mauritania 1,383

Mauritius 1,755

Niger 1,397

Rwanda 1,540

São Tomé and Príncipe 813

Senegal 2,357

Togo 1,473 39,017 1.55 Total of eligible Fund votes 2,506,819

3 99.804

Fonte: International Monetary Found

Page 31: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

30

TABELA DE DEMANDA DAS REPRESENTAÇÕES

Na tabela a seguir cada representação do comitê é classificada quanto ao nível de

demanda que será exigido do delegado, numa escala de 1 a 3. Notem que não se trata de

uma classificação de importância ou nível de dificuldade, mas do quanto cada

representação será demandada a participar dos debates neste comitê. Esperamos que essa

relação sirva para auxiliar as delegações na alocação de seus membros, priorizando a

participação de delegados mais experientes nos comitês em que a representação do colégio for

mais demandada.

Legenda

Representações frequentemente demandadas a tomar parte nas discussões

Representações medianamente demandadas a tomar parte nas discussões

Representações pontualmente demandadas a tomar parte nas discussões

REPRESENTAÇÃO DEMANDA

1. Alemanha

2. Argélia

3. Arábia Saudita

4. Bélgica

5. Brasil

6. Canadá

Page 32: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

31

REPRESENTAÇÃO DEMANDA

7. Chile

8. China

9. Cingapura

10. Coréia do Sul

11. Egito

12. Emirados Árabes

Unidos

13. EUA

14. Federação Russa

15. França

16. Gabão

17. Índia

18. Indonésia

19. Itália

20. Irã

21. Japão

Page 33: Doc FMI - FUNDO MONETÁRIO INTERNACIONAL

32

REPRESENTAÇÃO DEMANDA

22. Malásia

23. México

24. Nigéria

25. Noruega

26. Países Baixos

27. Reino Unido

28. Suíça

29. Primal Times