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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO Registro: 2014.0000746377 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Regimental nº 2179647-33.2014.8.26.0000/50000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante ITAU UNIBANCO S/A, é agravado PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO. ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão:Negaram provimento ao recurso. Vencido o 2º Juiz, que declarará, de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão. O julgamento teve a participação dos Desembargadores MAGALHÃES COELHO (Presidente) e LUIZ SERGIO FERNANDES DE SOUZA. São Paulo, 18 de novembro de 2014. Coimbra Schmidt Relator Assinatura Eletrônica Se impresso, para conferência acesse o site https://esaj.tjsp.jus.br/esaj, informe o processo 2179647-33.2014.8.26.0000 e o código DEB6C3. Este documento foi assinado digitalmente por SERGIO COIMBRA SCHMIDT. fls. 142

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PODER JUDICIÁRIOTRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Registro: 2014.0000746377

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo Regimental nº 2179647-33.2014.8.26.0000/50000, da Comarca de São Paulo, em que é agravante ITAU UNIBANCO S/A, é agravado PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em sessão permanente e virtual da 7ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, proferir a seguinte decisão:Negaram provimento ao recurso. Vencido o 2º Juiz, que declarará, de conformidade com o voto do relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Desembargadores MAGALHÃES COELHO (Presidente) e LUIZ SERGIO FERNANDES DE SOUZA.

São Paulo, 18 de novembro de 2014.

Coimbra SchmidtRelator

Assinatura Eletrônica

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Agravo Regimental nº 2179647-33.2014.8.26.0000/50000 - 2

Voto nº 28.182

AGRAVO nº 2179647-33.2014.8.26.0000/50000 SÃO PAULOAgravante: ITAÚ UNIBANCO /AAgravado: MUNICÍPIO DE SÃO PAULOProcesso nº 1042416-16.2014.8.26.0053MM. Juiz de Direito: Dr. Paulo Baccarat Filho

PROCESSUAL CIVIL. Antecipação de tutela. Indeferimento. Poder geral de cautela do Magistrado. Teratologia ou ilegalidade não vislumbradas na decisão agravada. Decisão confirmada. Agravo não provido.

Tempestivo agravo tirado da decisão

proferida a f. 153/6, que, com espeque no art. 557, caput, do Código

de Processo Civil, negou seguimento ao agravo de instrumento tirado

da decisão reproduzida a f. 54, que, em autos de ação anulatória,

indeferiu pedido de liminar visando a desinterdição de agência

bancária do agravante.

Submetido ao colegiado, insiste na

concessão da medida.

É o relatório.

Assim dispus na decisão agravada:

O agravante requereu liminar, sem sucesso,

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porque o Juízo a quo não viu presentes os pressupostos dela autorizantes.

Dispôs a decisão agravada, in verbis:

Indefiro a medida cautelar, liminarmente

pleiteada, por entender inexistente prova capaz de convencer sobre a presença da

fumaça do bom direito ou a verossimilhança das alegações.

O exame dos requisitos ensejadores da medida

liminar está afeto ao juízo monocrático; à instância recursal revisora compete reapreciá-lo desde

que a situação dos autos possa indicar exemplo teratológico não resolvido por aquele.1

Outrossim, a jurisprudência superior

considera o juízo em questão privativo da instância natural, ressalvadas as

hipóteses suso citadas: a liminar em mandado de segurança é ato de livre arbítrio do juiz e

insere-se no poder geral de cautela do magistrado. Somente se demonstrada a ilegalidade do ato

negatório da liminar e/ou o abuso de poder do magistrado, e isso de forma irrefutável, é

admissível a substituição de tal ato, vinculado ao exercício do livre convencimento do juiz, por

outro de instância superior.2

Implica dizer que a concessão ou não da liminar,

pois, só pode ser revista pela instância recursora se houve ilegalidade manifesta ou abuso de

poder, hipótese inocorrida na espécie; notadamente porque não se vislumbra a ineficácia da

medida caso concedida a final.3

A propósito da matéria:

AGRAVO DE

INSTRUMENTO Mandado de Segurança Interposição de

recurso contra decisão que deferiu a liminar, determinando

sustação de ordem administrativa de desocupação de área pública,

cumulada com demolitória, ao menos até a vinda das informações

1 Agravo de Instrumento nº 92.010-5/2, Des. Vallim Bellocchi.2 STJ RT 674/202.3 cf. Agravo de Instrumento nº 284.603.5/3, Des. José Habice, dentre outros.

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pela autoridade apontada como coatora Não se trata de decisão

abusiva ou teratológica Plausibilidade do direito alegado Perigo

de dano configurado Livre convencimento motivado do juiz

Recurso não provido.4

Ação anulatória de débito fiscal. Suspensão da exigibilidade do crédito constituído pelo auto de infração nº 3.096.852-5, bem como a não inscrição na dívida ativa e no CADIN até o julgamento da ação principal. Admissibilidade. Presença dos requisitos elencados nos incisos I e II, do artigo 273 do Código de Processo Civil. Revisão pelo juízo de segundo grau do deferimento ou indeferimento antecipatório da tutela, adstrito às hipóteses de decisões ilegais, irregulares, teratológicas ou eivadas de nulidade insanável. Decisão mantida. Agravo impróvido.5

Agravo de instrumento contra decisão que indeferiu antecipação de tutela somente autoriza emissão da liminar em segundo grau nas hipóteses de teratologia ou ilegalidade da decisão agravada. Exame dos requisitos ensejadores da medida afetos ao juízo monocrático.

Decisão confirmada. Recurso não provido.6

Agravo de instrumento contra decisão que indeferiu antecipação de tutela somente autoriza emissão da liminar em segundo grau nas hipóteses de teratologia ou ilegalidade da decisão agravada. Exame dos requisitos ensejadores da medida afetos ao juízo monocrático.

Decisão confirmada. Recurso não provido.7

In casu, a complexidade do litígio principal

anulação de auto de interdição, a exigir ampla dilação probatória não autoriza, de

fato, provimento cautelar, sendo necessária a observância do contraditório para

melhor aferição da questão.

Não se lobriga, outrossim, o alegado periculum

in mora. A par da interdição datar de mais de seis meses (1º de abril de 2014, f.

117), o dano econômico não se insere dentre aqueles de duvidosa reparabilidade.

Em suma, não se vislumbrando teratologia

ou ilegalidade na decisão agravada, ausente previsão legal, não há qualquer 4 Agravo de Instrumento nº 0016641-49.2012.8.26.0000, Des. Magalhães Coelho.5 Agravo de Instrumento nº 0273472-70.2011.8.26.0000, Des. Guerrieri Rezende.6 Agravo de Instrumento nº 990.10.429681-1, de minha relatoria.7 Agravo de Instrumento nº 990.10.429681-1, de minha relatoria.

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motivo para sua reforma.

Posto isso nego seguimento ao recurso, cuja

manifesta improcedência autoriza desate monocrático (CPC, arts. 527, I e 557,

caput).

2. As razões de recurso não apontam

eventual ocorrência de error in judicando. Denego-o, pois.

Para efeito de exercício de recursos

nobres, anoto não ofender o desate norma legal alguma,

constitucional ou infraconstitucional. Consigno, ainda, que foram

consideradas todas as normas destacadas pelos litigantes, mesmo que

não citadas expressamente.

COIMBRA SCHMIDT

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