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DOCENTE COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO SUPERIOR: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA EM BASE DE DADOS CIENTÍFICA Cristina de Araújo Ramos Reis¹ Maria Luiza Heine² Cláudia Paranhos de Jesus Portela³ Resumo Este trabalho tem como objetivo indicar o caminho na busca sistemática para encontrar artigos que tenham relação com o tema da proposta inicial apresentada no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação GESTEC UNEB. O tema da proposta é investigar artigos que se relacionem com o tema de pesquisa: “exercício docente de professores com deficiência visual no ensino superior. O procedimento da pesquisa foi uma revisão sistemática de literatura na modalidade: busca sistemática em base de dados” em sites com essa finalidade como: Scielo e Portal de periódicos da Capes. Para a realização da busca foram usadas as palavras-chave: cego ou cegueira ensino superior. Foram encontrados um total 14 artigos que poderão contribuir para a fundamentação teórica científica do projeto de pesquisa. Ressalta-se, ainda, a contribuição dos artigos selecionados na abordagem do referencial teórico da temática supracitada, bem como um importante recurso para a delimitação do objeto em estudo. Os resultados desta pesquisa explicitam as barreiras de inserção, formação e exercício docente e de acessibilidade, mas também podem tornar os educadores com deficiência visual referenciais para aqueles que tentam ingressar ou estão na universidade. Palavras chaves: deficiência visual, docência, universidade Introdução Há muito tempo, o paradigma da incapacidade persiste em torno das pessoas com deficiência, em virtude do contexto histórico-cultural e dos conceitos formados sem bases científicas, por predominar concepções não inclusivas, que levaram à segregação e, muitas vezes, à exclusão. As pessoas com deficiência visual também passaram por esse cenário, pois a sociedade reconhece o que é extremamente visual, privilegiando a visualização como condição de conhecer, em um universo constituído por símbolos gráficos, imagens, letras e números. Nesses termos, o nível de exigência visual no meio acadêmico é ainda maior, principalmente no que diz respeito à atuação profissional do docente. Em se tratando da pessoa com deficiência visual, este fato constitui significados e sentidos. Um deles é que tal sujeito não obtém um desempenho satisfatório, pela sua condição visual que não favorece a efetivação da demanda de trabalho. No entanto, se no contexto das políticas públicas brasileiras, por um lado, muitos conteúdos expressos pela legislação, são resultados de lutas dos movimentos sociais, por outro, demonstram a necessidade da sociedade conhecer as leis que asseguram os direitos das pessoas com deficiência à educação e ao trabalho, sem discriminação. _________________ 1. Aluna Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação GESTEC UNEB 2. Professora Dra Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação GESTEC UNEB 3. Professora Dra Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação GESTEC UNEB

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DOCENTE COM DEFICIÊNCIA VISUAL NO ENSINO SUPERIOR: UMA REVISÃO

SISTEMÁTICA DE LITERATURA EM BASE DE DADOS CIENTÍFICA

Cristina de Araújo Ramos Reis¹

Maria Luiza Heine²

Cláudia Paranhos de Jesus Portela³

Resumo

Este trabalho tem como objetivo indicar o caminho na busca sistemática para encontrar artigos que tenham

relação com o tema da proposta inicial apresentada no Curso de Mestrado Profissional Gestão e

Tecnologias Aplicadas à Educação – GESTEC – UNEB. O tema da proposta é investigar artigos que se

relacionem com o tema de pesquisa: “exercício docente de professores com deficiência visual no ensino

superior”. O procedimento da pesquisa foi uma revisão sistemática de literatura na modalidade: “busca

sistemática em base de dados” em sites com essa finalidade como: Scielo e Portal de periódicos da Capes.

Para a realização da busca foram usadas as palavras-chave: cego ou cegueira ensino superior. Foram

encontrados um total 14 artigos que poderão contribuir para a fundamentação teórica científica do projeto

de pesquisa. Ressalta-se, ainda, a contribuição dos artigos selecionados na abordagem do referencial

teórico da temática supracitada, bem como um importante recurso para a delimitação do objeto em estudo.

Os resultados desta pesquisa explicitam as barreiras de inserção, formação e exercício docente e de

acessibilidade, mas também podem tornar os educadores com deficiência visual referenciais para aqueles

que tentam ingressar ou estão na universidade.

Palavras chaves: deficiência visual, docência, universidade

Introdução

Há muito tempo, o paradigma da incapacidade persiste em torno das pessoas com deficiência, em

virtude do contexto histórico-cultural e dos conceitos formados sem bases científicas, por predominar

concepções não inclusivas, que levaram à segregação e, muitas vezes, à exclusão. As pessoas com

deficiência visual também passaram por esse cenário, pois a sociedade reconhece o que é extremamente

visual, privilegiando a visualização como condição de conhecer, em um universo constituído por símbolos

gráficos, imagens, letras e números.

Nesses termos, o nível de exigência visual no meio acadêmico é ainda maior, principalmente no que

diz respeito à atuação profissional do docente. Em se tratando da pessoa com deficiência visual, este fato

constitui significados e sentidos. Um deles é que tal sujeito não obtém um desempenho satisfatório, pela

sua condição visual que não favorece a efetivação da demanda de trabalho.

No entanto, se no contexto das políticas públicas brasileiras, por um lado, muitos conteúdos

expressos pela legislação, são resultados de lutas dos movimentos sociais, por outro, demonstram a

necessidade da sociedade conhecer as leis que asseguram os direitos das pessoas com deficiência à

educação e ao trabalho, sem discriminação.

_________________

1. Aluna Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação – GESTEC – UNEB

2. Professora Dra Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação – GESTEC – UNEB

3. Professora Dra Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação – GESTEC – UNEB

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Ao analisarmos esse contexto que envolve a pessoa com deficiência visual na profissionalização

docente na universidade, percebemos que essas pessoas encontram diversas barreiras sociais, tanto na sua

formação, quanto na sua atuação profissional, necessitando desenvolver estratégias para superá-las.

Enquanto a concretização desses direitos não ocorre no dia-a-dia das pessoas com deficiência, elas

continuam lutando para conquistar posições antes preteridas, como, por exemplo, a docência acadêmica,

como é o caso da autora desse trabalho: professora universitária com baixa visão.

Esse artigo surgiu como demanda da primeira Atividade Programada da disciplina Pesquisa

Aplicada, Desenvolvimento e Inovação I – (GTE 004), do Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias

Aplicadas a Educação – GESTEC. A atividade foi para fazer uma revisão sistemática de literatura na

modalidade busca sistemática em base de dados de credibilidade acadêmica reconhecida mundialmente e

referenciada pelo CNPq, com o objetivo de investigar o que já se produziu e se registrou a respeito do tema

de estudo do então projeto de pesquisa do mestrado. Os bancos de dados escolhidos foram: Scielo e Capes.

Assim, esse artigo teve como objetivo apresentar os resultados obtidos nessas bases de dados, bem

como as contribuições que esses estudos encontrados deram para o projeto de pesquisa de mestrado

profissional.

A universidade e as políticas públicas no processo de inclusão de professores com deficiência

As primeiras Políticas Públicas de Inclusão Educacional na universidade, não foram voltadas para a

o sujeito com deficiência que receberia essa educação, mas para a temática que envolve a deficiência. Isso

foi realizado pelo MEC e pela Secretaria de Educação Especial - SEESP através da Portaria n° 1.793/1994,

com a oferta da disciplina Aspectos Ético-Político-Educacionais da Normalização e Integração da Pessoa

Portadora de Necessidades Especiais, a principio para graduações em Pedagogia, Psicologia e demais

licenciaturas. Houve também a inserção de conteúdos relativos a esta disciplina nos cursos da área de

saúde, serviço social e demais graduações Além disso, houve a manutenção e/ou ampliação em nível de

cursos adicionais, de graduação e de especialização nas diversas áreas da Educação Especial (BRASIL,

1994). Até aí, os graduandos, especialmente aqueles iriam atuar com os alunos com deficiência que

estavam presentes nas primeiras séries do Ensino Fundamental, não tinham acesso ao conhecimento dessa

área.

Só posteriormente, foi dada a atenção ao processo de inclusão da pessoa com deficiência no ensino

Superior, mas na condição de aluno, ficando a margem professores e técnicos. Surgiu então, a publicação

do Aviso Circular nº 277, editado pelo MEC/Gabinete do Ministro - GM, em 08 de maio de 1996. Esse

documento propõe a adequação das Universidades aos procedimentos voltados para o processo seletivo de

estudantes com necessidades especiais no Ensino Superior, sobretudo no concurso de vestibular. Além

disso, recomenda também a promoção, por parte de todas as instituições universitárias, da flexibilização

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dos serviços educacionais e da infraestrutura. Assim como também sugere a capacitação de recursos

humanos, de forma a assegurar a permanência bem-sucedida de estudantes “portadores de necessidades

especiais” no Ensino Superior. Mesmo esse documento, ter sido fruto do movimento político das pessoas

com deficiência e do movimento do país na luta pelo acesso e permanência nesse segmento de ensino,

nesta época não se projetava a carreira docente para a PCD, talvez por isso o estudante é o centro da

discussão (BRASIL, 1996).

Quanto às políticas públicas de acessibilidade da pessoa com deficiência no Ensino Superior, estas

surgiram somente por causa das demandas arquitetônicas, através da publicação da Portaria nº. 1.679, de 02

de dezembro de 1999. Este documento trata dos requisitos de acessibilidade para pessoas com deficiências,

com vistas a instruir processos de autorização e de reconhecimento de cursos e de credenciamento de

instituições (BRASIL, 1999). No entanto, tal documento poderia estar numa perspectiva mais ampla, como

a do Desenho Universal, citado por Bahia (2006), em que a acessibilidade não se restringe à prisma

arquitetônica, mas também, as dimensões metodológica, instrumental, comunicacional, programática e

atitudinal.

Contudo, quatro anos depois, surge a Portaria nº. 3.284, de 07 de novembro de 2003, substituindo a

de nº. 1.679, especificando as condições de acessibilidade que devem ser implementadas pelas IES

(Instituição de Ensino Superior), para fins de instruir o processo de avaliação das mesmas (BRASIL, 2003).

Posteriormente, em 2004, foi aprovada a Lei de Acessibilidade por meio da publicação do Decreto

nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. No que tange à acessibilidade educacional, o então decreto discorre

requisitos para viabilizar orientações técnicas voltadas a assegurar o devido cumprimento da então Portaria

nº. 3.284. Assim, o Decreto nº. 5.296 especifica:

(...) os estabelecimentos de ensino de qualquer nível, etapa ou modalidade, públicos ou

privados, proporcionarão condições de acesso e utilização de todos os seus ambientes ou

compartimentos para pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida

(BRASIL, 2004, art. 24, § 1º, inc. I).

Esse documento, também tem uma relevância mais ampla no processo de inclusão educacional, dos

então já citados, pois diferentemente a pessoa com deficiência é também citada na condição de docente e

técnico. Isso pode ser observado no inciso § 1º: Para a concessão de autorização de funcionamento, de

abertura ou renovação de curso pelo poder público, o estabelecimento de ensino deverá comprovar que:

II - coloca à disposição de professores, alunos, servidores e empregados portadores de deficiência ou

com mobilidade reduzida ajudas técnicas que permitam o acesso às atividades escolares e

administrativas em igualdade de condições com as demais pessoas; e III - seu ordenamento interno

contém normas sobre o tratamento a ser dispensado a professores, alunos, servidores e empregados

portadores de deficiência, com o objetivo de coibir e reprimir qualquer tipo de discriminação, bem

como as respectivas sanções pelo descumprimento dessas normas (BRASIL, 2004, art. 24, § 1º, inc.

II e III).

Vale ressaltar que o descumprimento de tais dispositivos, segundo esta normatização, será punido

por meio do descredenciamento para abertura, funcionamento ou renovação de cursos pelo poder público,

dentro dos prazos fixados nessa lei.

Uma política pública educacional no ensino superior voltada para o estudante com deficiência é o

do sistema de cotas para estudantes com deficiência em que algumas universidades brasileiras já adotam,

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tomando como parâmetro as Políticas de Ações Afirmativas vigentes. Santos (2013) traz em sua

dissertação dados da matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo (2009). O texto afirma que no

universo de 249 instituições públicas de ensino superior, somente 19 desenvolvem algum tipo de ação

afirmativa em benefício dos estudantes com deficiência, destacando as universidades as federais do

Maranhão, Paraná e Sergipe e as estaduais do Rio de Janeiro, de Goiás, do Rio Grande do Sul. Mesmo

assim, segundo Santos (2013), o percentual de estudantes cotistas com deficiência nessas instituições

supracitadas não alcança 1% do total das matrículas, embora elas tivessem implantado este sistema há

algum tempo. Quando se tem acesso a esses dados pensa-se logo no profissional docente destas IES. Pensa:

Será que possuem em seu quadro professores com deficiência e dentre eles com deficiência visual?

O documento da política nacional de educação especial na perspectiva da educação inclusiva de

2008 fala da interface da educação superior com a educação especial que se efetiva por meio de ações que

promovam o acesso, a permanência e a participação dos alunos com deficiência (BRASIL, 2008), ficando

invisível o docente e o técnico. No entanto, o que o documento cita enquanto ações valem para todas as

pessoas com deficiência presentes no ensino superior, ou seja, para docência ou para o técnico. Essas ações

envolvem o planejamento e a organização de recursos e serviços para a promoção da acessibilidade

arquitetônica, nas comunicações, nos sistemas de informação, nos materiais didáticos e pedagógicos, que

devem ser disponibilizados nos processos seletivos e no desenvolvimento de todas as atividades que

envolvam o ensino, a pesquisa e a extensão.

Como resultado dessa Política, o Ministério da Educação, por intermédio da Secretaria de Educação

Superior criou o Programa Acessibilidade na Educação Superior - INCLUIR podendo ser de IES federais,

estaduais, municipais e privadas. Um programa, instituído em cumprimento ao disposto nos Decretos nº

5.296/2004 e nº 5.626/2005 tendo como objetivo:

fomentar a criação e a consolidação de Núcleos de Acessibilidade nas Instituições Federais de

Ensino Superior (IFES), os quais respondem pela organização de ações institucionais que garantam

a integração de pessoas com deficiência à vida acadêmica, eliminando barreiras comportamentais,

pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação. (BRASIL, 2005).

O programa INCLUIR foi um avanço porque havia agora um orçamento nas IES Federais destinado

a fomentar ações de acessibilidade e promover a inclusão educacional de universitários com deficiência,

ficando a condição de professores e técnicos invisíveis novamente. Mas, a depender do recurso acessível

adquirido na instituição diretamente ou indiretamente professores, técnicos e comunidades com deficiência

poderia se beneficiar.

Outro programa de apoio ao desenvolvimento inclusivo dos sistemas de ensino superior foi “O

Observatório da Educação” que foi criado por meio de decreto presidencial (Decreto nº 5.803) em 08 de

junho de 2006. O objetivo foi estimular o crescimento da produção acadêmica e a formação de recursos

humanos pós-graduados, nos níveis de mestrado e doutorado, por meio de financiamento específico. A

parceria entre a Capes e o Inep previa a abertura de editais convidando a comunidade acadêmica para

apresentar projetos de estudos e pesquisas na área de educação, envolvendo os programas de pós-

graduação de mestrado e de doutorado das Instituições de Educação Superior (IES). Dentre as áreas

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temáticas prioritárias de interesse de pesquisa estava o “Indicadores de qualidade do ensino-aprendizagem,

do trabalho didático e da carreira docente”. Vale ressaltar que esse programa sendo realizado na

universidade os estudos sobre essa temática era voltado para a docência na educação básica e não superior.

Outra política instituída nas IES, para inclusão educacional da PCD no ensino superior, foi para as

pessoas surdas que necessitam de acessibilidade linguística, tecnológicos visuais específicos etc. Isso

ocorreu por que o decreto 5626 de 2005, indica que “as pessoas surdas terão prioridade nos cursos de

formação previstos no seu artigo Art. 4º: “A formação de docentes para o ensino de Libras nas séries finais

do ensino fundamental, no ensino médio e na educação superior deve ser realizada em nível superior, em

curso de graduação de licenciatura plena em Letras: Libras ou em Letras: Libras/Língua Portuguesa como

segunda língua. Assim, houve o Programa Nacional para a Certificação de Proficiência no Uso e Ensino

da Língua Brasileira de Sinais - Libras e para a Certificação de Proficiência em Tradução e Interpretação

da Libras/Língua Portuguesa. Tem por objetivo viabilizar, por meio de exames de âmbito nacional, a

certificação de proficiência no uso e ensino de Libras e na tradução e interpretação da Libras.

Segundo, a partir o Decreto nº 5.626/2005 (BRASIL, 2005) que regulamenta a Lei nº 10.436/2002,

foram realizadas até 2014 seis edições do PROLIBRAS, em todas as unidades federadas, certificando

3.106 profissionais para o uso e ensino de Libras. Assim, houve a abertura de vinte e sete cursos de Letras

com habilitação em Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS nas universidades federais em todos os estados

do País, sendo que o critério de seleção para cursar essa graduação era preferencialmente para pessoas

surdas. O ingresso, permanência e terminalidade do curso pelos alunos surdos é um progresso no que tange

a oportunidade de escolher a carreira docente. Abre portas inclusive para concursos públicos para

professores surdos no ensino superior, como foi o caso da Universidade Tecnológica Federal Do Paraná

(UTFPR), que realizou o Concurso Público de Provas e Títulos, destinado ao provimento de 11 (onze)

cargos da Carreira do Magistério Superior, categoria funcional de Professor do Magistério Superior,

“Classe Auxiliar”, para atender os seus 11(onze) campi.

Assim, percebe-se que a docência no ensino superior é uma carreira profissional que está já sendo

visitada por pessoas surdas, mas também por pessoas com deficiência visual como é o caso da professora

baixa visão citados em Reis, 2015.

É imprescindível assim, que haja políticas públicas nesse nível de ensino a fim de exigir dos

governos federais, estaduais e municipais, bem como dos proprietários das instituições privadas de ensino

superior, a obrigatoriedade de dotação orçamentária direcionada exclusivamente à garantia da equidade nas

ações de inclusão e acessibilidade educacional não só de estudantes, mas também de docentes e técnicos

com deficiência que estão no Ensino Superior. Além do cumprimento de ações que consolidam a

emancipação dos sujeitos com deficiência, como produtores de conhecimento e, assim, construir uma

educação com princípios inclusivos especialmente na função de professor universitário, indiciando assim

rupturas nos paradigmas de incapacidade, que ainda se tem em torno a capacidade da PCD de trabalhar.

Pode-se notar então que as conquistas advindas das políticas de educação especial na perspectiva

inclusiva, da expansão do ensino superior e das ações afirmativas nas universidades, evidenciam um

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importante combate à discriminação social das PCD, que foram tradicionalmente permissivas na

legitimação das desigualdades sociais, por não terem a credibilidade de um profissional sem deficiência e,

comumente, acabam inseridos nesta lógica, num conformismo histórico de serem incapazes.

Percurso metodológico da pesquisa

O presente estudo foi realizado numa abordagem qualitativa, pois de acordo com Sampieri, Collado

e Lucio (2006) este enfoque está baseado em métodos de coleta de dados sem medição numérica com a

descrição e a observação. André (1995) complementa dizendo que termo também estaria reservado “para

designar o tipo de dado obtido”, que neste caso específico foram dados descritivos, de caráter subjetivo.

Com isso, os números de estudos encontrados no banco de dados de credibilidade acadêmica e cientifica

não deixam de ser qualitativo por se reportar a números para identificar a quantidade ou a porcentagem de

estudos que apresentam o tema de pesquisa do projeto que será desenvolvido no mestrado profissional.

Iniciou-se então uma pesquisa documental, com o objetivo de investigar o que já se produziu e se

registrou a respeito do tema de estudo. Esse tipo de pesquisa bibliográfica segundo Gil (2002), “[...] é

desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos

científicos”, apontando vantagem deste tipo pesquisa o contato do investigador com o que já se registrou a

respeito do tema de estudo. Esse processo envolve o conhecimento de outros estudos sobre o mesmo tema

ou objeto, ou seja, serve para direcionar o pesquisador nos seus diversos aspectos, como afirma Moreira

(2004, p. 23), quando comenta sobre o modelo de pesquisa revisão sistemática de literatura:

Serve para posicionar o leitor do trabalho e o próprio pesquisador acerca dos avanços, retrocessos ou áreas

envoltas em penumbra. Fornece informações para contextualizar a extensão e significância do problema que se

maneja. Aponta e discute possíveis soluções para problemas similares e oferece alternativas de metodologias

que têm sido utilizadas para a solução do problema.

Se também olhar no “retrovisor” dos últimos quinze anos, percebe-se que no Brasil e em outros

países, tem se produzido um conjunto significativo de pesquisas conhecidas pela denominação "estado da

arte" ou "estado do conhecimento", definidas como de caráter bibliográfico. Elas parecem trazer em

comum o desafio de mapear e de discutir uma certa produção acadêmica em diferentes campos do

conhecimento, tentando responder que aspectos e dimensões que vêm sendo destacados e privilegiados em

diferentes épocas e lugares, de que formas e em que condições têm sido produzidas certas dissertações de

mestrado, teses de doutorado, publicações em periódicos e comunicações em anais de congressos e de

seminários (FERREIRA, 2002).

Assim, esse foi o fator motivador de adotar a metodologia da revisão de literatura na modalidade de

busca sistemática em base de dados de credibilidade da comunidade acadêmica, com o intuito de investigar

artigos, que apresentem correlação com tema da pesquisa de mestrado por ora sendo realizada a qual tem

como título: A atuação de professores com deficiência visual no ensino superior. Esse processo de

investigação está em consonância com Galvão e Pereira (2014, p. 183) quando diz que “a revisão

sistemática da literatura: trata-se de um tipo de investigação focada em questão bem definida, que visa

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identificar, selecionar, avaliar e sintetizar as evidências relevantes disponíveis”. Nessa perspectiva, busquei

as bases de dados na Capes e no Scielo.

Então, inicialmente foi escolhida a base de dados do Scielo (Scientific Electronic Library Online).

Este é um banco de dados de periódicos científicos que utiliza a internet para oferecer acesso livre a

periódicos que atendem a padrões de excelência nos países em desenvolvimento na América Latina e no

Caribe (SANTOS, 2010). Esta base de dados é subsidiada por meio de recursos públicos dos países desses

continentes. A pesquisa foi realizada entre os meses de abril e maio de 2017.

Análise dos dados e/ou informações pesquisadas

Iniciou-se uma busca específica por artigos nos bancos de dados de credibilidade acadêmica e

científica, portanto uma pesquisa documental, com o objetivo de investigar o que já se produziu e se

registrou a respeito do tema de estudo.

Para esta busca sistemática foram realizadas um total de quatro buscas com palavras-chave

diferentes e/ou com palavras chave associadas. Isto foi necessário porque as buscas sempre realizadas não

eram um número expressivo de artigos e, ao proceder a checagem da adequação do tema com a pesquisa

aqui em desenvolvimento, o número total de artigos obtidos não se mostravam também expressivos. Como

critério de busca foram utilizadas os descritos: docente, professor, deficiência visual, cego, baixa visão,

ensino superior, graduação.

Nessa perspectiva, os descritores utilizados no referido levantamento foram: “professor deficiência

visual ensino superior”(0), “deficiência visual ensino superior”(0), “deficiência visual graduação”(0).

Nestes não foram encontrados nenhuma produção que viessem com essas palavras chave, somente após

inserir as palavras chaves: “cego e ensino superior” que encontrou dois artigos. Em decorrência de o

resultado ter sido insatisfatório foi feita outra pesquisa com o seguinte descritor: “cegueira e ensino

superior” no qual foram encontrados também dois artigos.

Entre os estudos investigados, os três primeiros não contemplaram a pesquisa, por isso foram

excluídos por não apresentarem relação com a temática estudada, pois os artigos tinham como objetivo:

clínico que não condiz com a real da pesquisa estudada; ou educação superior, mas com reflexão sobre o

mesmo nível de ensino dessa pesquisa que é a universidade, no entanto não contextualiza o sujeito que é

professor com deficiência visual; relação ao nível de ensino e sujeito da pesquisa. No entanto, essa

pesquisa não apresenta discussão sobre esse sujeito com deficiência visual na docência, apenas como

aluno.

Outra base de dado científica de pesquisa foi o portal da Capes (Comissão de Aperfeiçoamento de

Pessoal do Nível Superior) responsável pelo reconhecimento e avaliação de cursos de pós-graduação

stricto-sensu (mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado) em âmbito nacional e possui um

dos maiores bancos de dados de periódicos. Nessa base de dados foram encontradas 10 (dez) artigos.

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Ao investigar esses trabalhos percebeu-se que eles possuem a pessoa com deficiência visual como

sujeito em suas pesquisas, no entanto o espaço em que esses autores realizaram a pesquisa estão no rol da

educação básica ou em saúde; possuem os sujeitos com deficiência visual e espaço do ensino superior

como elementos de pesquisa semelhante ao objeto dessa pesquisa. No entanto, o foco está mais uma vez no

aluno, diferentemente do sujeito que será investigado nessa pesquisa que é o docente. Também foi

encontrado um estudo: “Professores Universitários com Deficiência: trajetória escolar e conquista

profissional, de Rosimeire Maria Orlando e Katia Regina Moreno Caiado, cujo objetivo de compreender

influências sobre desempenho escolar e identificar razões da distinção que os tornou minoria dentre os

milhares de outras pessoas com deficiência que não atingem tal patamar de educação formal e

profissionalização.”

Esse estudo fala da trajetória escolar e familiar de três professores com deficiências um surdo, um

cego e outro com múltipla deficiência (deficiência física e baixa visão) que atuam no ensino superior. Foi

muito prazeroso ter acesso a esse estudo foi encontrado os sujeitos de uma pesquisa que atuam no ensino

superior, porém o estudo foi voltado para trajetória familiar e escolar da educação básica e não do ensino

superior.

Um outro estudo também encontrado foi o de 4 professores (2 deficiência física, 1 deficiência

visual e 1 com deficiência auditiva) com deficiência no ensino superior: “Estratégias de ensino de

professoras com deficiência no nível superior: formando futuros profissionais.” de Alzira Maira Perestrello

Brando, Leila Regina d’ Oliveira de Paula Nunes, Catia Crivelenti de Figueiredo Walter, com o objetivo de

analisar as estratégias de ensino de docentes com deficiência utilizadas em suas aulas. Esse estudo embora

tenha o professor cego, o lócus o ensino superior, e o profissional docente o seu estudo é apenas voltado

para duas categorias que são: as escolhas da atividade e a descrição das estratégias e dos recursos que o

professor utiliza nas aulas. Além disso o instrumento foi entrevista semiestruturada, dessa forma não

considerei de tal relevância para o futuro estudo dessa pesquisa por considerar as discussões em torno, mas

contribuiu no sentido de saber que as pessoas com deficiência visual estão sendo visibilizadas em estudos

no ensino superior na condição de docente.

Por fim foram encontrados 2(dois) trabalhos com semelhança em termos ao objeto, ao método e

aos sujeitos dessa pesquisa que são professores com deficiência visual no ensino superior são eles:

“Percepção e cegueira: a história de vida de uma professora universitária”(Vargas , 2006), que buscou-se

compreender como uma professora universitária com cegueira, constitui sua história de vida e trajetória

profissional. Nesse sentido, esse estudo é o principal trabalho sobre a cegueira em que a protagonista e uma

de uma professora universitária; “Percepção de professores universitários com deficiência física,

deficiência visual ou deficiência auditiva sobre o processo de inclusão na academia” (Souza , 2015), a qual

investigou a percepção de professores universitários com deficiência física, visual ou auditiva sobre o seu

processo de inclusão na instituição em que trabalham.

Após encontrar esses trabalhos os mesmos foram impressos e lidos mais detalhadamente e, com

isso, foi possível refletir que essas dissertações se constituem o estado da arte sobre a temática, em termos

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do objeto de estudo, do nível de ensino e sujeito dessa pesquisa. Encontrá-los foi uma surpresa, pois já

havia um tempo de procura e nada semelhante havia encontrado. Isso foi muito bom, pois é imprescindível

conhecer o objeto a ser estudado e verificar as possibilidades existentes para explorá-lo, permitindo

conhecer as abordagens de diversos autores e experiências que já foram realizadas acerca da temática em

estudo. Sobre isso, Bourdieu (Apud MATOS; SAMPAIO, 2013, p. 122-123) propõe o princípio da

inversão metodológica, consiste em “identificar as pré-noções, o habitus e o campo que configura o objeto

de estudo tal qual o vemos e denominamos”. Desta forma, encontrar os dois trabalhos relacionados a esse

estudo somou à minha experiência, pois essa temática também já foi investigada por mim em uma

dissertação de mestrado acadêmico estrangeiro, em junho de 2013, cujo titulo foi: “O exercício docente de

uma professora com baixa visão: obstáculos enfrentados e estratégias criadas para superação de barreiras

na docência no ensino superior” transformado em uma obra (Reis,2015). Esse estudo teve como objetivo

mostrar os entraves que foram enfrentados por mim enquanto professora com baixa visão durante o meu

processo de educação e formação profissional, assim como as estratégias criadas para a superação de

barreiras durante o início de minha docência no ensino superior.

Conclusão

Neste processo apesar das dificuldades enfrentadas, trouxe significativas contribuições no

andamento do levantamento inicial da pesquisa de referenciais que tem relação com o tema da proposta

inicial, apresentada no Curso de Mestrado Profissional Gestão e Tecnologias Aplicadas à Educação –

GESTEC- UNEB.

A revisão sistemática da literatura sobre as palavras chaves que norteiam o objeto de pesquisa em

estudo nos conduziram a contextualizar a problemática da pesquisa do projeto de mestrado.

Percebe-se então, que são pouquíssimos os estudos em que a pessoa com deficiência visual é

protagonista no ensino superior. Assim, o estudo em questão, preenche a lacuna da necessidade de

pesquisar sobre a formação e atuação de professor universitário com deficiência visual na academia, pois

os dados apontaram que o professor nesta condição já está atuando no ensino superior.

Ao revisar a literatura em banco de dados me ajudou a me posicionar melhor acerca dos avanços

em estudos na área de profissionalização da pessoa com deficiência visual, pois essas pesquisas me

forneceram informações para contextualizações da problemática do meu projeto de pesquisa. Os dois

artigos discutiram problemas similares, deram alternativas de metodologias de pesquisas que foram

utilizadas para solucionar os problemas descritos nas dissertações.

Diante desta realidade, nota-se a necessidade, também no ensino superior, de se organizar para o

processo de inclusão da pessoa com deficiência visual, não só na modalidade de alunos, mas também de

professores. Além disso, a universidade e seus atores, experenciarão enquanto fócus de pesquisa, e não

somente como lócus de produção e difusão de pesquisa e conhecimento científico.

Assim, esses resultados e achados desta busca explicitam as barreiras de inserção, formação e

exercício docente e de acessibilidade, mas também podem tornar os educadores com deficiência visual

como referenciais para aqueles que tentam ingressar ou estão na universidade como docentes ou discentes.

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Esses elementos são o que compõe os processos de formação e atuação dos professores com deficiência

visual no exercício docente superior.

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