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DOCUMENTANDO O PATRIMONIO MODERNO: Informação e Visibilidade GUEDES, Kaline Abrantes (1); TINEM, Nelci (2). 1. UNIPE. Departamento de Arquitetura e Urbanismo. Rua Juiz Agrícola Montenegro, 105/1901, Miramar, João Pessoa, Paraíba, 58032-210. [email protected] 2. UFPB. Departamento de Arquitetura. PPGAU Rua Tabelião José Ramalho Leite, 1531/101, Cabo Branco, João Pessoa, Paraíba, 58045-230. [email protected] RESUMO As demandas espaciais e territoriais contemporâneas têm destruído grande parte do acervo da arquitetura moderna na Paraíba, inclusive porque essas obras ainda não são alvo de reconhecimento ou de políticas públicas para sua proteção. Já são contabilizados vários casos de demolição total, além daqueles de abandono ou descaracterização, causados pelo desrespeito ao patrimônio edificado ou pelo desconhecimento de sua relevância histórica, cultural ou arquitetônica. A documentação tem sido, nesse sentido, uma importante ferramenta para o conhecimento e registro dessas obras modernas face à crescente perda (total ou parcial) de vários dos exemplares no estado. A maior dificuldade na proteção do moderno ainda é a falta de instrumentos que suportem as readaptações do território às necessidades contemporâneas. A ideia principal dessa comunicação é dar visibilidade a essa produção, organizando os registros já realizados em fichas Docomomo, modelo simplificado. A inserção dessas informações de forma sistemática em fichas padrão permitirá um balanço das atividades realizadas; a compilação dos dados possibilitará o esboço de um panorama geral do que foi coletado e do que ainda precisa ser complementado, facilitando as análises quantitativas, qualitativas e comparativas acerca do tema. E mais importante, facilitará a difusão das informações e dará visibilidade a essa produção construída (e/ou demolida) e pesquisada. Palavras-chave: Arquitetura Moderna, Paraíba, Documentação, Historiografia.

DOCUMENTANDO O PATRIMONIO MODERNO: Informação e … o... · fichas do Docomomo, acrescidos de outros considerados necessários ao acompanhamento da pesquisa como, por exemplo, o

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DOCUMENTANDO O PATRIMONIO MODERNO: Informação e Visibilidade

GUEDES, Kaline Abrantes (1); TINEM, Nelci (2).

1. UNIPE. Departamento de Arquitetura e Urbanismo.

Rua Juiz Agrícola Montenegro, 105/1901, Miramar, João Pessoa, Paraíba, 58032-210. [email protected]

2. UFPB. Departamento de Arquitetura. PPGAU

Rua Tabelião José Ramalho Leite, 1531/101, Cabo Branco, João Pessoa, Paraíba, 58045-230. [email protected]

RESUMO

As demandas espaciais e territoriais contemporâneas têm destruído grande parte do acervo da arquitetura moderna na Paraíba, inclusive porque essas obras ainda não são alvo de reconhecimento ou de políticas públicas para sua proteção. Já são contabilizados vários casos de demolição total, além daqueles de abandono ou descaracterização, causados pelo desrespeito ao patrimônio edificado ou pelo desconhecimento de sua relevância histórica, cultural ou arquitetônica. A documentação tem sido, nesse sentido, uma importante ferramenta para o conhecimento e registro dessas obras modernas face à crescente perda (total ou parcial) de vários dos exemplares no estado. A maior dificuldade na proteção do moderno ainda é a falta de instrumentos que suportem as readaptações do território às necessidades contemporâneas. A ideia principal dessa comunicação é dar visibilidade a essa produção, organizando os registros já realizados em fichas Docomomo, modelo simplificado. A inserção dessas informações de forma sistemática em fichas padrão permitirá um balanço das atividades realizadas; a compilação dos dados possibilitará o esboço de um panorama geral do que foi coletado e do que ainda precisa ser complementado, facilitando as análises quantitativas, qualitativas e comparativas acerca do tema. E mais importante, facilitará a difusão das informações e dará visibilidade a essa produção construída (e/ou demolida) e pesquisada.

Palavras-chave: Arquitetura Moderna, Paraíba, Documentação, Historiografia.

3º SEMINÁRIO IBERO-AMERICANO ARQUITETURA E DOCUMENTAÇÃO

Belo Horizonte, de 12 a 14 de novembro de 2013 ISSN 1983-7518

Dois episódios, em dois momentos distintos, incentivaram ações no sentido de preservar a

produção arquitetônica moderna na Paraíba: um em 1984, com a demolição de um exemplar

art déco e outro propriamente moderno: os edifícios do estúdio e dos transmissores da Radio

Tabajara, de autoria de Clodoaldo Gouveia, construídos entre 1932 e 1934, momento de

difusão dos meios de comunicação necessários como suporte ao governo Getúlio Vargas;

outro em 2005, com a demolição da residência Otacílio Campos, de autoria de Acácio Gil

Borsoi, construído em 1966.

O primeiro episódio causou certa comoção na classe média paraibana que considerava a

Radio Tabajara parte de sua história e cultura. Apesar dos protestos os edifícios foram

destruídos; entretanto o fato chamou a atenção de pesquisadores que começaram a olhar

para a produção arquitetônica local 1 . Apesar dessas primeiras pesquisas não terem a

arquitetura moderna como foco exclusivo, começam a apontar exemplares modernos

relevantes para a história da produção regional e nacional. Em 1987, a arquitetura moderna

torna-se protagonista no trabalho de conclusão de curso de Mércia Rocha intitulado

“Manifestações da Arquitetura Moderna em João Pessoa” e em 1998, em outro trabalho de

conclusão de curso, de autoria de Francisco Sales Trajano Filho, “Vanguarda e

Esquecimento: a obra de Clodoaldo Gouveia”.

A partir do segundo episódio, já havia em formação o grupo de pesquisa ‘Arquitetura Moderna

na Paraíba’, que iniciava investigações específicas sobre o tema2, como a questão das

residências unifamiliares e o processo de verticalização das cidades. Essas pesquisas

resultaram no registro e análise de inúmeras obras consideradas importantes para a memória

e para a história regional e nacional. Registros esses realizados a partir dos documentos

gráficos, fotográficos e escritos encontrados em diversos acervos, que somados aos

levantamentos das construções (pelo menos as existentes), resultaram em documentos que

subsidiaram outras pesquisas, outros levantamentos, pareceres das agências de proteção e

intervenções no patrimônio moderno.

De um modo geral, esses registros, públicos ou privados, relatam parte desse momento

incontestável de transformação do pensamento, da forma e da função na arquitetura e sua

repercussão no solo paraibano. Arquitetos reconhecidos no cenário nacional e internacional,

como Acácio Gil Borsoi, Sérgio Bernardes e Vital Brazil, somados a profissionais locais, como

1 Destacam-se, nesse primeiro momento, as pesquisas de Costa (1987), Moura Filha (1985), Tinem (1987/2006).

2 Merecem destaque as pesquisas de Pereira (2008), Chaves (2008), Queiroz & Rocha (2007), Almeida (2007),

Costa (2008), Araújo (2010), Xavier (2011), entre outros.

Mário de Lascio, Glauco Campelo e Carneiro da Cunha, são os atores nessa nova trama de

ideias e obras que se estabelece.

As demandas espaciais e territoriais contemporâneas, todavia, tem destruído grande parte

desse acervo que ainda não é alvo de reconhecimento ou de políticas públicas para sua

proteção. Já são contabilizados casos de demolição total como a Rádio Tabajara, as

residências Otacílio Campos e Loureiro Celino e o Iate Clube, entre outros, além daqueles

abandonados ou vilipendiados em desrespeito ao patrimônio edificado, muitas vezes pelo

desconhecimento de sua relevância histórica, cultural ou arquitetônica. A documentação tem

sido, nesse sentido, uma importante ferramenta para o conhecimento e registro dessas obras

modernas face à descaracterização ou perda (total ou parcial) de vários dos exemplares

identificados nas pesquisas anteriormente citadas. A maior dificuldade na proteção do

moderno ainda é a falta de instrumentos que suportem as readaptações do território às

necessidades contemporâneas.

A ideia principal dessa comunicação é dar visibilidade a essa produção, organizando os

registros já realizados nas fichas do Docomomo, a partir do modelo simplificado. As formas de

registro dessas obras foram variadas e nem sempre seguiram um modelo padrão, os

instrumentos utilizados dependiam do objetivo a ser alcançado: podiam ser trabalhos de

conclusão de curso, pequenos trabalhos de pesquisa, dissertações, teses e similares. A

inserção dessas informações de forma sistemática em fichas padrão permitirá um balanço das

atividades realizadas; a compilação dos dados possibilitará o esboço de um panorama geral

do que foi coletado e do que ainda precisa ser complementado, facilitando as análises

quantitativas, qualitativas e comparativas acerca do tema. E mais importante, facilitará a

difusão das informações e dará visibilidade a essa produção construída (e/ou demolida) e

pesquisada.

Sistematização em fichas

A sistematização dos diversos trabalhos realizados nesse período em fichas com base no

modelo simplificado do Docomomo proporcionou um balanço do que havia sido produzido e

do que merecia ainda ser registrado e abriu perspectivas de novas avaliações e especulações

sobre o tema. Para tanto, o primeiro passo foi a adaptação da ficha padrão aos objetivos

desejados, que contemplasse os diversos tipos de registros e fosse de fácil leitura,

assimilação e visualização. As obras foram classificadas por atividades (clubes, sedes

bancárias, residências unifamiliares, edifícios residenciais, edifícios comerciais, espaços de

cultura e arte, terminais viários, instituições públicas, mercados, entre outros) e cada uma

dessas atividades recebeu uma cor distinta no cabeçalho da ficha.

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Foram adotados os mesmos campos e subcampos elencados no modelo simplificado das

fichas do Docomomo, acrescidos de outros considerados necessários ao acompanhamento

da pesquisa como, por exemplo, o tipo e qualidade das informações existentes (texto,

desenhos, plantas, cortes, perspectivas, maquetes físicas ou digitais, fotos, entre outros).

Esse campo permite, de imediato, a visualização do material disponível e a avaliação do

potencial de cada registro, facilitando ao pesquisador o planejamento de sua pesquisa.

As dificuldades encontradas no preenchimento das fichas estão, em geral, relacionadas,

principalmente, à variedade de tipos e formas de catalogação desses registros, à

sobreposição de arquivos, à quantidade de obras estudadas e, obviamente a não

sistematização prévia dos dados existentes. Em que pesem essas dificuldades, os resultados

que começam a aparecer revelam a riqueza das contribuições possíveis a partir desses

registros, através do mapeamento do acervo da arquitetura moderna.

Para agilizar o processo de preenchimento das fichas foi necessário, antes de tudo, organizar

e padronizar as informações disponíveis sobre as obras registradas nos trabalhos

anteriormente realizados. Cada obra foi nomeada, classificada por atividade, datada e,

quando possível, revelada a autoria (título, atividade, data e autoria), segundo um padrão

pré-estabelecido. A obra, dependendo do trabalho original, pode conter informações como:

fotografias antigas e/ou atuais, imagens do projeto original, redesenhos bidimensionais,

modelos tridimensionais, apresentações em power point, documentos escritos, animações,

entre outros.

Além da organização das informações sobre as obras já registradas, foram listadas as obras

modernas de relevância arquitetônica que mereciam e ainda não haviam sido alvo de

registro/catalogação, colocando-as em pauta para uma futura realização.

Figura 01: Modelo parcial elaborado para a ficha de documentação da arquitetura moderna na Paraíba.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2013)

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Figura 02: Modelo parcial elaborado para a ficha de documentação da arquitetura moderna na Paraíba.

Fonte: Elaborado pelas autoras (2013)

Elaboração do quadro-síntese

A partir da sistematização das informações sobre as obras, que gerariam as fichas

Docomomo, foi possível a elaboração de um quadro-síntese, com o registro dessas

informações (ver quadro 01). Nesse quadro, além da descrição da obra, autoria e data do

projeto foram inseridos dados como: localização e situação atual do levantamento. Esse

quadro possibilitou uma visualização sistematizada do acervo disponível, bem como das

lacunas ainda existentes e que necessitam de preenchimento, ou seja, que poderiam ser

objeto de novos trabalhos de pesquisa e documentação, evitando sobreposições

desnecessárias.

No quadro-síntese, aparecem obras importantes ainda não catalogadas, em que a falta de

registro é destacada, vislumbrando futuras pesquisas e consequente atualização do quadro.

O quadro síntese foi alimentado por informações recolhidas nos trabalhos desenvolvidos por

pesquisadores vinculados ao Laboratório de Pesquisa Projeto e Memória (LPPM) da UFPB,

seja através das disciplinas de graduação e pós-graduação, seja através de teses e

dissertações, seja através de artigos em periódicos, em eventos ou em livros.

Quadro 01: QUADRO-SÍNTESE PARCIAL de catalogação da Arquitetura Moderna da Paraíba.

NO DESCRIÇÃO ANO AUTOR PROJETO CLASSIF. ENDEREÇO C

IDA

DE

STATUS LEVANTAMENTO

FO

TO

2D

3D

PP

T

DO

C

PD

F

CA

D

1. Clube Cabo Branco 1956 Acácio Gil Borsói Clube R. Cel. Souza Lemos, 167, Miramar JPA

2. Clube Astrea 1963 Mário Di Láscio Clube Av. Mons. Walfredo Leal, 146, Tambiá JPA

3. Clube Iate Clube da Paraíba 1966 Acácio Gil Borsói Clube Av. Argemiro de Figueiredo, 5059, Bessa JPA

4. Clube AABB Stuckert Fialho Clube Av. Dom. Pedro II, 1290, Centro JPA

5. Banco da Lavoura 1962 Álvaro Vital Brazil Banco Av. General Osório, 415, Centro JPA

6. Banco do Nordeste Liberal de Castro Banco Rua Gama Melo, 37, Varadouro JPA

7. Banco do Brasil (Varadouro) Firmino Saldanha Banco Rua Gama Melo, 71, Varadouro JPA

8. Banco do Brasil (Praça 1817) 1973 Banco R. Mazimiano Chaves, 139, Centro JPA

9. Banco Real Acácio Gil Borsói Banco Av. Maciel Pinheiro, , Varadouro JPA

10. Hotel Tambaú 1968 Sérgio Bernardes Hotel Av. Almirante Tamandaré, 229, Tambaú JPA

11. Hotel Bruxaxá Carneiro da Cunha Hotel R. Floriano Peixoto, s/n, Centro ARE

12. Terminal Aer. Castro Pinto 1980 Sérgio Bernardes Aeroporto Jardim Aeroporto BAY

13. Terminal Rod. Severino Camelo 1974 G. Campelo/ L. Pinho Rodoviária R. Francisco Londres, s/n, Varadouro JPA

14. Terminal Rod. Arg. de Figueiredo 1983 Emerson Monteiro Rodoviária R. Profa Eutécia Vital Ribeiro, s/n, Catolé CGE

15. Terminal Ferroviário (CBTU) Ferroviária Av. Sanhauá, 288, Varadouro JPA

16. Estúdio e Estação Rádio Tabajara 1932 Clodoaldo Gouveia Rádio JPA

17. Museu Assis Chateaubriand 1967 Renato Azevedo Cultural R. Baraúnas, 351, Bodocongó CGE

18. Espaço Cultural José Lins do Rego 1982 Sérgio Bernardes Cultural Av. Abdias G. de Almeida, 800, Tambauzinho JPA

19. Teatro Munic. Severino Cabral 1963 Geraldino Duda Cultural Av. Mal. Floriano Peixoto, Centro CGE

20. Cassino da Lagoa João Correia Lima Cultural Parque Solon de Lucena, s/n, Centro JPA

21. Mercado Central 1948 Antonio Baltar Mercado Av. Dom Pedro II, s/n, Centro JPA

22. Mercado Cruz das Armas 196? Mercado Av. Cruz das Armas, s/n, Cruz das Armas JPA

23. Assembleia Legislativa Tertuliano Dionísio Institucional Praça João Pessoa, , Centro JPA

24. Biblioteca Central UFPB 1978 José Galbinsky Institucional Cidade Universitária, s/n, Campus I JPA

25. Capitania dos Portos Hermeneg. Di Lascio Institucional R. Barão do Triunfo, 372, Varadouro JPA

26. Centro Administrativo Estadual 1973 Tertuliano Dionísio Institucional Av. Dr. João da Mata, s/n, Jaguaribe JPA

27. Centro de Tecnologia UFPB Stuckert Fialho Institucional Cidade Universitária, s/n,Campus I JPA

28. DER 1968 Stuckert Fialho Institucional Av. Min. José A. de Almeira, 280 , Torre JPA

29. Escola de Enfermagem (RUF) Institucional R. Diogo Velho, 114, Centro JPA

30. Hospital Napoleão Laureano Institucional Av. Cap. José Pessoa, 1140 - Jaguaribe JPA

31. Hospital Universitário UFPB Stuckert Fialho Institucional Cidade Universitária, Campus I JPA

32. Liceu Paraibano 1936 Clodoaldo Gouveia Institucional Av. Getúlio Vargas, s/n, Centro JPA

33. Manicômio Judiciário J. Moreira Institucional Av. Dom Pedro II, 1826 - Centro JPA

34. Reitoria UFPB Acácio Gil Borsói Institucional Cidade Universitária, s/n, Campus I JPA

35. Restaurante&Centro de Vivência Armando Carvalho Institucional Cidade Universitária, s/n, Campus I JPA

36. Secretaria das Finanças 1932 Clodoaldo Gouveia Institucional R. Gama e Melo, 19, Varadouro JPA

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37. Edififício 18 Andares (Ep. Pessoa) 1958 Ulisses Burlamaqui Edifício R. General Osório, , Centro JPA

38. Edifício Antiga Reitoria 1963 Stuckert Fialho Edifício Av. Getúlio Vargas, 47, Centro JPA

39. Edifício Beira Mar 1967 Walter Vinagre Edifício Av. Cabo Branco, 2204, Cabo Branco JPA

40. Edifício Borborema 1962 Const. Unaldo Cruz Edifício Av. Cabo Branco, 1758 , Cabo Branco JPA

41. Edifício Cadeno e NSa Lourdes 1969 Delfim Amorim Edifício Av. João Machado, , Centro JPA

42. Edifício Caricé 1967 Romildo M. de Almeida Edifício Av. Getúlio Vargas, 109, Centro JPA

43. Edifício Duarte da Silveira 1950 Clodoaldo Gouveia Edifício Praça Vidal de Negreiros, , Centro JPA

44. Edifício INSS (Centro) 1966 Adauto Ferreira Edifício R. Barão do Abiaí, 73, Centro JPA

45. Edifício INSS (Varadouro) Edifício R. Barão do Triunfo, 307 , Varadouro JPA

46. Edifício IPASE 1949 Benedicto de Barros Edifício Av. Guedes Pereira, , Centro JPA

47. Edifício João Marques de Almeida 1965 Romildo M. de Almeida Edifício Av. cabo Branco JPA

48. Edifício Manoel Pires 1974 Carneiro da Cunha Edifício Parque Solon de Lucena, 205, Centro JPA

49. Edifício Paraná 1968 Paschoalino Magnavita Edifício Av. Padre Meira, 35, Centro JPA

50. Edifício Santa Rita 1968 Edifício Av. Getúlio Vargas, 90, Centro JPA

51. Edifício Santo Antônio 1959 Constr. Ausonia Edifício Av. Almirante Tamandaré, , Tambaú JPA

52. Edifício São Marcos 1968 Mário Di Láscio Edifício Av. Alm. Tamandaré, 380, Tambaú JPA

53. Edifício FIEP C. Silveira & A. Gama Edifício CGE

54. Residência Angela Miranda Mário Di Láscio Residência Av. Getúlio Vargas, 137, Centro JPA

55. Residência Antônio Diniz Geraldino Duda Residência R. Cel. Salvino de Figueiredo, , Centro CGE

56. Residência Antônio de Padua 1966 Acácio Gil Borsói Residência R. Giácomo Porto, 120, Miramar JPA

57. Residência Antonio José Amaral 1974 José&Berenice Amaral Residência R. Marcionila Conceição, , Cabo Branco JPA

58. Residência Austregesilo de Freitas 1958 Acácio Gil Borsói Residência Av. Cabo Branco, 2332, Cabo Branco JPA

59. Residência Cassiano R. Coutinho 1956 Acácio Gil Borsói Residência Av. Pres. Epitácio Pessoa, 1090, Torre JPA

60. Residência COSIBRA 1974 Homero Almeida Leite Residência Av. Cabo Branco, 2600, Cabo Branco JPA

61. Residência Cultura Inglesa 196? Carneiro da Cunha Residência Av. Pres. Epitácio Pessoa, , Brisamar JPA

62. Residência Creusa Pires C. Cunha & M. Láscio Residência Av. Pres. Epitácio Pessoa, , Miramar JPA

63. Residência Dagberto Gonçalves 1962 Lynaldo Cavalcante Residência R. Desembargador Trindade, 179, Centro CGE

64. Residência Damião Leite 1978 Tertuliano Dionisio Residência R. Manoel B. Cavalcanti, 47, Manaíra JPA

65. Residência Daniel Guimarães 1960 Geraldino Duda Residência R. João Machado, 398, Prata CGE

66. Residência Edisio Souto 1978 A. Muniz. & A. Carvalho Residência R. Osiris de Belli, 80, Cabo Branco JPA

67. Residência Emília Dantas 1962 Geraldino Duda Residência Rua Vila Nova da Rainha, 384, Centro CGE

68. Residência Epitácio Pessoa (3869) Residência Av. Epitácio Pessoa, 3869, Miramar JPA

69. Residência Flávio R. Coutinho 1954 Ferreira & Juca Residência Av. Cabo Branco, 1314, Cabo Branco JPA

70. Residência Gilson E. Guedes 1974 Mário Di Láscio Residência Av. Cabo Branco, 4500, Cabo Branco JPA

71. Residência Heleno Sabino Geraldino Duda Residência R. M. Leitão x R. Independência,, S. José CGE

72. Residência Hermes Pessoa 1957 Eng. Dr. Pontes Residência Av. Cabo Branco, 3089, Cabo Branco JPA

73. Residência João Cavalcanti Mário Di Lascio Residência R. Francisca Moura, 263, Torre JPA

74. Residência João Lavieri 1982 Armando Carvalho Residência Av. Buarque, 170, Cabo Branco JPA

75. Residência Jorge R. Coutinho 1965 Carneiro da Cunha Residência Av. Almirante Tamandaré, 900, Tambaú JPA

76. Residência José Barbosa Maia 196? Tertuliano Dionisio Residência R. Agamenon Magalhães, , Alto Branco CGE

77. Residência José W. R. Coutinho 1974 Carneiro da Cunha Residência Av. Cabo Branco, , Cabo Branco JPA

78. Residência Juvêncio de A. Filho 1977 Carneiro da Cunha Residência Av. Manoel Morais, , Manaíra JPA

79. Residência Loureiro Celino 1957 Augusto Reynaldo Residência CGE

80. Residência Luis Carlos Carvalho 1976 José&Berenice Amaral Residência Av. Guarabira, 171, Manaíra JPA

81. Residência Luiz Carrilho 1960 Dionísio Lins Residência Av. João Maurício, , Manaíra JPA

82. Residência Luiz Regis 1975 José&Berenice Amaral Residência R. Maestro Osvaldo E. Costa, , Estados JPA

83. Residência Luiz Salvio G. Dantas 1974 Maria Grasiela Dantas Residência R. Edvaldo B. Cavalcante, 773, C. Branco JPA

84. Residência Major A. L. Fernandes 1974 Maria Grasiela Dantas Residência Av. Cabo Branco, 3804, Cabo Branco JPA

85. Residência Maria Stella Ramos 1973 João Carmello Mello Residência Av. Cabo Branco, 2810, Cabo Branco JPA

86. Residência Mário Faraco 1967 Mário Di Láscio Residência Av. João Maurício, 405, Manaíra JPA

87. Residência Otacílio Campos 1968 Acácio Gil Borsói Residência Av. Epitácio Pessoa, , Tambauzinho JPA

88. Residência Pedro A. Carvalho 1972 Mário Di Láscio Residência Rua Frutuoso Dantas, 390, Cabo Branco JPA

89. Residência Pompeu Maroja 1955 Acácio Gil Borsói Residência R. Diogo Velho, 306, Centro JPA

90. Residência Potengi H. de Lucena 1976 José&Berenice Amaral Residência Av. Umbuzeiro, 383, Manaíra JPA

91. Residência Rainha da Paz 1957 Acácio Gil Borsói Residência Av. Epitácio Pessoa, , Estados JPA

92. Residência Romualdo Urtiga 1978 Amaro Muniz Residência R. Cônego Luiz Gonzaga, 155, Estados JPA

93. Residência Ronald Queiroz 1974 Carneiro da Cunha Residência Av. Cabo Branco, , Cabo Branco JPA

94. Residência Vieira Silva 195? Augusto Reynaldo Residência R. Raimundo Alves, 109, Centro CGE

95. Residência Waldomiro R. Coutinho 1974 Carneiro da Cunha Residência Av. Cabo Branco, 3160, Cabo Branco JPA

96. Residência 558 Residência Av. Almirante Tamandaré, 558, Tambaú JPA

97. Residência João Cavalcanti Mário Di Lascio Residência R. Francisca Moura, 263, Torre JPA

98. Residência 890 (Rui Carneiro) Mário Di Lascio Residência Av. Senador Rui Carneiro, 890, Miramar JPA

Demolido Obs - É importante salientar que ainda não foram registrados nesse quadro residências unifamiliares e edifícios altos (residenciais, institucionais, comerciais e mistos), inventariados em trabalhos específicos, assim como edifícios da UFPB e UFCG, fruto de pesquisas específicas

Fonte: Elaborado pelas autoras (2013)

Mapeamento das obras

No processo de preenchimento das fichas Docomomo observou-se que, apesar das obras

trazerem mapas de localização individual, havia necessidade de localizar e visualizar o

conjunto das obras, trazendo outro tipo de informação sobre a difusão da arquitetura moderna

na trama urbana, permitindo especulações sobre a relação arquitetura e cidade, comparações

entre implantações diferentes, conforme o traçado do bairro e tamanho do lote, entre nível de

renda e proposta formal e considerações gerais sobre as obras modernas na ocupação do

território paraibano, principalmente nas cidades de João Pessoa e Campina Grande, que

concentram a maior parte dessa produção no estado.

Figura 03: Planta de João Pessoa com mapeamento inicial da arquitetura moderna.

Fonte: PMJP, adaptado pelas autoras (2013).

Paralelamente ao preenchimento das fichas, as obras foram sendo localizadas no mapa,

gerando as informações mais gerais comentadas acima. Para a elaboração do mapa foi

adotada a mesma lógica de classificação por atividades e cores para uma melhor

visualização, compreensão e análise das informações. Como parte do processo, foram

mapeadas ainda as obras demolidas ou seriamente descaracterizadas. Esses dados quando

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Belo Horizonte, de 12 a 14 de novembro de 2013 ISSN 1983-7518

comparados e analisados em conjunto revelarão e ajudarão a entender, pelo menos em parte,

as razões desse aparente descaso com o patrimônio moderno e inabilidade dos profissionais

da área em atender as demandas territoriais contemporâneas. O mapeamento pode

proporcionar o debate sobre essa e outras questões, especulações e novos estudos.

Resultados Parciais

Em uma primeira avaliação do acervo moderno na Paraíba, visto através do quadro síntese, é

gritante a absoluta hegemonia das residências unifamilares – as “casas modernas” foram

responsáveis pela difusão da “nova arquitetura” a partir dos anos 1950. É o tipo mais

contemplado com registros, em virtude da sua utilização como objeto empírico nos exercícios

das disciplinas de graduação e pós, nas pesquisas de iniciação cientifica, nos estágios

supervisionados, nos inventários dos trabalhos de conclusão de curso, dissertações e teses.

Os terminais viários e os espaços de cultura e arte também foram razoavelmente

contemplados, eles protagonizam, talvez, os espaços de criação mais audazes, com maior

liberdade de expressão, manipulando, na maioria das vezes, terrenos de medidas mais

amplas, em locais privilegiados e, às vezes, envolvendo concursos públicos.

Dos cinco bancos listados, apenas o da lavoura, de autoria de Vital Brasil, foi registrado,

mesmo assim com muitos senões: por medidas de segurança, em geral, não é possível fazer

o levantamento das agências bancárias. Quando não há registro do projeto, como é o caso do

Banco do Nordeste, de Liberal de Castro & Gerhard Bormann (cujo projeto foi publicado na

revista AU), o levantamento fica prejudicado.

Dentre os clubes registrados, só sobrevive o Esporte Clube Cabo Branco, os demais já foram

abandonados (Clube ASTREA), reutilizados (Associação Atlética do Banco do Brasil

substituído pela sede social do Conselho Regional de Medicina da Paraíba) ou demolidos

(Iate Clube da Paraíba e Clube do Serviço Social do Comércio). Os clubes localizados no

centro da cidade foram os primeiros a “desaparecer”, certamente pela pressão das demandas

contemporâneas, pelos novos usos e costumes que tornaram as atividades de socialização

dos clubes obsoletas e pela formação de novas centralidades que provocou o distanciamento

das áreas residenciais.

O Iate Clube foi demolido e será substituído por um uso certamente mais rentável, um edifício

de apartamentos de luxo, que tem público certo naquela região da orla marítima. O mesmo

aconteceu com a Associação Atlética do Banco do Estado, depois que o banco “fechou as

portas”.

O Clube Cabo Branco conseguiu não ser leiloado para pagar suas dívidas, recorrendo a uma

solução alternativa, a terceirização de suas dependências para treinamento esportivo de

várias modalidades, principalmente aquelas vinculadas à natação. A proximidade do clube

das áreas residenciais provavelmente auxiliou na sua manutenção.

As edificações de uso bancário elencados localizam-se entre o Varadouro (na Cidade Baixa) e

o Centro (Cidade Alta), que no momento de sua construção representavam o centro financeiro

da cidade de João Pessoa. Em sua maioria continuam com o “invólucro” inalterado, as

alterações/adaptações às novas demandas/tecnologias se deram nos espaços internos,

certamente projetados com flexibilidade para tais modificações, o que justifica a permanência

e vitalidade dessas agências.

***

O trabalho está em processo, mas a organização e padronização dos registros em fichas, a

elaboração de um quadro-síntese e o mapeamento das obras (os três principais produtos da

pesquisa) já dá mostras de que irão possibilitar a visualização, análise e comparação dos

dados, podendo inclusive gerar fichas comparativas a partir de critérios os mais diversos

(tipologia, autoria, periodização, utilização de materiais e técnicas, entre outros). As variadas

formas e recortes temporais/espaciais dos trabalhos originais – cada um atendendo a seu

objetivo específico – apesar de serem interessantes exatamente pela diversidade como os

dados são tratados, não possibilitavam o estudo do acervo moderno como um todo e

dificultavam a análise/comparação entre os exemplares de épocas ou lugares distintos.

A sistematização desses registros tem por objetivo permitir a compreensão do acervo

moderno na Paraíba, mas tem também como alvo dar visibilidade a esse patrimônio, dando

ampla divulgação a essa produção, não só a pesquisadores e candidatos a pesquisadores,

mas a população em geral interessada em sua história. Para além do inventário, o interesse é

que o material produzido possa ser divulgado, como inclusive já tem acontecido com outras

pesquisas do laboratório, seja através do site do LPPM, ou de outros meios de comunicação.

O preenchimento da ficha mínima do Docomomo para as obras modernas na Paraíba é o

instrumento que, através da avaliação dos registros, sua classificação por atividades e seu

mapeamento na malha urbana, vai permitir entender essa produção enquanto conjunto e vai

possibilitar interpretações diversas, sob distintas óticas, sobre ou em torno a esse tema.

O levantamento em mapa da localização dessas obras modernas, classificadas por atividades

mostra (1) a localização/concentração das obras no estado e nas cidades, (2) as atividades

contempladas no processo de modernização e (3) a importância dessa produção no conjunto

3º SEMINÁRIO IBERO-AMERICANO ARQUITETURA E DOCUMENTAÇÃO

Belo Horizonte, de 12 a 14 de novembro de 2013 ISSN 1983-7518

construído. Tem ainda produtos adicionais, como (4) a situação dos levantamentos de todas

essas obras, (5) a elaboração de fichas Docomomo para cada uma das edificações e (6) a

listagem das obras que ainda precisam ser levantadas/estudadas.

O uso dessa forma de registro extrapola a sua função como inventário, ela interessa como

formação e informação a respeito desse momento da história da cidade, da cultura e inclusive

da arquitetura. Interessa tanto a pesquisadores, alunos e professores, como ao cidadão

comum atento a história e ansioso por fazer parte da construção da memória da cidade.

Interessa aqueles que estão preocupados com a formação de profissionais que tenham

condições de intervir na sua área de atuação. Interessa aqueles que trabalham diretamente

com conservação e restauração de edifícios e sítios protegidos (ou que deveriam ser).

Assim considerando as contribuições possibilitadas por este tipo de trabalho, dar visibilidade

aos exemplares, objeto desse inventário, é o alvo que se busca atingir.

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