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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Diretoria de Avaliação DOCUMENTO DE ÁREA 2013 1 Identificação Área de Avaliação: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I Coordenadora de Área: Maria Helena Weber (UFRGS) Coordenadora-Adjunta de Área: Nair Yumiko Kobashi (USP) Coordenadora-Adjunta de Mestrado Profissional: Vera Lucia Doyle Dodebei (UNIRIO) I. Considerações gerais sobre o estágio atual da Área A área Ciências Sociais Aplicadas I – CSAI é formada por três campos de conhecimento (Comunicação, Ciência da Informação e Museologia) e integra a grande área Ciências Sociais Aplicadas que, junto às grandes áreas Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde; Ciências Exatas e da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes e a Multidisciplinar formam o Sistema Nacional de Pós-Graduação que coordena 3.601 programas de pós- graduação, no Brasil. A grande área Ciências Sociais Aplicadas é integrada, também, pelas áreas Administração e Turismo, Arquitetura e Design, Direito, Economia, que abrangem 453 Programas. A área Ciências Sociais Aplicadas I reúne, nos seus três campos de conhecimento, 89 programas assim distribuídos: 63 cursos da Comunicação (20 doutorados, 42 Mestrados Acadêmicos e 1 Mestrado Profissional); 23 Cursos da Ciência da Informação (8 Doutorados, 11 Mestrados Acadêmicos e 4 Mestrados Profissionais e 3 cursos em Museologia ( 1 Doutorado e 2 Mestrados Acadêmicos), conforme Figura 1. A Área CSAI recobre questões, saberes e práticas que, na contemporaneidade, assumem caráter estratégico, tendo em vista a atual centralidade dos processos de midiatização, comunicação e informação da sociedade. A mobilização de aspectos que atravessam e articulam de diferentes formas o político, o institucional, a cultura e as práticas memoriais, indica a importância da inserção social crítica da pesquisa desenvolvida neste âmbito, tanto dos pontos de vista teórico e metodológico, quanto do acolhimento de seu viés de intervenção e aplicação empírica. A formação de pós-graduação das CSAI objetiva aprofundar o conhecimento e a discussão teórica e metodológica das questões da Comunicação, da Ciência da informação e da Museologia e as possibilidades de sua aplicação, considerando a diversidade dos contextos nos quais as ações desses campos se realizam ou podem ser realizadas. A missão da pós-graduação é promover uma formação emancipadora, devendo, para isso, reunir elementos que não se restrinjam a conferir títulos de mestre e doutor, mas favoreçam as oportunidades de desenvolvimento do pensamento crítico, da reflexão sobre seu papel na sociedade e no desenvolvimento de capacidades para aprender e fazer aprender. A formação pós-graduada deve perseguir, portanto, o compromisso com o ato de pensar, com o autodesenvolvimento e a busca de autonomia e emancipação na pesquisa. Deve, além disso, ser inovadora, com significado social, cultural e econômico visíveis, por trazer benefícios à sociedade.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Diretoria de Avaliação

DOCUMENTO DE ÁREA 2013

1

Identificação

Área de Avaliação: CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I

Coordenadora de Área: Maria Helena Weber (UFRGS)

Coordenadora-Adjunta de Área: Nair Yumiko Kobashi (USP)

Coordenadora-Adjunta de Mestrado Profissional: Vera Lucia Doyle Dodebei (UNIRIO)

I. Considerações gerais sobre o estágio atual da Área

A área Ciências Sociais Aplicadas I – CSAI é formada por três campos de conhecimento

(Comunicação, Ciência da Informação e Museologia) e integra a grande área Ciências Sociais Aplicadas

que, junto às grandes áreas Ciências Agrárias, Ciências Biológicas, Ciências da Saúde; Ciências Exatas e

da Terra, Ciências Humanas, Ciências Sociais Aplicadas, Engenharias, Linguística, Letras e Artes e a

Multidisciplinar formam o Sistema Nacional de Pós-Graduação que coordena 3.601 programas de pós-

graduação, no Brasil. A grande área Ciências Sociais Aplicadas é integrada, também, pelas áreas

Administração e Turismo, Arquitetura e Design, Direito, Economia, que abrangem 453 Programas. A

área Ciências Sociais Aplicadas I reúne, nos seus três campos de conhecimento, 89 programas assim

distribuídos: 63 cursos da Comunicação (20 doutorados, 42 Mestrados Acadêmicos e 1 Mestrado

Profissional); 23 Cursos da Ciência da Informação (8 Doutorados, 11 Mestrados Acadêmicos e 4

Mestrados Profissionais e 3 cursos em Museologia ( 1 Doutorado e 2 Mestrados Acadêmicos), conforme

Figura 1.

A Área CSAI recobre questões, saberes e práticas que, na contemporaneidade, assumem caráter

estratégico, tendo em vista a atual centralidade dos processos de midiatização, comunicação e

informação da sociedade. A mobilização de aspectos que atravessam e articulam de diferentes formas

o político, o institucional, a cultura e as práticas memoriais, indica a importância da inserção social

crítica da pesquisa desenvolvida neste âmbito, tanto dos pontos de vista teórico e metodológico,

quanto do acolhimento de seu viés de intervenção e aplicação empírica.

A formação de pós-graduação das CSAI objetiva aprofundar o conhecimento e a discussão teórica e

metodológica das questões da Comunicação, da Ciência da informação e da Museologia e as

possibilidades de sua aplicação, considerando a diversidade dos contextos nos quais as ações desses

campos se realizam ou podem ser realizadas.

A missão da pós-graduação é promover uma formação emancipadora, devendo, para isso, reunir

elementos que não se restrinjam a conferir títulos de mestre e doutor, mas favoreçam as

oportunidades de desenvolvimento do pensamento crítico, da reflexão sobre seu papel na sociedade e

no desenvolvimento de capacidades para aprender e fazer aprender. A formação pós-graduada deve

perseguir, portanto, o compromisso com o ato de pensar, com o autodesenvolvimento e a busca de

autonomia e emancipação na pesquisa. Deve, além disso, ser inovadora, com significado social, cultural

e econômico visíveis, por trazer benefícios à sociedade.

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Como padrão de referência, memória e indicador de avaliação, este documento foi elaborado

com base nos debates e decisões das reuniões da Área CSAI, nas contribuições de entidades

representativas, dos documentos resultantes dos Seminários de Avaliação e legislação pertinente. Tem,

desse modo, o objetivo de promover a consolidação da área de conhecimento e compartilhar os

princípios e critérios que orientam o desempenho e o julgamento dos programas. Deve-se destacar o

papel fundamental dos Seminários de Avaliação, que introduziram novos processos de participação da

comunidade da área na definição dos princípios de qualificação dos programas de pós-graduação. A

consolidação de informações que define este documento é consequência da história do

desenvolvimento da área, em especial do exercício de responsabilidade dos programas nos processos

formativos e de pesquisa para responder às demandas sociais, políticas, econômicas e culturais do país,

como preconizam as políticas públicas em relação à educação.

A área CSAI conjuga dimensões de reflexão e empiria, com cruzamentos interdisciplinares e

níveis de valoração profissional que atingem a comunicação, a informação e a memória, em diferentes

habilitações (Jornalismo, Publicidade, Relações-públicas, Produção em Rádio, Televisão e Cinema,

Biblioteconomia, Arquivologia, Museologia) tão caras a qualquer campo de conhecimento por afetar as

condições de produzir, publicizar, armazenar e disponibilizar informações. Essa complexidade se

refletiu na história da área quando os primeiros programas são implantados, na década de setenta,

período de crescimento econômico, mas também de diferentes formas de coerção da comunicação e

da informação.

A Figura 1 mostra a distribuição atual dos Programas, por subárea (campos de conhecimento) em

relação ao total de Programas de Mestrado Acadêmico, Doutorado e Mestrado Profissional:

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Figura 1: DISTRIBUIÇÃO DE CURSOS POR SUBÁREA: COMUNICAÇÃO, CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO E MUSEOLOGIA

Observa-se, na Figura 1, que na distribuição entre as subáreas identifica-se a preponderância da

Comunicação (63 cursos, com 43 Mestrados e 20 Doutorados) em relação à Ciência da Informação (23

cursos, com 11 Mestrados, 8 Doutorados e 4 Mestrados Profissionais). A Museologia é a menor subárea

(3 cursos, sendo 2 Mestrados e 1 Doutorado). A distribuição dos 89 cursos, em termos percentuais,

mostra que a Comunicação tem 70,78%; a Ciência da Informação, 25% e, a Museologia, 3,3% do total.

Em relação à distribuição geográfica dos Programas e Cursos, o mapa da Figura 2 mostra a

assimetria da área, havendo forte concentração no Sudeste (52,2%), especialmente, no Estado de São

Paulo (27,8%), seguido pelo Rio de Janeiro (17,8%).

T0TAIS MESTRADOS

DOUTORADOS PROFISSIO...

MUSEOLOGIA

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO COMUNICAÇÃO

63

43

20 23

11 8

4 3 2

1 0

10

20

30

40

50

60

70

PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS I

TO

TA

L

M

ES

TR

AD

O

DO

UT

0RA

DO

ME

ST

RA

DO

PR

OF

ISS

ION

AL

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Figura 2 – DISTRIBUIÇÃO DE PROGRAMAS POR ESTADO E REGIÃO

O mapa mostra, também, que a segunda maior concentração ocorre na Região Sul (21,1%) com

distribuição equilibrada entre Rio Grande do Sul (8,9%) e Paraná (7,7%), seguido por Santa Catarina,

com (4,49%). O Nordeste conta com 15,7% dos programas, com distribuição equilibrada entre Bahia

(4,49%) e Pernambuco. A Paraíba tem 3,37% dos cursos, portanto, com números próximos aos de Santa

Catarina. O Centro-Oeste tem 7,8% da totalidade, com cursos concentrados no Distrito Federal (5,61%)

e Goiás e Mato Grosso do Sul com 1,12%, respectivamente. O Norte tem apenas 2 programas (2,2%),

um no Pará e outro no Amazonas. A distribuição assimétrica, histórica na área, apresenta vazios

acentuados nas regiões Norte e Centro-Oeste, problema que requer políticas e ações específicas para

superá-la.

A história da área CSAI tem início em 1970, com a criação do Programa de Comunicação da

PUCSP, o primeiro do campo. O primeiro Programa da Ciência da Informação inicia em 1976, na UFMG,

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e o primeiro da Museologia, na UNIRIO, em 2006.

O crescimento da área, em valores absolutos e percentuais, pode ser visto nas Figuras 3 e 4 ,

respectivamente:

ANO DE CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

VALORES ABSOLUTOS

1

2

1 1

3

1 1 1 1 1

2

4

3

2

3 3

2 2 2

1 1

8

6

7

6

5

4

15

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1970 72 74 76 78 80 83 86 90 92 94 95 97 98 992000

20012002

20032004

20052006

20072008

20092010

20112012

ANO DE CRIAÇÃO

VA

LO

RE

S A

BS

OL

UT

OS

Figura 3 - CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS DA ÁREA CSA1 POR ANO (1970-2012)

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ANO DE CRIAÇÃO DOS PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO

VALORES RELATIVOS ACUMULADOS

1% 3% 4% 6%9% 10%11%12%13%15%17%

21%25%27%

30%36%38%

40%42%

52%

58%

66%

73%

83%

100%

(2000 - 34%)

(2010 - 79%)

(2005 - 43%)

0%

20%

40%

60%

80%

100%

120%

1970 72 74 76 78 80 83 86 90 92 94 95 97 98 99

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

ANO DE CRIAÇÃO

Figura 4 – EVOLUÇÃO PERCENTUAL DO NÚMERO DE PROGRAMAS DA ÁREA CSA1 (1970-2012)

O desenvolvimento da área ocorre de modo contínuo, de 1970 a 2006 e depois por saltos.

Observa-se, ainda, uma mudança significativa no padrão de crescimento de cursos, entre os anos 2006-

2012. Esse fato pode ser atribuído à quantidade de doutores formados entre 1970-2005, que

possibilitou a instalação de novos programas no país. A Tabela 1 mostra os titulados por campo de

conhecimento a partir de 1996, conforme dados compilados do Relatório da Avaliação Trienal 2007-

2009.

Tabela 1- NÚMERO DE TITULADOS POR SUBÁREA CSA1

CSA1 - SUBÁREA COMUNICAÇÃO

CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

MUSEOLOGIA T O T A L ÁREA/ANO

DO ME DO ME DO ME

1996/1997 109 290 05 99 - - 503

1998/2000 246 817 30 206 - - 1.299

2001/2003 455 1398 43 228 - - 2.124

2004/2006 486 1169 61 288 - - 2.004

2007/2009 423 1317 91 283 - 54 2.168

T O T A L SUBÁREA

1.719 4.991 230 1.104 - 54 8.098 TITULADOS

A distribuição de titulados acompanha o ritmo de crescimento das subáreas sendo, portanto,

assimétrica. Dos 8098 titulados, a Comunicação formou, no período considerado (1996 a 2009), 21,22%

dos doutores e 61,63% dos mestres; a Ciência da informação formou 2,84% dos doutores e 13,63% de

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mestres; a Museologia formou 0,66% dos mestres. Essa distribuição sinaliza os esforços que a área

deve empreender para alcançar índices mais harmoniosos.

O desenvolvimento dos Programas está associado à avaliação e à obtenção de nota. A Figura 5,

que apresenta a distribuição das notas dos 89 cursos da área CSAI, mostra que apenas um programa

(UFRJ) tem nota 6 (seis), 26% têm nota 5 (cinco), 40,4% a nota 4 (quatro) e 30,3% a nota 3 (três).

Figura 5 – DISTRIBUIÇÃO DAS NOTAS POR CURSO

A maioria dos programas da Área CSAI se situa, portanto, na faixa da nota 4 (quatro),

demonstrando que há medidas a serem tomadas pelos programas para se qualificarem.

A Figura 6 mostra a inserção institucional dos programas, por estado.

Mestrado

Doutorado

Mestrado Profissional

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8

SP RJ MG PR BA DF RS SC PB PE AM CE GO MSPA PI

RNSE

PPGs. DE INST. PRIV.

PPGs DE INST. PUB

14 14

5 5

4 4 4 4

3 3

1 1 1 1 1 1 1 1

11

2

12

1

4

0

2

4

6

8

10

12

14

UNID. DA FEDERAÇÃO

PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO: PÚBLICOS X PRIVADOS

UNIDADES DA FEDERAÇÃO

TOTAL DE PROGRAMAS 89

PÚBLICOS 68

PRIVADOS 21

Figura 6 - DISTRIBUIÇÃO DE PROGRAMAS DE IES PÚBLICAS E PRIVADAS POR ESTADO

Dos 89 cursos da área, 76% são de instituições públicas, enquanto 23% são de IES privadas. A

distribuição de cursos é assimétrica no país, chamando também a atenção o fato de os programas de

IES Privadas estarem presentes basicamente nas regiões Sul e Sudeste. Nos estados do Norte e

Nordeste, não há programas de pós-graduação da área vinculados a IES privadas.

As informações apresentadas mostram os avanços da área e os desafios da área, especialmente

no que se refere à diminuição das assimetrias regionais, ampliação de programas das áreas de Ciência

da Informação e Museologia, implementação de Mestrados Profissionais em todos os campos e sua

qualificação quanto às notas e inserção internacional.

INTERDISCIPLINARIDADE

O debate instaurado internacionalmente em torno da perspectiva interdisciplinar da ciência aponta para a complexidade da produção de conhecimento, do ensino e da pesquisa na contemporaneidade. Com a mesma intensidade que desequilibra conceitos ortodoxos sobre a interação entre diferentes campos de conhecimento e práticas profissionais, incide sobre o modo de pensar e articular o conhecimento e as estruturas acadêmicas, no plano da pós-graduação nacional.

Pode-se afirmar que a interdisciplinaridade é uma abordagem epistemológica para superar a fragmentação imposta pela especialização, que orientou a implantação da universidade brasileira, a partir da década de setenta. Supõe diferentes modos de relação entre saberes, como também a

TOTAL DE PROGRAMAS = 89 IES PÚBLICAS – 68 Programas

IES PRIVADAS – 21 Programas

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redefinição constante de fronteiras entre campos. Nesse sentido, a abordagem interdisciplinar aponta para um conceito renovado de ciência, em que estão presentes as imbricações entre ciência, política, economia, sociedade, cultura, arte.

A área Ciências Sociais Aplicadas I debateu a interdisciplinaridade e a complexidade da sua aplicação, no plano conceitual e na sua prática, considerando o histórico da Área. Mesmo que o ethos de cada campo (Comunicação, Ciência da Informação e Museologia) indique a sua natureza interdisciplinar, sua qualificação e desenvolvimento foram marcados por duas características por vezes contraditórias: a ampla abertura disciplinar ou a busca de delimitação, com o fim de obter melhor qualificação da Área.

O atual debate sobre interdisciplinaridade, associado a políticas públicas de educação, tem

permitido à área refletir sobre a natureza dos campos científicos e dos programas vinculados. O

amadurecimento alcançado permite, neste momento, estabelecer os necessários pontos de equilíbrio

entre a abrangência e os limites conceituais, técnicos, pedagógicos e profissionais das Áreas de

conhecimento relacionados à Comunicação, à Ciência da Informação e à Museologia.

O debate sobre a interdisciplinaridade, na área CSA I, ressalta diferentes tipos de questões:

Questões de cunho histórico sobre a necessidade de entender a constituição de cada área de

conhecimento, as condições históricas e a evolução do conhecimento que lhe é específico. A

partir disso, importaria projetar a área em relação a outras áreas de conhecimento;

Questões conceituais, já que importa a identidade de cada área de conhecimento, assim como

seus limites e dependências em relação a diferentes saberes e outras áreas. Nesse sentido,

seriam necessárias novas posturas e abertura intelectual dirigidas para pensar e implementar:

diferentes níveis de interação teórica e funcional entre os campos; estabelecer relações entre

saberes, produção de conhecimento, formação e práticas no nível Interdisciplinar que abriga

entre Comunicação, Ciência da Informação e Museologia; o nível da Multidisciplinaridade, por

meio da combinação entre diferentes disciplinas, como Ciência da informação e Ciências da

linguagem, e a transdisciplinaridade, que permite atravessar campos autônomos de produção de

conhecimento, como por exemplo, Comunicação e Saúde, Museologia e Educação;

Questões político-institucionais quando a interdisciplinaridade pode desencadear disputas/

problemas em relação aos interesses das IES, de departamentos, professores e setores, pois a

interdisciplinaridade requer mudança de postura. O debate sobre interdisciplinaridade é

também um debate sobre o poder que pode incluir, em alguma medida, a própria reserva de

mercado;

o

Questões sobre a formação, considerando que os concursos para a docência, em geral, têm

sido realizados sobre critérios que privilegiam a formação em áreas e disciplinas específicas.

Pode-se afirmar que há, naturalmente, relação direta entre a constituição do corpo docente e

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a reprodução específica de saberes;

Questões funcionais que incidem na operacionalização e nos resultados do debate sobre

interdisciplinaridade, considerando instituições, programas e formação docente.

A interdisciplinaridade retira os campos de conhecimento de sua zona de conforto e sua prática

implica ousar transitar pelas áreas que podem esclarecer os seus objetos de estudo, lançando sobre

eles experiências teóricas, analíticas, interpretativas, que permitam às pesquisas em curso alcançar

outros momentos de iluminação.

Interdisciplinaridade é um conceito complexo quando se trata de identificá-lo em áreas de

concentração, linhas de pesquisa, projetos, produção científica e estruturas acadêmicas implicados na

formação de docentes e pesquisadores. Sob esta perspectiva, a Área aceita o desafio e entende que a

interdisciplinaridade deve ser valorizada como possível elemento constitutivo da identidade de

Programas e por este indicada quando relacionada a Áreas de Concentração, Linhas de Pesquisa,

Proposta do Programa, Produção Científica e os demais itens de avaliação.

ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO

As políticas públicas de educação têm orientado a aplicação de recursos significativos na Pós-

Graduação, que agora é chamada a se integrar à qualificação da Educação Básica e Ensino Médio.

A área CSAI acumula, nos campos da Comunicação, Ciência da Informação e Museologia,

indicadores significativos sobre os processos de mediação entre a realidade e as pessoas, considerando

que as relações sociais, políticas e econômicas são atravessadas ininterruptamente por dispositivos de

informação, cultura e memória. É nesta direção, que a cultura e a educação estão, de alguma forma,

relacionadas à Área, o que amplia sua responsabilidade e indica a necessidade de investimento em

novos processos de mediação.

A Área foi surpreendida com este desafio posto que as licenciaturas não integram a formação na

graduação. Ao mesmo tempo, o debate ocorrido nos Seminários de avaliação mostrou dois importantes

aspectos: de um lado, a possível abertura de espaços para contribuir para a emancipação social e, de

outro, a identificação de atividades e ações que não eram anteriormente valorizadas. Muitas delas são

encaradas como atividades individuais, sem importância para a pontuação do Programa na avaliação.

Este tema propiciou o relato de experiências e orientou um debate importante vinculado à

responsabilidade e Inserção Social dos programas junto a suas comunidades e regiões. O debate

mostrou, também, a riqueza e a diversidade das ações que vêm sendo realizadas, envolvendo

docentes, alunos e ex-alunos. Neste sentido, pode-se afirmar que a Comunicação, a Ciência da

Informação e a Museologia têm contribuições importantes para a Educação Básica e Ensino Médio ao

desenvolvimento de pesquisas relacionadas à produção e leitura críticas, desenvolvimento de

atividades culturais e sociais, projetos comunitários e de extensão associados a escolas, capacitação de

comunidades para a criação de seus próprios meios de comunicação, participação em pesquisas e

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publicações relacionadas ao tema, desenvolvimento de processos de produção e acesso aos meios de

comunicação, desenvolvimento de dispositivos de informação, capacitação para a comunicação e a

divulgação científicas, e outros.

II. Requisitos e orientações para Propostas de Cursos Novos

A análise das Propostas de Cursos Novos para Mestrado Acadêmico, Doutorado e Mestrado

Profissional obedecem a parâmetros de qualidade que têm orientado os processos de avaliação e

desenvolvimento dos cursos vinculados à Comunicação, Ciência da Informação e Museologia, da área

CSAI.

O incentivo à criação de novos cursos objetiva: ampliar a quantidade de pesquisadores e

docentes, formar massa crítica capaz de qualificar a produção de conhecimento e as profissões

vinculadas aos campos da Comunicação, Ciência da Informação e Museologia; diminuir as assimetrias

regionais; atender com qualidade às demandas sociais, regionais e institucionais. Nesta direção, a

avaliação de propostas de Cursos Novos é orientada pela adequada combinação entre a resposta a

esses objetivos evidenciada nas informações constantes dos itens do formulário, que são analisados a

partir de indicadores e critérios específicos para cada nível de formação.

MESTRADO (ACADÊMICO)

1. A apresentação de propostas de Mestrado Acadêmico indica a opção pela formação de

pesquisadores e docentes dirigida à consolidação de áreas específicas do conhecimento. Os

itens de avaliação em relação às propostas são os seguintes:

2. COMPROMISSO DA INSTITUIÇÃO - compromisso explícito da instituição proponente para a

adequada implantação, funcionamento e consolidação do curso. As condições de

funcionamento do curso devem estar asseguradas pela instituição.

3. CONDIÇÕES ESTRUTURAIS - infraestrutura adequada para o funcionamento do curso,

especialmente quanto a espaços para ensino, pesquisa e administração, assim como

laboratórios e espaços para atividades, quando for o caso.

4. PROPOSTA DO CURSO – concepção da proposta com a devida coerência e articulação entre

objetivos, área de concentração, linhas de pesquisa, projetos de pesquisa e estrutura curricular.

É desejável a contextualização da proposta, especialmente quanto à inserção no contexto

regional e nacional. As áreas de concentração e linhas de pesquisa devem ser claramente

definidas. Deve haver coerência entre a formação e especialidade dos docentes e a sua

inserção nas áreas e linhas de pesquisa. A operacionalização da proposta e seus objetivos se

expressam, também, em uma estrutura curricular bem definida, que demonstre coerência

entre súmulas e conteúdos de disciplinas. A bibliografia deve ser atualizada e coerente com o

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conteúdo de cada disciplina. A proposta do curso deve estar normatizada no Regimento em

relação ao seu funcionamento, processo de seleção, formação e avaliação de alunos, processo

de credenciamento e recredenciamento de docentes, entre outros.

5. CORPO DOCENTE – a dimensão e o regime de trabalho do corpo docente devem ser

adequados às atividades do curso proposto e ao número previsto de estudantes. Deve

ser constituído, em sua totalidade, por professores doutores, com adequada proporção

entre a dimensão do Núcleo de Docentes Permanentes (NDP) e as atividades de

orientação, docência e administração. O NDP deverá ser constituído de no mínimo 8

(oito) com diversidade de formações, maturidade científica comprovada, demonstrada

por experiência em orientação de Iniciação científica, de Trabalhos de Conclusão de

Curso e Especialização. É recomendado que os docentes do NDP desenvolvam

atividades na graduação. Os professores colaboradores, em relação ao NDP, devem

atingir o máximo de 30% do total do corpo docente.

6. PRODUTIVIDADE DOCENTE E CONSOLIDAÇÃO DA CAPACIDADE DE PESQUISA – identificação

da maturidade científica dos professores, demonstrada pela regularidade e qualidade

da produção intelectual dos últimos 3 (três) anos e o adequado desenvolvimento dos

projetos de pesquisa. É esperada a distribuição equilibrada da produção intelectual

entre os docentes. São considerados indicadores de qualidade da produção intelectual

as publicações em periódicos qualificados pela área, em livros e em produção técnica.

No caso da Ciência da Informação e Museologia, é considerada também a produção em

anais de eventos.

DOUTORADO

As propostas de doutorado são consequência da consolidação de programas de Mestrado Acadêmico,

ou Mestrado Profissional, em conformidade com a quantidade e a qualidade da produção intelectual

do corpo docente, sua experiência de orientação e a maturidade científica. Orientam a avaliação das

propostas de cursos de doutorado, os seguintes critérios:

1. COMPROMISSO DA INSTITUIÇÃO - compromisso explícito da instituição proponente para a

adequada implantação, funcionamento e consolidação do curso. As condições de

funcionamento do curso devem estar asseguradas pela instituição.

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2. CONDIÇÕES ESTRUTURAIS - infraestrutura adequada para o funcionamento do curso,

especialmente quanto a espaços para ensino, pesquisa e administração, assim como

laboratórios e espaços para atividades, quando for o caso.

3. PROPOSTA DO CURSO – concepção da proposta projeto com a devida coerência e articulação

entre objetivos, área de concentração, linhas de pesquisa, projetos de pesquisa e estrutura

curricular. É desejável a contextualização da proposta, especialmente quanto à inserção no

contexto regional e nacional. As áreas de concentração e linhas de pesquisa devem ser

claramente definidas. Deve haver coerência entre a formação e especialidade dos docentes e a

sua inserção nas áreas e linhas de pesquisa. A operacionalização da proposta e seus objetivos

se expressam, também, em uma estrutura curricular bem definida, que demonstre coerência

entre súmulas e conteúdos de disciplinas. A bibliografia deve ser atualizada e coerente com o

conteúdo de cada disciplina. O doutorado deve estar articulado com o mestrado e a proposta

deve demonstrar o aprofundamento da formação teórica e da capacidade de pesquisa. A

proposta do curso deve estar normatizada no Regimento em relação ao seu funcionamento,

processo de seleção, formação e avaliação de alunos, processo de credenciamento e

recredenciamento de docentes, entre outros.

4. CORPO DOCENTE - a dimensão e o regime de trabalho do corpo docente devem ser adequados

às atividades do curso proposto e ao número previsto de estudantes selecionados. Deve ser

constituído, em sua totalidade, por professores doutores, com adequada proporção entre a

dimensão do Núcleo de Docentes Permanentes (NDP) e as atividades de orientação, docência e

administração. O NDP deverá ser constituído de no mínimo 8 (oito) professores com

diversidade de formações, maturidade cientifica comprovada, demonstrada por experiência em

orientação de Mestrado.

5. PRODUTIVIDADE DOCENTE E CONSOLIDAÇÃO DA CAPACIDADE DE PESQUISA – identificação

da maturidade científica dos professores, demonstrada pela regularidade e qualidade da

produção intelectual dos últimos 3 (três) anos e o adequado desenvolvimento dos projetos de

pesquisa. É esperada a distribuição equilibrada da produção intelectual entre os docentes. São

considerados indicadores de qualidade da produção intelectual as publicações em periódicos

qualificados pela área, em livros e em produção técnica. No caso da Ciência da Informação e

Museologia, é considerada também a produção em anais de eventos. A Produção Intelectual é

requisito essencial para a recomendação do curso. São indicadores de maturidade científica a

presença de docentes com Bolsa de Produtividade Científica, pós-doutoramento e participação

em projetos de pesquisa financiados por agências de fomento nacionais e internacionais. Os

professores colaboradores, em relação ao NDP, devem atingir o máximo de 30% do total do

corpo docente.

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MESTRADO PROFISSIONAL

Com qualidade e indicadores de avaliação diferenciados, o Mestrado Profissional (Portaria Normativa

MEC nº 17/2009) é incentivado e justificado na área CSA1 com o objetivo de promover a formação de

profissionais, com elevada qualificação, aptos a atender as demandas sociais. O Mestrado Profissional

caracteriza-se, especialmente, por sua perspectiva de formação técnica e profissional que o diferencia

da perspectiva acadêmica que caracteriza os Mestrados Acadêmicos e Doutorados. Para os campos de

formação vinculados à Comunicação, Ciência da Informação e Museologia, o MP permite a qualificação

das práticas associadas à produção científica e à inovação, sendo avaliados a partir dos seguintes

indicadores e critérios:

1. COMPROMISSO DA IES - compromisso explícito da instituição para a implementação da

proposta, considerando as necessidades estruturais, técnicas e financeiras.

2. ESTRUTURA - Infraestrutura adequada ao desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa

e atividades práticas, especificamente, biblioteca, instalações físicas, laboratórios, espaços

experimentais, acesso a equipamentos de informática atualizados, à rede mundial de

computadores e a fontes de informação multimídia para os docentes e discentes, etc.

3. PROPOSTA - A proposta deve privilegiar a articulação entre pesquisa, produção acadêmica e

aplicação de conhecimentos ao campo profissional. Sua criação, associada a demandas

regionais, institucionais e/ou profissionais, deve apresentar objetivos sintonizados com a

formação técnica e profissional e coerência entre área de concentração e linhas de pesquisa.

4. CORPO DOCENTE - Qualificação e competência técnico-científica do corpo docente com

comprovação da produção intelectual, atuação e experiência profissional compatível com a

área e a proposta.

5. ESTRUTURA CURRICULAR – deve combinar disciplinas, atividades e práticas. A estrutura

curricular deve ser capaz de responder aos objetivos, justificativas e perfil do egresso: conjunto

de disciplinas com abordagem teórico-prática expressa em conteúdos e bibliografia, carga

horária e creditação adequadas à formação técnica e profissional.

6. A estrutura proposta deve prever atividades práticas, laboratoriais ou de experimentação nas

instituições de ensino, em organizações públicas e privadas ou em setores vinculados à

proposta do curso e perfil do egresso.

7. PERFIL DO EGRESSO – O perfil do egresso deve estar explicitado na proposta do Programa,

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apresentando as características específicas de formação técnica e profissional, diferenciadas da

formação acadêmica. A proposta deve explicitar, também, o processo de seleção dos alunos.

8. PRODUTO FINAL – Para a obtenção do título de mestre, ao aluno serão oferecidas opções de

tipos de produto final, a partir da proposta do curso, de modo que este reflita sua interface

com os processos e produtos técnicos próprios de um campo profissional. Os produtos devem

apresentar vinculação com a subárea de conhecimento à qual a proposta está vinculada.

III. Considerações gerais sobre a Avaliação Trienal 2013

Os critérios e procedimentos para avaliação dos Programas da área CSAI foram

construídos a partir dos trabalhos de diferentes Comissões de Avaliação reunidas na CAPES e dos

debates e deliberações ocorridos nos dois Seminários de Acompanhamento.

1. SEMINÁRIOS DE ACOMPANHAMENTO

A avaliação continuada, neste triênio, foi substituída pela modalidade de Avaliação denominada

Seminário de Acompanhamento, que exigiu a participação de todos os programas. Os benefícios foram

identificados em várias direções: os Programas exercitaram diferentes processos de auto-avaliação, que

permitiram identificar a fortaleza e os limites de cada um, independentemente da nota de avaliação; a

generosidade dos programas na troca de experiências e a consciência da responsabilidade de cada

programa na elaboração do Documento de área.

Foram realizados 2 Seminários no triênio, cujas discussões tiveram por base os dados de 2010 e 2011

de cada programa. Os resultados estão disponíveis no site da Capes, no item Avaliação, Áreas, Páginas

(Comunicados 1 e 2 em: http://www.capes.gov.br/component/content/article/44-avaliacao/4662-

ciencias-sociais-aplicadas-i).

Cada Seminário seguiu procedimentos específicos, definidos e divulgados previamente. No Seminário

de Acompanhamento 2010 (realizado em 2011), foi privilegiada a análise de dados, documentos,

experiências e opiniões que propiciaram um debate qualificado dos principais itens da Avaliação Trienal

(Proposta do Programa, Inserção Social, Corpo Docente, Produção Intelectual, Corpo Discente, Teses e

Dissertações). A metodologia de trabalho privilegiou a reunião de relatórios sintetizados dos Programas

quanto aos aspectos favoráveis, desfavoráveis e soluções possíveis; agrupamento por notas; envio

prévio dos relatos aos Programas; apresentação dos resultados na reunião e debates.

O Seminário de Acompanhamento 2011 (realizado em 2012) foi organizado sob outra metodologia.

Primeiro, a apresentação dos Programas, que agrupados por notas, expuseram os principais avanços

obtidos a partir do Seminário anterior. O segundo momento foi marcado por debates e decisões sobre

temas relevantes para a constituição do presente Documento de área. Foram privilegiadas as análises e

decisões sobre informações, documentos e experiências, que propiciaram um debate qualificado sobre

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os principais itens da Avaliação Trienal e questões relacionadas ao PNPG 2010-2020, tais como

Interdisciplinaridade, Internacionalização, Mestrado Profissional, contribuição da Área para a

qualificação da Educação Básica e Ensino Médio, além de aspectos relativos à de Classificação de Livros

e Qualis Periódicos, dentre outros.

Novos desafios sociais, políticos e econômicos são apresentados para a área, a partir da aceitação de um novo projeto de desenvolvimento e inserção internacional, que define a educação como eixo central das políticas públicas. A área de Ciências Sociais Aplicadas I está comprometida com a qualidade da educação superior, da pesquisa e da pós-graduação. Nessa direção, os debates na área indicam, por unanimidade, 5 prioridades: a qualificação dos programas quanto à formação e desenvolvimento da pesquisa; a expansão de mestrados profissionais e a qualificação deste tipo de formação; a ampliação de ações relacionadas à qualificação da educação básica; a superação de assimetrias regionais; a criação de projetos em associação visando às ações solidárias de pesquisa e formação.

2. FICHA DE AVALIAÇÃO DA TRIENAL

A Ficha de Avaliação da Trienal 2010 da área Ciências Sociais Aplicadas I (CSAI) foi reformulada em 2008 para responder à Decisão do CTC-ES. À época, a área realizou a adequação entre critérios, pesos e procedimentos capazes de apontar a qualidade dos Programas em Avaliação. A Ficha atual mantém a estrutura básica da anterior, adaptada à evolução da área. Para a Avaliação Trienal 2013, a área CSA1 decidiu manter a pontuação aplicada na Avaliação Trienal 2010 no que se refere ao Doutorado e Mestrado Acadêmico e estabeleceu nova pontuação a partir da aprovação da Ficha para o Mestrado Profissional, a saber:

Tabela 2 - PONTUAÇÃO DOS QUESITOS DA FICHA DE AVALIAÇÃO

QUESITO DE AVALIAÇÃO

PESOS

Doutorado e Mestrado Acadêmico

Mestrado Profissional

1. Proposta do Programa - -

2. Corpo Docente 20% 30%

3. Corpo Discente. Teses e Dissertações

30% 20%

4. Produção Intelectual 40% 40%

5. Inserção Social e Relevância 10% 10%

Total 100% 100%

2.1 Ficha de Avaliação para MESTRADO (ACADÊMICO ) e DOUTORADO

A Ficha de Avaliação tem os seguintes quesitos e pesos:

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- PROPOSTA DO PROGRAMA (0): este quesito não gera nota, mas é ponto de partida para avaliar

globalmente o programa, funcionando, portanto, como “forte requisito” ou “trava”. Integram este

quesito, os seguintes itens:

Coerência, consistência, abrangência e atualização das áreas de concentração, linhas de pesquisa,

projetos em andamento e proposta curricular (40%); Planejamento do programa com vistas a seu

desenvolvimento futuro, contemplando os desafios internacionais da área na produção de

conhecimentos seus propósitos na melhor formação de seus alunos, suas metas quanto à inserção

social mais rica dos seus egressos, conforme os parâmetros da área (30%); Infraestrutura para ensino,

pesquisa e, se for o caso, extensão (15%) e Auto-avaliação do Programa (15%).

- CORPO DOCENTE (20%):

Perfil do corpo docente, considerados titulação, diversificação na origem de formação, aprimoramento

e experiência, sua compatibilidade e adequação à Proposta do Programa (20%); Adequação e dedicação

dos docentes permanentes às atividades de pesquisa e de formação (35%); Distribuição das atividades

de pesquisa e de formação entre os docentes do programa (30%) e Contribuição dos docentes para as

atividades de ensino e/ou de pesquisa na graduação, com atenção tanto à repercussão que este item

pode ter na formação de futuros ingressantes na PG, (conforme a área) e na formação de profissionais

mais capacitados, no plano da graduação (15%).

- CORPO DISCENTE, TESES E DISSERTAÇÕES (30%):

Quantidade de teses e dissertações defendidas no período de avaliação, em relação ao corpo docente

permanente e à dimensão do corpo discente (20%); Distribuição das orientações das teses e

dissertações defendidas no período de avaliação, em relação aos docentes do programa (20%);

Qualidade das Teses, Dissertações e produção de discentes autores da pós-graduação e da graduação

(no caso de IES com curso de graduação na área) na produção científica do programa, aferida por

publicações e outros indicadores pertinentes à área (30%) e Eficiência do Programa na formação de

mestres e doutores: tempo de formação de mestres e doutores e percentual de titulados (30%).

- PRODUÇÃO INTELECTUAL (40%):

Publicações qualificadas do Programa por docente permanente (40%); Distribuição de publicações

qualificadas em relação ao corpo docente permanente do Programa (30%); Produção técnica, patentes

e outras produções consideradas relevantes (15%); Produção artística, nas áreas em que tal tipo de

produção for pertinente (15%).

- INSERÇÃO SOCIAL (10%):

Inserção e impacto regional e (ou) nacional do programa (40%): Integração e cooperação com outros

programas e centros de pesquisa e desenvolvimento profissional relacionados à área de conhecimento

do programa, com vistas ao desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação (40%) e visibilidade ou

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transparência dada pelo programa à sua atuação (20%).

2.2 Ficha de Avaliação para MESTRADO PROFISSIONAL

A Ficha de Avaliação tem o seguinte desdobramento e respectivos pesos:

- PROPOSTA DO PROGRAMA (0):

Coerência, consistência, abrangência e atualização da(s) área(s) de concentração, linha(s) de atuação,

projetos em andamento, proposta curricular com os objetivos do Programa (25%); Coerência,

consistência e abrangência dos mecanismos de interação efetiva com outras instituições, atendendo a

demandas sociais, organizacionais ou profissionais (25%); Infraestrutura para ensino, pesquisa e

administração (20%); Planejamento do Programa visando ao atendimento de demandas atuais ou

futuras de desenvolvimento nacional, regional ou local, por meio da formação de profissionais

capacitados para a solução de problemas e práticas, de forma inovadora (20%); Contribuição do

Programa para a especialização e capacitação de egressos da graduação em cursos da área Ciências

Sociais Aplicadas 1( 5%) e Características e organização relacionadas à interdisciplinaridade (5%).

- CORPO DOCENTE (30%)

Perfil do corpo docente, considerando experiência como pesquisador e/ou profissional, titulação e sua

adequação à Proposta do Programa (50%); adequação da dimensão, composição e dedicação dos

docentes permanentes para o desenvolvimento das atividades de pesquisa e formação do Programa

(20%); distribuição, entre os docentes do Programa, das atividades de pesquisa, projetos de

desenvolvimento, inovação e formação (20%) e vinculação, experiência e produção do Corpo Docente

na área (10%).

- CORPO DISCENTE E TRABALHOS DE CONCLUSÃO (20%)

Quantidade de trabalhos de conclusão (MP) aprovados no período e sua distribuição em relação ao

corpo discente titulado e ao corpo docente do programa (30%); qualidade dos trabalhos de conclusão

produzidos por discentes e egressos (40%); aplicabilidade dos trabalhos produzidos (15%) e

Desenvolvimento de práticas e experiências (15%).

-PRODUÇÃO INTELECTUAL (40%)

Publicações qualificadas do Programa por docente permanente (20%); produção artística, técnica,

patentes, inovações e outras produções consideradas relevantes (30%); distribuição da produção

científica e técnica ou artística em relação ao corpo docente permanente do programa (20%);

articulação da produção artística, técnica e científica entre si e com a proposta do programa (20%) e

qualificação e contribuição da produção em relação ao campo profissional(10%).

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Para a avaliação do Programa da área CSAI, em cada item, a Comissão de Avaliação busca os

indicadores de desempenho nos relatórios, tabelas – e outras agregações de dados – resultante do que

os próprios programas incluem no Coleta anual. Com a sequência de avaliações, a área tem

desenvolvido crescentemente o rigor, a objetividade e, particularmente, a definição prévia de modos e

padrões para interpretar e avaliar os dados – o que é relevante para o planejamento dos programas.

3. PROCESSO DE AVALIAÇÃO

O conceito obtido pelo Programa, em cada quesito, é o resultado das notas atribuídas a cada item do

quesito. O detalhamento dos quesitos em itens aparece nas fichas de Avaliação para o Doutorado e

Mestrado Acadêmico e Mestrado Profissional, neste documento, na Parte V – Ficha de Avaliação. Ali

são indicados os padrões que devem caracterizar o desempenho do Programa em cada item.

Encontram-se aí, também, as ponderações dos itens dentro de cada quesito.

O texto explicativo que se apresenta na Parte V, junto a cada item de avaliação, corresponde ao padrão

de excelência considerado para o item: Muito Bom (MB = 5). As variações para Bom (B = 4), Regular (R

7= 3), Fraco (F = 2) e Deficiente (D = 1), são examinadas caso a caso, considerando-se a distância

relativa do desempenho para o padrão MB. Em cada item é atribuído exclusivamente um desses cinco

conceitos. Os conceitos de cada item são ponderados conforme os pesos indicados na Parte V,

explicitado na síntese das Fichas. Os conceitos atribuídos recebem o peso informado junto a cada item.

Os resultados assim obtidos são somados e divididos por 100, resultando no conceito do Quesito.

Finalmente, para a nota final do Programa, os conceitos dos quesitos são multiplicados por seus pesos

respectivos, somados, e o resultado final igualmente dividido por 100.

O desempenho do Programa, que justifica a atribuição de determinado conceito a um item, deve ser

objetivamente explicitado na Ficha de Avaliação do Programa. Nos casos em que o desempenho

qualitativo é quantificado (itens qualiquantitativos), é possível estabelecer uma gama correspondente a

cada menção. Mesmo nesse caso, o Documento de Área não explicita valores prévios a serem atingidos

em cada faixa. Isso decorre da variação dos valores a cada triênio, não sendo desejável nem possível

estabelecer números ideais. Trata-se, então, de estabelecer os valores efetivamente obtidos por

Programa, que são depois sequenciados do maior para o menor. No conjunto geral, assim obtido,

podem ser então definidas as faixas, a cada menção, e o Programa recebe o conceito correspondente à

faixa em que se situa seu desempenho específico no item.

Considerada a dinâmica das práticas das áreas e dos programas, assim como do próprio conhecimento,

e ainda dos padrões de expectativa da CAPES, sempre surgem questões novas, para as quais não há

respostas prévias. Nesses casos, além dos critérios gerais de excelência, acima referidos, a Comissão de

Avaliação toma decisões ad hoc, deliberadas coletivamente, com base na equanimidade. Na ocorrência

de tais decisões, estas devem ser expressas e justificadas nas respectivas fichas de avaliação.

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Em todos os itens, ao final da avaliação de todos os programas, faz-se uma verificação comparativa

para assegurar que as avaliações tenham sido equitativas, dando-se interpretações similares para

situações semelhantes ou correlatas. Podem assim ser feitos reajustes corretivos. Como se percebe

pela variação de menções com as notas numéricas correspondentes, todos os PPGs são avaliados na

perspectiva de uma nota máxima 5 (cinco). Para a eventual atribuição das notas 6 (seis) ou 7 (sete) a

um Programa, há uma segunda etapa, na qual são considerados apenas os Programas que obtiveram a

nota 5 (cinco). Examina-se, dentre estes, a possibilidade de atribuir 6 (seis) ou 7 (sete), na medida em

que atendam aos critérios expostos na Parte VI – Considerações e definições sobre Internacionalização

/ Inserção Internacional.

IV. Considerações sobre Qualis-Periódicos (Artístico), Roteiro para Classificação de Livros / Eventos /Produtos Técnicos e os critérios para a estratificação e uso dos mesmos na avaliação

A área CSAI pontua a Produção Intelectual a partir dos critérios e ponderações do Qualis-Periódicos, da Classificação de Livros e da Classificação da Produção Técnica, conforme especificação a seguir, sobre critérios e pesos que permitem avaliar qualitativa e quantitativamente os periódicos científicos (classificados no Qualis); os livros (classificados a partir de instrumento específico) e a produção técnica.

1. QUALIS-PERIÓDICOS Um dos principais compromissos de quem avalia os periódicos reside no fato de que a

classificação nos estratos A1, A2, A3, B1, B2, B3, B4, B5 ou C aponta o seu nível de qualidade e,

consequentemente, serve como referência para a área, programas e pesquisadores. Entende-se,

também, que a estratificação obtida equivale ao reconhecimento do nível de qualidade da produção

intelectual dos programas e pesquisadores.

Outro desafio deste complexo processo reside na expectativa sobre os procedimentos de

avaliação da Área CSAI, na medida em que os instrumentos e a capacitação para classificar e analisar

periódicos e produção científica são próprios da área Ciência da Informação. Neste sentido, ao mesmo

tempo em que os periódicos são submetidos e valorados, também estão sendo exercitados métodos de

análise que podem servir de exemplo às demais áreas de avaliação.

Desde 2008, por decisão do CTC-ES, os periódicos científicos vinculados à Avaliação Trienal passaram a ser classificados em uma escala composta de dois níveis “A” e “B”, além do nível “C”, que caracteriza publicações consideradas em desacordo com o perfil de um periódico científico. O primeiro estrato horizontal encerra os estratos “A1” e “A2” e, o segundo, os estratos “B1” a “B5”. A evolução da área CSAI quanto à qualificação de suas publicações em periódicos pode ser identificada na Tabela 3.

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Tabela 3 – Distribuição de Periódicos por estrato (2010-2012)

DISTRIBUIÇÃO DE PERIÓDICOS DA ÁREA CSAI POR ESTRATO

ESTRATO 2009 2010 2011 2012

TOTAL % TOTAL % TOTAL % TOTAL %

A1 06 0,55 32 4,17 44 4,36 46 3.73

A2 15 1,4 38 4,95 58 5,75 61 4.95

B1 55 5,11 88 11,46 113 11,20 167 13.54

B2 74 6,88 73 9,51 104 10,31 99 8.03

B3 85 7,9 95 12,37 138 13,68 175 14.19

B4 138 12,82 175 22,79 196 19,43 260 21.09

B5 123 11,43 267 34,77 356 35,28 425 34.47

Total A1-B5 496 768 100 1.009 100% 1233 77.69

C 102 9,47 251 24,63 273 21,28 309 19.47

NP 13 56 46 45

NCL 465 43,21 - - -

Total Geral 1076 100% 1075 100% 1.283 100 % 1587 100%

A Tabela 3 mostra a distribuição dos periódicos nos estratos A1 a B5, os que não são considerados periódicos científicos (estrato C) e as publicações que não se enquadram na categoria de periódicos. (NP). Os critérios de classificação de periódicos, estabelecidos no Documento de área da Avaliação Trienal 2008-2010, foram discutidos e adaptados para a classificação do período 2010-2012. A distribuição, que obedece aos parâmetros estabelecidos pela CAPES, mostra a concentração dos periódicos nos estratos B4 (em torno de 20%) e B5 (em torno de 35%) do total. A classificação dos periódicos para a Avaliação Trienal 2013 foi feita por Comissões constituídas para esse fim, com base nos seguintes parâmetros: 1.1 Definição de Periódico Científico: Periódico científico é uma publicação seriada, arbitrada e dirigida prioritariamente à comunidade acadêmico-científica.

1.2 Critérios Mínimos para uma Publicação ser Avaliada como Periódico Científico: Editor responsável; Comissão Editorial que auxilie o Editor na tomada de decisões; Conselho consultivo formado por pesquisadores de diferentes instituições; Registro de ISSN; Linha editorial definida (expediente, missão, foco temático, periodicidade e forma de avaliação/revisão); Normas de submissão claras; Periodicidade regular definida; Avaliação dos originais por membros do Conselho Consultivo ou pareceristas ad hoc; Contribuições na forma de artigos assinados; Indicação de titulação e afiliação institucional dos autores; Indicação de titulação e afiliação institucional dos membros do Conselho Consultivo ou dos pareceristas

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ad hoc; Título, resumo e palavras-chave no mínimo em dois idiomas, sendo um deles na língua do periódico; Data de recebimento e aceitação de cada artigo.

1.3 Processo de Classificação de Periódicos: O trabalho da Comissão foi orientado por critérios e parâmetros de análise, avaliação e classificação que exigiram diferentes níveis de operacionalização e participação dos consultores, a saber:

pesquisa para identificação dos periódicos e ordenação quanto à sua presença em Bases de dados; índices de citação; Catálogos; editora; vinculação à área de avaliação e às áreas de conhecimento, realizada por equipe de pesquisa (ECA/USP);

constituição de Comissão para essa finalidade;

operacionalização dos critérios e parâmetros de análise e classificação pela Comissão;

organização de grupos de trabalho por estratos;

análise dos periódicos, a partir da ordenação e redistribuição, de acordo com sua vinculação à Área CSAI;

análise individualizada dos periódicos diretamente vinculados aos campos Ciência da Informação, Comunicação e Museologia;

análise comparativa com a classificação adotada por outras áreas de conhecimento;

análise dos periódicos que não publicaram artigos de pesquisadores dos programas da área CSA1 nos triênios 2007-2009 e 2010-2012;

consolidação das tabelas elaboradas pelos grupos;

classificação e estratificação dos periódicos mencionados nos triênios 2007-2009 e 2010-2012;

elaboração e divulgação de Relatório sobre o processo de Avaliação e Classificação. 1.4 Critérios e Parâmetros de Classificação A seguir, os critérios e parâmetros que nortearam a classificação dos periódicos no triênio 2010-2012. 1.4.1 Critérios Gerais

Indexação dos periódicos em Bases de Dados nacionais e internacionais.

Indexação do periódico combinada com a sua vinculação à área Ciências Sociais Aplicadas I.

Relevância dos periódicos de outras áreas em relação às características e à realidade das áreas Ciência da Informação, Comunicação e Museologia, considerando sua linha editorial/ foco, proximidade e pertinência à área CSAI.

Periódico publicado por instituição com Pós-Graduação stricto sensu, ou por Sociedade Científica de âmbito nacional reconhecida pela Coordenação de Área, ou por Instituição Profissional de âmbito nacional, ou Instituição de Pesquisa, ou publicada com apoio da CAPES, CNPq ou outra fonte de financiamento público;

Publicação de artigos cujos autores doutores sejam vinculados a instituições distintas daquela que

edita o periódico, por volume.

Periodicidade e Acessibilidade;

Número de artigos publicados no triênio 2007-2009 e 2010-2012;

Atualização: todos os números do ano anterior publicados até 31 de março do ano seguinte.

Parâmetros comparativos entre a qualificação do periódico na avaliação anterior da área.

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Parâmetros comparativos relativos a periódicos já avaliados por suas áreas específicas. Neste caso, o periódico poderá ser avaliado no mesmo estrato da área de origem ou de acordo com a média entre este estrato e a indexação.

Periodicidade e Acessibilidade são critérios combinados a outros, no sentido de que podem fortalecer ou enfraquecer outros critérios.

Reputação dos periódicos indicada pelo número de artigos publicados por pesquisadores da Área, inserção internacional e periodicidade. Este critério é determinante para o período 2010-2012.

Referência aos documentos de Área 2007-2009 e 2010-2012.

Proporcionalidade da estratificação determinada pelo CTC – Conselho Técnico-Científico da CAPES. 1.4.2 Critérios específicos para 2010-2012 Foram adotados critérios específicos que permitiram a ascensão, para o Estrato A2, de periódicos

considerados importantes para a subárea CSA1. Essa classificação obedeceu à combinação de critérios

do Documento de Área 2007-2009 e à decisão da Comissão – para esse fim constituída – de incluir

periódicos no referido estrato, mesmo sem a correspondente indexação, desde que apresentassem

condições de qualificar e valorizar a produção científica da Área.

Nesta direção foi incluído o critério diferenciado e específico – Reputação –, com validade para o triênio.

Os indicadores de Reputação são os seguintes:

- Origem da Publicação;

- Origem dos Artigos;

- Quantidade de artigos nos triênios 2007-2009 e 2010-2012;

- Acessibilidade facilitada pelo formato digital;

- Projeção internacional do periódico, indicada por publicação de artigos de autores estrangeiros.

A partir do critério Reputação, foi selecionado e analisado, individualmente, um grupo de periódicos da área da Comunicação com o maior número de artigos nos triênios, já classificados como B1. A avaliação individualizada identificou 4 (quatro) periódicos: Galáxia (Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica/PUCSP), Matrizes (Revista do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação/USP); Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia (Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social/PUCRS) que responderam aos indicadores do critério Reputação. Especificamente, em relação ao periódico E-Compós (Revista da Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação/COMPÓS), a Comissão decidiu pela sua inclusão neste estrato por ter sido escolhido pelos programas e pesquisadores da Área, em 2011, para receber investimentos da CAPES destinados à sua inserção internacional. 1.4.3 Critérios para Estratificação dos Periódicos: Os periódicos científicos da área CSA1, são classificados nos estratos de A1 a C, conforme os critérios abaixo, adaptados segundo a realidade de cada área específica (Comunicação, Ciência da Informação e Museologia), tendo em vista a minimização de discrepâncias. A : Os periódicos são classificados em sete estratos e para este triênio, o CTC-ES definiu limites e proporções quanto ao percentual de periódicos por estrato, mantendo-se a ponderação que equivale ao percentual da publicação por estrato, a saber:

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Tabela 4 – Regras CTC de distribuição em estratos e pontuação por estrato.

Regras CTC Pontuação por estrato

A1<A2

A1+A2 ≤ 25%

A1+A2+B1 ≤ 50%

B2+B3+B4+B5 ≥ 50%

A1 = 100 A2 = 85 B1 = 70 B2 = 55 B3 = 40 B4 = 25 B5 = 10

C = 0

A análise e estratificação dos periódicos obedece aos seguintes critérios: ESTRATO A1

Periódicos científicos indexados na base Web of Science e/ou JCR;

Periódicos científicos relacionados à área CSA1;

Periódicos Científicos relacionados à área de conhecimento de Ciências Humanas. ESTRATO A2

Periódicos científicos indexados nas bases Scopus e/ou SciELO;

Origem dos Artigos: Artigos de autores doutores, vinculados a diferentes instituições, com expressiva publicação de artigos (50%), por volume, de autores ou coautores filiados a instituições estrangeiras;

Reputação do periódico: Periódicos identificados como relevantes para a Área, de acordo com decisão da Comissão de Avaliação, a partir dos seguintes indicadores:

Origem da Publicação;

Origem dos Artigos;

Quantidade de artigos nos triênios 2007-2009 e 2010-2012;

Acessibilidade facilitada pelo formato digital;

Projeção internacional do periódico indicada por publicação de 50% de artigos de autores

estrangeiros.

ESTRATO B1

Periódicos científicos indexados em pelo menos 1(uma) das seguintes bases:

LATINDEX (Sistema Regional de Información em Línea para Revistas Científicas de América

Latina, el Caribe, España e Portugal);

REDALYC (Red de Revistas Científicas de América Latina, el Caribe, España y Portugal);

DOAJ (Directory of Open Access Journals) – (para periódicos eletrônicos);

CLACSO (Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales);

CLASE (Citas Latinoamericanas en Ciencias Sociales y Humanidades).

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Periódicos relacionados a Ciência da Informação e Museologia, indexados nas seguintes bases:

INFOBILA (Base de Dados de Información y Bibliotecologia Latinoamericana);

LISA (Library Literature & Information Science, Library and Information Science Abstracts);

Origem dos Artigos: Artigos de autores doutores, vinculados a diferentes instituições, com expressiva publicação de artigos por volume, de autores ou coautores filiados a instituições estrangeiras;

ESTRATO B2

Periódico que esteja na base DOAJ – Directory of Open Acess Journals)

Periódico que contenha artigos cujos autores doutores sejam vinculados a pelo menos 3 (três)

instituições diferentes daquela que edita o periódico, por volume.

Periodicidade e Acessibilidade

Quantidade equilibrada de artigos por volume e número, publicados pela área nos triênios 2007-

2009 e 2010-2012

ESTRATO B3

Periódico que contenha artigos cujos autores doutores sejam vinculados a pelo menos 3 (três)

instituições diferentes daquela que edita o periódico, por volume.

Periodicidade e Acessibilidade

Quantidade equilibrada de artigos por volume e número, publicados pela área nos triênios 2007-

2009 e 2010-2012

ESTRATO B4

Publicação de artigos com um número mínimo de autores doutores pertencente a diferentes

instituições daquela que edita o periódico;

Periodicidade e acessibilidade;

Quantidade equilibrada de artigos por volume e número, publicados pela área nos triênios 2007-

2009 e 2010-2012.

ESTRATO B5

Periódicos que atendam aos critérios mínimos exigidos para ser classificado como periódico científico, mas não são relevantes para a área;

Periódicos que atendam aos critérios mínimos, mas não atendem às exigências adicionais descritas nos estratos anteriores.

ESTRATO C

Periódicos considerados não científicos.

Periódicos inacessíveis para avaliação.

Este nível de classificação não incide sobre o percentual total de qualificação dos periódicos.

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1.4.4 Perspectivas desejáveis para o futuro Indexação das revistas em Bases de Dados. Disponibilidade das revistas nacionais em formato digital, com acesso on line aberto, e garantia por agente certificador auditável de preservação e acesso em casos de catástrofes e obsolescência tecnológica.

2. CLASSIFICAÇÃO DE LIVROS Na Área de Ciências Sociais Aplicadas I , a classificação de livros abrange obras integrais, coletâneas, dicionários ou enciclopédias, desde que seu conteúdo traduza a natureza científica da produção. Utilizada pela primeira vez no triênio 2007-2009, a Classificação de Livros integra a avaliação da produção científica docente e discente dos Programas, classificada em 5 níveis hierárquicos, com ponderações específicas:

Tabela 5 – Estratos de classificação e pontuação de livros

ESTRATO PONTUAÇÃO

L-4 76 a 100 pontos

L-3 51 a 75 pontos

L-2

26 a 50 pontos

L-1 01 a 25 pontos

NCL (não classificado)

0 pontos

Para o triênio 2010-2012, a área CSA1 utilizou o Sistema de Cadastramento de Livros, desenvolvido pelo Centro de Processamento de Dados da UFRGS, que permitiu a realização da Classificação de Livros em três etapas. Na primeira, os Programas realizam a inserção online de informações sobre seus livros. Na segunda, a emissão de relatórios por Programa, por obra, por estrato, ou pela combinação de itens julgados importantes para avaliação. Na terceira etapa, a Comissão instituída, realiza a avaliação e Classificação dos Livros, bem como a análise qualitativa, a partir dos relatórios. Na Área de Ciência da Informação, conforme decisão já registrada no documento de área 2007-2009 e ratificada nos Seminários de Acompanhamento, serão incluídos, excepcionalmente, os Anais dos eventos nacionais e internacionais vinculados aos campos Ciência da Informação e Museologia. 2.1 Definição de Livro Compreende-se por livro um produto impresso ou eletrônico que possua ISBN ou ISSN (para anais de eventos), com no mínimo 50 (cinquenta) páginas, publicado por editora pública ou privada, associação científica e/ou cultural, instituição de pesquisa ou órgão oficial. Para fins da Avaliação, considera-se o livro com conteúdo científico, não sendo avaliados capítulos ou partes de obra.

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2.2 Critérios Mínimos para uma publicação ser avaliada como livro científico Publicação com registro ISBN ou ISSN Publicação com número mínimo de 50 (cinquenta) páginas ou equivalente no formato digital. Publicação com dados equivalentes aos da ficha catalográfica. Autoria da publicação por docente e/ou discente de programa de pós-graduação.

2.3 Critérios e Parâmetros Gerais de Classificação

A classificação da obra é realizada a partir da pontuação atribuída a cada uma das 3 partes que

correspondem aos níveis de organização e pontuação , a saber:

A Parte I (Dados de Identificação da Obra) abrange os itens gerais referentes à obra.

A Parte II (Aspectos Formais da Obra) abrange os itens que permitem realizar a primeira

classificação da obra, com os seguintes itens: Autoria. Editoria. Características Adicionais

(Indicadores de Qualidade da Obra. Vinculação da Obra ao Programa e Tipo e Natureza da Obra).

A Parte III (Avaliação Qualitativa do conteúdo) finaliza a análise, classificação e estratificação da

obra, a partir dos seguintes itens: Relevância da Obra, Inovação, Potencialidade e Impacto.

A avaliação e estratificação dos livros obedecem a pontuações atribuídas às partes constitutivas da

obra, conforme tabela abaixo:

Tabela 6 – Critérios de pontuação de livros

Partes Título Pontuação Máxima

Parte I Dados de Identificação da Obra 0

Parte II

Aspectos Formais da Obra 60 pontos

1. Autoria 15 pontos

3. Editoria 08 pontos

4. Características Adicionais 05 pontos

5. Vinculação da Obra 20 pontos

6. Tipo e Natureza da Obra 12 pontos

Parte III

Avaliação Qualitativa do conteúdo 40 pontos

1. Relevância da Obra 15 pontos

2. Qualidade da Apresentação 05 pontos

3.Inovação e Originalidade 15 pontos

4.Potencialidade e Impacto 10 pontos

Pontuação Final 100 pontos

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2.4 Parte I – Dados de Identificação da Obra (0 pontos):

As obras são cadastradas pelos Programas em formulário on line, conforme orientação previamente divulgada (V.

Comunicado ). - Título da Obra. - Número ISBN ou ISSN: - Tipo de Obra: Livro; Coletânea; E-book; Enciclopédia/ Dicionário/verbete; Anais com textos

completos; - Autoria: Individual/Docente; ; Individual/Discente; Coletiva/Organizadores - Editora: Editora comercial com catálogo de publicações na área; Editora comercial com distribuição

nacional; Editora brasileira, universitária; Editora brasileira, universitária, filiada à ABEU; Editora universitária estrangeira; Editora comercial estrangeira.

- Local da Edição: Cidade; País. - Número Total de Páginas: - Edição: Número; Ano; Total de edições; Ano da primeira edição; 2ª. Reedição 3ª.Reedição; mais

edições. - Formato: Impresso; Eletrônico; Outro: Especificar - Idioma: Português; Outro idioma; Bilíngue. - Coleção: título - Referência Completa (ABNT). - Número de Capítulos da coletânea. - Tipo de Informações sobre autores da obra\coletânea: Capítulos; Prefácios; Verbetes e outros. - Informações sobre autoria: Nome do autor; Autor docente; Autor discente; Título da Parte; Páginas;

Programa; Outra IES; Nacional; Internacional. - Vinculação do Livro\ Coletânea: Projeto(s) de Pesquisa; Linha(s) de Pesquisa; Área de Concentração

do Programa; Área(s) de Conhecimento. - Obra com a nominata do Conselho Editorial da Editora: Sim; Não. - Obra contém informações sobre autores: Sim; Não; Parcialmente - Premiação da Obra: Estadual; Nacional; Internacional; Instituição concedente; Data; Cidade. - Tipo de Financiamento: Editora; Editora e IES; Programa; Agências de fomento; Projeto de Pesquisa;

Convênio com organizações privadas; Autores; Outra: Especificar.

2.5 Parte II - Aspectos Formais da Obra (60 pontos)

A pontuação da Parte II é atribuída de acordo com o preenchimento do formulário realizado pelos

Programas. O sistema emite relatórios que permitem realizar a primeira classificação dos livros que

tenham alcançado até 60 pontos.

Nesta etapa, aplica-se a linha de corte e as obras que obtiverem até 40 pontos poderão ser classificadas

em L2 (26 a 50 pontos) e L1 (01 a 25 pontos) .

As obras que ultrapassarem 50 pontos concorrerão à classificação nos estratos L3 (51 a 75 pontos) e L4

(76 a 100 pontos) a partir da análise vinculada à Parte III (Avaliação Qualitativa do Conteúdo) que soma

40 pontos.

Os itens e a respectiva pontuação são descritos na seguinte tabela:

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Tabela 7 – ASPECTOS FORMAIS DA OBRA

PARTE II - ASPECTOS FORMAIS DA OBRA Pontuação Máxima: 60 (sessenta) pontos

1. AUTORIA: Pontuação Máxima: 15 (quinze) pontos Pontos máximos

no item

1.1 Única – Docente do Programa 15

1.2 Única – Discente do Programa 10

1.3 Docente (s) do programa e autor (es) de outras instituições de ensino e pesquisa, no país com participação discente

10

1.4 Docente (s) do programa e autor (es) de outras instituições de ensino e pesquisa, no país sem participação discente

12

1.5 Docente (s) do programa e autor (es) de outras instituições de ensino e pesquisa , no exterior com participação discente

12

1.6 Docente (s) do programa e autor (es) de outras instituições de ensino e pesquisa, no exterior sem participação discente

15

1.7 Docente (s) apenas do programa 10

1.8 Docente (s) e discente (s) apenas do Programa 07

1.9 Discente (s) apenas do Programa 05

1.10 Discente (s) do Programa e de outras instituições de ensino e pesquisa 03

2. EDITORIA: Pontuação Máxima: 08 (oito) pontos Pontos Máximos

no Item

2.1 Editora com catálogo de publicações na área 04

2.2 Editora brasileira, universitária, filiada à ABEU 04

2.3 Editora brasileira, universitária, não filiada à ABEU 02

2.4 Editora comercial com distribuição nacional 02

2.5 Editora comercial com distribuição nacional e tradição de publicação na área 04

2.6 Editora comercial estrangeira com tradição de publicação na área 04

2.7 Editora universitária estrangeira 04

2.8 Editora comercial estrangeira 02

2.9 Conselho editorial ou revisão por pares 04

2.10 Contém informações sobre os autores 01

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3. CARACTERÍSTICAS ADICIONAIS: Pontuação Máxima: 05 (cinco) pontos Pontos Máximos

no Item

3.1 Primeira edição 04

3.2 Segunda Reedição 02

3.3 Terceira Reedição ou mais 03

3.4 Obra que integra Coleção 03

3.5 Publicação em idioma estrangeiro 05

3.6 Publicação bilíngue 05

3.7 Prêmios nacionais, estrangeiros ou internacionais 05

3.8 Reimpressão 01

1. VINCULAÇÃO DA OBRA: Pontuação Máxima: 20 (vinte) pontos Pontos Máximos no Item

4.1 Obra vinculada a Projeto (s) de Pesquisa 20 4.2 Obra vinculada a Linha (s) de Pesquisa 20

4.3 Obra vinculada apenas à área de concentração do Programa 10

4.4 Obra vinculada apenas à área de conhecimento do Programa 05

4.5 Obra vinculada a projeto isolado 02

4.6 Obra sem vinculação 01

2. TIPO E NATUREZA DA OBRA: Pontuação Máxima: 12 (doze) pontos Pontos Máximos

no Item

5.1 Tipo da obra: Obra Integral/ de autoria única 12

5.2 Tipo da obra: Coletânea 08

5.3 Obra, resultado de pesquisa financiada por agências nacionais e internacionais de fomento à pesquisa ou parcerias

12

5.4 Obra relacionada a programas de pesquisa multicêntricos financiados por agências nacionais e internacionais de fomento à pesquisa

10

5.5 Coletânea resultado de encontro científico 10 5.6 Tipo de Obra: Enciclopédia/Dicionário/ verbete 08

5.7 Tipo de Obra: Anais de Congresso 04

2.6 Parte III - Avaliação Qualitativa do Conteúdo (40 pontos) Esta etapa da avaliação é realizada por comissão constituída para a realizar a Classificação dos Livros e trata de itens de referência sobre a qualidade da obra.

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Parte III - AVALIAÇÃO QUALITATIVA DO CONTEÚDO Pontuação Máxima: 40 (quarenta) pontos

1. RELEVÂNCIA DA OBRA - Pontuação Máxima: 15 (vinte) pontos: Contribuição para o desenvolvimento científico e tecnológico da área de conhecimento. Contribuição para a resolução de problemas nacionais relevantes. Atualidade da temática. Clareza e objetividade do conteúdo no que se refere à proposição, exposição e desenvolvimento dos temas tratados. Rigor científico (estrutura teórica). Precisão de conceitos, terminologia e informações. Senso crítico no exame do material estudado. Bibliografia que denote amplo domínio de conhecimento.

2. QUALIDADE DA APRESENTAÇÃO - Pontuação Máxima: 05 (cinco) pontos: Apresentação da Obra. Programação visual. Qualidade das ilustrações. Qualidade de linguagem e estilo. Organização. Distribuição das Informações.

3. INOVAÇÃO E ORIGINALIDADE - Pontuação Máxima: 10 (dez) pontos: Originalidade na formulação do problema de investigação. Caráter inovador da abordagem dos temas. Caráter inovador dos métodos adotados. Contribuição inovadora para aplicações técnicas.

4. POTENCIALIDADE E IMPACTO - Pontuação Máxima: 10 (dez) pontos: Circulação e distribuição prevista. Idioma. Reimpressão ou reedição. Utilização possível da obra no âmbito acadêmico. Utilização possível da obra em outras instâncias.

3. CLASSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO TÉCNICA Este item examina a produção técnica dos docentes permanentes e indica os parâmetros para avaliar as atividades desenvolvidas regularmente, sem considerar aquelas que são pontuais e esporádicas. A produção técnica abrange produtos e atividades cuja relevância é determinada por sua inserção na área de concentração e linhas de pesquisa do Programa, desde que tenha obtido um formato ou registro final e certificação de sua realização. A Produção Técnica (ver item V. Ficha de Avaliação) será avaliada e qualificada a partir de uma hierarquia em 4 (quatro) grupos (A, B, C e D), com atribuição específica de pontos:

Grupo A = 4 pontos Grupo B = 3 pontos Grupo C = 2 pontos

Grupo D = 1 ponto. A Produção Técnica é constituída por diferentes itens acoplados em quatro grupos: 3.1 Grupo A - até 4 pontos: patentes; tradução de livros; desenvolvimento de softwares; desenvolvimento de protótipos; editoria de periódico científico; organização de evento científico internacional; cargo de coordenação em agências de fomento; cargos de representação em entidades científicas; coordenação de grupo de pesquisa cadastrado no CNPq; participação em bancas de concurso público. 3.2 Grupo B - até 3 pontos: participação em comissão acadêmico-científica de agência de fomento;

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participação em comitê científico de evento internacional e nacional; organização de evento nacional; consultorias ou assessorias; organização e curadoria de exposições; coordenação de sistemas de informação e sistemas de Arquivos; coordenação de projetos e atividades de divulgação científica; coordenação e editoria de sites, vídeos, hipermídias, programas de rádio, de televisão e/ou material impresso; produção de Taxonomias, ontologias e tesauros; elaboração de políticas de comunicação e de informação; conservação/restauração (documentos, obras de arte); coordenação de Comissão acadêmica colegiada (Graduação, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão). 3.3 Grupo C - até 2 pontos: participação em comitê científico de evento (regional e local); produção de material didático ou instrucional; tradução de artigo ou capítulo de livro; coordenação de Grupos e Trabalho de associações científicas; coordenação de Comissão acadêmica (Graduação, Pós-graduação, Pesquisa e Extensão); palestras, conferências, cursos de curta duração, oficinas e workshops; membro de banca de concurso e defesa de tese/ dissertação; relatório final de projeto de pesquisa ou projeto técnico. 3.4 Grupo D - até 1 ponto: coordenação, moderação de Mesa Redonda ou painel em congresso Científico; artigos ou entrevista de cunho acadêmico para mídia impressa, eletrônica ou digital; organização de evento regional ou local; pareceres (artigos científicos, projetos de agências de fomento); participação em bancas (TCC e especialização) Representação em colegiados (Congregação, Conselho universitário, Fóruns de institutos de ensino e pesquisa).

4. CLASSIFICAÇÃO DE EVENTOS A Área CSA1 não avalia eventos, no Triênio 2010-2012.

V. Fichas de Avaliação para o Triênio 2010-2012

MESTRADO (ACADÊMICO) E DOUTORADO

Quesitos / Itens Peso Definições e Comentários sobre o Quesito/Itens

1 – Proposta do Programa 0%

1.1. Coerência, consistência, abrangência e atualização das áreas de concentração, linhas de pesquisa, projetos em andamento e proposta curricular.

40% Examinar a relevância da atuação do Programa na produção de conhecimentos e formação no campo da Comunicação, da Ciência da Informação e da Museologia. Examinar, em cada Programa, a execução do propósito precípuo da especialidade, para a formação de pesquisadores qualificados. São considerados indicadores de qualidade: - a consistência e abrangência da(s) área(s) de

concentração indicada(s) pela delimitação clara do

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objeto da especialidade; - a consistência e coerência entre área de

concentração, linhas de pesquisa, projetos de pesquisa, produção intelectual e estrutura curricular;

- a caracterização das linhas de pesquisa como restrições temáticas e recortes específicos da área de concentração, representadas pela capacidade docente instalada no Programa;

- a consistência da estrutura curricular, coerente com a área de concentração e linhas: deve oferecer reais opções para a composição individual do elenco de disciplinas e atividades pelos discentes;

- a presença de disciplinas e atividades com carga horária, créditos e avaliação compatíveis com os objetivos da formação;

- a presença de projetos de pesquisa qualificados, com dimensão adequada ao corpo docente e discente; os projetos de pesquisa devem ser descritos de forma clara, sucinta, explicitando tema, objetivos e referencial teórico e metodológico.

- a participação do corpo discente nas atividades de pesquisa;

- a produção intelectual docente e discente, teses e dissertações que reflitam e concretizem a área de concentração e as linhas de pesquisa;

- a integração e o compartilhamento dos resultados das pesquisas desenvolvidas por grupos de pesquisa inseridos nas linhas de pesquisa;

- a qualificação do programa por meio de procedimentos internos e externos de avaliação do ensino, da pesquisa e da produção.

1.2. Planejamento do programa com vistas ao seu desenvolvimento futuro, contemplando os desafios internacionais da área na produção do conhecimento, seus propósitos na melhor formação de seus alunos, suas metas quanto à inserção social mais rica dos seus egressos, conforme os parâmetros da área.

30% Avaliar a capacidade de planejamento do Programa como projeto coletivo direcionado: - à inserção do programa na área de conhecimento

com a qual está identificada: Arquivologia, Biblioteconomia, Ciência da Informação, Comunicação e Museologia;

- aos desafios da formação qualificada de alunos; - à inserção social e internacional do Programa,

expresso em ações acadêmicas e produção científica; - ao processo de busca e seleção de candidatos a

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alunos;

- aos processos de auto-avaliação e de atualização acadêmica;

- ao credenciamento e recredenciamento que promovam a qualificação e renovação do corpo docente.

1.3. Infraestrutura para ensino, pesquisa e, se for o caso, extensão.

15% Examinar a adequação da Infraestrutura ao desenvolvimento do ensino e da pesquisa (e se for o caso da extensão), em quantidade e qualidade, tais como: -recursos de informática e acesso à Internet; - bibliotecas e recursos bibliográficos; - assinaturas e acesso a periódicos; - espaço físico para o desenvolvimento do ensino e pesquisa; - espaço físico e suporte administrativo específicos.

1.4. Autoavaliação do Programa.

15% Examinar a vocação, singularidade, diferenciais, iniciativas e destaques que indiquem a qualidade do Programa em relação aos outros da área.

2– Corpo Docente 20%

2.1. Perfil do corpo docente, consideradas titulação, diversificação na origem de formação, aprimoramento e experiência, e sua compatibilidade e adequação à Proposta do Programa.

20% Examinar se o Corpo Docente é suficiente e adequado em quantidade, capacitação e experiência, para a execução da Proposta do Programa, a saber: - constituído por professores, com vínculo contratual

e dedicação compatível para formar o Núcleo Docente Permanente (NDP) do Programa.

- diversificado quanto à origem de titulação, tempo de formação, experiência e capacitado para executar as atividades fundamentais de pesquisa, orientação e ensino;

- perfil do corpo docente coerente, identificado com a área de concentração, linhas de pesquisa, projetos de pesquisa, orientação e atividades de ensino;

- presença de professores e/ou pesquisadores visitantes, desde que não configure dependência institucional;

- participação em projetos de intercâmbio nacionais e internacionais;

- desenvolvimento de projetos de pesquisa com bolsas de agências de fomento, como CNPq;

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- estágios de pós-doutoramento, obtenção de prêmios e outras atividades relevantes.

- orientação de estágios seniores, estágios de pós-doutoramento e alunos com bolsa sanduíche.

2.2. Adequação e dedicação dos docentes permanentes em relação às atividades de pesquisa e de formação do programa.

35% O Núcleo Docente Permanente – NDP - é responsável pelo desenvolvimento e resultados das atividades de ensino, pesquisa, orientação e produção intelectual do Programa. Sobre o NDP recai a avaliação da qualidade da produção do programa.

O Corpo Docente deve ser constituído de acordo com os parâmetros definidos pela CAPES e área, a saber:

- 70% de docentes permanentes, no mínimo, e máximo de 30% de docentes colaboradores;

- um docente pode integrar o NDP de até 2 Programas, da mesma instituição ou de outra e, excepcionalmente, conforme define a Portaria CAPES nº 1/2012, de até 3 Programas;

- quando um docente permanente exerce atividades em mais de 1 Programa, sua produção intelectual será dividida entre estes.

- o NDP pode ser constituído por até 30%, de professores em condições especiais (aposentados mantidos em atividade, bolsistas pró-doc, pós-doutorandos e assemelhados).

Para efeito da avaliação será considerada a média da proporção de docentes permanentes mantida, no NDP, a cada ano do triênio.

2.3. Distribuição das atividades de pesquisa e de formação entre os docentes do programa.

30% A distribuição das atividades de ensino, pesquisa e orientação devem apresentar equilíbrio, a saber: - proporção adequada entre dimensão do corpo

docente e número de projetos de pesquisa, devendo cada professor coordenar ou participar, no mínimo, de um projeto em andamento. A participação em vários projetos deve ser justificada;

- proporção adequada entre número de docentes e número de discentes;

- vinculação entre a pesquisa discente e o projeto e/ou linha de pesquisa do docente que o orienta;

- oferta de disciplinas com participação equilibrada de

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docentes permanentes e linhas de pesquisa A dimensão do Corpo Permanente, com relação ao número de alunos, será considerada adequada quando se respeitarem os seguintes parâmetros: - 1 (um) docente para cada 10 (dez) discentes ou 8

(oito) orientandos - em programas cujo Corpo Permanente dedique-se, também, à graduação;

- 1 (um) docente para cada 12 (doze) discentes ou 10 (dez) orientandos - em programas cujo Corpo Permanente dedique até 60% da sua carga horária aos cursos de mestrado/doutorado;

- 1 (um) docente para 14 (catorze) discentes ou 12 (doze) orientandos - em Programas cujo Corpo Permanente dedique-se integral e exclusivamente aos cursos de mestrado/doutorado;

- Cada orientador deverá ter, no mínimo, 2 (dois) orientandos (mestrando/doutorando).

2.4. Contribuição dos docentes para atividades de ensino e/ou de pesquisa na graduação, com atenção tanto à repercussão que este item pode ter na formação de futuros ingressantes na PG, quanto (conforme a área) na formação de profissionais mais capacitados no plano da graduação.

15% A participação e a integração dos docentes nas atividades de ensino e pesquisa na graduação são consideradas relevantes, especialmente em: disciplinas, orientação de Iniciação Científica – IC, trabalhos de conclusão de curso, tutorias e outros. A carga horária média na graduação deve ser compatível com as atividades de pós-graduação, sendo considerado critério de excelência quando o limite superior de dedicação à graduação se situa em 30% da carga horária total do docente. Para este cálculo, acrescenta-se às horas/aula, sob responsabilidade do docente, 1 hora/semana por orientação de TCC e 2 horas/semana por orientação de IC. No caso de Programas sem inserção na graduação, valorizam-se a orientação de Iniciação Científica, Estágio docente, ou outras atividades equivalentes.

3 – Corpo Discente, Teses e Dissertações

30%

3.1. Quantidade de teses e dissertações defendidas no período de avaliação, em relação ao corpo docente permanente e à dimensão do corpo discente.

20% Examinar a relação entre a produção de teses e dissertações e o corpo docente permanente, a saber: - a proporção entre titulados (quantidade de teses e

dissertações defendidas) e número de discentes do Programa;

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- a proporção de titulados no ano-base e o total de discentes no final do ano anterior;

- o fluxo de estudantes, considerando-se o melhor indicador aquele em que o número de titulados, ao fim do período regular de titulação, se aproxime do número de ingressantes no mesmo período.

- Serão considerados como atenuantes desse critério a não titulação de matriculados decorrentes de desligamento realizadas pelo programa, deve ser justificado na parte descritiva do relatório Capes.

3.2. Distribuição das orientações das teses e dissertações defendidas no período de avaliação em relação aos docentes do programa.

20% A distribuição de orientandos entre os orientadores do Programa deve ser proporcional e equilibrada, sem que haja concentração em alguns orientadores. A orientação deve ser feita preferencialmente por docentes permanentes. Será caracterizada dependência externa quando o número orientados por professores externos ao NDP ultrapassar 30% do total dos titulados no período.

A distribuição das orientações é avaliada sob dois parâmetros de excelência: - até 8 (oito) orientandos por orientador quando este

exerce a docência também em cursos de graduação; - até 12 (doze) orientandos por orientador quando o

corpo docente permanente dedica até 60% de sua carga horária ao mestrado/doutorado ou quando há atuação exclusiva no Programa.

Cada docente deve orientar, no mínimo, 2 (dois) orientandos .

3.3. Qualidade das Teses e Dissertações e da produção de discentes autores da pós-graduação e da graduação (no caso de IES com curso de graduação na área) na produção científica do programa, aferida por publicações e outros indicadores pertinentes à área.

30% A qualidade das teses e dissertações é aferida a partir de indicadores relacionados à produção intelectual vinculada (publicações e artigos decorrentes) e premiações. Os temas das teses e dissertações devem demonstrar vinculação e coerência com o projeto e linha de pesquisa do orientador e com a área de concentração do programa. A qualificação das bancas examinadoras está relacionada, à participação - presencial ou por outro meio - de membros externos ao Programa. Recomenda-

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se que haja no mínimo 1 (um) para o Mestrado e 2 (dois) para o Doutorado. Em bancas de doutorado, um dos membros, no mínimo, deve ser externo, à instituição a que o Programa está vinculado. Examinar a relação entre o corpo discente e a pesquisa, a saber: - a participação de doutorandos, mestrandos e orientandos de graduação (quando houver) em grupos de pesquisa, eventos científicos, intercâmbios e outras atividades cientificas; - a realização de estágios docentes e, especialmente, de doutorado sanduíche. O número de bolsas de doutorado-sanduíche é indicador da qualificação do corpo discente no triênio. - se há participação discente em atividades de pesquisa e publicações conjuntas com o orientador. - se há participação de discentes como autores nas publicações qualificadas do programa. A produção discente abrange teses, dissertações, publicações em periódicos, livros e capítulos de livros, apresentação de trabalhos em eventos com textos completos em anais, produção técnica e artística. Deve estar vinculada ao projeto e linha de pesquisa do orientador e à área de concentração do Programa. A faixa que caracteriza o critério de excelência será estabelecida com base na distribuição obtida no conjunto de programas.

3.4. Eficiência do Programa na formação de mestres e doutores: tempo de formação de mestres e doutores e percentual de titulados.

30% A proporção entre o tempo de formação e a titulação de doutores e mestres é indicador de eficiência do Programa. A análise do tempo de titulação obedece aos parâmetros da CAPES e às características da área, sendo considerados como indicadores de excelência os seguintes prazos máximos: - Doutorado (50 meses) - Mestrado (30 meses) para não-bolsistas.

A análise do tempo médio de titulação referido corresponde ao cálculo para a totalidade de mestrandos ou doutorandos titulados a cada ano.

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Para efeito da avaliação, não são analisados, separadamente, bolsistas e não bolsistas.

4 – Produção Intelectual 40%

4.1. Publicações qualificadas do Programa por docente permanente.

40% Na avaliação, é considerada toda a produção intelectual dos docentes que integram o NDP, inclusive dos que são permanentes em outro Programa. A Produção Intelectual do Programa deve ser de boa qualidade, regular e distribuir-se de forma equilibrada pela totalidade do corpo docente permanente. Serão submetidos à avaliação, definida neste documento, a produção intelectual devidamente classificada e avaliada por instrumentos, critérios e pesos específicos, a saber: - artigos publicados em periódicos científicos (Qualis

Periódico); - livros e anais de eventos (Classificação de Livros); - produção técnica; - produção artística . A avaliação da publicação qualificada será feita a partir de 3 (três) variáveis que correspondem aos itens 4.1 e 4.2 desta Ficha de Avaliação: avaliação qualiquantitativa; avaliação qualitativa e a distribuição da produção em relação ao corpo docente permanente. A produção bibliográfica veiculada em periódicos científicos e livros é considerada prioritária na avaliação. A classificação e a estratificação, por ano do triênio, são feita com base em instrumentos específicos (ver as Fichas de Avaliação no item V. Ficha de Avaliação a o Triênio 2010-2012): O artigo científico veiculado em periódico será avaliado de acordo com a classificação do veículo no Qualis Periódico, qualificada a partir da seguinte ponderação:

Artigo em periódico Qualis A1= 100 Artigo em periódico Qualis A2 = 85 Artigo em periódico Qualis B1 = 70 Artigo em periódico Qualis B2 = 50 Artigo em periódico Qualis B3 = 40 Artigo em periódico Qualis B4 = 30 Artigo em periódico Qualis B5 = 15

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Artigo em periódico Qualis C = 0 A produção bibliográfica veiculada em livros será avaliada e qualificada a partir da seguinte ponderação:

Livro L-4 = 76 a 100 pontos Livro L-3 = 51 a 75 pontos Livro L-2 = 26 a 50 pontos Livro L-1 = 01 a 25 pontos Livros não classificados NCL =0

A pontuação atribuída aos livros e capítulos é realizada pela seguinte equivalência:

Livro L-4 = pontos multiplicados por 2,0 Livro L-3 = pontos multiplicados por 1,5 Livro L-2 = pontos multiplicados por 1,2 Livro L-1 = pontos multiplicados por 1,0 Livros não classificados NCL = 0

O valor da pontuação final do livro é atribuída da seguinte maneira: - ao autor de texto integral e ao organizador do livro,

o valor total da pontuação; - ao autor de capítulo em coletânea, metade da

pontuação do livro; - para cada autor em coletânea, considera-se o

máximo de 2 capítulos por obra. Sobre as ponderações podem ser aplicados redutores ou complementações, dependendo de características como: publicação interna ao Programa, processo de seleção por comissões acadêmicas, reputação pública da obra, lugar da edição da publicação internacional, ou outros aspectos definidos ad-hoc, pela Comissão de Avaliação da Trienal e explicitados no Relatório de Avaliação, a saber:

- os itens com redutor sofrerão um deságio

equivalente a uma posição na tabela de indicadores. Por exemplo: se um determinado texto é considerado fora do campo e foi publicado em um periódico classificado como A2, seu valor equivalerá automaticamente ao de um periódico B1;

- serão computados com esse redutor de ponderação até o máximo de 30% do total de títulos produzidos;

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- títulos não pertinentes vinculados acima dessa proporção não serão computados;

- os itens com complementação receberão uma posição na tabela de indicadores.

O somatório dos valores da produção qualificada caracteriza o total de pontos brutos do Programa e este valor é dividido por 3 (três) para se obter a média anual do Programa. O resultado assim alcançado é dividido pelo número de docentes permanentes no triênio para obtenção da média anual por docente. Dos valores obtidos por todos os programas calcula-se a mediana da área no triênio. O índice qualiquantativo do programa no triênio é obtido pela divisão da média de produção anual por docente pela mediana (ponto médio entre o maior valor e o menor valor das produções) dessa produção. No caso das publicações, o critério de excelência será considerado a partir do estabelecimento de faixas que levam em conta a média ponderada da área no triênio. Para evitar que a pontuação qualificada, assim definida, seja distorcida por grande quantidade eventual de itens com reduzido valor qualitativo, como, por exemplo, em periódicos Qualis B4 ou B5 (preocupação já apontada pela área como mero “produtivismo quantitativo”), adota-se A um índice qualitativo. Esse índice é a média ponderada obtida pelo total de pontos obtidos pelo Programa, dividido pelo número de itens publicados.

4.2. Distribuição de publicações qualificadas em relação ao corpo docente permanente do Programa.

30% A produção intelectual qualificada do Programa deve ser distribuída de forma equilibrada entre os docentes do Corpo Permanente. Todos os docentes devem ter produção científica no triênio. Constitui mérito a produção intelectual decorrente dos resultados de projetos de pesquisa coerentes com as linhas de pesquisa. A avaliação deste item levará em conta tanto o equilíbrio da distribuição entre os docentes permanentes, quanto a sua qualidade.

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Para o cálculo dessa distribuição, são computados os 6 (seis) produtos intelectuais de melhor pontuação de cada docente.

4.3. Produção técnica, patentes e outras produções consideradas relevantes.

15% Este item examina a produção técnica dos docentes permanentes e indica os parâmetros para avaliar as atividades desenvolvidas regularmente, sem considerar aquelas que são pontuais e esporádicas. A produção técnica abrange produtos e atividades cuja relevância é determinada por sua inserção na área de concentração e linhas de pesquisa do Programa, desde que tenha obtido um formato ou registro final e certificação de sua realização. A Produção Técnica (ver item V. Ficha de Avaliação) será avaliada e qualificada a partir de uma hierarquia em 4 (quatro) grupos (A, B, C e D), com atribuição específica de pontos:

Grupo A = 4 pontos Grupo B = 3 pontos Grupo C = 2 pontos Grupo D = 1 ponto

4.4. Produção artística, nas áreas em que tal tipo de produção for pertinente.

15% A produção artística não é uma atribuição obrigatória dos programas da área CSA1, conforme demonstrou o Relatório da Avaliação Trienal 2007-2009. A avaliação deste item deve considerar a atribuição de até 15 (quinze) pontos para os programas com produção artística sistemática, conforme avaliação comparativa estabelecida pela Comissão. Nesse sentido, será valorizada a produção artística vinculada e coerente com os projetos, linha de pesquisa e área de concentração do Programa, devendo ser considerados os seguintes itens: - Obra audiovisual, radiofônica ou fonográfica,

independentemente de suporte ou duração, desde que o pesquisador tenha desempenhado uma das funções usualmente consideradas artísticas nestas realizações (como, por exemplo, direção, fotografia, roteiro, direção de arte, composição, etc);

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- Obra de artes visuais e ou sonoras em sentido amplo, incluindo fotografia, videoarte, videoinstalações, arte sonora, etc.

- Design e curadoria de exposições de caráter artístico, histórico ou de divulgação científica e ou ambientação permanente e reforma de sítios históricos;

- Obra de arte performativa, incluindo espetáculos teatrais e musicais, desde que o engajamento do pesquisador tenha sido uma das funções artísticas da produção;

- Obras para mídia interativa, desde que o pesquisador tenha desempenhado na produção função artística, tal como, concepção, design, roteiro, etc.

- Criação de peças e objetos de natureza artística, tais como moedas, medalhas, selos, manequins, maquetes, etc., para fins museográficos, expositivos e/ou comemorativos;

- Obras artísticas de outras naturezas que eventualmente sejam consideradas como tal a critério da comissão de avaliação;

- Os prêmios, bem como outras distinções, concedidos às obras serão considerados para efeito de pontuação extra, conforme sua relevância.

5 – Inserção Social 10%

5.1. Inserção e impacto regional e (ou) nacional do programa.

40% A inserção social do Programa indica sua responsabilidade e compromisso com o desenvolvimento regional e nacional e, especialmente, sua contribuição para a qualidade da educação brasileira e emancipação social. São avaliados como indicadores, os seguintes itens: - intercâmbios de docentes com outros Programas,

instituições e áreas; - nucleação de grupos de pesquisa ou pós-graduação; - atividades de natureza educacional e cultural

relacionadas à área de conhecimento abertas à participação de diferentes grupos da sociedade;

- atividades dirigidas à Educação Básica e ao Ensino Médio.

- atividades acadêmicas, cientificas e culturais desenvolvidas em associação com outros programas de pós-graduação ou outras instituições.

- cursos de atualização e capacitação para

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professores; - formação de profissionais para os sistemas de

ensino, assessorias especiais, projetos de extensão e de divulgação científica.

O impacto do programa será avaliado a partir da sua nucleação e a repercussão de suas ações, através do acompanhamento de seus egressos. Para tanto são considerados os seguintes indicadores: - formação de mestres e doutores que desempenham

papel significativo em cursos de pós-graduação ou grupos de pesquisa ativos em outras instituições, estados, regiões ou países;

- índice de maturidade a presença, no Programa, de docentes com liderança no plano regional e nacional;

- Organização de eventos científicos;

Participação em sociedades científicas.

5.2. Integração e cooperação com outros programas e centros de pesquisa e desenvolvimento profissional relacionados à área de conhecimento do programa, com vistas ao desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação.

40%

A relação entre a inserção social e o desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação será avaliada a partir dos seguintes indicadores de cooperação e integração: - Ações de colaboração interinstitucionais; ações

dirigidas à formação profissional; projetos de pesquisa conjuntos; publicações conjuntas; organização de eventos acadêmicos; projetos de extensão; intercâmbio de docentes com outros cursos e áreas; participação em cursos de aperfeiçoamento e formação continuada para professores e outros profissionais; contribuição para a formação de docentes, inclusive para cursos de graduação e de especialização;

Serão valorizadas as seguintes ações já definidas por regulamentação institucional: - oferta de cursos de mestrado e doutorado

interinstitucionais, em especial os destinados às IES localizadas em regiões carentes de mestres e doutores;

- associações entre IES para oferta de cursos de mestrado e de doutorado;

- participação em programas de melhoria de ensino; - participação em programas de cooperação e

intercâmbio sistemáticos; - participação em projetos de cooperação entre

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programas com níveis de consolidação diferentes, voltados para a inovação na pesquisa ou o desenvolvimento da pós-graduação em regiões ou sub-regiões geográficas com pós-graduação ainda incipiente (atuação de professores visitantes);

- participação em programas como “Casadinho”, PQI, Dinter/Minter, PROCAD e similares);

5.3. Visibilidade ou transparência dada pelo programa à sua atuação.

20% A avaliação da visibilidade e transparência dos Programas é relevante para a difusão de conhecimento e está vinculada aos seguintes aspectos: - Manutenção de página Web para a divulgação, de

forma atualizada, de informações sobre o Programa, especialmente, proposta e estrutura do programa; regimento do Programa e legislação pertinente; linhas e projetos de pesquisa; corpo docente; financiamentos recebidos da Capes e de outras agências públicas e entidades privadas; indicadores da produção docente; processo de seleção; intercâmbios; acesso obrigatório à integra das Teses e Dissertações defendidas desde 2006 (Portaria CAPES nº 13/ 2006), e divulgação das bancas de defesa de teses e dissertações;

- Indicadores de outros meios para promover a transparência das ações e produções do Programa, como transmissões online, atividades compartilhadas.

MESTRADO PROFISSIONAL

Quesitos / Itens Peso Definições e Comentários sobre o Quesito/Itens

1 . Proposta do Programa 0%

1.1. Coerência, consistência, abrangência e atualização da(s) área(s) de concentração, linha(s) de atuação, projetos em andamento, proposta curricular com os objetivos do Programa.

25% - Examinar se o conjunto de atividades e disciplinas, com suas ementas, atende às características do campo profissional, à(s) área(s) de concentração proposta(s), linha(s) de atuação e objetivos definidos pelo Programa, em consonância com os objetivos da modalidade Mestrado Profissional. - Examinar se a Proposta do Programa está vinculada às características das subáreas Comunicação, Ciência da Informação e Museologia quanto às suas habilitações e competências. - Examinar a coerência da Proposta em relação ao perfil desejado.

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1.2. Coerência, consistência e abrangência dos mecanismos de interação efetiva com outras instituições, atendendo a demandas sociais, organizacionais ou profissionais.

25% - Examinar a efetividade e a coerência entre o conjunto de mecanismos de interação social, institucional, organizacional, profissional e técnica e as atividades previstas junto aos respectivos campos profissionais, tendo em vista o seu desenvolvimento e qualificação. - Examinar a consonância entre o corpo docente e as demandas identificadas pela Proposta.

1.3. Infraestrutura para ensino, pesquisa e administração.

20% - Examinar a adequação da infraestrutura para o ensino, a pesquisa (interna e de campo), a administração, assim como as condições laboratoriais e estrutura para o desenvolvimento de práticas, com adequado suporte de informática e de biblioteca disponível para o Programa.

1.4. Planejamento do Programa visando ao atendimento de demandas atuais ou futuras de desenvolvimento nacional, regional ou local, por meio da formação de profissionais capacitados para a solução de problemas e práticas, de forma inovadora

20% - Examinar as perspectivas do Programa, com vistas ao seu desenvolvimento futuro e procedimentos de planejamento que contemplem os desafios das subáreas Comunicação, Ciência da Informação e Museologia, dirigidos à produção e aplicação de conhecimentos, à formação dos alunos e à qualidade da sua inserção social e profissional, de acordo com os parâmetros da área.

1.5. Contribuição do Programa para a especialização e capacitação de egressos da graduação em cursos da área Ciências Sociais Aplicadas 1

5% - Examinar a contribuição do Programa para a qualificação, capacitação e especialização profissional dos egressos de cursos de graduação em habilitações da Comunicação, Ciência da Informação e Museologia.

1.6. Características e organização relacionadas à interdisciplinaridade

5% - Examinar a proposta do programa considerando indicadores de interdisciplinaridade expressos pela articulação da área de concentração e linhas de pesquisa em relação a diferentes campos de conhecimento.

2 . Corpo Docente 30%

2.1. Perfil do corpo docente, considerando experiência como pesquisador e/ou profissional, titulação e sua adequação à Proposta do Programa.

50% - Examinar o equilíbrio do Corpo Docente Permanente (DP) formado por doutores, profissionais e técnicos com experiência em pesquisa aplicada ao desenvolvimento e à inovação, conforme o Art. 7o da Portaria Normativa MEC no 17/2009 (Portaria Ministerial sobre Mestrado Profissional).

- Examinar a atuação do Corpo Docente em P,D & I, nas áreas de concentração do Mestrado Profissional.

- Examinar a adequação do corpo docente à Proposta do Programa, considerando sua titulação, experiência profissional e capacitação técnica.

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2.2. Adequação da dimensão, composição e dedicação dos docentes permanentes para o desenvolvimento das atividades de pesquisa e formação do Programa.

20% - Examinar a adequada proporção de Docentes Permanentes em relação ao total de docentes, para que não haja dependência em relação a docentes colaboradores e/ou visitantes.

- Examinar a participação de docentes em projetos de pesquisa científicos, tecnológicos e de inovação financiados por setores governamentais ou não governamentais.

-Examinar a carga horária de dedicação dos docentes permanentes ao programa, considerando o estabelecido pelo inciso VI do Art. 7° da Portaria Normativa MEC nº 17/2009, que prevê: “a proposta de Mestrado Profissional deverá, necessária e obrigatoriamente, comprovar carga horária docente e condições de trabalho compatíveis com as necessidades do curso, admitido e o regime de dedicação. parcial” 2.3. Distribuição das atividades de

pesquisa, projetos de desenvolvimento e inovação e de formação entre os docentes do Programa.

20% - Examinar entre os Docentes Permanentes, a distribuição equilibrada, das atividades de ensino, pesquisa, desenvolvimento de projetos e orientação do Programa.

2.4 Vinculação, experiência e produção do Corpo Docente na área.

10% - Examinar a vinculação, formação, experiência profissional e técnica e produção intelectual relacionada à subárea na qual se insere o Programa: Comunicação, Ciência da Informação ou Museologia.

3. Corpo Discente e Trabalhos de Conclusão

20%

3.1. Quantidade de trabalhos de conclusão (MP) aprovados no período e sua distribuição em relação ao corpo discente titulado e ao corpo docente do programa.

30% - Examinar o número de trabalhos concluídos em relação ao número de alunos matriculados no período, e ao número de docentes do programa (Art. 10 da Portaria Normativa MEC no17/2009).

3.2. Qualidade dos trabalhos de conclusão produzidos por discentes e egressos.

40% - Examinar a qualidade dos trabalhos de conclusão de curso publicados em periódicos, livros e outros meios de divulgação científica ou técnica.

- Examinar a produção técnica, que não foi objeto de publicação, dos alunos e egressos.

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3.3. Aplicabilidade dos trabalhos produzidos.

15% - Examinar a aplicabilidade e difusão do trabalho desenvolvido no Mestrado Profissional, junto a organizações públicas e privadas e a setores não acadêmicos.

- Examinar a aplicabilidade e difusão do trabalho desenvolvido junto às áreas de Comunicação, Ciência da Informação e Museologia.

3.4. Desenvolvimento de práticas e experiências.

15%

- Examinar os resultados das atividades práticas, experiências dirigidas e/ou estágios realizados, considerando o perfil do egresso desejado pelo Programa.

4. Produção Intelectual 40%

4.1. Publicações qualificadas do Programa por docente permanente.

20% - Examinar o número total de publicações qualificadas do Programa, por docente permanente, durante o triênio.

4.2. Produção artística, técnica, patentes, inovações e outras produções consideradas relevantes.

30% - Examinar o número total de produtos e processos

vinculados à Produção Técnica, tais como: Artigos publicados em periódicos técnicos; consultoria ou assessoria técnica; cursos de aperfeiçoamento, capacitação ou especialização; desenvolvimento de softwares, ferramentas tecnológicas, organização de bancos de dados; editoria de periódicos técnicos (editor científico, associado ou revisor); elaboração de protocolos, normas ou programas; livros técnicos; participação em comitês técnicos (internacionais, nacionais, estaduais ou municipais); patentes; produtos técnicos; protótipos; publicações técnicas para organismos internacionais, nacionais, estaduais ou municipais. - Examinar o número total de produtos e processos vinculados à Produção Técnica e Artística, relacionados às subáreas Comunicação, ciência da Informação e Museologia, tais como: Organização de Sistemas de informação, auditoria de sistemas de informação; campanhas de comunicação e publicidade; catálogo de exposições; organização de eventos sociais, culturais e acadêmicos, em nível internacional, nacional e regional; edição ou organização de publicações; criação, produção e edição de vídeos,

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hipermídias, programas de rádio, televisão e material impresso. Elaboração e manutenção de websites, blogs, bases de dados e páginas em redes sociais (didáticos, científicos e de divulgação científica e técnica); Manuais técnicos; Mapas e Maquetes em diferentes suportes; Material didático ou instrucional; Produção de inventários, catálogos, guias, taxonomias, ontologias e tesauros; Requisitos de softwares para sistemas de informação; Restauração de objetos culturais (documentos, obras de arte).

4.3. Distribuição da produção científica e técnica ou artística em relação ao corpo docente permanente do programa.

20% - Examinar a distribuição da publicação qualificada e da produção técnica entre os docentes permanentes do programa.

4.4. Articulação da produção artística, técnica e científica entre si e com a proposta do programa.

20% - Examinar a articulação entre a produção artística, técnica e a publicação científica qualificada do programa.

4.5. Qualificação e contribuição da Produção em relação ao campo profissional.

10% - Examinar a qualidade e a contribuição da produção técnica em relação à dimensão profissional das subáreas Comunicação, Ciência da Informação e Museologia.

5. Inserção Social 10%

5.1. Impacto do Programa. 30% - Examinar a formação de recursos humanos qualificados quanto aos objetivos da modalidade Mestrado Profissional.

- Examinar o envolvimento dos discentes em projetos de organizações públicas e/ou privadas brasileiras.

- Examinar o impacto obrigatório do Programa em relação às perspectivas profissionais das subáreas Comunicação, Ciência da Informação e Museologia, considerando, especialmente, a responsabilidade sobre os impactos sociais, educacionais, sanitários tecnológicos, econômicos, ambientais, culturais, artísticos, legais e científicos, nos âmbitos local, regional ou nacional.

- Examinar diferentes tipos de impacto relacionados ao Programa: a) Impacto social - formação de recursos humanos qualificados para atuar junto a instituições públicas e privadas e, assim, contribuir para o aprimoramento da

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gestão pública; redução das assimetrias e dívidas sociais; ampliação da cidadania e emancipação social e, a formação de público capaz de utilizar os recursos da ciência e do conhecimento na melhoria das condições de vida da população e na resolução de problemas nacionais. b) Impacto educacional - contribuição para a melhoria da educação básica, superior e ensino técnico/profissional e para o desenvolvimento de propostas inovadoras de ensino. c) Impacto cultural e artístico - contribuição para a formação de recursos humanos qualificados para o desenvolvimento cultural e artístico, formulação de políticas culturais e a ampliação da produção, difusão e acesso à cultura, à arte e ao conhecimento. d) Impacto profissional - contribuição para a formação de profissionais capazes de introduzir mudanças no exercício das atividades profissionais das subáreas Comunicação, Ciência da Informação e Museologia, com avanços reconhecidos pela categoria profissional. e) Impacto tecnológico - contribuição para o desenvolvimento local, regional e/ou nacional, destacando os avanços gerados por organizações públicas e privadas, bem como a disseminação de técnicas e de conhecimentos. f) Impacto econômico - contribuição para maior eficiência nas organizações públicas e/ou privadas. g) Impacto sanitário - contribuição para a formação de recursos humanos qualificados na formulação de políticas de comunicação e informação na área da Saúde. h)Impactos comunicacionais e informacionais – contribuição para a qualificação de profissionais capazes de incidir na qualificação dos processos: de criação, produção, difusão de produtos culturais veiculados pelos meios de comunicação em diferentes suportes (impressos, eletrônicos e digitais); de criação, produção, difusão e acesso a informações e atividades desenvolvidas em instituições de memória: arquivos, bibliotecas, museus e centros de cultura.

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5.2. Integração e cooperação com outros Cursos/Programas com vistas ao desenvolvimento da pós-graduação.

20% - Examinar a integração entre cursos de Mestrado Profissional; a participação do Curso em programas de cooperação e intercâmbio sistemáticos; a participação em projetos de cooperação entre cursos/Programas com diferentes níveis de consolidação, voltados para a inovação, pesquisa e o desenvolvimento da pós-graduação.

5.3. Integração e cooperação com organizações e/ou instituições setoriais relacionados à área de conhecimento do Programa, com vistas ao desenvolvimento de novas soluções, práticas, produtos ou serviços nos ambientes profissional e/ou acadêmico.

20% - Examinar a participação do Curso em convênios ou programas de cooperação com organizações/ instituições setoriais, voltados para a inovação e desenvolvimento tecnológico, econômico e/ou social no respectivo setor ou região, particularmente em locais com menor capacitação científica ou tecnológica. - Examinar a abrangência e a quantidade de organizações públicas e privadas às quais os alunos estão vinculados; - examinar a introdução de novos produtos ou serviços (educacionais, culturais, tecnológicos, comunicacionais, informacionais e outros), no âmbito do Programa, capazes de contribuir para o desenvolvimento local, regional ou nacional.

5.4. Divulgação e transparência das atividades e da atuação do Programa.

20% - Examinar as modalidades de divulgação e acesso a informações do Programa quanto à sua periodicidade e atualização, tal como a página na internet. - Examinar a existência de conteúdos como descrição de objetivos, estrutura curricular, critérios de seleção de alunos, corpo docente, produção técnica, científica ou artística dos docentes e alunos, financiamentos recebidos da Capes e de outras agências públicas e entidades privadas, parcerias institucionais e outras - Examinar a difusão do conhecimento relevante produzido no programa, as práticas profissionais e produtos, entre outros. - Examinar a divulgação dos trabalhos finais, resguardadas as situações em que o sigilo deve ser preservado (Art. 2° Portaria CAPES nº 13/2006).

5.5. Integração com a Comunidade. 10% - Examinar atividades, práticas e produtos desenvolvidos no âmbito do programa, capazes de beneficiar a comunidade direta e indiretamente relacionada ao programa.

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VI. Considerações e definições sobre internacionalização/inserção internacional

A internacionalização é uma questão estratégica para a educação superior e a pesquisa brasileira. Muito embora os campos de conhecimentos, as especializações e as profissões que constituem as CSA1 estejam profundamente imbricados com a mundialização dos fluxos de informação e comunicação, isso não tem se refletido na internacionalização dos programas de pós-graduação da área. Indicador dessa limitação é o fato de a área contar, até o momento, com apenas 1 (um) programa nota 6 (Comunicação\UFRJ), assim classificado na avaliação Trienal 2007-2009. De fato, um dos mais importantes desafios para a área CSA1 (Comunicação, Ciência da Informação e Museologia) refere-se à inserção dos programas em nível internacional, processo que requer a definição de planos, estratégias, investimentos estruturais, apoio institucional e corpo docente capaz de conduzir esse processo. 1. INTERNACIONALIZAÇÃO: DESAFIO E INVESTIMENTO A definição de internacionalização abrange duas perspectivas, ao menos: o processo e a consolidação da inserção internacional. O processo de internacionalização implica planejamento, qualquer que seja a nota do programa, Nesse sentido, todos os programas podem perseguir a internacionalização, por meio de distintas ações, principalmente, da qualificação da produção intelectual docente e discente. O amadurecimento e a consolidação da internacionalização podem ser apreendidos por indicadores, como os apresentados a seguir: - Participação em editais de agências de fomento sobre cooperação internacional, visando ao intercâmbio de docentes e discentes; - Participação em grupos de pesquisas com instituições e pesquisadores de instituições do exterior; - Plano de formação dirigido a projetos de pós-doutoramento, doutorado sanduíche e estágios de mestrado; - Participação de docentes em cargos de direção de instituições científicas reconhecidas internacionalmente. - Projetos de acolhimento de professores visitantes do exterior para ministrar disciplinas, participar de pesquisas, coorientar e orientar alunos de mestrado e doutorado, participar de bancas de defesa de tese e dissertação, orientar em cotutela; - Projetos de atração de alunos estrangeiros em processos de seleção de doutorado e mestrado; - Produção bibliográfica em diferentes idiomas; - Investimentos no domínio de idiomas estrangeiros, através de disciplinas e diferentes atividades presenciais e à distância; - Promoção e participação em cursos e eventos internacionais; - Investimento no acesso e utilização de bibliografia estrangeira; - Outras ações de intercâmbio com instituições do exterior. Deve-se ressaltar, por outro lado, que no país predominam os acordos de colaboração com instituições da Europa e dos Estados Unidos. Cabe, no entanto, aos programas a responsabilidade de interagir com países latino-americanos e africanos. A área entende, nesse sentido, que devem ser valorizadas as relações Sul-Sul, assim como não podem ser tornadas equivalentes as noções de internacionalização e ocidentalização.

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2. CONSIDERAÇÕES SOBRE A ATRIBUIÇÃO DE NOTAS 6 E 7 A atribuição de notas 6 e 7 é realizada a partir da avaliação de programas já classificados com a nota 5 . Os critérios para atribuição dessas notas atendem, obrigatoriamente, segundo decisão do CTC-ES: a) ao desempenho dos programas, que deve ser equivalente ao dos centros internacionais de excelência na área, particularmente no que diz respeito à produção científica, cultural, artística ou tecnológica; b) à competitividade em relação aos programas similares de excelência do exterior; c) à demonstração de que o corpo docente desempenha papel de liderança e representatividade no campo de conhecimento. São considerados na recomendação para obtenção das notas 6 e 7, a qualificação como programa de excelência e desempenho, com padrão internacional; a apresentação de produção científica internacional de excelência; a nucleação e as atividades internacionais de egressos do programa, especificados a seguir. 2.1 Programa de excelência e desempenho com padrão internacional São considerados na recomendação para obtenção das notas 6 e 7, a qualificação como programa de excelência e desempenho, com padrão internacional; a apresentação de produção científica internacional de excelência; a nucleação e as atividades internacionais de egressos do programa, especificados a seguir. - comprovação de relações e interações acadêmicas e cientificas com instituições internacionais de excelência; - ações acadêmicas e projetos em execução, vinculados a acordos de cooperação e convênios, apoiados por agências nacionais e internacionais de fomento; - acordos bilaterais, com reciprocidade nas atividades de ensino, orientação (doutorado sanduíche, cotutela), pós-doutorado e produção científica; - pós-doutoramento institucionalizado; - periódico científico editado pelo programa, reconhecido internacionalmente; - participação do corpo docente em conselhos editoriais de publicações internacionais; - promoção de eventos científicos internacionais. 2. 2 Produção intelectual de padrão Internacional - produção científica de qualidade internacional (artigos em periódicos científicos, livros e capítulo de livros qualificados); - artigos decorrentes de pesquisa original, publicados em periódico científico nacional ou estrangeiro qualificado como A 1, A2 ou B1. - Livros classificados como referência teórico-metodológica para a área, qualificados como L4 ou L3. - Participação em redes e grupos de pesquisa consolidados internacionalmente; - Premiações, homenagens, reconhecimento público e honrarias internacionais; - Participação qualificada em eventos internacionais de notório reconhecimento, em mesa redonda, na condição de conferencista ou coordenador de mesa; - Impacto Internacional da produção científica, evidenciado por citações e referências; - Inserção internacional do corpo docente. 2.3 Liderança e Nucleação - participação na criação de novos programas de pós-graduação;

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- coordenação de programas de DINTER, MINTER, PROCAD e outros que demonstrem solidariedade e colaboração; - participação de egressos em programas do exterior, como docentes e\ou pesquisadores - participação do corpo docente e de egressos como membros titulares em conselhos e entidades nacionais e internacionais vinculadas a políticas públicas. - cargos em diretoria de sociedades científicas reconhecidas internacionalmente - participação do corpo docente em consultorias sobre ações internacionais; O processo de internacionalização e a inserção internacional, propriamente dita, representam um dos mais importantes desafios para a área e requerem a definição de estratégias para a inserção internacional; investimentos estruturais (produção intelectual e proposta do programa); apoio institucional e financeiro e o corpo docente capaz de planejar e implementar esse processo.

As notas 6 e 7 são reservadas exclusivamente para os programas com doutorado que obtiveram nota 5 e conceito “Muito Bom” em todos os quesitos (Proposta do Programa; Corpo Docente, Teses e Dissertações; Produção Intelectual e Inserção Social) da ficha de avaliação e que atendam, necessariamente, a três condições:

Nota 6: predomínio do conceito “Muito Bom” nos itens de todos os quesitos da ficha de avaliação, mesmo com eventual conceito “Bom” em alguns itens; nível de desempenho (formação de doutores e produção intelectual) diferenciado em relação aos demais programas da área; e desempenho equivalente ao dos centros internacionais de excelência na área (internacionalização e liderança).

Nota 7: conceito “Muito Bom” em todos os itens de todos os quesitos da ficha de avaliação; nível de desempenho (formação de doutores e produção intelectual) altamente diferenciado em relação aos demais programas da área; e desempenho equivalente ao dos centros internacionais de excelência na área (internacionalização e liderança).

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COMISSÃO DE AVALIAÇÃO TRIENAL 2013

Ciências Sociais Aplicadas I

Nome IES

MARIA HELENA WEBER UFRGS Coordenador

NAIR YUMIKO KOBASHI USP Coordenador adjunto

VERA LUCIA DOYLE LOUZADA DE MATTOS DODEBEI UNIRIO Coordenador adjunto mestrado profissional

ALESSANDRA ALDE UERJ ANGELA FREIRE PRYSTHON UFPE CARLOS HENRIQUE MARCONDES DE ALMEIDA UFF CARLOS XAVIER DE AZEVEDO NETTO UFPB/J.P. ELTON ANTUNES UFMG GISLENE DA SILVA UFSC HENRIETTE FERREIRA GOMES UFBA JOSE LUIZ WARREN JARDIM GOMES BRAGA UNISINOS JOSE SALVADOR FARO UMESP MARCIA BENETTI MACHADO UFRGS MARIA DAS GRACAS PINTO COELHO SOUSA UFRN MARIA ELISABETE CATARINO UEL MARIA IMMACOLATA VASSALLO DE LOPES USP MAURICIO LISSOVSKY UFRJ MIRIAM PAULA MANINI UNB ROGERIO MUGNAINI USP SILAS JOSE DE PAULA UFC SIMONE MARIA ANDRADE PEREIRA DE SÁ UFF