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História e Ensino Criativo Este é um documento de trabalho que visa a integração das reflexões finais do Curso de Formação: História e Ensino Criativo, para docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico numa perspectiva colaborativa com vista a criar um documento reflexivo final em torno dos temas, assuntos e novas abordagens tratadas ao longo da acção de formação (1) realizada entre dia 8 e 15 de Janeiro de 2011. 1. Cada formando deve continuar o documento de trabalho conjunto com o máximo de duas frases (duas linhas) e; 2. Cada formando deve, no máximo de dois parágrafos , partilhar a seguinte informação: a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho realizado durante a formação ou outro); b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico . No final de cada participação deverá sempre ser colocado o nome (primeiro e último) para identificação. Obrigado e bom trabalho!

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Ideias partilhadas na primeira acção do curso

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História e Ensino Criativo

Este é um documento de trabalho que visa a integração das reflexões finais do Curso de Formação: História e Ensino Criativo, para docentes do 2.º Ciclo do Ensino Básico numa perspectiva colaborativa com vista a criar um documento reflexivo final em torno dos temas, assuntos e novas abordagens tratadas ao longo da acção de formação (1) realizada entre dia 8 e 15 de Janeiro de 2011. 1. Cada formando deve continuar o documento de trabalho conjunto com o máximo de duas frases (duas linhas) e; 2. Cada formando deve, no máximo de dois parágrafos, partilhar a seguinte informação: a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho realizado durante a formação ou outro); b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico . No final de cada participação deverá sempre ser colocado o nome (primeiro e último) para identificação.

Obrigado e bom trabalho!

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Documento de Trabalho

No contexto actual no Ensino a criatividade revela-se necessária na disciplina de História para que se converta numa disciplina mais divertida através da criatividade (sem confundir imaginação com criatividade). É necessário perceber que os alunos são adolescentes e como transformar a importância do Conhecimento para chegar a Criatividade como meio de reforçar a participação numa aprendizagem em contexto. Uma vez que o Programa de História e Geografia de Portugal não muda, cabe ao docente enveredar por uma abordagem diferente, criativa e adequada aos seus alunos. Neste sentido, o professor não deve deixar de tentar, e mesmo ousar, pôr em prática soluções diferentes para problemas que são iguais e que se repetem frequentemente. Desta forma, tentamos preparar os alunos para serem cidadãos num futuro que não conhecemos, mas cujas ferramentas lhes transmitimos. No fundo, as aulas de História e Geografia de Portugal devem despertar a criatividade nos alunos, pois assim eles estarão preparados para transformar o seu futuro e a sua realidade. A criatividade revela-se essencial para o processo de criação de algo novo. Esse processo nem sempre é fácil e contínuo, pois envolve a testagem de vários factores. Envolve, por vezes, o abandono ou alteração da ideia inicial. O produto final pode ser bem diferente do que se tinha previsto inicialmente, mas julgo que é esse o grande desafio do ensino actual: partir de algo (conteúdos programáticos / conhecimento), não ter receio de ousar e de criar algo que seja original (imaginação / originalidade) e que nos surpreenda enquanto actores (quer professores, quer alunos, quer a própria comunidade educativa) de uma História que se faz com recurso ao passado, presente e futuro. Este processo criativo faz-me lembrar uma frase de Cícero “nihil est simul inuentum et perfectum” (nada é, simultaneamente, criado e perfeito). É portanto, necessário um longo caminho desde a fase inicial até ao produto final. (Ana Rita Lopes) Ser professor de HGP é cada vez mais ser capaz de renovar estratégias e métodos de ensino, para fazer frente a uma sociedade onde os conhecimentos se renovam minuto a minuto, devido aos progressos científicos e tecnológicos.Cabe a nós professores ser capaz de descobrir o aluno que temos e descobrir como levá-lo à descoberta de si mesmo e das suas capacidades de criar evitando que ele caia na estagnação .Mas será que a “escola” que temos encoraja a nossa criatividade? Se permitir a “fossilização” da capacidade criativa dos meus alunos, bloqueando-lhes horizontes do imaginário simbólico, barrando-lhes a capacidade de serem sujeitos cognoscentes, despertos para o caminho do bem comum na acção e nos valores, então, não serei eu!

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O professor deve ter a sensibilidade para despertar ou descobrir em cada aluno as potencialidades que este encerra de modo a que o ensino da História faça sentido e a criatividade é a ferramenta que o professor e o aluno têm disponível para construir conhecimento significativo. Um desafio: dar espaço à criatividade nas nossas aulas, nos temas que abordamos, no saber que “construímos”. Através das Novas Tecnologias, um recurso, permitir que a criatividade flua, as aulas não tenham um registo “cinzento” e os alunos participem, criem, pesquisem, vivenciem os momentos da História e, no final, alguém diga: a aula já acabou? Imaginação e criatividade para todos. Liberdade de pensar, sentir, reflectir e agir. Nas aulas, na escola e na sociedade. É tão bom sentirmos que os nossos alunos possam através das TIC irem mais longe, voar mais alto, reflectirem sobre o passado para construirem o futuro. E se por acaso eles se perderem nesse caminho da imaginação, podemos sempre com um discurso lógico, chamá-los à terra, porque mesmo a criatividade tem o seu tempo. É nesta contagem que encontramos o tempo. O tempo da disciplina de HGP: tempo da História e tempo da aula, essencial para que façamos toda a diferença. Tempo que, muitas vezes, não temos ou aquele que está do nosso lado para podermos dar resposta aos nossos alunos, com actividades criativas, transformando as ideias, que surgem no seu estado original, em aprendizagens concretas e relevantes. Entretanto, nesse tempo, o de há milhares de anos e o da actualidade, o que está entre o verão e o outro verão, entre o primeiro e o último toque, entre a imaginação e o produto final, há um Mundo que o professor deve explorar com toda a ousadia. É nesta “exploração do mundo” com toda a ousadia que reside a acção imprescindível do professor. A envolvência que deve gerar à sua volta, partilhando saberes de um modo original, criativo, imaginativo e desafiador, sempre com o objectivo de fazer conhecer a História, de modo a levar os alunos a conhecerem o passado, compreenderem o presente e quiçá,o futuro. O professor nunca deve ter receio do produto final que conseguiu com os seus alunos, pois foi fruto dessa sua ousadia neste processo de ensino/aprendizagem, que se tornou concreto e relevante.

Ter medo é bom. O temor põe-nos a pensar e pensando, criamos. A criatividade não é por isso mais do que a capacidade de pegar em algo “familiar” aos docentes e discentes e recrear em função das ferramentas disponíveis.

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E, no entanto, criar é fazer nascer algo novo e inédito. Partindo de existências ou mesmo inovando desde o princípio, o ensino criativo conduz o aluno ao conhecimento através um caminho novo, coloca questões que não surgiriam de outra forma, oferece experiências que de outra forma não seriam possíveis.

Mas, experimentar e tentar é cada vez mais importante. Transmitir o

conhecimento através da criatividade não só motiva, como também promove conhecimento.No entanto, esse conhecimento tem de ser repensado pelo docente para transformar as práticas de sala de aula.Nada melhor que levar a conhecer a História de forma criativa, num mosaico onde todas as cores estejam presentes e no qual possamos mexer, sem medo, para ensinar e aprender.

Motivar...o que é motivar, senão despertar os sentidos mais profundos do ser

humano, quiçá algures escondidos...e que necessitam de apenas um clic para surgir...do nada! É este universo fascinante, desconhecido, esta curiosidade que nos leva ao conhecimento, logo à criatividade.

Motivar, no sentido de determinar a motivação de, estimular e impulsionar, tarefa não menos criativa, fazendo despertar o gosto pelo representativo, girando esse fantástico caleidoscópio que cada um pode criar, consolidando-o através de o explicar. E se arranjássemos uma casa para todos nós partilharmos ideias e trabalhos? Casa da História Criativa?! Uma espécie de Clube de Poetas Vivos, numa visão de partilha de ideias e produtos da História Criativa. Despertar a curiosidade para conseguirmos chegar à criatividade. A criatividade é algo de que todos precisamos até para encontrar caminhos ao longo da vida, vamos detectando os obstáculos e assim os vamos ultrapassando, nas nossas aulas fazemos o mesmo só que os obstáculos transformam-se em oportunidades de aprendizagem. A criatividade é uma mistura, sem receita exacta, da curiosidade, das ideias, do interesse, da imaginação, do conhecimento, dos recursos e das técnicas. Quando precedemos à referida mistura surge “um mundo novo”. Simplicidade. É a palavra que me ocorre quando penso em criatividade. As melhores criações são, muitas vezes, as mais simples. E quantas vezes nem precisamos de recorrer ao que é absolutamente novidade. A partir de velhos e tradicionais «ingredientes» podemos confecionar um prato absolutamente inovador. É só deixar de lado velhas e rígidas estruturas de pensamento.

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Textos Individuais

A) Apresentar a Elaboração de um trabalho de pesquisa na net acerca de uma temática,fazer exposição do assunto e divulgação do mesmo através dos meios que os alunos considerem pertinentes,pode ser blog, jornal de escola placard, poema, powerpoint enfim qualquer meio será bem-vindo.será criada uma tabela de parâmetros de avaliação e que os alunos tomarão conhecimento da mesma ,na que estarão incluídos conteúdos e a sua percentagem ,originalidade da apresentação,coerência do discurso Podem sugerir vamos ser profissionais por 10 minutos,e os alunos apresentam o trabalho partindo de uma profissão se assim fizerem essa escolha ;Poderemos lançar frases ao alto para nas primeiras sessões de aulas com criatividade consigam por a imaginação a trabalhar com conhecimento para chegar a criatividade, depois de terem aprendido a diferenciar criatividade de imaginação tudo fica mais entregue a os próprios alunos. Devemos evitar as aulas expositivas ,directivas, e aproveitar para dar lufadas de informação para os alunos ir chegando ao conhecimento.isto para uma 1ª sessão de 90 minutos. B) As TIC na disciplina de história têm muita importância porque podemos estar a criar investigadores, abrir-lhe horizontes e aprender com eles.

a) Ideia(s) para actividade em sala de aula ou em gestão de projecto que possa vir a realizar com os seus alunos ou no contexto de trabalho na escola (retiradas do trabalho realizado durante a formação ou outro); A História vivida é a melhor compreendida. Neste sentido, ao longo dos muitos anos sempre utilizei uma estratégia, independente dos contextos de trabalho, que se verificou eficaz: a viagem no tempo e a reencarnação de personagens das épocas a estudar. O nosso projecto consistiu em desafiar os alunos a recuarem ao dia do terramoto de 1755 e a colocarem-se no papel de sobreviventes pertencentes aos vários grupos sociais. Como viviam antes, como viveram o dia, como passaram a viver, foram as questões colocadas e o desafio consistiu em imaginar, com base nas fontes históricas, a forma de apresentar à turma e à comunidade os factos históricos relacionados com o tema. O ser, o fazer, o agir perante os problemas, os dilemas, o tomar decisões que envolvem a vida de terceiros, o compreender o porquê das acções, são momentos que marcam e não se esquecem. A articulação curricular de projectos, a apresentação à comunidade através dos mais diversos meios existentes nas escolas, o envolvimento das famílias e através da colaboração na realização de alguns trabalhos e a sua vinda à escola aquando da exposição dos mesmos, são a ligação essencial

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entre a escola e a família que se pretende presente e colaborativa no processo educativo. Todas as actividades podem ser possíveis, desde que sejam sentidas, desejadas, exista empenho, vontade de fazer, de descobrir, de agir e de inovar. Cabe ao professor “despertar”, “motivar”, “ouvir”, “sugerir”, “orientar” e “acompanhar” o processo de aquisição de conhecimentos que o aluno constrói com a imaginação e a criatividade de que dispõe. Não existem limites e só o tempo e o espaço podem “atrapalhar” e “condicionar” qualquer projecto que se pretenda desenvolver. Não existem receitas, não existem milagres, existem pessoas, recursos e um mundo à nossa volta com muitas potencialidades por descobrir… E o trabalho criativo não é estanque, não é fechado sobre si mesmo, ideias costuram com ideias, nesta manta partilhada, o envolvimento no trabalho e na partilha foi crescendo, até à junção dos quatro elementos da Natureza: terra, ar, água e fogo, importantes para o processo criativo do tema “sou um sobrevivente do terramoto de 1755”. Ontem experimentei lançar este tema numa turma com trabalho em poster (após uma referência ao tema já abordado, trabalho multidisciplinar. O resultado foi estupendo e vou tentar ainda hoje enviar algumas fotos dos trabalhos dos alunos realizados em poster, inclusive autênticas relíquias realizadas por alunos NEE, desde poesia, a belíssimas ilustrações! Obrigada a todos pela partilha e bons momentos criativos. b) Análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico. As novas tecnologias são uma das múltiplas ferramentas que podem ser utilizadas como recurso para a concretização de um projecto. São o recurso que está mais próximo dos alunos e das suas vivências quotidianas, daí que o interesse pelas mesmas deva ser utilizado como uma mais-valia para o desenvolvimento da criatividade. Elas jogam um papel duplo na sociedade da criatividade. Por um lado, a sua divulgação acelerou o ritmo de comunicação entre as pessoas e a necessidade de pensar criativamente em todos os aspectos das suas vidas. Por outro lado, se utilizarmos as novas tecnologias de forma adequada, têm o potencial de ajudar as pessoas a desenvolverem-se como pensadoras criativas, de tal forma que estão melhor preparados para viver na sociedade da criatividade. O professor deverá facilitar a promoção da “espiral do pensamento criativo”, isto é, os alunos devem ser estimulados a imaginarem o que querem fazer para, a seguir, criarem um projecto baseado nas suas ideias, cruzarem- nas com as criações, compartilhar as ideias e as criações com os outros e reflectirem sobre as suas experiências. A) Deixar fluir no aluno a sua opinião, o seu estar no mundo, permitir “entrar em cada aluno algo de novo” ou deixar sair do aluno, as suas ideias, o seu caminho. Caminhando com ele (s). Lançando-lhe um tema/abordagem, um repto: ideias/como

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fazer/onde/de que forma/uma ideia: como cumprimentarias um colega da época medieval? Como o aluno cumprimentado saberia a que classe social pertenceria? Forma: distribuir cartas de um baralho de cartas, onde cada aluno colocaria uma carta suspensa na testa com um dedo (sem a ver). Um grupo de alunos iria fazer os cumprimentos relativos à visualização da carta, até o portador da carta descobrir quem é e a que classe social pertence. Apesar de ser um jogo, pertença do teatro social, fica aqui a ideia para ser desenvolvida na disciplina de HGP.

a) O desenvolvimento da linguagem e da escrita. Com o auxílio dos editores de textos, as produções dos alunos tornam-se mais atractivas, permitindo com a formatação que eles se preocupem com a organização, a estética e a correcção da escrita e da linguagem utilizada. Além da excelente capacidade de comunicação, as TIC revelam-se igualmente imprescindíveis no tratamento e organização da informação, pela integração de ferramentas relativas ao processamento e tratamento de texto, organização de dados, construção de tabelas, esquemas e desenhos, resolução de cálculos e construção de simulações.

b) Os multimédia, o computador e os seus periféricos, designados por Tecnologias de Informação e Comunicação - conhecidos pela abreviatura TIC - são, sem dúvida, um meio essencial e privilegiado para aceder, trocar e disponibilizar Informação, reunindo todas as condições do multimédia, para as quais o tempo e a distância deixam de ter significado, pela transmissão praticamente instantânea de dados. As TIC criaram novas formas de comunicar. A interacção entre variados formatos (texto, som, imagem e vídeo, num mesmo suporte, que se designa de “Multimédia”, possível de recriar no computador) criou nos alunos uma maior apetência para a sua utilização. A disciplina de História e Geografia de Portugal não pode ignorar esta realidade e deverá integrá-la no processo de ensino e aprendizagem.

a) Habitualmente realizo com os meus alunos actividades prático-lúdicas e que os leva a envolver-se mais na realidade histórica que lhes é transmitida. A maior parte das vezes, estas actividades são terminadas em casa, contudo, o objectivo é que conheçam mais um pouco de História, mesmo sem alguns nomes complicados. Mas o facto de trabalharem desta forma alguns conteúdos, diria temas, conceitos... liga-os mais à disciplina, isto é, cativa-os. Tal como fizemos no nosso grupo, através de pesquisa de conceitos, para que pudessem construir o seu trabalho, sempre com indicações muito precisas, de modo a que o mesmo seja rentável e de acordo com o que se pretende, também lanço ideias para que possam construir uma maqueta, “vestir” um personagem de época... Neste ano lectivo já realizei duas actividades deste género. Uma foi vestir um legionário romano( 5º ano), logo teriam que saber quais as

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peças imprescindíveis ( vestuário, armamento...) e a outra em vestir um nobre e uma dama do século XVIII( 6º ano), produzindo com “bonecos” deliciosos. Foram fornecidas fotocópias iguais para todos os alunos, que teriam assim de improvisar o seu vestuário e acessórios. Os alunos nestas duas actividades utilizaram muitos materiais e o produto final foi exposto primeiro na sala de aula e irá sair da sala para a escola. b) Tal como referiu o colega Álvaro dos Santos, as TIC criaram novas formas de comunicar a História neste presente, e claro que motiva os alunos e envolve-os na aprendizagem, pois sentem-se mais integrados neste processo/modo de ensino. Por outro lado, os alunos podem ir mais além na construção do seu conhecimento ao utilizarem estas ferramentas, quer através da pesquisa, quer através do tratamento da informação e também da apresentação do seu trabalho. A sua criatividade, imaginação e originalidade são assim reveladas, perante o produto final que concretizam e que se revela sempre sui generis. a) Em contexto de sala de aula um tema é abordado, por exemplo, levando os alunos - em pequeno grupo - a vivenciarem um tempo diferente do seu. b) Após pesquisa, selecção e organização da informação os alunos recorrem às Novas Tecnologias para apresentarem os seus trabalhos (em sala de aula inicialmente e depois até para a comunidade), onde exprimem a sua criatividade. A) A ideia que gostaria de deixar aqui é que enquanto docente posso ser mais ousada nas propostas de actividades que sugiro, procurando uma metodologia criativa para apresentar o conhecimento.Já o fazia, mas agora vou fazer muito mais e de forma mais consciente e audaz. Comecei a ser criativa já na aula sobre a reconquista cristã, na qual solicitei aos alunos que trouxessem algo que os caracterizasse como cristãos ou como muçulmanos. Trouxeram quase um guarda roupa completo e depois desenhei a P. Ibérica, no chão, com giz, arrastando previamente as mesas e cadeiras. Os miúdos ficaram deliciados e aprenderam com aquele jogo de avanços e recuos, o que é a Reconquista Cristã. B) A determinado momento da ação de formação lembrei-me que a faixa etária dos meus alunos é coincidente com aquela fase da vida denominada vulgarmente por “ Idade dos Porquês”. Seria de esperar ,então, que os meninos tivessem essa curiosidade tão ingénua e sem grandes barreiras intelectuais... até porque sou uma professora meiga e acessível! Mas a cada ano que passa encontro alunos menos curiosos, no entanto, há ainda dois ou três que encaixam no perfil do curioso. É, criativamente, e aproveitando o comentário do aluno curioso que muitas vezes transmito conhecimento. Aí entram também as TIC, porque vamos todos descobrir aquilo de que precisamos e que ,por vezes ,eu própria também não conheço. Deixo uma pergunta e fico também com ela: Será que os meus alunos não estão na idade dos porquês, porque o mundo virtual já lhes responde a todas as suas perguntas?

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A) Uma ideia para desenvolvimento de um projecto de um período com os alunos é a construção de um Livro Virtual de estórias da História. Os alunos devem redigir textos sobre vários temas ou personalidades da História de Portugal, respeitando os factos e características de cada época. Os alunos podem ilustrar os textos, com o apoio dos professores de EVT e podem melhorá-los em LPO. Por fim, os melhores textos podem ser publicados num blog, lidos a outras turmas ou na biblioteca da escola. B) A introdução e incremento do uso das Novas Tecnologias é inevitável. Por um lado, porque vivemos numa sociedade cada vez mais dependente das tecnologias em todas as áreas e o objectivo do professor é preparar os alunos para uma integração plena nessa sociedade; por outro lado, porque as Novas Tecnologias são uma ferramenta muito rica que, quando bem explorada, oferece um leque muito vasto de actividades Criativas de ensino-aprendizagem. O uso das Novas Tecnologias na sala de aula vai permitir ao aluno acesso a informações, imagens, vídeos e outros documentos relativos a um Mundo. Não só o Mundo porta de casa/escola. Mas, o mais importante é ensinar estes alunos a pensar dentro desta realidade virtual: treinar os diferentes olhares, a perspectiva crítica e a selecção de informação, com Criatividade. Parece ser este o principal desafio dos professores deste início de século.

a) O nosso projecto parte da exploração do conteúdo “Império Português no século XVI”. Numa fase inicial, são constituídos os grupos de trabalho e atribuídas as zonas de actuação: Japão, Índia, China Brasil e África. Para trabalhar essas zonas, os alunos recebem um guião de trabalho, elaborado, previamente, pelo professor. Depois, irão para o “terreno”, onde farão a visita de estudo ao Museu Nacional de Arte Antiga e nesse espaço escolherão um objecto representativo de cada zona de actuação.

b) Num mundo global e repleto de tecnologia é praticamente impossível pensar em aulas sem o recurso às Novas Tecnologias, mas o uso dessas tecnologias não se pode limitar à substituição do giz pelo projector, ou seja, o professor tem um desafio no seu dia-a-dia. Como usar a tecnologia de forma criativa? Como passar da pedra, do giz ao computador? Uma coisa é certa, terá sempre de aliar o conhecimento ao ensino, para filtrar, de entre todos os recursos disponíveis, o que realmente é importante. Catão escreveu “rem tene, uerba sequetur” (apodera-te do conteúdo, as palavras seguirão) e se nos apoderarmos dos conteúdos históricos e dominarmos a tecnologia, será mais fácil surgir a criatividade nas nossas aulas. Por outro lado, o uso das tecnologias deve ser feito de forma adequada, pois, se conseguirmos despertar a curiosidade dos alunos e desconstruir a ideia “eu sei o tudo e não preciso de História para nada” poderemos criar aulas muito

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interessantes e de troca de conhecimento e experiências, que conduzirão os alunos à construção do seu saber. Por fim, a criatividade constitui um desafio quer ao professor, quer ao aluno, uma vez que permite a construção de algo novo. Algo que se pode transformar a partir de outra coisa já existente. “Nada nasce do nada. O novo nasce do velho e é por isso mesmo que é novo” (Brecht) a) É possível construir o conhecimento, alargar os horizontes das nossas

crianças e jovens mobilizando-os para a aprendizagem a parir da pesquisa que aparentemente desgarrada, depois de efectuada, conduz a um produto final com sentido. Esta foi a metodologia que o meu grupo, em contexto de formação, utilizou. Este processo implica um trabalho prévio do professor a vários níveis: dinâmica da turma, organização de grupos, estabelecimento de conceitos chave e orientações de pesquisa fidedigna. O processo seguinte é o da apresentação. Após a conclusão da mesma, cabe ao docente juntar o puzzle mostrando aos alunos como o contributo de todos e de cada um, levou àquele resultado final. Se por vezes nos sentimos angustiados, questionando-nos sobre se as crianças aprenderem mesmo o que supostamente se pede no programa, recorremos a uma das muitas fichas formativas que possuímos e testamos.

b) O crescente interesse das crianças e jovens pelo uso, quase quotidiano, das TIC, ”obriga-nos” à necessidades de olhá-las como aliadas no processo educativo e ainda como parceiras na sala de aula e para além da aula. Para a implementação correcta desta prática, deve-se inicialmente privilegiar o desenvolvimento de competências, no domínio da literacia informática e de linguagens multimédia para aplicá-las na consecução dos objectivos da disciplina de História e Geografia de Portugal. Após esta etapa, diversificar a utilização de materiais interactivos como WebQuest, actividades com recurso ao exercícios do programa Hot Potatoes , o Blogue, o Fórum são estratégias que podem motivar as crianças e jovens para uma constante actividade que apresenta a vantagem de respeitar os diferentes ritmos de aprendizagem e em alguns casos, exercícios do Hot Potatoes, a realização de autoavaliação. Não obstante, as TIC não devem ser entendidas como um substituto das formas convencionais de ensino/aprendizagem, mas acima de tudo um complemento.

B) As Novas Tecnologias, novas até hoje, porque amanha serão museu! As que

hoje existem, permitem aos alunos entrar no ensino da História de forma mais rápida, agradável e enriquecida, como o trabalho que se pode realizar com os quadros interactivos. De qualquer forma, sou muito a favor do trabalho “de chão”, no recinto escolar, na terra, deitados no chão da sala, no aprendendo brincando, paralelamente

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com as TIC, podemos recriar aulas fantásticas, através do imaginário simbólico, da recriação lúdica, inovarmos através de multilinguagens expressivas.

As salas de aula não deveriam ter portas, (fim de aulas assistidas) automaticamente assistíveis. Deveriam ser amplas, abertas, confortáveis. Deveríamos explicar o “ovo de Colombo” na cantina (já fiz essa experiência no ano passado pela Páscoa - performativa que culminou com ovos tingidos oferecidos a todos os alunos). Faltou fazer uma maquete virtual dum ovo gigante (continuarei a ideia este ano). Bom, já estou a misturar A com B, mas as ideias são assim “como as cerejas, comem-se, digerem-se até à cesta”! A originalidade talvez nasça do conhecimento, do prévio adquirido.

As TIC, eliminando porém os seus perigos, permitem-nos conjugar o real com o virtual exemplificativo. Esse será por certo, o caminho do ensino, aquele onde o professor, picará um ponto numa plataforma moodle e comunicará online com os alunos, era o que aconteceria se o vírus da gripe H1N1 se tivesse instalado para ficar...

Mas, se, criativamente não dermos volta à crise mundial, outras epidemias, pestes negras, surgirão. E então, os computadores transmitirão odores, tacto, olfacto e outros sentidos, para além das já utilizadas videoconferência e videocirurgia.

Ainda assim, pesem benefícios e malefícios do uso das TIC, o prazer de “cheirar” e de desfolhar um livro, não virtual, ainda continua a ser muito apreciado/utilizado, e ainda bem, assim penso. Melhor ainda se for adquirido num alfarrabista. “No pouco que fizer, tentarei ser eu”.

A profissão de professor é cada vez mais delicada, nos nossos dias, não só

pelas constantes mudanças de ideologias políticas, como também a nível de responsabilidade pela formação académica e educacional dos alunos. As possibilidades de encontrar fontes de informação, por parte dos alunos, há muito que ultrapassaram a personagem do professor como núcleo do conhecimento e de transmissão do mesmo! Desta forma é urgente estar sempre atento a estas rápidas mudanças, para que possamos encontrar formas alternativas, ou complementares, de desempenhar a nossa função. Seja qual for a estratégia utilizada, seremos sempre responsáveis pelo gosto que o aluno poderá nutrir pela disciplina. Desta forma, ser criativo nas estratégias a utilizar é imprescindível! Não será difícil perceber que, quer as redes sociais, quer a interactividade dos jogos é hoje o seu B A BÁ! Utilizar os princípios básicos de jogos antigos, com uma nova roupagem, promove essa interactividade entre os alunos, assim como pode circular pelas suas redes sociais. A utilização de um simples bloco de Postits, poderá funcionar como uma aula de consolidação de conhecimentos, em que os alunos procuram encontrar o colega que tem o Postit que está relacionado com o seu, a nível de conteúdos, conceitos, imagens ou outras vertentes académicas, que poderão funcionar como transversalidade académica, dentro da mesma actividade.

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Quanto às novas tecnologias, devemos sempre procurar a melhor via para desempenhar as nossas estratégias de leccionar, através da criatividade, mas acima de tudo devemos também ser inteligentes, para não nos deixarmos dominar totalmente por elas! Será que vamos conseguir superar este desafio?

A) O nosso projecto incidiu na consolidação de um conteúdo programático - Os

Romanos - A Herança Romana, com recurso à utilização de Post-it. Tem como objectivos a compreensão de novas palavras, a relação de uma imagem com um provérbio de origem romana, o domínio do conceito associação e o processo criativo de criar uma nova imagem associada ao conceito/provérbio com recurso às TIC. Não foi possível aplicá-lo de imediato em contexto de sala de aula, mas a ideia da produção de uma nova forma de consolidar conhecimentos, através da utilização de Post-it, criada nesta acção de formação, vai ser aplicada da mesma forma na consolidação do conteúdo Monarquia Absoluta - D. João V e D. José I. Será que a criatividade, como dimensão de ligação entre as várias dinâmicas de aprendizagem, vai fazer emergir o muitas vezes “adormecido”? (Leonor Feio) B) Ao entrar na segunda década do século XXI, não é possível olhar o processo de ensino/aprendizagem sem ter as TIC como aliadas. Nesse sentido, urge não só valorizar o domínio das competências básicas da literacia informática, como utilizar, aplicando diferentes linguagens multimédia, os conteúdos programáticos da disciplina de História e Geografia de Portugal, não esquecendo que o aluno deve e pode construir o seu próprio conhecimento, cabendo ao professor a mestria de o orientar no processo criativo da aprendizagem. a) Dar aos alunos um conjunto de palavras-chave (conceitos) e pedir-lhe a construção de um texto subordinado a um tema específico. Quer os conteúdos tenham ou não sido leccionados, os alunos conseguirão escrever um texto em que é construída uma associação de ideias credível. Já utilizei este tipo de actividade em sala de aula e pude comprovar que até os alunos com mais dificuldades responderam bem a este exercício uma vez que se sentiram em pé de igualdade com os colegas que têm melhor aproveitamento, já que tudo o que necessitam é de criatividade que está ao alcance qualquer um, desde que tente. A actividade que os meus alunos realizaram envolvia as palavras caravela, monstros, ventos, correntes, medo, navegadores, mar e foi proposta depois leccionados os conteúdos, com resultados bastante satisfatórios. b) As Novas Tecnologias estimulam a criatividade de alunos e professores, não só de História mas de todas as áreas do saber, na medida em que se oferecem como ferramentas (quadros interactivos, apresentações de diapositivos, produção de áudio e vídeo, etc.) para novas criações e também como fonte para a concepção de novas

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abordagens (consulta de sítios, de conteúdos audiovisuais, de blogues, etc.) A Internet, sobretudo, assume um papel principal nesta tarefa uma vez que permite a partilha de ideias e de saberes que podem estar na origem do trabalho criativo que desenvolvemos nas aulas com os nossos alunos. A)”O Império Português no séc.XVI” foi o tema escolhido para conduzir os alunos num percurso de sucessivas descobertas;Descoberta de zonas (India, Japão,China,África e América) ,descoberta de objectos representativos de cada zona e descoberta de formas dar a conhecer esses objectos.Foram formados grupos que escolheram os objectos, que após uma visita ao Museu Nacional de Arte Antiga, seriam dados a conhecer à turma, mediante uma apresentação que podia ir do power point ao cartaz e que podia envolver outros professores .O produto final seria filmado e divulgado à comunidade escolar no blog da escola e da biblioteca Todo o trabalho tinha por base estimular a critividade do aluno usando os seus conhecimentos. B)Falar de ensino esquendo as Tic, hoje já não é possível uma vez que elas são cada vez mais “os livros” dos nossos alunos.Considero e por experiência que as Tic tornam as aulas mais vivas e dinâmicas.Sinto tambem que a motivação para aprender é maior quando se liga o computador.A missão do professor é por isso saber usar os “brinquedos” chamados computadores para “brincando” levar o aluno ao conhecimento. O professor precisa de brincar pedagogicamente, para transmitir aos alunos as estratégias do jogo e dele apurar resultados criativos, originais.

A) De uma forma sucinta, o trabalho realizado na formação constava de uma visita de estudo ao Museu de Arte Antiga. Os alunos, munidos de um guião previamente elaborado pelo docente e em grupo, teriam que seleccionar um objecto representativo de uma zona do Império Português e recolher informações para posterior trabalho de preenchimento de uma ficha descritiva. A escolha do objecto seria validada pelo professor, que depois orientava e auxiliava os grupos na apresentação livre do objecto (cartaz, maquete, dramatização, …), tarefa em que seria solicitada a colaboração de docentes de outras áreas disciplinares e não disciplinares. A apresentação do trabalho seria filmada e divulgada através do blog da turma/Escola. A longo prazo seria possível fazer uma “caça ao tesouro”, organizada pelos alunos, actividade esta aberta à comunidade escolar.

B) Cada vez mais a criatividade e as Novas Tecnologias são importantes no ensino de História e Geografia de Portugal. Deparamo-nos com

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gerações de “nativos digitais”, cujas aprendizagens passam crescentemente pela utilização de processos criativos numa área tradicional, e erroneamente, apontada como “pesada” e a quem acusam de ser “só datas e factos”. O uso das Novas Tecnologias permite ter uma abordagem diferente de forma a cativar e motivar os alunos nas aulas. Todavia, o uso da tecnologia só por si não é a solução mágica para todos os problemas; antes representa uma ferramenta útil e que os alunos entendem facilmente. A) Em data a ser definida , os alunos apresentarão os trabalhos , mas fazendo uma contextualização geográfica e histórica de cada um dos objectos escolhidos na visita de estudo. A apresentação dos trabalhos será feita em diferentes suportes, escolhidos pelos alunos e aprovados pelo professor. Para que os trabalhos sejam transmitidos a toda a comunidade escolar, estes serão filmados e colocados no Blog da escola. B) A estimulação da criatividade no processo de ensino-aprendizagem foi o que mais retive desta acção de formação. As dificuldades e as condições em que, por vezes, somos obrigados a leccionar fazem com que a criatividade, tanto do professor como do aluno, esteja escondida nas inúmeras barreiras do dia a dia escolar. No entanto, é preciso provocar mudança para que o estimulo para o estudo, o gosto pelo aprender não morra. O uso das TIC, quer como suportes de trabalhos, quer como visitas virtuais, ou mesmo criação de blogs apresentam um, entre outros possiveis, caminho para a criatividade pois a curiosidade que o uso das TIC desperta nos alunos, pode ser um desafio que permite encontrar caminhos diferentes e apelativos na sala de aula.

A) A unidade didáctica do programa de História e Geografia de Portugal por nós escolhida e abordada na tarefa pedida na formação “História e Ensino Criativo” foi O Império Português no Século XVI. Depois de leccionada esta unidade didáctica, os alunos fariam uma visita de estudo ao Museu Nacional de Arte Antiga para consolidação dos conteúdos tratados. No museu, munidos de um guião elaborado pelas professoras, os alunos teriam que escolher uma peça/um objecto representativo de uma zona do Império Português e preencher uma ficha descritiva do mesmo. A escolha do referido objecto/peça teria de ser validada pelas docentes que também os orientariam na recolha de informação. O passo seguinte seria a apresentação do objecto/peça à turma. A apresentação poderia ser feita através de cartazes, maquetes, power points, dramatização, etc. Para a realização desta tarefa apelar-se-ia à interdisciplinaridade, ou seja, ao apoio e colaboração dos docentes de outras disciplinas ou áreas curriculares não disciplinares.

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As apresentações seriam filmadas e posteriormente divulgadas no blog da turma ou no jornal da escola. Como actividade de final de período lectivo, os alunos fariam uma “caça ao tesouro” subordinada a este tema, aberta à comunidade escolar.

B) A criatividade e as Novas Tecnologias são importantes no ensino da História e Geografia de Portugal, pois permitem ensinar a evolução do ser humano e dos seus modos de vida, ao longo do tempo e em diferentes locais, de modo menos tradicional. A escola, enquanto organização social, apresenta uma complexidade natural própria a que se juntam todas as valências de ordem educativa, curricular e pedagógica. Também no âmbito educativo, as Novas Tecnologias, têm vindo a assumir uma preponderância cada vez mais influente e imprescindível, sendo notória uma evolução permanente nos paradigmas relacionados com a sua utilização. Se tivermos em conta os diversos componentes das organizações escolares de ensino não superior, se houver um conhecimento integrador das realidades e necessidades e a esta visão aplicarmos os recursos tecnológicos adequados, poderemos dar um salto qualitativo enorme na produtividade e eficiência do uso educativo das Novas Tecnologias, o que se tenderá a reflectir nos resultados educativos da instituição, cujo beneficiário principal é o aluno. As Novas Tecnologias também possibilitam a aquisição de capacidades, competências e atitudes ditas transversais às actividades docentes e que são, porventura, aquelas que dotam com estratégias de acção que permitem assumir um professor como interveniente, crítico, solidário e empreendedor na aplicação das mesmas, nas escolas. A utilização de recursos das Novas Tecnologias podem ser transportadas para uma nova dinamização pedagógica dos alunos em actividades a serem desenvolvidas na sala de aula; servem para a criação de materiais de suporte electrónico, nomeadamente materiais pedagógicos, bem como, para a produção de materiais de apoio para as aulas e para outras áreas em que os professores estejam envolvidos e que implique o processo de ensino/aprendizagem, e ainda para o desenvolvimento e aprofundamento de conhecimentos que, por consequência final, resultarão na melhoria do sucesso escolar dos alunos. Numa realidade educativa em que a utilização das Novas Tecnologias faz emergir a necessidade evolutiva de um aperfeiçoamento profissional dos docentes, a formação nesta área dota com conhecimentos e ferramentas que permitem perspectivar aquelas tecnologias como mais um recurso para a programação de oportunidades de aprendizagem diversificadas ao nível disciplinar, ao nível interdisciplinar e ao nível extracurricular, para além de consubstanciar uma relação pedagógica diferente, eventualmente mais facilitadora e criativa do processo de construção de conhecimento dos alunos.

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a)A ideia que utilizaria para um actividade em contexto de sala de aula (baseada no trabalho elaborado durante a formação) seria a partir do conteúdo programático do Terramoto de 1755 e a reconstrução da cidade de Lisboa. Iniciaria a aula com uma pergunta de partida, para a partir daí surgir uma chuva de ideias sobre este tema. Posteriormente faria uma analogia entre os quatro elementos: terra, fogo, ar e água com o terramoto e consequente tsunami, incentivando-os a imaginar que estariam a representar cada um dos elementos, partindo assim para a descoberta da vivência do terramoto. Poderiam também representar os grupos sociais, da época (clero, nobreza burguesia e povo. De seguida iriam tentar fazer uma cidade a partir dos escombros, utilizando a nova tecnologia. Após a sua elaboração iriam partilhar as suas descobertas no dia1 de Novembro de 2011, através do jornal escolar, da rádio escolar (caso houvesse), fazendo um power point, do Moodle, cartazes, uma dramatização, etc. Desta forma os alunos ficariam responsáveis pela partilha de informação histórica a toda a comunidade escolar. A interdisciplinaridade teria como é óbvio um papel de extrema importância na concepção das ideias. A sua avaliação seria baseada na criatividade, desempenho e organização, anteriormente discutida com os alunos. b) No que concerne à análise da importância da Criatividade e Novas Tecnologias no ensino de História e Geografia de Portugal para o 2.º Ciclo do Ensino Básico, devo dizer que estas estão cada vez mais na base do sucesso dos alunos, no sentido em que estes são cada vez mais abertos às novas tecnologias e o ensino da História deve acompanhar essa mudança. A vida torna-se cada vez mais agitada, mais stressante, e os alunos, são o seu reflexo. É urgente motivá-los para a descoberta da sua criatividade, dando-lhes ferramentas inovadoras,e aí as novas tecnologias têm um papel fundamental. Quando as pessoas sabem que suas açcões serão valorizadas, parecem tender a criar mais, e é nessa altura que devemos incentivar o seu desenvolvimento, sem medo de represálias. a) A visita de estudo ao Museu de Arte Antiga é o mote para um trabalho que pode ser desenvolvido com os alunos a médio/longo prazo. A visita não se esgota em si mesma. Ela tem continuidade em actividades diversificadas, que podem ser desenvolvidas em diferentes momentos, e divulgadas e alargadas à participação activa da comunidade escolar.