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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU" AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DO AUTISMO: UMA REVISÃO DE LITERATURA Por: Vaneza Carvalho Aleluia Siqueira Orientador Prof. Simone Ferreira Rio de Janeiro 2013 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · A IMPORTANCIA DA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DO AUTISMO E O SUPORTE EDUCATIVO DA PSICOPEDAGOGIA UMA REVISÃO DE LITERATURA Apresentação

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DO AUTISMO:

UMA REVISÃO DE LITERATURA

Por: Vaneza Carvalho Aleluia Siqueira

Orientador

Prof. Simone Ferreira

Rio de Janeiro 2013

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO "LATO SENSU"

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTANCIA DA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE DO AUTISMO

E O SUPORTE EDUCATIVO DA PSICOPEDAGOGIA

UMA REVISÃO DE LITERATURA

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Psicopedagogia.

Por: Vaneza Carvalho Aleluia Siqueira

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AGRADECIMENTO

Agradeço a Deus por me amar e me permitir realizar mais um sonho.

Aos meus pais, que com afinco e muito amor sempre me

incentivaram a lutar e conquistar pelos meus ideais.

A minha orientadora Simone, pela paciência e dedicação.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais que com muito carinho, amor e

agradecimento pelo apoio, aos amigos e familiares não mediram esforços para

que eu chegasse até esta etapa de minha vida a eles que me deram a vida e

me ensinaram a vivê-la com dignidade.

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RESUMO

O objetivo desta deste estudo monográfico é identificar a importância

do diagnóstico precoce do autismo tendo como foco a melhoria da qualidade

de vida da criança autista por meio de tratamento psicopedagógico. O autismo

é concebido hoje como um transtorno do desenvolvimento de funções

relacionadas à maturação biológica inata, de etiologia ainda desconhecida. A

problemática de estudo tem como foco na análise da melhoria da qualidade de

vida do autista com base no suporte de técnicas e métodos de Psicopedagogia.

O diagnóstico é uma condição que minimiza o sofrimento da família

que poderá receber o suporte adequado de como de como encontrar

profissionais psicopedagogos que possam auxiliar na interação social da

criança. Para a realização da pesquisa optou-se pela realização de uma

revisão de literatura, através de pressupostos teóricos de autores.

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METODOLOGIA

Este trabalho tem como meta realizar uma revisão de literatura

sobre a necessidade do diagnóstico precoce do autismo com base nos

fundamentos de uma intervenção psicopedagógica precoce, tendo-se como

foco referencial as teorias de autores como: BARON-COHEN, S. (1991); 4

BENENZON (1987); ELLIS (1996); LEBOYER (1987) e outros relevantes

estudiosos do autismo.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ................................................................................................. 08

CAPÍTULO I - TRANS ORNOS INVASIVOS DO

DESENVOLVIMENTO ..................................................................................... 12

CAPÍTULO II - AUTISMO: CARACTERÍSTICAS PARA O

DIAGNÓSTICO ................................................................................................ 24

CAPÍTULO III - A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE E

DO TRATAMENTO PSICOPEDAGÓGICO...................................................... 29

CONCLUSÃO .................................................................................................. 37

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................... 39

ANEXOS .......................................................................................................... 42

BIBLIOGRAFIA CITADA ................................................................................. 47

ÍNDICES .......................................................................................................... 48

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INTRODUÇÃO

O autismo é considerado atualmente como um transtorno do

desenvolvimento de base biológica inata, embora sua etiologia ainda

permaneça desconhecida. Caracteriza-se por uma tríade de prejuízos na

capacidade de interagir com o meio social, na comunicação e apresenta

padrões repetitivos e restritivos de comportamentos, interesses e atividades,

abrangendo uma heterogênea gama de quadros clínicos ou comportamentais.

(LAMPRÉIA, 2009, p. 1)

Conhecido atualmente como Transtorno de Espectro Autístico (TEA),

devendo ser diagnosticado em um tempo cronológico de três anos. No entanto

atualmente é necessária uma identificação precoce de recém nascido e nos

primeiros meses de vida, levando-se em questão que é possível observar

alguns sinais que favorecem a identificação em relação do autista devido à falta

de reação aos estímulos visuais e as respostas ao ambiente.

Estudos de Caixeta (1995) demonstraram que o acompanhamento

psicopedagógico da criança favorece a realização de uma rotina sistemática

que age sobre a necessidade da criança de estabilidade para se adaptar ao

ambiente e as atividades educativas.

Nesta perspectiva, problema de estudo aponta a seguinte questão:

Qual a importância da realização de um diagnóstico precoce em crianças

diante da possibilidade de um tratamento psicopedagógico para favorecer o

processo de intervenção antes da sintomatologia se agravar?

Atualmente se reconhece que a Psicopedagogia se constitui em uma

área do conhecimento que poderá auxiliar nas atividades educativas no

tratamento da síndrome no sentido de permitir à criança um trabalho de

liberdade de expressão, cujas estratégias podem sugerir uma orientação

psicanalítica em relação à criança e o apelo aos objetos, ao mesmo tempo

estabelecendo uma diretriz mais rígida para todas as rotinas de forma

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estruturada para a redução da agressividade e estereotipias da criança.

Justifica-se a realização do estudo com base no pressuposto de que

atualmente com os avanços no processo de inclusão social e a necessidade de

redução do quadro de isolamento de crianças autistas, se reconhece as

dificuldades de reverter o quadro de dificuldades de comunicação e interação

social, a expansão da Psicopedagogia como coadjuvante na melhoria da

adaptação da criança ao ambiente educativo favorecer o suporte às famílias

que necessitam de dar apoio à criança em suas necessidades educativas e de

interação social.

Atualmente se reconhece a necessidade de desenvolver um

diagnóstico precoce, o Autismo passou a se tornar um objeto de estudo em

várias áreas do conhecimento se tornando mais comuns leituras e acessos às

informações.

O Autismo intriga, aflige e atormenta diversas famílias que possuem

filhos portadores da síndrome. Um dos maiores problemas enfrentados na

terapia se constitui no encaminhamento tardio, quando os sintomas se

encontram cristalizados e poderão dificultar a intervenção profissional.

Nessa perspectiva uma das polêmicas que se destaca acerca do

autismo se refere à questão da etiologia quanto a se estabelecer se existe uma

psicogênese ou organogênese? Algumas pesquisas apontam à síndrome como

uma etiologia orgânica e existem as correntes que consideram o caráter

psicogênico, tendo-se como foco a justificação pela multideterminação

orgânica, dinâmica e social.

Laznik (2004, p.14) avalia que o risco de se posicionar em um

desses pólos de maneira excludente limitando assim a análise, chama a

atenção para o fato de que não se deve atribuir a apenas um fator como causa

do autismo diante da perspectiva de um processo que envolve

multifatorialidade.

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Na visão de Dáu (2010) avalia que na última década tem havido uma

enfatização da relevância da redução da idade para a realização do diagnóstico

de autismo logo aos dois anos de vida da criança, considerando-se

particularmente importante a identificação precoce com a finalidade de

proporcionar à criança um processo voltado para as condições de assistência

especializada, favorecendo mais cedo as oportunidades de integração social.

O diagnóstico precoce exerce grande influência na preparação da

família para buscar auxílio na condução de posturas adequadas para a

melhoria da qualidade de vida da criança.

A relevância do estudo tem foco na identificação precoce do autismo

e da possibilidade das famílias de obterem o auxílio da Psicopedagogia, cujo

papel se ampliou profundamente com a nova realidade escolar de inclusão da

criança com necessidades educativas especiais. Assim, demonstra-se o papel

do psicopedagogo no ambiente escolar na aplicação de medidas de suporte

educacional à criança autista e auxílio às famílias.

A psicopedagogia como área de estudo e de atuação, responsável

pela aprendizagem e suas dificuldades, tem importantes tarefas diante do

fenômeno da inclusão educativa de crianças que apresentam dificuldades na

interação social e comunicação, mas também auxilia no enfrentamento dos

problemas enfrentados em relação às estereotipias.

Esta monografia está formada por três capítulos e a conclusão. O

primeiro capítulo trata de demonstrar o Transtorno Invasivo do

Desenvolvimento como é caracterizado o autismo, a sua definição etiológica

complexa e o avanço dos estudos sobre a síndrome, a sintomatologia, levando-

se em consideração a questão da defasagem na comunicação e interação

social, as características do comportamento como a estereotipia, o Déficit de

Atenção e a instabilidade motora.

O segundo capítulo apresenta uma visão geral do autismo e suas

características a partir da importância do diagnóstico e suas características,

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assim como a relevância de um diagnóstico precoce da criança para a melhoria

da qualidade de vida.

O terceiro capítulo explora o tratamento psicopedagógico a partir da

noção de do diagnóstico precoce para a implementação de estratégias de

intervenção educacional com crianças autistas a partir da Psicopedagogia.

A conclusão apresenta uma síntese geral do estudo, a partir dos

pressupostos do pesquisador.

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CAPÍTULO I

Transtornos Invasivos do Desenvolvimento

1.1 Definição e avanço dos estudos sobre o autismo

O autismo é classificado como um dos cinco Transtornos Invasivos

do Desenvolvimento descritos no diagnóstico oficial da DSM-IV-TR que foi

elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria (APA, 2002) e a CID sob a

orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS,1998).

O Transtorno Desintegrativo (TDI) ou Desintegrador da Infância

(Síndrome de Heller), conforme o CID 10 trata-se um Transtorno Global do

Desenvolvimento caracterizado por um período de desenvolvimento normal,

antes da ocorrência do transtorno, quando se projeta esse período se cenariza

uma perda das habilidades anteriormente adquiridas em várias capacidades

adquiridas em relação ao desenvolvimento anterior. Estas manifestações se

acompanham tipicamente com uma perda global da motivação em interagir

com o meio social, se expressam condutas motoras estereotipadas do tipo

autístico e a defasagem na interação social e na comunicação.

O debate sobre a síndrome do autismo permanece ainda envolto em

grande polêmica em torno de sua definição, de suas causas e das diferentes

teorias sobre as possibilidades concretas de tratamento.

O autismo decorre de um desvio de desenvolvimento diferente do

normal ou da forma típica. Portanto, os chamados Transtornos Invasivos do

Desenvolvimento são distúrbios nas interações sociais recíprocas que se

manifestam logo nos primeiros cinco anos de vida, caracterizando-se pela

evidência de padrões de comunicação marcados por padrões restritos,

estereotipados e repetitivos. (MOURA, SATO; MERCADANTE, 2000)

O autismo é um transtorno Invasivo do Desenvolvimento – TID que

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produz graves problemas na evolução do desenvolvimento infantil, também

conhecido como Transtorno Global do Desenvolvimento – TGD, portanto

existem esses dois termos que denominam o autismo que nos estudos tem

produzido polêmicas e equívocos em relação ao diagnóstico que não poderá se

limitar apenas ao diagnóstico nosográfico.

A CID-10 tem denominado de autismo infantil, enquanto o DSM-IV

definiu como transtorno autista. Essas definições têm buscado enquadrar o

autismo em características reconhecidamente aceitáveis que representam as

alterações evidenciadas em período precoce.

O estudo do Autismo a partir do século XIX, passou a mobilizar

diversas investigações em vários países especialmente no que concerne aos

estudos referentes ao comportamento que foram realizados em várias áreas e

enfoques como os estudos de natureza psiquiátrica, psicológicos e

neurológicos direcionados a estudos clínicos com crianças com a síndrome do

autismo.

A origem dos estudos tem foco nas origens da síndrome e a

compreensão do processo de evolução e desencadeamento de medidas que

tem como objetivo melhorar a qualidade de vida da criança por meio da

interação e comunicação com o meio social.

Os primeiros estudos sobre o autismo foram publicados no ano de

1943, por Léo kanner com o objetivo de analisar aspectos gerais do

comportamento de crianças com o transtorno autista com idades entre dois e

doze anos que demonstravam padrões patológicos denominados pelo

pesquisador de “Autismo Infantil Precoce”.

Os estudos sobre o autismo em fase dos problemas de relação social

e afetiva expressa que a síndrome se constitui de uma psicopatológica infantil

cujas características seriam viver alheio ao mundo, manter uma relação

inteligente com os objetos, obcessividade, apresentar estereotipias e ecolalia,

várias definições e classificações foram desenvolvidos dentro de correntes

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teóricas diversas.

As descrições de Léo Kanner demonstraram especificamente as

características das crianças diante de brincadeiras e nas relações sociais, os

relatos sobre as observações expressam que as crianças se mantinham

isoladas e sem interação umas com as outras evidenciando a existência de um

mundo externo e egocêntrico.

A partir dos estudos e experiências realizadas com autistas, Kanner

descreveu as hipóteses que apontam a relação entre os sintomas e os

impactos sobre o cótex cerebral, avaliando que as crianças realizavam ações

repetitivas, a partir de umc omportamento sistemático, ordenamento de objetos

e de rotinas pre-determinadas.

Assim os estudos de Léo kanner demonstraram muitas conjunturas

do comportamento autista que evidenciam defasagens na linguagem e no

processo comunicativo que impedem as crianças afetadas de realizarem certas

expressões no rosto que não permitem demonstrar reações diante de barulhos

ou identificação de pessoas em processo de interação. Permanecendo em

isolamento social, mas apresentavam aspecto físico essencialmente normal.

Nos resultados da pesquisa de kanner nos primeiros livros foram

apontadas as inabilidades das crianças, tendo sido identificadas diversas

atipias1 em relação aos contatos afetivos desde o começo da vida.

De acordo com Campanário (2008, p.18):

A suposta incurabilidade do autismo pode estar ligada, em grande parte, aos encaminhamentos tardios para tratamento. No entanto, vale ressaltar que nos primeiros anos de vida os sinais indicativos de risco de autismo não são tão percebidos ou até o são, porém não são valorizados pelos pais, familiares e médicos. O que normalmente ocorre é que as pessoas só começam a se preocupar com a criança quando o atraso na

1 Indicação do é atípico em um comportamento conhecido, ou seja, as apresentações de atipias divergem do comportamento de crianças que tem o desenvolvimento da comunicação e da linguagem normais.

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fala já é persistente. Muitas vezes isto só vai ocorrer em torno dos três anos de vida.

Um outro estudo publicado a partir de experiências com autistas

publicados por Asperger em 1944 que descrevia detalhadamente estudos

comportamentais semelhantes às experiências realizadas por Léo Kanner,

tendo sido denominada pelo estudioso como Psicopatia do autista.

Da mesma forma apontou os problemas de defasagem de

linguagem e as complexidades diante da interação social com o meio social

como fatos de maior relevância e outras observações descreveram as crianças

autistas como incapazes de fixarem o olhar, mantendo uma fala pedante e com

pouca modulação.

A comparação entre duas investigações das pesquisas de Kanner e

Aspenger apresentam semelhanças em vários aspectos apontam-se também

divergências em outras avaliações comportamentais. As divergências

existentes nos estudos de Aspenger com crianças em estudos clínicos

demonstraram que estas podem apresentar níveis diferenciados de

inteligência, capacidade e espontaneidade para a lógica e abstração.

Verifica-se nos estudos apresentados que o transtorno produz

variáveis em relação aos níveis de inteligência e capacidade lógica para

desenvolver abstração, embora exista o problema da inabilidade para o

processo de interação social com o seu meio, prejudicando os fatores

comunicacionais como a linguagem intensificando as dificuldades de ajustar

processos educativos à criança, pela defasagem na comunicação verbal e nos

processos que envolvem atividades lúdicas.

Os estudos de autores sobre o autismo comprovam que coexistem

diferentes explicações etiológicas para o Transtorno Autista, no que concernem

as manifestações de caráter clínico apontadas no quadro que caracteriza a

síndrome, evidenciam convergências em relação à comunicação verbal e não

verbal e na amplitude de interesses no tocante às atividades lúdicas definidas

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como base comportamental até os vinte e quatro meses.

Assumpção e Pimentel (2000) realizaram um estudo sobre com

grandes amostras de portadores de psicoses infantis já nos primeiros anos de

vida, com um pequeno número de portadores de atividade cognitiva normal, tal

fato, categorizou a ligação entre autismo e a deficiência mental, em função

exatamente da variação de inteligência, com características sintomatológicas.

Os estudos de Assumpção e Pimental (2000) são relevantes por que

remete novamente à questão da teoria cognitiva para se pensar o autismo

conforme com os trabalhos realizados por Frith (1989) e Baron-Cohen (1991)

que se colocam divergência quanto ao enfoque psiquiátrico que trata do

autismo como teoria afetiva. Frith (1989) analisa que há no autismo uma

capacidade de interação social com o meio ambiente que é uma característica

inata do ser humano, é fundamentalmente diferente das teorias psicodinâmicas

que buscam explicar o autismo como fator psicogênico.

Nesse contexto, se a criança autista é capaz de desenvolver uma

relação inteligente com um objeto, poderá também aprender se forem

efetivados métodos específicos que possam atender suas necessidades.

A teoria cognitiva na visão de Baron-Cohen (1991) acerca do autista

é existe uma incapacidade do autista em compreender os estados mentais do

outro. Na medida e que os déficits pragmáticos de relacionamento social e de

linguagem seriam dela decorrentes, surgem os padrões simbólicos e

pragmáticos, sendo as responsáveis pela constelação sintomatológica.

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1.2 Sintomatologia

Os primeiros estudos realizados por Aspenger e Léo Kanner tiveram

grande importância em relação à sintomatologia da síndrome do autismo que

serviram de análise comparativa e avaliação dos comportamentos da criança

autista até os dias atuais. Novos estudos têm incentivado à busca de resposta

e ao desenvolvimento de novas pesquisas sobre o autismo que podem

influenciar o processo de inclusão social da criança. (ELLIS, 1996)

Santos (2008) explica os sintomas da síndrome variam e podem ser

facilmente confundidos, a exemplo da regressão na comunicação, do

desenvolvimento social e interacional, perda de capacidades adquiridas com

engatinhar, atraso mental profundo; Hiperventilacão e/ou paragens

respiratórios; ranger os dentes; redução da gordura e da massa muscular.

Na síndrome apresentam-se os sintomas que geram a perda de

funções e capacidades previamente adquiridas pela criança, favorecendo uma

constante redução de competências de uso da linguagem e da comunicação

não-verbal, inapetência para executar jogos, relações sociais e condutas

adaptativas.

A criança autista poderá sorri intencionalmente, segurar a cabeça,

pegar num objeto, se sentar sozinha, ficar de pé, mas depois de dois anos de

vida e antes dos dez anos de idade são notadas perdas significativas em

competências psicomotoras adquiridas.

Segundo Palha (2009) os sintomas da TID-SOE podem incluir

problemas de comunicação, como: dificuldade no uso e entendimento da

linguagem, no relacionamento com as pessoas, objetos e eventos e na

tendência de realizar padrões repetitivos de movimentos corporais associados

a comportamentos repetitivos. Não existe cura no ambiente médico-científico

para eliminar síndrome, mas são usados medicamentos para tratar problemas

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comportamentais específicos.

Um exemplo, de suporte à qualidade de vida da criança se constitui

na terapia especializada, de acordo com as necessidades de cada criança.

Quando o tratamento se realiza precocemente antes dos três anos de idade,

vários estudos evidenciam que o tratamento pode torna-se mais eficaz, pois

esse período em que a criança entra com mais naturalidade no campo dos

significantes do outro e deles se apropria.

Deve-se considera que embora se apresentem como egocêntricos

edirecionados a objetos ou ações que podem se diferenciar de acordo com as

experiências educativas vivenciadas no meio ambiente ou às oportunidades

vivenciadas pela criança, evidenciando-se que existe um conjunto de

elementos variáveis entre as crianças. (VILA; DIOGO; SEQUEIRIA, 2009)

1.3 Defasagens na comunicação e interação social

Partindo-se dessa percepção da defasagem na comunicação e na

interação social como cenário expressivo na vida do autista, não se pode negar

o prejuízo na linguagem que produz defasagem no desenvolvimento cognitivo

que dificultam as habilidades motoras.

De acordo com Ellis (1996, p. 28)

As crianças autistas os graus variados de comprometimento da fala, do mutismo absoluto até algum diálogo; estereotipias verbais (expressão de sons ou palavras de forma automática e sem finalidade aparente); presença de fala sem diálogo (atentar que a presença da é sempre atrasada), o comprometimento da modulação da voz; entre outros.

Evidencia-se que existe um grande prejuízo da criança autista em nível

de limitação da comunicação que é muito importante, na medida em que

possibilita a independência e o aprendizado social, essa defasagem

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compromete a interação social e afetiva no relacionamento com o mundo

circundante e as pessoas.

Segundo benenzon (1987, p. 87):

Os sinais mais comuns na esfera da comunicação não-verbal são a hipotonia muscular; posturas corporais estereotipadas; andar desajeitado ou extravagante; mímica pobre ou inexpressiva; mímica discordante com verbalização e atos como um abraço sem a mímica e a postura corporal expressiva; ausência de resposta mímica adequada aos estímulos do outro; ausência de gestos sociais como um aperto de mãos, abano de mão para despedida, etc; entre outros.

Carvalho e Avelar (2006) consideram que parte da dificuldade em

diagnostificar de atrasos linguagem e de comunicação na síndrome do autismo

e outros transtornos que acometem a criança desde seus primeiros meses, se

devem à carência de frequência em relação ao status de comportamentos

comunicativos pré-verbais (movimentos coordenados e gestuais com olhos e

mãos) e a presença de patologia mental.

Assim, os estudos demonstraram a importância dos gestos

comunicacionais pré-verbais especialmente os de natureza gestual referente

ao olhar, como um elemento fundamental no desenvolvimento afetivo e da

linguagem. Esses gestos as crianças autistas não apresentam.

Desta forma, o estudo comprovou a importância da percepção visual

para a aquisição da linguagem, associando-se à percepção auditiva para a

conquista do código lingüístico. Neste aspecto, a criança autista que tem um

desenvolvimento verbal precoce poderá estimular o desenvolvimento da

linguagem e favorecer à criança as condições de evoluir no processo de

construção do cognitivo.

Assim, constata-se que a linguagem facilita o ajustamento social, o

que aponta para a relevância da educação na promoção das habilidades

inerentes à linguagem na infância e o aprimoramento da adequação ao longo

do desenvolvimento da criança autista. Além da importância de outras funções

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cognitivas como a capacidade de atenção e memória contribui para a

discriminação, codificação armazenamento de fonemas, palavras e gestos.

Na concepção de Carvalho e Avelar (2006) avaliam que as

dificuldades com autismo podem significar tanto uma não aquisição da

linguagem, como uma perda progressiva das vocalizações verbais e não-

berbais já adquiridas, ou ainda a persistência de manifestações verbais com

características peculiares, assim a marca de estereotipia das manifestações

verbais da criança autista com as mãos e gestos repetitivos causam no

interlocutor, um efeito de estranhamento.

Os estudos de Pavone e Rubino (2003) demonstram que pelo fato

de muitas crianças autistas parecem não responder ou ter reação direta ao som

ou ainda, que não falam quando isso já poderia ser esperado, conduzem os

profissionais à hipótese de uma surdez sensorial.

Neste contexto, é fundamental que o profissional verifique também

as respostas comportamentais da criança. Em procedimentos de diagnóstico,

Pavone e Rubino (2003) identificaram que durante as avaliações por meio de

sons produzidos com diferentes instrumentos musicais, os resultados fizeram

parecer que a crianças não ouvia. Entretanto, a audiologista observou os

reflexos nas pálpebras e através do método de avaliação por Emissões

Otoacústicas2, os dados indicaram audição normal.

Na concepção de Pavone e Rubino (2003, p. 2) consideram que:

A ausência de fala e a aparente surdez também podem ser indicativos de uma falha na constituição subjetiva, o diagnóstico de surdez pode ficar em suspenso, e a audiologista decide por um encaminhamento à psicanalista.

2 As emissões otoacústicas constituem sons que podem ser registrados no meato acústico externo, espontaneamente, ou evocados por estimulação acústica. Quando evocadas, as emissões são comumente classificadas em função do estímulo gerador em transientes, estímulos freqüenciais e por produto de distorção. As emissões otoacústicas foram estudadas e observadas por Kemp (1978) que as definiu como “uma liberação de energia sonora produzida na cóclea que se propaga pela orelha média até o meato acústico externo” (FIGUEIREDO, 2003).

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Não são raríssimos os casos de crianças autistas anteriormente

diagnosticadas como surdas. Essa aparente surdez de crianças permite

identificar os erros de diagnóstico, na medida em que há a tendência para uma

percepção não recortada pelo significante, consequência da defesa primária do

autismo.

1.4 Comportamento: Estereotipias, Déficit de Atenção e

Instabilidasde motora

No comportamento da criança autista pode se manifestar auto-

agressão, comportamentos explosivos quer poderão vir associados ao desejo

de destrutividade e estereotipias motoras, cujos movimentos mais comuns são

o balanceio do corpo e o o flapping ( ou movimentos de bater os braços

imitando asas que ocorrem em estados de maior excitação) e o mexer os

dedos na frente dos olhos contra a luz; fazer birras, comportamentos

obsessivos, comportamentos repetitivos como girar sobre si mesmo ou girar

objetos sobre alguma superfície, falar ou perguntar algo infinitamente, etc.

Todas essas estereotipias dificultam um trabalho pedagógico e exigem

métodos e técnicas educacionais diferenciadas para a melhoria do

desenvolvimento da comunicação expressiva e a interação social.

Os estudos de Levin (2005) permitem evidenciar vários parâmetros

de avaliação sobre um dos pontos mais controversos do comportamento

autista: os estereótipos, o distúrbio do Déficit de Atenção e instabilidade

psicomotora. Os estudos comprovaram que as estereotipias é uma forma da

criança exprimir suas angústias mediante o movimento irrefreável e a

aceleração dos movimentos do corpo.

As estetreotipias são consideradas por Assumpção (1998) como um

comportamento que se concentra em processos repetitivos no comportamento

infantil e no autismo são caracterizados pela degeneração do Sistema Nervoso

Central e crianças com comprometimentos sensoriais.

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Para Hoder e Cohen (1983) os comportamento repetitivos são

característicos de deficiências múltiplas e retardos mentais e estão também

associados em estudos clínicos conclusivos a doenças psiquiátricas, sendo o

autismo infantil uma face desse resultado.

Segundo Levin, o avanço de tais sintomas é resultante de um

distúrbio causado por um problema neurológico e elétrico na informação

interneuronal que desencadeia um movimento incontrolado. A encenação do

sofrimento da criança que pode ser resultado de uma demanda de amor não

ouvida ou não atendida.

Levin (2005) destacou em seus estudos uma estrutura erotizada e

consequentemente uma demanda de afetividade e amor que poderá vista sob

o ponto de vista Psiquiátrico como uma postulação de forças libidinais que

podem ser resultantes da formação da personalidade e que tais dimensões

estão presentes, no seu funcionamento, na formação da personalidade e que

possuem suas próprias estruturas.

Durante a década de 60 o autismo teve grande expansão nos

estudos de enfoque psiquiátrico de etiologia estranha e misteriosa e, portanto

com uma patologia emocional, considerando-se os sintomas como a reação

das carências afetivas importantes. Deste modo, a carência de sociabilidade, a

inadaptação para a comunicação e o comportamento estranho era considerada

como supostas reações ao um meio familiar não harmonioso.

Sob essa perspectiva as pesquisa partiam da noção de que a família

e a escola não eram ambientes adequados para educar essas crianças que

apresentam tais sintomatologias. Os estudos consideravam os fundamentos

freudianos sobre a Teoria do Desenvolvimento Psicossexual tendo como foco o

embasamento para uma relação entre a afetividade e a cognição.

Na visão de Levin (2005) a criança autista evidencia a partir da

estereotipia um processo de inibição do desejo de afeto e essa dimensão

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significante se constitui em uma dimensão inconsciente que inibie

severamenteo mecanismo inteligente. Desta forma, evidencia-se na terapia a

necessidade da afetividade para o desenvolvimento cognitivo da criança

autista.

Laznik (1997), fala do estatuto das estereotipias como

características próprias do autismo, cujas ocorrências, apesar de seu retorno

insistente, têm um fim de descarga motora antes que de ato. Na visão do autor

reriam resíduos de gestos esvaziados de sua função de comunicação, e a

autora propõe que apenas na origem pudessem ter tido valor de ato. As

insistências estereotípicas apontam a ordem da repetição de representação,

nos estudos de Laznik (1997, p. 12) demonstra que:

Na busca de direção do tratamento sobre estereotipias na criança autista se devem restaurar nesses comportamentos seu valor representacional, associando-os às representações de palavras a fim de que adquiram um valor para além de seu corpo, que ainda responde como um puro real de descarga motora.

A princípio as estereotipias como comportamento característico do

autista, constata na insistência e repetitividade o que denota a necessidade de

um trabalho psíquico com a representação de sua constituição como sujeito.

Laznik (1997) propõe no trabalho com crianças o uso de imagens, embora se

considere as complexidades existentes por que a estereotipia torna

problemática a organização das representações próprias do inconsciente e,

apoiando-se nas imagens, a criança pode realizar uma suplência à circulação

dos pensamentos inconscientes.

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CAPÍTULO II

Autismo: Características para o diagnóstico

2.1 - Características para o diagnóstico

O diagnóstico do autismo é considerado complexo e por isso,

autores como Perissinoto (2003); Goldenberg (2001) e Gauderer (1997)

analisam a importância da realização de um diagnóstico diferencial, cujo

procedimento deverá ser multidisciplinar envolvendo neurologistas,

psicológicos e psicanalistas, além dos profissionais da área de fonoaudiologia.

Assim, o diagnóstico deve evidenciar também as situações que

envolvem além da queixa de perda de audição, também a ausência de fala e

atipia nas reações aos sons do ambiente.

De acordo com Ellis (1996, p. 29):

Os indivíduos autistas que desenvolvem razoavelmente a linguagem verbal, especialmente antes dos cinco anos, terão melhores condições cognitivas e de inserção social na vida futura. A emergência da linguagem verbal é elemento marcante e sinal do desenvolvimento futuro também nas situações de Transtorno do Desenvolvimento, no entanto, a simples presença de palavras não garante a qualidade desenvolvimento da comunicação.

O diagnóstico precoce é importante para poder iniciar a intervenção

educacional especializada o mais rapidamente possível e como há graus

diferenciados de autismo (como o de Asperger), cujo diagnóstico exige uma

avaliação criteriosa e uma intervenção criteriosa.

Deve-se considerar que os fatores da chamada Classificação

Internacional de Doenças da Organização Mundial de Saúde ou CID-10, que

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expressam as diferenças de sintomas, avaliados e evidenciados em uma

escala de investigação de autismo que abrangeu da idade precoce até aos 18

meses de idade.

O diagnóstico diferencial nem sempre é tarefa fácil, mesmo

considerando a heterogeneidade de quadros, considerados como ‘Transtorno

Global do Desenvolvimento (TGD). Por isso, os autores apontam que erros

poderão ocorrer se não houver por parte dos profissionais um diagnóstico

criterioso, levando-se em conta que os sintomas podem ser reagrupados em

duas categorias de alterações qualitativas no comportamento que podem levar

à ocorrência de erros.

O diagnóstico deverá se iniciar pela avaliação do comportamento da

criança em seu ambiente natural ou em clínica especializada para que se

possam avaliar por meio do comportamento as especificidades dos prejuízos

cognitivos, motores e físicos.

Conforme Perissinoto (2003, p. 12):

No processo de diagnose a descrição comportamental nem sempre é suficiente para a distinção do tipo de transtorno que a criança sofre, e mesmo a ausência de atraso clinicamente significativo de linguagem oral, aparentemente fazendo referência apenas à presença da fala no final do primeiro ano de vida pode não ser um diagnóstico totalmente correto, se for confundido com as semelhanças entre Autismo e Asperger e há esforços de pesquisa para o aprimoramento da distinção entre os quadros e maior precisão no binômio diagnóstico/conduta.

O detalhamento do profissional durante o diagnóstico conforme

Perissinoto (2003) deverá envolver uma avaliação dos sintomas, com base na

diferenciação do transtorno de Asperger comparando aos sintomas do autismo,

cujo processo de diferenciação exige conhecimentos definidos dos dois tipos

de Transtornos que possuem uma grande aproximação, mas são diferentes

entre si.

Estudos de Gauderer (1997) aponta que um dos aspectos

diferenciais reside na observância de que o desenvolvimento social do portador

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do Transtorno de Asperger é melhor do que o da criança com Autismo. Assim, o

comportamento é um elemento importante para o diagnóstico, a partir da

observação dos interesses específicos e restritos, dificuldades motoras e

linguagem regular, porém, alguns destes pontos ainda estão em discussão,

uma vez que as diferenças entre o Transtorno de Asperger e o autismo

mostram-se mais qualitativas que quantitativas.

Com o mesmo intuito de aprimoramento de diagnóstico e precisão de

conduta, os quadros considerados como de portadores de TGD sem outra

especificação vêm sendo revistos e discutidos. Alguns destes sujeitos com tal

diagnóstico têm comportamento em que a área de interação social parece mais

comprometida que as de comunicação.

No entanto, a complexidade do diagnóstico reside no fato de que não

há testes laboratoriais ou de imagem que possam diagnosticar o autismo.

Assim o diagnóstico deve feito clinicamente, pela entrevista e histórico do

paciente, sempre sendo diferenciado do diagnóstico de surdez, problemas

neurológicos e retardo mental. Apesar do diagnóstico do autismo não poder ser

confirmado por meio de exames as doenças que se assemelham ao autismo

podem. Vários testes e exames podem ser realizados com a finalidade de

descartar os outros diagnósticos, fator que favorece aos profissionais uma

análise mais rápida.

Dentre os vários critérios de diagnóstico três não poderão faltar:

averiguar as poucas ou limitadas manifestações sociais, habilidades de

comunicação não desenvolvidas, comportamentos da criança, interesses e

atividades repetitivos. O diagnóstico desses sintomas deve aparecer antes dos

três anos de idade como parte integrante dos processos que demonstram que o

quadro da criança é de autismo.

A diagnose do Transtorno Autista abrange uma grande variedade

prejuízos ou comprometimentos nas áreas de: (1) interação social; (2)

comunicação; (3) padrões restritivos, repetitivos e estereotipados de

comportamento, interesses e atividades.

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Os comprometimentos na área de interação social, apresentados mo

DSM-IV-TR abrangem os seguintes comportamentos: O contato ocular é

distante e não relação com nenhuma com o ambiente de ação e nem tampouco

se pode notar a expressão facial ou às posturas corporais e gestos para

interação social. Na área afetiva se dá pelo exagero e inapropriação das

respostas emocionais que evidenciam não haver ligações com os eventos

ambientais.

Na visão de autores como Laznik (1997) e Leboyer (1987) existem

muitos comprometimentos na área de comunicação do DSM-IV-TR que

abrangem ações e habilidades humanas relevantes para a formação do sujeito

durante as etapas da vida: como falar bem, se comunicar de forma expressiva,

manter um nível de interação com o meio social.

O autista não apresenta tais habilidades, na medida em que quanto

mais tardio o diagnóstico mais complexo se determina o quadro de

agravamento dos sintomas. Que podem colocar em fracasso as tentativas de

educação em vários níveis de terapias e intervenções.

QUADRO AUTÍSTICO DEFASAGENS

1- Atraso ou ausência da fala e gestos Linguagem e comunicação

2-Comprometimento da atenção Interação social

3-Estereotipias e repetições Interação social

4-Linguagem Idiossincrática Linguagem

5- Carência de estímulos ambientais Comunicação e interação social

6-Falta de compreensão da linguagem Linguagem

7-Imitação social Interação social

8- Carência de entonação na voz Linguagem

9-incapacidade de socialização Comunicação e interação social

Fonte: Laznik (1997) e Leboyer (1987)

Com base no quadro acima se descreve o quadro autístico como um

indicativo geral de análise dos profissionais durante o diagnóstico, as

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defasagens avaliadas não devem partir somente da análise fonológica ou

apenas ao diagnóstico nosográfico, mas ampliar expressamente a análise do

histórico e da sintomatologia em nível comportamental que envolvem os

estereótipos e as rotinas, levando em consideração os comportamento

baseados em auto-estimulação e auto-agressão.

Os comportamentos analisados durante o diagnóstico perfazem uma

trajetória de conhecimento real da rotina da criança e de suas ações diante de

estímulos ambientais. Deste modo são os autistas geralmente apresentam o

seguinte quadro comportamental: Dificuldade de relacionamento com outras

crianças; riso inapropriado; pouco ou nenhum contato visual; aparente

insensibilidade à dor; preferência pela solidão; modos arredios; rotação de

objetos; inapropriada fixação em objetos (apalpá-los insistentemente, mordê-

los); perceptível iteratividade ou extrema inatividade; ausência de resposta aos

métodos normais de ensino; insistência em repetição, resistência em mudança

de rotina; não tem consciência de riscos ou medos; procedimento com poses

bizarras, etc...

Para a realização do diagnóstico não existe somente uma tipologia

de exames ou método ou procedimento médico, são realizados um série de

exames (fonouadiológico, audiométrico, timpnométrico e outros) e avaliações

médicas (eletroencefalogramas e imagens computadorizadas e por

ressonância magnética) na criança, buscando enriquecer o histórico de

informações que permita justificar este quadro clínico.

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CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO

PRECOCE E DO TRATAMENTO PSICOPEDAGÓGICO

3.1 Identificação Precoce

Para analisar a importância da identificação precoce do autismo, é

preciso primeiro falar sobre as idades de surgimento do autismo que permite

uma avaliação mais apurada sobre o estudo.

Conforme a CID10 e o DSM-IV-TR, o diagnóstico deverá ocorrer até

os 36 meses de idade, mas existem possibilidades de ser diagnóstico antes,

aos 24 meses. Os estudos apontam cada vez mais a busca segura de sinais

mais precoces antes mesmo dos 12 meses.

O diagnóstico precoce é muito importante na medida em que o

autismo precoce se estabelece em sinais nos primeiros 12 meses de vida,

podendo ser identificado ou não.

Na visão de Correia (2005, p. 12):

Deste modo, após uma identificação precoce, a intervenção precoce no autismo é fundamental para que não se agravem as primeiras manifestações de patologia, dificultando a intervenção numa fase posterior e para amenizar o prejuízo no desenvolvimento da criança. Assim, a intervenção precoce no autismo consiste em atuar sobre os sintomas iniciais da patologia, evitando que estes se tornem irreversíveis e mais difíceis de tratar.

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Deste modo, é preciso obter um diagnóstico precoce na medida em

que se pode analisar que conforme Klinger e Dawson (1992, p. 3) as

dificuldades de comunicação no autismo se encontram muito mais na área da

comunicação social do que na produção da fala. Por isso, como as crianças

autistas são capazes de falar, mas não percebem os outros como agentes

comunicativos, não desenvolvem a intenção de se comunicar. Contudo,

precisam desenvolver essa intenção para o progresso do uso funcional que

deverá caracterizar a possibilidade de melhoria da linguagem, ou seja,

necessitam de desenvolver os precursores da linguagem.

Deste modo ao descobri precocemente que uma criança é autista é

necessário guiar a família para a busca de um suporte educativo em que se

projetem a criação de situações, em contextos naturais de interação, que

possam induzir a criança a realizar movimentos e canalizar o diálogo. A

disponibilização de recursos e brinquedos para que seja possível motivar a

criança a iniciar uma linguagem de comunicação mantendo uma rotina de

ações com consistência nas atividades educativas sem mudanças no ambiente

educativo.

3.2 Estratégias de intervenção educacional com crianças

autistas a partir da psicopedagogia

A produção de recursos e instrumentos é relevante para que o

psicopedagogo tenha a oportunidade de conhecer realmente as dificuldades da

criança autista e buscar atender suas necessidades de socialização e afetiva

relação com os objetos.

O papel do psicopedagogo é ouvir as queixas de pais e favorecer uma

relação de suporte para o entendimento das dificuldades de aprendizagem da

criança diante da sintomatologia do autismo.

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O reconhecimento de Autismo em crianças e jovens requer dos

profissionais uma experiência considerável, com uma gama variada de crianças

em desenvolvimento típico e atípico que dimensionam a complexidade do

diagnóstico.

Perissinoto (2003, p. 23) expressa:

O autismo é uma desordem descrita como persistente e duradoura. São raros os relatos de mudanças no diagnóstico: crianças diagnosticadas como autistas mantém-se autista durante a adolescência e a vida adulta. No entanto, ao longo de tempo, o indivíduo com Autismo muda seu comportamento e as atipias respectivas podem se atenuar com a idade.

As constatações sobre a doença demonstram que as atipias

respectivas podem se atenuar com a idade, a partir de processos de

intervenção poderá contribuir para um nível de desenvolvimento, dependendo

das intervenções educacionais e terapêuticas que a criança receba.

Assim, verifica-se a possibilidade de facilitações por meio de

estratégias educativas e intervenções específicas para cada criança a fim de

estimular o desenvolvimento da linguagem e a adaptação do indivíduo ao

mundo social, estimulando as habilidades, a partir de oportunidades que tenha

em cada fase da vida.

Araújo (2000, p. 47) adverte que:

Os comportamentos estereotipados e parte do afastamento social na criança autista diminuem com a idade, permanecendo, invariavelmente, as dificuldades sociais e anormalidades nos aspectos pragmáticos da comunicação. A maioria dos sujeitos com autismo continua apresentando desvio cognitivo considerável, distúrbio de linguagem, comportamentos estereotipados e inabilidades no processo de interação social.

Assim, avalia-se que as crianças autistas sem retardo mental,

poderão receber estímulos para aumentar seu coeficiente de inteligência de

maneira significativa. Portanto, compreender o desenvolvimento do sujeito

portador de Autismo requer considerar as diferenças individuais, a criança em

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desenvolvimento comum faz enormes mudanças de comportamento em

especial nos primeiros anos de vida.

No autista, as habilidades relacionadas à locomoção, destreza e

agilidade com o próprio corpo e no uso de objetos são relacionadas ao

desenvolvimento exploratório que, por sua vez, sustenta os processos de

abstração e reorganização progressiva de conhecimento, considerando-se que

o distúrbio não afeta todas as áreas do comportamento na mesma proporção.

Prizant, Wetherby e Rydell (2000), citados por Correia, defendem

que os problemas comportamentais como a agressividade para com os outros,

as birras e a auto-agressão, são tentativas de comunicação da criança. Para

ajudar a minimizar estes “comportamentos-problema”, é importante que a

criança desenvolva atividades efetivas de comunicação e interação social para

que possam expressar as suas intenções.

Deste modo, as atividades educativas são fundamentais para que

sejam possibilitadas à criança experiências que possam permitir esse

esvaziamento de energia e de desejos de comunicação que não consegue

realizar quer através dos gestos, do olhar ou até mesmo da fala.

Correia (2005) refere que a intervenção deve ser individualizada,

respeitando a singularidade de cada criança e suas diferenças. Para tal, é

imprescindível analisar pormenorizadamente as suas habilidades e

competências e dificuldades, considerando sempre suas preferências e

necessidades para o desenvolvimento de estratégias de intervenção.

Sob esse ponto de vista, Correia (2005) enfatiza que os adultos

devem estar atentos como guias, dando as crianças o suporte para que estas

se possam desenvolver, por meio de recursos e técnicas que lhes permitam as

oportunidades, a vencer as suas dificuldades, apoiando-as e orientando-as

perante as contrariedades. Por esta razão, a importância de um atendimento

especial é fundamental para que a família assuma um papel ativo no processo

de intervenção.

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Segundo Arbex (2007, p. 02) a intervenção psicopedagógica baseada

na atuação em conjunto com as características familiares permite também o

esclarecimento, permitindo a orientação adequada da família, assim como o

incentivo no auxílio para melhorar a qualidade de vida da criança.

A Psicopedagogia possibilita ao educador o contato com um novo olhar

para a própria prática com a família da criança autista e, ao mesmo tempo,

uma escuta ampliada e voltada para o que não é revelado. Sob essa

perspectiva, é preciso acompanhar esta criança que passa muito mais tempo

com a família, assim como orientar e dar suporte a todos que lidam com

diariamente com a criança.

A atenção compartilhada entre familiares e psicopedagogos tem sido

considerada uma forma de favorecer a habilidade mais importante dessa fase

por ser um precursor da compreensão das intenções comunicativas dos outros,

da imitação com inversão de papéis e da linguagem como meio de interação

social. As habilidades de linguagem parecem emergir de atividades não de

atenção compartilhada.

Conforme Laznik (1997, p. 34):

Para adquirir um símbolo, a criança precisa ser capaz de determinar a intenção comunicativa do outro e se engajar em imitação com inversão de papéis. Isso significa que a criança precisa ser capaz de compreender as intenções do adulto com relação à sua própria atenção, ou seja, em que o adulto quer que ela focalize - estabelecendo atenção compartilhada. Ela também precisa ser capaz de usar o novo símbolo com relação ao adulto da mesma maneira e com o mesmo objetivo comunicativo que o adulto.

Deste modo, a criança autista necessita de medidas de atenção

compartilhada e outras habilidades sociocomunicativas não verbais têm sido

importantes no desenvolvimento da linguagem e da comunicação.

Os resultados do estudo demonstram que o autismo infantil

corresponde a um quadro complexo que exige abordagens de cunho

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multidisciplinar, portanto, é importante que influenciar a família a investir em

terapia psicopedagógica, visando-se não somente a questão educacional e da

socialização, mas também a qualidade de vida da criança.

As teorias cognitivas numa abordagem teórica para o autismo têm

demonstrado que o diagnóstico precoce poderá ser muito relevante, na medida

em que atualmente se estabelece uma conexão entre as teorias cognitivas e a

o incentivo à família em desenvolver por meio de tratamento psicopedagógico

como terapia apropriada para as crianças com a síndrome.

Deste modo para haver inclusão educativa é necessário uma série

de acompanhamento por meio de recursos e profissionais especializados para

lidar com a criança autista, a partir de técnicas e métodos de ensinos e suporte

a exemplo da intervenção psicopedagógica.

Atualmente as crianças com necessidades educativas especiais e

estão sendo o centro das políticas educativas voltadas para o estabelecimento

de medidas de inclusão social. A Declaração de Salamanca (1994) e a Lei n.

9394 de Diretrizes e Bases da Educação (1996) ratificam a igualdade e o

direito à educação para todo cidadão.

Essa política representa uma forma de ampliar as condições de

identificação precoce do diagnóstico de autismo para que as crianças tenham a

oportunidade de ter acesso a um projeto pedagógico para corresponder suas

necessidades educativas especiais. O atendimento psicopedagógico se

enquadra devidamente nessa iniciativa de ampliar as condições efetivas de

estabelecer os caminhos para a definição do tratamento psicopedagógico da

criança autista.

O psicopedagogo poderá trabalhar em conjunto com as famílias

reconhecendo os tabus que existem sobre as dificuldades de ensinar crianças

autistas, mas estimulando os mecanismos que possam dar suporte à família.

A Psicopedagogia é um tratamento que poderá interferir no processo

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de aprendizagem produzindo condições de melhorar os recursos para as

crianças autistas, elaborando soluções que visem ativar a aprendizagem e

envolver todos na construção coletiva do saber.

Segundo Bedin (2002, p. 01):

Uma análise crítica inicial referente à aprendizagem me faz pensar na responsabilidade da psicopedagoga e educadora ao apontar diagnósticos definitivos quanto à aprendizagem e não-aprendizagem. O fio condutor que separa o não-saber do não querer revelar (se) me parece frágil, quase imperceptível sob o sintoma, produzindo conjecturas muitas vezes equivocadas, prejudicando a aprendizagem uma vez que só se aprende com o outro e pelo outro, lidando com a realidade atuando sobre ela de maneira qualitativa e criativa.

Desta forma, o psicopedagogo representa um importante

instrumento de atuação para o processo de aprendizagem. Cabendo a ele

reconhecer os elementos que interagem na aprendizagem, buscando minimizar

aqueles que dificultam o conhecimento e ampliar os elementos que

potencializam o saber.

Para Mendes (2006) o psicopedagogo possui entre suas

características fundamentais transformar as concepções do saber, por meio de

novas práticas, baseadas no reconhecimento de potencialidades e entraves, e

buscando no trabalho em conjunto fazer do processo de aprendizagem algo

agradável, útil e dinâmico para o aluno.

Assim, a psicopedagogia para uma melhor atuação necessita do

auxílio de todos os mecanismos que interferem, seja direta ou indiretamente no

processo do aprendizado. Ao reconhecer estes elementos torna-se mais fácil e

eficaz a atuação do psicopedagogo.

Após ser identificado a síndrome na criança, o psicopedagogo

deverá intervir de forma a contribuir no desenvolvimento e melhoria do

processo de aprendizagem auxiliando a aumentar as condições de interação

social da criança.

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O psicopedagogo deve montar uma intervenção adequada

considerando as características individuas da criança. Conforme Carvalho e

Cuzin (2008), o psicopedagogo deve trabalhar, visando sempre à minimização

das limitações e a maximização das potencialidades do sujeito autista.

O Psicopedagogo poderá contribuir para que sejam tomadas o

primeiro passo para que seja organizado um currículo adaptado às

necessidades do autista a partir de um programa específico devidamente

adaptado.

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CONCLUSÃO

Para este trabalho teve como foco a importância do diagnóstico

precoce do autismo para a criança ter a oportunidade de obter as condições

mais cedo de ter uma atendimento especializado por meio de tratamento

psicopedagógico.

Demonstrou-se não longo do estudo que as descobertas precoces

tem grande relevância na qualidade de vida da criança, auxiliando na forma de

técnicas e recursos uma forma da criança se expressar verbalmente e não-

verbalmente.

Apresentou-se como foco a Psicopedagogia como terapia, na

medida em que também poderá ter grande influência na motivação da família,

nas condições de fornecer ao autista um tratamento que favoreça suas

necessidades individuais de linguagem e comunicação, por meio de técnicas

específicas e a preparação de ações rotineiras e atividades que possam

permitir à criança uma evolução da interação social com o mundo em volta.

Evidenciou-se que a Psicopedagogia poderá ser muito importante

como intervenção precoce, com a finalidade de estabelecer motivação e

estímulos de forma que a família possa também contribuir com esse

desenvolvimento.

O estudo permitiu avaliar que a Intervenção Precoce beneficia o

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desenvolvimento global de crianças com esta síndrome. Para que a criança

com Autismo alcance o seu desenvolvimento global é necessária uma

intervenção nas áreas afetadas, uma intensa estimulação com vivências

múltiplas mais rotineiras para a adaptação da criança, no meio mais

normalizante possível, no quadro da cultura envolvente, onde a família está

inserida.

Como estratégia para a identificação precoce do autismo pode ser

utilizada as atividades psicopedagógicas voltadas para o estímulo à interação

social e a aprendizagem da linguagem. A técnica psicopedagógica é simples e

explora todas as capacidades cognitivas das crianças, através das atividades

buscando as correlações e significações em um ritmo que obedece as

necessidades da criança por uma rotina sistemática.

Deste modo, o diagnóstico precoce favorecer a realização de um

programa específico que permita prever com segurança a utilização de

instrumentos desenvolvidos para a identificação precoce do autismo se

quisermos fazer tal identificação e proporcionar uma intervenção também

precoce.

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BIBLIOGRAFIA CONSULTADA

AMIRALIAN, M.L.T.M. Psicologia do Excepcional. vol. 8. São Paulo: E.P.U., 1978. ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. Manual de Estatística e Diagnóstica de Transtornos Mentais (DSM IV TM) 4. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. ARRUDA, A. O ambiente natural e seus habitantes no imaginário brasileiro. In: ____. (Org.). Representando a alteridade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, 23 dez., 1996. CALDEIRA, Pedro, 2005. Abordagens à problemática do Autismo-Caracterização e Intervenção - Jornadas de Formação Caldas da Rainha Junho 2005. CARVALHO, R. E. Educação Inclusiva: com os pingos nos "is". Porto Alegre: Mediação, 2004. CURY, Augusta. Maria. A maior educadora do mundo. EDUSP. São Paulo. 2003. CUTLER, B. ROCCA, J. Today’s Criteria Inclusion of student with autism/PPD in Natural Commuties NY, 2000. DÁU, Ana Luísa Brbosa Torreão. A investigação de sinais precoces de risco de autismo em bebês com irmãos autistas. Dissertação de Mestrado (Piscologia) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2010. ARAÇÃO DE SALAMANCA. Conferência Mundial sobre Necessidades Educativas Especiais, Acesso e Qualidade, Ed. UNESCO, 1994. ELLIS, K. Autismo. Ed. Revinter: Rio de Janeiro, 1996. FACION, J.R.: Catalogo de Caracteristicas e Sintomas para o reconhecimento da Sindrome de Autismo. H.E. Kehrer; em GAUDERER, Ch.: Autismo e outros Atrasos do Desenvolvimento. Uma atualização para os que atuam na area: do especialista aos pais. CORDE-Min. Ação Social, Brasilia, 1993, pags. 141-144 FACION, J. R.. Modelo integrativo para o tratamento de pacientes portadores de deficiência mental e distúrbio de comportamento. Em aberto,Brasília: v. 13, n. 60, p. 117-119, out./dez., 1993.

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JODELET, D. Os processos psicossociais da exclusão. In: SAWAIA, B. B. As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001. p. 53. ______ . A alteridade como produto e processo psicossocial. In: ARRUDA, A. (Org.). Representando a alteridade. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002. p. 48-50. KANNER, L. (1997/1943) Os distúrbios autísticos do contato afetivo. In Rocha, P.S.(org.) Autismos. S. Paulo: Editora Escuta KLEIN, Melanie. A Psicanálise de Crianças. (1932). Rio de Janeiro: Imago, 1997.Vol 2. p.1-350. _________; HERMANN, P; R.E. Money – Kyle (Org). Novas Tendências na Psicanálise (1955). Rio de Janeiro: Zahar Editores. 1ª Edição. KUPFER, M. C. Tratamento e escolarização de crianças com distúrbios globais de desenvolvimento. Salvador: Ágalma, 2004. LAMPREIA, C. (2007). A perspectiva desenvolvimentista para a intervenção precoce no autismo. ____________Perspectivas da pesquisa prospectiva com bebês irmãos de autistas. Piscol. Ciênc. Prof. Vol. 29 n. 01, Brasília, 2009. LAZNIK, Marie-Christine. A voz da sereia: O autismo e os impasses na constituição do sujeito. Salvador: Ágalma, 2004. _________ Risco de autismo em bebês. O bebê e a modernidade: abordagens teóricoclínicas. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2002. LOBO, L.F. Os Infames da História: A Instituição das deficiências no Brasil. Tese de doutorado. Depto de Psicologia- PUC-Rio, 1997. LAZNIK, M. C. Rumo à palavra: três crianças autistas em psicanálise. São Paulo: Escuta, 1997. LEBOYER, M. Autismo infantil - fatos e modelos. São Paulo: Papirus, 1987. LOPES, Eliana Rodrigues Boralli. Autismo: Trabalho com a Criança e com a Família.1ª ed. São Paulo: EDICON: AUMA, 1997. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Classificação dos Transtornos Mentais e de Comportamento da Cid-10. Porto Alegre: Artmed, 1992. ORNITZ, E. M. Autismo. In: GAUDERER, C. Autismo e outros atrasos do desenvolvimento: uma atualização para os que atuam na área; do especialista aos pais. Brasília: Corde, 1977

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MAHLER, M. As psicoses infantis e outros estudos. 3. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1989. 157 p. ________ Autismo e simbiose: duas graves perturbações de identidade. Op. cit., cap. 4, pp. 52-61. (1972. MORAES,C – Autismo Infantil, in. PsiqWeb, Internet, disponível em <http://www.sppc.med.br/infancia2.html> revisto em 24 Jan, 2013. PLAISANCE, Eric. Ética e Inclusão. Centro de Pesquisas sobre Laços Sociais. Universidade de Paris.Paris, 2004. SCHWARTZMAN, J. S.; ASSUMPÇÃO, F.B.J.; e colaboradores. Autismo Infantil. São Paulo: Memon, 1995. SCHWARTZMAN, J. S. Autismo Infantil. Brasília: Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, 1994.

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ANEXOS

Índice de anexos

O índice de anexos demonstra os conteúdos que foram importantes para o

contexto da pesquisa, assim optou-se por apresentar os seguintes conteúdos:

Anexo 1 >> Conteúdo de Livros

Anexo 2 >> Artigos Especializados

Anexo 3 >> Slide

Anexo 4 >> Dissertação de Mestrado

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ANEXO 1

PRODUZINDO O MATERIAL

Material de Livros:

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ANEXO 2

Artigos Especializados

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ANEXO 3

Slide

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ANEXO 4

Dissertação de Mestrado

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BIBLIOGRAFIA CITADA

1. ARAÚJO, C.A. O processo de individuação no autismo. São Paulo:

Memnon, 2000. 2. ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA. Manual de Estatística e

Diagnóstica de Transtornos Mentais (DSM IV TM) 4. Ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.

3. BARON-COHEN, S. (1991). Do people with autism understand what

causes emotion? child development, VOL, 62, 1991. 4. BENENZON, Rolando O. O autismo, a família, a instituição e a

musicoterapia. Rio de janeiro: Enelivros, 1987.

5. BRASIL. Lei nº 9394, de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, 23 dez., 1996.

6. DÁU, Ana Luísa Brbosa Torreão. A investigação de sinais precoces de

risco de autismo em bebês com irmãos autistas. Dissertação de Mestrado (Piscologia) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro, 2010.

7. ELLIS, K. Autismo. Ed. Revinter: Rio de Janeiro, 1996. 8. LAMPREIA, C. Perspectivas da pesquisa prospectiva com bebês irmãos

de autistas. Piscol. Ciênc. Prof. Vol. 29 n. 01, Brasília, 2009.

9. LAZNIK, M. C. Rumo à palavra: três crianças autistas em psicanálise. São Paulo: Escuta, 1997.

10. LEBOYER, M. Autismo infantil - fatos e modelos. São Paulo: Papirus,

1987.

11. PAVONE, Sandra & RUBINO Rejane. Da estereotipia à construção da escrita num caso de autismo: Dois relatos... Um percurso. Estilos da Clínica, vol. 8, nº 14, São Paulo, Jun72003.

12. PERISSINOTO, J. Conhecimentos essenciais para atender bem a

criança com autismo. São José dos Campo: Pulso, 2003.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ......................................................................................... 02 AGRADECIMENTOS ....................................................................................... 03 DEDICATÓRIA ................................................................................................ 04 RESUMO ......................................................................................................... 05 METODOLOGIA .............................................................................................. 06 SUMÁRIO ........................................................................................................ 07 INTRODUÇÃO ................................................................................................. 08 CAPÍTULO I – TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO ...... 12

1.1 Definição e avanço dos estudos sobre o autismo ......................................................

1.2 Sintomatologia ............................................................................................................

1.3 Defasagens na comunicação e interação social .........................................................

1.4 Comportamentos: estereotipias, Déficit de Atenção e Instabilidade Motora .............................................................................................................. 21 CAPÍTULO II – AUTISMO: CARACTERÍSTICAS PARA O DIAGNÓSTICO .. 24

2.1 características para o Diagnóstico ................................................. 24

CAPÍTULO III – A IMPORTÂNCIA DA IDENTIFICAÇÃO PRECOCE E DO

TRATAMENTO PSICOPEDAGÓGICO ............................................................ 29

3.1 Identificação precoce ..................................................................... 29

3.2 Estratégias de intervenção educacional com crianças autistas a

partir da psicopedagogia .................................................................................. 32

CONCLUSÃO .................................................................................................. 37

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ...................................................................... 39

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BIBLIOGRAFIA CITADA ................................................................................. 47

ÍNDICE ............................................................................................................. 48