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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA Plasticidade cerebral uma rota alternativa para aquisição da aprendizagem Por: Marilene de Jesus Matos de Sá Orientador Prof. Marta Pires Relvas Rio de Janeiro 2014 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

Plasticidade cerebral uma rota alternativa para aquisição da

aprendizagem

Por: Marilene de Jesus Matos de Sá

Orientador

Prof. Marta Pires Relvas

Rio de Janeiro

2014

DOCU

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

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Plasticidade cerebral uma rota alternativa para aquisição da

aprendizagem

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Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada

como requisito parcial para obtenção do grau de

especialista em.Neurociência Pedagógica

Por: Marilene de Jesus Matos de Sá

Rio de Janeiro

2014

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus pelo dom da vida e me abençoar a casa dia.

Ao Alexandre Magno que me faz acreditar que amigo é o bem maior

que podemos ter na vida.

A amiga de todas as horas Marisa pela compreensão durante esse

meu aprendizado.

Aos familiares pelo incentivo e acreditarem no meu potencial.

E a todos que juntos ao meu coração torceram direta ou indiretamente

para essa nova etapa da minha vida.

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a todas as crianças com necessidades

educacionais especiais, que despertaram em mim o desejo de as tornar seres

integrados na sociedade, desenvolvendo possibilidades no ato de aprender.

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RESUMO

Ao longo da historia da humanidade pesquisadores queriam saber

como o homem aprendia e como o cérebro funcionava para aprender.

Existia uma necessidade muito grande de se estudar sobre o

sistema nervoso que a cada década vinha crescendo e no ano de 1990 a

OMS( Organização Mundial da Saúde)elege como a Década do Cérebro.

A partir do século XX estudos científicos vem sendo realizados sobre

o funcionamento do cérebro nos exames de raio x, eletroencefalograma e dos

exames mais sofisticados como a tomografia e a ressonância magnética,nos

permitindo avanços no estudo da atividade cerebral num caminho no interior do

cérebro.

Assim, novas concepções são trazidas sobre a ação cerebral no

campo de atuação do estudo da cognição, e segredos são desvendados tanto

na área da medicina como na educação, permitindo á aprendizagem do ser

humano.

Cada vez que um ser vivo que tem um sistema nervoso que

modifica o seu comportamento em função de experiências passadas e se dá o

aprendizado, entende-se que se deu a plasticidade cerebral.

A plasticidade cerebral é uma das descobertas mais revolucionárias

desde que os cientistas desvendaram a anatomia básica do cérebro. A

plasticidade cerebral promete derrubar a noção ultrapassada de que o cérebro

é rígido e imutável. Ela dá esperanças aqueles com limitações mentais, e com

lesões neurológicas consideradas incuráveis, mas, expande nosso

entendimento da saúde do cérebro.

E a plasticidade cerebral descortina a visão do sujeito de aprender e

a se relacionar com a vida social e na aprendizagem de saberes, e as

potencialidades desse cérebro.

Palavras chaves: cérebro, plasticidade cerebral, Neurociência,

aprendizagem.

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METODOLOGIA

Para realizar essa pesquisa bibliográfica foram realizadas leituras e

pesquisas dos autores abaixo:

A.R.Luria. Fundamentos de Neuropsicologia.

Lou Olivier. Distúrbios de Aprendizagem e de Comportamento

Marta Pires Relvas com: Fundamentos Biológicos da Educação;

Neurociência de Aprendizagem;Neurociência e Educação; Neurociência na

Pratica Pedagógica.

Robert Lent. Cem Bilhões de Neurônios?

Roberte Metring. Neuropsicologia e Aprendizagem

Artigos da Revista Mente e Cérebro

www.periodicos,capes.gov.br

O estudo de caso baseia-se em um vídeo e uma reportagem do

relato do caso Hendrew Gomes.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.................................................................................................... 8

CAPÍTULO I - Cérebro: Instrumento da evolução humana, descobrindo suas potencialidades de aprender com a plasticidade cerebral.................................. 9

CAPÍTULO II - O que é Plasticidade cerebral. Definindo..................................21

2.1 A plasticidade cerebral e sua relação com os estímulos ambientais.........24

2.2 A reabilitação do cérebro lesionado promovendo as reconexões dos

circuitos neurais.................................................................................................27

CAPÍTULO III – A Neurociência desencadeando possibilidades no ato de

aprender.............................................................................................................34

3.1 Identificando métodos aplicados na aprendizagem e na reorganização

desse cérebro....................................................................................................36

3.2 Um estudo de caso......................................................................................39

CONCLUSÃO....................................................................................................43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA........................................................................44

ÍNDICE...............................................................................................................45

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INTRODUÇÃO

O tema deste trabalho é sobre plasticidade cerebral e as rotas

alternativas para a aquisição da aprendizagem.

Sabe-se que o cérebro é o órgão mais complexo do corpo humano e

se comunica com todo o corpo, sendo o responsável de controlar os

movimentos e a mente.

Todas essas informações foram chegando ao longo do tempo sobre

esse funcionamento e novas concepções sobre a ação cerebral no campo de

atuação do estudo da cognição e da aprendizagem humana.

Pesquisas atuais sobre o cérebro e o desenvolvimento das

potencialidades nos responde sobre o que ocorre num cérebro lesionado e o

conceito de plasticidade cerebral e a aprendizagem.

Descrevendo um cérebro lesionado e suas potencialidades de

aprender a plasticidade cerebral, os métodos aplicados na aprendizagem e a

reorganização desse cérebro.

No capitulo I será abordado o cérebro como um instrumento da

evolução humana, descobrindo suas potencialidades de aprender com a

plasticidade cerebral

No capitulo II definindo o que é plasticidade cerebral e sua relação

com os estímulos ambientais, e a reabilitação do cérebro lesionado

promovendo as reconexões dos circuitos neurais.

No capitulo III a Neurociência desencadeando possibilidades no ato

de aprender e identificando métodos aplicados na aprendizagem e na

reorganização desse cérebro num relato de um caso de um menino de Brasília

que havia sido desenganado pelos médicos pois, havia nascido sem parte do

cérebro e atinge a adolescência com funções motoras por causa da

plasticidade cerebral.

Esse trabalho mostrará que o cérebro é uma maravilhosa máquina

humana, podendo com a plasticidade cerebral reorganizar sua estrutura de

funcionamento, permitir novas adaptações na estrutura do sistema nervoso

central.

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CAPÍTULO I - CÉREBRO: INSTRUMENTO DA EVOLUÇÃO

HUMANA DESCOBRINDO SUAS POTENCIALIDADES DE APRENDER

COM A PLASTICIDADE CEREBRAL.

O cérebro é uma massa rica em neurônios e células de sustentação.

Seu peso aproximado é de 1,3 até 1,6 na fase adulta. Seu tamanho não

aumenta muito e o mais importante são as quantidades de sinapses que os

neurônios realizam dentro da massa cerebral.

Essas sinapses é que serão determinantes para seu funcionamento

nas suas funções complexas, como memória, linguagem, percepção,

pensamento e nos símbolos.

Segundo definição em alguns livros e artigos acadêmicos de autores

renomados e pesquisadores como Robert Lent, Cem Bilhões de Neurônios?

Marta Relvas, Neurociência na Pratica Pedagógica; Fundamentos

Biológicos da Educação; Neurociência e Educação; Neurociência e

Transtornos de Aprendizagem; Lou Olivier, Distúrbios de Aprendizagem e

Comportamento; Roberte Metring Neuropsicologia e Aprendizagem.

Encontra-se ainda informações de que o cérebro humano começa a

existir no momento em que o animal necessita de planos mais elaborados para

sua sobrevivência no meio onde vive. E que a medida que vamos evoluindo e

nos adaptando transferimos as novas informações do novo comportamento

para nossa herança genética, que ficam gravadas no cérebro as mais

importantes desde o nosso nascimento, por exemplo as reflexas respirar,sugar,

e também as mais aprimoradas.

A partir dessas informações as crianças vão aprender sobre o

mundo em que vivem, e terão oportunidades de alterar seu comportamento

para se adaptarem a outras mudanças.

No nascimento já entende-se hoje que nosso cérebro não é zerado,

já traz conhecimentos para sua evolução, com aprendizagem para o mundo.

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Entende-se então essa máquina complexa e maravilhosa que é

nosso cérebro.

Pode-se entender a complexidade do cérebro, que contem 86

bilhões de neurônios , com mais de 10.000 conexões sinápticas cada. Esses

neurônios se comunicam por meio de fibras protoplasmáticas que chamamos

de axônios, que tem a função de conduzir os impulsos com um potencial de

ação para as partes do cérebro e do corpo, que são recebidas por células

especificas.

Segundo Relvas, 2007,p.15: “o cérebro é o maior instrumento da

Evolução Humana . Use-o para não perder suas potencialidades.”

Deve-se entender que sendo o cérebro o órgão mais importante de

nosso corpo, ele é o responsável de controlar os movimentos e a mente. As

vezes é uma ação indireta, mas pode ser controlada por pequenas quantidades

de substancias químicas do sangue, que tem uma ação sobre parte do corpo.

Essas informações foram chegando ao longo do tempo e

descobertas sobre o cérebro foram nos orientando e ainda assim se

perguntava como teria tido inicio em que época foram descobertas e quem

seria o pesquisador responsável.

A Historia nos relata que vários pesquisadores queriam saber como

o homem aprendia e como o cérebro funcionava para aprender. E quem nos

trouxe a informação de que o cérebro se divida em dois hemisférios foi

Hipócrates e ele dizia que nesses hemisférios estavam todas as funções

biológicas e da mente.

Surge então a Medicina Moderna e mais tarde ao Paradigma do

Cérebro em Ação. Foi fundamental essa relação porque antes acreditava que

o homem e o cérebro eram dissociados e agora entendia-se que eram

integrados, constituíam-se o sistema funcional do ser humano em ação para

aprender, interagir e se relacionar com o meio que o cerca.

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Existia uma necessidade muito grande de se estudar sobre o

sistema nervoso que a cada década vinha crescendo e no ano de 1990 a

OMS( Organização Mundial da Saúde)elege como a Década do Cérebro.

A partir do século XX estudos científicos vem nos mostrando sobre

o funcionamento do cérebro nos exames de raio x, eletroencefalograma e dos

exames mais sofisticados como a tomografia e a ressonância magnética,nos

permitindo avanços no estudo da atividade cerebral num caminho no interior do

cérebro.

Fonte:http://psicologiaparaofuturo.files.wordpress.com//2012/08/cerebro-1_thumb.jpg

Assim, novas concepções são trazidas sobre a ação cerebral no

campo de atuação do estudo da cognição, e segredos são desvendados tanto

na área da medicina como na educação, permitindo á aprendizagem do ser

humano.

O cérebro humano é constituído por dois hemisférios cerebrais o

direito e o esquerdo. Os estudos nos mostram que o hemisfério esquerdo

controla o lado direito e o hemisfério direito controla o lado esquerdo. Apesar

dessa divisão em dois hemisférios não existe uma relação de dominância entre

eles que trabalham em conjunto e utilizam dois milhões de fibras nervosas que

vão constituir as comissuras cerebrais que se encarregam para que possam

estar em constante interação.

O cérebro e seus hemisférios

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Fonte: http://psicologiaparaofuturo.files.wordpress.com//2012/08/01_thumb.jpg

Segundo a Psicóloga Marisa Pinto (2012), cada hemisfério divide-se

em lobo frontal, lobo parietal, lobo occipital e lobo temporal, além das áreas de

Wernicke e Broca.

O córtex cerebral se divide em áreas funcionais que são as

receptivas, integrativas ou motoras no comportamento. Assim sendo,podemos

entender que são responsáveis pelos nossos atos conscientes , pensamento e

estímulos.

As imagens nos mostra a localização dos lobos.

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Fonte:http://psicologiaparaofuturo.files.wordpress.com//2012/08/02.jpg

Lobo Frontal

Localizado na região anterior da caixa craniana, na direção das

orelhas para a testa, sendo que a parte do lobo que fica na altura da testa é o

lobo pré frontal.O lobo frontal é envolvido com planejamento e execução de

comportamentos,elaboração ou solução de problemas. Nesse lobo

encontramos a área de Broca.

Lobo Temporal

O Lobo Temporal está localizado na região acima das orelhas, os

neuronios deste lobo são preparados para decodificarem estimulos que vem do

aparelho auditivo, assim, responsaveis pelos estimulos sonoros.

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Lobo Parietal

Este Lobo tem também bastante importância. Localizado na parte

superior do cérebro, o Lobo Parietal é responsável por coordenar as

sensações da pele. A zona anterior, córtex somatossensorial, possibilita a

recepção de sensações (tacto, dor, temperatura..) que advém do ambiente e

são exteriores ao corpo. essas sensações são recebidas por orgaos como

lábios, língua e garganta. Por sua vez a zona posterior é responsável por

analisar, interpretar e integrar as informações recebidas pela zona anterior, e

permite a localização do nosso corpo no espaço como o reconhecimento de

objectos pelo tacto ou compreensão da linguagem pela audição.

Lobo Occipital

O Lobo Occipital que se encontra na parte de trás do nosso cérebro,

e estão diretamente associadas aos estimulos que chegam do nervo optico,

são neuronios especializados em decodificar estimulos de frequencia luminosa.

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Área de Wernicke

Está localizadana convergencia entres os lobos occipital,temporal e

parietal, e assim, podemos entender que a compreensão da linguagem tem

informações auditivas, visuais e cinestesicas.

Importante na produção do discurso, é nessa área que

compreendemos o que os outros dizem, e elaboramos as palavras que serão

ditas.

Nas atuais pesquisas sobre o cérebro vem sendo estudado o

desenvolvimento das potencialidades desse cérebro. Estudos comprovam que

a mente pode conservar ideias avançadas se elas forem usadas por mais

tempo e de uma forma saudável, entende-se então que devem ser feitos

exercícios para que se estimule a ação cerebral. O cérebro necessita de

estímulos. Se exercícios simples como ler, dançar, jogar xadrez, palavras

cruzadas fossem feitos, estaríamos estimulando as atividades dos neurônios,

melhorando a memória, raciocínio e suas habilidades e potencialidades. As

células nervosas quando estão sendo excitadas fazem a produção de

neurotrofinas, que são moléculas que estimulam seu crescimento e reação.

E qual a importância de exercícios para o cérebro? Para se manter a

atividade dos neurônios, e com isso,gerando neurotrofinas que é o “fertilizante

cerebral”.

A ciência hoje nos dá respostas e desmente crendices sobre o

processo de envelhecimento do cérebro, estudos trouxeram notáveis

características do cérebro, sua habilidade em se amoldar-se á situação de

perdas de neurônios, conhecida como plasticidade, sem mesmo perder o seu

vigor, até mesmo nas idades avançadas. Entendemos que o cérebro atua na

plasticidade e desenvolve potencialidades.

O responsável por todo esse processo é o sistema nervoso, pois,

detecta estímulos externos e internos, tanto físicos quanto químicos,

desencadeando respostas musculares e glandulares. Torna-se o responsável

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pela integração do organismo com seu meio ambiente. O sistema nervoso é

formado por células nervosas, que se comunicam de forma específica e

precisa, formando os circuitos neurais. Esses circuitos são capazes de produzir

respostas esteriotipadas constituindo os comportamentos fixos e invariantes,ou

também podem produzir comportamentos variáveis em grau maior ou menor.

Cada vez que um ser vivo que tem um sistema nervoso que

modifica o seu comportamento em função de experiências passadas e se dá o

aprendizado, entende-se que se deu a plasticidade cerebral.

A plasticidade cerebral é uma das descobertas mais revolucionárias

desde que os cientistas desvendaram a anatomia básica do cérebro. Entende-

se por plasticidade cerebral a capacidade de adaptação do Sistema Nervoso

central, com uma habilidade para modificar sua organização na estrutura

própria de seu funcionamento. O sistema nervoso desenvolve alterações na

sua estrutura e se adapta a novas condições mutantes e aos estímulos

repetidos.

A plasticidade cerebral promete derrubar a noção ultrapassada de

que o cérebro é rígido e imutável. Ela dá esperanças aqueles com limitações

mentais, e com lesões neurológicas consideradas incuráveis, mas, expande

nosso entendimento da saúde do cérebro.

Antes pensava-se que o tecido cerebral não tinha capacidade de se

regenerar e que o cérebro possuía um programa genético fixo.No entanto havia

pacientes com lesões severas obtinham a recuperação da função com técnicas

de terapias. E a busca para se entender aumentou e chegou ao conhecimento

da ciência que o cérebro era muito mais maleável do que se imaginava, deste

modo,entende-se segundo Relvas, pag.120 “que o ser humano estabelece com

o meio produz grandes modificações no seu cérebro, permitindo uma constante

adaptação e aprendizagem ao longo de toda vida”. Com a plasticidade

cerebral o ser humano tem condições de ter uma vida feliz.

Pode-se entender que a plasticidade cerebral nos explica que em

algumas regiões do cérebro podem ser substituídas suas funções afetadas por

suas lesões cerebrais Que uma determinada função perdida por uma lesão

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cerebral pode ser recuperada por uma área vizinha da zona lesionada. Apesar

que para se dar essa recuperação devemos levar em consideração alguns

fatores como a idade do indivíduo, a área lesionada, o tempo desses danos, a

natureza da lesão, a quantidade de tecidos afetados, os mecanismos de

reorganização do cérebro , levando em consideração também os fatores

ambientais e psicossociais.

Entende-se que a plasticidade cerebral são novas adaptações na

estrutura do sistema nervoso central sejam realizadas.E não é importante só

nos casos de lesões cerebrais, acontece essas modificações no cérebro a cada

instante, nos dando muitas possibilidades.

Encontra-se hoje relatos de vários pacientes que apresentaram

casos que detalham progresso surpreendentes de pacientes que nasceram

com apenas uma metade do cérebro, mas que conseguiram se adaptar e levar

uma vida normal e outros que curam suas deficiências e agora ajudam outros a

fazerem o mesmo. Isso tudo nos parece fantástico e aprendemos que nossos

pensamentos podem ativar essa plasticidade cerebral, alterando a anatomia do

cérebro.

Na China uma criança sofre um choque elétrico e perde ambos os

braços,o acidente não o impede de realizar seu sonho que era o de ser pintor,

e aos 12 anos inicia suas pinturas com os pés e a boca. O seu talento e sua

habilidade após anos o faz realizar seu sonho de se tornar um pintor.

Pode-se encontrar várias teorias sobre a recuperação das funções

perdidas em uma lesão cerebral, ela poderia ser mediada por partes de tecido

nervoso que não foram lesadas, e o efeito da lesão dependeria mais da

quantidade de tecido poupado do que da localização da lesão, pela alteração

qualitativa da função de uma via nervosa integra controlando uma função que

antes era sua, através das estratégias motoras diferentes para realizar uma

atividade que esteja perdida, sendo o movimento recuperado diferente do

original embora o resultado final seja o mesmo.

Esse conhecimento é possível com os exames de imagens. Os

exames de neuro imagens com indivíduos com lesões cerebrais indicam

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modelos de ativação pós-lesão que sugerem reorganização funcional. Foram

feitos a partir de lesões focais corticais experimentais, que induziram mudanças

no córtex adjacente e no hemisfério contralateral. Investigações morfológicas

mostraram que este tipo de plasticidade é mediado por proliferações de

sinapses e brotamento axonal.

Brotamento é um novo crescimento a partir do axônio.

Quando ocorre a lesão no cérebro, as células nervosas sadias

assumem as tarefas das que foram destruídas, ai se da a plasticidade

neuronal. E os exames de imagens que são especializados e de alta tecnologia

são os que nos informam a habilidade do cérebro.

O exame de ressonância magnética é simples. Quando o cérebro

funciona, as áreas que vão sendo ativadas consomem mais oxigênio. Para elas

poderem consumir mais oxigênio, deve aumentar o fluxo de sangue que chega

até elas.

A ressonância magnética tem a capacidade de detectar esse

aumento de fluxo de sangue,que vai desenhando nessa área e aparece uma

luz no local que está funcionando, dessa forma podemos ver o pensamento

dentro do cérebro.

Assim, com essa tecnologia é possível acompanhar a plasticidade

dos neurônios em casos graves, de vitimas de acidentes graves e de alguns

casos de lesões pós nascimento e de alguns que teve sua área motora

danificada, memória, linguagem, escrita.

O individuo com suas experiências, são capazes de fazer com que

seus neurônios se rearranjem estabelecendo novas sinapses e muitas

possibilidades de respostas ao ambiente.

Na historia da humanidade, muitos movimentos se constituíram para

entender o processo do conhecimento. Principais escolas como o empirismo

destacando pensadores como Locke; o racionalismo com Platão, Descartes,

Kant e outros; e o intuicionismo com Bergson.

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Apareceram correntes opositoras e ao final desses experimentos

verificou-se que as duas tinham razão. O cérebro funcionava como cada área

particular e outras integradas para gerar um pensamento. E uma das correntes

a holista defendia que o cérebro funcionava integrado e em conjunto.

Na visão holista entende-se a plasticidade neuronal é a capacidade

de uma determinada massa neuronal de uma área especifica do córtex assumir

funções que eram desempenhadas por neurônios de áreas lesadas.

E finalmente métodos científicos de investigação foram evoluindo até

chegarmos ao que conhecemos hoje.

E no século XX temos o advento da neuropsicologia moderna, que

vem sendo apresentada desde 1913 com publicações apresentadas a teoria da

multiplicidade de conexões sinápticas entre os neurônios.

E Luria com seus estudos sobre o funcionamento cerebral, sua

teoria fala do sistema nervoso como um todo.

[...]toda atividade mental humana é um sistema funcional complexo efetuado por meio de uma combinação de estruturas cerebrais funcionando em concerto, cada uma das quais dá a sua contribuição particular pra o sistema funcional como um todo.(Luria,1981p.23)

Avanços significativos, muitas informações segmentadas

começaram a ser unificadas, integradas. Diversas áreas de interesse se uniram

como a Medicina, Psicologia, Sociologia, Neuroanatomia, surge a

Neuropsicologia, que tem o objetivo de estudar as modificações

comportamentais resultantes de lesões cerebrais.

A Neuropsicologia está diretamente envolvida com os processos de

aprendizagem e deseja descobrir como se pode mudar o ambiente das

crianças, de maneira que seus cérebros possam desenvolver o aprendizado.

A Neuropsicologia entende que a aprendizagem é uma função do

cérebro, e como representante de um processo investigativo, vem colaborar e

esclarecer como e onde se processa a aprendizagem.

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Nessa descoberta entende-se hoje que a plasticidade cerebral

precisa de estimulação para retomar o desenvolvimento do cérebro. Para isso,

profissionais multidisciplinares para essa condução de estímulos.

Como resultado dessas investigações sobre plasticidade cerebral, a

medicina relata vários casos e a atuação correta e eficaz da equipe de

reabilitação na estimulação da plasticidade é de fundamental importância para

a recuperação máxima da função motora do indivíduo. Para isso é necessário a

escolha certa do tratamento e na intensidade do mesmo período de maior

recuperação da área lesada e sua atividade funcional.

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CAPITULO II - O QUE É PLASTICIDADE CEREBRAL.

DEFININDO.

“Plasticidade cerebral é a capacidade que o cérebro tem em si

remodelar em função das experiências do sujeito, reformulando as suas

conexões em função das necessidades e dos fatores do meio ambiente.”

www.cerebro.weebly.com/plasticidade-cerebral.html

Para Vygotsky

“o cérebro é um órgão de grande plasticidade, e seu desenvolvimento se dá nas relações sociais medidas pelos instrumentos e símbolos culturalmente desenvolvidos pela cultura na qual o homem está inserido”. www.weebly.com/palsticidade-cerebral.html

“A plasticidade cerebral se refere a capacidade do Sistema Nervoso

para alterar a sua estrutura e o seu funcionamento ao longo de sua vida, como

sua reação a diversidade do entorno”. www.cognifit.com

“Poder do cérebro e sua habilidade de se reconectar de maneira ativa. Vídeo

de Michael Merzenick.”

“Plasticidade cerebral é a denominação das capacidades

adaptativas do Sistema Nervoso Central a sua habilidade para modificar a sua

organização estrutural própria e funcionamento.” (Relvas, 2012,pag.119)

“Os neurônios podem modificar, de modo permanente ou pelo

menos prolongado, a sua função e a sua forma, em resposta a ações do

ambiente externo.“ ( Lent,2010,pag.148)

“Plasticidade cerebral é a capacidade do sistema nervoso alterar o funcionamento do sistema motor e perceptivo baseado em mudanças no ambiente, através da conexão e (re)reconexão das sinapses nervosas,organizando e (re)organizando as informações dos estímulos motores e sensitivos. “(Relvas, 2007,pag.14)

Os estudos e pesquisas atuais tem trazido a informação que o

cérebro tem a capacidade de se remodelar, modificar as suas conexões

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neurais em função do meio ambiente em que vive. A informação anterior era a

de que um cérebro lesionado não teria condições de se reestruturar, estaria

irreversível, sem condições de aprendizado, a plasticidade cerebral vem

orientando esse equivoco dando esperanças e um repensar em casos de

lesões graves. O sujeito necessita de um acompanhamento multidisciplinar que

em contato com o meio sofrerá transformações significativas em sua vida para

reconstruir o conhecimento.

O cérebro está localizado dentro do crânio, e é composto por

substâncias químicas, enzimas e hormônios e podem ser medidos e

analisados. Os neurônios são os responsáveis para seu funcionamento, e os

quais consomem oxigênio, trocando substancias químicas através de suas

membranas.

Usa-se o cérebro para desempenhar todas as atividades e nem

percebemos, é tudo tão automático e o cérebro tem uma ação de uma

velocidade surpreendente, e forma conexões entre as células nervosas, por

isso, se diz da sua complexidade.

Através dos sentidos são enviadas mensagens ao cérebro para

serem decodificadas e interpretadas. Nosso cérebro transforma essas

informações em conhecimentos, está localizado no cérebro tudo que

aprendemos, ele também comanda nossos movimentos voluntários e

involuntários, a nossa atenção, a coordenação motora, concentração e

percepção, nos permite a prática de esportes e a dançar.

O cérebro se desenvolve nos primeiros anos de vida e a nutrição

influencia no desenvolvimento da memória e aprendizagem.

A medida que a idade vem avançando precisa-se conhecer quais

são as mudanças e modificações que ocorrem no cérebro e determina o

funcionamento da mente.O cérebro possui alta plasticidade, sendo capaz de se

modificar de acordo com a interação com o meio.

Os neurônios são os responsáveis por enviar e receber os sinais

nervosos, que são informações que são capazes de decodificar que sentimos

e pensamos e também as informações que recebemos do mundo.

A plasticidade cerebral pode ocorrer na fase infantil ou adulta.

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Na infância, após o nascimento vários são os processos no

desenvolvimento das atividades cerebrais.O recém nascido possui um quarto

de massa cerebral em relação ao adulto e já possui quase todos os neurônios

para sua vida.

Esses primeiros anos da criança é fundamental para seu

desenvolvimento e cada contato com o meio ambiente fará conexões

sinápticas criando condições favoráveis para aquisição de competências e

habilidades.

Na fase adulta,após acreditar que o cérebro de um adulto já não

possuía capacidade de regenerar suas células nervosas, formando novas

sinapses, descobriu-se que o cérebro muda durante toda sua vida e que são de

grande benefícios essas mudanças.

Segundo Relvas,

”essa plasticidade dispara um mecanismo pelo qual o cérebro se remodela, para aprender a sentir-se melhor, ou pode ser induzido a se auto-reparar quando estimado”

( 2007,pag.47)

Conclui-se que estimular áreas do cérebro auxilia os neurônios a

desenvolver novas conexões, por isso, esses estímulos devem acontecer com

a criança desde as primeiras fases da infância com todas as linguagens,

falada, cantada, escrita, para uma estrutura diversificada, interagindo também

jogos com o objetivo de desenvolver suas capacidades cognitivas e de

memórias futuras para seu bom desempenho na aprendizagem.

Observa-se que se cada sujeito possui potenciais de inteligência

diferentes, e assim, cada um desenvolve sua habilidade na aprendizagem,

podendo expandir, por isso, deve contar com auxilio de profissionais como um

facilitador nesse processo.

Por fim, a escola e o professor tem um desafio que é o de estimular

o potencial de inteligência de cada individuo para se ter o sucesso pretendido

no processo da aprendizagem. O vinculo com o professor e o prazer de

aprender será fundamental.

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2.1 A plasticidade cerebral e sua relação com os

estímulos ambientais.

O cérebro se modifica em contato com o meio ambiente em toda a

sua vida, e o sistema nervoso causa mudanças anatômicas e funcionais no

cérebro. E assim, a quantidade de neurônios e as conexões (as sinapses)

mudam de acordo com as experiências que passam.

Em 1980 um neurocientista norte_americano Michael Merzenic, nos

Estados Unidos demonstrou que o cérebro de macacos adultos se modificavam

quando amputados de um dos dedos da mão. O membro amputado causava

atrofia dos neurônios na região responsável pelo controle motor do dedo

amputado ,mas ele também observou que essa área acabava sendo ocupada

pelos neurônios responsáveis pelo movimento do dedo ao lado.

Entende-se então nesse caso que se deu a plasticidade cerebral

devido a capacidade que o sistema nervoso central tem de formar novos

neurônios durante a fase adulta. Esse processo é lento, e é regulado por

moléculas que estão presentes no tecido nervoso e são conhecidas por fatores

de crescimento.

Em casos de acidentes vasculares novos neurônios formados no

hipocampo migram para a região destruída pela falta de oxigênio para povoa-

la.grande parte desses neurônios morrem na travessia, e alguns estabelecem

conexões com neurônios de outras áreas e restabelecem circuitos que foram

perdidos. È uma esperança saber que os neurônios migram para outras áreas

cerebrais e continuam nascendo e crescendo a cada dia.

Esses fenômenos dos mecanismos da plasticidade cerebral, podem

ocorrer modificações neuroquímicas, sinápticas, do receptor neuronal, da

membrana e de algumas modificações de estruturas neuronais.

A plasticidade sináptica são sinapses com conexões especializadas

que permitem transmitir informações entre os neurônios, por isso, são

estruturas dinâmicas que moldam o fluxo de informação do circuito nervoso.

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A plasticidade sináptica é uma capacidade de rearranjo das redes

neuronais, então a cada experiência do individuo, sinapses são reforçadas e

novas aquisições são apresentadas no meio ambiente.

A plasticidade sináptica é um dos mecanismos mais importantes da

plasticidade cerebral, porque ela permite que uma lesão da transmissão de

informação neuronal seja recuperada pela criação de outras redes neuronais,

permitindo substituir os danos que foram causados pela lesão.

As terapias auxiliam na reabilitação do cérebro lesionado a promover

reconexão de circuitos neuronais danificados.

A partir daí, os questionamentos sobre plasticidade cerebral

deixaram de existir, entende-se hoje que no cérebro nenhum espaço

permanece desocupado. E essa plasticidade cerebral é a capacidade de se

aprender com os estímulos ambientais, e de um mediador.

O professor deve acreditar na capacidade do aluno para mediar

esse processo, apesar de todas as dificuldades, o estimulo auxiliará que se

realize novas conexões.

Vygotsky defendia o conceito de zona do desenvolvimento proximal

de que deveria-se olhar o desenvolvimento presente no individuo, mas que

ainda deveriam ser consolidados, e o professor teria a ação para ajuda-lo.

A influência do meio para alguns teóricos:

Segundo Vygotsky,

“ A cognição se constitui pelas experiências sociais, e a importância nesse enfoque é fundamental. Á medida que aprende, a criança-e seu cérebro se desenvolve. A ideia é oposta á da maturação, de acordo com a qual se deve aguardar que ela atinja uma prontidão para poder ensiná-la.” www.cerebronosso.bio.br

A cada experiência vivida pelo sujeito vai se incorporando na sua

vida no meio social e cultural em que vive ,ele acredita que as características

do individuo não existem desde o nascimento, não há hereditariedade e nem

existem pelas pressões do meio ambiente externo.

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Assim o cérebro vai desenvolvendo o aprendizado e essas

experiências vão se agregando a cada dia as informações que farão com que

atinja a ponto de poder ensiná-la.

A motivação é fator gerador para que os desejos e necessidades do

individuo atinjam uma compreensão plena e verdadeira do pensamento. Nas

dificuldades de aprendizagem é fundamental avaliar os processos

motivacionais e afetivos para que se possa superar esse desenvolvimento

mental que é a base da aquisição da linguagem.

Para Wallon, “A relação complementar e recíproca entre os

fatores orgânicos e socioculturais está presente em todas as analises de Wallon. Para ele, a criança nasce com um equipamento biológico mas, vai se constituir no meio social que tanto pode favorecer seu desenvolvimento como tolhe-lo.” WWW.cerebronosso.bio.br

A criança traz na sua vida a genética que vai auxiliá-lo a construir

no meio social que vive uma informação que pode ajudar ou tolhir seu

desenvolvimento.

Nesse aspecto a teoria de Wallon entende a pessoa como um todo.

Nessa está a emoção, o afeto, o movimento e o espaço físico, e essa relação

pode gerar conflitos pelo individuo ter seu encontro consigo mesmo e com a

realidade da vida. Esses conflitos farão com que o individuo evolua ou não,

entende que o meio social tem influencia no desenvolvimento humano.

Para Piaget,

“para o estimulo provocar certa resposta é necessário que o individuo e seu organismo sejam capazes de fornecê-la. Por isso,não basta ter um meio provocativo se a pessoa não participar dele ou, como complementaria o teórico, se ela for incapaz de se sensibilizar com os estímulos oferecidos e reagir a eles. A aprendizagem, portanto, não é a mesma para todos, e também difere de acordo com os níveis de desenvolvimento de cada um, pois há domínios exigidos para que seja possível construir determinados conhecimentos” www.cognifit.com

Se o individuo não participar do meio social estimulando a

aprendizagem, não conseguirá alcançar os níveis de conhecimentos.

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Para Piaget o conhecimento é adquirido através do meio social em

que vive , a partir das estruturas que já existem no individuo, ele diz que o

homem traz no seu genoma algumas possibilidades, mas essas possibilidades

precisar se interar com o meio para se estabelecer.

Para Piaget é importante também a troca do individuo com o meio

ambiente e fala do processo de assimilação, que seria um crescimento

quantitativo e da acomodação um desenvolvimento qualitativo, e que uma

depende da outra no processo do conhecimento.

Pesquisas sendo realizadas para entender o que ocorre no Sistema

Nervoso central quando existe uma lesão. Ocorre também uma plasticidade

cerebral num cérebro normal, que possibilita a cognição.

2.2 A reabilitação do cérebro lesionado promovendo

as reconexões dos circuitos neurais.

A reabilitação do cérebro lesado pode promover reconexão de

circuitos neuronais lesados. Quando a perda é pequena a tendência é de uma

recuperação autônoma,quando a perda é grande pode ocorrer a perda

permanente da função.

Nos anos 50 acreditava-se na impossibilidade de reabilitação das

conexões neuronais,acreditava-se que os neurônios eram perdidos devido as

lesões cerebrais. Pesquisas mostraram que a estrutura do sistema nervoso era

flexível, e que se modificava, dava se então a plasticidade cerebral.

A reabilitação neural em lesão cerebral busca conhecer quais são os

mecanismos que podem ser utilizados em função da restituição cerebral do

indivíduo. Sabendo que o cérebro é um órgão dinâmico que se acomoda

diariamente a novas informações e instruções que lhe chegam no dia a dia e

essas características torna-se possível a reabilitação cerebral.

O Sistema Nervoso Central possui uma rede complexa, com células

altamente especializadas, que fazem conexões a todo momento e determinam

as sensibilidade e as ações motoras, traduzindo-as em comportamento.

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Quando há as lesões existe um desarranjo na rede neural e o sistema nervoso

central inicia então sua reorganização e regeneração.

O Sistema Nervoso Central relaciona vários fatores com um

ambiente que favoreça ao aprendizado ou reaprendizado motor do individuo, a

motivação, indivíduos com menor déficit cognitivo respondem de maneira mais

adequada á terapia, e outros que interferem direta ou indiretamente na

plasticidade cerebral e na reabilitação neurológica do individuo.

Existe varias teorias de como se dá a recuperação das funções

perdidas em uma lesão cerebral.

Mediada partes do tecido nervoso que não foram lesadas, e o efeito

da lesão dependeria mais da quantidade de tecido poupado do que da

localização da lesão.

Alteração qualitativa da função de uma via nervosa integra

controlando uma função que antes não era sua

Através de estratégias motoras diferentes para realizar uma

atividade que esteja perdida, sendo o movimento recuperado diferente do

original embora o resultado final seja o mesmo.

A Plasticidade cerebral se dá em estudos de neuro imagem de

indivíduos,com modelos de ativação pós lesão que sugerem reorganização

funcional tanto no córtex quanto no hemisfério contralateral. Investigações

mostraram que este tipo de plasticidade é mediado por proliferação de

sinapses e brotamento axonal.

O brotamento axonal é quando ocorre um novo crescimento a partir

de axônios. Envolve a participação de vários fatores celulares e químicos, em

respostas do corpo celular e a formação de novos brotos e a cessação do

alongamento axonal.

A ativação de sinapses latentes quando um estimulo importante ás

células nervosas é destruído sinapses residuais ou dormentes previamente

ineficazes podem se tornar eficientes.

Supersensitividade de desnervação demonstrada no núcleo

caudado, ocorre após processo de desnervação, na qual a célula pós sináptica

torna-se supersensível devido a um desvio na supersensitividade causando

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acumulo de acetilcolina na fenda sináptica ou por alterações na atividade

elétrica das membranas.

E ainda em fase de testes o transplante de células. Que pode

demonstrar haver recuperação através de associado programas de reabilitação

com melhoria na habilidade motora.

Segundo Dayane Caroline Sperandio Sales:

A plasticidade cerebral pode ocorrer em três estágios:

desenvolvimento,aprendizagem e após processos lesionais.

(http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1053)

Desenvolvimento, tem uma diferença celular , em que as células

indiferenciadas, por expressão genética, passam a ser neurônios, migram para

locais adequados e fazem conexões entre si.

Aprendizagem, pode ocorrer a qualquer momento da vida de um

individuo, propiciando o aprendizado de algo novo e modificando o

comportamento de acordo com o que foi aprendido. Na aprendizagem se

armazena novos conhecimentos, guarda-los para uso quando necessários.

Durante esse processo, ocorrem modificações nas estruturas e no

funcionamento das células neurais e de suas conexões, e um crescimento de

novas terminações sinápticas

Após lesão neural, a lesão promove no sistema nervoso central

vários eventos que ocorrem simultaneamente, no local da lesão e distante dele.

Num primeiro momento as células traumatizadas liberam seus aminoácidos e

seus neurotransmissores, os quais em alta concentração, tornam os neurônios

mais excitados e mais vulneráveis à lesão, que liberam o neurotransmisso

glutamato, que altera o equilíbrio do íon cálcio e induzirá seu influxo para o

interior das células nervosas, ativando varias enzimas que são toxicas e levam

os neurônios a morte. Pode ocorrer ruptura de vasos sanguíneos, diminuindo

os níveis de oxigênio e glicose, que são essenciais para a sobrevivência de

todas as células. A falta de glicose gera insuficiência da célula nervosa em

manter seu gradiente transmembrânico, permitindo a entrada de mais cálcio

para dentro da célula, ocorrendo uma cascata.

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De acordo com o dano cerebral, o estimulo nocivo pode levar as

células nervosas á necrose.

Os mecanismos de reparação e reorganização começam a surgir

imediatamente após a lesão e podem perdurar por meses e até anos. Podem

ser de recuperação da eficácia sináptica, que consiste em fornecer ao tecido

nervoso um ambiente mais favorável à recuperação. Nessa fase à recuperação

é feita por drogas neuroprotetoras, que visam a uma melhor oferta do nível de

oxigenação e glicose, à redução sanguínea local e do edema.

A potencialização sináptica, este processo consiste em manter as

sinapses mais efetivas, por meio do desvio dos neurotransmissores para outros

pontos de contatos que não foram lesados.

Supersensibilidade de desnervação, em caso de desnervação, a

célula pós sináptica deixa de receber o controle químico da célula pré sináptica,

dessa forma, para manter seu adequado funcionamento a célula promove o

surgimento de novos receptores de membrana pós sináptica.

O Recrutamento de sinapses silentes, existem mesmo em situações

fisiológicas algumas sinapses que, morfologicamente, estão presentes, mas

que, funcionalmente, estão inativas. Essa sinapses são ativadas ou recrutadas

quando um estimulo importante ás células nervosas é prejudicado.

O Brotamentos, é um fenômeno que consiste na formação de novos

brotos de axônio, oriundos de neurônios lesados ou não lesados.

São conhecidos dois tipos: brotamento regenerativo, que ocorre em

axônios lesados e constitui a formação de novos brotos provenientes do

segmento proximal, pois o coto distal, geralmente, é rapidamente degenerado.

O crescimento desses brotos e a formação de uma nova sinapse constitui

sinaptogênese regenerativa.

Brotamento colateral, ocorre em axônios não lesionados, em

resposta a um estimulo que não se faz parte do processo normal de

desenvolvimento.Este brotamento promove uma sinaptogênese reativa e já foi

identificado no córtex, no núcleo vermelho e outras regiões cerebrais.

A reorganização neural é uma propriedade do Sistema Nervoso

Central que está presente no curso de vida e ocorre independentemente de

lesão, não sendo, portanto, uma propriedade exclusiva dos cérebros jovens.

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Embora a característica mais relevante do cérebro que está

envelhecendo seja a diminuição, as descobertas recentes de que não ocorre

perda extensiva de neurônios corticais em decorrência da idade em humanos

enfraqueceram a premissa da perda neuronal no envelhecimento. Alguns

estudos de pesquisadores hoje comprovam que uma das principais causas da

diminuição do cérebro humano velho é a perda da substancia branca das fibras

mielinizadas localizadas nos hemisférios cerebrais.

A reorganização neural, o sistema nervoso modifica-se

continuamente, sendo a plasticidade uma consequência obrigatória de cada

input sensorial e de cada atividade motora. No entanto,a nível neural, a

plasticidade não implicaria necessariamente recuperação, pois uma lesão pode

provocar uma reorganização neural não funcional.

Estudos de estimulação em indivíduos saudáveis indicam que as

alterações transitórias das áreas de representação cortical são comuns no dia

a dia durante a aprendizagem de tarefas.

O efeito da plasticidade pode depender da natureza dos circuitos

individuais e dos níveis de especificidade desses circuitos.As respostas

plásticas representam tentativas de reorganização neural que podem resultar

na recuperação da função especifica ou desencadear resultados indesejados

como a formação de conexões inadequadas para a execução das atividades

funcionais, incluindo complicações como as sinergias patológicas e a

espasticidade. Quanto mais precisa for a reorganização das conexões

restauradas, mais eficiente será a recuperação da função.

Tem se o conhecimento que em torno de 500a.c já haviam sido

feitas tentativas de tratamento em casos de lesões cerebrais.

Estudos comprovam que o cérebro pode ser dividido por áreas e

cada uma delas tem uma função e que cada área do cérebro está ligada a

uma outra área do cérebro. Esse órgão resulta da união entre medula espinhal

e nervos periféricos, que formam um sistema de controle capaz de processar

informações e desenvolver com isso, mecanismos de acomodação a outras

novas situações.O cérebro é o responsável pelo funcionamento corporal

È responsável também pela recuperação das lesões tornando

possível sua reabilitação, que deverá ser realizada por um grupo de

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profissionais multi para que apliquem as terapias em áreas afetadas da lesão.

Avaliações devem ser feitas para técnicas possam ser utilizadas no tratamento

do individuo.

Mesmo quando existe uma lesão do cérebro, outra área passa a

desenvolver a atividade comprometida, percebe-se ai a plasticidade cerebral,

outra área realiza a função da afetada.

Entende-se hoje que o cérebro é dotado de plasticidade cerebral ,

isso significa que seus neurônios podem modificar de acordo as respostas a

ações do ambiente externo.

A plasticidade é maior durante no desenvolvimento, e declina, porem

sem se extinguir na vida adulta, porque se mantêm de varias formas

regenerativa, axônica, sináptica, dendrítica e somática.

A plasticidade regenerativa, regeneração é o crescimento do axônio

lesado.

A Plasticidade axônica, resultado da ação drástica do ambiente

sobre o axônio, caracterizada pelo recrescimento do coto proximal do mesmo

axônio.

A plasticidade sináptica pode ser o aumento ou diminuição da

eficácia da transmissão sináptica e pode resultar na estabilização das

sinapses, ou ate de novas formações de sinapses.

A plasticidade dendritica, é a sede estrutural da plasticidade

sináptica.

A plasticidade somática , regula a proliferação ou a morte de células

nervosas, que pode resultar num acréscimo de neurônios após o período de

seu desenvolvimento.

Para o processo de reabilitação lesionado é importante observar,

adaptar, examinar e levantar dados significativos como idade, sexo, modo da

lesão e as técnicas que possam auxiliar e estimular o processo adaptativo,

traçando metas para promover a reabilitação. Quanto mais cedo se inicia o

tratamento a reabilitação tem probabilidades de êxito.

A informação para os familiares é fundamental para que possam

participar das terapias e ajudar nas decisões e no planejamento dos programas

adotados.

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O ambiente familiar é o lugar mais apropriado para que o individuo

se reconstrua como sujeito, independentemente das restrições de seu novo

estado pessoal. È de extrema relevância o papel da família.

Quando uma família está vivendo com um doente, ela toda pode

ficar doente. A saúde de todos os membros é importante para que haja uma

ajuda eficaz.

O papel do terapeuta é diminuir as dificuldades do individuo para

que bons resultados sejam alcançados no tratamento de indivíduos com lesão

cerebral.

A plasticidade cerebral e a reabilitação estão ligadas a experiência, a

memória e por conseguinte ao aprendizado para o fortalecimento das sinapses,

que fará novas conexões de neurônios. A reabilitação favorece a retomada das

atividades do individuo que foram interrompidas pela lesão cerebral, motivando

a uma melhor qualidade de vida.

.

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CAPITULO III - A NEUROCIÊNCIA DESENCADEANDO

POSSIBILIDADES NO ATO DE APRENDER

A Neurociência surge no inicio do século XIX, “é a ciência nova que

trata do desenvolvimento químico, estrutural e funcional, patológico do sistema

nervoso”, segundo (Relvas,2007,pag.22 )

Ainda Relvas, ”Neurociência é um conjunto de disciplinas que permeiam os estudos do sistema nervoso e originou-se das bases cerebrais da mente humana”( Relvas,2012,pag.27)

Varias disciplinas se interligando objetivando á educação humana no

ensino e na aprendizagem.

Pode-se dizer que a Neurociência estuda a mente humana, seu

funcionamento e seus processos mentais.

A algum tempo vem sendo estudado o mapeamento do cérebro,

esses estudos tem sido significativo e tem procurado entender de que forma a

atividade cerebral tem influencia em nosso comportamento.

A Neurociência hoje nos traz a informação do estudo do

comportamento e as atividades cerebrais., podendo contar com disciplinas de

neuroanatomia,neurofisiologia,neuroquímica,neuroimagem, neurologia,

psicologia, psiquiatria e pedagogia.

Essa união permite a investigação do sistema nervoso, entender

como ele se desenvolve, se existe uma diferença entre as espécies e de seu

funcionamento.

A Neurociência procura entender cada um como individualidade,

entendendo as lesões do cérebro que podem interferir no comportamento do

individuo.

Atualmente a ciência orienta para as doenças da mente, durante

anos as doenças mentais eram incompreendidas fazia-se até relação com os

demônios e os tratamentos eram os mais dolorosos que levavam o individuo a

perder seu contato social, isolando-os, debilitando fisicamente pelos

eletrochoques.

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Atualmente já se acredita que os pacientes com necessidades

educativas especiais podem tem convívio com seus familiares e os tratamentos

são de reabilitação.

A Neurociência trouxe um novo olhar, ela reconhece a plasticidade

cerebral, e entende que o estimulo é fundamental e esse elo com a família vai

permitir esse desenvolvimento.

O cérebro é o responsável pela cognição e consciência humana.

Muitos pesquisadores colaboraram por essas informações sobre o

cérebro, sistema nervoso, seu desenvolvimento e funções. Hipocrates,

Aristóteles, Galeno, Descartes, Franz Joseph Gall, Pierre Broca, Carl Wenick,

Luigi Galvani.

Lent (2010,pag.6) chama Neurociências no plural porque diz que são

vários profissionais que lidam com ela, são cinco grandes disciplinas

neurocientificas. São elas:

a)Neurociência molecular,estuda as diversa moléculas funcionais do

sistema nervoso e suas interações.

b) Neurociência celular,estuda as células que formam o sistema

nervoso, sua estrutura e sua função.

c) Neurociência sistêmica,estuda as células nervosas em diversas

regiões do sistema nervoso, que constituem sistemas funcionais como o da

visão,auditivo,motor etc.

d) Neurociência comportamental,estuda as estruturas neurais que

produzem comportamento e outros fenômenos psicológicos,emocionais e

comportamentais sexuais

e) Neurociência cognitiva,trata das capacidades mentais mais

complexas,como linguagem,memória,autoconsciência etc.

A Neurociência contribui com a educação escolar, pois auxilia o

individuo a compreender e não somente a memorizar os conteúdos da

escola.O cérebro é o responsável pelo raciocínio lógico do ser humano,

podendo assimilar, processar as informações lembrando delas , a informação

fica arquivada na memória. Essa informações vem como sons, textos,

imagens,musicas, e a partir dai ele armazena ou descarta. Os estímulos farão

com que o cérebro receba essas informações e as arquivará, e maior será sua

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capacidade de novas conexões sinápticas, e será a capacidade da

aprendizagem.

A Neurociência vem contribuir com a escola, trazendo para a sala de

aula o conhecimento sobre memória, o esquecimento, a atenção, a afetividade,

a linguagem, as interpretações das imagens que formam o pensamento, isso

torna interessante para entender o individuo na sua ação pedagógica.

Os neurônios espelho, que possibilitam a espécie humana

progressos na comunicação e no aprendizado.

O conhecimento sobre plasticidade cerebral também nos orienta,

pois entendendo que o cérebro continua a se desenvolver, a aprender e a

mudar, da idade adulta até a morte, altera nossa visão de aprendizagem.

Entende-se que as dificuldades de aprendizagem, podem ser

sanadas e existem possibilidades para o ser humano.

Surge então a Neuroeducação que estuda a educação e o cérebro,

que pode tratar problemas de aprendizagem, como a dificuldade de

concentração, falta de atenção e que pode-se aprender as disciplinas

regulares, línguas estrangeiras, musicas e a tocar instrumentos musicais.

Para que a aprendizagem seja alcançada , deve-se lembrar do

estimulo para que modificações biológicas entre os neurônios aconteçam,

formando uma rede de interligações que podem ser evocadas e retomadas

com facilidade e rapidez.

3.1 Identificando métodos aplicados na aprendizagem

e na reorganização desse cérebro.

Sabendo que o cérebro tem 86 bilhões de neurônios aumenta as

possibilidades de estabelecer as sinapses e a sua capacidade de aprender.

È importante saber que a plasticidade auxilia a aprendizagem, pois

as áreas do cérebro tem funções especificas e sendo assim podem assumir

outras funções quando se faz necessário.

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A aprendizagem é construída pela criação de novas memórias e

ampliação de redes neurais que fazem o armazenamento do que foi

trabalhado.

A Neurociência colabora dentro da escola, ela nos esclarece sobre

as modificações biológicas entre os neurônios, que juntos formam uma rede de

interligações, e as áreas cerebrais envolvidas nesse processo para a

aprendizagem.

Pode-se entender então, que memória e aprendizagem caminham

juntas:

“A aprendizagem é a modificação do comportamento, como resultado da experiência ou aquisição de novos conhecimentos acerca dos meios, e a memória é a retenção deste conhecimento por um tempo determinado.” (Relvas, 2010,pag.36)

Observa-se então que a aprendizagem e a memória precisam de

alguns mecanismos neuronais para que se processe as sinapses nervosas.,

que podem ser afetadas por estímulos neuropsicológicos, eletrofisiológicos,

farmacológicos e de genética molecular, os quais determinam as alterações

que podem ocorrer nos circuitos cerebrais.

Levando- se em consideração que o sistema nervoso de uma

criança em desenvolvimento é mais plástico do que o de um adulto, seus

primeiros anos de vida são fundamentais.Cada nova experiência possibilita

conexões sinápticas favorecendo o surgimento de competências e habilidades,

quem retrata muito bem é Howard Gadner quando nos fala das inteligências

múltiplas. Todo educador deve conhecer esse livro para que possa conhecer

seu aluno, conhecer cada potencial a ser desenvolvido.

Sabe-se que para o processo de aprendizagem é importante a

memória, que é a base de todo saber do individuo na humanidade. Memória é

a capacidade de reter informações ou readquirir ideias,expressões e

conhecimentos. E ao longo de nossas vidas vamos armazenando na memória

todas as experiências vividas.

A memória é uma das funções mais importantes do cérebro., pois

está ligada a nossa capacidade de acertos e evitar erros, assim se realiza o

aprendizado.

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Existem duas memórias a racional que analisa os atos e a emocional

que faz sentir as emoções e elas interligadas nos permite a tomada de

decisões

Para que essa interação aconteça o sistema límbico é o responsável

pelo prazer e o aprendizado.

A educação deve ter novos paradigmas para contemplar os

indivíduos com necessidades educacionais especiais e inseri-los na sociedade

, pois eles são capazes de aprender, não de uma forma tradicional, mas podem

ser construtores de seu conhecimento e o professor o facilitador desse

processo ensino aprendizagem.

Nesse aspecto a ciência hoje busca falar das emoções que tanto

auxiliam nesse processo do aprender. O professor precisa ter o desejo da

busca para que dessa forma estimule ao seu aluno o desejo e a confiança que

fazem parte desse processo de aprendizado.

O professor de hoje precisa dar estimulo ao aluno, provocando

desafios para que através das práticas pedagógicas diárias despertem

potencialidades no individuo.

Para isso, a Neurociência traz esse novo olhar , com um despertar

de uma visão cientifica ao processo de ensinar e de aprender. O professor

necessita urgentemente conhecer esse cérebro que aprende e como chegou

na escola e na sala de aula.

O trabalho com eficácia se dará quando os professores buscarem se

aperfeiçoar, estudando, se comprometendo para que essa transformação

ocorra, e precisam também acolher aos pais desses indivíduos, para que se

unam estabelecendo metas de interação para aperfeiçoar saberes, e estimular

o potencial de ação celular.

E qual o caminho que o professor deve percorrer para despertar o

interesse no seu aluno? Ativando as conexões afetivas e emocionais do

sistema límbico, ativando o cérebro de recompensa, esse é o caminho.

A aula precisa ser prazerosa, muito bem elaborada para que possa

envolver aos alunos, despertando interesse,estimulando a curiosidade, pois

nosso cérebro se adapta a novas propostas. O cérebro com novas informações

tem a produção de acetilcolina, que mantêm as sinapses neurais.

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O professor pode estimular esse cérebro facilitando a aprendizagem.

Deve trabalhar os cinco órgãos dos sentidos para que possa

proporcionar aos alunos varias sensações. O cérebro deve ser estimulado

sempre e na idade infantil, é quando está em pleno processo de evolução,

ative-o com danças,teatro, música. Essas atividades auxiliarão para enriquecer

vocabulário, simulações nas peças teatrais.

A tecnologia promoveria o raciocínio lógico, use games,

computadores para sua concentração e raciocínio. O lúdico é um caminho para

uma aprendizagem com sucesso

Em sala de aula deve-se criar um ambiente favorável para a

aprendizagem, o espaço físico deve ser analisado e adaptado de acordo com a

demanda e necessidade da turma.

Vive-se no século das descobertas, de novas tendências e um novo

olhar na educação, os educadores devem apresentar praticas pedagógicas

para que estimulem o cérebro a ter estruturas cognitivas evolutivas, desafiar o

cérebro na sala de aula fazendo com que o individuo busque soluções nos

problemas do cotidiano, crescendo no seu intelecto e construindo suas

escolhas e decisões na sua vida.

3.2 Um estudo de caso

Rapaz que nasceu sem parte do cérebro consegue ler, escrever,

fazer contas e tocar música.

Sobradinho - DF, 13/10/2010

Aos três meses de idade, os médicos disseram que Hendrew

não resistiria. Ele tinha menos de 1 % de chance de sobreviver

Isabela Assumpção

Hendrew Gomes estava sem rumo quando chegou a Brasília, com

pouco mais de 8 anos de idade. Hoje, com 15 anos, ele é paciente da Rede

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Sarah na capital federal. Pode parecer pura diversão, mas o passeio no Lago

Paranoá é uma sessão de fisioterapia.

Aos três meses de idade, os médicos disseram que ele nem

resistiria. “Um laudo que eles me deram era que meu filho era inválido e que

não podia fazer nada”, lembra Selma Gomes, mãe do rapaz.

Hendrew nasceu sem uma grande parte do cérebro. “Esse buraco é

preenchido por um líquido, o líquor, mas, na verdade, não tem neurônios ali. E

são neurônios de áreas muito importantes, por exemplo, relacionadas com a

capacidade de calcular, com a capacidade de ler”, explica a neurologista Lucia

Willadino Braga.

Mesmo assim, Hendrew conseguiu aprender a ler, escrever, fazer

contas e muito mais. “É o que a gente chama de plasticidade neuronal. É a

capacidade do cérebro de criar novos caminhos, quando ocorre um problema,

seja um problema no nascimento, seja um acidente vascular cerebral, seja um

traumatismo craniano”, afirma a Dra. Lucia Willadino Braga.

Foi a plasticidade neuronal, mas foi também o amor de mãe que deu

condições ao Hendrew para encontrar estes novos caminhos. “O médico falava

que ele tinha 1 % de chance, ou menos de 1 %, e eu lutava por aquele 1%,

querendo mais chance de vida e eu consegui”, conta Selma.

A mãe do menino conta que se assustou, quando viu imagem do

cérebro dele, faltando alguns pedaços: “assustei e, no mesmo tempo, me senti

aliviada, porque com a capacidade de ter um pedaço tão grande faltando, e ele

conseguir fazer tudo que a gente faz. Eu costumo dizer que aqui em casa a

deficiente sou eu, porque ele faz coisas que eu não sei fazer, como poder

exemplo a música”. Através da música e do ritmo, o cérebro do Hendrew foi

estimulado a se reorganizar.

Os testes formais parecem bem mais difíceis do que tocar

cavaquinho. A mesma mão que tem dificuldade na hora de encaixar o pino no

lugar certo, no Laboratório do Movimento, obedece aos comandos do cérebro

na hora de tocar ou remar.

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“Todos nós temos as nossas deficiências, menos aparentes ou mais

aparentes. Quando a gente está em uma situação mais relaxada, prazerosa, a

gente desempenha muito melhor”, ressalta a neurologista Lucia Willadino

Braga.

“A música para mim é tudo. Dá uma sensação de algo na vida, de

crescimento”, conta Hendrew Gomes, de 15 anos.

O maior prazer de Hendrew é tocar bateria. Ele nunca teve aulas,

aprendeu só de ver o tio tocar na igreja. Com simplicidade, ele nos ensina. “É

legal você ver seu cérebro, principalmente as partes que estão faltando. Você

não precisa ficar com tudo”, comenta o rapaz.

Quinze anos depois de ouvir dos médicos que o seu bebê não tinha

a menor chance de sobreviver, Selma está toda feliz, toda orgulhosa, olhando o

menino dela que agora já é um rapaz cheio de vida, de alegria e jogando de

igual para igual com os garotos do bairro.

“A plasticidade neuronal existe. Nós temos muita gente para mostrar,

e eu acho que o Hendrew é excepcional, porque, com a quantidade que falta

de neurônios, e ele dá um jeito e resolve é um exemplo para o mundo todo”,

aposta a Dra. Lucia Willadino Braga.

Há ainda um longo caminho a percorrer. Hendrew anda rápido e

sempre no rumo da superação. Não se sabe como o cérebro dele encontrou

sozinho recursos para compensar as perdas. Mas será que nós podemos

comandar o nosso cérebro e fazer com que ele nos ajude a enfrentar melhor as

dificuldades da vida?

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Reportagem do Globo Repórter da Rede Globo dia 13/10/2010 às 21

h pela repórter Isabela Assumpção.

O Hendrew nasceu com metade da massa encefálica normal. Essas

lacunas de seu cérebro se localizam nos lobos frontal, temporal e parietal. Essa

áreas são as responsáveis pela fala, leitura, pelo calculo e movimentos do lado

direito do corpo. Os médicos o consideravam um caso perdido, acreditava-se

que Hendrew não conseguiria sobreviver ainda aprender seria muito difícil,

entende-se que sua evolução não é um milagre e sim um resultado do

tratamento neurológico iniciado quando ele tinha 8 anos.

Os profissionais que o atenderam fizeram estimular os neurônios

das lacunas que passaram a exercer as funções relacionadas as áreas

ausentes. Várias técnicas de estimulação foram aplicadas e em seis meses os

primeiros resultados positivos puderam ser percebidos.

Mesmo com essa perda de massa encefálica Hendrew teve uma

vida normal, devido ao empenho de vários profissionais que se dedicaram e

que foi a plasticidade cerebral que foi a capacidade do cérebro se adaptar sua

estrutura e sua fisiologia durante toda sua vida.

A sua mãe também teve uma participação importante , pois

acreditou que se existia 1% de chances ela iria procurar ajuda para seu filho, o

amor e a dedicação a Hendrew foi o marco para que ele hoje adolescente aos

17 anos continue sua vida de atleta e aprendizagem escolar e na busca diária

de novas aquisições para sua vida.

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CONCLUSÃO

Através deste trabalho pretendeu-se apresentar sobre o nosso

cérebro que ocorre mudanças ao longo de nossas vidas, e esta característica

do cérebro é conhecida como plasticidade cerebral.

A plasticidade cerebral é uma descoberta cientifica que desvenda a

anatomia básica do cérebro, os neurônios individuais que podem ser

modificados por diferentes razões, durante o desenvolvimento quando jovens,

em respostas a agressão cerebral, e durante a aprendizagem.

Existem vários mecanismos de plasticidade, sendo a plasticidade

sináptica o mais importante, esta área de estudo procura perceber como é que

os neurônios alteram a sua capacidade para comunicar entre si.

Foi analisado também que o cérebro se modifica em contato com o

meio ambiente em toda a sua vida, e o sistema nervoso causa mudanças

anatômicas e funcionais no cérebro. E assim, a quantidade de neurônios e as

conexões, as sinapses mudam de acordo com as experiências que passam.

Constatou-se que a reabilitação do cérebro lesionado promove

reconexões neurais, e para o processo de reabilitação do cérebro lesionado é

importante observar, adaptar, examinar e levantar dados significativos como

idade, sexo, modo da lesão e as técnicas que possam auxiliar e estimular o

processo adaptativo, traçando metas para promover a reabilitação. Quanto

mais cedo se inicia o tratamento a reabilitação tem probabilidades de êxito.

A informação para os familiares é fundamental para que possam

participar das terapias e ajudar nas decisões e no planejamento dos programas

adotados.

Conclui-se que a plasticidade cerebral e a reabilitação estão ligadas

a experiência, a memória e por conseguinte ao aprendizado para o

fortalecimento das sinapses, que fará novas conexões de neurônios. A

reabilitação favorece a retomada das atividades do individuo que foram

interrompidas pela lesão cerebral, motivando a uma melhor qualidade de vida.

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BIBLIOGRAFIA

Dayane Caroline Sperandio Sales. Reabilitação Neurológica e

Neuroplasticidade - http://cienciasecognicao.org/neuroemdebate/?p=1053 -

Acessado em 05/02/2014.

Lent, Robert. Cem Bilhões de Neurônios. Conceitos Fundamentais de

Neurociência. 2ª Ed,São Paulo: Atheneu,2010.

Metring, Roberte. Neuropsicologia e Aprendizagem. Fundamentos

necessários para planejamento do ensino. Rio de Janeiro: WAK, 2011.

Olivier, Lou. Distúrbios de Aprendizagem e de Comportamento. 3ªed,

Rio de Janeiro: WAK, 2007.

Relvas, Marta Pires. Fundamentos Biológicos da Educação.

Despertando Inteligências e Afetividade no processo de aprendizagem. 2ª Ed,

Rio de Janeiro: WAK, 2007.

Relvas, Marta Pires. Neurociência e Educação. Potencialidades dos

gêneros humanos na sala de aula. 2ª Ed, Rio de Janeiro: WAK, 2010.

Relvas, Marta Pires. Neurociência e Transtornos de Aprendizagem. As

Múltiplas Eficiências para uma Educação Inclusiva. Rio de janeiro: WAK, 2007.

Relvas, Marta Pires. Neurociência na Pratica Pedagógica. Rio de

Janeiro: WAK, 2012.

Relvas, Marta Pires. Que cérebro é esse que chegou a escola? As

bases Neurocientíficas da Aprendizagem. Rio de janeiro: WAK, 2012.

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO ........................................................................................... 2

AGRADECIMENTO............................................................................................ 3

DEDICATÓRIA....................................................................................................4

RESUMO.............................................................................................................5

METODOLOGIA..................................................................................................6

SUMÁRIO............................................................................................................7

INTRODUÇÃO.....................................................................................................8

CAPÍTULO I

Cérebro: Instrumento da evolução humana,descobrindo suas potencialidades

de aprender com a plasticidade cerebral.................................................... ........9

CAPITULO II

O que é plasticidade cerebral. Definindo...........................................................21

2.1 A plasticidade cerebral e sua relação com os estímulos ambientais...........24

2.2 A reabilitação do cérebro lesionado promovendo as reconexões dos

circuitos neurais.................................................................................................27

CAPITULO III

A Neurociência desencadeando possibilidades no ato de aprender.................34

3.1 Identificando métodos aplicados na aprendizagem e na reorganização

desse cérebro....................................................................................................36

3.2 Um estudo de caso......................................................................................39

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CONCLUSÃO....................................................................................................43

BIBLIOGRAFIA CONSULTADA ......................................................................44

ÍNDICE...............................................................................................................45