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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES AVM – FACULDADE INTEGRADA PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU QUALIDADE DE VIDA NAS ORGANIZAÇÕES Nidai Moreira Sodré do Nascimento ORIENTADOR: Prof. Carlos Cereja Rio de Janeiro 2016 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

QUALIDADE DE VIDA NAS ORGANIZAÇÕES

Nidai Moreira Sodré do Nascimento

ORIENTADOR:

Prof. Carlos Cereja

Rio de Janeiro 2016

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

AVM – FACULDADE INTEGRADA

PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em MBA em Gestão de Recursos Humanos.

QUALIDADE DE VIDA NAS ORGANIZAÇÕES

Rio de Janeiro 2016

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AGRADECIMENTOS

Aos amigos e minha família pelo apoio de

sempre.

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DEDICATÓRIA

A minha família que sempre está ao meu lado.

Aos meus amigos.

E a todos os professores que contribuíram para mais uma formação na minha carreira acadêmica.

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RESUMO

O conteúdo do trabalho se refere diretamente ao grau de satisfação dos

colaboradores com suas funções, atividades e com a sua organização. A

qualidade de vida do trabalho hoje em dia tem prioridade para cada funcionário.

Ela visa facilitar e satisfazer as necessidades do trabalhador ao desenvolver

suas atividades na organização através de ações para o desenvolvimento

pessoal e profissional. Iremos abordar as causas que levam o trabalhador a se

afastar por motivo de saúde e propor a implantação da política de qualidade de

vida no trabalho nas organizações.

Palavras chaves: Qualidade de Vida no Trabalho e Organização.

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METODOLOGIA

As fontes das questões de pesquisa são focadas em problemas do

cotidiano no dia a dia de cada trabalhador. A pesquisa se refere a discussão de

problemas de saúde, usufruindo de um referencial teórico para melhoria da

qualidade de vida no trabalho.

O método de metodologia adotado será o de pesquisa bibliográfica,

consulta em sites, revistas, jornais, artigos e profissionais na área.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I

Conceituação de Qualidade de Vida 12

CAPÍTULO II

Conceituação de Qualidade de Vida no Trabalho 22

CAPÍTULO III

Conceituação de Qualidade de Vida no Trabalho 40

CONCLUSÃO 46

BIBLIOGRAFIA 48

WEBGRAFIA 51

ANEXO 52

ÍNDICE 53

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INTRODUÇÃO

Com o avanço da tecnologia e com os processos de mudanças, as

empresas modernas, têm buscado a qualidade, a produtividade e a

competitividade para fazer a diferença, exigindo uma maior participação dos

trabalhadores nos processos organizacionais. As organizações perceberam

que o seu principal capital é o seu colaborador. Quanto melhor suas condições

de trabalho e de vida, mais lucrativa e competitiva torna-se a empresa. Hoje em

dia, o grande diferencial é a motivação e o comprometimento dos funcionários

com a qualidade do trabalho realizado. Dessa forma, a Qualidade de Vida no

Trabalho (QVT) vem se tornando parte da cultura organizacional das

empresas.

Hoje, a Qualidade de Vida no Trabalho passou a ser uma exigência

do colaborador, transformando-se em fator primordial para o desenvolvimento

das empresas em um mercado cada vez mais competitivo.

Nesse contexto as empresas e trabalhadores devem ter ciência de

que a Qualidade Vida no Trabalho é importante em suas atividades, garantindo

melhores resultados e, consequentemente, segurança e sucesso para

organizações e profissionais.

A observação em qualquer ambiente de trabalho leva a identificação

de um leque grande de informações relacionadas à qualidade de vida no

trabalho.

A Qualidade Vida no Trabalho faz parte das mudanças pelas quais

passam as relações de trabalho na sociedade moderna. Nela, é cada vez maior

o número de empresas que investem na qualidade de vida dos seus

colaboradores para desenvolver condições de melhoria de trabalho dentro da

organização. Dezenas de empresas preocupadas com esta questão e

principalmente com a saúde dos seus trabalhadores, têm utilizado estratégia

para favorecer estas condições, como por exemplo, a ginástica laboral, período

de descanso dentro da rotina do trabalho, trabalho em equipe, dentre outros.

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As empresas devem investir em educação, formação e capacitação

dos trabalhadores, através da criação de programas que colaborem na

sensibilização e reeducação de hábitos do trabalhador, fator fundamental neste

momento.

A relação entre a qualidade de vida no trabalho e produtividade tem

sido um tema abordado em algumas empresas. É certo de que a qualidade de

vida no trabalho tem reflexos diretos na produtividade do funcionário e no

alcance das metas, visto que um funcionário desmotivado, não produz tanto

quanto um funcionário motivado.

Tendo em vista a relação da produtividade com o modo de qualidade

de vida no trabalho, agentes do RH, resolveram adotar programas para

elevarem a QVT nas empresas com o objetivo estratégico de aumentar

competitividade e a produtividade.

Neste processo, surge então uma questão que constitui o problema

dessa pesquisa:

• Quais as ações a serem tomadas para que os funcionários tenham um

melhor desempenho e melhorem a qualidade de vida?

Sobre o problema em questão, baseamos no trabalho de

FERNANDES (1996, p. 16), propõe-se, nesta pesquisa, a melhoria da QVT a

partir da mensuração de seus fatores determinantes, pois, segundo a autora

“não se pode melhorar o que não se consegue medir”. Sendo assim, esse

trabalho irá analisar a QVT, propor melhorias a partir dessa mensuração

permitindo que seu gerente possa estabelecer prioridades que deverão ser

tomadas para a melhoria da QVT.

Quanto a hipótese, ações e/ou programas de QVT vem se tornando

a maneira pela qual é possível se desenvolver e manter motivação e o

comprometimento dos trabalhadores, resultando em inúmeros benefícios.

Atualmente, muitas empresas têm buscado incorporar programas padronizados

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de QVT de forma imediata, sem planejamento estratégico e os devidos

investimentos. Dessa forma obtêm resultados contrários aos esperados. Cada

programa deve ter um direcionamento, uma vez que cada empresa tem a sua

especificidade. Dessa forma, deve-se haver um diagnóstico dos problemas e

limitações das atividades ocupacionais, assim como dos recursos físicos e

humanos, para diante ser possível o planejamento e execução das ações a

serem implementadas.

Os objetivos a serem apresentados de uma forma geral seriam

apresentar ações de implantação a politica de qualidade de vida nas

organizações, esclarecendo a utilidade e a necessidade da mesma,

identificando de que forma a QVT contribui no sentido de manter um nível de

motivação dos colaboradores e apresentando recomendações que possa

tornar a QVT uma prática rotineira entre os funcionários.

A qualidade de vida no trabalho pode ser definida pela busca do

equilíbrio psicológico, físico e social onde são respeitadas as necessidades e

limitações do ser humano resultando num crescimento pessoa e profissional,

sem traumas afetam atitudes pessoais e comportamentais relevante para a

produtividade pessoa e grupal, tais como: motivação para o trabalho,

adaptabilidade a mudanças, criatividade e vontade de inovar.

Justifica-se a importância deste trabalho um estudo destacando o

papel da qualidade de vida no trabalho e a sua contribuição nas relações

humanas nas organizações. Mesmo que as organizações negligenciam, a falta

de qualidade de vida produz naturalmente impactos importantes nus resultados

das organizações tais como: baixa produtividade custo altos de assistência

medica, índice absenteísmo e rotatividade e organização. Assim, torna-se

importante a implantação e bem gerenciamento na qualidade de vida do

trabalho. As causas que levam o trabalhador a se afastar do trabalho por

motivo de saúde, ainda não são efetivamente conhecidas pelos chefes e

diretores de cada departamento. O que se sabe é que esse afastamento pode

estar relacionado a falta de uma política de qualidade de vida no trabalho.

Nesse sentido, a relevância dessa pesquisa está nos resultados que irão servir

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de base para que possa definir os parâmetros da implantação do programa da

política de qualidade de vida.

No capítulo I iremos abordar a conceituação da qualidade de vida, a

origem e evolução do termo qualidade de vida no trabalho e as mudanças no

ambiente organizacional.

No capítulo II, para dar sequência nesse estudo, foram abordados

alguns tópicos: o primeiro dispõe do embasamento teórico sobre a origem e

evolução de Qualidade de Vida no Trabalho e o segundo os programas de

qualidade de vida no trabalho e o modo de melhoria no ambiente de trabalho.

O capítulo III irá reproduzir a importância da junção do Recursos

Humanos com a Qualidade de Vida no Trabalho para a evolução dos

funcionários. Quais métodos serão aplicados para que os cargos sejam mais

produtivos e satisfatórios.

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CAPÍTULO I

CONCEITUAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA

Os conceitos sobre Qualidade de Vida propostos por Kluthcovsky e

Magri (2006) enfatizam aspectos materiais, como bem adquiridos, salário e

sucesso profissional. Num segundo momento a educação, o lazer, saúde e o

crescimento econômico são aspectos relevantes que integram o assunto. Além

dos aspectos objetivos abordados, o amor, a realização pessoal, o ambiente, a

satisfação caracterizam a Qualidade de Vida, ou seja, aspectos subjetivos que

passam a ser valorizados e ter relevância. A Qualidade de Vida é uma

preocupação constante do ser humano, desde o início da sua existência e

conforme Santos (2002), constitui um compromisso pessoal, a busca contínua

de uma vida saudável, além de ter uma boa saúde física e mental, engloba o

estar de bem com você mesmo e com a vida, com as pessoas e estar em

equilíbrio.

Referente ao conceito de Qualidade de Vida, podemos abordar dois

aspectos importantes: a subjetividade, que considera a percepção da pessoa

sobre o seu estado de saúde e sobre os aspectos não médicos do seu contexto

de vida; e a multidimensionalidade, que se refere ao reconhecimento de que o

construto é composto por diferentes dimensões.

O processo de globalização que a sociedade atual vive impõe um ritmo

acelerado de produção tecnológica e altera de maneira profunda as relações

desenvolvidas no mundo do trabalho, provocando, por consequência, segundo

Rocha e Fernandes (2007, p. 24) “uma queda crescente na qualidade de vida

da população trabalhadora”.

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A qualidade vida é um termo que descreve a qualidade das condições

de vida, levando em consideração fatores como saúde, educação, o bem-estar

físico, psicológico, emocional e mental, a expectativa de vida, a família e os

amigos.

Para De Marchi (1998 apud FRANÇA, 2004), um dos fundadores e ex-

presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida entre os anos de

1998 a 1999, descreve a qualidade de vida das pessoas no âmbito pessoal e

organizacional.

“Qualidade de vida é estar saudável, desde a saúde física, cultural, espiritual até a saúde profissional, intelectual e social. Cada vez mais as empresas que desejarem estar entre as melhores do mercado deverão investir nas pessoas. Portanto, qualidade de vida é um fator de excelência pessoal e organizacional. (De MARCHI apud FRANÇA,2004, p. 41)”.

A Qualidade de Vida relata uma preocupação maior com a saúde das

pessoas, com o estresse, com o bem-estar no meio em que vivem e a

Qualidade de Vida no Trabalho propõe uma interação da preocupação do

indivíduo e da empresa em relação a fatores físicos, sociais, psicológicos,

organizacionais com resultados tanto para as organizações como para as

pessoas.

Qualidade de vida é o método utilizado para medir as condições

de vida de um ser humano ou é o conjunto de condições que contribuem para o

bem físico e espiritual dos indivíduos em sociedade. Envolve o bem espiritual,

físico, psicológico e emocional, além de relacionamentos sociais, como família

e amigos e também a saúde, educação, poder de

compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida. Não

deve ser confundida com padrão de vida, uma medida que quantifica a

qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.

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A crescente preocupação com questões relacionadas à qualidade de

vida vem de um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no

sentido de valorizar parâmetros mais amplos que o controle de sintomas, a

diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida. Assim,

qualidade de vida é abordada, por muitos autores, como sinônimo de saúde, e

por outros como um conceito mais abrangente, em que as condições de saúde

seriam um dos aspectos a serem considerados (FLECK, LOUZADA, XAVIER,

CHACHAMOVICH, VIEIRA, SANTOS & PINZON, 1999).

As empresas modernas, diante dos processos de mudança e dos

constantes avanços tecnológicos, têm buscado a qualidade, a produtividade e

a competitividade para fazer frente a globalização da economia, o que exige

maior participação dos trabalhadores nos processos organizacionais.

As organizações perceberam que o seu grande capital é mesmo o

homem. Quanto melhor suas condições de trabalho e de vida, mais lucrativa e

competitiva torna-se a empresa. Muito mais do que conhecimento técnico, o

grande diferencial, hoje, é a motivação e o comprometimento dos funcionários

com a qualidade e excelência do trabalho realizado.

1.1. Origem e Evolução do Termo Qualidade de Vida no Trabalho

Desde a existência humana a qualidade de vida no trabalho tem sido

uma preocupação do homem, embora sob outros títulos, e em outros

contextos, mas sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e bem-estar

para os colaboradores da organização.

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De acordo com Rodrigues (1994, p. 39), a qualidade de vida no trabalho

surgiu na década de 50, na Inglaterra, quando Eric Trist e seus colaboradores

estudavam um modelo macro para agrupar o trinômio

indivíduo/trabalho/organização. Sendo que esta nova técnica descoberta

recebeu o nome de qualidade de vida no trabalho.

Em 1974 com a crise energética e a alta inflação que atingiu em especial

os países do ocidente e em particular os Estados Unidos, as empresas focaram

sua atenção na busca da sobrevivência e desta forma os interesses dos

trabalhadores passaram para um segundo plano, os quais voltaram a ser

discutidos em 1979 presenciando-se assim o ressurgimento do QVT.

Segundo Huse e Cummings (1985, p.15) a evolução no conceito de

Qualidade de Vida no Trabalho passou a ser percebida à medida que

pesquisas e intervenções nas organizações eram realizadas. Inicialmente, QVT

foi definida em termos de percepção das pessoas em relação ao trabalho,

particularmente resultados individuais relacionados à satisfação com as tarefas

e saúde mental. Desta forma, o foco era dirigido, às consequências sofridas

pelas pessoas da experiência de trabalho e à forma de enriquecer tal atividade

com vistas à satisfação de necessidades individuais.

Com o avanço dos estudos acerca do tema, mais tarde a QVT foi

concebida como uma abordagem, ou método, passando a ser definida em

termos de técnicas específicas usadas para reformular o trabalho, como o

enriquecimento de cargos e tarefas, grupos de trabalho autônomos, entre

outros. Logo após surgiu a definição de QVT como um movimento, uma

ideologia a ser promovida em função de seus valores sociais positivos com a

utilização dos termos “administração participativa” e “democracia industrial”.

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Por fim, também foi vista como um conceito global envolvendo todos os

tipos de programas e perspectivas que visam à competição externa, problemas

de qualidade ou, mesmo, com insatisfação de empregados. Este conceito,

segundo Huse e Cummings (1985, p. 17) leva as pessoas à confusão acerca

do que realmente é QVT, bem como cria expectativas não realísticas acerca de

sua abrangência e de seus resultados.

1.2. Transformações no Contexto Organizacional e no Mundo do Trabalho

A mudança sempre existiu e conforme Vergara (2000) trata-se de uma

constante e não de uma característica somente do mundo contemporâneo. O

mundo está mudando, todas as coisas estão em constante fluxo, em constante

mudança. Vale acrescentar que a característica do mundo contemporâneo é a

velocidade com que as mudanças ocorrem.

Segundo Robbins (2008) a perspectiva histórica das teorias e

explicações do mundo é influenciada por forças culturais, econômicas e

tecnológicas, transições que têm revolucionado nossa sociedade,

transformando-a de uma cultura rural baseada na agricultura, com a família

como unidade de produção básica, a uma cultura baseada na tecnologia,

indústria e ambiente urbano.

Antigamente, a agricultura constituía a base da sociedade, a força de

trabalho era composta por agricultores e artesões, a energia era retirada dos

homens, animais, sol, vento e água.

A partir da Revolução Industrial, conforme afirma Robbins (2008) ocorre

à substituição da energia humana pela energia da máquina e como nos ensina

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Toffler (apud VERGARA, 2000) a sociedade industrial nos trouxe as chaminés,

as linhas de montagens. Sua energia é tirada do carvão, do gás, do petróleo,

de combustíveis fósseis.

Iniciada pelas invenções tecnológicas, a Revolução Industrial,

caracteriza-se pelas mudanças principalmente no papel do trabalho e também

na própria natureza da sociedade. Todo esse ambiente social, econômico e

tecnológico serve de base para um processo de estudo sistemático da

Administração.

Conforme Davis e Newstron (2001), no século XVIII, período anterior a

Revolução Industrial as condições de trabalho eram brutais e dolorosas, as

pessoas trabalhavam por muitas horas sem descanso, sob condições

intoleráveis de doença, sujeira, perigo e escassez de recursos.

O interesse sobre as pessoas no trabalho foi despertado por Frederick

Taylor nos Estados Unidos no começo de 1900, o pai da Administração

Científica. Segundo Robbins (2001), a escola da Administração Científica

enfoca a medição e a estrutura do próprio trabalho e tem como objetivo criar a

forma mais eficaz de se realizar tarefas. Taylor estabeleceu e compôs técnicas

para administração voltada para a produção individual, com base para um

maior e melhor desempenho global da indústria.

De acordo com Rodrigues (1994) os princípios de Taylor, na divisão do

trabalho em tarefas simples e a utilização da mão-de-obra não especializada

passaram a ser possível e viável. A indústria assumiu o controle do processo

produtivo e pode aumentar substancialmente sua produtividade e produção.

A filosofia proposta era a racionalização da produção, elevando a

produtividade e a motivação econômica do trabalhador. Valorizou o trabalhador

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e lhe deu condições de ganhar proporcionalmente a sua produção. Rodrigues

(2007, p. 30) afirma que “os valores introduzidos por Taylor aparentemente

proporcionaram ao trabalhador, na época, uma melhor Qualidade Vida no

Trabalho e serviram de base para o atual estudo do comportamento humano

no trabalho”.

O trabalho faz parte da vida das pessoas desde sua existência, seja

como fonte de sua própria subsistência ou de seu grupo social, seja como

realização pessoal, já as mudanças fazem parte de um processo de

desenvolvimento da sociedade na qual estamos inseridos. O estudo vai relatar

essas transformações no trabalho das pessoas que fazem parte desse cenário.

1.2.1. Mudanças no ambiente organizacional

Chiavenato (2004) enfoca que no decorrer do século XX é possível

visualizar três distintas eras organizacionais: a Era Industrial Clássica, a Era

Industrial Neoclássica e a Era da Informação. Cada uma com características

importantes que nos permitem compreender cada fase e como as pessoas

participavam das organizações.

A Era da Industrialização Clássica refere-se ao período logo após a

Revolução Industrial e que se estendeu até meados de 1950 envolvendo a

primeira metade do século XX. Sua maior característica foi a intensificação em

amplitude mundial e o surgimento dos países desenvolvidos e industrializados.

Conforme Chiavenato (1996) a era da industrialização clássica caracterizou-se

por um ambiente empresarial estável, previsível, tranquilo, exigindo uma

abordagem mecanicista e uma estrutura organizacional hierárquica, alta,

centralizadora e piramidal com ênfase na departamentalização funcional.

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A cultura organizacional nessa época, era voltada para o passado, se

conservavam os valores tradicionais e como propõe Chiavenato (1996, p. 36)

“as pessoas eram consideradas recursos de produção, juntamente com outros

recursos organizacionais como máquinas, equipamentos e capital, na

conjunção típica dos três fatores tradicionais de produção: natureza, capital e

trabalho”.

A Era da Industrialização Neoclássica é o período que se estende entre

as décadas de 1950 a 1990. O desenvolvimento tecnológico proporcionou

condições para as empresas da época produzirem em enormes escalas de

produção. Os mercados locais tornaram-se gradativamente regionais e até

mesmo, nacionais e internacionais. Segundo Chiavenato (2004), diante das

mudanças e transformações do ambiente, as organizações adotaram um

modelo matricial que visava à ênfase interna na departamentalização funcional

com um esquema lateral de estrutura por produtos ou serviços oferecidos pela

empresa, a fim de se tornar mais competitivas diante da rápida expansão dos

mercados, novos produtos e processos, novas tecnologias e, sobretudo o

surgimento de novas potências econômicas como o Japão.

A Era da Informação teve início na década de 1990 e se estende até

hoje. Este cenário é marcado pelo crescente avanço tecnológico e

modernização das organizações. A tecnologia da informação transformou o

mundo em uma aldeia global, forneceu as condições básicas para a

globalização da economia. Chiavenato (2004, p. 67) afirma que “a globalização

da economia trouxe novos conceitos como a qualidade total, a produtividade e

a competividade como formas de sobrevivência empresarial”.

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A Era da Informação é caracterizada pela inovação, flexibilização,

agilidade, com ênfase em unidades de negócios, redes internas e atividades

grupais. O volátil mercado de capitais passou a migrar de um continente para o

outro em segundos à procura de novas oportunidades de investimentos.

Conforme Vergara (2000, p. 19):

“Na sociedade de informação, os centros de decisão movem-se por continentes e países, embalados por negócios, movimentos do mercado e exigências de reprodução de capital; invadem cidades, pequenas e grandes empresas, fluxo de comércio de bens e serviços, mercado de ações, ligações telefônicas, formas de trabalho e de vida, modos de ser e de pensar e produções culturais”.

Silva e De Marchi (1997) afirmam que dos muitos desafios que o mundo

empresarial apresenta na atualidade, dois são fundamentais: a necessidade de

uma força de trabalho saudável, motivada e preparada para a extrema

competição e a capacidade da empresa responder à demanda de seus

funcionários em relação a uma melhor qualidade de vida.

A adoção de programas de bem-estar e promoção da saúde, programas

de higiene e segurança no trabalho juntamente com a manutenção das

pessoas exige um conjunto de cuidados que servem para manter as pessoas

motivadas e satisfeitas. Todo esse processo torna o ambiente físico,

psicológico e social agradável e seguro.

As pessoas passam a maior parte do tempo nas organizações e para

assegurar aos funcionários melhor qualidade de vida, o local de trabalho deve

se apresentar livre de riscos à saúde das pessoas, assim como deve ser um

ambiente de trabalho favorável para garantir o bem-estar e a saúde dos

empregados.

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CAPÍTULO II

CONCEITUAÇÃO DE QUALIDADE DE VIDA NO

TRABALHO

Apesar de ter surgido há mais de cinquenta anos, ainda não há uma

definição consensual para QVT, cada autor conceitua conforme os elementos

que julga mais importantes para que haja efetivamente Qualidade de Vida no

Trabalho.

Assim, o conceito de qualidade de vida no trabalho tem sido avaliado e

questionado através dos anos, definindo-se não como modismo passageiro,

mas como um processo que consolida a busca do desenvolvimento humano e

organizacional.

Os conceitos sobre Qualidade de Vida propostos por Kluthcovsky e

Magri (2006) enfatizam aspectos materiais, como bem adquiridos, salário e

sucesso profissional. Num segundo momento a educação, o lazer, saúde e o

crescimento econômico são aspectos relevantes que integram o assunto. Além

dos aspectos objetivos abordados, o amor, a realização pessoal, o ambiente, a

satisfação caracterizam a Qualidade de Vida, ou seja, aspectos subjetivos que

passam a ser valorizados e ter relevância.

A Qualidade de Vida é uma preocupação constante do ser humano,

desde o início da sua existência e conforme Santos (2002), constitui um

compromisso pessoal, a busca contínua de uma vida saudável, além de ter

uma boa saúde física e mental, engloba o estar de bem com você mesmo e

com a vida, com as pessoas e estar em equilíbrio.

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Referente ao conceito de Qualidade de Vida, Rocha e Fernandes (2007)

abordam dois aspectos importantes: a subjetividade, que considera a

percepção da pessoa sobre o seu estado de saúde e sobre os aspectos não

médicos do seu contexto de vida; e a multidimensionalidade, que se refere ao

reconhecimento de que o construto é composto por diferentes dimensões.

A qualidade vida é um termo que descreve a qualidade das condições

de vida, levando em consideração fatores como saúde, educação, o bem-estar

físico, psicológico, emocional e mental, a expectativa de vida, a família e os

amigos.

Para De Marchi (1998 apud FRANÇA, 2004) um dos fundadores e ex

presidente da Associação Brasileira de Qualidade de Vida entre os anos de

1998 a 1999 descreve a qualidade de vida das pessoas no âmbito pessoal e

organizacional.

“ Qualidade de vida é estar saudável, desde a saúde física, cultural, espiritual até a saúde profissional, intelectual e social”. Cada vez mais as empresas que desejarem estar entre as melhores do mercado deverão investir nas pessoas. Portanto, qualidade de vida é um fator de excelência pessoal e organizacional. (De MARCHI apud FRANÇA, 2004, p. 41).”

A Qualidade de Vida relata uma preocupação maior com a saúde das

pessoas, com o estresse, com o bem-estar no meio em que vivem e a

Qualidade de Vida no Trabalho propõe uma interação da preocupação do

indivíduo e da empresa em relação a fatores físicos, sociais, psicológicos,

organizacionais com resultados tanto para as organizações como para as

pessoas.

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2.1. Da Qualidade de Vida à Qualidade de Vida no Trabalho

Examinando-se o tema QVT, em função de uma compreensão sócio-

histórico e crítico, é de utilidade e coerência deter-se ao próprio conceito de

QV.

Do ponto de vista histórico, estima-se que o termo QV surgiu pela

primeira vez na década de 30, na literatura médica, associado a trabalhos

empíricos que buscavam sua definição e mensuração.

No entanto, a maior acepção cientifica do termo se dá mais

recentemente nas últimas décadas, principalmente a partir dos anos 80,

quando se desenvolveram muitos instrumentos para avaliação de QV. Avalia-

se que mais de 70% desses instrumentos foram produzidos na década de 80.

Tal crescimento acentuado atesta muitos esforços para o amadurecimento

conceitual e metodológico do uso do termo na linguagem científica .

Uma análise mais detalhada da literatura produzida na última década

evidencia a tendência ao maior uso de definições focalizadas e combinadas,

que vão além das definições globais mais superficiais, pois são aquelas que

podem contribuir para o progresso evolutivo de um conceito em bases

científicas.

A partir do início da década de 90, parece consolidar-se um consenso

entre os estudiosos da área quanto a dois aspectos relevantes do conceito de

qualidade de vida: subjetividade e multidimensionalidade. No que concerne à

subjetividade, trata-se de considerar a percepção da pessoa sobre o seu

estado de saúde e sobre os aspectos não-médicos do seu contexto de vida, ao

contrário das tendências iniciais de uso do conceito quando a QV era avaliada

por um observador, usualmente um profissional de saúde. Já a

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multidimensionalidade refere-se ao reconhecimento de que é composto por

diferentes dimensões, como também avaliado em sua polaridade: de bom a

ruim. A identificação dessas dimensões e de sua dinamicidade, tais como a

temporal e espacial, a social, a mental, a física, a cultural, a econômica, dentre

outras, tem sido objeto de pesquisa científica, em estudos empíricos, que

utilizam metodologias qualitativas e quantitativas (CAMPANA, 2009).

Conclui-se após esta explanação acerca dos aspectos históricos e

epistemológicos do termo QV, com a constatação de que este conceito oriundo

da área da saúde, vem justamente ampliar e ao mesmo clarificar a concepção

sobre a relação do ser humano com a saúde e o seu meio de vida, o que

reflete, portanto uma nova leitura do próprio conceito de saúde.

De uma forma geral, a questão da qualidade de vida tem sido uma

preocupação constante em nossa sociedade atual, conforme se averigua pelo

nível de consenso e penetração social a que atingem os discursos de

preservação da natureza, da vida humana e da saúde vista de maneira integral

e preventiva (KILIMNIK e MORAES, 2000).

Dentre estes fatores que contribuem para a qualidade de vida de um

indivíduo, o trabalho talvez seja um dos mais influentes, principalmente por

duas razões: por ser um meio de se obter a subsistência, impulsionando outros

fatores como a cultura, a educação, o lazer e o conforto; e, por outro lado,

porque os indivíduos passam a maior parte ativa de seu tempo no trabalho.

Em se tratando dessas configurações da organização da sociedade em

relação ao trabalho e ao modo como produz realidade, destaca-se todo um

conjunto de transformações que vêm ocorrendo no sentido de estreitamento

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dos laços entre as sociedades e as organizações, como também no sentido da

precarização do trabalho em função da alta competitividade e produtividade.

Dessa maneira, o foco sobre o mundo do trabalho e o ambiente

organizacional torna-se um aspecto chave para a vida em sociedade e, em

especial, para a qualidade de vida dos trabalhadores.

De modo que também do ponto de vista das organizações, tornou-se

necessário avaliar esse aspecto da QV, procurando aliá-lo de alguma forma

aos fatores competitivos e à produtividade. Haja vista que existe também cada

vez maior cobrança para que estas organizações contribuam para a sociedade

não somente com a geração de bens, mas também socialmente e

culturalmente, com investimentos à valorização do potencial humano e sua

capacitação (VASCONCELOS, 2001).

A qualidade de vida no trabalho está ganhando espaço dentro das

organizações a partir da atual reestruturação do trabalho, pois essa solicita,

cada vez mais, que o trabalhador se identifique com a organização e trabalhe

em equipe.

Dessa forma, a melhoria da qualidade de vida da população tornou-se

um assunto discutido nos meios de comunicação, assim como também pelos

órgãos públicos, e frequentemente se apresenta em forma de cobrança por

parte de algumas entidades organizadas da sociedade. Por fim, a QVT passou

a integrar as discussões no âmbito da vida profissional das pessoas, e em seu

local de trabalho. Isso vem ocorrendo impulsionando, muitas vezes, pelos

programas de qualidade de vida desenvolvidos nas organizações. As

organizações estão, atualmente, procurando formas de seduzir o funcionário e

reduzir o conflito interno. Talvez essa seja uma possibilidade de abertura para

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o desenvolvimento da qualidade de vida dentro das organizações (LIMONGI-

FRANÇA, 2005).

2.2. Qualidade de Vida no Trabalho

A Qualidade de Vida no Trabalho é hoje difundida e tem acentuado

desenvolvimento em vários países como França, Alemanha Ocidental,

Dinamarca, Suécia, Holanda, Itália bem como outros países que adotaram em

suas organizações a filosofia e métodos para uma maior satisfação do

indivíduo no trabalho.

Em 1950, no Tavistock Institute, em Londres, Eric Trist e colaboradores

desenvolveram estudos sobre o Indivíduo/Trabalho/Organização. Segundo

Rodrigues (2007), esse modelo recebeu a denominação de Qualidade de Vida

no Trabalho, tendo como base a satisfação do trabalhador no trabalho e suas

necessidades em relação a ele próprio.

De acordo com o mesmo autor, a Qualidade de Vida no Trabalho tem

sido uma preocupação constante do homem; surgiu com outros títulos em

outros contextos, mas está sempre voltada para facilitar ou trazer satisfação e

bem estar ao trabalhador na execução da tarefa. O tema QVT foi representado

inicialmente pela busca da satisfação do trabalhador e pela tentativa de

redução do esforço físico no trabalho.

Segundo Robbins (2008), o termo Qualidade de Vida no Trabalho foi

apresentado no final da década de 1960 para enfatizar a deficiência da

qualidade de vida no trabalho, pois havia uma preocupação da sociedade

norte-americana com efeitos do emprego em relação à saúde e o bem-estar

dos trabalhadores. De acordo com Rodrigues (2007) somente na década de

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60, as preocupações com a QVT tomaram impulso, pois a conscientização dos

trabalhadores e o aumento das responsabilidades sociais contribuíram de

forma decisiva, para que cientistas e dirigentes organizacionais pesquisassem

melhores formas de realizar o trabalho.

No final da década de 70 houve uma desaceleração e paralisação no

desenvolvimento das preocupações com a QVT, devido à crise e as

organizações desviarem suas atenções para a alta inflação que acometeram as

grandes potências do Ocidente e principalmente os Estados Unidos. Huse e

Cummings (1985 apud RODRIGUES, 2007) descrevem que em 1979 teve

início uma nova fase no desenvolvimento das abordagens da QVT, período que

foi induzido pelo fascínio nas técnicas de administrar usadas pelo Japão, país

que superou muito bem a crise.

A Qualidade de Vida no Trabalho, segundo Chiavenato (2004) assimila

duas posições: a reivindicação dos funcionários quanto ao bem-estar e

satisfação no trabalho; e o interesse das organizações quanto aos seus efeitos

sobre a produtividade e a qualidade. Para alcançar elevados índices de

qualidade e produtividade, as organizações precisam de pessoas motivadas

que participem ativamente dos trabalhos e que sejam adequadamente

recompensadas.

De acordo com Chiavenato (2004) a QVT envolve alguns fatores como:

satisfação com o trabalho; a possibilidade de crescimento organizacional; o

reconhecimento pelos resultados; salário; benefícios; relacionamento; ambiente

de trabalho; poder de decisões; participação.

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Vieira (1996) afirma que os principais fatores determinantes de QVT são:

o próprio trabalho, as relações interpessoais, a política de recursos humanos e

a empresa apresentada em cinco categorias.

A política de recursos humanos envolve o treinamento dos funcionários,

os benefícios, a política de cargos e salários, a estabilidade, as normas da

empresa, ética e a legislação trabalhista. As interações pessoais abordam a

cooperação, a amizade com o grupo de trabalho, o relacionamento, confiança,

autoridade, chefia-aberta, diálogo.

Conforme Barretos (2008) o principal fator que provoca estresse no

trabalho é a sobrecarga no trabalho, ou seja, acúmulo de tarefas, a falta de

organização e a capacidade de distribuir as tarefas e funções. A agitação,

insônia, descontentamento com questões do dia-a-dia, péssimo desempenho

no trabalho já são alguns sintomas de estresse. O lazer, exercícios físicos e

alimentação balanceada são fatores para uma significativa melhora desse

condicionante que assola a vida de muitas pessoas nos tempos modernos. O

estresse somado a outros fatores de risco como o cigarro, sedentarismo, má

qualidade de vida, podem provocar agravos ou distúrbios mais significativos.

A satisfação no trabalho é resultante de um conjunto de elementos como

remuneração, oportunidades de promoção, relacionamento com os colegas,

participação, ambiente de trabalho e suas condições, fatores que percebem

para um bom desempenho dos funcionários.

Para abordar Qualidade de Vida no Trabalho a pesquisa apresentou

sete modelos e suas definições, tais como: o Modelo de QVT Richard Walton

(1973), Modelo de QVT Hachkmann e Oldhan (1975), Modelo de QVT de

Nadler e Lawler (1983), Modelo de QVT de E. Huse e T. Cummings (1985),

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Modelo de QVT de Willian Westley, Modelo de QVT de K. Davis & Werther e o

Modelo de Eda Fernandes (1996).

No quadro 01 apresentam-se, de forma sintética alguns conceitos dos

principais estudiosos do tema Qualidade de Vida no Trabalho. ( Vide anexo p.

43).

2.2.1. Programas e ações em QVT

A qualidade de vida no trabalho não pode ser confundida com políticas

de benefícios, nem com atividades festivas de congraçamento, embora essas

sejam importantes como estratégias. A QVT tem a ver com a cultura

organizacional.

Cultura esta que pode ser traduzida como: os valores, a filosofia da

empresa, sua missão, o clima participativo, o gosto por pertencer a elas e as

perspectivas concretas de desenvolvimento pessoal que criam a identificação

empresa trabalhador (MATOS, 1997).

Nesse sentido, a QVT somente ocorre no momento em que as empresas

tomam consciência que os seus trabalhadores são partes fundamentais de sua

organização. Assim, eles devem ser vistos como um todo. Segundo Campos

(1992), um dos mais importantes conceitos dos programas de qualidade de

vida está na premissa de que, somente se melhora o que se pode medir e,

portanto, é preciso medir para melhorar, sendo, assim, torna-se necessário

avaliar de forma sistemática a satisfação dos trabalhadores e, nesse sentido, o

processo que permeia a subjetividade é de grande importância para detectar a

percepção dos trabalhadores sobre os fatores intervenientes na qualidade de

vida do trabalho.

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Atualmente, os trabalhadores passam muito mais horas convivendo em

um ambiente laboral do que convivem com seus familiares. Com isso os

desgastes físicos e emocionais alastram-se nos locais de trabalho. Isso ocorre,

na maioria das vezes, pelo desencontro da natureza do trabalho e a natureza

da pessoa que realiza esse trabalho (MASLACH e LEITER, 1999).

O desgaste no trabalho, afeta tanto o indivíduo e os seus familiares

quanto às empresas, afinal a diminuição da tolerância ao estresse e redução

do apoio em suas vidas pessoais, os tornam incapacitados em lidar com os

problemas do trabalho, diminuindo a capacidade de produtividade. Acredita-se

que uma das soluções para este problema seria que a própria empresa criasse

ações preventivas, além de programas de QVT, pois à medida que o

trabalhador ganha, a empresa também através do ganho secundário.

Entretanto para se conseguir a aprovação da diretoria e colocar em

prática, ações como essas, não é um processo simples. Deve-se provar que

com estas ações, conseguir-se-á redução de custos mais altos no futuro. Para

tal, devem-se utilizar argumentos fundamentados no ganho secundário, cujo

significado é os ganhos que a empresa obterá pela redução de despesas

relacionadas à saúde dos trabalhadores (LIMONGI-FRANÇA, 2005).

Um exemplo é a forma como são vistos pelas organizações, assumindo

de forma geral três visões diferenciadas: 1) o enquadramento legalista – restrito

ao cumprimento de regras impostas pela legislação ou por obrigação em

situações específicas, tais como exigências feitas por grandes clientes,

exigências de programas de certificação de qualidade; 2) o enquadramento

paternalista - realizados no intuito de fazer com que o indivíduo se sinta bem

em seu ambiente laboral. A preocupação e o objetivo principal, neste sentido, é

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exclusivamente o indivíduo e não há, necessariamente, uma ligação com as

estratégias da organização; 3) a visão estratégica - os programas são

percebidos como parte integrante da visão estratégica organizacional,

atrelados ao resultado planejado pela organização (LIMONGI-FRANÇA, 2005).

Cabe aos profissionais atuantes no campo da saúde dos trabalhadores

procurarem maneiras, pautadas na legislação e fundamentação científica,

pelas quais as empresas mudem e aceitem novos conceitos envolvendo os

programas.

Todavia, caso não seja possível implantar grandes ações, há sempre a

possibilidade de se pôr em prática dois grandes valores básicos, de

comprovação científica, que podem ser desenvolvidos dentro das empresas,

que não geram nenhum custo, mas que influenciam positivamente a QVT: a

auto-estima e a empatia.

Ao desenvolvê-los, conseguir-se-á reverter ou amenizar um quadro

clínico de desgaste físico e emocional dos colaboradores (MASLACH; LEITER,

1999).

Um planejamento estratégico é fundamental para implementação das

ações e programas de QVT a serem implantados. Estes envolvem diagnósticos

e implantação de melhorias, inovações gerenciais, inovações tecnológicas e

estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições

plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho. O

diagnóstico pode ser realizado para um levantamento das condições

relacionadas à empresa e/ou seus recursos humanos. Moretti diz que existem

várias medidas a serem aplicadas, como remuneração justa, manutenção de

um ambiente físico, psicológico e social mais saudável, e implantação de uma

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política de benefícios sociais, criando assim, condições para que o sistema

racional funcione (TIMOSSI; FRANCISCO; MICHALOSKI, 2007).

As empresas americanas que desenvolvem programas de promoção à

saúde não os fazem por bondade, os motivos têm mais a ver com o ganho

secundário, ou seja, aumento da produtividade, competitividade, e redução de

custos gerados pelos trabalhadores. Entretanto, alguns programas apresentam

medidas drásticas, como por exemplo, a proibição do fumo no ambiente de

trabalho. Isto pode gerar uma rejeição dos trabalhadores, uma vez que para se

mudar comportamento de risco deve-se inicialmente promover a

conscientização (SILVA; LIMA, 2007).

E para que o programa de qualidade de vida no trabalho não vire mais

um modismo gerencial, é necessário que as empresas, antes de implantarem

um programa, façam uso dos diagnósticos, para direcionar as estratégias de

promoção à saúde. Isto permite definir estrategicamente o sistema de trabalho

da empresa, permitindo descobrir as necessidades a curto, médio e longo

prazo, além de padrões de desempenho em quantidade, qualidade e de tempo.

No Brasil, algumas empresas de grande e médio porte vêm adaptando

modelos de programas de qualidade de vida de empresas nos Estados Unidos

com o objetivo de reduzir custos com assistência médica, absenteísmo,

acidentes, melhorar a segurança e o bem estar dos trabalhadores, através de

uma visão holística (SILVA; LIMA, 2007).

2.2.2. Exercícios físicos

Shephard (1994) verificou que após um programa de exercícios físicos

no trabalho, as pessoas se sentiam melhor, além de ocorrer uma redução dos

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gastos médicos. O mesmo autor afirma que o melhor estado de saúde é um

processo contínuo de "bem-estar", com uma demanda reduzida de recursos

médicos.

Os programas de exercício podem beneficiar o setor corporativo e

através do melhoramento da imagem da companhia, o entrosamento dos

empregados, aumentando a satisfação dos mesmos, melhorando a

produtividade, a redução do absenteísmo e substituição do pessoal, uma

diminuição dos custos médicos, redução de lesões e acidentes e um

incremento no estilo de vida em geral.

O exercício físico regular reduz a obesidade, reprimindo a estimulação

simpática (adrenalina) e ressalta a estimulação parassimpática, tornando a

pessoa mais calma. Isto traz múltiplos benefícios, por exemplo, para o sistema

cardiovascular, tornando o sangue mais fluido, e diminuindo a fração danosa

do colesterol. Os exercícios reduzem a hipertensão arterial e melhoram o fluxo

das coronárias, são inúmeros os benefícios, até hábitos nocivos à saúde, como

álcool e fumo são reduzidos. Enfim, o exercício regular aumenta

tremendamente a tolerância ao estresse (BAUCK, 1989 apud ALVAREZ,

1996).

2.2.3. Treinamento

Outro fator importante dentre as atividades de promoção da QVT é o

treinamento, que sem dúvida, é considerado parceiro e instrumentador das

metas de bem estar no trabalho. Potencial, criatividade, força de trabalho,

inovação, compromisso e interação capacitam os trabalhadores no ambiente

organizacional através de situações planejadas e monitoradas para obtenção

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de mudanças pessoais, grupais e organizacionais. As pressões para novos

desempenhos de um lado, ameaçam a estabilidade e o conhecimento

adquirido, de outro, têm sido a grande oportunidade de mudança, como a

modernização, a evolução quanto à desempenho, a maturidade crítica, a

criação de novos paradigmas, os valores de preservação, a qualidade de

compromisso e a autonomia profissional (LIMONGIFRANÇA, 2005).

O treinamento e o desenvolvimento de trabalhadores são importantes

para mantê-los em constante aperfeiçoamento e satisfeitos com o

desenvolvimento de suas funções (GOEDERT e MACHADO, 2007).

O treinamento era considerado antigamente, apenas como uma forma

de adequar a pessoa ao seu cargo, hoje se tornou uma forma de melhorar o

seu desempenho. O autor ainda complementa que o treinamento é

considerado um meio de desenvolver competências nos trabalhadores para

que se tornem mais produtivos, criativos e inovadores, a fim de contribuir

melhor para os objetivos organizacionais (GOEDERT e MACHADO, 2007).

Os programas de treinamento e desenvolvimento de trabalhadores são

uma forma de aumentar o capital intelectual da empresa, mas também gera

benefícios ao colaborador, agregando conhecimentos que serão importantes

para o desenvolvimento pessoal e a promoção da QVT.

2.2.4. Ergonomia

Outro aspecto que contribui para a saúde do trabalhador e

consequentemente para desenvolver a qualidade de vida no trabalho, é a

preocupação com a ergonomia.

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Goedert e Machado (2007) relatam que a ergonomia é uma ferramenta

para identificar situações em que o ambiente de trabalho está inadequado e

adaptá-lo para o trabalho humano. A ergonomia não envolve somente

máquinas e equipamentos, mas todo o relacionamento entre o homem e o

trabalho, não apenas ambiente físico, mas também o ambiente psicológico que

o local pode proporcionar.

A partir desse conceito verifica-se que o estudo da ergonomia busca

identificar situações em que o ambiente de trabalho possa prejudicar a saúde

do trabalhador e verificar melhores formas de desenvolver suas atividades sem

que possa causar danos à saúde, consequentemente contribuindo para a

promoção da Qualidade de Vida no Trabalho (GOEDERT e MACHADO, 2007).

2.2.5. Ginástica Laboral

A Ginástica Laboral (GL) é um programa que está sendo cada vez mais

adotado pelas empresas no combate do stress e melhoramento da saúde física

dos trabalhadores.

Para Goedert e Machado (2007), a conceituação de GL é definida como

um conjunto de práticas físicas, elaboradas a partir da atividade profissional

exercida durante o expediente, que visa compensar as estruturas mais

utilizadas no trabalho e ativar as que não são requeridas, relaxando-as e

tonificando-as.

A GL vem se desenvolvendo nas empresas significativamente,

diminuindo o absenteísmo e melhorando o desempenho dos colaboradores,

trazendo muitos benefícios para a empresa e para os colaboradores, pois além

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da promoção da saúde, aumenta a disposição para o trabalho e melhora a

integração entre os colaboradores.

2.2.6. Benefícios

Os benefícios que a empresa oferece, pode ser um grande fator capaz

de motivar e melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. De acordo com o

significado, benefício se trata de uma forma de remuneração indireta na qual a

organização oferece aos colaboradores, e ainda complementa que os

benefícios sociais são incentivos internos oferecidos com o objetivo de

satisfazer às necessidades pessoais, proporcionando um ambiente mais

harmonioso possível e produtivo para toda a empresa (ARAÚJO, 2006).

Com um programa de benefícios adequados, a empresa consegue

deixar o trabalhador mais satisfeito com o trabalho, satisfazendo algumas de

2.2.7. Higiene e segurança do trabalho

Outro fator de grande importância para garantir a saúde dos

colaboradores na organização são os programas de higiene e segurança no

trabalho, que constitui a garantia de um local apropriado para o desempenho

das funções.

E, se tratando desse tema, Chiavenato (2002), explica que a Higiene do

Trabalho é um conjunto de normas e procedimentos que garantem a proteção

da saúde física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos que o

ambiente de trabalho possa oferecer.

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Pode-se dizer que higiene e segurança do trabalho são atividades

interligadas, onde uma complementa a outra para que seu propósito atinja os

objetivos almejados pelo programa.

A despeito disso, Chiavenato (2002) afirma que segurança no trabalho é

o conjunto de medidas técnicas, educacionais, médicas e psicológicas,

empregadas para prevenir acidentes onde se deve eliminar as condições

inseguras do local de trabalho e ensinar as pessoas a implantação de práticas

preventivas.

A partir de então, entende-se que os benefícios com este programa é

compensador tanto para a organização quanto para o colaborador, garantindo

um ambiente de trabalho seguro e agradável, onde com isso o empregado

produz melhor, diminui o absenteísmo, afastamentos e a rotatividade.

2.2.8. Cargos e salários

Todo colaborador presta seus serviços e desenvolve suas habilidades

em troca de uma remuneração adequada de acordo com seu cargo.

Segundo Araújo (2006) o estudo de cargos e salários é um instrumento

que permitirá à empresa a administração de seus recursos humanos na

contratação, movimentações horizontais (méritos) e verticais (promoções) de

seus profissionais e retenção de talentos da empresa. A definição de cargos e

salários estabelecerá uma política salarial eficaz que permitirá a ascensão

profissional dos colaboradores de acordo com suas aptidões e desempenhos;

assim como subsidiará o desenvolvimento do plano de carreiras.

Com isso, através de um programa de cargos e salários, a empresa

poderá ter definido o salário a ser aplicado a cada cargo, definindo também as

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funções que se enquadram em cada cargo. Acima de tudo, promovendo a

satisfação e contemplando a motivação do trabalhador.

2.3. Compensação justa e adequada

Conforme Fernandes (1996, p.49) é a categoria que visa mensurar a

QVT em relação à remuneração recebida pelo trabalho realizado. As principais

dimensões determinantes do critério de compensação justa e adequada são: o

salário ou remuneração adequada, a equidade interna e a equidade externa.

A remuneração adequada é necessária para o trabalhador viver

dignamente dentro das necessidades pessoais e dos padrões culturais, sociais

e econômicos da sociedade em que vive.

Para Robbins (2008) as recompensas justas devem ocorrer a partir de

um sistema de pagamento e políticas de promoção. O pagamento é visto como

justo com base nas exigências do trabalho, no nível de habilidade do indivíduo

e nos padrões de pagamento do mercado, o resultado provável é a satisfação.

A relação de salário justo e fatores que os trabalhadores empregam para

desempenhar sua função como: responsabilidades, experiência, talento,

habilidades, conhecimento e capacidade são importantes para focar a

honestidade da compensação justa do trabalhador.

2.4. Condições de trabalho e segurança

Para Chiavenato (2004) este fator envolve as dimensões de jornada de

trabalho e o ambiente físico que precisa estar adequado para uma boa saúde

do trabalhador, proporcionando seu bem-estar. O ambiente de trabalho deve

oferecer conforto pessoal para facilitar a realização de um bom trabalho. Um

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ambiente que forneça instalações limpas e relativamente modernas, com

equipamentos e ferramentas adequadas.

Conforme Fernandes (1996 p. 49) é o critério que mede a Qualidade de

Vida no Trabalho em relação às condições existentes no local de trabalho.

Essa dimensão abrange alguns aspectos como a jornada de trabalho, o

ambiente físico de trabalho, a quantidade e qualidade de materiais e

equipamentos disponíveis para a execução do trabalho que se aplica aos

princípios ergonômicos, o ambiente saudável.

Rodrigues (2007, p. 83) aponta algumas sugestões que Walton (1973)

propôs para o melhoramento dessa dimensão como, condições físicas de

trabalho que reduzam ao mínimo o risco de doenças e danos, limite de idade

imposto quando o trabalho é potencialmente destrutivo para o bem-estar das

pessoas abaixo ou acima de certa idade.

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CAPÍTULO III

RECURSOS HUMANOS X QUALIDADE DE VIDA NO

TRABALHO

O setor de Recursos Humanos além de ter o desafio de promover iguais

oportunidades de emprego, também procura melhorar a qualidade de vida no

trabalho. Os esforços para melhorar a qualidade de vida no trabalho procuram

tornar os cargos mais produtivos e satisfatórios. Quando os cargos precisam

ser reformulados, muitas vezes, as mudanças são feitas por gerentes

operativos sem o envolvimento direto do setor de Recursos Humanos. Já

outros gerentes buscam a assistência desse departamento, porque este pode

ajudar a combinar as necessidades humanas com as do cargo. Os

especialistas de pessoas precisam estar informados a respeito de como

melhorar a qualidade de vida no trabalho por meio a reformulação de cargo.

A qualidade de vida no trabalho é um desafio importante à administração

do setor de Recursos Humanos. As exigências sobre o projeto de cargo são

organizacionais, ambientais e comportamentais. Quando são cuidadosamente

consideradas e consequentemente combinadas com um projeto apropriado do

cargo, o resultado é um cargo produtivo e satisfatório. Mas quando os insumos

ou produtos desejados são omitidos, resultam problemas. Os elementos

organizacionais do projeto de cargo dizem respeito à eficiência e os cargos

projetados eficientemente permitem que um trabalhador altamente motivado e

capaz consiga o máximo de produção. Um segundo aspecto do projeto de

cargos refere-se aos elementos ambientais. Como acontece com a maioria das

atividades de pessoal, o projeto de cargo não podem ignorar a influência do

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ambiente externo. Ao projetar cargos, os especialistas de pessoal e os

gerentes devem considerar a habilidade e a disponibilidade de empregados

potenciais ao mesmo tempo, as expectativas sociais também devem ser

ponderadas. Habilidades e disponibilidades de empregados, as considerações

de eficiência precisam estar equilibradas com as habilidades e disponibilidades

das pessoas que vão realizar o trabalho. Os cargos não podem ser projetados,

utilizando apenas os elementos que ajudam a eficiência. Agir dessa maneira

omite as necessidades humanas das pessoas que devem desempenhar o

trabalho. Em lugar disso, os projetistas de cargo recorrem pesadamente à

pesquisa comportamental a fim de promoverem um ambiente de trabalho que

ajude a satisfazer as necessidades individuais.

Um problema com alguns cargos é que eles têm falta de qualquer

identidade de tarefa. Os trabalhadores não podem apontar alguma peça de

trabalho completo quando um cargo tem falta de identidade. Eles têm pouco

senso de responsabilidade e podem não sentir orgulho pelos resultados.

Depois de completarem seu trabalho, podem sentir pouco senso de realização.

Quando as tarefas são agrupadas de modo que os empregados sintam que

estão fazendo uma contribuição identificável, a satisfação no cargo aumenta de

modo significativo. Os elementos comportamentais de projeto de cargo

informam os especialistas de pessoal para acrescentar mais autonomia,

variedade, identidade de tarefa e retro informação. Mas os elementos de

eficiência apontam para maior especialização, menor variedade, autonomia

mínima e outros elementos contraditórios. Assim, tornar os cargos mais

eficientes pode fazer com que sejam menos satisfatórios. Inversamente, cargos

satisfatórios podem revelar ser ineficientes. A fim de aumentar a qualidade de

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vida no trabalho, para os que têm cargos que não ofereçam oportunidades para

realização, reconhecimento e crescimento psicológico, os setores de Recursos

Humanos podem usar uma variedade de métodos a fim de melhorar os cargos

através de reformulação. As técnicas mais amplamente praticadas incluem

rotação de cargo, aumento de cargo e enriquecimento de grupo de trabalho.

Essas técnicas, usualmente, são referidas como programas de qualidade de

vida no trabalho. Isto mostra a amplitude de um programa genuíno de

qualidade de vida no trabalho, que deve vislumbrar as necessidades humanas

de todos os níveis. É preciso ultrapassar o paradigma no qual a busca de

motivação e da qualidade de vida esquece ou, simplesmente, ignora, a

satisfação das necessidades superiores.

O setor de recursos humanos de hoje vai assumir papéis múltiplos. Ele

não vai apenas executar. Além de desempenhar papéis operacionais, vai ao

mesmo tempo desempenhar papéis estratégicos. Os profissionais de Recursos

Humanos passam a ser parceiros das organizações que tomam junto com os

gerentes para atingir o objetivo da organização. Para isso, as atividades táticas

são delegadas aos gerentes de linha em toda a organização, os quais passam

a ser gestores de pessoas. “Em muitas empresas, a gestão de recursos é

encarada exclusivamente como centro de custos: ter pessoas é

necessariamente ter despesas fixas que afetam o orçamento da empresa”

(Chiavenato, 1999).

Apesar desta idéia ainda existir nas organizações na era da informação

isso está mudando, pois para as grandes empresas de ponta.

“ O desafio de transformar a área de Recursos Humanos de um centro de despesas para um centro de lucro consiste em compreender que os investimentos em pessoas, seja ele em treinamento, remuneração e produtos de RH diferenciados, se bem

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gerenciado, poderá se tornar também investimentos no business e não única e exclusivamente em pessoas. E logicamente gerará ótimos retornos para a empresa.” (CHIAVENATO, 1999).

Chiavenato (1999) coloca que os objetivos da Gestão de Pessoas são

variados. A administração de recursos humanos deve contribuir para a eficácia

organizacional através dos seguintes meios: ajudar a organização a alcançar

seus objetivos e realizar sua missão. Para que se possa alcançar os objetivos

propostos é necessário:

• Proporcionar competitividade à organização (isto significa saber

empregar as habilidades e capacidades da força de trabalho, para

produzir com qualidade sendo assim, aceitos nos mercados

internacionais);

• Proporcionar à organização, empregados bem treinados e

motivados;

• Aumentar a auto-atualização e a satisfação dos empregados no

trabalho (antigamente a ênfase era colocada nas necessidades da

organização, hoje, apesar dos computadores e dos balanços contábeis,

os empregados precisam ter um bem-estar social para sua satisfação

pessoal, pois para que sejam produtivos, são necessários que estes

estejam satisfeitos);

• Desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho;

• Administrar mudanças;

• Manter-se políticos, éticos com a admissão de comportamento

socialmente responsável.

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Nessa nova forma de administrar enfatiza-se no setor de

recursos humanos o desenvolvimento das quatro funções administrativas:

planejar, organizar, dirigir e controlar. Além disso, é necessário desenvolver

as políticas e práticas necessárias para se administrar pessoas que são:

• Análise e descrição de cargos;

• Desenho de cargos;

• Recrutamento e seleção de pessoal;

• Admissão de candidatos selecionados;

• Orientação e integração dos novos funcionários

• Administração de cargos e salários;

• Avaliação do desempenho dos funcionários;

• Treinamento e desenvolvimento de pessoal;

• Desenvolvimento organizacional;

• Higiene, segurança e qualidade de vida no trabalho;

• Relações com empregados e relações sindicais.

Segundo Chiavenato, essas políticas e práticas podem ser

resumidas e definidas em seis processos básicos da gestão de pessoas.

Dessa maneira, as organizações criaram condições ambientais e

psicológicas para garantir a satisfação dos profissionais em suas atividades.

Esses processos englobam a administração da disciplina, informações sobre

higiene, segurança, qualidade de vida e manutenção de relações sindicais. A

higiene do trabalho envolve questões que estão relacionadas com as

condições de saúde física e mental do trabalhador. Priorizam formas de como

manter um saudável ambiente de trabalho e proteger e prevenir os funcionários

dos aspectos ligados à exposição a agentes que possam prejudicar o

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organismo humano. A promoção da saúde mental, que envolve preocupação

com questões psicológicas e sociológicas, é feita através da evitação de

impactos emocionais e do estresse. Além disso, criam-se estratégias que

atuam de forma positiva sobre o comportamento das pessoas.

Os programas de higiene e segurança do trabalho estão chamando

a atenção das organizações, não somente pelo lado humano, mas também

pelo lado financeiro. Uma vez que tais programas não estejam sendo bem

desenvolvidos, trarão consequências negativas para a empresa, pois haverá o

aumento do absenteísmo e da rotatividade do pessoal, maiores indenizações

pagas por acidentes, aumento dos prêmios de seguros, maiores indenizações

pagas por acidentes ou doenças profissionais, custos judiciais mais elevados e

etc. Por isso, é necessário um monitoramento por um especialista de RH sobre

a esfera dos custos e benefícios.

Para que o sistema de Gestão de Pessoas (RH) seja eficiente, é

importante que haja uma constante avaliação para medir custos e benefícios

gerais do RH, comparando o desempenho daquela com outras organizações

bem sucedidas.

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CONCLUSÃO

Percebe-se que o tema Qualidade de Vida no Trabalho vem ganhando

expressão cada vez maior no ambiente empresarial e acadêmico, pois a QVT

faz parte das mudanças pelas quais passam as relações de trabalho na

sociedade moderna, em rápida transformação.

O estudo resultou na compreensão sobre a temática Qualidade de Vida

no Trabalho, verificou a abordagem de autores e teve como foco o trabalho dos

funcionários. Pode-se dizer que assumiu um papel importante num contexto de

pesquisas, pois além de contribuir para a conclusão do curso em

Administração, a busca do novo, do inusitado, disposto sobre um ambiente, as

condições e relações de trabalho, a busca de resultados organizacionais e a

realização pessoal, tornam-se fatores relevantes para a Gestão de Pessoas,

que buscam novas competências e esforços para conduzir a realização de

seus clientes internos.

A necessidade de uma força de trabalho saudável, motivada e

preparada para a extrema competição e a capacidade da empresa atender a

demanda de seus funcionários em relação a uma melhor qualidade de vida no

trabalho, representam dois desafios para o mundo empresarial.

Pode-se constatar também que a motivação do colaborador com sua

instituição empregadora estão diretamente atreladas a fatores como salário,

benefícios e remuneração; condições físicas e psicológicas do trabalho e

também, a um ambiente de trabalho seguro. Ressalta-se ainda que a

motivação dos colaboradores esteja associada à qualidade de vida nas

organizações.

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Dessa forma, abordar qualidade de vida nas empresas, hoje em dia, é

mais que um benefício para o trabalhador/colaborador, é uma necessidade de

vital importância para que o maior patrimônio da instituição, o trabalhador,

tenha condições para desempenhar com eficácia, suas tarifas, de modo que

todos saiam ganhando, empregador e colaborador.

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WEBGRAFIA

Wikipédia – Qualidade de Vida - https://pt.wikipedia.org/wiki/Qualidade_de_vida

- 25/01/2016

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 01 AGRADECIMENTOS 03 DEDICATÓRIA 04 RESUMO 05 METODOLOGIA 06 SUMÁRIO 07 INTRODUÇÃO 08

CAPÍTULO I Conceituação de Qualidade de Vida 12 1.1. Origem e Evolução do Termo Qualidade de Vida no Trabalho 14 1.2. Transformações no Contexto Organizacional e no Mundo do Trabalho 16 1.2.1 Mudanças no Ambiente de Organizacional 18 CAPÍTULO II Conceituação de Qualidade de Vida no Trabalho 21 2.1. Da Qualidade de Vida à Qualidade de Vida no Trabalho 23 2.2. Qualidade de Vida no Trabalho 26 2.2.1 Programas e Ações em Qualidade de Vida no Trabalho 29 2.2.2 Exercícios Físicos 32 2.2.3 Treinamento 33 2.2.4 Ergonomia 34 2.2.5 Ginástica Laboral 35 2.2.6 Benefícios 36 2.2.7 Higiene e Segurança no Trabalho 36 2.2.8 Cargos e Salários 37 2.2. Compensação Justa e Adequada 38 2.3. Condições de Trabalho e Segurança 38

CAPÍTULO III Recursos Humanos x Qualidade de Vida no Trabalho 40

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CONCLUSÃO 46 BIBLIOGRAFIA 48 WEBGRAFIA 51 ÍNDICE 52 ANEXO 53

ANEXO

Quadro 01 – Conceitos sobre Qualidade de Vida do Trabalhador

AUTORES CONCEITOS DE QUALIDADE DE VIDA DO TRABALHADOR

WALTON (1973)

Designa preocupação com o resgate de valores humanísticos e ambientais, que vêm sendo negligenciados em favor do avanço tecnológico, da produtividade e do crescimento econômico.

WERTHER & DAVIS (1983)

São esforços para melhorar a qualidade de vida procuram tornar os cargos mais produtivos e satisfatórios.

NADLER & LAWLER (1983)

É vista como uma maneira de pensar a respeito das pessoas, do trabalho e das organizações.

FERNANDES (1996)

A gestão dinâmica e contingencial de fatores físicos, tecnológicos e sócio psicológicos que afetam a cultura e renovam o clima organizacional, refletindo-se no bem-estar do trabalho e na produtividade das empresas.

BOM SUCESSO (1998)

Termo utilizado para avaliar as condições de vida urbana, incluindo transporte, saneamento básico, lazer e segurança, emoções e sentimentos das pessoas, etc.

Fonte: Silva (2001, p. 26)