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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU” AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA O GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO Por: Iuri Jorge de Oliveira Alves Orientador Prof. Nelsom Magalhães Rio de Janeiro 2015 DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL

DOCUMENTO PROTEGIDO PELA LEI DE DIREITO AUTORAL · é aumentada consideravelmente, sendo oportuno aperfeiçoar o gerenciamento de projetos elevando o enfoque no planejamento e também

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA O

GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO

Por: Iuri Jorge de Oliveira Alves

Orientador

Prof. Nelsom Magalhães

Rio de Janeiro

2015

DOCUMENTO PROTEGID

O PELA

LEI D

E DIR

EITO AUTORAL

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UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”

AVM FACULDADE INTEGRADA

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA O

GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO PROJETO

Apresentação de monografia à AVM Faculdade

Integrada como requisito parcial para obtenção do

grau de especialista em Gestão de Projetos.

Por: Iuri Jorge de Oliveira Alves

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a Deus, pela oportunidade

de concluir este curso. À minha família

que me incentivou e me apoiou muito a

realizar este curso. Aos professores

que com dedicação e competência

transmitiram seus conhecimentos e

experiências.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais,

Janaína e Josias, à minha tia, Ierecê, e à

minha noiva, Mayara, que me apoiaram

em todos os momentos durante este

trabalho, pelo incentivo e

companheirismo.

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LISTA DE SIGLAS

EAP – Estrutura Analítica de Projetos

PMI – Project Management Institute (Instuto de Gerenciamento de Projeto)

WBS – Work Breakdown Structure (Corresponde à EAP em Português)

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LISTA DE VEBETES

Corpus – conjunto de documentos sobre um determinado tema, neste trabalho

refere-se ao objeto de estudo.

Stakeholders – Palavra comumente utilizada na área de projetos, refere-se às

partes interessadas.

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RESUMO

Este trabalho de pesquisa tem como objeto de estudo a importância do

planejamento na gestão do escopo de projetos, com uma abordagem que vai

desde os conceitos, as características e a sua importância no âmbito

organizacional e no sucesso dos projetos. Têm também como finalidade

demonstrar, através de dados empíricos, pesquisas, benchmarking, recursos

bibliográficos, que os projetos seriam mais eficientes e eficazes se a etapa de

planejamento fosse elaborada de forma mais cuidadosa e se a ela fosse dada

devida importância visto que, com o aumento dos recursos alocados na fase

de planejamento, a probabilidade de definir um escopo e atingi-lo com sucesso

é aumentada consideravelmente, sendo oportuno aperfeiçoar o gerenciamento

de projetos elevando o enfoque no planejamento e também na definição e

controle do escopo.

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METODOLOGIA

Este trabalho pesquisa caracteriza-se pela análise teórico-empírica do

seu corpus que é a importância do planejamento na gestão do escopo de

projetos. O estudo será delimitado no campo do gerenciamento de projetos

tratando da importância, ferramentas e técnicas de planejamento. O

desenvolvimento da pesquisa acadêmica se dará com enfoque principal na

área de conhecimento do “Gerenciamento de Escopo” de acordo com o

PMBOK®, sendo as referências bibliográficas alinhadas às boas práticas do

mesmo.

Este trabalho monográfico tomou como base a metodologia de

gerenciamento de projetos da organização mundial denominada Project

Management Institute (PMI®) que apresenta conceitos e metodologias como

um sistema estruturado na aplicação de conhecimentos habilidades,

ferramentas e técnicas nos processos do projeto.

A pesquisa deu-se através da análise de entrevistas, gráficos, e

relatórios elaborados por órgãos como PMSurvey, que se comprometem com

a divulgação de dados empíricos da área de projetos, para que empresas e

organizações possam refletir sobre suas práticas e evoluir.

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I - Gerenciamento de projetos 12

CAPÍTULO II - Gestão do escopo de projetos 21

CAPÍTULO III - A importância do planejamento para o alcance do escopo do

projeto 36

CONCLUSÃO 40

ANEXOS 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53

WEBGRAFIA 55

ÍNDICE 57

FOLHA DE AVALIAÇÃO 59

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INTRODUÇÃO

Segundo o dicionário Houaiss (2009, pág. 1559), projeto é uma

“descrição escrita e detalhada de um empreendimento a ser realizado; plano,

delineamento, esquema”. No meio empresarial, elaborar essa descrição escrita

e detalhada de um empreendimento está se tornando cada vez mais

necessário, e junto a isso há uma etapa de extrema importância, o

planejamento.

O planejamento é comumente rotulado como um processo que gera

perda de tempo e emissão de muitos documentos, e por julgá-lo de maneira

equivocada, muitas organizações tem colocado ele em segundo plano. Este é

um erro que tem afetado muitos projetos, pois planejamento e gestão de

projetos se encontram estreitamente vinculados, e sem o planejamento bem

elaborado, o sucesso do projeto é comprometido.

A etapa de planejamento é considerada como atividade principal dentro

do grupo de processos de gerenciamento de projetos, pois o desenvolvimento

eficaz de um plano é fator crítico de sucesso para os projetos. O que se espera

das equipes de projeto é que o planejamento disponha de tempo e dedicação

para que o escopo seja bem entendido por todas as partes e assim definido de

maneira clara e objetiva, mantendo equilíbrio com os custos, alinhados aos

critérios da qualidade e aos impactos do risco, garantindo assim o sucesso do

projeto.

O principal objetivo deste trabalho é comprovar a importância do

planejamento no gerenciamento dos projetos, caminho para o alcance do

escopo e sucesso do projeto. Para isto, o trabalho apresenta a estrutura de

três capítulos, além da introdução, conclusão e anexos.

O capítulo I apresenta os conceitos de projetos e seu gerenciamento,

além de definir planejamento e escopo, demonstrando seu papel e importância

nos projetos.

No capítulo II, fala-se sobre a gestão do escopo do projeto, destacando

o gerenciamento do escopo e seus processos, descrevendo cada um deles, e

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mostrando sua importância, além de ressaltar que quatro dos seis processos

encontram-se na área de planejamento.

O capítulo III apresenta a importância do planejamento para o alcance

do escopo do projeto, através de dados empíricos, tem a proposta de trazer

uma visão mais realista sobre planejamento, para que sua importância seja

percebida e que a visão equivocada dele como uma perda de tempo seja

confrontada.

Este estudo pretende apresentar a importância do planejamento e seu

impacto no sucesso dos projetos, mostrando que este é um fator crítico, que

merece atenção e que tem sido um dos problemas mais frequentes em

projetos. Enfatizando que os projetos seriam mais eficientes e eficazes se a

etapa de planejamento fosse elaborada de forma mais cuidadosa e se a ela

fosse dada devida importância e destacando a abordagem do PMI® no

contexto de gerenciamento de projetos e os dados apresentado pelo relatório

da PMSurvey.

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CAPÍTULO I

GERENCIAMENTO DE PROJETOS

1.1 – Conceitos de Projeto e seu Gerenciamento

1.1.1- Projetos

De acordo com Xavier (2005), e com a norma ISO 10.006 (diretrizes de

qualidade de gerenciamento de projetos), projeto é um processo único,

composto de atividades coordenadas e controladas com determinação de

início e término, empreendido para alcance de um objetivo conforme requisitos

específicos, incluindo limitações de tempo, custo e recursos. Por isso um

projeto surge em resposta a um problema e/ou uma necessidade concreta ou

uma oportunidade de melhoria. Ou seja, é um esforço temporário empreendido

para criar um produto, serviço ou resultado exclusivo, como descrito abaixo:

Temporário – com início e termino previamente definidos;

Progressivo – desenvolvido através de etapas de maneira incremental

até que por fim seja atingido o objetivo planejado;

Exclusivo – possui particularidades que o diferencia de outros projetos

realizados outrora.

Maximiano (2002, p.26) postula que, projeto é “um empreendimento

temporário de atividade com início, meio e fim programados, que tem por

objetivo fornecer um produto singular e dentro das restrições orçamentárias”,

entende-se, com isto, que todo esforço é feito para satisfazer as necessidades

das partes interessadas.

Verzuh (2000) afirma que todo projeto tem um começo e um término, e

que todo produto gerado por um projeto é singular. Os resultados dos projetos

podem ser produtos ou serviços, e assim tangíveis ou intangíveis. Os projetos

são todo o trabalho que se faz para atingir um objetivo. O autor elucida com

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isso que as operações permanentes (os processos) são o intuito primário de

uma empresa ou organização.

Em suma, um projeto é um empreendimento, que necessita de um

agente disposto a empreendê-lo desenvolvendo uma cadeia de movimentos e

ações, sendo este agente o gerente de projetos. Cada projeto é único, mesmo

que já existe um projeto semelhante, cada um será único, pois podem diferir

em termos financeiros, na equipe, nos aspectos e condições físicas ou na

tecnologia empregada. A determinação de início e fim é indiscutivelmente

essencial, e a definição clara de um escopo levando a equipe do projeto e os

stakeholders a focarem numa mesma meta.

1.1.2- Surgimento e história do Gerenciamento de Projetos

Desde os primórdios das civilizações pode-se identificar a existência de

grandes projetos que, de alguma forma, foram organizados e conduzidos

através de algum tipo de gerenciamento para sucesso dos mesmos. Como

exemplos pode-se citar: a Muralha da China (770-475 a.C), as Pirâmides do

Egito (entre 2630 e 1640 a.C.), entre outras grandes construções.

Apesar de essas realizações serem grandes e terem sido bem

sucedidas, é fato que na época da realização destas, não existiam

metodologias devidamente formalizadas e adaptadas que convencionassem e

conceituassem projetos e a melhor maneira de gerenciá-los.

Na última metade do século XIX, ocorreu um aumento na complexidade

dos novos negócios em escala mundial, fazendo surgir os princípios da

gerência de projetos. A estrutura econômica do mundo ocidental foi

consideravelmente alterada pela Revolução Industrial, tendo como uma das

suas principais consequências o desenvolvimento do capitalismo industrial.

Segundo Sisk (1998), com a modificação nas relações de produção,

iniciou-se uma cadeia de transformações, que tornou cada vez mais exigente a

tarefa de administrar as novas organizações econômicas. Martins (2003)

menciona que por consequência dessas novas exigências, surgiu uma grande

necessidade de sistematizar e orientar a forma de gerir as organizações.

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Frederick Taylor, no início do século XX, aplicou um raciocínio científico

ao estudo sobre a produção de uma oficina de manutenção de máquinas,

apresentando um método de racionalizar a produção, possibilitando o aumento

da produtividade do trabalho. Taylor aprimorou a divisão social no que diz

respeito ao trabalho que foi introduzida pelo sistema de fábrica, o objetivo era

assegurar de vez o controle do tempo de trabalho pela classe dominante. Este

foi o início dos primeiros estudos científicos sobre a administração.

Pavan (2002) postula que, Henry Gantt ao propor-se à sistematizar

organização de indústrias, notou que era necessário haver um controle visual

e imediato da produção, e idealizou um gráfico que pudesse demonstrar de

forma clara a situação da produção para qualquer colaborador, dando uma

noção clara do planejamento ao indicar os tempos previstos para a execução e

também dos tempos reais executados. Este gráfico foi definido no formato de

barras horizontais, onde o comprimento de cada barra indica o tempo para

execução de uma tarefa específica do projeto. Atualmente, estes gráficos são

conhecidos como Gráficos de Gantt.

Os gráficos de Gantt revelaram-se uma ferramenta analítica muito

poderosa para gerentes e gestores, assim foram mantidos virtualmente

inalterados por quase um século. Nenhuma alteração foi realizada até os anos

90, quando linhas de ligação foram acrescentadas às barras de tarefa que

descrevem dependências mais precisas entre as tarefas. Segundo Sisk (1998),

assim como Taylor e Gantt, outros estudiosos também ajudaram a desenvolver

o processo de gerenciamento como uma função distinta de negócio que requer

estudo e disciplina.

Após a Segunda Guerra Mundial, a psicologia das indústrias, o

marketing, e as relações humanas começaram a fazer parte do gerenciamento

de negócios e da administração de empresas e organizações. Assim, as

características dos projetos se ampliaram e o seu gerenciamento se tornou

mais complexo, requerendo mudanças e novas estruturas organizacionais.

Sisk (1998) relata que Complexos Diagramas de Rede, chamados de

Gráficos de PERT (Program Evaluation and Review Technique) e o método de

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Caminho Crítico (Critical Path Method - CPM) foram introduzidos, oferecendo

maior controle sobre os projetos aos gerentes e gestores. Essas novas

estratégias e ferramentas de gerenciamento foram difundidas e utilizadas por

líderes buscavam meios que permitissem o desenvolvimento de projetos em

um mundo competitivo e de mudanças rápidas.

O gerenciamento de projetos, segundo Prado (2000), no início dos anos

60, foi formalizado como ciência. Foi também percebida a necessidade crítica

de se comunicar e integrar o trabalho, tornando-se cada vez mais evidente a

importância dos projetos para os negócios e organizações.

No final da década de 60, um grupo de profissionais de gestão de

projetos, dos EUA, se reuniu para discutir as melhores práticas e Jim Snyder

fundou o Project Management Institute - PMI® (EUA). O PMI® é uma

instituição internacional dedicada a disseminar os conhecimentos e o

aperfeiçoamento das atividades da gestão profissional de projetos (PMI®2004,

Sisk 1998).

Atualmente, o gerenciamento de projetos está bastante estruturado e

demonstra-se fundamentalmente importante para as organizações, que sabem

que precisam gerenciar bem seus projetos para obterem sucesso e

alcançarem os objetivos desejados.

Dinsmore e Cavalieri (2003) postulam que segundo dados do PMI®,

estima-se que aproximadamente 25% do PIB mundial são gastos em projetos e

que cerca de 16,5 milhões de profissionais estão envolvidos diretamente com

gerência de projetos no mundo. O alto nível de competitividade do mercado

exige, das empresas e organizações, resultados mais rápidos, com qualidade

maior e custo menor, que só podem ser alcançados por meio de bons projetos.

Apesar do PMI® ser a principal instituição na área de gerenciamentos,

ela não é a única, além dela surgiram outras excelentes associações

profissionais propostas a sistematizar padrões e normas em gerenciamento de

projetos. Entre elas pode-se citar: Internacional Project Association (IPMA-

EUA), Ziel Orientierte Projekt Planung (ZOPP – Alemanha), Association

Francophone de Management de Projet (AFITEP - França), Association for

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Project Management (APM - Inglaterra), Svenka ProjektAkademien (Suécia),

Svenky Projekforum (Suécia), Wissenschaftliche Kooperationem (Alemanha) e

Japan Project Management Firum (JPMF - Japão). É importante ressaltar que

as metodologias dessas organizações não são de conhecimento de todos e

que ainda não possuem um fórum de discussão aberto como o proposto pelo

PMI®.

Segundo Frame (1995), a predominância dos projetos no dia-a-dia das

organizações é incontestável, fazendo com que eles sejam cada vez mais

estudados e utilizados. Os projetos e seu gerenciamento se tornaram

fundamentais para empresas, organizações e instituições públicas, privadas e

até mesmo pessoais. Os estudos na área de gerenciamento de projetos

oferecem uma grande variedade de princípios, procedimentos, habilidades,

ferramentas e técnicas que são necessários para que os objetivos previamente

planejados sejam atingidos.

1.1.3- Gerenciamento de Projetos na atualidade

Segundo o PMBOK® (2013), o gerenciamento de projetos é a aplicação

de conhecimento, habilidades, ferramentas e técnicas às atividades do projeto,

a fim de atender seus requisitos. É um conjunto de técnicas, habilidades e

experiências adquiridas que, se utilizado de forma sistemática e com a

aplicação das ferramentas e técnicas adequadas para um determinado tipo de

empreendimento, torna possível minimizar os riscos envolvidos e o alcance

dos objetivos previamente determinados.

Baguley (1999) entende o gerenciamento como a aptidão de organizar

pessoas e coisas de modo a gerar resultados que atendam aos requisitos de

um terceiro. Heldman (2006) postula que o gerenciamento de projetos abrange

um grupo de ferramentas e técnicas que são utilizadas por pessoas para

relatar, organizar e monitorar o desenvolvimento das atividades do projeto.

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Ainda segundo a 5ª edição do PMBOK® (2013), o gerenciamento de

projetos “é realizado através da aplicação e integração apropriadas dos 47

processos de gerenciamento de projetos, logicamente agrupados em cinco

grupos de processos”. Esses cinco grupos de processos são: Iniciação,

Planejamento, Execução, Monitoramento e Controle, e Encerramento.

São quatro os principais aspectos que caracterizam o gerenciamento de

projetos:

Tempo - o gerenciamento de projetos pode ser considerado como uma

corrida contra o calendário proposto. E o cumprimento dos prazos

estabelecidos para o projeto pode está diretamente ligado muitas vezes à

sobrevivência da empresa em termos de superação da concorrência, da

redução de custos, aumento de produtividade, etc.

Custos - no investimento o gerenciamento de projetos procura realizar

todas as tarefas dentro do que estava previsto no orçamento inicial, para que

possa garantir os retornos financeiros esperados do produto do projeto.

Escopo – o “raio de ação” no gerenciamento de projetos deve ser

objetivo, claro, bem definido e decomposto.

Qualidade - no gerenciamento de projetos, procura garantir o alcance

dos requisitos pré-estabelecidos para o gerenciamento e para o produto.

A execução de um projeto necessita de gerenciamento. Koontz e Donnel

(1980) postulam que, gerenciar consiste em executar atividades e tarefas que

têm como propósito planejar e controlar atividades de outras pessoas para

atingir objetivos que não podem ser alcançados caso as pessoas atuem por

conta própria, sem o esforço sincronizado dos subordinados.

Para que se atinja a eficácia no resultado do projeto, é essencial o

trabalho gerente de projeto eficiente e capacitado, que deve tanto habilidades

e conhecimento gerenciais, quanto habilidades de comunicação e liderança,

conhecimento técnico dos produtos a serem produzidos, conhecimento da

organização onde o projeto será executado e habilidades de flexibilidade,

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criatividade, persistência e assertividade. O gerente de projetos é responsável

não só pelo gerenciamento deste, como também pelo seu sucesso e/ou

fracasso.

1.2 – O Planejamento

Segundo o dicionário Houaiss (2009, pág.1505), planejamento é, dentre

outras coisas, a “determinação de um conjunto de procedimentos, de ações,

visando à realização de determinado projeto”. E ao analisar a afirmação na

qual, DRUKER (1984), postula que é preciso se preparar para o inevitável,

prevenir o indesejável e controlar o que for possível de ser controlável, pode-

se sintetizar a importância do planejamento. De forma sucinta, o tempo

dedicado ao planejamento é vital para evitar problemas na fase de execução.

O objetivo central do planejamento é minimizar a necessidade de revisões,

mudanças e retrabalhos durante a execução.

É importante ressaltar que existe uma gama de definições e conceitos

atribuídos ao planejamento, e que muitas vezes confunde-se o conceito de

planejamento com o de planejamento estratégico, por isso frisa-se que neste

trabalho aborda-se o conceito de planejamento como o definido pelo dicionário

Houaiss, sendo ele um conjunto de procedimentos que levam ao alcance dos

objetivos de um projeto.

Para o desenvolvimento de um projeto, seja ele pessoal ou profissional,

é extremamente importante que ele seja bem planejado, para que o escopo do

projeto seja alcançado sem que sejam necessárias mudanças no decorrer do

processo de realização, sendo assim, torna-se necessária a avaliação de

todas as possibilidades de sucesso ou fracasso do mesmo, e a partir desta é

possível decidir com responsabilidade a continuação ou não do projeto.

Planejar é buscar a estabilidade entre meios e fins, entre recursos e

escopos, tendo em vista o aperfeiçoamento das práticas e do desempenho de

organizações, empresas, instituições, setores de trabalho, entre outras

atividades humanas.

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O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação; processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA, 2001, p. 30).

Um bom planejamento, realizado de maneira eficiente, proporciona

inúmeros benefícios à equipe de projetos. Tais como:

a) Propicia a antecipação na resolução de problemas e conflitos;

b) Controle mais eficiente;

c) Interfaces do projeto melhor coordenadas;

d) Produtos e serviços entregues conforme requisitos exigidos pelo cliente;

e) Aumento no grau de assertividade nas tomadas de decisão.

O planejamento é constituído de procedimentos, dentre eles: a definição

de objetivos específicos, mensuráveis, atingíveis, claros, simples e realistas; a

determinação das diretrizes que levarão ao alcance dos objetivos pretendidos;

a definição dos procedimentos e estratégias que melhor conduzirão as ações a

serem tomadas, para assim viabilizar a consecução dos objetivos traçados e

pretendidos e o estabelecimento de um plano orientando o caminho a ser

seguido para se possa obter as metas propostas.

1.3 – O Escopo

De acordo com o PMBOK® (2013, pág. 542), escopo é “a soma dos

produtos, serviços e resultados fornecidos na forma de projetos”. Ou seja,

escopo é a forma como se delimita o projeto. Ele determina aquilo que será

entregue pelo projeto e também o que não será.

No contexto de projetos, é importante entender a diferença entre Escopo

do Projeto e Escopo do Produto. Segundo a 5ª edição do PMBOK® (2013,

pág.105) : Escopo do Projeto “é o trabalho que precisa ser realizado para

entregar um produto, serviço ou resultado com as características e funções

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especificadas. O termo escopo do projeto às vezes é visto como incluindo o

escopo do produto”; ou seja, tudo que é necessário para que o projeto alcance

o sucesso, como entregas, prazos, custos, requisitos e leis. E ainda de acordo

com a 5ª edição do PMBOK® (2013, pág. 105): Escopo do Produto são “As

características e funções que caracterizam um produto, serviço ou resultado”.

Há também no mercado um termo que é comumente utilizado, Escopo

do Cliente, que consiste na geração e entrega de produtos e serviços, pois

segundo essa visão o cliente não quer receber atividades (tarefas), mas

produtos e serviços.

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CAPÍTULO II

GESTÃO DO ESCOPO DE PROJETOS

2.1 – Gerenciamento do escopo do projeto

Segundo a 5ª edição do PMBOK® (2013, pág.105), gerenciamento de

escopo do projeto “inclui os processos necessários para assegurar que o

projeto inclui todo o trabalho necessário, e apenas o necessário, para terminar

o projeto com sucesso”. O gerenciamento do escopo do projeto demonstra sua

importância por ser relacionado, sobretudo, com a definição e controle do que

está e do que não está incorporado ao projeto.

São seis os processos do gerenciamento do escopo do projeto, como

listado a seguir: Planejar o gerenciamento do escopo; Coletar os requisitos;

Definir o escopo; Criar a EAP; Validar o escopo; e Controlar o Escopo. Vale

ressaltar que quatro dos seis processos encontram-se na área de

Planejamento do Projeto1.

2.1.1- Processos de gerenciamento do escopo do projeto

O processo de planejar o gerenciamento do escopo é a etapa de

criação de um plano para o gerenciamento do escopo do projeto, este plano

tem a função de documentar como o escopo será definido, validado e

controlado.

Fonte: PMBOK® (2013, pág. 107)

1 Como ilustrado no anexo 1.

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O segundo processo é o de coletar os requisitos, é o momento que se

determina, documenta e gerencia as necessidades e os requisitos, alinhando

os desejos as partes interessadas, para que os objetivos do projeto sejam

atingidos.

Fonte: PMBOK® (2013, pág. 111)

Em seguida, há a etapa de definir o escopo, este é o processo

dedicado à descrição clara e detalhista do projeto e do produto.

Fonte: PMBOK® (2013, pág. 120)

Um escopo bem definido é fundamental para o projeto, podendo

propiciar vantagens se bem definido e problemas com sua má definição.

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Podem-se citar vantagens como: o aumento da exatidão das estimativas de

duração, recursos e custos; conhecimento de onde realmente se espera

chegar ao concluir o projeto; facilidade em definir as responsabilidades do

projeto, entre outras. Já como problemas, destacam-se: o aumento dos custos

do projeto; o retrabalho e, por consequência, o aumento do tempo de duração

do projeto; queda da produtividade da equipe de projetos, entre outros.

Criar a EAP é o processo de subdividir as entregas e o trabalho do

projeto em elementos menores e de fácil gerenciamento.

Fonte: PMBOK® (2013, pág. 125)

A EAP (Estrutura Analítica do Projeto) ou WBS (Work Breakdown

Structure) é a alma de todos os esforços exigidos para o planejamento do

projeto, é usada para definir todo trabalho requerido para alcançar os objetivos

do projeto. Ela deve: definir e controlar o que está incluído no projeto; conter

todos os produtos e serviços a serem entregues; conter o trabalho necessário,

e apenas o necessário; fornecer o solicitado, e nada além do solicitado.

E necessário também, validar o escopo. Neste processo é feita a

revisão e formalização da aprovação das entregas concluídas do projeto.

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Fonte: PMBOK® (2013, pág. 133)

A validação do escopo é, em suma, a revisão dos resultados esperados

e dos resultados atingidos através do trabalho, de maneira a assegurar que

todos tenham sido identificados de maneira correta e satisfatória e que um

corresponda ao outro; o processo de obtenção da aprovação formal pelos

stakeholders do escopo do projeto terminado e das entregas associadas; e a

verificação para garantir o atendimento dos requisitos de qualidade

especificados para as entregas.

Como último processo, tem-se a etapa de controlar o escopo. É o

processo de acompanhamento do seguimento do escopo do projeto e do

escopo do produto, e gerenciamento das alterações feitas na linha de base do

escopo.

Fonte: PMBOK® (2013, pág. 136)

Este processo trata de influir nos fatores que criam alterações no

escopo do projeto e de controlar o impacto dessas alterações. O controle do

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escopo do projeto garante que todas as alterações requeridas e ações de

correção indicadas sejam processadas por meio do processo de Controle

Integrado de Mudanças do projeto.

2.2 – Detalhamentos dos processos da área de

planejamento

É comum a todos os processos serem constituídos de Entradas;

Ferramentas e técnicas; e Saídas. A seguir, apresenta-se os processos de

Planejar o gerenciamento de escopo; Coletar requisitos; Definir escopo; e Criar

a EAP, processos estes que pertencem a área de planejamento no

gerenciamento de projetos.

2.2.1 - Planejar o gerenciamento de escopo

Como já mencionado anteriormente, é a etapa que define como o

escopo será definido, validado e controlado. Para este processo tem-se:

Entradas: Plano de gerenciamento de projetos; Termo de abertura do

projeto; Fatores ambientais da empresa; e Ativos de processos

organizacionais.

Ferramentas e Técnicas:

1. Opinião Especializada - Oferecida por um grupo ou pessoa com

formação e conhecimentos que a habilite a opinar sobre o tema,

além de experiência ou treinamento em desenvolvimento de planos

de gerenciamento de escopo.

2. Reuniões – É integrada pelo gerente e o patrocinador do projeto,

podendo também ter presentes membros relevantes da equipe de

projeto e stakeholders selecionados, ou seja, qualquer pessoa com

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responsabilidade de gerenciar quaisquer dos processos de

gerenciamento de escopo e outros, conforme necessidade.

Saídas:

1. Plano de gerenciamento do escopo – tem a função de descrever

como o escopo será definido, desenvolvido, monitorado, controlado e

verificado.

Inclui os processos para:

- Detalhamento do escopo do projeto;

- Criação da EAP condizente como a detalhada especificação do

escopo do projeto;

- Fundamentar como a EAP será mantida e aprovada;

- Definir como será obtida a aprovação e aceitação formal das entregas

concluídas do projeto;

- Controlar como as solicitações de mudança na especificação

detalhada do escopo serão processadas.

2. Plano de gerenciamento de requisitos – tem a função de descrever

como os requisitos serão analisados, documentados e gerenciados do começo

ao término do projeto, podendo incluir:

• A definição de como as atividades da coleta de requisitos deverão ser

planejadas, rastreadas e relatadas;

• Processo de priorização dos requisitos;

• Métricas do produto;

• Atividades de gerenciamento de configuração, como: o modo como os

impactos deverão ser analisados, rastreados, monitorados e relatados,

também como os níveis de autorização necessários para aprovar as mudanças

solicitadas.

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2.2.2 - Coletar requisitos

É quando se define os requisitos necessários para o atendimento aos

stakeholders. Existem seis tipos de requisitos, como listados abaixo:

Necessidades de negócios – Retratam as necessidades dos níveis mais alto

da organização.

Requisitos das partes interessadas – Necessidades de uma parte

interessada ou de um grupo de partes interessadas, também chamadas de

stakeholders.

Requisitos de solução – Relatam atributos, funções, características do

produto, serviço ou resultado.

Dividem-se em:

1. Requisitos funcionais – Descrevem os processos, dados e as

interações com o produto.

2. Requisitos não funcionais – Expõem as condições ambientais

necessárias para que o produto seja eficaz (confiabilidade, segurança,

desempenho, etc.).

Requisitos de transição – Necessários à transição do estado atual ao estado

futuro, parte do “como está” para o “como será”.

Requisitos de projeto – Explicitam ações, processos ou outras condições que

devem ser cumpridas pelo projeto.

Requisitos de qualidade – Critérios necessários para validação da conclusão

bem sucedida de uma entrega de projeto ou do cumprimento de outros

requisitos do mesmo.

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Para o processo de Coletar Requisitos, tem-se:

Entradas: Plano de gerenciamento do escopo; Plano de gerenciamento

dos requisitos; Plano de gerenciamento das partes interessadas; Termo de

abertura do projeto; e Registro das partes interessadas.

Ferramentas e Técnicas:

1. Entrevistas

Coleta de informações das partes interessadas através de conversas

diretas com as mesmas, as entrevistas podem ser formais ou informais.

2. Grupos de discussão

Encontro das partes interessadas e especialistas no assunto para

conhecerem e discutirem a respeito das suas expectativas e atitudes a

respeito do produto, serviço ou resultado proposto.

3. Oficinas

Reuniões focadas que unem os stakeholders multifuncionais para definir

os requisitos do produto.

4. Técnicas de criatividade em grupo

Brainstorming;

Mapas mentais;

Diagrama de afinidade;

Técnica Delphi;

Técnica de grupo nominal.

5. Técnicas de tomada de decisão em grupo

Avaliação de múltiplas alternativas onde uma resolução com ações

futuras é almejada, podendo ser utilizadas para gerar, classificar e priorizar os

requisitos do projeto. A decisão pode acontecer por meio dos seguintes

métodos: unanimidade, maioria, pluralidade, ditadura.

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6. Questionários e pesquisas

Coletânea de questões elaboradas para acumular rapidamente

informações a partir de um amplo número de entrevistados. Útil quando os

aqueles que respondem às questões estão geograficamente espalhados e

quando uma análise estatística é apropriada.

7. Observações

Examinam-se os indivíduos em seu ambiente e como desempenham o

seu trabalho ou tarefas e executam processos.

8. Protótipos

Modelo funcional do projeto esperado que possibilita a obtenção de

respostas iniciais sobre requisitos antes de construí-lo.

9. Benchmarking

Comparação de práticas reais ou planejadas para identificar as

melhores práticas, gerar ideias para melhorias e fornecer uma base para medir

o desempenho.

10. Diagramas de contexto

Expõem visualmente o escopo do produto, mostrando processos,

equipamentos, sistema computacional, etc, e como as pessoas e outros

sistemas interagem com ele.

11. Análise dos documentos

Tem como função obter requisitos pela análise da documentação

existente e identificação das informações relevantes aos requisitos. exemplos:

- planos de negócios;

- políticas;

- literatura de marketing;

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- fluxos de processos;

- acordos;

- solicitações de propostas;

- casos de uso e outros.

Saídas:

1. Documentação dos requisitos

Expõem como os requisitos individuais atendem aos requisitos do

negócio para o projeto. Os requisitos não podem ser ambíguos, ou seja, eles

devem ser mensuráveis e passíveis de testes, rastreáveis, completos e

aceitáveis para os principais stakeholders.

2. Matriz de rastreabilidade de requisitos

É constituída por uma tabela que liga os requisitos às suas origens e os

rastreia durante todo o ciclo de vida do projeto.

2.2.3 - Definir escopo

É a etapa que explicita as entregas dos projetos e o que é necessário

para que elas sejam criadas. Para esta etapa tem-se:

Entradas: Plano de gerenciamento do escopo; Termo de abertura do

projeto; Documentação dos requisitos; e Ativos de processos organizacionais.

Ferramentas e Técnicas:

1. Opinião especializada

2. Análise do produto

Consiste numa melhor compreensão sobre o produto do projeto,

podendo incluir técnicas como:

Análise de sistemas

Engenharia do valor

Análise funcional

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Decomposição do produto

3. Identificação de alternativas

Técnicas para gerar diferentes abordagens do projeto, como:

Brainstorming

Pensamento lateral

4. Oficinas

Saídas:

1. Especificação do escopo do projeto (Declaração do escopo do

projeto)

Relata de forma detalhada as entregas do projeto e o trabalho

necessário para criar essas entregas, e pode incluir:

• Descrição do escopo do produto

• Critérios de aceitação dos produtos

• Entregas do projeto

• Exclusões do projeto

• Restrições do projeto

• Premissas do projeto

2. Atualizações nos documentos do projeto

Incluem, entre outras coisas:

• Registros das partes interessadas

• Documentação dos requisitos

• Matriz de rastreabilidade dos requisitos

2.2.4 - Criar a EAP

É a etapa de organizar, definir e detalhar o escopo total do projeto.

Nesta etapa, tem-se:

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Entradas: Plano de gerenciamento do escopo; Especificação do escopo

do projeto (Declaração do escopo do projeto); Documentação dos requisitos;

Fatores ambientais da empresa; e Ativos de processos organizacionais.

Ferramentas e Técnicas:

1. Decomposição

Subdivisão das entregas do projeto em componentes menores e mais

gerenciáveis, até que as entregas do trabalho estejam definidas no nível de

pacotes de trabalho, geralmente envolvendo:

Identificação e análise das entregas e seu trabalho relacionado;

Estruturação e organização da EAP;

Decomposição dos níveis mais altos da EAP em componentes

detalhados em menor nível;

Desenvolvimento e designação de códigos de identificação aos

componentes da EAP;

Verificação de que grau de decomposição de trabalho é necessário e

suficiente.

2. Opinião especializada

Saídas:

1. Linha de base do escopo

Componente do plano de gerenciamento do projeto que inclui a

Especificação do Escopo do Projeto, a EAP e o Dicionário da EAP.

– Especificação do escopo do projeto (Declaração do Escopo)

Descrição do escopo do projeto, das principais entregas, exclusões,

premissas e restrições.

– Estrutura Analítica do Projeto

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Executada pela equipe do projeto, tem o propósito de atingir os

objetivos do projeto e criar as entregas requisitadas, com cada nível

descendente da EAP representando uma definição gradualmente mais

detalhada do trabalho do projeto, sendo finalizada pela determinação de

contas de controle para pacotes de trabalho e por um identificador

exclusivo de código de contas.

– Dicionário da EAP

Fornece informações detalhadas sobre entregas, atividades e

agendamento de cada componente da EAP. As informações contidas no

dicionário da EAP incluem, entre outras:

Código de identificador da conta;

Descrição do trabalho;

Premissas e restrições;

Organização responsável;

Marcos do cronograma;

Atividades do cronograma associadas;

Recursos necessários;

Estimativas de custos;

Requisitos de qualidade;

Critérios de aceitação.

2. Atualizações nos documentos do projeto

A seguir uma alternativa para elaboração da EAP:

- Colocar no primeiro nível o nome do projeto (Linha 0 do MS Project);

- Colocar no segundo nível as fases do ciclo de vida do projeto, acrescentando

à esquerda um item para o gerenciamento do projeto. Sendo que pode-se

utilizar outros critérios à divisão de um projeto, como:

• Fases

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• Sistemas e subsistemas

• Tecnologia

• Pacotes de fornecimento

• Espaços físicos

• Requisitos organizacionais

- Identificar as entregas de cada fase do projeto, assim como do

gerenciamento do projeto;

- Subdividir o trabalho em elementos menores, para assim aumentar o grau de

descrição do trabalho e os detalhes do projeto, verificando se o planejamento

de custo e tempo, assim como a identificação de riscos e atribuição de

responsabilidades, pode ser desenvolvido neste nível de detalhe. Se negativo,

decompor as entregas, se positivo, avaliar se terá condições de controlar neste

nível de decomposição.

Exemplo de EAP:

Fonte: VIOLA, Marcelo.(2014, pág. 60)

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Fonte: VIOLA, Marcelo.(2014, pág. 61)

Fonte: VIOLA, Marcelo.(2014, pág. 62)

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CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA O ALCANCE DO

ESCOPO

Ao elaborar um projeto, um dos tópicos mais importantes e de enorme

relevância é o tempo empregado ao planejamento dele, e em particular, a

definição e caracterização do escopo. Como já mencionado anteriormente

neste trabalho, um projeto bem planejado e com escopo bem definido propicia

uma gama de vantagens para o projeto e para as partes interessadas, porém o

contrário acarreta inúmeros problemas. Falhas no planejamento e na definição

do escopo podem impactar no custo do projeto, no cumprimento de prazos, e

até mesmo nas entregas, que podem ser rejeitadas pelo cliente caso não

correspondam ao que foi solicitado.

Segundo Sotille [et al.] (2010, pág. 22), “É aqui que atividades

aparentemente simples são menosprezadas ou desconsideradas”. A partir

desta afirmação, entende-se que, apesar desta ser uma etapa fundamental

para o sucesso de projeto e o alcance do escopo, ela é rotineiramente

menosprezada.

Em teoria, presume-se que os objetivos dos projetos são claros e bem

entendidos por todos os seus stakeholders, mas na prática, vê-se que isso

pode ser bem diferente. Muitas vezes os projetos tem seu início em uma ideia

vaga do que se pretende obter como resultado final, e assim, muitos projetos

fracassam por má definição do escopo e falha no planejamento.

Voluntários de seções regionais brasileiras do PMI desenvolvem, desde

2003, um estudo anual chamado de “Estudo de benchmarking em

gerenciamento de projetos Brasil”, este estudo possibilita a análise do

gerenciamento de projetos no Brasil.

O Estudo de benchmarking em gerenciamento de projetos Brasil de

2013, realizado com 676 importantes organizações de vários portes e

pertencentes a diversos setores econômicos, demonstra em números a

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importância do planejamento e da definição de escopo para que o projeto seja

bem sucedido.

O gráfico abaixo trata dos problemas mais frequentes em projetos:

Fonte: PMSURVEY.ORG, Project Management Institute Chapters. Website: http://www.pmsurvey.org

Os dados de 2013 demonstram que grande parte dos problemas é

decorrente da falta de planejamento e controle do escopo. Tendo nas

segunda, terceira e quarta posições, com 59,6%, 54,9% e 52,5%,

respectivamente: Escopo não definido adequadamente; Não cumprimento dos

prazos; e Mudanças de escopo constantes.

Não se pode deixar de mencionar o problema que está em primeiro

lugar, com 68,1%, que é o problema de comunicação. A boa comunicação é

essencial para um bom planejamento, para obtenção de um escopo claro e

condizente com o esperado pelas partes interessadas, e para o bom

andamento do projeto.

Outras pesquisas demonstram a comunicação como um problema

frequente nos projetos, como a pesquisa realizada pela Project Smart, que

ressalta a importância das reuniões de projetos serem mais efetivas,

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destacando na pesquisa que das 1120 pessoas que completaram o

questionário: 57,3% das pessoas (648) discordam que as reuniões de projetos

sejam efetivas, 12,6% (143 pessoas) discordam completamente, e 3,2% (36

pessoas) não sabem como essas reuniões podem ser efetivas.

Analisando a pesquisa citada acima e dados do Estudo de

benchmarking em gerenciamento de projetos Brasil, corrobora-se a baixa

atenção e importância dada pelas organizações a fase de planejamento. Veja

o gráfico abaixo que demonstra o nível de compromisso das organizações com

Planejamento:

Fonte: PMSURVEY.ORG, Project Management Institute Chapters. Website: http://www.pmsurvey.org

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Os números de ambas as pesquisas são alarmantes e demonstram com

porcentagens empíricas que a comunicação, o planejamento e o escopo

devem ter uma atenção maior por parte das organizações para que o projeto

seja bem conduzido e que o escopo alcançado ao final seja correspondente ao

definido e esperado pelas partes interessadas.

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CONCLUSÃO

Esta pesquisa teve como objetivo a pesquisa acadêmica e

mercadologicamente da importância do planejamento na gestão do escopo de

projetos, além de técnicas para melhor definição e gerenciamento deste.

O questionamento que norteou esta pesquisa buscava a discussão

sobre os fatores que ocasionam os problemas mais frequentes em projetos,

tendo o conhecimento de que uma das principais causas das frustrações dos

projetos é o seu planejamento inadequado. Com base nisso, levantou-se a

hipótese de que, os projetos seriam mais eficazes se a etapa de planejamento

fosse elaborada de forma mais cuidadosa e se a ela fosse dada devida

importância, explorando diversas as técnicas e ferramentas disponíveis para

tal, visto que com o aumento dos recursos alocados na fase de planejamento a

probabilidade de definir um escopo e atingi-lo com sucesso é aumentada

consideravelmente, sendo oportuno aperfeiçoar o gerenciamento de projetos

elevando o enfoque no planejamento e controle do escopo.

No decorrer da pesquisa, confirmou-se a hipótese levantada a princípio.

Realmente, é necessário dar mais atenção e importância à fase de

planejamento, diferente do que se diz, está não é uma etapa que representa

perda de tempo, na verdade esta é uma etapa crucial para que o escopo seja

bem definido, o que resultará no seu alcance e na satisfação de todas as

partes interessadas. É importante dizer que um bom planejamento condiz a um

escopo claro, tangível e condizente com as necessidades do cliente.

Mediante a teoria estudada para realização deste trabalho e a análise

do corpus, conclui-se que o planejamento é essencial para o alcance do

escopo e sucesso do projeto. Além disso, confirmou-se através da análise de

pesquisas e relatórios que as organizações tem dado pouca importância ao

planejamento e por consequência tem tido frequentes problemas relacionados

ao alcance do escopo do projeto.

Além disso, chegou-se à conclusão de que mais vale despender

bastante tempo planejando e pouco tempo executando, do que o inverso. Pois

um projeto bem planejado corre menos riscos de dar errado, de ter alteração

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nos prazos, de ter gastos imprevistos, de ter equívocos com relação ao escopo

e de não satisfazer o cliente, ou alcançar um escopo que não condiz com o

esperado, causando prejuízos para todos os envolvidos.

Este estudo colaborou para uma análise teórica e empírica da

importância do planejamento e levantou o alerta para a falta de compromisso

com esta fase do projeto, demonstrou teoricamente as razões para que essa

etapa seja valorizada e corroborou através da análise de relatórios, entrevistas

e gráficos baseados em dados reais das organizações brasileiras na área de

projetos.

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ANEXOS

Índice de anexos

Anexo 1 >> Ilustração;

Anexo 2 >> Entrevista;

Anexo 3 >> Gráfico 1;

Anexo 4 >> Gráfico 2;

Anexo 5 >> Internet.

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ANEXO 1

Fonte: VIOLA, Marcelo.(2014, pág. 11)

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ANEXO 2

Entrevista

Massa Cinzenta – Razões para evitar a falta de planejamento – AGO/2006

Entrevistado: Francisco Higa

Francisco Carlos Higa é sócio-fundador da Turnpo!nt Gestão e Desenvolvimento Organizacional, consultor especialista em gestão e organização, professor universitário, autor de livro. Bacharel em Administração de Empresas pela Universidade Mackenzie e possui MBA internacional pela USP (Universidade de São Paulo) e OWEN University, nos Estados Unidos. Já trabalhou em várias empresas realizando projetos de reestruturação organizacional. Viaja pelo Brasil e pelo mundo atuando como conferencista em eventos.

Itambé Empresarial – É consenso entre os gestores que um bom planejamento é fundamental. Porém, a falta de planejamento ainda é muito comum em empresas no Brasil. Por que isso acontece e o que essas empresas podem fazer para minimizar essa situação, levando em conta suas dificuldades (de estrutura, tempo, mão-de-obra e dinheiro)?

Francisco Higa - Uma das principais causas da falta de planejamento é o fato das pessoas entenderem que planejar somente seja necessário se estivermos falando de um trabalho muito complexo. Isso é um grande equívoco. As pessoas que realmente se preocupam em fazer acontecer devem entender que qualquer atividade humana, da mais corriqueira a mais trabalhosa, exige planejamento e deve ser precedido por ele.

Principalmente, quando a dificuldade recai nos fatores determinantes para o êxito de um trabalho, tais como, estrutura, tempo, mão-de-obra e dinheiro, o planejamento é fundamental.

Não há outra saída, realizar uma atividade sem um planejamento adequado é o mesmo que ter de improvisar. Todas as vezes que improvisamos alguma atividade a probabilidade de acerto é a mesma do fracasso.

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IE – Quais ações dentro da empresa merecem um planejamento? Há casos em que o planejamento é realmente dispensável?

Francisco Higa - Não há nada que possa ser tão urgente ou simples que não deva ser planejado. O que muda é a intensidade do esforço necessário para elaborá-lo, de acordo com o potencial de riscos das coisas não acontecerem.

Caso você tenha muito tempo disponível ou quando não há prazos a cumprir, tenha a seu dispor muito dinheiro e não se importe em perdê-lo, talvez você possa relaxar um pouco… mas não acredito que essa seja a realidade do empresariado brasileiro.

IE – O que compõem um bom planejamento?

Francisco Higa - Para um bom planejamento é importante avaliar algumas questões fundamentais:

a) Entendi claramente o que deverá ser obtido ao final de um projeto? O meu entendimento é o mesmo de quem está solicitando o trabalho (ex.: cliente). b) Sei exatamente de quanto tempo é necessário para realizar todo o trabalho? Lembre-se de que para essa avaliação, é importante considerar que há fatores que não dependem somente de minha vontade para acontecer…. e nesses casos, tenho um “plano B” para os fatores que estão fora de meu domínio? c) Sou capaz de realizar todo o trabalho sozinho ou com a equipe que disponho? Será que vou precisar de ajuda externa? d) Tenho os recursos financeiros necessários para a realização de todo o trabalho? Não somente do material de que precisamos, como também recursos para complementar a capacitação requerida para o trabalho.

Uma vez que tenho todas as respostas, aí sim, posso iniciar a planejar o “como fazer”, e determinar prazos e responsabilidades.

Vale um alerta, a eficiência no planejamento está relacionada à capacidade do gestor em balancear os fatores: tempo, recursos e capital, com o escopo do que deve ser obtido. Caso alguns desses fatores não possam ser dimensionados como deveriam, o escopo do trabalho deve ser revisto. Caso contrário, você estará se enganando, e o projeto iniciará com alta probabilidade de fracasso.

IE – Quais os principais erros cometidos durante o planejamento?

Francisco Higa - A meu ver, os principais erros são conseqüência de algumas visões equivocadas e de determinadas posturas dos planejadores, tais como:

• confundir o estresse como sinônimo de sucesso, quando é sempre mais vantajoso fazer o que deve ser feito dedicando o esforço necessário;

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• confundir o planejamento com a ação de alimentar uma ferramenta de gestão do projeto (software) com uma série padronizada de dados e informações e deixar que o computador defina ou oriente as ações subseqüentes; • fazer um planejamento apenas para cumprir um “ritual” administrativo e satisfazer a exigência dos escalões superiores; • usar o planejamento mais como argumento de venda, com o objetivo de convencer não apenas o cliente, mas os próprios superiores, de que o projeto em desenvolvimento será entregue dentro do prazo e das especificações acordadas, sem, no entanto, o embasamento de um estudo consistente de viabilidade; • enganar a si mesmo, ou seja, fazer um planejamento com prazos, custos e especificações sabidamente inviáveis, com a falsa ilusão de que com um esforço extra, algumas noites em claro, aqueles itens poderão ser cumpridos.

IE – O que é mais difícil: um gestor fazer um bom planejamento ou um gestor mudar de postura?

Francisco Higa - Certamente a postura do gestor. Principalmente daqueles mais experientes, que se deixam influenciar por vícios e muitas vezes costumam negligenciar alguns fatores óbvios… neste caso, vale o dito popular: “o sucesso anterior não garante o êxito futuro”… se isso fosse verdade, empresas que já atingiram a liderança de seu setor não investiriam tanto para manter-se na liderança….

IE – É possível realizar um bom projeto mesmo com a escassez de tempo, dinheiro e recursos?

Francisco Higa - Sim, basta que o escopo (abrangência) do trabalho ou a dimensão do objetivo a alcançar seja readequado para as condições disponíveis… Não há nada de errado buscar a evolução de seus negócios ou de sua condição de vida, escalando degrau a degrau…. Caso você não tenha disponível todos os recursos necessários, redimensione seus objetivos…. uma vez alcançados, certamente você terá condição de reunir mais recursos para subir outro degrau…

IE – Lidar com as pessoas dentro de um projeto é mais difícil do que lidar com a falta de recursos, tempo e dinheiro?

Francisco Higa - Sim, na minha opinião. Porque recursos, tempo e dinheiro são fatores previsíveis (ou você os tem ou não) e, portanto, mais fácil de planejar o que é possível fazer de acordo com a dimensão dos mesmos. Já as pessoas são imprevisíveis! Pois uma mesma pessoa pode ter reações diferentes frente a uma mesma situação dependendo do momento em que está vivendo. Em outras palavras, existe uma série de fatores externos que

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influenciam o comportamento de uma pessoa, tais como, problemas familiares, crises financeiras, etc…

IE – O sr. pode falar um pouco sobre os mecanismos de atratividade e como eles podem contribuir para a execução de um trabalho?

Francisco Higa - Resumidamente, o mecanismo de atratividade enfoca a análise do equilíbrio da atratividade entre as partes envolvidas em algum tipo de relacionamento na perspectiva do valor percebido e do risco de ruptura da relação. Em outras palavras, é a avaliação do quanto é positiva a relação para ambas as partes e qual o impacto na vida de cada uma delas em caso de ruptura. Esse equilíbrio consiste no sentimento mútuo de que todos os envolvidos ganham com a relação e sentem-se motivados a alcançar qualquer objetivo estabelecido de comum acordo.

IE – O que fazer para que todas as partes saiam com ganhos do projeto?

Francisco Higa - O primeiro passo é saber ouvir e respeitar a individualidade de cada pessoa. Não adianta “bater de frente”, da mesma forma que não basta “mimar” a pessoa. É adotar estratégias para o relacionamento do dia-a-dia, sempre com o objetivo de manter o equilíbrio da atratividade. E nessa questão da atratividade é importante ter a consciência de que ninguém é dono da verdade. É preciso entender os atributos de satisfação e as aspirações de cada pessoa, é perceber o que contribui para a auto-estima individual. Isso não significa descobrir o que apreciam nem mesmo o que temem, e sim o que as atrai profissionalmente e as levariam a cumprir com satisfação determinada tarefa.

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ANEXO 3

Gráfico 1

Fonte: PMSURVEY.ORG, Project Management Institute Chapters. Website: http://www.pmsurvey.org

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ANEXO 4

Gráfico 2

Fonte: PMSURVEY.ORG, Project Management Institute Chapters. Website: http://www.pmsurvey.org

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ANEXO 5

INTERNET

Let's Make Those Project Meetings More Effective

By Ron Rosenhead

Ron Rosenhead is a professional speaker, trainer, coach and author in the field

of project management.

I was trying to get hold of the project manager. Or rather he was trying to

get hold of me. However, I had tried 3 times already so I sent him an email

knowing it would sink to the bottom of the pile.

I got to thinking that it wasn't just this project manager who always

seemed to be in meetings. Several people I have been trying to get hold of

always seem to be in back to back meetings.

Project Agency has been collecting statistics for several years. Some

1,120 people have completed our questionnaire and one of the questions is

quite revealing: "Project meetings are collaborative events which look at

achievements not past failures." The percentages are shown below:

Strongly Agree: 1.3% (15 people)

Agree: 25.6% (289 people)

Disagree: 57.3% (648 people)

Strongly Disagree: 12.6% (143 people)

Don't Know: 3.2% (36 people)

Not very good stats are they? Interesting that 36 people do not know how

effective their meetings are!

So, what can be done? Well, here are some golden rules for project

management meetings (andmeetings in general):

Rule 1: Ensure you have the right people there. May seem obvious but how

many meetings go ahead with the wrong people there and the right people "on

the way" or a key stakeholder not even invited?

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Rule 2: Have an agenda for each meeting and against each item put a time (the

length of time the item will take). Ensure you stick to the stated time.

Rule 3: Have a clear objective. Is it to receive a highlight report, or to prepare a

highlight report.Is it to review project progress based on milestones, or develop

part of your plan, or all of these. If you go off agenda/objective here is a quick

tip. Everyone is given a coloured card (any colour as long as they are the

same). If a person goes off the agenda or is rambling on you put up your

card. It works, try it.

Rule 4: Summarise before moving on to the next point. This ensures everyone

is clear about what has been agreed or said.

Rule 5: Have a stand up meeting. Yes, stand up meetings i.e. NO chairs -

speeds up the meeting and really does focus attention.

Rule 6: Papers, we are supposedly in the era of a paperless office. Ensure the

meeting is not bogged down with papers. Use highlight reports to cut down

paper and speed up the meeting.

Rule 7: Rules, what rules have you agreed? I know of one person who said that

if the start time for a meeting was 3pm then no one was allowed in after this

time! What are your rules for your meetings and does everyone know about

them. Useful to use your cards here (rule 3).

Rule 8: Train, yes you can train people to be better in meetings. Chairing a

meeting, contributing via appropriate questions, listening, preparing an agenda,

these are all areas a person can be trained and developed.

And finally (Rule 9) - review how successful your meetings have been. If you

set out an hour and a half for a meeting and it has only lasted an hour then you

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should be saying well done (provided the meeting met its objective). If it lasted

2 hours then you should review why to stop it happening again. Help make sure

your meetings go well and help make the scores above better, much better.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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controlar o escopo do projeto. RJ:Editora Saraiva - 2005

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ÍNDICE

FOLHA DE ROSTO 2

AGRADECIMENTO 3

DEDICATÓRIA 4

LISTA DE SIGLAS 5

LISTA DE VEBETES 6

RESUMO 7

METODOLOGIA 8

SUMÁRIO 9

INTRODUÇÃO 10

CAPÍTULO I

GERENCIAMENTO DE PROJETOS 12

1.1 – Conceitos de Projeto e seu Gerenciamento 12

1.1.1- Projetos 12

1.1.2- Surgimento e história do Gerenciamento de Projetos 13

1.1.3- - Gerenciamento de Projetos na atualidade 16

1.2 – O Planejamento 18

1.3 - O escopo 19

CAPÍTULO II

GESTÃO DO ESCOPO DE PROJETOS 21

2.1 – Gerenciamento do escopo do projeto 21

2.1.1- Processos de gerenciamento do escopo do projeto 21

2.2- Detalhamentos dos processos da área de planejamento 25

2.2.1 – Planejar o gerenciamento de escopo 25

2.2.2 – Coletar Requisitos 27

2.2.3 – Definir escopo 30

2.2.4 – Criar a EAP 31

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CAPÍTULO III

A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO PARA O ALCANCE DO ESCOPO DO

PROJETO 36

CONCLUSÃO 40

ANEXOS 42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 53

WEBGRAFIAS 55

ÍNDICE 57

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FOLHA DE AVALIAÇÃO

Nome da Instituição: Universidade Candido Mendes Pós-

Graduação “Latu-Sensu” em Gestão de Projetos – AVM

Faculdade Integrada

TÍTULO DA MONOGRAFIA: A IMPORTÂNCIA DO

PLANEJAMENTO PARA O GERENCIAMENTO DO ESCOPO DO

PROJETO

AUTOR: IURI JORGE DE OLIVEIRA ALVES

DATA DA ENTREGA: 28/01/2015

AVALIADO POR: PROF. NELSOM MAGALHÃES

CONCEITO: